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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA Augusto Theodoro de Carvalho USO DE ANIMAÇÕES CRIADAS POR MEIO DO MOTION GRAPHICS COMO PRÁTICA MOTIVADORA PARA FAVORECER O ENSINO DE QUÍMICA Viçosa-MG Julho/2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

Augusto Theodoro de Carvalho

USO DE ANIMAÇÕES CRIADAS POR MEIO DO

MOTION GRAPHICS COMO PRÁTICA MOTIVADORA

PARA FAVORECER O ENSINO DE QUÍMICA

Viçosa-MG Julho/2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

Augusto Theodoro de Carvalho

USO DE ANIMAÇÕES CRIADAS POR MEIO DO

MOTION GRAPHICS COMO PRÁTICA MOTIVADORA

PARA FAVORECER O ENSINO DE QUÍMICA

Monografia apresentada ao

Departamento de Química da Universidade

Federal de Viçosa, como parte das exigências

de conclusão do Curso de Licenciatura em

Química.

Orientador: Prof.: Dr. Efraim Lázaro Reis

Viçosa – MG Julho/2015

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AUGUSTO THEODORO DE CARVALHO

USO DE ANIMAÇÕES CRIADAS POR MEIO DO MOTION GRAPHICS COMO PRÁTICA MOTIVADORA PARA

FAVORECER O ENSINO DE QUÍMICA

APROVADA: ___ de julho de 2015

_______________________________ _______________________________ ____________________________ _____________________________ _____________________________ Resumo

Monografia apresentada ao

Departamento de Química da Universidade

Federal de Viçosa, como parte das exigências

de conclusão do Curso de Licenciatura em

Química.

Prof. Vinícius Souza Catão

(Coordenador da Disciplina) (UFV)

Prof. Efraim Lázaro Reis

(Orientador) (UFV)

Prof. André Fernando de Oliveira

Membro da Banca Examinadora

(UFV)

Prof. César Reis

(Membro da Banca Examinadora)

(UFV)

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Dedicatória

Este trabalho dedico a meu irmão Anderson (in memoriam), que sempre esteve ao meu lado quando mais precisei. Acredito que agora está lá no céu, guiando-me sempre no caminho certo. Essa vitória é por Você, meu Irmão, Amigo e Camarada.

Também dedico esse trabalho aos meus pais, Adair & Gislaine, pelo exemplo de superação, vida, conhecimento. Além dos conselhos e por acreditarem e confiarem em mim.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, agradeço a Aquele que propiciou toda essa jornada, ao Pai

Celestial, por ter me concebido o dom da vida. Assim, pude trilhá-la e chegar nesse

marco de mais uma conquista. Obrigado Senhor!

Agradeço a meus irmãos, Lucas e Robert, por sempre estarem ao meu lado e

por acreditarem em meu potencial. Sem o apoio de Vocês não seria possível a

realização desse momento tão magistral em minha vida.

Sou grato também ao Amor da minha Vida, Cíntia Helena. Diante de momentos

cruciais ficou acordada pesquisando n artigos, livros e fontes bibliográficas para

construção do trabalho. Além, é claro, de todo carinho, afeto e atenção. Sentimentos

dedicados a mim para consolar nos momentos de melancolia e desespero. Mas,

inclusive, nas vivências alegres, felizes e de muito amor e ternura entre nós dois.

Anelo dizer muito obrigado ao Professor-Orientador Efraim Lázaro, por aceitar

essa empreitada e por ter-me tolerado, auxiliado e guiado no caminho para obtenção

dessa magnífica vitória em minha vida acadêmica, profissional e pessoal.

Tenho que agradecer também ao Professor e grande Amigo, Vinícius Catão.

Exemplo de Mestre-Educador e fonte de minha inspiração para o magistério. Obrigado

meu Amigo e que seja cada vez mais promissor em sua carreira e vida pessoal.

Não posso esquecer de agradecer também aos Amigos da República La Puezo

2121, Jefferson, Rober, Rodolfo, Márcio Lúcio, Marciano, Neemias, Tiago M., Diego

T., Diego S., Geraldo M, Geraldo A., Rômulo, por momentos de alegria, felicidade e

estarem sempre ao meu lado, ajudando-me nos momentos em que mais precisei de

ombros amigos.

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“Tudo posso Naquele que

me fortalece”

Paulo de Tarso

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RESUMO

Diante de um cenário repleto de artefatos tecnológicos presentes no cotidiano

dos alunos e alunas, os professores e as professoras devem se preparar para saber

instruir e mediar o conhecimento apropriando-se destes para contextualizar o

conhecimento químico. No Brasil já se tem mais de 134 milhões de computadores em

uso além de mais de 154 milhões de smartphones. Ligados a esses dados, o acesso

à internet já alcança 49,4% da população nacional. Portanto, os atuais discentes

devem se atentar ao fato de que são urgentes a utilização e o aprimoramento das

Tecnologias da Informação e Comunicação no campo da Educação. Seja no ramo

das Ciências, seja no ensino de línguas seja para a construção de cidadãos e cidadãs

críticos quanto à realidade em que vivem.

O desenvolvimento de animações, por meio do Motion Graphics, é uma proposta

para trabalhar essas propostas com estudantes, em instituições de ensino, que sejam

desprovidos de laboratórios físicos descentes para ministro de aulas laboratoriais ou

mesmo experimentos complexos cuja fundamentação teórica é muito abstrata. Desse

modo, a mesma visualização quanto ao conteúdo será vista e pelo professor ou pela

professora e, compreendida pelo aluno e pela aluna.

A obtenção dos dados, cuja pesquisa foi de caráter qualitativo, fez-se mediante

aplicação de questionário respondido em aula. A aula foi ministrada em laboratório de

informática de um Escola da rede Estadual da Cidade de Viçosa. O conteúdo de

Química abordado foi explanado através do acesso à internet com utilização de textos,

vídeo e exercício prático envolvendo as animações. Avaliou-se os quão motivados,

alunos e alunas, ficariam mediante uma abordagem metodológica diferente, que se

utiliza do computador como ferramenta facilitadora do processo de ensino e

aprendizagem.

Palavras-chave: Novas metodologias de ensino, Tecnologia na Educação em

Química, Animações no Ensino de Química.

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Índice de tabelas

Tabela 1: Relativa à realidade dos alunos e alunas quanto a presença do

computador e smartphones no ambiente doméstico. ................................................ 31

Tabela 2: Relativa ao tema da pesquisa e o uso da sala de informática. ......... 33

Tabela 3: Referente à parte motivacional da pesquisa. .................................... 34

Tabela 4: Referente a opinião dos estudantes sobre a aula. ............................ 35

Índice de Figuras

Figura 1 - Página de Apresentação do conteúdo. ............................................. 23

Figura 2 - Prévia do conteúdo e instruções de como usar o laboratório virtual. 23

Figura 3 - Caderno e conteúdo teórico. ............................................................ 24

Figura 4 - Vídeo sobre uso de soluções ........................................................... 24

Figura 5 - Tela inicial da prática de soluções. ................................................... 24

Figura 6 - Cálculo da Massa Molar do azul de metileno ................................... 25

Figura 7 - Calculadora ...................................................................................... 25

Figura 8 - Tabela Periódica ............................................................................... 25

Figura 9 - Determinando o valor de m, em gramas e lembrete com os valores de

n e M. ........................................................................................................................ 26

Figura 10 - Determinando o valor de n em mol. ................................................ 26

Figura 11 - Escolhendo frascos com volumes determinados ............................ 27

Figura 12 - Armário com materiais .................................................................... 27

Figura 13 - Lista de Materiais............................................................................ 27

Figura 16 - Finalização das etapas antecessoras à prática experimental. ........ 28

Figura 15 - Bancada do laboratório com todos materiais. ................................. 28

Figura 14 - Informação contida nos ícones de interrogação (ajuda). ................ 28

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Sumário RESUMO ............................................................................................................ 6

Índice de tabelas ............................................................................................... 7

Índice de Figuras .............................................................................................. 7

1. Introdução ................................................................................................ 9

1.1. O que é tecnologia? ............................................................................. 9

1.2. O que é motion graphics? ................................................................. 10

1.3. Origem do motion graphics. ............................................................. 11

1.4. Algumas aplicações do motion graphics. ....................................... 11

1.5. Justificativa ........................................................................................ 13

2. Objetivos ................................................................................................ 14

3. Revisão Bibliográfica ............................................................................ 14

3.1. Educação e Escola ............................................................................ 15

3.2. O Ensino de Química ......................................................................... 16

3.3. Tecnologia no Ensino ........................................................................ 18

3.4. Tecnologia no Ensino de Química ................................................... 19

3.5. Animações e o processo de ensino e aprendizagem de Química . 20

4. Metodologia ........................................................................................... 22

5. Resultados e discussão ........................................................................ 30

6. Conclusão .............................................................................................. 36

7. Referências ............................................................................................ 38

8. Anexos ................................................................................................... 42

8.1. Anexo 1: Carta Aos Pais e/ou Responsáveis. ................................. 42

8.2. Anexo 2: Apresentação da proposta de aula aos estudantes. ...... 43

8.3. Anexo 3: Questionário que foi aplicado para obtenção de dados. 44

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9 1. Introdução

Estudar hoje sem a presença das novas tecnologias é praticamente impossível.

A todo instante toda pessoa está conectada à internet por meio do computador,

notebook, tablets e, de certo modo mais recentemente, pelo celular e/ou smartphone.

Antes de darmos início ao estudo de como será feito essa pesquisa, penso ser

válido transmitir ao leitor do que se trata essas novas tecnologias e sobre do que se

trata o termo motion graphics, de tal modo que ao longo da leitura o mesmo não

encontre dificuldades para compreensão de alguns termos que serão utilizados.

Iniciemos então com o termo tecnologia e do que se trata essa palavra.

1.1. O que é tecnologia?

Definir o que é tecnologia é, de certo modo, complexo. Tal conceito está ligado

diretamente com a evolução humana (PALACIOS, LINSINGEN, et al., 2003). Todavia,

também para Palacios et al (2003, p.40), tem-se que uma boa definição de tecnologia

seria a de “ciência aplicada”. Ou seja, é tudo que for construído/desenvolvido a partir

de estudos científicos. E, desse modo, o autor concretiza a definição de tecnologia

como sendo “principalmente um conjunto de regras” cuja dedução é oriunda das leis

científicas dependentes da “investigação científica” (PALACIOS, LINSINGEN, et al.,

2003, p. 40).

Por essa ótica, temos que a tecnologia está calcada apenas em aplicar tudo

aquilo que é desenvolvido pela ciência. Desse modo, dado que a ciência é algo que

esteja em neutralidade de valores, tudo aquilo que se origina de tal, ou seja, seus

produtos, também o serão (PALACIOS, LINSINGEN, et al., 2003).

Sendo assim, notamos que a tecnologia está presente em diversos níveis da

sociedade. Presente tanto na produção desta através de pesquisas para otimização e

melhoramento da técnica, quanto na aplicação já na indústria e/ou sociedade.

Portanto, a inserção da tecnologia, mais precisamente, das Tecnologias da

Informação e Comunicação – TIC, em sala de aula, mediada pelos professores e

professoras no ensino básico é de suma importância com o que vemos na atualidade.

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Porém, como ferramenta facilitadora, as TIC estão sendo ainda pouco

estudadas para esse propósito. Em entrevista à revista Escola da editora abril o

professor especialista em Mídia e Educação da Universidade Católica de Milão, Pier

Cesare Rivoltella, disse que aquele ou aquela docente que não estiver apto a trabalhar

com essas ferramentas e apoderar-se das mesmas ficará para trás (REVISTA

ESCOLA. 2015). Além disso retrata como é a realidade das escolas brasileiras diante

dessa situação. “Hoje, as novas gerações estão completamente ligadas à tecnologia e aos meios de comunicação. Elas fazem parte de uma cidade que não é só real mas também digital. E nesse espaço você não é brasileiro nem italiano. Os jovens de hoje são criados numa sociedade digital. Por isso, educar para os meios de comunicação é educar para a cidadania. Daí a urgência de a escola se integrar a essa realidade.” (Pier Cesare Rivoltella, 2015)

Tendo isso em vista, hoje não devemos mais perguntar se “devemos ou não

introduzir as novas tecnologias da informação e da comunicação no processo

educativo” (RESENDE, Flávia. 2002).

Após entender sobre o que é tecnologia, é importante conhecer sobre um de

seus produtos, o motion graphics. Para isso, vamos primeiro compreender do que se

trata esse termo, qual seu significado. Posteriormente, falaremos sobre origem

seguido de algumas aplicações.

1.2. O que é motion graphics?

De origem inglesa tal termo está relacionado com a união entre computação

gráfica e o vídeo digital presentes nas novas tecnologias (SANDE, 2011). É utilizado

e desenvolvido a partir de técnicas de animações de elementos gráficos ou textos.

Ambos podem estar tanto em 2D quanto em 3D e são aplicados em vídeos.

A inserção do tempo traz uma repercussão muito grande para a produção de

vídeos e animações. Aliado a essa inserção está a criação do motion graphics, que

estuda meios de usufruir de uma característica inerente à visão humana denominada

“persistência da visão” (SANDE, 2011, p. 2). Aquela nos diz que a visão humana

mantém uma imagem gravada por um certo tempo e, logo após este, é que uma nova

imagem é gravada por nossa visão, aproveitando esse intervalo de tempo os

cinegrafistas e motion designers fazem jogo de imagens as quais causam o

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movimento (SANDEL, 2011). Daí o termo motion graphics, que no português é dito

grafismo em movimento.

1.3. Origem do motion graphics.

O ser humano vem de longa data retratando situações do cotidiano através de

ilustrações. A fotografia teve início na França com Joseph Nicèphore Niépce em 1825

(BAPTISTA, 2013). Batista (2013), também retrata que pouco tempo depois, em 1895,

os irmãos Lumière inventaram o cinema e, a partir dessa criação, em 1908, veio a

criação do primeiro desenho animado, Fantasmagorie, desenvolvido pelo francês

Emile Cohl. O autor também relata que em 1928 a produção da primeira animação

sonorizada.

Todavia, é na década de 1950, com a incorporação design gráfico “às novas

tecnologias relacionadas à imagem em movimento e termos como videodesign,

broadcast design, desgin audiovisual, videografismo e motion graphics têm aparecido

no vocabulário dessa atividade” (VARGAS e SOUZA, 2013).

No campo da Química, a Walt Disney, com a produção televisiva “Our Friend

The Atom”, em 1957, traz-nos a primeira produção desse ramo da tecnologia para o

ensino de Química, mais precisamente para “mostrar o mundo invisível da Química”

(BAPTISTA, 2013, p. 7).

1.4. Algumas aplicações do motion graphics.

Como dito anteriormente, temos que esse recurso audiovisual está bastante

presente no cinema, na abertura de programas televisivos, videoclipes, desenhos

animados e afins. E, nos últimos anos, sendo muito aplicado para fins didáticos na

elucidação de conteúdos muito complexos e que exigem bastante abstração por parte

dos discentes. Todavia, por falta de cuidados, pelo menos no campo da Química,

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muitos dessas animações transmitem conceitos alternativos e podem, ao invés de

auxiliar, atrapalhar no processo de ensino e aprendizagem de determinado conteúdo.

Exemplo de conteúdos abstratos temos a cinética química, em que os discentes têm

grande dificuldade de entender o processo de reversibilidade de uma dada reação que

se encontra em equilíbrio químico devido a estarem acostumados a estudarem

apenas reações de única via, ou seja, apenas formação dos produtos. Não obstante

disso, é de conhecimento do docente de Química que há reações em que a interação

do(s) produto(s) podem regenerar o(s) reagente(s).

Após entendido o conceito de motion graphics, venho-lhes apresentar do que

se tratará essa pesquisa monográfica.

O que temos hoje são alunos e alunas pouco motivados a estudar o conteúdo

de Química por dizerem ser algo difícil, complexo e que não traz muito sentido devido

à dificuldade de compreensão e visualização associado à falta de recursos do

professor/professora no ato de lecionar tal conteúdo. Portanto, a pesquisa por novas

ferramentas didático-pedagógicas que facilitem esse intermédio que visa melhorar a

assimilação da matéria e motivem os discentes na busca pelo conhecimento

certamente trará melhor desempenho por parte destes e destas nessa disciplina. É

importante salientar que as animações também estão muito presentes no cotidiano

desses jovens, seja num filme, nos desenhos animados, seja em propagandas,

aberturas de programas de televisão, dentre outros. Assim, penso que auxiliará ainda

mais no processo de ensino e aprendizagem e a aceitação por esse recurso didático-

pedagógico.

Infelizmente, este é pouco explorado pelo campo da pesquisa na área de

Educação. Apesar de estar dentro do campo das Tecnologias da Informação e

Comunicação (TIC), o uso de motion graphics, animações, requer capacitação e

estudo de computação gráfica, aprender a manipular ferramentas e programas cuja

complexidade de manuseio dependerá do operador. Estimular os atuais profissionais

do ensino a saírem do seu comodismo do uso de lousa e giz é muito difícil. Além disso,

acredito que com mais pesquisas sobre a tecnologia aplicada na Educação

favoreceriam sua utilização bem como desmitificaria sua complexidade.

Adicionalmente, a produção do próprio material didático-pedagógico melhora a

visibilidade do professor diante dos estudantes. Demonstra um grau de conhecimento

maior e em outras áreas da ciência.

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1.5. Justificativa

Adotei essa temática para estudo devido à facilidade e apreço pelo uso da

tecnologia na e para a educação. Gosto de desafios e de fazer coisas que outras

pessoas não tem muito interesse e predisposição para executar. Além disso, venho a

um bom tempo estudando as salas de aula e seus elementos. O que percebo é o

crescente número de smartphones presentes na mesma. Aparelhos celulares capazes

de conectarem-se à internet através do sinal fornecido pela operadora de telefonia

móvel, além de contar com outros recursos como câmera fotográfica e filmadora, GPS

(sistema de posicionamento global), leitor de cartão de memória, reprodutor de áudio

e vídeo, e as funções básicas de um celular.

Uma reportagem postada no site da EBC (Empresa Brasil Comunicação)

Agência Brasil na data de 18/09/2014 às 10h09 mostra que uma pesquisa feita pela

Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) retrata “quase metade dos

domicílios brasileiros tem computador”. Ainda na reportagem diz que em 2012 o

número de domicílios continha 46,4% ao passo que em 2013 subiu para 49,5%. Em

consonância com esse fato a BBC Brasil publica em seu site que Brasil deve ter

fechado o ano de 2014 como o 4º país com maior número de acesso à internet no

mundo.

Com a tecnologia chegando em larga escala aos lares dos brasileiros, vemos

a necessidade de uma educação digital. Ensiná-los a como usar as TIC de forma

correta de modo a engrandecer seus conhecimentos. Fazer com que aprendam a

desfrutar da melhor maneira possível todos os recursos que as TIC têm para oferece-

los. Além disso, trazer mais uma referência para posteriores estudos de aplicação

desse recurso para o processo de ensino e aprendizagem.

Descrevendo o ambiente escolar, o qual será feito a pesquisa, temos uma sala

de informática dotada de computadores novos e com acesso à internet que são pouco

utilizados pelos docentes. Portanto, mais um motivo para o estudo desse recurso e

mostrar o quão útil, motivador e facilitador do processo de ensino e aprendizagem é o

motion graphics. Ou seja, todos os discentes poderão ter acesso ao material-didático

onde quer que se encontrem, uma vez que as animações a serem utilizadas para

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estudo estão disponíveis na internet para o acesso de todos e todas através do link

http://laboratorios.uaitec.mg.gov.br/praticas/medio/quimica/ano2/index.swf.

Então, como questão norteadora para essa pesquisa, temos: Quão útil e

motivador pode ser o uso de motion graphics, animações, para o processo de ensino

e aprendizagem de conteúdos de Química? Será que este recurso pode ser aplicado

em qualquer Escola? Qual o grau de dificuldade/empecilho que os professores e

professoras podem encontrar no uso dessa ferramenta?

2. Objetivos

Num âmbito mais geral o objetivo desse trabalho é a certificação de que o uso

de motion graphics é uma boa ferramenta para auxiliar no processo de ensino e

aprendizagem para conteúdos da disciplina de Química no Ensino Médio, bem como

a produção de material didático-pedagógico o qual poderá ser utilizado por todo e

qualquer professor que disponha ou não do acesso à internet na Escola.

Comprovar que este recurso pode ser usado em toda escola que disponha de

uma sala de informática dotada de computadores com ou sem acesso à internet.

Desmitificar que a computação gráfica seja algo trabalhoso e infrutífero quanto

ao seu uso para fins didático-pedagógicos.

Motivar alunos e alunas nos estudos da disciplina de Química.

Criar um meio para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem e facilitar a

questão da visualização e compreensão de conteúdos pouco assimilados por esses

estudantes.

3. Revisão Bibliográfica

A revisão bibliográfica presente nesse trabalho monográfico, será pautada em

algumas etapas até evoluir para o assunto de interesse, o uso de animações no ensino

de Química. É importante salientar que a construção desse conteúdo é pertinente para

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que se entenda como está estruturado a educação, a escola, o ensino de Química e

a aplicação da tecnologia no ensino de Química finalizando com o uso de animações,

produto das TIC no meio educacional para a Ciência Química.

Portanto, se dará início pela educação, o que ela representa perante a sociedade

e, uma análise da Escola, ambiente onde o processo educativo e formador acontece,

seguido do estudo de como se encontra o ensino de Química no país. Posteriormente,

será descrito como a tecnologia está inserida no processo de ensino como um todo

para que, em seguida, seja explanada no campo do Ensino de Química. Por fim, o

uso de animações para construção do conhecimento químico de modo a

contextualizar, motivar e propiciar melhor compreensão e assimilação dos conteúdos

dessa ciência por parte dos alunos e alunas.

3.1. Educação e Escola

A educação é o alicerce da sociedade e é nela que se busca ir além de nossas

limitações e como diz Silva (2012, p.2), “educação é crescimento contínuo, ampliação,

estímulos, busca de identidade, conhecimentos formais, informais e inovação”.

Além disso, para Lima & Leite (2012, p.73), a educação é “a maior responsável

pelas mudanças na política, na economia, nas relações sociais e na cultura de uma

sociedade”. Ainda para estes autores “a escola tem o objetivo de fornecer subsídios

necessários, e imprescindíveis, para que o educando adquira a capacidade de poder

atuar nessa sociedade de maneira coletiva e responsável”.

Todavia, para Silva (2012), o modelo para a educação atual ainda não é o ideal

e como a própria autora diz: “Se pararmos para pensar sobre educação, chegamos à conclusão que ainda não atingimos os padrões apropriados. E fazendo uma breve comparação da idade média com os tempos atuais, observa-se que o significado de educação e a didática para um ensino de qualidade eram inadequados e apesar de toda a evolução hoje ainda possuímos práticas excludentes dentro do ensino (SILVA, 2012, p. 2)”.

Diante desse fato, como diz Baptista (2013), em relação ao conteúdo de química,

o professor necessita estudar e compreender os problemas referentes ao ensino de

química além de metodologias que solucionem esses problemas. Não obstante,

Fracalanza (2002), já nos diz sobre essas questões. O autor apresenta três instâncias

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que participam desde a criação quanto da execução dessas metodologias. A primeira

instância seria os centros de pesquisas, ou seja, as Universidades. Locais onde

seriam construídas as metodologias de acordo com estudos acerca do cenário

acadêmico atual. Em segundo viria a indústria cultural, em que auxilia na produção de

novas metodologias e que supostamente incentiva a criação de tais. Porém, vão de

encontro às suas necessidades e acabam produzindo propostas que lhes melhor

favoreçam. E por fim, a terceira instância, centrada na Escola e nos professores. Tais

seriam os principais atores dessa construção. Ou seja, sítios de execução e aplicação

das novas metodologias para avaliação e retomada das pesquisas para otimizar e

melhorar o que se desenvolveu. Contudo, há certa relutância por parte dos

professores e da Escola em abarcar tais práticas. Uma vez que fará com que saiam

de sua zona de conforto e tenham que aprender o novo.

Além disso, temos que a Escola deve ser um local dito inteligível, ou seja,

ambiente que auxiliará alunos e alunas na construção do conhecimento.

Conhecimento este que será usado para sanar problemas do cotidiano. E, em uma

sociedade altamente tecnológica, a figura do(a) professor(a) não deixará de ser

importante, muito pelo contrário, será ele(a) quem mediará o conhecimento,

demonstrando para os discentes um conhecimento/informação que é verídico. Ou

seja, o professor será o filtro pelo qual toda informação adquirida via internet deve

passar antes de chegar aos estudantes (VICINGUERA, 2002).

Diante desses fatos, é importante analisar como está o ensino de Química no

país.

3.2. O Ensino de Química

O currículo do curso de Química na educação básica perpassa todo o ensino

médio e o nono ano e é nítido que em todas estas instâncias tal matéria não é bem

vista pelos discentes (LIMA e LEITE, 2012). Arroio (2006, apud LIMA e LEITE, 2012,

p.77) também retrata a questão da imagem a qual alunos e alunas adquirem que é

“completamente distorcida sobre a mesma, chegando ao ponto de considerá-la não

fazer parte do seu cotidiano”.

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17 E a realidade era para ser diferente, uma vez que, a estruturação do ensino de

ciências/química com base no PCN+ (BRASIL, 2002) retrata que, “O aprendizado de Química no ensino médio [...] deve possibilitar ao aluno a

compreensão tanto dos processos químicos em si quanto da construção de

um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações

tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas”.

(BRASIL, 2002, p. 87)

Inclusive, temos que o “Educador químico”, deve ser aquele que além de possuir

não apenas a graduação nessa Ciência como também usufruir desta para educar,

pelo ensino e realizar “pesquisas para aperfeiçoar este modo de fazer educação”

(BENITE, 2006, p. 4).

Com isso, espera-se que este discente atenda a quesitos como “julgar com

fundamentos as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da própria

escola e tomar decisões autonomamente, enquanto indivíduos e cidadãos” (BRASIL,

2002, apud LIMA e LEITE, 2012, p.87). Com isso, o ensino de Química deve ser

pautado na socialização do conhecimento científico e sistêmico que esteja em “livros,

textos pedagógicos, manuais didáticos e laboratoriais” (VICINGUERA, 2002, p. 29) e

inclusive oriundos da internet.

Mas será que a formação dos atuais professores teve esse caráter? Ou seja, o

ensino de Química, voltado para solucionar os problemas do cotidiano do(a) aluno(a),

foi trabalhado durante a graduação destes professores? Para Quadros et. al. (2011),

temos que os professores passam por um curso que dispõe de disciplinas científicas,

mas que a problematização do cotidiano ao qual está inserido não é trabalhado. Além

disso, da Silva (2011), retrata sobre a disposição dos professores nas instituinções de

ensino superior, em que a grande maioria são bacharéis e a minoria licenciandos,

além da utilização do método tradicional de ensino, há o uso de laboratórios didáticos

de baixo valor metodológico e pedagógico. Desse modo, trabalhar os conteúdos de

Química na perspectiva do cotidiano dos estudantes não é tarefa fácil para os

professores. E, com isso, ainda para da Silva (2011), há um desestímulo para os

novos professores quanto a prática docente e a busca pela inovação frente às novas

tendências educacionais.

A dificuldade do ensinar está bastante presente no dia-a-dia. Fracalanza (2002)

já dizia sobre a complexidade do magistério. Além disso, o autor também retrata

quantas metodologias para o ensino de ciências foram pesquisadas e desenvolvidas.

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Todas com intuito de auxiliar e facilitar o processo de ensino e aprendizagem. E,

dentro dessas metodologias, temos a presença da tecnologia a qual começou a ser

difundida nos anos 80 em propostas que envolvessem Ciência, Tecnologia e

Sociedade. Nessa mesma época e anos 90, o início da aplicação do computador como

ferramenta mediadora, além de começarem a usufruir das concepções construtivistas

para o ensino. E é nessa mesma época que o professor passa a ser visto como

“mediador”, ou seja, aquele que irá utilizar dos conhecimentos prévios dos alunos e

das alunas, estudar o ambiente escolar e a comunidade a qual está inserido para

trabalhar, de modo contextualizado, o conteúdo de Química (BENITE, 2006, p. 9).

A partir de então, novos estudos, pautados nessas metodologias vem sendo

estudados. Santos (2005), relata sobre a inserção das TIC em consonância com o

construtivismo bem como Giordan (2005), com o uso do computador e a Teoria da

Ação Mediada. Desse modo, a tecnologia vem para auxiliar na compreensão e

elaboração de teorias e metodologias com intuito de resolver o novo paradigma da

Educação, ou seja, a participação ativa do aluno no processo de ensino e

aprendizagem (VICINGUERA, 2002).

Desse modo, é chegado o momento de saber: Como a tecnologia está abarcada

no ensino de modo geral?

3.3. Tecnologia no Ensino

Sob a ótica de que não mais podemos pensar em educação sem perpassar pela

aplicação das TIC no auxílio do processo de ensino e aprendizagem. Diversos

pesquisadores têm dito o quão importante é o uso desta na sala de aula. Todavia,

como diz Resende (2002) “Sabemos, entretanto, que os meios, por si sós, não são capazes de trazer contribuições para a área educacional e que eles são ineficientes se usados como ingrediente mais importante do processo educativo, ou sem a reflexão humana. Mesmo aqueles que defendem a tecnologia, proclamando apenas seus benefícios, deveriam considerar que a tecnologia educacional deve adequar-se às necessidades de determinado projeto político-pedagógico, colocando-se a serviço de seus objetivos e nunca os determinando”. (Flávia Resende, 2002, p.1)

Calcado na educação tecnológica alicerçada à teoria do construtivismo, muitos

pesquisadores têm trabalho com essa temática (RESENDE, 2002. GIORDAN, 2005.

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SANTOS, 2005. CASTILHO e RICCI, 2006). Tal teoria trata-se de construir o

conhecimento mediante o saber prévio do discente e o favorecimento da reflexão

“sobre suas próprias ideias – encorajando-os a compararem-nas com o conhecimento

cientificamente aceito – e procurarem estabelecer um elo entre esses dois

conhecimentos” (JÓFILI, 2002, p. 196).

Desse modo, o professor deve ser além de instigador pela busca do

conhecimento, deve estimular o olhar crítico desse jovem para com a sociedade que

o rodeia, ou seja, “que transcendesse os muros da escola e refletisse na sua atuação

na sociedade” (JÓFILI, 2002, p. 197). Entretanto, o ensino de química, muitas das

vezes, está fora de contexto, sendo apresentado apenas teoricamente sem estar

ligado ao cotidiano do aluno, acarretando assim num processo de “memorização”

(SILVA, 2012, p. 4).

Portanto, é necessário trabalhar questões metodológicas e inovadoras que

sejam apreciadas tanto pelos estudantes quanto pelos professores. Para tanto,

diversos estudos em tecnologia no Ensino, seja com a presença do computador em

sala de aula (GIORDAN, 2005. BENITE, 2006), seja também para educação e prática

cidadã (AGUIAR e PASSOS, 2015) estão sendo realizados. Adicionalmente, o

professor deve estar em constante estudo acerca dessas questões metodológicas e

didáticas, ou seja, participar de mais cursos de pós-formação (formação continuada)

afim de estar sempre atualizado com as novas tendências, inclusive, saber mediar

melhor a utilidade da tecnologia em sala de aula de modo mais objetivo e conciso

(ANDRADE, 2011).

Diante desses fatos, é importante agora analisar como a tecnologia está sendo

utilizada e tratada no campo do Ensino de Química.

3.4. Tecnologia no Ensino de Química

Temos que antigamente o computador, produto tecnológico inovador, era usado

apenas para intuito militarista ou para resolução de cálculos complexos. Porém, com

a inserção deste na educação e com a criação da rede mundial de computadores, a

internet e, restringindo a descrever para o ensino de Química, contribuiu de forma

incrível como meio de divulgar o conhecimento acadêmico. Além disso, atualizar

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informações, busca de novos conhecimentos e saberes, tanto por parte dos

professores e das professoras quanto por parte dos alunos e das alunas em qualquer

instância do Ensino (Básico ao Superior) (BENITE, 2006).

Além do mais, temos que a aplicação de alguns produtos das TIC, como por

exemplo softwares educacionais podem, na medida que o docente souber mediar,

auxiliar no processo de ensino na aprendizagem em ambientes que os laboratórios

físicos de Química, ciência a ser analisada, não são suficientes, ou até mesmo

impossíveis, para ministrar aula(s) prática(s) e concomitantemente contextualizar com

o cotidiano dos discentes (VICINGUERA, 2002).

Ainda para Vicinguera (2002), tem-se que o computador é algo que seja muito

bem visto e quisto por parte dos estudantes. Há certa motivação, por parte daqueles,

na busca pelo conhecimento enquanto essa ferramenta pedagógica é usada de modo

coeso e coerente mediante a realidade em que vivem (o contextualizar). Inclusive,

afirma e categoriza a utilização do computador em sala de aula de modo a sistematizar

todo o conteúdo, e, sempre que possível, atualizando os dados, fomentando mais

informações. Com isso, estimula-se, ainda mais, a curiosidade, o entusiasmo, a fluidez

do conteúdo e o já dito contextualizar, ou seja, problematizar situações corriqueiras

do cotidiano do estudante e saná-los de modo prático através desses artefatos

tecnológicos, o computador em consonância com a internet.

Desse modo, Almeida (2003) nos diz que “a nova tecnologia irá ampliar as possibilidades. Em parte, porque um volume gigantesco de informação estará à disposição dos alunos, e por outro lado, porque os computadores, aparentemente, propiciam um tipo mais prático de actividade educacional do que as operações mentais que dominam a aprendizagem mais tradicional na sala de aula. Em suma, as TIC podem, em teoria, não só melhorar como revolucionar o ensino. Tudo depende, contudo, da forma como são (ou não) utilizadas”. Delfina Machado Almeida, 2003, p. 3

3.5. Animações e o processo de ensino e aprendizagem de Química

No que tange o campo das animações, ou também conhecidas como

simulações, Almeida (2003) diz que estas servem para trabalhar conceitos muito

complexos. Inclusive aqueles que dificilmente são perceptíveis para os alunos e as

alunas em um laboratório convencional (real). Além disso, a autora retrata na

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“possibilidade de desenvolver hipóteses, testá-las, analisar resultados e aperfeiçoar

os conceitos” (ALMEIDA, 2003, p. 7).

Porém, antes disso, é importante ressaltar sobre a evolução do uso do

computador para criação dessas animações, ou mesmo softwares que trabalhem por

esse viés. Ribeiro e Greca (2003), respaldam sobre essa questão. A priori, as autoras

nos falam que a utilização dos computadores para a Química iniciou-se com apenas

pesquisas no ramo da Físico-Química, o que posteriormente foi estendido para a

Química Orgânica e Inorgânica (GLADWIN, MARGERISON E WALKER, 1992, apud

RIBEIRO E GRECA, 2003). Todavia, as mesmas nos dizem sobre a falta de

“simulações de qualidade para serem usadas por alunos” (RIBEIRO e GRECA, 2003,

p. 543). Desde então, “designers” passaram a remodelar softwares que já tinham

sidos produzidos para o ensino com intuito de deixa-lo mais atrativos (RIBEIRO e

GRECA, 2003, p. 543).

Ribeiro e Greca (2003, p. 544) também discorrem a respeito do próprio aluno

criar as animações, de modo que, sejam posteriormente avaliadas quanto ao caráter

conceitual admitido pela “comunidade científica ou com experimentos laboratoriais”.

Em detrimento disso, Penner (apud RIBEIRO e GRECA, 2003, p. 544) nos diz o

seguinte: “Este procedimento de confrontação permite ao educando perceber seus enganos, fazer uma reflexão crítica sobre o modelo criado e operacionalizar as mudanças necessárias, fazendo a transposição dos seus conceitos intuitivos para concepções mais sistematizadas, rumo a um conhecimento mais axiomático, de desenvolvimento de um modelo sintético”. E. D. Penner, 2000-2001, apud Ribeiro e Greca ,2003, p. 544.

Não obstante, Fiscarelli, Oliveira e Bizelli (2009) relatam sobre a questão vigente,

motivação na busca pelo desenvolvimento das animações frente a existências destas,

porém em língua estrangeira (Inglês), algo que não seria problema, mas que não é

adotado pelos discentes e, por isso, não usufruem desse recurso. Inclusive, retratam

sobre a baixa qualidade em relação a “didática”, simplificações e “limitações” quando

estas se apresentam apenas em “bidimensionalidade” (FISCARELLI, OLIVEIRA e

BIZELLI, 2009, p. 1).

Ainda para os autores e autora, a importância de se criar as animações decorre

do fato de que, nem sempre é possível realizar experimentos para os alunos e as

alunas em sala de aula ou no laboratório da Escola, uma vez que, há conceitos muito

complexos e abstratos no campo da Química, como dito anteriormente. Além do mais,

relatam que tais experimentos demandam de infraestrutura e materiais – reagentes –

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que comumente são muito caros. Assim, as animações, como recurso didático-

pedagógico tem valor de investimento baixo, auxilia na visualização e assimilação dos

conteúdos mais complexos e, algo bastante importante, podem ser feitas e refeitas

com melhor flexibilidade do que os experimentos os quais produzem resíduos para

posterior tratamento.

A criação das animações deve ser algo bem planejado, havendo necessidade,

inclusive, da construção de roteiros, como diz Baptista (2013). Reforçando essa ideia,

Benite, Benite e Filho (2011, p. 73), falam a respeito do “planejamento, modelagem e

avaliação” da construção do que chamam “objetos virtuais de aprendizagem”, o que

no caso desse trabalho serão as animações. Para os autores e autora, o planejamento

deve constar a metodologia a ser utilizada e a questão conceitual, em modelagem,

retratam sobre a questão estética e de transmissão do conteúdo e, por fim, a avaliação

é feita mediante resolução de exercícios correspondentes aos textos estudados e

vistos nas animações. Adicionalmente, as animações devem atuar não em apenas um

canal receptor (visão), mas sim, em dois, como o auditivo também. Ou seja, deve se

concernir entre o visual e o som (multimídia) de modo que prenda atenção do aluno e

da aluna e junto da imagem tenha sons (fala/discurso) para facilitar o processo de

assimilação e gravação do conhecimento (FISCARELLI, OLIVEIRA e BIZELLI, 2009).

4. Metodologia

A princípio será explicado para todos os alunos e todas as alunas que a aula a

ser ministrada será um pouco diferente do que estão acostumados. A mesma ocorrerá

no laboratório de informática de uma Escola da rede estadual de ensino do Estado

das Minas Gerais situada na cidade de Viçosa, que gentilmente, cedeu o espaço para

execução da aula, a qual será feita a pesquisa. Portanto, deverá ser feito a

conscientização para o uso desses equipamentos e em relação ao acesso à internet,

para que não haja desvio do propósito da aula com acesso a redes sociais e a mesma

perca sua utilidade, comprometendo a pesquisa. Desse modo, será ministrado uma

aula antes em sala de aula convencional explicando o que será feito na aula seguinte

e entregando um termo de compromisso dos mesmos para com a pesquisa e

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apresentação prévia do conteúdo, cuja abordagem se dará através da interação

desses e dessas para com o computador.

Então, já em laboratório, será ministrado uma aula inserindo o conteúdo de

soluções, demonstrando como é o processo de preparação de uma solução em

ambiente laboratorial através do link abaixo.

http://laboratorios.uaitec.mg.gov.br/praticas/medio/quimica/ano2/index.swf.

E o estudante irá se deparar com a seguinte imagem.

Com a página carregada, os estudantes irão clicar em PREPARO DE

SOLUÇÕES e iniciar o estudo desse conteúdo de Química disponível no site. Em

seguida, será carregada uma nova página a qual temos uma imagem abaixo.

Nesse momento, será entregue aos participantes o questionário para

responderem. Não obstante, haverá uma etapa prévia de leitura e apresentação do

conteúdo. Como visto na imagem acima, temos três opções à direita da imagem –

CADERNO, VÍDEO e, PRÁTICA – as quais serão vistas nessa mesma sequência.

No caderno, imagem que está representada na próxima imagem, está contido

todo o conteúdo teórico de soluções. Nesse momento, será solicitado a leitura de cada

parágrafo por um estudante e uma breve discussão sobre o que compreenderam. De

Figura 1 - Página de Apresentação do conteúdo.

Figura 2 - Prévia do conteúdo e instruções de como usar o laboratório virtual.

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tal modo, que o conceito de soluções e a parte matemática sejam bem assimiladas e

compreendidas pelos alunos e alunas participantes da pesquisa.

Após a leitura do caderno, os discentes irão acessar a aba do vídeo. Tal item

tem uma demonstração de para que serve o estudo de soluções e como é o preparo

de uma em laboratório. Todo o passo-a-passo para a preparação da mesma.

Uma vez que já tenham visto o vídeo será dado início à parte prática da aula. Tal

conteúdo está presente na aba PRÁTICA e terá como tela inicial a imagem abaixo.

A seguir, temos algumas imagens com todo o processo, cálculos e preparo da

solução. Ou seja, todo o passo-a-passo que foi feito pelos estudantes para estudo do

quão motivados ficarão a partir dessa metodologia adotada.

Figura 3 - Caderno e conteúdo teórico.

Figura 4 - Vídeo sobre uso de soluções

Figura 5 - Tela inicial da prática de soluções.

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25 Previamente, serão feitos os devidos cálculos para determinação da massa

molar do azul de metileno, substância a qual será usada para preparação de uma

solução de concentração igual a C = 0,15 mol.L-1. Assim sendo, temos:

Para tal realização, os alunos terão de apoio, uma tabela periódica e uma

calculadora que constam, respectivamente nos ícones à esquerda do aquário como

demonstrado nas próximas duas figuras.

Após o cálculo da massa molar, os discentes irão realizar, na próxima janela, um

cálculo afim de determinar o valor da quantidade de substância n (mol), para, em

seguida, determinar a quantidade de massa, em gramas, que deve ser medida para o

Figura 6 - Cálculo da Massa Molar do azul de metileno

Figura 8 - Tabela Periódica

Figura 7 - Calculadora

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preparo da solução de 10 mL de concentração anteriormente mencionada. Abaixo, as

imagens que representam as janelas de cada etapa.

Na imagem acima, vemos também que os dados necessários para determinação

de m, em gramas, são armazenados em um lembrete que fica na parte lateral

esquerda. Assim, fica fácil para o aluno ou aluna lembrarem dos valores que

precisarão utilizar e substituir na fórmula e na calculadora.

Prosseguindo com o processo, agora que os alunos e as alunas já sabem o

quanto de azul de metileno precisarão pesar, é dirigido para o laboratório virtual para

execução do preparo propriamente dito.

Com isso, temos, a seguir, algumas imagens retratando quais materiais que

serão utilizados na parte experimental. São elas:

Figura 10 - Determinando o valor de n em mol.

Figura 9 - Determinando o valor de m, em gramas e lembrete com os valores de n e M.

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Na figura acima, temos exemplo, de como escolher os frascos como balão de

fundo chato que tem volume pré-definido, que, no caso, é de 10mL. Depois de

selecionado é arrastado, com auxílio do mouse, até a área branca para marcar a

escolha e, em seguida, ir para a bancada e preparar a solução, como mostrado na

figura abaixo.

Figura 13 - Lista de Materiais

Figura 12 - Armário com materiais

Figura 11 - Escolhendo frascos com volumes determinados

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Depois de todas as etapas anteriores, agora os discentes irão fazer a parte

experimental da animação. Momento em que será colocado em prática aquilo que

viram no vídeo antecedente à prática. A seguir, terá algumas figuras demonstrando

todo o passo-a-passo até a solução final.

Após todo os procedimentos de preparo da solução será apresentado uma

animação adicionando um certo volume, 5mL, da solução no aquário.

Figura 14 - Finalização das etapas antecessoras à prática experimental.

Figura 15 - Bancada do laboratório com todos materiais.

Figura 16 - Informação contida nos ícones de interrogação (ajuda).

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Como atividade final, os alunos e alunas irão fazer um cálculo no intuito de

determinar qual o valor da nova concentração recorrente a adotar que o volume do

aquário seja de 100L. Abaixo temos uma sequência de imagens que respaldam bem

essa parte final.

E, por fim, os estudantes são parabenizados por terem feitos todos os devidos

cálculos como mostrado na próxima imagem.

Figura 17 - Adição da solução de azul de metileno no aquário.

Figura 18 - Determinação da concentração final.

Figura 19 - Lembrete final.

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Após terminarem a realização da parte experimental, todos e todas estudantes

terminarão de preencher o questionário o qual servirá de base de dados para

avaliação do quão motivados ficarão com essa nova forma de ministrar os conteúdos

de Química.

5. Resultados e discussão

De cunho qualitativo, a pesquisa analisa a motivação e viabilidade do uso de

animações interativas, construídas por meio do motion graphics, que auxiliem no

processo de ensino e aprendizagem quanto aos conteúdos de Química. Como já dito

na metodologia, os dados foram obtidos mediante aplicação de questionário e, a

primeira parte, teve intuito de averiguar a realidade em que se encontra os alunos e

alunas que participaram da pesquisa.

No que diz respeito ao número de participantes na presente pesquisa, houve a

participação de treze discentes dos quarenta que haviam previamente confirmado

presença para a aula na qual foi explorada com intuito de obtenção dos dados. Atribuo,

primeiramente, a desistência destes estudantes devido a atividades do lar, atividades

remuneradas exercidas extra turno, em detrimento das condições financeiras da

família. Bastante presente nos dias de hoje, Avila, Avila e Aguinsky (2005) relatam

sobre essa questão o trabalho infanto-juvenil tem origem na Revolução Industrial,

momento histórico e de grande demanda por mão-de-obra. “Destarte, o trabalho infanto-juvenil, decorrente de um processo histórico, econômico e social, está diretamente relacionado, dentre outros fatores, à pobreza. A precarização do trabalho, o desemprego, os salários insuficientes são determinantes que impulsionam à entrada precoce de crianças e

Figura 20 - Término da parte experimental.

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adolescentes no mercado de trabalho, pois os pais no intuito de aumentar a renda acabam por sujeitar os filhos a tal atividade”. (Líselen Avila; Evelisen Avila e; Beatris Aguinsky, 2005, p. 5)

Além disso, temos a questão alvo do trabalho, a motivação. Muitos dos jovens

de hoje não têm muito estimulo para estudarem. Recorrente ao fato da

descontextualização do Ensino, bem como, a prática tradicional de lecionar. Tal

metodologia, no campo da Química, resulta, muitas das vezes, apenas no processo

de “memorização de informações, fórmulas e conhecimentos que limitam o

aprendizado dos alunos” (SANTOS, SILVA, et al., 2013). Desse modo, acredito que

muitos dos estudantes não compareceram à aula devido ao desestímulo e ao

conteúdo a ser abordado.

Abaixo, temos uma tabela com dados obtidos em pesquisa referentes às

questões objetivas do questionário, o qual se encontra em anexo dessa monografia.

Questões objetivas/Aluno(a) Q1 Q2 Q3 Q4

Aluno 01 Sim Pessoal Sim Sim, com acesso

Aluno 02 Sim Familiar Sim Sim, com acesso

Aluno 03 Sim Familiar Sim Sim, com acesso

Aluno 04 Sim Familiar Sim Sim, com acesso

Aluno 05 Sim Pessoal Sim Sim, sem acesso

Aluno 06 Sim Familiar Não Sim, sem acesso

Aluno 07 Sim Pessoal Sim Não

Aluno 08 Sim Pessoal Sim Sim, com acesso

Aluno 09 Sim Familiar Não Não

Aluno 10 Sim Familiar Sim Sim, com acesso

Aluno 11 Sim Pessoal Sim Sim, com acesso

Aluno 12 Sim Pessoal Sim Não

Aluno 13 Não - - Não Tabela 1: Relativa à realidade dos alunos e alunas quanto a presença do computador e smartphones no

ambiente doméstico.

Ao analisar-se a tabela quanto à presença do computador no ambiente

doméstico dos treze discentes participantes da pesquisa, apenas um não possui

computador e/ou notebook em seu lar. Além disso, dos doze que responderam possuir

computador e/ou notebook em casa, seis responderam que tal é de uso pessoal o que

nos remete que os demais participantes possuem computador cujo uso é de toda

família. Temos também que dez possuem acesso à internet ao passo que apenas dois

não possuem. Em relação ao cenário nacional, o Brasil já possui 136 milhões de

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computadores em uso1 e, associado a isso, o acesso à internet no país também tem

aumentado. Pesquisa aponta que acesso à internet alcança o valor de 49,4% da

população, valor obtido através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

(PNAD)2. Esse dado, de acordo com a PNAD, refere-se a indivíduos acima de 10 anos

e que tenham acessado a internet num período de até 90 dias antecessores ao da

pesquisa. Todavia, tal acesso, não está ligado apenas via computador/notebook,

como relata pesquisa, também foi contabilizado o acesso via aparelhos móveis. Diante

desse fato, foi averiguado quantos dos discentes presentes na pesquisa possuem

smartphones.

Sendo assim, referente a possuir smartphone, sete dos estudantes que fizeram

parte da pesquisa além de possuírem esse aparelho acessa a internet pelo mesmo.

Há dois estudantes que têm o aparelho, mas não acessam a internet pelo mesmo e

quatro não possuem smartphone. Hoje o número de smartphones é maior que o de

computadores, visto em pesquisa3. Esses dados são oriundos de levantamentos feitos

pela Faculdade Getúlio Vargas. Com isso, é nítido a preocupação em se estudar e

pesquisar o uso das TIC no ambiente escolar, recorrente ao fato de que esses

aparelhos estão cada vez mais presentes em sala de aula. O(A) professor(a) deve

estar se atualizando a todo instante com essas novas metodologias com intuito de

trazer novidades para a sala de aula. Adicional a isso, poder contextualizar com maior

fluidez os conteúdos de Química.

Já, a respeito do tema da pesquisa e para conhecimento do pesquisador sobre

a quantidade de vezes que os alunos e as alunas já usufruíram da sala de informática

da Escola com alguma finalidade acadêmica. Para isso, estão demonstrados os dados

tabelados das questões 5 e 6 do questionário logo abaixo.

Questões objetivas/Aluno(a) Q5 Q7

Aluno 1 Não Sim Aluno 2 Não Sim Aluno 3 Não Sim Aluno 4 Não Sim Aluno 5 Não Sim Aluno 6 Não Não Aluno 7 Não Sim Aluno 8 Não Sim

1 Pesquisa feita pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas divulgada no site BRASIL POST no dia 24-04-2014, associado à revista Abril.

2 Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgada no site da Empresa Brasil de Comunicação na data de 29-04-2015.

3 Notícia do site INFO online na data de 17-04-2015, do Grupo Abril®.

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Aluno 9 Não Sim Aluno 10 Não Sim Aluno 11 Não Sim Aluno 12 Não Sim Aluno 13 Não Sim

Tabela 2: Relativa ao tema da pesquisa e o uso da sala de informática.

Tratando agora sobre o tema da pesquisa, foi solicitado aos estudantes

relatarem se já ouviram o termo motion graphics e, em unanimidade, como visto na

tabela acima, responderam que não, era a primeira vez. Algo interessante aos olhos

do pesquisador. Vivenciamos em uma era que a computação gráfica é bastante

presente em nosso dia-a-dia seja na criação de anúncios animados, propagandas

televisivas, filmes animados e outros e mesmo assim os estudantes relatam que era

a primeira vez que ouviam o termo mencionado anteriormente. E, portanto, não houve

respostas para a sexta questão do questionário a qual seria respondida no intuito de

saber em que situação os estudantes haviam escutado o termo.

Quanto ao uso da sala de informática da Escola, percebemos que quase todos

já haviam utilizado o espaço para fins didáticos. Houve 5 alunos que disseram ter tido

aula sobre comunicação aplicada, em que era um programa do governo que

acrescentou o sexto horário para as turmas do Ensino Médio com o programa

Reinventando. Outros 5 alunos disseram ter utilizado o espaço para pesquisa na área

de turismo em relação a cidades turísticas e/ou históricas. Teve dois alunos que

responderam que utilizaram a sala de informática na disciplina de geografia, porém,

não lembraram o conteúdo abordado. Por fim, houve apenas um aluno que não utilizou

a sala de informática para alguma atividade seja em aula seja para pesquisa.

Temos até aqui dados que nos auxilia a perceber a realidade em que vivem

esses alunos e alunas. Tantos aparatos tecnológicos disponíveis e não sendo

utilizados ou até mesmo educando-os a fazer bom uso desses aparelhos. Como já

dito, o papel do professor no cenário acadêmico atual não é de ser substituído pelo

computador, muito pelo contrário, é de trabalhar em conjunto com a ferramenta no

auxílio a mediar o conhecimento através desta. Até porque, é algo imprescindível que,

suspostamente, todos brasileiros e brasileiras terão em seus lares aparelhos

eletrônicos que tenham acesso à internet, seja via computador/notebook, seja via

tablet e/ou smartphone como já visto em reportagens ditas acima. Andrade (2011)

relata que o pouco uso da sala de informática da Escola está ligado ao pouco, ou

nenhum, conhecimento dessa área pelo professor. Além disso, discorre sobre o uso

da mesma na Educação dizendo o seguinte:

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“A realidade nos mostra que os laboratórios escolares de informática estão presentes em grande parte das escolas públicas de nosso país. O que surpreende é a forma como os mesmos estão sendo utilizados ou pouco utilizados. Nossos professores não se sentem confiantes o suficiente para utilizar estas ferramentas em seu trabalho cotidiano. Assim, vemos possibilidades de interação, conhecimento, pesquisa, descobertas e aprendizagens pouco exploradas devido à pouca ou má utilização dos recursos midiáticos já presentes nas escolas”. (Nair Fátima da Silva Andrade, 2011, p. 1)

No que concerne um dos pilares desse estudo, saber o grau de motivação e

interesse dos alunos e das alunas, quanto à metodologia e a didática adotada para

ministrar uma aula usando animações, o acesso à internet e a inserção do conteúdo,

teve-se ótimos resultados. Vejamos a tabela abaixo a qual consta os resultados das

questões 9 e 11, relativas ao quão motivados esses estudantes ficaram mediante a

abordagem adotada para inserção do tema.

Questões objetivas/Aluno(a) Q9 Q11

Aluno 1 Muito satisfeito Sim, bastante motivado Aluno 2 Satisfeito Sim, bastante motivado Aluno 3 Satisfeito Sim, bastante motivado Aluno 4 Satisfeito Sim, pouco motivado Aluno 5 Satisfeito Sim, bastante motivado Aluno 6 Muito satisfeito Sim, bastante motivado Aluno 7 Muito satisfeito Sim, bastante motivado Aluno 8 Muito satisfeito Sim, bastante motivado Aluno 9 Muito satisfeito Sim, bastante motivado Aluno 10 Muito satisfeito Sim, bastante motivado Aluno 11 Muito satisfeito Sim, bastante motivado Aluno 12 Satisfeito Sim, bastante motivado Aluno 13 Satisfeito Sim, bastante motivado

Tabela 3: Referente à parte motivacional da pesquisa.

No que se refere a questão nove do questionário, a qual indaga aos discentes

sobre o grau de satisfação, têm-se que sete, dos entrevistados marcaram a primeira

opção em que retrata sobre alto grau de satisfação e a expectativa do aluno e da aluna

quanto a aula foi melhor do que esperavam. Os seis demais participantes

responderam estarem satisfeitos com a aula e dizem que já esperavam por esse tipo

de metodologia adotada.

A última questão do questionário, questão onze, solicitou-se aos alunos que

respondessem de acordo com o grau de motivação perante a aula apresentada. Doze

estudantes marcaram a opção referente a alto grau de motivação, ao passo que

apenas um, marcou a opção de que se sentiu pouco motivado. Desse modo, é mais

um indício que temos para inferir, positivamente, sobre o uso das animações como

meio didático-pedagógico que auxilie no processo de ensino e aprendizagem para os

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novos estudantes e incentive, cada vez mais, a busca pelo conhecimento químico cuja

importância para construção de um cidadão crítico é imprescindível nos dias de hoje.

Na questão dez do questionário, solicitou-se a opinião dos alunos e alunas sobre

o método utilizado, se tal meio de lecionar facilitava a compreensão sobre o conteúdo

abordado. Todos responderam que sim e respostas estão na tabela abaixo.

Questão 10 - Na sua opinião, o método utilizado facilitou sua compreensão a respeito do

conteúdo abordado? Aluno 1: "Sim, pois ensina química que é chata de uma maneira divertida e legal". Aluno 2: "Sim, porque foi interessante o modo de ensinar a química de um jeito mais fácil e legal". Aluno 3: "Sim, bastante, pois o que era explicado de um modo difícil sem ir por partes foi explicado com começo, meio e fim". Aluno 4: "Sim, pois além de explica, se ensina no prática também, mesmo sendo pelo computador". Aluno 5: "Sim, porque a química fica mais divertida assim". Aluno 6: "Sim, porque me ajudou com exemplos de um jeito simples e de fácil aprendizado". Aluno 7: "Sim, pois ele junta a química com alguns jogos e brincadeiras". Aluno 8: "Sim, pois ensina a química de forma interessante". Aluno 9: "Sim". Aluno 10: "Sim". Aluno 11: "Sim". Aluno 12: "Sim. Ficou mais fácil aprender utilizando a prática do que apenas a teoria". Aluno 13: "Sim. Ficou mais fácil aprender utilizando a prática do que apenas a teoria".

Tabela 4: Referente a opinião dos estudantes sobre a aula.

Em geral, todos e todas confirmam terem gostado do método. Algumas

respostas são bem interessantes de serem analisadas. Delatando sobre a resposta

do aluno 3, temos um caso de um aluno que não compreendia aquilo que o professor

lecionava em sala de aula através do ensino tradicional e descontextualizado. Um

conhecimento sem nexo e que não favorecia a aprendizagem e a fixação do conteúdo.

Além disso, muitos retrataram que a metodologia didático-pedagógica adotada

faz com que aula fique mais interessante e facilite a compreensão, inclusive torna a

mesma mais divertida fazendo com que esses discentes prestem mais atenção. Tal

fato pode ser demonstrado nas falas de alguns estudantes, Aluno 1, Aluno 2, Aluno 5

e Aluno 7.

E, para reforçar essa ideia, Souza, Passos e Vilar (2015), relatam que a

utilização das TIC, de modo estruturado e bem planejado, auxilia na motivação dos

estudantes pela busca do conhecimento seja ele em qualquer disciplina.

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36 6. Conclusão

Diante dos dados obtidos em pesquisa e referente à revisão bibliográfica

apresentada, é nítido o favorecimento e auxílio das TIC no processo de ensino

aprendizagem. Este trabalho exemplifica o uso da computação gráfica, por meio do

motion graphics, na construção de materiais didático-pedagógicos que instigam a

busca pelo conhecimento e traz, aos olhos dos estudantes, facilidade de assimilação,

compreensão e fixação do conteúdo abordado em sala de aula.

O(A) moderno(a) professor(a) deve sempre estar “antenado(a)” com o mundo à

sua volta. Deve inteirar-se das novidades tecnológicas e, de certo modo, apropriar-se

delas para incrementar seu discurso e prática docente. O método dito tradicional de

ensino já não é bem quisto pelos alunos e pelas alunas nos dias de hoje. Estes

estudantes vivem em tempos que o smartphone está se tornando algo comum em seu

meio e, concomitantemente, o acesso à rede mundial de computadores, fonte incrível

de informações.

É notório também que o papel do professor, como mediador do conhecimento

dito pela teoria do construtivismo, ou como Giordan (2005) se refere com a Teoria da

Ação Mediada, é importante e fundamental. Advindo que há muitas informações

errôneas publicadas na internet, o professor deve tomar os devidos cuidados para não

gerar nos estudantes concepções alternativas. Estar apto a mediar o conhecimento e

ser como Rivoltella (2015) menciona em entrevista:

“O papel do professor que usa a tecnologia é parecido com o do diretor de um

filme. Trata-se de um professor –diretor, que não se limita a falar, mas passa a

direcionar o uso dos meios de comunicação pelos alunos”.

No que diz respeita, a construção do próprio material didático, utilizando o motion

graphics, pode ser algo laborioso e demandar de muito tempo. Todavia, a recompensa

pelo esforço é eminente. Em diversos estudos sobre animações no ensino de Química

(GIORDAN, 2005; FISCARELLI, OLIVEIRA e BIZELLI, 2009; BENITE, BENITE e

FILHO, 2011; ANDRADE, 2011; BAPTISTA, 2013) foi comprovado a benfeitoria que

tais têm causado no processo de ensino e aprendizagem. Os alunos e as alunas têm

dados ótimos feedbacks quanto a essa prática metodológica, o que incentiva, cada

vez mais, a melhora da prática docente.

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37 Acredito que as novas TIC e, seus derivados, irão auxiliar cada vez mais nesse

processo. Inclusive há muito ainda o que pesquisar para melhorar, otimizar e até

mesmo reestruturar a aplicação destas em sala de aula. Adicionalmente, melhorar a

infraestrutura das futuras Escolas com a finalidade de estarem aptas a implantar os

produtos oriundos das TIC. Além disso, melhorar a capacitação dos professores e

professoras em cursos de formação continuada, para facilitar o emprego e utilização

desses produtos em ambiente escolar.

Por fim, uma sugestão para as próximas pesquisas é na aplicação de

questionários. Abaixo, algumas perguntas que podem ser feitas para melhor conhecer

a realidade dos estudantes.

• Você trabalha?

• Você gosta de jogos eletrônicos?

• Joga em que plataforma, videogame, celular e/ou computador?

• Se joga no computador, esses jogos são online?

• Quais são os tipos de jogos que gostam de jogar?

Agora, algumas indagações sobre meios de obtenção de informações. Tais

perguntas terão o intuito de caracterizar qual a fonte de recursos que os jovens adotam

fora da sala de aula.

• Já buscou simulações na internet para estudar Física, Química ou outra

disciplina?

• Assiste aula pelo Youtube® ou sites similares?

Assim, ter-se-á dados para respaldar na construção das novas animações que

utilizem elementos do cotidiano dos alunos e das alunas e chamem mais a atenção

dos mesmos e das mesmas. E, com isso, tornar o conteúdo de Química ou outra

disciplina, como Física, por exemplo, mais atrativa e motive a busca pelo

conhecimento por parte dos discentes.

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38 7. Referências

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42 8. Anexos

8.1. Anexo 1: Carta Aos Pais e/ou Responsáveis.

Senhores Pais e/ou Responsáveis Meu nome é Augusto Theodoro de Carvalho, portador do documento de

identidade MG – 15.504.446, estudante do curso de licenciatura em Química pela

Universidade Federal de Viçosa e, no presente semestre participo da disciplina de

monografia a qual visa a elaboração de um trabalho para conclusão do curso.

O trabalho, cujo desenvolvimento também inclui a participação de dois

professores do departamento de Química, visa a elaboração e construção de novos

materiais didáticos que facilitem o processo de ensino e aprendizagem para os

estudantes do ensino médio quanto ao conteúdo de Química. É de longa data que já

se ouve falar na grande dificuldade que alunos e alunas encontram ao cursar essa

disciplina no Ensino Médio. Em detrimento disso, várias abordagens pedagógicas têm

sido elaboradas e pesquisadas para auxiliar facilitar a assimilação e compreensão

dessa ciência pelos estudantes. Eu venho pesquisar o uso das Tecnologias da

Informação e Comunicação, conhecidas como TIC, aplicadas na educação. Como

material a ser analisado utilizarei uma ferramenta chamada de motion graphics, que

no caso são animações que inclusive estão muito presentes em nosso dia-a-dia. Seja

em uma abertura de canal de televisão, em uma propaganda, como também nos

desenhos animados dentre outros.

Então, avaliarei se essa ferramenta auxilia no processo de ensino e

aprendizagem e motiva os alunos e as alunas a buscarem mais pelo conhecimento e

mostre que a ciência da natureza Química não é complicada. O material da pesquisa

está disponível na internet e pode ser acessado através do seguinte link:

http://laboratorios.uaitec.mg.gov.br/praticas/medio/quimica/ano2/index.swf

Desse modo, solicito a assinatura de algum responsável autorizando a

participação do(s) filho(s) e/ou da(s) filha(s) para essa pesquisa. A aula terá duração

de uma hora e meia (1h30), será ofertada na própria Escola e terá início no horário

das 16h00.

Desde já agradeço a compreensão, colaboração e aproveito para desejar um

ótimo dia!

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43 Forte saudoso abraço a Todos e a Todas!

Atenciosamente,

Augusto Theodoro de Carvalho

8.2. Anexo 2: Apresentação da proposta de aula aos estudantes.

APRESENTAÇÃO

Prezado(a) aluno(a), o presente questionário tem como finalidade investigar a

importância e a validade do uso das TIC - Tecnologias da Informação e Comunicação

- no processo de ensino e aprendizagem. Será abordado na pesquisa o uso de motion

graphics. Ao que se percebe as animações estão cada vez mais presentes em nosso

cotidiano. Mas, o que vem a ser motion grafics? A melhor tradução é grafismo em

movimento, ou seja, é a “manipulação de camadas de imagens temporizadas de todos

os tipos”. Aqueles podem ser textos, formas, fotos, vídeos, ilustrações, objetos 3D e

outros. Desse modo, será dada uma aula para que se avalie/pesquise o quanto motiva

e ajuda nos estudos sobre conteúdos de Química do Ensino Médio.

Então, agora que estão familiarizados com o que se trata a pesquisa, vou falar

sobre a aula. O conteúdo a ser abordado é o de soluções, mais especificamente sobre

o preparo de uma solução em um laboratório. Muitas das Escolas brasileiras não

possuem laboratório para práticas experimentais de química, física e/ou biologia muito

menos condições de serem feitas em sala de aula para melhor chamar a atenção do

aluno e da aluna bem como motivá-los a quererem saber mais sobre determinado

conteúdo. Entretanto, apresentam em sua infraestrutura laboratórios de informática

em que os computadores podem ou não estarem conectados à internet. O conteúdo

estará disponível para posteriores acessos e novos estudos através do seguinte link:

http://laboratorios.uaitec.mg.gov.br/praticas/medio/quimica/ano2/index.swf

A respeito do questionário teremos perguntas mais pessoais, referentes à

residência de cada um e, em seguida, a opinião sobre o método didático pedagógico

escolhido para lecionar o conteúdo. Vantagens, desvantagens e a opinião de cada

aluno e aluna que estiverem participando da pesquisa.

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44 Desde já agradeço a ajuda e a solidariedade para o cumprimento da pesquisa e

obtenção de dados para posterior análise. Aproveito e também desejo que tenhamos

uma boa aula!!!

8.3. Anexo 3: Questionário que foi aplicado para obtenção de dados.

QUESTIONÁRIO Prezado(a) aluno(a). Espero que responda as questões desse questionário

com franqueza e sinceridade uma vez que o mesmo faz parte de uma pesquisa a qual

poderá trazer melhorias para o ensino básico público. Nesse questionário constam 11

perguntas simples sendo algumas objetivas e outras discursivas. Desde já agradeço

sua participação!

Primeiramente, para conhecer a realidade a qual se encontra responda as

seguintes perguntas, por gentileza.

1. Em sua residência há computador(es) e/ou notebook(s)? Em caso negativo, por

favor, vá para a questão 5.

( ) Sim.

( ) Não.

2. Em caso afirmativo na questão anterior e a quantidade for apenas um, esse

aparelho é de uso pessoal ou familiar?

( ) Pessoal;

( ) Familiar.

3. Você tem acesso à internet pelo computador/notebook em sua residência?

( ) Sim, tenho acesso à internet.

( ) Não possuo acesso à internet.

4. Você possui smartphone? E, em caso afirmativo, acessa à internet pelo mesmo?

( ) Sim, possuo smartphone e acesso à internet por ele.

( ) Sim, possuo smartphone mas não acesso à internet por ele.

( ) Não possuo smartphone.

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No que diz respeito ao tema dessa pesquisa, responda as perguntas abaixo.

5. Em relação ao tema dessa pesquisa, você já se deparou em algum lugar, seja

jornal, revista, internet, televisão ou outro meio de comunicação e informação que

fazia alguma referência ao termo motion graphics, animações?

( ) Sim. Qual (is)? ________________________________________.

( ) Não, primeira vez.

6. Em caso afirmativo para a questão anterior, você lembra como foi apresentado o

termo motion graphics?

Agora, tratando-se a respeito da aula e da forma como foi realizada, por

gentileza, responda os seguintes questionamentos.

7. Você já teve, alguma vez durante o ensino médio, aula na sala de informática de

sua escola?

( ) Sim.

( ) Não.

8. Em caso afirmativo, lembra qual foi o conteúdo e como foi abordado?

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9. Em relação a aula, qual o grau de satisfação? Foi como esperado?

( ) Estou muito satisfeito(a) e foi mais do que o esperado.

( ) Estou satisfeito(a) e foi como esperado.

( ) Estou um pouco satisfeito(a).

( ) Não estou satisfeito(a) com a aula. Porque? Justifique se sentir à vontade para

isso.

10. Na sua opinião, o método utilizado facilitou sua compreensão a respeito do

conteúdo abordado?

11. Em termos de motivação. Você se sentiu motivado a aprender mais o conteúdo

devido à forma didático-pedagógica adotada? E o quanto se sentiu motivado?

( ) Sim, bastante motivado.

( ) Sim, pouco motivado.

( ) Sim, mas sou indiferente quanto à forma de abordagem.

( ) Não. Não me adequei bem ao método utilizado.

( ) Não. Outro motivo. Qual? _____________________________________.

Obrigado pela participação!!!