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Eng. M.Sc. Cleiton Bittencourt da Porciúncula(1)
Prof. Dr. Nilson Romeu Marcilio(1)
Prof. Dr. Marcelo Godinho(2)
Prof. Dr. Argimiro Resende Secchi(3)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul(1)
Departamento de Engenharia Química – DEQUI/UFRGS
Universidade de Caxias do Sul(2)
Universidade Federal do Rio de Janeiro – COPPE/PEQ(3)
1.Introdução
Particulados estão entre os contaminantes mais
problemáticos em processos de gaseificação e
combustão.
Dentre estes particulados, destacam-se a cinza, o
alcatrão e o carbono fixo.
Problemas de incrustação e corrosão em
equipamentos de processo (turbinas, trocadores de
calor, geradores de vapor).
Contaminação da atmosfera.
Alternativa para remoção destes particulados: uso de filtros secos com diferentes elementos filtrantes (areia, pérolas de vidro, fibras cerâmicas, alumina e outros).
2.Objetivos
Simulações fluidodinâmicas de filtro seco em
dimensões de planta piloto de forma a avaliar o
comportamento da perda de carga.
Estado Estacionário;
Regime Transiente.
Construção do equipamento de bancada para avaliar
parâmetros experimentais do leito filtrante
(permeabilidade hidráulica).
Reator de Gaseificação
Câmara de Pós-
combustão
Equipamentos para limpeza
de gases Filtro seco
3.Modelagem matemática
CFD – Computational Fluid Dynamics – ANSYS CFX 11.0®
Equações de Navier-Stokes:
Equação da continuidade:
Equações do modelo de turbulência empregado (k-e)
3.Modelagem matemática
Transporte de particulados
Abordagem Lagrangeana
Abordagem Euleriana
3.Modelagem matemática
Lei de Darcy para escoamento em meios porosos
Permeabilidade hidráulica
3.Modelagem matemática
Equações de filtração à taxa constante
Resistência específica da torta em função do tempo
Permeabilidade hidráulica em função do tempo
4.Materiais e métodos
Simulação Espessura
do leito (mm)
Permeabilidade
(m2) Porosidade
Diâmetro
da
partícula
do leito
(mm)
1 100 4,4.10-9 0,4 2
2 50 4,4.10-9 0,4 2
3
25 mm misto
leito de 2
mm
4,4.10-9 0,4 2
25 mm misto
leito de 1
mm
3,41.10-10 0,3 1
Tabela 1 – Principais parâmetros ajustados nas simulações de estado
estacionário
4.Materiais e métodos
Tabela 2 – Abordagens adotadas nas simulações dinâmicas
Abordagem Princípio físico
Transporte de partículas e arraste
(Lagrangeana)
Segunda lei de Newton aplicada a cada
partícula.
Transporte de fluido disperso agindo
como partícula (Euleriana-Lagrangeana)
Equação de transporte de material acoplada
às equações de transporte de fluido,
considerando força de arraste.
Difusão e arraste (Euleriana)
Inclusão do coeficiente de difusão calculado a
partir da equação de Stokes-Einstein
(D=kBT/6πμa) para esferas rígidas.
(D=5.10-12m2.s-1)
4.Materiais e métodos
Porosidade do meio filtrante: 0,4;
Fator de forma (esfericidade) do meio filtrante: 0,75;
Vazão de alimentação: 2000 kg.h-1;
Espessura do leito: 50 e 100 mm;
Diâmetro do material do leito filtrante (1 e 2 mm);
Concentração de particulados na alimentação:100 mg.N-1m-3
Massa específica do particulado: 200 kg.m-3;
Temperatura de operação: 80oC;
Distribuição granulométrica normal do particulado
alimentado:
diâmetro mínimo: 0,96 mm;
diâmetro máximo:15,4 mm;
diâmetro médio: 5 mm;
desvio padrão: 3,87 mm.
Condições de operação - planta piloto
Figura 1 - Filtro de bancada
Material particulado do filtro
de bancada: pérolas de vidro
de 2 mm de diâmetro
•Porosidade medida = 0,4
•Massa específica do
leito = 1686,6 kg.m-3
•Massa específica do
vidro = 2811 kg.m-3
4.Materiais e métodos
Figura 2 - Vista lateral
de filtro seco com
espaçamento entre
as calhas de 100 mm
Figura 3 - Vista lateral
de filtro seco com
espaçamento entre
as calhas de 50 mm
Figura 4 - Vista lateral de filtro seco com espaçamento entre as
calhas de 50 mm, sendo 25 mm para cada leito: (lado esquerdo,
diâmetro do leito = 2 mm), (lado direito, diâmetro do leito = 1 mm)
5.Resultados
Espessura do leito (mm) Perda de carga (mmH2O)
100 93,2
50 83,1
25 mm misto, 2 mm 39,2
538,7
25 mm misto, 1 mm 499,5
Tabela 3 - Resultados das simulações em estado estacionário
Permeabilidade estimada: 4,4.10-9 m2 (2 mm) e 3,41.10-9 m2 (1 mm)
Permeabilidade experimental (filtro de bancada): 2,26.10-9 m2
5.Resultados
Lagrangeana Euleriana Euleriana-
Lagrangeana
Tempo (horas)
Perda de
carga
(mm H2O)
Perda de
carga
(mm H2O)
Perda de
carga
(mm H2O)
0 43,3 43,2 43,2
1 57,7 57,6 57,6
2 72,0 71,9 71,9
3 86,5 86,3 86,3
4 100,9 100,7 100,7
5 115,3 115,1 115,1
6 129,7 129,4 129,4
7 144,1 143,8 143,8
8 158,5 158,2 158,2
9 172,8 172,5 172,5
10 187,3 186,9 186,9
Tabela 4 - Resultados das simulações em regime transiente
5.Resultados
Figura 5 - Linhas de corrente de gás em filtro de 100 mm
Figura 6 - Distribuição de
pressão no filtro de 100 mm
5.Resultados
6.Conclusões
•Para um tempo de operação de 10 horas, prevê-se um
aumento de cerca de quatro vezes a perda de carga inicial
para o filtro da planta piloto.
•A diminuição do diâmetro de partícula constituinte do leito
contribui significativamente no aumento da perda de carga.
•A distribuição de linhas de corrente prevê um acúmulo de
torta nas calhas em regiões imediatamente acima e abaixo
do eixo central de alimentação.
Agradecimentos
•Rede Nacional de Carvão, CNPq.
•Ao professor Argimiro, pelo auxílio na parte da
modelagem;
•Aos professores Celso Martins, Leonardo Masotti e
Marcelo Godinho pela orientação quanto ao projeto do
equipamento.