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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ESTÁGIO SUPERVISIONADO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Acompanhamento das Analises Físico-químicas do leite in natura, pasteurizado e o Tratamento de seu Efluente na empresa CLAN-RN. Joaquim Martins Neto NATAL Maio de 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Acompanhamento das Analises Físico-químicas do leite in natura,

pasteurizado e o Tratamento de seu Efluente na empresa CLAN-RN.

Joaquim Martins Neto

NATAL

Maio de 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Acompanhamento das Analises Físico-químicas do leite e o Tratamento

do seu Efluente.

Relatório submetido à Universidade

Federal do Rio Grande do Norte como

requisito para aprovação na disciplina

Estágio Supervisionado (DEQ - 0537),

referente ao estágio realizado pelo aluno

Joaquim Martins Neto na empresa

Comercial de Laticínios de Natal-CLAN,

durante o primeiro semestre do ano de

2016, sob a supervisão da Engenheira de

Alimentos Tatiane e orientado pelo Prof. Dr.

Eduardo Lins.

NATAL

Maio de 2016

Agradecimentos

Primeiramente agradeço a Deus por tudo que me proporcionou me

dando força e fé nos momentos que pensei em desistir.

Ao meu pai que hoje está no céu, que me iluminou nessa jornada e me

deu força para conseguir terminar esse sonho que com certeza era o maior

dele, pois se não fosse ele eu não estaria realizando esta etapa da minha vida.

A minha mãe que sempre estava me incentivando nas horas mais

difíceis. Por abdicar muitas vezes de suas vontades me colocando sempre em

primeiro lugar. Te amo.

A minha namorada Manuela pelo amor, incentivo compreensão nos

momentos em que mais precisei, sempre abdicando de vontades próprias para

estar a meu lado. Amo você

Aos meus avós (Creuza, Jairo e Marlene) por sempre depositarem a

confiança durante esse período, me dando o apoio necessário que precisei

nesse jornada e pelo amor que me deram nesse momento tão especial em

minha vida. Sou grato a vocês por toda minha vida.

Aos meus tios e tias especialmente Tio Dedé, Tio Aurélio e Tia Laura

que sem o apoio deles eu não tinha conseguido terminar esse sonho que tanto

desejei. Agradeço a vocês de coração.

Ao Professor e orientador Eduardo pelo apoio e confiança que

depositou em mim, e pelos incentivos que me deu durante todas as

orientações, sempre me incentivando na horas que pensei em desistir. Tenho

muito orgulho de tê-lo como professor e como amigo também.

Ao grande amigo Igor que nos momentos de aperreios sempre estava

ao meu lado não deixando eu desistir, incentivando e estudando comigo nas

horas que mais precisei. Amigo sempre quero contar com você na minha

jornada profissional.

Aos amigos Felipe, Allan, João Vitor, Vinicius e Rodrigo que adquiri

durante o período de graduação, me incentivando e dando apoio nas horas

mais difíceis do curso.

Aos amigos da base de pesquisa Oasis especialmente a Bruno, Renan,

Paulo, Hamilton, Daniel, Patrícia, Professor Juarez, Professor Abdon, Professor

Washington e todos que pertencem ao grupo Oasis, pelo aprendizado

adquirido nesse período que passei com vocês. Muito Obrigado.

A toda equipe da CLAN em especial a Juliana, Tatiane, Erica, Dellano,

Ingrid e Paola por tudo que me ensinaram, pela paciência e pelo apoio que

sempre me deram nesse período de muita aprendizagem. Vou levar isso pro

resto da minha vida.

Por fim agradeço ao Senhor Edilson e a Marina, pois sem eles não

teria conseguido realizar este estágio e consequentemente não teria

terminando o curso de Engenharia Química. Sou grato a vocês.

RESUMO

O presente relatório de estágio tem a finalidade de descrever as

atividades realizadas no estágio supervisionado, onde foram colocados em

prática as normas de boas práticas de fabricação do leite e seus derivados,

uma vez que analisou-se a qualidade do leite recebido pela empresa Comercial

de Laticínios de Natal – CLAN, como também, o acompanhamento do

tratamento do seu efluente na Estação de Tratamento de Efluentes – ETE. O

estágio teve a duração de 4 meses e 8 dias, sendo realizado entre os dias 22

de fevereiro de 2016 a 30 de junho de 2016. Nas amostras de leite que

chegavam diariamente eram feitas analises físico-químicas, como: acidez,

densidade, temperatura, crioscopia, peroxidase, gordura e fosfatase. Durante o

período de estagio, também, foi realizado o acompanhamento na ETE para

controle da eficiência do tratamento do efluente, sendo realizados diariamente

análises de pH de cada etapa da estação e a turbidez do efluente na última

etapa da ETE. O leite que chegava diariamente na CLAN tinha que estar dentro

de todos os parâmetros exigidos pelo Ministério da Agricultura e a ETE tinha

que estar dentro dos padrões de Resoluções da CONAMA.

Palavras Chaves: ETE; Análises Físico-químicas; Empresa de laticínios.

Sumário

1. OBJETIVO ................................................................................................................................ 7

2. EMPRESA ................................................................................................................................. 8

2.1. História da Empresa ........................................................................................................... 8

3. LEITE-PASTEURIZAÇÃO ........................................................................................................ 9

3.1 Fluxograma do Leite .......................................................................................................... 10

4. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES (ETE) ....................................................... 11

5. ATIVIDADES REALIZADAS .................................................................................................. 13

5.1 Análises Físico-químicas ................................................................................................... 13

5.1.1 Temperatura ............................................................................................................... 13

5.1.2. Alizarol ....................................................................................................................... 13

5.1.3. Densidade Relativa ................................................................................................... 14

5.1.4. Quantidade de Gordura no Leite ............................................................................... 14

5.1.5. Crioscopia do Leite .................................................................................................... 14

5.1.6. Peroxidase................................................................................................................. 14

5.1.7. Fosfatase ................................................................................................................... 15

5.1.8. Titulação (Acidez) ...................................................................................................... 15

5.2. Estação de Tratamento de Efluentes ............................................................................... 16

5.3 Controle da Soda Caustica na Indústria ........................................................................... 21

6. RELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA E A UNIVERSIDADE ......................................................... 24

7. CONTRIBUIÇÕES PARA A CLAN ........................................................................................ 25

8. ANEXOS ................................................................................................................................. 27

9. REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 28

7

1. OBJETIVO

O relatório do estágio supervisionado tem como objetivo apresentar a

rotina de análises no laboratório de análises físico-químicas, utilizados no

controle do processo produtivo da indústria, como também, as técnicas

utilizadas no tratamento do efluente gerado pela empresa CLAN, visando

aprimoramento em ambas áreas citadas..

8

2. EMPRESA

2.1. História da Empresa

A CLAN foi fundada no ano de 1967 com o nome de Industria de

Laticínios de Natal – ILNASA, atuando no mercado como economia mista até o

ano de 1974, quando passou a operar na forma de cooperativa produtora de

leite, vindo a se chamar de Cooperativa de Laticínios de Natal - CLAN. No ano

de 1995 a CLAN passou por um processo de privatização, passando a se

chamar Comercial de Laticínios de Natal – CLAN, permanecendo com o nome

CLAN e, assim, concretizando fortemente seu nome no mercado no estado do

Rio Grande do Norte.

Hoje em dia a CLAN possui um quantitativo de 115 funcionários,

distribuídas desde os setores administrativos/recursos humanos até a indústria.

Na indústria, estão lotados 39 colaboradores, sendo 32 operadores e ajudantes

de operadores, 2 Engenheiras de Alimentos, 1 Engenheiro de Produção, 2

Biólogas, 1 Técnica de Laticínios e 1 estagiário de Engenharia Química.

Em relação a sua produtividade, a empresa possui uma grande

diversidade de produtos, entre eles: o leite pasteurizado (integral e desnatado),

manteiga (com sal e sem sal), bebidas lácteas (morango, mamão com laranja,

banana com maça e cereais, leite com mel, graviola, abacaxi, goiaba e

ameixa), além das bebidas lácteas light e zero lactose (salada de frutas e

morango), Iogurte integral com geleia de morango, coalhada desnatada (com

adoçante e tradicional), requeijão (cheddar, ervas finas, light e tradicional) e o

queijo de coalho.

A empresa está sempre procurando inovar no mercado com produtos

novos e de qualidade. Devido a essa preocupação, a CLAN é a marca mais

procurada no estado do Rio Grande do Norte no ramo de laticínios de acordo

com a revista Top Natal.

9

3. LEITE-PASTEURIZAÇÃO

O processo de pasteurização foi criado pelo químico Francês Louis

Pasteur no ano de 1864, onde ele percebeu que ao aquecer alguns alimentos e

bebidas com uma temperatura acima de 60°C durante um período de tempo, e

logo após, baixar consideravelmente esta temperatura observou-se que

diminuiu consideravelmente o número de micro-organismos encontrados nos

alimentos ou bebidas. No Brasil todo leite comercializado é obrigatório a

realização da pasteurização, como também produtos derivados do leite devem

ser produzido a partir do leite pasteurizado. Produtos que não são feitos a partir

do leite pasteurizado é considerado ilegal no nosso país.

A pasteurização do leite é um procedimento realizado quando o leite in

natura chega na fábrica e é submetido à um processo de elevação da

temperatura sendo, logo em seguida, sua temperatura reduzida rapidamente

em um equipamento chamado pasteurizador. Esse procedimento é realizado

com uma rápida variação de temperatura na tentativa de eliminar bactérias

indesejáveis evitando danos à saúde do consumidor, e assim, prolongar a vida

do leite ao consumidor. Esse processo pode ser realizado de 3 maneiras:

a) Pasteurização Lenta: Ocorre em temperaturas baixas durante um

maior período. Tal processo ocorre a uma temperatura de 63°C, por

um tempo de 30 minutos. É conhecida como LTLT (Low

Temperature Long Time);

b) Pasteurização Rápida: Ocorre em temperaturas mais alta durante

um curto período de tempo. Tal temperatura é na faixa de 72°C, por

um tempo de 15 segundos. É conhecida como HTST (High

Temperature and Short Time);

c) Pasteurização Muito Rápida: Ocorre numa temperatura muito

elevada, na faixa de 130°C a 150°C, por um período de tempo

muito rápido, que varia de 3 a 5 segundos. É conhecida como UHT

(Ultra High Temperature).

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Na empresa CLAN o processo utilizado é o de pasteurização rápida ou

HTST (High Temperature and short time).

Fluxograma do Processo

RECEPÇÃO

ARMAZENAMENTO

PADRONIZAÇÃO

PASTEURIZAÇÃO

HOMOGENEIZAÇÃO

RESFRIAMENTO

ESTOCAGEM

ENVASE

ESTOCAGEM EM CÂMARA FRIA

EXPEDIÇÃO

RECEPÇÃO DAS EMBALAGENS PRIMÁRIAS

FILME PLÁSTICO

LEITE FLUIDO DESTINADO A OUTROS

PRODUTOS

ARMAZENAMENTO DAS EMBALAGENS

SELEÇÃO EM PROPRIEDADES RURAIS

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4. ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES (ETE)

Estação de tratamento de efluentes, é o setor da indústria que trata os

efluentes oriundos dos processos industriais. Após os devidos tratamentos, o

efluente pode ser escoado para rios ou mar, com níveis de poluição aceitáveis,

de acordo com o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). A ETE

deve seguir as resoluções do CONAMA, se não respeita-las a indústria pode

ser multada ou até mesmo ser fechada, até que se adeque as condições

imposta pelo órgão competente. A resolução atual que deve ser seguida, é a

de N°430, de 13 de Maio de 2011, ela complementa e altera a resolução de

N°357, de 17 de março de 2005. Vale destacar o artigo 3 dessa resolução que

fala:

“Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser

lançados diretamente nos corpos receptores após o devido

tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e

exigências dispostos nesta Resolução e em outras normas aplicáveis.

” (CONAMA, 2011).

O tratamento de efluentes da indústria deve obedecer alguns

parâmetros, para assim poder ser lançado na fonte receptora. Estes

parâmetros de acordo com o CONAMA, são:

a) pH entre 5 a 9;

b) temperatura: inferior a 40°C, sendo que a variação de temperatura do

corpo receptor não deverá exceder a 3°C no limite da zona de mistura;

c) materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff.

Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja

praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente

ausentes;

d) regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vez a vazão média

do período de atividade diária do agente poluidor, exceto nos casos permitidos

pela autoridade competente;

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e) óleos e graxas: 1. óleos minerais: até 20 mg/L; 2. óleos vegetais e

gorduras animais: até 50 mg/L;

f) ausência de materiais flutuantes;

g) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO 5 dias a 20°C): remoção mínima

de 60% de DBO sendo que este limite só poderá ser reduzido no caso de

existência de estudo de autodepuração do corpo hídrico que comprove

atendimento às metas do enquadramento do corpo receptor” (CONAMA,2011).

O órgão responsável pela fiscalização da Estação de Tratamento de

Efluentes da indústria é o Instituto de Defesa do Meio Ambiente-IDEMA.

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5. ATIVIDADES REALIZADAS

As atividades realizadas durante o período de estágio na empresa CLAN

foram as análises físico-químicas do leite in natura e do leite após a

pasteurização, com a finalidade de controlar a qualidade dos insumos, produtos

e processo, como também acompanhar e reorganizar a Estação de Tratamento

de Efluentes-ETE. As principais ações que fui alocado nesse tempo de estagio

foram:

Analises Físico-químicas do leite in natura e pasteurizado;

Acompanhamento no processo da Estação de Tratamento de Efluentes-

ETE;

Controle da Soda Cáustica na Indústria.

5.1 Análises físico-químicas

Para avaliar a qualidade do leite in natura e do leite após pasteurizado,

foi preciso realizar algumas análises Físico-químicas.

5.1.1 Temperatura

A temperatura é verificada a partir da chegada do leite nos caminhões

tanques, utilizando-se um termômetro de vidro, como também, verifica-se a

temperatura em todos os tanques ao longo do processo produtivo do leite e

seus derivados.

5.1.2. Alizarol (ponto de coagulação)

Quando o leite in natura é recebido, é realizado o teste de alizarol, que

consiste em verificar o seu ponto de coagulação. O alizarol consiste na adição

de um indicador de pH numa solução de álcool etílico em concentrações

variadas. Quando acontece a coagulação do leite durante o teste, esse não

tem condições de passar por temperaturas elevadas, consequentemente não

se resiste ao calor, sendo assim não pode ser misturado a outros leites.

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5.1.3. Densidade Relativa

A densidade do leite é a relação entre sua massa e volume e é

normalmente medida a 15oC ou corrigida para essa temperatura. A densidade

do leite é, em média, 1,032 g/mL, podendo variar entre 1,023 e 1,040 g/mL. A

densidade da gordura do leite é aproximadamente 0,927 e a do leite

desnatado, cerca de 1,035. Assim, um leite com 3,0% de gordura deverá ter

uma densidade em torno de 1,0295, enquanto um com 4,5% deverá ter uma

densidade de 1,0277 (EMBRAPA, 2016).

5.1.4. Quantidade de Gordura no Leite

A quantidade de gordura no leite é determinada pelo método ácido-

butirômetro de Gerber. Este método consiste em separar a gordura do leite

pela adição de ácido sulfúrico diluído (70 mL de água destilada e 1L de ácido

sulfúrico 98%) e álcool iso amílico, logo após é colocado por um tempo na

centrífuga. A quantidade de gordura é verificado direto em um butirometro após

passar pela centrifugação. A quantidade permitida de gordura no leite é na

faixa de 3,0g/100g, isso para o leite in natura.

5.1.5. Crioscopia do Leite

A crioscopia do leite é mais baixa do que a da água, devido às

substâncias solúveis presentes, principalmente a lactose e os sais minerais.

Por isso, quando há adição fraudulenta de água ao leite, a crioscopia aumenta

em direção ao ponto de congelamento da água (0°C). Para o leite bovino, o

ponto de congelamento pode variar de, no máximo, -0,512°C e, no mínimo, -

0,531°C. A legislação brasileira estabelece como índice crioscópico máximo do

leite -0,512°C (ou -0,530°H) e o mínimo -0,531°C (-0,550°H).

5.1.6. Peroxidase

É uma enzima que tem como papel catalisar oxigênio de peróxidos

para outras substâncias. No leite existe a peroxidase, variando entre as

espécies animais. O leite é umas das melhores fontes de peroxidase. Segundo

Souza e Neves:

15

A peroxidase é destruída a temperaturas de 70 a 80oC. Se a

temperatura da pasteurização for ultrapassada, então, não

encontraremos tal enzima no leite. O uso de temperaturas

excessivamente altas torna o leite impróprio para o consumo.

No laboratório da indústria, a análise é realizada colocando 10 mL do

leite pasteurizado em um tubo de ensaio, em seguida coloca se 2 mL de

guaiacol e 3 gostas de peróxido de hidrogênio, a ação da enzima nesse caso é

que transfira o oxigênio do peróxido de hidrogênio para guaiacol. Logo, a

solução obterá uma cor salmão, caso a pasteurização não seja bem concluída,

a enzima não irá resistir sendo assim não terá a transferência de oxigênio do

peroxido, logo a cor da analise não irá mudar.

5.1.7. Fosfatase

A fosfatase é um enzima alcalina que se encontra no leite in natura.

Sua função é catalisar a hidrolise dos fosfatos orgânicos que nesse caso são

os ésteres, causando a liberação de fenol e ácido fosfórico. Quando esta

enzima é exposta a temperatura de pasteurização ela é inativada. Isso

acontece nos 3 tipos de pasteurização lenta (T= 63°C e o tempo de 30

minutos), rápida (T= 72° e o tempo de 15 segundos) e muito rápida (T= 130°C

a 150°C e um tempo de 3 a 5 segundos). Na CLAN, a análise é realizada

através de 0,1mL de leite em um tubo de ensaio, onde nesse tubo se coloca

um tira contendo a enzima fosfatase, Após um determinado tempo, retira-se a

tira com a enzima do tubo de ensaio e verifica-se a coloração. Se cor não

mudar, a enzima não foi inativada, logo percebe-se que a pasteurização não

chegou a sua temperatura esperada.

5.1.8. Titulação (Acidez)

Na CLAN o teste de acidez é realizado através da titulação do leite em

hidróxido de sódio (NAOH) com o auxílio de um indicador (fenolftaleína) em um

acidímetro dornic. Nas condições padrões o leite apresente um pH de 6,6 a 6,8,

o que corresponde a uma acidez de 15 a 18 grau dornic. Este teste é de

essencial importância, uma vez que só pode utilizar o leite para pasteurizar e

elaborar produtos, após verificar seu nível de acidez através deste teste.

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5.2. Estação de Tratamento de Efluentes

Na CLAN o processo de tratamento de efluentes é composto por:

O efluente da indústria passa para uma caixa receptora e cai no tanque

de equalização 1. Neste são feitas as análises de pH e temperatura do

efluente; em média são obtidos os valores de pH= 9 e temperatura = 30 °C a

33 °C, ultrapassados estes valores é feita uma correção do pH pela adição de

HCl (Ácido Clorídrico), ainda na caixa de recepção, isto faz o pH diminuir para

o valor desejado. Em seguida o efluente segue para o flotador 1 que é

alimentado por 2 bombas, uma adiciona o Al2(SO4)3 (Sulfato de Alumínio) e a

outra adiciona polímero. Ainda no Flotador 1 o raspador retira a gordura que

encontra-se flutuando sobre o efluente, sendo direcionada para uma caixa

receptora de gordura. O efluente segue então para o segundo tanque

equalizado, que servirá de alimentação para o flotador 2 por meio de 2

bombas, com as mesmas soluções do primeiro flotador, nele são retirados no

flotador 2, retiram-se as partículas que ficaram no efluente que não foram

retidas no flotador 1. Por fim, o efluente segue para o decantador onde é

Caixa de recepção

Tanque de Equalização 1

Flotador 1 Tanque de

equalização 2 Flotador 2 Decantador

Corpo receptor

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retirado os sólidos restantes e finaliza-se o tratamento enviando o efluente

para a saída do corpo receptor.

5.2.1- Problemas e possíveis soluções.

Quando deparei-me com este processo percebi que podia melhora-lo,

onde vi o problema de pH alto do efluente no tanque de recebimento. De

acordo com as normas atuais da ABNT o pH do efluente deve estar entre 5 e 9,

já o encontrado no processo da ETE da empresa Comercial de Laticínios de

Natal, encontrava-se variando na faixa entre 12 - 13, devido à alta

concentração de Soda Caustica (NAOH) despejada da indústria danificando o

desenvolvimento do processo e prejudicando a ação do Sulfato de Alumínio

[Al2(SO4)3], uma vez que ele tem uma maior eficácia para efluentes com pH

abaixo de 9.

Solução: Como não temos como neutralizar esse efluente dentro da

indústria, temos que diminuir a concentração de soda caustica (NAOH) usada

na CIP – Clean In Place – pois a concentração final usada no momento está

acima de 3%, tendo que diminuir para uma concentração na faixa de 1,5%,

logo em seguida iremos medir novamente o pH de entrada do efluente para

neutralizarmos com ácido no tanque 1 até atingir o pH ideal para o processo

fluir com a maior eficiência possível.

Decantação do sulfato de alumínio

A mistura entre água (H2O) e sulfato de alumínio [Al2(SO4)3] está

decantando pois quando o produto entra em contato com a água (H2O) não

está acorrendo uma agitação necessária para o Sulfato de Alumínio [Al2(SO4)3]

homogeneizar, consequentemente o dosador só irá dosar água (H2O) nos

tanques de floculação prejudicando a eficiência do processo.

Solução: A alternativa mais adequada do momento seria o uso do

sulfato de alumínio líquido, visto que ele se homogeneizaria mais rápido do que

o produto em pó. Outra possível solução encontrada, com um custo menor,

18

seria o uso de um sistema de aeração para misturar a água e o sulfato de

alumínio [Al2(SO4)3] mas devido a entrada de oxigênio no sistema, o sulfato

poderá se oxidar prejudicando a ação do flotadores e consequentemente

diminuindo a eficácia do processo.

Reação que deve acontecer:

Al2(SO4)3 + 6 H2O → 2 Al(OH)3 + 3 H2SO4

Filtro para amenizar a turbidez do efluente

Ao chegar a última etapa do processo no tanque de decantação a

turbidez do efluente se encontra com uma cor entre amarelo e branco sendo

que o correto seria o mais próximo do incolor de acordo com as normas da

ABNT.

Solução: Primeiramente iriamos analisar o tamanho das partículas

sólidas encontradas no efluente após ele passar por todas as etapas do

tratamento. Assim, em seguida analisar uma tela de filtro mais adequada para

reter essas partículas solidas de tal modo que o efluente terá uma cor mais

próxima da desejável.

Reorganização do laboratório

O laboratório da ETE está precisando de determinados ajustes para

voltar a ser utilizado, tendo em vista a boa estrutura que ele oferece, os

aparelhos e vidrarias necessárias para realizar análises que precisamos

durante o processo da ETE e constatar se o tratamento do efluente está

ocorrendo de maneira correta e se está com a maior eficiência possível.

Itens a serem reorganizados:

a) Limpeza do local

b) Recolocar o pHmetro

c) Adquirir novos reagentes

d) Organizar as vidrarias

e) Consertar aparelhos devido ao período que ficaram sem ser utilizados

19

Limpeza das áreas ao redor da ETE

Ao redor da ETE podemos observar a existência de lixo, que ao entrar

em contato com o processo poderá danificar o desenvolvimento do tratamento

do efluente. Esse resíduo se encontra na parte da vegetação e na frente do

primeiro tanque de recebimento, onde precisa ser retirado, uma vez que está

impedindo de podar as plantas devido ao acúmulo de lixo na área. São

exemplos de lixo:

a) Embalagens para reciclagem (onde acumulam moscas, assim

prejudicando a indústria e a ETE);

b) Pedaços de madeiras e equipamentos antigos (impedindo de podar as

plantas, logo evitaria o acúmulo de lixo e água);

c) Material acumulados nos taques desativados;

d) Gorduras derivada do processo da ETE (Armazenar as caixas de

gordura, que são proveniente da ETE, em um local mais longe da

indústria, já que se tem uma proliferação de moscas podendo ter uma

migração delas para a mesma, acarretando problemas no futuro).

Outro local que se faz necessário uma limpeza é atrás da casa da ETE,

onde é notório o acúmulo de todo tipo de lixo. Com essa limpeza iremos

organizar a parte visual da ETE, portanto evitando transtorno no processo de

tratamento do efluente.

Posicionar os flotadores em serie

Uma possível melhoria para o futuro seria colocar o flotadores em

série, consequentemente teria uma maior eficiência no tratamento do efluente

despejado pela indústria, no entanto essa modificação só poderia ser realizada

posteriormente pois precisaria mexer na estrutura física da ETE e contando

também com o gasto financeiro.

Tampar os tambores e poços da ETE

Na ETE se faz necessário a aquisição de 4 novos tambores de 200L

para alocar os produtos, devido aos antigos estarem rachados e futuramente

20

podendo romper, logo, poderiam perder os produtos alocados. Esses tambores

carecem de tampas para evitar que entrem bichos e assim, que eles não

entupam o dosador que poderá até ser danificado devido a esse entupimento.

Outro ponto a ser visto é que nos poços pertencentes a ETE, devem ser

tampados, pois quando está aberto acumulam moscas e baratas podendo

estes insetos irem para indústria.

Em conversa com o responsável pelo setor de manutenção, foi

proposto uma mudança na estrutura física da ETE, reorganizando as posições

de cada etapa da ETE, que ficaria da seguinte forma:

Chegamos nessa conclusão devido ao processo de tratamento do

efluente poderá ter melhor eficiência, isso foi visto ao ler alguns artigos e livros

sobre tratamento de efluentes em laticínio e também em conversas com o meu

orientador o Professor Eduardo ,logo vimos que no tratamento primário a

melhor o opção seria que o decantador fosse a primeira etapa, seguida dos

flotadores em série, sendo um em mistura rápida e outro em mistura lenta,

depois dessa conclusão deixamos acordados também que dependendo da

turbidez do efluente aumentaríamos mais uma etapa no processo que seria o

tanque de areia para reter os restantes dos sólidos que ficaram no efluente

para ai sim despejar o efluente no corpo receptor com a maior eficiência

possível.

Caixa receptora

Decantador Tanque de

equalização 1 Flotador 1 Flotador 2

Tanque de equalização 2

Corpo receptor

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5.3 Controle da Soda Cáustica na Indústria

Ao encontrar o efluente com o pH na faixa de 12,0 a 13,0 fui analisando na

indústria o que poderia estar afetando para este pH está elevado. O primeiro

ponto a ser analisado foi a purga da caldeira, mas em conversa com o

operador do setor, a purga (descarga) da caldeira era predominantemente

vapor, logo percebi que a caldeira não estava afetando o pH do efluente, o

segundo ponto foi ver a descarga de soda cáustica (NaOH) da indústria,

deparando-se com a quantidade de soda cáustica utilizada na limpeza dos

equipamentos vi que a concentração da soda caustica na CIP (Clean in Place)

estava muito elevada como também estava tendo 2 descarga diárias sem

necessidade. Ao conversar com a responsável pelo setor de limpeza dos

equipamentos vimos que era necessário diminuir a quantidade de soda

cáustica nas limpezas dos equipamentos, sabendo que a concentração ideal é

de 1.5% e o pH acima de 13, logo fui calcular a quantidade necessária de soda

cáustica para um volume x de água, para ai assim encontrar seu ponto ideal. A

concentração de soda e seu pH foi descoberto através das seguintes

equações:

Concentração mássica e concentração molar (molaridade):

𝐶 =𝑚𝑁𝑎𝑂𝐻

𝑉 ; 𝑀𝑜𝑙𝑎𝑟𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =

𝑛𝑁𝑎𝑂𝐻

𝑉

𝑜𝑢⇔ 𝑀𝑜𝑙𝑎𝑟𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =

𝑚𝑁𝑎𝑂𝐻

𝑀𝑀𝑁𝑎𝑂𝐻 𝑉

Determinação do pOH e conversão em pH:

𝑝𝑂𝐻 = − log[𝑂𝐻−] ⇒ 𝑝𝐻 + 𝑝𝑂𝐻 = 14

Porcentagem em massa (T%) :

𝑇% = 𝑚𝑁𝑎𝑂𝐻

𝑚𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 100%

Exemplo:

Soda cáustica na CIP, anteriormente eram utilizados 36 kg e um volume de

800L de água

22

𝐶 = 36.000 𝑔

800 𝐿= 45

𝑔

𝐿

𝑀𝑜𝑙𝑎𝑟𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 36.000 𝑔

39,5 𝑔

𝑔𝑚𝑜𝑙 800 𝐿

= 1,12 𝑔𝑚𝑜𝑙

𝐿

𝑝𝑂𝐻 = − log[1,12] = 0,05

𝑝𝐻 = 14 − 0,05 = 13,95

𝑇% =36 𝑘𝑔

800 𝑘𝑔 + 36 𝑘𝑔100% = 4,3%

Percebeu-se que o pH está no valor permitido mas a concentração está

um pouco elevada, logo fomos analisando e vimos que o ponto ideal é 12 kg de

soda cáustica para um volume de 800L de água. Logo fiz uma tabela para ver a

quantidade de soda cáustica ideal, seu pH, sua concentração, e sua

concentração em porcentagem:

pH C (g/L) T% m (kg)

13,44 11.25 1,11 9

13.49 12.50 1,23 10

13.53 13.75 1.35 11

13.58 15.00 1.48 12

A partir do conhecimento teórico adquirido em sala pode-se associar

com a pratica e consegui encontrar o ponto ideal da soda caustica utilizado

pela indústria, como segue o gráfico abaixo:

23

1,11 1,23

1,35 1,48

0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

1,2

1,4

1,6

13,42 13,44 13,46 13,48 13,5 13,52 13,54 13,56 13,58 13,6

C%

pH

Ponto ideal NaOH

24

6. RELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA E A UNIVERSIDADE

No período de estágio, percebeu se que no processo produtivo da

empresa CLAN abrange muitas disciplinas estudadas durante o período da

graduação, foram elas:

Operaçoes Unitárias 1: No processo produtivo da CLAN abrangia o

funcionamento de bombas, para levar o leite pelas linhas para o processo ser

realizado. Nessa matéria facilitou o aprendizado dessas etapas, onde pude

interagir com os operadores para saber como estava a eficiência dessas

bombas.

Operações Unitárias 2: O conteúdo estudado em sala de aula facilitou o

entendimento sobre os trocadores de calor na indústria, no resfriamento dos

tanques onde o leite é armazenado, como também o trocador de calor usado

no processo de pasteurização do leite, sendo assim se precavendo de alguns

problemas.

Química Analítica: Devido as análises Físico-químico realizada na CLAN pude

colocar em pratica o que se foi estudado na disciplina como a pratica do

estágio.

Qualidade e Segurança na indústria Química: O conhecimento teórico dessa

disciplina foi de grande importância, pois pude direcionar os operadores a

seguir um alto controle de qualidade e segurança no processo produtivo do

leite e seus derivados, seguindo as normas necessárias, pois a CLAN possui a

supervisão do SIF (Serviço de Inspeção Federal), como também segue o

programa de BPF (Boas Práticas de Fabricação).

Engenharia Ambiental: O conhecimento adquirido nessa disciplina foi de

fundamental importância para o desenvolvimento da ETE (Estação de

Tratamento de Efluentes) da CLAN, como também relacionar as leis do

CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) com o tratamento do efluente

despejado pela indústria.

25

7. CONTRIBUIÇÕES PARA A CLAN

No período de estágio foram realizadas diversas atividades que de certa

forma foram de grande importância e contribuição para a CLAN, desde da

organização da ETE (Estação de Tratamento de Efluente) até as análises

Físico-químico do leite in natura e de seu produto final, mas a principal foi o

controle de soda caustica utilizada na indústria onde foi feita uma redução

significante na quantidade de soda usada na limpeza dos equipamentos

trazendo uma grande redução econômica mensalmente. Como já foi citado nas

atividades realizadas a redução da quantidade da soda foi realizado ao

perceber que a concentração da mesma estava elevada, vendo que antes da

redução era usada uma quantidade de 53kg diariamente de soda cáustica

sendo dividido em:

a) 36 kg na CIP (Clean in Place);

b) 8 kg no pasteurizador;

c) 4 kg no setor do requeijão;

d) 3 kg Bandeja (Iogurte de bandeja) e;

e) 2 Kg no setor do queijo.

Através do conhecimento teórico adquirido no período de graduação

refiz os cálculos e fiz teste em laboratório e vi que esta quantidade estava

muito acima, após nova readequação a quantidade de soda cáustica ficou

dessa forma:

a) 12 Kg na CIP (Clean in Place);

b) 6 kg no pasteurizador;

c) 4 kg no setor do requeijão;

d) 2 kg Bandeja (Iogurte de bandeja);

e) 2 Kg no setor do queijo.

Um total de 26 Kg, tendo uma redução de 27 Kg diariamente de soda

caustica, logo a economia financeira para a CLAN foi da seguinte forma:

26

Antes da redução:

53kg--------1 dia

X -------- 26 dias

X= 1378,00 Kg de NAOH utilizados por mês

Sabendo que o Kg de NAOH é 4,70 R$

1378,00 x 4,70= 6476,60 reais gasto com NAOH por mês pela CLAN

Depois da redução:

26 Kg -------- 1 dia

X --------- 26 dias

676,00 kG de NAOH utilizados por mês

Sabendo que o Kg de NAOH é 4,70 R$

676,00 x 4,70= 3177,20 reais gasto com NAOH por mês pela CLAN

Houve uma redução de gasto de R$ 3299,50, isso devido ao trabalho

de controle de soda cáustica utilizada, mantendo uma ótima eficiência na

limpeza dos equipamentos e otimizando o controle da ETE (Estação de

Tratamento de Efluentes), uma vez que essa redução de NAOH o pH do

efluente diminuiu, melhorando o processo de tratamento do efluente.

27

8. ANEXOS

Figura 1. Leite Integral Pasteurizado

Figura 2. Mix de produtos da CLAN

Figura 3. Produtos sem lactose

28

9. REFERÊNCIAS

BRASIL. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. . RESOLUÇÃO No

430: complementa e altera a Resolução no 357. 2011. Disponível em:

<http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646>. Acesso em:

25 abr. 2016.

FÁCIL, Editor Aprenda. Como se dá o processo de pasteurização do

leite. 2013. Disponível em: <http://www.afe.com.br/noticia/9172/como-se-da-o-

processo-de-pasteurizacao-do-leite>. Acesso em: 12 abr. 2016.

MACHADO JUNIOR, Olavo; TORQUETTI, Zuleika Stela Chiacchio. GUIA

TÉCNICO AMBIENTAL DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS. 2014. Disponível

em:

<http://www7.fiemg.com.br/Cms_Data/Contents/central/Media/Documentos/Bibl

ioteca/PDFs/FIEMG/MeioAmbiente/2014/CartilhasPublicações/FI-0066-14-

CARTILHA-LATICINIOS3-INTRANET.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2016.

BOTARO, Bruno; SANTOS, Marcos Veiga. Entendendo a variação da

crioscopia do leite. 2008. Disponível em: <http://www.milkpoint.com.br/radar-

tecnico/qualidade-do-leite/entendendo-a-variacao-da-crioscopia-do-leite-

46948n.aspx>. Acesso em: 30 abr. 2016.

SOUZA, Karina A. de F. D.; NEVES, Valdir A. Análise de alimentos: pesquisa

dos componentes do leite. Disponível em:

<http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/analise_leite/analise_leitetres.

htm>. Acesso em: 30 de abr. de 2016.

BRITO, Maria Aparecida; BRITO, José Renaldi; ARCURI, Edna; LANGE, Carla;

SILVA, Márcio; SOUZA, Guilherme. Densidade relativa. Disponível em:

<http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia8/AG01/arvore/AG01_196_217

20039246.html>. Acesso em: 05 de mai. de 2016.

29

G-100. Associação Brasileira das pequenas e médias, cooperativas e

empresa de laticínios: Análises de rotina do leite na indústria. 2006.

Disponível em:

<http://www.fiemg.org.br/admin/bibliotecadearquivos/image.aspx?imgid=10686

&tabid=3376&portalid=97&mid=11476>. Acesso em: 08 maio 2016.

EMBRAPA, Qualidade do leite, disponível em

<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/fonteshtml/leite/gadoleiteirozona

bragantina/paginas/qualidade.htm>; Acesso em: 10 maio 2016.