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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS MESTRADO EM BIOECOLOGIA AQUÁTICA DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E LIMNOLOGIA EUTROFIZAÇÃO E CAPACIDADE DE CARGA DE FÓSFORO DE SEIS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO SERIDÓ, REGIÃO SEMI-ÁRIDA DO ESTADO DO RN Thiago de Paula Nunes Mesquita NATAL 2009

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Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · INTRODUÇÃO As atividades humanas têm alterado significativamente os ciclos biogeoquímicos globais do nitrogênio (N)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

MESTRADO EM BIOECOLOGIA AQUÁTICA

DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E LIMNOLOGIA

EUTROFIZAÇÃO E CAPACIDADE DE CARGA DE FÓSFORO DE SEIS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO SERIDÓ, REGIÃO SEMI-ÁRIDA DO

ESTADO DO RN

Thiago de Paula Nunes Mesquita

NATAL2009

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EUTROFIZAÇÃO E CAPACIDADE DE CARGA DE FÓSFORO DE SEIS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO SERIDÓ, REGIÃO SEMI-ÁRIDA DO

ESTADO DO RN

Por

Thiago de Paula Nunes Mesquita

Dissertação apresentada à coordenação do curso de mestrado em Bioecologia Aquática da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Como Requisito Parcial à Obtenção do Título de mestre em Bioecologia Aquática.

Orientador: Prof. José Luiz de Attayde, PhD

NATAL 2009

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THIAGO DE PAULA NUNES MESQUITA

EUTROFIZAÇÃO E CAPACIDADE DE CARGA DE FÓSFORO DE SEIS RESERVATÓRIOS DA BACIA DO RIO SERIDÓ, REGIÃO SEMI-ÁRIDA DO

ESTADO DO RN

Dissertação apresentada à coordenação do curso de mestrado em Bioecologia Aquática da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em cumprimento às exigências para obtenção do Grau de Mestre em Bioecologia Aquática.

Aprovado em 10 de fevereiro de 2009.

Banca Examinadora

Dr. José Luiz de Attayde (Orientador) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Dra. Renata de Fátima Panosso (examinadora 1)Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Dr. André Luis Calado Araújo (examinador externo) Centro Federal de Educação Tecnológica do RN – CEFET-RN

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Divisão de Serviços Técnicos Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial Leopoldo Nelson.

Mesquita, Thiago de Paula Nunes. Eutrofização e capacidade de carga de fósforo de seis reservatórios da bacia do Rio Seridó, Região Semi-Árida do Estado do RN / Thiago de Paula Nunes Mesquita. – Natal (RN), 2009. 61f.

Orientador: José Luiz de Attayde.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Biociências. Departamento de Oceanografia e Limnologia. Programa de Pós-Graduação em Bioecologia Aquática.

1. Biologia Aquática - Dissertação. 2. Eutrofização - Dissertação. 3. Reservatório – Semi-árido - Dissertação. 4. Nutriente – Ambientes aquáticos - Dissertação. 5. Algas - Dissertação. I. Attayde, José Luiz de. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/BC CDU 574.5(043.3)

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Agradecimentos

Ao professor Jose Luiz de Attayde, da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, pela amizade, compreensão, acompanhamento e do estudo

e orientação deste trabalho e principalmente pelas oportunidades dadas e

confiança.

Aos professores Renata Panosso e André Calado pelas importantes

contribuições na melhoria deste trabalho.

Aos amigos graduandos e mestrandos do Laboratório de Ecologia

Aquática pelas lutas e vitórias em todas as etapas de campo e laboratório.

Aos amigos Seridoenses Jesus de Miúdo e Chagas Silva pela

disposição e indispensável ajuda durante as coletas em campo.

Ao meu primo e grande amigo Cayo Rodrigues pela ajuda nos

momentos finais deste trabalho.

Ao amigo e companheiro de todas as horas Edson Santanna,

indispensável à conquista deste trabalho.

A FINEP pelo apoio financeiro.

A Deus, meu Criador, Salvador e amigo fiel e à minha família,

instrumentos de Deus em todos os momentos de minha vida, sempre

contribuindo de forma amorosa e amiga.

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RESUMO A eutrofização é um processo de acúmulo de nutrientes em ambientes

aquáticos que tem sido acelerado pelas atividades antrópicas, principalmente

as relacionadas com as atividades agropastoris, industriais e a disposição

inadequada dos efluentes domésticos. O enriquecimento do ambiente aquático

com nutrientes, principalmente o nitrogênio e o fósforo, e a conseqüente

proliferação de algas e cianobactérias podem comprometer a qualidade da

água para o abastecimento público, para a piscicultura e para outros fins. O

problema se torna mais crítico quando há naturalmente uma escassez de água

como na região semi-árida do nordeste brasileiro. Diante dessa problemática

este trabalho teve como objetivo avaliar o estado trófico de seis reservatórios

da bacia do Rio Seridó no Rio Grande do Norte e também mensurar a

capacidade de carga de fósforo dos reservatórios visando o seu

enquadramento segundo a resolução CONAMA 357/05. Os resultados

demonstram que os seis reservatórios encontram-se eutrofizados, com

concentrações de fósforo total e clorofila a na água superiores a 50 e 12 μg l-1

respectivamente. Os resultados mostram que existe uma homogeneidade

espacial, mas uma significativa variação interanual no estado trófico dos

reservatórios em função das variações do volume de água acumulado nos

reservatórios. Os resultados da simulação estocástica de risco mostram que os

reservatórios com maior capacidade de carga poderiam receber anualmente

até 216 Kg de P, assumindo um risco de 10% de aumentar em mais de 30 μg l-

1 as concentrações médias anuais de fósforo total na água destes

reservatórios. Esta carga poderia ser elevada em até 360 kg de P por ano caso

os gestores assumam um risco de 10% de aumentar em mais de 50 μg l-1 as

concentrações médias anuais de fósforo total nas águas destes reservatórios.

Palavras-chave: Eutrofização, semi-árido, reservatório, capacidade de carga de fósforo, estado trófico.

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ABSTRACT The eutrofization is a natural process of accumulation of nutrients in aquatic´s

body that it has been accelerated for the human´s actives, mainly the related

with the activities of camp, industrial and the inadequate disposition of the

domestic sewage. The enrichment of the aquatic´s body with nutrients, mainly

the nitrogen and the phosphorus, and the consequent proliferation of algae and

Cyanobacteria can commit the quality of the water for the public provisioning,

for the fish farming and for other ends. The problem becomes more critical

when there is a shortage of water naturally as in the semi-arid area of the

Brazilian northeast. Before that problem this work had as objective evaluates

the trophic state of six reservoirs of the basin of River Seridó of Rio Grande of

Norte and also estimate the capacity of load of match of the reservoir and risk

probabilities based on the established limits by the resolution Conama 357/05.

The results demonstrate that the six reservoirs are eutrofization, with

concentration of total phosphorus and cloro a in the water upster to 50 e 12 μg l-

1. The results show that space homogeneity exists in the state trophic of the

reservoirs, but a significant variation interanual in function of the increase of the

concentrations of nutrients and decrease of the transparency of the water with

the reduction of the body of water accumulated in the reservoirs.The results of

the simulation risk estocastic show that the reservoirs could receive annually

from 72 to 216 Kg of P, assuming a risk of 10% of increasing in more than 30

μg l-1 the annual medium concentrations of total match in the water of these

reservoirs. This load could be high in until 360 kg of P a year in case the

managers assume a risk of 10% of increasing in more than 50 μg l-1 the annual

medium concentrations of total phosphorus in the waters of these reservoirs.

Keywords: Eutrofization, semi-arid, reservoir, capacity of phosphorus load, state trophic.

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LISTA DE ABREVIATURAS

IDEMA Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

DNOCS Departamento Nacional de Obras Contra as Secas

PNCD Plano Nacional de Combate a Desertificação

SEMARH Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do RN

ETE Estação de Tratamento de Efluente

APHA American Public Health Association

ANOVA Análise de Variância

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

ANA Agência Nacional de Águas

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Área da bacia hidrográfica (BH), capacidade máxima de acumulação de água (V), área da bacia hidráulica (A) e profundidade média (Z) na cota máxima dos seis reservatórios estudados;

Tabela 2: Volume de água (V), área da bacia hidráulica (A) e profundidade média (Z) na cota média, vazão média anual liberada (Q), descarga média anual ( ) e tempo médio de residência da água (1/ ) dos seis reservatórios entre janeiro de 2002 e dezembro de 2008;

Tabela 3: Concentrações médias (±1desvio padrão) de fósforo total, clorofila ana água e profundidade do disco de Secchi nos seis reservatórios ao longo do período estudado;

Tabela 4: Resultados da ANOVA para testar diferenças nas concentrações de P total, clorofila a e profundidade do disco de Secchi entre os períodos de estiagem de 2005, 2006, 2007 e 2008 nos reservatórios estudados.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Bacia hidrográfica do rio Piranhas-Açu nos estados do Rio Grande do Norte com destaque para a sub_bacia do Rio Seridó e os seis Reservatórios estudados;

Figura 2 – Variação do volume (cota) dos seis reservatórios estudados ao longo dos anos de 2002 a 2008;

Figura 3 - Valores médios (± desvio padrão) das concentrações de fósforo total (PT) dos seis reservatórios estudados no período de 2005 a 2008;

Figura 4 – Valores médios (± desvio padrão) das concentrações de clorofila a dos seis reservatórios estudados no período de 2005 a 2008;

Figura 5 - Valores médios (± desvio padrão) das profundidades do disco de Secchi dos seis reservatórios estudados no período de 2005 a 2008;

Figura 6 - Regressões lineares e exponenciais entre as concentrações de clorofila a e fósforo total nos períodos de estiagem de 2006 a 2008, nos seis reservatórios estudados;

Figura 7 – Regressões lineares e exponenciais entre as concentrações de clorofila a e transparência do disco de Secchi nos períodos de estiagem de 2006 a 2008, nos seis reservatórios estudados;

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Índice

Página

AGRADECIMENTOS .............................................................................................................. iv

RESUMO ..................................................................................................................................v

ABSTRACT ..............................................................................................................................vi

LISTA DE ABREVIATURAS ....................................................................................................vii

LISTA DE TABELAS ...............................................................................................................viii

LISTA DE FIGURAS .................................................................................................................ix

1 – INTRODUÇÃO ...................................................................................................................11

2 – ÁREA DE ESTUDO ............................................................................................................15

2.1 – Bacia de drenagem do Rio Seridó ...................................................................................15

2.2 – Os reservatórios................................................................................................................17

3 - MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................................20

3.1 – Amostragem......................................................................................................................20

3.2 – Metodologias Analíticas....................................................................................................20

3.3 – Tratamento Estatístico dos Dados....................................................................................21

3.4 – Modelo de Capacidade de Carga de P.............................................................................21

3.5 – Análises de Risco..............................................................................................................22

4 – Resultados............................................................................................................................24

4.1 – Estado Trófico dos seis reservatórios estudados..............................................................24

4.2 – Relação entre as variáveis.................................................................................................27

4.3 – Capacidade de Carga de P................................................................................................29

5 – DISCUSSÃO ........................................................................................................................30

6 – CONCLUSÕES ....................................................................................................................34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................................35

ANEXOS .....................................................................................................................................39

Anexo 1 – Coordenadas geográficas dos pontos de coletas nos seis reservatórios .................39

Anexo 2 – Monitoramento dos seis reservatórios estudados (SEMARH) ..................................40

Anexo 3 – Monitoramento limnológicos dos seis reservatórios estudados ................................54

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INTRODUÇÃO

As atividades humanas têm alterado significativamente os ciclos

biogeoquímicos globais do nitrogênio (N) e fósforo (P). Somente a produção

global de fertilizantes agrícolas aumentou o fluxo de nitrogênio da atmosfera

para a Terra de menos de 10 milhões de toneladas de N em 1950 para 80

milhões de toneladas em 1990, e essa produção poderá exceder 135 milhões

de toneladas de N em 2030 (Vitousek et al., 1997). As atividades humanas

também têm causado fortes alterações sobre o fluxo de P no solo. Grandes

quantidades de P mineral são extraídas e processadas para produzir

fertilizantes que contenham P e esses fertilizantes são intensamente aplicados

mundialmente nos solos que já contam com amplas reservas de P. Essa

tendência tem importantes implicações para a eutrofização dos ecossistemas

aquáticos, pois o acumulado total de P exportado pela lixiviação do solo para a

superfície das águas aumenta linearmente com o conteúdo de P no solo (Smith

et al.,1995). Além das fontes difusas de poluição por N e P oriundas

principalmente das atividades agrícolas e da drenagem urbana, existem

importantes fontes pontuais de poluição por N e P, principalmente quando se

observa a realidade brasileira onde, via de regra, o destino final de efluentes

domésticos, agropastoris e industriais é, direta ou indiretamente, os corpos de

água sem nenhum tratamento.

Esse enriquecimento dos ecossistemas aquáticos por nutrientes, como o

fósforo e o nitrogênio, pode levar à formação de densas populações de algas e

cianobactérias, além de plantas aquáticas. Tais florações de algas e

cianobactérias são sintomas proeminentes da eutrofização dos ecossistemas

aquáticos (Carpenter et al. 1998) e afetam gravemente a qualidade da água,

causando uma aparência desagradável, tornando geralmente o ambiente

impróprio para o abastecimento, a pesca e a recreação (Carmichael & Falconer

1993).

A deposição e decomposição de uma quantidade excessiva de algas e

cianobactérias no fundo dos lagos ou reservatórios aumenta

consideravelmente a demanda bioquímica de oxigênio dissolvido na água

podendo desencadear um processo de desoxigenação do ambiente e liberação

de gases tóxicos em regiões anóxicas, com conseqüente morte dos animais

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aquáticos (Tundisi 2003; Chorus & Bartram 1999). Além disso, muitas

cianobactérias que formam florações produzem toxinas potentes que causam

prejuízos à saúde humana e animal (Chorus & Bartram 1999). Essa

degradação dos ecossistemas aquáticos pode resultar em perdas dos seus

componentes, assim como perdas nos bens e serviços que esses sistemas

fornecem para a sociedade (Postel e Carpenter, 1997 ; US EPA 1996 ;

Carpenter et al. 1998). Existem, portanto, grandes prejuízos para os seres

humanos e outros seres vivos decorrentes da eutrofização (Carpenter et al.,

1999), tais como perda da balneabilidade, do valor estético (cor e odor), da

biodiversidade, dos recursos pesqueiros, do potencial turístico, dentro outros.

De acordo com Smith (1998), o conceito de nutrientes limitantes pode

ser considerado o ponto de partida para o estudo da eutrofização. Nutrientes

limitantes são aqueles que estão presentes no ambiente em quantidades

menores do que os demais em relação à demanda do crescimento

fitoplanctônico. Isto implica em dizer que um determinado nutriente pode ser o

principal fator limitante ao crescimento de organismos fotossintetizantes em um

dado ecossistema e que o crescimento desses organismos pode ser

proporcional à taxa de fornecimento desse nutriente. Dessa forma, o controle

da eutrofização depende do controle das cargas desse nutriente limitante para

o ecossistema. O fósforo é geralmente considerado o elemento limitante ao

crescimento do fitoplâncton em lagos e reservatórios temperados e tropicais

(Mazumder & Havens, 1998; Huzsar, 2006). No entanto, o nitrogênio pode

ocasionalmente ser limitante ao crescimento fitoplanctônico principalmente em

ambientes com altas concentrações de fósforo. Em ambientes muito túrbidos e

com altas concentrações de nutrientes, a disponibilidade de luz tende a ser

mais limitante ao crescimento fitoplanctônico do que a disponibilidade de

nutrientes (Hoyer and Jones, 1983; Kimmel et al, 1990, Havens, 1996).

Diversos programas de recuperação de lagos eutróficos envolvendo

basicamente uma redução nas cargas externas de fósforo foram

implementados em todo o mundo. No entanto, lagos eutrofizados apresentam

diferentes respostas quanto à diminuição do aporte externo de fósforo

(Carpenter et al. 1998). Alguns têm uma excelente capacidade de reverterem o

processo da eutrofização imediatamente após a redução da carga externa de

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fósforo. Outros se mantêm eutrofizados mesmo após drásticas reduções no

aporte externo de P e requerem estratégias adicionais de manejo.

Exemplos bem sucedidos de gestão do problema da eutrofização pode

ser visto no lago Washington nos Estados Unidos e no lago Maggiore na Itália.

De acordo com Smith (1999) ambos os lagos tiveram sucesso, pois um estudo

aprofundado levou ao conhecimento de toda a hidrodinâmica, características

morfométricas, levantamento do uso e ocupação do solo na bacia de drenagem

e principalmente, a vontade política de querer as mudanças propostas pelos

projetos de restauração como à construção de Estações de Tratamento de

Esgotos (ETEs), aterros sanitários, adequação ambiental e legal de atividades

industriais na bacia de drenagem, replantio de mata ciliar e um longo processo

de educação ambiental com a população.

Essas estratégias podem e devem ser utilizadas também nos

reservatórios do Rio Grande do Norte. Porém, os reservatórios da região semi-

árida brasileira são bastante vulneráveis ao processo de eutrofização devido às

condições ambientais naturais como a alta evaporação, que tende a aumentar

a concentração de nutrientes no reservatório durante o longo período de

estiagem, e características pedológicas, geológicas e geomorfológicas que

facilitam a lixiviação e o carreamento de nutrientes para os reservatórios

tornando-os mais eutrofizados. Além disso, a estrutura trófica do ecossistema,

notadamente a predominância de peixes onívoros ou detritívoros capazes de

resuspender o sedimento e excretar grande quantidade de nutrientes na coluna

de água, podem agravar ainda mais o problema da eutrofização. Por isso,

existem também estratégias de controle biológico para, tentar diminuir a

quantidade de peixes que estimulam o crescimento de algas e cianobactérias

em reservatórios eutrofizados.

Em resumo, a eutrofização pode prejudicar os usos múltiplos dos

reservatórios, devido à deterioração da qualidade da água e a proliferação de

cianobactérias. Portanto, para garantir os múltiplos usos desses mananciais é

importante que sejam definidas as cargas externas máximas de nutrientes que

podem ser lançadas nesses ambientes sem elevar o estado trófico dos

reservatórios acima de determinados limites considerados desejáveis para as

respectivas classes de usos.

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No Brasil, dentre as variáveis indicadoras de estado trófico, apenas as

concentrações de fósforo total e clorofila a são utilizados pelo Ministério do

Meio Ambiente em sua resolução CONAMA 357/05 para a classificação e o

enquadramento dos corpos de água em função de seus usos. No entanto,

muitos reservatórios do semi-árido são enquadrados na classe II da referida

resolução e são utilizados para o abastecimento com tratamento simplificado

e/ou para o cultivo de organismos aquáticos por ausência de informação sobre

o seu estado trófico e qualidade da água. Desta forma, se faz necessário um

estudo sobre o estado trófico e a capacidade de carga de nutrientes dos

reservatórios do Rio Grande do Norte visando o seu enquadramento.

O objetivo deste trabalho consiste em avaliar o estado trófico e a

capacidade de carga de fósforo dos reservatórios Marechal Dutra

(Gargalheiras), Boqueirão de Parelhas, Passagem das Traíras, Itans, Santo

Antônio (Sabugi) e Cruzeta, localizados na região do Seridó, semi-árido do Rio

Grande do Norte. Esse trabalho tem uma importância fundamental para o

estabelecimento de diretrizes ambientais que contribuirão com a gestão

adequada da qualidade da água dos reservatórios e com a melhoria da

qualidade de vida da população que utiliza esses mananciais para diversos

fins.

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2 ÁREA DE ESTUDO 2.1 Bacia de Drenagem do Rio Seridó

O presente estudo se desenvolveu nos Reservatórios Marechal Dutra,

Boqueirão de Parelhas, Passagem das Traíras, Itans, Santo Antônio e Cruzeta

localizados na bacia do Rio Seridó, na microregião do Seridó Oriental no

Estado do Rio Grande do Norte (Figura 1). A população urbana residente nos

municípios que compõem a microregião do Seridó Oriental, segundo o IBGE

(2000) é de 220 mil habitantes, sendo que 20 mil habitantes vivem em zonas

rurais e 200 mil em áreas urbanas. O clima característico da região é o semi-

árido tropical com período chuvoso entre março e abril, registrando uma

temperatura média anual de 28 °C e pluviosidade média de 500mm (IDEMA

2008).

Nessa região o suo e ocupação do solo, bem como as atividades

industriais da região se caracterizam por criações de animais como caprinos,

ovinos e suínos, plantações de culturas vegetais eatividades industriais como

Calagem, cerâmicas, açúcar e outras (IDEMA 2008).

A vegetação característica é a Caatinga, vegetação com abundância de

cactáceas que possuem folhas modificadas em forma de espinhos para evitar

uma perda ainda maior de água pela evapo-transpiração e plantas de porte

mais baixo e espalhado que também perdem suas folhas no período de

estiagem. Segundo o Plano Nacional de Combate a Desertificação – PNCD,

alguns municípios da região estão inseridos em área altamente susceptível à

desertificação, principalmente devido ao uso e ocupação do solo de forma não

planejada e inadequada.

Os solos predominantes na região da bacia do Rio Seridó são os

Litólicos Eutrófico e os Bruno Não Cálcico. Os primeiros apresentam alta

fertilidade natural, textura média, fase pedregosa e rochosa, são rasos, muito

erodidos e acentuadamente drenados. Os outros apresentam fertilidade natural

de média a alta, textura média arenosa e argilosa, fase pedregosa, e são bem

drenados, relativamente rasos e muito susceptíveis à erosão (IDEMA, 2008).

Os solos característicos e as condições climáticas da região favorecem

imensamente o processo de erosão e lixiviação que carregam para as regiões

mais baixas, como os rios e reservatórios, uma grande quantidade de

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sedimentos e nutrientes inorgânicos contribuindo assim com o processo de

assoreamento e eutrofização.

Esses tipos de solos praticamente não são cultiváveis, embora

pequenas áreas sejam cultivadas com milho e feijão. Destacam-se também a

criação de galináceos e o cultivo de tomate e algodão arbóreo. Os solos

apresentam limitações muito fortes no uso agrícola devido à falta d’água,

erosão e pelos impedimentos ao uso de máquinas agrícolas, em decorrência

do relevo, pedregosidade e rochosidade e pela pequena profundidade.

Apresentam aptidão agrícola regular e restrita para pastagem natural. Nas

áreas correspondentes aos solos Bruno não Cálcico, as terras são aptas para

culturas especiais de ciclo longo (algodão arbóreo, sisal, caju e coco). Em

relação aos sistemas de manejos, apresenta um médio e baixo nível

tecnológico. As práticas agrícolas estão condicionadas ao trabalho braçal e a

tração animal, com implementos agrícolas simples (IDEMA, 2008).

O relevo da região caracteriza-se por uma altitude de 200 a 400 metros

com as seguintes formações: depressão Sertaneja - terrenos baixos situados

entre as partes altas do Planalto da Borborema e da Chapada do Apodi e

Planalto da Borborema - terrenos antigos formados pelas rochas Pré-

Cambrianas. A oeste encontram-se formas tabulares, geomorfologicamente

caracterizado por relevos de topo plano, com diferentes ordens de grandeza e

de aprofundamento de drenagem, separados geralmente por vales de fundo

plano. Ao leste entram-se formas aguçadas de relevo, com diferentes ordens

de grandeza e de aprofundamento de drenagem, separados geralmente por

vales em “V” (IDEMA, 2008).

Geologicamente os municípios situam-se em terrenos do Embasamento

Cristalino, abrangendo rochas do Grupo Caicó de Idade do Pré-Cambriano

Inferior, 1.000 a 2.500 milhões de anos, com migmatitos variados, gnaisses,

anfibolitos, granitos e rochas do grupo Seridó de Idade Pré-Cambriano Inferior

a Médio, 570 - 1.000 milhões de anos, com biotita xisto granatífero, biotita-

moscovita-xisto, filitos, calcários e quartzitos, cortados por veios de quartzo e

pegmatitos mineralizados (IDEMA, 2008).

A hidrogeologia da região é caracterizada pelo Aqüífero Cristalino que

engloba todas as rochas cristalinas, onde o armazenamento de águas

subterrâneas somente se torna possível quando a geologia local apresentar

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fraturas associadas e uma cobertura de solos residuais significativas. Os poços

perfurados apresentam uma vazão média baixa de 3,05 m³ / h e uma

profundidade de até 60 m, com águas comumente apresentando alto teor

salino de 480 a 1.400 mg/l com restrições para consumo humano e uso

agrícola. Há também na região o Aqüífero Aluvião que se apresenta disperso,

sendo constituído pelos sedimentos depositados nos leitos e terraços dos rios e

riachos de maior porte. Estes depósitos caracterizam-se pela alta

permeabilidade, boas condições de realimentação e uma profundidade média

em torno de 7 metros. A qualidade da água geralmente é boa e pouco

explorada (IDEMA, 2008).

Figura 1 – Bacia hidrográfica do rio Piranhas-Açu nos estados do Rio Grande do Norte com

destaque para a sub-bacia do Rio Seridó e os seis Reservatórios estudados.

2.2. Os reservatórios

Os seis reservatórios estudados apresentaram no período de janeiro de

2002 à dezembro de 2008 uma variação de volume intrinsecamente

relacionada com o regime de chuvas da região, as quais se concentram em

dois ou três meses do ano aumentando o volume dos reservatórios. Em

seguida, o volume acumulado diminui gradativamente durante o longo período

de estiagem. Entretanto, destaca-se que nos anos de 2004 e 2008 todos os

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açudes atingiram a sua capacidade volumétrica máxima e verteram e os

açudes Sabugi e Passagem das Traíras ainda verteram também em 2006

(Figura 2). Portanto, o período de monitoramento limnológico compreendido

neste estudo representa um período extremamente favorável quanto a situação

volumétrica dos açudes, tendo ocorrido duas ou três renovações de água

nesses reservatórios entre 2004 e 2008.

Figura 2 – Variação do volume dos seis reservatórios estudados entre janeiro de 2002 e

dezembro de 2008.

Embora os reservatórios estudados apresentem conjuntamente uma

capacidade de acumulação de cerca de 356 milhões de metros cúbicos de

água (Tabela 1), os reservatórios geralmente não se encontram em sua

capacidade máxima. De acordo com os dados da SEMARH, entre Janeiro de

2002 e dezembro de 2008, os seis reservatórios juntos estiveram em média

com cerca de 60 % da sua capacidade máxima de acumulação (Tabela 2).

Neste período, a profundidade média dos reservatórios variou entre 2,89 e 5,63

metros (Tabela 2).

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Tabela 1: Área da bacia hidrográfica (BH), capacidade máxima de acumulação de água (V), área da bacia hidráulica (A) e profundidade média (Z) na cota máxima dos seis reservatórios estudados. Fonte: http://www.semarh.rn.gov.br/consulta/cBacia.asp

Reservatório BH (km2) V (106m3) A (106m2) V/A = Z (m)

Boqueirão de Parelhas 1.519,00 85,01 13,27 6,40

Cruzeta 1.400,00 35,00 12,54 2,79

Itans 1.268,00 81,75 13,40 6,10

Gargalheiras 2.400,00 40,00 7,80 5,13

Passagem das traíras 7.600,00 48,86 10,05 4,86

Sabugi 1.428,00 65,33 12,60 5,18

Tabela 2: Volume de água (V), área da bacia hidráulica (A) e profundidade média (Z) na cota

média, vazão média anual liberada (Q), descarga média anual ( ) e tempo médio de residência

da água (1/ ) dos seis reservatórios entre janeiro de 2002 e dezembro de 2008.

Reservatório V (106m3) A (106m2) V/A = Z(m) Q

(106m3ano-1)

= Q/V

(ano-1)

1/

(ano)

Boqueirão de Parelhas

43,00 7,63 5,63 2,30 0,054 18,68

Cruzeta 15,60 5,40 2,89 1,09 0,070 14,31

Itans 35,30 6,60 5,35 2,65 0,075 13,32

Gargalheiras 21,80 4,62 4,71 2,07 0,095 10,51

Passagem das traíras

27,30 6,35 4,29 3,50 0,128 7,79

Sabugi 34,80 7,95 4,38 2,00 0,057 17,42

Fonte: Planilhas da SEMARH de monitoramento hidrológico.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Amostragem

As coletas foram realizadas mensalmente durante os períodos de

estiagem de 2006 (julho a novembro), 2007 (agosto a dezembro) e 2008

(agosto a dezembro). Nos dois primeiros anos, as amostragens foram feitas em

três pontos ao longo do eixo longitudinal do reservatório: próximo à

desembocadura do principal tributário, na região central do reservatório e

próximo à barragem. Em todos os pontos foram marcadas as coordenadas

geográficas (Anexo 1). Porém em 2008, as coletas foram realizadas apenas em

dois pontos, nas partes centrais dos reservatórios e próximo às barragens. A

transparência da água foi medida in situ com auxilio do disco de Secchi. As

amostras de água foram coletadas com uma garrafa de Van Dorn, a cada

metro de profundidade ao longo de toda a coluna de água e integradas para a

retirada de subamostras de 2 litros. As subamostras foram acondicionadas em

garrafas de polietileno, previamente lavadas com HCl e água destilada e

transportadas em caixas térmicas com gelo durante o transporte para o

laboratório e congeladas para posterior análise das concentrações de fósforo

total e clorofila a.

3.2 Metodologias Analíticas

Logo após a coleta, subamostras de 50 ml foram filtradas em filtros de

fibra de vidro 934-AH Whatman (porosidade=1,5μm), para análises de clorofila

a. A concentração da clorofila a foi determinada através do espectrofotômetro,

após extração do pigmento com etanol concentrado por aproximadamente 20

horas (Marker et al.1980; Jespersen & Christoffersen, 1988). Após a filtração

das amostras para as análises de clorofila, o volume não filtrado foi congelado

para análises posteriores das concentrações de fósforo total. A concentração

de fósforo total foi determinada colorimetricamente pelo método do ácido

ascórbico após oxidação da amostra com persulfato de potássio em meio ácido

(APHA 1998).

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3.3 Tratamento Estatístico dos Dados

Foram utilizadas análises de variância (ANOVA) e testes a posteriori de

Tukey para testar se haviam diferenças nas variáveis monitoradas entre os

pontos de coleta de cada reservatório e entre os períodos de estiagem de

2005, 2006, 2007 e 2008. Os dados de 2005 foram obtidos de Rocha (2006).

Entretanto, como os valores de clorofila calculados por Rocha incluíram a

acidificação das amostras e neste estudo as amostras de clorofila não foram

acidificadas, foi utilizada uma equação de regressão linear entre valores de

clorofila antes e após a acidificação para converter os dados de clorofila

obtidos por Rocha (2006) em valores que pudessem ser comparados com os

do presente estudo (y=2,5x+3,5, R2=0,98). Análises de regressão linear

também foram usadas para testar se existiam relações entre as variáveis

monitoradas. Funções não lineares foram ajustadas aos dados para verificar se

elas poderiam descrever melhor as relações encontradas. Todas as análises

foram realizadas com o auxilio do software Statistica da StatSoft e Excel da

Microsoft.

3.4 Modelo de Capacidade de Carga de Fósforo

Para estimar a capacidade de carga de P nos reservatórios estudados,

foi utilizado o modelo de Dillon & Rigler (1974). Esse é um dos modelos

empíricos mais testados e calibrados da limnologia para prever concentrações

médias anuais de fósforo com base nos valores de cargas anuais de fósforo e

nas características morfométricas e hidrológicas do lago ou reservatório. O

modelo tem como premissa que a concentração média anual de fósforo total

num corpo de água, [P], é determinada pela carga externa de fósforo; o

volume, área e a profundidade média do reservatório; o tempo de renovação da

água e a fração da carga externa de fósforo que sedimenta e fica retida no

sedimento. Então, admitindo que o reservatório esteja em equilíbrio, temos

que:

zpRLP )1(][ (1)

Onde, [P] é a concentração média anual de fósforo total em mg m-3; L é a carga

anual de fósforo total em mg m-2 ano-1; z é a profundidade média do

reservatório em metros; R é o coeficiente de retenção de fósforo

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(adimensional), ou seja, a fração da carga anual de fósforo total que sedimenta

e fica retida no sedimento, p é a descarga do reservatório, ou seja, a fração do

volume do reservatório perdido anualmente para a jusante.

A retenção de fósforo no reservatório é uma variável de difícil medida, e

a que mais gera incertezas no modelo. No entanto, reservatórios com longo

tempo de residência de água possuem altos coeficientes de retenção de

fósforo e neste estudo, assumimos o valor médio (R = 0,8) encontrado para

reservatórios com tempo de residência de água superior a 100 dias (Straskraba

1996, Wetzel 2001). Os valores médios mensais dos volumes e áreas dos

reservatórios nos últimos sete anos foram fornecidos pela Secretária de Meio

Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Norte (Anexo 2). A

razão entre essas duas grandezas foi usada como uma estimativa da

profundidade média dos reservatórios (Anexo 2).

No presente estudo, assumiremos como cargas máximas de fósforo

aquelas que corresponderem às concentrações médias anuais de fósforo total

ou [P] = 30 ou 50 μg l-1, limites esses estabelecidos pela resolução CONAMA

357/05 para o enquadramento de ambientes lacustres na classe II e III

respectivamente.

3.5 Análises de risco

Simulações estocásticas de risco (Monte Carlo) com 10.000 iterações

foram utilizadas para estimar as cargas externas de fósforo que poderiam ser

lançadas nos seis reservatórios estudados com níveis de garantia

(probabilidades) de 100%, 95% e 90% de elevar as concentrações médias

anuais de fósforo total na água em até 30 g/L ou 50 g/L, ou seja, com níveis

de risco de 0%, 5% e 10% de exceder esses limites. As cargas de fósforo

acima mencionadas foram obtidas através de análises Goal Seek com o auxilio

do programa @Risk for Excel, versão 4.5.5 da Palisade Co (Ithaca, NY, USA –

www.palisade.com).

A carga L foi modelada como uma distribuição de probabilidade do tipo

uniforme (retangular) variando de 1 a 500 Kg de P/ano. O volume de água, a

área e a vazão anual liberada dos reservatórios foram considerados aleatórios,

ajustando-se aos dados da planilha de monitoramento da SEMARH (Anexo 2)

uma curva de distribuição de probabilidades (PDF) com o recurso Bestfit do

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@Risk supramencionado. Uma correlação positiva de 100% foi modelada para

o volume e a área dos reservatórios durante a simulação. As correlações

observadas entre a vazão liberada e a área e o volume dos reservatórios

também foram utilizadas no modelo de simulação estocástica de risco. O

coeficiente de retenção de fósforo (R) foi modelado com uma PDF Beta

(RiskPert do @Risk) cujos argumentos foram os valores mínimo, mais provável

e máximo sugeridos por Straskraba (1996) para reservatórios com longo tempo

de retenção hidráulica. As profundidades médias e a descargas dos

reservatórios foram calculadas em função da área, volume e vazão liberada

(Anexo 2).

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4. RESULTADOS

4.1 Estado trófico dos reservatórios

A Tabela 3 abaixo demonstra os valores médios de P total, clorofila e a

baixa transparência do disco de Secchi encontradas nos seis reservatórios no

período estudado. Dentre todos os reservatórios estudados, o reservatório

Gargalheiras foi o mais eutrofizado, apresentando as maiores concentrações

de fósforo total e clorofila a e a menor transparência da água (Tabela 3). As

concentrações de P total e clorofila a (Figuras 3 e 4) encontradas nos seis

reservatórios durante os períodos de estiagem de 2006, 2007 e 2008 estiveram

geralmente muito acima dos limites de 30 μg l-1 permitidos pela resolução

CONAMA 357/05 para águas doces de classe II destinadas ao abastecimento

público e ao cultivo de organismos aquáticos. A transparência do disco de

Secchi apresentou valores muito baixos (Figura 5), demonstrando uma alta

turbidez da água.

Tabela 3: Concentrações médias (±1desvio padrão) de fósforo total e clorofila a

na água e profundidade do disco de Secchi nos seis reservatórios nos períodos

de estiagem de 2006, 2007 e 2008.

Reservatório P total ( g/L) Clorofila a

( g/L)

Secchi (m)

Boqueirão de Parelhas 81,5 (± 42,3) 44,9 (± 41,3) 0,8 (± 0,4)

Cruzeta 93,9 (± 57,8) 27,2 (± 13,2) 0,8 (± 0,3)

Itans 96,7 (± 42,9) 56,8 (± 47,5) 0,6 (± 0,4)

Gargalheiras 148 (± 50,6) 84,5 (± 63,8) 0,5 (± 0,3)

Passagem das traíras 86,6 (± 41,5) 38,8 (± 41,3) 0,7 (± 0,4)

Sabugi 58,7 (± 27,7) 29,5 (± 13,0) 0,9 (± 0,2)

Fonte: Planilhas de monitoramento limnológico (Anexo 3).

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Figura 3 - Valores médios (± desvio padrão) das concentrações de fósforo total (PT) dos seis

reservatórios estudados no período de 2005 a 2008.

Figura 4 – Valores médios (± desvio padrão) das concentrações de clorofila a dos seis

reservatórios estudados no período de 2005 a 2008.

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Figura 5 - Valores médios (± desvio padrão) das profundidades do disco de Secchi dos seis

reservatórios estudados no período de 2005 a 2008.

Os resultados das análises de variância para testar diferenças nas

variáveis monitoradas entre os pontos de coleta mostram que não houve

diferença entre os pontos, caracterizando, portanto, a homogeneidade espacial

dos reservatórios. Mesmo após o vertimento dos reservatórios em 2008, não

houve diferenças significativas encontradas nas concentrações de P total entre

os anos monitorados, com exceção do reservatório Gargalheiras que

apresentou uma menor concentração de P total em 2005 e 2008, anos

influenciados pelas renovações de água de 2004 e 2008 (Tabela 4). Além

disso, a profundidade do disco de Secchi diminuiu no período de estiagem de

2005 a 2007 e aumentou significativamente em 2008, com exceção do

reservatório Sabugi e Itans. A clorofila por sua vez nos reservatórios Itans e

Gargalheiras apresentaram os menores valores em 2005 e 2008, devido à

grande renovação de água em 2004 e 2008.

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Tabela 4: Resultados da ANOVA para testar diferenças nas concentrações de P total, clorofila

a e profundidade do disco de Secchi entre os períodos de estiagem de 2005, 2006, 2007 e

2008 nos reservatórios estudados.

Reservatório/Variável F p Teste de Tuckey Boqueirão de Parelhas P total 5,3 0,01 2005 = 2006 =2008< 2007 Clorofila a 12,2 0,012 2005<2006=2008<2007 Secchi 41,9 0,01 2005=2008>2006>2007 Cruzeta P total 0,25 0,86 2005= 2006=2007=2008 Clorofila a 8,2 0,01 2006=2005<2008<2007 Secchi 11,91 0,01 2006=2007<2005=2008 ItansP total 0,25 0,86 2005= 2006=2007=2008 Clorofila a 6,19 0,01 2005<2006<2007>2008 Secchi 39,01 0,013 2005>2006>2007=2008 Gargalheiras P total 3,61 0,04 2005= 2008< 2006=2007 Clorofila a 7,16 0,01 2005=2006=2008<2007 Secchi 66,19 0,012 2008> 2005>2006=2007 Passagem das Traíras P total 0,11 0,90 2006 = 2007 = 2008 Clorofila a 2,12 0,16 2006 = 2007 = 2008 Secchi 9,02 0,004 2006 = 2008 > 2007 SabugiP total 2,72 0,11 2006 = 2007 = 2008 Clorofila a 14,57 0,014 2006 < 2007 < 2008 Secchi 0,38 0,69 2006 = 2007 = 2008

4.2 Relações entre as variáveis As análises de regressões mostram uma relação positiva entre fósforo e

clorofila (figura 6) e negativa entre clorofila e Secchi (figura 7). Uma função de

potência se ajusta melhor aos dados do que uma função linear. Entretanto, os

coeficientes de determinação não são altos, pois outras variáveis além do

fósforo influenciam a variação da concentração de clorofila a, assim como

outras variáveis além do fitoplâncton influenciam o Secchi.

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Figura 6 - Regressões lineares e exponenciais entre as concentrações de clorofila a e fósforo

total nos períodos de estiagem de 2006 a 2008, nos seis reservatórios estudados.

Figura 7 – Regressões lineares e exponenciais entre as concentrações de clorofila a e

transparência do disco de Secchi nos períodos de estiagem de 2006 a 2008, nos seis

reservatórios estudados.

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4.3 Capacidade de Carga de P

Com base nos resultados das concentrações médias de fósforo total e

clorofila a registradas no presente estudo, deve ser considerada inviável a

implantação de qualquer atividade que acarrete num incremento das

concentrações de nutrientes na água, agravando ainda mais o processo de

eutrofização dos reservatórios. Por outro lado, medidas devem ser

urgentemente tomadas no sentido de reduzir o aporte externo de nutrientes de

diversas fontes poluidoras para que os reservatórios possam ser enquadrados

preferencialmente na Classe II da resolução CONAMA 357/05 e possam ser

utilizados para o cultivo de organismos aquáticos dentre outros fins.

Os resultados da simulação estocástica de risco mostram que os

reservatórios com maior capacidade de carga poderiam receber anualmente

216 Kg de P, assumindo um risco de 10% de aumentar em mais de 30 μg l-1 as

concentrações médias anuais de fósforo total na água destes reservatórios

(Tabela 4). Esta carga poderia ser elevada em até 330 ou 360 kg de P por ano

caso os gestores assumam um risco de 10% de aumentar em mais de 50 μg l-1

as concentrações médias anuais de fósforo total nas águas destes

reservatórios (Tabela 4).

Tabela 4: Carga externa máxima de fósforo total (Kg ano-1) que pode ser lançada anualmente

nos seis reservatórios com risco de 0%, 5% e 10% de exceder em 30 μg l-1 e 50 μg l-1 as

concentrações médias anuais de fósforo total na água dos reservatórios. Esses limites

correspondem, respectivamente, às concentrações máximas de fósforo total na água para

enquadramento dos reservatórios nas classes II e III da resolução CONAMA 357/05.

[P] = 30 μg P l-1 [P] = 50 μg P l-1

Reservatório 0% 5% 10% 0% 5% 10%

Boqueirão de Parelhas 108 180 216 180 300 330

Cruzeta 72 108 108 120 150 180

Itans 108 180 216 180 330 360

Gargalheiras 144 180 216 240 330 360

Passagem das traíras 144 180 216 210 330 360

Sabugi 36 72 72 60 90 120

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5. DISCUSSÃO

Reservatórios em regiões semi-áridas são considerados eutróficos

quando apresentam concentrações médias anuais de fósforo total e clorofila a

superiores a 50-60 g/L e 12-15 g/L respectivamente (Thornton & Rast 1993).

Todos os seis reservatórios estudados apresentaram concentrações médias

dessas variáveis acima desses limites durante os três períodos de estiagem

consecutivos que foram monitorados. Portanto, as concentrações médias de

fósforo total e clorofila a na água dos reservatórios indicam que os

reservatórios encontram-se eutrofizados.

A disponibilidade de fósforo tem sido considerada como um dos fatores

mais importantes para a determinação da biomassa fitoplanctônica e da

qualidade da água em lagos de zonas úmidas temperadas (Dillon & Rigler

1974; Prepas e Trew, 1983; Riley and Prepas 1985; Ostrofsky and Rigler 1987)

tropicais e subtropicais (Attayde & Bozelli, 1999; Huzsar, et al. 2006).

Entretanto, reservatórios apresentam características distintas de lagos naturais

como, por exemplo, uma morfologia e hidrodinâmica peculiar, além de altas

cargas difusas de nutrientes e sedimentos oriundos da bacia de drenagem

(Wetzel, 1990). Desta forma, as funções de força que interferem na dinâmica

limnológica podem não ser semelhantes em lagos e reservatórios e, por

conseguinte, as respostas dos sistemas ao enriquecimento de nutrientes

podem ser diferentes (Thornton 1990; Tundisi et al. 1990).

Nossos modelos de regressão demonstram uma baixa concentração de

clorofila a por unidade de fósforo nos ambientes estudados, sugerindo que

outros fatores devem limitar a biomassa algal e que o fósforo não é um bom

indicador do estado trófico desses ambientes.

As altas concentrações de sólidos em suspensão refletem um efeito

inibidor sobre a biomassa fitoplanctônica, sugerindo uma possível limitação da

produção primária por luz. A ação dos ventos nesses ambientes rasos conduz

a uma ressuspensão de partículas inorgânicas e orgânicas sedimentadas,

produzindo uma diminuição da disponibilidade de luz na coluna d’água. Altas

concentrações de sólidos em suspensão podem reduzir a biomassa de algas a

níveis muito menores do que seria esperado por uma determinada

concentração de fósforo, seja pela reação de adsorção de fosfato aos sólidos

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inorgânicos (McColl, 1974, Sondergaard el at.,1992; citado por Sondergaard et

al.2003 ), seja pela diminuição da disponibilidade de luz para a síntese de

carboidratos (Canfield & Bachman, 1981; Hoyer and Jones, 1983; Guilford et al

1987; Kimmel et al, 1990, Lind,1992,1993; Havens, 1996).

Além do fósforo, a comunidade zooplanctônica, também pode interferir

nas variações das concentrações de clorofila a através da herbivoria,

entretanto, em reservatórios de regiões semi-áridas, a biomassa

zooplanctônica não foi significativamente relacionada com a biomassa algal,

demonstrando uma baixa pressão de herbivoria exercida por esta comunidade

(Sousa et al. em prep.). Esses ambientes são dominados por organismos de

pequeno porte (Sousa et al. em prep.) os quais são consumidores menos

eficientes em relação aos grandes herbívoros planctônicos (Pace, 1984;

Lampert, 1986; Havens et al., 1996; González, 2000; Wetzel, 2001). Além

disso, a dominancia de cianobacterias também reduz a eficiencia da herbivoria

da comunidade zooplanctônica.

Outro fator que pode explicar parte da variância residual no nosso modelo

de clorofila a é o nitrogênio total. Diversos autores tem documentado a

importância deste nutriente para a determinação das variações na biomassa

fitoplanctônica (Smith, 1979; Smith 1982; Chow-Fraser et al.1994). Contudo,

mais estudos são necessários, uma vez que não incluímos no modelo preditivo

de clorofila-a os efeitos das variações nas concentrações de nitrogênio.

Estudos experimentais in situ de enriquecimento com nitrogênio e fósforo

são necessários para determinar a importância relativa desses dois elementos

limitantes à produção primária dos reservatórios. Em uma revisão recente

sobre o assunto, Elser et al. (2007) mostraram claramente que experimentos

de fertilização com N ou P aumentaram igualmente a produção autotrófica de

lagos e que a fertilização conjunta com ambos os nutrientes elevou muito mais

os níveis de produção primária. Portanto, os dois elementos estão envolvidos

no processo de eutrofização e a gestão da qualidade da água dos reservatórios

deve envolver o controle do aporte externo de ambos os nutrientes.

Além disso, os resultados também mostram que os reservatórios

apresentaram concentrações médias de fósforo total acima do limite de 30 g/L

estabelecido pela resolução CONAMA 357/05 para ambientes lênticos de

Classe II, ou até mesmo acima do limite de 50 g/L estabelecido pela mesma

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resolução para ambientes de Classe III. Portanto, de acordo com esta

resolução, nenhum dos reservatórios pode ser destinado ao cultivo de peixes

em tanques-rede ou ao abastecimento público, salvo se a água desses

reservatórios forem submetidas a tratamentos que coloquem os parâmetros em

condições de abastecimento humano, conforme portaria 518 do Ministério da

Saúde. As concentrações médias de clorofila a também estiveram muito

próximas ou acima do limite de 30 g/L estabelecido pela resolução CONAMA

357/05 para ambientes de Classe II. Esses resultados demonstram claramente

as restrições que a eutrofização causa aos usos múltiplos desses reservatórios.

Ao longo dos anos monitorados, observa-se claramente um aumento nas

concentrações de P_total na água e uma diminuição da transparência do disco

de Secchi no reservatório Gargalheiras em relação aos demais. Isso pode ser

explicado pelas variações das cotas (ver anexo 2 e figura 2) que demonstram

que no começo de 2004 o reservatório Gargalheiras atingiu os 40 milhões de

metros cúbicos de água e houve a renovação durante vários dias da água e

essa renovação foi ainda maior em 2008. Portanto o ano subseqüente (2005) e

o ano de 2008 foram os que apresentaram as melhores condições das

variáveis limnológicas piorando em 2006 e ainda mais em 2007 quando atingiu

apenas 12 milhões de metros cúbicos de água. A renovação de água é um

importante evento natural que miniminiza, ainda que num curto período de

tempo, o problema da eutrofização. Porém essa renovação não favorece todos

os reservatórios como seria esperado, uma vez que outros fatores influenciam

também como os rios afluentes que entram com uma carga de nutrientes nos

períodos de chuvas e somado ao fato da renovação não ser muito grande da

água, acaba que mantendo ou até piorando o estado trófico do reservatório

como se pode ver com o reservatório Itans que diminuiu consideravelmente a

transparência do disco de Secchi em 2008, assim como aumentou a

concentração de P_total e clorofila a em 2007 e 2008.

Os resultados da simulação estocástica de risco mostram que os

reservatórios com maior capacidade de carga poderiam receber anualmente

até 216 Kg de P (boqueirão, Itans, Gargalheiras e Passagem das Traíras),

assumindo um risco de 10% de aumentar em mais de 30 μg l-1 as

concentrações médias anuais de fósforo total na água destes reservatórios.

Esta carga poderia ser elevada em até 360 kg (Itans, Gargalheiras e Passgem

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das Traíras) de P por ano caso os gestores assumam um risco de 10% de

aumentar em mais de 50 μg l-1 as concentrações médias anuais de fósforo total

nas águas destes reservatórios. No entanto, estudos têm demonstrado que os

modelos tradicionais de Vollenweider (1968) e Dillon e Rigler (1974)

superestimam os efeitos das cargas de fósforo oriundas da piscicultura sobre

as concentrações de fósforo total na água (Hakanson et al. 1998; Johansson &

Nordvarg, 2002 ). Contudo, não existe um consenso a respeito do quanto

esses valores são superestimado.

Este trabalho demonstrou que há necessidade de se reduzir as cargas

externas de nutrientes nos seis reservatórios estudados. Como as cargas

pontuais de nutrientes são mais fáceis de serem controladas e regulamentadas

do que as cargas difusas, as primeiras políticas de gestão ambiental na bacia

do rio Seridó deveriam ser a modernização das ETEs existentes para a

remoção de nutrientes ou mesmo a construção de outras estações onde ainda

não existe nenhum tratamento ou reuso dos efluentes das ETEs para irrigação

de culturas.

Sugere-se que sejam quantificadas as cargas de nutrientes lançadas

pelas diversas atividades antrópicas nos rios afluentes ao Seridó e a fração

desta carga que entra nos reservatórios. Outra ação necessária é a construção

de aterros sanitários para disposição e tratamento adequado dos resíduos

sólidos produzidos nos municípios da bacia do Seridó, além da fiscalização dos

órgãos ambientais competentes quanto às atividades de uso e ocupação do

solo ao longo da bacia, naquilo que exige a lei 6938 (Política Nacional do Meio

Ambiente) Resoluções do CONAMA (01, 20, 357) que dispõe sobre o processo

legal do licenciamento ambiental.

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6. CONCLUSÕES No presente momento, os reservatórios estudados encontram-se

bastante eutrofizados e de acordo com a resolução CONAMA 357/05 suas

águas encontram-se impróprias para o cultivo de organismos aquáticos bem

como para o abastecimento público. Embora a piscicultura seja um uso legítimo

das águas dos reservatórios, essa atividade não pode se desenvolver

plenamente ao estado avançado de eutrofização em que se encontram esses

ambientes, resultante da falta de saneamento e gestão ambiental da bacia de

drenagem. Sugere-se que sejam valorados os bens e serviços que os

reservatórios prestam aos municípios da bacia do rio Seridó e que seja

avaliado quantitativamente o custo-benefício de se investir em obras de

saneamento básico e melhoria do uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica

do Rio Seridó.

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ANEXO 1

Coordenadas geográficas dos pontos de coleta nos seis reservatórios

Reservatório Ponto Latitude S Longitude W Boqueirão de Parelhas P1 06° 44’4.67’’ 36° 36’4.46’’

P2 06° 43’0.20’’ 36° 37’4.02’’ P3 06° 41’5.58’’ 36° 37’1.85’’

Cruzeta P1 06° 23’0.33’’ 36° 47’1.39’’ P2 06° 23’8.86’’ 36° 47’6.45’’ P3 06° 24’6.29’’ 36° 47’6.24’’

Gargalheiras P1 06° 23’1.98’’ 36° 34’4.12’’ P2 06° 25’2.04’’ 36° 35’9.69’’ P3 06° 25’5.14’’ 36° 36’1.22’’

Itans P1 06° 30’8.45’’ 37° 01’5.66’’ P2 06° 30’0.78’’ 37° 02’5.19’’ P3 06° 29’5.42’’ 37° 03’9.93’’

Passagem das Traíras P1 06° 31’2.04’’ 36° 53’5.03’’ P2 06° 31’3.88’’ 36° 55’1.03’’ P3 06° 30’9.05’’ 36° 56’5.14’’

São João do Sabugi P1 06° 41’2.34’’ 37° 12’0.43’’ P2 06° 39’9.40’’ 37° 12’4.43’’ P3 06° 38’8.71’’ 37° 11’6.60’’

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ANEXO 2 MONITORAMENTO DO RESERVATÓRIO BOQUEIRÃO DE PARELHAS

IDENTIFICAÇÃO

Denominação: 0034 - Boqueirão de Parelhas Segundo nome: Ministro João Alves

Município: Parelhas Cota Mínima(m): 105,00 Bacia: Piranhas/Assu Cota Máxima(m): 120,00

Rio barrado: Rio Seridó Volume Mínimo(m³ ): 2.110.625 Localização: situado a 2,5 km da cidade de Parelhas Volume Máximo (m³): 85.012.750

Coord. 9259,61 kmN e 761,795 kmE DADOS DO MONITORAMENTO

Data Cota (m) Área (m²) Volume (m³) Prof. Média Vaz. Lib (m³/s) Vaz. Lib.(m³/ano) 01/01/02 111,12 3.491.086 14.600.000 4,18 0,10 3.153.60001/02/02 111,51 3.748.940 15.840.000 4,23 0,10 3.153.60001/03/02 111,60 3.807.997 16.124.000 4,23 0,10 3.153.60012/03/02 111,60 3.807.899 12.481.500 3,28 0,10 3.153.60004/04/02 111,98 4.060.040 17.336.062 4,27 0,09 2.838.24005/04/02 111,98 4.060.040 17.336.063 4,27 0,09 2.838.24018/04/02 111,89 3.993.687 17.016.975 4,26 0,09 2.838.24007/05/02 111,81 3.947.240 16.793.613 4,25 0,09 2.838.24005/06/02 111,72 3.887.522 16.506.435 4,25 0,09 2.838.24023/07/02 111,54 3.768.087 15.932.078 4,23 0,09 2.838.24001/09/02 111,25 3.575.663 15.006.724 4,20 0,09 2.838.24017/10/02 110,82 3.290.345 13.634.648 4,14 0,09 2.838.24001/11/02 110,69 3.204.086 13.219.834 4,13 0,08 2.522.88001/12/02 110,40 3.012.810 12.300.000 4,08 0,08 2.522.88001/01/03 110,09 2.804.864 11.300.000 4,03 0,08 2.522.88011/03/03 109,73 2.596.338 10.214.366 3,93 0,08 2.522.88001/05/03 109,95 2.718.489 10.869.285 4,00 0,08 2.522.88001/06/03 109,78 2.624.100 10.363.211 3,95 0,08 2.522.88001/07/03 109,55 2.496.397 9.678.523 3,88 0,11 3.468.96001/08/03 108,91 2.152.480 7.854.001 3,65 0,11 3.468.96001/09/03 108,82 2.113.939 7.666.776 3,63 0,08 2.522.88001/10/03 108,55 1.998.316 7.105.100 3,56 0,05 1.576.80001/11/03 108,27 1.878.411 6.522.621 3,47 0,05 1.576.80001/12/03 108,01 1.767.070 5.981.748 3,39 0,03 946.08001/01/04 107,65 1.612.906 5.232.847 3,24 0,03 946.08014/01/04 109,30 2.357.590 8.934.297 3,79 0,03 946.08016/01/04 109,55 2.496.397 9.678.523 3,88 0,03 946.08019/01/04 110,65 3.177.545 13.092.199 4,12 0,03 946.08021/01/04 110,95 3.376.604 14.049.461 4,16 0,03 946.08022/01/04 113,65 5.567.945 27.000.000 4,85 0,03 946.08023/01/04 114,05 5.931.355 29.334.208 4,95 0,03 946.08026/01/04 115,93 7.761.884 41.800.000 5,39 0,03 946.08027/01/04 116,63 8.491.286 47.017.816 5,54 0,03 946.08028/01/04 117,00 8.876.923 49.776.488 5,61 0,03 946.08029/01/04 117,20 9.169.581 52.125.572 5,68 0,03 946.08030/01/04 117,50 9.637.835 55.884.107 5,80 0,03 946.08002/02/04 118,62 11.247.457 68.804.069 6,12 0,03 946.08004/02/04 119,70 12.827.812 81.489.124 6,35 0,03 946.08005/02/04 119,90 13.120.471 83.838.208 6,39 0,03 946.08006/02/04 120,00 13.266.800 85.012.750 6,41 0,03 946.08001/03/04 120,00 13.266.800 85.012.750 6,41 0,05 1.576.800

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13/04/04 119,84 13.032.673 83.133.483 6,38 0,05 1.576.80007/05/04 119,70 12.827.812 81.489.124 6,35 0,05 1.576.80007/05/04 119,76 12.915.610 82.193.849 6,36 0,05 1.576.80001/06/04 119,73 12.871.711 81.841.486 6,36 0,05 1.576.80001/07/04 119,61 12.696.116 80.432.036 6,34 0,05 1.576.80002/08/04 119,33 12.286.394 77.143.318 6,28 0,05 1.576.80006/09/04 119,17 12.052.267 75.264.051 6,24 0,08 2.522.88001/10/04 119,00 11.803.508 73.267.329 6,21 0,08 2.522.88021/10/04 118,76 11.452.318 70.448.428 6,15 0,08 2.522.88001/11/04 118,68 11.335.254 69.508.795 6,13 0,08 2.522.88001/12/04 118,43 10.969.431 66.572.440 6,07 0,06 1.892.16001/01/05 118,12 10.515.810 62.931.359 5,98 0,06 1.892.16001/02/05 118,07 10.442.646 62.344.088 5,97 0,06 1.892.16001/03/05 118,16 10.574.342 63.401.176 6,00 0,06 1.892.16006/04/05 118,06 10.428.013 62.226.634 5,97 0,06 1.892.16004/05/05 117,90 10.193.866 60.347.367 5,92 0,05 1.576.80001/06/05 117,79 10.032.924 59.055.370 5,89 0,05 1.576.80030/06/05 117,68 9.871.962 57.763.374 5,85 0,05 1.576.80001/07/05 117,67 9.857.329 57.645.920 5,85 0,18 5.676.48001/08/05 117,48 9.579.303 55.414.290 5,78 0,18 5.676.48001/09/05 117,23 9.213.480 52.477.935 5,70 0,14 4.415.04015/09/05 117,10 9.023.252 50.951.030 5,65 0,14 4.415.04001/10/05 116,96 8.835.233 49.478.253 5,60 0,14 4.415.04001/11/05 116,67 8.532.977 47.316.051 5,55 0,10 3.153.60001/12/05 116,35 8.199.453 44.930.173 5,48 0,10 3.153.60001/01/06 116,22 8.063.959 43.960.910 5,45 0,08 2.522.88001/02/06 115,90 7.730.435 41.575.032 5,38 0,08 2.522.88009/03/06 115,75 7.574.096 40.456.652 5,34 0,07 2.207.52003/04/06 115,79 7.615.787 40.754.887 5,35 0,06 1.892.16028/04/06 116,11 7.949.310 43.140.765 5,43 0,06 1.892.16010/05/06 116,77 8.637.203 48.061.638 5,56 0,06 1.892.16001/06/06 116,78 8.647.625 48.136.197 5,57 0,06 1.892.16001/07/06 117,09 9.008.619 50.833.576 5,64 0,08 2.522.88001/08/06 116,93 8.803.965 49.254.577 5,59 0,06 1.892.16001/09/06 116,71 8.574.667 47.614.286 5,55 0,06 1.892.16001/10/06 116,45 8.303.679 45.675.760 5,50 0,06 1.892.16001/11/06 116,19 8.032.691 43.737.234 5,44 0,06 1.892.16001/12/06 115,94 7.772.126 41.873.267 5,39 0,06 1.892.16001/01/07 115,61 7.428.180 39.412.830 5,31 0,06 1.892.1601/2/2007 115,28 7.084.233 36.952.393 5,22 0,03 946.0801/3/2003 115,33 7.136.346 37.325.187 5,23 0,03 946.0801/4/2007 115,23 7.032.120 36.579.600 5,201/5/2007 115,16 6.959.162 36.057.689 5,181/6/2007 115,00 6.700.000 34.500.000 5,15

19/7/2007 114,63 6.457.046 32.710.749 5,0728/8/2007 114,41 6.257.646 31.429.992 5,0229/9/2007 114,18 6.049.182 30091019,00 4,97

25/10/2007 113,91 5.804.464 28.519.181 4,91 0,07 220752022/11/2007 113,64 5.559.746 26.947.342 4,85 0,11 3468960

1/12/2007 113,55 5.478.174 26.423.396 4,82 0,1 31536001/1/2008 113,31 5.260.647 25.026.207 4,76

26/2/2008 112,82 4.816.529 22.173.611 4,6019/3/2008 113,56 5.487.237 26.481.612 4,83 0,05 157680017/4/2008 120,00 13.266.800 85.012.750 6,41 0,22 6937920

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6/5/2008 120,00 13.266.800 85.012.750 6,41 0,02 63072025/6/2008 119,92 13.149.737 84.073.116 6,39 0,05 157680031/7/2008 119,70 12.827.812 81.489.124 6,35 0,07 22075201/8/2008 119,70 12.827.812 81.489.124 6,35 0,07 2207520

30/9/2008 119,33 12.286.394 77.143.318 6,28 0,1 315360029/10/2008 119,03 11.847.406 73.619.692 6,21 0,1 315360026/11/2008 118,82 11.540.115 71.153.154 6,17 0,1 3153600

Média 7.625.240 42.961.196 5,21 0,07 2.227.649Desvio 3.629.026 25.439.763 0,92 0,04 1.131.681

MONITORAMENTO DO RESERVATÓRIO CRUZETA IDENTIFICAÇÃO

Denominação: 0031 - Cruzeta Segundo nome: Município: Cruzeta Cota Mínima(m): 117,00 Bacia: Piranhas/Assu Cota Máxima(m): 123,50 Rio barrado: Riacho São José Volume Mínimo(m³ ): 2.990.000 Localização: situado a 10 km da cidade de Cruzeta. Volume Máximo (m³): 35.000.000 Coord. 9291,07kmN e 743,314kmE

DADOS DO MONITORAMENTO Data Cota (m) Área (m²) Volume (m³) Prof. Média Vaz. Lib (m³/s) Vaz. Lib.(m³/ano)

01/01/02 114,7 573.279 722.000 1,2601/02/02 116,36 1.126.325 2.222.000 1,9706/03/02 117,93 2.089.713 4.664.000 2,2331/03/02 118,73 2.886.231 6.725.000 2,33 0,03 946.08008/04/02 119,51 3.685.238 9.314.250 2,53 0,03 946.08012/04/02 119,96 4.145.925 10.968.000 2,65 0,03 946.08015/04/02 120,07 4.318.213 11.473.750 2,66 0,03 946.08018/04/02 120,08 4.336.975 11.525.000 2,66 0,03 946.08026/04/02 120,06 4.299.450 11.422.500 2,66 0,03 946.08002/05/02 120,04 4.261.925 11.320.000 2,66 0,03 946.08022/05/02 120,04 4.261.925 11.320.000 2,66 0,03 946.08031/05/02 120,06 4.299.450 11.422.500 2,66 0,03 946.08030/06/02 119,94 4.125.311 10.894.000 2,64 0,03 946.08001/09/02 119,53 3.705.782 9.388.000 2,53 0,03 946.08001/10/02 119,27 3.439.538 8.432.250 2,45 0,03 946.08001/11/02 118,99 3.152.863 7.413.500 2,35 0,03 946.08001/12/02 118,74 2.896.300 6.751.000 2,33 0,03 946.08001/01/03 118,45 2.598.688 5.982.500 2,30 0,03 946.08001/03/03 118,09 2.229.238 5.028.500 2,26 0,03 946.08001/04/03 118,17 2.311.531 5.241.000 2,27 0,03 946.08022/04/03 118,59 2.742.363 6.353.500 2,32 0,03 946.08001/05/03 118,56 2.711.575 6.274.000 2,31 0,03 946.08001/06/03 118,18 2.321.600 5.267.000 2,27 0,03 946.08001/07/03 119,06 3.224.550 7.660.500 2,38 0,03 946.08001/08/03 118,87 3.029.713 7.095.500 2,34 0,03 946.08001/09/03 118,67 2.824.463 6.565.500 2,32 0,02 630.72001/10/03 118,4 2.547.375 5.850.000 2,30 0,02 630.72001/11/03 118,09 2.229.238 5.028.500 2,26 0,02 630.72001/12/03 117,79 1.995.388 4.412.000 2,21 0,02 630.72001/01/04 117,53 1.820.213 3.944.000 2,17 0,02 630.72021/01/04 119,4 3.572.625 8.910.000 2,49 0,02 630.72023/01/04 119,69 3.869.513 9.975.750 2,58 0,02 630.72027/01/04 120,08 4.336.975 11.525.000 2,66 0,02 630.720

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28/01/04 121,43 6.309.838 18.970.500 3,01 0,02 630.72029/01/04 121,8 6.522.125 21.320.000 3,27 0,02 630.72030/01/04 122,14 6.819.330 23.610.390 3,46 0,02 630.72002/02/04 123,5 12.545.875 35.000.000 2,79 0,02 630.72001/03/04 123,5 12.545.875 35.000.000 2,79 0,02 630.72012/04/04 123,37 11.348.380 33.668.410 2,97 0,02 630.72003/05/04 123,35 11.164.150 33.463.550 3,00 0,02 630.72002/06/04 123,32 10.887.805 33.156.260 3,05 0,02 630.72001/07/04 123,21 9.874.963 32.030.000 3,24 0,02 630.72001/08/04 123,04 8.308.585 30.288.220 3,65 0,02 630.72001/09/04 122,82 7.705.617 28.567.000 3,71 0,02 630.72001/10/04 122,53 7.327.598 26.452.905 3,61 0,02 630.72001/11/04 122,23 6.936.623 24.266.355 3,50 0,02 630.72001/12/04 121,94 6.602.450 22.209.000 3,36 0,02 630.72001/01/05 121,67 6.447.538 20.494.500 3,18 0,05 1.576.80001/02/05 121,54 6.372.950 19.669.000 3,09 0,05 1.576.80001/03/05 121,42 6.304.100 18.907.000 3,00 0,05 1.576.80030/03/05 121,46 6.327.050 19.161.000 3,03 0,05 1.576.80005/04/05 121,48 6.338.525 19.288.000 3,04 0,05 1.576.80002/05/05 121,34 6.258.200 18.399.000 2,94 0,05 1.576.80001/06/05 121,2 6.177.875 17.510.000 2,83 0,05 1.576.80010/06/05 121,16 6.154.925 17.256.000 2,80 0,05 1.576.80001/07/05 121,05 6.091.813 16.557.500 2,72 0,05 1.576.80001/08/05 120,85 5.781.688 15.471.250 2,68 0,05 1.576.80001/09/05 120,51 5.143.763 13.728.750 2,67 0,05 1.576.80001/10/05 120,13 4.430.788 11.781.250 2,66 0,06 1.892.16001/11/05 119,84 4.023.075 10.527.000 2,62 0,06 1.892.16001/12/05 119,48 3.654.525 9.204.000 2,52 0,06 1.892.16001/01/06 119,2 3.367.875 8.175.000 2,43 0,06 1.892.16001/02/06 118,85 3.009.188 7.042.500 2,34 0,06 1.892.16001/03/06 118,71 2.865.513 6.671.500 2,33 0,05 1.576.80005/03/06 118,73 2.886.038 6.724.500 2,33 0,05 1.576.80001/04/06 118,7 2.855.250 6.645.000 2,33 0,05 1.576.80027/04/06 119,57 3.746.649 9.534.700 2,54 0,05 1.576.80002/05/06 120,24 4.637.175 12.345.000 2,66 0,05 1.576.80003/05/06 120,28 4.712.225 12.550.000 2,66 0,05 1.576.80011/05/06 120,49 5.106.146 13.626.000 2,67 0,05 1.576.80015/05/06 121,39 6.286.888 18.716.500 2,98 0,05 1.576.80017/05/06 121,5 6.350.000 19.415.000 3,06 0,05 1.576.80001/06/06 121,62 6.418.850 20.177.000 3,14 0,05 1.576.80001/07/06 121,73 6.481.963 20.875.500 3,22 0,03 946.08001/08/06 121,5 6.350.000 19.415.000 3,06 0,03 946.08004/09/06 121,21 6.183.613 17.573.500 2,84 0,03 946.08001/10/06 120,91 5.894.354 15.779.000 2,68 0,03 946.08001/11/06 120,52 5.162.525 13.780.000 2,67 0,03 946.08001/12/06 120,21 4.580.888 12.191.250 2,66 0,03 946.08001/01/07 119,88 4.064.025 10.674.000 2,63 0,03 946.0801/2/2007 119,6 3.777.375 9.645.000 2,55

27/3/2007 120,16 4.487.075 11.935.000 2,6613/4/2007 120,06 4.299.450 11.422.500 2,669/5/2007 121,87 6.562.288 21.764.500 3,321/6/2007 121,75 6.493.438 21.002.500 3,231/7/2007 121,56 6.384.425 19.796.000 3,102/8/2007 121,31 6.240.988 18.208.500 2,92

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1/9/2007 121,02 6.074.600 16.367.000 2,691/10/2008 120,73 5.556.538 14.856.250 2,671/11/2007 120,38 4.899.850 13.062.500 2,671/12/2007 120,03 4.243.163 11.371.250 2,682/1/2008 119,71 3.889.988 10.049.250 2,581/2/2008 119,5 3.675.000 9.277.500 2,529/2/2008 119,41 3.582.863 8.946.750 2,50

14/3/2008 119,24 3.408.825 8.322.000 2,441/4/2008 123,5 12.545.875 35.000.000 2,791/5/2008 123,5 12.545.875 35.000.000 2,791/6/2008 123,5 12.545.875 35.000.000 2,791/7/2008 123,46 12.177.415 34.590.280 2,841/8/2008 123,29 10.611.460 32.848.970 3,101/9/2008 123,07 8.584.930 30.595.510 3,56

1/10/2008 122,81 7.692.508 28.493.685 3,701/11/2008 122,5 7.238.500 26.234.250 3,621/12/2008 122,2 6.897.525 24.047.700 3,49

Média 5.401.447 15.546.112 2,74 0,03 1.089.425Desvio 2.750.447 9.108.812 0,41 0,01 420.449

MONITORAMENTO DO RESERVATÓRIO ITANS IDENTIFICAÇÃO

Denominação: 0029 - ITANS Segundo nome: Município: Caicó Cota Mínima(m): 18,40 Bacia: Piranhas/Assu Cota Máxima(m): 31,00 Rio barrado: Rio Barra Nova Volume Mínimo(m³ ): 4.800.000 Localização: situado à 4 km a SE da cidade de Caicó. Volume Máximo (m³): 81.750.000 Coord. 9282,34kmN e 713,803kmE

DADOS DO MONITORAMENTO Data Cota (m) Área (m²) Volume (m³) Prof. Média Vaz. Lib (m³/s) Vaz. Lib.(m³/ano) 01/01/02 17,07 482.000 1.700.000 3,5301/02/02 17,4 536.300 2.605.000 4,8605/03/02 17,42 540.020 2.667.000 4,9431/03/02 21,39 2.034.686 9.369.000 4,6008/04/02 23,17 3.174.757 15.900.000 5,0111/04/02 23,36 3.359.223 16.850.000 5,0212/04/02 23,49 3.485.437 17.500.000 5,0215/04/02 23,63 3.631.068 18.250.000 5,0317/04/02 23,69 3.690.000 18.553.500 5,0318/04/02 23,78 3.780.000 19.017.000 5,0322/04/02 23,8 3.800.000 19.120.000 5,0323/04/02 23,8 3.800.000 19.120.000 5,0330/04/02 23,8 3.800.000 19.120.000 5,0315/05/02 23,89 3.890.000 19.583.500 5,0322/05/02 23,94 3.943.495 19.859.000 5,0428/05/02 24,04 4.040.000 20.356.000 5,0431/05/02 24,02 4.020.000 20.253.000 5,0430/06/02 23,84 3.844.660 19.350.000 5,0329/07/02 23,66 3.660.000 18.399.000 5,0331/07/02 23,65 3.650.000 18.347.500 5,0301/09/02 23,36 3.359.223 16.850.000 5,0201/10/02 23,1 3.097.087 15.500.000 5,00 0,05 1.576.80001/11/02 22,7 2.820.000 13.950.000 4,95 0,06 1.892.160

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01/12/02 22,47 2.682.000 13.145.000 4,90 0,06 1.892.16001/01/03 22,17 2.502.000 12.095.000 4,83 0,06 1.892.16001/02/03 21,96 2.376.000 11.360.000 4,78 0,06 1.892.16001/03/03 21,84 2.304.000 10.940.000 4,75 0,05 1.576.80001/04/03 21,98 2.388.000 11.430.000 4,79 0,05 1.576.80001/05/03 21,64 2.181.771 10.227.000 4,69 0,05 1.576.80001/06/03 21,68 2.208.000 10.380.000 4,70 0,05 1.576.80001/07/03 21,44 2.064.000 9.540.000 4,62 0,15 4.730.40001/08/03 21,18 1.908.000 8.630.000 4,52 0,15 4.730.40001/09/03 20,88 1.740.000 7.940.000 4,56 0,1 3.153.60001/10/03 20,57 1.585.000 7.785.000 4,91 0,03 946.08001/11/03 20,18 1.390.000 7.590.000 5,46 0,03 946.08001/12/03 18,83 771.800 6.530.000 8,46 0,07 2.207.52001/01/04 18,64 740.120 6.002.000 8,11 0,07 2.207.52021/01/04 18,84 773.600 6.560.000 8,48 0,07 2.207.52023/01/04 19,93 1.265.000 7.465.000 5,90 0,07 2.207.52026/01/04 20,16 1.381.000 7.581.000 5,49 0,07 2.207.52027/01/04 21,04 1.821.429 8.125.000 4,46 0,07 2.207.52029/01/04 23,16 3.155.340 15.800.000 5,01 0,07 2.207.52030/01/04 23,56 3.563.107 17.900.000 5,02 0,07 2.207.52002/02/04 25,66 5.985.510 30.129.000 5,03 0,07 2.207.52004/02/04 29,23 11.010.500 58.872.750 5,35 0,07 2.207.52005/02/04 29,83 11.820.500 66.627.750 5,64 0,07 2.207.52006/02/04 31 13.400.000 81.750.000 6,10 0,07 2.207.52001/03/04 31 13.400.000 81.750.000 6,10 0,07 2.207.52012/04/04 30,9 13.267.559 80.482.000 6,07 0,07 2.207.52003/05/04 30,72 13.019.180 78.104.000 6,00 0,07 2.207.52002/06/04 30,61 12.873.500 76.709.250 5,96 0,06 1.892.16001/07/04 30,34 12.506.023 73.191.000 5,85 0,06 1.892.16001/08/04 30,29 12.441.500 72.573.250 5,83 0,06 1.892.16001/09/04 30,03 12.090.500 69.212.750 5,72 0,06 1.892.16001/10/04 29,77 11.739.500 65.852.250 5,61 0,06 1.892.16001/11/04 29,35 11.170.019 60.400.000 5,41 0,06 1.892.16001/12/04 29,13 10.875.500 57.580.250 5,29 0,06 1.892.16001/01/05 28,8 10.430.000 54.310.000 5,21 0,06 1.892.16001/02/05 28,53 10.065.500 52.163.500 5,18 0,06 1.892.16001/03/05 28,33 9.795.500 50.573.500 5,16 0,06 1.892.16030/03/05 28,08 9.458.000 48.586.000 5,14 0,06 1.892.16005/04/05 28,35 9.822.500 50.732.500 5,16 0,06 1.892.16002/05/05 28,25 9.687.500 49.937.500 5,15 0,06 1.892.16001/06/05 28,01 9.368.000 48.056.000 5,13 0,06 1.892.16010/06/05 28,21 9.633.500 49.619.500 5,15 0,06 1.892.16001/07/05 28,1 9.485.000 48.745.000 5,14 0,06 1.892.16001/08/05 27,85 9.147.500 46.757.500 5,11 0,06 1.892.16001/09/05 27.67 8.904.500 45.326.500 5,09 0,07 2.207.52001/10/05 27,34 8.459.000 42.703.000 5,05 0,07 2.207.52001/11/05 27,03 8.040.500 40.238.500 5,00 0,06 1.892.160

1/12/2005 26,65 7.475.000 37.427.500 5,01 0,05 1.576.8001/1/2006 26,44 7.160.000 35.884.000 5,01 0,05 1.576.8001/2/2006 26,12 6.680.000 33.532.000 5,02 0,05 1.576.8001/3/2006 25,94 6.410.000 32.209.000 5,021/4/2006 25,93 6.395.000 32.135.500 5,031/5/2006 26,82 7.730.000 38.677.000 5,001/6/2006 28,12 9.512.000 48.904.000 5,14

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47

1/7/2006 28,11 9.494.000 48.798.000 5,14 0,1 3.153.6001/8/2006 27,77 9.044.000 46.148.000 5,104/9/2006 27,53 8.711.000 44.187.000 5,07

1/10/2006 27,48 8.648.000 43.816.000 5,07 0,09 1/11/2006 27,18 8.243.000 41.431.000 5,031/12/2006 26,84 7.760.000 38.824.000 5,001/1/2007 26,49 7.235.000 36.251.000 5,011/2/2007 26,22 6.830.000 34.267.000 5,026/3/2007 26,38 7.070.000 35.443.000 5,014/4/2007 26,25 6.875.000 34.487.500 5,022/5/2007 26,56 7.340.000 36.766.000 5,015/6/2007 26,28 6.920.000 34.708.000 5,022/7/2007 26,07 6.605.000 33.164.500 5,026/8/2007 25,8 6.200.000 31.180.000 5,031/9/2007 25,55 5.825.000 29.342.500 5,04

1/10/2007 25,26 5.390.000 27.211.000 5,056/11/2007 24,86 4.860.000 24.579.000 5,06

19/12/2007 24,41 4.410.000 22.261.500 5,059/1/2008 24,21 4.210.000 21.231.500 5,041/2/2008 24,05 4.050.000 20.407.500 5,044/3/2008 23,81 3.810.000 19.171.500 5,037/4/2008 31 13.400.000 81.750.000 6,103/5/2008 31 13.400.000 81.750.000 6,102/6/2008 31 13.400.000 81.750.000 6,104/7/2008 30,86 13.211.000 79.940.500 6,055/8/2008 30,62 12.887.000 76.838.500 5,961/9/2008 30,38 12.563.000 73.736.500 5,87

2/10/2008 30,11 12.198.500 70.246.750 5,767/11/2008 29,72 11.672.000 65.206.000 5,592/12/2008 29,46 11.321.000 61.845.500 5,46

Média 6.580.181 35.287.252 5,26 0,07 2.064.715Desvio 3.993.488 23.564.052 0,67 0,02 650.326

MONITORAMENTO DO RESERVATÓRIO PASSAGEM DAS TRAÍRAS IDENTIFICAÇÃO

Denominação: 0030 - Passagem das Traíras Segundo nome: Município: São José do Seridó Cota Mínima(m): 83,50 Bacia: Piranhas/Assu Cota Máxima(m): 95,00 Rio barrado: Rio Seridó Volume Mínimo(m³ ): 257.500

Localização: a 22km da cidade de Caicó Volume Máximo (m³): 48.858.100

Coord. 9279,06kmN e 726,973kmE DADOS DO MONITORAMENTO

Data Cota (m) Área (m²) Volume (m³) Prof. Média Vaz. Lib (m³/s) Vaz. Lib.(m³/ano) 01/02/02 85,98 1.892.302 3.945.000 2,0801/03/02 87,68 2.611.809 7.519.000 2,8809/04/02 91,09 5.461.043 19.765.000 3,6212/04/02 91,10 5.470.760 19.823.040 3,6215/04/02 91,14 5.510.024 20.057.576 3,6417/04/02 91,14 5.510.024 20.057.576 3,6418/04/02 91,20 5.568.920 20.409.380 3,6624/04/02 91,19 5.559.104 20.350.746 3,6626/04/02 91,18 5.549.288 20.292.112 3,6630/04/02 91,15 5.519.840 20.116.210 3,64

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04/05/02 91,18 5.549.288 20.292.112 3,6608/05/02 91,14 5.510.024 20.057.576 3,6421/05/02 91,46 5.824.136 21.933.864 3,7724/05/02 91,49 5.853.584 22.109.766 3,7803/06/02 91,49 5.853.584 22.109.766 3,7805/06/02 91,52 5.883.032 22.285.668 3,79 0,03 946.08023/07/02 91,38 5.745.608 21.464.792 3,74 0,11 3.468.96030/07/02 91,30 5.667.080 20.995.720 3,70 0,11 3.468.96001/09/02 90,78 5.007.840 18.237.108 3,64 0,03 946.08001/10/02 90,57 4.659.660 17.282.952 3,71 0,03 946.08001/11/02 90,45 4.460.700 16.737.720 3,75 0,11 3.468.96001/12/02 90,20 4.046.200 15.601.820 3,86 0,11 3.468.96001/01/03 89,91 3.666.146 14.400.000 3,93 0,11 3.468.96012/02/03 89,60 3.487.720 13.320.700 3,82 0,03 946.08021/03/03 89,50 3.431.000 12.977.600 3,78 0,03 946.08028/03/03 89,60 3.487.720 13.320.700 3,82 0,03 946.08001/04/03 89,62 3.499.064 13.389.320 3,83 0,03 946.08001/05/03 89,60 3.487.720 13.320.700 3,82 0,03 946.08001/06/03 89,46 3.408.312 12.840.360 3,77 0,03 946.08001/07/03 89,07 3.187.104 11.502.270 3,61 0,06 1.892.16001/08/03 88,94 3.118.432 11.090.182 3,56 0,06 1.892.16001/09/03 88,62 2.963.936 10.173.286 3,43 0,03 946.08001/10/03 88,34 2.828.752 9.371.002 3,31 0,03 946.08001/11/03 88,02 2.674.256 8.454.106 3,16 0,03 946.08001/12/03 87,72 2.618.400 7.628.592 2,91 0,03 946.08001/01/04 87,47 2.577.150 6.942.692 2,69 0,02 630.72023/01/04 89,37 3.357.264 12.531.570 3,73 0,02 630.72027/01/04 92,17 6.552.006 26.300.000 4,01 0,02 630.72029/01/04 94,38 8.816.136 43.244.248 4,91 0,02 630.72030/01/04 94,63 9.312.936 45.507.898 4,89 0,02 630.72002/02/04 95,00 10.048.200 48.858.100 4,86 0,02 630.72001/03/04 95,00 10.048.200 48.858.100 4,86 0,02 630.72013/04/04 94,85 9.750.120 47.499.910 4,87 0,08 2.522.88004/05/04 94,72 9.491.784 46.322.812 4,88 0,08 2.522.88017/05/04 95,00 10.048.200 48.858.100 4,86 0,08 2.522.88001/06/04 94,95 9.948.840 48.405.370 4,87 0,08 2.522.88001/07/04 94,97 9.988.584 48.586.462 4,86 0,08 2.522.88002/08/04 94,64 9.332.808 45.598.444 4,89 0,08 2.522.88001/09/04 94,41 8.875.752 43.515.886 4,90 0,20 6.307.20001/10/04 94,09 8.239.848 40.618.414 4,93 0,20 6.307.20001/11/04 93,78 7.936.656 38.092.252 4,80 0,20 6.307.20001/12/04 93,46 7.755.792 35.603.164 4,59 0,18 5.676.48001/01/05 93,10 7.552.320 32.802.940 4,34 0,18 5.676.48001/02/05 92,83 7.301.728 30.847.850 4,22 0,18 5.676.48001/03/05 92,76 7.221.816 30.363.100 4,20 0,18 5.676.48006/04/05 92,88 7.358.808 31.194.100 4,24 0,18 5.676.48003/05/05 92,74 7.198.984 30.224.600 4,20 0,06 1.892.16001/06/05 92,61 7.050.576 29.324.350 4,16 0,06 1.892.16020/06/05 92,57 7.004.912 29.047.350 4,15 0,06 1.892.16029/06/05 92,46 6.879.330 28.285.600 4,11 0,06 1.892.16001/07/05 92,45 6.867.920 28.216.350 4,11 0,12 3.784.32001/08/05 92,20 6.582.520 26.485.100 4,02 0,12 3.784.32001/09/05 91,86 6.216.776 24.274.224 3,90 0,23 7.253.28005/09/05 91,70 6.059.720 23.341.080 3,85 0,23 7.253.280

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01/10/05 91,49 5.853.584 22.109.766 3,78 0,23 7.253.28005/10/05 91,43 5.794.688 21.757.962 3,75 0,23 7.253.28001/11/05 91,06 5.431.496 19.588.504 3,61 0,20 6.307.20003/11/05 91,05 5.421.680 19.529.870 3,60 0,20 6.307.20001/12/05 90,68 4.842.040 17.782.748 3,67 0,20 6.307.20001/01/06 90,35 4.294.900 16.283.360 3,79 0,22 6.937.92001/02/06 89,95 3.686.240 14.521.550 3,94 0,10 3.153.60009/03/06 89,79 3.595.488 13.972.590 3,89 0,08 2.522.88003/04/06 89,89 3.652.208 14.315.690 3,92 0,07 2.207.52007/04/06 93,66 7.868.832 37.158.844 4,72 0,07 2.207.52028/04/06 93,80 7.947.960 38.247.820 4,81 0,07 2.207.52001/05/06 95,00 10.048.200 48.858.100 4,86 0,07 2.207.52010/05/06 95,00 10.048.200 48.858.100 4,86 0,07 2.207.52001/06/06 95,00 10.048.200 48.858.100 4,86 0,07 2.207.52001/07/06 95,00 10.048.200 48.858.100 4,86 0,09 2.838.24001/08/06 94,80 9.650.760 47.047.180 4,87 0,08 2.522.88001/09/06 94,56 9.173.832 44.874.076 4,89 0,08 2.522.88001/10/06 94,21 8.478.312 41.704.966 4,92 0,10 3.153.60001/11/06 93,89 7.998.828 38.947.876 4,87 0,10 3.153.60001/12/06 93,51 7.784.052 35.992.084 4,62 0,10 3.153.60001/01/07 93,22 7.620.144 33.736.348 4,43 0,10 3.153.6001/2/2007 92,91 7.393.056 31.401.850 4,25

27/3/2007 92,70 7.153.320 29.947.600 4,1924/4/2007 92,46 6.879.336 28.285.600 4,1130/5/2007 92,52 6.947.832 28.701.100 4,1325/6/2007 92,31 6.708.096 27.246.850 4,06 0,15 4.730.40024/7/2007 92,00 6.354.200 25.100.100 3,95 0,15 4.730.40028/8/2007 91,70 6.059.720 23.341.080 3,85 0,15 4.730.40027/9/2007 91,37 5.735.792 21.406.158 3,73 0,25 7.884.000

30/10/2007 90,95 5.289.700 19.009.520 3,59 0,25 7.884.00028/11/2007 90,53 4.593.340 17.101.208 3,72 0,25 7.884.00026/12/2007 90,14 3.946.720 15.329.204 3,88 0,25 7.884.000

1/1/2008 90,06 3.814.080 14.965.716 3,92 0,25 7.884.0001/2/2008 89,63 3.504.736 13.423.630 3,83 0,25 7.884.0001/3/2008 89,23 3.277.856 12.051.230 3,68 0,25 7.884.0001/4/2008 93,80 7.947.960 38.247.820 4,816/5/2008 95,00 10.048.200 48.858.100 4,86 0,15 4.730.400

12/6/2008 95,00 10.048.200 48.858.100 4,86 0,1 3.153.60031/7/2008 94,80 9.650.760 47.047.180 4,871/8/2008 94,80 9.650.760 47.047.180 4,87

11/9/2008 94,45 8.950.240 43.878.070 4,901/10/2008 94,24 8.537.928 41.976.604 4,92

26/11/2008 93,61 7.840.572 36.769.924 4,69Média 6.351.106 27.252.157 4,10 0,11 3.499.727Desvio 2.306.531 13.090.995 0,59 0,08 2.376.843

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MONITORAMENTO DO RESERVATÓRIO SABUGI IDENTIFICAÇÃO

Denominação: 0028 - Sabugi Segundo nome: Município: São João do Sabugi Cota Mínima(m): 84,00 Bacia: Piranhas/Assu Cota Máxima(m): 96,00 Rio barrado: Rio Sabugi Volume Mínimo(m³ ): 713.400 Localização:a 13 km da cidade de São João do Sabugi Volume Máximo (m³): 65.334.880Coord. 9265,18kmN e 699,912kmE

DADOS DO MONITORAMENTO Data Cota (m) Área (m²) Volume (m³) Prof. Média Vaz. Lib (m³/s) Vaz. Lib.(m³/ano) 01/01/02 85,92 1.240.921 2.390.000 1,9301/02/02 86,34 1.522.317 3.036.000 1,9906/03/02 86,99 1.995.330 4.108.000 2,0631/03/02 88,08 2.957.429 6.845.000 2,3112/04/02 88,78 3.633.675 9.198.738 2,5315/04/02 88,78 3.633.664 9.198.700 2,5302/05/02 89 3.846.250 9.938.625 2,5831/05/02 89,08 3.917.350 10.281.875 2,6228/05/02 89,19 4.015.113 10.753.844 2,6831/05/02 89,03 3.872.913 10.067.344 2,60 0,03 946.08030/06/02 88,88 3.730.286 9.535.000 2,56 0,03 946.08005/07/02 88,85 3.701.313 9.434.156 2,55 0,03 946.08031/07/02 88,69 3.546.713 8.896.056 2,51 0,03 946.08001/09/02 88,47 3.334.118 8.156.100 2,45 0,03 946.08001/10/02 88,23 3.102.232 7.349.000 2,37 0,03 946.08001/11/02 87,94 2.827.350 6.428.425 2,27 0,03 946.08001/12/02 87,68 2.599.200 5.791.100 2,23 0,03 946.08001/01/03 87,45 2.397.375 5.227.313 2,18 0,03 946.08001/02/03 87,65 2.572.875 5.717.563 2,22 0,03 946.08001/03/03 87,53 2.467.575 5.423.413 2,20 0,03 946.08001/04/03 87,65 2.572.875 5.717.563 2,22 0,03 946.08001/05/03 87,53 2.467.575 5.423.400 2,20 0,03 946.08001/06/03 87,39 2.344.725 5.080.238 2,17 0,03 946.08001/07/03 87,24 2.213.100 4.712.550 2,13 0,03 946.08001/08/03 87,03 2.028.825 4.197.788 2,07 0,03 946.08001/09/03 86,76 1.827.900 3.728.550 2,04 0,02 630.72001/10/03 86,51 1.646.025 3.316.363 2,01 0,02 630.72001/11/03 86,2 1.420.500 2.805.250 1,97 0,02 630.72001/12/03 85,86 1.215.675 2.326.663 1,91 0,02 630.72001/01/04 85,56 1.088.550 2.007.725 1,84 0,02 630.72023/01/04 85,9 1.232.625 2.369.188 1,92 0,02 630.72028/01/04 91,01 5.779.724 19.544.275 3,38 0,02 630.72002/02/04 95 11.323.750 53.371.120 4,71 0,02 630.72004/02/04 95,5 11.963.750 59.353.000 4,96 0,02 630.72005/02/04 96 12.603.750 65.334.880 5,18 0,02 630.72001/03/04 96 12.603.750 65.334.880 5,18 0,02 630.72012/04/04 95,84 12.398.950 63.420.678 5,12 0,02 630.72003/05/04 95,79 12.334.950 62.822.490 5,09 0,02 630.72001/06/04 95,59 12.078.978 60.430.000 5,00 0,03 946.08001/07/04 95,53 12.002.150 59.711.913 4,98 0,03 946.08001/08/04 95,4 11.835.750 58.156.624 4,91 0,03 946.08001/09/04 95,12 11.477.350 54.806.771 4,78 0,03 946.08001/10/04 94,78 10.995.950 51.043.797 4,64 0,03 946.08001/11/04 94,39 10.414.850 46.918.089 4,50 0,03 946.080

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01/12/04 94,09 9.967.850 43.744.467 4,39 0,01 315.36001/01/05 93,75 9.475.000 40.513.315 4,28 0,01 315.36001/02/05 93,5 9.116.250 38.234.250 4,19 0,01 315.36001/03/05 93,41 8.987.100 37.413.787 4,16 0,01 315.36005/04/05 93,94 9.747.650 42.245.404 4,33 0,01 315.36002/05/05 94,04 9.893.350 43.215.530 4,37 0,01 315.36001/06/05 94,07 9.938.050 43.532.892 4,38 0,05 1.576.80010/06/05 94,04 9.893.350 43.215.530 4,37 0,05 1.576.80001/07/05 93,92 9.718.950 42.063.079 4,33 0,05 1.576.80001/08/05 93,62 9.288.450 39.328.201 4,23 0,05 1.576.80001/09/05 93,31 8.843.600 36.502.161 4,13 0,17 5.361.12001/10/05 93,03 8.441.800 33.949.608 4,02 0,14 4.415.04001/11/05 92,66 7.961.850 31.038.998 3,90 0,14 4.415.04001/12/05 92,26 7.447.850 27.936.502 3,75 0,14 4.415.04001/01/06 91,95 7.046.375 25.597.880 3,63 0,18 5.676.48001/02/06 91,53 6.480.425 22.893.080 3,53 0,18 5.676.48001/03/06 91,59 6.561.275 23.279.480 3,55 0,1 3.153.60015/03/06 91,69 6.696.025 23.923.480 3,57 0,1 3.153.60001/04/06 92,48 7.730.550 29.642.875 3,83 0,06 1.892.16027/04/06 94,34 10.340.329 46.389.000 4,49 0,06 1.892.16001/05/06 94,57 10.683.050 48.822.262 4,57 0,06 1.892.16002/05/06 94,64 10.787.340 49.562.700 4,59 0,06 1.892.16014/05/06 96 12.603.750 65.334.880 5,18 0,06 1.892.16016/05/06 96 12.603.750 65.334.880 5,18 0,06 1.892.16001/06/06 96 12.603.750 65.334.880 5,18 0,06 1.892.16001/07/06 95,9 12.475.750 64.138.504 5,14 0,06 1.892.16001/08/06 95,7 12.219.750 61.745.752 5,05 0,06 1.892.16004/09/06 95,36 11.784.550 57.678.074 4,89 0,06 1.892.16001/10/06 95,11 11.464.550 54.678.134 4,77 0,09 2.838.24001/11/06 94,8 11.025.750 51.255.372 4,65 0,09 2.838.24001/12/06 94,47 10.534.050 47.764.388 4,53 0,09 2.838.24001/01/07 94,13 10.027.450 44.167.616 4,40 0,09 2.838.24023/02/07 94,58 10.697.950 48.928.049 4,5715/03/07 95,3 11.707.750 56.960.248 4,8710/04/07 95,37 11.797.350 57.797.711 4,9004/05/07 95,4 11.835.750 58.156.624 4,9105/06/07 95,23 11.618.150 56.122.785 4,8306/07/07 94,98 11.293.950 53.159.545 4,7106/08/07 94,74 10.936.350 50.620.648 4,6310/09/07 94,43 10.474.450 47.341.238 4,5208/10/07 94,16 10.072.150 44.484.978 4,4214/11/07 93,72 9.431.950 40.239.827 4,2717/12/07 93,4 8.972.750 37.322.624 4,16

14/1/2008 93,12 8.570.950 34.770.071 4,0622/2/2008 92,91 8.283.100 32.978.058 3,9817/3/2008 92,83 8.180.300 32.357.559 3,9616/4/2008 96 12.603.750 65.334.880 5,18 0,39 12.299.04013/5/2008 96 12.603.750 65.334.880 5,18 0,7 22.075.20017/7/2008 95,8 12.347.750 62.944.128 5,1018/8/2008 95,61 12.104.550 60.669.014 5,0115/9/2008 95,35 11.771.750 57.558.436 4,89

17/10/2008 95,04 11.374.950 53.849.670 4,7318/11/2008 94,67 10.832.050 49.880.136 4,6019/12/2008 94,34 10.340.350 46.389.152 4,49

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Média 7.949.259 34.830.482 3,82 0,06 2.001.850Desvio 3.970.751 22.274.056 1,15 0,10 3.060.792

MONITORAMENTO DO RESERVATÓRIO MARECHAL DUTRA IDENTIFICAÇÃO

Denominação: 0035 - Marechal Dutra Segundo nome:Gargalheiras Município: Acari Cota Mínima(m): 114,00 Bacia: Piranhas/Assu Cota Máxima(m): 126,50 Rio barrado: Rio Acauã Volume Mínimo(m³ ): 1.715.000 Localização: situado a 13 km da cidade de Acari. Volume Máximo (m³): 40.000.000Coord. 9297,15kmN e 764,985kmE

DADOS DO MONITORAMENTO

DataCota(m) Área (m²) Volume (m³)

Prof.Média Vaz. Lib (m³/s) Vaz. Lib.(m³/ano)

01/01/02 119,3 1.933.483 7.600.000 3,9 0,07 220752001/02/02 119,27 1.921.348 7.540.000 3,9 0,07 220752005/03/02 121,33 2.934.483 12.481.500 4,3 0,09 283824031/03/02 121,83 3.289.483 14.134.000 4,3 0,09 283824008/04/02 121,85 3.301.943 14.192.000 4,3 0,09 283824012/04/02 121,85 3.301.943 14.192.000 4,3 0,09 283824015/04/02 121,87 3.321.062 14.281.000 4,3 0,09 283824017/04/02 121,98 3.395.800 14.628.900 4,3 0,09 283824018/04/02 121,95 3.374.500 14.529.750 4,3 0,09 283824002/05/02 121,87 3.317.700 14.265.350 4,3 0,09 283824021/05/02 121,82 3.282.200 14.100.100 4,3 0,09 283824031/05/02 121,98 3.395.800 14.628.900 4,3 0,09 283824030/06/02 120,74 2.583.910 10.816.000 4,2 0,09 283824031/07/02 121,7 3.197.000 13.703.500 4,3 0,09 283824001/09/02 121,43 3.004.194 12.806.000 4,3 0,09 283824001/10/02 121,3 2.914.826 12.390.000 4,3 0,09 283824001/11/02 120,9 2.655.000 11.167.500 4,2 0,07 220752001/12/02 120,7 2.565.000 10.722.500 4,2 0,07 220752001/01/03 120,38 2.421.000 10.010.500 4,1 0,07 220752001/02/03 120,13 2.308.500 9.452.250 4,1 0,07 220752001/03/03 119,9 2.205.000 8.942.500 4,1 0,07 220752019/03/03 120,06 2.277.000 9.298.500 4,1 0,07 220752001/04/03 119,94 2.223.000 9.031.500 4,1 0,07 220752001/05/03 119,69 2.111.461 8.480.000 4,0 0,07 220752001/06/03 119,57 2.056.500 8.208.250 4,0 0,07 220752001/07/03 119,4 1.980.000 7.830.000 4,0 0,06 189216001/08/03 119,24 1.908.000 7.474.000 3,9 0,06 189216001/10/03 118,57 1.650.073 6.351.000 3,8 0,04 126144001/11/03 118,18 1.511.982 5.808.500 3,8 0,08 252288001/12/03 117,67 1.335.200 5.114.000 3,8 0,1 315360001/01/04 117,36 1.225.236 4.682.000 3,8 0,08 252288016/01/04 117,5 1.275.000 4.877.500 3,8 0,08 252288023/01/04 117,9 1.415.000 5.427.500 3,8 0,08 252288026/01/04 118,3 1.555.000 5.977.500 3,8 0,08 252288027/01/04 120,12 2.304.000 9.432.000 4,1 0,08 252288028/01/04 120,57 2.506.500 10.433.250 4,2 0,08 252288029/01/04 120,98 2.690.090 11.341.000 4,2 0,08 252288030/01/04 121,4 2.984.000 12.712.000 4,3 0,08 252288002/02/04 124,1 5.044.000 23.423.000 4,6 0,08 252288004/02/04 124,8 5.632.000 26.874.000 4,8 0,08 2522880

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05/02/04 124,98 5.783.200 27.761.400 4,8 0,08 252288006/02/04 125,26 6.146.667 29.964.267 4,9 0,08 252288009/02/04 125,7 6.733.333 33.525.333 5,0 0,08 252288011/02/04 125,79 6.853.333 34.253.733 5,0 0,08 252288012/02/04 125,87 6.960.000 34.901.200 5,0 0,08 252288013/02/04 126,21 7.413.333 37.652.933 5,1 0,08 252288016/02/04 126,5 7.800.000 40.000.000 5,1 0,08 252288001/03/04 126,5 7.800.000 40.000.000 5,1 0,08 252288012/04/04 126,35 7.600.000 38.786.000 5,1 0,05 157680003/05/04 126,1 7.261.285 36.730.000 5,1 0,05 157680001/06/04 126,42 7.693.333 39.352.533 5,1 0,05 157680001/07/04 126,21 7.415.157 37.664.000 5,1 0,05 157680001/08/04 125,99 7.126.524 35.912.000 5,0 0,05 157680001/09/04 125,71 6.745.634 33.600.000 5,0 0,05 157680001/10/04 125,51 6.474.629 31.955.000 4,9 0,05 157680001/11/04 125,31 6.215.157 30.380.000 4,9 0,05 157680001/12/04 125,15 6.000.000 29.074.000 4,8 0,05 157680001/01/05 124,85 5.674.000 27.120.500 4,8 0,06 189216001/02/05 124,71 5.556.400 26.430.300 4,8 0,06 189216001/03/05 124,38 5.279.200 24.803.400 4,7 0,06 189216030/03/05 124,61 5.472.400 25.937.300 4,7 0,06 189216005/04/05 124,63 5.489.200 26.035.900 4,7 0,06 189216002/05/05 124,7 5.548.000 26.381.000 4,8 0,06 189216001/06/05 124,94 5.749.600 27.564.200 4,8 0,06 189216010/06/05 124,87 5.690.800 27.219.100 4,8 0,06 189216001/07/05 124,82 5.648.800 26.972.600 4,8 0,06 189216001/08/05 124,63 5.489.200 26.035.900 4,7 0,06 189216001/09/05 124,48 5.363.200 25.296.400 4,7 0,05 157680001/10/05 124,2 5.128.000 23.916.000 4,7 0,04 126144001/11/05 124,05 5.002.000 23.176.500 4,6 0,04 126144001/12/05 123,86 4.842.400 22.239.800 4,6 0,04 126144001/01/06 123,42 4.472.800 20.070.600 4,5 0,05 157680001/02/06 123,07 4.178.800 18.345.100 4,4 0,05 157680001/03/06 123,3 4.372.000 19.479.000 4,5 0,05 157680015/03/06 124,36 5.262.400 24.704.800 4,7 0,04 126144001/04/06 124,35 5.254.000 24.655.500 4,7 0,04 126144028/04/06 124,78 5.617.688 26.790.000 4,8 0,04 126144002/05/06 125,04 5.853.333 28.183.733 4,8 0,04 126144015/05/06 125,16 6.007.578 29.120.000 4,8 0,04 126144001/06/06 125,16 6.007.578 29.120.000 4,8 0,04 126144001/07/06 125,12 5.955.684 28.805.000 4,8 0,04 126144001/08/06 124,97 5.774.800 27.712.100 4,8 0,04 126144001/09/06 124,76 5.599.456 26.683.000 4,8 0,04 126144001/10/06 124,44 5.329.600 25.099.200 4,7 0,04 126144001/11/06 124,17 5.102.800 23.768.100 4,7 0,04 126144001/12/06 123,97 4.934.800 22.782.100 4,6 0,04 126144001/01/07 123,71 4.716.400 21.500.300 4,6 0,04 1261440

22/2/2007 123,4 4.456.000 19.972.000 4,5 28/2/2007 123,39 4.447.600 19.922.700 4,5 6/3/2007 123,35 4.414.000 19.725.500 4,5

26/3/2007 123,3 4.372.000 19.479.000 4,5 2/4/2007 123,2 4.288.000 18.986.000 4,4

25/4/2007 123,13 4.229.200 18.640.900 4,4 15/052007 123 4.120.000 18.000.000 4,4

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25/5/2007 122,93 4.070.300 17.768.650 4,4 12/6/2007 122,81 3.985.100 17.372.050 4,4 22/6/2007 122,76 3.949.600 17.206.800 4,4 10/7/2007 122,67 3.885.700 16.909.350 4,4 1/8/2007 122,46 3.736.600 16.215.300 4,3

24/8/2007 122,25 3.587.500 15.521.250 4,3 12/9/2007 122,15 3.516.500 15.190.750 4,3 24/9/2007 122,09 3.473.900 14.992.450 4,3 5/10/2007 122,04 3.438.400 14.827.200 4,3

30/10/2007 121,88 3.324.800 14.298.400 4,3 19/11/2007 121,69 3.189.900 13.670.450 4,3 30/11/2007 121,55 3.090.500 13.207.750 4,3 12/12/2007 121,48 3.040.800 12.976.400 4,3 31/12/2007 121,23 2.863.300 12.150.150 4,2

16/1/2008 121,1 2.777.100 11.720.500 4,2 31/1/2008 121 2.700.000 11.390.000 4,2 29/2/2008 120,75 2.587.500 10.833.750 4,2 17/3/2008 120,65 2.542.500 10.611.250 4,2 28/3/2008 125,38 6.306.667 30.935.467 4,9 31/3/2008 126,5 7.800.000 40.000.000 5,1 20/4/2008 126,5 7.800.000 40.000.000 5,1 12/5/2008 126,5 7.800.000 40.000.000 5,1 26/5/2008 126,5 7.800.000 40.000.000 5,1 7/6/2008 126,5 7.800.000 40.000.000 5,1

25/6/2008 126,5 7.800.000 40.000.000 5,1 1/7/2008 126,5 7.800.000 40.000.000 5,1

10/7/2008 126,5 7.800.000 40.000.000 5,1 17/7/2008 126,5 7.800.000 40.000.000 5,1 15/7/2008 126,4 7.666.667 39.190.667 5,1 23/8/2008 126,21 7.413.333 37.652.933 5,1 29/9/2008 125,95 7.066.667 35.548.667 5,0

20/10/2008 125,78 6.840.000 34.172.800 5,0 28/11/2008 125,4 6.333.333 31.097.333 4,9 16/12/2008 125,19 6.053.333 29.397.733 4,9 26/12/2008 125,1 5.933.333 28.669.333 4,8 MEDIA 123,2 4624828,3 21744752,4 4,5 0,1 2066151,7DESVIO 2,5 1937130,9 10645070,8 0,4 0,0 572594,4

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ANEXO 3

Monitoramento limnológico do reservatório Boqueirão de Parelhas Ponto de coleta P total Clorofila a Secchi

jul/06 (ug/L) (ug/L) (m) P1 83,5 5,5 0,8P2 - 3,3 1,0P3 53,5 3,6 1,3

ago/06P1 15,5 15,3 0,8P2 - 3,6 0,8P3 - 2,7 1,4

set/06P1 105,5 6,2 1,0P2 73,0 6,3 1,1P3 41,8 8,4 1,1

out/06P1 51,3 13,6 0,5P2 49,7 15,2 1,0P3 44,7 12,0 1,1

nov/06 P1 91,3 4,0 0,8P2 66,3 4,5 1,0P3 66,3 6,7 1,2

ago/07P1 103,0 79,1 0,3P2 101,3 67,8 0,3P3 53,0 61,2 0,3

set/07P1 74,7 105,5 0,4P2 61,3 92,9 0,5P3 49,7 103,1 0,5

out/07P1 159,7 82,1 0,5P2 78,0 67,2 0,4P3 94,7 148,7 0,4

nov/07 P1 118,0 84,5 0,4P2 74,7 67,2 0,6P3 119,7 77,3 0,5

dez/07 P1 108,0 88,1 0,3P2 154,7 75,5 0,5P3 241,3 68,9 0,5

ago/08P1P2P3 63,4 18,0 1,3

set/08P1P2 49,8 7,2 1,4P3 31,7 8,4 1,2

out/08

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56

P1P2 58,8 11,4 1,5P3 50,0 16,2 1,5

nov/08 P1P2P3 99,6 99,6 1,3

dez/08 P1P2 88,3 88,3 1,1P3 77,1 77,1 1,2

Média 81,5 44,9 0,8Desvio Padrão 42,3 41,3 0,4

As células em branco correspondem a amostras não coletadas devido à pane no motor do barco.

Monitoramento limnológico do reservatório Itans Ponto P-total Clorofila a Secchi jul/06 (ug/L) (ug/L) (m)

P1 116,00 10,79 1,00P2 86,00 10,28 1,00P3 111,00 6,39 1,30

ago/06P1 11,8 9,19 1,20P2 26,8 9,99 1,25P3 91,8 4,20 1,60

set/06P1 29,25 27,98 1,00P2 16,75 22,35 1,25P3 34,25 30,58 1,00

out/06P1P2P3 86,33 59,95 0,60

nov/06 P1 119,67 62,35 0,50P2 88,00 62,35 0,50P3 111,33 50,36 0,80

ago/07P1 131,30 31,18 0,40P2 124,70 33,57 0,40P3 56,30 45,56 0,60

set/07P1 96,30 72,54 0,40P2 106,30 94,72 0,45P3 59,60 91,73 0,45

out/07P1 103 107,91 0,40P2 99,7 53,36 0,50P3 79,7 92,33 0,50

nov/07 P1 154,67 119,30 0,40P2 84,67 115,11 0,40P3 159,67 100,72 0,40

dez/07

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57

P1 158,00 166,67 0,20P2 141,33 170,86 0,40P3 134,67 163,67 0,40

ago/08P1P2P3 67,90 40,80 0,80

set/08P1P2 81,47 10,79 0,65P3 49,79 46,16 0,50

out/08P1P2 67,89 13,19 0,65P3 131,25 18,20 0,30

nov/08 P1P2P3 160,00 32,00 0,25

dez/08 P1P2 145,87 19,25 0,35P3 160,00 40,14 0,25

Média 96,7 56,8 0,6Desvio Padrão 42,9 47,5 0,4

As células em branco correspondem a amostras não coletadas devido à pane no motor do barco.

Monitoramento limnológico do reservatório Cruzeta Ponto de coleta P-total Clorofila a Secchi

jul/06 (ug/L) (ug/L) (m) P1 148,50 24,58 1,10P2 133,50 4,32 1,10P3 173,50 2,55 1,50

ago/06P1 164,50 21,86 1,00P2 126,00 19,44 0,75P3 156,00 17,32 1,00

set/06P1 41,75 6,34 0,75P2 149,25 7,67 0,75P3 44,25 11,29 0,90

out/06P1P2P3 59,67 11,99 1,20

nov/06 P1 81,33 9,59 0,55P2 96,33 18,84 0,45P3 84,67 19,18 0,55

ago/07P1 16,78 35,97 0,55P2 27,99 34,77 0,65P3 31,35 31,57 0,75

set/07

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58

P1 83,00 38,97 0,60P2 84,60 45,56 0,60P3 84,60 40,77 0,60

out/07P1 68 32,97 0,50P2 69,7 40,77 0,60P3 76,3 52,16 0,55

nov/07 P1 254,67 50,36 0,50P2 238,00 25,78 0,60P3 104,67 31,18 0,60

dez/07 P1 16,78 48,26 0,5P2 27,99 36,82 0,5P3 31,35 39,39 0,5

ago/08P1P2P3 76,94 27,58 1,10

set/08P1P2 95,05 28,20 0,90P3 58,84 24,00 1,00

out/08P1P2 67,8931 34,17 1,00P3 49,7913 22,78 1,00

nov/08 P1P2P3 167,45 25,18 1,00

dez/08 P1P2 98,25 30,25 1,1P3 90,00 25,00 1,0

Média 93,9 27,2 0,8Desvio Padrão 57,8 13,2 0,3

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Monitoramento limnológico do reservatório Passagem das Traíras Ponto de coleta P-total Clorofila a Secchi

jul/06 (ug/L) (ug/L) (m) P1 161,00 9,47 1,00P2 46,00 12,49 1,00P3 206,00 14,39 1,00

ago/06P1 88,00 11,31 1,00P2 63,00 16,35 1,30P3 45,50 14,99 1,40

set/06P1 34,25 34,17 0,80P2 78,00 39,97 0,90P3 45,50 35,37 0,80

out/06P1P2P3 83,00 67,15 0,80

nov/06 P1 69,67 74,94 0,50P2 101,33 130,70 0,50P3 88,00 110,31 0,45

ago/07P1 101,30 17,39 0,30P2 71,30 26,98 0,60P3 91,30 35,37 1,30

set/07P1 126,30 20,38 0,25P2 53,00 28,78 0,40P3 61,30 28,78 1,00

out/07P1 71,4 23,98 0,30P2 81,4 49,16 0,50P3 68 43,17 0,65

nov/07 P1 51,33 12,59 0,20P2 74,67 28,18 0,40P3 71,33 34,77 0,50

dez/07 P1 144,67 28,18 0,20P2 151,33 35,97 0,40P3 191,33 193,05 0,30

ago/08P1P2P3 76,95 31,20 1,30

set/08P1P2 104,10 4,20 1,40P3 49,79 10,19 0,75

out/08P1P2 76,944 5,40 0,90P3 95,0458 11,39 0,90

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60

nov/08 P1P2P3 16,80 131,25 1,20

dez/08 P1P2 80,17 14,80 0,90P3 99,85 11,22 0,85

Média 86,6 38,8 0,7Desvio Padrão 41,5 41,3 0,4

As células em branco correspondem a amostras não coletadas devido à pane no motor do barco.

Monitoramento limnológico do reservatório São João do Sabugi Ponto de coleta P-total Clorofila a Secchi

jul/06 (ug/L) (ug/L) (m) P1 56,0 10,4 1,5P2 71,0 14,4 1,2P3 66,0 16,4 1,4

ago/06P1 41,0 16,6 1,0P2 89,3 18,0 1,0P3 - 20,8 1,1

set/06P1 20,5 16,2 1,0P2 35,5 24,0 1,0P3 25,5 25,8 1,0

out/06P1P2P3 49,7 26,4 1,0

nov/06 P1 64,7 31,2 0,9P2 64,7 33,6 0,9P3 65,0 36,0 0,9

ago/07P1 33,0 26,4 0,9P2 23,0 24,6 1,1P3 49,7 27,0 1,3

set/07P1 53,0 15,6 0,8P2 28,0 13,2 1,0P3 48,0 11,4 1,1

out/07P1 33,0 31,8 0,7P2 16,4 25,8 0,7P3 46,4 21,6 0,9

nov/07 P1 61,3 24,6 0,5P2 41,3 31,8 0,7P3 53,0 27,0 0,8

dez/07 P1 91,3 64,2 0,5P2 108,0 42,0 0,7P3 124,7 55,2 0,7

ago/08

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61

P1P2P3 77,0 35,4 1,0

set/08P1P2 22,6 40,2 0,9P3 58,8 40,8 1,0

out/08P1P2 67,9 36,6 0,6P3 76,9 29,4 0,7

nov/08 P1P2P3 122,2 48,0 0,9

dez/08 P1P2 78,7 49,5 0,8P3 90,0 51,1 0,9

Média 58,7 29,5 0,9Desvio Padrão 27,7 13,0 0,2

As células em branco correspondem a amostras não coletadas devido à pane no motor do barco.

Monitoramento limnológico do açude Gargalheiras Ponto de coleta P total Clorofila a Secchi

jul/06 (ug/L) (ug/L) (m) P1 223,5 19,2 0,5P2 266,0 37,2 0,5P3 288,5 33,6 0,5

ago/06P1 60,5 30,0 0,4P2 135,5 33,6 0,5P3 90,5 3,6 0,4

set/06P1 113,0 39,6 0,4P2 151,8 51,6 0,4P3 153,0 45,6 0,4

out/06P1 179,7 52,8 0,4P2 199,7 54,0 0,3P3 164,7 58,8 0,3

nov/06 P1 119,7 44,1 0,3P2 104,7 46,0 0,3P3 129,7 44,1 0,3

ago/07P1 173,0 154,7 0,3P2 189,7 204,4 0,3P3 118,0 170,9 0,3

set/07P1 128,0 127,1 0,4P2 161,3 140,3 0,3P3 193,0 97,1 0,4

out/07P1 114,7 153,5 0,3

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · INTRODUÇÃO As atividades humanas têm alterado significativamente os ciclos biogeoquímicos globais do nitrogênio (N)

62

P2 126,4 170,3 0,4P3 146,4 188,9 0,2

nov/07 P1 124,7 142,1 0,3P2 88,0 91,7 0,4P3 141,3 145,1 0,3

dez/07 P1 208,0 202,0 0,3P2 174,7 154,7 0,3P3 241,3 203,8 0,3

ago/08P1P2P3 113,2 21,6 1,1

set/08P1P2 122,2 25,8 1,5P3 113,1 16,2 1,0

out/08P1P2 81,5 31,2 1,1P3 95,0 58,2 0,8

nov/08 P1P2P3 131,2 57,0 1,0

dez/08 P1P2 124,1 37,2 0,9P3 130,5 22,8 0,5

Média 147,9 84,5 0,5Desvio Padrão 50,6 63,8 0,3

As células em branco correspondem a amostras não coletadas devido à pane no motor do barco.