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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CI Ê NCIAS JUR í DICAS E ECON Ô MICAS INSTITUTO DE P Ó S-GRADUAÇ Ã O E PESQUISA EM ADMINISTRAÇ Ã O/COPPEAD UMA PROPOSTA DE METODOLOGIA DE IMPLANTAÇ Ã O DO SISTEMA DE CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES (UACTIVITY BASED COSTING") PARA EMPRESA SEGURADORA Alda Regina Bogado Fassbender Mestrado em Ad ministração Orientador : Roberto Westenberger Rio de Janeiro . \ 1996

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE CIÊNCIAS JURíDICAS E ECONÔMICAS

INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO/COPPEAD

UMA PROPOSTA DE METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO DO

SISTEMA DE CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

(UACTIVITY BASED COSTING") PARA EMPRESA

SEGURADORA

Alda Regina Bogado Fassbender

Mestrado em Administração

Orientador : Roberto Westenberger

Rio de Janeiro

. \

1996

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UMA PROPOSTA DE METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO DO

SISTEMA DE CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

(UACTIVITY BASED COSTING") PARA EMPRESA

SEGURADORA

Alda Regina Bogado Fassbender

Tese submetida ao corpo docente do Instituto de Pós-

Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade

Federal do Rio de Janeiro, COPPEAD, como parte dos

requisitos para a obtenção do grau de Mestre em Ciências

(M.Sc.).

Aprovada por:

- Presidente da Banca

Próf. Ricardo Frischtak

Rio de Janeiro 1996

ii

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I . , Fassbender, Alda Regina Bogado

Uma Proposta de Metodologia de Implantação do Sistema de' ,

Custeamento Baseado em Atividades (UActivity Based Costing" ) parai

Empresa Seguradora. Alda Regina Bogado Fassbender. Rio de Janeiro:' I

COPPEAD,1996.

xi, 140p. ,

Tese de Mestrado - Universidade Federal do Rio de Janeiro"

COPPEAD. ,

1 . Custos 2. Seguros 3. Custeamento Baseado em Atividades 4'1

Tese (Mestrado COPPEAD/UFRJ). I. Título

iii

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iv

Para minha mãe.

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AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Roberto Westenberger, cuja orientação, apoio e incentivo

tornaram possível a realização deste trabalho;

- Aos Professores Josir Simeone Gomes e Ricardo Frischtak, pelo

tempo dedicado e pelas valiosas sugestões;

- A Guillermo Pisano, pelo interesse e pelo total apoio recebido;

- A Gilza Gusman, a Jorge Brito e a todos que participaram na parte

prática do trabalho, pela colaboração e carinho recebidos;

- A Marcus Vinicius Lopes Martins, pelas sugestões e pela crítica dos

originais do trabalho;

- Aos professores, funcionários e colegas da COPPEAD, pelo

inestimável período durante o qual convivemos, por tudo que aprendi e

pela nossa amizade;

- Aos meus familiares e amigos, pela solidariedade e compreensão.

v

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Resumo da Tese apresentada a COPPEAD/UFRJ como parte dos

requisitos necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências

(M. Sc.)

UMA PROPOSTA DE METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES (UACTIVITY BASED

COSTING") PARA EMPRESA SEGURADORA

Alda Regina Bogado Fassbender

Março 1 1 996

Orientador : Roberto Westenberger

Programa : Administração

O presente trabalho tem por objetivo propor uma metodologia de

implantação do sistema de custeamento baseado em atividades ("Activity

Based Costing" - ABC) para uma empresa seguradora. O ABC pretende

auxiliar as empresas na obtenção de uma maior transparência na análise

das despesas administrativas, permitindo ganhos de agilidade e

segurança nas tomadas de decisão. Para ilustrar a metodologia proposta,

foi desenvolvido e aplicado um modelo para uma empresa do setor.

Apesar de serem apresentados os resultados obtidos, este trabalho visa

fundamentalmente discutir a ferramenta existente e demonstrar a sua

viabilidade e forma de desenvolvimento.

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Abstract of the Thesis Presented to COPPEAD/UFRJ as Partial Fulfillment

for the Degree of Master of Science (M. Se.)

UMA PROPOSTA DE METODOLOGIA DE IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES (UACTIVITY BASED

COSTING") PARA EMPRESA SEGURADORA

Alda Regina Bogado Fassbender

Março / 1996

Chairman : Roberto Westenberger

Department : Administration

This work aims at proposing a methodology for the development of an

Activity Based Costing (ABC) system for an insurance company. ABC can

be useful as an auxiliary tool for the analysis and knowledge of

administrative expenses, increasing confidence in decision taking. In

oder to present the methodology, an ABC system model was developed

and applied to a company. Although the results of this practical case are

showed, the target of this work is to discuss the ABC theory and its

viability and way of development.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 2.2.1-1 - SISTEMAS TRADICIONAIS EM DOIS ESTÁGIOS

FIGURA 2.2.1-2 - SISTEMAS ABC EM DOIS ESTÁGIOS

FIGURA 2.2.2-1 - MODELO ABC HIERÁRQUICO

FIGURA 2.3.2-1 - ABC: ANÁLISE DE RENTABILIDADE

FIGURA 2.3.2-2 - TIPOS DE DECISÕES CHAVE - APLICAÇÕES DO ABC

QUADRO 3-4-1 - DESPESAS ADMINISTRATIVAS

QUADRO 3-5-1 - DESCRiÇÃO DE ATIVIDADES

QUADRO 3-5-2 - ASSOCIAÇÃO DESPESAS/ATIVIDADES

QUADRO 3-5-3 - ASSOCIAÇÃO RECURSOS/ATIVIDADES

QUADRO 3-5-4 - ASSOCIAÇÃO ATIVIDADESIDIRECIONADORES

QUADRO 3-5-5 - ASSOCIAÇÃO DIRECIONADORES/CONTROLES

QUADRO 3-5-6 - ASSOCIAÇÃO ATIVIDADES/OBJETOS

QUADRO 3-6-1 - TABELA DE CONTROLE DE TEMPO DEDICADO

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LISTA DE ANEXOS

ANEXO 111-1 - RELATÓRIO DE ENTREVISTA

ANEXO 111-2 - DEDICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ÀS ATIVIDADES

ANEXO 111-3 - CUSTEAMENTO DE ATIVIDADES

ANEXO 111-4 - CUSTEAMENTO DE OBJETOS

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SUMÁRIO

CAPíTULO I - INTRODUÇÃO

1.1 Introdução

1.2 Objetivo do Trabalho

1.3 Relevância da Escolha do ABC

CAPíTULO 11 - CONTEÚDO TEÓRICO

2.1 Introdução a Sistemas de Custos

2.1.1 Finalidades dos sistemas de custos

2.1.2 O sistema tradicional de custeamento

2.2 O Sistema ABC (UActivity Based Costing")

2.2.1 O sistema ABC em dois estágios

2.2.2 O modelo ABC hierárquico

2.2.3 Aplicações dos sistemas ABC

2.2.4 Avaliação crítica do ABC

2.3 Sistemas de Custos para Organizações de Serviços

2.3.1 Métodos tradicionais de custeamento

2.3.2 O sistema ABC para serviços

1

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2.4 Etapas de Implantação do ABC

2.5 Aspectos Comportamentais da Implantação do ABC

CAPíTULO 11 1 CONTEÚDO PRÁTICO

3.1 A Empresa

3.2 Definição do Estudo

3.3 A Diretoria de Administração e Informática (DAI)

3.4 Os Sistemas Gerenciais da Empresa

3.5 O Desenvolvimento do ABC

3.6 Avaliação do Trabalho e Sugestões

CAPíTULO IV CONCLUSÃO

Sugestões para Pesquisas Futuras

ANEXOS

BIBLIOGRAFIA

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1 .1 Introdução

CAPíTULO I

INTRODUÇÃO

o mercado segurador brasileiro vem registrando uma série de acontecimentos

nos últimos anos, tais como a liberação das tarifas, a regulamentação da

atividade seguradora no Mercosul , o aumento significativo do faturamento do

setor, a expectativa quanto à maior facilidade de entrada de capital

estrangeiro, a discussão quanto à manutenção do monopólio do IRB, dentre

outros. Neste cenário, tem sido observado um acirramento da concorrência,

fazendo com que as empresas do setor procurem adotar medidas no sentido

de obterem maior eficiência operacional, para garantir a própria sobrevivência.

Aliado a estes fatos , a estabilização da economia, com a implantação do Real,

a partir do segundo semestre de 1 994, fez com que as seguradoras

sofressem uma significativa queda na receita de suas aplicações financeiras,

evidenciado-se a necessidade de uma maior eficiência nas atividades de

"underwriting" propriamente ditas.

Como as despesas administrativas constituem um dos três principais

elementos das despesas operacionais de uma seguradora (os dois outros

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correspondem às despesas de comercialização e aos pagamentos de

indenizações dos sin istros) , a proposta deste trabalho é apresentar uma

metodologia de implantação do sistema de custeamento baseado em

atividades ("Activity Based Costing") para empresas seguradoras. Esta

metodologia pretende auxiliar as empresas na obtenção de uma maior

transparência na análise deste item de despesas, permitindo ganho de

confiabilidade e agilidade nas tomadas de decisão.

1 .2 Objetivo do Trabalho

Dada a relevância da questão sobre a necessidade de tratamento das

despesas administrativas para seguradoras, os objetivos deste trabalho são:

- Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para

tratamento de despesas indiretas;

- Rever a literatura acerca do Sistema de Custeio Baseado em Atividades -

ABC - destacando o caso de empresas de serviços, e comparando com os

sistemas tradicionais;

- Propor metodologia para desenvolvimento de um sistema ABC para uma

empresa seguradora, através de um caso exemplo;

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Assim, a redação deste trabalho divide-se em duas partes principais: um

conteúdo teórico, apoiado na revisão da bibliografia, e um conteúdo prático,

onde são relatados as características da empresa estudada, a metodologia

enunciada e os resultados obtidos nesta primeira aplicação.

Não há ainda a intenção de se analisar o sucesso da util ização do ABC como

ferramenta de apoio á decisão para o mercado segurador, ficando esta missão

para futuros trabalhos em continuação a este. Pretende-se discutir a

ferramenta existente e demonstrar a sua viabilidade e forma de

desenvolvimento. Deste modo, o objetivo do trabalho é propor resposta para a

questão de como implantar a nova metodologia, após discutir os seus

fundamentos teóricos.

1 .3 Relevância da Escolha do ABe

o Custeamento Baseado em Atividades ("Activity Based Costing") tem estado

constantemente presente nas discussões sobre acompanhamento e controle

de custos. Inicialmente aplicado à manufatura, vem obtendo espaço em

diversos setores. Para os seus defensores, que apoiam-se em inúmeros

estudos de caso, o ABC aparece como resposta à perda de relevância dos

sistemas tradicionais de alocação de custos.

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Conforme argumentado por Cooper e Kaplan (1 991e):

"Sistemas de custos tradicionais, usando alocações que dividem as despesas

operacionais uniformemente entre todos os produtos e clientes, fazem o mapa

de rentabilidade das organizações mais parecido com as planícies de

Nebrasca: plano em todas as direções. O mapa de rentabilidade do ABC

parece mais o terreno da Califómia, onde os altos picos de rentabilidade da

"Rocky Mountain" repousam justapostos às crateras de perdas do "Death

Valley". "

Discutir sistemas de custos deve passar pela questão das finalidades dos

sistemas e das suas relevâncias para cada negócio. Mais importante do que o

nome da nova metodologia, que se apresenta como a única inovação nessa

área desde os anos 30, é a discussão sobre a qualidade da informação

disponível nas empresas para apoio ás diversas decisões. Nesse sentido, o

ABC apresenta-se como uma ferramenta que, se bem aplicada, pode

proporcionar um nível de auto conhecimento para a empresa que vai além da

questão meramente contábil-financeira da maioria dos sistemas tradicionais.

Quanto maior a consistência do sistema desenvolvido com a realidade prática

do negócio, melhor será como elemento de agilização do conhecimento e

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gerenciamento de despesas. Parece ser a ferramenta necessária em um

mercado que precisa diminuir a relação entre despesas administrativas e

receitas, seja como suporte às decisões de cortes de despesas e ou como

suporte às decisões de crescimento, respondendo às questões sobre os

impactos nas despesas. As empresas que obtiverem as melhores respostas

no menor espaço de tempo, aparentemente, estarão em posição de franca

vantagem competitiva.

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CAPíTULO 11

CONTEÚDO TEÓRICO

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"Eu vim para o American Bank & Trust Co. depois de trabalhar por

muitos anos em contabilidade pública. Alguns dos meus clientes

anteriores instalaram sistemas de custo padrão elaborados para ajudá­

los a entender seus custos de produtos. Eu não via nenhuma razão por

que os mesmos príncipios usados pelas indústrias com as quais eu

trabalhei não pudessem ser aplicados aos produtos que nós oferecíamos

no banco.

Nessa época, o American Bank tinha sistemas financeiros sofisticados

que indicavam onde as transações eram processadas e forneciam bons

relatórios sobre custos incorridos em agências e departamentos

operacionais. Mas o banco tinha pouca idéia sobre o custo de qualquer

dos seus produtos. Com o ambiente cada vez mais competitivo da

indústria bancária, pareceu-me essencial que nós entendêssemos onde o

dinheiro estava sendo gerado ou perdido."

Terry Troupe, Vice-Presidente Senior e Control/er do American Bank,1981

(1991 e)

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2.1 Introdução a Sistemas de Custos

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Kaplan e Johnson (1 987) relatam que a emergência, há mais de 1 50 anos

atrás, como consequência da RevoluçãO Industrial, de organizações com

vários níveis hierárquicos criou demanda por informação contábil . A

necessidade dos donos das organizações de conhecer a eficiência através da

qual insumos e mão de obra eram convertidos em produtos finais, em

processos agora supervisionados por gerentes, propiciaram o

desenvolvimento da contabilidade gerencial. Desta forma, o objetivo dos

primeiros sistemas de custos era identificar os custos de produtos

intermediários e finais, além de fornecer suporte para que empresários

pudessem conferir incentivos para os trabalhadores que atingissem metas de

produtividade.

Os autores, após examinarem o desenvolvimento da contabilidade gerencial

desde o início do século XIX até a atualidade, constatam que nenhum

progresso parece ter sido obtido a partir da década de 20 do nosso século. A

questão colocada é que em 1 930 todas as técnicas da modema contabilidade

gerencial já haviam sido desenvolvidas e documentadas. Entretanto, as

necessidades dos gerentes atuais têm se mostrado significativamente

diferentes das dos anos 30, devido à total transformação dos mercados e da'

produção.

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Apesar da disseminação dos sistemas de custos como ferramentas de

administração, a informação oriunda da contabilidade gerencial muitas vezes

tem sido irrelevante, podendo levar, até mesmo, a uma tomada de decisão

prejudicial para a empresa. Hoje é possível observar uma perda de

credibilidade nos sistemas de custos por parte dos administradores que,

apesar disso, parecem conformados em dirigir suas empresas baseados nos

dados obtidos por esses sistemas, lançando mão, algumas vezes, de sua

experiência e intuição, quando não se sentem confortáveis em decidir com

base nas informações disponíveis.

2.1 .1 Finalidades dos sistemas de custos

Horngren e Foster ( 1991 a) citam que os sistemas de custos devem fornecer

informações para três propósitos:

- relatórios internos rotineiros para influenciar o comportamento de gerentes

em relação á gerência de custo e ao planejamento e controle das operações;

- relatórios internos não rotineiros ou especiais para decisões estratégicas e

táticas em assuntos tais como preços de produtos ou serviços, escolha de

quais produtos enfatizar ou não, investimento em equipamentos e formulação

de políticas gerais e planos de longo prazo; e

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- relatórios externos para investidores, autoridades governamentais e outras

partes externas.

A primeira finalidade está relacionada à associação de custos a

departamentos operacionais de modo que se possa ter responsáveis por toda

despesa incorrida, agora já dividida em parcelas. Esta finalidade está

intimamente ligada à indução de aspectos comporta mentais desejados pela

gerência, traduzidos na avaliação de desempenho.

A segunda finalidade está relacionada à associação da despesa às fontes de

receitas ou às etapas dos processos organizacionais, de modo que a gerência

consiga avaliar a origem de seus lucros, ou seja, visualizar as origens dos

retornos sobre o que foi gasto.

A terceira finalidade está relacionada a exigências externas que, via de regra,

seguem padrões e normas pré-estabelecidos, havendo pequena margem para

interferência da empresa na forma de avaliar seus custos.

Kaplan ( 1 988b), em artigo baseado na atividade de fabricação, relata que,

mesmo que os projetistas de sistemas de custos reconheçam as diferentes

demandas destes sistemas, seus esforços podem ser bloqueados pela

insistência dos executivos por um único sistema oficial que, conforme o autor,

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1 0

de uma forma geral, objetiva atender satisfatoriamente a função do relatório

financeiro.

Kaplan destaca que as demandas dos diversos sistemas diferem em termos

de frequência, grau de alocação, natureza da variabilidade de custo, escopo e

grau de objetividade.

Comparando sistemas para controle operacional com sistemas para

custeamento de produtos, dentre outras características, o autor destaca que,

enquanto o primeíro deve separar custos por centros de responsabilidade, o

segundo deve reportar despesas incorridas através de toda a cadeia de valor

da organização. O custo de um produto inclui não só o custo dos recursos da

fábrica mas também os custos dos recursos para estabelecer o canal de

distribuição, fazer a venda e fornecer serviços de suporte como projeto de

engenharia, compras, sistemas de informação, análises de custo e financeira e

administração geral.

Outro fator a ser observado é o de que sistemas que funcionam bem para uma

empresa podem não ser adequados em ambientes diferentes. Cada empresa

deve projetar métodos que façam sentido para seus produtos e processos.

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A preocupação com as diferenças entre as diversas finalidades dos sistemas

de custos é constante na literatura de Contabilidade Gerencial. Apesar de, na

maior parte das vezes, haver referência à fabricação, as considerações são

aplicáveis a qualquer natureza de atividade. Uma informação de custo só tem

valor se obtida através de uma estrutura conceitualmente consistente com a

finalidade da informação.

2.1 .2 O sistema tradicional de custeamento

Custos diretos são aqueles que podem ser prontamente identificados com o

produto, serviço ou departamento em avaliação. Estes custos, de uma forma

geral, não representam problema em qualquer sistema pois são facilmente

identificados com os consumidores de recursos. Assim, o material d i reto na

indústria e as despesas incorridas dentro de um departamento em uma

empresa de serviço, se contabilizados conforme sua ocorrência, podem ser

satisfatoriamente atribuídos.

As despesas indiretas constituem o problema em questão. Os sistemas

tradicionais costumam atribuir as despesas indiretas aos produtos, serviços ou

unidades organizacionais utilizando custeamento por absorção ou

custeamento direto.

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No sistema de Custeio por Absorção, as despesas indiretas são atribuídas aos

elementos em análise com base em alguma metodologia de distribuição, não

havendo, normalmente, uma maior preocupação com a variabilidade entre

cada item de despesa indireta e a demanda do produto, serviço ou filial.

De uma forma geral, é utilizado o método de dois estágios para alocação de

custos. No primeiro estágio, as despesas são atribuídas aos diversos centros

de custos, que, muito frequentemente, coincidem com os departamentos da

estrutura organizacional. Algumas despesas são facilmente associadas com

cada centro de custo enquanto outras sofrem um processo de rateio para

serem distribuídas pelos mesmos. No segundo estágio, as despesas, já

alocadas aos centros de custos, são associadas ás fontes de receitas

(produtos, serviços ou filiais), através de um ou mais fatores.

Alguns sistemas, utilizam passagens intermediárias de despesas, ou seja,

levam despesas de alguns centros de custos, mais distantes da operação

final, para os centros operacionais e só então associam as despesas aos itens

em avaliação. No caso em que departamentos de apoio prestam serviços uns

aos outros e também aos departamentos operacionais, surgiram três soluções

para as alocações sucessivas de despesas: o método direto, que ignora todas

as interações entre os departamentos de apoio levando as despesas de cada

departamento diretamente aos elementos finais, o método da hierarquia, que

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ordena os departamentos em relação às características de suprimento de um

para o outro e considera a alocação de despesa apenas em um sentido e o

método recíproco, que considera todas as interações entre os departamentos.

Todos estes três métodos baseiam-se na estrutura organizacional .

No sistema de Custeio Direto é feita uma divisão entre despesas indiretas

fixas e variàveis, podendo-se associar aos produtos, serviços ou

departamentos somente a parcela de despesa variável com cada um.

Entretanto, essa separação entre custos fixos e variáveis, normalmente tem

uma perspectiva de curto prazo, classificando a variabilidade das despesas

dentro de um período e faixa de operação determinados.

Nas indústrias, o método de custeamento direto tem problemas em relação

aos relatórios contàbeis, na determinação do custo dos estoques, devido à

eliminação dos custos indiretos fixos. Portanto, muitas vezes opta-se pelo

custeamento por absorção, para garantir a aplicação dos relatórios gerados

para as diversas finalidades de informação.

Nas empresas prestadoras de serviços, elimina-se a necessidade de

tratamento de custo de produto e avaliação de estoques. Para os relatórios

externos é necessário apenas a classificação de despesas em relação ao

período de competência. Nos relatórios gerenciais, normalmente associam-se

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despesas a centros de custos para avaliação de desempenho operacional.

Assim, as despesas diretas são atribuídas aos diversos departamentos e filiais

da empresa e as indiretas são de alguma forma alocadas aos mesmos. Os

fatores de alocação de despesas não guardam, na maioria das vezes, uma

relação direta com a natureza da despesa que está sendo alocada. Análise

por outras óticas diferentes, como de produtos, clientes e canais, é, via de

regra, ignorada por essas empresas, no que diz respeito a custeamento.

Desta forma, muitas empresas de serviços encontram-se carentes de

ferramentas para suporte à decisão gerencial. A falta de exigência de

informação contábil oficial discriminada levou essas empresas a se tornarem

ainda mais obscuras que as indústrias em termos de informações gerenciais

para tomada de decisão.

2.2 O Sistema ABC ("Activity Based Costing")

De acordo com Johnson (1 992) o sistema ABC originou-se da tentativa de

melhorar a utilidade da informação contábil para a tomada de decisão em

relação à produtividade da força de trabalho e "mix" de produto. O autor relata

que o conceito mais antigo nesse tema - o de análise de custos por atividade -

apareceu no início dos anos 60 na General Eletric, onde pessoas de finanças

e controle estavam procurando melhor informação para gerenciar os custos

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indiretos. Ressalta que os contabilistas da GE, há 30 anos atrás, devem ter

sido os primeiros a usar o termo atividade para descrever o trabalho que

. causa custos. Entretanto, afirma que a expressão ABC parece ter origem

independente dos desenvolvimentos de custos de atividades da GE. ABC,

segundo o mesmo autor, surgiu do esforço de várias empresas e consultores

nos anos 70 e início dos anos 80 de melhorar a qualidade da informação

sobre custo de produtos.

Kaplan (1 988a) atribui a Robin Cooper a origem do nome ABC para os novos

conceitos que desenvolveram juntos para coletar e calcular custos de

produtos.

2.2.1 O sistema ABC em dois estágios

Os sistemas ABC, de acordo com Cooper e Kaplan ( 1991c) , começam por

assumir que recursos de suporte e indiretos fornecem capacidades para o

desempenho de atividades, ao contrário da concepção tradicional de que

geram custos para serem alocados.

O primeiro estágio de um sistema ABC, segundo os autores, designa

despesas de suporte ás atividades desempenhadas com o uso desses

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recursos. Desta forma, este sistema parte do pressuposto de que atividades

causam custos.

o segundo pressuposto do sistema ASC, ainda segundo os autores, é que

produtos e clientes criam demanda por atividades. Dessa forma, no segundo

estágio do sistema, os custos das atividades são designados aos produtos e

clientes baseados no consumo individual de cada um, ou seja, na demanda

por cada atividade.

Um conceito importante de ser entendido é o de direcionador de custo, as

bases de associação de despesas nos sistemas ASC. Para Srimson ( 1 991) ,

um direcionador de custo é um falar que cria ou influencia custo. Relata que a

análise por direcionadores de custo identifica a causa do custo.

Os direcionadores de custo de primeiro estágio atribuem os custos indiretos às

atividades, ou seja, representam o consumo de recursos indiretos pelas

atividades. Os direcionadores de segundo estágio atribuem custos

acumulados nas atividades aos objetos de custos, ou seja, medem quanto de

cada atividade é consumido por cada objeto.

Muitas vezes, é difícil determinar quantos e quais direcionadores de custo

utilizar. Muitas atividades podem apresentar correlação com alguns fatores.

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Técnicas, como análises estatísticas de regressão, podem ser utilizadas para

auxiliar a escolha dos direcionadores. Cooper ( 1 989a) sugere que três fatores

sejam considerados na escolha dos direcionadores: a facilidade de obtenção

dos dados requeridos (custo de medida), a correlação entre o consumo da

atividade atribuído através do direcionador e o consumo levantado por

regressão (grau de correlação) e o comportamento induzido pelo direcionador

(efeitos comportamentais).

Objeto de custo é o elemento que se deseja analisar através de custeamento,

podendo ser produto, serviço, cliente, canal, filial, região etc. Os objetos de

custo são consumidores de atividades, não estando necessariamente todos os

objetos relacionados a todas as atividades. Dessa forma, a grande diferença

entre os sistemas ASC e os tradicionais é que, nos primeiros, apenas as

atividades consumidas pelos diferentes objetos são associadas aos mesmos

através dos direcionadores de custo. As demais atividades muitas vezes são

alocadas aos objetos por exigências dos usuários dos sistemas mas, de

qualquer modo, pode ser claramente definida a parcela de custos realmente

relacionada a cada objeto.

Cooper e Kaplan ( 1991c) representam esquematicamente a diferença dos

sistemas tradicionais e os ASC, conforme figuras 2.2. 1 -1 e 2.2. 1 -2 .

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18

Os sistemas tradicionais tratam as despesas pela sua natureza e as alocam a

produtos através dos centros de custos, não existindo, na maioria das vezes,

uma verdadeira relação causal. Os sistemas ABC, por sua vez, se baseiam no

entendimento das causas de custos que são as atividades para, a partir

destas, fazer a associação aos objetos.

O conceito de atividade é essencial para o entendimento do primeiro estágio

do sistema ABC. Brimson ( 1991) define atividade como uma combinação de

pessoas, tecnologia, matéria prima, métodos e ambiente para produzir um

dado produto ou serviço. Cita alguns exemplos de atividades - fechar uma

venda, produzir material de marketing, montar o produto final e fazer cobrança

ao cliente. Segundo Turney (1 992), analisar atividades começa pelo

entendimento do porquê do trabalho ser feito e do quão bem ele é feito. Para

Ostrenga ( 1990), o sucesso das empresas depende de suas habilidades para

gerenciarem atividades que, segundo o autor, devem ser o ponto focal do

gerenciamento do custo total. De acordo com Horngren e Foster ( 1 991d) , a

agregação de custos por atividades ou áreas de atividades fornece

informações que podem ajudar gerentes a melhor planejar e controlar custos

através da cadeia de funções do negócio.

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1° Estágio: Apropria os CIF aos Centros de Custos

2° Estágio: Apropria os os custos acumulados nos centros de custos aos produtos

Custo da Energia

..1

Centro de Custo 1

.1

Produto 1

Custo do Espaço

, r , Ir.

Centro de Custo 2

" Ir.

Produto 2

Custo do Pessoal Indireto

y

Centro de Custo 3

... n

Produto 3

. . . outros CIF

... outros centros

de custos

... outros produtos

FIGURA 2.2. 1-1 SISTEMAS TRADICIONAIS EM DOIS ESTÁGIOS [extraida de Cooper e Kaplan (1 991c)]

1° Estágio: Determina quais atividades são realizadas pelos recursos da empresa

2° Estágio: Atribui custos aos produtos com base no uso dos recursos

Depto de Depto de

"Set up" Estoque de Materiais

J. ,... y , r

"Set up" das Suporte ao máquinas pessoal

direto

Depto de Engenharia

. ' r

Administração de

componentes

. . . outros recursos indiretos

. . . outras atividades

$" SET UP" /HH MOD

$/COMP ONENTE

.1 � " + +, n Ir

Produto 1 Produto 2 Produto 3

FIGURA 2.2. 1 -2 SISTEMAS ABC EM DOIS ESTÁGIOS [extraida de Cooper e Kaplan (1991c)]

. . . outros produtos

19

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20

As atividades realizadas em uma empresa não necessariamente estão

vinculadas à estrutura organizacional. Se olharmos a estrutura como a ótica

vertical de arrumação do trabalho, as atividades poderiam ser enfocadas pela

ótica horizontal, atravessando a empresa e podendo ser realizadas por

d iferentes níveis funcionais e departamentos, dependendo de sua definição.

o foco dos sistemas ASC está na identificação do consumo de recursos para

a execução das diversas atividades enquanto o dos sistemas tradicionais está

na divisão de despesas. Estes últimos identificam as despesas diretas e as

associam aos seus objetos. As despesas restantes são ou alocadas aos

objetos, baseado em uma ou mais medidas, ou não são associadas a este

nível. A abordagem ASC não está preocupada em alocar custos e não tenta

medir tendências de dispêndio de curto prazo. Procura avaliar eventuais

capacidades ociosas e associar a objetos apenas as demandas reais. Pode

ser observado que, ao longo de períodos de tempo, medidos em meses ou

anos, mudanças no consumo de recursos são eventualmente seguidas por

correspondentes mudanças nos gastos da empresa.

Essa diferença de visão entre o ASC e os sistemas tradicionais - longo versus

curto prazo - é refletida pela Regra de Um, citada por Cooper e Kaplan

( 1 991c). Segundo eles, essa regra explica também porque a classificação de

custos como fixos e variáveis não é relevante para o ASC. Diz a regra que se

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21

mais de uma unidade de recurso (pessoa, máquina) existe em um

departamento, este deve ser um recurso variável - algo está criando demanda

pelos recursos deste departamento, e mais do que uma unidade de recurso é

requerida para satisfazer esta demanda.

2.2.2 O modelo ABC hierárquico

o modelo ABC hierárquico é apresentado por Cooper e Kaplan (1 991 c)

tratando a questão de que muitas atividades não estão relacionadas com o

nível final de objeto de custo que se está analisando (produtos, clientes).

Algumas atividades são dependentes de número de tipos de clientes ou do

número de vezes que se fabrica determinado produto em uma unidade de

fabricação. O conceito importante deste modelo, 'que no caso está desenhado

para a fabricação, mas que serve perfeitamente para empresas de serviços,

fazendo-se as adaptações necessárias, é de que nem todas as atividades

devem ser associadas ao elemento final de receita unitária da empresa, para

que não se faça alocações onde não existe uma relação de causa e efeito.

Muitas vezes, os usuários dos sistemas de custos querem que sejam feitas

essas alocações, para ver toda a despesa associada aos objetos em análise,

mas, se esse for o caso, é importante que se compreenda a diferença entre a

parcela de associação e a parcela de alocação, para não distorcer a base para

tomada de decisão.

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22

o modelo dos autores está representado na figura 2.2.2-1 . Como pode ser

observado, as atividades são separadas em quatro grupos distintos. O nível

mais próximo ao produto, "unit levei activities", engloba atividades que, como

nos sistemas tradicionais, possuem relação direta com os produtos, como mão

de obra direta, matéria prima e horas de máquina. O segundo nível, "batch­

related activities", envolve atividades que são desempenhadas cada vez que

um conjunto de produtos é feito. Um exemplo de atividade desse grupo é o

"set-up" de máquinas. Quando uma máquina é trocada de um produto para

outro, recursos de "set-up" são consumidos, entretanto demandas por esses

serviços são independentes do número de unidades produzidas a cada

batelada. O terceiro nível, "product sustaining activities", são desempenhadas

para possibilitar a produção e venda de cada tipo de produto. Os recursos

consumidos por essas atividades são independentes de quantas unidades ou

bateladas de produto são feitas. A quarta e última categoria, "facility sustaining

activities", é necessária para dar suporte á produção mas não está relacionada

ao mix e volume de produtos individuais. Na realidade, essas atividades são

comuns para muitos tipos diferentes de produtos e seus custos devem ser

considerados decorrentes de todos os p rodutos feitos na instalação. As

despesas de excesso de capacidade também devem ser designadas a esse

quarto nível, até que essas capacidades venham a ser necessárias, quando

devem trocar de nível.

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"FAC I LlTY-SUSTAINING ACTIVITIES"

"PRODUCT-SUSTAINING ACTIVITIES"

"BATCH ACTIVITIES"

"UNIT LEVEL ACTIVITIES"

23

ADMINISTRAÇÃO DA FÁBRICA

MANUTENÇÃO DOS EDIFíCIOS

SEGUROS E JARDINAGEM

+--- ENGENHARIA DE PROCESSO

+--- ESPECIFICAÇÕES DOS PRODUTOS

+-__ MUDANÇAS DE ENGENHARIA

+---DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO

+--- "SET UP"

+--- MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

+-__ ORDENS DE COMPRA

+---INSPEÇÕES

+--- MÃO DE OBRA DIRETA

+--- MATERIAIS

+-_ _ HORAS - MÁQUINA

+---ENERGIA

FIGURA 2.2.2-1 MODELO ABC HIERÁRQUICO [extraída de Cooper e Kaplan (1991c)]

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24

Cooper e Kaplan sugerem que o processo de desenvolvimento do sistema

ASC, adotando essa estrutura hierárquica, seja realizado de acordo com as

seguintes etapas:

- identificação das atividades principais desempenhadas;

- classificação das atividades em um dos quatro níveis propostos;

- atribuição aos produtos das despesas dos três níveis mais baixos, utilizando

bases que reflitam o comportamento básico das demandas por essas

atividades.

As despesas do nível "facility sustaining" devem ser idealmente tratadas como

despesas de operação para o período e não alocadas a produtos. Os autores

mencionam que frequentemente os gerentes desejam alocar todas as

despesas e, nesse caso, as despesas dessa quarta categoria são alocadas de

alguma maneira arbitrária aos produtos.

Para empresas de serviços, conforme será visto, é possível a separação de

atividades em diferentes grupos, dependendo da natureza das mesmas. Deste

modo, é possível separar atividades relacionadas com carteiras de clientes

daquelas relacionadas a clientes, separar atividades relacionadas com

produtos individuais das relacionadas a tipos de produtos e, ainda, separar

atividades de suporte, não variáveis com as fontes de receita.

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25

2.2.3 Aplicações dos sistemas ABC

A implantação de um sistema de custeamento baseado em atividades exige

determinação da empresa. Requer, entre outros fatores, tempo, análise e

sistemas de informação. Necessita, principalmente, na maioria das vezes, de

um trabalho interno em relação a pessoas, conforme será melhor discutido no

item 2.5 ("Aspectos Comportamentais da Implantação do ABC"). A decisão

sobre a adoção da metodologia deve ser avaliada à luz dos benefícios

esperados. Muitas vezes não fica claro para os administradores, frente a

tantas novas ferramentas de gestão, se haverá um ganho significativo que

justifique o investimento. Mais ainda, por vezes, há a opção pelo

desenvolvimento e consequente adoção da nova ferramenta sem que seja

percebído qualquer benefício posterior.

o ABC não deve ser entendido como mais uma ferramenta de rateio de

despesas. A grande diferença em relação aos sistemas tradicionais é a

passagem pelas atividades e o levantamento dos direcionadores de custo. Há

o propósito, conforme já descrito no item 2.2.1 ("O sistema ABC em dois

estágios"), de se abolir alocações e de se trabalhar em cima de causas de

custos. Muitas vezes, a tarefa de se encontrar os causadores de consumo de

recursos não é simples e, portanto, acaba por não ser bem realizada. No

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26

próximo item será feita uma discussão critica sobre o ABC, enfocando os

diversos aspectos comumente levantados como limitações do método.

A principal aplicação desse sistema é a possibilidade de um gerenciamento de

custos consistente, tanto operacional como estratégico, apoiando a tomada

de decisão. Na literatura, têm sido apresentadas várias aplicações, que

acabam por poderem ser resumidas na questão do conhecimento do negócio,

entendendo como ele acontece pela análise de suas atividades. Mabberley

(1 992) cita que o ABC pode ser usado de uma variedade de formas

destacando o gerenciamento estratégico de custos, custeamento de produtos,

rentabilidade de clientes e gerenciamento de custos operacionais. Kaplan

( 1991c) classifica os benefícios decorrentes da utilização do ABC em três

grupos: melhoria de decisões, contínua melhoria de atividades para reduzir

custos de "overhead" e facilidade de determinação de custos relevantes.

Com certeza muitas são as formas de expressão para tradução do benefício

que se espera alcançar. Além disso, o conhecimento prévio do objetivo do

sistema direciona a ênfase e o nível de detalhe exigido no projeto. É

fundamental que o administrador tenha claro a possibilidade de mudança

organizacional oriunda da utilização competente da ferramenta.

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27

Algumas análises têm sido sugeridas em literatura, como a classificação de

atividades em relação ao valor agregado e a estratégia do negócio. Essas

análises facilitam a avaliação da forma como o negócio tem sido gerido.

Atualmente, d iscute-se ABM (Activity Based Management). Turney (1 992b)

ressalta que o ABC fornece a informação e o ABM usa essa informação nas

várias análises projetadas para produzir melhoria contínua. Sakurai (1 995) diz

que o ABM é o uso do ABC para ajudar a organização a aumentar o valor dos

seus produtos e serviços, incluindo análise de direcionadores de custo, análise

de atividades e redução de custo.

2.2.4 Avaliação crítica do ABC

Muitas discussões têm sido levantadas sobre as vantagens dos sistemas ABC

em relação às técnicas tradicionais e mesmo sobre o ineditismo proclamado

por esta técnica. Vários trabalhos foram escritos e respondidos por nomes

famosos da Contabilidade Gerencial. Torna-se importante uma avaliação

imparcial de todo esse movimento.

Uma primeira discussão é sobre o fato de ser o ABC um método que

realmente elimina alocações de custo. Piper e Walley (1990) e Kingcott ( 1 991) ,

entre outros, acreditam que o ABC apenas tenta refinar uma técnica antiga de

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28

custeamento por absorção. Baseiam este ponto na questão de direcionadores

de custo serem apenas fatores de rateio mais sofisticados.

Essa discussão deve ser abordada pela ótica do novo tratamento que o ABC

deseja conseguir, do consumo de recursos por atividades e do consumo de

atividades pelos diferentes objetos. Com certeza, esta é uma técnica que

propõe a criação de um relacionamento estreito entre as despesas e seus

consumidores. É também, entretanto, um caminho muitas vezes não

facilmente visualizado, demandando pesquisa, observação, aprendizado e

aprimoramento para se chegar a um desenho consistente com a realidade

para o sistema de custeamento. Desta forma, a resposta para essa crítica

talvez esteja na qualidade do desenvolvimento e manutenção do sistema e na

capacidade dos administradores de realmente retratarem seu negócio.

Uma segunda crítica, frequentemente encontrada, diz respeito ao fato de ser

ou não a metodologia ABC superior a outras, como as análises da contribuição

e marginal, conforme mencionado por Dugdale ( 1 990) e Piper e Walley ( 1 990).

Na opinião dos autores, não há sentido no trabalho de modelagem das

despesas indiretas sendo mais importante a avaliação do impacto de cada

decisão no negócio, contemplando as despesas variáveis com a decisão.

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29

Essa crítica tem sido respondida com a argumentação da perspectiva de curto

prazo desses tipos de análise de decisões isoladas. Via de regra, várias

decisões estão sendo tomadas simultaneamente em uma organização e não é

possível avaliar o impacto de uma decisão separado do das outras.

Certamente, cada técnica de análise tem o seu espaço e o seu momento de

ser utilizado. Uma resposta adequada para esse tipo de crítica está no

entendimento do objetivo da utilização das informações oriundas do sistema

de custeamento. Um sistema ABC bem projetado pretende dar suporte a

avaliações do negócio com uma perspectiva de médio e longo prazo, onde os

impactos de todas as decisões estariam contemplados.

Uma outra critica, que merece ser mencionada, é o fato de o ABC

aparentemente ignorar a teoria da contabilidade de que custos afundados

devem ser desprezados na tomada de decisão, conforme levantado por

Dugdale (1 990). Essa critica está sustentada na suposta característica do ABC

de trabalhar com custos existentes, não abordando a questão do custo de

oportunidade.

Esta argumentação parece prender-se a uma análise limitada da técnica, uma

vez que o ABC pode ser utilizado com despesas orçadas e com previsões

futuras. Também, a análise de oportunidade não invalida a técnica podendo

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30

até mesmo ser incluida no projeto do sistema. Entretanto, como o próprio

Dugdale reconhece, a história recente é um parâmetro confiável e

fundamental na tomada de decisão e que pode ser objetivamente verificado

enquanto que custos e receitas projetados só podem ser estimados, podendo

até ser enviesados.

Uma quarta crítica existente diz respeito ao fato de o ABC não ter foco no

cliente e não contemplar idéias no sentido "bottom up" na organização para

gerar contínua melhoria de processos, conforme citado por Johnson ( 1 992). O

autor, nesse caso, quer destacar a questão de muitas empresas utilizarem o

ABC simplesmente para realizar implementações no modo como o trabalho já

é feito, procurando economias de escala e aumento na rapidez de processos

desacoplados. Johnson aconselha as empresas a implantarem o ABC, se

julgarem conveniente, mas ao mesmo tempo a articularem uma missão focada

no cliente e a encorajarem os funcionários a ajudar a mapear e,

sistematicamente, melhorar os processos nos quais trabalham. Dessa forma,

não se deve apenas ficar agregando dados e compilando informações para

colocar custo em trabalho que não deveria estar sendo feito.

Todas as criticas parecem, de certa forma, estar vinculadas à possibilidade de

falta de entendimento do propósito do sistema de custeamento por parte dos

administradores, que podem utilizar uma nova ferramenta como panacéia para

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31

a resolução de todos os males. Um aspecto fundamental da decisão de se

adotar qualquer técnica de análise é a certeza do conhecimento de suas

aplicações e de suas limitações. De nada adianta um novo sistema de

custeamento se não for entendido como base para uma nova postura

administrativa que vise agregar um diferencial competitivo ao negócio.

Muitos casos são reportados na literatura de avanços conseguidos com a

implantação de sistemas ABC. Cooper (1 990), em resposta às críticas

recebidas de Piper e Walley, destaca os vários casos da Harvard Business

School sobre sucessos de aplicações do ABC. Mabberley ( 1 992) , em trabalho

sobre aplicação do ABC para instituições financeiras, descreve alguns casos

de sucessos de utilização do ABC em bancos e seguradoras. Em artigo da

revista Exame de setembro de 1 993, quatro empresas relatam o sucesso da

implantação do ABC aqui no Brasil. São elas: a Lorenz, de Santa Catarina, a

ICI , de São Paulo, a Refripar e a Propex, do Paraná. Nos Estados Unidos

sabe-se que empresas como a IBM, Union Carbide, Hewlet!-Packard e

Chrysler estão entre as que adotaram o novo sistema.

Mais importante do que citar exemplos, onde sempre será possível achar

defensores e oponentes para metodologias de administração, é enfatizar a

importância da conscientização dos administradores em relação as técnicas

que buscam adotar. Johson (1 994) relata que a relevância dos sistemas de

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32

contabilidade de custos foi perdida não devido ao uso de sistemas impróprios,

mas devido a se ter usado impropriamente a informação da contabilidade para

gerenciar. Nesse artigo, o autor defende que o fundamental é o gerenciamento

de processos e a competência para encantar os clientes. Ataca o fato de se

ter colocado as informações financeiras como orientadoras do direcionamento

das empresas. Uma ampla discussão é possível sobre essa questão mas,

mais importante do que tentar achar que lugar merece cada item no ato de

administrar, está a habilidade de se colocar cada item em seu lugar.

2.3 Sistemas de Custos para Organizações de Serviços

As organizações de serviço estiveram, por mais tempo que as indústrias,

afastadas das discussões sobre a qualidade dos sistemas de custos. Havia,

nesses casos, uma maior falta de percepção sobre a diversidade existente de

produtos, serviços e métodos utilizados em relação aos níveis de demandas

organizacionais de cada um. Além disso, as exigências da legislação não

chegam a este nível (como por exemplo, custo de produto vendido), o que

não cria responsabilidade dos administradores por sistemas mais detalhados.

Ainda hoje, aparecem com muito menor frequência artigos e casos aplicados a

este tipo de empresa.

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33

As contínuas mudanças ocorridas no cenário americano, principalmente nos

últimos vinte anos, tais como o acirramento da concorrência, as alterações nas

regras de mercado e a ocorrência de desregulamentações de setores fez com

que a pressão por sistemas de apoio à decisão crescesse fortemente. O

conhecimento da estrutura interna do negócio tornou-se imperativo para o

sucesso de empresas. Quanto maior o número de produtos e o nível de

complexidade organizacional, mais difícil se torna a tarefa de administrar com

competência e conhecimento.

As empresas de serviço apresentam, entretanto, uma dificuldade maior do que

as indústrias para modelagem de suas estruturas de custos. O trabalho, mais

afastado das características padronizadas das máquinas, torna-se

extremamente instável. De uma forma geral, poucas são as atividades

possíveis de serem mensuradas por fatores discretos.

Apesar da complexidade encontrada, as empresas desejam realizar

avaliações do seu negócio internamente e encontrar as verdadeiras fontes de

realização de resultado. Atualmente, a maior parte das organizações possui

relatórios gerenciais de avaliação de desempenho, direcionados a filiais,

canais ou outras partes da estrutura. O que pode ser observado, entretanto, é

que essas avaliações têm sido realizadas com base em processos

extremamente aleatórios de divisão de despesas, muitas vezes distanciando o

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34

administrador do elemento avaliado. Observa-se, ainda, que alguns

administradores não estão conscientes do método utilizado para se chegar à

informação disponível para a tomada de decisão, podendo estar dirigindo o

negócio com bases extremamente equivocadas. Outros conhecem as

deficiências das formas de organização das informações mas não sabem

como modificar o processo.

2.3.1 Métodos tradicionais de custeamento

Os métodos tradicionais para tratamento gerencial de despesas em empresas

de serviços utilizam alocações como forma de se dividir toda a despesa pelas

fontes de receitas, que podem ser serviços vendidos ou, como é mais comum,

departamentos operacionais. O objetivo de se fazer essas alocações é de

avaliar desempenho ou calcular retornos individuais. O grau de detalhe e

refinamento das alocações variam de uma empresa para outra.

Grande parte das empresas utiliza o método direto de alocação, ou seja,

escolhe uma ou algumas bases e, através destas, associa despesas dos

departamentos de suporte aos objetos em análise. Estão, nesse caso,

lançando mão do custeio por absorção tradicional.

Algumas empresas buscam fazer uma separação entre despesas fixas e

variáveis e associam aos elementos finais somente o segundo tipo de

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35

despesa. Dessa forma, conseguem atribuir somente a parte da despesa

visualizada como sendo de responsabilidade do objeto em análise. Este tipo

de tratamento, chamado de abordagem da contribuição, baseia-se em uma

estrutura de centros de responsabilidade. A parte da despesa considerada fixa

ou não é alocada ou é alocada apenas pelo desejo do administrador de fazer

cálculos de lucro discriminados, não sendo levada em consideração para

avaliação de desempenho.

No caso de se fazer alocação de despesas fixas, há situações de utilização de

sistemas mais complexos do que o direto de alocação de despesas,

trabalhando-se com um modelo de departamentos clientes e departamentos

fornecedores. Nesta hipótese, as despesas não são atribuídas diretamente ao

objeto final, mas são trabalhadas entre os departamentos de suporte a fim de

que sejam consideradas as interações entre os mesmos. Esses métodos,

conforme já citado no item 2. 1 .2 ("O sistema tradicional de custeamento"), são

chamados de método da hierarquia ou do ordenamento decrescente e método

recíproco, conforme considerem as despesas sendo alocadas apenas em um

sentido ou nos dois.

Como pode ser visto, todos esses métodos tradicionais estão, de alguma

forma, baseados na estrutura organizacional, fazendo apenas uma

classificação de centros de custos, que, via de regra, coincidem com os

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36

departamentos. Há alguns sistemas que fazem uma classificação mista de

centros de custos e centros de lucros, sendo os últimos recebedores de

despesas para que sejam comparadas às receitas de cada um.

o grau de sofisticação desses sistemas tem variado. Muitas vezes, em

empresas de serviços, torna-se complicado achar bases de alocação

consistentes e, ao mesmo tempo, viáveis de serem mensuradas, tendo-se que

recorrer a bases bastante aleatórias. Avaliar a relevância desses sistemas

para a tomada de decisão tem que ser um trabalho individualizado por

empresa , que leve em consideração as diversas particularidades da empresa

em relação ao seu sistema e as diversas utilizações das informações

conseguidas.

2.3.2 O sistema ABC para serviços

o ABC pode ser aplicado a empresas de serviços da mesma forma como tem

sido utilizado por indústrias. Não há diferença essencial entre analisar as

despesas operacionais de departamentos de suporte à fabricação e analisar

as unidades operacionais de organizações de serviços. A análise compreende

o exame da estrutura de despesas de cada departamento e determinação dos

fatores que criam demandas pelas funções realizadas.

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37

Cooper e Kaplan ( 1991e) destacam que o analista de custos pode aplicar a

Regra de Um, citada no item 2.2.1 ("O sistema ABC em dois estágios"), ou

seja, qualquer departamento com mais de uma pessoa não pode ser pensado

como contendo apenas despesas fixas. Algo está criando demanda pelas

funções deste departamento e há muito trabalho para uma só pessoa atender

à demanda. O objetivo, então, é descobrir a natureza da demanda e

quantificá-Ia.

Os autores mencionam que, para a fabricação, as demandas por recursos de

suporte são oriundas do "mix" e volume de produtos. Para instituições

financeiras, como bancos, muitas das despesas são também causadas por

produtos como contas correntes, contas de poupança, empréstimos

comerciais, hipotecas etc. Entretanto, os autores destacam que muitas

despesas de funções de serviços são causadas principalmente pelas

diferentes demandas impostas por clientes individuais e não por produtos.

Grandes variações são decorrentes das demandas que diferentes clientes

fazem, mesmo quando utilizando o mesmo produto. Os autores concluem que

uma das diferenças qualitativas entre sistemas de custos para fabricação e

para serviços é, então, a necessidade de modelar o comportamento do cliente.

O resultado das análises deve incluir relatórios baseados em clientes e não só

em produtos.

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38

Cooper e Kaplan estendem sua discussão e abordam funções de marketing,

vendas e distribuição cujas atividades podem estar sendo direcionadas por

clientes, canais, linhas de produtos e regiões. O modelo sugerido pelos

autores propõe, nesse caso, a obtenção do resultado de uma venda individual

para ser analisado por várias vertentes para se chegar a um resultado final. No

exemplo, a análise é dividida em três ramos: rentabilidade por l inha de

produto, rentabilidade por canal e rentabilidade por região. O modelo está

esquematicamente mostrado na figura 2 .3.2-1 .

Despesas de Linha de Produto

---.

Despesas de Marca

---.

Lucro por Lucro por Linha de Lucro por

Produto Canal Local Despesas Despesas

B do Canal do Pais Linha de --+ --+

Produto Canal

Lucro por Marca

Despesas de Cliente

Marca --+

T T

T

Lucro por Cliente

Cliente

T T

Contribuição por Venda

Despesas de Instalações

--+

FIGURA 2.3 .2-1 ABC: ANÁLISE DE RENTABILIDADE MODELO DE COOPER E KAPLAN

[extralda de Cooper e Kaplan (1991e)]

T T

Lucro por Instalação

Escritório

T T

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39

o modelo proposto por Cooper e Kaplan para análise de organizações de

serviços, avaliando os reais consumidores de recursos para diferentes tipos de

atividades, traduz a grande diferença do ABC para os sistemas tradicionais.

No ABC não é necessário que todas as despesas sejam associadas a um só

tipo de objeto. A essência está em se encontrar os direcionadores de

atividades para relacioná-Ias com as suas causas.

Mabberley (1 992) apresenta trabalho sustentado em alguns estudos de caso

de aplicação de ABC para instituições financeiras (bancos e seguradoras).

Relata que as pressões por rentabilidade em um ambiente de competição

crescente, nesse setor, têm feito muitas instituições procurarem a

diferenciação competitiva através de gerenciamento de custos ao invés de

aumentos arbitrários de preços. O ABC tem permitido, segundo o autor, a

obtenção de informação útil para basear decisões de preço, promoção de

produtos, rentabilidade de clientes, gerenciamento de desempenho e uso de

canais de distribuição. Esses tipos de decisões estão sumarizadas na figura

2 .3.2-2.

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Identificar responsabilidade pelo

comportamento de custos

Analisar a contribuição e o impacto de

inte rre lacio n a me ntos de produto I serviços

�/ ----:: Ganhando vantagem

competitiva

40

Identificar o real custo/rentabilidade de

clientes ou tipos de clientes

Que canais de distribuição devemos

promover?

Anal'lsar o custo e desempenho de

diferentes canais de distribuição

FIGURA 2.3.2-2 TIPOS DE DECISÕES CHAVE - APLICAÇÕES DO ABC [extraída de Mabberley (1 992)]

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4\

A implantação do ABC em organizações de serviços passa, da mesma forma

que para a fabricação, pela construção do mapa de atividades e sua

associação com os seus causadores. As atividades devem ser levantadas

dentro dos processos organizacionais e não mais necessariamente precisam

estar atreladas à estrutura departamental. A definição dos fatores que regem a

variabilidade do consumo de recursos, os direcionadores de custos, é a chave

de obtenção de sistemas de boa qualidade para apoio à decisão.

Em serviços, muitos direcionadores de custos vão estar relacionados aos

tempos de dedicação de funcionários às diversas atividades. A forma de

acompanhamento destes tempos tem sido feita de algumas formas diferentes

mas todas acabam envolvendo um certo grau de subjetividade. As formas

comumente citadas são acompanhamento por tabelas ao longo de um período

de tempo, observação aleatória, estimativa do passado, comparação entre

atividades por atribuição de pesos, associação de tempo a algum elemento do

trabalho ou combinação dessas. O uso de uma forma ou outra pode variar

dentro da mesma empresa dependendo de características de cada atividade,

quanto à complexidade e relevância. A capacidade ociosa de tempo é sempre

difícil de ser medida. A melhor maneira de se fazer avaliações de atividades é

comparar custos de direcionadores para diferentes períodos.

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42

Onde é possível encontrar fatores diferentes de dedicação para mensurar

atividades, torna-se mais fácil o acompanhamento. Em geral, isso acontece

quando a atividade gera algum documento ou relatório rotineiro ou quando

está associada ao volume de venda.

A medição de direcionadores não deve prejudicar a eficiência do trabalho

diário e não deve ser complexa a ponto de provocar dúvidas para seu

acompanhamento. Os direcionadores devem apresentar alta correlação com a

atividade, com baixo custo de medida e grande facilidade de obtenção.

A peridiocidade de cada análise é dependente do tipo de negócio e das

formas encontradas para realização das medições. Não deve ser entanto tão

curta que retrate sazonalidades e nem tão longa que não retrate mais a

conjuntura que está em análise. Podem ser usadas despesas reais ou padrão.

Há ainda a possibilidade de se realizar orçamentos baseados em atividades.

Estes diferem dos orçamentos tradicionais por se concentrarem nos fatores

que direcionam custos e não apenas em despesas h istóricas.

No próximo item, está descrito o processo geral de implantação do ABC para

serviços. O caso prático, do final do trabalho, busca ilustrar, para o setor

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43

escolhido, a atividade seguradora, a forma encontrada para se realizar a

implantação da metodologia.

2.4 Etapas de Implantação do ABC

o processo de implantação do ABC pode sofrer variações dependendo das

finalidades do sistema e das facilidades encontradas para o seu

desenvolvimento. Esse item objetiva dar uma visão ampla do procedimento

para avaliação de despesas administrativas de empresas de serviços, que é o

objeto desse trabalho. O caso prático servirá para ilustrar o que aqui está

apresentado de forma geral. A ordem descrita a seguir pode ser alterada por

conveniência de cada projeto.

1 a Etapa Definição da finalidade e das premissas do sistema

A primeira fase deve contemplar a definição do objetivo do trabalho. Todo

sistema de custo deve ser projetado de acordo com a sua aplicação. Aqui será

estabelecido o escopo do trabalho, seu alcance, seu nível de detalhe e o tipo

de resultado esperado de acordo com os tipos de decisão aos quais o sistema

deverá dar suporte.

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2" Etapa Definição de atividades

44

A definição de atividades está intimamente relacionada com as definições da

primeira etapa. O projetista já deve ter em mente o nivel de agregação

desejado e a relevância das funções relatadas, ou seja, já deve ter condições

de estabelecer como as tarefas serão agrupadas formando as diversas

atividades.

A definição de atividades deve ser baseada em entrevistas com funcionários

devidamente qualificados e que tenham recebido orientação sobre a

metodologia que está sendo aplicada e seus objetivos.

O projetista do sistema deve fazer as diversas ligações entre atividades,

desenhando processos e definindo atividades comuns. O trabalho deve ser

interativo, havendo reavaliação por parte dos funcionários da modelagem feita

pelo projetista.

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3" Etapa Definição de direcionadores de custo

4S

Durante a definição de atividades devem ser averiguados os fatores que as

influenciam, para dar suporte à escolha de direcionadores de custo.

Os direcionadores devem ser escolhidos de acordo tanto com o grau de

correlação com a atividade como também com a facilidade e o custo de

obtenção. Os métodos de teste de correlação podem variar desde simples

observação até estudos de regressão, dependendo do tempo disponível e da

dificuldade de definição de direcionadores.

4" Etapa Definição dos possíveis objetos de custo

As causas de atividades devem ser mapeadas para que seja possível a

construção do modelo geral de análise. Nesta etapa, devem ser visualizados

os vários ramos de avaliação de resultados, conforme proposto por Cooper e

Kaplan.

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5" Etapa Custeamento de atividades

46

o custeamento de atividades deve ser feito com base na metodologia

escolhida para atribuição de custos, ou seja, custos passados, custos padrão,

custos desejados etc. A forma de associação de despesas às atividades

passa pela definição da regra de consumo de recursos levantada quando da

definição de atividades.

6" Etapa Medição dos direcionadores de custo

Nesta etapa devem ser levantados os dados necessários e calculados os

direcionadores de custo de cada atividade.

7" Etapa Custeamento de objetos

De posse de atividades já quantificadas e de valores dos direcionadores

calculados, é possível construir tabela de associação de atividades a objetos

de custo. É válido lembrar que nem sempre 1 00% das atividades é associável

aos objetos, podendo existir capacidade ociosa e atividades de suporte.

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aa Etapa Análise dos resultados

47

Nesta etapa é feita a reavaliação do trabalho elaborado e, com a

compreensão das diversas formas de cálculos, os resultados devem ser

analisados. Dois tipos básicos de avaliações podem ser efetuados, dentre as

muitas possibilidades de análises possiveis com a quantidade de informações

levantadas. A primeira refere-se às atividades, seu impacto no negócio, seu

valor agregado e suas possiveis alternativas. A segunda trata da análise dos

objetos de custo, podendo ser calculados resultados através das várias

vertentes encontradas.

2.5 Aspectos Comporta mentais da Implantação do ABC

A interação entre sistemas de custos e o elemento humano não é tão

frequentemente abordada em literatura quanto os aspectos técnicos.

Entretanto, de nada adianta um sistema bem projetado se não houver reflexão

da realidade em seus números. Também, um sistema de custos só terá

completo sucesso se conseguir provocar os efeitos motivacionais desejados

pela empresa. Estes fatores só poderão ser obtidos com comprometimento e

integração de funcionários.

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48

De acordo com Shields e Young (1 989) o estabelecimento de um sistema

gerencial de custos requer uma mudança na filosofia corporativa de

gerenciamento por números para gerenciamento por comprometimento com

evolução contínua. Os autores acreditam que o sucesso da empresa depende

da extensão do desenvolvimento de uma filosofia de implantação com foco no

comportamento ao invés de em questões técnicas simplesmente.

O ABC pressupõe uma nova forma de visualização da organização. Com a

sua implantação, é possível a realização de análises sobre a agregação de

valor de atividades, sobre os recursos utilizados e a forma de utilização e

sobre as futuras necessidades de recursos e atividades. Poderão aparecer

muitas questões até então não transparentes. Há a possibilidade de

surgimento de conflitos em reação às ameaças percebidas na nova maneira

de entender a organização. O ABC pode retratar e induzir comportamentos,

fator que deve ser considerado quando da sua adoção.

Shields e Young destacam que não é suficiente que apenas o topo da

organização esteja comprometido com um novo sistema de custos e destacam

sete elementos que devem ser observados e trabalhados - cultura,

responsabilidade, controles, compensação, processo de mudança,

comprometimento e evolução contínua.

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49

Em relação à responsabilidade, os autores afirmam que a implantação de um

sistema gerencial de custos deve ter um responsável com nível hierárquico

razoavelmente alto, o qual deve contar com o integral apoio do topo. Esta

pessoa deve liderar uma equipe que tenha respaldo político e financeíro e um

elemento integrador com fortes habilidades comportamentais, que possa

gerenciar conflitos e facilitar a comunicação. O processo de mudança deve

estar apoiado pelo sistema de compensação, por controles e por contínua

educação.

Shields e Young destacam a possibilidade do novo sistema gerencial de

custos alterar as performances conhecidas e as avaliações de desempenho.

Os autores sugerem que as empresas gerem programas educacionais

descrevendo as mudanças, principalmente as das avaliações de desempenho,

e ressaltando os benefícios que esperam ser conseguidos com o novo

sistema.

A teoria do agente é examinada por Ashton et aI. ( 1991) , em relação a

problemas decorrentes de sistemas para associações de despesas. A teoria

do agente propõe um modelo onde um principal (um superior) delega

autoridade a um agente (um subordinado) que recebe uma recompensa para

desenvolver alguma atividade em benefício do principal. Segundo os autores,

o fato de o principal não poder observar a ação do agente faz com que deseje

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50

formas para controlar seus interesses. Os sistemas de informação contendo

alocações de custos, de acordo com os autores, podem ser a forma de

administrar esta situação.

O sistema ABC tem nos seus direcionadores de custos, se conhecidos e

compreendidos, uma forma para influência de comportamentos. Podem ser o

balizador do relacionamento entre principal e agente, desde que ambos

tenham o mesmo entendimento em relação às expectativas de evolução dos

valores desses direcionadores.

Cooper e Kaplan ( 1991d) , entretanto, recomendam cautela para a utilização

de um mesmo sistema ABC para decisões sobre produtos e processos e para

controle operacional, porque estas duas funções podem ser muito diferentes

nos seus requisitos de informação. Eventualmente, segundo os mesmos,

sistemas com as duas finalidades poderão ser integrados.

De grande importância nestas análises é a compreensão do impacto dos

comportamentos ·i.nduzidos e da sua influência nos resultados a serem obtidos.

O ABC, por sua maior necessidade de participação e pela expectativa de

geração de mudanças, não deve ser avaliado sem essa perspectiva.

\$>.

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CAPíTULO 1 1 1

CONTEÚDO PRÁTICO

5 1

Com o objetivo d e verificar a adequação do desenvolvimento da metodologia

ABC para empresas seguradoras, foi escolhida uma empresa deste tipo para

caso base. A direção dessa empresa aprovou a idéia fundamentalmente

devido ao grande interesse em obter um sistema que servisse de base às suas

decisões de expansão. No nível de competitividade atual do mercado e com a

diminuição dos ganhos financeiros, a empresa estava consciente da

necessidade de melhorar a relação entre lucro operacional e receita, através

de corte de despesa e/ou de crescimento com ganho de escala.

A proposta do trabalho, base desse estudo, era de analisar o negócio, o tipo de

trabalho executado, as formas de desempenho das diversas atividades e

verificar a possibilidade de utilização de controles, existentes ou novos, para

sustentar um sistema de custeamento baseado em atividades. Para

caracterizar a viabilidade de desenvolvimento deste sistema, o estudo se

propunha a construir um protótipo e apresentar resultados quantitativos,

fornecendo finalmente a descrição da metodologia utilizada.

Esse capítulo descreve a empresa, o trabalho que foi realizado, destacando as

peculiaridades e dificuldades, os resultados obtidos e as conclusões a que

chegamos após essa experiência.

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52

3.1 A Empresa

A empresa escolhida é uma seguradora de médio porte que opera em todas as

modalidades do mercado segurador, tanto em ramos elementares como no

segmento de pessoas. Está presente em todo o país através de oito sucursais,

quatro delas terceirizadas, sendo que a matriz localiza-se no Rio de Janeiro.

Seus principais produtos são Vida, Saúde, Automóvel, Residencial,

Condomínio e Comércio & Serviços.

A empresa conta atualmente com mais de 250 funcionários e todas as

sucursais são informatizadas. A emissão de apólices e o controle de sinistros e

comissões são realizados de forma descentralizada pelas sucursais, via

sistema "on line", diretamente ligado com o centro de processamento de dados

na matriz.

A direção da empresa tem hoje uma estratégia de busca de modernização e

eficiência, consciente das novas regras do mercado. Tem perseguido a

diferenciação através do lançamento de novos produtos e de mais

investimentos em marketing, informática e recursos humanos.

Atualmente, tem objetivo de expansão rápida através de terceirização de

sucursais, eliminando parte dos gastos, diretos e indiretos, que as mesmas

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representam. A direção da empresa espera, desta forma, obter com maior

facilidade o ganho de escala administrativo que almeja.

Dentro deste quadro, a adoção de uma ferramenta como o ABC, serviria como

elemento de diferenciação competitiva e agilizaria o processo de tomada de

decisão, caracterizando assim a importância deste trabalho.

3.2 Definição do Estudo

A primeira decisão tomada foi relativa ao alcance do trabalho a ser realizado,

em termos de estrutura organizacional. Juntamente com a direção da empresa,

decidiu-se pela escolha de uma diretoria dentro da matriz como objeto de

estudo. Esta delimitação foi acordada em função da facilidade futura de

acompanhamento e análise de resultados obtidos.

A Diretoria de Administração e Informática foi escolhida pela d ireção da

empresa. Esta diretoria é responsável por todo suporte de informática,

desenvolvimento e manutenção dos sistemas utilizados na empresa, estudos

das necessidades e alternativas de mudanças em informática, além de toda a

administração de instalações e serviços gerais para a empresa. Um dos

principais fatores que orientaram a escolha dessa diretoria foi o fato da mesma

prestar serviços para toda a Cia, tanto para a matriz como para as sucursais,

apoiando a criação e existência de produtos.

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o organograma geral da matriz está apresentado abaixo:

DIRETORIA GERAL

I DIRETORIA DIRETORIA

TÉCNICA COMERCIAL

DIRETORIA

- - - - - DIRETORIA GERA ADJUNTA

DIRETORIA FINAN. / CONTAB.

DIRETORIA PLANEJ. / CONTo ADM. / INFO.

o organograma da Diretoria de Administração e Informática é o seguinte:

DIRETORIA ADM. / INFO.

ASSISTENTE ASSISTE NTE N OVAS ORÇAMENTO

TECNOLOGIAS

J I I

L

G E R Ê N CIA GERÊNCIA GERÊNCIA CH EFIA DES ENVOLV. SUPO RTE O & M SERViÇOS

G E RAIS

54

Os funcionários de toda a empresa, em especial os da diretoria escolhida,

foram convocados a colaborar com o estudo, em relação ao fornecimento das

informações requisitadas. O estudo foi baseado nas propostas teóricas

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55

discutidas no in ício deste trabalho. Os funcionários entrevistados receberam

explicações sobre os objetivos pretendidos.

3.3 A Diretoria de Administração e Informática (DAI)

A DAI tem hoje 46 funcionários e 1 estagiário. Sua estrutura está organizada

conforme organograma apresentado acima, ou seja, apresenta-se dividida em

três gerências e uma chefia de serviços gerais e possui dois assistentes além

da diretora e secretária.

A gerência de suporte tem a função de fornecer suporte para a operação e

utilização do "Main Frame" (grande porte), da impressora a laser central e dos

recursos de microinformática, providenciando treinamento quando necessário.

É responsável ainda pela geração dos relatórios e documentos informatizados

existentes na Cia de apoio á emissão, à administração de sinistros e ao

gerenciamento do negócio. É também sua atribuição a administração da

comunicação, via computador, da Cia com sucursais e bancos. Além disso,

deve cuidar do planejamento operacional de sistemas da empresa avaliando

necessidades de mudanças e ou expansões.

O quadro dessa gerência é constituído por 1 3 funcionários, sendo 1 gerente, 1

analista de produção, 1 programador de produção, 4 operadores do "Ma in

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56

Frame", 1 operador de teleprocessamento, 3 analistas de suporte e 2

programadores de suporte.

A gerência de desenvolvimento de sistemas é responsável pelo

desenvolvimento e manutenção de todos os programas e sistemas da Cia.

Quando necessário, há a contratação de serviços de terceiros para reforçar a

equipe própria.

o quadro dessa gerência é constituído por 9 funcionários, sendo 1 gerente, 5

analistas e 3 programadores.

A gerência de Organização e Métodos é responsável pelo trabalho de

editoração, compreendendo a elaboração de "Iay-out" de documentos,

correspondências, algum material promocional, apresentações, entre outros.

Tem também como atribuição providenciar o material de reposição, relativo a

formulários e documentos, para a matriz e sucursais. Além disso, é

responsável pela expedição e pelo controle de qualidade do material expedido.

Participa ainda do desenvolvimento de produtos, dando suporte a parte de

programação visual.

Essa gerência possui 9 funcionários, sendo 1 gerente, 2 programadores, 1

auxiliar de sistemas, 1 chefe de controle de qualidade e 4 controladores de

dados (funcionários da expedição), além de 1 estagiário.

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57

A chefia de serviços gerais é responsável pela administração e prestação de

serviços gerais de suporte, inclusive administrando contratos de empresas

externas contratadas para limpeza e outros serviços de apoio. Tem também

como atribuição o acompanhamento de obras na matriz e em sucursais. Além

disso, tem a responsabilidade pelas compras da empresa, excetuando

equipamentos de informática. As compras podem ser realizadas diretamente

da matriz ou através do almoxarifado. O almoxarifado da empresa está

instalado em um prédio alugado fora da matriz.

Essa chefia é composta por 1 1 funcionários, sendo 1 chefe, 1 auxiliar

administrativo, 3 contínuos, 2 telefonistas, 1 almoxarife, 1 auxiliar de

almoxarifado, 1 motorista e 1 copeira .

O assistente de novas tecnologias é responsável pela supervisão e orientação

técnica do desenvolvimento de novos sistemas, que atendam às necessidades

de evolução do negócio. Quando necessário, contrata prestação de serviços

de terceiros.

o assistente de orçamento realiza as avaliações técnicas e econômicas para

dar suporte às decisões da diretoria , tanto em relação a compra ou aluguel de

equipamentos como em relação a obras e reformas internas. Auxilia também a

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supervisão de algumas obras mais complexas. Administra ainda os contratos

de equipamentos e de prestação de serviços.

A diretora e a secretária completam o quadro dessa diretoria. A diretora é

responsável por toda essa estrutura tanto a nível de administração de pessoal

como de instalações. Representa a empresa em comitês, grupos de trabalho e

entidades de classe. Principalmente, participa do planejamento estratégico da

Cia e assegura o comprometimento das operações da diretoria com o

direcionamento da empresa.

A secretária atende a toda a diretoria, realizando vários serviços de apoio

como organização, arquivamento e digitação.

3.4 Os Sistemas Gerencíais da Empresa

A empresa conta hoje com um conjunto de relatórios gerenciais, atualizados

mensalmente, para controle do negócio e apoio à tomada de decisão. Os

relatórios apresentam informações das diversas diretorias da matriz e das

sucursais.

Os relatórios da matriz apresentam as despesas de cada diretoria divididas em

grandes itens separando despesas com pessoal das demais. Essas despesas

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59

devem sempre estar alinhadas com os relatórios contábeis, respeitando os

períodos de competência.

Os relatórios das sucursais apresentam, em um primeiro nível, o resultado de

cada uma, comtemplando faturamento menos despesas próprias, também em

linha com relatórios contábeis, constituindo a chamada margem de

contribuição operacional. Em um segundo nível, vêm as despesas da matriz

alocadas à cada uma em função do número de funcionários da sucursal. A

avaliação de desempenho das sucursais, para atribuicão de algum benefício,

ocorre baseada na margem operacional. A alocação de despesas da matriz

serve, segundo a direção geral, de instrumento para conscientização das

gerências das sucursais da necessidade de melhoria dos resultados.

Há também relatórios, por sucursal, apresentando o resultado por ramo, ou

seja, o resultado da venda de cada produto. Esse resultado contempla receita

menos despesas de venda, destacando as comissões.

As despesas são agrupadas mensalmente em um relatório de

acompanhamento de despesas, com uma maior divisão do que a do grupo de

relatórios apresentados à diretoria. Há uma gerente responsável pelo controle

de despesas, que assegura o acompanhamento de despesas nesse nível,

explicando e retirando dúvidas da diretoria. Esse relatório, cujo formato está no

quadro 3-4-1 , agrupa despesas do Plano de Contas contábil por centro de

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custo e por tipo. Existe a preocupação de se associar despesas com a origem

de seu ocasionamento. Dessa forma, despesas identificadas diretamente com

sucursais, ocorridas na Matriz, são associadas às mesmas. Deve ser

entendido que essa separação só é feita quando fica evidente a relação com a

sucursal.

A estrutura de centros de custos praticamente coincide com a divisão de

diretorias e sucursais. A DAI, entretanto, tem uma divisão em Informática I ,

Informática 1 1 e Administração. Informática I engloba o suporte e

desenvolvimento de sistemas. Informática 1 1 refere-se às despesas do

assistente de novas tecnologias e correlatas. Administração engloba a

gerência de O&M, a chefia de serviços gerais, o assistente de orçamento,

secretária e diretora. Essa divisão facilitou, em parte, o trabalho de associação

de despesas às atividades do ABC.

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PESSOAL

Administração Hon. Diretoria Hon. Conselho Representação Gratificação Empregados Ordenados Servo Extraordinário Gratificação 1 3 Salário Ajuda Custo Abono Pecuniário Indenizações Férias Indenizadas Rescisões Férias Provisionadas Enc. Sociais Conto Prev. Social FGTS Salário Educação Assisl. Social Despesas Médicas Ajuda Refeição Aux. Instrução Assisl. Social Seguro VG/APC Outros Seguros Vale Transporte

EXCLUINDO PESSOAL

Servo Terceiros Auditorias Hon. Advogados Outros Serviços Impostos (INSS) Localização Aluguel Atribuido Aluguéis Condominio Luz, Água,Gás Manutenção Limpeza e Conservo Consertos e Reparos Comunicação Malotes e Corresp.

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

QUADRO 3-4-1

Telefone, Fax e Telex Expediente Material Fotocópias Microfilmagens Desp. Legais Desp. Bancárias Equipamento Manutenção Aluguel de Videos Aluguel Programas Leasing Block-Time Locomoção Viagens Nacionais Viagens Internacionais Hosp. Nacionais Hosp. Internacionais Não Dedutiveis Condução Veiculos Locação de Veiculos Seguros Bens Imóveis Bens Móveis Seguros Veiculos Public/Propag Publicidade Impostos PIS Imp. Federais Imp. Estaduais Imp. Municipais Outras Despesas Depr. Imóveis Depr. Equipamentos Depr. Móveis Deprec. Veiculos Amort. Imóveis Locados Publ. Legais Assinaturas Fretes Cont. Assoc. Classes Bens Natureza Perm. Donal. e Contribições Mora e Multas ReceitaslDespesas

61

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62

3.5 O Desenvolvimento do ABC

Com base na revisão bibliográfica elaborada e com a conceituação teórica

devidamente discutida, o trabalho foi realizado através dos seguintes passos:

1 . Definição do objetivo do trabalho;

2. Conhecimento da estrutura organizacional;

3. Conhecimento dos sistemas gerenciais existentes;

4. Delimitação do alcance do trabalho e estabelecimento junto à Diretoria Geral

dos passos a serem seguidos;

5. Definição dos funcionários chave a serem entrevistados e exposição para os

mesmos dos conceitos básicos do ABC;

6. Efetuação e tabelamento de entrevistas na DAI;

7. Análise das entrevistas e mapeamento das atividades relevantes existentes;

8. Validação do mapa de atividades junto aos funcionários entrevistados;

9. Preenchimento de tabelas pelos funcionários entrevistados, relacionando a

sua dedicação e de seus funcionários à cada atividade, no período

estípulado;

10, Associação das outras despesas, não pessoal, às atividades;

1 1 , Elaboração da tabela de relacionamento de recursos consumidos com

atividades executadas, com consequente custeamento das atividades;

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1 2. Elaboração da lista dos possíveis objetos de custo, baseado nas

entrevistas realizadas;

1 3. Definição e levantamento dos direcionadores de custo e dos tipos de

controle necessários para obtenção dos mesmos;

14. Elaboração de tabela relacionando atividades e objetos de custo, com

consequente definição dos consumidores de atividades;

1 5. Análise de atividades e objetos, com apresentação de conclusões à

Diretoria da empresa.

A conceituação básica utilizada foi o modelo de Cooper e Kaplan ( 1 99 1 e) para

empresas de serviços, descrito no capítulo 1 1 . A base teórica foi, no entanto,

enriquecida com o trabalho de outros autores, como Mabberley ( 1 992),

principalmente para o desenvolvimento prático do modelo.

Os quatro primeiros passos, citados acima, contemplaram a definição do

objetivo do trabalho junto à Direção, a delimitação do estudo e o conhecimento

da estrutura organizacional e das informações gerenciais já existentes. Essa

fase teve o objetivo de criar a base para a realização das entrevistas e

mapeamento de atividades elaborado em sequência, já na Diretoria de

Administração e Informática.

Esses passos foram realizados com o levantamento de informações através do

Diretor Geral, da Gerente de Controle de Despesas, de um Assistente da

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Diretoria de Planejamento, da Diretora de Informática e do Assistente de

Orçamento dessa última diretoria. O resultado dessa fase está descrito no

inicio desse capítulo.

Passo 5. Definição dos funcionários chave a serem entrevistados e

exposição para os mesmos dos conceitos básicos do ABC

Ficou definido, após discussões com os funcionários da DAI, que apenas a

diretora, assistentes, gerentes e chefe seriam entrevistados, consultando os

subordinados conforme necessário.

Esses funcionários foram expostos à conceituação básica da metodologia que

estava sendo utilizada.

Passo 6. Efetuação e tabelamento de entrevistas na DAI

Uma vez entendido, de uma forma mais genérica, o funcionamento da DAI, foi

iniciada a fase de entrevistas com os funcionários chave já identificados. Após

cada entrevista, era preenchido um relatório padrão sumarizando os dados

recolhidos. Exemplo deste relatório encontra-se no anexo 1 1 1- 1 .

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Essas entrevistas constituíram uma etapa fundamental do trabalho, pois, a

partir das mesmas, foi construído o mapa de atividades da Diretoria. Aspectos

comportamentais importantes merecem ser destacados nessa fase e serão

melhor discutidos no final desse capítulo. Entretanto, já deve ser ressaltado

que, em empresas de serviços, a necessidade de basear a descrição das

atividades na percepção dos funcionários é uma das causas de distorções em

alguns resultados. A princípio, o acompanhamento das atividades deve ser

realizado e revisto durante algum tempo para chegar-se a uma maior

consistência com a realidade. Entretanto, pode ser constatado que havia a

percepção por parte dos funcionários de uma clara divisão de suas funções em

atividades que, com o nosso auxílio, pode facilmente ser transformado em um

grupo de atividades final. Durante as entrevistas, procuramos já ir

estabelecendo as l igações entre as tarefas de diferentes setores, para elaborar

um mapa que contemplasse atividades intersetoriais.

Passo 7. Análise das entrevistas e mapeamento das atividades

relevantes existentes

De posse dos relatórios das entrevistas, foram analisadas as atividades e

organizado o quadro 3-5-1 com as atividades e respectivas descrições.

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treinamento e outras correlatas. (2) Administração do Almoxarifado Controle do estoque do material, suprimento da

Matriz e Sucursais, administração do Arquivo Morto, limpeza e conservação, negociação e pagamento do aluguel e pagamento de outras despesas.

(3) Compras do Almoxarifado Efetuação da compra do Almoxarifado. (4) Serviços Gerais Compras feitas pela Matriz, excluindo

equipamentos de informática, contratação de empresas prestadoras de serviços, administração dos contratos e das pessoas envolvidas, incluindo obras, controle da frota operacional, administração do malote, serviços de continuos, de copa e de atendimento de telefone, transporte de diretores, pagamentos e outros serviços de apoio.

(5) Suporte a Sistemas Suporte a sistemas operacionais do Main Frame, suporte a softwares de Microinformática e solução de problemas de usuários.

(6) Planejamento Operacional de Sistemas Estudo do desempenho e previsão de necessidades de expansão e ou alteração de capacidade de sistemas, envolvendo Main Frame e microinformática.

(7) Pesquisa de Novas Tecnologias Pesquisa de mercado para acompanhamento da evolução em informática, visando dar suporte ao planejamento operacional e estratégico.

(8) Gerenciamento da Comunicação Gerenciamento da transmissão de dados e teleprocessamento.

(9) Operação de Computadores Acompanhamento da operação do Main Frame, providenciando todo tipo de suporte e manutenção.

( 1 0) Administração da Produção em Elaboração de rotinas de atualização de base dE: I nformática dados, geração de relatórios rotineiros e

atendimento de solicitações especificas de produção de documentos e relatórios.

(1 1 ) Desenvolvimento de Sistemas Desenvolvimento de novos sistemas e ou novas rotinas para a Cia.

(12) Manutenção de Sistemas Manutenção e suporte aos sistemas da Cia. (13) Editoração Criação de layouts de documentos, elaboração de

modelos e impressão de documentos. (14) Controle de Qualidade da Expedição Controle dos documentos e relatórios expedidos

pela Cia. ( 15) Expedição Preparação do material para ser expedido. ( 16) Reposição de Material Impressão e envio dos diversos formulários padrão

requisitados pelas Diretorias e Sucursais.

QUADRO 3-5-1

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( 17) Desenvolvimento de Produto

( 18) Avaliações Técnico / Econômicas

(19) Suporte Secretarial (20) Compra/Aluguel de

Equipamentos de Informática

(21) Relações Externas

(22) Planejamento Estratégico

(23) Administração Geral

Desenvolvimento de novos produtos de Seguro da Cia. Elaboração de estudos técnico/econômicos para apoiar a tomada de decisão. Serviços de secretária para toda a diretoria. Efetuação de pesquisa de preço e qualidade, avaliação de fornecedores, classificação das diversas alternativas e efetuação da operação de compra/aluguel. Participação em comitês, grupos de trabalho e entidades de classe externos a Cia. Planejamento do futuro da Informática na Cia de forma a acompanhar o direcionamento do Negócio. Administração das instalações físicas em termos de espaço necessário, equipamentos de suporte e acompanhamento da limpeza e manutenção desses recursos.

QUADRO 3-5-1 (Continuação)

Passo 8. Validação do mapa de atividades junto aos funcionários

entrevistados

Elaborada a lista de atividades ela foi apresentada aos funcionários, que

fizeram algumas observações, já contempladas no quadro 3-5-1 .

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Passo 9. Preenchimento de tabelas pelos funcionários entrevistados,

relacionando a sua dedicação e de seus funcionários à cada

atividade, no período estipulado

o próximo passo foi a preparação de tabela contendo na vertical a lista de

atividades e na horizontal a lista de funcionários de cada setor. A idéia era

obter tabelas relacionando a dedicação de cada funcionário a cada atividade,

através do levantamento dos tempos utilizados pelos mesmos nas atividades

como percentuais do seu tempo total.

Foi então acordado, junto à diretoria, o periodo referente ao estudo. Como não

havíamos feito um acompahamento ao longo do tempo, foi estabelecido que o

estudo seria referente aos últimos quatro meses. Tratava-se de período já

fechado pela contabilidade do segundo semestre. Escolheu-se um espaço de

tempo não muito longo, para permitir a lembrança das pessoas, e não muito

curto, de forma a evitar, o mais possível , efeitos de sazonalidades.

Foi solicitado aos funcionários chave que preenchessem as tabelas

consultando seus funcionários, se fosse o caso. Essa tabela referia-se

apenas à dedicação de pessoas, sendo as outras despesas analisadas

conforme descrito no próximo passo.

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As tabelas preenchidas estão no anexo 1 1 1-2. Houve limitações nessas análises

por não ter sido feito um acompanhamento da dedicação ao longo do tempo,

que será justamente uma de nossas propostas ao final do estudo.

Passo 1 0. Associação das outras despesas, não pessoal, às atividades

Para associar as outras despesas, não pessoal, às atividades, foi utilizado o

relatório de acompanhamento de despesas por centro de custo e por tipo,

apresentado no quadro 3-4-1 . Através do entendimento do que era apropriado

a cada tipo de despesa, foi feita a correlação com as atividades. O quadro 3-5-

2 apresenta a relação entre itens de despesas e atividades. A participação da

gerente de acompanhamento de despesas nessa fase do trabalho foi

fundamental. A numeração de atividades está conforme quadro 3-5-1 .

A conscientização dos funcionários sobre o novo trabalho, o ASC, tornaria o

acompanhamento de despesas ao longo do tempo bem mais transparente. O

fundamental é, no entanto, manter o quadro 3-5-2 atualizado no que diz

respeito ao relacionamento entre despesas e atividades, criando-se mesmo

novos grupos de despesas, se for julgado necessário. Essa será mais uma de

nossas sugestões ao final do trabalho.

Conforme solicitação do diretor geral, e baseado no proposto por Mabberley

(1 992), três grandes grupos de despesas foram destacados para serem

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relacionados diretamente a objetos através de direcionadores de custo, sem

serem associados a atividades. Como esses grupos seriam associados a

objetos, tal como as atividades, foi atribuída aos mesmos uma numeração

sequencial àquela das atividades. Esses grupos de despesas foram: "Main

Frame" e sistemas operacionais (24), impressora Laser (25) e equipamentos

de micro informática (26).

Passo 11 . Elaboração da tabela de relacionamento de recursos

consumidos com atividades executàdas, com consequente

custeamento das atividades

De posse das tabelas de forma de relacionamento de despesas com pessoal e

não pessoal com as atividades, foram associados valores a cada recurso

(pessoal ou outros). As despesas com pessoal foram abertas por funcionário

pelo gerente de Recursos Humanos. As outras despesas foram extraídas

diretamente do relatório de despesas e agrupados na forma da tabela final.

Foi elaborada tabela relacionando recursos consumidos e atividades. Os

fatores utilizados para fazer a correlação foram as dedicações de funcionários

do anexo 1 1 1-2, no caso de pessoal, e a associação feita no quadro 3-5-2, no

caso de outras despesas, não pessoal. A forma geral da nova tabela está

mostrada na quadro 3-5-3 e a tabela preenchida encontra-se no anexo 1 1 1-3.

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QUADRO 3-5-2

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7 1

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Nas tabelas do anexo 1 1 1-3, a última linha corresponde à totalização das

despesas com o respectivo recurso no período, ou seja, no caso de pessoal é

o total de salários mais encargos nos quatro meses e no caso de outras

despesas é o total apurado pelo relatório da empresa. Este total foi d istribuído

pelas atividades conforme descrito no parágrafo anterior.

�� lDf.Al %lDf.Al

Fi.n;. 1 Fi.n;. 2 . . . 01ras Teta !Xl" % Teta !Xl" �vidrtl �vidrt!

I>chiristra;ã>oo � I>chiristra;ã> d:>.AJ1TOlaifa:b Carpas d:>.AJ1TOlaifa:b Saviças CEréis �eaSstarm Aénjare10 00 sstares �sa 00 N:Nas Te:rdo;:ias c:am:iareioda Omrica;:ãJ Q:aa;ãJ 00 O:np.tatres I>chirlstra;:OO da Fm:lçãJ an Irtarríma I:eserwdvirratod3Sstares Mntm;:ãJ d3 SsIares Edtcra;ãJ CatrdeooQaidrt!

Exp:dç:ãJ R:p:Sç:ãJ d3 M:teia l:eserwdvirrato d3 Auli!o Avaia;:fes Téoiro'EuJ ô lioas �e &uaaia

Carpas 00 Eq.iP'fTB1a;; 00 lnfam:1ica R;la;:fes Extanas Aénjare10 EstrGtégro I>chiristra;ã> G:Ia M:tn Frare e SsIares Q::era:icras I..cre" Maos e p;rifáiros Teta !Xl" TiID d3 R:nrso

% Teta !Xl" TiID 00 R:nrso

QUADRO 3-5-3

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Passo 1 2. Elaboração da lista dos possíveis objetos de custo, baseado

nas entrevistas realizadas

Neste ponto do trabalho, chegou o momento de listar as causas de atividades,

os objetos de custo, aos quais seriam associadas as atividades. Foram

levantados todos os possiveis objetos mesmo que, no periodo do estudo, não

se tivesse trabalhado para alguns deles.

Essa lista serviu de base para a elaboração da tabela de relacionamento de

atividades com objetos de custo e foi construída através das entrevistas com

funcionários, descritas no passo 6.

A lista de possíveis objetos é a seguinte:

- Sucursais:

Rio

São Paulo

Belo Horizonte

Curitiba

Porto Alegre

Salvador

Ribeirão

Fortaleza

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- Ramos:

Ramos Elementares

Vida em Grupo

- Canais:

Corretor

Banco

- Produtos:

Empresa

Saúde

Residencial

Vida

Comércio e Serviços

Automóveis

Transportes

- Matriz:

Geral

Diretoria Geral

Diretoria de Administração e Informática

Diretoria de Planejamento e Controle

Diretoria de Finanças e Contabilidade

Diretoria Técnica

Diretoria Comercial

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Os objetos, como pode ser visto pela relação acima, são sucursais, canais, ):, ".1 '

ramos, divisões organizacionais etc. O fundamental foi conseguir uma lista que

identificasse as causas de atividades, idependente da natureza da mesma. Foi

chamado de Matriz Geral, aquela causa não possível de ser identificada com

uma diretoria específica, nos níveis de acompanhamento já disponíveis, como

alguns serviços gerais.

Passo 1 3. Definição e levantamento dos direcionadores de custo e dos

tipos de controle necessários para obtenção dos mesmos

O levantamento dos direcionadores de custo foi uma das etapas mais

importantes do trabalho. Deveriam ser encontrados fatores que identificassem

o consumo de atividades pelos objetos e cujos valores fossem possíveis de ser

calculados, a baixo custo e sem interferir na eficiência do trabalho. Muitas das

vezes, mais de um fator poderia ser encontrado, mas era necessário achar o

que apressentasse a mais alta correlação com o consumo de atividades

atendendo às duas premissas anteriores.

Como já era esperado, em empresas de serviços grande parte dos consumos

deve ser medida por fatores relacionados a tempo, o que torna o controle de

dedicação ao longo do tempo muito importante. Onde foi possível, foram

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levantados outros fatores relacionados com alguns controles quantitativos

existentes.

Foi possível perceber, entretanto, que um acompanhamento de dedicação por

atividade e por objeto seria relativamente simples de ser implantado e constou

de nossas sugestões para evoluções do sistema, conforme poderá ser visto

mais adiante. Utilizamos, neste primeiro trabalho, estimativas dos funcionários,

quando o direcionador envolvia tempo de dedicação. Ficou claro, entretanto,

que não havia d ificuldade em se fazer essa associação de atividades com

objetos, o que foi um fator altamente positivo a favor da utilização do ASC.

Os direcionadores utilizados para cada atividade estão listados no quadro 3-5-

4.

Para entender como foram obtidos os direcionadores e como poderia ser

melhorado o acompanhamento dos mesmos, foi elaborada a quadro 3-5-5.

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Atividade Direcionador Administração de Pessoal Direto para Diretoria Admllnfo

Administração do Almoxarifado Demanda do Almoxa rifado

C o mpras do Almoxarifado Demanda do Almoxarifado

Serviços Gerais Perfil de Sol icitação de Serviços

Suporte a Sistemas N ú mero deTerminais e M icros

Planejamento de Sistemas Núm ero deTerminais e M icros

Pesquisa de Novas Tecnologias Direto para Diretoria Adm/l nfo

Gerenciamento da Com unicação N° de apólices ' N° de terminais

Operação de C omputadores Direto para Di retoria Adm/lnfo

Adm inistração da Produção em Informática Direto para Di retoria Adm/l nfo

Desenvolvimento de Sistemas Demanda de Desenvolvimento

M anutenção de Sistemas Demanda de M anutenção

Editoração Demanda de Material

C ontrole de Qualidade Volume de material expedido

Expedição Volume de material expedido

Reposição de M aterial Número de S olicitações

Desenvolvimento de Produto Tempo de Envolvimento

Estudos Técnico/Econômicos Demanda de Estudos

Suporte Secretarial D i reto para Diretoria Adm/lnfo

Com pras de Equipamentos de Informática Direto para Di retoria Adm/lnfo

Relações Externas Direto para Direção G e ral

Planejamento Estratégico Direto para Direção Geral

Administração G e ral D ireto para Di retoria Admllnfo

M ain Frame e Sistemas Operacionais Capacidade Demandada

Laser Núm ero de Documentos E m itidos

M icros e periféricos N ú mero de Equipamentos

QUADRO 3-5-4

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Serviços Gerais

Comunicação

Sistemas

Sistemas

Produto

EconOmicos

Main Frame e Sistemas Operacionais

Laser

Micros e

Perfil de Solicitação de Serviços

Número

I funcionários e controle da frota.

78

n:>r,h"mpnln em planilha dos pedidos, inclusive do valor das

em planilha da dedicaç1!o dos funcionários.

terminais + micros gerência de suporte.

de No de terminais

Demanda de Desenvolvimento

Manutenção

Trabalho de

Expedido

Número Solicitações de Material de

no Desenvolvimento de Produtos

por Estudos

Demandada

Número de Documentos Emitidos pela Laser

Número Equipamentos de Microinformática

dos funcionários à desenvolvimento de sistemas.

i I

manutenção de sistemas.

direção geral.

IBM (abril-julho); Material de Reposição - Controle da

de O&M.

em planilha da dedicação dos funcionários.

em planilha da dedicação dos funcionários.

em planilha da dedicação dos funcionários.

da i em gerência de O&M.

a

a dedicação no perlodo.

Accounting do I (perlodo abril-julho); Controle da Cia de apólices por Sucursal; Controle de Snistros por Sucursal; Controle de corretores Sucursal.

do IBM (abril-julho); Material de Reposição - Controle da

de O&M.

suporte

planilhas, inserindo totalizações de interesse.

em planilha da dedicação dos funcionários. Acompanhamento em planilha da dedicação dos funcionários. Melhorar o da capacidade utilizada. Disponibilizar controles de apólices por ramos.

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Passo 14. Elaboração de tabela relacionando atividades e objetos de

custo, com consequente definição dos consumidores de

atividades

Uma vez realizados todos os levantamentos necessários para obtenção dos

valores dos direcionadores de custos foi elaborada, a tabela de relacionamento

de atividades com objetos.

Nessa tabela, cada objeto recebeu de cada atividade um valor de despesa

referente ao peso do direcionador da atividade para aquele objeto. Só foi

possível estimar capacidade ociosa para o Main Frame, por se tratar de

equipamento para o qual já era feito esse tipo de acompanhamento. Para as

outras as atividades, 1 00% de suas despesas foram repassadas aos objetos

na proporção dada pelos direcionadores.

o quadro 3-5-6 mostra a forma geral da tabela de relacionamento de

atividades com objetos. No anexo 1 1 1-4 está a tabela completa, com avaliação

dos percentuais de consumo de cada objeto.

Cabe ressaltar que, nesta tabela, o total de cada atividade, obtido através da

tabela do anexo 1 1 1-3 é distribuído entre os diversos objetos. Deste modo, no

anexo 1 1 1-3 parte-se do consumo de recursos e chega-se ao total de cada

atividade (última coluna). Já no anexo 1 1 1-4 parte-se do total de cada atividade

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(última coluna, obtida no anexo 111-3) e chega-se à parcela referente a cada

objeto.

:::------:: Capacidade Total

Objeto 1 Objeto 2 Objeto 3 Objeto N Odasa por

Atividades Atividade

Administração de Pessoal

Administração do Almoxarifado

Compras do Almoxarifado

Serviços Gerais

Suporte a Sistemas

Planejamento de Sistemas

Pesquisa de Novas Tecnologias

Gerenciamento da Comunicação

Operação de Computadores

Administração da Produção em Informática

Desenvolvimento de Sistemas

Manutenção de Sistemas

Editoração

Controle de Qualidade

Expedição

Reposição de Material

Desenvolvimento de Produto

Estudos Técnico/Econômicos

Suporte Secretaria!

Compra.s de Equipamentos de Informática

Relações Externas

Planejamento Estratégico

Administração Geral

Main Frame e Sistemas Operacionais

Laser Micros e periféricos

Total por Objeto

Total por Objeto %

QUADRO 3-5-6

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Passo 1 5. Análise de atividades e objetos, com apresentação de

conclusões à Diretoria da empresa

Com as tabelas do anexo 1 1 1-3, na forma do quadro 3-5-3, e do anexo 1 1 1-4, na

forma do quadro 3-5-6, foi possivel realizar dois tipos principais de análise. A

primeira refere-se ás atividades, permitindo comparar o valor agregado por

cada uma com o consumo de recursos necessário para realização da mesma.

Esta análise objetiva tornar possível a visualização das causas de despesas e

possibilitar um gerenciamento consistente com a realidade do negócio. A

tabela de relacionamento de despesas com atividades visa balizar decisões

sobre os tipos de recursos utilizados e a forma de utilização. Através desta

tabela podem ser feitas simulações, contemplando possíveis opções de

recursos disponíveis, e comparações internas e externas.

A segunda análise é a do consumo das atividades pelos objetos. Esta análise

visa avaliar o impacto da existência de cada objeto nas despesas da empresa,

servindo de base para decisões de corte ou expansão de capacidade. Aqui é

importante destacar que nem sempre o corte de determinada fonte de receita

representa o corte das despesas diretamente relacionadas com a mesma,

podendo apenas representar a liberação de capacidade para aplicação em

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outras atividades. No longo prazo, entretanto, cortes no consumo de recursos

tendem a ser acompanhados por redução nos gastos.

Neste primeiro estudo realizado, houve várias limitações ocasionadas pela não

existência de alguns controles importantes e pelo fato de ainda não ser

possível conhecer o melhor nível de acompanhamento de atividades. Em

alguns casos, procurou-se trabalhar com as medidas mais próximas da

realidade possíveis de serem levantadas. Entretanto, os resultados aqui

apresentados, apesar de poderem ser refinados com base em avaliações dos

administradores do negócio e na implantação de novos controles, já

possibilitam muitas análises importantes. Alguns comentários interessantes

foram apresentados á direção da empresa, conforme descrito a seguir.

A) Análise das Atividades e Grandes Recursos

A divisão percentual de despesas por atividades, conforme anexo 1 1 1-3, está

destacada a seguir:

1 Administração de Pessoal 4,0 %

2 Administração do Almoxarifado 1 ,5 %

3 Compras do Almoxarifado 4,7 %

4 Serviços Gerais 6,7 %

5 Suporte a Sistemas 3,8 %

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6 Planejamento de Sistemas 0,2 %

7 Pesquisa de Novas Tecnologias 1 , 5 %

8 Gerenciamento da Comunicação 0,6 %

9 Operação de Computadores 1 ,8 %

1 0 Administração da Produção em Informática 1 ,9 %

1 1 Desenvolvimento de Sistemas 1 0,2 %

1 2 Manutenção d e Sistemas 6,8 %

1 3 Editoração 2,3 %

1 4 Controle de Qualidade 0,8 %

1 5 Expedição 0,6 %

1 6 Reposição d e Material 1 ,4 %

1 7 Desenvolvimento d e Produto 0,0 %

1 8 Avaliações Técnico/Econômicas 1 ,2 %

1 9 Suporte Secretarial 0 ,5 %

20 Compras de Equipamentos de Informática 0,7 %

21 Relações Externas 0,4 %

22 Planejamento Estratégico 1 ,5 %

23 Administração Geral 1 1 ,5 %

24 Main Frame e Sistemas Operacionais 26,8 %

25 Laser 3,7 %

26 Micros e periféricos 5,2 %

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A atividade de desenvolvimento de produto, apesar de mencionada como uma

das atividades da gerência de O&M, não teve participação no período, tendo

0,0 % de participação percentual.

Com a relação acima torna-se possível uma visualização geral dos consumos

de recursos na diretoria. Uma análise mais detalhada pode ser obtida através

das tabelas do anexo 1 1 1-3. O gráfico abaixo retrata os percentuais acima, onde

cada atividade está identificada por seu número.

ru

..

As despesas com o Main Frame (24), incluindo leasing, manutenção e aluguel

de sistemas operacionais, representaram no período 45 % das despesas sem

pessoal e 70 % das despesas de pessoal, como pode ser calculado pelo anexo

1 1 1-3, resultando em 27 % do total de despesas. Esse recurso merece uma

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análise mais criteriosa de suas aplicações. Estudos para migração de alguns

processamentos, hoje realizados em Main Frame, para microcomputadores

poderiam ser realizados. Os sistemas de estatísticas e alguns sistemas

contábeis, que hoje têm grande demanda sobre o Main Frame, talvez fossem

bons candidatos para inicíar a análise, uma vez que não necessítam de

interação "on line" com as sucursais. Outra avaliação importante seria a da

agregação de valor dos processamentos hoje realizados, no sentído de

eliminar possíveis relatórios que não tenham aplicação essencial.

Uma otimização do uso do Main Frame pode, em um primeiro momento, não

representar diminuição de despesas, gerando apenas liberação de capacidade

para crescimento do negócio sem mais gastos com esse recurso. Entretanto,

com o tempo haveria possibilidade de se ter demandas bem menores e ou

eliminação de alguns elementos que hoje representam despesa para a

empresa. No item B, será destacada a divisão do consumo do Main Frame

pelos diversos objetos.

A atividade de administração geral é a segunda grande consumidora de

recursos, neste caso relacionados com as instalações e gastos gerais (87%),

além de dedicação da diretora.

Outra atividade que merece destaque é desenvolvimento de sistemas,

respondendo por 1 0% das despesas da diretoria. Essas despesas estão

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divididas, como pode ser observado pelo anexo 1 1 1-3, em 49% de dedicação de

funcionários, 1 2% de aluguel de softwares e 39% de serviços contratados. Os

consumidores desta atividade serão destacados no item B.

A manutenção de sistemas responde por 7% do total de despesas, sendo todo

esse percentual de dedicação de funcionários. A parcela de dedicação de

funcionários à manutenção é maior do que ao desenvolvimento de sistemas,

que teve 4,9%, conforme mencionado no parágrafo anterior.

Outra atividade responsável por grande consumo, 7% do total, é a realização

de serviços gerais, que manteve esse nome por ficar bem identificada na

estrutura interna. Desse total, 56% correspondem à administração da frota, ou

seja, legalização, seguros e outras despesas relacionadas à frota própria.

A observação criteriosa das tabelas do anexo 1 1 1-3 pode elucidar outras

questões sobre o consumo das atividades e ajudar no detalhamento das

mesmas em futuras evoluções do sistema.

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B) Análise dos Consumos dos Objetos

Os objetos mencionados como causas de atividades, como produtos

(Transporte, Auto etc), por exemplo, mas cujas demandas no período não

foram possíveis ser identificadas, foram excluídos das tabelas do anexo 111-4,

para facilitar a apresentação.

Sucursais

Uma análise importante realizada é a de que as despesas já identificadas com

as sucursais correspondem a 23 % do total da diretoria, parcela que poderia

ser considerada nas avaliações de desempenho das mesmas. Sucursais

grandes, como Rio e São Paulo, representam um consumo em torno de 7,5 %

das despesas e sucursais pequenas menos de 2%.

A tabela abaixo destaca o consumo de cada sucursal juntamente com a

emissão de apólices e número de funcionários, para efeito comparativo. A

coluna de consumo mostra o percentual das despesas identificadas com as

sucursais em relação ao total da diretoria, a de emissão mostra o percentual

em relação ao total da emissão e a de número de funcionários mostra o

percentual em relação ao total de funcionários em sucursais. Essa tabela pode

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ajudar na análise do critério atual de rateio de despesas entre sucursais, feito

em função do número de funcionários.

SUCURSAL CONSUMO(%) EMISSÃO(%) No.FUNC.(%)

RIO DE JANEIRO 7,5 35 27

SÃO PAULO 7,6 28 36

BH 1 ,5 6 6

PORTO ALEGRE 1 ,3 5 5

FORTALEZA 0,9 4 7

CURITIBA 1 ,8 6 6

SALVADOR 0,8 4 6

RIBEIRÃO 1 ,9 1 2 7

TOTAL 23,3 1 00 1 00

As sucursais terceirizadas, Porto Alegre, Salvador, Ribeirão e Fortaleza,

administram o leasing ou compra de seus equipamentos de microinformática,

representando, neste aspecto, menor consumo da diretoria.

A sucursal São Paulo tem, comparativamente, muitos equipamentos, o que,

além das despesas de leasing, gera grande demanda de suporte.

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89

A sucursal Rio apresenta grande demanda de material impresso na Laser e,

consequentemente, grande consumo de expedição. Esta sucursal tem também

grande consumo do Almoxarifado.

A sucursal Curitiba apresentou, comparativamente, grande demanda por

material de reposição.

Ramos

Ramos Elementares consumiu , no período, 47% da atividade de

desenvolvimento e Vida em Grupo apenas 6%. Em relação à manutenção o

primeiro grupo consumiu 1 8% e o segundo 9%.

Como não havia forma de identificar a parcela de uso do Main Frame relativa a

esses ramos, pois o relatório de controle do IBM existente não contemplou

esses grupos, todo o consumo dos ramos foi agregado à Diretoria de Adml

Info.

Matriz

A Diretoria Geral aparece como responsável por 1 5% do consumo da Diretoria

de Adm/lnfo. As despesas de processamentos de estatísticas e de relatórios

para órgãos externos bem como desenvolvimentos para relatórios gerenciais

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90

de análise do negócio foram associadas à Diretoria Geral, o que teve grande

peso no consumo da mesma. A atividade de editoração teve 40% do seu valor

associado a essa diretoria, de acordo com uma estimativa de O&M. Vale

ressaltar que o restante desta atividade foi associado a Matriz Geral, por não

existir acompanhamento ao longo do tempo dos consumidores reais.

Com as considerações acima, a Diretoria Geral respondeu por 1 7% da

demanda por desenvolvimento, 27% da demanda por manutenção e 23% do

consumo do Main Frame.

A Diretoria Financeira impõe grande demanda á Diretoria de Adm./Info. , tanto

de processamento como de desenvolvimento e manutenção de sistemas. Um

trabalho estruturado de entendimento e organização dessas demandas pode

representar ganhos financeiros ou de capacidade, abrindo novas

oportunidades. Para destacar alguns números, essa diretoria foi responsável

por 20% da demanda por desenvolvimento, 30% da demanda por manutenção

e 1 9% de todo o consumo do Main Frame.

A seguir estão destacados os consumos de 4 grandes grupos de recursos. As

tabelas apresentadas abaixo servem de ferramentas de apoio a estudos de

controle de despesas.

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91

Desenvolvimento de Sistemas

A atividade de desenvolvimento de sistemas teve o seguinte consumo

percentual , calculado a partir das tabelas do anexo 1 1 1-4:

OBJETO CONSUMO (%)

Ramos Elementares 47,3

Vida em Grupo 5,6

Corretor 9,8

Diretoria Geral 1 7,2

Diretoria Financeira 1 9,6

Diretoria Comercial 0 ,5

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92

Main Frame

I O consumo do Main Frame está dividido conforme a tabela abaixo. A

capacidade ociosa foi uma estimativa do suporte. Alguns objetos não I

possuem acompanhamentos específicos ,dos consumos, conforme já

mencionado, tendo sido suas demandas associadas às diretorias.

OBJETO CONSUMO ("lo)

SUCo RIO 8,2

SUC. SP 6,4

SUC. BH 1 ,5

SUCo CURITIBA 1 ,4

SUCo P.ALEGRE 1 ,2

SUCo SALVADOR 1 ,2

SUCo RIBEIRÃO 2,3

SUCo FORTALEZA 0,9

DIR. GERAL 23,5

DIR. ADM/INFO 1 9,4

DIR. F IN/CONT 1 9,0

CAPACIDADE OCIOSA 1 5,0

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93

Laser

o consumo da Laser esteve assim distribuído:

OBJETO CONSUMO (%)

SUCo RIO 28,6

SUC. SP 16 ,3

SUCo BH 5,6

SUCo CURITIBA 6,0

SUCo P.ALEGRE 6 ,5

SUCo SALVADOR 2,6

SUCo RIBEIRAO 8,2

SUC. FORTALEZA 4,0

DIR. GERAL 4,6

DIR. ADM/INFO 2,4

DIR. FIN/CONT 9,9

EXTERNOS 5,3

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94

Microinformática

o consumo de equipamentos de microinformática foi dividido pelo número de

equipamentos em cada local, não tendo sido penalizado ou beneficiado um

determinado usuário por ter equipamentos próprios ou de leasing. A tabela

abaixo apresenta os percentuais relativos a cada objeto:

OBJETO CONSUMO (%)

SUCo RIO 12.4

SUCo SP 28,0

SUC. BH 5,0

SUCo CURITIBA 4,6

DIR. GERAL 6,5

DIR. ADM/INFO 2 1 ,2

DIR. FIN/CONT 9,8

DIR. PLAN/CONT 0,9

DIR. TÉCNICA 9,0

DIR. COMERCIAL 2,6

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3.6 Avaliação do Trabalho e Sugestões

95

A principal vantagem associada a essa metodologia é o apoio ao entendimento

do negócio através da construção de uma estrutura de fácil assimilação. Muitas

análises ainda estão limitadas, principalmente por ter sido esse um primeiro

exercício, não se dispondo de resultados anteriores para comparações. Há

também a dificuldade inerente a serviços, onde muitas análises baseiam-se na

percepção dos funcionários, que pode ser equivocada. A capacidade ociosa de

tempo, por exemplo, é difícil de ser medida, só podendo ser avaliada após

algum tempo de levantamentos e comparações. Controles realizados ao longo

do tempo podem melhorar muito a qualidade dos resultados.

É fundamental que haja um trabalho constante de esclarecimento junto aos

funcionários dos objetivos de cada controle, para que possam opinar e

participar efetivamente de futuras evoluções do sistema. Desse fator, depende

a qualidade da consistência dos valores com a realidade das demandas. Deve

existir ainda a preocupação de não se fazer controles desnecessários ou de

difícil acompanhamento, para não comprometer a credibilidade e aplicabilidade

do método.

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96

Durante o levantamento de atividades, através da realização de entrevistas,

algumas tendências puderam ser percebidas e devem ser devidamente

tratadas pelo projetista do sistema.

Em alguns casos há excesso de detalhes nas narrativas das atividades e em

outros muita simplificação. O projetista deve, junto aos funcionários e aos

decisores, limitar e padronizar atividades de forma a construi r um sistema

compatível com a capacidade de acompanhamento de dados e as

necessidades de tomada de decisão. O melhor nível de definição do que é

uma atividade é função do objetivo do sistema e da viabilidade de sua

operacionalização.

Alguns funcionários podem se sentir ameaçados com esse tipo de sistema e,

com isso, mascarar e ou supervalorizar suas atividades. Esse fato deve ser

contornado com a escolha adequada dos participantes do trabalho, que devem

estar devidamente informados dos seus objetivos. A criação de

comprometimento dos funcionários é essencial, devendo o sistema final ser de

responsabilidade de todos.

No caso escolhido, houve relativa facilidade de adaptação dos conceitos da

metodologia ABC ao negócio. A característica da ferramenta, procurar retratar

o consumo de recursos pelas atividades executadas, foi de fácil assimilação

pelos funcionários.

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97

A implantação e informatização de controles de tempo diário dos funcionários,

conforme quadro 3-6- 1 , preenchidos ao longo do tempo, tornaria o trabalho

muito simples de ser repetido com uma peridiocidade pré-estabelecida.

FUNCIONÁRIO:

PERÍODO:

� Totat Total

Cbjeto 1 CIljet02 Cbjet03 .... CIljeto N por por Ati�dades Ati�dade Ati�dade (%)

Administração de Pessoal

Adrrinistração do .Almoxarifado

Corrpras do Atrroxanfado

Serviços Gerais

Suporte a Sistemas

Planejarrento de Sistemas

Pesquisa de Novas Temologias

Gerendamanto da Corrunicaçao

Operação de Corr!>Jtadores

Adrrinistração da Pnxlução em Infonrética

Desenvolvimento de Sistemas

Manutenção de Sistemas

Editoração

Controle de Qualidade

Expedição

Reposição de Malenal

Desenvolvirrento de Produto Estulos TécrdrolEconôrrioos

SUporte Secretanal

Corr1lras de Equiparrentos de Informática

Relações Extemas

Plarejarrento Estratégico

Adninistração Geral

Wlain Frarre e Sistemas Operadonais

Laser Maos e periféricns

otal por UlJeto

Total por <Jqeto %

QUADRO 3·6-1

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98

A parcela de outras despesas, não pessoal, poderia ser associada às

atividades através de tabela de relacionamento com o atual controle de

despesas, conforme jà feito nesse trabalho. Uma possível evolução seria a de

se aumentar o número de itens do controle de despesas para facilitar as

associações.

A característica mais importante da metodologia é a forma de organização das

informações. Considerando-se vàlida a hipótese de que os custos de produtos

e serviços farão mais sentido quanto mais a sistemática de cálculo se

aproximar dos processos de execução do trabalho, a metodologia ABC parece

apresentar a tradução mais fiel dos esforços realizados.

A identificação da parcela de recursos consumida por sucursais, ramos, canais

e divisões organizacionais permite um rastreamento de despesas e

gerenciamento de suas causas, ao invés, de uma simples alocação para

cálculos de resultados.

Em relação ao fato da maior subjetividade, por se tratar de empresas de

serviços, aparentemente esse fator pode ser contornado com o aprendizado e

repetição dos cálculos por alguns períodos.

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99

Esse protótipo foi desenvolvido em planilha eletrônica podendo ser reproduzido

para qualquer empresa que tenha um sistema de apuração de despesas

periódico.

No caso estudado, as análises poderiam ser complementadas após

mapeamento das outras diretorias. Desta forma, seria possível também o

custeamento de alguns processos de interesse, que passam por várias

diretorias.

A adequação do desenvolvimento da ferramenta foi considerada satisfatória

para a empresa em estudo.

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CAPíTULO IV

CONCLUSÃO

100

o impacto das despesas administrativas no resultado das empresas

seguradoras tem sido objeto de preocupação crescente no mercado brasileiro.

Atualmente, não existe seguradora que não esteja empenhada, de algum

modo, em rever suas despesas. O problema é substancialmente mais

relevante para empresas pequenas, onde o peso das despesas é, muitas

vezes, fator de sobrevivência.

O mercado segurador, no entanto, parece carente de técnicas administrativas

modernas. Neste ambiente, a receptividade à uma nova proposta de

metodologia para suporte à tomada de decisão pode ter espaço significativo.

As etapas de desenvolvimento do sistema, conforme descritas no capítulo 1 1 1 e

de acordo com a revisão bibliográfica realizada, foram consideradas p ráticas e

factíveis de serem implantadas em qualquer empresa seguradora que se

proponha a equacionar o problema e dedicar algum tempo na modelagem de

suas atividades.

O sistema aqui proposto foi desenvolvido apenas com o auxílio de planilha

eletrônica e poderia ser replicado para outras empresas. A complexidade

Page 112: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

1 0 1 •

administrativa, entretanto, ligada a fatores como tamanho da empresa e

diversidade de ramos de atuação, podem representar maior dificuldade de

modelagem de todos os processos.' Esta dificuldade, certamente, poderá ser

contornada através da adequada divisão da empresa em diversas sub-

divisões.

Existem disponiveis no mercado alguns "softwares" de apoio à implantação do

ABC que, em alguns casos, poderiam facilitar a elaboração do sistema. A

decisão da metodologia de implantação a ser adotada será, no entanto, um

compromisso entre o tempo/recursos disponiveis para o desenvolvimento e a

grau de acuidade esperado.

o acompanhamento de dados ao longo do tempo poderá ser fator que exija

algum apoio mais estruturado de ferramentas informatizadas. Alguns exemplos

são o acompanhamento de tempo de dedicação de funcionários a atividades e

objetos, medições de fatores util izados como direcionadores de custo, rotinas

de associação de despesas às atividades e de atividades a objetos, entre

outros. O nlvel e a sofisticação da informatização do sistema e de seus

controles associados deverão estar relacionados com a facilidade de

operacionalização desejada, a complexidade do modelo escolhido e o intervalo

de tempo entre cada análise executada com utilização do sistema.

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102

O fator mais importante, entretanto, quando da decisão da implantação da

metodologia em uma empresa, é o entendimento do conceito que se está

empregando e a certeza da adequação do modelo desenvolvido para a

finalidade almejada. Deste modo, é fundamental o treinamento dos

funcionários que acompanharão a implantação e que responderão às

entrevistas de suporte. Também é importante uma definição de tempo

esperado para o desenvolvimento, de forma a não se correr o risco de excesso

de simplificação ou de detalhe, deixando de atender ao objetivo de decisão

esperado.

A experiência com o caso deste trabalho parece ter sido bastante positiva.

Com a conscientização de funcionários de conceitos e objetivos, foi

relativamente simples obter comprometimento com o produto a ser gerado.

Ficou clara a necessidade de otimização de alguns controles, conforme

descrito no capítulo 1 1 1 . Entretanto, apesar de o sistema ter se limitado a uma

parte da estrutura organizacional, já foi possível encontrar várias informações

de interesse estratégico para a diretoria. Como exemplos, podem ser citados:

- o direcionamento de recursos para os reais consumidores, identificando a

parcela relativa às sucursais, que antes pareciam direcionar todas as

despesas, servindo de orientação às decisões de expansão que estão sendo

tomadas;

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103

- dentro da parcela das despesas associada às sucursais, a possibilidade de

análise do atual fator de rateio utilizado;

- a estratificação do consumo de recursos, possibilitando o

direcionamento da atenção para os fatores de grande impacto;

- o conhecimento de controles importantes a serem implementados e a

necessidade de aprimoramento de alguns deles, que hoje não atendem

adequadamente à necessidade de suporte à tomada de decisão sobre

recursos de alto valor, como é o caso do tipo de controle do "Main Frame".

Apesar da conscientização da necessidade de se realizar novas medições,

com controles pré-estabelecidos, e de fazer algumas comparações com outros

períodos de tempo para se obter um conhecimento mais consistente do

negócio, essa primeira experiência foi considerada pela diretoria muito

importante. A extensão da metodologia para o restante da estrutura e a forma

de atualização ao longo do tempo estão sendo avaliadas pela d iretoria. No

momento, estão decididindo a melhor maneira de continuar o trabalho,

considerando os elementos aqui descritos.

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104

Sugestões para Pesquisas Futuras

A avaliação da continuação do trabalho na empresa deste caso e o impacto na

tomada de decisão das informações geradas pelo novo sistema merecem ser

acompanhados e relatados.

A pesquisa, junto a outras empresas seguradoras, sobre o interesse em

desenvolver ferramenta semenlhante seria importante para avaliação da

receptividade da metodologia no setor. Esta pesquisa poderia envolver

também a análise dos atuais sistemas de custos utilizados por seguradoras e

as aplicações das informações geradas por esses sistemas. �nfase deveria ser

dada aos casos de empresas que já adotaram o ASC, analisando o tipo de

método de implantação escolhido e os impactos produzidos no negócio.

o desenvolvimento e acompanhamento de sistemas semelhantes para outras

empresas do setor, de diferentes portes, serviriam de casos comparativos

para obtenção de conclusões sobre a viabilidade de implantação e

operacionalização do método.

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105

ANEXOS

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ANEXO 111-1

RELATÓRIO DE ENTREVISTA

Diretoria: Administração e Informática

Setor: Gerência de Suporte

Número de funcionários: J3 Descrição da estrutura: I gerente, I analista d e produção, I programador d e produção,

5 operadores, 3 analistas de suporte, 2 programadores de suporte

Atividade Quem faz O que faz Para quem faz (Descrição)

Suporte a Sistemas • Gerente I Suporte a sistemas • Matriz • Analistas de operacionais do Main • Sucursais

Suporte 3 Frame, suporte a • Programadores de softwares de

Suporte 2 Microinformática, • Operador I solução de problemas de

usuários.

Planejamento • Gerente I Estudo de desempenho e • Matriz Operacional de previsão de necessidades • Sucursais Sistemas de expansão e ou

alteração de capacidade de sistemas, envolvendo Main Frame e Microinformática.

Pesquisa de novas • Gerente I Pesquisa de mercado • Produtos tecnologias • Analistas de para acompanhamento • Sucursais

Suporte 3 da evolução em • Canais informática, visando dar • Matriz suporte ao planejamento operacional e estratégico.

Gerenciamento da • Programadores 2 Gerenciamento da • Sucursais Comunicação • Operador I transmissão de dados e

teleprocessamento.

Operação de • Operadores 4 Acompanhamento da • Matriz Computadores operação do Main • Sucursais

Frame, providenciando todo tipo de suporte e manutenção.

Administração da • Gerente I Elaboração de rotinas de • Matriz Produção em • Analista de atualização da base de • Sucursais Informática Produção I dados, geração de

• Programador de relatórios rotineiros e Produção 1 atendimento de

solicitações especificas de produção de documentos e relatórios.

Administração de • Gerente I Alocação de trabalho, • Gerência Pessoal aval iação de

desempenho, treinamento e outras correlatas.

106

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t07

ANEXO 111-2(1)

DEDICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ÀS ATIVIDADES (%)

SERViÇOS GERAIS

::--z SG·Fl SG·F2 SG·F3 SG·F4 SG·F5

Chefe Auxiliar Continuo Continuo Continuo

Atividades Administrativo

Administração de Pessoal 5 5

Administração do Almoxarifado 5 5

Compras do Almoxarifado

Serviços Gerais 90 90 100 1 00 1 00

Suporte a Sistemas

Planejamento de Sistemas

Pesquisa de Novas Tecnologias

Gerenciamento da Comunicação

Operação de Computadores

Administração da Produção em Informática

Desenvolvimento de Sistemas

Manutenção de Sistemas

Editoração

Controle de Qualidade

Expedição

Reposição de Material

Desenvolvimento de Produto

Avaliações Técnico/Econômicas

Suporte Secretarial

Compras de Equipamentos de Informática

Relações Externas

Planejamento Estratégico

Administração Geral

Main Frame e Sistemas Operacionais

Laser

Micros e periféricos

Total 1 00 100 1 00 100 100

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108

ANEXO 1 1 1-2(2)

DEDICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ÀS ATIVIDADES

SERViÇOS GERAIS

� SG-F6 SG-F7 SG-F8 SG-F9 SG-F10 SG-F1 1

Telefonista Telefonista Almoxarife Auxiliar Motorista Copeira

Atividades Almoxarifado

Administração de Pessoal

Administração do Almoxarifado 60 100

Compras do Almoxarifado 40

Serviços Gerais 100 100 100 100

Suporte a Sistemas

Planejamento de Sistemas

Pesquisa de Novas Tecnologias

Gerenciamento da Comunicação

Operação de Computadores

Administração da Produção em Informática

Desenvolvimento de Sistemas

Manutenção de Sistemas

Editoração

Controle de Qualidade

Expedição

Reposição de Material

Desenvolvimento de Produto

Avaliações Técnico/Econômicas

Suporte Secretarial

Compras de Equipamentos de Informática

Relações Externas

Planejamento Estratégico

Administração Geral

Main Frame e Sislemas Operacionais

Laser

Micros e periféricos

Total 1 00 100 100 100 100 100

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109

ANEXO 111-2(3)

DEDICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ÀS ATIVIDADES

SUPORTE A SISTEMAS

� SS-Fl SS-F2 SS-F3 SS-F4 SS-F5 SS-F6 SS-F?

Gerente Analista de Programador Operador Operador Operador Operador

Alivldades Suporte Produção de Produção

Administração de Pessoal 1 0

Administração d o Almoxarifado

Compras do Almoxarifado

Serviços Gerais

Suporte a Sistemas 30

Planejamento de Sistemas 1 0

Pesquisa d e Novas Tecnologias 1 5

Gerenciamento da Comunicação

Operação de Computadores 100 100 100 100

Adminislração da Produção em Informática 20 100 100

Desenvolvimento de Sistemas

Manutençao de Sistemas

Editoração

Controle de Qualidade

Expedição

Reposição de Material

Desenvolvimento de Produto

Avaliações TécnicolEconômicas

Suporte Secretarial

Compras de Equipamentos de Informática 10

Relações Externas 5

Planejamento Estratégico

Administração Geral

Main Frame e Sistemas Operacionais

Laser

Micros e periféricos

Total 100 100 100 100 100 100 100

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1 10

ANEXO 111-2(4)

DEDICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ÀS ATIVIDADES

SUPORTE A SISTEMAS

� SS-F8 SS·F9 SS·F10 SS·F11 SS·F12 SS·F13

Operado Analista de Analista de Analista de Programador Programador

Atividades Teleproc. Suporte Suporte Sistemas de Suporte de Suporte

Administração de Pessoal

Administração do Almoxarifado

Compras do Almoxarifado

Serviços Gerais

Suporte a Sistemas 30 70 70 70 80 80

Planejamento de Sistemas

Pesquisa de Novas Tecnologias 30 30 30

Gerenciamento da Comunicação 70 20 20

Operação de Computadores

Administração da Produção em Informática

Desenvolvimento de Sistemas

Manutenção de Sistemas

Editoração

Controle de Qualidade

Expedição

Reposição de Material

Desenvolvimento de Produto

Avaliações Técnico/Econômicas

Suporte Secretarial

Compras de Equipamentos de Informática

Relações Extemas

Planejamento Estratégico

Administração Geral

Main Frame e Sistemas Operacionais

Laser

Micros e periféricos

Total 100 100 100 100 100 100

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I I I

ANEXO 111-2(5)

DEDICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ÀS ATIVIDADES

DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

� OS-Fl OS-F2 OS-F3 DS-F4 OS-F5

Gerenle Analista Analista Analista Analista

Atividades Desenvolvimento de Sistemas de Sistemas de Sistemas de Sistemas

Administração de Pessoal 40

Administração do Almoxarifado

Compras do Almoxarifado

Serviços Gerais

Suporte a Sistemas

Planejamento de Sistemas

Pesquisa de Novas Tecnologias

Gerenciamento da Comunicação

Operação de Computadores

Administração da Produção em Infonmática

Desenvolvimento de Sistemas 20 1 0 1 0 1 0 20

Manutenção de Sistemas 40 90 90 90 80

Editoração

Controle de Qualidade

Expedição

Reposição de Material

Desenvolvimento de Produto

Avaliações Técnico/EconOmicas

Suporte Secretarial

Compras de Equipamentos de Informática

Relações Externas

Planejamento Estratégico

Administração Geral

Main Frame e Sistemas Operacionais

laser

Micros e periféricos

Total 100 100 100 100 100

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1 1 2

ANEXO 1 1 1-2(6)

DEDICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ÀS ATIVIDADES

DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

� DS-F6 DS-F7 DS-F8 DS-F9

Analista Programador Programador Programador

Atividades de Sistemas

Administração de Pessoal

Administração do Almoxarifado

Compras do Almoxarifado

Serviços Gerais

Suporte a Sistemas

Planejamento de Sistemas

Pesquisa de Novas Tecnologias

Gerenciamento da Comunicação

Operação de Computadores

Administração da Produção em Informática

Desenvolvimento de Sistemas 80 90 90 l a

Manutenção de Sistemas 20 l a l a 90

Editoração

Controle de Qualidade

Expedição

Reposição de Material

Desenvolvimento de Produto

Avaliações Técnico/Econômicas

Suporte Secretarial

Compras de Equipamentos de Informática

Relações Externas

Planejamento Estratégico

Administração Geral

Main Frame e Sistemas Operacionais

Laser

Micros e periféricos

Total 100 100 100 1 00

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ANEXO 111-2(7)

DEDICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ÀS ATIVIDADES

ORGANIZAÇÃO E MÉTODOS

� OM-F1 OM-F2 OM-F3 OM-F4

Gerente Programador Programador Auxiliar de

Atividades de Laser de Laser JR. Sistemas

Administração de Pessoal 20

Administração do Almoxarifado

Compras do Almoxarifado

Serviços Gerais

Suporte a Sistemas

Planejamento de Sistemas

Pesquisa de Novas Tecnologias

Gerenciamento da Comunicação

Operação de Computadores

Administração da Produção em Informática

Desenvolvimento de Sistemas

Manutenção de Sistemas 1 00

Editoração 70 40 1 00

Controle de Qualidade 5

Expedição

Reposição de Material 5 60

Desenvolvimento de Produto

Avaliações Técnico/Econômicas

Suporte Secretarial

Compras de Equipamentos de Informática

Relações Externas

Planejamento Estratégico

Administração Geral

Main Frame e Sistemas Operacionais

Laser

Micros e periféricos

Total 1 00 1 00 1 00 1 00

1 1 3

OM-F5

Chefe de

Controle

1 0

60

30

100

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ANEXO 1 1 1-2(8)

DEDICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ÀS ATIVIDADES

ORGANIZAÇÃO E MÉTODOS

� OM·F6 OM·F7 OM·F8 OM·F9

Controlador Controlador Controlador Controlador

Atividades de Dados de Dados de Dados de Dados

Administração de Pessoal

Administração do Almoxarifado

Compras do Almoxarifado

Serviços Gerais

Suporte a Sistemas

Planejamento de Sistemas

Pesquisa de Novas Tecnologias

Gerenciamento da Comunicação

Operação de Computadores

Administração da Produção em Informática

Desenvolvimento de Sistemas

Manutenção de Sistemas

Editoração

Controle de Qualidade 1 0

Expedição 50 60 60 60

Reposição de Material 40 40 40 40

Desenvolvimento de Produto

Avaliações Técnico/Econômicas

Suporte Secretarial

Compras de Equipamentos de Informática

Relações Extemas

Planejamento Estratégico

Administração Geral

Main Frame e Sistemas Operacionais

Laser

Micros e periféricos

Total 1 00 100 100 100

Obs: O estagiário não trabalhou no período.

1 1 4

OM·F10

Estagiário

O

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1 1 5

ANEXO 111-2(9)

DEDICAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS ÀS ATIVIDADES

DIRETORIA

� DAI-F1 DAI-F2 DAI-F3 DAI-F4

Assistente Assistente Secretária Diretora

Atividades Novas Tecn. de Orçamento

Administração de Pessoal 5 25

Administração do Almoxarifado 10

Compras do Almoxarifado

Serviços Gerais 20

Suporte a Sistemas

Planejamento de Sistemas

Pesquisa de Novas Tecnologias 10

Gerenciamento da Comunicação

Operação de Computadores

Administração da Produção em Informática

Desenvolvimento de Sistemas 85

Manutenção de Sistemas

Editoração

Controle de Qualidade

Expedição

Reposição de Material

Desenvolvimento de Produto

Avaliações Técnico/Econômicas 70

Suporte Secretarial 100

Compras de Equipamentos de Informática 10

Relações Externas 5

Planejamento Estratégico 30

Administração Geral 30

Main Frame e Sistemas Operacionais

Laser

Micros e periféricos

Total 100 100 100 100

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ANEXO 111-3(1 )

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Atividades (US$)

SG-F1 SG-F2

Chefe Auxiliar � Atividades Serviços Administrativo

Administração de Pessoal 499

Administração do Almoxarifado 499

Compras do Almoxarifado O

Serviços Gerais 8.990

Suporte a Sistemas O

Planejamento de Sistemas O

Pesquisa de Novas Tecnologias O

Gerenciamento da Comunicação O

Operação de Computadores O

Administração da Produção em Informática O

Desenvolvimento de Sistemas O

Manutenção de Sistemas O

Editoração O

Controle de Qualidade O

Expedição O

Reposição de Material O

Desenvolvimento de Produto O

Avaliações Técnico/Econômicas O

Suporte Secretarial O

Compras de Equipamentos de Informática O

Relações Externas O

Planejamento Estratégico O

Administração Geral O

Main Frame e Sistemas Operacionais O

Laser O

Micros e periféricos O

Total por Tipo de Recurso 9989

% Total por Tipo de Recurso 0,56%

Nota: - Despesas de pessoal associadas conforme anexo 111-2.

- Outras despesas associadas conforme quadro 3-5-2.

280

280

O

5.039

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

5599

0,31 %

SG-F3

Contínuo

O

O

O

4.908

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

4908

0,28%

1 1 6

SG-F4 SG-F5

Continuo Continuo

O O

O O

O O

3.635 2.880

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

3635 2880

0,20% 0 , 16%

Page 128: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

ANEXO 111-3(2)

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Atividades (US$)

� SG-F6

Telefonista

Atividades

Administração de Pessoal O

Administração do Almoxarifado O

Compras do Almoxarifado O

Serviços Gerais 3.635

Suporte a Sistemas O

Planejamento de Sistemas O

Pesquisa de Novas Tecnologias O

Gerenciamento da Comunicação O

Operação de Computadores O

Administração da Produção em Informática O

Desenvolvimento de Sistemas O

Manutenção de Sistemas O

Editoração O

Controle de Qualidade O

Expedição O

Reposição de Material O

Desenvolvimento de Produto O

Avaliações Técnico/Econômicas O

Suporte Secretarial O

Compras de Equipamentos de Informática O

Relações Externas O

Planejamento Estratégico O

Administração Geral O

Main Frame e Sistemas Operacionais O

Laser O

Micros e periféricos O

Total por Tipo de Recurso 3635

% Total por Tipo de Recurso 0,20%

Nota: - Despesas de pessoal associadas conforme anexo 1 11-2.

- Outras despesas associadas conforme quadro 3-5-2,

SG-F7 SG-F8

Telefonista Almoxarife

O O

O 3.359

O 2.240

3.635 O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

3635 5599

0,20% 0,31%

SG-F9

Auxiliar

Almox.

O

3.236

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

3236

0 , 18%

1 1 7

SG-Fl0 SG-Fll

Motorista Copeira

O O

O O

O O

9.914 3.236

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

9914 3236

0,56% 0,18%

Page 129: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

ANEXO 111-3(3)

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Atividades (US$)

SS-F1 SS-F2 SS-F3 SS-F4

� Gerente Analista de Programador Operador

Atividades Suporte Produção

Administração de Pessoal 4.311

Administração do Almoxarifado O

Compras do Almoxarifado O

Serviços Gerais O

Suporte a Sistemas 1 2.933

Planejamento de Sistemas 4.311

Pesquisa de Novas Tecnologias 6.466

Gerenciamento da Comunicação O

Operação de Computadores O

Administração da Produção em Informática 8.622

Desenvolvimento de Sistemas O

Manutenção de Sistemas O

Editoração O

Controle de Qualidade O

Expedição O

Reposição de Material O

Desenvolvimento de Produto O

Avaliações Técnico/Econômicas O

Suporte Secretarial O

Compras de Equipamentos de Informática 4.3 1 1

Relações Externas 2.155

Planejamento Estratégico O

Administração Geral O

Main Frame e Sistemas Operacionais O

Laser O

Micros e periféricos O

Total por Tipo de Recurso 43109

% Total por Tipo de Recurso 2,42%

Nota: - Despesas de pessoal associadas conforme anexo 111-2.

- Outras despesas associadas conforme quadro 3-5-2.

O

O

O

O

O

O

O

O

O

1 3.901

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

1 3901

0,78%

de Produção

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O 8.820

1 1 .455 O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

1 1455 8820

0,64% 0,50%

1 1 8

SS-F5 SS-F6 SS-F7

Operador Operador Operador

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

8.820 7.328 6.516

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

O O O

8820 7328 6516

0,50% 0,41% 0,37%

Page 130: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

ANEXO 111-3(4)

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Atividades (US$)

SS-F8 SS-F9

=:----:: Operador Analista de

Atividades Teleproc.

Administração de Pessoal O

Administração do Almoxarifado O

Compras do Almoxarifado O

Serviços Gerais O

Suporte a Sistemas 3.360

Planejamento de Sistemas O

Pesquisa de Novas Tecnologias O

Gerenciamento da Comunicação 7.840

Operação de Computadores O

Administração da Produção em Informática O

Desenvolvimento de Sistemas O

Manutenção de Sistemas O

Editoração O

Controle de Qualidade O

Expedição O

Reposição de Material O

Desenvolvimento de Produto O

Avaliações Técnico/Econômicas O

Suporte Secretarial O

Compras de Equipamentos de Informática O

Relações Externas O

Planejamento Estratégico O

Administração Geral O

Main Frame e Sistemas Operacionais O

Laser O

Micros e periféricos O

Total por Tipo de Recurso 1 1 200

% Total por TIpo de Recurso 0,63%

Nota: - Despesas de pessoal associadas conforme anexo 111-2.

- Outras despesas associadas conforme quadro 3-5-2.

Suporte

O

O

O

O

1 1 .528

O

4.941

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

1 6469

0,93%

SS-FI0

Analista

Suporte

O

O

O

O

14.873

O

6.374

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

21 247

1 , 1 9%

SS-Fll

Analista

Sistemas

O

O

O

O

1 1 .278

O

4.833

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

1 61 1 1

0,90%

1 1 9

SS-FI2 SS-FI 3

Programador Programador

de Suporte de Suporte

O O

O O

O O

O O

6.995 5.862

O O

O O

1 .749 1 .466

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

8744 7328

0,49% 0,41%

Page 131: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

ANEXO 111-3(5)

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Atividades (US$)

� DS-F1

Gerente

Atividades Desenvolvimento

Administração de Pessoal 17,244

Administração do Almoxarifado O

Compras do Almoxarifado O

Serviços Gerais O

Suporte a Sistemas O

Planejamento de Sistemas O

Pesquisa de Novas Tecnologias O

Gerenciamento da Comunicação O

Operação de Computadores O

Administração da Produção em Informática O

Desenvolvimento de Sistemas 8.622

Manutenção de Sistemas 17.244

Editoração O

Controle de Qualidade O

Expedição O

Reposição de Material O

Desenvolvimento de Produto O

Avaliações Técnico/Econômicas O

Suporte Secretarial O

Compras de Equipamentos de Informática O

Relaçôes Externas O

Planejamento Estratégico O

Administração Geral O

Main Frame e Sistemas Operacionais O

Laser O

Micros e periféricos O

Total por Tipo de Recurso 43109

% Total por Tipo de Recurso 2,42%

Nota: - Despesas de pessoal associadas conforme anexo 111-2.

- Outras despesas associadas conforme quadro 3-5-2.

DS-F2 DS-F3

Analista Analista

de Sistemas de Sistemas

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

1 ,61 1 2 , 125

14.500 19.122

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

1 61 1 1 21247

0,90% 1 ,19%

120

DS-F4 DS-F5

Analista Analista

de Sistemas de Sistemas

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

2.337 3,959

21 ,035 1 5.834

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

23372 1 9793

1 ,3 1 % 1 , 1 1 %

Page 132: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

ANEXO 111-3(6)

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Atividades (US$)

DS-F6 DS-F7 DS-F8

==------==- Analista Programador Programador

Atividades de Sistemas

Administração de Pessoal O

Administração do Almoxarifado O

Compras do Almoxarifado O

Serviços Gerais O

Suporte a Sistemas O

Planejamento de Sistemas O

Pesquisa de Novas Tecnologias O

Gerenciamento da Comunicação O

Operação de Computadores O

Administração da Produção em Informática O

Desenvolvimento de Sistemas 1 5 834

Manutenção de Sistemas 3.959

Editoração O

Controle de Qualidade O

Expedição O

Reposição de M aterial O

Desenvolvimento de Produto O

Avaliações Técnico/Econômicas O

Suporte Secretarial O

Compras de Equipamentos de Informática O

Relações Externas O

Planejamento Estratégico O

Administração Geral O

Main Frame e Sistemas Operacionais O

Laser O

Micros e periféricos O

Total por Tipo de Recurso 1 9793

% Total por Tipo de Recurso 1 , 1 1 %

Nota: - Despesas d e pessoal associadas conforme anexo 111-2.

- Outras despesas associadas conforme quadro 3-5-2.

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

7.870 1 7.814

874 1 .979

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

8744 1 9793

0,49% 1 , 1 1 %

1 2 1

DS-F9

Programador

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

1 .591

14.321

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

15912

0,89%

Page 133: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

ANEXO 11 1-3(7)

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Atividades (US$)

� OM-Fl OM-F2

Gerente Programador

Atividades O&M de Laser

Administração de Pessoal 7.418 O

Administração do Almoxarifado O O

Compras do Almoxarifado O O

Serviços Gerais O O

Suporte a Sistemas O O

Planejamento de Sistemas O O

Pesquisa de Novas Tecnologias O O

Gerenciamento da Comunicação O O

Operação de Computadores O O

Administração da Produção em Informática O O

Desenvolvimento de Sistemas O O

Manutenção de Sistemas O O

Editoração 25.962 6.062

Controle de Qualidade 1 .854 O

Expedição O O

Reposição de Material 1 .854 9.094

Desenvolvimento de Produto O O

Avaliações Técnico/Econômicas O O

Suporte Secretarial O O

Compras de Equipamentos de Informática O O

Relações Externas O O

Planejamento Estratégico O O

Administração Geral O O

Main Frame e Sistemas Operacionais O O

Laser O O

Micros e periféricos O O

Total por Tipo de Recurso 37088 15156

% Total por Tipo de Recurso 2,08% 0,85%

Nota: - Despesas de pessoal associadas conforme anexo 111-2.

- Outras despesas associadas conforme quadro 3-5-2.

OM-F3

Programador

de Laser JR.

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

8.371

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

8371

0,47%

122

OM-F4 OM-F5

Auxiliar de Chefe de

Sistemas Controle

O 1 .968

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

1 1 .392 O

O O

O 1 1 .806

O O

O 5.903

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

1 1 392 19676

0,64% 1 ,1 1 %

Page 134: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

ANEXO 111-3(8)

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Atividades (US$)

==----==-OM-F6

Controlador

Atividades de Dados

Administração de Pessoal O

Administração do Almoxarifado O

Compras do Almoxarifado O

Serviços Gerais O

Suporte a Sistemas O

Planejamento de Sistemas O

Pesquisa de Novas Tecnologias O

Gerenciamento da Comunicação O

Operação de Computadores O

Administração da Produção em Informática O

Desenvolvimento de Sistemas O

Manutenção de Sistemas O

Editoração O

Controle de Qualidade 632

Expedição 3.161

Reposição de Material 2.528

Desenvolvimento de Produto O

Avaliações Técnico/Econômicas O

Suporte Secretarial O

Compras de Equipamentos de Infomnática O

Relações Externas O

Planejamento Estratégico O

Administração Geral O

Main Frame e Sistemas Operacionais O

Laser O

Micros e periféricos O

Total por Tipo de Recurso 6321

% Total por Tipo de Recurso 0,36%

Nota: - Despesas de pessoal associadas confomne anexo 111-2.

- Outras despesas associadas conforme quadro 3-5-2.

OM-F7 OM-F8

Controlador Controlador

de Dados de Dados

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

3.359 2.181

2.240 1 .454

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

5599 3635

0,31% 0,20%

123

OM-F9 OM-F 1 0

Controlador Estagiário

de Dados

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

2.181

1 .454

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

3635 O

0,20% 0,00%

Page 135: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

ANEXO 1 1 1-3(9)

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Atividades (US$)

� DAI-F1

Assistente

Atividades Novas Tecn.

Administração de Pessoal 1 .634

Administração do Almoxarifado O

Compras do Almoxarifado O

Serviços Gerais O

Suporte a Sistemas O

Planejamento de Sistemas O

Pesquisa de Novas Tecnologias 3.269

Gerenciamento da Comunicação O

Operação de Computadores O

Administração da Produção em Informática O

Desenvolvimento de Sistemas 27.785

Manutenção de Sistemas O

Editoração O

Controle de Qualidade O

Expedição O

Reposição de Material O

Desenvolvimento de Produto O

Avaliações Técnico/Econômicas O

Suporte Secretarial O

Compras de Equipamentos de Informática O

Relações Externas O

Planejamento Estratégico O

Administração Geral O

Main Frame e Sistemas Operacionais O

Laser O

Micros e periféricos O

Total por Tipo de Recurso 32688

% Total por Tipo de Recurso 1 .84%

Nota: - Despesas de pessoal associadas conforme anexo 111-2.

- Outras despesas associadas conforme quadro 3-5-2.

DAI-F2 DAI-F3

Assistente Secretária

de Orçamento

O O

3.034 O

O O

6.067 O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

21 .235 O

O 8.371

O O

O O

O O

O O

O O

O O

O O

30335 8371

1 .70% 0,47%

124

DAI-F4

Diretora

2 1 .883

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

O

8.753

4.377

26.259

26.259

O

O

O

87530

4,92%

Page 136: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

ANEXO 111-3(10)

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Atividades (US$)

� DAI - OUTRAS

Despesas Não

Atividades Pessoal

Administração de Pessoal 1 6.399

Administração do Almoxarifado 16.066

Compras do Almoxarifado 82.008

Serviços Gerais 66.921

Suporte a Sistemas O

Planejamento de Sistemas O

Pesquisa de Novas Tecnologias O

Gerenciamento da Comunicação O

Operação de Computadores O

Administração da Produção em Informática O

Desenvolvimento de Sistemas 91 .765

Manutenção de Sistemas O

Editoração O

Controle de Qualidade O

Expedição O

Reposição de Material O

Desenvolvimento de Produto O

Avaliações Técnico/Econõmicas O

Suporte Secretarial O

Compras de Equipamentos de Informática O

Relações Externas O

Planejamento Estratégico O

Administração Geral 178.288

Main Frame e Sistemas Operacionais 476.667

Laser 65.329

Micros e periféricos 91 .803

Total por Tipo de Recurso 1 085246

% Total por TIpo de Recurso 60,96%

Nota: - Despesas de pessoal associadas conforme anexo 111-2.

- Outras despesas associadas confonme quadro 3-5-2.

TOTAL

Total por

Atividade

71 .635

26.474

84.248

1 1 8.860

66.829

4.3 1 1

25.883

1 1 .054

31 .484

33.978

181 .312

1 20.260

40.395

14.292

10.882

24.527

O

21 .235

8.371

1 3.064

6.532

26.259

204.547

476.667

65.329

91 .803

1780231

1 00,00%

% TOTAL

% Total por

Atividade

4,0%

1 ,5%

4,7%

6,7%

3,8%

0,2%

1 ,5%

0,6%

1 ,8%

1 ,9%

1 0,2%

6,8%

2,3%

0,8%

0,6%

1 ,4%

0,0%

1 ,2%

0,5%

0,7%

0,4%

1 ,5%

1 1 ,5%

26,8%

3,7%

5,2%

100%

125

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126

ANEXO 111-4(1 )

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Objetos (US$)

:::--:: suc suc suc SUC

Rio São Paulo Belo Curitiba

Atividades Horizonte

Administração de Pessoal O O O O

Administração do Almoxarifado 7528 4484 1 378 1 684

Compras do Almoxarifado 23957 14268 4386 5358

Serviços Gerais 9560 1 5934 O 3187

Suporte a Sistemas 7140 1 7992 1 999 1 999

Planejamento de Sistemas 461 1 1 61 1 29 1 29

Pesquisa de Novas Tecnologias O O O O

Gerenciamento da Comunicação 4234 6363 71 141

Operação de Computadores O O O O

Administração da Produção em Informática O O O O

Desenvolvimento de Sistemas O O O O

Manutenção de Sistemas O O O O

Editoração O O O O

Controle de Qualidade 4315 2458 837 907

Expedição 3285 1871 637 691

Reposição de Material 3952 3836 2092 3487

Desenvolvimento de Produto O O O O

Estudos Técnico/Econômicos O O O O

Suporte Secretarial O O O O

Compras de Equipamentos de Informática O O O O

Relações Externas O O O O

Planejamento Estratégico O O O O

Administração Geral O O O O

Main Frame e Sistemas Operacionais 38840 30623 7387 6903

Laser 1 8678 1 0639 3624 3926

Micros e periféricos 1 0777 25944 4391 3991

Total por Objeto 1 32726 1 35573 26932 32402

Total por Objeto (%) 7,46% 7,62% 1 ,51% 1 ,82%

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127

ANEXO 111-4(2)

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Objetos (US$)

� suc suc suc suc

Porto Salvador Ribeirão Fortaleza

Atividades Alegre

Administração de Pessoal O O O O

Administração do Almoxarifado 1 721 743 2014 1 1 1 5

Compras d o Almoxarifado 5477 2363 641 0 3549

Serviços Gerais O O O O

Suporte a Sistemas 1 714 1428 3142 1714

Planejamento de Sistemas 1 1 1 92 203 1 1 1

Pesquisa de Novas Tecnologias O O O O

Gerenciamento da Comunicação 1 1 5 44 O 87

Operação de Computadores O O O O

Administração da Produção em Informática O O O O

Desenvolvimento de Sistemas O O O O

Manutenção de Sistemas O O O O

Editoração O O O O

Controle de Qualidade 987 396 1 244 605

Expedição 752 301 947 460

Reposição de Material 2150 2 1 50 2906 1 802

Desenvolvimento de Produto O O O O

Estudos Técnico/Econômicos O O O O

Suporte Secretarial O O O O

Compras de Equipamentos de Informática O O O O

Relações Extemas O O O O

Planejamento Estratégico O O O O

Administração Geral O O O O

Main Frame e Sistemas Operacionais 5641 5617 1 1 092 4461

Laser 4273 1 71 3 5383 2618

Micros e periféricos O O O O

Total por Objeto 22939 14848 33340 16521

Total por Objeto ('lo) 1 ,29% 0,83% 1 ,87% 0,93%

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1 28

ANEXO 1 1 1-4(3)

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Objetos (US$)

==---==-Ramos Vida e m

Elementares Grupo

Atividades

Administração de' Pessoal O O

Administração do Almoxarifado O O

Compras do Almoxarifado O O

Serviços Gerais O O

Suporte a Sistemas O O

Planejamento de Sistemas O O

Pesquisa de Novas Tecnologias O O

Gerenciamento da Comunicação O O

Operação de Computadores O O

Administração da Produção em Informática O O

Desenvolvimento de Sistemas 85662 1 0166

Manutenção de Sistemas 21922 1 0452

Editoração O O

Controle de Qualidade O O

Expedição O O

Reposição de Material O O

Desenvolvimento de Produto O O

Estudos Técnico/Econômicos O O

Suporte Secretarial O O

Compras de Equipamentos de Informática O O

Relações Extemas O O

Planejamento Estratégico O O

Administração Geral O O

Main Frame e Sistemas Operacionais O O

Laser O O

Micros e periféricos O O

Total por Objeto 1 07584 20618

Total por Objeto (%) 6,04% 1 ,16%

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129

ANEXO 1 1 1-4(4)

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Objetos (US$)

==----==-Canal Canal

Corretor Banco

Atividades

Administração de Pessoal O O

Administração do Almoxarifado O O

Compras do Almoxarifado O O

Serviços Gerais O O

Suporte a Sistemas O O

Planejamento de Sistemas O O

Pesquisa de Novas Tecnologias O O

Gerenciamento da Comunicação O O

Operação de Computadores O O

Administração da Produção em Informática O O

Desenvolvimento de Sistemas 17767 O

Manutenção de Sistemas 18267 O

Editoração O O

Controle de Qualidade O O

Expedição O O

Reposição de Material O O

Desenvolvimento de Produto O O

Estudos Técnico/Econômicos O O

Suporte Secretarial O O

Compras de Equipamentos de Informática O O

Relações Externas O O

Planejamento Estratégico O O

Administração Geral O O

Main Frame e Sistemas Operacionais O O

Laser O O

Micros e periféricos O O

Total por Objeto 36034 O

Total por Objeto ('lo) 2,02% 0,00%

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130

ANEXO 111-4(5)

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Objetos (US$)

� Matriz Diretoria Diretoria Diretoria Diretoria Diretoria Diretoria

Geral Geral Admllnfo Plan/Cont Fin/Contab Técnica Comer.

Atividades

Administração de Pessoal O O 71635 O O O O

Administração do Almoxarifado O 1208 639 1 2460 1 7 487

Compras do Almoxarifado O 3845 2034 2 7828 54 1 549

Serviços Gerais 51 939 1 5934 6373 6373 3 1 87 3 1 87 3 1 87

Suporte a Sistemas O 2570 1 5 1 37 286 571 2 4570 1428

Planejamento de Sistemas O 166 976 1 8 368 295 92

Pesquisa de Novas Tecnologias O O 25883 O O O O

Gerenciamento da Comunicação O O O O O O O

Operação de Computadores O O 31 484 O O O O

Administração da Produção em Informática O O 33978 O O O O

Desenvolvimento de Sistemas O 31 177 O O 35548 O 991

Manutenção de Sistemas O 32054 O O 36547 O 1019

Editoração 24237 16158 O O O O O

Controle de Qualidade O 698 355 O 1491 O O

Expedição O 531 270 O 1 1 36 O O

Reposição de Material O 697 174 O 1279 O O

Desenvolvimento de Produto O O O O O O O

Estudos Técnico/Econômicos O O 21235 O O O O

Suporte Secretarial O O 8371 O O O O

Compras de Equipamentos de Informática O O 1 3064 O O O O

Relações Externas O 6532 O O O O O

Planejamento Estratégico O 26259 O O O O O

Administração Geral O O 204547 O O O O

Main Frame e Sistemas Operacionais O 1 1 1 877 92391 O 90334 O O

Laser O 3021 1 536 O 6456 O O

Micros e periféricos O 5588 20756 798 8781 8382 2395

Total por Objeto 76176 258317 550837 7479 201 1 27 16505 1 1 147

Total por Objeto (%) 4,28% 14,51% 30,94% 0,42% 1 1 ,30% 0,93% 0,63%

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1 3 1

ANEXO 111-4(6)

CUSTEAMENTO BASEADO EM ATIVIDADES

Custeamento de Objetos (US$)

� Externos Capacidade Total

Ociosa por

Atividades Atividade

Administração de Pessoal O O 7 1 635

Administração do Almoxarifado 996 O 26474

Compras do Almoxarifado 3168 O 84248

Serviços Gerais O O 1 1 8860

Suporte a Sistemas O O 66829

Planejamento de Sistemas O O 431 1

Pesquisa de Novas Tecnologias O O 25883

Gerenciamento da Comunicação O O 1 1 054

Operação de Computadores O O 31484

Administração da Produção em Informática O O 33978

Desenvolvimento de Sistemas O O 1 8 1 3 1 2

Manutenção de Sistemas O O 1 20260

Editoração O O 40395

Controle de Qualidade O O 1 4292

Expedição O O 1 0882

Reposição de Material O O 24527

Desenvolvimento de Produto O O O

Estudos Técnico/Econômicos O O 21235

Suporte Secretaria I O O 8371

Compras de Equipamentos de Informática O O 1 3064

Relaçôes Externas O O 6532

Planejamento Estratégico O O 26259

Administração Geral O O 204547

Main Frame e Sistemas Operacionais O 71 500 476667

Laser 3462 O 65329

Micros e periféricos O O 91803

Total por Objeto 7625 7 1 500 1 780231

Total por Objeto (%) 0,43% 4,02% 100.00%

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1 32

BIBLIOGRAFIA

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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Accounting-, p. 42,59, November 1 99 1 .

ASHTON,D. ; Hopper,T.; Scapens,R.w. -Issues in Management

Accounting-. Londres: Prentice Hall International, 1 99 1 . Cap.3: Cost

Allocation Theory and Practice: The Continuing Debate.

- BAILEY, J. Implementation of ABC Systems by UK Companies. ­

Management Accounting -, p. 30-32, February 1 99 1 .

- BASSMAN,B. ,C. ; Morelli, w.J . Shedding Light on Expenses -Best's

Review-, p. 27-32, December 1 99 1 .

- BRAUSH,J.M. Selling ABC. -Management Accounting-, p. 42-46,

February 1 992.

- BRIMSON,J.A. -Activily Accounting-: An Activity-Based Costing

Approach. Nova York: John Wiley & Sons, Inc. , 1 991 . 214 p.

- CARNEIRO, M.P. Custeio Baseado em Atividades (ABCl· Uma

Proposta MetodolÓgica Aplicada como Suporte a Decisões de

Terceirização - Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 1 994. 76 p. (Tese de

Mestrado apresentada ao Corpo Docente da COPPE).

1 33

Page 145: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

- COLOMBO, L.C.C. -Análise do Tratamento Dado aos Custos Indiretos

de Fabricação (CIF) - Um Estudo de Caso baseado no Sistema de

Custeio ABC (Activity Based Costing)- São Paulo: EAESP/FGV,

1 994. 1 04 p. (Tese de Mestrado apresentada ao Corpo Docente da

EAESP).

- COOPER,R. Explicating the Logic of ABC. -Management Accounting-, p .

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____ . The Rise of Activity-Based Costing - Part One: What Is

an Activity-Based Cost System? - Journal of Cost Management-,

p. 45-54, Summer 1 988a.

The Rise of Activily-Based Cosling - Part Two: When Do

Need an Activity-Based Cost System? -Journal of CosI

Management-, p. 41 -48, Fali 1 988b.

____ . The Rise of Aclivity-Based Costing - Part Three: How

Many CosI Drivers Do Vou Need, and How Do Vou Select Them? -

Journal of Cost Management-, p . 34-46, Winter 1 989b.

____ . Vou Need a New CosI System When -Harvard

Business Review_, p. 77-82, Jan.-Feb. 1 989a

134

Page 146: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

- COOPER,R. ; Kaplan ,R.S. -The Desjgn of Cost Management Systems-:

Tex!' Cases and Readings. New Jersey: Prentice-Hall

International Editions, 1 991 a. capo 1 : Introduction to Cost Systems.

____ . 1 991b . capo 2: The Two Stage Process: Resources, Cost

Centers, and Products .

. 1 991c. capo 5: ActivitLBased Cost Systems for

Manufacturing Expenses.

____ . 1 991d . capo 6: Using Activity-Based Cost Systems to

Influence Behavior.

. 1 991 e. capo 7: Activity-Based Systems in Service

Organizations and Service Functions.

- COOPER,R. ; Kaplan,R.S. Profit Priorjties from Activity-Based Costing.

-Harvard Business Review-, p. 1 30-1 35, May-Jun. 1991 .

- DUGDALE,D. The Uses of Actjvity-Based Costing. -Management

Accounting_, p. 36-38, October 1 990.

- EDITORA ABRIL. De Grão em Grão se Perde 1 Milhão. -Revista

Exame-, p. 92-94, 28 de Outubro de 1 992.

1 3 5

Page 147: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

____ . O Importante é Saber Manejar a Tesoura. -Revista

Exame-, p . 60-63, 01 de Setembro de 1 993.

- FOX,R. ABC: A Coment on the Logic. -Management Accounting-,

p. 32,34,35, October 1 991 .

- FREMGEN,J .M. ; Liao,S.S. -The Allocation of Corporate Indirect

��. Nova York: National Association of Accountants, 1 981

1 04 p

- FUNENSEG,Fundação Escola Nacional de Seguros. Superintendência

de Ensino. -Introdução ao Seguro- Rio de Janeiro: FUNENSEG,

1 993. 1 14p.

- HORNGREN,C.T. ; Foster,G. -Cost Accounting-' A Managerial

Emphasis. 7. ed. New Jersey: Prentice-Hall International

Editions, 1 991 a. capo 1 : The Accountant's Role in the

Organization.

1 991b . capo 2: An Introduction to Cost Terms and

Purposes.

. 1 991 C. capo 5: Job Costing For Services, Process

Costing, and Activity-Based Accounting.

____ . 1 991d. capo 14 : Cost Allocation: I

136

Page 148: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

____ . 1 991 e capo 1 5: Cosi Allocalion: 1 1

- INNES,J. ; Milchell,F. ABC: A Survey of CIMA Members. -

Management Accounting-, p . 28-30, October 1 991 .

- JOHNSON,H.T. It's Time lo Slop Overselling Aclivily-Based

Concepts. -Managemenl Accounling-. p. 26-35, Seplember 1 992.

- JOHNSON,H.T.; Kaplan, R.S. -Relevance Losl-: The Rise and Fali of

Managemenl Accounting. Boslon: Harvard Business School

Press, 1 987. 269 p .

- KAPLAN,R.S. One Cost System Isn't Enough. -Harvard Business

Review-, V. 66, n. 1 , p. 61 -66, Jan.-Feb. 1 988b.

____ . Relevance Regained.

p. 38-42, Seplember 1 988a.

-Management Accounting-,

- KINGCOTT,T. Opportunity Based Accounting: Betler than ABC? ­

Management Accounting-, p . 36,37,48, October 1 99 1 .

- LEWIS, R.J. Activity-Based Costing for Marketing. -Management

Accounting-, p. 33-38, November 1 99 1 .

MABBERLEY,J. -Activity Based Costing in Financiai Institutions­

Pitman Publishing, 1 992. 226 p .

137

Page 149: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE … · - Promover uma revisão conceitual sobre sistemas tradicionais para ... O mapa de rentabilidade do ABC ... como consequência

- MALLO, C. Contabiljdad de Costes, basados en actjvjdades (ABC) - 1 1 1

Congresso Internacional de Costos - I Congresso Internacional De

La Asociación Espanola de Contabilidad Directiva (ACODI) -

Instituto de Contabilidad y Auditoria de Cuentas, 1 995.

- MARQUES, J.A.V.C. Sistema de Custos com Base em Atividades:

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Revista de Administração de Empresas- v.34, n.6, p . 20-32,

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- MORROW,M. Activity Based Costing. Aston University: Presentation

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1990 _Apud_ Dugdale,D. The Uses of Activity-Based Costing. -

Management Accounting-, p . 36-38, October 1 990.

138

- OSTRENGA,M.R. Activities: The Focal Point of Total Cost Management.

-Management Accounting-, February 1 990.

- PIPER,J.A.; Walley,P. ABC Relevance Not Found. -Management

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- PONCE,H.G. Base Conceptual para el diseõo y utilización de los sistemas de

costes basados en las activiades ABC - 1 1 1 Congresso Internacional de

Costos - I Congresso Internacional De La Asociación Espaõola de

Contabilidad Directiva (ACODI) - Instituto de Contabilidad y Auditoria de

Cuentas, 1 995

- QUELHAS,O.L.G. Modelo de Custeio Baseado em Atividades (ABCl para

Seleção de Fornecedores - Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 1 994. 1 5 1 p .

(Tese de Doutorado apresentada ao Corpo Docente da COPPE).

- SAKURAI, M. -Managerial Accounting- 1 995. cap 5: Activity Based Costing

and Overhead Managemenl.

- SHANK, J .k . , Govindarajan,V. -Gestão Estratégica de Custos- Editora

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- SHARMAN,P.A. Frame Breaking. _Management Accounting_, p. 52-55,

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- SHERIDAN,T. pon't Count Your Costs - Manage Them. -Management

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- SHIELDS,M.D. ; Young ,S.M. A Behavioral Model for Implementing Cost

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1 989.

139

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140

- TORRECILLA,A.S. Cuestiones polémicas dei modelo ABC - 1 1 1 Congresso

Internacional de Costos - I Congresso Internacional De La Asociación

Espaiiola de Contabilidad Directiva (ACODI) - Instituto de Contabilidad y

Auditoria de Cuentas, 1 995

- TURNEY,P.B.B. Activity-Based Management. -Management Accounting- p.

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- TURNEY,P.B.B.; Straton, A.J . Using ABC to Suport Continuous

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