universidade federal do rio grande do norte · tem-se como objetivo geral apresentar a dinâmica do...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ESCOLA DE MÚSICA CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA Aldair Leite Filho ENSINO COLETIVO DE INSTRUMENTOS DE SOPRO: Um estudo sobre o processo de ensino de música através da flauta doce na igreja evangélica Assembleia de Deus em Jaboatão - PE Orientador: Prof. Cláudio Ananias Alves dos Santos Natal – RN 2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

ESCOLA DE MÚSICA

CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA

Aldair Leite Filho

ENSINO COLETIVO DE INSTRUMENTOS DE SOPRO:

Um estudo sobre o processo de ensino de música através da flauta doce na

igreja evangélica Assembleia de Deus em Jaboatão - PE

Orientador: Prof. Cláudio Ananias Alves dos Santos

Natal – RN

2013

ALDAIR LEITE FILHO

ENSINO COLETIVO DE INSTRUMENTOS DE SOPRO:

Um estudo sobre o processo de ensino de música através da flauta doce na igreja

evangélica Assembleia de Deus em Jaboatão - PE

Monografia apresentada ao curso de graduação em música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de licenciado em música. Orientador: Prof. Cláudio Ananias Alves dos Santos

Natal – RN-2013

ENSINO COLETIVO DE INSTRUMENTOS DE SOPRO:

Um estudo sobre o processo de ensino de música através da flauta doce na igreja

evangélica Assembleia de Deus em Jaboatão - PE

Monografia apresentada ao curso de graduação em música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para a obtenção do título de licenciado em música. Orientador: Prof. Cláudio Ananias Alves dos Santos

Monografia apresentada em:____ de _____________de______, pela banca

Examinadora composta pelos seguintes membros:

_______________________________________________

Profº. Bel. Claudio Ananias Alves dos Santos

Orientador

_______________________________________________

Profº. Ms. João Paulo de Araújo

Examinador

_______________________________________________

Profª. Drª. Betânia Maria Franklin de Melo

Examinadora

Natal – RN

2013

Porque dele, e por ele, e para ele são todas as

coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.

(Romanos cap.11, vers.36)

AGRADECIMENTOS

Ao meu Deus que é o grande autor e compositor da minha vida, pois sem ele nada do

que foi feito se fez. Tudo é dele, por ele e para ele. Glória, pois, a ele para todo o sempre.

Amém.

Aos meus pais Severino Leite Filho e Lindinalva de Oliveira Leite, por terem me

dado uma educação exemplar e por sempre estarem comigo lutando em busca desse ideal que

é a minha formação no curso de licenciatura em música, como também sempre estiveram

comigo em toda a minha vida, em todos os momentos de alegria e também de dor.

A minha querida esposa Júlia Cristina, que sempre me apoiou. Nos momentos em

que muitas vezes me faltaram forças, ela sempre estava a me encorajar e me alimentar com

suas forças e seu carinho. Aos meus filhos Aldair Leite Junior e Jonas Douglas C. Leite, que

me incentivaram sempre a prosseguir lutando por essa conquista e me dando muita força nas

horas em que eu mais precisava.

Aos professores da escola de música da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, que são, com toda certeza, responsáveis por essa minha conquista e que me

conduziram de uma forma especial até ao fim desse curso com uma didática toda especial.

Ao professor Cláudio Ananias, meu orientador pedagógico, que esteve ombro a

ombro comigo sempre empenhado a me ajudar. De uma forma bem especial, ele me dedicou

muitas das suas horas de lazer para estar juntamente comigo me fazendo galgar esta formação

com suas orientações, sempre buscando dar o seu melhor para que a minha vitória fosse

também a sua vitória.

Aos componentes da banda de música da 7ª Brigada de Inf. Mtz, que souberam

compreender a minha ausência nas atividades, pois muitas das vezes se fazia necessário

minha ausência por eu estar na UFRN. Aos meus chefes, que sempre fizeram de tudo para que

eu pudesse continuar meus estudos na Escola de Música – UFRN, e sempre que eu precisava,

esses homens me disseram ‘sim’ e nunca um ‘não’, contribuindo dessa forma para que eu

pudesse chegar a essa minha formação.

A todos os alunos que juntamente comigo começaram esse curso e que muito

contribuíram com a minha formação, pois os trabalhos e atividades em grupo me fizeram

crescer cada vez mais e me fizeram saber e entender que algo que muitas das vezes pensamos

ser difícil se torna fácil quando compartilhamos com os colegas. Com certeza eles também

estarão contando vitória juntamente com os seus familiares. Também quero agradecer ao

Pastor Dário Tavares de Araújo juntamente com a sua esposa Ivanilda Carneiro da igreja

assembleia de Deus na cidade de Jaboatão dos Guararapes-PE, que me apoiaram e a mim

confiaram estar ministrando aulas na escola de música da já referida igreja. Também agradeço

aos alunos e alunas da escola de música acima citado pela colaboração para com a minha

pessoa, pois, todos são participantes comigo dessa conquista bem como também agradeço a

orquestra Asáfe por me proporcionarem a grandiosa e valiosa oportunidade de poder

trabalharmos juntos no louvor e adoração ao nosso grandioso Deus.

Por fim, gostaria de agradecer a todos que de uma forma direta e indireta foram

participantes desta minha conquista. A todos que sempre torceram para que esse momento

pudesse se tornar realidade em minha vida. Só tenho a agradecer pedindo ao meu Deus que

recompense a todos de uma forma grandiosa, pois, como descrevi anteriormente: “Tudo é

dele, por ele e para ele. Glória, pois, a ele para todo o sempre. Amém”.

RESUMO

A presente pesquisa aborda a necessidade do ensino coletivo como identificador do

desenvolvimento do aluno a partir da ótica que transita pelas diversas formas de interação

com a música e não apenas com a restrição ao domínio de habilidades específicas e técnicas

instrumentais.

A observação do ensino coletivo de flauta doce aliada a faixa etária do aluno, é uma

das combinações em que esta abordagem de ensino transita a fim de identificar as relevantes

diferenças em seu aprendizado.

Realizada na escola de música da igreja assembleia de Deus em Jaboatão - PE, a

pesquisa fez a experimentação com crianças e adolescentes a partir do ensino de alguns

instrumentos de sopro (flauta doce, flauta transversal, clarinete e sax-alto). A experiência de

investigação da musicalização infanto-juvenil considerou o aprendizado dos alunos e teve

como objetivo a inclusão de músicos na orquestra da referida denominação evangélica.

Pensando na avaliação das aulas de flauta doce em grupo, observando o ensino

coletivo levado aos alunos na forma de uma experiência onde a coletividade assegura o

aprendizado e a possibilidade de autoanálise quanto aos erros e acertos individuais e

coletivos, observou-se e elencou-se características que mostraram a importância do ensino

coletivo de forma pensada e planejada, onde se faz necessário manter o equilíbrio entre aluno,

conteúdo e faixa etária.

Palavras-chave: Ensino coletivo, flauta doce, musicalização, faixa etária.

ABSTRACT

This research addresses the need for collective learning how to handle the student's

development from the perspective that transits through various forms of interaction with the

music and not just the restriction to mastery of specific skills and instrumental techniques.

The observation of teaching collective recorder combined with the student's age , is

one of the combinations in which this teaching approach moves in order to identify significant

differences in their learning.

Held at the music school of the Assembly of God church in Jaboatão - PE, the survey

did experimentation with children and adolescents from the teaching of some wind

instruments (flute, flute, clarinet and alto sax). The research experience of the juvenile

musicalizacion considered student learning and aimed to include musicians in the orchestra of

that evangelical denomination.

Thinking in evaluating lessons flute group, observing teaching collective led students

in the form of an experience where the community provides learning the possibility of self -

analysis as to the errors and individual and collective successes, observed and cast up features

that showed the importance of teaching in a collective thought and planned, where it is

necessary to maintain the balance between student age and content.

Keywords: Teaching Collective, flute, musicalizacion, age.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................9

1.1. Objetivos gerais....................................................................................................9

1.2. Objetivos específicos..............................................................................................9

1.3. Justificativa da Pesquisa.......................................................................................10

1.4. Relevância da pesquisa.........................................................................................10

2. CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO COLETIVO DE INSTRUMENTOS

MUSICAIS...................................................................................................................12

2.1. Definição do ensino coletivo.................................................................................12

2.2. O Ensino coletivo no Brasil..................................................................................12

2.3. Aspectos verificados no ensino coletivo...............................................................14

2.4. O Ensino coletivo e algumas de suas metodologias.............................................14

2.5. O aprendizado de um instrumento musical..........................................................15

2.6. Dificuldades na prática do Ensino Coletivo.........................................................16

3. O ENSINO COLETIVO DE FLAUTA DOCE NA ESCOLA DE MÚSICA DA

IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS EM JABOATÃO-PE.........................................18

3.1. Contexto de ensino...............................................................................................18

3.2. O ambiente de ensino...........................................................................................18

3.3. Características das turmas...................................................................................19

3.4. Calendário anual e Organograma......................................................................19

3.5. Formação das turmas..........................................................................................20

4. CONCLUSÃO............................................................................................................22

5. REFERÊNCIAS..........................................................................................................23

6. ANEXOS.....................................................................................................................24

6.1. Questionário........................................................................................................24

6.2. Plano de curso......................................................................................................25

6.3. Plano de aula.......................................................................................................27

6.4. Imagens fotografias..............................................................................................28

9

1. INTRODUÇÃO

O ensino da música é ministrado de forma variada nas mais diversas escolas de

música do nosso país. Porém, essas diversas formas de ensino devem obedecer a algumas

regras que não podem ser deixadas no esquecimento. Como indicado por Tourinho, o

desenvolvimento musical do aluno “deve incluir diversas formas de interação com a música e

não apenas se restringir ao domínio de habilidades específicas e técnicas instrumentais na

execução de músicas na flauta doce” (Feitosa 2012 pág. 51). Como exemplo, cito a

característica com respeito à faixa etária dos alunos. Essa é uma das observações elencadas na

presente pesquisa, que se caracteriza por mostrar a importância do ensino coletivo de flauta

doce de forma pensada e planejada, onde se faz necessário manter o equilíbrio entre aluno,

conteúdo e faixa etária.

Tal estudo baseou-se na avaliação das aulas de flauta doce em grupo, observando o

ensino coletivo levado aos alunos na forma de uma experiência onde a coletividade assegura o

aprendizado pela observação dos erros dos outros e, por conseguinte, a possibilidade de auto-

análise quanto aos erros e acertos individuais e coletivos.

Esse estudo procurou priorizar as informações extraídas da observação das aulas de

flauta doce realizadas na escola de música da igreja Assembleia de Deus na cidade de

Jaboatão – PE, durante o período de 2010 a 2013.

Nestes quatro anos de estudos observou-se que, para os alunos, o aprendizado de um

instrumento pode apresentar um significativo caminho de compreensão dos conteúdos

musicais, de participação ativa com a música e de desenvolvimento social.

1.1 Objetivos gerais

Tem-se como objetivo geral apresentar a dinâmica do ensino coletivo de flauta doce,

selecionando e respeitando a faixa etária dos discentes, na escola de música da igreja

evangélica Assembleia de Deus em Jaboatão-PE. Objetiva-se analisar o desenvolvimento dos

alunos de forma a perceber como se dá a integralização dos mesmos em grupos musicais da

igreja acima citada, tais como orquestras, conjuntos e corais.

1.2 Objetivos específicos

10

• Contextualizar o ensino de flauta doce na escola de música da igreja Assembleia de

Deus, em Jaboatão – PE.

• Analisar o ambiente de ensino, de que forma ele influencia no ensino e aprendizado

musical.

• Identificar os benefícios do ensino coletivo quando realizado de forma estruturada,

obedecendo ao critério de divisão em faixa etária.

1.3 Justificativas da Pesquisa

A atual pesquisa justifica-se pela relevância do tema ensino coletivo. Relevância

indicada pela produção de pesquisas já existentes que abordam essa temática. A pesquisa em

foco proporcionará conhecimento das particularidades da escola analisada.

Assim, verificam-se os benefícios advindos da realização do ensino coletivo de

instrumentos musicais na medida em que o aluno tem uma convivência coletiva ao se dispor a

aprender em grupo, tendo a oportunidade de aprender observando tanto os erros como os

acertos dos colegas, de forma que essa prática enriquece seu aprendizado e seu

relacionamento pessoal ao vivenciá-lo coletivamente. Considera-se relevante também que este

ensino obedece a faixa etária de cada criança para que o aprendizado e interação do aluno não

seja prejudicado, olvidando essa particularidade.

1.4 Relevância da pesquisa

A pesquisa é indicada pela hipótese de que quando o ensino é feito de forma

consciente, incluindo as diversas formas de interação com a música, não sendo restrito ao

domínio das habilidades específicas e técnicas instrumentais, mas ressaltando os contextos

locais do ensino, seu resultado é alcançado positivamente, compreendendo dessa maneira que

a mesma indica importância para o ensino coletivo de flauta doce, dando assim sua

colaboração.

Uma pesquisa direcionada ao ensino coletivo do já referido instrumento,

considerando a aplicação diversificada já indicada, poderá realçar os benefícios na

musicalização de crianças e de adolescentes.

Supõe-se também que tal investigação, não tem uma importância só para o

aprendizado do instrumento em si, mas também para o aprendizado da vivência em grupo,

11

onde o aluno estará tendo não somente a experiência do instrumento, mas também uma

experiência melhor estruturada no que se refere à convivência mútua.

12

2. CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO COLETIVO DE INSTRUMENTOS

MUSICAIS

2.1 Definição do ensino coletivo

Ensino em grupo é a definição apropriada para “ensino coletivo”. É o aprendizado a

partir da vivência coletiva, de forma que os alunos interagem em grupo e dão a possibilidade

do aprender com todos, tendo uma vivência de experiências e troca de conhecimentos, seja na

área específica dos conteúdos, seja nas intervenções sócio-educativas seculares. Assim, inicia-

se para ambos, o princípio de interação e compreensão mútua.

Especificamente nas aulas de música, seja em aulas teóricas ou de instrumentos, o

ensino coletivo é também uma forma de oportunizar ao aluno o poder de adquirir experiências

ao ver que em um grupo todos são importantes e que um depende do outro, de forma que eles

percebem que o trabalho em conjunto, realizado de forma bem planejada, onde todos estão

empenhados em um único ideal, torna mais fácil a conquista do objetivo imaginado.

Conforme o dito popular: “ninguém é melhor do que todos juntos”.

As apresentações como resultado da prática das aulas coletivas também se tornam

um aprendizado próprio na medida em que os alunos adquirem certa confiança em cantar ou

tocar o seu instrumento, diminuindo a timidez em contato com o público, visto que a

exposição constante ao julgamento, mesmo que silencioso dos colegas, diminui a inibição das

“ audições” e provas nos fins de semestres (TOURINHO, 1995).

Normalmente os alunos, ao experimentarem o ensino e as apresentações coletivas,

agem em conjunto com um mesmo ideal, buscando a beleza do espetáculo, como uma só

pessoa, trabalhando e se ajudando mutuamente sobre as orientações do seu professor -

referência e norteador para o grupo.

2.2 Dados sobre o Ensino Coletivo no Brasil

No Brasil, a prática do ensino coletivo de instrumentos musicais vem se expandindo.

Visto que esse procedimento foi inicialmente desenvolvido na Europa (FEITOSA, 2012, pág.

15), posteriormente foi aplicado no Brasil.

13

O ensino coletivo de instrumentos musicais vem a algumas décadas ganhando espaço

no Brasil. Iniciado na Europa, o ensino coletivo foi levado posteriormente aos Estados Unidos

e, após a guerra civil, com a expansão da Música na Europa, iniciaram a formação de bandas

e orquestras com a finalidade de suprir as necessidades da alta demanda da dança e da música

popular. No final do século XIX foi registrado um declínio das práticas coletivas nos Estados

Unidos, pois muitos professores se opunham a essa prática. Com o inicio da primeira

guerra mundial, surge a “Murdok and Company of London”, empresa do ramo de venda de

instrumentos musicais que difundiu a idéia do ensino coletivo voltado para o violino. Oliveira

(1998) conta que esta empresa instituiu o ensino coletivo de violino nas escolas formais,

dando inicio ao que hoje chamamos de ensino em grupo. Fazem-se necessárias algumas

transformações no que se diz respeito ao ensino coletivo como a observação na confecção de

aulas voltadas para um ensino de forma coletiva. Alguns métodos de teoria musical e de

pratica de instrumentos musicais vem procurando facilitar a musicalização como é o caso do

conhecido método “Da Capo” onde o encontramos em várias versões para os variados tipos

de instrumentos musicais como por exemplo para sax-alto trombone oboé e outros mais e

ainda faço a referência ao método acima citado por trazer uma frase de suma importância no

que diz respeito a s procurar fazer inovações e transformações no ensino e viver musical.

Publicado na obra “O Segundo Livro de Enoch” do saudoso maestro Jaceguay Lins é descrita

a seguinte frase concernente a transformações. Porque “Tudo é vivo, tudo é forma e tudo é

sujeito a transformação”. MAGALHÃES, Juca, De volta as origens da orquestra filarmônica

do espírito santo. Portanto se faz necessário procurar estar sempre inovando e procurando

diversas formas de se fazer acontecer o fazer musical.

Este autor acredita que a prática coletiva de instrumentos musicais passa por altos e

baixos, tendo grande aceitação em alguns momentos e dificuldades em outros. No Brasil, os

primeiros relatos sobre o ensino coletivo remete à catequese. Vasco Mariz indica que os

jesuítas utilizavam a música sobre tudo como instrumento de conversão dos gentios.

“Escreviam autos em português e em língua local, ensinavam as crianças indígenas a cantar, a

dançar, a tocar flauta, gaitas, tambores, viola e até cravo” (MARIZ, 2005 pág. 33). Em

decorrência desse ensino Mariz indica também que “Consta até que existiam, nas aldeias já

civilizadas, pequenas escolas de música para os filhos dos índios, cuja musicalidade era

louvada pelos cronistas da época” (Idem pág. 34). Tinhorão, em sua história social da música

popular brasileira também destaca que “O ensino de solfa nos colégios dos jesuítas desde o

séc.. XVI... ao lado das criações de conjuntos musicais por ricos senhores de engenho e

14

fazendeiros” garantiram o cultivo da música por toda a colônia, o que indica o ensino coletivo

dos instrumentos musicais usados (TINHORÃO, 1998, pág.163).

Os relatos, portanto, sobre o ensino coletivo descrevem as primeiras bandas musicais

dos escravos no período colonial e posteriormente das bandas oficiais, grupos de choro,

fanfarras entre outros, que ainda não se preocupavam com a sistematização da pedagogia

musical. Essa preocupação surgiu apenas na era Vargas, com o surgimento do canto

orfeônico, através de Heitor Villa-Lobos, que se tornou interventor federal do Rio de Janeiro.

Entretanto, apenas na década de 1950 surgiram iniciativas voltadas para o ensino

coletivo, com o professor José Coelho de Almeida. Ele utilizava como experimento a

formação de bandas de música formada por trabalhadores de fábricas. Assim, até hoje, a

trajetória do ensino coletivo vem sendo trilhada e pesquisada para comprovar a eficiência e

eficácia desta prática e refinar as metodologias abordadas nesta modalidade de ensino.

2.3 Aspectos verificados no ensino coletivo

Em pesquisas sobre o ensino de flauta doce para crianças e adolescentes é possível

verificar as vantagens extraídas, tais como: ajuda no aprendizado de outros instrumentos

musicais, conscientização do trabalho em grupo, criatividade, e o fazer ouvindo o outro.

Verifica-se também que tal ensino proporciona ao aluno o desenvolvimento da capacidade de

tocar afinado e poder tocar e ouvir ao mesmo tempo o seu companheiro que está ao seu lado,

como também todo o grupo. O aluno desenvolve sua própria musicalidade em conjunto e atua

de forma a contribuir e interagir em coletividade, desenvolvendo o seu ciclo de amizades.

2.4 O Ensino coletivo e algumas de suas metodologias

Dentre as muitas metodologias encontradas em um ensino coletivo, algumas delas se

destacam por oferecer tanto para o aluno como para o professor novas formas de conseguir

idealizar resultados favoráveis através da ação de tarefas e exercícios em conjunto.

Quando se pensa na realização de um trabalho em coletividade, com resultados a

serem alcançados não apenas por um só indivíduo, também se faz necessário que este projeto

15

seja bem articulado e planejado de maneira onde as metodologias a serem usadas sigam um

padrão de qualidade que venha oferecer ao aluno a ferramenta que o fará desempenhar

qualquer atividade de uma maneira salutar.

Para o aprendizado em conjunto onde se considere como característica metodológica

a faixa etária, se necessita da utilização de métodos que possam priorizar o aprendizado sem o

prejuízo do mesmo, de forma que a criança aprenda, juntamente com o adulto, atividades que

apresentem condições para ambas as faixas de idades. Assim, as metodologias empregadas

para ambas as faixa etárias de idades não poderá priorizar ao aprendizado dos maiores e

prejudicar o aprendizado dos menores. Como destaca Vygotsky:

“O único bom ensino é aquele que se adianta ao desenvolvimento, (ou seja), deve-se considerar não apenas o nível de desenvolvimento real da criança, mas também o nível de seu desenvolvimento potencial, isto é, sua capacidade de desempenhar tarefas com a ajuda de adultos ou de companheiros mais capazes. Há tarefas que uma criança não é capaz de realizar sozinha, mas que se torna capaz de realizar se alguém lhe der instruções, fizer uma demonstração, fornecer pistas ou dar assistência durante o processo (...), ou se ela observar uma criança mais velha (...), é possível que consiga um resultado mais avançado do que aquele que conseguiria se realizasse a tarefa sozinha” (OLIVEIRA, 1993, p. 59 e 62).

De acordo com essa e outras informações, acredita-se que o ensino coletivo é sem

dúvida uma poderosa ferramenta que, quando utilizada corretamente, traz resultados

significantes no aprendizado musical tanto para crianças como para jovens e adultos.

2.5 O aprendizado de um instrumento musical

Com a finalidade de auxilio no fazer musical, nota-se a necessidade do aprendizado

de um instrumento onde esse referido instrumento sirva como uma ferramenta que desenvolva

o tal aprendizado, tendo sempre o professor como norteador. Tourinho salienta:

“O professor é o modelo, aquele que toca com facilidade, enquanto que os demais colegas atuam como espelho, refletindo (ou não) as dificuldades individuais do grupo”. Assim é possível observar, comparar e avaliar a si mesmo necessidade de intervenções verbais explícitas. Mesmo porque, no ensino coletivo, como no tutorial, o professor corrige e incentiva muitas vezes demonstrando com o instrumento em vez de falar. (TOURINHO, 2007, pág.3).

16

O Aprendizado de um instrumento apresenta um caminho expressivo de

compreensão do saber musical, de participação ativa com a música e de envolvimento social.

A ação de saber tocar um instrumento representa portas que se abrem para vários fazeres,

deleites e informação essencial e convencional com a música. É visto que, o educador musical

que tocar flauta doce, configura-se como um profissional que possui maior conhecimento e

domínio técnico, além de estar mais preparado para enfrentar variadas oportunidades e

situações de envolvimento musical e educação em sala de aula.

O pensamento, portanto, de que o ensino em conjunto impossibilita o aprendizado

musical, tornou-se obsoleto, pois as metodologias provam o contrário.

Tourinho, em seu artigo Ensino coletivo de instrumentos musicais, crenças e mitos,

princípios e um pouco de história, expõe a declaração de Enaldo Oliveira que todos podem

aprender com todos. Depois de pesquisas a esse respeito, ela nos informa que: “Uma das

habilidades aprendidas é a capacidade de não interromper uma performance coletiva enquanto

se corrige individualmente, usando o olhar, um sorriso, um toque” (TOURINHO, 2007, pág.

3).

De acordo com essa afirmação, um estudo previamente planejado e realizado, faz

com que todos aprendam com todos e, consequentemente, poder aproveitar todas as

oportunidades oferecidas dentro de um ensino em coletividade.

2.6 Dificuldades na prática do Ensino Coletivo

O contexto do fazer musical coletivo traz, entretanto, alguns problemas. Em

trabalhos que exista o sistema de coletividade, se faz necessário conscientizar-se dessas

dificuldades dentro do contexto do fazer musical. tais dificuldades são resultados de se ter, em

meio ao ensino coletivo, uma enorme variedade de pensamentos e formas de ação por parte

dos alunos, o que é normal de acontecer. Diversos problemas aparecem no sentido de

desestabilizar o aprendizado musical.

Em um grupo com uma heterogeneidade diversa, se faz necessária a confecção de

alguns planejamentos voltados à execução de atividades e exercícios buscando o resultado

principal dependendo de uma ação em conjunto. A participação do grupo é necessária, e deve

ser feita atividades de reflexão que visem execuções coletivas e não individuais.

17

Ainda pode ser encontrada como dificuldade no ensino coletivo a diversidade no

nível de conhecimentos por parte dos alunos que, em alguns casos, na sala de aula tem

conhecimentos diferenciados, tanto no conhecimento de instrumentos como no conhecimento

do campo teórico. Em sua pesquisa, Feitosa traz a seguinte reflexão.

“É difícil conseguir um grupo no qual seus integrantes possuam um nível de conhecimento e habilidades com instrumentos similares”. Assim sendo, dependendo do grupo, uma aula pode trazer o novo a uns, provocando seus interesses e motivação, mas pode ser repetitivo para outros, pois, por desconhecimento por parte do professor, estes já podem ter o domínio do conteúdo e/ou não tiveram seus interesses alcançados (FEITOSA, 2012, pág. 51).

Feitosa continua a sua reflexão observando que “cada aluno tem um tempo, um

tempo para captar a idéia que é passada pelo professor, um tempo para processar e para

reproduzir. Entendendo isso, o professor precisa entender e moldar, se assim podemos dizer,

suas aulas para que atenda todos os alunos” (FEITOSA, 2012, pág. 51).

Dessa forma, é imprescindível ter em mente um bom emprego de atividades,

preferencialmente com exercícios acessíveis a todos que fazem parte desse ensino em

coletividade, a fim de que, dessa maneira, a aprendizado musical possa ser absorvida por

todos (FEITOSA, 2012).

18

3. O ENSINO COLETIVO DE FLAUTA DOCE NA ESCOLA DE MÚSICA DA

IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS EM JABOATÃO - PE

O ensino de flauta doce para crianças e adolescentes na escola de música da igreja

assembleia de Deus em Jaboatão - PE é realizado com a principal finalidade de musicalizar

crianças e adolescentes. Depois de musicalizados, estes alunos começam a estudar um

instrumento específico de sua escolha, e posteriormente são avaliados para, em condições

musicais satisfatórias, integrar a orquestra da referida igreja. Após as aulas, é realizado o

ensaio de uma orquestra composta pelos alunos do curso.

3.1 Contexto de ensino

Este trabalho de educação musical é realizado na cidade de Jaboatão dos Guararapes

– PE, na igreja evangélica Assembleia de Deus, situada na Rua José Rodrigues Neves, nº 228,

bairro São José. A referida igreja apoia o funcionamento da escola de música, na pessoa do

seu pastor, Dário Tavares de Araújo, em virtude de a igreja compor em seus órgãos internos

uma orquestra onde os participantes geralmente passam pela escola de música a fim de

ingressarem na orquestra.

3.2 O ambiente de ensino.

As aulas de musicalização são realizadas em uma sala de aproximadamente 70

metros quadrados, com uma acústica preparada para determinado fim. Inicialmente esta sala

foi projetada para os ensaios da orquestra e, num momento posterior, para as aulas de

musicalização. A sala contém cadeiras em um total suficientemente que atende a demanda de

alunos participantes.

Com uma acústica preparada para determinado fim, o local em que se é ministrada as

aulas dispõe de condições satisfatórias para o fazer musical. Dessa forma, verificou-se boas

condições tanto para os professores na ministração das aulas como para o aprendizado dos

19

alunos, de maneira que o ambiente compõe-se saudável e auxilia na aplicação das

metodologias que auxiliarão no desenvolvimento do aluno.

A exploração do som é possível na sala em virtude do ambiente ser projetado para

este fim. Assim, o professor faz uso tanto da ferramenta eletrônica data-show, instaladas no

ambiente, como também um quadro branco para a aplicação das aulas teóricas e escritas, e as

diversas atividades e exercícios para as aulas de flauta doce.

3.3 Características das turmas

Com uma diversidade de alunos que compõe a escola de música, tem-se em sua

formação, variados perfis, por ser os seus componentes em sua maioria, crianças e

adolescentes.

Pode-se encontrar, em meio aos alunos, alguns perfis que podem ser descritos como

um perfil tímido, considerando que os alunos estão num ambiente de ensino coletivo, onde o

comportamento se dá de forma não espontânea. No entanto, ao desenvolverem-se as

atividades, estes perfis vão se modificando e o aluno, que outrora se mostrara tímido,

surpreende aos professores mostrando um comportamento diferente, mais natural. Com a

aplicação do ensino coletivo, alguns alunos têm o seu comportamento transformado com a

oportunidade de aprender e compartilhar o seu aprendizado com outros, embora existam

aqueles que estão sempre dependendo de uma ajuda para poder expressar seu

desenvolvimento num ambiente musical coletivo.

Com essa diversidade de perfis, o professor se mostra o agente capaz de conduzir

esses alunos ao conhecimento musical, fazendo com que ambos possam produzir música de

uma forma espontânea, sempre procurando potencializar o seu aprendizado, aproveitando o

perfil modificado como o seu aliado na corrida para um aprendizado bem estruturado.

3.4 Calendário anual e organograma

O calendário da referida escola de música segue um cronograma que se inicia com o

período de inscrição e matricula, realizados a partir da segunda quinzena de dezembro até o

20

final do mês de janeiro. Em seguida, tem-se o início das aulas, da segunda quinzena de

fevereiro à primeira quinzena de junho. Após o primeiro semestre de aula, acontece o recesso

escolar, da segunda quinzena de junho à segunda quinzena de julho, quando se reinicia as

aulas do segundo semestre que tem seu término na segunda quinzena de dezembro. O período

é seguido de férias, meados de dezembro à segunda quinzena de fevereiro, no qual se inicia

um novo período de aulas para o ano letivo seguinte.

Segue-se a tabela do calendário da escola:

Inscrições Aulas Recesso Retomada das

Aulas

Férias

Entre janeiro e

fevereiro.

De fevereiro a

junho.

Entre junho e

julho.

De julho a

dezembro.

De dezembro a

fevereiro.

3.5 Formação das turmas

As turmas são formadas obedecendo a critérios de faixa etária, quantidade máxima

de alunos por turma e cinquenta minutos de aula.

Faixa etária Alunos com idade

entre 6 a 9 anos

Alunos com idade

entre 10 a 12 anos

Alunos com idade a

partir dos 13

Quantidade de

alunos

20 por sala 20 por sala 20 apor sala.

Horário das aulas De 16h00min às

16h50min horas

De 14h00min às

14h50min horas

De 15h00min às 15;50

horas

Dias Sábado Sábado Sábado

Para essas turmas, como indicado, sempre se adota o ensino da flauta doce,

considerando a perspectiva dos professores de que a utilização desse instrumento é importante

nesta fase de aprendizado, tanto das crianças como dos adultos. Nos anos de 2010 e 2011 as

turmas obedeceram aos critérios descritos acima, modificando-se em 2012 apenas a

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quantidade de turmas, que foi reduzida de três para duas. Segue-se a tabela com a modificação

indicada:

Faixa etária Alunos com idade

entre 6 a 10 anos

Alunos com idade a

partir dos 11 anos

Quantidade de

alunos

20 por sala 20 por sala

Horário das aulas De 16h00min às

16h50min horas

De 15h00min às

15h50min horas

Dias Sábado Sábado

Observação sobre novas turmas: em conseqüência dos objetivos alcançados com o

ensino de flauta doce na citada igreja, passou a existir uma nova turma de alunos, dessa feita

com os mais diversos e variados tipos de instrumentos musicais, por serem esses alunos

aqueles que conseguem alcançar êxito nas aulas de musicalização.

Essa nova turma de alunos, com musicalização já em fase de desenvolvimento, passa

a receber aulas individuais por se tratar de aprenderem o instrumento de sua vontade e dessa

forma em um futuro próximo integrar a orquestra da igreja.

Para essa nova turma, se faz necessário um planejamento diferenciado por se tratar

de estar realizando para tais alunos a forma de ensino individual, onde cada aluno terá que

desapegar-se do ensino que outrora recebia. Analisa-se assim que o aluno muitas vezes sente a

falta da convivência de que outrora vivia e apresenta alguma dificuldade no novo

aprendizado. Como destaque para as dificuldades possíveis, está o comportamento que

exprime timidez quando da exigência do professor para que o aluno apresente alguns estudos.

As aulas de então estão sempre em consonância com o que os alunos anteriormente

vinham recebendo para que não cause contrastes em seu aprendizado. Essas aulas são sempre

realizadas no mesmo local e dia em que o aluno outrora recebia suas aulas coletivas.

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4. CONCLUSÃO.

Ao concluir este trabalho, é de suma importância salientar e de confirmar a

importância do ensino da música de forma coletiva para crianças jovens e também para

adultos usando a flauta doce como instrumento que venha auxiliar tanto o aluno como o

professor no aprendizado da musica.

Observou-se dessa forma através desse trabalho que, o fazer musical deve se realizado

de uma forma consciente e que se faz necessário um planejamento antecipado por parte dos

professores no que diz respeito a forma de ensino para que dessa maneira seja incluso em seu

plano de curso e de aula, metodologias que possam abranger a todos os alunos existentes em

uma sala de aula em que se faça necessária a existência de alunos que idades das mais

variadas.

O resultado desse trabalho, foi experiências vividas e relatos de experiências já

existentes nos mais variados locais desse nosso pais onde através de pesquisas realizadas,

contatou-se o que está contida nesse documento e que através desse trabalho esperasse que

mais professores possam fazer a ministração de estudos de instrumentos musicais de forma

coletivo de forma bem estruturada onde o seu resultado possa ser satisfatório pois no campo

de pesquisa para tal estudo, se encontrou resultados satisfatórios no que diz respeito a tal

pesquisa “Ensino coletivo de instrumentos musicais com a utilização da flauta doce para o

auxilia de musicalização”.

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5. REFERÊNCIAS.

MAGALHÃES, Juca. Da Capo, De volta às origens da orquestra filarmônica do Espírito Santo. Vitória-ES, Editae Studio S/C. LTDA, 2011. FEITOSA, Jemima de Moura Carvalho. Ensino coletivo de teclado: Um estudo realizado na escola de música da IEADERN. Monografia, EMUFRN. 2012. LAKATOS, Eva Maria/MARCONI, Marina. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Editora Atlas, 2010. 7ª edição. MARIZ, Vasco. História da música no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,2005 OLIVEIRA, Enaldo. O ensino coletivo dos instrumentos de corda: reflexão e prática. São Paulo: Dissertação de Mestrado, Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, 1998. TINHORÃO, José Ramos. História social da música popular brasileira. São Paulo: Ed.34,1998. TOURINHO, Cristina. Ensino coletivo de instrumentos musicais: crenças, mitos, princípios e um pouco de história. Revista da ABEM, 2007.

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6.ANEXOS.

6.1 Questionário

No último semestre de 2013, foi realizado com os alunos da escola, um questionário

abordando questões relacionadas à: estudo anterior em outra escola de música, continuação do

estudo de música, o sentimento de interagir com outros alunos nas aulas coletivas, possível

satisfação com o conteúdo ensinado e a percepção individual do ensino coletivo. A seguir,

está a reprodução do questionário aplicado.

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS ESCOLA DE MÚSICA

Curso de musicalização para crianças e adultos

Questionário de pesquisa de opinião

Aluno (a):____________________________Idade:____Sexo:____________

1. Você já tinha estudado em alguma escola de música antes de entrar na escola de música da igreja?

SIM ( ) NÃO ( ) 2. Você pretende continuar estudando música após o curso de flauta doce?

SIM ( ) NÃO ( ) 3. Você gosta de ter aulas em grupo, ou seja, com outras pessoas juntas?

SIM ( ) NÃO ( ) 4. Você acha que o ensino em grupos atrapalha o seu desenvolvimento musical?

SIM ( ) NÃO ( ) 5. O fato de ter aulas em grupos atrapalha você de aprender algum conteúdo?

SIM ( ) NÃO ( ) 6. Você acha que o professor consegue dar atenção a todos os alunos?

SIM ( ) NÃO ( ) 7. Você esta satisfeitos com o que é ensinado?

SIM ( ) NÃO ( ) 8. Faça um breve comentário com suas palavras sobre o que você acha do ensino

coletivo (Em grupo).

R:__________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Para o questionário, foi feita a pesquisa com vinte alunos sendo dez do sexo masculino

e dez do sexo feminino. As idades dos dez do sexo masculino são as seguintes: 16, 15, 14,12,

10 e 08 anos. As idades das dez alunas do sexo feminino são as seguintes. 14, 12, 09, 08 e 07

anos.

6.2 Plano de curso.

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS

ESCOLA DE MÚSICA

Curso de musicalização p/Crianças e

adultos

PLANO DE CURSO

MUSICALIZAÇÃO P/ CRIANÇAS E ADULTOS

DISCIPLINA: MÚSICA.

PROFESSOR: ALDAIR LEITE FILHO

PERÍODO: 2013

01. Ementa:

Estudo da música para o desenvolvimento da teoria musical, Técnica do

Instrumento flauta doce e aprofundamento do acompanhamento Instrumental.

02. Conteúdo Programático

Primeiro Semestre- aulas previstas (16)

Primeira Unidade– aulas previstas (08)

Aula de teoria musical. Apresentação das figuras musicais.

Continuação do estudo da teoria musical

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Apresentação da flauta doce para os alunos.

Prática de flauta doce e de divisão musical.

Segunda unidade- aulas previstas (08)

Tocando algumas musicas com a flauta doce.

Aula de percepção musical. Introdução.

Continuação da prática da flauta doce.

Repertório: Músicas estudadas durante o período do curso.

Escalas Maiores na flauta doce. Dó, Sol, Ré e Fá Maior.

Segundo semestre – Aulas previstas (20)

Terceira unidade – aulas previstas (10)

Conhecendo alguns hinos da harpa cristã.

Conhecendo a partitura musical.

Quarta Unidade – aulas previstas (10)

Execução de hinos da H.C.

Ensaios p/ apresentação com orquestra.

03. Objetivos:

• Aprimorar a leitura musical na flauta doce.

• Executar músicas vistas em todo o curso.

• Trabalhar os princípios de execução da flauta doce.

• Executar melodias para um melhor aprimoramento na flauta doce.

Competências e habilidades

• Executar de maneira articulada as notas na flauta doce.

• Executar melodias variadas com a flauta doce.

• Entender a aplicar os conceitos de escalas na flauta doce.

• Aplicar as diversas escalas estudadas durante todo o curso.

04. Recursos Metodológicos

Utilização de textos, partituras e músicas digitalizadas.

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05. Sistema de Avaliação:

DATA

AVALIAÇÃO

INSTRUMENTOS DE

AVALIAÇÃO

VALOR CONTEÚDO MÍNIMO EXIGÍVEL

1ª avaliação

(7º) (encontro)

Prova prática

Rendimento em sala

90%

10%

Conteúdo da unidade

2ª avaliação

(14º)encontro)

Prova prática

Rendimento em sala

90%

10%

Conteúdo da unidade

06. Bibliografia:

PRIOLLI. Maria Luísa de Mattos

BIBLIOGRAFIA SUPLEMENTAR

FILHO. Aldair Leite. Exercícios p flauta doce.

6.3 Plano de aula

Um dos planos de aula utilizados no ensino da escola em apreço é o que se segue:

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS ESCOLA DE MÚSICA

Curso de musicalização p/Crianças e adultos

PLANO DE AULA

Tema da aula: Conhecendo a flauta doce.

Faixa etária:

Para crianças e adultos sem limite de idades para ambos.

Duração da aula.

Está aula terá a duração de 50 minutos.

Organização do espaço:

Esta aula deve ser aplicada em sala de aula, os alunos sentados nas carteiras e deverão

estar em silêncio em no mínimo um terço da aula para que a aula tenha o seu efeito positivo.

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Objetivos:

Os objetivos dessa aula são: O conhecimento do instrumento musical (Flauta doce) e através

desse instrumento poder aplicar os assuntos da propriedades do som (o timbre e o grave

médio e agudo que é a intensidade).

Conteúdo:

A apresentação aos alunos do instrumento musical (A flauta doce) e os assuntos das

propriedades do som ( timbre e intensidades do som que compreendem o Grave Médio e

Agudo).

Materiais utilizados:

O material utilizado para essa aula foi o instrumento musical (Flauta doce).

Procedimentos didáticos:

1° Passo: O professor deve começar a aula pedindo para que todos os alunos façam

silencio para que possam entender da melhor forma as instruções do professor.

2º Passo: Ao se confirmar pelo professor que todos os alunos estão fazendo total

silêncio, o professor deverá abrir o estojo do instrumento e mostra-la a todos os alunos mas

ainda em silêncio.

3º Passo: O professor deverá dizer o nome do instrumento aos alunose todas as suas

partes que compõe o instrumento e logo em seguida pedir que para todos os alunos depois

repitam o nome de cada parte do instrumento mostrado em sala de aula. 4º Passo: O

professor deve usar o seu instrumento que em cada caso poderá ser diferente de acordo com o

instrumento que ele domina explorar o grave médio e o agudo do instrumento.

Avaliação: Com essa atividade deveremos procurar identificar se os alunos conseguem

perceber as propriedades dos sons que são o grave, médio e o agudo, e ainda o timbre do

referido instrumento.

6.4 Imagens fotográficas

As imagens a seguir são da orquestra da referida igreja, composta por alunos da

escola de música pesquisada.

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Imagem 1

Imagem 2

30

Imagem 3

Imagem 4.

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Imagem 5.

Imagem 6.