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Centro de Pesquisa em Forragicultura – UFPR Rua dos Funcionários, 1540 – Juvevê – Curitiba/PR – 80035-050 Tel: (41) 3350-5704 Email: [email protected] www.ensilagem.com.br Universidade Federal do Paraná Departamento de Zootecnia Centro de Pesquisa em Forragicultura (CPFOR) AVALIAÇÃO SENSORIAL DA QUALIDADE DE FORRAGEM CONSERVADA Daniel Junges Zootecnista, Doutorando em Ciência Animal e Pastagens (ESALQ/USP) [email protected] O presente artigo foi traduzido e adaptado de: HUSSBAUM, A. H.; WEISSBACH, B. F. ; ELSÄSSER, A.M. et al. Grobfutterbewertung : Teil A – DLG-Schlüssel zur Bewertung von Grünfutter, Silage und Heu mit Hilfe der Sinnenprüfung. DLG Information 1/2004. Disponível em : <http://www.dlg.org/fileadmin/downloads/fachinfos/futtermittel/grobfutterbewertung.pdf > Acessado em : 26 nov. 2010. Introdução Quando cogita-se a palavra «qualidade» para forragens conservadas, somos instantâneamente levados a pensar em análises químicas-bromatológicas e qual o real valor alimentar desse alimento. A forragem colhida e armazenada ou desidratada passa por transformações físicas e químicas, sendo uma fase crítica que demanda atenção e conhecimento de técnicas para que o processo de conservação seja realizado de forma correta com minímas perdas VISÍVEIS e INVISÍVEIS. As perdas visívies são aquelas geralmente ocasionadas pela ação de microrganismos indesejávis, com despigmentação, presença de bolor, escurecimento da forragem e presença do efluente como indicativos de perdas de matéria seca e nutrientes. As perdas invisíveis, também estão atreladas a ação de microrganismos deterioradores que metabolizam os carboidratos residuais presentes na massa ensilada, com consequente produção de compostos orgânicos voláteis (COV), dentre os quais: metano, óxido nitroso, dióxido de carbono e demais aldeídos. Ainda, água e energia, são resíduos dessa fermentação indesejável. Todos esses produtos secundários são classificados como perdas por gases.

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Centro de Pesquisa em Forragicultura – UFPR Rua dos Funcionários, 1540 – Juvevê – Curitiba/PR – 80035-050

Tel: (41) 3350-5704 Email: [email protected] www.ensilagem.com.br

Universidade Federal do Paraná Departamento de Zootecnia

Centro de Pesquisa em Forragicultura (CPFOR)

AVALIAÇÃO SENSORIAL DA QUALIDADE DE FORRAGEM CONSERVADA

Daniel Junges Zootecnista, Doutorando em Ciência Animal e Pastagens (ESALQ/USP)

[email protected]

O presente artigo foi traduzido e adaptado de:

HUSSBAUM, A. H.; WEISSBACH, B. F. ; ELSÄSSER, A.M. et al. Grobfutterbewertung : Teil A –

DLG-Schlüssel zur Bewertung von Grünfutter, Silage und Heu mit Hilfe der Sinnenprüfung.

DLG Information 1/2004. Disponível em :

<http://www.dlg.org/fileadmin/downloads/fachinfos/futtermittel/grobfutterbewertung.pdf>

Acessado em : 26 nov. 2010.

Introdução

Quando cogita-se a palavra «qualidade» para forragens conservadas, somos

instantâneamente levados a pensar em análises químicas-bromatológicas e qual o real valor

alimentar desse alimento. A forragem colhida e armazenada ou desidratada passa por

transformações físicas e químicas, sendo uma fase crítica que demanda atenção e

conhecimento de técnicas para que o processo de conservação seja realizado de forma correta

com minímas perdas VISÍVEIS e INVISÍVEIS.

As perdas visívies são aquelas geralmente ocasionadas pela ação de microrganismos

indesejávis, com despigmentação, presença de bolor, escurecimento da forragem e presença

do efluente como indicativos de perdas de matéria seca e nutrientes. As perdas invisíveis,

também estão atreladas a ação de microrganismos deterioradores que metabolizam os

carboidratos residuais presentes na massa ensilada, com consequente produção de compostos

orgânicos voláteis (COV), dentre os quais: metano, óxido nitroso, dióxido de carbono e demais

aldeídos. Ainda, água e energia, são resíduos dessa fermentação indesejável. Todos esses

produtos secundários são classificados como perdas por gases.

Centro de Pesquisa em Forragicultura – UFPR Rua dos Funcionários, 1540 – Juvevê – Curitiba/PR – 80035-050

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Não é objetivo aqui minimizar a importância das análises químicas-bromatológicas para

aferição da qualidade do material, mas destacar que, avaliações subjetivas sensitivas como a

avaliação por: OLFATO, VISÃO e TEXTURA de amostras de forragens destinadas a alimentação

de ruminantes são tão importantes quanto as químicas-bromatológicas, e que podem

contribuir em sobremaneita na definição de como ocorreu o processo de fermentação no caso

de silagens, ou desidratação para feno. Da mesma forma são indicadores da qualidade

nutricional desse alimento, auxiliando no balanceamento nutricional das dietas, nos aspectos

sanitários e presença de substânicas estranhas (poluição) das forragens conservadas.

Uma pré-analise subjetiva do mateiral pode indicar equívocos nas etapas de condução e

preservação das forragens, alertando assim para o questionamento do real valor alimentar

desse material como também para uma maior necessidade de cuidados nas atividades de

conservação de forragens futuras, buscando sempre o máximo de eficiência em rendimento e

qualidade.

Aplicação da proposta

O objetivo desta avaliação é estimar o teor ENERGÉTICO da forragem com base no tipo

de cultura e estádio de desenvolvimento. O sucesso dessa avaliação é comprovado pela

qualidade das forragens conservadas e garante que o valor alimentar da silagem de capim,

feno e silagem de milho seja adequado.

A aplicação dessa “chave” de avaliação contribui para que as fazendas de pecuária

direcionem esforços para o controle da qualidade dessas matérias primas, visando

melhoramento constante das técnicas de conservação de forragens.

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Processo:

Avaliações para a correta conservação

As avaliações aqui apresentadas serão feitas de acordo com as caracteísticas de cor,

odor e textura de silagens e do feno. Trataremos separadamente as avaliações sensoriais para

SILAGEM PRÉ-SECADA DE CAPIM, FENO e SILAGEM DE MILHO.

Recomenda-se que devido aos diversos odores estranhos encontrados em estábulos e

silos, deve-se realizar a avaliação de odores longe desses lugares e de preferência com

adequado fornecimento de luz para análise visual das amostras. Se possível, conduzir as

avaliações à temperatura ambiente.

SILAGENS PRÉ-SECADAS DE CAPIM

Características de uma boa preservação

- Odor agradavelmente azedo (aromático, condimentado), livre de ácido butírico, sem

nenhum odor perceptível de ácido acético; livre de outros odores estranhos (estável).

- Silagens de plantas em estado avançado de maturação (Outono) podem apresentar

odorores de forma diferente por falta ou má fermentação das gramíneas apresentando

reduzida estabilidade de armazenamento.

Estimativa da produtividade das espécies vegetais

Avaliação do desenvolvimento

da planta

Avaliação do sucesso de conservação

Avaliaçã o da poluição da forragem

Tipos de conservação

Estádio de uso

Resultados

Concentração de energia em forragens verdes

Impressões de qualidade para a preservação

Impressões de qualidade para a poluição da forragem

Valor alimentar dos produtos de conse rvação

1

2

3

4

Medidas

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Odor :

Verifique se há problemas de fermentação, aquecimento, bolores e leveduras

Tabela 1. Ácido butírico (odor de suor, manteiga rançosa)

Variável Qualidade (pontos)

Imperceptível 0 Fraco após teste do dedo (fricção) 2 Sem teste do dedo, levemente perceptível 3 Cerca de um metro de distância é claramente perceptível 5 Muito perceptível a distância 7

Tabela 2. Ácido acético (odor pungente, cheiro de vinagre)

Variável Qualidade (pontos)

Imperceptível 0 Pouco perceptível 1 Claramente perceptível 2 Muito perceptível 4

Tabela 3. Aquecimento (cheiro tostado)

Variável Qualidade (pontos)

Imperceptível 0 Tostado - leve cheiro agradável 1 Tostado - cheiro distinto, levemente fumado 2 Tostado - cheiro forte, gangrenado, desagradáveis 4

Tabela 4. Levedura (cheiro queimado intenso)

Variável Qualidade (pontos)

Imperceptível 0 Pouco perceptível 1 Claramente perceptível 2 Muito perceptível, (queimado) 4

Tabela 5. Fungo (cheiro de mofo)

Variável Qualidade (pontos)

Imperceptível 0 Pouco perceptível 3 Claramente perceptível 5 Muito perceptível 7

Cor:

Verifique as condições meteorológicas durante a pré-secagem e se houve má fermentação ou presença de mofo.

Silagens de plantas mais úmidas com cor mais escura no caule pode levar a deduções equivocadas. Problemas de fermentação são mais comuns nessa condição.

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Tabela 6. Coloração marrom

Variável Qualidade (pontos)

Cor normal 0 Marrom quase normal 1 Claramente marrom 2 Fortemente marrom (queimado) 4

Tabela 7. Coloração amarelada

Variável Qualidade (pontos)

Cor normal 0 Amarelo quase normal 1 Claramente desbotada 2 Fortemente branqueadas 4

Tabela 8. Outras observações

Variável Qualidade (pontos)

Verde forte, forte fermentação ácido-butírica 7 Crescimento de bolor visível: não silagem 7

Textura: Teste para a decomposição microbiológica de partes de plantas e fungos Tabela 9. Partes da planta não atacadas

Variável Qualidade (pontos)

Somente partes da planta atacada 0 Folhas claramente atacadas 1 Folhas e caules atacados (decadente) 2 Folhas e caules fortemente atacados, (em decomposição) 4

Determinação de MS por meio de torcer a amostra (novelo) entre as mãos Tabela 10. Extravasamento do fluido ao torcer a amostra com as mãos

Variável MS, %

Extravasamento forte de suco após suave aperto com as mãos < 20 % Extravasamento forte de suco após vigoroso aperto com as mãos 25% Extravasamento de suco ao torcer entre os dedos das mãos 30% Extravasamento de suco ao torcer fortemente entre os dedos das mãos (mãos ainda molhadas)

35%

Depois de torcer, as mãos ainda brilham 40% Depois de torcer fortemente, mãos levemente úmidas 45% Mãos completamente secas > 45%

pH : Testes por falta de formação de ácido

É possivel classificar a determinação do pH pelo teor de matéria seca da forragem.

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Tabela 11. Determinação do pH de acordo com o teor de matéria seca da forragem

MS, %

até 20 21-30 31-45 >45 Qualidade (pontos)

pH

< 4,0 < 4,3 < 4,7 < 5,0 0 4,0 4,3 4,7 5,0 1 4,4 4,7 5,1 5,4 2 4,8 5,1 5,5 5,8 3 5,2 5,5 5,9 6,2 4

> 5,2 > 5,5 > 5,9 > 6,2 5

Avaliação da qualidade da fermentação Tabela 12. Qualidade das silagens a partir das avaliações sensoriais

Dedução do total de pontos da qualidade

Relação * para alimento verde em MJ/Kg

MS

Sem o valor de pH

Com o valor de pH

Nota Conceito ME1 NEL2

0-1 0-2 1 Muito bom 0,3 0,2 2-3 3-5 2 Bom 0,5 0,3 4-5 6-8 3 Regular 0,7 0,4 6-8 9-11 4 Ruim 0,9 0,5 > 8 > 11 5 Muito ruim > 0,9 > 0,5

1ME – energia metabolizável.; 2NEL – energia líquida de lactação. * Estes valores aplicam - ao secamento do solo. Quando as perdas por ventilação são menores de 0,2 a 0,3 MJ NEL/Kg MS. Qualidade adicional pela dedução da poluição Tabela 13. Sujidades encontradas nas amostras para avaliação

MJ/Kg MS

Variável ME1 NEL2

Ao torcer a amostra na palma das mãos, com ligeiros traços de sujeira 0,3 0,2 Pouca contaminação, mas claramente detectável (grãos de areia da terra, resíduos de adubo)

0,7 0,4

Forte poluição 1,0 0,6 1ME – energia metabolizável.; 2NEL – energia líquida de lactação

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Figura 1. Diferentes colorações de silagem pré-secada de capim, indicativo de ocorrências de

diferentes tipos de fermentação e comprometimento do valor alimentar da forragem.

FENO

Em vista do melhor processo de preservação do feno avalia-se o sucesso da conservação com base em alimentos de alta qualidade, para quantificar problemas decorrentes da preservação. Considera-se como adequado processo de conservação do feno quando este apresenta-se:

- verde claro para verde escuro - cheiro aromático, não abafado ou gangrenoso, sem cheiro estranho

Cor:

Testes de precipitação, calor e mofo

A B

C D

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Tabela 15. Teste visual da coloração do feno

Variável Qualidade (pontos)

Boa colocaração verde 0 Desbotado ou levemente dourado 2 Fortemente branqueadas ou bronzeado 5 Bolor visível 7

Odor:

Teste sobre mofo ou bolor Tabela 16. Teste de odor do feno

Variável Qualidade (pontos)

Odor perfeito, aromático de feno 0 Odor brando, fraco ou estranho gangrenoso 2 Odor intenso gangrenoso 5 Odor muito forte de mofo ou gangrena 7

Textura:

Testes em tratamento mecânico moderado Tabela 17. Teste das características da textura/estrutura do feno

Variável Qualidade (pontos)

Muitas folhas disponíveis 0 Folhas ainda bastante disponívies 3 Folhas parcialmente disponívies 6 Quase exclusivamente hastes (palha) 9

Avaliação da qualidade da secagem

Tabela 18. Avalição geral da qualidade da secagem do feno

Dedução total de pontos de qualidade

Amortização* Comparação com

forragens verdes em MJ/Kg MS

Pontos Nota Conceito ME1 NEL2

0-1 1 Ótima aparência 0,8 0,5 2-3 2 Boa aparência 1,0 0,6 4-5 3 Regular aparência 1,2 0,7 6-8 4 Ruim aparência 1,4 0,9 > 8 5 Muito ruim aparência > 1,4 > 0,9

1ME – energia metabolizável.; 2NEL – energia líquida de lactação. * Valores aplicaveis aos secamento do solo. Quando o ar ventilado, as perdas de 0,2 a 0,3 MJ NEL/Kg MS menor

Qualidade adicional pela avaliação da poluição (resíduos na amostra de feno) Coloque o feno sobre uma superfície clara. As partículas verdes são partículas de folhas

ou caules caídos. As partículas de coloração marrom são de contaminação pelo solo.

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Tabela 19. Sujidades encontradas nas amostras para avaliação do feno

Variável MJ/Kg MS

ME1 NEL2

Pouca sujeira ou pequenas pedras. Mais presença de partículas verdes que marrons

0,3 0,2

Regular presença de sujeira (grãos de areia de terra) ou de pequenas pedras

0,7 0,4

Alta poluição (superfície cheia de terra ou partículas grosseiras) 1,0 0,6 1ME – energia metabolizável.; 2NEL – energia líquida de lactação.

Figura 2. Diferentes colorações de feno, indicativo de ocorrências de diferentes tipos de

secagem e comprometimento do valor alimentar da forragem.

SILAGEM DE MILHO

Considerações sobre o melhor processo de consevação da silagem de milho: - Odor agradavelmente azedo (aromático, tipo pão), sem odores de álcool ou ácido

butírico, ácido acético e livre de odores estranhos. - Ausência de odores de mofo (bolor) e outros produtos da fermentação (leveduras).

C

A B

D

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- Apresenta dependendo da variedade, uma cor mais dourada a amarelo-verde-oliva (híbridos stay-green).

Odor:

Tabela 21. Tesde do odor em silagem de milho

Variável Qualidade (pontos)

Odor agradavelmente ácido, aromático, tipo pão 0 Odor ligeiramente alcoólico ou leve odor de ácido 1 Odor alcoólico ou tostado forte 3 Odor de mofo ou butírico 5 Odor asqueroso de mofo, podre 7

Textura:

Tabela 22. Teste das caracterísitcas de textura da silagem de milho

Variável Qualidade (pontos)

Inalterada (como a matéria prima) 0 Levemente atacadas (partes da planta quebradiças) 1 Fortemente atacadas 2 Podridão 4

Cor:

Tabela 23. Teste visual de coloração da silagem de milho

Variável Qualidade (pontos)

Semelhante a cor original 0 Mudou pouco 1 Mudou muito 2

Fungo:

Tabela 24. Teste de visualização de desenvolvimento fúngico

Variável Qualidade (pontos)

Crescimento de bolor visível: não silagem 7

Grau de maturação e umidade da planta de milho Tabela 25. Determinação do estágio de maturação e teor de MS da silagem

Classificação % MS Descrição

Inicio Pendão 17 Grãos não totalmente formados

Leitoso 20 Grão formados 22 Teor leitoso dos grãos

Inicio corte para ensilagem

25 Conteúdo granular, amarelado e viscoso 30 Massa de farinha

Final de corte para ensilagem

35 Grão de cereal à farinha, possivel aranhar com a unha 38 Grãos maduros, dificil aranhar com a unha

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Determinação do teor de energia

Tabela 26. Teor de energia conforme estágio de desenvolvimento da planta de milho

Conteúdo de energia no MJ/Kg MS1

Partes Médio Baixo Alto

Classificação % MS ME NEL ME NEL ME NEL

Inicio Pendão 17 9,4 5,6

Leitoso 20 9,5 5,7 9,7 5,8 9,8 5,9 22 10,0 6,0 10,3 6,2 10,7 6,4

Inicio corte para ensilagem

25 10,2 6,1 10,5 6,3 10,8 6,5 30 10,3 6,2 10,7 6,4 11,0 6,6

Final de corte para ensilagem

35 10,5 6,3 10,8 6,5 11,2 6,7 38 10,7 6,4 11,0 6,6 11,3 6,8

1ME – energia metabolizável.; NEL – energia líquida de lactação. Avaliação da qualidade da fermentação Tabela 27. Avaliação da qualidade do precesso de fermentação da silagem de milho

Dedução total de pontos de qualidade

Amortização Comparação com

resíduos verdes em MJ/Kg MS

Pontos Nota Conceito ME1 NEL2

0-1 1 Muito bom 0 0 2-3 2 Bom 0,2 0,1 4-5 3 Regular 0,5 0,3 6-8 4 Ruim 0,9 0,5 > 8 5 Muito ruim > 0,9 > 0,5

1ME – energia metabolizável.; 2NEL – energia líquida de lactação.

Qualidade adicional pela avaliação da poluição (resíduos na amostra de silagem de milho) Tabela 28. Sujidades encontradas nas amostras para avaliação de silagem de milho

Variável MJ/Kg MS

ME1 NEL2

Sujeira visívelmente detectável 0,5 0,3 1ME – energia metabolizável.; 2NEL – energia líquida de lactação.

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A B

C D

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Figura 3. Diferentes colorações de silagens de milho, indicativo de ocorrências de diferentes

tipos de fermentação e comprometimento do valor alimentar da forragem.

Região Externa

Normal

Região Interna

Bolor Fúngico I

O Perigo Mora Escondido...