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/ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO JÉSSIKA WANESSA SOARES COSTA IMPACTOS DO ESTRESSE E SUA ASSOCIAÇÃO COM O COMPORTAMENTO ALIMENTAR DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM NATAL 2017

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/

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE

CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM

CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO

JÉSSIKA WANESSA SOARES COSTA

IMPACTOS DO ESTRESSE E SUA ASSOCIAÇÃO COM O COMPORTAMENTO

ALIMENTAR DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM

NATAL

2017

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JÉSSIKA WANESSA SOARES COSTA

IMPACTOS DO ESTRESSE E SUA ASSOCIAÇÃO COM O COMPORTAMENTO

ALIMENTAR DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM

Dissertação de mestrado apresentada ao

Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Enfermagem.

Área de Concentração: Enfermagem na Atenção

à Saúde.

Linha de Pesquisa: Vigilância à Saúde.

Grupo de Pesquisa: Ações Promocionais e de Assistência a Grupos Humanos em Saúde Mental e Coletiva.

Orientadora: Prof.ª Dr. ª Milva Maria Figueiredo De Martino.

NATAL

2017

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Bertha Cruz Enders Escola de Saúde da UFRN - ESUFRN

Costa, Jéssika Wanessa Soares. Impactos do estresse e sua associação com o comportamento alimentar dos graduandos em enfermagem / Jéssika Wanessa Soares Costa. - 2017. 83f.: il. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Natal, RN, 2017. Orientadora: Profa. Dra. Milva Maria Figueiredo De Martino. 1. Estudantes de Enfermagem - Dissertação. 2. Estresse - Dissertação. 3. Comportamento alimentar - Dissertação. I. Martino, Milva Maria Figueiredo De. II. Título. RN/UF/BS-Escola de Saúde CDU 616-083:612.3

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JÉSSIKA WANESSA SOARES COSTA

IMPACTOS DO ESTRESSE E SUA ASSOCIAÇÃO COM O COMPORTAMENTO

ALIMENTAR DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do

Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do titulo de Mestre em Enfermagem.

Aprovada em 21 de junho 2017.

Prof.ª Dr.ª Milva Maria Figueiredo De Martino Presidente da banca / Orientadora

Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Prof.ª Dr.ª Teresa Celia de Mattos Moraes dos Santos Avaliadora Externa

Universidade de Taubaté

Prof.ª Dr.ª Gabriela de Sousa Martins Melo Avaliadora Interna

Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Prof.ª Dr.ª Soraya Maria de Medeiros Avaliadora Interna

Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

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DEDICATÓRIA

Aos meus familiares, amigos

e mestres, que me guiaram com

amor e sabedoria.

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AGRADECIMENTOS

Primeirante, a Deus, sem Ele nada somos. Sua vontade reina em absoluto.

A minha orientadora, professora Dra. Milva Maria Figueiredo De Martino,

por ampliar minha visão sobre a pesquisa, pelos ensinamentos e disposição em

repassar seus conhecimentos. Nossos momentos foram enriquecedores. Muito

obrigada.

Aos meus pais, Neide Costa e Wilton Costa, pelos ensinamentos, esforços

e incentivos para que eu chegasse até está etapa da minha vida. Obrigada pelo

amor e colo nos momentos insertos e de dificuldade. Amo vocês!

Aos meus irmãos, Mateus Costa e Manoel Costa, pelos momentos de

ausência, lembrem-se que também foi por vocês as minhas noites em claro.

Aos meus avós, em especial a minha voinha Maria Aparecida por me

acolher em sua casa nos últimos anos com todo amor. As minhas desculpas pelos

livros espalhados pela casa!

Aos meus tios, tias e primos, que sempre me incentivaram e

demonstraram orgulho a cada passo conquistado.

Ao meu amor, Hélio Junior, pelos momentos de paciência, incentivo e amor

nos momentos de dificuldade. Obrigada pelo companheirismo nos momentos mais

felizes e de realização da minha vida.

Aos meus amigos, em especial, Kadyjina Lúcio, Eliabe Medeiros, Cristiane

Marques e Fernanda Dantas, vocês foram cruciais na construção deste sonho. Não

tenho dúvida que a nossa amizade irá perdurar por muitos e muitos anos, obrigada

pela mão amiga nos momentos de desespero.

A minha cunhada, Erica Poliana pelo auxilio na estruturação desta

dissertação.

As professoras Isabelle Katherinne e Gabriela Melo, por guiar os meus

primeiros passos no universo da pesquisa.

As colegas do grupo de pesquisa, Kézia Katiane e Danila Silva, pelo apoio

essencial na construção desta pesquisa.

Ao Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, em especial, aos professores e alunos, que dispuseram do seu

precioso tempo para participarem desta pesquisa.

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Ao Programa de Pós-graduação, pela oportunidade de prestigiar

professores maravilhosos, que somaram no meu crescimento profissional e

pessoal.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(CAPES), pela disponibilidade da bolsa de Mestrado, crucial para o

desenvolvimento desta pesquisa.

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COSTA, J.W.S. Impactos do estresse e sua associação com o comportamento

alimentar dos graduandos em enfermagem. 84f. Dissertação (Mestrado em

Enfermagem) – Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, Natal, RN, 2017.

RESUMO

Introdução: Com as oportunidades crescentes para ingressar no meio

acadêmico, anualmente, milhares de pessoas cruzam as portas das

universidades. Neste novo cenário, o estudante depara-se com inúmeros fatores

estressores frente aos novos desafios. Objetivo: Analisar os níveis de estresse e

sua associação com o comportamento alimentar dos discentes da graduação em

Enfermagem de uma universidade pública. Método: Trata-se de um estudo

transversal, observacional, com abordagem quantitativa, realizado com 280

estudantes do curso de graduação em Enfermagem. As informações foram

coletadas de 20 de Fevereiro a 21 de Março de 2017, através de três

questionários: Questionário para levantamento dos dados sociodemográficos,

escala para Avaliação de Estresse em Estudantes de Enfermagem e o

Questionário Holandês do Comportamento Alimentar. A aplicação dos

instrumentos ocorreu em sala de aula simultaneamente, após o período de

realização das primeiras provas avaliativas e mediante autorização da

coordenação das disciplinas. Os horários para a coleta foram pré-estabelecidos

pela coordenação das disciplinas, distribuídos nos turnos: matutino e vespertino.

Todos os participantes foram orientados sobre os procedimentos para coleta de

dados, com tempo de aplicação máxima de 15 minutos. Resultados: Com a

realização das análises, foi possível estabelecer os níveis de estresse por domínio

de acordo com o período do curso dos estudantes. Corroborando para o seguinte

resultado considerando o mais elevado nível de estresse em relação a cada

domínio: atividade prática e comunicação profissional maior nível no 4º período;

gerenciamento de tempo, 9º período; ambiente e formação profissional, 5º

período; e atividade teórica, no 7º período. Conclusão: Constatou-se mediante o

delineamento dos resultados correlação significativa entre três dos seis domínios

da escala de estresse e o comportamento alimentar dos discentes

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do curso de Enfermagem. As análises demonstraram correlação positiva entre os

domínios comunicação profissional e gerenciamento do tempo versus

comportamento alimentar, evidenciando que quanto maior o estresse maior a

compulsão alimentar. O domínio formação profissional versus comportamento

alimentar, apresentou correlação negativa quando relacionados, demonstrando

que quanto maior o estresse menor a compulsão alimentar. Neste sentindo, faz-

se relevante o desenvolvimento de pesquisas futuras na tentativa de desenvolver

ações e estratégias que visem trabalhar a orientação destes discentes ao lidar

com os estímulos estressores na tentativa de controlá-los, e, consequentemente,

minimizar os impactos do estresse nas atividades de vida diária deste estudante

universitário.

Descritores: Estudantes de Enfermagem; Estresse; Comportamento alimentar.

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COSTA, J.W.S. Impacts of stress and its association with food behavior of students

in nursing. 85f. Dissertation (Master in Nursing) - Nursing Department, Federal

University of Rio Grande do Norte, Natal, RN, 2017.

ABSTRACT

Introduction: With the increasing opportunities to enter the academic milieu,

thousands of people cross the doors of universities every year. In this new scenario,

the student faces numerous stressors in the face of new challenges. Objective: To

analyze the levels of stress and its association with the eating behavior of

undergraduate students in Nursing at a public university. Method: This is a cross-

sectional, observational study with a quantitative approach carried out with 280

undergraduate students in Nursing. The information was collected from February 20

to March 21, 2017, through three questionnaires: Questionnaire for the survey of

sociodemographic data, Scale for Stress Assessment in Nursing Students and the

Dutch Questionnaire on Eating Behavior. The application of the instruments

occurred in the classroom simultaneously, after the period of the first evaluation tests

and with the authorization of the disciplinary coordination. The schedules for the

collection were pre-established by the coordination of the disciplines, distributed in

the shifts: morning and evening. All participants were instructed on procedures for

data collection, with a maximum application time of 15 minutes. Results: With the

analysis, it was possible to establish the levels of stress per domain according to the

period of the students' course. Corroborating to the following result considering the

highest level of stress in relation to each domain: practical activity and professional

communication higher level in the 4th period; Time management, 9th period;

Environment and vocational training, 5th period; And theoretical activity, in the 7th

period. Conclusion: It was found by designing the results a significant correlation

between three of the six domains of the stress scale and the eating behavior of the

students of the Nursing course. The analyzes showed a positive correlation between

the domains of professional communication and time management versus eating

behavior, evidencing that the greater the stress the greater the binge eating. The

domain professional training

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versus eating behavior, presented negative correlation when related, demonstrating

that the higher the stress the less the binge eating. In this sense, it is relevant to

develop future research in the attempt to develop actions and strategies aimed at

working the orientation of these students in dealing with stressors in an attempt to

control them, and, consequently, to minimize the impacts of stress on activities of

daily life of this university student.

Descriptors: Students, Nursing; Stress; Feeding Behavior.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACTH Hormônio adrenocorticotrófico ou corticotrópica

AEEE Avaliação de Estresse em Estudantes de Enfermagem

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior

CEP Comitê de Ética em Pesquisa

HHA Hipotálamo-hipófise-adrenal

IMC Índice de Massa Corporal

QHCA Questionário Holandês do Comportamento Alimentar

RN Rio Grande do Norte

SAG Síndrome da Adaptação Geral

SNA Sistema Nervoso Autônomo

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Quantitativo de acadêmicos do curso de enfermagem da UFRN no

período de 2017.1 e amostra pretendida do estudo. Natal, RN, Brasil,

2017 ................................................................................................... 29

Quadro 2. Variáveis de caracterização sociodemográfica e condições de saúde da

amostra. Natal, RN, Brasil, 2017 ..........30

Quadro 3. Interpretação dos escores da escala de Avaliação de Estresse em

estudantes de Enfermagem. Natal, RN, Brasil,

2017 ................................................................................................... 32

Quadro 4. Descrição teórica e estatística das hipóteses do estudo. Natal, RN,

Brasil, 2017 ........................................................................................ 34

Quadro 5. Associação entre os domínios da escala de Avaliação de Estresse em

estudantes de Enfermagem (AEEA) e a compulsão alimentar do

Questionário Holandês do Comportamento Alimentar (QHCA). Natal,

RN, Brasil, 2017..................................................................................42

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.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Esquema representativo da Síndrome da Adaptação Geral de Selye

(1907-1982). Natal, RN, Brasil,

2017......................................................................................................20

Figura 2. Representação dos estágios da SAG. Natal, RN, 2017 ...................... 20

Figura3. Representação gráfica do eutress e distress. Natal, RN, Brasil,

2017 ................................................................................................... 21

Figura 4. Sistema Nervoso Autônomo e Eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal. Natal,

RN, Brasil, 2017 ................................................................................... 23

Figura 5. Distribuição dos discentes, por período, com maior nível de estresse de

acordo com a escala de Avaliação de Estresse em estudantes de

Enfermagem. Natal, RN, Brasil, 2017 .................................................. 40

Figura 6. Distribuição dos tipos de alimentação de acordo com os domínios da

escala de Avaliação de Estresse em estudantes de Enfermagem. Natal,

RN, Brasil, 2017 ................................................................................... 41

Figura 1. Quantitativo de artigos durante a pesquisa nas bases de dados. Natal,

RN, 2016 .............................................................................................. 65

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.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Dados sociodemográficos dos discentes do curso de Enfermagem de

uma universidade pública. Natal, RN, Brasil,

2017 .................................................................................................... 36

Tabela 2. Tipo e compulsão alimentar dos graduandos em Enfermagem de acordo

com o Questionário Holandês do Comportamento Alimentar (QHCA).

Natal, RN, Brasil, 2017........................................................................ 37

Tabela 3. Disfunções fisiológicas apresentadas pelos discentes do curso de

Enfermagem. Natal, RN, Brasil, 2017...................................................38

Tabela 1. Fatores determinantes do estresse apresentados pelos artigos

selecionados. Natal, RN, 2016 .......................................................... ..66

Tabela 2. Impactos do estresse apresentados pelos artigos selecionados. Natal,

RN, 2016 ........................................................................................... .67

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 17

2. REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................ .19

2.1 HISTORICO, CONCEITOS E SIGNIFICADOS DO ESTRESSE .................... 19

2.2 MECANISMOS FISIOLOGICOS DO ESTRESSE ......................................... 22

2.3 ESTRESSE NA GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM E SEUS IMPACTOS ..... 24

2.4 COMPORTAMENTO ALIMENTAR EM UNIVERSITÁRIOS .......................... 24

3. OBJETIVOS ................................................................................................................ 27

3.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 27

3.2 OBJETIVOSESPECÍFICOS .......................................................................... 27

4. MATERIAS E MÉTODOS ............................................................................... 28

4.1 TIPO DE ESTUDO ........................................................................................ 28

4.2 LOCAL DO ESTUDO .................................................................................... 28

4.3 POPULAÇÃO ............................................................................................... 28

4.4 INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA COLETA DEDADOS ........................... 30

4.5 COLETA DE DADOS ...................................................................................... 33

4.6 ANÁLISE E ORGANIZAÇÃO DOS DADOS .................................................... 34

4.7 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS ..................................................................... 35

5. RESULTADOS ................................................................................................. 36

6. DISCUSSÃO. ................................................................................................... 43

7. CONCLUSÃO .................................................................................................. 46

REFERÊNCIAS ................................................................................................... 47

APÊNDICES ........................................................................................................ 56

ANEXOS ............................................................................................................... 77

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17

1. INTRODUÇÃO

Com as oportunidades crescentes para ingressar no meio acadêmico,

anualmente milhares de pessoas cruzam as portas das universidades rumo à

educação superior. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE) 58,5% dos estudantes na faixa etária de 18 a 24 anos estão

cursando o ensino superior (BRASIL, 2016).

Durante os primeiros períodos na universidade, o estudante depara- se com

inúmeros fatores estressores frente aos desafios incrustados neste novo cenário

(LIMA et. al., 2013). Com as mudanças abruptas no cotidiano do discente, a qualidade

de vida pode ser influenciada negativamente, pela baixa adesão na realização de

atividade física e refeições não balanceadas, dentre outros aspectos, corroborando

para o desenvolvimento de doenças crônicas, distúrbios gastrointestinais, distúrbios

no ciclo vigília sono, depressão da imunidade, ansiedade, depressão, cominando no

aumento dos níveis de estresse (CORRAL- MULATO et al., 2011; BUBLITZ et al.,

2012; SILVA et al., 2011; SOUZA, 2011).

No Brasil, 30% da população economicamente ativa já atingiu algum estado

de estresse causado por pressão excessiva. Esse percentual de pessoas com um

conjunto de perturbações orgânicas e psíquicas (estresse) ultrapassa os Estados

Unidos (20%), perdendo somente para Japão (70%) (MEYER et al., 2012).

Pesquisa realizada com estudantes da graduação em Odontologia evidenciou

que, durante o ensino superior, 60% dos alunos participantes apresentavam

manifestações visíveis do nível de estresse, com associação direta no

desenvolvimento de sintomas de depressão severa. Assim como irregularidade na

alimentação, demonstrou-se um perfil indesejável, em que apenas 12% dos

entrevistados incluíam em seu cardápio alimentos saudáveis, colaborando para o

sobrepeso durante a universidade (ROVIDA et al., 2015; SANTOS; RADÜNZ, 2011).

Leva-se, desta forma, a refletir que os universitários estão expostos e propensos a

condições de risco de saúde, no contexto da péssima alimentação e elevado nível de

estresse (físico e psicológico).

Na formação universitária, o perfil de alunos com problemas de saúde e

distúrbios alimentares estende-se para a área de Enfermagem. A preocupação com

o novo ambiente, as atividades práticas e a formação profissional contribuem para as

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18

mais variadas alterações no cotidiano do aluno de enfermagem. Apesar das

mudanças na estruturação curricular dos últimos anos e as metodologias ativas

introduzidas na aprendizagem, os discentes iniciantes e egressos da Enfermagem,

ainda sentem dificuldade na adaptação as barreiras e desafios presentes no meio

acadêmico, ocasionando disfunções fisiológicas e psíquicas (MEIRA, KURCGANT,

2016; OLIVEIRA et al., 2016; VIEIRA et al., 2014).

Dentre estas disfunções, a alimentação e os hábitos saudáveis são os mais

prejudicados e propensos ao desenvolvimento de exaustão, intrínsecos ao estresse.

De acordo com estudos realizados, os estudantes da graduação em enfermagem

nos períodos mais avançados têm um índice de estresse mais elevado em relação

aos que estão iniciando a graduação, bem como níveis baixos de autoestima na

etapa final do curso de Enfermagem em relação a outros cursos da área da saúde,

assim como, um comportamento inadequado da alimentação (ARRONQUI et al.,

2011; BENAVENTE, COSTA, 2011).

Considerando o nível de estresse ao qual o discente em Enfermagem

encontra-se exposto, o seguinte questionamento foi formulado: Existe associação

entre o nível de estresse dos graduandos de Enfermagem e o comportamento

alimentar desses alunos?

Mediante tal questionamento, é de extrema importância analisar os níveis de

estresse e comportamento alimentar presentes nos alunos em formação

universitária, como futuros profissionais detentores dos cuidados nos serviços de

saúde. Esta pesquisa favorece não apenas as análises voltadas aos objetivos deste

estudo, mas a ampliação do conhecimento a respeito dos graduandos de

Enfermagem, no intuito de auxiliar na implementação de medidas que visam

minimizar os impactos estressores da rotina acadêmica dos universitários.

Outra vertente importante é a contribuição deste estudo para a comunidade

cientifica, possibilitando aos pesquisadores deste campo as ampliações das

produções cientificam entrelaçadas ao objeto de estudo desta pesquisa, por meio

das publicações indexadas às bases de dados na área de enfermagem.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO Para tratarmos do termo estresse no meio acadêmico e sua influência no

comportamento alimentar do discente, é de extrema relevância que os preceitos

históricos, os diversos conceitos, significados e fisiologia empregados sobre estas

temáticas sejam expostas, assim como seus impactos no ensino superior,

especificamente, na Enfermagem.

2.1 HISTÓRICO, CONCEITOS E SIGNIFICADOS DO ESTRESSE Diversos são os conceitos empregados ao estresse. No século XVII, com a

descoberta da lei fundamental entre uma força externa e a distorção, resultante em

um corpo elástico por Robert Hooke (1635-1703), surgiu indiretamente os primeiros

estudos sobre a temática (WESTFALL, 2008).

Em meados de 1930, o conceito estresse expandiu-se pela fisiologia por meio

das mãos do canadense Hans Selye (1907-1982) que, durante anos, observou que os

organismos diferentes apresentam um mesmo padrão de resposta fisiológica para

estímulos sensoriais ou psicológicos e que isso teria efeitos nocivos em quase todos

os órgãos, tecidos ou processos metabólicos, definindo o estresse como a

depreciação do corpo (SELYE, 1976).

Cannon (1871-1945), em 1939, formulou o conceito de homeostase, que se

referia ao esforço dos processos fisiológicos para manter um estado de equilíbrio

interno no organismo (BENNISON; BARGER; WOLFE, 1987).

Com a formulação do conceito de Cannon (1871-1945), Selye ampliou as

pesquisas envolvendo a homeostase, relacionando com o estresse, descrevendo a

tentativa de retomar o equilíbrio interno como uma reação adaptativa única e geral do

corpo quando submetido a estímulos estressores (internos e/ou externos),

denominando este processo com a Síndrome da Adaptação Geral (SAG) (ROSCH,

1999; SZABO; TACHE; SOMOGYI, 2012), como esquematizado na Figura 1.

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20

Fonte: FILGUEIRAS, HIPPERT, 1991.

Figura 1. Esquema representativo da Síndrome da Adaptação Geral de Selye

(1907-1982). Natal, RN, Brasil, 2017.

A SAG segundo Selye apresenta três fases ou estágios de reação ao

estresse: alarme, resistência e exaustão. Representados na Figura 2.

Fonte: FILGUEIRAS, HIPPERT, 1991.

Figura 2. Representação dos estágios da SAG. Natal, RN, Brasil, 2017.

Na fase inicial de alarme (Fase 1), a primeira reação do organismo ao

estresse é a ativação do sistema nervoso simpático, o corpo tende a ficar pronto

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para enfrentar os estímulos estressores, o individuo tende a aumentar a motivação,

entusiasmo e energia, gerando aumento da produtividade (MENDONÇA; SOLANO,

2013).

Na resistência (Fase 2), a persistência do estímulo estressor obriga o

organismo a manter-se em confronto com o estressor, em um grau menos intenso,

o individuo tem a sensação de desgaste generalizado e dificuldades com relação à

memória, esforça-se para adaptar-se e reequilibrar-se (MENDONÇA; SOLANO,

2013).

A fase 3 é caracterizada pela exaustão. Após uma longa exposição aos

elementos estressores, o organismo cede ao estresse tornando-se vulnerável,

possibilitando o acometimento e surgimento de doenças como distúrbios

psicológicos, como ansiedade generalizada, insônia, depressão, raiva, entre outros

(MENDONÇA; SOLANO, 2013).

Com a contínua evolução das pesquisas Lipp (2000) sugeriu, em seus

trabalhos, a existência de uma quarta fase, intermediaria a 2° e 3° fases de Selye, a

fase de pré-exaustão, na qual o desgaste físico e mental é de maneira sutil

perceptível (PAULINO et al., 2010).

Em 1996, Molina propôs o estresse positivo e negativo, a qual definiu o stress

como qualquer tensão, aguda ou crônica, capaz de produzir mudança de

comportamento físico e emocional, e uma resposta de adaptação psicofisiológica

que pode ser negativa ou positiva para o organismo.

Na reação positiva, denominada de “eustress”, não há prejuízos para o

indivíduo. Já a reação negativa “distress”, o indivíduo poderá desenvolver

disfunções como a instalação de doenças. O gráfico da Figura 3 representa este

comportamento (LIMONGI-FRANÇA; RODRIGUES, 2009).

Figura 3. Representação gráfica do eutress e distress. Natal, RN, Brasil, 2017.

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Lazarus e Launier (1978) apontam que as definições que tratam do stress

como estímulo ou resposta, para estes, o conceito de estresse envolve a relação

pessoa e ambiente, que é avaliada pela pessoa como estressante quando limita ou

excede seus recursos, prejudicando sua qualidade de vida.

De acordo com esse ponto de vista, a percepção de um estímulo como

estressor depende da avaliação cognitiva de cada indivíduo. Esse fato explica as

reações de grupos e pessoas em relação a sua sensibilidade e vulnerabilidade aos

estímulos (LAZARUS, LAUNIER, 1978).

2.2 MECANISMOS FISIOLOGICOS DO ESTRESSE

Durante a exposição ao estresse o Sistema Nervoso Autônomo (SNA) e o

eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), são ativados em conjunto com os demais

mecanismos do organismo. O SNA, através das vias simpáticas e parassimpáticas,

é responsável pelas alterações rápidas nos órgãos alvos, como aumento da

frequência cardíaca e a pressão arterial através da liberação de noradrenalina

produzido pelo sistema simpático e, consequentemente, revertido pelo reflexo

parassimpático (ERRANTE et al., 2014).

Com a ativação do eixo HHA, os neurônios do núcleo paraventricular do

hipotálamo que secretam hormônios liberadores, como o hormônio liberador de

corticotrofina, a hipófise anterior por sua vez age promovendo a liberação do

hormônio adrenocorticotrófico ou corticotrópica (ACTH), que atua no córtex da

glândula adrenal (ERRANTE et al., 2014).

O pico dos níveis plasmáticos de glicocorticóides ocorre dezenas de minutos

após o início do estresse. Os glicocorticóides são secretados de uma forma pulsátil,

seguindo um ritmo circadiano, sobre o qual se sobrepõe um excesso de secreção

por ocasião do estresse (ERRANTE et al., 2014).

Como descrito por Munck, Guyre e Holbrook (1984), a função fisiológica da

elevação dos níveis de cortisol causado pelo estresse, por exemplo, é a tentativa de

proteger contra as respostas de defesa ativadas, e não só contra a fonte do estresse.

Dessa forma, a supressão do sistema pelos glicocorticóides evita que o organismo

reaja exageradamente ameaçando a própria homeostase.

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23

Os glicocorticóides ainda são capazes de promover a mobilização da energia

armazenada e potencializar numerosos efeitos mediados pelo SNA simpático.

Desempenham, também, um papel chave no controle da atividade do eixo HHA e

na finalização da resposta ao estresse, através de uma realimentação inibitória em

áreas cerebrais extra-hipotalâmicas, hipotálamo e hipófise. A Figura 4 representa

alguns dos mecanismos do estresse em relação ao nosso organismo, segundo

Zuardi (2014).

Fonte: ZUARDI, 2014.

Figura 4. Sistema Nervoso Autônomo e Eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal. Natal,

RN, Brasil, 2017.

Com resposta ao estresse, a liberação exagerada de glicocorticóides

também acarreta danos ao nosso metabolismo. Este favorece a resistência à

insulina, em alguns casos, através do bloqueio das células β do pâncreas, estímulo

da gliconeogênese e do bloqueio da entrada de glicose nas células. Agudamente

essa resposta ao estresse tem um sentido adaptativo no sentido de aumentar a

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disponibilidade de glicose circulante. A persistência, por longo prazo, de níveis

elevados de estresse pode contribuir para desencadeamento da Diabetes Mellitus

(ERRANTE et al., 2014).

Com o estresse crônico, o excesso continuado de glicocorticoides também

poderá acarretar no acúmulo de depósitos de gordura, principalmente, no tecido

adiposo visceral do abdômen. Em conjunto com outras alterações relacionadas,

constituem a chamada Síndrome Metabólica, caracterizada pela obesidade

abdominal, hiperglicemia, dislipidemia e hipertensão arterial (COSTA et al., 2011).

Evidências sugerem que o estresse agudo pode proporcionar alterações

gastrointestinais. A ativação do sistema nervoso simpático inibi a atividade vagal,

promovendo o bloqueio seletivo da motilidade gástrica e intestinal, bem como a

secreção de ácido e de enzimas digestivos resulta na diminuição de motilidade

nessas regiões (POMPILIO, CECCONELLO, 2010).

Na fase de cronicidade do estresse, a síndrome do cólon irritável também

pode ser evidenciada, sendo esta doença funcional caracterizada por cólicas,

distensão abdominal e diarreia. Quadros de úlcera péptica pelo Helicobacter pylori,

em conjunto com uma série de outros fatores, estão associados diretamente com o

estresse, produzindo uma diminuição da irrigação gástrica e da secreção de ácido.

Com a normalização da irrigação e secreção ácida, a partir diminuição do estímulo

estressor, a parede estomacal estará fragilizada e suscetível a lesões (POMPILIO,

CECCONELLO, 2010).

2.3 ESTRESSE NA GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM E SEUS IMPACTOS

Com o ingresso na vida acadêmica, o graduando de enfermagem vivencia

várias experiências e sentimentos, em alguns casos a transição da adolescência

para a vida adulta. A carga horária integral juntamente com ritmo acelerado e

exigências das aulas teóricas e práticas acaba exigindo do aluno concentração de

esforços, gerando, assim, a sensação de pressão contínua e sobrecarga física e

emocional (PEREIRA, MIRANDA, PASSOS, 2010).

Estudo realizado, na Universidade de Aveiro, constatou os relacionamentos

interpessoais, a baixa renda, avaliações, sobrecarga, atividades extracurriculares,

poucas horas de sono, a falta de lazer e a alimentação inadequada como estímulos

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estressores (VERISSIMO et al., 2011; ).

Na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, em uma Instituição

de Ensino Superior (IES), constatou-se que dos 192 estudantes, 143,

representando 74% da amostra, apresentaram estresse (MONDARDO, PEDON,

2005).

O estresse encontra-se negativamente associado à predição do

rendimento acadêmico dos discentes, quanto maior o nível de estresse, menor o

rendimento percebido pelos sujeitos. Sendo o rendimento não apenas associado

ao estresse, mais diversos outros fatores entrelaçados (LUZ et al., 2009).

Com a carga horária intensa dedicada aos estudos, o tempo para cuidar da

saúde acaba sendo negligenciado. A falta de exercícios físicos e o estresse

potencializam o indivíduo a consumir alimentos de preparo rápidos e

industrializados. Com isto, a obesidade ganha espaço, com a instalação de

doenças crônica como a hipertensão e diabetes (FERREIRA, 2010).

Com níveis de estresse alterados não só a saúde do discente sofre com a

pressão gerada e nervosismo durante os estágios, o estresse apresenta-se,

levando os acadêmicos a situações que colocam a assistência prestada ao

paciente em risco (SANTOS, RADÜNZ, 2011).

2.4 COMPORTAMENTO ALIMENTAR EM UNIVERSITÁRIOS

Na atualidade, as mudanças no consumo alimentar da população mundial

têm causado efeitos trágicos na saúde destes indivíduos (DAVE; JEFFERY, 2009;

ORTIZ; GOMES, 2008).

As alterações no estilo de vida da população, advindas da globalização e da

urbanização, provocaram mudanças nos padrões e comportamentos alimentares.

O consumo alimentar tem sofrido uma mudança na qualidade e quantidade dos

produtos que são disponíveis, ocasionando um consumo desenfreado de alimentos

com alto valor calórico, que, aliado ao sedentarismo, produz uma geração com

sobrepeso (MORATOYA et al., 2013).

A população universitária está inserida nesta geração. Pesquisa realizada

na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) verificou durante avaliação do Índice

de

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26

Massa Corporal (IMC) de seus alunos, que 18,9% apresentavam sobrepeso (SOUZA,

2011).

Com o ingresso na formação do nível superior e com intensas mudanças na

vida do estudante, surge o momento de responsabilizar-se por várias condições,

dentre elas sua alimentação. Dessa forma, vários fatores podem influenciar o

comportamento alimentar, resultando em práticas que podem gerar riscos à saúde

(ALMEIDA et. al., 2013).

Estudos apontam hábitos alimentares irregulares na comunidade universitária,

sendo observada baixa prevalência de alimentação saudável, associada à elevada

ingestão de alimentos doces e gordurosos e baixa ingestão de frutas e verduras.

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3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL

Analisar os níveis de estresse e sua associação com o comportamento

alimentar dos discentes da graduação em Enfermagem de uma universidade pública.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar os níveis de estresse dos discentes em Enfermagem;

• Verificar o comportamento alimentar em discentes de Enfermagem;

• Avaliar a associação entre os níveis de estresse e o comportamento

alimentar dos discentes de Enfermagem.

.

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28

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo transversal, observacional, com abordagem

quantitativa de tratamento e análise de dados, tendo como propósito de analisar os

níveis de estresse e sua associação com o comportamento alimentar dos discentes

da graduação em Enfermagem pela UFRN, no período de 20 de Fevereiro a 21 de

Março de 2017.

Para Polit e Beck (2011), os dados coletados na pesquisa não respondem,

em si e por si, às indagações da pesquisa, tornando necessário que sejam

processados e analisados estatisticamente.

Assim, na pesquisa quantitativa, o pesquisador parte de parâmetros

(características mensuráveis), traduz em números as opiniões e informações, para

serem classificadas e analisadas na busca do estabelecimento da relação entre

causa e efeito das variáveis (RODRIGUES, 2007).

4.2 LOCAL DO ESTUDO

O estudo foi realizado no Departamento de Enfermagem/UFRN, situado no

Campus Universitário, em Natal, RN. A instituição assume grande importância como

a primeira entidade pública do Estado, responsável pela formação de enfermeiros

destinados à inserção no mercado de trabalho. Apresenta instalações físicas,

adequadas para o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão,

contando com laboratório de habilidades e de informática, salas de aulas com

multimídia, biblioteca setorial, auditórios, entre outros ambientes de convivência,

estudo e reunião.

4.3 POPULAÇÃO

O Curso de Graduação em Enfermagem da UFRN visa à formação do

bacharel em Enfermagem de forma crítica e reflexiva. O Curso conta com uma carga

horária de 4.220 horas, integralizadas ao decorrer do curso. Com este estudo,

buscou-se atingir o universo da população de discentes matriculados do 1° ao 9°

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período, no primeiro semestre letivo de 2017, na graduação de Enfermagem da

UFRN/Campus Natal/RN. Os participantes foram arrolados no período de 20 de

fevereiro a 21 de março de 2017, e a coleta de dados realizada em sala de aula

alguns dias após a aplicação da primeira atividade avaliativa.

A seleção dos períodos justifica-se em função da realização do comparativo

entre os níveis de estresse e sua associação com o comportamento alimentar da

população dos discentes da graduação em Enfermagem.

O Quadro 1 apresenta o quantitativo de discentes matriculados no curso de

Enfermagem no primeiro semestre letivo de 2017, do total de 373 discentes, 280

participaram da pesquisa segundo os critérios de inclusão e exclusão, não

ocorrendo a reposição dos ausentes durante a coleta.

Quadro 1. Quantitativo de acadêmicos do curso de enfermagem da UFRN no

primeiro período letivo de 2017 e população atingida na pesquisa. Natal, RN, Brasil,

2017.

PERÍODOS

ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM

Matriculados População participante

1° 49 33

2° 48 32

3° 46 29

4° 36 32

5° 47 36

6° 36 22

7° 27 23

8° 43 37

9° 41 36

TOTAL 373 280

Fonte: Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) da UFRN, 2017.

Foram selecionados os acadêmicos de Enfermagem que se enquadraram

nos seguintes critérios:

Critérios de inclusão:

Discentes matriculados regularmente no curso de graduação em

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Enfermagem;

Discente presente em sala de aula no período da coleta de dados;

Critérios de exclusão:

Discentes de enfermagem que solicitaram a não participação na

pesquisa e/ou os que não concluíram todos os processos da coleta

de dados.

4.4 INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA COLETA DE DADOS

Para a coleta dos dados sociodemográficos, utilizou-se uma ficha estruturada

(APÊNDICE B) composta pelo agrupamento dos dados apresentados no Quadro 2.

Todos os dados foram agrupados em planilhas do software Microsoft Excel®

2010, respeitando todos os tramites éticos e legais.

Quadro 2. Caracterização sociodemográficas e condições de saúde dos discente da

amostra. Natal, RN, Brasil, 2017.

VARIÁVEIS DE CARACTERIZAÇÃO E EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

CATEGORIAS

Nome Iniciais

Período do curso

1. 1º período; 2. 2º período; 3. 3º período; 4. 4º período; 5. 5º período; 6. 6º período; 7. 7º período; 8. 8º período; 9. 9º período;

Idade Em anos

Sexo 1. Masculino; 2. Feminino

Raça ou cor 1. Negra;2. Amarela; 3. Parda; 4.Indigena; 5. Branca

Estado civil 1- Sem companheiro 2 - Com companheiro

Renda familiar (1SM =R$930,00)

Em salários mínimos (SM):

0 – 0 - 2 SM;

1 – 3 - 5SM;

2 – ≥6SM; Quantidade de filhos Número

Idade dos filhos Em anos

Vínculos empregatícios 0 - Não; 1 - Sim

Carga horária semanal Em horas

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31

Tempo de trabalho Em anos

Horário de trabalho 1. Matutino; 2. Vespertino; 3. Noturno 4. Matutino/Vespertino; 5. Matutino/ Noturno; 6. Vespertino/ Noturno

Uso de medicamentos ou substâncias estimulantes (ex: café, energéticos, e etc)

0 - Não; 1 - Sim

Problema e/ou condição de saúde 0 - Não; 1 - Sim

Descrição do problema de saúde Categorizado

Fumante 0 - Não; 1 - Sim

Etilista 0 - Não; 1. Sim

Prática atividade física 0 - Não; 1 - Sim

Frequência de atividade física semanal

Em dias

Fonte: Dados da pesquisa.

Para a verificação do estresse entre os discentes, a ESCALA PARA

“AVALIAÇÃO DE ESTRESSE EM ESTUDANTES DE ENFERMAGEM” (AEEE) foi

aplicada, sendo composta por 30 itens, distribuídos em 6 domínios, como está

descrita abaixo. Sendo cada item distribuído de acordo com a abordagem de cada

domínio (COSTA, POLAK, 2009 - ANEXO B). Descrição dos domínios:

Domínio 1: Realização das atividades práticas (Itens: 4, 5, 7, 9, 12,21);

Domínio 2: Comunicação profissional (Itens: 6, 8, 16, 20);

Domínio 3: Gerenciamento do tempo (Itens: 3, 18, 23, 26, 30);

Domínio 4: Ambiente (Itens: 11, 22, 24, 29);

Domínio 5: Formação profissional (Itens: 1, 15, 17, 19, 25, 27);

Domínio 6: Atividade teórica (Itens: 2, 10, 13, 14, 28)

Cada item do instrumento foi avaliado pelo discente de acordo com a

seguinte pontuação:

0: Não vivencio a situação;

1: Não me sinto estressado com a situação;

2: Me sinto pouco estressado com a situação;

3: Me sinto muito estressado com a situação.

No Quadro 3, a distribuição da pontuação é visualizada com base em cada

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domínio e sua pontuação agregada.

Quadro 3. Escores da escala de Avaliação de Estresse em Estudantes de

Enfermagem. Natal, RN, Brasil, 2017.

DOMÍNIO NÍVEIS DE ESTRESSE

BAIXO MÉDIO ALTO MUITO ALTO

1

(0 a 18 pontos) 0-9 10-12 13-14 15-18

2

(0 a 12 pontos) 0-5 6 7-8 9-12

3

(0 a 15 pontos) 0-10 11-12 13-14 15

4

(0 a 12 pontos) 0-7 8 -10 1 12

5

(0 a 18 pontos) 0-9 10 11-12 13-18

6 (0 a 15 pontos) 0-9 10-11 12-13 14-15

´

Fonte: COSTA, POLAK, 2009.

Para verificar a compulsão alimentar e o tipo de alimentação dos discentes, foi

utilizado o Questionário Holandês do Comportamento Alimentar (QHCA), validado

por Wardle (1997), e adaptado e traduzido para o português por Almeida, Loureiro e

Santos (2001).

O QHCA é composto por 33 questões agrupadas em três subescalas para

analisar a compulsão alimentar, com pontuação máxima de 33 pontos (1 ponto por

questão). As três subescalas são:

≤17 pontos: indica a ausência de compulsão alimentar;

Entre 18 e 26: indica a compulsão alimentar moderada;

>27 pontos: indica a compulsão alimentar grave.

Para classificação da alimentação, o QHCA apresenta três tipos de

alimentação:

Alimentação restrita: estilo alimentar relativo ao conhecimento

de hábitos nutricionais adequados (corresponde às questões:

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1;6;7;10;13;16;18;20;22;26);

Alimentação emocional: estilo alimentar relativo ao estado

emocional do indivíduo (corresponde às questões

2;3;5;8;11;14;17;21;24;27;30;32;33);

Alimentação externa: estilo alimentar relativo aos atrativos de

aroma e sabor dos alimentos, bem como com a alimentação

associada às situações sociais (corresponde às questões 4;

9;12;15;19;23;25;28;29;31).

4.5 COLETA DE DADOS

A aplicação dos instrumentos (ANEXOS A e B; APÊNDICE B) ocorreu em

sala de aula após realização das primeiras provas avaliativa, mediante autorização

da coordenação das disciplinas por endereço eletrônico.

Os horários para a coleta foram pré-estabelecidos pela coordenação das

disciplinas, distribuídos nos turnos matutino e vespertino. Todos os participantes

foram orientados sobre a pesquisa e os procedimentos para coleta dedados, sendo

o tempo necessário para aplicação dos instrumentos para cada sujeito

aproximadamente de 15 minutos, para os indivíduos que concordaram participar

voluntariamente da pesquisa.

Os riscos ou desconforto foram mínimos aos participantes, por não envolver

experimentos de qualquer natureza, sendo preservado o anonimato e sigilo dos

dados coletados. No entanto, na ocorrência, se algum dano estivesse presente, o

participante teria direito à indenização, mediante comprovação legal, segundo as leis

brasileiras.

Os benefícios aos participantes foram correlacionados ao dimensionamento

dos resultados provenientes desta pesquisa. Não havendo ressarcimento por sua

participação, devendo a mesma ser espontânea e voluntária, mediante os

esclarecimentos sobre objetivos, procedimentos, resultados, conclusões e

divulgação.

4.6 ANÁLISE E ORGANIZAÇÃO DOS DADOS

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Os dados coletados foram organizados em planilhas do software Microsoft

Excel® 2010 e, após correção, exportados e analisados no software SPSS® versão

20.0 Windows. Para verificar a normalidade dos dados, utilizou-se o teste Shapiro-

Wilk, que demonstrou a não normalidade das variáveis.

No SPSS, as frequências absolutas e relativas, máximo, mínimo média e

desvio padrão (DP) e análise inferencial nos cruzamentos das variáveis foram

realizadas. Utilizou-se o teste o Qui-Quadrado para as variáveis nominais e o teste

de Spearman para correlação entre os domínios do estresse e a compulsão

alimentar, com base na categorização de Dancey e Reidy (2005), adotando nível de

significância estatística p-valor<0,05.

Após este processo, os dados foram codificados, tabulados e apresentados

na forma de tabelas, quadros e figuras, com suas respectivas distribuições

percentuais e resultados dos testes estatísticos. No Quadro 4, as hipóteses teóricas

e estatísticas são apresentadas, traçadas com base no objetivo geral desta

pesquisa.

Quadro 4. Definição teórica e estatística das hipóteses do estudo. Natal, RN, Brasil, 2017.

DEFINIÇÃO DAS HIPÓTESES

TEÓRICA

Hipótese nula (H0)

Não existe associação entre os níveis de estresse e o comportamento alimentar dos discentes da graduação em Enfermagem.

ESTATÍSTICA

H0 = ρEST≠ρCOMP (Teste de Spearman p-valor < 0,05).

TEÓRICA

Hipótese alternativa (H1)

Existe associação entre os níveis de estresse e o comportamento alimentar dos discentes da graduação em Enfermagem.

ESTATÍSTICA H1 = ρEST=ρCOMP (Teste de Spearman, p-valor < 0,05).

Em que,

H0 = Hipótese nula H1 = Hipótese alternativa ρ = Rho de Spearman

EST= Estresse COMP = Comportamento alimentar Fonte: Dados da pesquisa.

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4.7 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS

Para realização desta pesquisa, o projeto foi apreciado pelo Comitê de Ética

em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, obtendo parecer

favorável (CAAE: 58884116.5.0000.5537) - (ANEXO C), conforme prevê a

Resolução Nº 466/ 2012 do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa.

Após aprovação no CEP e autorização da coordenação do Departamento de

Enfermagem da UFRN, a coleta de dados foi realizada mediante assinatura dos

discentes do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE A).

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5. RESULTADOS

Entre os 280 graduandos de Enfermagem, participantes da pesquisa, 126

compreendem os alunos de 1° ao 4° períodos teóricos e 154 são referentes ao grupo

dos alunos do 5° ao 9° dos períodos teórico-práticos, tendo está população não

apresentado normalidade nas análises.

Dos 280 graduandos pesquisados, 250 (89%) afirmaram estar sem

companheiro no momento da pesquisa, destes 220 (79%) do sexo feminino.

Tomando como base o salário mínimo atual, a renda familiar dos discentes (46,1%)

corresponde à faixa de 3 a 5 salários mínimos.

Dentre os discentes participantes, 20 (7%) afirmaram ter vínculo

empregatício, com carga horária média de 15,8 horas/semanais e 5,8 anos de

trabalho. Quanto ao turno de trabalho, 7 (35%) dos 20 discentes com vinculo

referiram o turno vespertino para o desenvolvimento do trabalho. Dos discentes com

vínculo empregatício, 10 (50%) demonstraram nível muito alto em relação ao

gerenciamento de tempo (D3). A Tabela 1 apresenta os dados sociodemográficos

dos discentes do curso de Enfermagem.

Tabela 1. Dados sociodemográficos dos discentes da graduação em Enfermagem.

Natal, RN, Brasil, 2017.

PERÍODOS DA GRADUAÇÃO

1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9°

Total Variável n n n n n n n n n (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%)

SEXO

Fem. 17 23 24 26 25 16 23 36 30 220

(52) (72) (83) (81) (69) (73) (100) (97) (83) (79)

Masc. 16 9 5 6 11 6

- 1 6 60

(48) (28) (17) (19) (31) (27) (3) (17) (21)

COR

Branca 16 13 19 10 16 14 12 19 18 137

(48) (41) (65) (31) (44) (64) (52) (51) (50) (49)

Parda 9 14 8 14 16 7 9 13 15 105

(27) (44) (28) (44) (44) (32) (39) (35) (42) (37)

Negra 7 5 1 6 3 1 2 3 2 30

(21) (16) (3) (19) (8) (4) (9) (8) (6) (11)

Amarela - - 1 1 1

- - 2

- 5

(3) (3) (3) (5) (2)

Indígena 1

- - 1

- - - - 1 3

(3) (3) (3) (1) ESTADO CIVIL

SC* 31 30 29(1 29 32 18 19 31(8 31 250 ( (94) (94) 00) (91) (89) (82) (83) 4) (86) (89)

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37

CC**

2 2

- 3 4 4 4 6 5 30

(6) (6) (9) (11) (18) (17) (16) (14) (11) RENDA FAMILIAR

0 a 2 SM 12 16 16 17 17 5 10 13 13 119 (36) (50) (55) (53) (47) (23) (43) (35) (36) (42)

3 a 5 SM 17 10 9 15 18 15 10 15 20 129 (51) (31) (31) (47) (50) (68) (43) (40) (56) (46)

≥6 SM 4 6 4 -

1 2 3 9 3 32 (12) (19) (14) (3) (9) (13) (24) (8) (11)

Total 33 32 29 32 36 22 23 37 36 280 (12) (11) (10) (11) (13) (8) (8) (13) (13) (100)

*Sem companheiro / **Com companheiro

Fonte: Dados da pesquisa.

Dos discentes, 14 (5%) tinham filhos, com idade média de 8,1 anos, sendo

que 6 (43%) obtiveram níveis de estresse alto quando relacionado ao gerenciamento

de tempo (D3). Relativo à preocupação com a formação profissional (D5), 8 (57%)

dos estudantes de Enfermagem com filhos pontuaram nível de estresse muito alto,

quando relacionados a este domínio.

Após análise dos dados coletados com o QHCA, 22 (8%) universitários de

Enfermagem apresentaram compulsão alimentar grave, associados à alimentação

emocional. Destes 5 (13%) encontra-se no último período do curso, quando as

preocupações com a formação profissional (D2) estão exacerbadas e o nível de

estresse está alto. A tabela 2 apresenta a classificação e compulsão alimentar dos

discentes por períodos.

Tabela 2. Tipo e compulsão alimentar dos discentes do curso de Enfermagem de

acordo com o Questionário Holandês do Comportamento Alimentar (QHCA). Natal,

RN, Brasil, 2017.

PERÍODO DO CURSO

Variável 1°

7° 8° 9°

n n n n n n n n n (%)

Total (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) CLASSIFICAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO Emocional 13 21 22 15 23 15 12 31 18 170

(39) (66) (76) (47) (64) (68) (52) (84) (50) (61) Externa 16 9 5 17 9 6 9 2 15 88

(48) (28) (17) (53) (25) (27) (39) (5) (42) (31) Restrita 4 2 2

- 4 1 2 4 3 22

(12) (6) (7) (11) (4) (9) (11) (8) (8)

COMPULSÃO ALIMENTAR

Ausente 20 14 16 21 22 13 12 17 15 150 (61) (44) (55) (66) (61) (59) (52) (46) (42) (54)

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Moderada 10 15 10 10 12 8 11 16 16 108 (30) (47) (34) (31) (33) (36) (48) (43) (44) (39)

Grave 3 3 3 1 2 1 -

4 5 22 (9) (9) (10) (3) (6) (4) (11) (14) (8)

Total 33 32 29 32 36 22 23 37 36 280 (12) (11) (10) (11) (13) (8) (8) (13) (13) (100)

Fonte: Dados da pesquisa.

Dos discentes pesquisados, 278 (99%) negaram consumir cigarros e 272

(97%) negaram o consumo de bebida alcoólica. Dentre os 280, 144 (51%) afirmaram

o uso de substâncias e/ou medicamentos psicoestimulantes, como o café 87 (31%).

Desta população, 166 (59%) não realizavam atividade física. Dos 68 (24%)

participantes identificados com algum tipo de problema de saúde, estão os

problemas cardiovasculares com maior incidência entre os alunos. Na Tabela 3,

estão apresentados os principais disfunções de saúde distribuídos por períodos.

Tabela 3. Disfunções fisiológicas apresentadas pelos discentes da graduação em

Enfermagem. Natal, RN, Brasil, 2017.

Período graduação

Disfunção 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° n

(%) n

(%) n

(%) n

(%) n

(%) n (%)

n (%)

n (%)

n (%)

Cardiovascular 1

(3) 7

(22) 4

(14) 5

(16) 3

(8)

3 (14)

2 (9)

3 (8)

1 (3)

Neurológica 2

(6) -

2 (7)

- 1

(3) 1

(4) 1

(4) 2

(5) -

Sindrômica 2

(6) 2

(6) - -

1 (3)

- - 1

(3) 1

(3)

Gastrointestinal 1

(3) - - - -

1 (4)

- 3

(8) 1

(3)

Respiratória - - - - 1

(3) - -

4 (11)

1 (3)

Visual 1

(3) 1

(3) - - - - - -

1 (3)

≥2 Disfunções - - - - - - - - 3

(8)

Osteomuscular - - - - - - - - 2

(1)

Renal - - - - - - - 2

(5) -

Auditiva - - - - - - 1

(1) - -

Fonte: Dados da pesquisa.

No âmbito do estresse, conforme a Figura 5, os alunos do 4º período

apresentaram o maior nível de estresse (muito alto), na atividade prática (D1) e

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comunicação profissional (D2). Este fato pode estar relacionado ao início da prática

no campo de estágio na disciplina de Semiologia e Semiotécnica, sendo a

considerada a primeira aproximação dos graduandos com as disciplinas

profissionalizantes.

No gerenciamento de tempo (D3), os alunos do 9º período apresentaram o

maior nível de estresse entre os outros períodos do curso de Enfermagem

analisados. Neste último semestre, os discentes realizam o Estágio Supervisionado

II: o processo de trabalho do enfermeiro na rede hospitalar (420 horas), juntamente

com a disciplina de Gerência do processo de trabalho da enfermagem em rede

hospitalar (60 horas) e a construção do Trabalho de Conclusão de Curso (30 horas).

Tal fato contribui para a dificuldade em gerenciar o tempo e carga horária, além do

manuseio com a pressão exercida pela sociedade no âmbito do sucesso

profissional.

Os sujeitos do 5º período apresentaram o maior nível de estresse (muito alto)

no que abrange os domínios: ambiente (D4) e formação profissional (D5). Seguido

pelo grupo do 9º período com nível alto de estresse. Nestes períodos, os anseios

dos discentes com a formação profissional e ambiente intensificam-se, por se tratar

dos períodos com maior carga horária no decorrer da graduação, 600 horas e 660

horas respectivamente, segundo o projeto pedagógico do curso de

Enfermagem/Campus Natal.

No domínio atividade teórica (D6), os sujeitos do 7º período apresentaram

nível de estresse muito alto com relação aos demais períodos. Neste período, os

discentes vivenciam na disciplina Atenção Integral à Saúde III o primeiro contato

com a especialidade de saúde da mulher e da criança nos três níveis de atenção à

saúde: demais abordados nos períodos anteriores. A Figura 5 mostra a distribuição

dos períodos por domínios da escala de Avaliação de Estresse em estudantes de

Enfermagem (AEEE).

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Fonte: Dados da pesquisa.

Figura 5. Distribuição dos discentes, por período, com maior nível de estresse de

acordo com a escala de Avaliação de Estresse em estudantes de Enfermagem.

Natal, RN, Brasil, 2017.

Quanto ao tipo de alimentação, os domínios na escala de avaliação que

obtiveram maior propensão ao desenvolvimento da alimentação emocional, foram

os relacionados à formação profissional e às atividades teóricas. Quanto maior o

nível de estresse, maior o desenvolvimento da alimentação emocional.

A Figura 6 apresenta por domínios de estresse o comportamento alimentar

que acompanha os níveis de estresse elevados.

D1 - Domínio: atividade prática D2 - Domínio: comunicação profissional D3 - Domínio: gerenciamento de tempo D4 - Domínio: ambiente D5 - Domínio: formação profissional D6 - Domínio: atividade teórica

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Fonte: Dados da pesquisa.

Figura 6. Distribuição dos tipos de alimentação de acordo com os domínios da

escala de Avaliação de Estresse em estudantes de Enfermagem. Natal, RN, Brasil,

2017.

No Quadro 5, está representado os domínios referentes à comunicação

profissional, gerenciamento do tempo e formação profissional, apresentaram

correlação significativa (p-Valor<0,05) quando relacionadas à compulsão alimentar.

Os domínios comunicação profissional e gerenciamento do tempo

apresentaram correlação positiva, indicando que quando a variável comportamento

alimentar aumenta ou diminui esses domínios seguem na mesma direção. Tomando

como base a categorização de Dancey e Reidy (2005), estes domínios formam

D1 - Domínio: atividade prática D2 - Domínio: comunicação profissional D3 - Domínio: gerenciamento de tempo D4 - Domínio: ambiente D5 - Domínio: formação profissional D6 - Domínio: atividade teórica

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correlação moderada com a compulsão alimentar.

Dentre os domínios que apresentaram correlação significativa, os domínios

formação profissional e ambiente obtiveram correlação negativa, demonstrando

associação inversamente proporcional quando relacionada à compulsão alimentar.

Quanto maior o estresse com a formação profissional e o ambiente, menor será a

compulsão alimentar, e vice-versa, sendo o único domínio com correlação fraca em

relação à compulsão alimentar.

Quadro 5. Associação entre os domínios da escala de Avaliação de Estresse em

estudantes de Enfermagem (AEEA) e a compulsão alimentar do Questionário

Holandês do Comportamento Alimentar (QHCA). Natal, RN, Brasil, 2017.

DOMÍNIOS VARÍAVEL

Compulsão alimentar

Atividade prática (D1)

Correlação (ρ) 0,087

p-Valor / Spearman 0,148

Comunicação profissional (D2)

Correlação (ρ) 0,435

p-Valor / Spearman 0,034

Gerenciamento do tempo (D3)

Correlação (ρ) 0,439

p-Valor / Spearman 0,030

Ambiente (D4)

Correlação (ρ) -0,280

p-Valor / Spearman 0,000

Formação profissional (D5)

Correlação (ρ) -0,269

p-Valor / Spearman 0,000

Atividade teórica (D6)

Correlação (ρ) 0,042

p-Valor / Spearman 0,486

Fonte: Dados da pesquisa.

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6. DISCUSSÃO

A cultura existente do cuidado atrelado à figura feminina se fez presente ao

longo dos séculos, na Enfermagem, a ciência do cuidar, não é diferente. Percebe-se

em estudos realizados com discentes dos cursos de Enfermagem, que a maior

parcela é do sexo feminino (HIRSCH et al 2015; TOMASCHEWSKI-BARLE et al.,

2014).

Em estudos realizados com variáveis sociodemográficas, a significativa

presença de parceiro dentre os discentes da saúde representa assim a formação de

famílias e, consequentemente, de filhos em alguns casos. Segundo amostra das

taxas de fecundidade, a tendência atual na sociedade brasileira é de

aproximadamente dois filhos por casal (IBGE, 2017).

Na presença de filhos, os pais tendem a dedicar mais horas de cuidados de

acordo com a idade. Pesquisa realizada mostrou que filhos menores tendem a ter

uma maior dependência dos pais para a realização de atividades de vida diária

(alimentar-se, mover-se, higiene pessoal) e também das atividades instrumentais

como utilizar medicamentos, manipulação de dinheiro e preparo de alimentos. Exige-

se, assim, mais dos pais que tentam conciliar as atribuições, o que acaba

impactando e influenciando no aumento do nível de estresse e consequentemente

na má alimentação (CAMARGO, CALAIS, SARTORI, 2015).

Estudo realizado com universitários que possuíam filhos demonstrou que os

estudantes sem filhos tinham maior disponibilidade para a realização de atividades

acadêmicas (pesquisa, extensão e monitoria), condições socioeconômicas

propensas para realização de atividades de lazer variadas e uma alimentação

balanceada (NUNES et al., 2014).

Quanto a prática de atividade física notou-se que 65,69% responderam

negativamente quanto a sua prática. A média da frequência da atividade física foi de

4,30 (d.p ±1,77) vezes por semana, sendo o mínimo de duas e máxima de sete

vezes. Ao analisar a associação da prática de atividade física com as variáveis

náuseas e má digestão, observou-se que houve significância estatística, pois

apresentaram p-valor igual a 0,0288 e 0,0167 respectivamente. Resultados

semelhantes foram encontrados em estudos realizados com estudantes de

enfermagem de uma Universidade do interior de Minas Gerais, no qual apontam

como estilo de vida não-saudável o sedentarismo. Espera-se que os estudantes

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revejam seu estilo de vida, e que desenvolvam ações que permitam a melhoria do

mesmo, uma vez que a prática de exercícios físicos promove benefícios em todas

as fases do desenvolvimento humano. Proporcionando uma qualidade de vida

quando associados a uma qualidade no sono (SOARES; CAMPOS, 2008; SANTOS,

2015).

Pesquisas realizadas retratam a atividade física, como coadjuvante na

atividade de consciência neuromuscular, funcionamento cardiorrespiratório e na

manutenção do peso corporal, assim como na redução das tensões envolvendo o

estresse, e consequentemente na compulsão alimentar gerada pela ansiedade (DE

MELLO et al., 2013; WILES et al., 2012; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2013).

No modelo capitalista atual, estudantes, por uma necessidade própria e de

manter a família, tendem a dividir os estudos com o trabalho. Neste estudo, os

graduados com vínculo empregatício, trabalham aproximadamente 15,8

horas/semanais, no horário inverso às aulas. Em estudo realizado com estudantes

do curso de enfermagem, foram observadas várias alterações e distúrbios

relacionados à rotina do trabalho, dentre eles o sono, considerado por especialistas

como um dos fatores estimulantes para a ocorrência do estresse e,

consequentemente, inversão dos horários da alimentação, assim como a

irregularidade nas refeições (REIS et al., 2016; SCHIAVO; DE MARTINO, 2010).

A falta de tempo para o preparo e consumo de alimentos mobilizou a indústria

alimentícia a desenvolver novas técnicas de conservação e de preparo de alimentos,

disponibilizando maior variedade de preparações para consumo rápido. Além disso,

o consumo de alguns alimentos tornou-se globalizado, sendo introduzidos em

diferentes contextos culturais e econômicos (MONTEIRO et al., 2010).

No Brasil, foram observadas mudanças no padrão alimentar dos indivíduos

nas últimas décadas, não apenas referente ao aumento no consumo de ultra

processados (MONTEIRO et al., 2010), mas também quanto ao local onde são feitas

as refeições e tipos de preparações consumidas.

Estudos sobre a tendência de mudanças no padrão alimentar da população

brasileira nas últimas décadas destacam a elevação do consumo de carnes e

alimentos industrializados (refrigerantes, biscoitos e refeições prontas) e a redução

do consumo de leguminosas, raízes e tubérculos, frutas e hortaliças (LEVY et

al., 2012).

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Pesquisas com o intuito de avaliar os hábitos alimentares dos universitários

observaram baixa prevalência de alimentação saudável, com elevada ingestão de

alimentos doces e gordurosos e baixa ingestão de frutas e hortaliças entre estes

estudantes. Os maus hábitos alimentares desses universitários poderiam estar

sendo influenciados pelos novos comportamentos e relações sociais, sugerindo

indícios de compulsão alimentar em alguns alunos que, ansiosos, podem

transformar a alimentação com fuga para as situações de estresse físico e mental

(VIEIRA et al., 2014). As situações ou vivências como os sentimentos de tensão,

ansiedade, medo ou ameaça são considerados estimuladores do estresse

(STACCIARINI, TRÓCCOLI, 2001).

No cotidiano, os acadêmicos de enfermagem vivenciam estes fatores citados

anteriormente. Desde o momento do ingresso na universidade, o horário integral do

curso, o ritmo de vida intenso e a “pressão psicológica” causada pelas exigências

impostas pelos professores das disciplinas e pela ansiedade de ter um bom

rendimento a cada período cursado vão aos poucos se tornando fatores estressores

(PEREIRA, MIRANDA, PASSOS, 2010).

As características inerentes ao curso, cuja ênfase de formação profissional

está voltada para o cuidado, corroboram para que neste período, a relação

aluno/enfermeiro/paciente seja norteada, muitas vezes, por estímulos emocionais

intensos: o contato íntimo com a dor e o sofrimento do outro; o atendimento a

pacientes em fase terminal; a dificuldade em lidar com pacientes queixosos e em

condições emocionais alteradas; a intimidade corporal; e outras características que

requerem do aluno um período de adaptação a essa condição específica de

formação profissional (COSTA, 2007).

Em consequência a este estresse, alguns discentes tendem a desenvolver

uma alimentação essencialmente emocional e compulsiva, tendo como

consequência o sobrepeso e as doenças crônicas, por exemplo. Segundo dados do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a evolução do estado

nutricional da população adulta brasileira com a prevalência de excesso de peso e

de obesidade aumentaram continuamente nas últimas décadas (IBGE, 2010),

demonstrando a essencial necessidade de acompanhamento da população com

risco real de distúrbios alimentares e consequentemente a fatores estressores.

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7. CONCLUSÃO

Diante dos resultados obtidos, com relação ao nível de estresse por domínio,

os discentes de quatro períodos se destacaram quanto o alto nível de estresse.

Sendo o 4º período em relação à atividade prática (D1) e comunicação profissional;

o 9º período o gerenciamento de tempo (D3); 5º período no que abrange o domínio

ambiente (D4) e formação profissional (D5); e o 7º período no domínio atividade

teórica (D6).

Considerando o comportamento alimentar dos discentes pesquisados, estes

apresentaram compulsão de moderada à grave, distribuídos nos períodos

considerados por este estudo como de mais alto nível de estresse.

Quanto à análise de correlação, este estudo considerou a hipótese alternativa

válida, concluindo a existência de associação entre os domínios de estresse

abordados e o comportamento alimentar dos discentes pesquisados no decorrer do

curso de enfermagem.

Verificou-se assim, a necessidade de fomentar estratégias para minimizar o

estresse nos períodos mais atingidos pelos domínios abordados. Com relação ao

comportamento alimentar, partiu-se do pressuposto que a universidade é um campo

formador de conceitos e hábitos, e atua como corresponsável pela qualidade de vida

de seus alunos deve ser considerada como ponto estimulador das práticas

educativas e promoção da saúde dos discentes.

Neste sentindo, faz-se necessário o desenvolvimento de pesquisas e

intervenções futuras, em conjunto com as coordenações, na tentativa de promover

ações e estratégias que visem trabalhar com orientação dos discentes ao lidar com

os estímulos estressores, na tentativa de controlá-los, assim como manter hábitos

de vida saudáveis que refletirão posteriormente no desempenho profissional e,

consequentemente, no cotidiano e qualidade de vida deste universitário.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, destinado aos

acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

Esclarecimentos

Prezado (a) Sr.(a)

Este é um convite para você participar da pesquisa intitulada “IMPACTOS

DO ESTRESSE E SUA ASSOCIAÇÃO COM O COMPORTAMENTO

ALIMENTAR DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM”. Desenvolvida pela

mestranda Jéssika Wanessa Soares Costa, sob a orientação da professora Dra. Milva

Maria Figueiredo De Martino, Professora Adjunta visitante do Departamento de

Enfermagem da UFRN, responsável pela pesquisa.

Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a

qualquer momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum

prejuízo, represália ou penalidade.

O estudo tem por objetivo geral: analisar os níveis de estresse e sua

associação com o comportamento alimentar nos discentes da graduação em

Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Caso decida

aceitar o convite, você responderá um questionário sobre estresse e outro sobre

comportamento alimentar que será preenchido, com orientações em casos de

dúvida.

Justifica-se a realização deste estudo, uma vez que o resultado deste

trabalho trará noções sobre as condições de estresse, e sua associação no

comportamento alimentar dos discentes de enfermagem, visando ações futuras que

auxiliem este graduando.

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A presente pesquisa oferece risco ou desconforto mínimo ao participante,

pois não envolve experimentos de qualquer natureza, tampouco utilização de

drogas. No entanto, na ocorrência, em qualquer momento, de algum dano causado

pela pesquisa ao mesmo, seja ele de origem física ou moral, o participante terá

direito a indenização, desde que se comprove legalmente esta necessidade,

segundo as leis brasileiras. Os benefícios aos participantes estão correlacionados

aos dimensionamentos dos resultados provenientes desta pesquisa. Não havendo

ressarcimento por sua participação, devendo a mesma ser espontânea e

voluntária, mediante os esclarecimentos sobre objetivos, procedimentos,

resultados, conclusões e divulgação.

Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando

para pesquisadora responsável Profa. Dra. Milva Maria Figueiredo De Martino -

Campus Universitário – BR101 – Lagoa Nova – Natal (RN). CEP: 59.072-970.

Fone: (84) 3215-3196 / (84) 3025-3391.

Os dados fornecidos serão confidenciais e serão divulgados apenas em

congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de nenhum dado

que possa identificá-lo(a).

Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa

pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos.

Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o

Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

através do telefone (84) 3215-3135. End. Praça do Campus Universitário, Lagoa

Nova. Caixa Postal 1666, CEP 59072-970, Natal/RN – Brasil Home-

page:www.etica.ufrn.br. E-mail:[email protected].

Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra

com o pesquisador responsável Profa. Dra. Milva Maria Figueiredo De Martino.

Consentimento Livre e Esclarecido

Eu, ,autorizo a

utilização dos meus dados na pesquisa intitulada “ESTRESSE E SUA

ASSOCIAÇÃO COM O COMPORTAMENTO ALIMENTAR NOS DISCENTES DA

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM”.

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Esta autorização foi concedida após os esclarecimentos que recebi sobre os

objetivos, importância e o modo como os dados serão coletados, por ter entendido

os riscos, desconfortos e benefícios que essa pesquisa pode trazer e também por

ter compreendido todos os direitos como participante.

Autorizo, ainda, a publicação das informações fornecidas em congressos

e/ou publicações científicas, desde que os dados apresentados não me

identifiquem.

Natal, de de201 .

Impressão

datiloscópica

Assinatura do participante

Declaração do pesquisador responsável

Como pesquisador responsável pelo estudo “ESTRESSE E SUA

ASSOCIAÇÃO COM O COMPORTAMENTO ALIMENTAR NOS DISCENTES

DA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM”, declaro que assumo a inteira

responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos metodologicamente e

direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse estudo, assim

como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.

Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora

assumido estarei infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução

466/12 do Conselho Nacional de Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas

envolvendo o ser humano.

Natal, de de2017.

PROFª. DRª. MILVA MARIA FIGUEIREDO DE MARTINO

Pesquisadora Responsável

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APÊNDICE B

Ficha de dados sociodemográficos e condições de saúde

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO

EM ENFERMAGEM

FICHA DE COLETA DE DADOS

NOME:

INICIAIS:

PERÍODO: NÚMERO:

Parte I – Dados sociodemográficos

1. Qual a sua idade (em anos)?

2. Sexo:

( )Masculino ( )Feminino

3. Para você qual é a sua raça ou cor?

( ) Negra ( )Amarela

( )Parda ( )Indígena

( )Branca

4. Qual a sua situação conjugal?

( ) Solteiro(a

( ) União estável

( ) Casado

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( ) Divorciado(a)

( ) Viúvo (a)

5. Qual a renda mensal de sua família? (em nº de salários mínimos)

6. Tem filhos? ( ) SIM ( )NÃO. Quantos? .Idade:

7. Possui vínculo empregatício? ( ) SIM ( )NÃO

8. Qual a carga horária semanal?

9. Qual tempo de trabalho (anos)?

10. Qual o horário de trabalho? ( ) Matutino ( )Vespertino

( ) Noturno

11. Você faz ou já fez uso de medicamentos ou substâncias estimulantes (p.

ex.: café, energéticos, inibidores do sono) de forma frequente?

( ) SIM ( )NÃO

12. Se sim, qual(is)?

13. Você tem algum problema e/ou condição de saúde?

Hipertensão ( ) SIM ()NÃO

Diabetes ( ) SIM ( ) NÃO

Outras:

14. Você considera-se fumante? ( )SIM( )NÃO( ) Sou ex-fumante

15. Você considera-se etilista? ( )SIM( )NÃO( ) Sou ex-etilista

16. Você pratica atividade física regulamente? ( )SIM( ) NÃO

17. Quantos dias por semana você pratica exercícios físicos:

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APÊNDICE C

Artigo 1 - Artigo de revisão de literatura, segundo as normas da Revista da

Rede de Enfermagem do Nordeste (Qualis B1).

FATORES DETERMINANTES E IMPACTOS RELATIVOS AO ESTRESSE EM

ESTUDANTES DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Jéssika Wanessa Soares Costa

Milva Maria Figueiredo De Martino

Kézia Katiane Medeiros da Silva

Soraya Maria de Medeiros

Rejane Maria Paiva de Menezes

Bertha Cruz Enders RESUMO

Objetivo: Analisar na literatura cientifica os determinantes e os impactos

causados pelo estresse nos discentes de Enfermagem. Método: Trata-se de uma

revisão integrativa da literatura, com ênfase nas publicações entre 2012 a 2016, que

apresentassem em seu conteúdo os determinantes e os impactos do estresse sobre

os estudantes de enfermagem. Com realização de busca nas bases de dados no

período de julho e agosto de 2016. Resultados: A amostra final foi composta por

dezessete artigos, com abordagem exclusivamente quantitativa, sendo doze

publicados no âmbito internacional, quinze publicados entre os anos de 2012 e

2014.Principais fatores determinantes: realização de avaliações, prática clínica,

sobrecarga e, como impactos relevantes ao estresse, depressão, ansiedade,

desempenho acadêmico e mudança de hábito alimentar. Conclusão: Os discentes

dos cursos de graduação, no que tange aos resultados dispostos na literatura, estão

constantemente expostos a condições e ambientes que propiciam o

desenvolvimento do estresse e, consequentemente, desgaste físico e emocional.

Descritores: Enfermagem; Estudantes; Estresse.

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INTRODUÇÃO

A sobrecarga das horas de estudo, realização de provas, atividades

extracurriculares, a graduação e a conciliação com o emprego contribuem

negativamente para o desencadeamento de transtornos alimentares e psicológicos,

caracterizados pelo quadro depressivo, precedido de esgotamento físico e mental

intenso, corroborando para alterações na qualidade de vida de alguns indivíduos1-3.

De acordo com estudos realizados, os estudantes de enfermagem que

encontram-se em períodos mais avançados têm um índice de estresse mais elevado

em relação aos que estão iniciando a graduação, assim como níveis baixos de

autoestima na etapa final do curso de enfermagem em relação a outros cursos da

área da saúde4,5.

Selye (1936), teorista pioneiro nos estudos da área de interesse desta

pesquisa, define estresse como a depreciação do corpo, empregando a síndrome

da adaptação geral para explicar as relações fisiológicas ao estresse6. Desta forma,

o estresse representa as interações e ajustamentos contínuos entre o sujeito e o

ambiente7.

Durante os primeiros períodos no ensino superior, o estudante depara-se

com inúmeros fatores de estresse frente às mudanças e aos desafios desse novo

contexto educativo. Esta mudança abrupta de hábitos acaba por influenciar no

processo de saúde-doença dos universitários. Com a baixa adesão para uma

alimentação saudável e atividade física, manifestações como as doenças crônicas,

distúrbios gastrointestinais, ansiedade, alterações no sono e depressão da

imunidade instalam-se8.

Tendo como motivação a vivência no curso de Enfermagem durante a

graduação e dos estudos realizados, faz-se de extrema importância reconhecer a

parcela significativa das publicações a respeito da temática envolvendo o discente

de enfermagem, no âmbito dos fatores determinantes e impactantes advindos da

formação profissional no decorrer da graduação, sendo uma das vertentes que

elevam a relevância deste estudo, os resultados futuros que poderão advir desta

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revisão, auxiliando assim, no desenvolvimento de ações que minimizem os

impactos gerados pela vida acadêmica.

Para tanto, propõe-se, a partir desta revisão, buscar resposta para as

seguintes questões de pesquisa: Quais os determinantes do estresse nos discentes

de enfermagem? Quais os impactos do estresse nos acadêmicos de enfermagem?

Considerando este cenário, objetivou-se neste estudo analisar os fatores

determinantes e impactantes ocasionados pelo estresse nos discentes de

Enfermagem.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com a finalidade de

construir uma análise rebuscada da literatura, selecionando e agrupando estudos

que envolvem a temática, e que tragam características em comum, obtendo um

aprofundamento e reflexões, para subsidiar novos estudos na área9.

Neste estudo, utilizou-se as seguintes etapas: identificação do tema e

elaboração da questão de pesquisa, estabelecimento de critérios para inclusão e

exclusão de estudos, identificação dos dados a serem obtidos a partir dos estudos

selecionados, categorização dos estudos, análise e interpretação dos resultados e

apresentação da revisão, com a exposição das etapas percorridas para alcançar

os resultados obtidos10.

Durante a busca pelas publicações na literatura cientifica, a investigação

ocorreu no período de julho e agosto de 2016, nas seguintes bases de dados

eletrônicas: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

(LILACS), Medical Literature Analysisand Retrieval System Online (MEDLINE), Índice

Bibliográfico Espanhol de Ciências da Saúde (IBECS), Base de Dados de

Enfermagem (BDENF), Cumulative Index to Nursing and Allied Health

Literature(CINAHL) e Web Of Science.

Durante o levantamento das publicações, foram utilizados os descritores

controlados do Medical Subject Headings (MESH): “Stress, Psychological” e

“Students, Nursing”, os quais foram pesquisados de forma conjunta através do

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operador booleano AND. Toda a revisão integrativa seguiu minuciosamente os

passos de um protocolo pré-estabelecido.

Como método para seleção da amostra foram adotados os seguintes

critérios de inclusão: artigos publicados entre 2012 a 2016; e os que apresentassem

em seu conteúdo os impactos do estresse sobre os estudantes de enfermagem.

Foram excluídos os estudos em formato de editorial, carta ao editor e revisões. A

restrição do período de publicações justifica-se em decorrência das mudanças

sociodemográficas e ambientais que se alteram constantemente. A Figura1

apresenta de forma quantitativa os passos realizados nas bases dedados.

Figura 1. Quantitativo de artigos durante a pesquisa nas bases de dados. Natal,

RN, 2016.

Em continuidade ao procedimento da busca nas bases de dados, as

publicações encontradas (n=551) foram pré-selecionadas com base na leitura do

título e resumo, seguida pela leitura na íntegra das publicações previamente

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selecionadas (n=43), definindo a amostra final de artigos (n=17)11-27. Em seguida,

foram categorizados e analisados de forma descritiva no programa Microsoft

Excel®, quanto: identificação do artigo (título autores, bases de dados, local e ano

de publicação) e metodologia do artigo (objetivo), assim como os fatores

estressores e impactos ocasionados pelo estresse.

RESULTADOS

A amostra final foi composta por 17 artigos. Verificou-se que 70,58% das

publicações foram publicadas no âmbito internacional. Destes 88,23% dos artigos

foram publicados entre os anos de 2012 e 2014. Sobre a abordagem metodológica,

100,00% da amostra constituiu-se de artigos quantitativos. Os periódicos

International Journal of Nursing Practice e o Journal of Clinical Nursing

apresentaram durante as buscas, maior quantitativo de artigos.

Os artigos apontaram a realização de avaliações como um dos principais

fatores determinantes do estresse, e constaram a depressão, ansiedade e o baixo

desempenho acadêmico, como os principais impactos apresentados pelos discentes

de enfermagem com altos níveis de estresse (Tabela1). Alguns artigos apresentaram

mais de um fator para a ocorrência do estresse.

Tabela 1. Fatores determinantes do estresse apresentados pelos artigos

selecionados. Natal, RN, 2016.

FATOR DETERMINANTE QUANTITATIVO DE ARTIGOS

n (%)

Realização de avaliações 8 (47,05)

Sobrecarga 6 (35,29)

Prática clínica 6 (35,29)

Comunicação Profissional 5 (29,41)

Formação Profissional 4 (23,52)

Gerenciamento do Tempo 4 (23,52)

Ambiente 4 (23,52)

Conflitos sociais 2 (11,76)

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Falta de competência 2 (11,76)

Apresentação de trabalhos 2 (11,76)

Baixa qualidade do sono 1 (5,88)

Condições de alojamento 1 (5,88)

Conciliar o trabalho eosestudos 1 (5,88)

TOTAL 17 (100,00)

A Tabela 2 apresenta os impactos ocasionados pelo estresse, com base

na amostra final de artigos selecionados. Alguns artigos apresentaram mais de um

impacto para a ocorrência do estresse.

Tabela 2. Impactos do estresse apresentados pelos artigos selecionados. Natal, RN,

2016.

FATOR DE IMPACTO

QUANTITATIVO DE ARTIGOS

n (%)

Depressão 5 (29,41)

Ansiedade 4 (23,52)

Desempenho acadêmico 3 (17,64)

Mudança de hábito alimentar 1 (5,88)

Exaustão 1 (5,88)

Desenvolvimento de doenças 1 (5,88)

Alterações do bem-estar 1 (5,88)

Conflitos interpessoais 1 (5,88)

Irritabilidade 1 (5,88)

Cansaço constante 1 (5,88)

Hipersensibilidade emotiva 1 (5,88)

Insônia 1 (5,88)

Uso de substâncias psicoativas 1 (5,88)

TOTAL 17 (100,00)

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DISCUSSÃO

Com as oportunidades crescentes de ingressar no meio acadêmico,

anualmente milhares de pessoas cruzam as portas das universidades rumo à

universidade. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE - 2014), 58,5% dos estudantes na faixa etária entre 18 a 24 anos

estão cursando o ensino superior28.

Durante a profissionalização no ensino superior as alterações no nível de

estresse gerado pelo desgaste físico e mental são frequentes, juntamente com os

afazeres do cotidiano, impossibilita na maioria dos casos, a não adesão a hábitos

de vida saudáveis, como a realização de atividade física e refeições balanceadas,

colaborando para o aumento de peso e o aparecimento de problemas de saúde.

Além disso, o estresse nessa população pode ocasionar problemas que favoreçam

a diminuição do rendimento acadêmico e da qualidade de assistência de

enfermagem prestada durante as atividades práticas2.

Nos últimos anos, a graduação em enfermagem enfatiza uma nova

perspectiva de ensino, com direcionamento do discente para o raciocínio e ambiente

clínico. Com esse direcionamento inovador, o conhecimento teórico e prático é cada

vez mais cobrado e exigido pelas universidades, no intuito de desenvolver e situar os

alunos durante seu processo de formação acadêmica, como futuros profissionais da

saúde3.

É no campo de estágio que o discente interage e vivencia suas primeiras

habilidades e contato com a Enfermagem. Mas é também quando os maiores

anseios e a aflições são lançadas, as exigências são mais visíveis, gerando altos

níveis de estresse, insegurança, depressão durante agraduação29.

Juntamente com a pratica durante os estágios a comunicação entre os

profissionais da saúde é um ponto gerador de conflitos e de incompreensão por

parte dos estudantes, que não estão adaptados a dinâmica do local de estágio, aos

procedimentos executados na instituição, assim como, o contado com uma equipe

de enfermagem30.

Com a prática clínica, os alunos tendem a ser avaliados, em uma correlação

de aprendizagem entre a teoria e a prática. Tradicionalmente vista como uma arma

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utilizada para punição pelos discentes, contexto este que vem desconstruindo-se

gradualmente. As atividades avaliativas, em alguns casos, são exacerbadoras do

estado emocional, cominando em crises de ansiedade, desgaste emocional e

físico31.

O estresse ainda se encontra negativamente associado à predição do

rendimento acadêmico dos discentes, quanto maior o nível de estresse, menor o

rendimento detectado pelo docentes31.

A sobrecarga gerada pela alta carga horária curricular obrigatória, além das

atividades complementares e extracurriculares, como iniciação científica, monitoria,

extensão, cursos e eventos, pode interferir na qualidade de vidado discente32.

As dificuldades para conciliar todas as atividades da vida acadêmica, as

condições pessoais, emocionais e sociais fazem com que a sobrecarga do

cotidiano acadêmico, seja considera do um agravante na condição de saúde. A

depressão e ansiedade são as principais situações decorrentes do estresse gerado

pela sobrecarga em suas dimensões33,34.

A relação entre os níveis de estresse e seus condicionantes, ambos estão

amplamente interligados as alterações no comportamento alimentar dos indivíduos

expostos. Estudo realizado com 30 estudantes do ensino superior comprovou que

os alunos com níveis mais elevados de estresse e consequentemente de ansiedade

obtiveram escores mais elevados para comer e compulsão alimentar, e maior

frequência de consumo de lanches e alimentos prontos35.

Com esse conjunto de dificuldades e situações, alguns discentes tentem a

sofrer de transtornos psicológicos, a depressão é um deles, necessitando de

acompanhamento que em alguns casos não é levado a serio, cominando em alguns

casos em pontos extremos como a ideação suicida, como a única saída para as

suas dificuldades e problemas36.

CONCLUSÃO

Foram identificados, dentre os 17 artigos selecionados na amostra final, 13

determinantes tidos como cruciais para o desenvolvimento do estresse: a

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realização de exames avaliativos, a sobrecarga e prática clínica. No contexto dos

fatores impactantes relacionados ao estresse, a literatura apontou a depressão,

ansiedade e baixo desempenho acadêmico como principais resultados

desencadeados pela condição estressante.

Conclui-se, assim, que os discentes dos cursos de graduação, no que tange

aos resultados dispostos na literatura, estão constantemente expostos a condições

e ambientes que propiciam o desenvolvimento do estresse, e consequentemente

desgaste físico e emocional.

Como perspectiva futura, a realização de trabalhos que desenvolva meios

facilitadores, assim como investigação dos níveis de estresse entre os discentes de

enfermagem, faz-se de crucial importância na tentativa de estimular a cultura nos

universitários de aprender a lidar e adaptar-se às situações estressantes e

reconhecer os fatores geradores de tal condição.

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77

ANEXOS

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ANEXO A

Questionário Holandês do Comportamento Alimentar – QHCA. Tradução e

Adaptação: Almeida, Loureiro e Santos (2001).

QUESTIONÁRIO HOLANDÊSDO

COMPORTAMENTO ALIMENTAR – QHCA

Responda SIM ou NÃO em cada uma das alternativas descritas abaixo:

Quando você tem que se pesar, você come menos do que normalmente

comeria?

( ) SIM ( )NÃO

Você tem vontade de comer quando não tem nada para fazer?

( )SIM (

3- Você tem vontade de comer quando está emocionalmente perturbada?

( )SIM (

4- Se você vê outros comendo, você também quer comer?

( )SIM ( )NÃO

5- Você tem vontade de comer quando está desiludida?

( )SIM (

6- Ao comer muito em um dia, você come menos do que o habitual nos dias

seguintes?

( ) SIM (

Você tenta não comer entre as refeições porque está observando seu peso?

( ) SIM ( )NÃO

Você tem vontade de comer quando está assustada?

( ) SIM

9- Ao preparar uma refeição, você

gostosa?

( ) SIM

( )NÃO

fica inclinada a comer alguma coisa

(

10- Decididamente você come comidas que são pouco “engordativas”?

( ) SIM (

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11- Você tem vontade de comer quando está de mau humor?

( )SIM ( )NÃO

12- Se você tem algo deliciosos para comer, você come imediatamente?

( )SIM ( )NÃO

13- Você considera seu peso de acordo com o que você come?

( )SIM ( )NÃO

14- Você tem vontade de comer quando está chateada ou impaciente?

( ) SIM ( )NÃO

15- Você consegue deixar de comer alimentos gostosos?

( )SIM ( )NÃO

16-Vocêtenta comer menos do que gostaria de comer nos horários das

refeições?

( ) SIM ( )NÃO

17- Você tem vontade de comer quando está irritada?

( )SIM ( )NÃO

18- Você observa (presta atenção) o que você come?

( )SIM ( )NÃO

19- Ao passar perto de uma lanchonete ou restaurante, você fica com vontade

de comprar alguma coisa gostosa?

( ) SIM ( )NÃO

20- Você recusa comida ou bebida oferecidas a você por estar preocupada

comseu peso?

( ) SIM ( )NÃO

21-Você tem vontade de comer quando está ansiosa, preocupada ou tensa?

( )SIM ( ) NÃO

22-Decididamentevocê come menos com o objetivo de não ficar mais pesada?

( ) SIM ( )NÃO

23-Sea comida cheirar bem e lhe parecer boa, você come mais que o

habitual?

( ) SIM ( )NÃO

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24- Você tem vontade de comer quando as coisas não estão dando certo?

( )SIM ( )NÃO

25- Se a comida é saborosa, você come mais que o habitual?

( )SIM (

26- Você tenta não comer à noite porque está observando seu peso? Com que

frequência?

( ) SIM (

27- Você tem vontade de comer quando alguém deixa você triste?

( )SIM (

28- Se você vê ou sente cheiro de algo delicioso, tem desejo de comê-lo?

( )SIM (

29- Ao passar perto de uma padaria, você fica com vontade de comprar alguma

coisa gostosa?

( ) SIM (

30-Vocêtemvontadedecomerquandoestádeprimidaoudesanimada?

( )SIM (

31- Você come mais que o usual quando vê outros comendo?

( ) SIM ( )NÃO

32- Você tem vontade de comer quando está se sentindo sozinha?

( )SIM (

33-Vocêtem vontade de comer quando alguma coisa desagradável está

prestes a acontecer?

( ) SIM ( ) NÃO

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ANEXO B

Escala para “Avaliação de Estresse em estudantes de Enfermagem” (AEEE)

(COSTA; POLAK,2009).

ITENS 0 1 2 3

1. Ter preocupação com o futuro profissional

2. A obrigatoriedade em realizar os trabalhos extraclasse

3. Estar fora do convívio social traz sentimentos de solidão

4. Realizar os procedimentos assistenciais de modo geral

5. As novas situações que poderá vivenciar na prática clínica

6. Comunicação com os demais profissionais da unidade de

estágio

7. O ambiente da unidade clínica de estágio

8. Comunicação com os profissionais de outros setores no

local de estágio

9. Ter medo de cometer erros durante a assistência ao

paciente

10. A forma adotada para avaliar o conteúdo teórico

11. Distância entre a faculdade e o local de moradia

12. Executar determinados procedimentos assistenciais

AVALIAÇÃO DE ESTRESSE EM

ESTUDANTES DE ENFERMAGEM

(AEEE)

Leia atentamente cada item abaixo e marque com um “X” o número

correspondente com a intensidade de estresse que a situação lhe provoca, conforme a

legenda a seguir:

0 = Não vivencio a situação

1 = Não me sinto estressado com a situação

2 = Me sinto pouco estressado com a situação

3 = Me sinto muito estressado com a situação

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13. Sentir insegurança ou medo ao fazer as provas teóricas

14. O grau de dificuldade para a execução dos

trabalhos extraclasse

15. A semelhança entre as situações que vivencia no estágio

e aquelas que poderá vivenciar na vida profissional

16. Perceber as dificuldades que envolvem o relacionamento

com outros profissionais da área

17. Pensar nas situações que poderá vivenciar quando for

enfermeiro

18. Tempo reduzido para estar com os familiares

19. Perceber a responsabilidade profissional quando está

atuando no campo de estágio

20. Observar atitudes conflitantes em outros profissionais

21. Sentir que adquiriu pouco conhecimento para fazer a prova

prática

22. Transporte público utilizado para chegar à faculdade

23. Tempo exigido pelo professor para a entrega das

atividades extra classe

24. Distância entre a maioria dos campos de estágio e o local

de moradia

25. Vivenciar as atividades, como enfermeiro em formação,

no campo de estágio

26. Faltar tempo para o lazer

27. Perceber a relação entre o conhecimento teórico

adquirido no curso e o futuro desempenho profissional

28. Assimilar o conteúdo teórico-prático oferecido em sala de

aula

29. Transporte público utilizado para chegar ao local do

estágio

30. Faltar tempo para momentos de descanso

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ANEXO C

Parecer do Comitê de Ética da UFRN