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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DIRETORIA DE PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC : CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR, PARD, PIAD, PIBIT, PADRC E FAPESPA RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO Período : Agosto de 2014 a julho de 2015 ( ) PARCIAL ( x ) FINAL IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO Título do Projeto de Pesquisa: ESTRESSE OXIDATIVO E DEFESAS ANTIOXIDANTES RELACIONADOS A EXPOSIÇÃO AO MERCÚRIO DECORRENTE DO CONSUMO DE PEIXES ORIUNDOS DE DIFERENTES ECOSSISTEMAS AMAZÔNICO Nome do Orientador: MARIA DA CONCEIÇÃO NASCIMENTO PINHEIRO Titulação do Orientador: DOUTORA EM NEUROCIÊNCIAS E BIOLOGIA CELULAR Faculdade: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA) Instituto/Núcleo: NÚCLEO DE MEDICINA TROPICAL/ UFPA Laboratório: TOXICOLOGIA HUMANA E AMBIENTAL DO NÚCLEO DE MEDICINA TROPICAL Título do Plano de Trabalho: INFLUÊNCIA DO PESCADO DA DIETA SOBRE OS NÍVEIS DE MALONDIALDEIDO (MDA) EM POPULAÇÕES RIBEIRINHAS EXPOSTA AO MERCÚRIO. Nome do Bolsista: CAMILE IRENE MOTA DA SILVA Tipo de Bolsa : ( x ) PIBIC/ CNPq ( ) PIBIC/CNPq – AF ( )PI BIC /CNPq- Cota do pesquisador ( ) PIBIC/UFPA 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁPRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

DIRETORIA DE PESQUISA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIBIC : CNPq, CNPq/AF, UFPA, UFPA/AF, PIBIC/INTERIOR, PARD, PIAD, PIBIT, PADRC E FAPESPA

RELATÓRIO TÉCNICO - CIENTÍFICO

Período : Agosto de 2014 a julho de 2015( ) PARCIAL( x ) FINAL

IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título do Projeto de Pesquisa: ESTRESSE OXIDATIVO E DEFESAS ANTIOXIDANTES RELACIONADOS A EXPOSIÇÃO AO MERCÚRIO DECORRENTE DO CONSUMO DE PEIXES ORIUNDOS DE DIFERENTES ECOSSISTEMAS AMAZÔNICO

Nome do Orientador: MARIA DA CONCEIÇÃO NASCIMENTO PINHEIRO

Titulação do Orientador: DOUTORA EM NEUROCIÊNCIAS E BIOLOGIA CELULAR

Faculdade: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (UFPA)

Instituto/Núcleo: NÚCLEO DE MEDICINA TROPICAL/ UFPA

Laboratório: TOXICOLOGIA HUMANA E AMBIENTAL DO NÚCLEO DE MEDICINA TROPICAL

Título do Plano de Trabalho: INFLUÊNCIA DO PESCADO DA DIETA SOBRE OS NÍVEIS DE MALONDIALDEIDO (MDA) EM POPULAÇÕES RIBEIRINHAS EXPOSTA AO MERCÚRIO.

Nome do Bolsista: CAMILE IRENE MOTA DA SILVA

Tipo de Bolsa : ( x ) PIBIC/ CNPq ( ) PIBIC/CNPq – AF

( )PIBIC /CNPq- Cota do pesquisador ( ) PIBIC/UFPA

( ) PIBIC/UFPA – AF ( ) PIBIC/ INTERIOR ( )PIBIC/PARD

( ) PIBIC/PADRC ( ) PIBIC/FAPESPA ( ) PIBIC/ PIAD ( ) PIBIC/PIBIT

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1 INTRODUÇÃO

As populações ribeirinhas estão incluídas entre os principais grupos

populacionais expostos ao mercúrio através da alimentação, por terem no

pescado a sua principal refeição diária ( PINHEIRO et al., 2008).

O MeHg, é a forma mais tóxica do Hg para humanos em exposição,

devido as suas características de bioacumulação nos tecidos animais, e

consequente biomagnificação na cadeia alimentar (CETEBS, 2012).

O mercúrio quando atingi o tecido animal, dependendo da concentração,

pode ocorrer desnaturação de proteínas, inativação de enzimas e alteração da

atividade celular tanto pela indução de genes específicos como pela

transmissão ou influência de sinas de controle da expressão gênica, podem

ainda modificar as membranas celulares com prejuízo de suas funções,

causando a destruição tecidual e morte celular (JESUS & CARAVALHO, 2008).

A quantidade de MeHg nos tecidos é relevante em virtude de sua cinética,

cujo absorção se aproxima a 95% no trato gastrointestinal, distribuindo-se nos

líquidos corporais e atravessando facilmente as barreiras placentária e

hematoencefálica. (CETEBS, 2012).

Todos esses eventos associam a exposição ao, mercúrio ao estresse

oxidativo devido a sua alta reatividade com os grupos sulfídricos (-SH) de

componentes biológicos endógenos, tais como glutationa reduzida (GSH),

cisteína (Cys), metalotioneínas (MT), albuminas e outros, resultando em uma

diminuição dos teores antioxidantes, um aumento de oxidantes/ pró-oxidantes

ou uma combinação de ambas as condições (PINHEIRO et al., 2005;

VALENTINI, 2012).

Nos eventos oxidativos, a membrana plasmática é a estrutura celular que,

se atingida, desencadeia danos significativos, entre eles a peroxidação lipídica.

Este processo acarreta alterações na sua estrutura alterando a sua

semipermeabilidade, interferindo desta maneira nas trocas iônicas, biossíntese,

ação secretora com as organelas, tais como os lisossomos e peroxisssomos,

em que as hidrolases e catalases respectivamente são liberadas

desordenadamente no meio intracelular alterando seu estado funcional. Como

produto da peroxidação lipídica, pode-se mencionar o Malondialdeido - MDA,

produto das espécies reativas ao ácido tio barbitúrico. O MDA é um dialdeído

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formado como um produto secundário durante a oxidação de ácidos graxos

poli-insaturados tais como ácido linoléico, araquidônico e docosahexaenóico. E

ele é utilizado como biomarcador de lesão oxidativa na membrana plasmática

(LIMA & ABDALLA, 2001; FRANÇA et al., 2013; MENDONÇA et al., 2014).

Admite-se que a peroxidação lipídica é de ordem fisiológica e patológica,

e dependendo das propriedades do oxidante este evento pode trazer danos

moleculares no processo metabólico e degenerativo dos organismos exposto.

Desta forma, a proposta deste estudo é responder se o mercúrio favorece ou

não a peroxidação lipídica celular de ordem não fisiológica em populações

expostas através do consumo de peixes contaminados por Hg.

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2 JUSTIFICATIVA

Na Amazônia, as populações que residem às margens de rios são as

mais expostas à contaminação, devido às regiões estarem ligada a pratica de

garimpagem do ouro, fonte pontual de contaminação ambiental por mercúrio.

Estudos demostraram que os níveis de mercúrio em amostras de cabelo

desses habitantes estão acima do limite estabelecido pela Organização

Mundial da Saúde (OMS), 10 mg/g o que constitui um importante marcador de

exposição via a ingestão de peixes (MARCO, 2007; BASTOS et al., 2010).

Na exposição ao mercúrio, nos últimos anos tem se atribuído ao estresse

oxidativo o desenvolvimento de doenças neurológicas, teratogênicas,

mutagênicas e carcinogênicas (BARBOSA, 2010; VALENTINI, 2012).

Para avaliar e controlar os efeitos do estresse oxidativo e seus efeitos

adversos é importante identificar os marcadores para tal avaliação. Os

marcadores em questão se baseiam nos produtos da oxidação de lipídios,

proteínas e DNA, ou ainda na aferição da capacidade antioxidante (BARBOSA

et al., 2008).

O processo de peroxidação lipídica pode causar modificações em alguns

aminoácidos como triptofano, cisteína, histidina e tirosina, responsáveis pela

formação de algumas proteínas, gerando doenças mutagênicas, porém o

resíduo de triptofano quando é atacado por espécies radicais perde o

grupamento aromático e consequentemente não participa mais no processo

bioquímico normal (ROVER JR et al., 2001).

Durante a peroxidação lipídica, são formados alguns produtos

secundários, dentre eles o malondialdeído, que é utilizado como biomarcador

de lesão oxidativa à membrana plasmática (LIMA & ABDALLA, 2001;

ANTUNES et al., 2008).

Considerando todos os eventos prejudiciais a saúde devido ao estresse

oxidativo ocasionado pela exposição ao mercúrio, há a necessidade de mais

estudos que avaliem os efeitos do mercúrio de indução a peroxidação lipídica

em humanos. Adicionalmente a maioria dos estudos foram realizados em

modelos animais. Os estudos em humanos registrados foram por exposição

laboral. Na exposição através do pescado, poucos são os trabalhos realizados.

O que justifica a necessidade de mais pesquisas nesta área, com intuito de

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investigar os riscos atribuídos a exposição ao mercúrio no que se refere aos

danos oxidativos na membrana celular do organismo exposto através da

alimentação.

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3 OBJETIVOS

3.1 GERAL

Avaliar a Influência do pescado da dieta sobre os níveis de

malondialdeido (MDA), na população ribeirinha exposta ao mercúrio.

3.2 ESPECÍFICOS

- Dosar os níveis de Hg-T em amostras de cabelo de uma comunidade

expostas ao Hg através do peixe, na região do Tapajós.

- Determinar os níveis de MDA no plasma das comunidades de estudo.

- Verificar a associação dos níveis Hg-T nas amostras de cabelo e níveis

de MDA nas populações a serem estudas.

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4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 TIPO DE PESQUISA

Estudo do tipo transversal a ser desenvolvido no período de agosto de

2014 a julho de 2015, nas comunidades de Barreiras e São Luiz do Tapajós no

Município de Itaituba no estado do Pará.

4.2 POPULAÇÃO DE ESTUDO

Homens e mulheres adultos entre 13 e 55 anos de idade das

comunidades ribeirinhas de Barreiras e São Luís do Tapajós que apresentem

residência fixa por no mínimo um ano na comunidade e que dependam do

pescado como fonte de proteína.

4.3 CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES E SUAS RESPECTIVAS

POPULAÇÕES DE ESTUDO

Ambas as comunidades estão localizadas no município de Itaituba no estado

do Pará. Possui várias comunidades distribuídas às margens do rio Tapajós,

habitadas por famílias que vivem particularmente da agricultura da mandioca e

da pesca de subsistência. O acesso a estas comunidades faz principalmente

por via fluvial.

4.3.1 Comunidade de São Luiz do TapajósA comunidade de São Luiz do Tapajós está localizada a margem direita

do rio Tapajós, cerca de 40 km a montante da cidade de Itaituba A população

residente é de 600 habitantes incluindo adultos e crianças, distribuídas em

aproximadamente 150 edificações, construídas ao longo de três ruas e quatro

travessas. A atividade do povoado resume-se praticamente a agricultura de

subsistência. A base de proteína da alimentação é o pescado da região

(PINHEIRO et al., 2005).

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4.3.2 Comunidade de Barreiras A comunidade de Barreiras é uma das comunidades ribeirinhas do

Município de Itaituba. Está localizada a margem esquerda do rio Tapajós, no

limite com o município de Aveiro, fica a jusante da sede do Município. A

população residente é de 746 habitantes, distribuídas em aproximadamente

250 edificações, construídas ao longo de três ruas e quatro travessas. A

produção agrícola do povoado resume-se praticamente a mandioca. A base de

proteína da alimentação é o pescado da região e a caça. Parte da população

se dedica a pesca (PINHEIRO et al., 2000).

4.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E DE EXCLUSÃO

Este estudo é voltado para população que tem dieta predominantemente

em pescado residente na região do Tapajós do estado do Pará, obedecendo a

critérios de inclusão e de exclusão. Serão incluídos todos os residentes

permanentes na comunidade (com mais de 1 ano), maiores de 13 anos,

independente de sexo, que deverão dar seu consentimento após

esclarecimentos necessários sobre a pesquisa. Menores de 18 anos só

participarão se tiverem autorização dos pais ou responsáveis.

4.5 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Serão excluídas pessoas impossibilitadas em fornecer as informações

necessárias para o estudo; pessoas em trânsito pelas comunidades,

portadores de doenças infecciosas, doenças crônico-degenerativas incluindo

diabetes e hipertensão arterial, com história recente de exposição a vapor de

mercúrio, alcoólatras, viciados em drogas ilícitas e sob estresse físico e mental

recente.

4.6 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO

4.6.1Obtenções de informações demográficas e clinico epidemiológicas.

Dados sócio demográfico e clínico-epidemiológicas serão obtidos dos

prontuários do Programa Saúde da Família e registrados em banco de dados

do Programa Biostat, 5.0 (AYRES, 2011). As variáveis a serem consideradas

incluem: idade, sexo, tempo de residência na comunidade, ocupação, doenças

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infecciosas e crônicas degenerativas, consumo de drogas ilícitas, uso de

medicamentos, álcool, fumo, exposição a tóxicos ambientais e ocupacionais.

4.6.2 Obtenções de informações nutricionais e dietéticas.O consumo de peixe na dieta será avaliado de acordo com o modelo de

frequência de ingestão (refeições) semanal de pescado, descrito por Brune et

al., 1991;

Categoria I, nenhum consumo de peixe

Categoria II, <2 refeições de peixe/semana

Categoria III,>2-4 refeições de peixe/semana

Categoria IV, >4 refeições de peixe/semana

Categoria V, consumo desconhecido

4.6.3 Obtenção e coleta das amostras para analise de HgTotalAmostras contendo 2,0 a 4,0 mg (cerca de 60 fios) de cabelo serão

obtidas com tesoura de aço inoxidável, próximo a inserção no couro cabeludo,

acondicionadas em envelope de papel e encaminhadas para analise ao

Laboratório de Toxicologia humana e Ambiental do Núcleo de Medicina

Tropical da UFPA, em Belém – Pará. No laboratório, após serem lavadas em

água destilada e acetona, serão colocadas para secar em capela de exaustão

e, em seguida picotadas. Esses micro fragmentos serão submetidos a análise

de Hgtotal através da espectrofotometria de absorção atômica com

amalgamação em lâmina de ouro, utilizando um medidor de mercúrio

automático o Mercury Analyzer (MA), modelo SP-3D da Nippon Corporation-

Japão e técnica de análise de acordo com o fabricante.

4.6.4 Determinações dos níveis de MDAA quantificação do MDA foi realizada através da estimativa das

substancias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). O método a ser

empregado consiste na precipitação das lipoproteínas das amostras pela

adição do ácido tricloroacético (ATC) a 0,05M e 0,67% de ácido tiobarbitúrico

(ATB) em 2M de sulfato de sódio que serão adicionados ao precipitado. A

junção do peróxido lipídico com ATB será realizada pelo aquecimento em

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banho-maria por 60 minutos. Os cromógenos formados serão extraídos em n-

butanoll, os quais serão lidos a 535nm. A peroxidação lipídica será expressa

em nmols de MDA (PERCÁRIO et al. 1994).

4.6.5 Apresentação de dados e tratamento dos dados e análise dos resultados

Os dados são apresentados em gráficos e tabelas. As variáveis

quantitativas são avaliadas por meio de estatística descritiva, usando média,

mediana, desvio padrão. Foram utilizados o Teste de Mann-Whitney, Teste t de

student, Teste z e o Teste Correlação Pearson pelo programa estatístico

Biostat 5.0. Adotando o p < 0,05. (AYRES, 2011)

4.6.6 Aspectos éticos

O protocolo deste estudo seguiu as normas estabelecidas pela Resolução

196/96 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2000), e foi encaminhado

para apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa do Núcleo de Medicina

Tropical. São mínimos os riscos físicos s decorrentes da coleta de material

biológico, pois todos os procedimentos a serem utilizados nesta pesquisa serão

os mesmos utilizados na rotina do atendimento clínico. A utilização dos dados

será exclusivamente para esta pesquisa, e o comprometimento com o sigilo

das informações obtidas. Considera-se como benefícios resultantes deste

estudo a possibilidade de identificação de indicador bioquímico oxidativo para o

diagnóstico precoce de danos causados pelo mercúrio.

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5 RESULTADOS

Na tabela 1 são demostradas as concentrações de mercúrio em dois

grupos: <10 e > 10 µg/g. No grupo < 10 µg/g, as médias, as medianas e

desvios padrão de Hgtotal nas comunidades de Barreiras e São Luiz do

Tapajós, foi de 3,80, 3,36 ± 2,43 µg/g e 5,50, 6,08 ± 2,58 µg/g de Hg total

respectivamente, neste grupo foi observada diferença estatística significativa

entre as comunidades (p <0,05).

No grupo > 10 µg/g de Hgtotal as concentração média foram de 15,50,

14,61 ± 5,62 µg/g e 21,35, 18,85 ± 10,66 µg/g, em Barreiras e São Luiz do

Tapajós, respectivamente, diferindo estatisticamente os níveis de Hgtotal entre

as comunidades (p < 0,05).

Na população geral de Barreiras e São Luiz do Tapajós, os testes

estatísticos demonstraram diferença altamente significativa, p<0,0001 entre as

concentrações média de Hgtotal, 7,20 µg/g, e 14,87 µg/g respectivamente.

TABELA 1 – Concentração de Hgtotal em residentes de duas comunidades ribeirinhas da região do Tapajós expostas através da alimentação rica em pescado, em 2014.

NÍVEIS Hg

BARREIRAS SÃO LUIZ DO TAPAJOS p valorn % X̄

Hgtotal

Md DP n % X̄ Hgtota

l

Md DP

Hg total <

10

39

70,9

3,80 3,36 2,43

18

40,9

5,50 6,08 2,58 p<0,05*

Hg total >

10

16

29,1

15,50 14,61

5,62

26

59,1

21,35 18,85

10,66

p<0,05*

TOTAL

55

100 7,20 4,76 6,46

44

100 14,87 11,70

11,44

p<0,0001***

<10 µg/g Hg: Teste de Mann-Whitney: Hgtotal p < 0,05 >10 µg/g Hg µg/g, Teste t de student: amostras independentes: População geral Barreiras e São Luiz do Tapajós : Teste z: amostras independentes: Total p<0,0001Fonte: Autor (2015).

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Na tabela 2 é demostrada a relação das frequências de ingestão de

peixes e o número de refeições semanais com o Hgtotal dosado nos residentes

das comunidades de Barreiras e São Luiz do Tapajós em 2014. Somente no

grupo de >4 refeição foi observada diferença estatística significativa entre os

níveis de mercúrio das comunidades (p< 0,05).

Tabela 2– Relação das frequências de ingestão de peixes e níveis de Hgtotal das comunidades de Barreiras e São Luiz do Tapajós, no município de Itaituba em 2014

Categorias Barreiras (%) X̄ HgT São Luiz do T.(%)

X̄ HgT p valor

<2 refeições 4 (15,80%) 3,59 4 (20%) 12,33 p>0,05>2 - 4 refeições 0(0%) 0 0 (0%) 0

>4 refeições 15(85,20%) 8,36 16 (80%) 17,58 p<0,05*Teste t de student amostras independentes: <2 refeições p>0,05 e >4 refeições <0,05

Na figura abaixo está representado a mediana dos níveis de MDA das

comunidades de Barreiras e de São Luiz do Tapajós. A mediana dos níveis de

MDA de populações ribeirinhas da região do Tapajós em Barreiras e São Luiz

do Tapajós foram de 8,02 ± 0,24 nmol; 0,44 ± 0,19 nmol respectivamente.

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0

1

2

3

4

5

6

7

8

98.02

0.44

.

Nív

eis

de M

DA

(nm

ol)

A figura 2 representa as amostras de Barreiras, no qual foi observada uma correlação positiva moderada entre os níveis de MDA e de Hgtotal.

Figura 1 - Dosagem de MDA (nmol) em ribeirinhos das comunidades de Barreiras e São Luíz do Tapajós, em 2014. p < 0,001 (Teste de Mann-Whitney).

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Figura 2 – Correlação dos níveis de MDA e Hgtotal referente as 39 amostras da população de Barreira no município de Itaituba, em 2014. Correlação positiva moderada entre os níveis com resultados de r = 0,4, p < 0,05 (correlação de Pearson).

Na Figura 3, as amostras de São Luiz do Tapajós apresentaram

correlação positiva fraca entre os níveis de MDA e de Hgtotal.

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Figura 3 – Correlação dos níveis de MDA e Hgtotal referente as 21 amostras da população de

São Luiz do Tapajós no município de Itaituba, em 2014. Correlação positiva fraca entre os

níveis com resultados de r = 0,05, p > 0,05. (correlação de Pearson).

6 DISCUSSÃO

Na região amazônica a vários estudos demostram que consumo de

peixes é uma das principais fontes de contaminação por mercúrio, sendo

considerado um risco a saúde de organismos humanos (PINHEIRO et al.,

2000; ALMEIDA, 2007;).

Na comunidade São Luiz do Tapajós no ano de 2014, cerca de 59,09%,

apresentou níveis de Hgtotal maiores de 10 µg/g, com média 21,35 µg/g,

enquanto que o restante dos indivíduos, 40,91%, expressaram níveis abaixo de

10 µg/g, obtendo 5,46 µg/g de média. Na comunidade de Barreiras a maioria

da população apresentou níveis de Hgtotal menores que 10 µg/g,

aproximadamente 70,9%, com média de 3,80 µg/g e apenas 29,1% ultrapassou

o limite de tolerância estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS)

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com média 15,50 µg/g. A concentração média de Hgtotal encontrada na

população geral foi de 14,87 em São Luiz do Tapajós e 7,20 em Barreiras.

Em estudos conduzidos por Pinheiro et al. (2005), SÁ (2006) e SCHULZ

2099 em São Luiz do Tapajós e Barreiras observaram valores médios de

mercúrio semelhantes a este estudo, 14,48 µg/g e 13,1 µg/g, respectivamente,

demonstrando que as atividade pesqueira e garimpeira, ainda fazem parte da

rota de exposição ao mercúrio nestas comunidades (Almeida, 2007; LIMA

2010).

Os níveis de Hgtotal encontrados neste estudo são relativamente mais

altos do que os obtidos no estudo de Milhomem (2012), 5,477 µg/g,

observados em famílias de pescadores em Imperatriz no estado do Maranhão,

este achado fortalece a hipótese que a localização é um dos determinantes na

exposição ao mercúrio pela alimentação, uma vez que em Imperatriz, região de

estudo de Milhomem (2012) não apresenta fontes de contaminação

antropogênica de Hg.

No que se refere a influencia da dieta na exposição ao mercúrio foi

observada diferença significativa entre os valores de Hg nas categorias <2 e >

4 entre as comunidades, com concentrações maiores observadas em São luiz

do Tapajós 12,53 e 17,58 µg/g respectivamente. Esses resultados são

semelhantes aos obtidos nas pesquisas de Pinheiro et al. (2001 e 2005),

(FARRIPAS, 2010) e Ferreira et al. (2012), no qual atribui ao consumo de

pescado de regiões contaminadas uma importante via de exposição ao Hg,

uma vez que São Luiz do Tapajós está localizado ajusante do Rio Tapajós, fato

que amplia o espectro de exposição para este grupo populacional.

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Além disso, estudos têm sugerido que sedimentos e solos amazônicos

apresentam naturalmente mercúrio nos solos o que contribui para

contaminação das comunidades aquática (HACON et al., 1995). Assim é de

grande valia o monitoramento continuado dos ambientes aquáticos expostos e

não expostos na Amazônia (ARRIFANO et al., 2011).

Os peixes absorvem Hg facilmente e o acumulam em seus tecidos,

principalmente metilHg, devido a lenta metabolização e tempo de meia vida

alto, a concentração de metilHg nos peixes é relativamente alta. Em testes

realizados em ratos, foi comprovado que esse composto gerou aumento na

produção de espécies reativas de oxigênio induzindo ao estresse oxidativo e

produzindo distúrbios neurológicos e outras patologias incluindo aterosclerose,

diabetes, obesidade, doenças degenerativas e câncer, em caso de exposição

grave pode ocorrer paralisia e morte (BISINOTI & JARDIM, 2004; PINHEIRO et

al., 2006).

O malondialdeído é um produto secundário da peroxidação lipídica,

derivado da β-ruptura de endociclização de ácidos graxos polinsaturados com

mais de duas duplas ligações, tais como ácido linoléico, araquidônico e

docosaexanóico. Atualmente, o MDA é considerado um candidato potencial

para ser escolhido como um biomarcador geral de dano oxidativo em plasma.

A peroxidação lipídica representada pelos níveis de MDA encontrados

nesse estudo mostram que a população de São Luiz do Tapajós, obteve a

média de 0,51 nmols e a de Barreiras de 8,08 nmols.

Os valores encontrados por Sim et al (2003), são bem mais altos do que

os determinados por Pilz, Meineke e Gleiter (2000) e do que os níveis obtidos

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no presente trabalho, eles encontraram valores médios de 2,16 ± 0,29,

enquanto Sim et al. (2003) obtiveram valores de referência em indivíduos

saudáveis na ordem de 13,8 ± 1,32.

Os níveis de MDA da comunidade de Barreiras foram altamente

significantes (p < 0,0001) do que os apresentados pela a comunidade de São

Luiz do Tapajós. Apesar dos níveis de Hgtotal serem maiores em São Luiz do

Tapajós mostrando diferença significante (p < 0,0001) para Barreiras.

Entretanto sabe-se que pessoas com exposição ao mercúrio tendem a ter as

concentrações mais elevadas de MDA, de acordo com o relatado por KOBAL

(2004). No entanto são poucos os estudos na literatura que realizam a

comparação entre os níveis de MDA com os níveis de Hgtotal.

Dessa forma, supõe-se que os habitantes de São Luiz do Tapajós

estejam consumindo alimentos com fatores antioxidantes que estão

minimizando os efeitos do mercúrio sobre a peroxidação lipídica, sobretudo, a

frequência na exposição ao calor e ou à luz solar que são variáveis que não

puderam ser controladas e que poderiam explicar os níveis de MDA diferentes

entre as comunidades como os achados semelhantes nos estudos de

Vannucchi et al. (1998) e Goto et al. (2007) cujo o aumento do metabolismo na

exposição ao calor e a ingestão de antioxidantes, exercer efeito agindo

diretamente na neutralização dos radicais livres.

Segundo Halliwell e Gutteridge (1999), antioxidante pode ser definido

como qualquer substância que, quando presente em baixas concentrações

comparadas àquela do substrato oxidável, retarda ou previne,

significativamente, a oxidação daquele substrato. Em condições normais, os

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antioxidantes convertem ERO em água para prevenir a superprodução destes

compostos.

Antioxidantes não enzimáticos são conhecidos como antioxidantes

sintéticos ou suplementos da dieta. Fazem parte do sistema não enzimático,

um grande número de compostos de baixo peso molecular, incluindo o ácido

ascórbico, o tocoferol, diferentes compostos de selênio, ubiquinonas (coenzima

Q), ácido úrico, ácido α -lipoico, zinco, taurinas, hipotaurinas, glutationas,

betacaroteno e caroteno (Maia, 2006). .

Os antioxidantes não enzimáticos como acido ascóbico, tocoferol e

selênio são encontrados em carnes, ovos e frango, esses alimentos também

fazem parte da dieta alimentar das comunidades do Tapajós, mas em

quantidade menor em comparação ao peixe.

A literatura tem demonstrado uma ampla variabilidade de valores de

referência para níveis de MDA. Essas variações nos índices basais de MDA

podem ser justificadas pelas diferenças étnicas e culturais das populações

estudadas, incluindo hábitos alimentares dos indivíduos.

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7 CONCLUSÃO

A comunidade de São Luiz do Tapajós apresenta níveis de exposição ao

mercúrio mais elevados que a de Barreiras, se considerarmos os limite

estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 10 mg/g de

Hg em amostras de cabelo, no qual confirma que a localidade continua exposta

a contaminação através da ingestão de pescado. Enquanto os níveis de MDA

foram maiores em Barreira sugerindo que aos habitantes de São Luiz do

Tapajós estejam consumindo alimentos com fatores antioxidantes que estão

minimizando os efeitos do mercúrio sobre a peroxidação lipídica.

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Dessa maneira, é fundamental que haja um monitoramento da população

ribeirinha que esta em alto risco de contaminação. Em consequência que o

mercúrio no organismo humano acarreta sérios riscos a saúde como danos

celulares.

Novos estudos são necessários para avaliação dos níveis de MDA como

um biomarcador geral de dano oxidativo em plasma humano para obter um

maior consenso quanto aos níveis basais do MDA em indivíduos adultos.

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DIFICULDADES - Relacionar os principais fatores negativos que interferiram na execução do projeto.

Dentre as dificuldades que interferiram no cronograma deste trabalho foi o

atraso na aquisição dos reagentes necessários para a medição do

malondialdeído (MDA),

PARECER DO ORIENTADOR: Manifestação do orientador sobre o desenvolvimento das atividades do aluno e justificativa do pedido de renovação, se for o caso.

A bolsista cumpriu com dedicação e responsabilidade as atividades incluídas

no seu plano de trabalho para o período proposto. Os resultados apresentados

neste relatório são preliminares e devem ser fortalecidos com a continuidade

do estudo, quando terá oportunidade de aumentar o tamanho amostral realizar

novas análises e assim obter mais habilidades na elaboração e

desenvolvimento do Plano de trabalho de pesquisa.

DATA : ____10__/___08______/__2015______

MARIA DA CONCEIÇÃO NASCIMENTO PINHEIRO

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ASSINATURA DO ORIENTADOR

CAMILE IRENE MOTA DA SILVAASSINATURA DO ALUNO

INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Em caso de aluno concluinte, informar o destino do mesmo após a graduação. Informar também em caso de alunos que seguem para pós-graduação, o nome do curso e da instituição.

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FICHA DE AVALIAÇÃO DE RELATÓRIO DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

O AVALIADOR DEVE COMENTAR, DE FORMA RESUMIDA, OS SEGUINTES ASPECTOS DO RELATÓRIO :

1. O projeto vem se desenvolvendo segundo a proposta aprovada? Se ocorreram mudanças significativas, elas foram justificadas?

2. A metodologia está de acordo com o Plano de Trabalho ?

3. Os resultados obtidos até o presente são relevantes e estão de acordo com os objetivos propostos?

4. O plano de atividades originou publicações com a participação do bolsista? Comentar sobre a qualidade e a quantidade da publicação. Caso não tenha sido gerada nenhuma, os resultados obtidos são recomendados para publicação? Em que tipo de veículo?

5. Comente outros aspectos que considera relevantes no relatório

6. Parecer Final: Aprovado ( ) Aprovado com restrições ( ) (especificar se são mandatórias ou

recomendações)Reprovado ( )

7. Qualidade do relatório apresentado: (nota 0 a 5) _____________Atribuir conceito ao relatório do bolsista considerando a proposta de plano, o desenvolvimento das atividades, os resultados obtidos e a apresentação do relatório.

Data : _____/____/_____.

________________________________________________Assinatura do(a) Avaliador(a)

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