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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO
DEPARTAMENTO DE CIENCIAS EXATAS E NATURAIS
CURSO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
OLÍVIO ASSIS DE OLIVEIRA
FERRAMENTA COMPUTACIONAL PARA ANÁLISE ESTÁTICA DE
PÓRTICOS PLANOS UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS
MOSSORÓ-RN
2013
OLÍVIO ASSIS DE OLIVEIRA
FERRAMENTA COMPUTACIONAL PARA ANÁLISE ESTÁTICA DE
PÓRTICOS PLANOS UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS
Monografia apresentada a Universidade
Federal Rural do Semiárido – UFERSA,
Campus Mossoró para a obtenção do título de
Bacharel em Ciência e Tecnologia.
Orientador: Prof. M.Sc. Raimundo
Gomes de Amorim Neto – UFERSA
MOSSORÓ – RN
2013
FICHA CATALOGRÁFICA
OLÍVIO ASSIS DE OLIVEIRA
FERRAMENTA COMPUTACIONAL PARA ANÁLISE ESTATICA DE UM
PÓRTICO PLANO UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS
Monografia apresentada a Universidade
Federal Rural do Semiárido – UFERSA,
Campus Mossoró para a obtenção do título de
Bacharel em Ciência e Tecnologia.
APROVADO EM ______/_______/________
BANCA EXAMIDADORA
_______________________________________________________
Prof. M.Sc. Raimundo Gomes de Amorim Neto – UFERSA
Presidente
_______________________________________________________
Prof. M.Sc. Flaviana Moreira de Souza Amorim – UFERSA
Primeiro Membro
_______________________________________________________
Prof. M.Sc. Valmiro Quéfren Gameleira Nunes – UFERSA
Segundo Membro
_______________________________________________________
Prof. M.Sc. João Paulo Matos Xavier – UFERSA
Suplente
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a meus pais Tarcísio e Vera Lúcia por seus aconselhamentos, valores
repassados, lições de vida e por sempre serem fonte inesgotável de motivação e inspiração, a
todos os meus irmãos Vinícius, Rodolfo, Vivian, Leopoldo, Monique, Tarcísio Filho e
Marcílio que de alguma forma contribuíram para que mais essa fase fosse superada e também
a meus sobrinhos Victor Falcão e Ana Beatriz.
A Joyce minha companheira de todas as horas, minha amiga fiel, namorada e futura esposa
por sua paciência e carinho que foram suficientes para superar a distância e a saudade o que
contribuiu para a conclusão de mais uma fase de minha formação, e também a sua mãe/avó
Ofélia Maria a quem devo respeito e sou muito grato por todos os seus conselhos e
ensinamentos.
Agradeço ao meu grande amigo e mestre Marco Antonio Diodato a quem devo admiração e
respeito, por seus aconselhamentos e por sua mão amiga sempre que precisei.
Aos amigos os quais posso considerar irmãos André Felipe (Carioca), Renato Diógenes,
Manassés Medeiros, Hugo Luiz, Jorge Vander e a todos os outros companheiros de vila
acadêmica e amigos que contribuíram de alguma forma para que mais essa fase fosse
superada com sucesso.
“Deixe o futuro dizer a verdade, e avaliar cada
um de acordo com seus trabalhos e suas
conquistas.”
Nikola Tesla
RESUMO
A análise estrutural é uma área da engenharia civil de grande importância para o
desenvolvimento de projetos de edificações, pontes, viadutos entre outras. O estudo de
determinadas situações só é possível fazendo-se uso de ferramentas avançadas que realizam
modelagens de forma rápida e confiável de problemas que por vezes são impossíveis de ser
resolvidos de forma analítica (manual). No presente trabalho foi desenvolvido um programa
denominado PMEF_BETA utilizando o ambiente de programação numérica Matlab® e que
tem como objetivo analisar estaticamente estruturas do tipo pórticos planos fazendo uso do
método dos elementos finitos (MEF) e comparar os resultados encontrados a outra ferramenta
consagrada para análise de estruturas planas que é o FTOOLS®, apresentando bons resultados
nas análises realizadas.
Palavras-chave: Análise estrutural. Método dos elementos finitos. Pórticos planos.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1 – Tipos de estruturas reticuladas (pórticos e treliças). ............................................ 11
Figura 1.2 – Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP), pórticos sustentando a estrutura
do edifício. ................................................................................................................................ 15
Figura 1.3 – Arena Pantanal, seção utilizando pórticos utilizados para a sustentação da
cobertura e das arquibancadas. ................................................................................................. 15
Figura 2.1 – Rede de elementos finitos bidimensionais (placas). ............................................ 17
Figura 3.1 – Estrutura contínua discretizada, com a representação dos graus de liberdade para
cada elemento. .......................................................................................................................... 20
Figura 3.2 – Inserção de nó fictício. ......................................................................................... 21
Figura 3.3 – Elemento de pórtico finito com seis graus de liberdade (duas translações e uma
rotação por nó). ......................................................................................................................... 24
Figura 3.4 – Barra bi engastada, semelhante a um elemento de pórtico plano (6 graus de
liberdade). ................................................................................................................................. 25
Figura 3.5 – Barra bi engastada, com extremidade livre. ......................................................... 25
Figura 3.6 – Diagrames dos esforços internos de uma barra engastada sujeita ao carregamento
de uma força unitária na direção de cada grau de liberdade. .................................................... 26
Figura 3.7 – Deslocamentos da estrutura em função da aplicação de uma carga unitária. ...... 28
Figura 3.8 – Representação dos graus de liberdade em uma barra nos sistema local e no
sistema global. .......................................................................................................................... 30
Figura 3.9 – Pórtico bi apoiado com três elementos................................................................. 33
Figura 3.10 – Matrizes de rigidez no sistema local. ................................................................. 33
Figura 3.11 – Matriz de rigidez global (12x12) para um pórtico bi apoiado (3 elementos, 2 nós
livres e 2 nós restringidos) com a representação matricial do efeito dos nós na estrutura. ...... 34
Figura 3.12 – Fluxograma do PMEF_BETA. .......................................................................... 37
Figura 4.1 – Entrada de dados no PMEF_BETA através de um arquivo com a extensão (.txt).
.................................................................................................................................................. 39
Figura 4.2 – Representação gráfica da estrutura no PMEF_BETA. ......................................... 40
Figura 4.3 – Representação gráfica da estrutura no FTOOLS®
. .............................................. 40
Figura 4.4 – Idealização da estrutura deformada PMEF_BETA. ............................................. 41
Figura 4.5 – Idealização da estrutura deformada FTOOLS®.................................................... 41
Figura 4.6 – Esforços normais na estrutura PMEF_BETA. ..................................................... 42
Figura 4.7 – Esforços normais na estrutura FTOOLS®. ........................................................... 42
Figura 4.8 – Plotagem inicial da estrutura em estudo com 14 elementos e 12 nós. ................. 44
Figura 4.9 – Plotagem inicial da estrutura no FTOOLS®. ........................................................ 44
Figura 4.10 – Esforços normais da estrutura. ........................................................................... 45
Figura 4.11 – Diagrama de esforços normais FTOOLS®
......................................................... 45
Figura 4.12 – Idealização dos deslocamentos da estrutura com o PMEF_BETA, utilizando um
fator de escala 0,5. .................................................................................................................... 46
Figura 4.13 – Idealização dos deslocamentos da estrutura com o FTOOLS®, utilizando um
fator de deformação de 150. .................................................................................................... 46
Figura 7.1 – Exemplo de entrada de dados no PMEF_BETA. ................................................. 50
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................... 11
1.2 CAMPOS DE APLICAÇÃO DO METODO DOS ELEMENTOS FINITOS .................. 13
1.3 PÓRTICOS PLANOS ........................................................................................................ 14
1.4 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO ................................................................................. 16
1.5 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 16
1.5.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 16
1.5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 16
2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 17
2.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE O METODO DOS ELEMENTOS FINITOS PARA
ANÁLISE DE ESTRUTURAL ................................................................................................ 17
2.2 FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS PARA ANÁLISE DE ESTRUTURAS ........... 18
2.3 ALGUNS TRABALHOS REALIZADOS COM A IMPLEMENTAÇÃO DO METODO
DOS ELEMENTOS FINITOS PARA ANÁLISE ESTRUTURAL ........................................ 19
3 MODELAGEM DE PÓRTICOS PLANOS VIA METODO DOS ELEMENTOS
FINITOS ................................................................................................................................ 20
3.1 IDEALIZAÇÃO ESTRUTURAL ...................................................................................... 20
3.2 DIVISÃO EM ELEMENTOS ............................................................................................ 21
3.3 SISTEMAS DE COORDENADAS ................................................................................... 22
3.4 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE RIGIDEZ PARA ANALISE ESTÁTICA . 22
3.5 MATRIZ DE RIGIDEZ PARA UM ELEMENTO DE PÓRTICO PLANO ..................... 24
3.6 CÁLCULO DOS COEFICIENTES DA MATRIZ DE RIGIDEZ ..................................... 25
3.7 MATRIZ DE ROTAÇÃO .................................................................................................. 30
3.8 MATRIZ DE RIGIDEZ GLOBAL PARA PÓRTICOS PLANOS .................................... 32
3.9 MONTAGEM DO SISTEMA GLOBAL DE EQUAÇÕES .............................................. 32
3.10 IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL .................................................................... 36
4 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO E RESULTADOS NUMÉRICOS ............................... 38
4.1 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DO PMEF_BETA .......................................................... 38
4.1.1 EXEMPLO 01 - PÓRTICO COM VIGA INCLINADA................................................. 38
4.1.2 EXEMPLO 02 - PÓTICOS COMPOSTOS .................................................................... 43
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 47
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 48
ANEXO A – ENTRADA DE DADOS NO PMEF_BETA. .................................................... 49
ANEXO B – PMEF_BETA, CÓDIGO EM MATLAB®. ........................................................ 51
11
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A análise estrutural é tarefa complexa e árdua na engenharia civil, que requer tempo e
paciência, exigindo do projetista grande conhecimento, principalmente na tomada de decisões
feitas antes e ao longo do processo de cálculo. Dentre as quais destacam-se decisões a serem
tomadas, a seleção dos componentes adequados que irão compor o arranjo estrutural e a
adoção dos modelos utilizados para simular o seu comportamento. A análise estrutural ou
análise de estruturas é subdividida em dois grandes grupos de estruturas, de acordo com as
sua geometria:
Estruturas reticuladas planas (treliças planas, pórticos planos, etc)
Estruturas reticuladas espaciais (treliças espaciais, pórticos espaciais, etc)
Considerando o grupo das estruturas planas o objetos de estudo são idealizações de
estruturas no plano bidimensional (2D) lembrando que estruturas perfeitamente planas podem
ser consideradas apenas como aproximações para o cálculo de estruturas tridimensionais (3D)
que são representações de estruturas no espaço. Essas estruturas podem ser observadas em
diversas aplicações de engenharia estrutural como na construção de edifícios, pontes, viadutos
entre outras. Estes dois grupos de estruturas podem ser representados por um modelo de
barras interligadas por nós (Figura 1.1) e podem ser estudadas de forma analítica (manual) ou
solucionadas de forma matricial com o auxilio do computador (modelagem numérica) de
acordo com as propriedades da estrutura em questão (seções transversais, propriedades do
material adotado e restrições estruturais) e a forma de aplicação das cargas. Quando o sistema
estrutural é simples pode-se optar por uma solução manual, mas à medida que a complexidade
aumenta é conveniente fazer uso de ferramentas computacionais para obter-se uma solução
rápida e do problema proposto.
Figura 1.1 – Tipos de estruturas reticuladas (pórticos e treliças).
Fonte: Soriano (2005)
12
As etapas para análise estrutural implicam na idealização de problemas físicos a
partir de modelos matemáticos. As representações matemáticas dos modelos físicos são, em
geral, expressas em equações diferenciais e/ou integrais. Uma das maneiras para construir as
soluções dessas equações, ditas governantes, é via métodos analíticos que possibilitam a
análise de organizações estruturais mais simplificadas, já em problemas que apresentam um
sistema estrutural mais elaborado se faz necessário o uso de algum método numérico para que
se tenha uma resposta aproximada do sistema proposto, dentre eles podem ser citados: o
Método dos Elementos de Contorno (MEC), Método das Diferenças Finitas (MDF), Método
dos Elementos Finitos (MEF) e vários outros. Com a utilização e qualquer destes métodos
pode-se obter uma solução para o modelo físico/matemático proposto. Dentre as muitas
ferramentas disponíveis para o cálculo e análise de estruturas mecânicas e meios contínuos em
geral, o Método dos Elementos Finitos tem se destacado como sendo uma ferramenta de uso
geral, eficaz e de alto desempenho e de relativa facilidade na implementação computacional.
Com o surgimento de novas tecnologias (computadores pessoais e softwares para
simulação) com poder de processamento elevado, está se tornando comum e necessário o seu
uso para análise de problemas em diversas áreas. Para a problemática da engenharia, esse tipo
de ferramenta possibilita a análise numérica computacional de várias situações desde que se
faça uso do método adequado, situações essas que podem variar desde situações simples até
as mais complexas, em áreas como mecânica estrutural, eletromagnetismo, mecânica dos
fluidos entre outras. O uso dessas tecnologias tem se tornado cada vez mais necessário para
resolver problemas fornecendo soluções a situações complexas em um curto intervalo de
tempo, o que é de grande interesse não só da engenharia, mas de qualquer área que tenha
como objetivo aumentar a sua produtividade na análise e solução de problemas.
Existem no mercado ferramentas (computadores e softwares) disponíveis
desenvolvidos para resolver problemas específicos como é o caso do software Ftools®
(Tecgraf/PUC-RJ) aplicativo desenvolvido para a resolução de estruturas bidimensionais
(2D), e outros que podem ser aplicados a uma infinidade de situações como é o caso do
Matlab®
(MathWorks) que é uma ambiente para a manipulação numérica matricial que podem
ser utilizados em diversas aplicações e caracteriza-se como um software extremamente útil
para solucionar problemas de engenharia que frequentemente envolvem cálculos complexos
ou extensos. É muito usado em situações específicas, como na otimização de processos,
desenhos gráficos, interfaces e simulações, entre outros.
13
Outro exemplo são os programas que usam o Método dos Elementos Finitos,
aplicados à análise estrutural. Esse tipo de software basicamente simplifica um problema
global, como uma viga, placa, ou uma estrutura qualquer, para um modelo de elementos
finitos fornecendo soluções locais. O que se faz é discretizar a estrutura e representá-la por
sistemas equações, escritos como matrizes. Assim pode-se descrever como uma estrutura
complexa se comportará em modelo físico/matemático. Softwares como esses são muito bem
estruturados, compostos de vários algoritmos simples inter-relacionados.
Tendo em vista resolução de sistemas estruturais planos propõe-se o
desenvolvimento de uma ferramenta para a análise de um tipo específico de estrutura plana
(pórtico plano), construindo-se uma interface gráfica para a entrada, manipulação e saída de
dados para o usuário fazendo uso do software Matlab®
(MathWorks) que possibilita a
construção e implementação de interfaces gráficas e realiza modelagem numérica necessária
para se obter soluções para o problema proposto.
1.2 CAMPOS DE APLICAÇÃO DO METODO DOS ELEMENTOS FINITOS
O número de áreas de aplicação para o MEF tem crescido de forma considerável
recentemente. Dentre os inúmeros campos de aplicação possíveis, podem se citar: Indústria da
Construção Civil; Indústria automobilística, naval, aeronáutica e aeroespacial; Metalurgia;
Mineração; Exploração de petróleo; Setor energético; Telecomunicações; Forças Armadas;
Meio ambiente; Recursos Hídricos; Saúde.
As primeiras aplicações do MEF foram a problemas de engenharia estrutural, mais
especificamente, sobre análise de tensões. Neste tipo de problema, buscam-se determinar as
tensões, deformações e deslocamentos em um corpo sólido sujeito a determinadas ações tais
como cargas (forças aplicadas) e recalques (deslocamentos impostos). Exemplos de tais
aplicações compreendem o estudo do comportamento de estruturas civis, tais como edifícios,
pontes, barragens, e túneis, onde os elementos finitos são utilizados na discretização de vigas,
lajes, treliças, paredes, fundações, etc.
O estudo de análise de tensões também é importante em outras áreas da engenharia,
tais como engenharia mecânica, naval, aeronáutica, aeroespacial, onde são necessárias
análises das estruturas e peças mecânicas de máquinas, automóveis, caminhões, navios,
aviões, espaçonaves, etc. Dentro da área de mecânica dos sólidos, podem ser realizadas:
análise estática, análise modal (problemas de autovalor e autovetor, para estudo de vibrações e
14
instabilidade estrutural), e análise dinâmica. Além da aplicação clássica do MEF na solução
de problemas da mecânica dos sólidos, várias outras áreas da engenharia empregam
atualmente o MEF como uma poderosa ferramenta na análise de diversos fenômenos físicos, e
no projeto e análise de diversos equipamentos, dispositivos, processos industriais, etc.
A quantidade de problemas físicos que podem ser analisados com o MEF é bastante
grande. A título de ilustração podem-se citar as seguintes áreas:
Transferência de calor;
Elastostática;
Elastodinâmica;
Eletroestática;
Eletromagnetismo;
Fadiga;
Hidráulica;
Mecânica da fratura;
Hidrodinâmica;
Aerodinâmica;
Biomecânica;
Lubrificação;
Problemas de interação fluído-estrutura;
Problemas de propagação de ondas;
1.3 PÓRTICOS PLANOS
De acordo com Soriano (2005), pórticos planos são definidos como modelos de
estruturas em barras retas ou curvas, situadas em um mesmo plano (usualmente vertical), sob
ações externas que as solicitam apenas nesse plano, de maneira que em cada seção transversal
de barra desenvolvam somente momento fletor de vetor representativo normal a esse plano, a
força normal e a força cortante de vetores representativos nesse plano. Esse tipo de estrutura é
largamente aplicada a diversas situações da engenharia civil, tendo como principais exemplos
a sua utilização na composição estrutural de prédios, pontes, viadutos entre outras aplicações
(Figuras 1.2 e 1.3). E pode ser constituído por vários materiais como concreto armado, aço
15
estrutural, alumínio estrutural, madeira entre outros. Apresentam-se como estruturas
essenciais a quase todo tipo de edificação, sendo bastante observados no dia-a-dia, um dos
motivos para se adotar pórticos planos na elaboração de projetos estruturais é a sua
versatilidade.
Figura 1.2 – Museu de Arte Moderna de São Paulo (MASP), pórticos sustentando a estrutura
do edifício.
Fonte: Museu de Arte Moderna de São Paulo (2013)
Figura 1.3 – Arena Pantanal, seção utilizando pórticos utilizados para a sustentação da
cobertura e das arquibancadas.
Fonte: Mendes Junior (2013)
16
1.4 JUSTIFICATIVA DO TRABALHO
Com o desenvolvimento cada vez mais rápido de computadores e softwares, está se
tornando cada vez mais comum e necessário o uso desse tipo de ferramenta para a resolução
de problemas de forma rápida, sendo que a realização do trabalho complementa o que já foi
desenvolvido no âmbito da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), onde, já se
desenvolveram aplicativos para a manipulação de treliças planas e vigas de Bernoulli.
1.5 OBJETIVOS
1.5.1 OBJETIVO GERAL
O trabalho tem como objetivo principal desenvolver um aplicativo para fins
acadêmicos utilizando o ambiente do software Matlab®
(MathWorks), para analise de
deslocamentos nodais (em cada nó) e esforços internos utilizando o Método dos Elementos
Finitos em estruturas reticuladas do tipo pórticos planos e fornecer a visualização de
resultados de forma gráfica e tabular.
1.5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Implementar o método dos elementos finitos em sub-rotinas do Matlab®
(MathWorks) para a resolução do sistema proposto.
Comparar os resultados obtidos com a rotina implementada com os resultados
do FTOOLS, para verificar a eficiência e robustez do programa desnvolvido.
Obter respostas gráficas a partir das análises realizadas com programa
desenvolvido
17
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE O METODO DOS ELEMENTOS FINITOS PARA
ANÁLISE DE ESTRUTURAL
De acordo com Assan (2003), O Método de Elementos Finitos (MEF) caracteriza-se
como um método numérico que foi estabelecido a partir da discretização do meio contínuo
(Figura 2.1), de maneira que o sólido seja subdividido em um número finito de partes,
denominados de “elementos”, conectados entre si por intermédio de pontos discretos,
chamados de “nós”. Uma escolha adequada do tipo e tamanho dos “elementos” depende das
propriedades do problema em questão, e tem papel grande importância na análise. Segundo
Clough & Wilson (1999) a análise estrutural anteriormente a 1952 estava restrita à
discretização do contínuo utilizando-se elementos conectados a dois pontos no espaço. Pode-
se considerar que os primeiros passos da versão atual do MEF foram publicados
principalmente nos últimos cinco anos da década de 1950.
Figura 2.1 – Rede de elementos finitos bidimensionais (placas).
Fonte: Assan (2003)
Segundo Sobrinho (2006), os primeiros estudos sobre o Método dos Elementos Finitos
foram realizados visando à solução de problemas na área de resistência dos materiais, com
ênfase na determinação de deslocamentos de grandes estruturas e na investigação de estados
de tensão complexos que não podiam ser analisados com as ferramentas analíticas da teoria da
elasticidade. O grande número de pesquisas e desenvolvimentos realizados nessa área
específica fez com que o Método dos Elementos Finitos ficasse permanentemente associado a
problemas estruturais da engenharia mecânica e civil.
18
Em engenharia estrutural considerando o caso dos pórticos planos, pode ser
discretizado da seguinte forma, as barras que compõem o sistema são consideradas como os
elementos finitos, sendo conectadas entre si por nós. Os elementos de um pórtico são
projetados para resistir deformações de qualquer natureza e flexão. O elemento de viga com
dois nós pode ser combinado com o elemento de barra para formar um elemento bastante
versátil que pode ser utilizado para analisar montagens, no plano ou no espaço de pórticos.
Este elemento pode ser útil para modelar de forma simples o comportamento dinâmico
e estático de mecanismos, máquinas, edificações, robôs, rotores, pás de turbinas, paletas e até
mesmo de uma aeronave ou uma barragem de concreto. É assumido a priori que os efeitos
axiais e de flexão são desacoplados um do outro, o que é uma condição razoável de se assumir
dentro de estruturas sofrendo deformações pequenas, (SILVA, 2009).
2.2 FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS PARA ANÁLISE DE ESTRUTURAS
Ferramentas computacionais livres para analisar esse tipo de estruturas foram
desenvolvidas para fins acadêmicos como é o caso do Ftools®
que é um software livre para
uso acadêmico aplicado principalmente na mecânica das estruturas. O ambiente de
programação numérica Matlab®
(MathWorks) pode ser utilizado para o desenvolvimento de
rotinas que possibilitem a análise de deslocamentos nodais de pórticos fazendo uso do
Método dos Elementos Finitos para resolver as equações que descrevem o sistema proposto.
O Matlab®
(MathWorks) é um programa computacional para uso específico,
otimizado para executar cálculos científicos e de engenharia. Ele foi concebido como um
programa para operações matemáticas sobre matrizes, mas ao longo dos anos transformou-se
em um sistema computacional flexível capaz de resolver essencialmente qualquer problema
técnico. O Matlab®
implementa a linguagem MATLAB, e oferece uma ampla biblioteca de
funções predefinidas para que a programação técnica se torne mais fácil e eficiente, essa
variedade extremamente ampla de funções torna muito mais fácil a resolução de problemas
técnicos em Matlab® do que em outras linguagens, como Fortran ou C (CHAPMAN, 2003)
Em suas versões atuais apresentam ferramentas que possibilitam o desenvolvimento
de interfaces gráficas para o usuário (GUI), comparando-se a ambientes de desenvolvimento
integrado como o NetBeans® (Oracle), Eclipse® ou Visual Basic® (Microsoft), pode
executar tarefas com a mesma técnica de programação, que resume-se basicamente a construir
inicialmente a interface gráfica do aplicativo proposto e em seguida adicionar a cada entidade
19
utilizada na composição da interface comandos específicos que realizem instruções que serão
executadas por rotinas e sub-rotinas elaboradas pelo autor do programa.
2.3 ALGUNS TRABALHOS REALIZADOS COM A IMPLEMENTAÇÃO DO
METODO DOS ELEMENTOS FINITOS PARA ANÁLISE ESTRUTURAL
A utilização do MEF em aplicações para analise estrutural é bastante difundida, existem
diversos pacotes comercias que fazem uso direto do método para obtenção de resultados como
é o caso do NASTRAN, ANSYS, ALGOR, ABAQUS desenvolvidos com objetivo de realizar
simulações estruturais de qualquer tipo de estrutura. Através desses aplicativos é possível
realizar analise tanto linear (estática) quanto não linear (dinâmica).
No Brasil é comum o desenvolvimento de trabalhos envolvendo análise por elementos
finitos sendo bastante difundido no meio acadêmico, onde podem ser citados os trabalhos de
(QUEIROZ, 2010) que desenvolveu o aplicativo denominado de (SPROMS NET) para a
realização de análise estática e dinâmica via elementos finitos, implementando todo o
aplicativo na linguagem Java visando a execução da aplicação em dispositivos móveis.
No âmbito da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), foram
desenvolvidos trabalhos que tem como objetivo principal a análise estrutural. Como trabalhos
de conclusão de curso foram apresentados dois trabalhos que fizeram uso direto do método
para análise estática de treliças planas como pode ser visto no trabalho desenvolvido por
(OLIVEIRA, 2012), e para a análise estática de vigas de Bernoulli desenvolvido por
(BEZERRA, 2012). Com a união dos conceitos de análise desses trabalhos, foi concebido o
PMEF_BETA e sua versão inicial.
20
3 MODELAGEM DE PÓRTICOS PLANOS VIA METODO DOS ELEMENTOS
FINITOS
3.1 IDEALIZAÇÃO ESTRUTURAL
Em mecânica estrutural todas as análises são realizadas considerando a modelagem
(idealização) da estrutura a ser estudada, levando em consideração alguns conceitos
importantes descritos a seguir é possível obter-se modelos que descrevem com uma boa
aproximação da realidade.
Graus de liberdade
São as variáveis envolvidas no processo de análise de uma estrutura. Quando se trata do
método dos deslocamentos, por exemplo, os graus de liberdade são as deformações
(deslocamentos e/ou rotações) dos nós da estrutura.
Sistemas contínuos
Sistemas contínuos são aqueles compostos por uma infinidade de pontos materiais e que
possuem, portanto, um número infinito de graus de liberdade.
Sistemas discretos
Sistemas discretos são aqueles que possuem um número finito de pontos materiais e,
portanto um número finito de graus de liberdade.
Figura 3.1 – Estrutura contínua discretizada, com a representação dos graus de liberdade
para cada elemento.
Fonte: Autoria própria (2013)
21
A maioria das estruturas consiste de uma montagem de diferentes elementos
estruturais conectados entre si por ligações contínuas ou discretas. O passo mais importante
na análise por elementos finitos de estruturas é a formulação de um modelo matemático de
elementos discretos equivalentes à estrutura contínua real. Este modelo é necessário a fim de
se obter um sistema com um número finito de variáveis (graus de liberdade) nos quais as
operações de álgebra matricial poderão ser realizadas. À formulação de tal modelo chama-se
de idealização estrutural.
3.2 DIVISÃO EM ELEMENTOS
As estruturas são divididas em elementos de dimensão finita, ligados entre si por
pontos nodais (nós) onde se supõem a concentração de todas as forças de ligação entre
elementos. As ações e deslocamentos serão discretizados nos nós e a composição destes
elementos para constituir a estrutura resultará em um sistema de equações algébricas que será
tratado matricialmente.
Em geral um nó é constituído pelas ligações entre barras, extremidades livres, pontos
de vinculação, no entanto, um nó fictício poderá, por conveniência do problema, ser inserido
em qualquer ponto da estrutura, por exemplo, no meio de uma barra qualquer (neste caso
estaríamos dividindo a barra em duas), (Figura 3.2).
Figura 3.2 – Inserção de nó fictício.
Fonte: Autoria própria (2013)
22
3.3 SISTEMAS DE COORDENADAS
Com a finalidade de identificar e ordenar matricialmente as ações mecânicas (forças
e momentos) e os deslocamentos (lineares ou angulares), existentes nos nós de uma estrutura
integrada (montada, contínua) ou nas extremidades de um elemento (isolado, quando
subdividida a estrutura – “estrutura discretizada”), torna-se imprescindível a determinação de
um sistema de coordenadas arbitrário.
Na verdade, serão necessários dois sistemas de coordenadas chamados de sistema de
coordenadas globais e sistema de coordenadas locais. O sistema de coordenadas globais
refere-se aos graus de liberdade da estrutura como um todo, ou seja, estrutura montada, já o
sistema de coordenadas locais refere-se aos graus de liberdade dos elementos discretizados,
ou seja, das partes da estrutura.
3.4 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE RIGIDEZ PARA ANALISE ESTÁTICA
Quando o material adotado na confecção da estrutura apresenta comportamento
linear elástico, podemos dizer que o mesmo segue a lei de Hooke, a qual leva em
consideração fatores como tensão, deformação e o módulo de elasticidade longitudinal do
material (módulo de Young), podendo ser descrita através da seguinte relação.
3.1
Onde:
= deformação longitudinal do material, (m/m);
= módulo de elasticidade longitudinal (módulo de Young), (GPa);
= tensão (N/m²);
Observando os coeficientes que representam a tensão e a deformação do material
podemos reescrevê-los da seguinte maneira.
⁄ 3.2
Onde:
F = Força (N);
A = área da seção (m²);
23
⁄ ⁄ 3.3
Onde:
u = deformação (deslocamento nodal) do material (m);
L = comprimento inicial (m);
Substituindo-se 3.2 e 3.3 em 3.1, obtemos a seguinte relação.
⁄
⁄ (Lei de Hooke generalizada)
3.4
Com a reorganização dos termos a força aplicada ao material pode ser expressa em
função do deslocamento nodal que o material sofreu, a relação (EA/L) é denominada como
sendo o coeficiente de rigidez do material que é representado por K, a representação final da
expressão 3.5.
3.5
A partir dessa relação considerando as devidas condições de contorno adotadas no
modelo físico/matemático adotado. Para a análise de estruturas como barras simples a
representação da expressão encontrada é feita em sua forma matricial, configurando um
sistema linear de equações representado em sua forma genérica:
[ ] 3.6
Onde:
= vetor das forças nodais aplicadas na estrutura;
[ ] = matriz de rigidez da estrutura;
= vetor deslocamentos (translações e rotações);
Este método pode ser usado para analisar qualquer estrutura isostática ou
hiperestática. A estrutura é modificada introduzindo-se fixações de forma a torná-la
cinematicamente determinada (sistema principal). O sistema de equações que resolve o
problema é constituído por equações de equilíbrio de forças em torno destas fixações. As
incógnitas são os respectivos deslocamentos (rotações e/ou translações). No caso de estruturas
24
reticuladas, o único sistema principal possível é obtido pela fixação de todos os
deslocamentos possíveis dos nós (denominados graus de liberdade). O número de equações é
igual ao grau de indeterminação da estrutura, ou seja, é igual ao número de graus de liberdade
da estrutura.
3.5 MATRIZ DE RIGIDEZ PARA UM ELEMENTO DE PÓRTICO PLANO
Um elemento de pórtico plano é uma combinação de um elemento de treliça
(contribuição axial) e um elemento de viga (flexão) representado por uma barra que possui
um nó em cada uma de suas extremidades. Cada um dos nós de um elemento de pórtico plano
apresenta três graus de liberdade, uma translação vertical, uma translação horizontal e uma
rotação como visto na Figura 3.3. A matriz de rigidez do elemento será referenciada à um
sistema de coordenadas locais, onde o eixo “XL” que coincide com o eixo do elemento, o
eixo “YL” é perpendicular à “XL” e o eixo “ZL” é perpendicular ao plano formado por “XL” e
“YL”.
Figura 3.3 – Elemento de pórtico finito com seis graus de liberdade (duas translações e uma
rotação por nó).
Fonte: Autoria própria (2013)
Sistema local é definido pela incidência do elemento: eixo XL de J para K.
Vetor de deslocamentos no sistema local: [uL](6x1)
Ações devido aos deslocamentos nodais: {FL} = [KL].{uL}
25
3.6 CÁLCULO DOS COEFICIENTES DA MATRIZ DE RIGIDEZ
Considerando uma barra engastada nas duas extremidades que apresenta um
comportamento semelhante ao de um elemento de pórtico com possuindo três graus de
liberdade por nó, inicialmente vamos determinar as equações que regem os deslocamentos em
uma das extremidades do elemento. Para tanto se deve considerar a extremidade em questão
não restringida e a partir daí, com auxílio do método da carga unitária serão definidas as
equações.
Figura 3.4 – Barra bi engastada, semelhante a um elemento de pórtico plano (6 graus de
liberdade).
Fonte: Autoria própria (2013)
Liberando os deslocamentos do nó J, cujos graus de liberdade são “uL1, uL2, e uL3”,
tem-se:
Figura 3.5 – Barra bi engastada, com extremidade livre.
Fonte: Autoria própria (2013)
Aplicando-se cargas unitárias nas direções agora liberadas tem-se os seguintes
diagramas de momentos fletores (DMF’s) e diagramas de esforços normais (DEN’s):
26
Figura 3.6 – Diagrames dos esforços internos de uma barra engastada sujeita ao carregamento
de uma força unitária na direção de cada grau de liberdade.
Fonte: Autoria própria (2013)
Comparando-se os diagramas (Figura 3.6) obtém-se:
3.7
3.8
3.9
3.10
3.11
3.12
27
Como não existe carregamento externo na estrutura, os termos δ10, δ20 e δ30 são
nulos, ficando o sistema da seguinte forma:
{
3.13
Expandindo-se o sistema de equações 3.13, temos a seguinte relação 3.14:
{
3.14
Lembrando que um coeficiente de rigidez é na verdade uma força que aplicada na
direção de um grau de liberdade causa uma deformação unitária nesta direção, mantidas todas
as demais fixas. Assim, basta impor uma deformação unitária em cada uma das equações
acima mantendo as outras duas nulas e serão obtidos alguns dos coeficientes de rigidez do
elemento (a condição de deformações nulas nas direções uL4, uL5 e uL6 é assegurada pelo
engaste).
Impondo uL1 = 1; uL2 = 0 e uL3 = 0; obtém-se: S1= EA/L; S2 = 0; S3 = 0
Estes coeficientes são devidos à imposição de um deslocamento unitário na direção
uL1, portanto pode-se escrever em lugar de S1, S11, em lugar de S2, S21 e em lugar de S3, S31.
Impondo uL1= 0; uL2 = 1 e uL3 = 0; obtém-se: S1= 0; S2= 12EI/L3; S3= 6EI/L2
Ou, de forma análoga, S12 = 0; S22= 12EI/L3; S32= 6EI/L2, pois estes coeficientes são
devidos à um deslocamento unitário na direção uL2.
Impondo uL1 = 0; uL2 = 0 e uL3 = 1; obtém-se: S1 = 0; S2 = 6EI/L2; S3 = 4EI/L
Ou: S13 = 0; S23= 6EI/L2; S33= 4EI/L, pois estes coeficientes são devidos à um
deslocamento unitário na direção uL3.
28
Assim ficam determinados todos os coeficientes chamados SJJ, ou seja, os coeficientes
que surgem no nó J (esforços) devido à imposição de deformações unitárias neste mesmo nó.
Resta agora determinar os coeficientes que surgem no nó K devido à imposição de
deformações unitárias no nó J, ou SKJ, os coeficientes que surgem no nó K devido à imposição
de deformações unitárias no nó K, ou SKK, e os coeficientes que surgem no nó J devido à
imposição de deformações unitárias no nó K, ou SJK.
Outra observação que se faz é com relação à simetria dos coeficientes, S23= S32. Esta é
uma característica das matrizes de rigidez em geral, elas são simétricas, portanto pode-se dizer
que SJK= SKJ. Com estas observações pode-se prosseguir na determinação dos demais
coeficientes de rigidez, da seguinte maneira: inicialmente, por equilíbrio do elemento serão
determinados os coeficientes SJK, na sequência, por simetria serão determinados os
coeficientes SKJ e por fim, novamente por equilíbrio serão determinados os coeficientes SKK.
Figura 3.7 – Deslocamentos da estrutura em função da aplicação de uma carga unitária.
Fonte: Autoria própria (2013)
29
Por equilíbrio encontram-se os coeficientes SKJ à partir de SJJ: (mais 09 coeficientes):
Tabela 3.1 – Coeficientes SKJ à partir de SJJ.
SL4J SL5J SL6J
SL41 = -SL11
SL42 = 0
SL43 = 0
SL51 = 0
SL52 = -SL22
SL53 = -SL23
SL61 = 0
SL62 = -SL32 + SL22*L
SL63 = -SL33 + SL23*L
Fonte: Autoria própria (2013)
Por simetria encontram-se os coeficientes SJK= SKJ: (mais 09 coeficientes):
Tabela 3.2 – Coeficientes SJK= SKJ.
SL1K SL2K SL3K
SL14 = -SL41
SL15 = SL51
SL16 = SL61
SL24 = SL42
SL25 = SL52
SL26 = SL62
SL34 = SL43
SL35 = SL53
SL36 = SL63
Fonte: Autoria própria (2013)
Por equilíbrio encontram-se os coeficientes SKK à partir de SJK: (mais 09 coeficientes):
Tabela 3.3 – Coeficientes SKK à partir de SJK.
SL4K SL5K SL6K
SL44 = -SL44
SL45 = 0
SL46 = 0
SL54 = 0
SL55 = -SL25
SL56 = -SL26
SL64 = 0
SL65 = -SL35 + SL25*L
SL66 = -SL36 + SL26*L
Fonte: Autoria própria (2013)
Assim, fica determinada a matriz de rigidez de um elemento de pórtico plano:
[
]
3.15
30
Para este elemento pode-se agora definir uma relação entre ações (forças nodais) e
deslocamentos:
[ ]
Onde:
= vetor das forças nodais aplicadas no elemento;
[ ] = matriz de rigidez local;
= vetor deslocamentos nodais do elemento (translações e rotações);
Apesar de deduzido para o sistema de coordenadas locais, esta expressão é geral,
portanto válida também para o sistema de coordenadas globais assim como para outros
elementos.
3.7 MATRIZ DE ROTAÇÃO
Nas estruturas em geral os elementos constituintes não possuem uma mesma
inclinação (vigas e pilares, por exemplo) o que faz com que o sistema local de um não
coincida com o sistema local de outro, sendo então necessário rescrever as matrizes de rigidez
dos elementos em função de um único sistema de coordenadas, o global. Isto será feito com
auxílio de uma matriz chamada matriz de rotação, que será deduzida a seguir, para um
elemento de pórtico plano. Seja, portanto, um elemento de pórtico plano, cujos nós temos,
conforme já citado, três graus de liberdade. (Figura 3.8).
Figura 3.8 – Representação dos graus de liberdade em uma barra nos sistema local e no
sistema global.
Fonte: Autoria própria (2013)
31
Onde:
θ - Ângulo do eixo global para o eixo local, positivo no sentido anti-horário;
{uL} - Vetor de deslocamentos nodais do elemento no sistema local e
{uG} - Vetor de deslocamentos nodais do elemento no sistema global.
Decompondo [uG]na direção[uL], temos que:
Para o nó J
Para o nó K
Reorganizando as equações de forma matricial temos 3.16:
[
]
[
]
[
]
3.16
Ou em sua forma condensada:
[ ] 3.17
Onde [R] é a matriz de rotação do elemento do sistema global para o sistema local, é
possível observar que para se obter o sistema global a partir de um sistema local temos que:
[ ] 3.18
32
Sabendo que [R] é uma matriz ortogonal
[ ] [ ] 3.19
Logo:
[ ] 3.20
O mesmo resultado pode ser obtido com a utilização da matriz de rotação inversa ou
transposta, poderá ser obtido com a simples utilização da matriz de rotação, desde que se
considere o ângulo com sinal negativo (-θ).
3.8 MATRIZ DE RIGIDEZ GLOBAL PARA PÓRTICOS PLANOS
Para a definição da matriz de rigidez global de uma estrutura do tipo pórtico plano,
faz-se o uso de um processo denominado redistribuição ordenada das matrizes locais, ou seja,
todas as matrizes de rigidez locais dos elementos são combinadas de tal forma a representar o
modelo matricial da estrutura, levando em consideração a conectividade dos nós da estrutura
o que gera no sistema global uma superposição das matrizes de rigidez local para descrever o
comportamento físico de um ponto nodal, onde, considerando um sistema plano XY cada nó
que une duas barras compartilham 3(três) graus de liberdade sendo uma translação horizontal
X, uma translação vertical em Y e uma rotação no nó.
Conforme a o tamanho da estrutura pode-se obter a dimensão da matriz de rigidez
que dependerá apenas do número de elementos da estrutura, a seguir é apresentado de forma
simples como ocorre o processo de montagem da matriz de rigidez global da estrutura.
3.9 MONTAGEM DO SISTEMA GLOBAL DE EQUAÇÕES
A matriz de rigidez do sistema global da estrutura é formada a partir nas matrizes de
rigidez do sistema local sendo resultado de um processo ordenado de soma dessas matrizes ,
durante esse processo o programa realiza a soma das contribuições de cada elemento, ou seja,
cada matriz de cada elemento é combinada em uma só matriz para que seja realizada a análise
33
da estrutura em relação ao seu sistema global de coordenadas. A matriz de rigidez global
apresenta-se não mais como uma matriz simétrica como era o caso das matrizes locais, isso se
deve a combinação das matrizes que realizado utilizando-se o principio da superposição de
efeitos para representar numericamente o que seria a ação de um nó na estrutura quando
interliga duas ou mais barras, na Figura 3.9 a forma como as matrizes locais são combinadas é
representadas para um pórtico plano bi apoiado.
Figura 3.9 – Pórtico bi apoiado com três elementos.
Fonte: Autoria própria (2013)
Figura 3.10 – Matrizes de rigidez no sistema local.
Fonte: Autoria própria (2013)
34
Figura 3.11 – Matriz de rigidez global (12x12) para um pórtico bi apoiado (3 elementos, 2 nós
livres e 2 nós restringidos) com a representação matricial do efeito dos nós na estrutura.
Fonte: Autoria própria (2013)
A matriz de rigidez de uma estrutura descreve o comportamento matemático do
modelo analisado em termos de flexão e esforços normais, a composição da matriz de rigidez
global para qualquer tipo de estrutura é formada como visto anteriormente sempre
considerando a ação dos nós na estrutura. Através de manipulações realizadas diretamente na
matriz global, é possível inserir algumas condições de contorno ao problema proposto que
representam a presença de apoios (simples, duplos e engastes). Esse procedimento é
conhecido como prescrição da matriz de rigidez global e pode ser realizado através de uma
operação matricial simples, onde, quando uma condição de apoio já conhecida pode ser
inserida antes do início do processamento da estrutura.
Segundo Soriano (2005), desde que sejam prescritos deslocamentos em número
suficiente para impedir os deslocamentos do corpo rígido da estrutura e esta não tenha
mecanismo internos, a matriz de rigidez fica não singular, permitindo a resolução do sistema
de equações, com a obtenção do vetor de deslocamentos nodais. Neste vetor incluem-se os
deslocamentos livres inicialmente desconhecidos e os deslocamentos prescritos que são
conhecidos a priori e que são especificados na modificação do sistema.
A alteração matricial realizada é simula a presença de reações nas direções (X, Y e Z)
que pode ser descritas em forma de uma matriz linha aplicada a uma determinada coordenada
35
pra que o deslocamento da mesma seja restrito, para a composição da matriz de restrição de
coordenada utiliza-se a seguinte notação.
Direção livre – Índice (1);
Direção restrita – Índice (0);
A restrição de uma direção no plano (X ou Y) descreve a presença de um apoio simples,
restrição de duas direções no plano (X e Y) descreve a presença de uma apoio duplo e a
restrição de movimento nas três direções (X, Y e Z) representa a presença de um engaste,
sendo que a entrada é realizada da seguinte forma:
Apoio simples – restrição em X [ 1 0 0 ];
Apoio duplo – restrição em X e Y [ 1 1 0 ];
Engaste – restrições em X,Y e Z [ 1 1 1 ];
A entrada da matriz de restrições no PMEF_BETA é realizada inicialmente com a
descrição da quantidade de nós restringidos na primeira linha do arquivo (.txt), e em seguida é
montada a matriz de restrição informando sempre o nó restrito e o tipo de restrição nodal, esse
procedimento será descrito posteriormente.
36
3.10 IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
A implementação computacional do PMEF_BETA (Pórticos – Método dos
Elementos Finitos – VERSÃO BETA) envolveu a utilização de conceitos básicos e avançados
de programação e os exemplos de implementação de algoritmos para análise de estruturas de
Soriano(2005), o código funciona basicamente sob a influência de laços (loops) de repetição
do tipo (for/end) que tem a função principal de executar o mesmo procedimento até um limite
definido no programa, no caso do PMEF_BETA os primeiros laços utilizados tem o objetivo
de montar todos os sistemas de elementos finitos referente a cada elemento definindo a sua
matriz de rigidez local e o seu vetor carregamentos de acordo com as condições previamente
especificadas como cargas nodais e apoios, e novamente com o auxílio dos laços do tipo
(for/end) todos os sistemas locais que foram montados e armazenados são reunidos para a
montagem do sistema global (matriz de rigidez global da estrutura e o vetor carregamentos
nodais da estrutura) com base nesses dois parâmetros é possível definir o vetor deslocamentos
da estrutura e a partir dos resultados obtidos calcular informações adicionais como reações de
apoio e esforços internos da estrutura em estudo.
Através do PMEF_BETA é possível também obter a visualização da estrutura em
estudo, antes e depois do processamento, em termos de respostas gráficas o aplicativo fornece
as seguintes informações:
Estrutura em estudo com a rotulação de nós e elementos;
Estrutura com a rotulação das reações de apoio e os esforços normais de cada
elemento da estrutura e por fim apresenta uma;
Idealização da estrutura deslocada que depende de um fator de escala definido pelo
usuário;
Na Figura 3.9, é descrito o funcionamento do PMEF_BETA, onde, é mostrado o
funcionamento básico do programa desenvolvido relacionando as principais etapas do
processamento dos dados, que é realizada basicamente por laços de repetição e processamento
para a obtenção de uma resposta gráfica que é realizado através a interpretação gráfica dos
resultados numéricos obtidos em cada laço. No Matlab®
esse tipo de resposta é obtida através
do comando (figure), que possibilita a plotagem de gráficos e ou a interpretação de resultados
numéricos obtidos em forma de malha que é o caso do PMEF_BETA.
37
Figura 3.12 – Fluxograma do PMEF_BETA.
Fonte: Autoria própria (2013)
38
4 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO E RESULTADOS NUMÉRICOS
4.1 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO DO PMEF_BETA
Com a utilização adequada do PMEF_BETA foi possível obter-se resultados
satisfatórios quando comparados a outros aplicativos já reconhecidos como o FTOOLS®. Para
ilustrar os resultados obtidos foi realizada uma comparação sistemática dos resultados obtidos
com aplicativo desenvolvido com os resultados do FTOOLS®, lembrando que com a entrada
correta de dados é possível analisar estaticamente pórticos planos em termos de
deslocamentos, reações de apoio e esforços normais.
Para exemplificar a utilização do PMEF_BETA, foram desenvolvidas duas situações
onde, no primeiro exemplo a estrutura estudada é um pórtico formado por dois pilares e uma
viga inclinada, situação comum em arquibancadas de estádios e a segunda situação simula um
sistema de pórticos hiperestáticos comumente utilizados em edificações de pequeno porte, no
caso testado simula uma edificação que dispõe de um primeiro piso (andar).
4.1.1 EXEMPLO 01 - PÓRTICO COM VIGA INCLINADA
Pórticos planos bastante utilizados na concepção de projetos estruturais e a sua
aplicabilidade se deve a sua versatilidade no que diz respeito a sua instalação em um arranjo
estrutural e ao suporte de carga que oferece, pode ser aplicados a diversos tipos de estruturas
como e com as mais variadas geometrias.
Para exemplificar o uso do PMEF_BETA na análise desse tipo de estrutura, o arranjo
proposto é composto por três pilares engastados com alturas diferentes e uma viga inclinada
apoiada sobre os pilares, esse tipo de arranjo estrutural é adotado no projeto de arquibancadas
(teatros e estádios) e em estruturas especiais que se faça necessário o seu uso, lembrando que
com a estrutura é hiperestática, o que impossibilita a utilização das equações de equilíbrio
usuais para se estudar tal estrutura.
Para que a análise via elementos finitos seja realizada através do PMEF_BETA é
necessário que seja realizada uma pré-análise da estrutura a ser estudada, ou seja, são
definidas previamente algumas propriedades da estrutura que são as seguintes: número de
elementos (barras), número de nós, coordenadas nodais, conectividade dos nós, área da seção
39
transversal (m²), momento de inércia da seção (m4), módulo de elasticidade (MPa), as
condições de apoio e por fim as forças nodais (forças aplicadas em cada nó), todos esses
dados são fornecidos ao programa através de um arquivo de texto com a extensão (.txt) como
mostrado na Figura 4.1, a entrada de dados através de um arquivo externo tem como objetivo
evitar que o usuário realize grandes alterações no código, sendo que a única alteração a ser
feita é informar o nome do arquivo de texto a ser lido pelo PMEF_BETA.
Figura 4.1 – Entrada de dados no PMEF_BETA através de um arquivo com a extensão (.txt).
Fonte: Autoria própria (2013)
Quando a leitura do arquivo externo, tomando o caso mostrado acima como exemplo,
o PMEF_BETA apresenta uma resposta gráfica de como é constituída a estrutura (Figura 4.2),
ou seja, fornece a idealização do arranjo estrutural analisado, além da representação da
estrutura são representados como os nós e os elementos cada um com a sua devida numeração
e posição na estrutura, lembrando que em se tratando de análise estrutural via elementos
finitos quanto maior for o número de elementos do modelo proposto mais precisa será a sua
resposta numérica.
40
No modelo adotado foram inseridos 12(doze) nós e 11(onze) elementos, sendo que em
relação aos nós 3(três) são nós restringidos (engastados) (1,7 e 12) e 9(nove) são nós
carregados (2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10 e 11), para melhor visualização a estrutura foi projetada no
FTOOLS que oferece uma melhor visualização do modelo estudado (Figura 4.3).
Figura 4.2 – Representação gráfica da estrutura no PMEF_BETA.
Fonte: Autoria própria (2013)
Figura 4.3 – Representação gráfica da estrutura no FTOOLS®.
Fonte: FTOOLS® (2013)
Os resultados obtidos no PMEF_BETA em relação aos deslocamentos nodais (Tabela
4.1), idealização dos deslocamentos (resposta gráfica) (Figura 4.4 e 4.5) e esforços normais
(Figura 4.6 e 4.7) foram comparados aos resultados da análise realizada com o FTOOLS® e se
mostraram muito próximos, comprovando a eficiência de processamento do PMEF_BETA.
41
Tabela 4.1 – Deslocamentos nodais principais da estrutura.
Nó PMEF_BETA FTOOLS
®
X(mm) Y(mm) Z(rad) X(mm) Y(mm) Z(rad)
1 0 0 0 0 0 0
2 0.0416 -0.0008 -0.0899 0,04161 -0,00075 -0,09006
6 0.0418 -0.0040 -0.0140 0,04183 -0,00395 -0,01403
7 0 0 0 0 0 0
11 0.0407 -0.0034 0.1159 0,04078 -0,00337 0,11610
12 0 0 0 0 0 0
Fonte: Autoria própria (2013)
Figura 4.4 – Idealização da estrutura deformada PMEF_BETA.
Fonte: Autoria própria (2013)
Figura 4.5 – Idealização da estrutura deformada FTOOLS®.
Fonte: FTOOLS® (2013)
42
Figura 4.6 – Esforços normais na estrutura PMEF_BETA.
Fonte: Autoria própria (2013)
Figura 4.7 – Esforços normais na estrutura FTOOLS®.
Fonte: FTOOLS® (2013)
O PMEF_BETA apresenta resultados em relação a esforços normais e reações de
apoio fornecendo também a idealização dos deslocamentos, considerando o modelo estudado,
o programa elaborado oferece vantagem sobre o cálculo manual, pois é possível analisar
realizar a análise de estruturas hiperestáticas e com qualquer arranjo estrutural incluindo
elementos com qualquer tipo de inclinação ou conexão que oferecem grande dificuldade
quando calculadas manualmente, dependendo apenas da entrada correta de dados. Outra
vantagem do aplicativo é a apresentação gráfica dos resultados que facilita a compreensão de
qualquer análise realizada.
43
4.1.2 EXEMPLO 02 - PÓTICOS COMPOSTOS
O exemplo a seguir simula um pórtico composto, que possui 14 elementos e 12 nós,
representado basicamente o arranjo estrutural de uma pequena edificação com um pavimento
superior. A aplicação de cargas na estrutura foi realizada apenas para fins de teste e
comparação dos resultados. A estrutura inicialmente foi plotada no PMEF_BETA como
mostrado na Figura 4.8 e 4.9, mas para melhor visualização foi projetada no FTOOLS®
que
oferece uma melhor apresentação gráfica, tornado possível à compreensão do problema. Em
seguida foram realizadas análises em termos de reações de apoio e esforços normais da
estrutura nos dois aplicativos PMEF_BETA e FTOOLS®
os resultados iniciais em termos de
deslocamento se mostraram muito próximos (Tabela 4.2). O que se deve ao sistema de
elementos que foi adotado para análise no PMEF_BETA, ou seja, a malha adotada apresenta
pilares e vigas como elementos finitos o que acarreta algumas divergências no resultado final
do processo, uma medida para evitar tais erros seria adotar um arranjo estrutural com o
máximo de elementos possíveis para reduzir o erro final do modelo estrutural proposto.
Tabela 4.2 – Deslocamentos nodais principais da estrutura.
Nó PMEF_BETA FTOOLS
®
X(mm) Y(mm) Z(rad) X(mm) Y(mm) Z(rad)
1 0 0 0 0 0 0
2 0 0 0 0 0 0
3 0 0 0 0 0 0
4 0 0 0 0 0 0
5 2.0629 -0.0099 -0.5879 2.054 -0,0099 -0,5853
6 2.0566 -0.0136 -0.4120 2.048 -0,0136 -0,4102
7 2.0523 -0.0124 -0.4116 2.043 -0,0124 -0,4098
8 2.0499 -0.0161 -0.5854 2.041 -0,0161 -0,5828
9 3.8376 -0.0153 -0.2974 3.821 -0,0153 -0,2961
10 3.8304 -0.0203 -0.1984 3.813 -0,0203 -0,1975
11 3.8260 -0.0187 -0.1983 3.809 -0,0188 -0,1975
12 3.8246 -0.0237 -0.2981 3.808 -0,0237 -0,2967
Fonte: Autoria própria (2013)
44
Figura 4.8 – Plotagem inicial da estrutura em estudo com 14 elementos e 12 nós.
Fonte: Autoria própria (2013)
Figura 4.9 – Plotagem inicial da estrutura no FTOOLS®.
Fonte: FTOOLS® (2013)
45
Com base na prescrição da matriz global através da matriz de restrições que define o
efeito dos apoios na estrutura no caso estudado engastes perfeitos e com os deslocamentos
obtidos para o sistema global são obtidos os esforços normais de cada elemento que compões
a estrutura. Comparando-se os resultados dos aplicativos é possível notar que são muito
próximos ou basicamente iguais quando arredondados os resultados do PMEF_BETA se
obtém exatamente os mesmos resultados do FTOOLS®. (Figura 4.10 e 4.11).
Figura 4.10 – Esforços normais da estrutura.
Fonte: Autoria própria (2013)
Figura 4.11 – Diagrama de esforços normais FTOOLS®
Fonte: FTOOLS® (2013)
46
Ao fim da análise com base nos deslocamentos do sistema global apresenta-se a
idealização dos deslocamentos da estrutura no plano XY, novamente comparando os
resultados dos aplicativos é possível perceber a semelhança dos resultados, que podem variar
dependendo do fator de escala aplicado em ambos os aplicativos. (Figura 4.12 e 4.13).
Figura 4.12 – Idealização dos deslocamentos da estrutura com o PMEF_BETA, utilizando um
fator de escala 0,5.
Fonte: Autoria própria (2013)
Figura 4.13 – Idealização dos deslocamentos da estrutura com o FTOOLS®, utilizando um
fator de deformação de 150.
Fonte: Autoria própria (2013)
47
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho buscou oferecer uma contribuição ao estudo dos métodos numéricos na
engenharia civil, no meio acadêmico, ligados ao problema dos pórticos planos, e como
resultado final a produção de um aplicativo baseado no Matlab®, onde o usuário pode resolver
problemas relacionados a este tipo de estrutura. Quando comparado ao FTOOLS® em termos
de resultados, o PMEF_BETA mostrou-se uma ferramenta eficiente, e tem vantagem sobre o
cálculo analítico (manual) por fornecer soluções de forma rápida e o usuário tem como
resultado uma resposta gráfica do problema em estudo, podendo interpretar os resultados com
mais facilidade, outra vantagem do PMEF_BETA é fornecer soluções para problemas
complexos como pórticos hiperestáticos e sistemas de pórticos como mostrado nos exemplos
anteriores obtendo soluções confiáveis quando comparado a outros aplicativos.
A utilização do Matlab® permitiu implementar o código de maneira mais eficiente,
uma vez que o mesmo já possui bibliotecas pré-carregadas. Através de ferramentas de
programação é possível criar um arquivo externo que possa ser interpretado pelo código
desenvolvido o que reduz a possibilidade e a necessidade que o usuário possa ter de realizar
alterações diretas no código.
Devido a pouca disponibilidade de tempo não foi possível ir além ao
desenvolvimento do aplicativo, onde, em alguns pontos o mesmo ainda tem que ser
aperfeiçoado com a implementação de uma interface gráfica amigável que facilite a análise de
qualquer tipo de estrutura do tipo pórtico, melhorando a interação usuário/programa.
Futuramente com o desenvolvimento de sub-rotinas através do código criado será possível
realizar o estudo de qualquer estrutura plana (treliças, pórticos, pilares e vigas) fornecendo
mais uma ferramenta computacional para análise de estruturas planas a ser utilizada no âmbito
acadêmico da UFERSA.
48
REFERÊNCIAS
ASSAN, A.; Método dos elementos finitos: primeiros passos. 2ª ed. Campinas, SP:
Editora da Unicamp, 2003.
BEZERRA, E. M. F.; Desenvolvimento de uma ferramenta computacional para análise
de problemas estruturais relacionados a vigas de Bernoulli. Mossoró, Trabalho de
conclusão de curso (Bacharelado em Ciência e Tecnologia) – Universidade Federal Rural do
Semi-Árido, 2012.
CHAPMAN, S. J.; Programação em MATLAB para engenheiros. São Paulo, Thomson
Learning, 2003.
CLOUGH, R. W.; WILSON, E. L. “Early Finite Element Research at Berkely”, Present at
the Fifth U.S. National Conference on Computational Mechanics, 1999.
OLIVEIRA, J. I. F. Utilização do método dos elementos finitos para a resolução de
treliças planas. Mossoró, Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Ciência e
Tecnologia) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido, 2012.
SOBRINHO, A. S. C.; Introdução ao método dos elementos finitos, 1. Ed. Rio de Janeiro:
Ciência Moderna, 2006, 01p.
QUEIROZ, P. C. O.; Análise estática e dinâmica de estruturas reticuladas: ambiente de
simulação Java. Joao Pessoa, 2010. Dissertação (Mestrado em engenharia mecânica) –
Centro de Tecnologia, Universidade Federal da Paraíba.
SILVA, S.; Introdução ao método dos elementos finitos - notas de aula, Apostila,
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Foz do Iguaçu, 2009, 108p.
SORIANO, H. L.; Análise de estruturas - Formulação matricial e implementação
computacional, Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2005, 7, 9, 72, 84p
49
ANEXO A – ENTRADA DE DADOS NO PMEF_BETA.
Para que seja realizada a análise de qualquer estrutura do tipo pórtico plano através
do PMEF_BETA em sua versão inicial é necessário que sejam fornecidas informações ao
programa. Na elaboração do programa optou-se por uma entrada de dados externa, ou seja, o
usuário ao invés de realizar alterações diretamente no código fornecerá um arquivo de texto
com a extensão (.txt) contendo todas as informações necessárias para o processamento e
análise da estrutura proposta. Para a montagem do arquivo de texto o usuário deve seguir
alguns passos principais que compreendem a uma linha (primeira linha) e quatro matrizes
baseadas nas informações da primeira linha, contendo as seguintes informações:
Na primeira linha as informações fornecidas separadas apenas por um espaço
simples.
Nº de nós;
Nº de elementos;
Nº de nós restringidos;
Nº de nós carregados.
O tamanho das matrizes a serem inseridas em seguida dependerá dos paramentos
definidos na primeira linha, ou seja, caso sejam fornecidos 12(doze) nós, a matriz de
conectividade deverá possuir 12(doze) linhas contendo as coordenadas nodais. No caso do
numero de elementos se o usuário informar 11(onze) elementos a matriz dos elementos deverá
possuir 11 linhas contendo todas as informações relativas aos elementos (conectividade, área
da seção transversal do elemento, momento de inércia da seção transversal e o medulo de
elasticidade longitudinal) contendo cada informação colocada em colunas diferentes como
mostrado na Figura 7.1.
As duas ultimas matrizes são relativas a matriz de restrição da estrutura e a matriz das
forças aplicadas aos nós. A matriz de restrições é elaborada de acordo com o número de nós
restringidos informados na primeira linha do arquivo, ou seja, quando a estrutura em questão
apresentar 3(três) apoios o usuário deverá informar na primeira linha a quantidade de nós
restringidos, e cada tipo de apoio seguindo a técnica (0 e 1), ou seja, para cada deslocamento
restrito seja ele um deslocamento (horizontal ou vertical) ou uma rotação (momento) quando
os mesmos são restringidos são representado como índice 1 e quando livres são representados
com o índice zero, a seguir os três tipos de apoios são representados:
50
Apoio simples – restrição em X [ 1 0 0 ];
Apoio duplo – restrição em X e Y [ 1 1 0 ];
Engaste – restrições em X,Y e Z [ 1 1 1 ];
A matriz das forças é composta por linhas contendo três colunas, onde, na primeira
coluna é informado o nó carregado, e nas três seguintes é informado o eixo em que esse
carregamento é aplicado, ou seja, o carregamento pode ser aplicado como uma força nodal no
plano XY ou como um momento no eixo Z, bastando apenas informar a magnitude. A
quantidade de linhas dessa ultima matriz é definida de acordo com o que o usuário especificar
na primeira linha, sendo que em caso de divergência das informações o programa não
executará o processamento do arquivo.
As unidades padrão de trabalho do PMEF_BETA são definidas de acordo com o
Sistema Internacional (SI), sendo: Comprimento das barras (m), Área da seção transversal
(m²), Momento de inércia da seção (m4), Módulo de elasticidade longitudinal (MPa), Forças
aplicadas (KN) e Momentos fletores (KN.m).
Figura 0.1 – Exemplo de entrada de dados no PMEF_BETA.
Fonte: Autoria própria. (2013)
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ANEXO B – PMEF_BETA, CÓDIGO EM MATLAB®.
A seguir as rotinas utilizadas para a composição do PMEF_BETA é apresentada com
sua implementação em linguagem MATLAB. Observando a forma como o arquivo de texto é
chamado no programa, bastando apenas substituir NOME DO ARQUIVO.txt pelo nome do
arquivo criado referente à estrutura e que o arquivo esteja no mesmo diretório do código do
PMEF_BETA.
% UNUVERSIDADE FEDRAL RURAL DO SEMIÁRIDO % CAMPUS MOSSORÓ % DEPARTAMENTOS DE CIENCIAS EXATAS E NATURAIS % BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA % TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO % ALUNO: OLÍVIO ASSIS DE OLIVEIRA % ORIENTADOR: RAIMUNDO AMORIM - DCAT % FERRAMENTA COMPUTACIONAL PARA ANÁLISE ESTATICA DE PÓRTICOS PLANOS
UTILIZANDO O MÉTODO DOS ELEMENTOS FINITOS
clear; fprintf('%s\n','ANÁLISE ESTATICA DE PÓRTICOS PLANOS UTILIZANDO O MÉTODO DOS
ELEMENTOS FINITOS'); % Leitura de Dados fprintf('%s\n','Leitura dos dados...'); % Informa o nome o arquivo portico.txt
fid = fopen(NOME DO ARQUIVO.txt','rt');
% Lê a primeira linha do arquivo dados = fscanf(fid,'%d',[4]); % Obtenção do número de nós: nnos=dados(1); % Cálculo no número de graus de liberdade: ngl=nnos*3; % Obtenção do número de elementos: nelm=dados(2); % Obtenção do número de nós restringidos: nnr=dados(3); % Obtenção do número de nós carregados: nnc=dados(4); coord = fscanf(fid,'%10e',[2,nnos]); % Definição das coordenadas x dos nós: x(i)=abcissa do nó i x=coord(1,:); % Definição das coordenadas y dos nós: y(i)=ordenada do nó i y=coord(2,:); prop = fscanf(fid,'%10e',[5,nelm]); % Definição do vetor nó1: no1(i)=1º nó que define o elemento i no1=prop(1,:); % Definição do vetor nó2: no2(i)=2º nó que define o elemento i no2=prop(2,:); % Definição do vetor área: area(i)=área do elemento i area=prop(3,:); % Definição do vetor mom inércia mom=prop(4,:);
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% Definição do vetor módulo de elasticidade: mod(i)=mód. elast. do
elemento i mod=prop(5,:); restr = fscanf(fid,'%10e',[4,nnr]); % Definição do vetor restrições IC: % se IC(i)=0 o GL i é livre; se IC(i)=1 o GL i está restringido IC(nnos*3)=0; for i=1:nnr, nn=restr(1,i); IC((nn-1)*3+1)=restr(2,i); IC((nn-1)*3+2)=restr(3,i); IC((nn-1)*3+3)=restr(4,i); end forcas = fscanf(fid,'%10e',[4,nnc]); % Definição do vetor de forças globais F: F(ngl)=0.0; for i=1:nnc, n=forcas(1,i); F((n-1)*3+1)=forcas(2,i); F((n-1)*3+2)=forcas(3,i); F((n-1)*3+3)=forcas(4,i); end
% fecha o arquivo de dados: st = fclose(fid);
% Plota a estrutura (configuração inicial) fprintf('%s\n','Desenhando a estrutura...'); figure(1); clf; for i=1:nelm, line([x(no1(i)) x(no2(i))],[y(no1(i)) y(no2(i))]); end axis equal; axis off; title('Estrutura em Estudo'); for i=1:nelm, text((x(no1(i))+x(no2(i)))/2,(y(no1(i))+y(no2(i)))/2,num2str(i)); end for i=1:nnos, texto=text(x(i),y(i),num2str(i)); set(texto,'Color','red') end
% Calcula a matriz de rigidez global pelo processo da rigidez direta fprintf('%s\n','Calculando a Matriz de Rigidez Global...'); Kg(ngl,ngl)=0.0; Kg(:,:)=0.0; % Início do Loop for nel=1:nelm, kk(1)=no1(nel); kk(2)=no2(nel); % Cálculo da matriz de rotação dx=x(kk(2))-x(kk(1)); dy=y(kk(2))-y(kk(1)); % Cálculo do comprimento do elemento L=sqrt(dx^2+dy^2); % Cálculo dos cossenos diretores cx=dx/L; cy=dy/L;
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% Definição da Matriz de Rotação R=[ cx cy 0 0 0 0; -cy cx 0 0 0 0; 0 0 1 0 0 0 0 0 0 cx cy 0; 0 0 0 -cy cx 0; 0 0 0 0 0 1]; % Definição da Matriz de Rigidez do elemento de pórtico Ke E=mod(nel); A=area(nel); I=mom(nel); Ke=[E*A/L 0 0 -E*A/L 0 0; 0 12*E*I/L^3 6*E*I/L^2 0 -12*E*I/L^3 6*E*I/L^2; 0 6*E*I/L^2 4*E*I/L 0 -6*E*I/L^2 2*E*I/L; -E*A/L 0 0 E*A/L 0 0; 0 -12*E*I/L^3 -6*E*I/L^2 0 12*E*I/L^3 -6*E*I/L^2; 0 6*E*I/L^2 2*E*I/L 0 -6*E*I/L^2 4*E*I/L]; % Cálculo da Matriz rotacionada RKeR=R'*Ke*R;
% Acumula na matriz de rigidez global Kg for i=1:2, % Cálculo do número de GLs existentes antes dos GLs relativos ao iºnó m=3*(kk(i)-1); for j=1:2, % Cálculo do número de GLs existentes antes dos GLs relativos ao
iºnó n=3*(kk(j)-1); k1=0; for k=3*i-2:3*i, % GL global k1 referente à coor local k k1=k1+1; l1=0; for l=3*j-2:3*j, % GL global l1 referente à coor local l l1=l1+1; Kg(m+k1,n+l1)=Kg(m+k1,n+l1)+RKeR(k,l); end end end end
% Fim do Loop de montagem da matriz de rigidez global end Kgl=Kg % Imposição das restrições de apoio na matriz de rigidez global fprintf('%s\n','Impondo-se as restrições de apoio...'); for n=1:nnos, for j=1:3, i=3*(n-1)+j; if (IC(i)==1) F(i)=0.0; % Zerando linhas e colunas dos GLs restritos Kg(:,i)=0.0; Kg(i,:)=0.0; Kg(i,i)=1.0; end end end
% Resolução da Equação de Equilíbrio:
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U(ngl)=0.0; U=inv(Kg)*F'
% Atualizar Geometria
x1(nnos)=0.0; y1(nnos)=0.0; for i=1:nnos, x1(i)=x(i)+U(3*i-2); y1(i)=y(i)+U(3*i-1); end
% Plota a estrutura deformada xd(nnos)=0.0; yd(nnos)=0.0; escala=input('Digite a escala a ser utilizada(100):'); if (isempty(escala)==1) escala=100; end for i=1:nnos, xd(i)=x(i)+escala*U(3*i-2); yd(i)=y(i)+escala*U(3*i-1); end fprintf('%s\n','Desenhando a estrutura deformada...'); figure(2); clf; for i=1:nelm, linha=line([x(no1(i)) x(no2(i))],[y(no1(i)) y(no2(i))]); set(linha,'Color','blue') set(linha,'LineStyle','--') linha=line([xd(no1(i)) xd(no2(i))],[yd(no1(i)) yd(no2(i))]); set(linha,'Color','red') end axis equal; axis off; title('Estrutura Deformada');
% Obtenção dos esforços % Def. vetor esforços segundo as coordenadas globais, por elemento Sg(6)=0.0; Sg(:)=0.0; Sgl(nel,6)=0.0; % Def. vetor esforços por elementos, segundo suas coord. locais Sl(nelm,6)=0.0; Sl(:,:)=0.0; % Def. vetor reações reac(ngl)=0.0; reac(:)=0.0; % Início do Loop for nel=1:nelm, kk(1)=no1(nel); kk(2)=no2(nel); % Cálculo da matriz de rotação dx=x(kk(2))-x(kk(1)); dy=y(kk(2))-y(kk(1)); % Cálculo do comprimento do elemento L=sqrt(dx^2+dy^2); % Cálculo dos cossenos diretores cx=dx/L;
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cy=dy/L; % Definição da Matriz de Rotação R=[ cx cy 0 0 0 0; -cy cx 0 0 0 0; 0 0 1 0 0 0 0 0 0 cx cy 0; 0 0 0 -cy cx 0; 0 0 0 0 0 1]; % Definição da Matriz de Rigidez do elemento de treliça Ke E=mod(nel); A=area(nel); I=mom(nel); Kl=[E*A/L 0 0 -E*A/L 0 0; 0 12*E*I/L^3 6*E*I/L^2 0 -12*E*I/L^3 6*E*I/L^2; 0 6*E*I/L^2 4*E*I/L 0 -6*E*I/L^2 2*E*I/L; -E*A/L 0 0 E*A/L 0 0; 0 -12*E*I/L^3 -6*E*I/L^2 0 12*E*I/L^3 -6*E*I/L^2; 0 6*E*I/L^2 2*E*I/L 0 -6*E*I/L^2 4*E*I/L]; % Cálculo do vetor dos delocamentos locais segundo as coordenadas
globais ug ug(6)=0.0; ug(:)=0.0; for m=1:2, k=3*(kk(m)-1); l=0; for n=3*m-2:3*m, l=l+1; ug(n)=U(k+l); end end % Cálculo do vetor dos delocamentos locais segundo as coordenadas locais
ul ul=R*ug'; % Cálculo dos esforços segundo as coordenadas locais ul Sl(nel,:)=(Kl*ul)'; % Cálculo dos esforços segundo as coordenadas globais Sg(:)=0.0; Sg=(R'*Sl(nel,:)')'; Sgl(nel,:)=Sg; % Cálculo das reações de apoio for i=1:2, for j=1:3, if (IC(3*(kk(i)-1)+j)~=0) % Cálculo da coord global m m=3*(kk(i)-1)+j; n=3*(i-1)+j; % Cálculo das reações de apoio reac(m)=reac(m)+Sg(n)'; end end end end
% Plota o Diagrama de esforços normais e reações de apoio fprintf('%s\n','Desenhando o DEN...'); figure(3); clf; % Desenha os esforços normais for i=1:nelm, linha=line([x(no1(i)) x(no2(i))],[y(no1(i)) y(no2(i))]); set(linha,'Color','blue')
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texto=text((x(no1(i))+x(no2(i)))/2,(y(no1(i))+y(no2(i)))/2,num2str(-
Sl(i,1),4)); set(texto,'Color','red') end % Desenha reações de apoio for i=1:nnr, nn=restr(1,i); valor=strcat('(Rx: ',num2str(reac((nn-1)*3+1),3),', Ry:
',num2str(reac((nn-1)*3+2),3),', Rz: ',num2str(reac((nn-1)*3+3),3),')'); texto=text(x(nn),y(nn),valor); set(texto,'Color','b') end axis equal; axis off; title('Esforços Normais e Reações de Apoio'); % Plota o Diagrama de esforços normais e reações de apoio