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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE NUTRIÇÃO EMÍLIA DE JESUS FERREIRO BACHARELADO EM NUTRIÇÃO JENNYPHER WALSH TAVARES KELLEN FRAGALE FERREIRA COBERTURA DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL NO ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS NOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Niterói 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

FACULDADE DE NUTRIÇÃO EMÍLIA DE JESUS FERREIRO

BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

JENNYPHER WALSH TAVARES

KELLEN FRAGALE FERREIRA

COBERTURA DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

NO ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS NOS MUNICÍPIOS DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Niterói

2016

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JENNYPHER WALSH TAVARES

KELLEN FRAGALE FERREIRA

COBERTURA DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

NO ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS NOS MUNICÍPIOS DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Trabalho de conclusão de curso

apresentado ao curso de Bacharelado em

Nutrição, como requisito para conclusão

do curso.

Orientadora:

Prof.a Dra. Silvia Pereira

Niterói

2016

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JENNYPHER WALSH TAVARES

KELLEN FRAGALE FERREIRA

COBERTURA DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

NO ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS DE 0 A 5 ANOS NOS MUNICÍPIOS DO

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Trabalho de conclusão de curso

apresentado ao curso de Bacharelado em

Nutrição, como requisito para conclusão

do curso.

Aprovada em agosto de 2016.

BANCA EXAMINADORA

Profª. Drª Silvia Pereira (Orientadora) ­ UFF

Rozidaili dos Santos Santana Penido Verena Duarte de Moraes

Niterói

2016

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por sempre ter me guiado e me dado forças para não

desistir.

A minha família por sempre estar ao meu lado e ter apoiado com muito amor todos os

meus objetivos e acreditar que eu seria capaz. Pai, Mãe, Dindo, Tchá, Marlon, Polly e Meg,

vocês são a razão da minha vida.

A todos os meus amigos por aguentar todas as tristezas e alegrias conquistadas

durante todos esses anos. Em especial a minha melhor amiga e parceira desses 5 anos, Kellen

Fragale, que sustentou todas as fases sempre ao meu lado e ao meu irmão e melhor amigo

Luiz Henrique Gomes pelos 17 anos de amizade e por sempre estar presente na minha vida.

A minha amiga e orientadora Silvia Pereira por ter acreditado no nosso potencial e ter

nos dado apoio incondicional em todos os momentos.

A minha mãe emprestada que eu ganhei, Ana Paula Alberico, que durante um ano me

fez criar um amor incondicional por pediatria e me ensinou a ser uma pessoa melhor.

Agradeço também a todas as Nutricionistas do Hospital Federal dos Servidores pela amizade

e por terem acrescentado tanto na minha vida acadêmica e fazer meu estágio ser o mais feliz

de todos.

Meu agradecimento especial aos meus amigos e professores Ângela Simões e Levi

Vieira. Obrigada por acreditarem em mim e me mostrar que eu poderia conquistar o mundo.

Se eu consegui passar no vestibular dos meus sonhos e hoje concluo a graduação que eu sou

apaixonada, eu dedico tudo isso a vocês também.

Jennypher Walsh Tavares

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Agradeço primeiramente a Deus por conceder esta oportunidade tão maravilhosa em

minha vida.

Aos meus pais, Elizabeth e Carlos que me apoiaram, me guiaram e impulsionaram

para que eu concluísse mais essa etapa da minha vida, sem eles não seria nada.

A toda família Fragale e Ferreira, que sempre me apoiaram e em especial a minha tia

Samanta e meu avô Antonino que sei que estão vibrando por mim lá do céu.

Aos amigos que a UFF me deu, em especial Jennypher que foi minha companheira do

início até o fim, sempre ao meu lado apoiando e sustentando em todas as fases dessa

caminhada.

A minha amiga Tainá que me deu forças durante o pré­vestibular para este sonho se

tornar realidade.

Aos meus amigos do lendário Colégio São João Bosco: Andressa, Ingrid, Karla,

Karine e em especial um amigo que se transformou em um amor Deivison.

Agradeço a todo corpo docente da UFF que me proporcionou sabedoria e experiência

para que eu possa me tronar um profissional Nutricionista preparado e diferenciado, em

especial a orientadora Professora Silvia Pereira que sempre acreditou em nosso potencial e

nos guiou com esplendor até o final desta jornada.

As Nutricionistas e todos que me acolherem no Hospital Federal dos Servidores do

Estado –RJ, em especial a preceptora Ana Paula Alberico que foi de suma importância para

minha formação profissional.

Agradeço a todos que de alguma forma estiveram presentes e ajudaram a chegar até

aqui.

Obrigada !!

Kellen Fragale Ferreira

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Cobertura do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional no Acompanhamento de

Crianças de 0 a 5 anos nos Municípios do Estado do Rio de Janeiro.

Coverage of the Food and Nutrition Surveillance System in Children 0 to 5 years of

follow­up in the municipalities of the State of Rio de Janeiro.

Pesquisa sem fonte de financiamento

Jennypher Walsh Tavares

Acadêmica de Nutrição da Universidade Federal Fluminense. Faculdade de Nutrição Emília

de Jesus Ferreiro, Departamento de Nutrição Social. Rua Mário Santos Braga, nº 30, 4º andar,

Valonguinho, Centro ­ Niterói, RJ. CEP: 24020­140. E­mail: [email protected]

Elaboração do tema, coleta de dados, tabulação de dados, aplicação de entrevista telefônica,

síntese do artigo

Kellen Fragale Ferreira

Acadêmica de Nutrição da Universidade Federal Fluminense. Faculdade de Nutrição Emília

de Jesus Ferreiro, Departamento de Nutrição Social. Rua Mário Santos Braga, nº 30, 4º andar,

Valonguinho, Centro ­ Niterói, RJ. CEP: 24020­140. E­mail: [email protected]

Elaboração do tema, coleta de dados, tabulação de dados, aplicação de entrevista telefônica,

síntese do artigo

Silvia Pereira

Doutora em ciências de alimentos, professor adjunto da Universidade Federal Fluminense.

Faculdade de Nutrição Emília de Jesus Ferreiro, Departamento de Nutrição Social. Rua

Mário Santos Braga, nº 30, 4º andar, Valonguinho, Centro ­ Niterói, RJ. CEP: 24020­140.

E­mail: [email protected]

Elaboração do tema, tabulação de dados, síntese e revisão do artigo

Endereço para correspondência: Rua Abaíra, 197 casa 201, Brás de Pina, Rio de Janeiro,

RJ, Brasil. CEP: 21012­230. E­mail: [email protected]

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Resumo

Este estudo tem por objetivo avaliar a cobertura de crianças de 0 a 5 anos pelo Sistema de

Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) nos municípios do estado do Rio de

Janeiro/Brasil. Foi realizado um estudo observacional transversal qualitativo, com análise dos

dados quantificando crianças de 0 a 5 anos que estavam sendo acompanhadas pelo SISVAN

em cada município do estado do Rio de Janeiro referentes ao ano de 2015 e posterior

realização de uma entrevista telefônica com gestores dos municípios que apresentaram

acompanhamento nulo no estudo. Apenas 1,45% das crianças do estado do Rio de Janeiro

estão sendo acompanhadas e não houve diferença significativa do percentual de crianças

acompanhadas entre os municípios acima ou abaixo da mediana quando avaliado o Produto

Interno Bruto (PIB). Portanto, optou­se por realizar entrevista telefônica nos municípios com

maior e menor PIB de cada região administrativa do estado do Rio de Janeiro que não

apresentaram acompanhamento pelo sistema para refletir sobre este dado. Dos municípios

que foram contatados em dois deles os gestores alegaram estar ativo o sistema enquanto no

outro município não era operante; um gestor se mostrou satisfeito com o sistema alegando

eficácia, porém dois desses gestores mostraram­se insatisfeitos com o funcionamento

alegando falta de profissional nutricionista para ocupar o cargo e alimentar o sistema

adequadamente. A ausência de cobertura do acompanhamento das crianças em municípios

entrevistados, infere­se a subutilização do SISVAN no âmbito da atenção básica do SUS, não

condizendo com o nível econômico e populacional apresentado pelo Estado do Rio de

Janeiro.

Palavras­chave: Vigilância Nutricional; Criança; Análise Quantitativa; Saúde Pública

Abstract:

This study aims to assess the children coverage from 0 to 5 years by the Food and Nutrition

Surveillance System (SISVAN) in the municipalities of the state of Rio de Janeiro / Brazil. A

cross­sectional observational study, with data analysis quantifying children from 0 to 5 years

who were being accompanied by SISVAN in each county in the state of Rio de Janeiro for the

year 2015 and later conducting a telephone interview with managers of municipalities was

held that showed zero monitoring the study. Only 1.45% of children in the state of Rio de

Janeiro are being monitored and there was no significant difference in the percentage of

children followed between municipalities above or below the median when the estimated

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Gross Domestic Product (GDP). Therefore, it was decided to conduct a telephone interview

in municipalities with the highest and lowest GDP of each administrative region of the state

of Rio de Janeiro who had not monitoring the system to reflect on this data. The

municipalities that were contacted in two of the managers claimed to be active system while

in another municipality was not working; a manager was pleased with the system claiming

efficacy, but two of these managers proved to be dissatisfied with the functioning due to lack

of professional nutritionist to hold the position and feed the system properly. The lack of

coverage of the monitoring of children in surveyed municipalities, it is inferred underused

SISVAN in the scope of SUS basic care, not befitting the economic and population level

presented by the State of Rio de Janeiro.

Key words: Nutritional Surveillance; Child; Quantitative analysis; Public health

Introdução

A vigilância epidemiológica em saúde é conceituada como um conjunto de ações que

proporcionam obter informações fundamentais para conhecer, detectar ou prevenir qualquer

mudança que possa ocorrer nos fatores que determinam condicionam o processo

saúde­doença, tanto em nível individual quanto coletivo, e tem como objetivo a

recomendação e a adoção de forma oportuna de medidas que se diz respeito a prevenção e

controle de agravos (Brasil, 1990). Para fortalecer os ideais e princípios do Sistema Único de

Saúde (SUS), a vigilância em saúde constitui um papel importante devido a sua adesão a

epidemiologia e ao planejamento na determinação das necessidades da saúde.

A avaliação da eficácia dos serviços de saúde que são prestados através do SUS é

realizada através de Sistemas de Informação em Saúde (SIS), que são mecanismos capazes de

transformar dados de informações em ações por meio de análises e da compreensão dos

fatores envolvidos, auxiliando na tomada de decisões nos âmbitos municipal, estadual e

federal. O Ministério da Saúde (MS) coleta através do departamento de informática do

Sistema Único de Saúde (DATASUS) as informações dos SIS. Os SIS que coletam

informações sobre a vigilância epidemiológica em saúde são o Sistema de Cadastramento e

Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA) , Sistema de Informação de

Atenção Básica (SIAB), Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI –

PNI), Sistema de Informação do câncer do colo do útero e Sistema de Informação do câncer e

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mama( SISCOLO/SISMAMA), Sistema de Acompanhamento da Gestante (SISPRENATAL)

e Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) (Brasil, 2016).

O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) é uma ferramenta

desenvolvida pelo Ministério da Saúde que tem por objetivo o acompanhamento alimentar e

nutricional da população como suporte para os programas de promoção e prevenção da saúde

(Brasil, 2004). No Brasil foi implantado em 1977 sendo regulamentado posteriormente pela

Portaria nº 080 P de 16 de outubro de 1990 do Ministério da Saúde, como encargo do Sistema

Único de Saúde (SUS) (Brasil, 2008). Em 2002 o sistema foi informatizado e então em 2008

criado o SISVAN Web, tendo atualizações de versões até o utilizado atualmente, aumentando

a cobertura geográfica e populacional (Ferreira, 2013).

O sistema abrange todos os segmentos populacionais atendidos pelo SUS (crianças,

adolescentes, adultos, idosos e gestantes) (Brasil, 2004). O cadastro do indivíduo no sistema é

feito por digitação dos dados dos módulos de acompanhamento nutricional e consumo

alimentar no SISVAN Web, regulamentado por técnicos e gestores estaduais e/ou municipais

(Brasil, 2013a).

Através do SISVAN, pode­se acompanhar o estado nutricional de crianças e demais

grupos populacionais em todo País. O sistema permite avaliar medidas de promoção e

prevenção de saúde acerca dos riscos de desnutrição, obesidade e carências comuns, que

podem influenciar no crescimento e desenvolvimento destes, objetivando saber quais

medidas populacionais podem ser tomadas para beneficiar a saúde da criança. Além disso,

através do SISVAN foi possível estabelecer indicadores de saúde em nível nacional, como

prevalência de déficit ou excesso de peso em diferentes faixas etárias, ocorrência de doenças

crônicas, como diabetes, hipertensão e câncer, duração do aleitamento materno exclusivo e a

avaliação da situação de insegurança alimentar familiar (Vieira et al, 2013).

Apesar do explicitado sobre o papel do SISVAN, pouco se tem registrado sobre a

eficácia da cobertura deste sistema na população. Artigos que procuram articular o SISVAN

com a rede de saúde, o fazem de maneira geral, como uma primeira aproximação, sem uma

discussão ampliada sobre as possibilidades e limitações desta articulação, e sem aprimorar

desdobramentos operacionais mais detalhados (Silva, 2016). Dessa forma, este estudo tem

por objetivo avaliar a cobertura do SISVAN nos municípios do estado do Rio de

Janeiro/Brasil.

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Metodologia

Foi realizado um estudo observacional transversal qualitativo, com análise dos dados

quantitativos a partir dos relatórios anuais gerados pelo SISVAN Web (Brasil, 2013a),

referentes ao ano de 2015 no estado do Rio de Janeiro.

Para o estudo selecionou­se a análise da cobertura do SISVAN para faixa etária de 0 a

5 anos. Dados sobre o total de crianças que residem no estado do Rio de Janeiro e por

município foram obtidos através do banco de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE).

Em virtude dos resultados obtidos, foi elaborado um roteiro para entrevista sobre o

SISVAN nos municípios de maior e menor PIB e População de crianças na faixa etária

estudada de cada região administrativa que, segundo os dados, não apresentaram

acompanhamento algum. Este roteiro foi constituído de 8 perguntas que se caracterizam pelo

menor poder de influência nos respondentes do que as perguntas com alternativas

previamente estabelecidas e proporcionam comentários, explicações e esclarecimentos

significativos para se interpretar e analisar as perguntas feitas. (Mattar, 1994).

Para estabelecer contato, foi procurado através dos sites das prefeituras destas cidades,

telefones ou e­mails referentes a secretária municipal de saúde, e através destes meios de

comunicação, foi transmitido o objetivo deste trabalho e a nossa imprescindibilidade de um

contato direto com os gestores responsáveis pelo SISVAN. Após obter os contatos com os

gestores foi realizada uma entrevista telefônica nos municípios.

O estudo aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa da Universidade

Federal Fluminense. Foi enviado aos gestores dos municípios um Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido para que fosse autorizado a utilização de suas respostas no trabalho.

Análise Estatística.

Análises estáticas foram elaboradas pelo Excel® e os dados foram expressos por

média (desvio padrão). Foi realizada análise descritiva, correlação de Pearson, teste T não

pareado para verificar as diferenças entre os grupos propostos, p­values < 0,05 foram

considerados significativos

Resultados

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O estado do Rio de Janeiro possui uma totalidade de 92 municípios, sendo 58,64%

(n=54) desses municípios utilizam o SISVAN e, em 41,31% (n=38) municípios não há

acompanhamento segundo dados coletados através do sistema, o que representa 1,45% das

crianças do estado do Rio de Janeiro sendo acompanhadas. Outros dados relacionados a

população, percentual de crianças e ao Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios

fluminenses são apresentados na tabela 1. O percentual de crianças acompanhadas é

semelhante entre os municípios mais e menos populosos e não se observou diferença

significativa entre os municípios quando utilizamos a população como categoria analítica.

Levantou­se a hipótese de que os municípios com maior PIB poderiam ser aqueles

com maior percentual de acompanhamento por ter disponível maiores recursos financeiros e

este poder ser destinado a recursos humanos e tecnológicos, mas não houve correlação

significativa (Pearson r = ­0,06), apesar de uma tendência negativa e também não houve

diferença significativa ao comparar os municípios com maior e menor PIB, tendo a mediana

como ponto de corte. O percentual de municípios cujas crianças não são acompanhadas pelo

SISVAN acima da mediana (33,33%, n = 46) é semelhante ao percentual de municípios

abaixo da mediana (48,88%; n=48). Entretanto, os dados individuais apontam que o

percentual de crianças acompanhadas nos dois municípios mais populoso e com maior PIB

estadual é nulo, enquanto que o município com menor PIB e população, apresenta 8,2% de

crianças acompanhadas.

Tabela 1: Percentual de Crianças Acompanhadas no Estado do Rio de Janeiro de

Acordo com a Classificação Estatística do PIB e População.

PIB (R$) População (n) Crianças

Acompanhadas (%)

Media (DP) 5.310.702,05

(21.040.990,56)

173.843,29

(668.670,34)

6,12 (12,37)

Mediana 879.190,50 34.906,00 0,23

Menor 97.269 5.269 0,00

Maior 194.540.071 6.323.037 68,56

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Assim, diante destes resultados, optou­se por realizar entrevista telefônica com o

gestor responsável pelo programa nos municípios sem registro de acompanhamento de

crianças pelo SISVAN com maior e menor PIB e população de cada região administrativa do

estado do Rio de Janeiro, sendo um total de 8 regiões, conforme informações coletadas na

Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do

Rio de Janeiro (CEPERJ). Por este critério 8 (oito) municípios foram selecionados para

realização da entrevista, sendo obtido a resposta de 3 (três) deles, que foram identificados

como M1, M2 e M3. Outros 3 (três), não foi possível contato direto com gestor responsável,

um município o gestor responsável pelo SISVAN alegou que o sistema não está atuante no

momento e nenhuma das questões presentes no roteiro se enquadravam na realidade do

município, e em outro município, o responsável informou estar a pouco tempo no cargo e

optou por não responder pelo fato de não estar totalmente inteirado sobre o funcionamento do

sistema.

Nas respostas obtidas, pôde ser observado semelhanças e diferenças entre a dinâmica

do sistema em cada município. O gestor do município M2 alegou não estar utilizando no

momento devido à falta de profissional nutricionista no cargo. Um ponto em comum entre as

argumentações é a abrangência do SISVAN em relação a Vigilância Nutricional, como uma

facilidade para identificar riscos em relação a saúde da população. Quanto a digitação dos

dados, as respostas foram divergentes no que diz respeito ao lugar onde é digitado e o

responsável. No M2, quando o sistema era atuante, os dados eram digitados por técnicos e

estudantes de Nutrição em um núcleo de Vigilância onde são feitos os demais sistemas, em

M3 os dados são enviados semanalmente para a Secretaria de Estado onde é realizado a

inserção no programa, já em M1 os dados são importados do Programa Bolsa Família (PBF),

sendo a digitação feita pela equipe do PBF. A alimentação do SISVAN gera recursos para o

município, segundo o gestor de M3 são repassados recursos do Ministério da Saúde Federal e

Estadual à cidade quando o sistema está ativo e operante, sendo investido esses benefícios em

materiais para escritório e computadores para aumentar o fluxo de utilização do programa,

para o responsável de M1, o incentivo para alimentação do sistema origina uma verba para

prática de intervenção nutricional em Unidades Básica de Saúde (UBS), em contrapartida o

município M2 não está recebendo nenhum incentivo pois o sistema não está sendo utilizado.

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Quanto a satisfação com o SISVAN, M2 e M1 se mostraram insatisfeitos pela

ausência de profissional Nutricionista para ocupar o cargo e otimizar o funcionamento, no

M3 o gestor classificou como satisfatório e eficiente o sistema no momento.

Discussão

O SISVAN constitui uma das ferramentas do sistema de Vigilância em Saúde do SUS,

que por sua vez, deve ter uma conjuntura para subsidiar ações de prevenção, promoção e

proteção da saúde. Este sistema foi desenvolvido e implementado pelo Ministério da Saúde e

é no nível local que possui seu principal papel de avaliação do perfil nutricional. Sua

utilização permite que os profissionais de saúde e gestores no definam das prioridades na

assistência da população adscrita apontando para a identificação de grupos de risco que,

aliada às especificidades locais contribuem para um adequado aperfeiçoamento da assistência

e da promoção à saúde a todos (Brasil, 2004).

A divisão dos formulários do SISVAN reflete a imprescindibilidade de conhecer as

práticas alimentares de todos, e especialmente de crianças menores de 5 anos, tendo em vista

que, o período entre o desmame e os cinco anos de idade é nutricionalmente vulnerável

(Tuma et al,2005).

O crescimento rápido, a perda de imunidade passiva e o desenvolvimento do sistema

imunológico contra infecções determinam necessidades nutricionais específicas nesse

período, trazendo a necessidade do monitoramento constante do estado nutricional nessa

faixa etária. Além disso, um estado nutricional satisfatório durante a infância favorece um

desenvolvimento adequado, para que o crescimento infantil seja progressivo e as crianças

desenvolvam suas aptidões psicomotoras e sociais (Garcia, 2003). O consumo de uma

alimentação balanceada e equilibrada (quantidade e qualidade) durante a infância, reduz os

transtornos causados por deficiências de macro e micronutrientes, como desnutrição e

anemia, assim como pode evitar o aparecimento precoce das Doenças Crônicas Não

Transmissíveis. As questões que envolvem o controle do perfil nutricional podem ser

solucionadas quanto se tem um manejo satisfatório de informações para a realização de ações

de saúde, e para isso é primordial que exista uma boa qualificação da gestão de informação.

Dado o exposto, o SISVAN abrange a coleta de dados que possibilitam o diagnóstico

do estado nutricional de crianças, que é fundamental, posto que a infância brasileira passou

por uma transição nutricional nas últimas décadas (Monteiro C. A. et al, 2000) e poucos

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estudos avaliam a cobertura do SISVAN em relação ao número de crianças acompanhadas,

justificando­se assim a escolha desta faixa etária para avaliar a cobertura do SISVAN no

estado do Rio de Janeiro.

De acordo com o estabelecido nas normativas deste sistema, todo município brasileiro

deve ter um responsável pelo SISVAN e todas as atividades que o envolve, cadastrado no

Sistema de Cadastro de Gestores de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde (Brasil,

2013a). A ausência de crianças acompanhadas pelo SISVAN, coloca em questionamento se a

justificativa possa ser pela falta de comprometimento da gestão municipal, responsável pelo

cadastro dos técnicos, ou até mesmo pela falta de treinamento e conhecimento deste sistema

sobre a importância destes dados para a tomada de ações que vão beneficiar a população

local. Entretanto, pode­se inferir que as ações em saúde são realizadas sem o apoio do

diagnóstico gerado pelo sistema de saúde, podendo a utilização do SISVAN Web não estar

listado entre as prioridades da gestão municipal. Além disso os vínculos profissionais não

estáveis dos digitadores podem induzir alta rotatividade da equipe responsável.

O responsável pelo sistema no município M1 relatou que a inclusão dos dados é feita

pela equipe de digitação do Programa Bolsa Família (PBF), o que deixa explícito que não há

um responsável somente para preencher o SISVAN Web. No município M3, digitação está a

cargo da Vigilância de Saúde da Secretaria do Estado, o que demonstra um distanciamento do

conhecimento dos profissionais da gestão do município sobre os dados de saúde da sua

própria população. O responsável pelo município de M2 indicou que são de técnicos e

estudantes de nutrição a função da digitação quando o sistema está ativo e relatou a ausência

de nutricionistas para ter a responsabilidade do sistema. Apesar de não ser obrigatório pelo

SISVAN um Nutricionista como o responsável por este SIS, a formação acadêmica deste

profissional possibilita a interpretação do estado nutricional individual e coletivo, mostrando

uma competência técnica mais especializada para o uso do SISVAN com maior

potencialidade (Romeiro, 2006) que contribui para analisar desde a coleta de dados até a

execução de ações, passando pela propagação e análise de erros e incoerências que podem

ocorrer.

O PBF, foi citado nas respostas da entrevista realizada neste trabalho sendo

interpretado com grande importância e também com uma integração com o SISVAN. O

objetivo deste Programa é o combate à pobreza e à fome e a promoção da segurança

alimentar e nutricional. Dentre os efeitos previstos estão a melhoria da renda e dos padrões de

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alimentação, juntamente com ações de saúde e nutrição que integram o conjunto de condições

a serem cumpridas pelas famílias que dentre outros quesitos, devem levar as crianças a

unidade de saúde para garantir o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de

acordo com o preconizado pelo MS e cuidados gerais com a alimentação e a saúde da criança

(Brasil, 2010).

O SUS é responsável pelo acompanhamento da condicionalidade das famílias

beneficiárias e a coleta de todos os dados de acompanhamento nutricional dos beneficiários

do PBF, que é feito no módulo de gestão do sistema, é semestralmente importado para o

SISVAN Web. Com os resultados desse trabalho, é presumível que a ausência da cobertura

do SISVAN nos municípios analisados, possa ser justificado pela presença desses

acompanhamentos somente pelo PBF e o SISVAN apenas como um instrumento secundário.

Em 2008, apenas metade dos municípios brasileiros registravam informações no SISVAN

Web, enquanto 95% enviaram dados antropométricos pelo sistema informatizado do Bolsa

Família (Coutinho et al, 2009).

O Brasil, como citado anteriormente possui um amplo conjunto de SIS, no entanto,

algumas informações se repetem e os sistemas não se comunicam, gerando uma sobrecarga

de trabalho e os gestores acabam priorizando um ou outro sistema de acordo com sua agenda

política. Na tentativa de solucionar este problema, o MS tem implementado o e­SUS Atenção

Básica (Sistema informatizado para a Atenção Básica) com o objetivo de integrar os diversos

SIS no âmbito da atenção básica do SUS, dando ênfase que a qualificação da gestão da

informação é fundamental para ampliar a qualidade no atendimento à população.

A possível prioridade ao preenchimento de dados de um programa específico, pode

ser justificado pelo incentivo financeiro que motiva a determinação dos envolvidos. A

Portaria nº 2975 de 14 de dezembro de 2011 instituiu o apoio financeiro para a estruturação

da Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) nos municípios brasileiros e no Distrito

Federal, com foco nos polos do Programa Academia da Saúde e Unidades Básicas de Saúde

(UBS) com Equipes de Atenção Básica (EAB) com adesão ao Programa de Melhoria do

Acesso e da Qualidade (PMAQ­AB) homologada, permitindo a aquisição de equipamentos

antropométricos adequados. O recurso para a UBS é maior para proporcionar a compra de

equipamentos adequados para indivíduos menores de dois anos (balança pediátrica e

estadiômetro infantil) e maiores de dois anos (balança e estadiômetro (Brasil, 2011). No ano

de 2012, foi decretado através da PORTARIA Nº 2.387, DE 18 DE OUTUBRO DE 2012,

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que os municípios só poderiam receber os recursos financeiros, se a cobertura populacional

de avaliação antropométrica no ano anterior em crianças menores de 5 (cinco) anos de idade

fosse superior a 10%, conforme dados do SISVAN (Brasil, 2012). Esta determinação poderia

ter sido utilizada de forma positiva para o aumento da coleta de dados para o SISVAN,

entretanto observou­se que 80,43% dos municípios fluminenses tiveram cobertura inferior a

10%, consequentemente não receberam este incentivo.

Quando analisamos os incentivos financeiros do governo federal, é claro o objetivo de

ampliar e atualizar o cadastro das famílias com maior vulnerabilidade social. Em julho de

2005, o Ministério da Saúde (MS) repassava R$ 6,00 para cada cadastro atualizado, incluído

ou complementado aos municípios (Mesquita, 2006).

A iniciativa foi positiva visto que a meta de expansão do programa foi cumprida

conforme planejado. Entretanto, o controle foi baseado nos resultados dos cadastros e não na

aplicação das verbas principalmente no que se refere na garantia da alimentação adequada

como um direito humano considerando­se uns dos objetivos do PBF: a promoção da

segurança alimentar e nutricional. Nesse ponto, a VAN demonstra a relevância de se ter o

SISVAN como um verdadeiro indutor para análise nutricional da população.

Em 2007, O Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE) realizou

um estudo de base populacional com dados coletados em 229 municípios brasileiros, tendo

como um dos objetivos averiguar as repercussões do PBF na segurança alimentar e

nutricional (Ibase, 2008) e em pauta às mudanças no consumo alimentar após o recebimento

do benefício. O estudo mostrou um impacto negativo, já que houve um aumento do consumo

de alimentos de maior densidade energética e menor valor nutritivo. Nesse sentido,

percebe­se mais incoerência, pois a preocupação inicial no combate à fome não

necessariamente acompanhou um aumento da qualidade nutricional da alimentação, ou seja,

Programas de transferência de renda, não são capazes de resolver sozinhos o problema da

pobreza e da insegurança alimentar, ressaltando ainda mais o uso do SISVAN como método

para garantir uma melhor cobertura do acompanhamento nutricional.

O SISVAN, assim como pesquisas periódicas de base populacional nacional e local,

são os instrumentos que o Brasil utiliza para conhecer a situação alimentar e nutricional da

sua população (Brasil, 2004). Dessa forma, é importante que essas fontes de informação

sejam registradas e que a documentação do diagnóstico alimentar e nutricional da população

brasileira seja realizada por todas regiões, estados, grupos populacionais, escolaridade, entre

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outros recortes que permitam visualizar a determinação social dos agravos e manutenção da

saúde. Os responsáveis por responder os questionários transmitiram saber que podem ser

realizadas ações através dos dados do SISVAN o que pode ajudar a transmitir para os

digitadores em treinamentos.

De acordo com o objetivo da 7ª Diretriz do PNS 2012­2015 (Brasil, 2013b), deve­se

reduzir os riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e

vigilância em saúde, identificando perfis e fatores de risco de interesse da saúde pública. E

em relação à segurança alimentar e nutricional na saúde, para 2013 os recursos seriam

utilizados para a implantação do Plano Nacional Intersetorial de Prevenção e Controle da

Obesidade e para a implementação da estratégia nacional de alimentação complementar

saudável. Todos os projetos são baseados no fornecimento de dados que os SIS são

responsáveis por alimentar, logo não se pode ter uma abrangência do conhecimento

populacional se encontramos erros e dificuldades na base.

Por conseguinte, diante da ausência de cobertura do acompanhamento das crianças

dos municípios entrevistados, infere­se a subutilização das informações do SISVAN no

âmbito da gestão municipal da atenção básica do SUS, além de não condizer com o nível

econômico e populacional apresentado pelo Estado do Rio de Janeiro.

Referências

BRASIL. Lei nº 8.080 de 19 de Setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a

promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços

correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União . Brasília, DF, 1990.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.975 de 14 de dezembro de 2011. Apoio

financeiro a estruturação da Vigilância Alimentar e Nutricional. Diário Oficial da União ,

Brasília, DF, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.387, de 18 de outubro de 2012. Agenda para

Intensificação da Atenção Nutricional à Desnutrição Infantil. Diário Oficial da União ,

Brasília, DF, 2012.

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Básica. Vigilância alimentar e nutricional ­ SISVAN : orientações básicas para a coleta, o

processamento, a análise de dados e a informação em serviços de saúde. Brasília, DF, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção

Básica. Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional ­ SISVAN na

assistência à saúde. Brasília, DF, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção

Básica. Manual de orientações sobre o Bolsa Família na Saúde. Série A. Normas e Manuais

Técnicos Brasília, DF, 2010.

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Básica. Coordenação­Geral de Política de Alimentação e Nutrição. SISVAN Web ­

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en&nrm=iso>. Acesso em: 07 de Julho 2016.

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MESQUITA, C. S. Contradições do processo de implementação de políticas públicas: uma

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ROMEIRO, A. A. F. Avaliação do Sistema de Vigilância Ali mentar e Nutricional – SISVAN,

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SILVA, L. B. A. et al. Capacitação de agentes comunitários de saúde para fortalecimento do

SISVAN. Rev. Ciênc. Ext . São Paulo, v. 12, n.1, p.80­96, 2016.

TUMA, R. C. F. B.; COSTA, T.H.M.da; SCHMITZ, B.A.S. Avaliação antropométrica e

dietética de pré­escolares em três creches de Brasília, Distrito Federal. Rev. Bras. Saude

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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519­38292005000400005&lng=

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VIEIRA, V. L. et al. Ações de alimentação e nutrição e sua interface com segurança

alimentar e nutricional: uma comparação entre Brasil e Portugal. Saude soc . São Paulo, v. 22,

n. 2, p. 603­607, jun. 2013.

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ANEXO 1

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

FACULDADE DE NUTRIÇÃO EMÍLIA DE JESUS FERREIRO

Acompanhamento de Crianças de 0 a 5 anos pelo SISVAN nos Municípios do Estado do

Rio de Janeiro em 2015

Jennypher Walsh Tavares, Universidade Federal Fluminense

Kellen Fragale Ferreira, Universidade Federal Fluminense

Orientadora: Prof. Sílvia Pereira

ROTEIRO PARA ENTREVISTA TELEFÔNICA

1­ Seu município utiliza o SISVAN?

2­ Quais as facilidades do sistema?

3­ Quais as dificuldades do sistema?

4­ Como é feita a digitação dos dados?

5­ Quem é o responsável pela digitação dos dados no sistema?

6­ Quais os incentivos para alimentação do sistema?

7­ Quais os benefícios e ações que advém do preenchimento do SISVAN?

8­ Acha o sistema satisfatório e eficiente em seu município?

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ANEXO 2

Normas de Publicação da Revista Saúde e Sociedade (Qualis B3).

Forma e preparação de manuscritos

Formato

Papel tamanho A4, margens de 2,5 cm, espaço 1,5, letra Times New Roman 12.

Número máximo de páginas: 20 (incluindo ilustrações e referências bibliográficas).

Estrutura

Título: Conciso e informativo. Na língua original e em inglês. Incluir como nota de

rodapé a fonte de financiamento da pesquisa.

Nome (s) do (s) autor(es): todos devem informar a afiliação institucional (em ordem

decrescente, por exemplo: Universidade, Faculdade e Departamento) e e­mail. O autor

responsável pela correspondência também deve informar seu endereço completo (rua,

cidade, CEP, estado, país).

Resumos: Devem refletir os aspectos fundamentais dos trabalhos, com no mínimo 150

palavras e no máximo 250, incluindo objetivos, procedimentos metodológicos e

resultados. Devem preceder o texto e estar na língua do texto e em inglês (abstract).

Palavras­chave: De 3 a 6, na língua do texto e em inglês, apresentados após o resumo.

Gráficos e tabelas: Os gráficos e tabelas devem ser apresentados em seus programas

originais (por exemplo, em Excel: arquivo.xls), devidamente identificados, em escala

de cinza, em arquivos separados do texto. Além disso, os gráficos e tabelas também

devem estar inseridos no texto original.

Imagens: As imagens (figuras e fotografias) devem ser fornecidas em alta resolução

(300 dpi), em JPG ou TIF, com no mínimo 8 cm de largura, em escala de cinza, em

arquivos separados do texto. Além disso, todas as imagens também devem estar

inseridas no texto original.

Citações no texto: Devem ser feitas pelo sobrenome do autor (letra minúscula), ano de

publicação e número de página quando a citação for literal, correspondendo às

respectivas referências bibliográficas. Quando houver mais de três autores, deve ser

citado o primeiro, seguido de “et al.”. Exemplo: Martins et al. (2014) ou (Martins et

al., 2014).

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Referências

Será aceito no máximo 40 referências por artigo com exceção dos artigos de revisão

bibliográfica. Os autores são responsáveis pela exatidão das referências bibliográficas

citadas no texto. As referências deverão seguir as normas da ABNT NBR 6023, serem

apresentadas ao final do trabalho e ordenadas alfabeticamente pelo sobrenome do

primeiro autor. A seguir alguns exemplos:

Livro

FORTES, P. A. de C.; RIBEIRO, H. (Org.). Saúde global . São Paulo: Manole, 2014.

Capítulo de Livro

GOTLIEB, S. L. D.; LAURENTI, R.; MELLO JORGE, M. H. P. Crianças,

adolescentes e jovens do Brasil no fim do século XX. In: WESTPHAL, M. F.

Violência e criança . São Paulo: EDUSP, 2002. p. 45­72.

Artigo de Periódico

BASTOS, W. et al. Epidemia de fitness . Saúde e Sociedade , São Paulo, v. 22, n. 2, p.

485­496, 2013.

Tese

SANTOS, A. L. D. dos. Histórias de jovens que vivenciaram a maternidade na

adolescência menor: uma reflexão sobre as condições de vulnerabilidade. 2006. Tese

(Doutorado em Saúde Materno­Infantil)­Faculdade de Saúde Pública da Universidade

de São Paulo, São Paulo, 2006.

Documento on­line

WHO GLOBAL MALARIA PROGRAMME. World malaria report: 2010.

Geneva: WHO, 2010. Disponível em:

<http://www.who.int/malaria/world_malaria_report_2010/worldmalariareport2010.pdf

>. Acesso em: 7 mar. 2011.

Legislação (Lei, Portaria etc.)

­ Versão impressa

BRASIL. Lei nº 9887, de 7 de dezembro de 1999. Altera a legislação tributária

federal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil , Brasília, DF, 8 dez. 1996.

Seção 1, p. 13.

­ Versão eletrônica

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BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria nº 485, de 11 de novembro de

2005. Aprova a Norma Regulamentadora nº 32 (Segurança e Saúde no Trabalho em

Estabelecimentos de Saúde). Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil ,

Brasília, DF, 16 nov. 2005. Disponível em:

<http://www.mte.gov.br/legislacao/portarias/2005/p_20051111_485.pdf>. Acesso em:

17 jan. 2007.

Artigo ou matéria de jornal

CUPANI, G. População sedentária preocupa médicos reunidos em simpósio. Folha de

S. Paulo, São Paulo, 15 out. 2010. Equilíbrio e Saúde, p. 14.

Trabalho apresentado em evento (congresso, simpósio, seminário etc.)

­ Versão impressa

COUTO, M. T.; SOTT, R. P. Ética, diversidade e saúde reprodutiva. In:

CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAS EM SAÚDE, 2., 1999, São

Paulo. Livro de resumos... São Paulo: Abrasco: Unifesp, 1999, p. 100.

­ Versão eletrônica

CARVALHO, C. A. Religião e aids: segredos e silêncios. In: CONGRESSO

BRASILEIRO DE PREVENÇÃO EM DST/AIDS, 4., 2001, Cuiabá. Anais... Brasília,

DF: Ministério da Saúde, 2001, p. 71­72. Disponível em:

<http://www.portalsaudebrasil.com/artigospsb/public007.pdf>. Acesso em: 18

ago.2006.

Open Access

A Saúde e Sociedade utiliza o modelo Open Access de publicação, portanto seu

conteúdo é livre para leitura e download, favorecendo a disseminação do

conhecimento.

Taxas

A Saúde e Sociedade não cobra taxas de submissão, avaliação ou publicação de

artigos.

Envio do material

http://submission.scielo.br/index.php/sausoc/login

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ANEXO 3