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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA
JOANNA ALMEIDA MEDEIROS DIAS
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR DE
EMERGÊNCIA: UMA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
NITERÓI
2016
JOANNA ALMEIDA MEDEIROS DIAS
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR DE
EMERGÊNCIA: UMA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado à
Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem e
Licenciatura da Universidade Federal Fluminense, como
requisito parcial para obtenção do Título de Enfermeiro
e Licenciado em Enfermagem.
Orientadora: Prof. Andréia Pereira Escudeiro
NITERÓI
2016
D 541 Dias, Joanna Almeida Medeiros.
Atuação do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar de emergência: Uma referência bibliográfica / Joanna Almeida Medeiros Dias. – Niterói: [s.n.], 2016.
39 f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense, 2016. Orientador: Profª. Andréia Pereira Escudeiro.
1. Enfermagem em emergência. 2. Auxiliares de
emergência. 3. Serviços médicos de emergência. I. Título. CDD 610.736
JOANNA ALMEIDA MEDEIROS DIAS
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR DE
EMERGÊNCIA: UMA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado à
Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem e
Licenciatura da Universidade Federal Fluminense, como
requisito parcial para obtenção do Título de Enfermeiro
e Licenciado em Enfermagem.
BANCA EXAMINADORA
Prof°Ms Andréia Pereira Escudeiro - Orientadora
Universidade Federal Fluminense
Prof°Ms Robson Damião de Souza -1° examinador
Universidade Federal Fluminense
Prof°Ms Jorge Luiz Rocha de Souza - 2°examinador
Universidade Federal Fluminense
NITERÓI
2016
Agradecimentos
Gostaria de agradecer primeiro a Deus por me permitir chegar até aqui, mesmo com
todas as dificuldades que passei.
Agradecer a minha mãe por estar ao meu lado e me apoiar em tantos momentos que
pensei em desistir, por me amar incondicionalmente e fazer tantos sacrifícios por mim.
Agradecer também a minha família pelo apoio e incentivo de sempre.
Agradecer aos meus amigos que foram tão importantes nessa trajetória me
proporcionando momentos únicos em tantas fases vividas.
Agradecer aos meus professores que me ajudaram nessa trajetória, a minha
orientadora pelo apoio durante esse período de construção e pelo incentivo no NEPUr.
RESUMO
A Atuação do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar de emergência foi o objeto de
identificação dessa pesquisa, com os objetivos de caracterizar a atuação do enfermeiro no
atendimento pré-hospitalar de emergência, descrever como se desenvolve o processo de
capacitação dos profissionais que atuam em APH e também analisar a autonomia do enfermeiro
durante esse atendimento pré-hospitalar de emergência. Para alcançar os objetivos propostos,
escolheu- se a revisão integrativa através da análise de dados. A coleta de dados foi feita no
segundo semestre de 2015. Resultados e Discussão: A avaliação rápida da gravidade do trauma
no local do acidente pode representar oportunidade de sobrevida para a vítima até a sua
chegada ao hospital. Dentro do APH móvel o uso de protocolos torna-se essencial, po is permite
que, o Enfermeiro juntamente com a equipe atue com um maior grau de independência e
interdependência, gerando otimização na assistência prestada.Considerações Finais:
Considerando a pequena gama de publicações inerentes ao tema e utilizando das informações
conseguidas, conclui-se que é baixo o conhecimento dos profissionais de enfermagem no que
tange seu currículo de formação de faculdade sobre APH, devendo o profissional interessado
em atuar nessa área procurar um preparatório pós-graduação. É sabido que o APH, não é um
tratamento definitivo, mas sua realização é primordial para a sobrevida do paciente e os
profissionais de toda a equipe devem se preocupar em estabilizá- la e encaminhá- la o mais breve
ao tratamento definitivo.
ABSTRACT
The Nurses' performance in emergency pre-hospital care was the subject of identification of
this research, with the objective to characterize the work of nurses in the emergency pre-
hospital care, describe how it develops the training process for professionals working in APH
and also analyze the autonomy of nurses during this pre-hospital emergency. To achieve the
proposed objectives, we chose to the integrative review through data analysis. Data collection
was done in the second half of 2015. Results and Discussion: The rapid assessment of the
severity of the trauma at the scene may represent survival opportunity for the victim until his
arrival at the hospital. Within the mobile APH use protocols becomes essential because it
allows, nurse along with the team to act with a greater degree of independence and
interdependence, generating optimization in the care provided.Final Thoughts: Considering
the small range of publications relating to the issue and using the information obtained, it
appears that is low knowledge of nursing professionals regarding their college training
curriculum on APH, with the professional interested in working in this area looking for a
graduate preparatory. It is known that the APH is not a definitive treatment, but its realization
is essential for the survival of patients and professionals from all staff should worry about
stabilizing it and forward it as soon as the definitive treatment.
LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABESE Academia Brasileira de Especialistas em Enfermagem
APH Atendimento Pré-Hospitalar
ATLS Advanced Trauma Life Support
BVS Biblioteca Virtual da Saúde
CBMERJ Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro
CFM Conselho Federal de Medicina
COBEEM Colégio Brasileiro de Enfermagem em Emergência
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
COREN Conselho Regional de Enfermagem
ECG Eletrocardiograma
EPI Equipamento de Proteção Individual
LILACS Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
MS Ministério da Saúde
MEDLINEMedical Literature Analisys and Retrieval System on line
PEET Programa de Enfrentamento às Emergências e Trauma
SAMU Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
SAV Suporte Avançado à Vida
SBV Suporte Básico à Vida
SEM Sistemas de Emergências Médicas
SIATE Sistema de Atendimento ao Trauma e Emergências
UFF Universidade Federal Fluminense
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO, p.11
1.1 OBJETO, p.12
1.2 QUESTÕES NORTEADORAS, p.12
1.3 OBJETIVOS, p.12
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS, p.12
1.5 JUSTIFICATIVA, p.13
2. REVISÃO DE LITERATURA, p.14
2.1 HISTÓRIA DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR, p.14
2.2 ASPECTOS LEGAIS, p.16
2.3 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO APH, p.17
2.4 ENSINO DE APH NA ENFERMAGEM, p.19
3. METODOLOGIA, p.21
4. RESULTADO, p.24
5. DISCUSSÃO, p.27
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS, p.30
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p.32
7.1 OBRAS CITADAS, p.32
7.2 OBRAS CONSULTADAS, p.36
11
1 INTRODUÇÃO
No Estado do Rio de janeiro, o sistema de atendimento pré-hospitalar de
emergência (APHE) é constituído pela rede pública e privada. Na rede privada, através de
serviços prestados em rodovias por exemplo, Eco ponte, CCR e outras que possuem suas
ambulâncias para atendimento de aph, com profissionais da saúde contratados pelas mesmas.
Já na rede pública o serviço é prestado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o
SAMU e pelo Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, o CBMERJ.
No CBMERJ os enfermeiros são oficiais militares e eles atuam em viaturas
intermediárias, onde se encontra um oficial enfermeiro, que é o chefe da guarnição, um Cabo
ou Sargento, que são técnicos de enfermagem e um soldado ou cabo como condutor da
ambulância. No SAMU os enfermeiros atuam em viaturas de suporte avançado, composta por
um médico, um enfermeiro e o condutor.
O que me motivou para esse estudo, foi a inexistência no currículo, pelo menos na
Universidade Federal Fluminense- UFF, de matéria obrigatória ensinando na graduação como
atuar em APH, no caso da UFF existe uma matéria optativa para quem tem interesse na área.
Através de pesquisa por leitura de artigos, foi notado que os profissionais que se
interessam por essa área precisam fazer cursos, como os de especialização em emergência ou
em APH que são recentes. Alguns com o investimento alto e que em sua grande maioria
aprendem com a prática do dia a dia, durante anos de trabalho. Falta ao enfermeiro mais
autonomia para atuar em APH, não só em relação a procedimentos, mas também com o uso
de medicamentos devidamente protocolados, visto que o atendimento na emergência pré-
hospitalar tem que ser feito o mais rápido po ssível.
De acordo com Ramos e Sanna (2005, p.358), em outros países como a França e o
Estados Unidos, onde há um sistema de APH bem consolidado e os enfermeiros têm sua
função consolidada e reconhecida dentro de seus sistemas de atendimento, percebe-se que
existe ainda sim, certa deficiência na atuação e capacitação desses profissionais. Mas
constantemente a atuação do enfermeiro é repensada. No nosso pais, em aspectos legais,
existe a falta de uma legislação específica, que cria dificuldades de padrão em APH,
encontrando assim várias estruturas em todo território nacional.
12
Sendo assim, emergiu o seguinte problema de pesquisa: Qual a atuação do
enfermeiro nesse atendimento pré-hospitalar?
Na portaria n° 2048/GM de 5 de novembro de 2002 no capitulo 4, do Ministério
da saúde, diz que na equipe de profissionais oriundos da saúde, acerca sobre o responsável de
enfermagem: o enfermeiro que o é responsável pelas atividades de enfermagem; E os
enfermeiros assistenciais são os responsáveis pelo atendimento de enfermagem necessário
para a reanimação e estabilização do paciente, no local do evento e durante o transporte.
Dentro do perfil dos profissionais oriundos da área da saúde, o enfermeiro deve ser o
profissional de nível superior titular do diploma de enfermeiro, devidamente registrado no
Conselho Regional de Enfermagem de sua jurisdição, habilitado para ações de enfermagem
no Atendimento Pré-Hospitalar Móvel, além das ações assistenciais, deve prestar serviços
administrativos e operacionais em sistemas de atendimento pré-hospitalar. (BRASIL, 2010).
1.1 OBJETO
Perante o conteúdo apresentado acima, surgiu como objeto de estudo a atuação do enfermeiro
no atendimento pré-hospitalar de emergência.
1.2 QUESTÕES NORTEADORAS
Qual é a atuação, as açõese como é a capacitação desse enfermeiro nesse atendimento pré-
hospitalar?
1.3 OBJETIVOS
• Descrever a atuação do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar de
emergência.
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Conhecer a autonomia do enfermeiro durante o APH.
• Identificar como os profissionais que atuam em APH se profissionalizam
13
1.5JUSTIFICATIVA
Esse estudo pretende esclarecer a atuação do profissional enfermeiro no atendimento pré-
hospitalar de emergência, destacando a importância desse profissional e esclarecendo as
dúvidas e ampliando os conhecimentos científicos acerca do assunto.
Com o aumento da quantidade de carros em rodovias e violência nas cidades,
ocorre mais acidentes de transito e lesões por arma de fogo ou qualquer outro objeto perfuro
cortante, na sua grande maioria nas grandes cidades. Uma rapidez de raciocínio e
conhecimento científico nesse atendimento se faz necessária, sendo que muitas vezes as
lesões podem se agravar a cada segundo e se tornarem permanentes. Esses profissionais
atuam em ambientes perigosos e com pouco espaço. Uma maior autonomia do profissional
enfermeiro, em técnicas e administração de medicamentos, poderia tornar essa resposta ainda
mais rápida. Diante disso, se torna importante um estudo que destaque a importância da
capacitação e autonomia dos enfermeiros.
14
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 HISTÓRIA DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
Todo o atendimento médico realizado no Egito, na Grécia, em Roma e pelos israelitas,
até o tempo de Napoleão, é classificado como Sistema Médico de Emergência pré-moderno.
Os atendimentos em sua maior parte eram realizados em instituições especializadas poucos
atendimentos eram realizados diretamente no campo de batalha por profissionais de
emergência pré-hospitalar. (PHTLS, 2008, p.6).
No fim do século XVIII, o Barão Dominick Jean Larrey, cirurgião-chefe militar de
Napoleão, reconheceu a necessidade de um pronto atendimento pré-hospitalar. Em 1797,
Larrey declarou que, os estados das ambulâncias impediam que os feridos em batalha
recebessem a atenção requisitada. Assim ele foi autorizado a construir uma nova ambulância
que era puxada por cavalos, na qual ele deu o nome de “ambulância voadora”, puxadas a
cavalo, para retirar rapidamente soldados feridos do campo de batalha, e adotou a premissa de
que os homens que trabalhavam nessas "ambulâncias voadoras" deveriam ter treinamento em
cuidados médicos para dar assistência no local e no transporte desses doentes. Já no início do
século XIX, Larrey estabeleceu a teoria de atendimento pré-hospitalar que usamos até hoje.
(PHTLS, 2008, p.7).
Na Segunda Batalha de Bull Run nos Estados Unidos, em 1862, 300 ambulâncias e
atendentes recolheram 10.000 feridos em 24 horas. Jonathan Letterman foi designado
cirurgião geral e criou uma corporação médica separada, com atendimento médico mais bem
organizado. Organizando o atendimento de emergência nos Estados Unidos durante a guerra.
(ibid. , p.7).
A Cruz Vermelha Internacional foi criada, em agosto de 1864, na Primeira
Convenção de Genebra. A convenção reconheceu a neutralidade dos hospitais, dos doentes e
feridos, de todos os profissionais envolvidos e das ambulâncias, garantindo a passagem livre
das ambulâncias e dos profissionais médicos para transporte de feridos. (ibid. , p.7).
15
A enfermeira, ainda no século XX também teve sua presença registrada participando
ativamente no atendimento aos feridos, na 1° e 2° Guerras Mundiais e nas Guerras do Vietnã
e da Coréia. (THOMAZ1
O Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergências SIATE, sugerido pelo
Ministério da Saúde (MS), começando em Curitiba em 1990, numa ação conjunta entre a
Secretaria Estadual de Saúde e Secretaria de Segurança Pública, o atendimento era realizado
por socorristas do Corpo de Bombeiros e sendo um médico regulador que dava assistência
pelo telefone, sendo deslocado para o local caso fosse necessário. O SIATE serviu de alicerce
do APH em nível nacional, iniciada a partir de 1990, com a criação do Programa de
Enfrentamento às Emergências e Traumas (PEET) pelo MS.(ibid. , p. 75)
, 2000 apud RAMOS; SANNA, 2005, p.356).
Em 1968, o atendimento pré-hospitalar foi iniciado com o relatório de Dunlap e
Associados ao SME do Departamento de Transportes. Foi estabelecido o currículo do
Treinamento em Ambulância de socorristas, que é o nosso suporte básico de vida de hoje.
(PHTLS, 2008, p.7).
Pela necessidade de atendimento rápido ao doente com trauma, foram criados
números telefônicos o 911 nos estados Unidos e 192 ou 193 no Brasil, e cada país estabelece
um número diferente.Com a melhor comunicação despachar socorristas e unidade médica de
emergência se tornou mais fácil. A rápida abordagem e a reanimação cardiopulmonar precoce
salvam a vida dos doentes em parada cardíaca, abordando o trauma da mesma forma.(ibid. ,
p.9).
A ide ia de atender as vítimas no local da emergência, no Brasil, é tão antiga
quanto em outros países. Em 1893 foi aprovada uma lei, pelo Senado da República, que
estabelecia o socorro médico de urgência em via pública, começando pelo Rio de Janeiro, que
na época era a capital do país. O Corpo de Bombeiros colocou em ação, em 1899, a primeira
ambulância (de tração animal) para realizar o atendimento, também no Rio de Janeiro, fato
que caracteriza sua tradição histórica na prestação deste serviço.(PRADO, MARTINS, 2004,
p. 73)
1 THOMAZ, Rosimey Romero; LIMA, Flavia Vernaschi. Atuação do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar na cidade de São Pau lo. Acta Paulista de Enfermagem. v. 13, n. 3, 2000. Disponível em: http://www.unifesp.br/denf/acta/2000/13_3/pdf/art7.pdf. Acesso em: 05 de maio 2010.
16
2.2 ASPECTOS LEGAIS
A falta de legislação em nosso país permitiu a sustentação de várias estruturas de
atendimento pré-hospitalar de emergência, sem seguir um padrão nacional. Foi realizado uma
recuperação cronológica e assim foram encontradas diversas portarias do Ministério da Saúde
(MS) e resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM), além do Conselho Federal de
Enfermagem (COFEN). (RAMOS; SANNA, 2005, p.358).
O CFM e Regionais de Medicina, em 1997, passaram a questionar a eficácia dos
serviços de APH prestados pelo Corpo de Bombeiros, já que eles não possuíam fundamento
técnico suficiente para que pudessem atuar. Então em 1998 o CFM lançou a Resolução
n.1.529/98 que normatizava a atividade médica na área da urgência/emergência na sua fase
pré-hospitalar. (ibid. , p.358)
Após a Resolução n.1.529/98 no CFM, a MS criou uma nova Portaria a n.824 de
24 de julho de 1999, normatizando o APH em todo território nacional. A partir disso
promulgou outras Portarias, sendo a n.737 d e maio de 2001, que define a política nacional de
redução de morbimortalidade; A n. 814/GM, de 1 de junho de 2001, que estabelece a
normatização dos serviços de atendimento pré-hospitalar móvel de urgências e define
princípios e diretrizes da regulação médica das urgências; A n. 2048/GM de 5 de novembro
de 2002, que regulamenta o atendimento das urgências e emergências; A n. 1863/GM de 29
de setembro de 2003, que institui a Política Nacional de Atenção às Urgências, a ser
implantada em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de
gestão; e a n. 1864/GM também de 29 de setembro de 2003, que institui o componente pré-
hospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências, por intermédio da
implantação de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência em Municípios e regiões de todo
o território brasileiro: SAMU – 192. (ibid. , p.359)
Na lei do exercício profissional de Enfermagem, n.7498/86, estabelece as funções
privativas do enfermeiro, práticas de enfermagem tem que ser feitas pelo enfermeiro ou
supervisionadas pelos mesmos, dentre elas cuidados diretos de enfermagem a pacientes
graves com risco de vida e cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que
exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas. (COFEN,
2010).
17
Através da Resolução n.375 do COFEN, de 22 de março de 2011, estabelece como se
dará a presença do enfermeiro no atendimento pré e intra hospitalar, em situações de risco
sendo elas conhecidas ou não. Ela dispõe no art. 1° que em qualquer tipo de unidade móvel
seja ela terrestre, aérea ou marítima, a assistência de Enfermagem em situações de risco
conhecido ou desconhecido, somente deve ser desenvolvida na presença do enfermeiro, onde
os profissionais da área deverão atender o disposto na Resolução COFEN n° 358/2009 que
estabelece sobre como se dará a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a
implementação do Processo de Enfermagem (COFEN, 2011).
As mudanças que favoreceram o enfermeiro aconteceram, tanto na normatização
do APH em todo o país, como na deflagração de um posicionamento das entidades de classe
de enfermagem. Isso só tende a beneficiar o enfermeiro e ao cliente que recebe a assistência
por ele proporcionada. (RAMOS; SANNA, 2005, p.359).
No atendimento pré-hospitalar de emergência, assim como em toda área da saúde,
o respeito é um fundamento da ética; A vítima de trauma ou de algum transtorno clínico é
uma pessoa que está sofrendo, possui seus valores, crenças e não podem ser ignoradas. Os
direitos dos pacientes são assegurados pelos direitos humanos, pelos códigos ética dos
profissionais e constituição federal, é imprescindível que o profissional saiba quais são esses
direitos e hajam de acordo com eles. (AZEVEDO, 2006, p. 257).
2.3 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO APH
Não é a nova a incorporação do enfermeiro no atendimento pré-hospitalar de
emergência, elas estiveram presentes nas grandes guerras, mas no Brasil a estruturação se deu
a partir da década de 90 onde ficou mais evidenciada. O APH está dividido em duas
categorias, o suporte básico de vida (SBV) e o suporte avançado de vida (SAV). Sendo o SBV
para preservação da vida, sem manobras invasivas, o atendimento é realizado por pessoas
treinadas em primeiros socorros e atuam sob supervisão médica. Já no SAV há manobras
invasivas, de maior complexidade, sendo assim esse atendimento é realizado exclusivamente
por médico e enfermeira. A atuação do enfermeiro está ligada diretamente ao paciente grave
sob risco de morte. (RAMOS; SANNA, 2005, p.358).
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O atendimento pré-hospitalar de emergência necessita de profissionais qualificados que
atendam as particularidades do APH ou a remoção Inter hospitalar, tendo como base a
prevenção, proteção e recuperação da saúde; O raciocínio clínico e habilidade de tomar
decisões rápidas são essenciais. (GENTIL; RAMOS; WHITAKER, 2008, p.192).
Sabemos que no Brasil, a capacitação do enfermeiro que atua em APH está em
atraso se comprados com outros países, como a França e Estados Unidos que tem a função do
enfermeiro bem consolidada. (RAMOS; SANNA, 2005, p.356).
Na França, a base do atendimento pré-hospitalar de emergência é médica, sendo
assim nenhum treinamento poderá substituir as escolas médicas e de enfermagem, já que
esses profissionais estudam durante anos para reconhecer as doenças, a indicar e a realizar o
seu tratamento. Mas a falta de recursos para sustentar esse sistema, por ser um sistema de alto
custo, atrapalham o andamento. (ibid. , 356.)
Nos Estados Unidos, existe o paramédico que é muito bem treinado, senso capaz
de oferecer os mesmos cuidados que os médicos em emergências, desde que a consulta
médica seja sistematizada, esse paramédico fica em contato com a central de regulação e
recebe instruções de um médico. (ibid. , 356.)
Já no Brasil foi proposto um sistema de APH realizado exclusivamente por
médicos, mas o fator econômico tornou esse sistema inviável, o médico e o enfermeiro foram
limitados apenas para atendimentos de maior gravidade, onde se faz necessário ambulâncias
de suporte avançado, UTI móvel e helicóptero. (ibid. , 356.)
O enfermeiro deve possuir formação e experiência profissional, extrema
competência, habilidade, capacidade física, capacidade de lidar com estresse, capacidade de
tomar decisões rápidas, de definir prioridades e saber trabalhar em equipe. (Ferreira, 1999).
Mesmo com essas recomendações, são recentes os cursos de especialização
específicos para o APH.
Segundo Thomaz, o enfermeiro é um profissional que atua ativamente no APH,
juntamente com a equipe assumindo a responsabilidade pela assistência as vítimas, atuando
19
em espaços físicos restritos e diversos, com limite de tempo, sendo necessárias decisões
imediatas com conhecimento específico.
Para Azevedo, nesse sistema o enfermeiro além de prestar o socorro às vítimas em
situações de emergência fora do ambiente hospitalar, também são instrutores e desenvolvem
atividades educativas, como parte técnica o enfermeiro participa na revisão dos protocolos de
atendimentos, elaboração de material didático, além de atuar junto à equipe multiprofissional
na ocorrência de calamidades e acidentes de grandes proporções.
O papel do enfermeiro em APH, ainda precisa ser consolidado, no Brasil e em
outros países; mas em duas décadas da inserção do enfermeiro a sua atuação vem se tornando
imprescindível e com caráter definitivo. (RAMOS; SANNA, 2005, p.358).
2.4 ENSINO DE APH NA ENFERMAGEM NO BRASIL
De acordo com o que está disposto na portaria 2048 de novembro de 2002,
capítulo VII, na graduação a atenção ao assunto emergência é superficial. A capacitação,
habilitação e educação continuada é inadequada ou inexistente no currículo das universidades,
principalmente na área de atendimento pré-hospitalar móvel. Há uma grande gama de cursos
privados para capacitação nessa área, com diversos programas, conteúdos e cargas horárias.
(BRASIL, 2002)
Sendo assim há necessidade de criar estruturas capazes de estabelecer, resgatar o
processo de educação e capacitação continuada para o desenvolvimento do aph. Se torna
indispensável o estabelecimento de currículos mínimos de capacitação e habilitação para ao
atendimento em urgências, de capacitar instrutores com certificação e capacitação
pedagógica. Para atender a demanda existente foi criado o regulamento técnico que propõe
aos gestores do SUS a criação, organização e implantação de Núcleos de Educação em
Urgências- NEU. (BRASIL, 2002)
Em 2003 foi criado o Colégio Brasileiro de Enfermagem em Emergência (COBEEM),
seguindo as normas estabelecidas pelo MS. É uma sociedade civil, privada, com caráter
cientifico, sem fins lucrativos para reunir profissionais de enfermagem que atuam ou não em
20
aph, que se interessam ou são envolvidos em pesquisa, gerenciamento, ensino e prática em
emergência. (COBEEM, 2011).
Os objetivos do COBEEM são a definição de padrões em excelência nos cuidados da
emergência; realizar cursos, congressos e outros eventos, para o desenvolvimento
profissional; atuar junto com outras instituições para a melhoria da prática de enfermagem na
área de emergência; com base na legislação vigente e de acordo com os critérios estabelecidos
pelo conselho interno científico da instituição, conceder títulos de especialistas em
Enfermagem em Emergência; promover a publicação de trabalhos científicos que sejam de
interesse da especialidade, divulgar as normas internacionais de tratamento a emergência,
principalmente à parada cardiorrespiratória para os leigos; realizar educação permanente em
cuidados voltados para emergência. O Cobeem é registrado no Coren/SP e na Academia
Brasileira de Especialistas em Enfermagem (Abese) e em 2007 realizou o primeiro exame de
Título de Enfermeiro Especialista em Emergência. (ibid, 2011).
21
• Escolha e definição da questão norteadora
3 METODOLOGIA
A Revisão Integrativa da pesquisa em saúde que sintetiza um assunto ou referencial
teórico que para maior compreensão e entendimentos de uma questão, permitindo uma ampla
análise da literatura. Esse método foi desenvolvido de acordo com os propósitos da prática
baseada em evidencias (PBE) e tem como pressuposto um rigoroso processo de síntese da
realidade pesquisada. (MENDES; SILVEIRA E GALVÃO, 2008.)
A Revisão Integrativa permite a busca, a avaliação crítica e síntese do tema investigado
e o seu resultado é o estado atual do assunto pesquisado. (WHITTIMORE; KNAFL, 2005;
MENDES; SILVEIRA E GALVÃO, 2008.)
Trata-se de uma revisão integrativa, realizada sobre as seguintes etapas:
• Investigação de produção científica que atenda a questão norteadora, conforme
critérios de inclusão e exclusão
• Coleta de dados
• Análise dos dados
• Elucidação dos dados e apresentação da revisão
Para a organização das informações, contidas nas publicações científicas encontradas,
foi utilizada a leitura flutuante dos resumos dos trabalhos, identificando-se o objeto, os
objetivos do estudo e os resultados do mesmo, os dados foram registrados sob a forma de
fichas de leitura. Para análise dos dados este estudo utilizou a técnica de Análise de Conteúdo,
proposta por Bardin. (2002, p. 52).
A pesquisa descritiva segundo Bardin (2002, p.70), observa, registra, analisa e
correlaciona fenômenos ou atos do mundo, em especial, do mundo humano, não havendo a
interferência do pesquisador. Este tipo de método procura descobrir com precisão possível,
sua conexão e relação com os outros e sua natureza e características.
22
Esse tipo de pesquisa se mostrou mais interessante para atingir os objetivos que foram
propostos no trabalho, com o objetivo de evitar limitações que poderiam surgir.
Com o objetivo de compreender como os enfermeiros que atuam especificamente no
atendimento pré-hospitalar de emergência.
Segundo Bardin (1977), a análise de conteúdo é definida como:
“Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos, sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção (variáveis inferidas) destas mensagens. ”
Ferreira (2003), a partir da abordagem de Bardin, relaciona as possibilidades de uso da
análise de conteúdo:
“A análise de conteúdo é usada quando se quer ir além dos significados, da leitura simples do real. Aplica-se a tudo que é dito em entrevistas ou depoimentos ou escrito em jornais, livros, textos ou panfletos, como também a imagens de filmes, desenhos, pinturas, cartazes, televisão e toda comunicação não verbal: gestos, posturas, comportamentos e outras expressões culturais. ”
A pesquisa para Pádua (1996, p.29) nada mais é que toda atividade que está voltada
para a solução de problemas; como, por exemplo, atividades de busca, indagação,
investigação da realidade, sendo assim, é a atividade que nos vai permitir, dentro do âmbito
cientifico, elaborar um conhecimento, ou um conjunto de conhecimentos, que nos oriente em
nossas ações e nos auxilie na compreensão desta realidade.
A investigação de literatura foi realizada por meio do cruzamento das palavras-chave,
disponíveis nos Descritores em Ciência da Saúde (DECS):
• Auxiliares de Emergê ncia
• Enfermagem em emergência
• Serviços médicos de emergência
Foram realizadas palavras-chave de associação de palavras-chave, conforme se segue:
Associação 1: auxiliares de emergência AND enfermagem em emergência 2
Associação 2: auxiliares de emergência AND serviços médicos de emergência 2
Associação 3: enfermagem de emergência AND serviço médico de emergência 10
23
Associação 4: auxiliares de emergência AND enfermagem em emergência AND serviços
médicos de emergência 2
Foram acessadas as seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analisys and Retrieval System on
line (MEDLINE) e outros por intermédio da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), uma vez que
essa permite busca simultânea nas principais fontes nacionais e internacionais. Foram e serão
utilizados os estudos e artigos científicos na íntegra.
O seguinte trabalho tem como escolpo as seguintes questões norteadoras:
• Qual é a atuação do enfermeiro nesse atendimento pré-hospitalar?
• Quais são as ações do enfermeiro nesse atendimento?
• Como é a capacitação do enfermeiro para o atendimento pré-hospitalar de
emergência?
Foram e serão utilizados os seguintes critérios de inclusão na sequência abaixo:
• Disponibilidade do artigo na íntegra
• Publicados em português
• Publicados no período de 2000 a 2015
• Seleção do título que contenha referência aos descritores
• Leitura classificatória do resumo
• Leitura do texto na íntegra (também classificatória)
Foram excluídos do estudo, artigos que só se disponibilizam o resumo ou estudos que
não forem disponibilizados na íntegra, idiomas diferentes de português, títulos que não
condizem com os descritores, além daqueles que apresentam duplicidade entre as categorias e
texto sem elemento relevante ao escopo do estudo.
Esse estudo não necessita ser submetido ao Comitê de Ética pois se trata de um estudo
de revisão de literatura integrativa, da qual, só utiliza de produção bibliográfica para sua
composição
24
Autor/Ano
4 RESULTADOS
No cruzamento dos descritores auxiliares de emergência AND enfermagem em
emergência foram encontradas vinte e uma produções, com os descritores auxiliares de
emergência AND serviços médicos de emergência também foram encontradas duas produções
e com os descritores enfermagem de emergência AND serviço médico de emergência foram
encontrados 98 produções. Quando os três descritores foram cruzados, encontrou-se duas
produções.
Após a avaliação de acordo com os critérios de exclusão e inclusão foram selecionadas
quatorze produções. Sendo excluídas sete por repetição.
País Tipo de Estudo Resultado
Gentil R, 2008 Brasil Estudo
Descritivo
Os resultados do estudo permitiram
concluir que os conteúdos teóricos e
as habilidades propostas pela
Portaria 2.048 são temas básicos para
a capacitação dos enfermeiros que
atuam em APH.
Vargas D,
2006
Brasil Estudo
exploratório
descritivo de
abordagem
qualitativa
Os dados revelam que nenhum dos
entrevistados recebeu formação
específica em APH, durante a
graduação
Souza J, 2015 Brasil Estudo
exploratório
bibliográfico
Os estudos comprovaram que o
enfermeiro é indispensável para
assistência de enfermagem direta do
25
paciente no APH.
Pereira W et
al, 2009
Brasil Estudo
qualitativo
No atendimento pré-hospitalar a
vítima de trauma de corrente de
acidente de trânsito, identificou- se a
dinâmica dos atores envolvidos
Machado M,
2011
Brasil Estudo
descritivo
transversal
Os enfermeiros, devido ao tipo de
atividade, tenham sido menos
vítimas de acidentes biológicos
Mafra D et al,
2005
Brasil Estudo
descritivo
exploratório
Considera-se que a mudança de
comportamento é um desafio para os
profissionais de enfermagem e a
adoção de práticas seguras envolve
fatores intrínsecos do sujeito, vícios,
a vontade dos próprios envolvidos e
seu conhecimento.
Martins P,
2004
Brasil Estudo
descritivo
Exploratório
É preciso que os conselhos
profissionais de normatização e
fiscalização do exercício
profissional, ou melhor, de regulação
das práticas de saúde, sejam 234
democratizados no seio dos sujeitos
das suas respectivas práticas
4.1 Características do estudo
Artigos selecionados para a síntese segundo título, autor ano de publicação de país de
origem de tipo de estudo e resultado.
4.2 Análise
26
Após a caracterização, as produções passaram por uma análise de forma compreensiva
a partir da leitura em profundidade comparativa para que pudessem passar pelo processo de
categorização. Foram identificadas 3 categorias temáticas emergentes da análise –
Enfermagem e atendimento pré-hospitalar, Enfermagem e uso de EPI´s e Enfermagem e
Responsabilidade.
A representação das produções científicas analisadas organizadas em suas categorias
temáticas pode ser vista na figura abaixo:
Enfermagem e o
atendimento pré-
hospitalar de emergência
Capacitação de Enfermeiros em Atendimento Pré-
Hospitalar.(1)
Atendimento Pré-Hospitalar: a Formação Específica do
Enfermeiro na Área e as Dificuldades Encontradas no
Início da Carreira.(2)
A inserção da enfermeira no atendimento pré-hospitalar:
histórico e perspectivas atuais.(3)
O trabalho em equipe no atendimento pré-hospitalar à
vítima de acidente de trânsito.(4)
Enfermage m e uso de
EPI´S
Acidentes com material biológico em profissionais do
Atendimento Pré-Hospitalar Móvel. (5)
Percepção dos Enfermeiros sobre a importância do uso dos
Equipamentos de Proteção Individual para Riscos
Biológicos em um Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência. (6)
Enfermage m e
Responsabilidade
Atendimento Pré-Hospitalar: atribuição e responsabilidade
de quem? (7)
27
Para isso é necessário que em seu conteúdo estejam presentes as intervenções e
estabilização dos estados respiratório, circulatório e neurológico, seguido de imobilização,
transporte rápido e seguro para o hospital adequado mais próximo. (1) O estresse é um ponto
importante que merece ser destacado no cotidiano do trabalhador envolvido no APH móvel.
Entre as várias situações que podem provocar o estresse no ser humano, uma das mais
importantes é o estresse no trabalho. (3). Mas o estresse não é o único mal ao qual o
profissional que atua em APH pode ser acometido. Os trabalhadores da equipe de APH
móvel, além de todos os fatores comuns aos profissionais da área de saúde, deparam-se com
outras situações que contribuem para a ocorrência de acidentes, tais como as operações de
resgate e a presença de grande volume de MBPC, que podem torná-los mais vulneráveis aos
acidentes com material biológico potencialmente contaminado (MBPC) do que os demais
profissionais da área de saúde.(5) Os profissionais da saúde são uma população
potencialmente vulnerável à exposição aos agentes microbiológicos devido ao contato direto e
constante com o paciente, em especial a equipe de enfermagem do APH, sendo que, o
enfermeiro tem papel fundamental como orientador e educador perante sua equipe. Acredita-
5 DISCUSSÃO
A avaliação rápida da gravidade do trauma no local do acidente pode representar
oportunidade de sobrevida para a vítima até a sua chegada ao hospital, por isto a importância
da triagem e de um breve exame físico como instrumentos de auxílio na tomada de
decisões.(4) Como as situações de emergência requerem medidas eficazes que necessitam do
mínimo de tempo possível para serem adotadas e iniciadas; dentro do APH móvel o uso de
protocolos torna-se essencial, pois permite que, o Enfermeiro juntamente com a equipe atue
com um maior grau de independência e interdependência, gerando otimização na assistência
prestada. Cada instituição pode criar protocolo próprio para sua equipe, desde que, garanta a
avaliação rápida, possibilitando assim um menor tempo gasto no atendimento, eficácia e
possibilidade mínima de erros.
28
se que este enfermeiro conheça os fatores de risco a que se expõe, as medidas protetoras para
evitar acidentes ou enfermidades profissionais, ainda que isto não implique diretamente a
adoção por parte dele de medidas de precauções.(6). Estas precauções incluem a utilização de
barreira para proteção, como o uso de EPI’s. Utilizá- los corretamente é de suma importância,
pois permite a realização de procedimentos de 6 forma segura, tanto para o profissional que
está prestando assistência como para o paciente. (6). Q uanto às habilidades técnicas sugeridas
pelos enfermeiros, além das previstas na Portaria, observou-se que a de para preparar e
administrar medicamentos, incluindo a técnica de acesso venoso periférico, intraósseo e
femoral, manipulação e dosagem de drogas, foi citada como habilidade básica por doze entre
os vinte e três. É importante ressaltar que a aquisição dessas habilidades pelo enfermeiro
implica realização de atividades práticas.(1) Mais uma vez, os temas “reconhecimento de
ritmos cardíacos” e “conhecimento e interpretação de ECG e utilização de marcapasso
transcutâneo” foram sugeridos, tanto como habilidade básica quanto complementar pelos
enfermeiros.(1) Embora os enfermeiros tenham considerado como habilidade complementar o
conhecimento das técnicas de alguns procedimentos invasivos, tais como, intubação
orotraqueal e nasotraqueal, punção (de alívio) e drenagem torácica, flebotomia, punção
cricóide e utilização de marcapasso transcutâneo, é importante ressaltar que a execução desses
são exclusivamente de domínio médico.(1) Convém, salientar os temas a seguir em razão da
sua relevância: conhecimento dos códigos civil e penal, bem como de ética médica e de
enfermage m (direitos do cliente/paciente); noções de epidemiologia das doenças e causas de
morte; uso de monitor não invasivo, desfibrilador elétrico e marcapasso; conhecimento de
equipamentos de emergência e riscos sobre equipamentos de extricação; conhecimento sobre
comunicação e relação interpessoal como estratégia de atenção à saúde, acesso à via aérea
intermediária e a telemedicina para uso de medicações em situação de emergência, na
ausência do profissional médico.(1)
Atualmente, algumas especialidades como pronto-socorro, unidade de terapia
intensiva e trauma fornecem ao enfermeiro uma base de conhecimentos e habilidades técnicas
que são utilizadas na atividade pré-hospitalar. Para o exercício da atividade extra-hospitalar é
necessário que o profissional enfermeiro disponha de experiência em pronto-socorro, uma vez
que no Brasil ainda não se dispõe de especialização específica na área de APH.(2) Apesar de a
Resolução do COREN nº 260/2001 assegurar ao enfermeiro a participação no APH, essa nova
área de atuação parece não ter sido totalmente incorporada pelas escolas de enfermagem do
país, o que acarreta a não atenção por parte das instituições formadoras para o preparo dos
29
futuros enfermeiros para a área de urgência e emergência e em especial em Atendimento Pré-
Hospitalar.
Nessa última, no que se refere ao preparo, talvez seja o reflexo da própria dificuldade
de se ensinar APH na Escola, uma vez que esse tipo de serviço possui características que nem
sempre são possíveis de adaptação em laboratórios como, por 7 exemplo, o atendimento em
locais de difícil acesso e a assistência em veículos, o que certamente dificulta o preparo do
aluno em tal especialidade.(2) Colocada a dificuldade, talvez seja pertinente que, durante a
graduação, se estabeleçam convênios com serviços de APH, no sentido de fornecer base de
conhecimentos mínimos que facilitem a adaptação do egresso caso venha a tornar-se um
profissional dessa área e o enfermeiro necessita lançar mão de estratégias que lhe assegurem
preparo adequado para desempenhar suas atividades quando em APH, pois, no atendimento
pré-hospitalar são requeridas características gerais, experiência profissional e habilidade
técnica.(2)
Atualmente, encontram-se disponíveis vários tipos de cursos que têm por objetivo
colocar o enfermeiro frente a situações inesperadas, onde se exige alto nível de resolutividade
para o cuidado do paciente. Dentre eles estão o ACLS, ATLS, PHTLS, BLS, MAST, entre
outros. Para atuar em APH, faz-se necessário que os enfermeiros, em nível de graduação,
preparem-se adequadamente, seja através de cursos de especialização, aperfeiçoamento,
extensão e até de mestrado e doutorado, para o mercado de trabalho nessa área, cada vez mais
exigente. (2)
Temos que reconhecer ainda, que historicamente, o APH constitui-se numa forma de
atendimento multidisciplinar se tivermos em vista que envolve ações de tratamento e cuidado.
Ao tratar-se de uma situação emergencial, cujo objetivo final é a cura – que se dá por meio de
tratamento – esta não poderá realizar-se, se não for subsidiada pelo cuidado. Portanto,
acreditamos que existe na assistência pré-hospitalar, cuidados de Enfermagem que, sob
supervisão e decisão do enfermeiro devem ser categorizados de simples a complexos para
então ser prestados pelo profissional de Enfermagem com competência para tal. (7)
30
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo objetivou-se em analisar e realizar um apanhado geral de informações
pertinentes à importância do enfermeiro no Atendimento Pré-Hospitalar (APH), sua atuação,
preocupação e preparo profissional. Considerando a pequena gama de publicações inerentes
ao tema e utilizando das informações conseguidas, conclui-se que é baixo o conhecimento dos
profissionais de enfermagem no que tange seu currículo de formação de faculdade sobre
APH, devendo o profissional interessado em atuar nessa área procurar um preparatório pós-
graduação, como: ACLS, ATLS, PHTLS, para acumular informações e experiência sobre o
tema. Foi observado que temas relacionados à APH durante a graduação não são explorados
de maneira adequada, ou às vezes nem são abordados, o que mostra certa deficiência na
formação dos enfermeiros nesse aspecto. Uma proposta seria a criação de matérias
obrigatórias que falem mais profundamente sobre o atendimento pré-hospitlar de emergência,
no currículo de graduação, e direcionada para a atuação do enfermeiro, habilitando os futuros
profissionais que desejam atuar nessa área. Com carência de conhecimento que os
enfermeiros têm sobre o assunto, é fundamental que o treinamento realizado seja melhorado,
já que existe essa carência na graduação em relação ao assunto.
No que tange à segurança do profissional que atua em APH, é muito importante que se
tenha a preocupação na utilização dos EPI’s, que são as únicas precauções de contaminação
por materiais perfuro cortantes. É sabido que o APH, não é um tratamento definitivo, mas sua
realização é primordial para a sobrevida do paciente. A boa assistência pré-hospitalar depende
não só do conhecimento dos profissionais, mas principalmente do engajamento e
cumplicidade de toda a equipe na atuação do APH, preocupando-se inteiramente com a
assistência à vítima e ao trauma sofrido por ela, visando estabilizá- la e encaminhá- la o mais
breve possível ao tratamento definitivo. Constatasse que em relação a autonomia do
profissional enfermeiros vai depender de vários fatores, como a política das instituições para o
uso de protocolos, conhecimento científico, experiência do profissional e outros.
31
Preparar esse trabalho durante esse tempo foi maravilhoso e gratificante, ter a
oportunidade de pesquisar sobre um assunto de total relevância para mim, já que a área que
gostaria de seguir após a graduação, sei que o caminho é árduo, que serão necessárias muitas
especializações na área e cursos para me aperfeiçoar e atender da melhor maneira possível
atodos que futuramente precisarão dos meus cuidados. O caminho poderá ser longo, mas será
de bastante dedicação.
32
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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regulamento técnico dos sistemas estaduais de urgência e emergência. Brasília, 2002.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.1863/GM de 29 de setembro de 2003: Institui o
componente pré-hospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências. Brasília,
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Pré-Hospitalar e Inter-Hospitalar, em situações de risco conhecido ou desconhecido. Brasília,
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