universidade federal do pará - pibic · web viewuniversidade federal do parÁ prÓ-reitoria de...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁPRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
DIRETORIA DE PESQUISA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC : CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR, PARD, PIAD, PIBIT, PADRC E FAPESPA
RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO
Período : Agosto de 2014 a julho de 2015( ) PARCIAL( x ) FINAL
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título do Projeto de Pesquisa: ESTRESSE OXIDATIVO E DEFESAS ANTIOXIDANTES RELACIONADOS A EXPOSIÇÃO AO MERCÚRIO DECORRENTE DO CONSUMO DE PEIXES ORIUNDOS DE DIFERENTES ECOSSISTEMAS AMAZÔNICO
Nome do Orientador: MARIA DA CONCEIÇÃO NASCIMENTO PINHEIRO
Titulação do Orientador: DOUTORA EM NEUROCIÊNCIAS E BIOLOGIA CELULAR
Faculdade: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA)
Instituto/Núcleo: NÚCLEO DE MEDICINA TROPICAL/ UFPA
Laboratório: TOXICOLOGIA HUMANA E AMBIENTAL DO NÚCLEO DE MEDICINA TROPICAL
Título do Plano de Trabalho: INFLUÊNCIA DO PESCADO DA DIETA SOBRE OS NÍVEIS DE MALONDIALDEIDO (MDA) EM POPULAÇÕES RIBEIRINHAS EXPOSTA AO MERCÚRIO.
Nome do Bolsista: CAMILE IRENE MOTA DA SILVA
Tipo de Bolsa : ( x ) PIBIC/ CNPq ( ) PIBIC/CNPq – AF
( )PIBIC /CNPq- Cota do pesquisador ( ) PIBIC/UFPA
( ) PIBIC/UFPA – AF ( ) PIBIC/ INTERIOR ( )PIBIC/PARD
( ) PIBIC/PADRC ( ) PIBIC/FAPESPA ( ) PIBIC/ PIAD ( ) PIBIC/PIBIT
1
1 INTRODUÇÃO
As populações ribeirinhas estão incluídas entre os principais grupos
populacionais expostos ao mercúrio através da alimentação, por terem no
pescado a sua principal refeição diária ( PINHEIRO et al., 2008).
O MeHg, é a forma mais tóxica do Hg para humanos em exposição,
devido as suas características de bioacumulação nos tecidos animais, e
consequente biomagnificação na cadeia alimentar (CETEBS, 2012).
O mercúrio quando atingi o tecido animal, dependendo da concentração,
pode ocorrer desnaturação de proteínas, inativação de enzimas e alteração da
atividade celular tanto pela indução de genes específicos como pela
transmissão ou influência de sinas de controle da expressão gênica, podem
ainda modificar as membranas celulares com prejuízo de suas funções,
causando a destruição tecidual e morte celular (JESUS & CARAVALHO, 2008).
A quantidade de MeHg nos tecidos é relevante em virtude de sua cinética,
cujo absorção se aproxima a 95% no trato gastrointestinal, distribuindo-se nos
líquidos corporais e atravessando facilmente as barreiras placentária e
hematoencefálica. (CETEBS, 2012).
Todos esses eventos associam a exposição ao, mercúrio ao estresse
oxidativo devido a sua alta reatividade com os grupos sulfídricos (-SH) de
componentes biológicos endógenos, tais como glutationa reduzida (GSH),
cisteína (Cys), metalotioneínas (MT), albuminas e outros, resultando em uma
diminuição dos teores antioxidantes, um aumento de oxidantes/ pró-oxidantes
ou uma combinação de ambas as condições (PINHEIRO et al., 2005;
VALENTINI, 2012).
Nos eventos oxidativos, a membrana plasmática é a estrutura celular que,
se atingida, desencadeia danos significativos, entre eles a peroxidação lipídica.
Este processo acarreta alterações na sua estrutura alterando a sua
semipermeabilidade, interferindo desta maneira nas trocas iônicas, biossíntese,
ação secretora com as organelas, tais como os lisossomos e peroxisssomos,
em que as hidrolases e catalases respectivamente são liberadas
desordenadamente no meio intracelular alterando seu estado funcional. Como
produto da peroxidação lipídica, pode-se mencionar o Malondialdeido - MDA,
produto das espécies reativas ao ácido tio barbitúrico. O MDA é um dialdeído
2
formado como um produto secundário durante a oxidação de ácidos graxos
poli-insaturados tais como ácido linoléico, araquidônico e docosahexaenóico. E
ele é utilizado como biomarcador de lesão oxidativa na membrana plasmática
(LIMA & ABDALLA, 2001; FRANÇA et al., 2013; MENDONÇA et al., 2014).
Admite-se que a peroxidação lipídica é de ordem fisiológica e patológica,
e dependendo das propriedades do oxidante este evento pode trazer danos
moleculares no processo metabólico e degenerativo dos organismos exposto.
Desta forma, a proposta deste estudo é responder se o mercúrio favorece ou
não a peroxidação lipídica celular de ordem não fisiológica em populações
expostas através do consumo de peixes contaminados por Hg.
3
2 JUSTIFICATIVA
Na Amazônia, as populações que residem às margens de rios são as
mais expostas à contaminação, devido às regiões estarem ligada a pratica de
garimpagem do ouro, fonte pontual de contaminação ambiental por mercúrio.
Estudos demostraram que os níveis de mercúrio em amostras de cabelo
desses habitantes estão acima do limite estabelecido pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), 10 mg/g o que constitui um importante marcador de
exposição via a ingestão de peixes (MARCO, 2007; BASTOS et al., 2010).
Na exposição ao mercúrio, nos últimos anos tem se atribuído ao estresse
oxidativo o desenvolvimento de doenças neurológicas, teratogênicas,
mutagênicas e carcinogênicas (BARBOSA, 2010; VALENTINI, 2012).
Para avaliar e controlar os efeitos do estresse oxidativo e seus efeitos
adversos é importante identificar os marcadores para tal avaliação. Os
marcadores em questão se baseiam nos produtos da oxidação de lipídios,
proteínas e DNA, ou ainda na aferição da capacidade antioxidante (BARBOSA
et al., 2008).
O processo de peroxidação lipídica pode causar modificações em alguns
aminoácidos como triptofano, cisteína, histidina e tirosina, responsáveis pela
formação de algumas proteínas, gerando doenças mutagênicas, porém o
resíduo de triptofano quando é atacado por espécies radicais perde o
grupamento aromático e consequentemente não participa mais no processo
bioquímico normal (ROVER JR et al., 2001).
Durante a peroxidação lipídica, são formados alguns produtos
secundários, dentre eles o malondialdeído, que é utilizado como biomarcador
de lesão oxidativa à membrana plasmática (LIMA & ABDALLA, 2001;
ANTUNES et al., 2008).
Considerando todos os eventos prejudiciais a saúde devido ao estresse
oxidativo ocasionado pela exposição ao mercúrio, há a necessidade de mais
estudos que avaliem os efeitos do mercúrio de indução a peroxidação lipídica
em humanos. Adicionalmente a maioria dos estudos foram realizados em
modelos animais. Os estudos em humanos registrados foram por exposição
laboral. Na exposição através do pescado, poucos são os trabalhos realizados.
O que justifica a necessidade de mais pesquisas nesta área, com intuito de
4
investigar os riscos atribuídos a exposição ao mercúrio no que se refere aos
danos oxidativos na membrana celular do organismo exposto através da
alimentação.
5
3 OBJETIVOS
3.1 GERAL
Avaliar a Influência do pescado da dieta sobre os níveis de
malondialdeido (MDA), na população ribeirinha exposta ao mercúrio.
3.2 ESPECÍFICOS
- Dosar os níveis de Hg-T em amostras de cabelo de uma comunidade
expostas ao Hg através do peixe, na região do Tapajós.
- Determinar os níveis de MDA no plasma das comunidades de estudo.
- Verificar a associação dos níveis Hg-T nas amostras de cabelo e níveis
de MDA nas populações a serem estudas.
6
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 TIPO DE PESQUISA
Estudo do tipo transversal a ser desenvolvido no período de agosto de
2014 a julho de 2015, nas comunidades de Barreiras e São Luiz do Tapajós no
Município de Itaituba no estado do Pará.
4.2 POPULAÇÃO DE ESTUDO
Homens e mulheres adultos entre 13 e 55 anos de idade das
comunidades ribeirinhas de Barreiras e São Luís do Tapajós que apresentem
residência fixa por no mínimo um ano na comunidade e que dependam do
pescado como fonte de proteína.
4.3 CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES E SUAS RESPECTIVAS
POPULAÇÕES DE ESTUDO
Ambas as comunidades estão localizadas no município de Itaituba no estado
do Pará. Possui várias comunidades distribuídas às margens do rio Tapajós,
habitadas por famílias que vivem particularmente da agricultura da mandioca e
da pesca de subsistência. O acesso a estas comunidades faz principalmente
por via fluvial.
4.3.1 Comunidade de São Luiz do TapajósA comunidade de São Luiz do Tapajós está localizada a margem direita
do rio Tapajós, cerca de 40 km a montante da cidade de Itaituba A população
residente é de 600 habitantes incluindo adultos e crianças, distribuídas em
aproximadamente 150 edificações, construídas ao longo de três ruas e quatro
travessas. A atividade do povoado resume-se praticamente a agricultura de
subsistência. A base de proteína da alimentação é o pescado da região
(PINHEIRO et al., 2005).
7
4.3.2 Comunidade de Barreiras A comunidade de Barreiras é uma das comunidades ribeirinhas do
Município de Itaituba. Está localizada a margem esquerda do rio Tapajós, no
limite com o município de Aveiro, fica a jusante da sede do Município. A
população residente é de 746 habitantes, distribuídas em aproximadamente
250 edificações, construídas ao longo de três ruas e quatro travessas. A
produção agrícola do povoado resume-se praticamente a mandioca. A base de
proteína da alimentação é o pescado da região e a caça. Parte da população
se dedica a pesca (PINHEIRO et al., 2000).
4.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO
Este estudo é voltado para população que tem dieta predominantemente
em pescado residente na região do Tapajós do estado do Pará, obedecendo a
critérios de inclusão e de exclusão. Serão incluídos todos os residentes
permanentes na comunidade (com mais de 1 ano), maiores de 13 anos,
independente de sexo, que deverão dar seu consentimento após
esclarecimentos necessários sobre a pesquisa. Menores de 18 anos só
participarão se tiverem autorização dos pais ou responsáveis.
4.5 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Serão excluídas pessoas impossibilitadas em fornecer as informações
necessárias para o estudo; pessoas em trânsito pelas comunidades,
portadores de doenças infecciosas, doenças crônico-degenerativas incluindo
diabetes e hipertensão arterial, com história recente de exposição a vapor de
mercúrio, alcoólatras, viciados em drogas ilícitas e sob estresse físico e mental
recente.
4.6 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO
4.6.1Obtenções de informações demográficas e clinico epidemiológicas.
Dados sócio demográfico e clínico-epidemiológicas serão obtidos dos
prontuários do Programa Saúde da Família e registrados em banco de dados
do Programa Biostat, 5.0 (AYRES, 2011). As variáveis a serem consideradas
incluem: idade, sexo, tempo de residência na comunidade, ocupação, doenças
8
infecciosas e crônicas degenerativas, consumo de drogas ilícitas, uso de
medicamentos, álcool, fumo, exposição a tóxicos ambientais e ocupacionais.
4.6.2 Obtenções de informações nutricionais e dietéticas.O consumo de peixe na dieta será avaliado de acordo com o modelo de
frequência de ingestão (refeições) semanal de pescado, descrito por Brune et
al., 1991;
Categoria I, nenhum consumo de peixe
Categoria II, <2 refeições de peixe/semana
Categoria III,>2-4 refeições de peixe/semana
Categoria IV, >4 refeições de peixe/semana
Categoria V, consumo desconhecido
4.6.3 Obtenção e coleta das amostras para analise de HgTotalAmostras contendo 2,0 a 4,0 mg (cerca de 60 fios) de cabelo serão
obtidas com tesoura de aço inoxidável, próximo a inserção no couro cabeludo,
acondicionadas em envelope de papel e encaminhadas para analise ao
Laboratório de Toxicologia humana e Ambiental do Núcleo de Medicina
Tropical da UFPA, em Belém – Pará. No laboratório, após serem lavadas em
água destilada e acetona, serão colocadas para secar em capela de exaustão
e, em seguida picotadas. Esses micro fragmentos serão submetidos a análise
de Hgtotal através da espectrofotometria de absorção atômica com
amalgamação em lâmina de ouro, utilizando um medidor de mercúrio
automático o Mercury Analyzer (MA), modelo SP-3D da Nippon Corporation-
Japão e técnica de análise de acordo com o fabricante.
4.6.4 Determinações dos níveis de MDAA quantificação do MDA foi realizada através da estimativa das
substancias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). O método a ser
empregado consiste na precipitação das lipoproteínas das amostras pela
adição do ácido tricloroacético (ATC) a 0,05M e 0,67% de ácido tiobarbitúrico
(ATB) em 2M de sulfato de sódio que serão adicionados ao precipitado. A
junção do peróxido lipídico com ATB será realizada pelo aquecimento em
9
banho-maria por 60 minutos. Os cromógenos formados serão extraídos em n-
butanoll, os quais serão lidos a 535nm. A peroxidação lipídica será expressa
em nmols de MDA (PERCÁRIO et al. 1994).
4.6.5 Apresentação de dados e tratamento dos dados e análise dos resultados
Os dados são apresentados em gráficos e tabelas. As variáveis
quantitativas são avaliadas por meio de estatística descritiva, usando média,
mediana, desvio padrão. Foram utilizados o Teste de Mann-Whitney, Teste t de
student, Teste z e o Teste Correlação Pearson pelo programa estatístico
Biostat 5.0. Adotando o p < 0,05. (AYRES, 2011)
4.6.6 Aspectos éticos
O protocolo deste estudo seguiu as normas estabelecidas pela Resolução
196/96 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2000), e foi encaminhado
para apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa do Núcleo de Medicina
Tropical. São mínimos os riscos físicos s decorrentes da coleta de material
biológico, pois todos os procedimentos a serem utilizados nesta pesquisa serão
os mesmos utilizados na rotina do atendimento clínico. A utilização dos dados
será exclusivamente para esta pesquisa, e o comprometimento com o sigilo
das informações obtidas. Considera-se como benefícios resultantes deste
estudo a possibilidade de identificação de indicador bioquímico oxidativo para o
diagnóstico precoce de danos causados pelo mercúrio.
10
5 RESULTADOS
Na tabela 1 são demostradas as concentrações de mercúrio em dois
grupos: <10 e > 10 µg/g. No grupo < 10 µg/g, as médias, as medianas e
desvios padrão de Hgtotal nas comunidades de Barreiras e São Luiz do
Tapajós, foi de 3,80, 3,36 ± 2,43 µg/g e 5,50, 6,08 ± 2,58 µg/g de Hg total
respectivamente, neste grupo foi observada diferença estatística significativa
entre as comunidades (p <0,05).
No grupo > 10 µg/g de Hgtotal as concentração média foram de 15,50,
14,61 ± 5,62 µg/g e 21,35, 18,85 ± 10,66 µg/g, em Barreiras e São Luiz do
Tapajós, respectivamente, diferindo estatisticamente os níveis de Hgtotal entre
as comunidades (p < 0,05).
Na população geral de Barreiras e São Luiz do Tapajós, os testes
estatísticos demonstraram diferença altamente significativa, p<0,0001 entre as
concentrações média de Hgtotal, 7,20 µg/g, e 14,87 µg/g respectivamente.
TABELA 1 – Concentração de Hgtotal em residentes de duas comunidades ribeirinhas da região do Tapajós expostas através da alimentação rica em pescado, em 2014.
NÍVEIS Hg
BARREIRAS SÃO LUIZ DO TAPAJOS p valorn % X̄
Hgtotal
Md DP n % X̄ Hgtota
l
Md DP
Hg total <
10
39
70,9
3,80 3,36 2,43
18
40,9
5,50 6,08 2,58 p<0,05*
Hg total >
10
16
29,1
15,50 14,61
5,62
26
59,1
21,35 18,85
10,66
p<0,05*
TOTAL
55
100 7,20 4,76 6,46
44
100 14,87 11,70
11,44
p<0,0001***
<10 µg/g Hg: Teste de Mann-Whitney: Hgtotal p < 0,05 >10 µg/g Hg µg/g, Teste t de student: amostras independentes: População geral Barreiras e São Luiz do Tapajós : Teste z: amostras independentes: Total p<0,0001Fonte: Autor (2015).
11
Na tabela 2 é demostrada a relação das frequências de ingestão de
peixes e o número de refeições semanais com o Hgtotal dosado nos residentes
das comunidades de Barreiras e São Luiz do Tapajós em 2014. Somente no
grupo de >4 refeição foi observada diferença estatística significativa entre os
níveis de mercúrio das comunidades (p< 0,05).
Tabela 2– Relação das frequências de ingestão de peixes e níveis de Hgtotal das comunidades de Barreiras e São Luiz do Tapajós, no município de Itaituba em 2014
Categorias Barreiras (%) X̄ HgT São Luiz do T.(%)
X̄ HgT p valor
<2 refeições 4 (15,80%) 3,59 4 (20%) 12,33 p>0,05>2 - 4 refeições 0(0%) 0 0 (0%) 0
>4 refeições 15(85,20%) 8,36 16 (80%) 17,58 p<0,05*Teste t de student amostras independentes: <2 refeições p>0,05 e >4 refeições <0,05
Na figura abaixo está representado a mediana dos níveis de MDA das
comunidades de Barreiras e de São Luiz do Tapajós. A mediana dos níveis de
MDA de populações ribeirinhas da região do Tapajós em Barreiras e São Luiz
do Tapajós foram de 8,02 ± 0,24 nmol; 0,44 ± 0,19 nmol respectivamente.
12
0
1
2
3
4
5
6
7
8
98.02
0.44
.
Nív
eis
de M
DA
(nm
ol)
A figura 2 representa as amostras de Barreiras, no qual foi observada uma correlação positiva moderada entre os níveis de MDA e de Hgtotal.
Figura 1 - Dosagem de MDA (nmol) em ribeirinhos das comunidades de Barreiras e São Luíz do Tapajós, em 2014. p < 0,001 (Teste de Mann-Whitney).
13
Figura 2 – Correlação dos níveis de MDA e Hgtotal referente as 39 amostras da população de Barreira no município de Itaituba, em 2014. Correlação positiva moderada entre os níveis com resultados de r = 0,4, p < 0,05 (correlação de Pearson).
Na Figura 3, as amostras de São Luiz do Tapajós apresentaram
correlação positiva fraca entre os níveis de MDA e de Hgtotal.
14
Figura 3 – Correlação dos níveis de MDA e Hgtotal referente as 21 amostras da população de
São Luiz do Tapajós no município de Itaituba, em 2014. Correlação positiva fraca entre os
níveis com resultados de r = 0,05, p > 0,05. (correlação de Pearson).
6 DISCUSSÃO
Na região amazônica a vários estudos demostram que consumo de
peixes é uma das principais fontes de contaminação por mercúrio, sendo
considerado um risco a saúde de organismos humanos (PINHEIRO et al.,
2000; ALMEIDA, 2007;).
Na comunidade São Luiz do Tapajós no ano de 2014, cerca de 59,09%,
apresentou níveis de Hgtotal maiores de 10 µg/g, com média 21,35 µg/g,
enquanto que o restante dos indivíduos, 40,91%, expressaram níveis abaixo de
10 µg/g, obtendo 5,46 µg/g de média. Na comunidade de Barreiras a maioria
da população apresentou níveis de Hgtotal menores que 10 µg/g,
aproximadamente 70,9%, com média de 3,80 µg/g e apenas 29,1% ultrapassou
o limite de tolerância estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
15
com média 15,50 µg/g. A concentração média de Hgtotal encontrada na
população geral foi de 14,87 em São Luiz do Tapajós e 7,20 em Barreiras.
Em estudos conduzidos por Pinheiro et al. (2005), SÁ (2006) e SCHULZ
2099 em São Luiz do Tapajós e Barreiras observaram valores médios de
mercúrio semelhantes a este estudo, 14,48 µg/g e 13,1 µg/g, respectivamente,
demonstrando que as atividade pesqueira e garimpeira, ainda fazem parte da
rota de exposição ao mercúrio nestas comunidades (Almeida, 2007; LIMA
2010).
Os níveis de Hgtotal encontrados neste estudo são relativamente mais
altos do que os obtidos no estudo de Milhomem (2012), 5,477 µg/g,
observados em famílias de pescadores em Imperatriz no estado do Maranhão,
este achado fortalece a hipótese que a localização é um dos determinantes na
exposição ao mercúrio pela alimentação, uma vez que em Imperatriz, região de
estudo de Milhomem (2012) não apresenta fontes de contaminação
antropogênica de Hg.
No que se refere a influencia da dieta na exposição ao mercúrio foi
observada diferença significativa entre os valores de Hg nas categorias <2 e >
4 entre as comunidades, com concentrações maiores observadas em São luiz
do Tapajós 12,53 e 17,58 µg/g respectivamente. Esses resultados são
semelhantes aos obtidos nas pesquisas de Pinheiro et al. (2001 e 2005),
(FARRIPAS, 2010) e Ferreira et al. (2012), no qual atribui ao consumo de
pescado de regiões contaminadas uma importante via de exposição ao Hg,
uma vez que São Luiz do Tapajós está localizado ajusante do Rio Tapajós, fato
que amplia o espectro de exposição para este grupo populacional.
16
Além disso, estudos têm sugerido que sedimentos e solos amazônicos
apresentam naturalmente mercúrio nos solos o que contribui para
contaminação das comunidades aquática (HACON et al., 1995). Assim é de
grande valia o monitoramento continuado dos ambientes aquáticos expostos e
não expostos na Amazônia (ARRIFANO et al., 2011).
Os peixes absorvem Hg facilmente e o acumulam em seus tecidos,
principalmente metilHg, devido a lenta metabolização e tempo de meia vida
alto, a concentração de metilHg nos peixes é relativamente alta. Em testes
realizados em ratos, foi comprovado que esse composto gerou aumento na
produção de espécies reativas de oxigênio induzindo ao estresse oxidativo e
produzindo distúrbios neurológicos e outras patologias incluindo aterosclerose,
diabetes, obesidade, doenças degenerativas e câncer, em caso de exposição
grave pode ocorrer paralisia e morte (BISINOTI & JARDIM, 2004; PINHEIRO et
al., 2006).
O malondialdeído é um produto secundário da peroxidação lipídica,
derivado da β-ruptura de endociclização de ácidos graxos polinsaturados com
mais de duas duplas ligações, tais como ácido linoléico, araquidônico e
docosaexanóico. Atualmente, o MDA é considerado um candidato potencial
para ser escolhido como um biomarcador geral de dano oxidativo em plasma.
A peroxidação lipídica representada pelos níveis de MDA encontrados
nesse estudo mostram que a população de São Luiz do Tapajós, obteve a
média de 0,51 nmols e a de Barreiras de 8,08 nmols.
Os valores encontrados por Sim et al (2003), são bem mais altos do que
os determinados por Pilz, Meineke e Gleiter (2000) e do que os níveis obtidos
17
no presente trabalho, eles encontraram valores médios de 2,16 ± 0,29,
enquanto Sim et al. (2003) obtiveram valores de referência em indivíduos
saudáveis na ordem de 13,8 ± 1,32.
Os níveis de MDA da comunidade de Barreiras foram altamente
significantes (p < 0,0001) do que os apresentados pela a comunidade de São
Luiz do Tapajós. Apesar dos níveis de Hgtotal serem maiores em São Luiz do
Tapajós mostrando diferença significante (p < 0,0001) para Barreiras.
Entretanto sabe-se que pessoas com exposição ao mercúrio tendem a ter as
concentrações mais elevadas de MDA, de acordo com o relatado por KOBAL
(2004). No entanto são poucos os estudos na literatura que realizam a
comparação entre os níveis de MDA com os níveis de Hgtotal.
Dessa forma, supõe-se que os habitantes de São Luiz do Tapajós
estejam consumindo alimentos com fatores antioxidantes que estão
minimizando os efeitos do mercúrio sobre a peroxidação lipídica, sobretudo, a
frequência na exposição ao calor e ou à luz solar que são variáveis que não
puderam ser controladas e que poderiam explicar os níveis de MDA diferentes
entre as comunidades como os achados semelhantes nos estudos de
Vannucchi et al. (1998) e Goto et al. (2007) cujo o aumento do metabolismo na
exposição ao calor e a ingestão de antioxidantes, exercer efeito agindo
diretamente na neutralização dos radicais livres.
Segundo Halliwell e Gutteridge (1999), antioxidante pode ser definido
como qualquer substância que, quando presente em baixas concentrações
comparadas àquela do substrato oxidável, retarda ou previne,
significativamente, a oxidação daquele substrato. Em condições normais, os
18
antioxidantes convertem ERO em água para prevenir a superprodução destes
compostos.
Antioxidantes não enzimáticos são conhecidos como antioxidantes
sintéticos ou suplementos da dieta. Fazem parte do sistema não enzimático,
um grande número de compostos de baixo peso molecular, incluindo o ácido
ascórbico, o tocoferol, diferentes compostos de selênio, ubiquinonas (coenzima
Q), ácido úrico, ácido α -lipoico, zinco, taurinas, hipotaurinas, glutationas,
betacaroteno e caroteno (Maia, 2006). .
Os antioxidantes não enzimáticos como acido ascóbico, tocoferol e
selênio são encontrados em carnes, ovos e frango, esses alimentos também
fazem parte da dieta alimentar das comunidades do Tapajós, mas em
quantidade menor em comparação ao peixe.
A literatura tem demonstrado uma ampla variabilidade de valores de
referência para níveis de MDA. Essas variações nos índices basais de MDA
podem ser justificadas pelas diferenças étnicas e culturais das populações
estudadas, incluindo hábitos alimentares dos indivíduos.
19
7 CONCLUSÃO
A comunidade de São Luiz do Tapajós apresenta níveis de exposição ao
mercúrio mais elevados que a de Barreiras, se considerarmos os limite
estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 10 mg/g de
Hg em amostras de cabelo, no qual confirma que a localidade continua exposta
a contaminação através da ingestão de pescado. Enquanto os níveis de MDA
foram maiores em Barreira sugerindo que aos habitantes de São Luiz do
Tapajós estejam consumindo alimentos com fatores antioxidantes que estão
minimizando os efeitos do mercúrio sobre a peroxidação lipídica.
20
Dessa maneira, é fundamental que haja um monitoramento da população
ribeirinha que esta em alto risco de contaminação. Em consequência que o
mercúrio no organismo humano acarreta sérios riscos a saúde como danos
celulares.
Novos estudos são necessários para avaliação dos níveis de MDA como
um biomarcador geral de dano oxidativo em plasma humano para obter um
maior consenso quanto aos níveis basais do MDA em indivíduos adultos.
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, S.S. Marcadores imunosorologicos na exposição mercurial na Região Amazônica. 81fls. Dissertação (Mestrado). Núcleo de Medicina
Tropical. Universidade Federal do Pará, UFPA. 2007
ARRIFANO, G.P.F. Metilmercúrio e mercúrio inorgânico em peixes comercializados nos mercado municipal de Itaituba (Tapajós) e mercado do ver-o-peso (Belém). 67 fls. Dissertação (Mestrado).
Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular.
Universidade Federal do Pará, UFPA. 2011
21
AZEVEDO, F.A; NASCIMENTO, E.S; CHASIN, A. Aspectos Atualizados dos
Riscos Toxicológicos do Mercúrio. TECBAHIA R. Baiana Tecnol., v. 16, n. 3,
p.87-104, 2001.
BISINOTI, M.C.; JARDIM, W.F. O comportamento do metilmercúrio (metilhg) no
ambiente. Química Nova, v. 27, n. 4, p. 593-600, 2004.
CETESB. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Informações
toxicológicas. Disponível em
<http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/laboratorios/fit/mercurio.pdf>. Acesso em
10 de janeiro de 2015.
COSTA, L.C.A. O mercúrio e suas consequências para a saúde. Pontifícia
Universidade Católica de Goiás, PUCGOIÁS, 2010.
FARIAS, L.A. Avaliação do conteúdo de mercúrio, metilmercúrio e outros elementos de interesse em peixes e em amostras de cabelo e dietas pré- escolares da Região Amazônica. Tese (Doutorado). Instituto de Pesquisas
Energéticas e Nucleares. Universidade de São Paulo. 2006.
FARIAS, L. A.; DOS SANTOS, D.I.T.; FAVARO, N. R.; BRAGA, E. S. Mercúrio
total em cabelo de crianças de uma população costeira, Cananéia, São Paulo,
Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 10, p. 2249-2256, 2008.
FARRIPAS, S.S.M. Aspectos epidemiológicos da exposição ao mercúrio na região do Tapajós. 62 fls. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-
Graduação em Doenças Tropicais. Núcleo de Medicina Tropical. Universidade
Federal do Pará, UFPA. 2010.
FERREIRA, M. S.; MÁRSICO, E. T.; SÃO CLEMENTE, S. C.; MEDEIROS, R.
J. Mercurio total em pescado marinho do Brasil – Rio de Janeiro, Brasil.
Revista Bras.Cienc. Vet., v. 19, n. 1, p. 50-58, 2012.
22
FERREIRA, A.L.A., MATSUBARA, L.S. Radicais livres: conceitos, doenças
relacionadas, sistema de defesa e estresse oxidativo. Associação Medica Brasileira, v. 43, n.1, p. 61-68, 1997.
FRANÇA, B.K.; ALVESB, M.R.M.; SOUTO, F.M.S.; TIZIANE, L.;
BOAVENTURA, R.F.; GUIMARÃES, A.; JR, A.A. Peroxidação lipídica e
obesidade: Métodos para aferição do estresse oxidativo em obesos. Jornal Português de Gastrenterologia, v. 20, n. 5, p.199-206, 2013.
Goto, S, Naito, H. Kaneko, T. Chung, H.Y., Radák, Z. Hormetic effects of
regular exercise in aging: correlation with oxidative stress. Appl Physiol Nutr Metabol, v. 32, n. 5, p.948-53, 2007.
HACON, S.S. Avaliação do risco potencial para a saúde humana da exposição
ao mercúrio na área urbana de Alta Floresta, MT – Bacia Amazônica, Brasil.
Tese (Doutorado). Universidade Federal Fluminense. 1995.
Halliwell, B.; Gutteridge J.M.C. Free radicals in biology and medicine. New York: Oxford, 3.ed. 1999.
JESUS, T.B.; CARVALHO, C.E.V. Utilização de Biomarcadores em peixes
como ferramenta para avaliação da contaminação ambiental por mercúrio (Hg).
Oecol. Bras., v. 12, n. 4, p. 680-693, 2008.
KOBAL, A.B.; HORVAT, M.; PREZELJ, M.; SESEK, A.; KRSNIK, M.;
DIZDAREVIC, T.; MAZEJ D.; FALNOGA, I.; STIBILJ, V.; ARNERIC, N.;
KOBAL, D.; OSREDKAR, J. The impact of long-term past exposure to
elemental mercury on antioxidative capacity and lipid peroxidation in mercury
miners. Trace Elem Med Biol., v. 17, n. 4, p. 261-266, 2004.
LIMA, E.R.Z; COLON, J.C; SOUZA, M.T. Alterações auditivas em
trabalhadores expostos a mercúrio. Revista CEFAC, v.11, n.1, 2009.
LIMA, M.N.A. Representações sociais da pesquisa do mercúrio em uma comunidade ribeirinha do Tapajós. 101 fls. Dissertação (Mestrado). Núcleo
de Medicina Tropical. Universidade Federal do Pará, UFPA. 2010.
23
LIMA, E.S.; ABDALLA, D.S.P. Peroxidação lipídica: mecanismos e avaliação
em amostras biológicas. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v.
37, No. 3, set. /dez., 2001.
Maia, M.S. Viabilidade espermática e geração de metabólitos Reativos do Oxigênio (ROS) no semen ovino criopreservado em diluidor aditivado de Lauril Sulfato de Sódio (OEP), Trolox-C e Catalase. Tese (doutorado).
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. Universidade Estadual
Paulista. 2006.
MENDONÇA, P.S.; CARIOCA, A.A.F.; MAIA, F.M.M. Interações entre Estresse
Oxidativo, Terapia Utilizada e Estadiamento em Pacientes com Câncer
Colorretal. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 60, n. 2, p. 129-134, 2014.
MILHOMEM-FILHO, E.O. Avaliação da exposição ao mercurio em famílias de pescadores de IMPERATRIZ, MARANHÃO. 77 fls. Dissertação
(mestrado). Núcleo de Medicina Tropical. Universidade Federal do Pará, UFPA.
2012.
PERCÁRIO, S.; VITAL, A.C.C.; JABLONKA, F. Dosagem do Malondialdeido.
NEWSLAB v. 2, n.6, p.46-50, 1994.
PILZ, J.; MEINEKE, I.; GLEITER, C. Measurement of free and bound
malondialdehyde in plasma by highperformance liquid chromatography as the
2,4-dinitrophenylhydrazine derivative. J. Chromatogr. B: Anal. Technol. Biomed. Life Sci., v.742, p.315-325, 2000.
PINHEIRO, M.C.N.; NAKANISHI, J.; OIKAWA, T.; GUIMARAES, G.;
QUARESMA, M.; CARDOSO, B.; AMORAS, W.W.; MADARA, M.; MAGNO, C.;
VIEIRA, J.L.F.; XAVIER, M.B.; BACELAR, D.R. Exposição humana ao
metilmercúrio em comunidades ribeirinhas da Região do Tapajós, Pará, Brasil.
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 33, n. 3, p. 265-
269, 2000.
24
PINHEIRO, M.C.N. Exposição humana mercurial e defesas antioxidantes em mulheres ribeirinhas da Amazônia. 150 fls. Tese (Doutorado). Núcleo de
Medicina Tropical. Universidade Federal do Pará, UFPA. 2005.
SÁ, A.L.; HERCULANO, A.M.; PINHEIRO, M.C.; SILVEIRA,
L.C.L.;NASCIMENTO, J.L.M.; CRESPO-LÓPEZ M.E. Exposição humana ao
mercúrio na região oeste do Estado do Pará. Revista Paraense de Medicina, v.20, n.1, 2006.
SCHULZ, A.R. Variações inter-individuais em biomarcadores de exposição ao mercúrio em uma população ribeirinha do rio Tapajós, Pará. 67fls.
Dissertação (Mestrado). Faculdade de ciências farmacêuticas de Ribeirão
Preto. Universidade de São Paulo. 2009.
SILVA, D. S.; LUCOTTE, M.; ROULET, M.; POIRIER, H.; MERGLER, D.;
CROSSA, M. Mercúrio nos Peixes do Rio Tapajós, Amazônia Brasileira.
Revista de Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente , v.1,
n.1, Art 6, ago., 2006.
SIM, A.S.; SALONIKAS, C.; NAIDOO, D.; WILCKEN, D.E.L. Improved method
for plasma malondialdehyde measurement by high-performance liquid
chromatography using methyl malondialdehyde as an internal standard. J. Chromatogr. B: Anal. Technol. Biomed. Life Sci., v.785, p.337-344, 2003.
SOUZA, J.R. BARBOSA, A.C. Contaminação por mercúrio e o caso da
Amazônia. Revista Química nova na escola. n. 2, 2000.
VALENTINI, J. Efeito da sazonalidade em exposição ao mercúrio e nos marcadores de estresse oxidativo e de inflamação em populações ribeirinhas da Amazônia. 140 fls. Tese (Doutorado). Faculdade de Ciências
Farmacêuticas de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo. 2012.
25
VANNUCCHI, H.; MOREIRA, E.A.M.; CUNHA D.F.; JUNQUEIRA-FRANCO,
M.V. M.;BERNARDES, M.M.; JORDÃO-JR, A.A. Papel dos nutrientes na
peroxidação lipídica e no sistema de defesa antioxidante. Medicina, Ribeirão Preto, v. 31, p. 31-44, 1998.
DIFICULDADES - Relacionar os principais fatores negativos que interferiram na execução do projeto.
Dentre as dificuldades que interferiram no cronograma deste trabalho foi o
atraso na aquisição dos reagentes necessários para a medição do
malondialdeído (MDA),
PARECER DO ORIENTADOR: Manifestação do orientador sobre o desenvolvimento das atividades do aluno e justificativa do pedido de renovação, se for o caso.
A bolsista cumpriu com dedicação e responsabilidade as atividades incluídas
no seu plano de trabalho para o período proposto. Os resultados apresentados
neste relatório são preliminares e devem ser fortalecidos com a continuidade
do estudo, quando terá oportunidade de aumentar o tamanho amostral realizar
novas análises e assim obter mais habilidades na elaboração e
desenvolvimento do Plano de trabalho de pesquisa.
DATA : ____10__/___08______/__2015______
MARIA DA CONCEIÇÃO NASCIMENTO PINHEIRO
26
ASSINATURA DO ORIENTADOR
CAMILE IRENE MOTA DA SILVAASSINATURA DO ALUNO
INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Em caso de aluno concluinte, informar o destino do mesmo após a graduação. Informar também em caso de alunos que seguem para pós-graduação, o nome do curso e da instituição.
27
FICHA DE AVALIAÇÃO DE RELATÓRIO DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
O AVALIADOR DEVE COMENTAR, DE FORMA RESUMIDA, OS SEGUINTES ASPECTOS DO RELATÓRIO :
1. O projeto vem se desenvolvendo segundo a proposta aprovada? Se ocorreram mudanças significativas, elas foram justificadas?
2. A metodologia está de acordo com o Plano de Trabalho ?
3. Os resultados obtidos até o presente são relevantes e estão de acordo com os objetivos propostos?
4. O plano de atividades originou publicações com a participação do bolsista? Comentar sobre a qualidade e a quantidade da publicação. Caso não tenha sido gerada nenhuma, os resultados obtidos são recomendados para publicação? Em que tipo de veículo?
5. Comente outros aspectos que considera relevantes no relatório
6. Parecer Final: Aprovado ( ) Aprovado com restrições ( ) (especificar se são mandatórias ou
recomendações)Reprovado ( )
7. Qualidade do relatório apresentado: (nota 0 a 5) _____________Atribuir conceito ao relatório do bolsista considerando a proposta de plano, o desenvolvimento das atividades, os resultados obtidos e a apresentação do relatório.
Data : _____/____/_____.
________________________________________________Assinatura do(a) Avaliador(a)
28
29