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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLGIA
ETIANA LOPES VIEIRA
MIXOMA ODONOTOGÊNICO: ESTUDO CLÍNICOPATOLÓGICO E DE
ACOMPANHAMENTO DE 10 CASOS
NATAL-RN
2016
ETIANA LOPES VIEIRA
MIXOMA ODONOTOGÊNICO: ESTUDO CLÍNICOPATOLÓGICO E DE
ACOMPANHAMENTO DE 10 CASOS
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Departamento de
Odontologia - UFRN, como parte
integrante como título graduado em
odontologia cirurgião-dentista.
Orientadora: Profa. Dra. Éricka Janine
Dantas da Silveira.
NATAL-RN
2016
ETIANA LOPES VIEIRA
MIXOMA ODONTOGÊNICO: ESTUDO CLÍNICOPATOLÓGICO E DE
ACOMPANHAMENTO DE 10 CASOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Departamento de Odontologia - UFRN, como
parte integrante como título graduado em
odontologia cirurgião-dentista.
Aprovado em ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
Profa. Dra. Éricka Janine Dantas da Silveira
ORIENTADORA
Prof. Dr. António de Lisboa Lopes Costa
EXAMINADOR-1
Profa. Dra. Patrícia de Teixeira de Oliveira
EXAMINADOR -2
CONCEITO FINAL:
AGRADECIMENTOS
É com muita alegria que externo minha gratidão ao meu amado Deus, pela sua graça e
misericórdia, e por ter sido pai, mãe, irmão e amigo durante esses 4 anos e 6 meses de
muito aprendizado.
A Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte (UFRN) pelo acolhimento e
assistência dada durante esses anos.
A minha família, que me apoiaram não só nos meus estudos, e sim, em todos os
momentos da minha vida com muito amor e mimo.
A minha querida, amada e adorada orientadora (mére maîtraisse – mãe mestra) Éricka
Janine Dantas Da Silveira, que se mostrou ser, além de uma brilhante professora e
pesquisadora, uma pessoa extremamente bondosa, carinhosa e paciente, no qual eu pude
contar não só como uma orientadora, e sim, como uma mãe. Agradeço enormemente
sua amizade e por sempre esteve perto apoiando com a frase ‘‘pode contar comigo no
que precisar’’.
Ao professor José Wellington, sua esposa Elizabeth Gurgel e Denisia Maria, pelo
acolhimento e assistência dada durante o período de recuperação da minha cirurgia.
Aos demais professores do Departamento de Odontologia, em especial, Ricardo
Calazans Duarte, Marcílio de Oliveira, Euler Dantas, Wagner Dantas, André Gondim,
António De Lisboa Lopes Costa, Eduardo Gaag, Osiel de Almeida,Fernado Pinto,Pedro
Ozair, Maria Regina Costa, Khatia Britto, Lêda Quinderé e Giselle Torres, Patrícia
Texeira de Oliveira, Ana Miryam de Medeiros, Julita Pipolo e Neusa Sales, por todos os
ensinamentos e por terem sidos mestres e pais, que eu pude contar durante esses anos.
Muito obrigada pela amizade, apoio e carinho.
Aos funcionários da biblioteca setorial do Departamento de Odontologia, Ossian
Fernandes, Hadassa bulhões, Cecília dos Reis e Mônica Santos Reis,que se mostraram
super simpáticos, atenciosos e carinhosos. Muito obrigada pela ajuda na busca dos
artigos durante esses anos, e pela amizade.
Aos funcionários do Departamento de Odontologia, em especial, Nelson Siqueira,
Paulo Raphael, Marcone Fernandes, Manuel Tavares, Eliane Silva (Eli) Jakelma
estevam (Jake) , ex-funcionária Rita Vieira (Dona Rita), Neide Cordeiro, Helia Teixeira,
Patrícia Costa, Katia Lourenço, Iris Barreto, Andréa Assunção e Gleiciane pereira,
Joana Gomes, Cristina Fagundes, Francisca Helena (Galega) e Maria Jóse Dias(José)
pela amizade, atenção, apoio e carinho.
As funcionárias (mãezonas) do Departamento de Odontologia,Severina Ramos, Rosário
Gomes e Claudia Christianne,por terem me apoiado grandiosamente, em todos os
momentos com muito carinho,amor e alegria.
Aos meus colegas de graduação, em especial, Roberto Fagner, Ana Clara Gurgel,
Larissa Luz, Mariana Cavalcante, Iara Suellen, Rodolfo Xavier, Haroldo Gurgel,
Thamirys Dantas, Dánia Mendes, Lucas Azevedo, Kézia Raphaela Alves, Aliane
Bezerra e Klinger Ralf, pela união de me proporcionar boa cirurgia e recuperação.
Muito obrigada por terem me assistido no momento que eu mais precisei com muito
carinho e amor.
Aos amigos – famílias, que Deus me concedeu, Rosineide Gonçalves, Roberta e Hebert
Borges, Maria De Fátima Borges, Kátia e Fernando Bezerra e Zélia de Andrade, pelas
orações,apoio e por sempre estiverem presentes em todos os momentos.
As minhas duplas das clínicas, Pedro Alcoforado e Carla Rodrigues, pela paciência e
conhecimento compartilhado. E por terem alegrado meus dias com muito amor e
carinho.
As amigas, Laís De Lauro, Aline Zuñiga, Daniele souza e Amanda Lucas, pelo
carinho,amor e pela amizade de vocês que signfica muito para mim.
A Fabiola Sandrine Etoundi, por ter sido amiga – irmã, que eu pude contar tanto nos
momentos de tristeza como de alegria.
“Nosso medo mais profundo não é de sermos inadequados. Nosso medo mais profundo
é que nós somos poderosos além da medida. O que mais nos espanta é a nossa luz, e
não nossa treva.
Nos perguntamos a nós mesmos, Quem sou eu para ser brilhante, belo, talentoso,
fabuloso? Na verdade quem é você para não ser?
Você é um filho de Deus. Fazer-se de pequeno não serve ao mundo.
Não há nada de iluminado em encolher-se para as pessoas não se sentirem inseguras
perto de você. Nós todos somos concebidos para brilhar, como uma criança o é. Nós
nascemos para fazer manifestar a glória de Deus que está em nós.
Não é somente em alguns de nós; é em todos nós.
E ao permitirmos nossa própria luz brilhar, nós inconscientemente damos a outras
pessoas permissão para fazer o mesmo. Ao liberarmo-nos de nosso próprio medo,
nossa presença automaticamente libera outros”.
(Marianne williamson)
SUMÁRIO
INTRODUÇAO ............................................................................................... 10
METODOLOGIA.......................................................................................... 11
RESULTADOS.............................................................................................. 11
DISCUSSÃO.................................................................................................. 12
CONCLUSÃO............................................................................................... 15
FIGURAS……………………………………………………………………. 17
TABELAS…………………………………………………………………….. 20
REFERÊNCIAS............................................................................................ 21
ANEXOS………………………………………………………………………. 23
MIXOMA ODONTOGÊNICO: Estudo clínicopatológico e de acompanhamento de 10
casos
ODONTOGENIC MIXOMA: A clinicopathological study and accompaniment of 10
cases.
Etiana Lopes Vieira, Haroldo Osório-Júnior, José Sandro Pereira da Silva, André Luiz
Marinho Falcão Gondim, Éricka Janine Dantas da Silveira
ªDepartamento de odontologia, Universidade Federal do Rio Grande Do Norte (UFRN),
Natal-RN, Brasil.
Endereço do autor correspondente
Éricka Janine Dantas da Silveira
Departamento de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Av. Senador Salgado Filho, 1787, Lagoa Nova
CEP 59056-000 Natal, RN, Brasil
Phone/Fax: +55 84 3215-4138
e-mail: [email protected]
RESUMO
Introdução: O mixoma odontogênico (MO) é um tumor odontogênico benigno, raro, que
exibe crescimento lento, infiltrativo e difícil manejo na clínica odontológica pelas elevadas
taxas de recidivas.
Objetivos: Realizar um estudo clínicopatológico e de acompanhamento de 10 casos de
mixoma odontogênico em um serviço de Diagnóstico Oral do Nordeste Brasileiro.
Material e Métodos: Os dados clínicos, radiográficos e de tratamento foram coletados a
partir dos prontuários clínicos e foi realizada análise descritiva dos dados.
Resultados: Dos 10 casos, houve distribuição igual entre os sexos e faixa etária variou de 14
a 33 anos, com média de idade de 22.2 anos. Setenta e cinco por cento das lesões ocorreram
na região posterior da mandíbula, com predomínio do aspecto radiolúcido multilocular (75%)
e maioria dos casos foi assintomática (80%). O tratamento conservador foi realizado em todos
os casos inicialmente, sendo verificadas recidva em 30% dos casos.
Conclusões: MO exibe um perfil clínico bem definido e de fato, a escolha do tratamento deve
considerar vários aspectos como idade do paciente, tamanho da lesão e localização.
Palavras-chave: Mixoma. Diagnóstico. Tratamento. Acompanhamento.
ABSTRACT
Introduction: The Odontogenic myxoma (OM) is a benign odontogenic tumor, rare,
exhibiting slow and infiltrative growth. This tumor exhibits unwieldy in clinic practice by
high rates of recurrence.
Objectives: We performed a clinicopathologic and accompaniment study on 10 cases of OM
in an Oral diagnostic service of the Brazilian Northeast. Methods: The clinical, radiographic
and treatment were collected from clinical records.
Results: Of the 10 cases, there was equal distribution between the sexes and age ranged from
14 to 33 years, with a mean age of 22.2 years. Seventy per cent of the tumors occurred in the
posterior region of the mandible, with a predominance of multilocular radiolucent appearance
(75%) and most cases were asymptomatic (80%). Conservative treatment was performed in
all cases initially being verified recurrence in 30% of cases.
Conclusions: The OMs evidence a well-defined clinical profile and in fact, the choice of
treatment should consider various aspects such as patient age, lesion size and location.
Keywords: myxoma. Diagnosis. Treatment. Management
10
INTRODUÇÃO
Uma grande variedade de neoplasias orais acometem os ossos maxilares que
podem ser de origem odontogênica ou não odontogênica. Dentre estas citam-se os tumores
odontogênicos que na maioria dos casos acometem a mandíbula e mesmo sendo benignos,
podem apresentar comportamento localmente agressivo e infiltrativo1,2
.
O mixoma odontogênico (MO) é um tumor odontogênico benigno relativamente
raro que representa cerca de 3 a 6% dos tumores odontogênicos2,3
. Esta neoplasia pode se
originar da papila dentária, folículo ou ligamento periodontal3,4
. Geralmente é uma lesão
assintomática que mostra um padrão de crescimento infiltrativo e pode provocar uma
destruição do osso medular com expansão da cortical óssea. Frequentemente, a lesão é capaz
de perfurar e invadir os tecidos moles adjacentes e osso cortical. Acomete mais pacientes na
terceira década de vida, sendo a mandíbula e maxila igualmente afetadas3.
O MO exibe uma taxa de recorrência de aproximadamente 25%, principalmente
quando realizado tratamento conservador. Kavase-Koga et al.2 e Rocha et al.
5 relataram que o
tratamento do MO varia de uma enucleação e curetagem conservadoras a ressecção e
hemimandilectomia e desta forma a escolha do tratamento mais adequado para este tumor tem
sido discutido na literatura.
A realização de pesquisas que descrevam as características sócio-demográficas
dos MOs, condutas de tratamento e acompanhamento desta entidade é muito importante para
o conhecimento da comunidade científica, já que esta é uma neoplasia odontogênica rara,
localmente agressiva e de tratamento ainda controverso. Assim, o objetivo deste estudo foi
realizar um estudo clínicopatológico e de acompanhamento de 10 casos de MO e discutir
aspectos importantes em relação ao tratamento e acompanhamento dessas lesões.
11
METODOLOGIA
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte conforme parecer nº 1.177.339 e foi realizada de acordo com a
resolução 466/12.
O estudo foi do tipo retrospectivo e seccional de casos de MO diagnosticados no serviço
de histopatologia do Departamento de Odontologia da UFRN e acompanhados junto ao
Serviço da Cirurgia Buco-Maxilo Facial e de Diagnóstico Oral do Departamento de
Odontologia da UFRN no período de janeiro de 1985 à março de 2016.
Na amostra total foram incluídos os casos cujos prontuários continham os dados
clínicos, radiográficos, histopatológicos, de acompanhamento de no mínimo 6 meses e dos
pacientes que aceitaram a participar da pesquisa. Foram excluídos os casos que não
continham os dados clínicos e radiográficos para caracterização da lesão assim como os casos
nos quais os pacientes não compareceram para acompanhamento.
RESULTADOS
No período da pesquisa, foram diagnosticados 18 casos de pacientes com MO,
porém 10 pacientes compareceram ao acompanhamento. Os dados dos pacientes que
compareceram ao acompanhamento encontram-se descritos na tabela 1. Houve distribuição
igual entre os sexos e faixa etária variou de 14 a 33 anos, com média de idade de 22.2 anos.
Setenta e cinco por cento das lesões ocorreram na região posterior da mandíbula
e 25% na da maxila. Todos os casos foram assintomáticos e em 80% dos casos houve
expansão da cortical óssea. Dois casos exibiram deslocamento dentário. A maioria dos
pacientes evidenciou aspecto radiolúcido multilocular (60%).
12
Pôde-se observar que todos os casos (100% dos casos) foram inicialmente
tratados de uma forma conservadora, sendo evidenciada recidiva em 30% dos pacientes.
As figuras 1, 2, 3, 4, 5 e 6 demonstram um caso de MO em uma paciente do
sexo feminino tratado de forma conservadora e com 3 anos de acompanhamento sem
recidivas.
- Figura 1. Aspecto clínico intraoral evidenciando que não há alteração.
- Figura 2. Aspecto radiográfico exibindo imagem radiolúcida multilocular na
região esquerda da mandíbula (seta).
- Figura 3. Loja cirúrgica durante biópsia incisional evidenciando aspecto
gelatinoso da lesão (seta).
- Figura 4. Aspecto histopatológico da lesão.
- Figura 5. Tomografia em cone bean evidenciando detalhes da lesão.
- Figura 6. Acompanhamento de 2 anos e 5 meses sem sinais de recidiva.
DISCUSSÃO
Desde a sua descrição original por Thoma e Goldman em 1947 a natureza do MO tem
sido um assunto de controvérsia6. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2005), o
MO é classificado como um tumor benigno de origem mesenquimal com ou sem epitélio
odontogênico7. Essa lesão é uma neoplasia incomum dos ossos maxilares e representa apenas
3% de todos os tumores odontogênicos8. Na presente pesquisa pôde-se constatar a raridade
dessa lesão, já que dentre 14.000 casos registrados no serviço de Histopatologia de Patologia
oral da UFRN, apenas 0.12% representaram mixomas odontogênicos. Em um estudo
13
realizado por da Silva et al.9, em 289 tumores odontogênicos em uma população brasileira,
foram encontrados 10 casos desses tumores. Em 2015, em um estudo epidemiológico em 218
casos de tumores odontogênicos em um período de 12 anos, Seckerci et al10
, encontraram
apenas 5 casos desse tipo de tumor mesenquimal.
O perfil clínico do presente estudo está de acordo com as informações
disponíveis em alguns estudos clínico-patológicos, que indicam que a faixa etária mais
acometida pelo MO é na segunda e terceira década de vida6,9,11
, sendo a média de idade dos
pacientes do presente estudo de 22.2 anos. A média de idade dos 33 casos de MO analisados
na pesquisa de Simon et al.11
foi de 26.1 anos. De forma geral, o MO é raro em pacientes com
idade inferior a 10 e acima de 50 anos11
, não sendo encontrado nenhum caso nestas faixas
etárias na presente pesquisa.
Nos pacientes do presente estudo, não houve predileção por sexo, semelhante a
alguns estudos12,13
, porém, nas pesquisas de Martinez-Mata, et al6, Simon, et al
11 e Manne et
al.14
, o sexo feminino foi o mais acometido. A região posterior da mandibula foi a mais
acometida (75%), conforme relatado na literatura6,11,12,14,15
.
O MO é comumente descrito como um tumor de crescimento lento e geralmente
assintomático. Nesse estudo foi evidenciada sintomatologia em apenas um caso em uma
paciente do sexo feminino de 31 anos, no entanto, 80% dos pacientes apresentaram expansão
da cortical óssea e em dois casos houve deslocamento dentário, porém nenhum caso exibiu
perfuração da cortical óssea e invasão de tecidos moles, resultados diferente foram
observadas na pesquisa de Simon et al.11
, na qual sete casos de MOs evidenciaram
sintomatologia. O crescimento rápido tem sido relatado em alguns casos na literatura11
.
O aspecto radiográfico dos MOs pode variar de uma imagem radiolúcida
unilocular a uma lesão multicística com margens bem definidas ou difusas e com um fino
14
trabeculado ósseo dentro de sua estrutura, assemelhando-se a "favos de mel" ou "bolhas de
sabão"2,16
. Sessenta por cento dos casos aqui analisados exibiu imagem radiolúcida
multilocular, sem reabsorção de raízes, aspecto esse relatado em cerca de 50% dos casos de
mixomas odontogênicos. Estes aspectos radiográficos não são exclusivos desta lesão, já que o
fibroma odontogênico, displasia fibrosa, ameloblastoma, cisto dentígero, ceratocisto
odontogênico central, granuloma de células gigantes, osteossarcoma, fibrossarcoma, fibroma
ossificante e condrossarcoma podem exibir aspectos semelhantes a esses15
. Dessa forma, a
biópsia desempenha um importante papel no diagnóstico preciso do mixoma odontogênico.
Microscopicamente, o MO é composto por células mesenquimais, de formato
fusiformes ou estrelado arranjadas em um estroma frouxo, mixóide. Geralmente, a lesão é
bem celularizada e tais células não exibem pleomorfismo, sendo evidenciado em alguns casos
remanescentes de epitélio odontogênico17
. Farman et al.18
revisaram os achados histoquímicos
dos MOs e encontraram que estas lesões são compostas em cerca de 80% por ácido
hialurônico e 20% por sulfato de condroitina, onde as células tumorais parecem ser
relativamente inativas com baixos níveis de enzimas oxidativas. Todos os casos selecionados
para o presente estudo exibiram características histológicas clássicas descritas para os
mixomas odontogênicos.
Histologicamente o MO faz diagnóstico diferencial com rabdomiossarcoma,
lipossarcoma mixóide, sarcoma neurogênico, neurofibroma, fibroma condromixóide e fasciite
nodular, segundo Melo et al16
.
Kansy et al.3
relataram que o manejo dos casos de MO vai depender da
localização da lesão, idade do paciente, tamanho do tumor e experiência individual. Conforme
relataram Leiser et al.19
, apesar da natureza benigna dessas lesões, tem sido relatada alta taxa
de recorrência especialmente quando a curetagem é o tratamento de escolha e dessa forma, a
15
escolha do tratamento vai influenciar diretamente na probabilidade da lesão recidivar. Em
crianças, existe uma tendência ao tratamento ser mais conservador, enquanto que em adultos a
escolha é pelo tratamento mais radical para minimizar a probabilidade de ter recorrência.
Quando localizados em maxila, existe uma tendência desses tumores infiltrarem no seio
maxilar, atingirem assoalho de órbita e até a base do cérebro, resultando em um tumor não
ressecável, especialmente nos casos que constituem recidivas.
Os MOs possuem alto índice de recidiva, Ssegundo Melo et al.16
devido
principalmente a sua consistência gelatinosa e ausência de cápsula, faz-se necessário que o
tratamento inicial seja bastante eficaz.
Diante de lesões pequenas, é proposto um tratamento mais conservador com
base na enucleação seguida de curetagem da loja óssea15
. Todos os casos desta série foram
tratados de uma forma conservadora, porém em um dos casos que ouve recidiva a segunda
intervenção foi realizada maxilectomia. De fato, Kansy et al.13
relatam que abordagens mais
radicais para esses tumores estão indicadas em casos de recidivas.
De forma geral, os autores sugerem que o acompanhamento de pacientes
portadores de MOs deve ser prolongado, em função da probabilidade de recidiva que pode
varia de 5 a 10%13
e esta ocorre principalmente nos 2 primeiros anos. De acordo com a
experiência do presente estudo, uma limitação muito importante que dificultou a obtenção de
mais dados em relação a recidivas dessas lesões é o não retorno dos pacientes ao serviço para
acompanhamento, já que de 18 pacientes selecionados, apenas 10 encontram-se em
acompanhamento no Serviço em questão.
16
CONCLUSÃO
Os resultados deste estudo nos permitiu concluir que o MO exibe um perfil
clínico bem definido, onde a maioria dos casos ocorre mais em pacientes das segundas e
terceiras décadas de vida, em região posterior de mandíbula e que de fato, a escolha do
tratamento deve considerar vários aspectos como idade do paciente, tamanho da lesão e
localização, já que dependendo da localização e comprometimento de estruturas como órbita e
cérebro o tumor pode se tornar até irressecável. Adicionalmente, um importante aspecto que
deve ser levado em consideração é a possibilidade de os pacientes não comparecerem
adequadamente para as consultas de controle, mesmo sendo esclarecido de que esta é uma
lesão que pode recidivar, especialmente nos dois primeiros anos após o tratamento e nos casos
onde é realizado tratamento conservador como curetagem.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem aos responsáveis pelo Serviço de Cirurgia Buco-Maxilo-
Facial da UFRN pela colaboração no fornecimento dos dados para o estudo de
acompanhamento desta pesquisa.
17
FIGURAS
Figura 1. Aspecto clínico intraoral evidenciando que não há alteração.
Figura 2. Aspecto radiográfico exibindo imagem radiolúcida multilocular na região esquerda
da mandíbula (seta).
18
Figura 3. Loja cirúrgica durante biópsia incisional evidenciando aspecto gelatinoso da
lesão (seta)
Figura 4. Aspecto histopatológico da lesão
19
Figura 5. Tomografia em cone bean evidenciando detalhes da lesão
Figura 6. Acompanhamento de 2 anos e 5 meses sem sinais de recidiva.
10
Tabela 1. Dados clínicos, radiográficos de tratamento e acompanhamentos nos 10 casos de MO em acompanhamento
Sexo Idade de
diagnóstico
Localização Sintomatolo
gia
Expansão
de cortical
Aspecto
radiográfico
Tratamento Recidiva Tempo de
acompanhamento
M 15 anos Maxila Assintomátic
o
sim Imagem
radiolúcida
multilocular
Conservador Não 10 anos
F 20 anos Região posterior de
mandíbula
Assintomátic
o
sim Imagem
radiolúcida
multilocular
Conservador Sim 9 anos
M 26 anos Maxila Assintomátic
o
sim Imagem
radiolúcida
multilocular
Conservador Não 6 anos
M 14 anos Região posterior de
mandíbula
Assintomátic
o
Sim Imagem
radiolúcida
multilocular
Conservador Não 7 anos
M 18 anos Região posterior de
mandíbula
Assintomátic
o
Sim/
deslocament
o dentário
Imagem
radiolúcida
multilocular
Conservador Sim 5 anos
F 31 anos Região posterior de
mandíbula
Sintomático Sim Imagem
radiolúcida
multilocular
Conservador Não 10 anos
F 21 anos Região posterior de
mandíbula
Assintomátic
o
Não Imagem
radiolúcida
unilocular
Conservador Não 2 anos
F 25 anos Região posterior de
mandíbula
Assintomátic
o
Não Imagem
radiolúcida
unilocular
Conservador Não 3 anos
M 33 anos Região posterior de
mandíbula
Assintomátic
o
Sim Imagem
radiolúcida
unilocular
Conservador Não 4 anos
F 19 anos Maxila Assintomátic
o
Sim/
deslocament
o dentário
Imagem
semelhante a
vidro despolido
Conservador
Após recidiva
maxilectomia
Sim 10 anos
10
REFERÊNCIAS
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12
ANEXOS
13
14
15
16
17
REVISTA DE ODONTOLOGIA DA UNESP
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- A Revista de Odontologia da UNESP tem publicação bimestral e tem o direito de submeter todos os
artigos a um corpo de revisores, totalmente autorizados para decidir pela aceitação, ou para devolvê-
los aos autores com sugestões e modificações no texto, e/ou para adaptação às regras editoriais da
revista.
- Os conceitos afirmados nos trabalhos publicados são de inteira responsabilidade dos autores, não
refletindo obrigatoriamente a opinião do Editor Científico ou do Corpo Editorial.
- As datas do recebimento do artigo, bem como sua aprovação, devem constar na publicação.
CRITÉRIOS DE ANÁLISE DOS ARTIGOS
- Os artigos são avaliados primeiramente quanto ao cumprimento das normas de publicação e
analisados em programa específico quanto a ocorrência de plágio.
- Os artigos que estiverem de acordo com as normas são avaliados por um Editor de Área, que o
encaminha ao Editor Científico para uma análise quanto à adequação ao escopo e quanto a critérios
mínimos de qualidade científica e de redação. Depois da
análise, o Editor Científico pode recusar os artigos, com base na avaliação do Editor de Área, ou
encaminhá-los para avaliação por pares.
18
- Os artigos aprovados para avaliação pelos pares são submetidos à análise quanto ao mérito e método
científico por, no mínimo, dois revisores; mantendo-se sigilo total das identidades dos autores.
- Quando necessária revisão, o artigo é devolvido ao autor correspondente para as alterações,
mantendo-se sigilo total das identidades dos revisores. A versão revisada é ressubmetida, pelos
autores, acompanhada por uma carta resposta (cover letter), explicando cada uma das alterações
realizadas no artigo a pedido dos revisores. As sugestões que não forem aceitas devem vir
acompanhadas de justificativas convincentes. As alterações devem ser destacadas no texto do artigo
em negrito ou em outra cor. Quando as sugestões e/ou correções forem feitas diretamente no texto,
recomendam-se modificações nas configurações do Word, para que a identidade do autor seja
preservada. O artigo revisado e a carta resposta são, inicialmente, avaliados pelo Editor Científico, que
os envia aos revisores, quando solicitado.
- Nos casos de inadequação da língua portuguesa ou inglesa, uma revisão técnica por um especialista é
solicitada aos autores.
- Nos casos em que o artigo for rejeitado por um dos dois revisores, o Editor Científico decide sobre
seu envio para a análise de um terceiro revisor.
- Nos casos de dúvida sobre a análise estatística, esta é avaliada pelo estatístico consultor da revista.
CORREÇÃO DAS PROVAS DOS ARTIGOS
- A prova final dos artigos é enviada ao autor correspondente através de e-mail com um link para
baixar o artigo diagramado em PDF para aprovação final.
- O autor dispõe de um prazo de 72 horas para correção e devolução do original devidamente revisado,
se necessário.
- Se não houver retorno da prova em 72 horas, o Editor Científico considera como final a versão sem
alterações, e não são mais permitidas maiores modificações. Apenas pequenas modificações, como
correções de ortografia e verificação das ilustrações, são aceitas. Modificações extensas implicam a
reapreciação pelos revisores e atraso na publicação do artigo.
- A inclusão de novos autores não é permitida nessa fase do processo de publicação.
FORMA E PREPARAÇÃO DE MANUSCRITOS
SUBMISSÃO DOS ARTIGOS
Todos os manuscritos devem vir, obrigatoriamente, acompanhados da Carta de Submissão, do
Certificado do Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição, como também da Declaração de
19
Responsabilidade, da Transferência de Direitos Autorais e da Declaração de Conflito de Interesse
(documento explicitando presença ou não de conflito de interesse que possa interferir na
imparcialidade do trabalho científico) assinada pelo(s) autor(es) (modelos anexos). O manuscrito deve
ser enviado em dois arquivos: um deles deve conter somente o título do trabalho e respectivos autores;
o outro, o artigo completo sem a identificação dos autores.
PREPARAÇÃO DO ARTIGO
Deverão ser encaminhados a revista os arquivos: 1. página de identificação 2. artigo 3. ilustrações 4.
carta de submissão 5. cópia do certificado da aprovação em Comitê de Ética, Declaração de
Responsabilidade, Transferência de Direitos Autorais e Declaração de Conflito de Interesse
Página de identificação
A página de identificação deve conter as seguintes informações:
• títulos em português e em inglês devem ser concisos e refletir o objetivo do estudo.
• nomes por extenso dos autores (sem abreviatura), com destaque para o sobrenome (em negrito ou em
maiúsculo) e na ordem a ser publicado; nomes da instituição aos quais são afiliados (somente uma
instituição), com a respectiva sigla da instituição (UNESP, USP, UNICAMP, etc.); cidade, estado
(sigla) e país (Exemplo: Faculdade de Odontologia, UNESP Univ - Estadual Paulista, Araraquara, SP,
Brasil). Os autores deverão ser de no máximo 5 (cinco). Quando o estudo for desenvolvidos por um
número maior que 5 pesquisadores, deverá ser enviada justificativa, em folha separada, com a
descrição da participação de todos os autores. A revista irá analisar a justificativa baseada nas
diretrizes do "International Committee of Medical Journal Editors", disponíveis em
http://www.icmje.org/ethical_1author.html.
• endereço completo do autor correspondente, a quem todas as correspondências devem ser
endereçadas, incluindo telefone, fax e e-mail;
• e-mail de todos os autores.
Artigo O texto, incluindo resumo, abstract, tabelas, figuras e referências, deve estar digitado no
formato .doc, preparado em Microsoft Word 2007 ou posterior, fonte Times New Roman, tamanho 12,
espaço duplo, margens laterais de 3 cm, superior e inferior com 2,5 cm, e conter um total de 20 laudas.
Todas as páginas devem estar numeradas a partir da página de identificação.
Resumo e Abstract
20
O artigo deve conter RESUMO e ABSTRACT precedendo o texto, com o máximo de 250 palavras,
estruturado em seções: introdução; objetivo; material e método; resultado; e conclusão. Nenhuma
abreviação ou referência (citação de autores) deve estar presente.
Descritores/Descriptors
Indicar os Descritores/Descriptors com números de 3 a 6, identificando o conteúdo do artigo, e
mencioná-los logo após o RESUMO e o ABSTRACT.
Para a seleção dos Descritores/Descriptors, os autores devem consultar a lista de assuntos do MeSH
Data Base (http://www. ncbi.nlm.nih.gov/mesh) e os Descritores em Ciências da Saúde – DeCS
(http://decs.bvs.br/).
Deve-se utilizar ponto e vírgula para separar os descritores/descriptors, que devem ter a primeira letra
da primeira palavra em letra maiúscula. Exemplos: Descritores: Resinas compostas; dureza.
Descriptors: Photoelasticity; passive fit.
Introdução Explicar precisamente o problema, utilizando literatura pertinente, identificando alguma
lacuna que justifique a proposição do estudo. No final da introdução, estabelecer a hipótese a ser
avaliada.
Material e método Apresentar com detalhes suficientes para permitir a confirmação das observações e
possibilitar sua reprodução. Incluir cidade, estado e país de todos os fabricantes, depois da primeira
citação dos produtos, instrumentos, reagentes ou equipamentos. Métodos já publicados devem ser
referenciados, exceto se modificações tiverem sido feitas. No final do capítulo, descrever os métodos
estatísticos utilizados.
Resultado Os resultados devem ser apresentados seguindo a sequência do Material e método, com
tabelas, ilustrações, etc. Não repetir no texto todos os dados das tabelas e ilustrações, enfatizando
somente as observações importantes. Utilizar o mínimo de tabelas e de ilustrações possível.
Discussão Discutir os resultados em relação à hipótese testada e à literatura (concordando ou
discordando de outros estudos, explicando os resultados diferentes). Destacar os achados do estudo e
não repetir dados ou informações citados na introdução ou nos resultados. Relatar as limitações do
estudo e sugerir estudos futuros.
Conclusão A(s) conclusão(ões) deve(m) ser coerentes com o(s) objetivo(s), extraídas do estudo, não
repetindo simplesmente os resultados.
Agradecimentos Agradecimentos às pessoas que tenham contribuído de maneira significativa para o
estudo e agências de fomento devem ser realizadas neste momento. Para o(s) auxílio(s) financeiro(s)
21
deve(m) ser citado o(s) nome(s) da(s) organização(ões) de apoio de fomento e o(s) número(s) do(s)
processo(s).
Ilustrações e tabelas
As ilustrações, tabelas e quadros são limitadas no máximo de 4 (quatro). As ilustrações (figuras,
gráficos, desenhos, etc.), são consideradas no texto como figuras. Devem ser numeradas
consecutivamente em algarismos arábicos segundo a ordem em que aparecem no texto e indicadas ao
longo do Texto do Manuscrito, logo após sua primeira citação com as respectivas legendas. As figuras
devem estar em cores originais, digitalizadas em formato tif, gif ou jpg, com no mínimo 300dpi de
resolução, 86 mm (tamanho da coluna) ou 180 mm (tamanho da página inteira). As legendas
correspondentes devem ser claras, e concisas. As tabelas e quadros devem ser organizadas e
numeradas consecutivamente em algarismos arábicos segundo a ordem em que aparecem no texto e
indicadas ao longo do Texto do Manuscrito, logo após sua primeira citação com as respectivas
legendas. A legenda deve ser colocada na parte superior. As notas de rodapé devem ser indicadas por
asteriscos e restritas ao mínimo indispensável.
Citação de autores no texto Os autores devem ser citados no texto em ordem ascendente A citação dos
autores no texto pode ser feita de duas formas: Numérica : as referências devem ser citadas de forma
sobrescrita. Exemplo: Radiograficamente, é comum observar o padrão de “escada”, caracterizado por
uma radiolucidez entre os ápices dos dentes e a borda inferior da mandíbula.6,10,11,13
Alfanumérica • um autor: Ginnan4 • dois autores: separados por vírgula - Tunga, Bodrumlu13
• três autores ou mais de três autores: o primeiro autor seguido da expressão et al. - Shipper et al.2
Exemplo: As técnicas de obturação utilizadas nos estudos abordados não demonstraram ter tido
influência sobre os resultados obtidos, segundo Shipper et al.2 e Biggs et al.5 Shipper et al.2, Tunga,
Bodrumlu13 e Wedding et al.18, […]
Referências
Todas as referências devem ser citadas no texto; devem também ser ordenadas e numeradas na mesma
sequência em que aparecem no texto. Citar no máximo 25 referências.
As Referências devem seguir os requisitos da National Library of Medicine (disponível em
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK7256/).
Os títulos dos periódicos devem ser referidos de forma abreviada, sem negrito, itálico ou grifo, de
acordo com o Journals Data Base (PubMed) (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/nlmcatalog/journals), e,
para os periódicos nacionais, verificar o Portal de Revistas Científicas em Ciências da Saúde da
Bireme (http://portal.revistas.bvs.br/?lang=pt).
22
A exatidão das referências constantes da listagem e a correta citação no texto são de responsabilidade
do(s) autor(es) do artigo. Citar apenas as referências relevantes ao estudo.
Referências à comunicação pessoal, trabalhos em andamento, artigos in press, resumos, capítulos de
livros, dissertações e teses não devem constar da listagem de referências. Quando essenciais, essas
citações devem ser registradas por asteriscos- no rodapé da página do texto em que são mencionadas.
EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS
ARTIGOS DE PERIÓDICOS
Duane B. Conservative periodontal surgery for treatment of intrabony defects is associated with
improvements in clinical parameters. Evid Based Dent. 2012;13(4):1156.
Litonjua LA, Cabanilla LL, Abbott LJ. Plaque formation and marginal gingivitis associated with
restorative materials. Compend Contin Educ Dent. 2012 Jan;33(1):E6E10.
Sutej I, Peros K, Benutic A, Capak K, Basic K, Rosin-Grget K. Salivary calcium concentration and
periodontal health of young adults in relation to tobacco smoking. Oral Health Prev Dent.
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Tawil G, Akl FA, Dagher MF, Karam W, Abdallah Hajj Hussein I, Leone A, et al. Prevalence of IL-
1beta+3954 and IL-1alpha-889 polymorphisms in the Lebanese population and its association with the
severity of adult chronic periodontitis. J Biol Regul Homeost Agents. 2012 Oct-Dec;26(4):597-606.
Goyal CR, Klukowska M, Grender JM, Cunningham P, Qaqish J. Evaluation of a new multi-
directional power toothbrush versus a marketed sonic toothbrush on plaque and gingivitis efficacy.
Am J Dent. 2012 Sep;25 Spec No A(A):21A-26A.
Caraivan O, Manolea H, Corlan Puşcu D, Fronie A, Bunget A, Mogoantă L. Microscopic aspects of
pulpal changes in patients with chronic marginal periodontitis. Rom J Morphol Embryol. 2012;53(3
Suppl):725-9.
LIVROS
Domitti SS. Prótese total articulada com prótese parcial removível. São Paulo: Santos; 2001.
Todescan R, Silva EEB, Silva OJ. Prótese parcial removível : manual de aulas práticas disciplina I.
São Paulo: Santos ; 2001.
Gold MR, Siegal JE, Russell LB, Weintein MC, editors. Cost‑ effectiveness in health and medicine.
Oxford: Oxford University Press; 1997.
23
PRINCÍPIOS ÉTICOS E REGISTRO DE ENSAIOS CLÍNICOS
- Procedimentos experimentais em animais e em humanos
Estudo em Humanos: Todos os trabalhos que relatam experimentos com humanos, ou que utilizem
partes do corpo ou órgãos humanos (como dentes, sangue, fragmentos de biópsia, saliva, etc.), devem
seguir os princípios éticos estabelecidos e ter documento que comprove sua aprovação (protocolo e
relatório final) por um Comitê de Ética em Pesquisa em seres humanos (registrado na CONEP) da
Instituição do autor ou da Instituição em que os sujeitos da pesquisa foram recrutados, conforme
Resolução 196/96 e suas complementares do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde.
Estudo em animais: Em pesquisas envolvendo experimentação animal, é necessário que o protocolo e
seu relatório final tenham sido aprovados pelo Comitê de Pesquisa em Animais da Instituição do autor
ou da Instituição em que os animais foram obtidos e realizado o experimento.
O Editor Científico e o Conselho Editorial se reservam o direito de recusar artigos que não
demonstrem evidência clara de que esses princípios foram seguidos ou que, ao seu julgamento, os
métodos empregados não foram apropriados para o uso de humanos ou de animais nos trabalhos
submetidos a este periódico.
Ética na Pesquisa: a Revista de Odontologia da UNESP preza durante todo o processo de avaliação
dos artigos pelo mais alto padrão ético. Todos os Autores, Editores e Revisores são encorajados a
estudarem e seguirem as orientações do Committee on Publication Ethics - COPE
(http://publicationethics.org,
http://publicationethics.org/files/International%20standards_authors_for%20website_11
_Nov_2011.pdf,
http://publicationethics.org/files/International%20standard_editors_for%20website_11_N
ov_2011.pdf) em todas as etapas do processo. Nos casos de suspeita de má conduta ética, está será
analisada pelo Editor chefe que tomará providências para que seja esclarecido. Quando necessário a
revista poderá publicar correções, retratações e esclarecimentos.
Casos omissos nestas normas são resolvidos pelo Editor Científico e pela Comissão Editorial.
ABREVIATURAS, SIGLAS E UNIDADES DE MEDIDA
Para unidades de medida, devem ser utilizadas as unidades legais do Sistema Internacional de
Medidas.
MEDICAMENTOS E MATERIAIS Nomes de medicamentos e de materiais registrados, bem como
produtos comerciais, devem aparecer entre parênteses, após a citação do material, e somente uma vez
(na primeira).
24
Editor Chefe
Profa. Dra. Rosemary Adriana Chierici Marcantonio E-mail: [email protected]
O artigo para publicação deve ser enviado exclusivamente pelo link de submissão online:
http://www.scielo.br/rounesp
MODELOS
Carta de Submissão, Responsabilidade, Transferência de Direitos Autorais
Prezado Editor,
Encaminho(amos) o artigo intitulado
___________________________________________________________ de autoria de
____________________________________________________________________ para análise e
publicação na Revista de Odontologia da UNESP. Por meio deste documento, transfiro(imos), para a
Revista de Odontologia da UNESP, os direitos autorais a ele referentes, que se tornarão de sua
exclusiva propriedade, sendo vedada qualquer reprodução total ou parcial, em qualquer outra parte ou
meio de divulgação impressa, sem que a prévia e necessária autorização seja solicitada e obtida, por
escrito, junto à Comissão Editorial da Revista. Certifico(amos) que o manuscrito é um trabalho de
pesquisa original, e que seu conteúdo não está sendo considerado para publicação em outras revistas,
seja no formato impresso ou eletrônico, reservando-se seus direitos autorais para a referida revista. A
versão final do trabalho foi lida e aprovada por todos os autores. Certifico(amos) que participei(amos)
suficientemente do trabalho para tornar pública minha(nossa) responsabilidade pelo seu conteúdo.
Datar e assinar ____/ ____/ _____ __________________________________________
Declaração de Conflito de Interesse
Os autores do artigo intitulado .....................................................................................................
declaram não possuir conflito de interesse que possa interferir na imparcialidade do trabalho científico.
Datar e assinar
____/ ____/ _____ __________________________________________
Observações: - Os coautores, juntamente com os autores principais, devem assinar a declaração de
responsabilidade acima, configurando, também, a mesma concordância dos autores do texto enviado
sobre sua publicação, se aceito pela REVISTA DE ODONTOLOGIA DA UNESP.