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Universidade Federal do Pará
Jose Ednaldo Zane Ferreira
Sistema de Informação Georrefenciado
para apoio a Pesquisa Acadêmica e ao
Planejamento Urbano, Projeto
PROSAMIM-1
Instituto de Tecnologia
Mestrado Profissional e Processos Construtivos e
Saneamento Urbano
Dissertação orientada pela Profa. Dra. Aline Maria Meiguins de Lima
Belém – Pará – Brasil
2014
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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA MESTRADO EM PROCESSOS CONSTRUTIVOS E SANEAMENTO URBANO
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEORREFENCIADO PARA
APOIO A PESQUISA ACADÊMICA E AO PLANEJAMENTO
URBANO, PROJETO PROSAMIM-1
JOSE EDNALDO ZANE FERREIRA
Belém – PA
2014
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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA MESTRADO EM PROCESSOS CONSTRUTIVOS E SANEAMENTO URBANO
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEORREFENCIADO PARA
APOIO A PESQUISA ACADÊMICA E AO PLANEJAMENTO
URBANO, PROJETO PROSAMIM-1
JOSE EDNALDO ZANE FERREIRA
Dissertação de Mestrado apresentada ao
Programa de Mestrado Profissional em Processos
Construtivos e Saneamento Urbano da
Universidade Federal do Pará como requisito para
a obtenção do grau de Mestre.
Orientador: Profª. Dra. Aline Maria Meiguins de Lima
Belém – PA
2014
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SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEORREFENCIADO PARA
APOIO A PESQUISA ACADÊMICA E AO PLANEJAMENTO
URBANO, PROJETO PROSAMIM-1
JOSE EDNALDO ZANE FERREIRA
Esta Dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de Mestre em Processos
Construtivos e Saneamento Urbano, área de concentração Processos e Gestão Ambiental, e
aprovada em sua forma final pelo Programa de Profissional em Processos Construtivos e
Saneamento Urbano (PPCS) do Instituto de Tecnologia (ITEC) da Universidade Federal do Pará
(UFPA).
Aprovada em .......... de ....... de 2014
____________________________________________________________
Prof. Dr. Dênio Ramam Carvalho de Oliveira
(Coordenador do PPCS)
____________________________________________________________
Profª. Dra. Aline Maria Meiguins de Lima
(Orientador – UFPA)
COMISSÃO EXAMINADORA
____________________________________________________________
Prof. Dr. João de Athaydes Silva Junior
(SEMA-PA)
_________________________________________________________
Prof. Dr. Ronaldo Lopes Rodrigues Mendes
(Examinador Interno – UFPA)
5
Dedico este trabalho a Deus que me deu forças e fortaleceu minha fé
nos momentos mais difíceis de minha vida.
A minha esposa e minha mãe que compreenderam meu objetivo e tem
cuidado de minha filha Maria Hadassa com carinho, amor e atenção
dobrados nesse período de minha vida acadêmica.
A minha família, Irlene Hsu Zane, Maria Hadassa Hsu Zane, Valdina
Zane Ferreira e José Erivaldo por sempre estar a meu lado em todos
momentos, que algumas vezes abriram mão de seus sonhos, me
apoiaram e incentivaram os meus.
Ao Prof Dr. Sandro Dimi Bittar que nestes últimos anos tem sido um
grande amigo, conselheiro e colega de projetos. Colaborou de forma
singular para meu amadurecimento pessoal e profissional.
Ao meu Pai José Raimundo, Lis, Raquel, Cena por sempre torcerem
pelo meu sucesso.
Aos meus familiares Vitória, Nilza, Alda e Jorgete Zane. Aos meus
avós Francisco e Maria in memorian.
Estendo aos amigos Edson Hsu, Edine Hsu, Thamires Leão, Rodrigo
Martins, Alipio Sales, Saulo Lima, Thabitta Lima, Suelen Lima, Luiz
Irapuan, Maria Iara, Brenda Zane, Cristiane Silveira, Simone
Caminha, Sergio Alencar, Eric Ferraz e tantos outros que estiveram
presentes em momentos importantes da minha vida acadêmica, quer
seja durante uma aula, uma solenidade ou uma madrugada escrevendo.
E por fim aos colegas de curso José Mauro, João Firmino e Vanessa
os quais passamos um ano juntos em sala de aula, estudando, algumas
vezes correndo contra o tempo, mas todos chegamos ao fim felizes com
todo conhecimento até aqui conquistado.
6
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha orientadora, Prof Dra. Aline Maria Meiguins de Lima, por ter dedicado parte
de seu tempo em me orientar, me compreendendo e contribuindo para a conclusão deste
trabalho.
Ao Prof. Dr Jandecy Cabral Leite e todos do Instituto de Tecnologia Galileo da Amazônia, que
ajudaram não somente a mim, mas a todos os 20 alunos da turma do Mestrado Profissional em
Processos Construtivos e Saneamento Urbano.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) que por meio de sua
bolsa de estudos me financiou e tem colaborado com a formação e qualificação dos
pesquisadores do Estado do Amazonas.
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Principais atividades a serem desenvolvidas pelo PROSAMIM. ____________________________ 25
Tabela 2: Chefes de família por sexo. _________________________________________________________ 27
Tabela 3: Estado Civil dos respondentes. ______________________________________________________ 28
Tabela 4: Número de pessoas por família. _____________________________________________________ 28
Tabela 5: Nivelamento da residência em relação a rua e distância do igarapé. __________________________ 29
Tabela 6: Formas de abastecimento de água. ___________________________________________________ 29
Tabela 7: Tipo de esgotamento sanitário. ______________________________________________________ 30
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Esquema de planejamento, modelagem e desenvolvimento. ________________________________ 17
Figura 2: Gráfico de crescimento populacional de Manaus – Amazonas. _____________________________ 22
Figura 3: (a) Fotografia da Ponte Benjamim Constant, Av. 7 de Setembro, Manaus; (b) Fotografia do Igarapé do
40, Manaus – Amazonas. __________________________________________________________________ 23
Figura 4: (a) Recorte espacial área urbana de Manaus; (b) destacando a área de atuação do PROSAMIM. ___ 24
Figura 5: Evolução da população urbana e rural de Manaus, adaptado de UGPI (2010) e IBGE (2010). _____ 26
Figura 6: Origem de moradores atendidos pelo projeto PROSAMIM1. _______________________________ 27
Figura 7: Percentagem de homens e mulheres por faixa etária na área do PROSAMIM. __________________ 28
Figura 8: Número de famílias por domicilio. ___________________________________________________ 29
Figura 9: Síntese dos módulos criados. ________________________________________________________ 32
Figura 10: (a) Modelagem gráfica de consulta; (b) Estrutura de consulta no banco de dados. ______________ 33
Figura 11: Igarapé de Manaus (AM) (a) antes e (b) após atuação do PROSAMIM. _____________________ 34
Figura 12: Recorte da tela inicial do programa (Visão geral do sistema). _____________________________ 35
Figura 13: Recorte espacial área urbana de Manaus – Amazonas (Visão geral do sistema). _______________ 36
Figura 14: Visão do botão de seleção de área para visualização. ____________________________________ 36
Figura 15: Visão da área selecionada. _________________________________________________________ 37
Figura 16: Visão das fotos da área selecionada. _________________________________________________ 37
Figura 17: Formato de relatório gerado. _______________________________________________________ 38
Figura 18: Visão da descrição do trabalho e download ____________________________________________ 39
Figura 19: Visão da área de contato __________________________________________________________ 40
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO __________________________________________________________ 12
2 OBJETIVOS _____________________________________________________________ 14
2.1 Objetivo Geral ____________________________________________________________ 14
2.2 Objetivos Específicos _______________________________________________________ 14
3 REFERENCIAL TEÓRICO ________________________________________________ 15
3.1 Sistema de Informação (SI) e Sistema de Informação Geográfica (SIG) _____________ 15
3.1.1 Sistema de Informação Geográfica (SIG) _______________________________________ 15
3.1.2 Geoprocessamento e as APIs _________________________________________________ 16
3.2 Elementos bases para interface entre os Sistema de Informação (SI) e os Sistemas de
Informação Geográficas (SIG) _____________________________________________________ 17
3.2.1 Modelagem e sistemas distribuídos ____________________________________________ 17
3.2.2 Acesso a dados ____________________________________________________________ 19
3.2.3 Linguagens de programação __________________________________________________ 19
3.2.4 Computação na nuvem ______________________________________________________ 20
4 ÁREA DE ESTUDO _______________________________________________________ 21
4.1 Características sociais da área do projeto ______________________________________ 25
5 MATERIAIS E MÉTODO _________________________________________________ 31
5.1 Base de informação georreferenciada empregada _______________________________ 31
5.2 Fluxo de processos adotados _________________________________________________ 31
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO _____________________________________________ 33
7 CONCLUSÕES___________________________________________________________ 42
REFERÊNCIAS ________________________________________________________________ 43
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RESUMO
Os sistemas de informação aplicados ao planejamento urbano permitem uma melhor gestão do
território, por meio da espacialização das unidades componentes e visualização de suas inter-
relações. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um sistema de informações das áreas de
atuação do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus - PROSAMIM-1 que
auxiliasse o seu dimensionamento no município de Manaus-AM. O PROSAMIM-1 representa
um dos projetos de ação ambiental mais significativos dos últimos 50 anos executados na cidade
de Manaus, cujo impacto deve ser publicamente disseminado, permitindo assim a maior
interação social do projeto. O sistema de informações projetado também tem a função de atuar
como um repositório para o registro de sua evolução histórica. A metodologia empregada é
associada a uma pesquisa aplicada, com a sistematização das informações do projeto, oriundas
das bases e registros produzidos pelos órgãos responsáveis e sua estruturação em um
mecanismo de consulta e pesquisa georreferenciado via web. O produto gerado possibilitou a
localização visual das áreas do PROSAMIM-1 e a proposição de ações que auxiliem o
planejamento urbano e estratégico das áreas do entorno.
Palavras chaves
Planejamento, web, sistemas de informação.
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ABSTRACT
Information systems applied to urban planning allow better territory management, through the
composing units' spatial distribution and a view of their interrelation. The aim of this study was
to develop an information system of the areas of the Social and Environmental Program and
Streams of Manaus - PROSAMIM-1 that could help its sizing in Manaus-AM. The
PROSAMIM-1 is one of the most significant environmental project over the last 50 years
executed in the Manaus city, and its impact should be publicly disseminated, thus allowing
greater social interaction design. The information system designed also has the function of
acting as a repository for the registration of its historical evolution. The methodology is
associated with applied research, with the systematization of project information, derived bases
and records produced by the responsible organs and its organization in a consultative
mechanism and georeferenced web search. The product created enabled the visual location of
PROSAMIM-1 areas and propose actions to assist the strategic and urban planning on its
surrounding areas.
Keywords
Planning, web, information systems
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1 INTRODUÇÃO
O Planejamento Urbano é algo imprescindível para a boa gestão das cidades e
historicamente no Brasil esse é um processo que foi pouco utilizado. As capitais brasileiras
apresentam um quadro parecido na sua grande maioria, invasões que resultam em bairros
periféricos ou conglomerados de barracos que originaram as favelas (REZENDE;
ULTRAMARI, 2007).
Vainer e Smolka (2003) consideram que a urbanização, não implica apenas modificação
dos padrões demográficos e espaciais; ela envolve o conjunto dos modos de produção e
consumo, a emergência e generalização de novos valores e instituições, a implantação de redes
de transporte e comunicação.
Para Oliveira (2006) o processo de planejamento das cidades, no Brasil, é ligado à
elaboração de planos e a controle, com a idéia de antever e organizar o futuro; porém, existe a
demanda de recursos humanos e equipamentos capacitados, que gerem uma melhora em termos
qualitativos, tornando o planejamento urbano um processo mais operacional e técnico,
mantendo as demandas governamentais, econômicas e estratégicas.
Os sistemas de informações podem auxiliar no planejamento urbano e desenvolvimento
de uma série histórica importante como as coletadas no Programa Social e Ambiental dos
Igarapés de Manaus - PROSAMIM-1, um projeto de ação ambiental considerado um dos mais
relevantes ocorridos nos últimos 50 anos na cidade de Manaus (AMAZONAS, 2008).
Na cidade de Manaus, o planejamento urbano pode ser visto na zona norte, onde foram
construídos conjuntos e bairros para os funcionários públicos estaduais. A partir da década de
60, pessoas oriundas de diversas partes da região norte, começaram a chegar na cidade de
Manaus em busca de emprego por conta da instalação da zona franca de Manaus, muitas dessas
pessoas firmaram moradias as margens dos igarapés (AMAZONAS, 2000).
O programa PROSAMIM surgiu no ano de 2000, na então gestão do Governador
Eduardo Braga, um projeto que contemplava vários marcos tais como: social, moradia,
infraestrutura, restauração e impactos ambientais. Hoje o PROSAMIM está em sua quinta
etapa, vários igarapés da cidade de Manaus foram trabalhados, famílias realocadas em novos
parques residenciais e grandes complexos de convivência construídos ao longo desses 12 anos
de atividade (UGPI, 2007).
Um projeto desta dimensão tornou-se referência mundial pela sua importância e impacto
socioambiental em uma cidade amazônica, seu legado é identificado ao circular pelos arredores
dos leitos e igarapés da cidade de Manaus, que teve sua população quintuplicada no período de
13
30 anos (1970 a 2000). Na década de 70, Manaus possuía 300 mil habitantes, na década de
2000, chegou a de 2 milhões de habitantes (AMAZONAS, 2008).
O desafio do programa PROSAMIM não está somente em organizar a moradia ou
mesmo diminuir o impacto socioambiental dessas áreas degradadas, mas em contribuir para a
melhoria infraestrutural da cidade de Manaus, de maneira que ela passe a demonstrar realmente
que possui um padrão de qualidade de vida de um grande centro urbano.
Neste processo, a sistematização e espacialização geográfica da informação são
fundamentais para dimensionar as consequências do Programa para a cidade. O controle e
acompanhamento de dados é necessário para uma boa gestão de recursos. Atualmente, existem
diversas ferramentas e meios de realizar esse controle, infelizmente em alguns momentos a
escolha acaba não sendo a mais prática ou eficaz tornando o processo mais longo e com isso
não eficiente.
A proposta de pesquisa baseia-se no desenvolvimento de ferramentas que auxiliem a
otimização do acesso às informações de maneira geográfica, mediante isto é necessário verificar
sua melhor adequação aos dados disponíveis do PROSAMIM-1.
Em se tratando de informações geográficas, sua importância reside no fato de consistir
em um repositório de dados que contenham as informações georreferenciadas ligadas a uma
série histórica (ORTIZ; FREITAS, 2005). Os benefícios obtidos com o levantamento
geográfico possibilitam o acompanhamento do desenvolvimento das ações de caráter social
executadas junto aos moradores dos parques residenciais e até mesmo a mensuração do
verdadeiro resultado do programa.
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2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Desenvolver uma ferramenta georreferenciada que permita a espacialização e registro
histórico das ações do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus - PROSAMIM-1,
no auxílio do planejamento urbano e pesquisas acadêmicas, na área do centro sul da cidade de
Manaus, contemplando os igarapés do Mestre Chico, Igarapé de Manaus, Igarapé do
Bittencourt e Igarapé dos Educandos.
2.2 Objetivos Específicos
Identificar geograficamente as áreas de atuações do PROSAMIM-1 e os dados
socioeconômicos associados;
Modelar um sistema de geoprocessamento baseado nas API’s do Google, desenvolvendo
um modelo de sistêmico padrão web;
Utilizar ferramenta de georreferenciamento aliada as informações do PROSAMIM-1.
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3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Sistema de Informação (SI) e Sistema de Informação Geográfica (SIG)
Para conceituar melhor, existe a necessidade diferenciar Sistemas de Informações de
Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Os Sistemas de Informações correspondem a um
conjunto de elementos, atividades ou recursos ou dados organizados de maneira adequada. Já
os Sistemas de Informações Geográficas são sistemas automatizados usados para armazenar,
analisar e manipular dados geográficos, ou seja, que representam objetos e fenômenos em que
a localização geográfica é uma característica inerente à informação e indispensável para analisá-
la (ARONOFF, 2005).
3.1.1 Sistema de Informação Geográfica (SIG)
Os Sistemas de Informações geográficas são ferramentas computacionais que permitem
a integração de informações diversas a sua manipulação. A informação integrada pode ser
representada gráfica ou alfanumericamente, e as análises passíveis de serem realizadas
dependem da previa estruturação e definição dos elementos armazenados (STASSUN; PRADO
FILHO, 2012).
Câmara e Davis (2001) afirmam que:
A coleta de informações sobre a distribuição geográfica de recursos minerais,
propriedades, animais e plantas sempre foi uma parte importante das
atividades das sociedades organizadas. Até recentemente, no entanto, isto era
feito apenas em documentos e mapas em papel; isto impedia uma análise que
combinasse diversos mapas e dados. Na segunda metade deste século, tornou-
se possível armazenar e representar tais informações em ambiente
computacional, abrindo espaço para o aparecimento do Geoprocessamento.
Uma disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e
computacionais para o tratamento da informação geográfica e que vem
influenciando as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais,
Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional. As
ferramentas computacionais para Geoprocessamento, chamadas de Sistemas
de Informação Geográfica (GIS), permitem realizar análises complexas, ao
integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados geo-referenciados.
Tornam ainda possível automatizar a produção de documentos cartográficos.
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Existem diversos sistemas que realizam a manipulação de dados espaciais dentre eles
os SIG – Sistemas de Informações Geográficas, CAD – Desenho Assistido por computador,
MDT – Modelo Digital de Terreno e PDI – Processamento Digital de Imagens.
3.1.2 Geoprocessamento e as APIs
Geoprocessamento pode ser definido como um conjunto de procedimentos
computacionais que, operando sobre bases de dados georreferenciados existentes e originados
do sensoriamento remoto, da cartografia digital ou de qualquer outra fonte, executa
classificações e outras transformações dirigidas à elucidação da organização do espaço
geográfico (XAVIER, 2001).
Um SIG é capaz de expressar eficientemente conceitos de expressão territorial tais como
as unidades potenciais de uso da terra, zonas de influência de determinado parâmetro, áreas
críticas, centros dinâmicos de poder, entre outros, sendo capazes de prestar serviços valiosos
para o planejamento geoeconômico, para a proteção ambiental e, em nível mais alto para a
análise geopolítica (XAVIER, 2001); para isso é necessário a interface com sistemas
automatizados que permitam uma atualização continuada da informação para elaboração de
cenários evolutivos.
Uma Interface de Programação de Aplicativos (API) permite que um aplicativo se
comunique com um segundo aplicativo em local remoto por meio de uma série de chamados
via Internet. Uma API é, por definição, uma interface, algo que define a maneira pela qual duas
entidades se comunicam (ROBBINS, 2008).
Com as APIs, o intercâmbio de informações entre os aplicativos é administrado por
meio de algo conhecido como serviços de Web. Os serviços de Web representam uma coleção
de padrões e protocolos tecnológicos, entre os quais a Extensible Markup Language (XML),
linguagem de programação por intermédio da qual os aplicativos se comunicam na Internet.
A API em si é um conjunto de códigos de software escritos em forma de uma série de
mensagens em XML. Cada mensagem corresponde a uma diferente função do serviço remoto
ou no caso do Google1 uma localização. Por exemplo, em uma API de localização existem
mensagens de XML correspondentes a cada elemento requerido para marcar uma nova posição,
contendo latitude e longitude, até a formação de um perímetro.
1 Google Maps.
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O segundo Miller (2008) este nível é utilizado por desenvolvedores de aplicações para
as nuvens, que implementam e implantam suas aplicações diretamente na nuvem2. Os
provedores destes serviços nas nuvens oferecem aos desenvolvedores um conjunto definido de
APIs, as quais facilitam a interação entre o ambiente e as aplicações em nuvem, assim como o
aumento da agilidade de implantação e o suporte à escalabilidade necessária para tais
aplicações.
As APIs e os serviços de Web operam de maneira completamente invisível para os
internautas que visitam os sites e para os usuários dos softwares. As funções delas são realizadas
silenciosamente, nos bastidores, e permitem que aplicativos cooperem mutuamente e que o
usuário obtenha a informação ou tenha acesso ao recurso que deseja.
3.2 Elementos bases para interface entre os Sistema de Informação (SI) e os Sistemas
de Informação Geográficas (SIG)
3.2.1 Modelagem e sistemas distribuídos
A modelagem de dados é útil para aplicações em que os dados e as relações que regem
os dados sejam complexas (PRESSMAN, 2011). Dado o produto ser um item acadêmico e não
comercial, a modelagem e a produção do software basear-se-á na engenharia de software e no
ciclo de vida clássico que dispõe de: análise e engenharia de sistemas, análise de requisitos de
software, projeto, codificação (programação), testes e manutenção (Figura 1).
Engenharia de Software
Análise
Projeto
Codificação
Teste
Manutenção
Retorno
Figura 1: Esquema de planejamento, modelagem e desenvolvimento. Fonte: Ferreira (2014).
2 Nuvem ou cloud computing.
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Segundo Pressman (2011) o paradigma do ciclo de vida requer uma abordagem
sistemática, sequencial ao desenvolvimento do software, que se inicia no nível do sistema e
avança ao longo da análise, projeto, codificação, teste e manutenção. Um ponto importante ao
planejar e desenvolver um sistema é a escolha da metodologia e tecnologia que serão utilizadas
no desenvolvimento ou programação do software, no caso do programa de
georreferenciamento.
A metodologia de sistemas distribuídos consiste na ocultação da distribuição de seus
processos, isto é, torná-lo transparente. Existem vários tipos de transparência (TANENBAUM;
STEEN, 2007, p. 4):
Transparência de acesso: Oculta as diferenças de representação dos dados e como se dá o
acesso aos recursos, escondendo as diferenças entre sistemas operacionais e suas variações
quanto à nomeação de arquivos. Além das diferenças entre sistemas operacionais, a
transparência de acesso busca ocultar diferenças entre arquiteturas de máquinas, devendo
oferecer a mesma visão do sistema para qualquer estação de trabalho existente em uma rede
heterogênea.
Transparência de localização: É responsável pela ocultação da localização física de um
recurso dentro do sistema. Um exemplo disso é o uso de URLs, as quais não especificam
qual servidor está exatamente hospedando aquele site.
Transparência de migração: Oculta a mudança física de um recurso, o que não deve
necessariamente alterar a forma de acesso ao mesmo. Transparência de relocação: no
momento em que um sistema dá suporte à migração de recursos em tempo real, ele possui
transparência de relocação. Transparência de replicação: consiste no ato de replicar um
recurso para aumentar sua disponibilidade. Por exemplo, um arquivo muito requisitado
pode ter uma cópia criada e a forma de acesso gerenciada para que o caminho permaneça
sendo o mesmo.
Transparência de concorrência: Existe quando é possível a dois ou mais usuários ou 18
aplicações possuírem acesso a um mesmo recurso, ao mesmo tempo, sem que estes
percebam a concorrência de acesso.
Transparência à falha: Um sistema distribuído está mais suscetível a falhas, uma vez que
a complexidade da estrutura aumenta com heterogeneidade, acesso concorrente a recursos,
compartilhamento eficiente etc., dificultando, por conseqüência, o gerenciamento do
sistema. A transparência a falhas busca ocultar a ocorrência de falhas, permitindo que o
sistema recupere-se do erro e continue seu funcionamento normal.
19
Tanenbaum e Steen (2007) definem um sistema distribuído aberto como um sistema que
oferece serviços de acordo com regras padronizadas que descrevem a sintaxe e a semântica
desses serviços. Os serviços que em redes de computadores são padronizados por protocolos,
nos sistemas distribuídos são especificados por meio de interfaces, normalmente descritas por
uma linguagem de definição de interface (Interface Definition Language – IDL).
3.2.2 Acesso a dados
Um registro é uma coleção de itens de dados, por exemplo, o registro de um funcionário
que contenha dados relevantes sobre ele, o registro e dividido em vários campos, endereço,
telefone, filiação, RG, CPF, etc (CHEN, 1990).
Banco de dados é um conjunto de dados integrados que atende a um grupo de usuários,
e sistema de gerência de banco de dados (SGBD) é um software que tem como funções definir,
recuperar e alterar dados em um banco de dados (HEUSER, 2008). Uma estrutura de acesso a
dados obedece o padrão de SGBD – Sistema Gerenciador de Banco de Dados em plataforma
Cliente/Servidor para ser manipulado em uma estação de trabalho por meio de uma interface
gráfica.
Silberschatz et al. (2010) concluem que a base de dados tradicionais são bastante
eficientes para tarefas ligadas ao processamento de dados, principalmente nas primeiras
gerações de programas voltados aos trabalhos de escritórios onde eram envolvidos os trabalhos
administrativos.
A oferta de SGBD tem aumentado, principalmente, como consequência do crescimento
da utilização da plataforma Java (CHAUDRI; ZICARI, 2001). Nos moldes atuais as interfaces
gráficas mais amigáveis são as interfaces padrão WWW – World Wide Web, a mesma que será
apresentada como produto final deste trabalho, utilizam como SGBD o MySQL (My Structure
Query Language) que é uma plataforma livre, mais popular dentro da programação para web.
3.2.3 Linguagens de programação
Atualmente, existem diversas linguagens de programação, e algumas delas são tão
complexas e irregulares que se tornaria quase impossível a tarefa de conhecer todas as
características de todas as linguagens de programação existentes (DAVID, 1991). Em se
tratando da materialização de uma modelagem para um sistema de georreferenciamento voltado
a plataforma web, o universo de possibilidades limitam em algumas linguagens como HTML,
ASP, PHP, PHYTON, PERL e outras de menor popularidade.
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Para o desenvolvimento do software a linguagem escolhida foi PHP – Personal Home
Page, utilizando o Sistema Gerenciador de Banco de Dados MySQL, por se tratarem de
linguagens Open Source, ou seja linguagem em plataforma livre e de grande importância a
escolha de uma plataforma com bastante popularidade entre os desenvolvedores, o que facilita
o entendimento e a possível continuidade do projeto em âmbitos de desenvolvimento.
Todo projeto de software tem seu início, meio e fim, porém esse processo não justificaria
o planejamento e modelagem pensando em versões futuras.
3.2.4 Computação na nuvem
O termo computação nas nuvens, do inglês cloud computing, surgiu como um novo
modelo de computação distribuída que aproveita conceitos de clusters e grids, além de basear-
se nos avanços de técnicas de virtualização conquistados nos últimos anos.
O termo Cloud Computing ou a nuvem computacional ou ainda
Computaçãs nas Nuvens consiste no compartilhamento de dispositivos
e ferramentas computacionais através da interligação dos sistemas,
sempre disponíveis, em que não mais há ferramentas e softwares locais,
mas nas nuvens, tal possibilidade quebra as barreiras ate hoje
impossíveis (BOLSONI, CARDOSO, SOUZA, 2009, p.4).
A estrutura adotada pela empresa Google está baseada inteiramente na “nuvem”, em
outras palavras, os servidores que hospedam seus dados e aplicativos ficam localizados em
datacenters em qualquer parte do mundo, o que leva à necessidade abstrair a necessidade de ter
uma única localização ou uma única fonte de dados (PEREIRA Jr., 2008). A partir deste
princípio adotou-se o termo “nuvem”, significando então, um emaranhado de servidores
disponíveis via Internet.
De acordo com Bechtolsheim (2009), o modelo de computação em nuvem é a quinta
geração da computação, depois do mainframe, PC (Personal Computer), modelo cliente-
servidor e Web. Trata-se de uma evolução do modelo cliente-servidor, diferindo na distribuição
do processamento, o qual é em grande parte centralizado no servidor remoto, cabendo ao
terminal cliente efetuar pequenas tarefas de processamento locais.
21
4 ÁREA DE ESTUDO
Manaus foi fundada no ano de 1669, pela origem da Fortaleza de São Jose do Rio Negro,
erguida por ordem de Portugal e construída em pedra e barro, contou com a mão-de-obra de
nativos catequizados pelos missionários. O primeiro bairro criado na cidade de Manaus foi o
bairro dos Educandos que fica as margens do Rio Negro.
A rede hidrográfica do município de Manaus abrange quatro bacias, todas contribuintes
da grande bacia do rio Negro. Duas encontram-se integralmente dentro da cidade – a do igarapé
de São Raimundo e a do igarapé do Educandos – e duas parcialmente inseridas na malha urbana
– a do igarapé do Tarumã-Açu e a do rio Puraquequara.
O processo de urbanização de Manaus pode ser remontado a Manoel Lobo Gama
D’Almada que, ao transferir a sede da província de Mariuá para o Lugar da Barra, mandou
instalar diversas indústrias e alinhou o casario. Apesar de ainda as ruas não terem nome, eram
conhecidas “pelo morador mais importante, pelo das casas do serviço público” (REIS, 1999, p.
47)
Em termos populacionais, a cidade de Manaus, em 1787, continha apenas três ruas e
cerca de 300 habitantes entre brancos, índios e escravos; em 1827, a população subiu para
aproximadamente 3.000 pessoas; 23 anos depois, Manaus tinha uma população de 4.000
habitantes; entre 1889 e 1920, passou de 10.000 para 75.000 habitantes. Nos anos 70, “a cidade
de Manaus ocupava uma área de 25.32km² com população de 311.622 habitantes, o que
resultava numa densidade populacional de 12,3 hab./km²” (VIEIRA, 1999, p. 114). (Figura 2)
A partir da década de 60, pessoas oriundas de diversas partes da região norte,
começaram a chegar na cidade de Manaus em busca de emprego por conta da instalação da
zona franca de Manaus, muitas dessas pessoas firmaram moradias as margens dos igarapés
(AMAZONAS, 2000).
22
Figura 2: Gráfico de crescimento populacional de Manaus – Amazonas. Fonte: IBGE (2014)
A produção de espaço urbano de Manaus é resultado de processos sociais materializado
ou seja, resultado do trabalho da sociedade (SOUZA, 2003). Inúmeras famílias advindas de
diversos municípios do Estado do Amazonas chegaram a cidade de Manaus em busca de uma
melhoria na situação financeira e familiar, muitas delas não foram morar diretamente às
margens dos igarapés, algumas passaram por um processo de peregrinação de moradia até
chegarem as margens ou microbacias. De acordo com Saquet e Silva (2008), o migrante e
considerado como a pessoa que vive fora do lugar onde nasceu.
Dentre as microbacias hidrográficas (Figura 3), destaca-se o Igarapé do Quarenta que é
uma das áreas periféricas da cidade de Manaus que mais representa as condições de existência
de uma população pobre as margens de igarapés na cidade. Essa microbacia possui
aproximadamente 38 km de extensão sendo considerada como a principal formadora da bacia
hidrográfica de Educandos (AMAZONAS, 2000).
A unidade de intervenção é representada pela bacia hidrográfica de Educandos que
possui uma área de 44.87 km², localizando-se na porção sudeste de Manaus. Essa bacia se
constitui numa das principais drenagens de Manaus, percorrendo diversos bairros: Betânia,
Cachoeirinha, Centro, Colônia Oliveira Machado, Crespo, Distrito Industrial I e II, Educandos,
Japiim, Morro da Liberdade, Petrópolis, Praça 14 de Janeiro, Santa Luzia, Raiz, e São Lázaro
(Figura 4).
Neste cenário diversas famílias buscaram estabelecer moradia, segundo Oliveira (1995),
as casas das cidades amazônicas não estão preparadas para a chuva, nem para o sol, e
principalmente para o calor.
0
500000
1000000
1500000
2000000
2500000
Ano 1970 Ano 1980 Ano 1990 Ano 2000 Ano 2014
n. p
esso
as
População
Exponencial (População)
23
A expansão urbana do município comprometeu sensivelmente a qualidade ambiental da
região que atualmente apresenta problemas relacionados ao déficit da infra-estrutura de serviços
urbanos, notadamente na área de saneamento básico, resultando num quadro de precariedade
em termos de saúde pública com o aumento dos casos de doenças tropicais, como a malária e
dengue.
(a)
(b)
Figura 3: (a) Fotografia da Ponte Benjamim Constant, Av. 7 de Setembro, Manaus –
Amazonas; (b) Fotografia do Igarapé do 40, Manaus – Amazonas. Fonte: UGPI (2007)
24
(a)
(b)
Figura 4: (a) Recorte espacial área urbana de Manaus (AM); (b) destacando a área de atuação
do PROSAMIM. Fonte: Adaptado de Google Maps.
25
As atividades a serem realizadas na área do PROSAMIM-1 correspondem aos seguintes
segmentos principais (Tabela 1):
- Drenagem da bacia, com adequação do sistema de macro e micro drenagem;
- Saneamento básico, com melhoria nos serviços de abastecimento de água, esgotamento
sanitário e coleta e destinação de resíduos sólidos; e
- Urbanismo e habitação, com implantação de novas vias urbanas e equipamentos urbanísticos,
melhoria na habitação e o reassentamento e relocação da população das áreas de risco.
As obras projetadas foram: demolições, limpeza e preparação das áreas; drenagens
profundas, dragagens e remoções de solo mole; obras de arte especiais, bueiros, galerias, e
canais; terraplanagens e drenagens superficiais; esgotamento sanitário (redes coletoras,
interceptores e elevatórias); edificações, água potável; pavimentação de vias e pátios e
drenagem urbana; redes elétricas e de telefonia; e parques, áreas verdes e praças.
Tabela 1: Principais atividades a serem desenvolvidas pelo PROSAMIM.
Igarapé Manaus
Trecho entre a Av. Beira Rio/Rua Tarumã:
- Macrodrenagem (Canal e Galeria do Igarapé);
- Parque Residencial Manaus com 819 unidades habitacionais;
- Parques urbanos Desembargador Paulo Jacob, com 40.357,27 m e Senador
Jefferson Péres com 52.000 m2; e
- Vias do entorno.
Igarapé Bittencourt
Trecho entre a Avenida Beira Rio/Rua Ajuricaba:
- Macrodrenagem (Canal e Galeria do Igarapé);
- Parque Bittencourt, 1ª etapa, com 27.402,28 m2; e
- Vias de entorno.
Igarapé Mestre Chico
Trecho entre a Av. Beira Rio/Rua Ipixuna:
- Macrodrenagem (Canal e Galeria do Igarapé);
- Parque Largo do Mestre Chico com 62.000 m2;
- Ponte Benjamim Constant; e
- Vias do entorno.
Igarapé do Quarenta
Trecho entre a Ponte Juscelino Kubitschek/Ponte da Maués:
- Parques Residenciais Prof. José Jefferson Carpinteiro Perés, com 150 unidades
habitacionais e Prof. Gilberto Mestrinho, com 372 unidades habitacionais.
Sistema de
Esgotamento Sanitário
Rede coletora, interceptor, linha de recalque e elevatória, em parte das sub-bacias
dos Igarapés Manaus, Bittencourt e Mestre Chico, com uma extensão de 56.221,54
m de redes implantadas.
Social 6.683 famílias remanejadas; gestão compartilhada; sustentabilidade socioambiental e
envolvimento de parceiros.
Fonte: PSSA (2012)
4.1 Características sociais da área do projeto
Nos últimos 30 anos houve um aumento expressivo da população urbana da cidade de
Manaus (Figura 5), como consequência desse fator migratório, aconteceu um processo
26
desordenado de crescimento, fato este que propiciou o aumento de áreas invadidas tanto no
entorno dos igarapés, quanto em áreas de matas nativas surgindo novos bairros periféricos sem
infraestrutura, desprovidos de planejamento dos serviços básicos, agua, esgoto, pavimentação,
iluminação e outros (UGPI, 2007).
Na área do PROSAMIM 75% dos moradores são oriundos do Estado do Amazonas,
sendo 45,4% da capital, e os outros quase 30% dos demais municípios do interior do Estado,
distribuídos entre nove regiões. Os demais são oriundos de 15 outros Estados do Brasil.
No universo de moradores atendidos pelo projeto PROSAMIM1, 41% foram pessoas
de origem da própria capital Manaus e 21% são pessoas de outros estados do Brasil (Figura 6).
Figura 5: Evolução da população urbana e rural de Manaus, adaptado de UGPI (2010) e IBGE
(2010).
0
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
1400000
1600000
1800000
1970 1980 1991 2000 2010
283673
611843
1006585
1396768
1792881
2795 2154 4916 9067 9133
n. d
e p
esso
as
Urbana Rural
27
Figura 6: Origem de moradores atendidos pelo projeto PROSAMIM1. Fonte: UGPI (2010)
Outro dado relevante no aspecto social diz respeito ao quadro que corresponde a
representatividade das mulheres como chefes de famílias (68%) (Tabela 2). O número médio
de pessoas por família e de 4,5, uma pequena parcela das famílias possuem mais de 9 membros,
assim como também e baixo o número de pessoas que moram sozinhas. No PROSAMIM-1
houve a predominância é de pessoas do sexo feminino, a únicas faixas etárias que apresentaram
índices maiores de homens foram de 0-4 / 20-24 / 60-64 e 65-69 anos de idade (Figura 7).
Tabela 2: Chefes de família por sexo.
Sexo Chefe da família
Frequência %
Feminino 272 68
Masculino 128 32
Total 400 100
Fonte: UGPI (2010)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Alt
o R
io N
egro
Alt
o S
oli
mõ
es
Bai
xo A
maz
onas
Juru
á
Mad
eira
Man
aus
- C
apia
l
Méd
io A
maz
on
as
Puru
s
Rio
Neg
ro/S
oli
mões
Tri
âng
ulo
Juta
í/
Soli
mõ
es/J
uru
á
Ou
tro
Est
ado
Não
nas
ceu
no
Bra
sil
0.53.0
5.0
1.02.8
41.3
5.5
2.5
14.5
2.3
21.8
0.0
%
28
Figura 7: Percentagem de homens e mulheres por faixa etária na área do PROSAMIM. Fonte: UGPI (2010)
Nas áreas atendidas pelo PROSAMIM-1, as pessoas com estado civil casado(a)
possuem um índice predominante, com 62% da população registrada (Tabela 3) e em por
família a média e de 4 pessoas com 21% (Tabela 4). A maioria das residências possuem 1
família por domicilio 86%, seguido de residências que abrigam 2 famílias por domicilio (Figura
8).
Tabela 3: Estado Civil dos respondentes. Estado civil Frequência %
Casado (a) 251 62,8
Divorciado (a) 41 10,3
Solteiro (a) 80 20
Viúvo (a) 28 7
Total 400 100
Fonte: UGPI (2010)
Tabela 4: Número de pessoas por família. N. de pessoas Frequência %
1 15 3,8
2 40 10
3 77 19,3
4 87 21,8
5 62 15,5
6 57 14,3
7 29 7,3
8 17 4,3
9 7 1,8
10 4 1
11 0 0
12 5 1,3
Total 400 100
Fonte: UGPI (2010)
0.00
1.00
2.00
3.00
4.00
5.00
6.00
7.00
8.00
0 -
4
5 -
9
10
- 1
4
15
- 1
9
20
- 2
4
25
- 2
9
30
- 3
4
35
- 3
9
40
- 4
4
45
- 4
9
50
- 5
4
55
- 5
9
60
- 6
4
65
- 6
9
+ d
e 60
%
n. de pessoas
MASCULINO % FEMININO %
29
Figura 8: Número de famílias por domicilio. Fonte: UGPI (2010)
No que se refere a situação das moradias a falta de estrutura e planejamento pode ser
observada quando constata-se que 28% das casas estão no leito do igarapé, 27% próximo ao
leito e 28% abaixo do nível da rua (Tabela 5). Sendo essas, características forte de uma moradia
resultado do processo de invasão. Mesmo essas casas estando em locais como o leito dos
igarapés, o poder público conseguiu inseri-los ou regulariza-los para utilizarem o abastecimento
de agua 93% das casas possuem acesso a rede pública de abastecimento (Tabela 6).
Tabela 5: Nivelamento da residência em relação a rua e distância do igarapé. Nivelamento Quantidade %
Nível abaixo da rua 1.295 28,9
Nível da rua 673 15,0
No leito do igarapé 1.266 28,3
Próximo ao leito do igarapé 1.233 27,5
Não respondeu 5 0,1
Total 4.472 100,00
Fonte: UGPI (2010)
Tabela 6: Formas de abastecimento de água. Forma de abastecimento Quantidade %
Cacimba 24 0,6
Ligação Clandestina 66 1,7
Poço 10 0,3
Rede Pública 3.639 93,8
Não tem 111 2,9
Outros 18 0,5
Não respondeu 7 0,2
Total 3.875 100
Fonte: UGPI (2010)
86%
12%
2% 0%
1
2
3
+ DE 3
30
O esgotamento sanitário é precário com elevado o percentual de pessoas que utilizam
os igarapés ou “céu aberto” como forma de despejo de resíduos; 94,4% dos moradores dessas
áreas informaram não possuir esgotamento conforme mostra a Tabela 7.
Tabela 7: Tipo de esgotamento sanitário. Tipo de esgotamento sanitário Quantidade
Rede Geral de esgoto ou pluvial 106.394
Fossa Séptica 120.054
Fossa Rudimentar 45.993
Vala 10.973
Corpos d’água 22.224
Outro escoadouro 5.222
Não tinham banheiro ou sanitário 15.990
Total 310.862
Fonte: UGPI (2010)
31
5 MATERIAIS E MÉTODO
O método empregado é aplicado pelo fato de trazer um resultado prático fornecendo um
produto que demonstra as ações do PROSAMIM-1 à comunidade Amazonense, aos estudantes
ou pessoas que pretendam elaborar planejamentos nas áreas próximas às atendidas pelo
programa. O sistema de informações projetado também possibilita a localização visual dessas
áreas e a proposição de ações associadas ao PROSAMIM-1, auxiliando o planejamento urbano
e estratégico das áreas do entorno.
5.1 Base de informação georreferenciada empregada
As informações contidas no sistema foram obtidas a partir dos documentos vinculados
a Unidade de Gerenciamento do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (UGPI):
estudos de impactos e estudos sociais das famílias atendidas pelo programa (AMAZONAS,
2000; UGPI, 2007; AMAZONAS, 2008; UGPI, 2010; PSSA, 2012).
A partir desta base, foi realizada uma triagem para separar as informações que poderiam
ser inseridas no sistema e no material escrito: fotos, dados sócios econômicos e tabelas; que
foram transformadas em gráficos para melhor compreensão dos resultados. Com a coleta dessas
informações foi possível produzir o programa contendo a informação geográfica e textos
descritivos.
5.2 Fluxo de processos adotados
O Sistema foi modelado para trabalhar com duas bases de dados distintas, permitindo
um processo veloz e seguro para consulta dos dados. O usuário efetua a consulta no sistema de
georreferenciamento, informando qual é a área que ele pretende obter informações, a API
(Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicativos) efetua uma
consulta geográfica na base de dados do Google Maps contendo Latitude e Longitude, em
parelho ela consulta a base de dados MySQL a partir dos dados sociais da área.
Na aplicação demonstrativa usando as tecnologias propostas, foram levantados alguns
requisitos funcionais como:
O sistema deve permitir que o utilizador crie pontos no mapa e cadastre as características
desse ponto: foram inseridas as unidades referentes as etapas de execução do PROSAMIM.
O sistema deve permitir que o utilizador crie polígonos definindo áreas no mapa: cada
unidade do PROSAMIM foi delimitada a partir de polígonos.
O sistema deve permitir a emissão de relatórios de uma área, com base nos dados dos pontos
contidos no polígono: a cada polígono foi associada uma base de informação do programa.
32
O levantamento de informações do programa PROSAMIM, permitiu a modelagem e
desenvolvimento do sistema contendo a base de dados georreferenciada que comportou
algumas informações e indicadores das ações dentro do projeto.
A Figura 9 sintetiza os módulos elaborados com as categorias de visualização, consulta
e download. E a Figura 10 demonstra como e realizada a consulta dentro da base de dados
elaborada especificamente para o projeto do sistema.
Figura 9: Síntese dos módulos criados.
33
Consulta
Usuário
Se
rvid
or
Go
og
le
Internet
Banco de dados
MySql
API do Google
Tabela Resposta
de consulta
Api_numero
Latitude
Longetude
Marco_01
Marco_02
Marco_03
Marco_04
Marco_05
Marco_06
Marco_07
Marco_08
Marco_09
Marco_N
Nome_Local
Obs_Local
Fotos01_Local
Fotos02_Local
Fotos03_Local
Fotos04_Local
Fotos05_Local
Fotos06_Local
Fotos07_Local
Fotos08_Local
FotosN_Local
Api_numero
Figura 10: (a) Modelagem gráfica de consulta; (b) Estrutura de consulta no banco de dados.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
(b)
(a)
34
Nas áreas atendidas na primeira etapa do programa PROSAMIM-1 (igarapés
Bittencourt, Mestre Chico e Igarapé do Quarenta) foram realizadas obras de drenagens e
adequações dos sistemas para melhoria do sistema de saneamento básico que proporcionou a
melhoria nos serviços de abastecimento de água e esgoto sanitário, o que foram necessárias
para melhoria da qualidade de vida das pessoas residentes na área (Figura 11).
(a) (b)
Figura 11: Igarapé de Manaus (AM) (a) antes e (b) após atuação do PROSAMIM. Fonte: UGPI.
Na Figura 11 observa-se que a intervenção do programa PROSAMIM-1 resultou no
planejamento urbano com vistas a melhoria na habitação dos moradores residentes às margens
dos igarapés, com uma estrutura habitacional financiada pelo governo.
O arranjo criado pela UGPI também viabilizou uma frente educacional que exerceu o
papel de orientar as famílias com respeito a educação ambiental e condutas da boa vizinhança,
onde os próprios moradores precisariam conseguir conviver harmoniosamente. Ao todo foram
mais de 1.100 imóveis divididos em 3 pequenos parques residenciais, com abastecimento de
água, de energia elétrica, rede de telecomunicação, esgotamento sanitário, destinação de
resíduos, urbanismo, áreas verdes e de lazer.
O Programa PROSAMIM-1 buscou atender o marco social, moradia, infraestrutura e de
redução impactos ambientais; uma vez que as pessoas que antes estavam em áreas de risco,
foram realocadas e reassentadas em condomínios com infraestrutura planejada e preparada para
habitação.
Em virtude disto, é de grande importância à divulgação destes resultados e este é um
dos principais motivadores para o desenvolvimento do sistema georreferenciado, que também
35
servirá para auxiliar as pesquisas acadêmicas, que a comunidade consiga entender por meio de
recursos visuais a importância da manutenção destas áreas atendidas pelo PROSAMIM-1.
A Figura 12 ilustra a visão geral do sistema que é composta pela tela de apresentação
do programa, nela encontramos a identificação da Universidade, do Programa de Profissional
em Processos Construtivos e Saneamento Urbano (PPCS), o título do sistema e os menus de
navegação, acessados pelo link <http://jezferreira.com.br/>.
Figura 12: Recorte da tela inicial do programa (Visão geral do sistema). Fonte: Sistema de Georreferenciamento.
Na Figura 13 são apresentadas as camadas de sobreposição formadas pelos parâmetros
indicados a partir do módulo “Selecione” ilustrado na Figura 14; e pelo mapa da cidade de
Manaus obtido diretamente da base de dados do Google, onde poderá ser selecionada a área de
pesquisa.
36
Figura 13: Recorte espacial área urbana de Manaus – Amazonas (Visão geral do sistema).
Fonte: Sistema de Georreferenciamento.
Na Figura 14 é ilustrada uma seleção correspondente as áreas obtidas dentro do menu
de seleção, neste select pode-se encontrar além das ações do PROSAMIM - 1, também o
PROSAMIM 2 e 3.
Figura 14: Visão do botão de seleção de área para visualização. Fonte: Sistema de Georreferenciamento.
37
Na Figura 15 encontra-se a visão da área selecionada. Ao ser acionada uma busca e
como forma de retorno um zoom, com o polígono da área escolhida. Neste momento, é exibido
um pequeno resumo sobre o local, bem como a possibilidade de ver fotos (Figura 16) e exibir
relatório (Figura 17).
Figura 15: Visão da área selecionada. Fonte: Sistema de Georreferenciamento.
Figura 16: Visão das fotos da área selecionada. Fonte: Sistema de Georreferenciamento.
38
PROSAMIM 1 - Igarapé do Bittencourt - Largo do Bittencourt
Localizado na zona centro-sul da cidade de Manaus. Igarapé do Bittencourt juntamente com o Igarapé de Manaus
é um dos mais tradicionais da cidade, contorna o lado direito do antigo Palácio do Governo do Estado do
Amazonas.
A atuação do PROSAMIM nesta área foi desenvolvido um parque residencial que atendeu 398 famílias.
Fonte: UGPI
Figura 17: Formato de relatório gerado. Fonte: Sistema de Georreferenciamento.
39
Na Figura 18 é apresentada a tela contendo a descrição do trabalho e download. Nesta
é possível conhecer o trabalho de pesquisa e os resultados das ações do PROSAMIM – 1. O
usuário que desejar conhecer melhor ou mesmo adquirir uma cópia do trabalho escrito pode
efetuar o download gratuitamente, uma vez que o trabalho e acadêmico e de domínio público.
Figura 18: Visão da descrição do trabalho e download Fonte: Sistema de Georreferenciamento.
Na Figura 19 tem-se a visão da área de contato com o autor do sistema e os créditos
referidos Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). Nesta,
encontram-se as informações de e-mail, telefone, além de uma área onde o próprio sistema
envia um e-mail para o autor.
41
O emprego desta forma de sistema de armazenamento de informações e pesquisa,
possibilita o registro histórico das ações do PROSAMIM e o acompanhamento pelo público em
geral de sua evolução. O que é uma tendência atual, pela facilidade de acesso pelos usuários
leigos (GABRIELI et al., 2007).
Tendo como ponto de partida a visualização, o usuário imerge com o cenário do
PROSAMIM e entende o universo de suas ações. Neste contexto, a navegação virtual
(SCHMIDT; DELAZARI, 2012) torna-se um modelo que promove a imersão, interação e
envolvimento do usuário com a ferramenta, tornando-o um agente ativo.
A utilização de ferramentas que vinculem o sistema de pesquisa via web e o processo
de planejamento das cidades tem-se mostrado uma ferramenta ágil, que permite a alimentação
continuada e a maior interface social, com o acesso público e livre das informações. De acordo
com Marisco (2004) trata-se de disponibilizar aos usuários o acesso às informações de modo
interativo, dinâmico e constantemente atualizado.
Rezende e Ultramari (2007) consideram que no processo de gestão municipal urbana a
necessidade de informação para se ter a tomada de decisão e o gerenciamento mais eficiente e
eficaz dos recursos financeiros, faz do uso de ferramentas disponíveis na internet, um
mecanismo para a maior compreensão e interpretação dos dados por partes dos diversos órgãos
envolvidos na gestão pública, que na maioria das vezes dispõe de dados e não de informação.
Nessa mesma perspectiva, Stassun e Prado Filho. (2012) afirmam que o SIG é uma
ferramenta acessível para a gestão municipal, por permitir a criação de modelos digitais de
mapeamentos do território e suas informações associadas a sua utilização; onde é possível
42
compreender a realidade, tomar decisões baseadas em informações plausíveis e mais próxima
da realidade.
A consulta do banco de dados estruturado do PROSAMIM proporciona o
armazenamento dos dados gerados de forma segura, eficiente e íntegra. Estes, podem ser
representados pelas ações atuais e futuras, onde uma estrutura plana, apenas com tabelas e
relacionamentos, é pouco eficiente para a persistência de dados, além de dificultar o
equacionamento das questões de otimização de consultas (MAZINI; LARA, 2010).
Como sistema de armazenamento e pesquisa o programa elaborado mostra-se eficaz nas
consultas espaciais que foram propostas. Porém, seu aprimoramento futuro deve contemplar o
emprego de um volume maior de dados, possibilitando uma modelagem mais íntegra, segura e
eficiente, mesmo quando vários de usuários estiverem conectados e acessando um mesmo
conjunto de objetos.
7 CONCLUSÕES
O sistema desenvolvido possibilitará analises espaciais das áreas onde o PROSAMIM-
1 atua servindo de apoio ao planejamento social, mercadológico, logístico e urbano das zonas
circunvizinhas, até o presente momento essa ferramenta será a única forma online de pesquisa
georreferenciada que a sociedade terá disponível.
A organização urbana da cidade de Manaus ganhou um grande fôlego com a realização
das obras, o contexto turístico e histórico da cidade foi mais valorizado visto que as margens
dos igarapés que foram trabalhados que antes serviam como cartão postal negativo e hoje
demonstram uma beleza digna de uma cidade com a história de Manaus e seus ciclos
econômicos, ciclo da borracha e ciclo industrial.
Um grande desafio para o Sistema será a colaboração para alimentação de informações
no banco de dados do sistema, essa ação de inserção possui uma fragilidade que ainda está em
aberto, que trata-se do critério de linguagem, ou seja, como adotar um padrão de linguagem que
não torne o sistema em um repositório de entendimento restrito. Uma das formas para suprir a
necessidade de informações poderá ser o uso do modelo de rede colaborativa e mídias sociais,
como facebook, twitter e instagram, gerando conteúdos mais ricos e com informações
atualizadas, podendo servir como meio de comunicação destes moradores com a sociedade.
Prospectando os recursos midiáticos do Sistema e fazendo comparação com os Sistemas
atualmente existentes destaca-se a possibilidade de inserção de fotos para maior exatidão
geográfica, esse método possibilitará, por exemplo, identificar os principais pontos de
43
referência de uma região estudada, tais como: mercados, bares, lanchonetes, escolas,
delegacias, serviço de pronto atendimento (SPA) e outros. Atualmente softwares como PGIST
e SoftGIS utilizam recursos de fóruns ou coleta de opiniões como forma de interatividade com
o usuário, a proposta futura e que o próprio usuário possa ser um alimentador e insersor de
dados, seguindo a mesma ideia do Wikipédia.
REFERÊNCIAS
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do Estado do Amazonas, 2000, 394 p.
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