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(admI/sem2/2013) UNIVERSIDADE FEDERALDE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENFERMAGEM DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BÁSICA DISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM I Bernadete Marinho Bara De Martin Gama Organização em Enfermagem Objetivos: discorrer sobre os princípios, os tipos e a estrutura das organizações; distinguir os diversos níveis de autoridade e responsabilidade da estrutura formal das organizações, visando compreender o significado da organização para o trabalho em enfermagem Uma história de 4 pessoas Esta é uma história sobre 4 (quatro) pessoas: TODO MUNDO, ALGUÉM, QUALQUER UM e NINGUÉM. Havia um importante trabalho a ser feito, e TODO MUNDO tinha certeza que ALGUÉM o faria. QUALQUER UM poderia tê-lo feito, mas NINGUÉM fez. ALGUÉM zangou-se porque era um trabalho de TODO MUNDO. TODO MUNDO pensou que QUALQUER UM poderia fazê-lo, mas NINGUÉM imaginou que TODO MUNDO deixasse de fazê-lo. No final TODO MUNDO culpou ALGUÉM porque NINGUÉM fez o que QUALQUER UM poderia ter feito. I. Introdução As instituições de saúde, enquanto organizações complexas, dispõem de uma constituição que vive, cresce e se desenvolve e que para funcionar, precisam se organizar e se estruturar para o alcance de seus objetivos. Geralmente tudo é organizado de uma maneira lógica e racional. Os recursos, as filosofias, os talentos administrativos, são alocados, arranjados e agrupados, havendo a necessária divisão do trabalho, para que as atividades sejam desenvolvidas da melhor maneira possível e os objetivos da instituição assim possam ser alcançados. No serviço de enfermagem – SE, é grande o número de pessoas, a complexidade e diversidade de atividades, a divisão do trabalho, o estabelecimento de relações entre cada um, na busca de se coordenar esforços para o alcance do objetivo comum proposto, ou seja, a prestação do cuidado de enfermagem. Para que estas atividades sejam conduzidas, orientadas e coordenadas, torna-se necessário que se defina a estrutura organizacional do SE, e assim começamos a compreender a importância da organização em enfermagem. ___________________________________________________________________________________ Texto elaborado como Material Instrucional para a Disciplina Administração em Enfermagem I. Curso de Graduação em Enfermagem. Faculdade de Enfermagem. Universidade Federal de Juiz de Fora. 02/2013 1

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(admI/sem2/2013)

UNIVERSIDADE FEDERALDE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENFERMAGEM

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BÁSICADISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM I

Bernadete Marinho Bara De Martin Gama

Organização em Enfermagem

Objetivos: discorrer sobre os princípios, os tipos e a estrutura das organizações; distinguir osdiversos níveis de autoridade e responsabilidade da estrutura formal das organizações, visandocompreender o significado da organização para o trabalho em enfermagem

Uma história de 4 pessoas

Esta é uma história sobre 4 (quatro) pessoas: TODO MUNDO, ALGUÉM, QUALQUER UM eNINGUÉM. Havia um importante trabalho a ser feito, e TODO MUNDO tinha certeza que ALGUÉM o

faria. QUALQUER UM poderia tê-lo feito, mas NINGUÉM fez. ALGUÉM zangou-se porque era umtrabalho de TODO MUNDO. TODO MUNDO pensou que QUALQUER UM poderia fazê-lo, mas

NINGUÉM imaginou que TODO MUNDO deixasse de fazê-lo. No final TODO MUNDO culpou ALGUÉMporque NINGUÉM fez o que QUALQUER UM poderia ter feito.

I. Introdução

As instituições de saúde, enquanto organizações complexas, dispõem de uma constituição quevive, cresce e se desenvolve e que para funcionar, precisam se organizar e se estruturar para oalcance de seus objetivos.Geralmente tudo é organizado de uma maneira lógica e racional. Os recursos, as filosofias, ostalentos administrativos, são alocados, arranjados e agrupados, havendo a necessária divisãodo trabalho, para que as atividades sejam desenvolvidas da melhor maneira possível e osobjetivos da instituição assim possam ser alcançados.No serviço de enfermagem – SE, é grande o número de pessoas, a complexidade ediversidade de atividades, a divisão do trabalho, o estabelecimento de relações entre cada um,na busca de se coordenar esforços para o alcance do objetivo comum proposto, ou seja, aprestação do cuidado de enfermagem. Para que estas atividades sejam conduzidas, orientadase coordenadas, torna-se necessário que se defina a estrutura organizacional do SE, e assimcomeçamos a compreender a importância da organização em enfermagem.___________________________________________________________________________________

Texto elaborado como Material Instrucional para a Disciplina Administração em Enfermagem I. Curso de Graduação emEnfermagem. Faculdade de Enfermagem. Universidade Federal de Juiz de Fora. 02/2013

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II. Conceito e Finalidade da Organização

Organização como entidade social, por ser constituída de pessoas, estruturada e dirigidapara objetivos específicos é “qualquer empreendimento humano destinado a atingirdeterminados objetivos”.

Organização como parte integrante e segunda função do processo administrativo é “oato de organizar, estruturar e integrar os recursos e os órgãos, estabelecendo as relaçõesentre eles e as atribuições de cada um”. A organização se incumbe do agrupamento dasatividades necessárias para atingir os objetivos da empresa, o que envolve a reunião depessoas e recursos, sob a autoridade e coordenação de outra pessoa. Assim, a organizaçãovai lidar com pessoas, órgãos e relações de autoridade e responsabilidade, para que objetivossejam atingidos, os planos executados e as pessoas possam trabalhar eficientemente.

A organização serve para agrupar todos os recursos da instituição, e, portanto também oSE, para que estes trabalhem em conjunto, pela própria impossibilidade de todo trabalho serrealizado por uma única pessoa. Podemos afirmar que a definição recursos, o estabelecimento de uma estruturaadministrativa para coordenação, com vistas à obtenção de resultados, é a finalidade daorganização.

III. Tipo de Organização

A organização como unidade social pode ser:

Organização formal: é a organização que se baseia em uma divisão racional de trabalho, éplanejada e está definida no organograma, formalizada pelos órgãos oficiais e comunicada atodos através dos manuais de organização do serviço (organização formalizada oficialmente).

Organização informal: é a organização que surge de forma espontânea e natural entre aspessoas que ocupam posições na organização formal e estabelecem entre si relações de“amizade” ou de “antagonismo”, formando grupos sociais que não aparecem no organograma.A estrutura informal deve também ser considerada quando se analisa a estrutura de umaorganização, pois ela está diretamente ligada à estrutura formal, interferindo na dinâmica do SEe da instituição como um todo, no desempenho das pessoas e também, de forma indireta, noalcance dos objetivos propostos.

Organização é um processo de arrumar e alocar o trabalho visando alcançar os objetivosdefinidos. Organização é a combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizarpropósitos, a sua estrutura é composta por física, tecnológicas e pessoas. As empresas,associações, os órgãos do governo, ou seja, qualquer entidade pública ou privada é umaorganização.

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IV. Princípios da Organização

Para que as organizações funcionem adequadamente, é necessário que sejameficientes e eficazes. Para proporcionar eficiência e eficácia as organizações precisam serorganizadas conforme alguns princípios fundamentais de organização, que se constituem comocritérios, normas de utilização, que devem ser consideradas no trabalho, de forma flexível eque atendam às diferentes situações com as quais irão se defrontar.

Princípio da Especialização: baseia-se na especialização, na divisão de trabalho paraincrementar a quantidade e a qualidade de trabalho; cada pessoa ocupa um cargo e cadaórgão é individualizado dentro da organização.

Princípio da Definição Funcional: o trabalho de cada pessoa e de cada órgão deve serclaramente definido por escrito, para que não haja dúvida, através do organograma, dadescrição de cargos e do Manual de Organização do Serviço. (o que posteriormente vaifavorecer a supervisão e o controle)

Princípio da Autoridade e Responsabilidade: a autoridade e a responsabilidadeatribuídas a cada pessoa ou órgão devem ser correspondentes e equivalentes entre si.Autoridade significa o poder de dar ordens e o direito de fazer cumprir, de exigir obediência.Responsabilidade significa o dever de prestar contas pelo que é feito, referindo-se àsobrigações das pessoas. Estabelece que cada responsabilidade deve corresponder umaautoridade que permita realizá-la, e a cada autoridade deve corresponder umaresponsabilidade que lhe dê conteúdo. As relações de responsabilidade e autoridade existemem todas as relações de superior e subordinado, constituindo o fundamento da organização edão origem ao cargo administrativo.

Princípio Escalar: cada pessoa deve saber exatamente quem são “seus” subordinados(sobre os quais exerce autoridade) e a quem deve se subordinar (a quem prestaresponsabilidade). Refere-se às relações de autoridade entre chefias e subordinados dentro daorganização, sendo que a autoridade máxima deve ser sempre fixada em algum lugar,havendo uma linha bem definida ligando-a a qualquer outra posição da organização. É arepresentação direta de autoridade de um superior a seus subordinados dentro daorganização.

Princípios das Funções de Linha e de Staff: as funções de linha são diretamenterelacionadas com os objetivos do serviço/instituição (quem decide e cuida da execução,comanda a ação pela operação/resultado). As funções de staff estão indiretamenterelacionadas com os objetivos da instituição/serviço (quem assessora e dá sugestões,recomenda alternativas de trabalho pelo planejamento). (Por exemplo: em uma empresadestinada a vender determinado serviço ou produto, os órgãos de finanças e de pessoal serãoórgãos de staff, pois não estão voltadas para a fabricação e comercialização do produto).

APOIO SUPORTE ASSESSORIA

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Objetivos da Empresa

Funçõesde Linha

Funções deStaff

Estrutura Organizacional (EO)

A palavra estrutura significa a disposição ou ordem das partes que compõem umaorganização/empresa. As empresas são constituídas de pessoas e recursos agrupados emórgãos, e a composição dos diversos órgãos é denominada estrutura organizacional.

Estrutura Organizacional é a maneira como a empresa agrupa e reúne pessoas e órgãosdentro de escalões hierárquicos (níveis de autoridade) e de áreas de atividade (departamentos,setores,...). A EO pode ser vista sob dois aspectos: o vertical e o horizontal.

• Aspecto vertical: estão os diferentes níveis de autoridade ou escalões hierárquicos, sendoque cada um desses escalões possui autoridade sobre o escalão inferior (diretoria, gerência,chefia, supervisão, funcionários,...).

• Aspecto horizontal: estão as diferentes áreas de atividades da empresa, a saber: técnica (visaa produção, administrando os recursos materiais); financeira (administrando os recursoshumanos); mercadológica (administrando os recursos comerciais ou mercadológicos, demarketing,...) de pessoal (administrando os recursos humanos).O grau de desdobramento desses aspectos verticais e horizontais depende do tamanho daempresa, pois quanto maior o número de níveis hierárquicos, maior será o número dedepartamentos.Na definição da estrutura organizacional do serviço de enfermagem, devem ser consideradas:a filosofia e os objetivos do SE; o volume e a complexidade das atividades a serem realizadas;os recursos disponíveis e as características desejáveis na estrutura. Um conjunto de aspectosconsiderados na estrutura pode ser: divisão do trabalho e especialização; hierarquia;autoridade e responsabilidade; amplitude da supervisão; centralização e descentralização;formalização.

Autoridade e Responsabilidade

A autoridade é decorrente da posição hierárquica que cada um ocupa no organograma dainstituição. Pode ser entendida como a capacidade do superior de tomar decisões que afetam aconduta dos subordinados, ou seja, autoridade é o poder de garantir a execução das ordensfrente aos subordinados. Sua importância decorre da necessidade de se garantir que as coisassejam realizadas conforme o que foi planejado e organizado.

A distribuição da autoridade e da responsabilidade entre os elementos dos diversos níveis daestrutura organizacional é representada pela hierarquia da organização formal.A autoridade eresponsabilidade fluem verticalmente em linha reta, do mais alto nível da organização ao nívelmais baixo.

A responsabilidade pode ser definida como a obrigação de um subordinado, ao qual umsuperior designou uma tarefa, de realizar o serviço que está sendo exigido. Responsabilidadeentendida como “obrigação” só pode ser aplicada às pessoas.

A responsabilidade NÃO é delegada, mesmo que a execução de uma atividade sejaatribuída a um subordinado, o ”chefe” será sempre responsável por ela. A autoridade e aresponsabilidade devem ser equivalentes, ou seja, quando se atribui a um subordinado aresponsabilidade pela execução de uma atividade, deve-se atribuir-lhe também a autoridadenecessária para a realização dessa atividade.

A autoridade pode ser representada por uma pirâmide invertida, sendo que a medida que sesobe na cadeia de comando até o topo da estrutura organizacional, a área de autoridade seexpande gradativamente em cada nível hierárquico.

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Nível Decisorial Diretoria da Divisão de Enfermagem

Gerentes Nível intermediário Chefes de Setor

Nível Operacional Enfermeiras de unidade e demais Categorias da equipe de Enfermagem Pirâmide Hierárquica Área de Autoridade

Na atualidade observa-se uma grande tendência de achatamento dessa pirâmide (por conta dese considerar a co-participação) em praticamente todas as atividades de uma empresa.

De acordo com MASSAROLO (1991), entre as relações básicas de autoridade, encontramos: autoridade integral (de linha): quando o dirigente tem completa responsabilidade pelasatividades do órgão dirigido; autoridade administrativa: quando o dirigente tem responsabilidade apenas pelas atividadesadministrativas do órgão dirigido; autoridade técnica: quando o dirigente tem apenas responsabilidade técnica do órgãodirigido.

VII. Organograma

É a representação gráfica da estrutura de uma empresa, de seus órgãos e as relações deautoridade existentes entre eles, onde por meio de retângulos, quadrados ou ate círculos sãoindicados os órgãos, e as relações de autoridade através de linhas.

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Essas linhas que ligam os órgãos entre si, indicam as interações formais prescritas, que,entretanto mostram limitações na representação da estrutura, uma vez que o organogramarepresenta apenas uma dimensão dos muitos tipos de ralação que existem entre os elementosou órgãos de uma organização.

É importante a elaboração de um organograma, pois é difícil visualizar a organização comoum todo, surgindo assim um gráfico que mostre os órgãos componentes da organização, ofluxo da autoridade.

As autoridades implantadas são as de linha (ou de mando – poder de decisão), e as deassessoria (de aconselhamento – sem poder decisório). Quando as linhas são horizontaisrepresentam relações laterais de comunicação e quando são verticais, representam relaçõesde autoridade (do superior para o subordinado) ou relações de responsabilidade (dosubordinado em relação ao superior). Assim, o que não está ligado por nenhuma linha não temrelação direta entre si.

Os retângulos são as unidades administrativas.

A linha contínuo-cheia representa autoridade (________) e a pontilhado-interrompidarepresenta assessoria (. . . . . . . . . ). As comissões são órgãos de assessoria.O cargo mais alto não possui terminal de cima, pois não se subordina a ninguém, enquanto ocargo mais baixo não tem terminal de autoridade, pois não tem nenhum subordinado abaixo desi.

Na inserção do serviço de enfermagem na estrutura geral da organização, encontramosdiferentes posições hierárquicas que vão desde a subordinação imediata a pessoas ou gruposdeliberativos da instituição de saúde, ate a subordinação a pessoas ou serviço tecnicamentediferenciados.

O SE deve estar situado de forma estratégica na estrutura da instituição de saúde, no sentidode não ser submisso a órgãos ou pessoas que contribuirão para sua inoperância. Essalocalização deve favorecer acesso direto à diretoria, considerando-se a existência de situaçõesmuitas vezes emergenciais e imprevisíveis, e a premência de soluções.

É importante observar que a posição hierárquica normalmente determina o grau deautoridade e influência, o “status” e a remuneração do ocupante do cargo. Muitos dosproblemas existentes no SE estão relacionados com suas estruturas organizacionais e com aposição ocupada na estrutura geral da organização, uma vez que interfere na atuação doenfermeiro, na dinâmica do SE e conseqüentemente na assistência de enfermagem prestada àclientela.- Existem alguns tipos de organograma:

• Organograma vertical (também chamado de clássico) é mais usado para representarclaramente a hierarquia na empresa;

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Cargo ou Função

• Organograma circular (ou radial) é exatamente o contrário, usado quando se querressaltar o trabalho em grupo, não há a preocupação em representar a hierarquia. É omais usado em instituições modernas onde o se quer ressaltar a importância do trabalhoem grupo;

• Organograma horizontal também é criado com base na hierarquia da empresa, mastem essa característica amenizada pelo fato dessa relação ser representadahorizontalmente, ou seja, o cargo mais baixo na hierarquia não está numa posiçãoabaixo dos outros (o que pode ser interpretado como discriminação, ou que ele temmenos importância), mas ao lado;

• Organograma funcional é parecido com o organograma vertical, mas ele representanão as relações hierárquicas, e sim as relações funcionais da organização;

• Organograma matricial é usado para representar a estrutura das organizações quenão apresentam uma definição clara das unidades funcionais, mas grupos de trabalhospor projetos que podem ser temporários (estrutura informal).

VII. Manual de Enfermagem

Inicialmente uma reflexão a partir da figura abaixo que traz uma “Abordagem Administrativaatualizada” apresentada por Chiavenato (1999).

“As pessoas, acredito, serão sempre necessárias. Posso ter a ressonância magnética de últimageração e sempre vai ter alguém ali atrás para apertar o botão. Então, as pessoas nunca serão

dispensadas, mas a instituição tem que garantir padrão de qualidade. Se hoje o colaborador estádesenvolvendo esse processo e o domina tecnicamente, isso tem que ser perpetuado. Se oprocesso não estiver escrito, se não existir um manual de boas práticas, o dia em que este

funcionário for embora e entrar uma outra pessoa, com certeza, não haverá o mesmo padrão quetinha antes, porque não existe um procedimento operacional padronizado. Por isso, é tão

importante depender menos das pessoas, no sentido de que, independentemente de quem seja oprocesso tem que ser descrito, padronizado, com foco em manutenção da qualidade”

(Fabrizio Rosso, 2012).

O conteúdo do ME será determinado pela necessidade de informação existente naunidade/serviço/instituição onde será implantado, e poderá conter: regulamento doestabelecimento de saúde; regimento do SE; filosofia do SE; estrutura administrativa do SE eda instituição; planta física da unidade; descrição das funções de cada elemento da equipe;descrição dos cuidados de enfermagem; normas, rotinas e procedimentos; roteiros; descrição efuncionamento dos equipamentos; quadro de pessoal da unidade; direitos e deveres doselementos da equipe e outros.

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Na elaboração de instrumentos administrativos, e, portanto do ME, faz-se necessárioconhecer a finalidade dos diversos recursos e para isso sua definição:

• Estatuto : é um instrumento que constitui um conjunto de normas e princípios para presidir aorganização e o funcionamento de uma empresa, devendo ser elaborado preferencialmentepela entidade mantenedora (em equipe).

• Regulamento : é o ato normativo de caráter estável, baixado pela administração superior,para regular e ampliar o estatuto, as leis e direitos para caracterizar a organização.

• Regimento : é o ato normativo de caráter flexível, aprovado pela direção executiva, dispõesobre os objetivos, a organização, a política de funcionamento, as estruturas e as atribuiçõesgerais, o pessoal, os impressos, rotinas, roteiros e relatórios, para conduzir e orientar o serviço;é mais minucioso e especifico e rege o serviço.

• Norma : são atos normativos que orientam uma conduta / os executantes no cumprimento deuma atividade. Devem ser simples e direcionados para uma determinada situação; Devem serpráticos;Devem orientar (manuais);Não devem, obrigatoriamente, padronizar condutarígidas;Devem facilitar o estabelecimento de critérios; Não devem engessar o atendimento.

• Atividade : é um conjunto de meios e processos que materializam uma função.

• Procedimento : é a descrição detalhada, simplificada e objetiva de como desenvolver umaação.

• Rotina : é um componente da organização de um serviço e descreve sistematicamente todosos passos a serem dados para a realização das tarefas que compõe uma atividade.

• Roteiro: é a descrição sistemática das atribuições de cada um na seqüência lógica de suarealização (geralmente já vem inserida na rotina)

• POP – procedimento operacional padrão : é a descrição sistematizada, clara e objetiva deum determinado procedimento para o serviço.

• Relatório: deve exprimir a qualidade e os aspectos quantitativos de um serviço emdeterminado período; deve conter: introdução (identificação do SE e objetivos propostos),desenvolvimento (descrição objetiva das atividades realizadas), conclusão (objetivosalcançados, facilidades e dificuldades), sugestões e recomendações.

• Protocolo - O avanço científico e tecnológico se contrapõe com trabalhos isolados, fragmentados, ondeganha ênfase o trabalho em equipe multiprofissional. - Nesta concepção, o protocolo vem refletir o desejo de um trabalho compartilhado,consolidado e que aponta para resultados que irão trazer um grande diferencial ao processo detrabalho.- Um protocolo institucional deve representar o consenso legal, ético, científico e técnico daequipe de saúde da instituição, e não somente o pensamento individual- A finalidade de adoção de um protocolo visa a acabar com as decisões baseadas apenas noconhecimento adquirido na prática cotidiana.- A atividade do cuidar, além de complexa, exige confiabilidade à assistência prestada por meiode procedimentos seguros. A construção de protocolos é imprescindível para a execução dasações nas quais a enfermagem está envolvida.

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- Por ‘protocolo’ define-se o conjunto de dados que permitem direcionar o trabalho e registraroficialmente os cuidados executados na resolução ou prevenção de um problema. Em outraspalavras, protocolo é uma proposta de padronização de procedimentos feitos pela equipe deenfermagem ou equipe multiprofissional.- Devem servir para proporcionar um melhor e mais rápido andamento do trabalho, e deve serelaborado para cada serviço especificamente, de forma a favorecer o desenvolvimento dealgumas ações a serem implantadas. - O grande objetivo do protocolo é resguardar o serviço, respaldando-o legalmente quanto aospassos a serem dados para a realização daquela atividade. Deve ser construído pelosprofissionais que irão operacionalizá-lo e submetido à apreciação e validação pela autoridadesuperior do serviço (protocolo sem aprovação é destituído de valor legal).- Agilizam e uniformizam o atendimento; Facilitam condutas descentralizadas; Diminuem amargem de erro; Importantes nos processos de Gestão do atendimento à clientela; Muitovalorizados atualmente por possibilitar qualidade e eficácia nos serviços; Facilitam ogerenciamento de pendências judiciais (Min. da Saúde e medicamentos de alto custo etc.);Melhora a qualidade de serviços prestados aos clientes; Padroniza as condutas; Melhora oplanejamento e controle da Instituição, dos seus procedimentos e dos resultados; Garantemaior segurança; Otimiza a utilização dos recursos operacionais; Reduz custos; Rastreia todasas atividades operacionais e clínicas; Realiza um controle mais apurado sobre osestoques;Pode gerar um prontuário eletrônico; Otimiza a produtividade dos trabalhadores;Garante uma assistência livre de riscos e danos aos paciente (CANAVEZI, 2008).

Importância do ME: constitui uma reunião de informações classificadas e catalogadas deforma sistematizada sobre as práticas/ações do serviço/estabelecimento; facilita o acesso àsinformações de forma organizada e criteriosa; esclarece duvidas e favorece o trabalho deequipe; padroniza e uniformiza o desempenho das pessoas e facilita a supervisão; agiliza oandamento do trabalho, racionalizando-o; proporciona maior segurança no desenvolvimentodas atividades.

As normas podem ser:

Administrativas: são as resoluções, ordens de serviço, orientações e tudo que determinauma autoridade imediata ou mediata da unidade administrativa; devem ser relacionadas porescrito e de maneira que possam ser localizadas no ME, com clareza e objetividade. (Ex:...nenhuma medicação deve ser solicitada sem prescrição médica escrita / todos os servidoresdevem trabalhar com uniforme completo / as refeições dos servidores devem ser realizadassomente no refeitório).

Técnicas: são aquelas que explicam a forma como deve ser realizada uma ação, tarefa ouatividade; sua fixação e utilização com rigor evita erros, principalmente em situações dealteração no quadro de pessoal. (Ex:... fórmula para lavagem de roupa de lã / fórmula paradiluição de solução desinfetante para máscaras de nebulização).

As rotinas devem servir para proporcionar um melhor e mais rápido andamento do trabalho,e deve ser elaborada para cada serviço especificamente, de forma a explicitar sua realidade.Se estiverem dificultando a realização do trabalho e servindo como uma “camisa de força”para a equipe, não está mais atendendo à sua finalidade, e necessitam de avaliação (o quedeve ser feito antes que isso venha a acontecer).

Finalidades das rotinas: determina de modo preciso como o trabalho deve ser feito;padroniza os procedimentos; racionaliza o trabalho; proporciona segurança ao pessoal; evitagasto desnecessário de tempo; reduz erros e assegura o atendimento à clientela.

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Os tipos de rotinas mais utilizados são: rotinas para o uso de impressos; rotinas gerais;rotinas específicas e relacionada com o atendimento; rotinas administrativas (relacionadas compaciente/unidade/pessoal/material/equipamentos). As formas de apresentação das rotinas mais utilizadas são: em colunas: devem conter onúmero de ações/os agentes/ a ação/ e observações; em fluxograma: representadagraficamente; textual; descrição da rotina em forma de texto.

Exemplos de Rotinas

1.Rotina em Colunas com diversos agentes: Admissão do Paciente – Unidade deInternação

Número Agente Ação Observação

1

2

3

4

5

6

Enfermeiro

Técnico de Enfermagem

Enfermeiro

Médico

Secretário de Enfermagem

Enfermeiro

Recebe o pacienteOrienta o paciente e acompanhante quanto às rotinas doserviço. Faz o levantamento de dados do paciente e família –histórico, exame físico, diagnóstico.Registra os dados no prontuário, faz prescrição.

Verifica os sinais vitais do paciente e anota na folha decontrole.

Solicita a presença do médico.

Examina o paciente e prescreve. Requisita os exames.

Encaminha os exames

Orienta o paciente para os exames e fornece o materialnecessário.

Modelo 002

Modelo 001

Plantonista

Modelo 002Modelo003

Livro de exames.

2. Rotina Textual

Admissão do Paciente – Unidade de Internação

a) IntroduçãoO paciente depois de registrado e de acordo com o critério do SPA é encaminhado para

uma Unidade de Internação, para tratamento, em regime de internação.

b) CompetênciaÉ de competência médica, o pedido de internação, cabendo ao Registro e à

Enfermagem, as providências conforme rotina de admissão da Unidade de Internação.

c) Normas a seguir• Enfermeiro: recebe o paciente, orientando-o quanto às rotinas do serviço.• Enfermeiro: faz o levantamento de dados do paciente e família.• Auxiliar de Enfermagem: Verifica os sinais vitais do paciente e anota na folha de controle.• Enfermeiro: solicita a presença e avaliação do médico plantonista.• Médico: examina o paciente, prescreve e solicita exames.• Secretário de Enfermagem: encaminha os exames.• Enfermeiro: orienta pacientes para os exames e fornece material

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Referências

CANAVEZI, Cleide Mazuela. Protocolos de Enfermagem – los aspectos éticos e legais. ConselhoRegional de Enfermagem. COREN-SP. São Paulo, 2008. Disponível em:http://www.anggulo.com.br/psoriase/retro_2008/palestras/enfermagem/CleideMazuelaCanavezi.pdf. Acesso em 27 de maio de 2013.

CHIAVENATO, I. Iniciação à Organização e Controle. McGraw-Hill, São Paulo, 1989.

GAMA, B.M.B.D.M. Organização em Enfermagem. Material Instrucional. Disciplina deAdministração em Enfermagem I. Faculdade de Enfermagem. UFJF. Juiz de Fora, 2012.

HENDRIKX,H.M. Manual de Organização e Avaliação do Serviço de Enfermagem, CEDAS,São Paulo, s.d.

KURCGANT, P. Administração em Enfermagem, EPU, São Paulo, 1991.

MARQUIS, B.L.;HUSTON,C.J.Administração e Liderança em Enfermagem, Art Med, PA, 2010.

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Faculdade de Enfermagem - Departamento de Enfermagem Básica admIsem2/2013Disciplina: Administração em Enfermagem IIDocente: Bernadete Marinho Bara De Martin Gama

ANEXO 1

1)Organogramas

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Setores da COLIVRE representados nas pétalas do organograma - são órgãos operacionais comatribuições específicas, que estão ligados às atividades fim (pétalas vermelhas), quando foremresponsáveis diretamente pela execução de serviços presentes no portfólio da cooperativa; ou estãoligados à atividades meio (pétalas amarelas), quando forem responsáveis por atividades ligadas aestrutura administrativa, humana e tecnológica da cooperativa ( COLIVRE, Cooperativa de TecnologiasLivres, 2013).

13

14

2) Elaboração de protocolos - PORTAL DA ENFERMAGEM (http://www.portaldaenfermagem.com.br)

Diante desta fundamental ferramenta na rotina de auxiliares, técnicos e enfermeiros, o Portalda Enfermagem buscou junto à enfermeira Rosângela Jerônimo dicas para a elaboração deprotocolos. O modelo abaixo pode ser aplicado a qualquer área de atuação da enfermagem nasaúde.Ao elaborar um protocolo o profissional responsável deverá estar atento para algumasquestões, a saber:- Iniciar com um cabeçalho padronizado para todos os documentos da instituição. Ex.:

Logo da Instituição Nome do Protocolo

ProtocoloNº 15

Versão05

Elaborado em:Janeiro 2009

Última Revisão:Julho 2012

Página:½

- A numeração do protocolo deverá ser mantida sempre, independente das atualizações.

- As atualizações devem ser realizadas sempre que houver alterações. Uma revisão deve serrealizada periodicamente, independente de alterações. Minha sugestão é uma revisão nomínimo a cada 2 anos.

- A data inicial da elaboração do documento não deverá ser alterada, independente das novasversões.

- Ao realizar uma nova versão o editor responsável deverá substituir todas as cópias existentesdesse documento, pela versão atualizada.

- Todo documento deverá constar os dados do editor (pessoa que elaborou o documento), dorevisor (pessoa ou pessoas que analisarão o conteúdo) e do aprovador (normalmente chefe ouresponsável técnico). Esses dados poderão constar no início ou final do documento. Lembre-seque o editor não deverá ser o revisor, que também não é o aprovador.Ex.:

Elaborado por: Revisado por: Aprovado por:

Veja abaixo um modelo de protocolo

Logo da Instituição Ressuscitação cardiopulmonar

ProtocoloNº 15

Versão05

Elaborado em:Janeiro 2012

Última RevisãoJunho 2013

Página:½

Objetivo:Prestar atendimento a um paciente em parada cardiorrespiratória.

Definições:Parada cardiorrespiratória consiste na ausência de resposta aos estímulos, estado de inconsciência, ausência de

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pulso na circulação central (grandes artérias) e ausência de respiração.

Atividades:1. DETERMINAR INCONSCIÊNCIA: através de estímulo verbal e tátil. Verificar o horário de início do atendimento.

2. ACIONAR AJUDA: pode ser por acionamento de campanhia, telefone ou verbal. Um membro da equipe de enfermagem deverá encaminhar o carrinho de emergência para o local do atendimento e acionar o médico.

3. POSICIONAMENTO DO PACIENTE: colocar o paciente em decúbito dorsal horizontal e em superfície rígida para que não haja dispersão de energia utilizada durante as manobras de compressão torácica.

4. POSICIONAMENTO DOS PROFISSIONAIS:

4.1 o médico deverá posicionar-se na cabeceira do leito permitindo acesso as vias aéreas; 4.2 outro médico ou o enfermeiro deverá posicionar-se na lateral do leito permitindo acesso a região torácica (massagem); 4.3 o técnico ou auxiliar de enfermagem deverá posicionar-se junto ao carrinho de emergência, próximo ao leito, permitindo manuseio ao acesso venoso;4.4 outro profissional de enfermagem deverá ser apoio dos demais profissionais, atendendo suas solicitações.

5. LIBERAÇÃO DAS VIAS AÉREAS: utilizar as manobras de elevação do queixo.

6. VERIFICAÇÃO DA VENTILAÇÃO: ver, ouvir e sentir, abaixando o rosto próximo ao rosto do paciente e tentandover os movimentos respiratórios, ouvir ruídos ou sentir entrada ou saída de ar.

7. VENTILAÇÕES: realizar duas ventilações para verificar se há obstrução de vias aéreas.

8. VERIFICAÇÃO DE PULSO: pulso em grandes artérias (femoral ou carótida).

9. INICIAR AS MANOBRAS DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR: 30 compressões para cada 2 ventilações. A cada 5 ciclos, verificar pulso e trocar o profissional que realiza as compressões torácicas.

10. VIA AÉREA DEFINITIVA: o médico deverá realizar o procedimento de intubação orotraqueal.

11. MONITORIZAÇÃO: instalar o aparelho de desfibrilação / cardioversão para acompanhar o traçada eletrocardiográfico do paciente.

12. ACESSO VENOSO: o acesso poderá ser central ou periférico. Nos casos de acesso periférico instalar o dispositivo em veia de grande calibre.

13. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: seguir prescrição / solicitação médica.

14. DESFIBRILAÇÃO: seguir solicitação médica.Notas importantes- deve-se começar as manobras de RCP sempre que for constatado PCR, com exceção de casos como: decapitação, esmagamento total de segmentos corpóreos vitais, rigidez cadavérica, manchas hipostática e corpo em decomposição;

- a constatação do óbito é de competência única e exclusiva do profissional médico, exceto nos casos acima citados;

- devem ser minimizadas as interrupções das compressões torácicas o máximo possível. A interrupção deverá ocorrer somente para punção venosa, intubação, verificação de pulso;

- o número excessivo de profissionais pode prejudicar o atendimento ao paciente;

- as ventilações utilizando bolsa-valva-máscara devem sempre estar enriquecidas com suporte de oxigênio;

- o sistema de aspiração deve estar montado e pronto para ser utilizado. Durante o procedimento de aspiração as

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compressões torácicas não devem ser interrompidas.

ReferênciasSuporte Avançado de Vida em Cardiologia, Manual para provedores, American Heart Association,2004.Suporte Avançado de Vida em Pediatria, Manual para provedores, American Heart Association, 2004

3) POP HU UFJF

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Versão 00 Serviço de Enfermagem – Proibido Reproduzir Página 1 de 1

PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM

POP ENF ___ Admissão do usuário no ambulatório

Elaborado em: 09/10/2012

Revisado em: ___/___/___

Objetivos: Iniciar coleta de dados para o prontuário. Recepcionar e orientar o paciente. Compor fonte de dados sobre atendimentos e evolução do usuário.

Aplicação:

Ambulatórios

Responsável Descrição da Atividade

Enfermeiros

1. Receber o usuário no setor;2. Conferir encaminhamentos;3. Realizar consulta de enfermagem; 4. Completar os dados no prontuário;5. Orientar e encaminhar o paciente à sala de espera

Técnicos deEnfermagem

1. Receber o usuário no setor;2. Conferir encaminhamentos;3. Aferir sinais vitais e realizar anotações sobre estado geral do

usuário; 4. Completar os dados no prontuário;5.Orientar e encaminhar o paciente à sala de espera.

Glossário: Não há.

Referências:TIMBY, B.K. Trad. GARCEZ, R. Conceitos e habilidade fundamentais noatendimento de enfermagem. 6ª Ed, 2001. Editora Artmed: Porto Alegre.Anexos: Não há.

Elaborado por: Enfa. RobertaEnfa. LucimarAcad. Enf. Claudia Cristina da Silva Faustino

Aprovação:

Data:___/___/______

Assinatura:

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4) PROTOCOLOS CLÍNICOS E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

(http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=35490)

2013

Esclerose Sistêmica Portaria SAS/MS nº 99 - 07/02/2013

Lúpus Eritematoso Sistêmico (Retificado em 22/03/2013)

Portaria SAS/MS nº 100 - 07/02/2013

Acromegalia (Retificado em 03/04/2013) Portaria SAS/MS nº 199 - 25/02/2013

Dislipidemia para a prevenção de eventos cardiovasculares e pancreatite

Portaria SAS/MS nº 200 - 25/02/2013

Esquizofrenia Portaria SAS/MS nº 364 - 09/04/2013 Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (Retificado em 14/06/2013)

Portaria SAS/MS nº 609 - 06/06/2013

Artrite Reumatoide Portaria SAS/MS nº 710 - 27/06/2013

Psoríase Portaria SAS/MS nº 1.229 - 05/11/2013Glaucoma Portaria SAS/MS nº 1.279 - 19/11/2013 Acromegalia Portaria SAS/MS nº 199 - 25/02/2013Doença de Alzheimer Portaria SAS/MS nº 1.298 - 21/11/2013Diabete Insípido Portaria SAS/MS nº 1.299 - 21/11/2013Anemia Aplástica Adquirida Portaria SAS/MS nº 1.300 - 21/11/2013Osteogênese Imperfeita* Portaria SAS/MS nº 1.306 - 22/11/2013Fenilcetonúria Portaria SAS/MS nº 1.307 - 22/11/2013Anemia Hemolítica Autoimune Portaria SAS/MS nº 1.308 - 22/11/2013

Espondilose Portaria SAS/MS nº 1.309 - 22/11/2013

Púrpura Trombocitopênica Idiopática Portaria SAS/MS nº 1.316 - 22/11/2013

Asma Portaria SAS/MS nº 1.317 - 25/11/2013 Doença de Wilson Portaria SAS/MS nº 1.318 - 25/11/2013 Epilepsia Portaria SAS/MS nº 1.319 - 25/11/2013 Síndrome Nefrótica Primária em Adultos Portaria SAS/MS nº 1.320 - 25/11/2013 Síndrome de Ovários Policísticos e Hirsutismo Portaria SAS/MS nº 1.321 - 25/11/2013 Imunossupressão no Transplante Hepático em Pediatria

Portaria SAS/MS nº 1.322 - 25/11/2013

Esclerose Múltipla Portaria SAS/MS nº 1.323 - 25/11/2013 Sobrecarga de Ferro Portaria SAS/MS nº 1.324 - 25/11/2013 Leiomioma de Útero Portaria SAS/MS nº 1.325 - 25/11/2013 Hemangioma Infantil Portaria SAS/MS nº 1.326 - 25/11/2013

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