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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE
CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM
CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO
JÉSSIKA WANESSA SOARES COSTA
IMPACTOS DO ESTRESSE E SUA ASSOCIAÇÃO COM O COMPORTAMENTO
ALIMENTAR DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM
NATAL
2017
JÉSSIKA WANESSA SOARES COSTA
IMPACTOS DO ESTRESSE E SUA ASSOCIAÇÃO COM O COMPORTAMENTO
ALIMENTAR DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM
Dissertação de mestrado apresentada ao
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Enfermagem.
Área de Concentração: Enfermagem na Atenção
à Saúde.
Linha de Pesquisa: Vigilância à Saúde.
Grupo de Pesquisa: Ações Promocionais e de Assistência a Grupos Humanos em Saúde Mental e Coletiva.
Orientadora: Prof.ª Dr. ª Milva Maria Figueiredo De Martino.
NATAL
2017
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Bertha Cruz Enders Escola de Saúde da UFRN - ESUFRN
Costa, Jéssika Wanessa Soares. Impactos do estresse e sua associação com o comportamento alimentar dos graduandos em enfermagem / Jéssika Wanessa Soares Costa. - 2017. 83f.: il. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Natal, RN, 2017. Orientadora: Profa. Dra. Milva Maria Figueiredo De Martino. 1. Estudantes de Enfermagem - Dissertação. 2. Estresse - Dissertação. 3. Comportamento alimentar - Dissertação. I. Martino, Milva Maria Figueiredo De. II. Título. RN/UF/BS-Escola de Saúde CDU 616-083:612.3
JÉSSIKA WANESSA SOARES COSTA
IMPACTOS DO ESTRESSE E SUA ASSOCIAÇÃO COM O COMPORTAMENTO
ALIMENTAR DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do
Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do titulo de Mestre em Enfermagem.
Aprovada em 21 de junho 2017.
Prof.ª Dr.ª Milva Maria Figueiredo De Martino Presidente da banca / Orientadora
Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Prof.ª Dr.ª Teresa Celia de Mattos Moraes dos Santos Avaliadora Externa
Universidade de Taubaté
Prof.ª Dr.ª Gabriela de Sousa Martins Melo Avaliadora Interna
Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Prof.ª Dr.ª Soraya Maria de Medeiros Avaliadora Interna
Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
DEDICATÓRIA
Aos meus familiares, amigos
e mestres, que me guiaram com
amor e sabedoria.
AGRADECIMENTOS
Primeirante, a Deus, sem Ele nada somos. Sua vontade reina em absoluto.
A minha orientadora, professora Dra. Milva Maria Figueiredo De Martino,
por ampliar minha visão sobre a pesquisa, pelos ensinamentos e disposição em
repassar seus conhecimentos. Nossos momentos foram enriquecedores. Muito
obrigada.
Aos meus pais, Neide Costa e Wilton Costa, pelos ensinamentos, esforços
e incentivos para que eu chegasse até está etapa da minha vida. Obrigada pelo
amor e colo nos momentos insertos e de dificuldade. Amo vocês!
Aos meus irmãos, Mateus Costa e Manoel Costa, pelos momentos de
ausência, lembrem-se que também foi por vocês as minhas noites em claro.
Aos meus avós, em especial a minha voinha Maria Aparecida por me
acolher em sua casa nos últimos anos com todo amor. As minhas desculpas pelos
livros espalhados pela casa!
Aos meus tios, tias e primos, que sempre me incentivaram e
demonstraram orgulho a cada passo conquistado.
Ao meu amor, Hélio Junior, pelos momentos de paciência, incentivo e amor
nos momentos de dificuldade. Obrigada pelo companheirismo nos momentos mais
felizes e de realização da minha vida.
Aos meus amigos, em especial, Kadyjina Lúcio, Eliabe Medeiros, Cristiane
Marques e Fernanda Dantas, vocês foram cruciais na construção deste sonho. Não
tenho dúvida que a nossa amizade irá perdurar por muitos e muitos anos, obrigada
pela mão amiga nos momentos de desespero.
A minha cunhada, Erica Poliana pelo auxilio na estruturação desta
dissertação.
As professoras Isabelle Katherinne e Gabriela Melo, por guiar os meus
primeiros passos no universo da pesquisa.
As colegas do grupo de pesquisa, Kézia Katiane e Danila Silva, pelo apoio
essencial na construção desta pesquisa.
Ao Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, em especial, aos professores e alunos, que dispuseram do seu
precioso tempo para participarem desta pesquisa.
Ao Programa de Pós-graduação, pela oportunidade de prestigiar
professores maravilhosos, que somaram no meu crescimento profissional e
pessoal.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), pela disponibilidade da bolsa de Mestrado, crucial para o
desenvolvimento desta pesquisa.
COSTA, J.W.S. Impactos do estresse e sua associação com o comportamento
alimentar dos graduandos em enfermagem. 84f. Dissertação (Mestrado em
Enfermagem) – Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, Natal, RN, 2017.
RESUMO
Introdução: Com as oportunidades crescentes para ingressar no meio
acadêmico, anualmente, milhares de pessoas cruzam as portas das
universidades. Neste novo cenário, o estudante depara-se com inúmeros fatores
estressores frente aos novos desafios. Objetivo: Analisar os níveis de estresse e
sua associação com o comportamento alimentar dos discentes da graduação em
Enfermagem de uma universidade pública. Método: Trata-se de um estudo
transversal, observacional, com abordagem quantitativa, realizado com 280
estudantes do curso de graduação em Enfermagem. As informações foram
coletadas de 20 de Fevereiro a 21 de Março de 2017, através de três
questionários: Questionário para levantamento dos dados sociodemográficos,
escala para Avaliação de Estresse em Estudantes de Enfermagem e o
Questionário Holandês do Comportamento Alimentar. A aplicação dos
instrumentos ocorreu em sala de aula simultaneamente, após o período de
realização das primeiras provas avaliativas e mediante autorização da
coordenação das disciplinas. Os horários para a coleta foram pré-estabelecidos
pela coordenação das disciplinas, distribuídos nos turnos: matutino e vespertino.
Todos os participantes foram orientados sobre os procedimentos para coleta de
dados, com tempo de aplicação máxima de 15 minutos. Resultados: Com a
realização das análises, foi possível estabelecer os níveis de estresse por domínio
de acordo com o período do curso dos estudantes. Corroborando para o seguinte
resultado considerando o mais elevado nível de estresse em relação a cada
domínio: atividade prática e comunicação profissional maior nível no 4º período;
gerenciamento de tempo, 9º período; ambiente e formação profissional, 5º
período; e atividade teórica, no 7º período. Conclusão: Constatou-se mediante o
delineamento dos resultados correlação significativa entre três dos seis domínios
da escala de estresse e o comportamento alimentar dos discentes
do curso de Enfermagem. As análises demonstraram correlação positiva entre os
domínios comunicação profissional e gerenciamento do tempo versus
comportamento alimentar, evidenciando que quanto maior o estresse maior a
compulsão alimentar. O domínio formação profissional versus comportamento
alimentar, apresentou correlação negativa quando relacionados, demonstrando
que quanto maior o estresse menor a compulsão alimentar. Neste sentindo, faz-
se relevante o desenvolvimento de pesquisas futuras na tentativa de desenvolver
ações e estratégias que visem trabalhar a orientação destes discentes ao lidar
com os estímulos estressores na tentativa de controlá-los, e, consequentemente,
minimizar os impactos do estresse nas atividades de vida diária deste estudante
universitário.
Descritores: Estudantes de Enfermagem; Estresse; Comportamento alimentar.
COSTA, J.W.S. Impacts of stress and its association with food behavior of students
in nursing. 85f. Dissertation (Master in Nursing) - Nursing Department, Federal
University of Rio Grande do Norte, Natal, RN, 2017.
ABSTRACT
Introduction: With the increasing opportunities to enter the academic milieu,
thousands of people cross the doors of universities every year. In this new scenario,
the student faces numerous stressors in the face of new challenges. Objective: To
analyze the levels of stress and its association with the eating behavior of
undergraduate students in Nursing at a public university. Method: This is a cross-
sectional, observational study with a quantitative approach carried out with 280
undergraduate students in Nursing. The information was collected from February 20
to March 21, 2017, through three questionnaires: Questionnaire for the survey of
sociodemographic data, Scale for Stress Assessment in Nursing Students and the
Dutch Questionnaire on Eating Behavior. The application of the instruments
occurred in the classroom simultaneously, after the period of the first evaluation tests
and with the authorization of the disciplinary coordination. The schedules for the
collection were pre-established by the coordination of the disciplines, distributed in
the shifts: morning and evening. All participants were instructed on procedures for
data collection, with a maximum application time of 15 minutes. Results: With the
analysis, it was possible to establish the levels of stress per domain according to the
period of the students' course. Corroborating to the following result considering the
highest level of stress in relation to each domain: practical activity and professional
communication higher level in the 4th period; Time management, 9th period;
Environment and vocational training, 5th period; And theoretical activity, in the 7th
period. Conclusion: It was found by designing the results a significant correlation
between three of the six domains of the stress scale and the eating behavior of the
students of the Nursing course. The analyzes showed a positive correlation between
the domains of professional communication and time management versus eating
behavior, evidencing that the greater the stress the greater the binge eating. The
domain professional training
versus eating behavior, presented negative correlation when related, demonstrating
that the higher the stress the less the binge eating. In this sense, it is relevant to
develop future research in the attempt to develop actions and strategies aimed at
working the orientation of these students in dealing with stressors in an attempt to
control them, and, consequently, to minimize the impacts of stress on activities of
daily life of this university student.
Descriptors: Students, Nursing; Stress; Feeding Behavior.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ACTH Hormônio adrenocorticotrófico ou corticotrópica
AEEE Avaliação de Estresse em Estudantes de Enfermagem
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior
CEP Comitê de Ética em Pesquisa
HHA Hipotálamo-hipófise-adrenal
IMC Índice de Massa Corporal
QHCA Questionário Holandês do Comportamento Alimentar
RN Rio Grande do Norte
SAG Síndrome da Adaptação Geral
SNA Sistema Nervoso Autônomo
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Quantitativo de acadêmicos do curso de enfermagem da UFRN no
período de 2017.1 e amostra pretendida do estudo. Natal, RN, Brasil,
2017 ................................................................................................... 29
Quadro 2. Variáveis de caracterização sociodemográfica e condições de saúde da
amostra. Natal, RN, Brasil, 2017 ..........30
Quadro 3. Interpretação dos escores da escala de Avaliação de Estresse em
estudantes de Enfermagem. Natal, RN, Brasil,
2017 ................................................................................................... 32
Quadro 4. Descrição teórica e estatística das hipóteses do estudo. Natal, RN,
Brasil, 2017 ........................................................................................ 34
Quadro 5. Associação entre os domínios da escala de Avaliação de Estresse em
estudantes de Enfermagem (AEEA) e a compulsão alimentar do
Questionário Holandês do Comportamento Alimentar (QHCA). Natal,
RN, Brasil, 2017..................................................................................42
.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Esquema representativo da Síndrome da Adaptação Geral de Selye
(1907-1982). Natal, RN, Brasil,
2017......................................................................................................20
Figura 2. Representação dos estágios da SAG. Natal, RN, 2017 ...................... 20
Figura3. Representação gráfica do eutress e distress. Natal, RN, Brasil,
2017 ................................................................................................... 21
Figura 4. Sistema Nervoso Autônomo e Eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal. Natal,
RN, Brasil, 2017 ................................................................................... 23
Figura 5. Distribuição dos discentes, por período, com maior nível de estresse de
acordo com a escala de Avaliação de Estresse em estudantes de
Enfermagem. Natal, RN, Brasil, 2017 .................................................. 40
Figura 6. Distribuição dos tipos de alimentação de acordo com os domínios da
escala de Avaliação de Estresse em estudantes de Enfermagem. Natal,
RN, Brasil, 2017 ................................................................................... 41
Figura 1. Quantitativo de artigos durante a pesquisa nas bases de dados. Natal,
RN, 2016 .............................................................................................. 65
.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Dados sociodemográficos dos discentes do curso de Enfermagem de
uma universidade pública. Natal, RN, Brasil,
2017 .................................................................................................... 36
Tabela 2. Tipo e compulsão alimentar dos graduandos em Enfermagem de acordo
com o Questionário Holandês do Comportamento Alimentar (QHCA).
Natal, RN, Brasil, 2017........................................................................ 37
Tabela 3. Disfunções fisiológicas apresentadas pelos discentes do curso de
Enfermagem. Natal, RN, Brasil, 2017...................................................38
Tabela 1. Fatores determinantes do estresse apresentados pelos artigos
selecionados. Natal, RN, 2016 .......................................................... ..66
Tabela 2. Impactos do estresse apresentados pelos artigos selecionados. Natal,
RN, 2016 ........................................................................................... .67
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 17
2. REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................ .19
2.1 HISTORICO, CONCEITOS E SIGNIFICADOS DO ESTRESSE .................... 19
2.2 MECANISMOS FISIOLOGICOS DO ESTRESSE ......................................... 22
2.3 ESTRESSE NA GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM E SEUS IMPACTOS ..... 24
2.4 COMPORTAMENTO ALIMENTAR EM UNIVERSITÁRIOS .......................... 24
3. OBJETIVOS ................................................................................................................ 27
3.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 27
3.2 OBJETIVOSESPECÍFICOS .......................................................................... 27
4. MATERIAS E MÉTODOS ............................................................................... 28
4.1 TIPO DE ESTUDO ........................................................................................ 28
4.2 LOCAL DO ESTUDO .................................................................................... 28
4.3 POPULAÇÃO ............................................................................................... 28
4.4 INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA COLETA DEDADOS ........................... 30
4.5 COLETA DE DADOS ...................................................................................... 33
4.6 ANÁLISE E ORGANIZAÇÃO DOS DADOS .................................................... 34
4.7 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS ..................................................................... 35
5. RESULTADOS ................................................................................................. 36
6. DISCUSSÃO. ................................................................................................... 43
7. CONCLUSÃO .................................................................................................. 46
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 47
APÊNDICES ........................................................................................................ 56
ANEXOS ............................................................................................................... 77
17
1. INTRODUÇÃO
Com as oportunidades crescentes para ingressar no meio acadêmico,
anualmente milhares de pessoas cruzam as portas das universidades rumo à
educação superior. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) 58,5% dos estudantes na faixa etária de 18 a 24 anos estão
cursando o ensino superior (BRASIL, 2016).
Durante os primeiros períodos na universidade, o estudante depara- se com
inúmeros fatores estressores frente aos desafios incrustados neste novo cenário
(LIMA et. al., 2013). Com as mudanças abruptas no cotidiano do discente, a qualidade
de vida pode ser influenciada negativamente, pela baixa adesão na realização de
atividade física e refeições não balanceadas, dentre outros aspectos, corroborando
para o desenvolvimento de doenças crônicas, distúrbios gastrointestinais, distúrbios
no ciclo vigília sono, depressão da imunidade, ansiedade, depressão, cominando no
aumento dos níveis de estresse (CORRAL- MULATO et al., 2011; BUBLITZ et al.,
2012; SILVA et al., 2011; SOUZA, 2011).
No Brasil, 30% da população economicamente ativa já atingiu algum estado
de estresse causado por pressão excessiva. Esse percentual de pessoas com um
conjunto de perturbações orgânicas e psíquicas (estresse) ultrapassa os Estados
Unidos (20%), perdendo somente para Japão (70%) (MEYER et al., 2012).
Pesquisa realizada com estudantes da graduação em Odontologia evidenciou
que, durante o ensino superior, 60% dos alunos participantes apresentavam
manifestações visíveis do nível de estresse, com associação direta no
desenvolvimento de sintomas de depressão severa. Assim como irregularidade na
alimentação, demonstrou-se um perfil indesejável, em que apenas 12% dos
entrevistados incluíam em seu cardápio alimentos saudáveis, colaborando para o
sobrepeso durante a universidade (ROVIDA et al., 2015; SANTOS; RADÜNZ, 2011).
Leva-se, desta forma, a refletir que os universitários estão expostos e propensos a
condições de risco de saúde, no contexto da péssima alimentação e elevado nível de
estresse (físico e psicológico).
Na formação universitária, o perfil de alunos com problemas de saúde e
distúrbios alimentares estende-se para a área de Enfermagem. A preocupação com
o novo ambiente, as atividades práticas e a formação profissional contribuem para as
18
mais variadas alterações no cotidiano do aluno de enfermagem. Apesar das
mudanças na estruturação curricular dos últimos anos e as metodologias ativas
introduzidas na aprendizagem, os discentes iniciantes e egressos da Enfermagem,
ainda sentem dificuldade na adaptação as barreiras e desafios presentes no meio
acadêmico, ocasionando disfunções fisiológicas e psíquicas (MEIRA, KURCGANT,
2016; OLIVEIRA et al., 2016; VIEIRA et al., 2014).
Dentre estas disfunções, a alimentação e os hábitos saudáveis são os mais
prejudicados e propensos ao desenvolvimento de exaustão, intrínsecos ao estresse.
De acordo com estudos realizados, os estudantes da graduação em enfermagem
nos períodos mais avançados têm um índice de estresse mais elevado em relação
aos que estão iniciando a graduação, bem como níveis baixos de autoestima na
etapa final do curso de Enfermagem em relação a outros cursos da área da saúde,
assim como, um comportamento inadequado da alimentação (ARRONQUI et al.,
2011; BENAVENTE, COSTA, 2011).
Considerando o nível de estresse ao qual o discente em Enfermagem
encontra-se exposto, o seguinte questionamento foi formulado: Existe associação
entre o nível de estresse dos graduandos de Enfermagem e o comportamento
alimentar desses alunos?
Mediante tal questionamento, é de extrema importância analisar os níveis de
estresse e comportamento alimentar presentes nos alunos em formação
universitária, como futuros profissionais detentores dos cuidados nos serviços de
saúde. Esta pesquisa favorece não apenas as análises voltadas aos objetivos deste
estudo, mas a ampliação do conhecimento a respeito dos graduandos de
Enfermagem, no intuito de auxiliar na implementação de medidas que visam
minimizar os impactos estressores da rotina acadêmica dos universitários.
Outra vertente importante é a contribuição deste estudo para a comunidade
cientifica, possibilitando aos pesquisadores deste campo as ampliações das
produções cientificam entrelaçadas ao objeto de estudo desta pesquisa, por meio
das publicações indexadas às bases de dados na área de enfermagem.
19
2. REFERENCIAL TEÓRICO Para tratarmos do termo estresse no meio acadêmico e sua influência no
comportamento alimentar do discente, é de extrema relevância que os preceitos
históricos, os diversos conceitos, significados e fisiologia empregados sobre estas
temáticas sejam expostas, assim como seus impactos no ensino superior,
especificamente, na Enfermagem.
2.1 HISTÓRICO, CONCEITOS E SIGNIFICADOS DO ESTRESSE Diversos são os conceitos empregados ao estresse. No século XVII, com a
descoberta da lei fundamental entre uma força externa e a distorção, resultante em
um corpo elástico por Robert Hooke (1635-1703), surgiu indiretamente os primeiros
estudos sobre a temática (WESTFALL, 2008).
Em meados de 1930, o conceito estresse expandiu-se pela fisiologia por meio
das mãos do canadense Hans Selye (1907-1982) que, durante anos, observou que os
organismos diferentes apresentam um mesmo padrão de resposta fisiológica para
estímulos sensoriais ou psicológicos e que isso teria efeitos nocivos em quase todos
os órgãos, tecidos ou processos metabólicos, definindo o estresse como a
depreciação do corpo (SELYE, 1976).
Cannon (1871-1945), em 1939, formulou o conceito de homeostase, que se
referia ao esforço dos processos fisiológicos para manter um estado de equilíbrio
interno no organismo (BENNISON; BARGER; WOLFE, 1987).
Com a formulação do conceito de Cannon (1871-1945), Selye ampliou as
pesquisas envolvendo a homeostase, relacionando com o estresse, descrevendo a
tentativa de retomar o equilíbrio interno como uma reação adaptativa única e geral do
corpo quando submetido a estímulos estressores (internos e/ou externos),
denominando este processo com a Síndrome da Adaptação Geral (SAG) (ROSCH,
1999; SZABO; TACHE; SOMOGYI, 2012), como esquematizado na Figura 1.
20
Fonte: FILGUEIRAS, HIPPERT, 1991.
Figura 1. Esquema representativo da Síndrome da Adaptação Geral de Selye
(1907-1982). Natal, RN, Brasil, 2017.
A SAG segundo Selye apresenta três fases ou estágios de reação ao
estresse: alarme, resistência e exaustão. Representados na Figura 2.
Fonte: FILGUEIRAS, HIPPERT, 1991.
Figura 2. Representação dos estágios da SAG. Natal, RN, Brasil, 2017.
Na fase inicial de alarme (Fase 1), a primeira reação do organismo ao
estresse é a ativação do sistema nervoso simpático, o corpo tende a ficar pronto
21
para enfrentar os estímulos estressores, o individuo tende a aumentar a motivação,
entusiasmo e energia, gerando aumento da produtividade (MENDONÇA; SOLANO,
2013).
Na resistência (Fase 2), a persistência do estímulo estressor obriga o
organismo a manter-se em confronto com o estressor, em um grau menos intenso,
o individuo tem a sensação de desgaste generalizado e dificuldades com relação à
memória, esforça-se para adaptar-se e reequilibrar-se (MENDONÇA; SOLANO,
2013).
A fase 3 é caracterizada pela exaustão. Após uma longa exposição aos
elementos estressores, o organismo cede ao estresse tornando-se vulnerável,
possibilitando o acometimento e surgimento de doenças como distúrbios
psicológicos, como ansiedade generalizada, insônia, depressão, raiva, entre outros
(MENDONÇA; SOLANO, 2013).
Com a contínua evolução das pesquisas Lipp (2000) sugeriu, em seus
trabalhos, a existência de uma quarta fase, intermediaria a 2° e 3° fases de Selye, a
fase de pré-exaustão, na qual o desgaste físico e mental é de maneira sutil
perceptível (PAULINO et al., 2010).
Em 1996, Molina propôs o estresse positivo e negativo, a qual definiu o stress
como qualquer tensão, aguda ou crônica, capaz de produzir mudança de
comportamento físico e emocional, e uma resposta de adaptação psicofisiológica
que pode ser negativa ou positiva para o organismo.
Na reação positiva, denominada de “eustress”, não há prejuízos para o
indivíduo. Já a reação negativa “distress”, o indivíduo poderá desenvolver
disfunções como a instalação de doenças. O gráfico da Figura 3 representa este
comportamento (LIMONGI-FRANÇA; RODRIGUES, 2009).
Figura 3. Representação gráfica do eutress e distress. Natal, RN, Brasil, 2017.
22
Lazarus e Launier (1978) apontam que as definições que tratam do stress
como estímulo ou resposta, para estes, o conceito de estresse envolve a relação
pessoa e ambiente, que é avaliada pela pessoa como estressante quando limita ou
excede seus recursos, prejudicando sua qualidade de vida.
De acordo com esse ponto de vista, a percepção de um estímulo como
estressor depende da avaliação cognitiva de cada indivíduo. Esse fato explica as
reações de grupos e pessoas em relação a sua sensibilidade e vulnerabilidade aos
estímulos (LAZARUS, LAUNIER, 1978).
2.2 MECANISMOS FISIOLOGICOS DO ESTRESSE
Durante a exposição ao estresse o Sistema Nervoso Autônomo (SNA) e o
eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), são ativados em conjunto com os demais
mecanismos do organismo. O SNA, através das vias simpáticas e parassimpáticas,
é responsável pelas alterações rápidas nos órgãos alvos, como aumento da
frequência cardíaca e a pressão arterial através da liberação de noradrenalina
produzido pelo sistema simpático e, consequentemente, revertido pelo reflexo
parassimpático (ERRANTE et al., 2014).
Com a ativação do eixo HHA, os neurônios do núcleo paraventricular do
hipotálamo que secretam hormônios liberadores, como o hormônio liberador de
corticotrofina, a hipófise anterior por sua vez age promovendo a liberação do
hormônio adrenocorticotrófico ou corticotrópica (ACTH), que atua no córtex da
glândula adrenal (ERRANTE et al., 2014).
O pico dos níveis plasmáticos de glicocorticóides ocorre dezenas de minutos
após o início do estresse. Os glicocorticóides são secretados de uma forma pulsátil,
seguindo um ritmo circadiano, sobre o qual se sobrepõe um excesso de secreção
por ocasião do estresse (ERRANTE et al., 2014).
Como descrito por Munck, Guyre e Holbrook (1984), a função fisiológica da
elevação dos níveis de cortisol causado pelo estresse, por exemplo, é a tentativa de
proteger contra as respostas de defesa ativadas, e não só contra a fonte do estresse.
Dessa forma, a supressão do sistema pelos glicocorticóides evita que o organismo
reaja exageradamente ameaçando a própria homeostase.
23
Os glicocorticóides ainda são capazes de promover a mobilização da energia
armazenada e potencializar numerosos efeitos mediados pelo SNA simpático.
Desempenham, também, um papel chave no controle da atividade do eixo HHA e
na finalização da resposta ao estresse, através de uma realimentação inibitória em
áreas cerebrais extra-hipotalâmicas, hipotálamo e hipófise. A Figura 4 representa
alguns dos mecanismos do estresse em relação ao nosso organismo, segundo
Zuardi (2014).
Fonte: ZUARDI, 2014.
Figura 4. Sistema Nervoso Autônomo e Eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal. Natal,
RN, Brasil, 2017.
Com resposta ao estresse, a liberação exagerada de glicocorticóides
também acarreta danos ao nosso metabolismo. Este favorece a resistência à
insulina, em alguns casos, através do bloqueio das células β do pâncreas, estímulo
da gliconeogênese e do bloqueio da entrada de glicose nas células. Agudamente
essa resposta ao estresse tem um sentido adaptativo no sentido de aumentar a
24
disponibilidade de glicose circulante. A persistência, por longo prazo, de níveis
elevados de estresse pode contribuir para desencadeamento da Diabetes Mellitus
(ERRANTE et al., 2014).
Com o estresse crônico, o excesso continuado de glicocorticoides também
poderá acarretar no acúmulo de depósitos de gordura, principalmente, no tecido
adiposo visceral do abdômen. Em conjunto com outras alterações relacionadas,
constituem a chamada Síndrome Metabólica, caracterizada pela obesidade
abdominal, hiperglicemia, dislipidemia e hipertensão arterial (COSTA et al., 2011).
Evidências sugerem que o estresse agudo pode proporcionar alterações
gastrointestinais. A ativação do sistema nervoso simpático inibi a atividade vagal,
promovendo o bloqueio seletivo da motilidade gástrica e intestinal, bem como a
secreção de ácido e de enzimas digestivos resulta na diminuição de motilidade
nessas regiões (POMPILIO, CECCONELLO, 2010).
Na fase de cronicidade do estresse, a síndrome do cólon irritável também
pode ser evidenciada, sendo esta doença funcional caracterizada por cólicas,
distensão abdominal e diarreia. Quadros de úlcera péptica pelo Helicobacter pylori,
em conjunto com uma série de outros fatores, estão associados diretamente com o
estresse, produzindo uma diminuição da irrigação gástrica e da secreção de ácido.
Com a normalização da irrigação e secreção ácida, a partir diminuição do estímulo
estressor, a parede estomacal estará fragilizada e suscetível a lesões (POMPILIO,
CECCONELLO, 2010).
2.3 ESTRESSE NA GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM E SEUS IMPACTOS
Com o ingresso na vida acadêmica, o graduando de enfermagem vivencia
várias experiências e sentimentos, em alguns casos a transição da adolescência
para a vida adulta. A carga horária integral juntamente com ritmo acelerado e
exigências das aulas teóricas e práticas acaba exigindo do aluno concentração de
esforços, gerando, assim, a sensação de pressão contínua e sobrecarga física e
emocional (PEREIRA, MIRANDA, PASSOS, 2010).
Estudo realizado, na Universidade de Aveiro, constatou os relacionamentos
interpessoais, a baixa renda, avaliações, sobrecarga, atividades extracurriculares,
poucas horas de sono, a falta de lazer e a alimentação inadequada como estímulos
25
estressores (VERISSIMO et al., 2011; ).
Na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, em uma Instituição
de Ensino Superior (IES), constatou-se que dos 192 estudantes, 143,
representando 74% da amostra, apresentaram estresse (MONDARDO, PEDON,
2005).
O estresse encontra-se negativamente associado à predição do
rendimento acadêmico dos discentes, quanto maior o nível de estresse, menor o
rendimento percebido pelos sujeitos. Sendo o rendimento não apenas associado
ao estresse, mais diversos outros fatores entrelaçados (LUZ et al., 2009).
Com a carga horária intensa dedicada aos estudos, o tempo para cuidar da
saúde acaba sendo negligenciado. A falta de exercícios físicos e o estresse
potencializam o indivíduo a consumir alimentos de preparo rápidos e
industrializados. Com isto, a obesidade ganha espaço, com a instalação de
doenças crônica como a hipertensão e diabetes (FERREIRA, 2010).
Com níveis de estresse alterados não só a saúde do discente sofre com a
pressão gerada e nervosismo durante os estágios, o estresse apresenta-se,
levando os acadêmicos a situações que colocam a assistência prestada ao
paciente em risco (SANTOS, RADÜNZ, 2011).
2.4 COMPORTAMENTO ALIMENTAR EM UNIVERSITÁRIOS
Na atualidade, as mudanças no consumo alimentar da população mundial
têm causado efeitos trágicos na saúde destes indivíduos (DAVE; JEFFERY, 2009;
ORTIZ; GOMES, 2008).
As alterações no estilo de vida da população, advindas da globalização e da
urbanização, provocaram mudanças nos padrões e comportamentos alimentares.
O consumo alimentar tem sofrido uma mudança na qualidade e quantidade dos
produtos que são disponíveis, ocasionando um consumo desenfreado de alimentos
com alto valor calórico, que, aliado ao sedentarismo, produz uma geração com
sobrepeso (MORATOYA et al., 2013).
A população universitária está inserida nesta geração. Pesquisa realizada
na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) verificou durante avaliação do Índice
de
26
Massa Corporal (IMC) de seus alunos, que 18,9% apresentavam sobrepeso (SOUZA,
2011).
Com o ingresso na formação do nível superior e com intensas mudanças na
vida do estudante, surge o momento de responsabilizar-se por várias condições,
dentre elas sua alimentação. Dessa forma, vários fatores podem influenciar o
comportamento alimentar, resultando em práticas que podem gerar riscos à saúde
(ALMEIDA et. al., 2013).
Estudos apontam hábitos alimentares irregulares na comunidade universitária,
sendo observada baixa prevalência de alimentação saudável, associada à elevada
ingestão de alimentos doces e gordurosos e baixa ingestão de frutas e verduras.
27
3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL
Analisar os níveis de estresse e sua associação com o comportamento
alimentar dos discentes da graduação em Enfermagem de uma universidade pública.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Identificar os níveis de estresse dos discentes em Enfermagem;
• Verificar o comportamento alimentar em discentes de Enfermagem;
• Avaliar a associação entre os níveis de estresse e o comportamento
alimentar dos discentes de Enfermagem.
.
28
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo transversal, observacional, com abordagem
quantitativa de tratamento e análise de dados, tendo como propósito de analisar os
níveis de estresse e sua associação com o comportamento alimentar dos discentes
da graduação em Enfermagem pela UFRN, no período de 20 de Fevereiro a 21 de
Março de 2017.
Para Polit e Beck (2011), os dados coletados na pesquisa não respondem,
em si e por si, às indagações da pesquisa, tornando necessário que sejam
processados e analisados estatisticamente.
Assim, na pesquisa quantitativa, o pesquisador parte de parâmetros
(características mensuráveis), traduz em números as opiniões e informações, para
serem classificadas e analisadas na busca do estabelecimento da relação entre
causa e efeito das variáveis (RODRIGUES, 2007).
4.2 LOCAL DO ESTUDO
O estudo foi realizado no Departamento de Enfermagem/UFRN, situado no
Campus Universitário, em Natal, RN. A instituição assume grande importância como
a primeira entidade pública do Estado, responsável pela formação de enfermeiros
destinados à inserção no mercado de trabalho. Apresenta instalações físicas,
adequadas para o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão,
contando com laboratório de habilidades e de informática, salas de aulas com
multimídia, biblioteca setorial, auditórios, entre outros ambientes de convivência,
estudo e reunião.
4.3 POPULAÇÃO
O Curso de Graduação em Enfermagem da UFRN visa à formação do
bacharel em Enfermagem de forma crítica e reflexiva. O Curso conta com uma carga
horária de 4.220 horas, integralizadas ao decorrer do curso. Com este estudo,
buscou-se atingir o universo da população de discentes matriculados do 1° ao 9°
29
período, no primeiro semestre letivo de 2017, na graduação de Enfermagem da
UFRN/Campus Natal/RN. Os participantes foram arrolados no período de 20 de
fevereiro a 21 de março de 2017, e a coleta de dados realizada em sala de aula
alguns dias após a aplicação da primeira atividade avaliativa.
A seleção dos períodos justifica-se em função da realização do comparativo
entre os níveis de estresse e sua associação com o comportamento alimentar da
população dos discentes da graduação em Enfermagem.
O Quadro 1 apresenta o quantitativo de discentes matriculados no curso de
Enfermagem no primeiro semestre letivo de 2017, do total de 373 discentes, 280
participaram da pesquisa segundo os critérios de inclusão e exclusão, não
ocorrendo a reposição dos ausentes durante a coleta.
Quadro 1. Quantitativo de acadêmicos do curso de enfermagem da UFRN no
primeiro período letivo de 2017 e população atingida na pesquisa. Natal, RN, Brasil,
2017.
PERÍODOS
ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
Matriculados População participante
1° 49 33
2° 48 32
3° 46 29
4° 36 32
5° 47 36
6° 36 22
7° 27 23
8° 43 37
9° 41 36
TOTAL 373 280
Fonte: Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) da UFRN, 2017.
Foram selecionados os acadêmicos de Enfermagem que se enquadraram
nos seguintes critérios:
Critérios de inclusão:
Discentes matriculados regularmente no curso de graduação em
30
Enfermagem;
Discente presente em sala de aula no período da coleta de dados;
Critérios de exclusão:
Discentes de enfermagem que solicitaram a não participação na
pesquisa e/ou os que não concluíram todos os processos da coleta
de dados.
4.4 INSTRUMENTOS UTILIZADOS NA COLETA DE DADOS
Para a coleta dos dados sociodemográficos, utilizou-se uma ficha estruturada
(APÊNDICE B) composta pelo agrupamento dos dados apresentados no Quadro 2.
Todos os dados foram agrupados em planilhas do software Microsoft Excel®
2010, respeitando todos os tramites éticos e legais.
Quadro 2. Caracterização sociodemográficas e condições de saúde dos discente da
amostra. Natal, RN, Brasil, 2017.
VARIÁVEIS DE CARACTERIZAÇÃO E EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
CATEGORIAS
Nome Iniciais
Período do curso
1. 1º período; 2. 2º período; 3. 3º período; 4. 4º período; 5. 5º período; 6. 6º período; 7. 7º período; 8. 8º período; 9. 9º período;
Idade Em anos
Sexo 1. Masculino; 2. Feminino
Raça ou cor 1. Negra;2. Amarela; 3. Parda; 4.Indigena; 5. Branca
Estado civil 1- Sem companheiro 2 - Com companheiro
Renda familiar (1SM =R$930,00)
Em salários mínimos (SM):
0 – 0 - 2 SM;
1 – 3 - 5SM;
2 – ≥6SM; Quantidade de filhos Número
Idade dos filhos Em anos
Vínculos empregatícios 0 - Não; 1 - Sim
Carga horária semanal Em horas
31
Tempo de trabalho Em anos
Horário de trabalho 1. Matutino; 2. Vespertino; 3. Noturno 4. Matutino/Vespertino; 5. Matutino/ Noturno; 6. Vespertino/ Noturno
Uso de medicamentos ou substâncias estimulantes (ex: café, energéticos, e etc)
0 - Não; 1 - Sim
Problema e/ou condição de saúde 0 - Não; 1 - Sim
Descrição do problema de saúde Categorizado
Fumante 0 - Não; 1 - Sim
Etilista 0 - Não; 1. Sim
Prática atividade física 0 - Não; 1 - Sim
Frequência de atividade física semanal
Em dias
Fonte: Dados da pesquisa.
Para a verificação do estresse entre os discentes, a ESCALA PARA
“AVALIAÇÃO DE ESTRESSE EM ESTUDANTES DE ENFERMAGEM” (AEEE) foi
aplicada, sendo composta por 30 itens, distribuídos em 6 domínios, como está
descrita abaixo. Sendo cada item distribuído de acordo com a abordagem de cada
domínio (COSTA, POLAK, 2009 - ANEXO B). Descrição dos domínios:
Domínio 1: Realização das atividades práticas (Itens: 4, 5, 7, 9, 12,21);
Domínio 2: Comunicação profissional (Itens: 6, 8, 16, 20);
Domínio 3: Gerenciamento do tempo (Itens: 3, 18, 23, 26, 30);
Domínio 4: Ambiente (Itens: 11, 22, 24, 29);
Domínio 5: Formação profissional (Itens: 1, 15, 17, 19, 25, 27);
Domínio 6: Atividade teórica (Itens: 2, 10, 13, 14, 28)
Cada item do instrumento foi avaliado pelo discente de acordo com a
seguinte pontuação:
0: Não vivencio a situação;
1: Não me sinto estressado com a situação;
2: Me sinto pouco estressado com a situação;
3: Me sinto muito estressado com a situação.
No Quadro 3, a distribuição da pontuação é visualizada com base em cada
32
domínio e sua pontuação agregada.
Quadro 3. Escores da escala de Avaliação de Estresse em Estudantes de
Enfermagem. Natal, RN, Brasil, 2017.
DOMÍNIO NÍVEIS DE ESTRESSE
BAIXO MÉDIO ALTO MUITO ALTO
1
(0 a 18 pontos) 0-9 10-12 13-14 15-18
2
(0 a 12 pontos) 0-5 6 7-8 9-12
3
(0 a 15 pontos) 0-10 11-12 13-14 15
4
(0 a 12 pontos) 0-7 8 -10 1 12
5
(0 a 18 pontos) 0-9 10 11-12 13-18
6 (0 a 15 pontos) 0-9 10-11 12-13 14-15
´
Fonte: COSTA, POLAK, 2009.
Para verificar a compulsão alimentar e o tipo de alimentação dos discentes, foi
utilizado o Questionário Holandês do Comportamento Alimentar (QHCA), validado
por Wardle (1997), e adaptado e traduzido para o português por Almeida, Loureiro e
Santos (2001).
O QHCA é composto por 33 questões agrupadas em três subescalas para
analisar a compulsão alimentar, com pontuação máxima de 33 pontos (1 ponto por
questão). As três subescalas são:
≤17 pontos: indica a ausência de compulsão alimentar;
Entre 18 e 26: indica a compulsão alimentar moderada;
>27 pontos: indica a compulsão alimentar grave.
Para classificação da alimentação, o QHCA apresenta três tipos de
alimentação:
Alimentação restrita: estilo alimentar relativo ao conhecimento
de hábitos nutricionais adequados (corresponde às questões:
33
1;6;7;10;13;16;18;20;22;26);
Alimentação emocional: estilo alimentar relativo ao estado
emocional do indivíduo (corresponde às questões
2;3;5;8;11;14;17;21;24;27;30;32;33);
Alimentação externa: estilo alimentar relativo aos atrativos de
aroma e sabor dos alimentos, bem como com a alimentação
associada às situações sociais (corresponde às questões 4;
9;12;15;19;23;25;28;29;31).
4.5 COLETA DE DADOS
A aplicação dos instrumentos (ANEXOS A e B; APÊNDICE B) ocorreu em
sala de aula após realização das primeiras provas avaliativa, mediante autorização
da coordenação das disciplinas por endereço eletrônico.
Os horários para a coleta foram pré-estabelecidos pela coordenação das
disciplinas, distribuídos nos turnos matutino e vespertino. Todos os participantes
foram orientados sobre a pesquisa e os procedimentos para coleta dedados, sendo
o tempo necessário para aplicação dos instrumentos para cada sujeito
aproximadamente de 15 minutos, para os indivíduos que concordaram participar
voluntariamente da pesquisa.
Os riscos ou desconforto foram mínimos aos participantes, por não envolver
experimentos de qualquer natureza, sendo preservado o anonimato e sigilo dos
dados coletados. No entanto, na ocorrência, se algum dano estivesse presente, o
participante teria direito à indenização, mediante comprovação legal, segundo as leis
brasileiras.
Os benefícios aos participantes foram correlacionados ao dimensionamento
dos resultados provenientes desta pesquisa. Não havendo ressarcimento por sua
participação, devendo a mesma ser espontânea e voluntária, mediante os
esclarecimentos sobre objetivos, procedimentos, resultados, conclusões e
divulgação.
4.6 ANÁLISE E ORGANIZAÇÃO DOS DADOS
34
Os dados coletados foram organizados em planilhas do software Microsoft
Excel® 2010 e, após correção, exportados e analisados no software SPSS® versão
20.0 Windows. Para verificar a normalidade dos dados, utilizou-se o teste Shapiro-
Wilk, que demonstrou a não normalidade das variáveis.
No SPSS, as frequências absolutas e relativas, máximo, mínimo média e
desvio padrão (DP) e análise inferencial nos cruzamentos das variáveis foram
realizadas. Utilizou-se o teste o Qui-Quadrado para as variáveis nominais e o teste
de Spearman para correlação entre os domínios do estresse e a compulsão
alimentar, com base na categorização de Dancey e Reidy (2005), adotando nível de
significância estatística p-valor<0,05.
Após este processo, os dados foram codificados, tabulados e apresentados
na forma de tabelas, quadros e figuras, com suas respectivas distribuições
percentuais e resultados dos testes estatísticos. No Quadro 4, as hipóteses teóricas
e estatísticas são apresentadas, traçadas com base no objetivo geral desta
pesquisa.
Quadro 4. Definição teórica e estatística das hipóteses do estudo. Natal, RN, Brasil, 2017.
DEFINIÇÃO DAS HIPÓTESES
TEÓRICA
Hipótese nula (H0)
Não existe associação entre os níveis de estresse e o comportamento alimentar dos discentes da graduação em Enfermagem.
ESTATÍSTICA
H0 = ρEST≠ρCOMP (Teste de Spearman p-valor < 0,05).
TEÓRICA
Hipótese alternativa (H1)
Existe associação entre os níveis de estresse e o comportamento alimentar dos discentes da graduação em Enfermagem.
ESTATÍSTICA H1 = ρEST=ρCOMP (Teste de Spearman, p-valor < 0,05).
Em que,
H0 = Hipótese nula H1 = Hipótese alternativa ρ = Rho de Spearman
EST= Estresse COMP = Comportamento alimentar Fonte: Dados da pesquisa.
35
4.7 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS
Para realização desta pesquisa, o projeto foi apreciado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, obtendo parecer
favorável (CAAE: 58884116.5.0000.5537) - (ANEXO C), conforme prevê a
Resolução Nº 466/ 2012 do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa.
Após aprovação no CEP e autorização da coordenação do Departamento de
Enfermagem da UFRN, a coleta de dados foi realizada mediante assinatura dos
discentes do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE A).
36
5. RESULTADOS
Entre os 280 graduandos de Enfermagem, participantes da pesquisa, 126
compreendem os alunos de 1° ao 4° períodos teóricos e 154 são referentes ao grupo
dos alunos do 5° ao 9° dos períodos teórico-práticos, tendo está população não
apresentado normalidade nas análises.
Dos 280 graduandos pesquisados, 250 (89%) afirmaram estar sem
companheiro no momento da pesquisa, destes 220 (79%) do sexo feminino.
Tomando como base o salário mínimo atual, a renda familiar dos discentes (46,1%)
corresponde à faixa de 3 a 5 salários mínimos.
Dentre os discentes participantes, 20 (7%) afirmaram ter vínculo
empregatício, com carga horária média de 15,8 horas/semanais e 5,8 anos de
trabalho. Quanto ao turno de trabalho, 7 (35%) dos 20 discentes com vinculo
referiram o turno vespertino para o desenvolvimento do trabalho. Dos discentes com
vínculo empregatício, 10 (50%) demonstraram nível muito alto em relação ao
gerenciamento de tempo (D3). A Tabela 1 apresenta os dados sociodemográficos
dos discentes do curso de Enfermagem.
Tabela 1. Dados sociodemográficos dos discentes da graduação em Enfermagem.
Natal, RN, Brasil, 2017.
PERÍODOS DA GRADUAÇÃO
1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9°
Total Variável n n n n n n n n n (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%)
SEXO
Fem. 17 23 24 26 25 16 23 36 30 220
(52) (72) (83) (81) (69) (73) (100) (97) (83) (79)
Masc. 16 9 5 6 11 6
- 1 6 60
(48) (28) (17) (19) (31) (27) (3) (17) (21)
COR
Branca 16 13 19 10 16 14 12 19 18 137
(48) (41) (65) (31) (44) (64) (52) (51) (50) (49)
Parda 9 14 8 14 16 7 9 13 15 105
(27) (44) (28) (44) (44) (32) (39) (35) (42) (37)
Negra 7 5 1 6 3 1 2 3 2 30
(21) (16) (3) (19) (8) (4) (9) (8) (6) (11)
Amarela - - 1 1 1
- - 2
- 5
(3) (3) (3) (5) (2)
Indígena 1
- - 1
- - - - 1 3
(3) (3) (3) (1) ESTADO CIVIL
SC* 31 30 29(1 29 32 18 19 31(8 31 250 ( (94) (94) 00) (91) (89) (82) (83) 4) (86) (89)
37
CC**
2 2
- 3 4 4 4 6 5 30
(6) (6) (9) (11) (18) (17) (16) (14) (11) RENDA FAMILIAR
0 a 2 SM 12 16 16 17 17 5 10 13 13 119 (36) (50) (55) (53) (47) (23) (43) (35) (36) (42)
3 a 5 SM 17 10 9 15 18 15 10 15 20 129 (51) (31) (31) (47) (50) (68) (43) (40) (56) (46)
≥6 SM 4 6 4 -
1 2 3 9 3 32 (12) (19) (14) (3) (9) (13) (24) (8) (11)
Total 33 32 29 32 36 22 23 37 36 280 (12) (11) (10) (11) (13) (8) (8) (13) (13) (100)
*Sem companheiro / **Com companheiro
Fonte: Dados da pesquisa.
Dos discentes, 14 (5%) tinham filhos, com idade média de 8,1 anos, sendo
que 6 (43%) obtiveram níveis de estresse alto quando relacionado ao gerenciamento
de tempo (D3). Relativo à preocupação com a formação profissional (D5), 8 (57%)
dos estudantes de Enfermagem com filhos pontuaram nível de estresse muito alto,
quando relacionados a este domínio.
Após análise dos dados coletados com o QHCA, 22 (8%) universitários de
Enfermagem apresentaram compulsão alimentar grave, associados à alimentação
emocional. Destes 5 (13%) encontra-se no último período do curso, quando as
preocupações com a formação profissional (D2) estão exacerbadas e o nível de
estresse está alto. A tabela 2 apresenta a classificação e compulsão alimentar dos
discentes por períodos.
Tabela 2. Tipo e compulsão alimentar dos discentes do curso de Enfermagem de
acordo com o Questionário Holandês do Comportamento Alimentar (QHCA). Natal,
RN, Brasil, 2017.
PERÍODO DO CURSO
Variável 1°
2°
3°
4°
5°
6°
7° 8° 9°
n n n n n n n n n (%)
Total (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) CLASSIFICAÇÃO DA ALIMENTAÇÃO Emocional 13 21 22 15 23 15 12 31 18 170
(39) (66) (76) (47) (64) (68) (52) (84) (50) (61) Externa 16 9 5 17 9 6 9 2 15 88
(48) (28) (17) (53) (25) (27) (39) (5) (42) (31) Restrita 4 2 2
- 4 1 2 4 3 22
(12) (6) (7) (11) (4) (9) (11) (8) (8)
COMPULSÃO ALIMENTAR
Ausente 20 14 16 21 22 13 12 17 15 150 (61) (44) (55) (66) (61) (59) (52) (46) (42) (54)
38
Moderada 10 15 10 10 12 8 11 16 16 108 (30) (47) (34) (31) (33) (36) (48) (43) (44) (39)
Grave 3 3 3 1 2 1 -
4 5 22 (9) (9) (10) (3) (6) (4) (11) (14) (8)
Total 33 32 29 32 36 22 23 37 36 280 (12) (11) (10) (11) (13) (8) (8) (13) (13) (100)
Fonte: Dados da pesquisa.
Dos discentes pesquisados, 278 (99%) negaram consumir cigarros e 272
(97%) negaram o consumo de bebida alcoólica. Dentre os 280, 144 (51%) afirmaram
o uso de substâncias e/ou medicamentos psicoestimulantes, como o café 87 (31%).
Desta população, 166 (59%) não realizavam atividade física. Dos 68 (24%)
participantes identificados com algum tipo de problema de saúde, estão os
problemas cardiovasculares com maior incidência entre os alunos. Na Tabela 3,
estão apresentados os principais disfunções de saúde distribuídos por períodos.
Tabela 3. Disfunções fisiológicas apresentadas pelos discentes da graduação em
Enfermagem. Natal, RN, Brasil, 2017.
Período graduação
Disfunção 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° n
(%) n
(%) n
(%) n
(%) n
(%) n (%)
n (%)
n (%)
n (%)
Cardiovascular 1
(3) 7
(22) 4
(14) 5
(16) 3
(8)
3 (14)
2 (9)
3 (8)
1 (3)
Neurológica 2
(6) -
2 (7)
- 1
(3) 1
(4) 1
(4) 2
(5) -
Sindrômica 2
(6) 2
(6) - -
1 (3)
- - 1
(3) 1
(3)
Gastrointestinal 1
(3) - - - -
1 (4)
- 3
(8) 1
(3)
Respiratória - - - - 1
(3) - -
4 (11)
1 (3)
Visual 1
(3) 1
(3) - - - - - -
1 (3)
≥2 Disfunções - - - - - - - - 3
(8)
Osteomuscular - - - - - - - - 2
(1)
Renal - - - - - - - 2
(5) -
Auditiva - - - - - - 1
(1) - -
Fonte: Dados da pesquisa.
No âmbito do estresse, conforme a Figura 5, os alunos do 4º período
apresentaram o maior nível de estresse (muito alto), na atividade prática (D1) e
39
comunicação profissional (D2). Este fato pode estar relacionado ao início da prática
no campo de estágio na disciplina de Semiologia e Semiotécnica, sendo a
considerada a primeira aproximação dos graduandos com as disciplinas
profissionalizantes.
No gerenciamento de tempo (D3), os alunos do 9º período apresentaram o
maior nível de estresse entre os outros períodos do curso de Enfermagem
analisados. Neste último semestre, os discentes realizam o Estágio Supervisionado
II: o processo de trabalho do enfermeiro na rede hospitalar (420 horas), juntamente
com a disciplina de Gerência do processo de trabalho da enfermagem em rede
hospitalar (60 horas) e a construção do Trabalho de Conclusão de Curso (30 horas).
Tal fato contribui para a dificuldade em gerenciar o tempo e carga horária, além do
manuseio com a pressão exercida pela sociedade no âmbito do sucesso
profissional.
Os sujeitos do 5º período apresentaram o maior nível de estresse (muito alto)
no que abrange os domínios: ambiente (D4) e formação profissional (D5). Seguido
pelo grupo do 9º período com nível alto de estresse. Nestes períodos, os anseios
dos discentes com a formação profissional e ambiente intensificam-se, por se tratar
dos períodos com maior carga horária no decorrer da graduação, 600 horas e 660
horas respectivamente, segundo o projeto pedagógico do curso de
Enfermagem/Campus Natal.
No domínio atividade teórica (D6), os sujeitos do 7º período apresentaram
nível de estresse muito alto com relação aos demais períodos. Neste período, os
discentes vivenciam na disciplina Atenção Integral à Saúde III o primeiro contato
com a especialidade de saúde da mulher e da criança nos três níveis de atenção à
saúde: demais abordados nos períodos anteriores. A Figura 5 mostra a distribuição
dos períodos por domínios da escala de Avaliação de Estresse em estudantes de
Enfermagem (AEEE).
40
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 5. Distribuição dos discentes, por período, com maior nível de estresse de
acordo com a escala de Avaliação de Estresse em estudantes de Enfermagem.
Natal, RN, Brasil, 2017.
Quanto ao tipo de alimentação, os domínios na escala de avaliação que
obtiveram maior propensão ao desenvolvimento da alimentação emocional, foram
os relacionados à formação profissional e às atividades teóricas. Quanto maior o
nível de estresse, maior o desenvolvimento da alimentação emocional.
A Figura 6 apresenta por domínios de estresse o comportamento alimentar
que acompanha os níveis de estresse elevados.
D1 - Domínio: atividade prática D2 - Domínio: comunicação profissional D3 - Domínio: gerenciamento de tempo D4 - Domínio: ambiente D5 - Domínio: formação profissional D6 - Domínio: atividade teórica
41
Fonte: Dados da pesquisa.
Figura 6. Distribuição dos tipos de alimentação de acordo com os domínios da
escala de Avaliação de Estresse em estudantes de Enfermagem. Natal, RN, Brasil,
2017.
No Quadro 5, está representado os domínios referentes à comunicação
profissional, gerenciamento do tempo e formação profissional, apresentaram
correlação significativa (p-Valor<0,05) quando relacionadas à compulsão alimentar.
Os domínios comunicação profissional e gerenciamento do tempo
apresentaram correlação positiva, indicando que quando a variável comportamento
alimentar aumenta ou diminui esses domínios seguem na mesma direção. Tomando
como base a categorização de Dancey e Reidy (2005), estes domínios formam
D1 - Domínio: atividade prática D2 - Domínio: comunicação profissional D3 - Domínio: gerenciamento de tempo D4 - Domínio: ambiente D5 - Domínio: formação profissional D6 - Domínio: atividade teórica
42
correlação moderada com a compulsão alimentar.
Dentre os domínios que apresentaram correlação significativa, os domínios
formação profissional e ambiente obtiveram correlação negativa, demonstrando
associação inversamente proporcional quando relacionada à compulsão alimentar.
Quanto maior o estresse com a formação profissional e o ambiente, menor será a
compulsão alimentar, e vice-versa, sendo o único domínio com correlação fraca em
relação à compulsão alimentar.
Quadro 5. Associação entre os domínios da escala de Avaliação de Estresse em
estudantes de Enfermagem (AEEA) e a compulsão alimentar do Questionário
Holandês do Comportamento Alimentar (QHCA). Natal, RN, Brasil, 2017.
DOMÍNIOS VARÍAVEL
Compulsão alimentar
Atividade prática (D1)
Correlação (ρ) 0,087
p-Valor / Spearman 0,148
Comunicação profissional (D2)
Correlação (ρ) 0,435
p-Valor / Spearman 0,034
Gerenciamento do tempo (D3)
Correlação (ρ) 0,439
p-Valor / Spearman 0,030
Ambiente (D4)
Correlação (ρ) -0,280
p-Valor / Spearman 0,000
Formação profissional (D5)
Correlação (ρ) -0,269
p-Valor / Spearman 0,000
Atividade teórica (D6)
Correlação (ρ) 0,042
p-Valor / Spearman 0,486
Fonte: Dados da pesquisa.
43
6. DISCUSSÃO
A cultura existente do cuidado atrelado à figura feminina se fez presente ao
longo dos séculos, na Enfermagem, a ciência do cuidar, não é diferente. Percebe-se
em estudos realizados com discentes dos cursos de Enfermagem, que a maior
parcela é do sexo feminino (HIRSCH et al 2015; TOMASCHEWSKI-BARLE et al.,
2014).
Em estudos realizados com variáveis sociodemográficas, a significativa
presença de parceiro dentre os discentes da saúde representa assim a formação de
famílias e, consequentemente, de filhos em alguns casos. Segundo amostra das
taxas de fecundidade, a tendência atual na sociedade brasileira é de
aproximadamente dois filhos por casal (IBGE, 2017).
Na presença de filhos, os pais tendem a dedicar mais horas de cuidados de
acordo com a idade. Pesquisa realizada mostrou que filhos menores tendem a ter
uma maior dependência dos pais para a realização de atividades de vida diária
(alimentar-se, mover-se, higiene pessoal) e também das atividades instrumentais
como utilizar medicamentos, manipulação de dinheiro e preparo de alimentos. Exige-
se, assim, mais dos pais que tentam conciliar as atribuições, o que acaba
impactando e influenciando no aumento do nível de estresse e consequentemente
na má alimentação (CAMARGO, CALAIS, SARTORI, 2015).
Estudo realizado com universitários que possuíam filhos demonstrou que os
estudantes sem filhos tinham maior disponibilidade para a realização de atividades
acadêmicas (pesquisa, extensão e monitoria), condições socioeconômicas
propensas para realização de atividades de lazer variadas e uma alimentação
balanceada (NUNES et al., 2014).
Quanto a prática de atividade física notou-se que 65,69% responderam
negativamente quanto a sua prática. A média da frequência da atividade física foi de
4,30 (d.p ±1,77) vezes por semana, sendo o mínimo de duas e máxima de sete
vezes. Ao analisar a associação da prática de atividade física com as variáveis
náuseas e má digestão, observou-se que houve significância estatística, pois
apresentaram p-valor igual a 0,0288 e 0,0167 respectivamente. Resultados
semelhantes foram encontrados em estudos realizados com estudantes de
enfermagem de uma Universidade do interior de Minas Gerais, no qual apontam
como estilo de vida não-saudável o sedentarismo. Espera-se que os estudantes
44
revejam seu estilo de vida, e que desenvolvam ações que permitam a melhoria do
mesmo, uma vez que a prática de exercícios físicos promove benefícios em todas
as fases do desenvolvimento humano. Proporcionando uma qualidade de vida
quando associados a uma qualidade no sono (SOARES; CAMPOS, 2008; SANTOS,
2015).
Pesquisas realizadas retratam a atividade física, como coadjuvante na
atividade de consciência neuromuscular, funcionamento cardiorrespiratório e na
manutenção do peso corporal, assim como na redução das tensões envolvendo o
estresse, e consequentemente na compulsão alimentar gerada pela ansiedade (DE
MELLO et al., 2013; WILES et al., 2012; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2013).
No modelo capitalista atual, estudantes, por uma necessidade própria e de
manter a família, tendem a dividir os estudos com o trabalho. Neste estudo, os
graduados com vínculo empregatício, trabalham aproximadamente 15,8
horas/semanais, no horário inverso às aulas. Em estudo realizado com estudantes
do curso de enfermagem, foram observadas várias alterações e distúrbios
relacionados à rotina do trabalho, dentre eles o sono, considerado por especialistas
como um dos fatores estimulantes para a ocorrência do estresse e,
consequentemente, inversão dos horários da alimentação, assim como a
irregularidade nas refeições (REIS et al., 2016; SCHIAVO; DE MARTINO, 2010).
A falta de tempo para o preparo e consumo de alimentos mobilizou a indústria
alimentícia a desenvolver novas técnicas de conservação e de preparo de alimentos,
disponibilizando maior variedade de preparações para consumo rápido. Além disso,
o consumo de alguns alimentos tornou-se globalizado, sendo introduzidos em
diferentes contextos culturais e econômicos (MONTEIRO et al., 2010).
No Brasil, foram observadas mudanças no padrão alimentar dos indivíduos
nas últimas décadas, não apenas referente ao aumento no consumo de ultra
processados (MONTEIRO et al., 2010), mas também quanto ao local onde são feitas
as refeições e tipos de preparações consumidas.
Estudos sobre a tendência de mudanças no padrão alimentar da população
brasileira nas últimas décadas destacam a elevação do consumo de carnes e
alimentos industrializados (refrigerantes, biscoitos e refeições prontas) e a redução
do consumo de leguminosas, raízes e tubérculos, frutas e hortaliças (LEVY et
al., 2012).
45
Pesquisas com o intuito de avaliar os hábitos alimentares dos universitários
observaram baixa prevalência de alimentação saudável, com elevada ingestão de
alimentos doces e gordurosos e baixa ingestão de frutas e hortaliças entre estes
estudantes. Os maus hábitos alimentares desses universitários poderiam estar
sendo influenciados pelos novos comportamentos e relações sociais, sugerindo
indícios de compulsão alimentar em alguns alunos que, ansiosos, podem
transformar a alimentação com fuga para as situações de estresse físico e mental
(VIEIRA et al., 2014). As situações ou vivências como os sentimentos de tensão,
ansiedade, medo ou ameaça são considerados estimuladores do estresse
(STACCIARINI, TRÓCCOLI, 2001).
No cotidiano, os acadêmicos de enfermagem vivenciam estes fatores citados
anteriormente. Desde o momento do ingresso na universidade, o horário integral do
curso, o ritmo de vida intenso e a “pressão psicológica” causada pelas exigências
impostas pelos professores das disciplinas e pela ansiedade de ter um bom
rendimento a cada período cursado vão aos poucos se tornando fatores estressores
(PEREIRA, MIRANDA, PASSOS, 2010).
As características inerentes ao curso, cuja ênfase de formação profissional
está voltada para o cuidado, corroboram para que neste período, a relação
aluno/enfermeiro/paciente seja norteada, muitas vezes, por estímulos emocionais
intensos: o contato íntimo com a dor e o sofrimento do outro; o atendimento a
pacientes em fase terminal; a dificuldade em lidar com pacientes queixosos e em
condições emocionais alteradas; a intimidade corporal; e outras características que
requerem do aluno um período de adaptação a essa condição específica de
formação profissional (COSTA, 2007).
Em consequência a este estresse, alguns discentes tendem a desenvolver
uma alimentação essencialmente emocional e compulsiva, tendo como
consequência o sobrepeso e as doenças crônicas, por exemplo. Segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a evolução do estado
nutricional da população adulta brasileira com a prevalência de excesso de peso e
de obesidade aumentaram continuamente nas últimas décadas (IBGE, 2010),
demonstrando a essencial necessidade de acompanhamento da população com
risco real de distúrbios alimentares e consequentemente a fatores estressores.
46
7. CONCLUSÃO
Diante dos resultados obtidos, com relação ao nível de estresse por domínio,
os discentes de quatro períodos se destacaram quanto o alto nível de estresse.
Sendo o 4º período em relação à atividade prática (D1) e comunicação profissional;
o 9º período o gerenciamento de tempo (D3); 5º período no que abrange o domínio
ambiente (D4) e formação profissional (D5); e o 7º período no domínio atividade
teórica (D6).
Considerando o comportamento alimentar dos discentes pesquisados, estes
apresentaram compulsão de moderada à grave, distribuídos nos períodos
considerados por este estudo como de mais alto nível de estresse.
Quanto à análise de correlação, este estudo considerou a hipótese alternativa
válida, concluindo a existência de associação entre os domínios de estresse
abordados e o comportamento alimentar dos discentes pesquisados no decorrer do
curso de enfermagem.
Verificou-se assim, a necessidade de fomentar estratégias para minimizar o
estresse nos períodos mais atingidos pelos domínios abordados. Com relação ao
comportamento alimentar, partiu-se do pressuposto que a universidade é um campo
formador de conceitos e hábitos, e atua como corresponsável pela qualidade de vida
de seus alunos deve ser considerada como ponto estimulador das práticas
educativas e promoção da saúde dos discentes.
Neste sentindo, faz-se necessário o desenvolvimento de pesquisas e
intervenções futuras, em conjunto com as coordenações, na tentativa de promover
ações e estratégias que visem trabalhar com orientação dos discentes ao lidar com
os estímulos estressores, na tentativa de controlá-los, assim como manter hábitos
de vida saudáveis que refletirão posteriormente no desempenho profissional e,
consequentemente, no cotidiano e qualidade de vida deste universitário.
47
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56
APÊNDICES
57
APÊNDICE A
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE, destinado aos
acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
Esclarecimentos
Prezado (a) Sr.(a)
Este é um convite para você participar da pesquisa intitulada “IMPACTOS
DO ESTRESSE E SUA ASSOCIAÇÃO COM O COMPORTAMENTO
ALIMENTAR DOS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM”. Desenvolvida pela
mestranda Jéssika Wanessa Soares Costa, sob a orientação da professora Dra. Milva
Maria Figueiredo De Martino, Professora Adjunta visitante do Departamento de
Enfermagem da UFRN, responsável pela pesquisa.
Sua participação é voluntária, o que significa que você poderá desistir a
qualquer momento, retirando seu consentimento, sem que isso lhe traga nenhum
prejuízo, represália ou penalidade.
O estudo tem por objetivo geral: analisar os níveis de estresse e sua
associação com o comportamento alimentar nos discentes da graduação em
Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Caso decida
aceitar o convite, você responderá um questionário sobre estresse e outro sobre
comportamento alimentar que será preenchido, com orientações em casos de
dúvida.
Justifica-se a realização deste estudo, uma vez que o resultado deste
trabalho trará noções sobre as condições de estresse, e sua associação no
comportamento alimentar dos discentes de enfermagem, visando ações futuras que
auxiliem este graduando.
59
A presente pesquisa oferece risco ou desconforto mínimo ao participante,
pois não envolve experimentos de qualquer natureza, tampouco utilização de
drogas. No entanto, na ocorrência, em qualquer momento, de algum dano causado
pela pesquisa ao mesmo, seja ele de origem física ou moral, o participante terá
direito a indenização, desde que se comprove legalmente esta necessidade,
segundo as leis brasileiras. Os benefícios aos participantes estão correlacionados
aos dimensionamentos dos resultados provenientes desta pesquisa. Não havendo
ressarcimento por sua participação, devendo a mesma ser espontânea e
voluntária, mediante os esclarecimentos sobre objetivos, procedimentos,
resultados, conclusões e divulgação.
Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando
para pesquisadora responsável Profa. Dra. Milva Maria Figueiredo De Martino -
Campus Universitário – BR101 – Lagoa Nova – Natal (RN). CEP: 59.072-970.
Fone: (84) 3215-3196 / (84) 3025-3391.
Os dados fornecidos serão confidenciais e serão divulgados apenas em
congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de nenhum dado
que possa identificá-lo(a).
Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa
pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos.
Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
através do telefone (84) 3215-3135. End. Praça do Campus Universitário, Lagoa
Nova. Caixa Postal 1666, CEP 59072-970, Natal/RN – Brasil Home-
page:www.etica.ufrn.br. E-mail:[email protected].
Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra
com o pesquisador responsável Profa. Dra. Milva Maria Figueiredo De Martino.
Consentimento Livre e Esclarecido
Eu, ,autorizo a
utilização dos meus dados na pesquisa intitulada “ESTRESSE E SUA
ASSOCIAÇÃO COM O COMPORTAMENTO ALIMENTAR NOS DISCENTES DA
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM”.
59
Esta autorização foi concedida após os esclarecimentos que recebi sobre os
objetivos, importância e o modo como os dados serão coletados, por ter entendido
os riscos, desconfortos e benefícios que essa pesquisa pode trazer e também por
ter compreendido todos os direitos como participante.
Autorizo, ainda, a publicação das informações fornecidas em congressos
e/ou publicações científicas, desde que os dados apresentados não me
identifiquem.
Natal, de de201 .
Impressão
datiloscópica
Assinatura do participante
Declaração do pesquisador responsável
Como pesquisador responsável pelo estudo “ESTRESSE E SUA
ASSOCIAÇÃO COM O COMPORTAMENTO ALIMENTAR NOS DISCENTES
DA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM”, declaro que assumo a inteira
responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos metodologicamente e
direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse estudo, assim
como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.
Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora
assumido estarei infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução
466/12 do Conselho Nacional de Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas
envolvendo o ser humano.
Natal, de de2017.
PROFª. DRª. MILVA MARIA FIGUEIREDO DE MARTINO
Pesquisadora Responsável
60
APÊNDICE B
Ficha de dados sociodemográficos e condições de saúde
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO
EM ENFERMAGEM
FICHA DE COLETA DE DADOS
NOME:
INICIAIS:
PERÍODO: NÚMERO:
Parte I – Dados sociodemográficos
1. Qual a sua idade (em anos)?
2. Sexo:
( )Masculino ( )Feminino
3. Para você qual é a sua raça ou cor?
( ) Negra ( )Amarela
( )Parda ( )Indígena
( )Branca
4. Qual a sua situação conjugal?
( ) Solteiro(a
( ) União estável
( ) Casado
61
( ) Divorciado(a)
( ) Viúvo (a)
5. Qual a renda mensal de sua família? (em nº de salários mínimos)
6. Tem filhos? ( ) SIM ( )NÃO. Quantos? .Idade:
7. Possui vínculo empregatício? ( ) SIM ( )NÃO
8. Qual a carga horária semanal?
9. Qual tempo de trabalho (anos)?
10. Qual o horário de trabalho? ( ) Matutino ( )Vespertino
( ) Noturno
11. Você faz ou já fez uso de medicamentos ou substâncias estimulantes (p.
ex.: café, energéticos, inibidores do sono) de forma frequente?
( ) SIM ( )NÃO
12. Se sim, qual(is)?
13. Você tem algum problema e/ou condição de saúde?
Hipertensão ( ) SIM ()NÃO
Diabetes ( ) SIM ( ) NÃO
Outras:
14. Você considera-se fumante? ( )SIM( )NÃO( ) Sou ex-fumante
15. Você considera-se etilista? ( )SIM( )NÃO( ) Sou ex-etilista
16. Você pratica atividade física regulamente? ( )SIM( ) NÃO
17. Quantos dias por semana você pratica exercícios físicos:
62
APÊNDICE C
Artigo 1 - Artigo de revisão de literatura, segundo as normas da Revista da
Rede de Enfermagem do Nordeste (Qualis B1).
FATORES DETERMINANTES E IMPACTOS RELATIVOS AO ESTRESSE EM
ESTUDANTES DE ENFERMAGEM: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Jéssika Wanessa Soares Costa
Milva Maria Figueiredo De Martino
Kézia Katiane Medeiros da Silva
Soraya Maria de Medeiros
Rejane Maria Paiva de Menezes
Bertha Cruz Enders RESUMO
Objetivo: Analisar na literatura cientifica os determinantes e os impactos
causados pelo estresse nos discentes de Enfermagem. Método: Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura, com ênfase nas publicações entre 2012 a 2016, que
apresentassem em seu conteúdo os determinantes e os impactos do estresse sobre
os estudantes de enfermagem. Com realização de busca nas bases de dados no
período de julho e agosto de 2016. Resultados: A amostra final foi composta por
dezessete artigos, com abordagem exclusivamente quantitativa, sendo doze
publicados no âmbito internacional, quinze publicados entre os anos de 2012 e
2014.Principais fatores determinantes: realização de avaliações, prática clínica,
sobrecarga e, como impactos relevantes ao estresse, depressão, ansiedade,
desempenho acadêmico e mudança de hábito alimentar. Conclusão: Os discentes
dos cursos de graduação, no que tange aos resultados dispostos na literatura, estão
constantemente expostos a condições e ambientes que propiciam o
desenvolvimento do estresse e, consequentemente, desgaste físico e emocional.
Descritores: Enfermagem; Estudantes; Estresse.
63
INTRODUÇÃO
A sobrecarga das horas de estudo, realização de provas, atividades
extracurriculares, a graduação e a conciliação com o emprego contribuem
negativamente para o desencadeamento de transtornos alimentares e psicológicos,
caracterizados pelo quadro depressivo, precedido de esgotamento físico e mental
intenso, corroborando para alterações na qualidade de vida de alguns indivíduos1-3.
De acordo com estudos realizados, os estudantes de enfermagem que
encontram-se em períodos mais avançados têm um índice de estresse mais elevado
em relação aos que estão iniciando a graduação, assim como níveis baixos de
autoestima na etapa final do curso de enfermagem em relação a outros cursos da
área da saúde4,5.
Selye (1936), teorista pioneiro nos estudos da área de interesse desta
pesquisa, define estresse como a depreciação do corpo, empregando a síndrome
da adaptação geral para explicar as relações fisiológicas ao estresse6. Desta forma,
o estresse representa as interações e ajustamentos contínuos entre o sujeito e o
ambiente7.
Durante os primeiros períodos no ensino superior, o estudante depara-se
com inúmeros fatores de estresse frente às mudanças e aos desafios desse novo
contexto educativo. Esta mudança abrupta de hábitos acaba por influenciar no
processo de saúde-doença dos universitários. Com a baixa adesão para uma
alimentação saudável e atividade física, manifestações como as doenças crônicas,
distúrbios gastrointestinais, ansiedade, alterações no sono e depressão da
imunidade instalam-se8.
Tendo como motivação a vivência no curso de Enfermagem durante a
graduação e dos estudos realizados, faz-se de extrema importância reconhecer a
parcela significativa das publicações a respeito da temática envolvendo o discente
de enfermagem, no âmbito dos fatores determinantes e impactantes advindos da
formação profissional no decorrer da graduação, sendo uma das vertentes que
elevam a relevância deste estudo, os resultados futuros que poderão advir desta
64
revisão, auxiliando assim, no desenvolvimento de ações que minimizem os
impactos gerados pela vida acadêmica.
Para tanto, propõe-se, a partir desta revisão, buscar resposta para as
seguintes questões de pesquisa: Quais os determinantes do estresse nos discentes
de enfermagem? Quais os impactos do estresse nos acadêmicos de enfermagem?
Considerando este cenário, objetivou-se neste estudo analisar os fatores
determinantes e impactantes ocasionados pelo estresse nos discentes de
Enfermagem.
MÉTODO
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com a finalidade de
construir uma análise rebuscada da literatura, selecionando e agrupando estudos
que envolvem a temática, e que tragam características em comum, obtendo um
aprofundamento e reflexões, para subsidiar novos estudos na área9.
Neste estudo, utilizou-se as seguintes etapas: identificação do tema e
elaboração da questão de pesquisa, estabelecimento de critérios para inclusão e
exclusão de estudos, identificação dos dados a serem obtidos a partir dos estudos
selecionados, categorização dos estudos, análise e interpretação dos resultados e
apresentação da revisão, com a exposição das etapas percorridas para alcançar
os resultados obtidos10.
Durante a busca pelas publicações na literatura cientifica, a investigação
ocorreu no período de julho e agosto de 2016, nas seguintes bases de dados
eletrônicas: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS), Medical Literature Analysisand Retrieval System Online (MEDLINE), Índice
Bibliográfico Espanhol de Ciências da Saúde (IBECS), Base de Dados de
Enfermagem (BDENF), Cumulative Index to Nursing and Allied Health
Literature(CINAHL) e Web Of Science.
Durante o levantamento das publicações, foram utilizados os descritores
controlados do Medical Subject Headings (MESH): “Stress, Psychological” e
“Students, Nursing”, os quais foram pesquisados de forma conjunta através do
65
operador booleano AND. Toda a revisão integrativa seguiu minuciosamente os
passos de um protocolo pré-estabelecido.
Como método para seleção da amostra foram adotados os seguintes
critérios de inclusão: artigos publicados entre 2012 a 2016; e os que apresentassem
em seu conteúdo os impactos do estresse sobre os estudantes de enfermagem.
Foram excluídos os estudos em formato de editorial, carta ao editor e revisões. A
restrição do período de publicações justifica-se em decorrência das mudanças
sociodemográficas e ambientais que se alteram constantemente. A Figura1
apresenta de forma quantitativa os passos realizados nas bases dedados.
Figura 1. Quantitativo de artigos durante a pesquisa nas bases de dados. Natal,
RN, 2016.
Em continuidade ao procedimento da busca nas bases de dados, as
publicações encontradas (n=551) foram pré-selecionadas com base na leitura do
título e resumo, seguida pela leitura na íntegra das publicações previamente
66
selecionadas (n=43), definindo a amostra final de artigos (n=17)11-27. Em seguida,
foram categorizados e analisados de forma descritiva no programa Microsoft
Excel®, quanto: identificação do artigo (título autores, bases de dados, local e ano
de publicação) e metodologia do artigo (objetivo), assim como os fatores
estressores e impactos ocasionados pelo estresse.
RESULTADOS
A amostra final foi composta por 17 artigos. Verificou-se que 70,58% das
publicações foram publicadas no âmbito internacional. Destes 88,23% dos artigos
foram publicados entre os anos de 2012 e 2014. Sobre a abordagem metodológica,
100,00% da amostra constituiu-se de artigos quantitativos. Os periódicos
International Journal of Nursing Practice e o Journal of Clinical Nursing
apresentaram durante as buscas, maior quantitativo de artigos.
Os artigos apontaram a realização de avaliações como um dos principais
fatores determinantes do estresse, e constaram a depressão, ansiedade e o baixo
desempenho acadêmico, como os principais impactos apresentados pelos discentes
de enfermagem com altos níveis de estresse (Tabela1). Alguns artigos apresentaram
mais de um fator para a ocorrência do estresse.
Tabela 1. Fatores determinantes do estresse apresentados pelos artigos
selecionados. Natal, RN, 2016.
FATOR DETERMINANTE QUANTITATIVO DE ARTIGOS
n (%)
Realização de avaliações 8 (47,05)
Sobrecarga 6 (35,29)
Prática clínica 6 (35,29)
Comunicação Profissional 5 (29,41)
Formação Profissional 4 (23,52)
Gerenciamento do Tempo 4 (23,52)
Ambiente 4 (23,52)
Conflitos sociais 2 (11,76)
67
Falta de competência 2 (11,76)
Apresentação de trabalhos 2 (11,76)
Baixa qualidade do sono 1 (5,88)
Condições de alojamento 1 (5,88)
Conciliar o trabalho eosestudos 1 (5,88)
TOTAL 17 (100,00)
A Tabela 2 apresenta os impactos ocasionados pelo estresse, com base
na amostra final de artigos selecionados. Alguns artigos apresentaram mais de um
impacto para a ocorrência do estresse.
Tabela 2. Impactos do estresse apresentados pelos artigos selecionados. Natal, RN,
2016.
FATOR DE IMPACTO
QUANTITATIVO DE ARTIGOS
n (%)
Depressão 5 (29,41)
Ansiedade 4 (23,52)
Desempenho acadêmico 3 (17,64)
Mudança de hábito alimentar 1 (5,88)
Exaustão 1 (5,88)
Desenvolvimento de doenças 1 (5,88)
Alterações do bem-estar 1 (5,88)
Conflitos interpessoais 1 (5,88)
Irritabilidade 1 (5,88)
Cansaço constante 1 (5,88)
Hipersensibilidade emotiva 1 (5,88)
Insônia 1 (5,88)
Uso de substâncias psicoativas 1 (5,88)
TOTAL 17 (100,00)
68
DISCUSSÃO
Com as oportunidades crescentes de ingressar no meio acadêmico,
anualmente milhares de pessoas cruzam as portas das universidades rumo à
universidade. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE - 2014), 58,5% dos estudantes na faixa etária entre 18 a 24 anos
estão cursando o ensino superior28.
Durante a profissionalização no ensino superior as alterações no nível de
estresse gerado pelo desgaste físico e mental são frequentes, juntamente com os
afazeres do cotidiano, impossibilita na maioria dos casos, a não adesão a hábitos
de vida saudáveis, como a realização de atividade física e refeições balanceadas,
colaborando para o aumento de peso e o aparecimento de problemas de saúde.
Além disso, o estresse nessa população pode ocasionar problemas que favoreçam
a diminuição do rendimento acadêmico e da qualidade de assistência de
enfermagem prestada durante as atividades práticas2.
Nos últimos anos, a graduação em enfermagem enfatiza uma nova
perspectiva de ensino, com direcionamento do discente para o raciocínio e ambiente
clínico. Com esse direcionamento inovador, o conhecimento teórico e prático é cada
vez mais cobrado e exigido pelas universidades, no intuito de desenvolver e situar os
alunos durante seu processo de formação acadêmica, como futuros profissionais da
saúde3.
É no campo de estágio que o discente interage e vivencia suas primeiras
habilidades e contato com a Enfermagem. Mas é também quando os maiores
anseios e a aflições são lançadas, as exigências são mais visíveis, gerando altos
níveis de estresse, insegurança, depressão durante agraduação29.
Juntamente com a pratica durante os estágios a comunicação entre os
profissionais da saúde é um ponto gerador de conflitos e de incompreensão por
parte dos estudantes, que não estão adaptados a dinâmica do local de estágio, aos
procedimentos executados na instituição, assim como, o contado com uma equipe
de enfermagem30.
Com a prática clínica, os alunos tendem a ser avaliados, em uma correlação
de aprendizagem entre a teoria e a prática. Tradicionalmente vista como uma arma
69
utilizada para punição pelos discentes, contexto este que vem desconstruindo-se
gradualmente. As atividades avaliativas, em alguns casos, são exacerbadoras do
estado emocional, cominando em crises de ansiedade, desgaste emocional e
físico31.
O estresse ainda se encontra negativamente associado à predição do
rendimento acadêmico dos discentes, quanto maior o nível de estresse, menor o
rendimento detectado pelo docentes31.
A sobrecarga gerada pela alta carga horária curricular obrigatória, além das
atividades complementares e extracurriculares, como iniciação científica, monitoria,
extensão, cursos e eventos, pode interferir na qualidade de vidado discente32.
As dificuldades para conciliar todas as atividades da vida acadêmica, as
condições pessoais, emocionais e sociais fazem com que a sobrecarga do
cotidiano acadêmico, seja considera do um agravante na condição de saúde. A
depressão e ansiedade são as principais situações decorrentes do estresse gerado
pela sobrecarga em suas dimensões33,34.
A relação entre os níveis de estresse e seus condicionantes, ambos estão
amplamente interligados as alterações no comportamento alimentar dos indivíduos
expostos. Estudo realizado com 30 estudantes do ensino superior comprovou que
os alunos com níveis mais elevados de estresse e consequentemente de ansiedade
obtiveram escores mais elevados para comer e compulsão alimentar, e maior
frequência de consumo de lanches e alimentos prontos35.
Com esse conjunto de dificuldades e situações, alguns discentes tentem a
sofrer de transtornos psicológicos, a depressão é um deles, necessitando de
acompanhamento que em alguns casos não é levado a serio, cominando em alguns
casos em pontos extremos como a ideação suicida, como a única saída para as
suas dificuldades e problemas36.
CONCLUSÃO
Foram identificados, dentre os 17 artigos selecionados na amostra final, 13
determinantes tidos como cruciais para o desenvolvimento do estresse: a
70
realização de exames avaliativos, a sobrecarga e prática clínica. No contexto dos
fatores impactantes relacionados ao estresse, a literatura apontou a depressão,
ansiedade e baixo desempenho acadêmico como principais resultados
desencadeados pela condição estressante.
Conclui-se, assim, que os discentes dos cursos de graduação, no que tange
aos resultados dispostos na literatura, estão constantemente expostos a condições
e ambientes que propiciam o desenvolvimento do estresse, e consequentemente
desgaste físico e emocional.
Como perspectiva futura, a realização de trabalhos que desenvolva meios
facilitadores, assim como investigação dos níveis de estresse entre os discentes de
enfermagem, faz-se de crucial importância na tentativa de estimular a cultura nos
universitários de aprender a lidar e adaptar-se às situações estressantes e
reconhecer os fatores geradores de tal condição.
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77
ANEXOS
78
ANEXO A
Questionário Holandês do Comportamento Alimentar – QHCA. Tradução e
Adaptação: Almeida, Loureiro e Santos (2001).
QUESTIONÁRIO HOLANDÊSDO
COMPORTAMENTO ALIMENTAR – QHCA
Responda SIM ou NÃO em cada uma das alternativas descritas abaixo:
Quando você tem que se pesar, você come menos do que normalmente
comeria?
( ) SIM ( )NÃO
Você tem vontade de comer quando não tem nada para fazer?
( )SIM (
3- Você tem vontade de comer quando está emocionalmente perturbada?
( )SIM (
4- Se você vê outros comendo, você também quer comer?
( )SIM ( )NÃO
5- Você tem vontade de comer quando está desiludida?
( )SIM (
6- Ao comer muito em um dia, você come menos do que o habitual nos dias
seguintes?
( ) SIM (
Você tenta não comer entre as refeições porque está observando seu peso?
( ) SIM ( )NÃO
Você tem vontade de comer quando está assustada?
( ) SIM
9- Ao preparar uma refeição, você
gostosa?
( ) SIM
( )NÃO
fica inclinada a comer alguma coisa
(
10- Decididamente você come comidas que são pouco “engordativas”?
( ) SIM (
79
11- Você tem vontade de comer quando está de mau humor?
( )SIM ( )NÃO
12- Se você tem algo deliciosos para comer, você come imediatamente?
( )SIM ( )NÃO
13- Você considera seu peso de acordo com o que você come?
( )SIM ( )NÃO
14- Você tem vontade de comer quando está chateada ou impaciente?
( ) SIM ( )NÃO
15- Você consegue deixar de comer alimentos gostosos?
( )SIM ( )NÃO
16-Vocêtenta comer menos do que gostaria de comer nos horários das
refeições?
( ) SIM ( )NÃO
17- Você tem vontade de comer quando está irritada?
( )SIM ( )NÃO
18- Você observa (presta atenção) o que você come?
( )SIM ( )NÃO
19- Ao passar perto de uma lanchonete ou restaurante, você fica com vontade
de comprar alguma coisa gostosa?
( ) SIM ( )NÃO
20- Você recusa comida ou bebida oferecidas a você por estar preocupada
comseu peso?
( ) SIM ( )NÃO
21-Você tem vontade de comer quando está ansiosa, preocupada ou tensa?
( )SIM ( ) NÃO
22-Decididamentevocê come menos com o objetivo de não ficar mais pesada?
( ) SIM ( )NÃO
23-Sea comida cheirar bem e lhe parecer boa, você come mais que o
habitual?
( ) SIM ( )NÃO
8081
24- Você tem vontade de comer quando as coisas não estão dando certo?
( )SIM ( )NÃO
25- Se a comida é saborosa, você come mais que o habitual?
( )SIM (
26- Você tenta não comer à noite porque está observando seu peso? Com que
frequência?
( ) SIM (
27- Você tem vontade de comer quando alguém deixa você triste?
( )SIM (
28- Se você vê ou sente cheiro de algo delicioso, tem desejo de comê-lo?
( )SIM (
29- Ao passar perto de uma padaria, você fica com vontade de comprar alguma
coisa gostosa?
( ) SIM (
30-Vocêtemvontadedecomerquandoestádeprimidaoudesanimada?
( )SIM (
31- Você come mais que o usual quando vê outros comendo?
( ) SIM ( )NÃO
32- Você tem vontade de comer quando está se sentindo sozinha?
( )SIM (
33-Vocêtem vontade de comer quando alguma coisa desagradável está
prestes a acontecer?
( ) SIM ( ) NÃO
8182
ANEXO B
Escala para “Avaliação de Estresse em estudantes de Enfermagem” (AEEE)
(COSTA; POLAK,2009).
ITENS 0 1 2 3
1. Ter preocupação com o futuro profissional
2. A obrigatoriedade em realizar os trabalhos extraclasse
3. Estar fora do convívio social traz sentimentos de solidão
4. Realizar os procedimentos assistenciais de modo geral
5. As novas situações que poderá vivenciar na prática clínica
6. Comunicação com os demais profissionais da unidade de
estágio
7. O ambiente da unidade clínica de estágio
8. Comunicação com os profissionais de outros setores no
local de estágio
9. Ter medo de cometer erros durante a assistência ao
paciente
10. A forma adotada para avaliar o conteúdo teórico
11. Distância entre a faculdade e o local de moradia
12. Executar determinados procedimentos assistenciais
AVALIAÇÃO DE ESTRESSE EM
ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
(AEEE)
Leia atentamente cada item abaixo e marque com um “X” o número
correspondente com a intensidade de estresse que a situação lhe provoca, conforme a
legenda a seguir:
0 = Não vivencio a situação
1 = Não me sinto estressado com a situação
2 = Me sinto pouco estressado com a situação
3 = Me sinto muito estressado com a situação
8283
13. Sentir insegurança ou medo ao fazer as provas teóricas
14. O grau de dificuldade para a execução dos
trabalhos extraclasse
15. A semelhança entre as situações que vivencia no estágio
e aquelas que poderá vivenciar na vida profissional
16. Perceber as dificuldades que envolvem o relacionamento
com outros profissionais da área
17. Pensar nas situações que poderá vivenciar quando for
enfermeiro
18. Tempo reduzido para estar com os familiares
19. Perceber a responsabilidade profissional quando está
atuando no campo de estágio
20. Observar atitudes conflitantes em outros profissionais
21. Sentir que adquiriu pouco conhecimento para fazer a prova
prática
22. Transporte público utilizado para chegar à faculdade
23. Tempo exigido pelo professor para a entrega das
atividades extra classe
24. Distância entre a maioria dos campos de estágio e o local
de moradia
25. Vivenciar as atividades, como enfermeiro em formação,
no campo de estágio
26. Faltar tempo para o lazer
27. Perceber a relação entre o conhecimento teórico
adquirido no curso e o futuro desempenho profissional
28. Assimilar o conteúdo teórico-prático oferecido em sala de
aula
29. Transporte público utilizado para chegar ao local do
estágio
30. Faltar tempo para momentos de descanso
8384
ANEXO C
Parecer do Comitê de Ética da UFRN