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Universidade Federal de Uberlândia Avenida Engenheiro Diniz, 1.178 – Bairro Martins – CEP 38.400–462 Uberlândia/MG PLANO DE EXPANSÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA PERÍODO 2008-2012 Proposta da Comissão designada para elaboração de Projeto para inclusão da UFU no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais - REUNI Uberlândia (MG), dezembro de 2007

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Universidade Federal de Uberlândia Avenida Engenheiro Diniz, 1.178 – Bairro Martins – CEP 38.400–462

Uberlândia/MG

PLANO DE EXPANSÃO DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

– PERÍODO 2008-2012 –

Proposta da Comissão designada para elaboração de Projeto para inclusão da UFU no

Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais - REUNI

Uberlândia (MG), dezembro de 2007

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Dados da Universidade:

Universidade Federal de Uberlândia

Avenida Engenheiro Diniz, 1178 – Caixa Postal, 593

38400-902 – Uberlândia, MG

Telefone: 34-3239-4811 – Fax: 34-3239-0099

Dirigente: Prof. Dr. Arquimedes Diógenes Ciloni.

3

Perfil institucional: vocação para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão

com qualidade

Com sede na cidade de Uberlândia/MG, a UFU é o principal centro de referência em Ciência e

Tecnologia de uma ampla região do Brasil que engloba o Triângulo Mineiro, o Alto Paranaíba, o

noroeste e partes do norte de Minas, o sul e o sudoeste de Goiás, o norte de São Paulo e o leste

do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso. Neste âmbito, polariza a oferta de vagas e de cursos

de graduação e pós-graduação, o desenvolvimento da pesquisa e da extensão e responde, em

grande medida, pela formação dos quadros profissionais das IES recém criadas na cidade e seu

entorno, bem como pela formação continuada de docentes das redes de ensino da Educação

Básica e Profissional. Mantém estreitas relações com a comunidade, de vez que os serviços

oferecidos nas diversas áreas conferem-lhe uma importância singular, tornando-a uma instituição

de grande prestígio para a coletividade. A relação que mantém com a comunidade local e

regional é orgânica, isto é, ao desenvolvimento das cidades e do campo corresponde com a

formação de profissionais capacitados em mais de 30 áreas específicas e com a qualidade dos

serviços oferecidos, constituindo-se em agente de integração da cultura nacional e da formação

de cidadãos. É, pois, fundamental para o desenvolvimento político, científico e social de toda a

região.

A UFU é uma Instituição de Educação Superior, integrante do Sistema Federal de Ensino. Foi

autorizada a funcionar pelo Decreto-Lei n° 762, de 14/08/1969 e federalizada pela Lei n° 6.532,

de 24/05/1978. O processo de sua criação teve início com a fusão de faculdades isoladas já

existentes em Uberlândia: Filosofia, Ciências e Letras, Direito, Ciências Econômicas, Federal de

Engenharia, Artes, Odontologia, Medicina Veterinária, Educação Física e Escola de Medicina e

Cirurgia. Com a federalização, as faculdades isoladas foram transformadas em departamentos e

passaram a integrar o Centro de Ciências Humanas e Artes, o Centro de Ciências Biomédicas e o

Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, suportes da estrutura acadêmica à época adotada.

Em 1994, por aspirações de mudanças no modo de gestão institucional, a UFU desencadeou

discussões que convergiram para um novo projeto estatutário. Sob nova configuração

administrativa foram constituídas Unidades Acadêmicas, em cujos âmbitos são exercidas as

funções essenciais ao desenvolvimento do Ensino, da Pesquisa e da Extensão, e Unidades

Especiais de Ensino, responsáveis pela oferta da Educação Básica e Educação Profissional

Técnica de Nível Médio. Em 2006, criou um Campus Avançado, na cidade de Ituiutaba/MG - o

Campus do Pontal, marcando uma etapa importante de sua história.

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Hoje conta com 28 Unidades Acadêmicas e oferece 57 Cursos de Graduação, 24 cursos de

Mestrado, 12 de Doutorado e aproximadamente 40 Cursos de Especialização em todas as áreas

do conhecimento. Conta ainda com duas Unidades Especiais de Ensino que oferecem Educação

Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos na modalidade de cursos supletivos

para o Ensino Fundamental e Médio e Educação Profissional de Nível Médio, com formação

inicial e continuada de trabalhadores da área de saúde.

Em 30/11/2007, o corpo docente dos três níveis de ensino, composto por professores efetivos e

substitutos, alcançava 1.334 docentes; sendo que dentre os 961 professores efetivos do ensino

superior 66% possuem titulação de doutor ou superior e 22% detém o mestrado. O corpo

técnico-administrativo contava com 3.289 servidores em quadro permanente, com 1.563 no

Hospital de Clínicas e dentre os demais 1.726 servidores estavam 265 de nível superior, 1.073 de

nível médio e 388 de apoio.

Em 31/12/2006, o corpo discente estava constituído por 13.450 alunos de graduação presencial,

500 em graduação à distância, 1.429 de pós-graduação stricto-sensu, 407 de pós-graduação lato-

sensu, 145 de residência médica, 261 de educação profissional técnica de Nível Médio na área da

Saúde, 225 de Educação Infantil, 599 do Ensino Fundamental, 150 da Educação de Jovens e

Adultos e 1.006 de Línguas Estrangeiras, totalizando 18.172 alunos.

Do conjunto das Instituições de Ensino Superior Federais a UFU desfruta de um conceito de

excelência. Indicadores adotados pelo CNPq, FAPEMIG, INEP e SESu mostram que a

instituição mantém excelentes resultados acadêmicos e absorve uma forte demanda reprimida

por vagas na educação universitária pública no espaço de sua atuação.

A UFU busca desenvolver e difundir, por meio do ensino, todas as formas de conhecimento

teórico e prático, visando à formação de pessoas capacitadas para o exercício da investigação,

bem como para o magistério e os demais campos de trabalho nas áreas culturais, artísticas,

científicas, tecnológicas, políticas e sociais; estuda questões sócio-econômicas, educacionais,

políticas e culturais da sociedade com o propósito de contribuir para o desenvolvimento

sustentável, local, regional e nacional, bem como para melhorar a qualidade de vida da

população. Estabelece formas de cooperação com os poderes públicos e outras instituições

científicas, culturais e educacionais brasileiras e estrangeiras.

No âmbito da pesquisa, destaca-se nas áreas das Engenharias, Ciências Exatas e da Terra, na área

das Ciências Humanas, das Ciências Sociais Aplicadas, das Ciências Biológicas e na área das

Ciências da Saúde.

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Nos âmbitos da prestação de serviços e da extensão universitária evidencia-se pela oferta

permanente de cursos de formação continuada de professores das redes estaduais e municipais e

na oferta para a população em geral, de cursos de língua estrangeira. Na área da saúde, mantém o

Hospital de Clínicas de Alta Complexidade, Hospital do Câncer e Hemocentro, Hospital

Odontológico, Hospital Veterinário, Clínica Psicológica e o Centro Nacional de Excelência

Esportiva que desenvolve projetos para o esporte olímpico e para-olímpico.

No âmbito da Educação Básica, participa de forma referenciada na formação científica e cidadã

de crianças, de jovens e adultos, servindo, ainda, como campo de estágio para a formação inicial

de educadores que atuarão nas redes de ensino, na formação de professores e na proposição de

novas metodologias para este nível da Educação Nacional.

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O Contexto da Proposta da Universidade Federal de Uberlândia

Justificativa, conceitos e fundamentos

Por reconhecer a importância das universidades públicas brasileiras na construção da identidade

social e do projeto de Nação e ainda, ciente do papel que desempenham na formação de

profissionais competentes e bem preparados para o exercício profissional, a Universidade

Federal de Uberlândia, num esforço coletivo liderado pela atual gestão administrativa vem,

desde 2002, pautando nas reuniões dos Conselhos Superiores da Instituição o tema da qualidade

do ensino e da ampliação da oferta de vagas e de cursos, seja no âmbito de graduação ou no de

pós-graduação.

Nessa perspectiva o Conselho de Graduação definiu os parâmetros de qualidade, situando a

solidez de uma formação contextualizada e articulada à capacidade reflexiva e crítica como um

dos princípios orientadores dos Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação, e,

especificamente no enfrentamento da questão das vagas ociosas, encaminhou a decisão pelo

preenchimento dessas vagas públicas, regularizando a publicação de editais para os processos

seletivos de transferência.

O Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação também estabeleceu uma série de parâmetros,

reorientando os currículos e o processo de formação de pesquisadores nos diferentes programas

de ensino pós-graduados.

O Conselho de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis, por sua vez, iniciou o estabelecimento

de políticas que convergem para o amadurecimento do estudante, tomado como sujeito político,

visando contribuir para a formação cidadã de nossos acadêmicos.

O Conselho Diretor definiu os critérios de distribuição de recursos, de distribuição de vagas

docentes, de seleção, avaliação e acompanhamento do desempenho dos servidores.

Desde 2003 o Conselho Universitário aprovou a criação, na própria sede, de 4 novos cursos de

graduação e a implantação de 17 novos cursos de mestrado e 6 de doutorado e em 2006 aprovou

a criação de seu Campus Avançado na Cidade de Ituiutaba/MG, ampliando consideravelmente

sua oferta de cursos e de vagas públicas. Por essas medidas, a Universidade Federal de

Uberlândia registra, hoje, um índice de expansão de vagas na graduação na ordem de 31,4% e de

125% do total de vagas na pós-graduação stricto-sensu.

O tema da expansão de oferta de vagas e da criação de novos cursos na UFU foi também objeto

de atenção específica de uma Comissão que estudou, em 2003-2004, diferentes alternativas para

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a expansão da graduação. Os resultados evidenciaram que na possibilidade de existência de

recursos orçamentários capazes de sustentar uma expansão qualificada, a Instituição, além da

abertura de seu campus avançado, apresenta uma boa disposição para o crescimento,

especialmente com a criação de novos cursos.

Em 2005 iniciou o processo de discussão e elaboração de seu Plano Institucional de

Desenvolvimento e Expansão – PIDE, cujo período de execução abrangerá os anos de 2008 a

2012. Dentre os objetivos apresentados no PIDE configura-se a clara intenção de expandir a

oferta de cursos e de vagas e, para concretizá-la, a UFU referencia-se em valores e/ou princípios

orientadores de uma expansão qualificada de vagas e cursos, articulada ao fomento da pesquisa,

da extensão e à promoção de todo o desenvolvimento institucional. Tais valores ou princípios

são:

Inserção social: universidade em sintonia com a sociedade.

A UFU está convicta de que os conhecimentos e saberes produzidos no seu interior constituem

patrimônios sociais destinados a todos os indivíduos. Esta compreensão a mantém em

permanente sintonia com as demandas sociais de formação educacional e profissional e em

constante interação com o universo das relações sociais de trabalho e desenvolvimento social.

Por este princípio reafirma sua opção por um modelo de sociedade inclusiva e para a promoção

dos direitos de cidadania e liberdades individuais.

Ensino público e gratuito: bem a serviço da sociedade.

A observação da gratuidade do ensino e a compreensão do caráter público da instituição levam a

UFU ao entendimento de que os conhecimentos produzidos, assim como o ensino ministrado,

constituem-se em patrimônios sociais e/ou bens públicos destinados a todos os indivíduos da

sociedade. A observância a este princípio orienta a oferta de cursos desde a Educação Básica,

Educação Profissional, Educação de Jovens e Adultos, até os de Graduação e de Pós-graduação

stricto-sensu em todas as áreas do conhecimento.

Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão: suposto de qualidade ao trabalho

acadêmico.

A universidade é, por excelência, o espaço do ensino, da pesquisa e da extensão que,

desenvolvidos de modo indissociável, imprimem qualidade ao trabalho acadêmico. A

observância a este princípio favorece a aproximação da UFU com a sociedade, pois fomenta a

reflexão, a crítica e o cultivo intelectual, enquanto atribui significado social aos conhecimentos e

aos saberes.

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Autonomia universitária: liberdade acadêmica na busca de soluções criativas.

A existência de espaços verdadeiramente livres para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o

pensamento, a arte e o saber, torna-se imprescindível quando se pretende participar do

desenvolvimento da sociedade e contribuir na formação de seus cidadãos. No exercício de sua

autonomia a UFU orienta-se para uma atuação contextualizada, participativa, responsável e

transparente na busca de soluções criativas como resposta às demandas institucionais, locais,

regionais e nacionais.

Valorização das pessoas e de seu trabalho: caminho para o desenvolvimento profissional e o

envolvimento institucional.

Os segmentos definidos pelos servidores, docentes e técnicos administrativos, bem como o

trabalho que desenvolvem cotidianamente no interior da Instituição compõem forças que,

associadas a uma política de valorização profissional e de envolvimento institucional, conduzem

ao pleno funcionamento das ações universitárias.

Preservação do ambiente: condição para o desenvolvimento institucional sustentável.

O modo como a Instituição se relaciona com o espaço sócio-ambiental revela a compreensão que

tem sobre a importância de seu crescimento e desenvolvimento para toda a sociedade. A

preocupação com a melhoria de sua infra-estrutura, com a produção científica e tecnológica e

com o desempenho institucional se associa ao compromisso com a preservação do ambiente

biofísico e social, conduzindo as ações em correspondência aos interesses coletivos. Na

definição dos rumos é preciso, portanto, ainda considerar o impacto das ações propostas nas

condições reais de vida da comunidade.

Tendo-os por referência e ainda considerando a possibilidade de dotação orçamentária dirigida

para a reestruturação e expansão das IFES, apresentada pelo Governo Federal com a edição do

“Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais -

REUNI”, como uma oportunidade de ampliação e execução de seu próprio Plano de

Desenvolvimento Institucional, a Universidade Federal de Uberlândia propõe-se a:

• Expandir, sob critérios de qualidade, a oferta de vagas e de cursos.

• Intensificar e aprimorar a produção da pesquisa em suas diferentes modalidades.

• Intensificar o desenvolvimento de programas e projetos de extensão integrados com a

comunidade local e regional.

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• Democratizar o acesso ao ensino superior e promover a inclusão social.

• Promover a permanência do estudante e reduzir a defasagem ingresso/conclusão dos

cursos de graduação.

• Ampliar e otimizar o uso dos recursos infra-estruturais.

• Preservar e revitalizar o ambiente biofísico e social para o bem estar individual e

coletivo.

• Aprimorar o sistema de gestão de pessoas para o bom desempenho institucional e a

satisfação profissional dos servidores.

• Aprimorar os sistemas de planejamento, desenvolvimento e gestão institucional

qualificando o atendimento e os processos de trabalho.

Em que pese a importância desses objetivos no cumprimento de sua função social, a UFU tem

clareza de que sua consecução é incompatível com condições infra-estruturais precárias e com

insuficiência no seu quadro de servidores (docentes e técnicos administrativos). Por essa razão,

prevê o alinhamento de sua proposta a ações dirigidas para a ampliação de seu quadro de

servidores (docentes e técnicos administrativos) como condição para a oferta de uma formação

igualada àquilo que as universidades públicas têm oferecido, pois estruturada no tripé ensino-

pesquisa-extensão, com regime de tempo integral e dedicação exclusiva por parte de seus

docentes.

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As dimensões do Plano de Reestruturação

A1 - Ampliação da oferta de Educação Superior na UFU

Diagnóstico da situação atual

A UFU ofereceu no ano de 2007, um total de 2.910 vagas para ingressantes em cursos de

graduação. Destas, 920 são vagas noturnas, representando percentual de 31,6% do total geral de

vagas. As vagas noturnas são proporcionadas, majoritariamente, por cursos que oferecem a

modalidade da licenciatura (conjugada ou não com a modalidade bacharelado) em diferentes

áreas do conhecimento.

Em 2006, a instituição ofertou um total de 2.245 vagas na graduação, sendo 480 em cursos

noturnos. Se o total de vagas noturnas em 2007 foi de 920, isso indica um acréscimo de 440

vagas em relação ao ano anterior; o que corresponde a 91,66% de expansão de vagas no noturno,

o que revela o esforço da UFU no processo de sua expansão, notadamente no período noturno e

em cursos de formação de professores.

Esse esforço de expansão é também observável no nível da Pós-Graduação stricto sensu. A

oferta desses cursos na UFU tem sido intensa nos últimos anos, o que tem promovido uma

qualidade maior em toda formação superior na universidade. Entre 2000 e 2007 foram criados 20

novos cursos, sendo 11 cursos de mestrado e 9 de doutorado. Somados aos cursos já existentes -

os primeiros datam de 1985 -, a instituição oferece hoje 36 cursos (24 mestrados e 12

doutorados). Considerando apenas os últimos cinco anos (2002-2007), a expansão na pós-

graduação stricto sensu atinge 40%. Enfim, considerando o histórico desse nível de formação na

UFU, notamos que 50% dos cursos de mestrado e 80% dos de doutorado foram criados na última

década.

O total de alunos matriculados na pós-graduação em 2006 foi da ordem de 1.429, perfazendo 344

dissertações e 38 teses defendidas nesse ano. Nos programas estão envolvidos 395 professores

permanentes, colaboradores e visitantes.

Cursos de Graduação

No caso dos cursos de graduação, as Tabelas 1 e 2 permitem observar os percentuais atuais de

vagas nos seus diferentes turnos e cursos:

11

Tabela 1 - Vagas oferecidas nos cursos de graduação por turnos (2007)

Turno N° Vagas/Ano % sobre Total

Diurno 1.990 68,4

Noturno 920 31,6

Total 2.910 100

Tabela 2 - Vagas ofertadas no período NOTURNO por curso, campus e modalidade (2007).

Curso Nº. de

Vagas/Ano

Campus Modalidade de curso

Física 40 Pontal Licenciatura e Bacharelado

Geografia 40 Pontal Licenciatura e Bacharelado

História 40 Pontal Licenciatura e Bacharelado

Matemática 40 Pontal Licenciatura e Bacharelado

Química 40 Pontal Licenciatura e Bacharelado

Ciências Biológicas 40 Pontal Licenciatura

Pedagogia 40 Pontal Licenciatura

Ciências Contábeis 40 Pontal Bacharelado

Sub-Total 320 → 34,8%

Artes Visuais 40 Sta. Mônica Licenciatura e Bacharelado

Filosofia 40 Sta. Mônica Licenciatura e Bacharelado

Geografia 40 Sta. Mônica Licenciatura e Bacharelado

História 40 Sta. Mônica Licenciatura e Bacharelado

Física 40 Sta. Mônica Licenciatura

Letras 40 Sta. Mônica Licenciatura

Pedagogia 40 Sta. Mônica Licenciatura

Administração 80 Sta. Mônica Bacharelado

Ciências Contábeis 80 Sta. Mônica Bacharelado

Direito 80 Sta. Mônica Bacharelado

Sub-Total 520 → 56,5%

Enfermagem 80 Umuarama Licenciatura e Bacharelado

Sub-Total 80 → 8,7%

Total 920 → 100%

12

Desde 2003, a UFU vem trabalhando no sentido da expansão na oferta de vagas, seja através da

criação de cursos novos, seja através da ampliação de vagas em cursos já existentes. Além disso,

criou em 2006 e implantou em 2007 o campus avançado do Pontal (cidade de Ituiutaba/MG). A

Tabela 3 traz a ampliação já empreendida desde 2003 nos cursos de graduação dos Campi de

Uberlândia e no Campus do Pontal.

Tabela 3 – Ampliação de vagas e cursos (2003-2006).

UBERLÂNDIA

Curso criado Nº. de vagas/ano

Turno Modalidade de curso Criado em

Engenharia Mecatrônica

40 Integral Bacharelado 2003

Física de Materiais 30 Diurno Bacharelado 2005

Engenharia Biomédica

40 Integral Bacharelado 2006

Biomedicina 25 Integral Bacharelado 2007

Sub-Total 135 vagas

Aumento de vagas Aumento de vagas

Turno Modalidade de curso Ano

Teatro 10 Integral Licenciatura e Bacharelado 2007

Sub-Total 10 vagas

PONTAL

Curso criado Nº. de vagas/ano

Turno Modalidade de curso Criado em

Física 80 Diurno/noturno Licenciatura e Bacharelado 2006

Geografia 80 Diurno/noturno Licenciatura e Bacharelado 2006

História 80 Diurno/noturno Licenciatura e Bacharelado 2006

Matemática 80 Diurno/noturno Licenciatura e Bacharelado 2006

Química 80 Diurno/noturno Licenciatura e Bacharelado 2006

Ciências Biológicas 80 Diurno/noturno Licenciatura 2006

Pedagogia 80 Diurno/noturno Licenciatura 2006

Ciências Contábeis 40 Noturno Bacharelado 2006

Administração 40 Diurno Bacharelado 2006

Sub-Total 620 vagas

TOTAL 765 vagas

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Cursos de Pós-graduação

A Tabela 4 permite visualizar a expansão na oferta de cursos na Pós-Graduação stricto sensu nos

anos 2006 e 2007:

Tabela 4 – Ampliação da oferta de cursos na Pós-Graduação (2006-2007).

Programa Curso Ano de implantação

Pós-Graduação em Letras Mestrado em Teoria Literária 2006

Pós-Graduação em Educação Doutorado em Educação 2006

Pós-Graduação em História Doutorado em História 2006

Pós-Graduação em Química Doutorado em Química 2006

Pós-Graduação em Matemática Mestrado em Matemática 2007

Pós-Graduação em Filosofia Mestrado em Filosofia 2007

Pós-Graduação em Economia Doutorado em Economia 2007

Quer na graduação, quer na pós-graduação, há demandas por mais ampliação. Porém, por

limitações no investimento em recursos humanos e em infra-estrutura, fica comprometido o

crescimento na oferta de vagas de ingresso bem como a criação de novos cursos.

Metas a serem alcançadas com cronograma de execução

Metas 2008 2009 2010 2011 2012

Meta 1 - Ampliar vagas nos processos seletivos de

ingresso à UFU para mais 1.350 vagas anuais,

distribuídas em turnos e cursos novos, bem como

em cursos já existentes;

x x x x

Meta 2 - Ampliar matrículas na pós-graduação para

mais 402 matrículas no mestrado e 455 matrículas

no doutorado, totalizando 857, distribuídas em

cursos de pós-graduação novos e já existentes.

x x x x

14

Meta 1

A proposta de ampliação da oferta na graduação da UFU para o período 2008-2012 contempla

1.350 novas vagas/ano para ingresso. Essa ampliação indica novas vagas em cursos já existentes,

em turnos novos e em cursos novos. Participam desse esforço 22 Unidades Acadêmicas, com 31

Cursos, abrangendo várias áreas do conhecimento, inclusive com propostas de cursos que

atendem novas demandas profissionais para a sociedade contemporânea.

Total 2008 2009 2010 2011 2012 Cursos de Graduação em

expansão

Existentes

9

Novos

22

31

3

16

10

2

0

Total de vagas de ingresso 1.350 60 690 560 40 0

Noturno 310 30 80 200 0 0

Detalhamento da Meta 1

1- Ampliação de vagas em cursos graduação já existentes

UA Cursos Turno Vagas atuais

Vagas

Novas

Filosofia/Licenciatura e Bacharelado N 40 10

FAFCS Música/ Licenciatura e bacharelado D 40 10

Arquitetura e Urbanismo/Bacharelado D 25 10

FAURB Design de Interiores/Bacharelado D 25 10

FACOM Ciência da Computação/Bacharelado D 60 20

FECIV Engenharia Civil/Bacharelado D 35 10

FEQUI Engenharia Química/Bacharelado D 60 30

FEELT Engenharia Elétrica/Bacharelado D 40 40

FEELT Engenharia Biomédica/Bacharelado D 40 20

Total 160

15

2- Ampliação de vagas em cursos graduação – Turnos Novos.

UA Cursos Turno

novo Vagas novas

INBIO Ciências Biológicas/ Licenciatura N 50

Teatro/ Licenciatura N 20

FAFCS Filosofia/ Licenciatura e Bacharelado D 30

FACIC Ciências Contábeis/ Bacharelado D 80

FAGEN Administração/Bacharelado D 80

Total 260

3- Ampliação de vagas em cursos graduação – Cursos Novos.

UA Cursos novos Turno Vagas

novas

ILEEL Tradução/Bacharelado N 20

FACOM Sistemas de Informações/Bacharelado N 120

IQUFU Química/Licenciatura e Bacharelado N 30

FAMAT Estatística/Bacharelado N 60

ILEEL Letras: Língua Espanhola/Licenciatura D 30

FAFCS Teatro: Dança-teatro/Bacharelado D 20

FACED Comunicação Social: Jornalismo/Bacharelado D 40

FAGEN Gestão da Informação/ Bacharelado D 80

IE Relações Internacionais/ Bacharelado D 80

FAMED Nutrição/Bacharelado D 60

FAEFI Fisioterapia/Bacharelado D 60

INFIS Física Médica/Bacharelado D 70

16

INGEB Biotecnologia/Bacharelado D 40

ICIAG Engenharia Ambiental/Bacharelado D 80

IGUFU Geografia Bacharelado D 20

FAMEV Zootécnica/Bacharelado D 80

FEMEC Engenharia Aeronáutica/Bacharelado D 40

Total 930

Meta 2

A ampliação de matrículas nos cursos de pós-graduação da UFU para o período 2008-2012

contempla 857 matrículas/ano. Essa ampliação, em cursos novos e já existentes, é resultado do

esforço de 11 Unidades Acadêmicas e 15 Programas de Pós-Graduação em diferentes áreas de

conhecimento: Artes; Arquitetura; Ciências Sociais; Direito Público; Estudos Lingüísticos;

Teoria Literária; Ensino de Ciências; Educação Física; Química; Biologia Celular Aplicada;

Genética e Bioquímica; Física; Biologia Vegetal e Odontologia.

Estratégias para alcançar as metas:

A racionalização do espaço físico na UFU permitirá, num percentual mínimo, atender à

expansão, notadamente no turno noturno no campus Umuarama. Entretanto, a expansão da UFU,

aqui proposta, somente poderá ser viabilizada com o aumento de pessoal e de infra-estrutura que

garantam as condições para a formação com qualidade. Nesse sentido, a UFU reitera seu

compromisso com uma educação pública, gratuita e de qualidade. Para tal, a ampliação do

quadro docente, em regime de dedicação exclusiva e do quadro de técnico-administrativos,

conforme tabela abaixo, é imprescindível.

Para ambas as metas, as estratégicas são:

1. Prover recursos humanos da categoria de docentes em regime de dedicação exclusiva e

da categoria de Técnicos Administrativos.

17

2. Ampliar a infra-estrutura para atender à expansão de vagas de ingresso e de matrículas

projetadas para o período 2008-2012;

3. Aperfeiçoar a utilização de espaços físico já existente na UFU;

4. Prover recursos financeiros para a manutenção geral das atividades ampliadas pelo Plano.

Ampliação de Recursos Humanos:

PESSOAL 2008 2009 2010 2011 2012 TOTAL

Docentes DE 40 117 205 288 340 340

Nível

Intermediário 40 98 147 178 184 184 Técnicos

Administrativos Nível Superior 20 37 46 48 48 48

232

Ampliação da Infra-estrutura

A infra-estrutura está aquém do necessário na maior parte dos cursos já existentes desta

universidade. Nos últimos anos, esforços têm possibilitado a ampliação do espaço físico, mas

que ainda se apresenta insuficiente. A dificuldade relativa à aquisição, manutenção e reposição

de equipamentos têm sido, do mesmo modo, considerada como um problema que requer rápida

e eficaz solução. Assim, os investimentos necessários a este Plano, e traduzidos pelos valores

monetários abaixo, são imprescindíveis para também assegurar a expansão planejada.

Investimentos 2008 2009 2010 2011 Total

Edificações 3.987.719,92 12.000.000,08 10.000.000,00 7.574.880,00 33.562.600,00

Infra-estrutura 1.500.000,00 2.000.000,00 1.100.000,00 440.000,00 5.040.000,00

Equipamentos 800.000,00 1.500.000,00 1.500.000,00 1.134.892,32 4.934.892,32

Ampliação dos recursos de Custeio e manutenção geral da UFU, correspondentes a esta expansão, conforme Quadro abaixo:

18

ORÇAMENTO DE CUSTEIO POR ANO E TOTAL (2008-2012)

(em mil reais)

Orçamento 2008 2009 2010 2011 2012 Total

Professores Equivalentes 2.219,6 2.492,3 11.375,5 15.981,1 18.866,6 54.935,1

TAs. Superior 379,7 702,4 873,2 911,2 911,2 3.777,5

TAs. Intermediário 636,2 1.558,8 2.338,1 2.831,2 2.926,6 10.290,9

Bolsas Assistência

Estudantil

90 450 1.260 2.100 3.600 7.500

Custeio 832,0 9.986,7 10.158,3 17.676,5 28.255,1 61.909,5

Etapas

A expansão de vagas depende do atendimento à ampliação de quadro docente e de técnicos, bem

como dos investimentos, conforme indicados anteriormente.

Ações 2008 2009 2010 2011

Implantação de novos cursos, de turnos novos e de vagas em

cursos existentes

x x x x

Construção do Campus do Glória x x x x

Construção do espaço físico necessário x x x x

Contratação dos Recursos humanos necessários x x x x

Aquisição e/ou manutenção dos equipamentos e mobiliários

necessários

x x x x

Acompanhamento e avaliação da implantação do Plano x x x x

19

Indicadores

• Número de vagas nos processos seletivos de ingresso à graduação na UFU;

• Número de matrículas nos cursos de pós-graduação – mestrado e doutorado;

• Número de campus instalado;

• Número de m2 construídos;

• Número de docentes contratados;

• Número de técnicos administrativos contratados.

20

A.2- Redução das taxas de evasão

Diagnóstico da situação atual:

Estudos evidenciam que as taxas de evasão escolar decorrem de diferentes fatores como, por

exemplo, falta de identificação com o curso, insuficiência de assistência estudantil, ingresso

precoce na universidade, dentre outros. A escolha de uma profissão nem sempre é realizada com

segurança pelo ingressante na educação superior e, por vezes, alunos se “desencantam” diante

das reais características do curso escolhido e das exigências de um processo específico de

formação profissional, além de muitas vezes advirem de baixas condições sociais e se

confrontarem com a necessidade de rápido ingresso no mercado de trabalho. Certamente que

estas situações contribuem para a ocorrência de desistências, abandonos, ou mesmo

jubilamentos, que incidindo sobre a permanência, comprometem os índices de terminalidade ou

conclusão e produzem números indesejáveis de evasão.

Conhecedora dos transtornos pessoais, afetivos ou pedagógicos que tais desacertos significam

para os alunos, suas famílias e a comunidade, a UFU tem se mostrado sensível ao problema e à

questão da redução das taxas de evasão escolar, entendendo que, além da ampliação de

oportunidades de acesso ao ensino superior, outro desafio ao processo de democratização da

educação superior está em garantir a permanência e a terminalidade neste nível de ensino. Ações

nesse sentido já vêm sendo desenvolvidas pela UFU.

Entretanto, especialmente no que se refere aos programas de assistência estudantil (destacados

no item E.1. – Políticas de Inclusão), estes têm se mostrado limitados no sentido de assegurar

àqueles alunos de nível socioeconômico precário as condições para permanecerem não só na

universidade, mas por vezes na própria localidade dos campi, já que dados evidenciam que

parcela significativa dos alunos que ingressam na UFU são oriundos de cidades não apenas do

Estado de Minas Gerais, mas também de outras unidades da federação como São Paulo, Goiás e

Mato Grosso, o que faz com que a demanda por assistência e apoio aos estudantes seja

significativa. Isto coloca um desafio maior para esta Instituição no sentido de pensar políticas e

ações que favoreçam a permanência de uma parcela dos alunos na universidade.

A insuficiência de recursos humanos e financeiros necessários à implantação de programas e

ações dirigidas para a permanência e apoio psicopedagógico ao estudante certamente é um fator

que dificulta um adequado encaminhamento de soluções para este problema. Os atuais limites

orçamentários impossibilitam que as crescentes demandas sobre os programas de assistência

estudantil possam ser atendidas, sobretudo no que diz respeito ao auxílio moradia e à bolsa-

21

alimentação - fatores que se relacionam com a evasão escolar na UFU. Quanto ao último fator,

embora a universidade possua dois restaurantes universitários que atendem aos alunos nos campi

Santa Mônica e Umuarama, a estrutura física existente está a exigir renovação e ampliação, do

mesmo modo que seus equipamentos.

Outro importante aspecto que se articula ao problema da evasão escolar na universidade diz

respeito à diversificação do perfil sócio-cultural da população acadêmica que tem chegado ao

ensino superior, resultado do processo de democratização educacional conquistado pela

sociedade brasileira e que tem significado uma demanda e um desafio crescente para a

universidade. Desse modo, é preciso que a universidade pense sua dinâmica e identidade

considerando esses novos elementos como condição fundamental para que consiga desenvolver

uma formação acadêmico-cultural sólida, dinâmica e integradora dos estudantes – fator

indispensável à permanência na universidade.

Outro componente da vida acadêmica que, em algumas áreas, têm conduzido a abandonos de

cursos, refere-se àquilo que alguns pesquisadores no campo da avaliação definem como a

“cultura da reprovação”. Infelizmente, ainda hoje, quando tanto já se avançou na compreensão e

no redimensionamento do significado político-pedagógico da avaliação, continuam fortemente

impregnadas concepções de que a qualidade, densidade e o grau de dificuldade de um curso se

comprovam referenciado nos índices de reprovação. Nessa perspectiva a visão é a de que um

curso bom é um curso difícil e, do mesmo modo, um professor seria competente e sério a

depender dos altos índices de reprovação alcançados ou não. Cursos que apresentam baixos

índices de reprovação são estigmatizados como cursos fáceis. É preciso, pois, superar a cultura

da reprovação como parâmetro e como prática de avaliação e buscar a consolidação de novos

modelos e processos avaliativos.

Vale ressaltar que a UFU prevê, já no ano de 2008, a implantação de suas novas normas de

graduação, conjunto de orientações especificamente dirigidas para o processo de administração e

controle acadêmico. Tais normas, corroborativas da transformação dos processos de gestão

acadêmica, exigirão da comunidade universitária melhor acompanhamento da trajetória

acadêmica dos estudantes.

A despeito dos aspectos apontados acima a UFU vem apresentando uma taxa de conclusão

bastante satisfatória e a manutenção dos índices de evasão em patamares inferiores contribuem

significativamente nesse processo. Ainda assim, é preciso melhorar sempre mais os níveis de

acesso, permanência e de terminalidade daqueles que ingressam na Instituição. A UFU,

comprometida com o fortalecimento da universidade pública, de qualidade e democrática, avalia

22

ser de fundamental importância o enfrentamento dos fatores que determinam abandonos e evasão

dos seus discentes.

Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:

A redução de taxas de evasão está diretamente relacionada ao aumento das taxas de conclusão,

mas obviamente que para o cálculo desta última, outros fatores devem ser considerados. O

conjunto de medidas já praticadas pela UFU e mais aquelas previstas especialmente nos itens E1,

E2, E3 deste Plano nos leva a anunciar nossa disposição para a manutenção de uma calculada

pela comparação dos diplomados com o total de ingressantes dos 5 anos anteriores e

considerados fatores que determinam as taxas de retenção.

Meta 2008 2009 2010 2011 2012

Taxa de conclusão da graduação de, pelo menos, 90%. x x x x x

Estratégias para alcançar a meta:

Concluir a implantação do controle acadêmico por meio do SIE – Sistema Integrado de Ensino

de modo a garantir um acompanhamento sistemático e permanente do aluno na universidade,

inclusive no que se refere ao controle de freqüência.

Realizar estudos sobre a evasão existente na UFU, detectando causas específicas para

encaminhar soluções para sua superação.

Implantar o sistema de diário eletrônico para agilizar a identificação dos casos de alunos faltosos.

Fortalecer e ampliar o Programa de Monitoria, de modo que os alunos que apresentam maiores

dificuldades possam ter apoio adequado à aprendizagem.

Implantar programas de tutoria, com a participação de discentes da pós-graduação, de modo que

esses venham contribuir na melhoria do desempenho dos colegas da graduação.

Incentivar a oferta de cursos e atividades de apoio à aprendizagem, organizados por alunos e sob

a supervisão de docentes, de modo a superar dificuldades enfrentadas.

23

Etapas:

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Treinamento dos servidores que trabalham no SIE e

conclusão de implantação do SIE

x

Implantar sistema de diário eletrônico x x

Incentivar a participação discente na Monitoria de

disciplinas

x x x x x

Organizar programas de tutoria da aprendizagem com

alunos da graduação e pós-graduação

x

Implantar e consolidar a tutoria da aprendizagem x x x x

Organizar cursos de apoio ao processo de ensino-

aprendizagem

x

Implantar cursos de apoio ao processo de ensino-

aprendizagem

x x x x x

Ampliar o quantitativo de bolsas moradia e

alimentação

x x x x x

Indicadores:

Taxa de conclusão da graduação até, pelo menos, 90%.

24

A.3 – Ocupação de vagas Ociosas

Diagnóstico da situação atual:

Na UFU o processo de preenchimento de vagas ociosas tem sido encaminhado pelo Conselho de

Graduação. No ano de 2001, este órgão superior, tendo constatado a existência de vagas públicas

disponíveis e oriundas de abandonos, desistências, óbitos e desligamentos, formulou uma

proposta e criou regulamentação específica para seu preenchimento.

A Instituição realiza anualmente o levantamento das vagas disponíveis, submete-o à apreciação

dos Colegiados de Curso e o encaminha para a aprovação do Conselho Superior de Graduação.

Por meio de editais específicos, as vagas ociosas, contabilizadas anualmente, são regularmente

ofertadas mediante a realização de processos seletivos anuais de transferências internas e

externas, semelhantes aos promovidos para ingresso em vagas iniciais.

A medida gerou a abertura de processos seletivos anuais de transferências internas e externas e

proporcionou, entre os anos 2002 e 2007, a ocupação de 1.191 vagas ociosas pelo processo de

transferência externa em seus diversos cursos de graduação, conforme segue na tabela abaixo.

Ano Vagas Ociosas preenchidas

2002 217

2003 290

2004 211

2005 151

2006 157

2007 165

Total 1.191

O ingresso em vagas iniciais se dá por Processo Seletivo semestral realizado pela Instituição,

para candidatos que tenham concluído o Ensino Médio ou equivalente. Há também o Programa

Alternativo de Ingresso no Ensino Superior/PAIES, facultado ao candidato que cursa o Ensino

Médio regular. Este processo alternativo de seleção, também realizado por concurso público, é

obtido por avaliações gradativas e seriadas, realizadas ao final de cada uma das três séries do

25

Ensino Médio. O preenchimento das vagas iniciais é realizado por meio de chamadas sucessivas

até o limite de tempo hábil para as matrículas.

As vagas remanescentes ficam disponíveis para portadores de diploma que são selecionados por

processo público de admissão próprio.

A eficaz divulgação dos processos seletivos (Processo convencional/Vestibular e PAIES), a

qualidade dos cursos ofertados e sua boa inserção regional, constituem uma garantia de demanda

suficiente para o preenchimento de todas as vagas iniciais, não constituindo este um problema de

nossa instituição.

Pelo contrário, por decisão do Conselho Universitário, desde 2003, com o objetivo de ampliar a

oportunidade de acesso aos seus cursos regulares de nível técnico ou de graduação, a

Universidade Federal de Uberlândia vedou a matrícula em um novo curso àqueles discentes já

matriculados em outros cursos de graduação. Com isso foram ampliadas às oportunidades de

ingresso a um número maior de alunos e, ao mesmo tempo, contribuiu para reduzir as taxas de

evasão e duração média dos cursos.

De forma complementar a UFU desenvolve um programa de divulgação de seus cursos,

denominado “Vem Pra UFU”, cujo objetivo é trazer para a instituição alunos e professores do

ensino fundamental e médio, proporcionando-lhes eventos e apresentações dos diversos cursos

ofertados pela instituição. Com este programa têm sido alcançados expressivos resultados na

identificação, pelos candidatos, das diversas opções de cursos ofertados pela instituição, levando

a uma melhor definição da demanda e, consequentemente, a possibilidade de redução das taxas

de desistências.

Para divulgar as vagas disponíveis para exames de transferência, a UFU, além da publicação dos

editais no Diário Oficial da União (D.O.U.), faz também a divulgação em jornais de circulação

local e regional e internet. A resposta da comunidade a esses chamados para os exames de

transferência tem sido bastante positiva. A relação candidato/vaga evidencia a alta procura dos

universitários que se empenham por conseguir seu ingresso em nossa Universidade.

Não obstante, a Instituição desenvolve um processo intenso de revisão em suas Normas

Acadêmicas e as alterações propostas permitirão uma rápida declaração de vaga ociosa e melhor

aproveitamento dos recursos com sua ocupação pelo processo de transferência. Na situação

atual, a identificação de tais vagas somente pode ocorrer depois de cumpridos o tempo e a

quantidade máxima de trancamentos gerais permitidos ou da declaração oficial de desistência do

curso, procedimentos que provocam lentidão no processo de identificação da vaga ociosa.

26

Uma outra medida que vem sendo preparada é a alternativa do reingresso que, reservadas as

restrições, possibilitará a retomada do vínculo perdido com a Instituição. Por estes e outros

mecanismos, a Instituição procura ganhar celeridade no aproveitamento de suas condições de

oferta.

Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:

O aprimoramento do processo de identificação e de seleção de transferência para o provimento

das vagas ociosas é considerado importante para a consecução da meta de ocupação desta vagas.

Nestes termos, propomos a seguinte meta:

Ocupar todas as vagas geradas por óbitos, desistências, transferências, abandonos ou

desligamentos, no ano imediatamente posterior ao ocorrido.

Meta 2008 2009 2010 2011 2012

Ocupar todas as vagas ociosas

(índice de ocupação)

80 80 90 100 100

Estratégias para alcançar a meta:

Para alcançar a meta, propõe-se:

Aprimorar o processo de identificação e provimento das vagas ociosas, bem como de divulgação

dos critérios e requisitos do processo seletivo.

Aprimorar o processo de divulgação de vagas ociosas disponíveis para exames de transferência

externa, visando à ampliação da inserção regional de nossos editais de exames de transferência.

27

Etapas:

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Implantação das novas Normas Acadêmicas x x x x x

Aprimoramento do processo de identificação e

provimento das vagas ociosas

x x

Ampliação de abrangência e aprimoramento do

processo de divulgação dos editais de chamada para

exames de transferência

x x x x

Indicadores:

O indicador a ser utilizado é a razão entre o número de vagas preenchidas pelo processo seletivo

de transferência no ano, somado ao número de reingresso de alunos e ao número de admissões

para obtenção de segundo diploma e o número de vagas ociosas ofertadas naquele ano.

28

A.4 – Outras propostas nesta dimensão não contempladas no decreto

Não há outras propostas nesta dimensão.

29

B – Reestruturação acadêmico-curricular

B.1- Revisão da estrutura acadêmica buscando a constante elevação da qualidade

Diagnóstico da situação atual:

A estrutura acadêmica da UFU é composta por 28 Unidades Acadêmicas, órgãos básicos,

organizados conforme o Estatuto e Regimento Geral da Instituição. A UFU conta ainda com

duas Unidades Especiais de Ensino que oferecem a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, a

Educação de Jovens e Adultos na modalidade de cursos supletivos para o Ensino Fundamental e

Médio e a Educação Profissional Técnica de Nível Médio.

Com identidades próprias, as Unidades Acadêmicas, em seus níveis, reúnem docentes e

funcionários técnicos administrativos necessários ao desenvolvimento do ensino, pesquisa e

extensão nas áreas específicas do conhecimento que lhes correspondam. Esta condição exige,

portanto, o estabelecimento de uma interação colaborativa inter-Unidades, capaz de assegurar o

desenvolvimento de todos os cursos de graduação e pós-graduação ofertados pela Instituição.

Neste aspecto em particular, a oferta dos componentes curriculares integrantes de um currículo é

compartilhada com as Unidades Acadêmicas “prestadoras de serviço” à Unidade Acadêmica

proponente do curso, constituindo, pois, uma interdependência salutar para a formação

universitária.

Do ponto de vista curricular, a colaboração possibilita, de um lado, que os componentes

curriculares sejam ministrados por professores com formação e domínio numa determinada área

do saber, favorecendo a aquisição de uma base sólida e atualizada do conhecimento. Por outro

lado, tal colaboração viabiliza a oferta de rol razoavelmente grande de opções para o

enriquecimento da formação, fato este, visível na apresentação, para os estudantes, das chamadas

disciplinas optativas e facultativas que cada curso dispõe em seu Projeto Pedagógico. Do ponto

de vista administrativo, viabiliza uma distribuição balanceada de encargos para o ensino.

A circulação de docentes pela graduação e pós-graduação é recomendada institucionalmente,

sendo verificada a sua efetivação, inclusive nos relatórios enviados a CAPES, por ocasião dos

processos avaliativos dos cursos de pós-graduação.

A interação entre docentes e discentes, igualmente estimulada, é observada nos processos de

elaboração e orientação de Trabalhos de Conclusão de Curso, desenvolvimento de Monitorias,

de projetos PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), PIBEG (Programa

30

Institucional de Bolsas de Ensino de Graduação), PEIC (Programa de Extensão, Integração

UFU/Comunidade), PIEX (Programa Institucional de Estágio Acadêmico de Extensão) e na

elaboração de planos de trabalho para mobilidade estudantil nacional e internacional, permitindo

igualmente o aprimoramento da formação, sob critérios de qualidade.

A colaboração inter-Unidades é ainda evidenciada quando docentes, discentes e técnicos de

diferentes lotações preparam e executam projetos coletivos para o desenvolvimento do ensino, da

pesquisa e da extensão. As Pró-Reitorias de Graduação, de Pesquisa e Pós-Graduação e a Pró-

Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis incentivam, por meio de seus programas

especiais de fomento citados acima, o fortalecimento desta articulação.

No plano das decisões colegiadas superiores, as representações de todas as Unidades

Acadêmicas, cursos e segmentos da comunidade universitária possibilitam, pois, um movimento

sensato também no enfrentamento de questões que afetam a vida dos cursos, bem como a vida

universitária e orientam para uma articulação entre as Unidades Acadêmicas e seus docentes,

sempre mais acurada e colocada a serviço do cumprimento das atividades-fins da Instituição.

Assim, a interação entre Unidades Acadêmicas, entre docentes e destes com os discentes,

observada no cotidiano institucional, seja ela motivada por questões didático-pedagógicas ou

relacionadas à gestão administrativa de cursos ou da própria Instituição é, na UFU, realidade e

converge para a elevação da qualidade do ensino.

Enfim, o projeto estatutário e regimental em vigor na Instituição está assentado, dentre outros,

nos fundamentos da colaboração inter-Unidades e da gestão colegiada. Contudo, do ponto de

vista mais geral, o encadeamento de situações decorrentes do crescimento da Instituição tem

provocado a reflexão e a análise de problemas administrativos com reflexos que se observam,

inclusive, no âmbito interno da distribuição de CDs e FGs necessárias para o provimento dos

cargos de direção em todas as Unidades Acadêmicas . Obviamente que soluções se projetam para

o futuro. Dentre estas está a orientação para a redução do número de Unidades Acadêmicas, de

modo a favorecer a dinâmica interna de seu funcionamento acadêmico e administrativo, o que

poderá definir-se em conformidade com as áreas de conhecimento preconizadas pelo CNPq.

Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:

Atualização do Estatuto e Regimento Geral visando a reestruturação acadêmica e administrativa,

conveniente para a racionalização organizacional e o aprimoramento da articulação entre as

31

Unidades com a confluência de ações institucionais relativas às atividades-fins e aos processos

de gestão administrativa.

Meta 2008 2009 2010 2011 2012

Implantação do novo projeto estatutário e

regimental

x

Estratégias para alcançar a meta:

Convocada em 1994, a instalação de Assembléia Estatuinte da UFU desencadeou um processo

de reflexão e discussão bastante proveitoso que confluiu para o estabelecimento de uma nova

forma de organização acadêmico-administrativa em nossa Instituição. Dentre as inovações

propostas à época, previu-se a extinção de seus três grandes Centros (Centro de Ciências Exatas

e Tecnológicas/CETEC, Centro de Ciências Biomédicas/CEBIM e Centro de Ciências

Humanas/CEHAR) e a conseqüente constituição de Unidades Acadêmicas que passaram a ser

consideradas os órgãos básicos da nova estrutura. Em que pese a complexidade da tarefa, o

processo coletivo de análise, discussão e proposição, guiado pelo princípio democrático,

registrou a participação de todos os segmentos da comunidade universitária.

Etapas:

Ações 2008 2009 2010

Conscientização e sensibilização de toda a comunidade

acadêmica

x

Constituição de comissão com início dos debates e

elaboração de propostas de reestruturação

x x

Implantação do novo projeto estatutário e regimental x

Indicadores:

Novo Estatuto e Regimento Geral em vigor.

32

B.2 – Reorganização dos cursos de graduação

Diagnóstico da situação atual:

Este item converge para um diagnóstico dos currículos da Instituição. O movimento de

elaboração dos Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação, iniciado em 2003 desencadeou

um processo de reforma curricular sob novas bases. A Resolução no. 2/2004 do Conselho de

Graduação, definidora dos princípios, fundamentos e parâmetros para a reformulação curricular,

expressa a idéia de currículo como um sistema aberto e articulado de modo a proporcionar uma

formação sólida, crítica, geral e contextualizada, ao tempo em que se desenvolva a capacidade de

aprendizagem contínua e prepara o estudante para uma atuação ética em sintonia com as

questões humanas e os problemas sociais.

Com essa compreensão e referenciados ainda pelas Diretrizes Curriculares Nacionais específicas

de cada curso editadas pelo Conselho Nacional de Educação, a reorganização curricular

desencadeou na UFU o aprofundamento nas relações inter-Unidades, viabilizando a construção

profícua das políticas institucionais para o desenvolvimento do ensino de graduação e,

particularmente, para os cursos de licenciatura. Em decorrência, foram estabelecidos os perfis

dos egressos, objetivos e conteúdos de cada curso, seus espaços e tempos curriculares.

A riqueza da experiência coletiva na preparação dos projetos pedagógicos e o processo de

implantação dos novos currículos têm provocado, no interior das Unidades Acadêmicas,

reflexões sobre novas formas de organização curricular, metodologias e instrumentação didático-

pedagógica coerentes para o desenvolvimento dos cursos. O estabelecimento de diretrizes para a

condução metodológica do ensino e para os processos avaliativos da aprendizagem presentes em

cada projeto Pedagógico orienta o processo didático e busca desenvolver a autonomia intelectual

do estudante.

Os currículos da Instituição estão, hoje, organizados em Núcleos de Formação orientados por

eixos ou ciclos articuladores e foram constituídos para proporcionar um aprendizado na

dimensão específica, básica, pedagógica e complementar de uma formação profissional e cidadã.

No processo de reorganização curricular levou-se ainda em consideração a necessidade de

providenciar currículos mais flexíveis, capazes de favorecer o fluxo de conteúdos e de

conhecimentos e a escolha, por parte do estudante, de alternativas para o seu próprio percurso de

formação. A redução de componentes curriculares presos a pré-requisitos ou co-requisitos e a

ampliação da oferta de componentes optativos são fatos na totalidade dos 37 cursos de graduação

33

cujos Projetos Pedagógicos já foram aprovados pelos Conselhos Superiores. Os demais

caminham na mesma direção, orientando seus projetos para o atendimento dos princípios e

fundamentos indicadores da qualidade almejada pela instituição.

A implantação dos Projetos Integrados de Prática Educativa – PIPE, nos currículos dos cursos de

licenciatura tem confirmado a pertinência da metodologia de projetos para o proveito da

articulação entre teoria e prática pedagógica. No curso de medicina, em particular, observam-se

também estudos promissores para a adoção de uma nova configuração curricular, organizada por

módulos com conseqüente implantação de metodologias inovadoras e coerentes com o Projeto

do curso. O currículo do curso de Letras, também em elaboração, busca inovações com a

introdução do sistema de ciclos. Do mesmo modo, o curso de Pedagogia do Campus do Pontal

desenvolve essa sistemática articulando ciclos e eixos orientadores de um processo de formação

que ganha em dinamismo e qualidade.

Mas, certamente que as mudanças iniciadas em 2003 não atingem, ainda, toda a instituição com

a mesma intensidade. As inovações são propostas levando-se, prudentemente em conta, as

especificidades de cada área e são respeitadas as decisões colegiadas. Em que pese o acerto desta

medida de prudência é de se esperar, contudo, que para os próximos anos as Unidades

Acadêmicas confirmem as orientações políticas traçadas para o desenvolvimento do ensino de

graduação e que as constantes avaliações dos Projetos Pedagógicos indiquem para a

intensificação das mudanças curriculares, favorecendo ainda mais o processo de formação

acadêmica.

Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:

Ao mesmo tempo em que se projetam atualizações curriculares que ultrapassem a idéia de

simples ajustes de conteúdos, cargas horárias, grades e fluxos, reconhece-se o valor da

experiência, a seriedade e a competência daqueles que desenvolvem o trabalho coletivo de

pensar e repensar os rumos de um processo formativo. É esse equilíbrio que se espera ver nas

propostas dos 11 cursos que ainda preparam seus Projetos Pedagógicos. È também com este

equilíbrio que a Instituição conta no processo de avaliação sistemática dos Projetos Pedagógicos,

mais ou menos arrojados, que já se já apresentaram aos Conselhos Superiores da UFU. Nesse

item as metas são:

34

Metas 2008 2009 2010 2011 2012

Meta 1 - Aprovar e implantar os 11 Projetos

Pedagógicos dos cursos de Graduação em elaboração

x x

Meta 2 - Avaliar, ao longo dos próximos 5 anos,

100% dos Projetos Pedagógicos dos cursos de

Graduação, seus currículos e metodologias

implantadas, visando seu aperfeiçoamento no âmbito

dos conhecimentos teóricos e práticos, no âmbito da

organização dos tempos e espaços curriculares, bem

como no âmbito metodológico

x x x x x

Estratégias para alcançar as metas:

Meta 1

Ações 2008 2009

Intensificar os apoios pedagógico, legal e técnico, necessários à

finalização dos trabalhos de elaboração dos Projetos Pedagógicos pelos

colegiados de curso e/ou comissões designadas bem como sua

apreciação pelos Conselhos Superiores.

x x

Meta 2:

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Fomentar a constituição de equipes de avaliação dos

projetos pedagógicos

x x x x x

Promover o estabelecimento de parâmetros institucionais

para a avaliação dos Projetos Pedagógicos

x x x x x

Promover a articulação do processo de avaliação dos

Projetos Pedagógicos ao Projeto de Auto-Avaliação

Institucional e às considerações das Comissões Externas

de avaliação dos cursos.

x x x x x

35

Etapas:

Meta 1

Ações 2008 2009

Apreciação dos Projetos Pedagógicos pelos Conselhos Superiores x

Implantação dos currículos projetados x

Meta 2

A avaliação de Projetos Pedagógicos diz respeito a todo o processo de desenvolvimento do

curso. Por isso, é parte integrante do planejamento e é entendida como recurso de verificação de

pontos fortes e de descompassos em relação à proposta formulada. Ajustes podem, portanto, ser

necessários e considerados.

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Constituição de equipes de avaliação de cursos x x x x x

Estabelecimento de parâmetros institucionais para a

avaliação de cursos

x x

Avaliação dos Projetos Pedagógicos dos cursos, seus

currículos e metodologias

x x x x x

Apreciação e implantação dos ajustes incorporados

ao Projeto Pedagógico

x x x x x

Indicadores:

Meta 1: Número de Projetos Pedagógicos aprovados pelos Conselhos Superiores.

Meta 2: Número de Projetos Pedagógicos Avaliados.

36

B.3 – Diversificação das modalidades de graduação, preferencialmente com superação da

profissionalização precoce e especializada.

Diagnóstico da situação atual:

Independentemente da modalidade de curso oferecida, se licenciatura, bacharelado ou formação

específica, todos os cursos da Instituição são projetados para formar egressos devidamente

habilitados para o exercício profissional e iniciados no processo de investigação científica. Na

organização de seus cursos, a UFU procura corresponder aos princípios estabelecidos no

Estatuto, por compreendê-los como fundamentais ao cumprimento de sua função social no

contexto de um país em pleno desenvolvimento econômico, social, tecnológico e científico. Por

essa razão, está orientada, como já o fora mencionado, para oferta de uma formação sólida,

contextualizada e crítica, voltada para a compreensão dos problemas próprios de cada área, seja

no âmbito epistemológico, seja no âmbito da atuação profissional específica.

A opção do estudante pelo curso que deseja cursar é feita no ato de sua inscrição para os

processos seletivos da Instituição. A opção pela modalidade de curso ou pela linha de formação

específica é, no caso de muitos cursos, solicitada ao estudante apenas quando este já tem

condições de apreciar as diferentes alternativas para decidir sobre qual direção dará à sua própria

formação: para o magistério na Educação Básica, para os estudos específicos do bacharelado ou

ainda para ambas as modalidades. Ao mesmo tempo, o processo é similar nos cursos que

oferecem linhas de formação ou certificados de estudos.

Mas há ainda currículos totalmente integrados proporcionando ao estudante condições para uma

formação simultânea em Licenciatura e Bacharelado. Isso porque, na UFU, está consolidada a

compreensão de que ao licenciado, assim como ao bacharel, são necessários uma formação

intelectual sólida e um domínio teórico-prático do processo de produção do conhecimento na

área de referência de seu curso. Existe, pois, um sentido no fato de que, ao longo do processo de

formação inicial dos profissionais, ou seja, durante o curso de graduação, se dê especial atenção

às abordagens relativas às atividades de docência, tanto quanto às atividades de pesquisa.

Mas mesmo diante de alternativas de modalidades de curso, ênfases ou habilitações a opção do

estudante nunca é feita em detrimento dos conhecimentos básicos gerais, preconizados como

valores dos projetos pedagógicos e, portanto, não encaminha o estudante para uma especialidade

estrita de atuação profissional. O mundo do trabalho, especialmente flexível e desafiador, porque

amalgamado às grandes questões culturais, sociais, políticas e econômicas, determinantes do

modo de existir humano, ao lado de uma leitura crítica de mundo é que orientam o profissional

37

para uma área ou campo específico de atuação. Com essa compreensão, cabe à Instituição

oferecer uma formação ampla, capacitando-o para uma atuação profissional consistente,

quaisquer que sejam as oportunidades de trabalho que se lhe apresentem após a conclusão de seu

curso.

Sendo este o sentido atribuído à idéia de diversificação das modalidades de graduação, vale

ressaltar que a UFU já vem, há tempos, excluindo dentre as possibilidades de oferta de novos

cursos, aqueles cujas áreas de formação resultem em títulos genéricos, bem como aqueles de

nível tecnológico ou cursos seqüenciais que, por suas características, preparem o profissional

para um exercício profissional essencialmente instrumental e técnico e que, por sua natureza

simplificadora, revelam a fragilidade de uma construção curricular que não prepara o acadêmico

para se conduzir diante das constantes mudanças no mundo do trabalho.

Mas, uma vez mantidos os princípios ou valores político-pedagógicos orientadores da formação

qualificada, não parece haver impedimentos para que nossos cursos ampliem as alternativas de

uma formação profissional um pouco mais aberta, a ser construída pelo próprio estudante, sob

orientação docente e, obviamente, aprovada pelo Colegiado do Curso que corresponda a

itinerários formativos diversos numa determinada área. Porém, sobre essa questão discorreremos

no próximo item. Para finalizar, será preciso, então, confirmar que para este item específico, a

UFU não apresentará metas relativas à criação de cursos que escapem às prerrogativas

explicitadas, senão aquela que anuncia sua intenção de fortalecer-se com a oferta de cursos que

contemplem a diversidade, sem perder de vista os princípios da qualidade. Metas já anunciadas

anteriormente nos itens A.1 e B.2.

Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:

Não se aplica

Estratégias para alcançar a meta:

Não se aplica

Etapas:

Não se aplica

Indicadores:

Não se aplica

38

B.4 – Implantação de regimes curriculares e sistemas de títulos que possibilitem a

construção de itinerários formativos.

Diagnóstico da Situação Atual

Os currículos da UFU são organizados em Núcleos de Formação. Há o núcleo de formação

específica, formação básica, formação profissionalizante, formação complementar e/ou de

formação acadêmico-científico-cultural e acompanham as sugestões das Diretrizes Curriculares

Nacionais específicas do curso. Os currículos das licenciaturas seguem ainda o estabelecido no

Projeto Institucional de Formação e Desenvolvimento do Profissional da Educação que define o

Núcleo de Formação Pedagógica como obrigatório.

Cada Núcleo corresponde a uma dimensão do saber considerado necessário ao processo

formativo. Os conteúdos correspondentes aparecem, então, agrupados por esse critério. O núcleo

de formação específica reúne os conhecimentos característicos da área profissional, o de

formação básica compreende os conteúdos fundamentais, o núcleo de formação pedagógica

quando cabível, reúne os conteúdos e saberes relacionados à formação para a docência.

Geralmente os conteúdos são desenvolvidos em disciplinas, teóricas e práticas, mas há ainda

outros componentes que integram os diferentes núcleos: os estágios supervisionados, as

atividades acadêmicas complementares e, em alguns casos, as práticas específicas, como os

Projetos Integrados de Prática Educativa presentes nos cursos de licenciatura.

Os objetivos de cada curso e os conteúdos selecionados orientam o caminho de um itinerário de

formação. O caminho a percorrer depende, quando couber, da opção do estudante pela

modalidade (licenciatura, bacharelado) ou ainda a opção pelas certificações de estudos tal como

ocorre no currículo do curso de Engenharia Elétrica, ou das linhas de formação, habilitações ou

ênfases como está proposto nos cursos de Letras, Música, Teatro e de Psicologia.

Itinerários formativos também podem ser possíveis com o cumprimento de disciplinas optativas

e facultativas e mesmo com a oportunidade que muitos discentes têm ao se integrarem em

programas de mobilidade estudantil nacional ou internacional que acabam viabilizando os

diferentes trajetos acadêmicos a serem percorridos pelos estudantes. Do mesmo modo, o núcleo

de formação acadêmico-científico-cultural e o de formação complementar abrem-se para

itinerários particulares, ao deixar a critério do estudante a escolha por atividades várias que

contribuirão para sua formação.

39

A experiência da UFU com a oferta de itinerários formativos diversos pode, portanto, ser

considerada. Para além das alternativas de escolha para o itinerário da licenciatura e/ou

bacharelado presentes em muitos cursos, a inovação apresentada pelo currículo do curso de

Engenharia Elétrica pode, do mesmo modo, ser considerada como exemplo, visto que oferece ao

estudante, por sua livre escolha, a oportunidade de uma formação, conectada à área do curso:

sistemas de engenharia elétrica, eletrônica e telecomunicações e engenharia de computação,

sendo ainda possível o estabelecimento de outros percursos formativos.

Deste modo, longe de se constituir numa especialização precoce ou numa rápida formação

superficial de caráter técnico-instrumental, a formação profissional por esses itinerários vem

atendendo, com base numa formação sólida e bem conduzida, às aspirações de formação

específica do alunado.

É preciso destacar ainda que a implantação de itinerários formativos não repercutiu no tempo de

duração do curso. O tempo necessário para a integralização dos currículos acompanhou o

estabelecido pelo Conselho Nacional de Educação, bem como suas orientações para todos os

cursos de graduação no Brasil. Não obstante, no caso do curso de Engenharia Elétrica, o projeto

pedagógico apresentou ainda algumas medidas para garantir o sucesso da inovação: a quebra

total de pré-requisitos associada a um sistema de tutoria favorece o fluxo dos estudos e

incrementa a orientação e o acompanhamento, por parte dos docentes do curso, do(s) percurso(s)

desenvolvido(s) pelo estudante. O título conferido ao concluinte, para qualquer um dos

itinerários de formação escolhido é o de Engenheiro Eletricista e o curso continua sendo ofertado

como um bacharelado, como se pode ver na tabela abaixo.

O exemplo, portanto, mostra ser possível pensar em currículos flexíveis e abertos para diferentes

itinerários formativos, sem a temerária declinação dos princípios ou valores político-pedagógicos

e orientadores de uma formação qualificada, já assumidos e consolidados em nossa Instituição.

Quadro B.4 – Cursos e títulos conferidos

Cursos Titulação conferida

Administração Bacharel em Administração

Administração/EaD Administrador

Agronomia Engenheiro Agrônomo

Arquitetura e Urbanismo Arquiteto Urbanista

Artes Visuais Licenciado e Bacharel em Artes Visuais

40

Biomedicina Bacharel em Biomedicina

Ciência da Computação Bacharel em Ciência da Computação

Ciências Biológicas Licenciado em Ciências Biológicas

Bacharel em Biologia

Ciências Contábeis Bacharel em Ciências Contábeis

Ciências Econômicas Bacharel em Ciências Econômicas

Ciências Sociais Licenciado e Bacharel em Ciências Sociais

Decoração Bacharel em Decorador

Design de Interiores Bacharel em Design de Interiores

Direito Bacharel em Direito

Licenciado em Educação Artística, habilitação: Artes Cênicas

Licenciado e Bacharel em Educação Artística, habilitação: Artes Plásticas.

Educação Artística

Artes Cênicas

Artes Plásticas

Música

Licenciado em Educação Artística, habilitação: Música

Educação Física Licenciado e Bacharel em Educação Física

Enfermagem Licenciado em Enfermagem

Enfermeiro

Engenharia Mecatrônica Engenheiro Mecatrônico

Engenharia Mecânica Engenheiro Mecânico

Engenharia Biomédica Engenheiro Biomédico

Engenharia Civil Engenheiro Civil

Engenharia Elétrica Engenheiro Eletricista, com certificados de estudos.

Engenharia Química Engenheiro Químico

Filosofia Licenciado e Bacharel em Filosofia

Física de Materiais Bacharel em Física

Física Licenciado em Física

Bacharel em Física

Geografia Licenciado em Geografia

Bacharel em Geografia

História Licenciado e Bacharel em História

Letras Licenciado em Letras, habilitações: português, inglês e/ou francês e respectivas literaturas.

Matemática Licenciado e Bacharel em Matemática

Medicina Médico

Medicina Veterinária Médico Veterinário

41

Música Licenciado e Bacharel em Música, habilitação em instrumento e canto.

Odontologia Cirurgião Dentista

Pedagogia Licenciado em Pedagogia

Psicologia Bacharel em Psicologia

Psicólogo, com ênfase em psicologia educacional, clínica e/ou organizacional.

Química Licenciado e Bacharel em Química

Teatro Licenciado e Bacharel em Teatro, habilitação em interpretação.

Vale ressaltar, por fim, que para alguns cursos, as próprias Diretrizes Curriculares Nacionais já

contemplam currículos que podem se abrir para diferentes itinerários formativos. Assinalamos

acima o curso de Letras e de Psicologia em cujos Projetos Pedagógicos esta forma de

organização curricular vem sendo considerada como viável. Mas, além desses, há ainda o curso

de Administração, com a possibilidade de uma formação alternativa na subárea da

Administração Hoteleira ou o curso de Ciências Sociais com a oferta de itinerários específicos

para a formação em Sociologia, Antropologia e Ciência Política, por exemplo.

No entanto, embora tais possibilidades possam se apresentar no futuro, o fato é que o processo

de sua proposição e aprovação segue a dinâmica interna da Instituição no exercício de sua

autonomia didático-pedagógica. Não caberia, pois, neste Plano anunciar metas relativas a uma

implantação generalizada, visto que qualquer possibilidade resultaria do processo autônomo de

elaboração de Projetos Pedagógicos ou de sua avaliação sistemática no interior das Unidades

Acadêmicas.

Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:

Não se aplica

Estratégias para alcançar a meta:

Não se aplica

Etapas:

Não se aplica

Indicadores:

Não se aplica.

42

B.5 – Prever modelos de transição, quando for o caso.

Não se aplica.

43

B.6 – Outras propostas nesta dimensão não contempladas no decreto

Não há outras proposições nesta dimensão.

44

C. Renovação Pedagógica da Educação Superior

C.1 Articulação da Educação Superior com a Educação Básica, Profissional e Tecnológica.

Diagnóstico da situação atual

A UFU possui forte articulação com a Educação Básica, Profissional e Tecnológica,

principalmente no âmbito de atuação de sua Comissão Permanente de Formação de Professores,

dos cursos de graduação – modalidade Licenciatura e de suas duas unidades especiais que

oferecem o ensino fundamental –ESEBA- e o ensino técnico de nível médio – ESTES.

Os 36 cursos de Licenciatura, em diversas áreas do conhecimento, mantêm uma expressiva

articulação com a Educação Básica através das 400 horas de estágio que cada graduando deve

cumprir. Esse estágio é prioritariamente realizado na rede pública de ensino, municipal e

estadual, com a qual a UFU mantém convênios. Projetos de extensão e de pesquisa, bem como

trabalhos de conclusão de curso também promovem a articulação da Universidade com a

educação básica, constituindo-se numa referência importante para este nível de ensino, nos

âmbitos local e regional.

Ainda visando o fortalecimento desta articulação a UFU, por intermédio da Comissão

Permanente de Vestibular – COPEV, mantém estreitas relações com as escolas de ensino médio.

Representantes de escolas públicas e particulares participam de reuniões propositivas no

estabelecimento de conteúdos programáticos para os processos seletivos. O resultado do

desenvolvimento dessas relações vem promovendo a reorganização dos currículos e conteúdos

desenvolvidos nestas escolas, além de orientar os estudos dos alunos que almejam ingressar na

UFU.

Quanto a Escola de Educação Básica -ESEBA, trata-se de um Colégio de Aplicação cuja

finalidade é contribuir para a formação inicial e continuada de professores, bem como para a

proposição de novas metodologias educacionais com vistas a participar, enquanto instituição

universitária, na reflexão e construção de conhecimentos necessários ao aprimoramento da

Educação básica, local, regional e do país.

A ESEBA possui 28 anos de existência e no início de suas atividades buscava oferecer aos filhos

de servidores da UFU, uma escola voltada para crianças entre dois e cinco anos, com

possibilidade de extensão gradativa até a oitava série do ensino fundamental. Em 1983, o

45

Conselho Universitário aprovou a Resolução no. 01/83, através da qual passou à condição de

Colégio de Aplicação, a exemplo de demais escolas existentes em outras Universidades Federais

do País. A partir do ano letivo de 1988, a Escola de Educação Básica tornou-se aberta a toda a

sociedade, com vagas previstas em Edital, através do sistema de sorteio público. Em 1991 deu

importante passo no fortalecimento da Educação Básica e criou o Projeto Supletivo para a

Educação de Jovens e Adultos, voltado, preferencialmente, aos servidores da UFU, como forma

de alfabetizar e melhorar a escolaridade dos mesmos. Atualmente tem turmas para o supletivo do

Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, abertas também a toda a comunidade.

Desde sua criação, a ESEBA tem sido considerada referência de ensino-pesquisa e extensão em

nossa cidade e região, buscando oferecer ensino de qualidade e realizar pesquisas científicas de

modo a estender seus resultados a toda comunidade – sobretudo por meio da publicação do

periódico Olhares & Trilhas.

Quanto a Escola Técnica de Saúde –ESTES, esta iniciou suas atividades em 1973 como Escola

Técnica de Enfermagem, estabelecimento privado de Ensino de 2º grau. Foi integrada a UFU em

1981, com sua denominação alterada para Escola Técnica de Segundo Grau da Universidade

Federal de Uberlândia em 1984 e, em 1991, foi consolidada como Escola Técnica de Saúde. É

vinculada à Reitoria, com organização, estrutura e meios necessários para desempenhar, no seu

nível, todas as atividades e funções essenciais ao desenvolvimento do ensino, pesquisa e

extensão na área de educação profissional. Oferece Cursos de Educação Profissional Técnica de

Nível Médio de forma subseqüente, habilitando Profissionais Técnicos de Nível Médio na Área

da Saúde nas subáreas: Enfermagem, com o curso de Técnico em Enfermagem; Saúde Bucal,

com os cursos de Técnico em Prótese Dentária e Técnico em Higiene Dental; Biodiagnóstico,

com os cursos de Técnico em Patologia Clínica, além de Cursos de Formação Inicial e

Continuada. Esses cursos qualificam profissionais na área de saúde e atendem necessidades

específicas da comunidade; por exemplo, cursos emergenciais de qualificação dos ocupacionais

de enfermagem e auxiliares de enfermagem.

A ESTES, por meio de projetos de caráter educativo, cultural e científico - áreas temáticas a

Educação, o Meio Ambiente e a Saúde -, também promove cursos, eventos, prestação de

serviços, publicações, entre outros, e desenvolve vários Programas/Projetos de Extensão e

Pesquisa.

Além das citadas Unidades Especiais, a UFU, pela importância que atribui à articulação da

educação superior com a educação básica, profissional e tecnológica, contempla em seu

planejamento realização de expressivos programas e projetos neste sentido. Alguns exemplos de

46

programas desenvolvidos com sucesso nos últimos dez anos, além dos cursos de especialização

lato sensu oferecidos a profissionais da educação, são:

Na modalidade semi-presencial:

• PROCAP – programa de capacitação continuada em serviço de professores de Língua

Portuguesa e Matemática da rede de Ensino Fundamental de Minas Gerais, através de

convênio com a SEE/MG;

• PROCAP Escola Sagarana – reedição do programa anterior para professores de Ciências,

Geografia e História;

• VEREDAS – Formação Superior de Professores, enquanto programa de capacitação

continuada em serviço de professores da rede de Ensino Fundamental de Minas Gerais,

via convênio com a SEE/MG;

Na modalidade presencial:

• Programa de Formação Continuada para Docentes – Ensino Básico - que propicia a

criação e dinamização de espaços interinstitucionais que possam articular ações

conjuntas no âmbito da extensão e subsidiar o redimensionamento dos projetos de

formação de 900 professores da educação básica, possibilitando diretrizes mais efetivas e

comprometidas com a qualidade do ensino, além de assessorar e apoiar projetos

pedagógicos em 4 escolas-piloto do município de Uberlândia;

• Pólo UFU da Rede Arte na Escola - cujo objetivo é a implantação do Pólo UFU da Rede

Arte na Escola - Rede do Instituto Arte na Escola, de São Paulo, visando a ampliação do

número de professores de artes plásticas nos grupos de formação continuada

assessorados pela UFU, que também subsidia o trabalho pedagógico com recursos

bibliográficos e áudio visuais.

Metas a serem alcançadas com Cronograma de Execução

Metas 2008 2009 2010 2011 2012

Meta 1 - Incentivar e apoiar a ampliação dos campos

de Estágio Supervisionado dos graduandos das

Licenciaturas

x

x

x

x

x

47

Meta 2 - Incentivar e apoiar convênios relacionados a

programas e processos de formação continuada, em

serviço, dos profissionais da educação

x

x

x

x

x

Meta 3 - Ampliar o número de especializações para o

aprofundamento da formação para a educação básica,

tecnológica e profissional

x

x

x

x

x

Meta 4 - Incentivar e apoiar a ampliação de projetos

de ensino, pesquisa e extensão integrados e

multidisciplinares das Licenciaturas e das Unidades

Especiais ESEBA e ESTES

x

x

x

x

x

Meta 5 - Incentivar e apoiar a ampliação da produção

e divulgação científica dos resultados de projetos de

ensino, pesquisa e extensão destinados à Educação

Básica, Profissional e Tecnológica

x

x

x

x

x

Estratégias

Desencadear, no âmbito de atuação da Comissão Permanente de Formação de Professores da

UFU, debates e ações acerca de projetos de ensino, pesquisa e extensão com vistas ao

aprofundamento da articulação da universidade com a Educação Básica, Profissional e

Tecnológica.

Etapas

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Debates e Planejamento x x

Execução, Implantação e Avaliação x x x x

48

Indicadores

Número de pessoas beneficiadas pelos diversos programas e projetos desenvolvidos nas unidades

especiais de ensino.

Número de pessoas qualificadas profissionalmente.

Número de trabalhadores da área de saúde atendidos em sua formação inicial e continuada.

Número de estudantes atendidos em estágios supervisionados e cursos de especialização.

Número de professores atendidos em programas de capacitação e continuada.

Número de trabalhos publicados.

49

C.2 – Atualização de metodologias (e tecnologias) de ensino-aprendizagem.

Diagnóstico da situação atual:

Os Projetos Pedagógicos dos cursos de graduação da UFU são documentos que servem de

parâmetro para decisões referentes ao ato educativo, pois as informações que reúnem sobre

princípios e fundamentos, objetivos e perfil do profissional a ser formado, currículo etc.,

orientam todas as ações relacionadas ao processo de formação. A questão metodológica é,

portanto, um dos aspectos tratados nos Projetos Pedagógicos de cada curso.

A macro orientação institucional dirige os colegiados de curso para a compreensão do ato de

ensinar e aprender como um processo interdependente e dinâmico que se realiza na e pela

relação do estudante com o saber, mediada pela ação do professor e, que este processo no nível

universitário está necessariamente articulado com a pesquisa e a extensão. Recomenda, portanto,

a adoção de metodologias que, fundadas na interação professor-aluno, favoreçam o diálogo, o

questionamento, a criatividade e a autonomia intelectual enquanto possibilitam a compreensão

do conhecimento como um bem público e em permanente elaboração.

A interdisciplinaridade aparece também como caminho para promover a articulação entre

campos do conhecimento e o nexo necessário à compreensão de sua interdependência. Por esta

razão espera-se que o trabalho pedagógico desenvolvido por professores possa exemplificar a

dinamicidade do processo de elaboração e aquisição do conhecimento, bem como sua

aplicabilidade em diferentes situações e contextos.

A flexibilidade é também uma característica recomendada, pois possibilita a construção de

currículos orientadores de uma formação aberta capaz de incluir os avanços da área de

conhecimento do curso e atender às novas demandas sociais de atuação profissional,

fundamentais para o exercício da autonomia intelectual e da cidadania. Recomenda-se, portanto,

que os currículos possam oferecer alternativas para o estudante construir seu percurso

acadêmico. A UFU acredita que a escolha bem conduzida por atividades acadêmicas variadas e

de valor formativo são capazes de desenvolver atitudes de interrogação e criatividade diante da

realidade social

A preocupação com uma sólida formação teórica permanece como um dos princípios que guiam

a prática pedagógica para a apresentação dos conteúdos de forma contextualizada e crítica.

50

Assim a adoção de metodologias que não se restrinjam à simples transmissão de conhecimentos

e saberes, realizadas em aulas expositivas, demonstrativas ou pretensamente completas são

consideradas necessárias para condução de uma aprendizagem significativa. Tampouco o

simples uso de recursos tecnológicos são entendidos como suficientes para que o aluno aprenda a

buscar informações, analisá-las e relacioná-las, atribuindo novos significados e vislumbrando

soluções.

Na UFU há experiências novas que se realizam com a utilização de novas metodologias e

tecnologias de ensino. Isso porque há compreensão sobre a evolução e multiplicidade de formas

de saber e conhecer e sobre a diversidade de formas de ensinar que também propiciam o

desenvolvimento do pensamento e a apropriação da cultura.

Na apresentação dos itens anteriores já nos referimos à indicação de metodologias especiais para

as licenciaturas no desenvolvimento dos PIPEs. Acrescentamos agora que outros cursos também

encontram caminhos diferenciados na condução metodológica de seu ensino, valorizando, além

das preleções magistrais, o trabalho com projetos, os debates, as práticas interdisciplinares e

mesmo a utilização de linguagens eletrônicas como recursos adicionais ao processo de ensino-

aprendizagem que favorecem o desenvolvimento do raciocínio e da capacidade de aplicá-lo em

situações complexas e reais.

Também com essa perspectiva alguns cursos iniciam a utilização de ambientes virtuais de

aprendizagem, fundamentados em teorias cognitivas e com o uso de tecnologias da informação e

comunicação. Softwares elaborados em realidade virtual e mapas conceituais passam a servir de

suporte pedagógico nesses casos. É bem verdade, porém, que muitos cursos, áreas ou professores

ainda relutam diante de novas alternativas metodológicas e uso de tecnologias da informação e

comunicação. Para sanar esta resistência, cabe à instituição prover as condições infra-estruturais

e, sobretudo, desenvolver cursos e atividades que estimulem e habilitem o emprego de novos

recursos, técnicas e metodologias de ensino.

A UFU, embora disponha de infra-estrutura, com equipamentos suficientes para a criação de

diferentes ambientes virtuais, e conte com pesquisadores muito capazes para o desenvolvimento

da pesquisa tecnológica e pedagógica e ainda reúna uma boa experiência com o uso de

tecnologias de informação e comunicação no ensino, apenas muito recentemente criou seu

Núcleo de Educação a Distância/NEaD. As atividades deste núcleo são de fundamental

importância para o desenvolvimento e uso dessas alternativas metodológicas.

Mas nesta questão, assim como em outras relacionadas, não se trata de imprimir uma

determinação ad-hoc para a mudança. Sabemos ser esta uma prerrogativa do trabalho docente

que se transforma eficazmente apenas pelo consentimento e mediante a tomada de consciência

51

do significado atribuído a cada situação em particular, mas que está também intimamente

relacionada a condições objetivas para sua implantação: apoio ou suporte pedagógico,

equipamentos e salas adequados, além das características próprias do alunado. Obstáculos que

demandam tempo, estratégia, comprometimento institucional e investimento para serem

superados. Neste aspecto, vale mencionar que até o final de 2008 todas as salas de aula e

anfiteatros da Instituição estarão dotados de adequados recursos audiovisuais.

Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:

Do que foi exposto, fica evidente a necessidade de, por um lado, aprofundar o processo de

discussão sobre o tema como forma de produzir modificações importantes no uso de

metodologias e tecnologias de ensino alternativas e, por outro, proporcionar as condições para

sua efetivação. Considerando a complexidade da questão apresentamos as seguintes metas para

este item:

Metas 2008 2009 2010 2011 2012

Meta 1 - Adequar os espaços de aprendizagem de salas de aula,

anfiteatros e laboratórios e criar espaços virtuais para o

desenvolvimento de metodologias que não se restrinjam às aulas

expositivas ou a simples demonstrações práticas.

x x x

Meta 2 - Introduzir novas metodologias e o uso de tecnologias

de ensino como suporte para o trabalho pedagógico.

x x x x x

Meta 3 - Estimular e induzir projetos na pós-graduação, visando

o aprimoramento da formação do pós-graduando, através do

desenvolvimento de uma proposta de reflexão da arte e ou

ciência da docência.

x x x x x

52

Estratégias para alcançar as metas:

Meta 1:

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Promover o funcionamento efetivo do Núcleo de Educação

a Distância

x x x x x

Destinar investimentos em infra-estrutura de espaço físico,

de suporte tecnológico e equipamentos necessários ao

desenvolvimento de metodologias apoiadas no uso de

tecnologias de informação e comunicação.

x x x x x

Investir em equipamentos e espaços para a utilização dos

recursos de videoconferência.

x x x

Meta 2:

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Estimular as pesquisas multi e interdisciplinares, básica e

aplicada, sobre metodologias e tecnologias de ensino.

x x x x x

Fomentar a troca de experiências sobre o uso de

metodologias alternativas entre docentes e estudantes de

distintos cursos e instituições

x x x x x

Incrementar o processo de formação contínua dos docentes,

preparando-os para compreender em profundidade o

processo de aprendizagem e suas relações com a

intervenção pedagógica.

x x x x x

Incentivar o desenvolvimento de projetos interdisciplinares

de melhoria do ensino relacionados à novas metodologias e

uso de tecnologias de ensino.

x x x x x

Definir critérios para a implantação do modelo de oferta

semi-presencial de disciplinas ou outros componentes

curriculares, conforme permite a legislação (20% da CH

total do curso).

x

53

Meta 3:

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Estimular e financiar projetos de pós-graduação que

contribuam para o desenvolvimento de novas propostas e

práticas da arte e ou ciência da docência

x x x x x

Fomentar a troca de experiências sobre o uso de

metodologias alternativas entre estudantes de distintos

cursos de pós-graduação da instituição

x x x x x

Convidar professores de distintas instituições que

desenvolvam projetos na área para debaterem na UFU suas

propostas e práticas pedagógicas

x x x x x

Fortalecer a interação entre o projeto pró-docência e a

atividade de estágio docência, permitindo que os alunos da

pós-graduação sejam multiplicadores das novas propostas.

x x x x x

Transformar as melhores práticas em projetos de referência

na formação docente.

x

Etapas:

Meta/Ano 2008 2009 2010 2011 2012

Meta 1 x x x x x

Meta 2 x x x x x

Meta 3 x x x x x

Indicadores:

Meta 1:

Quantidade de espaços de aprendizagem virtuais utilizados como suporte ao trabalho pedagógico

Número de pessoas/ano atendidas.

54

Meta 2:

Número de cursos que fazem uso de novas metodologias e tecnologias de ensino como suporte

para o trabalho pedagógico.

Número de atividades/ano desenvolvidas.

Número de pessoas/ano atendidas.

Meta 3:

Número de atividades/ano desenvolvidas

Número de professores convidados para participar do projeto

Publicações e material didático gerado

Número de alunos atendidos

Avaliação qualitativa dos docentes e discentes

55

C.3 – Prever programas de capacitação pedagógica para implementação do novo modelo

Diagnóstico da situação atual:

Uma das lacunas históricas no desenvolvimento da educação superior no Brasil refere-se à

ausência de espaços ou momentos específicos destinados à formação e capacitação pedagógica

dos professores que atuam nesse nível de ensino.

As políticas públicas de formação para o ingresso na carreira do magistério superior são omissas,

principalmente com relação à formação didático-pedagógica desenvolvida nos cursos de

mestrado e doutorado, cujo modelo formativo desenvolvido tem como característica a

especialização aprofundada em determinado campo do conhecimento. Nesse sentido, caracteriza-

se a verticalização da formação, ou seja, formam-se pesquisadores com amplo domínio do

campo específico, no entanto, desprovidos de conhecimentos referentes à docência.

Se, por um lado, a formação de grande parte dos docentes universitários não contempla questões

relacionadas ao exercício da profissão docente, por outro, será fundamental fortalecer e

desenvolver na universidade espaços para discussão e reflexão a respeito da docência e dos

desafios enfrentados no exercício e na arte de ensinar, transmitir e gerar conhecimentos. O

objetivo desse processo é a busca de melhor entendimento a respeito do sentido formativo da

instituição e do comprometimento dos docentes com a melhoria da qualidade da formação

pessoal e profissional dos estudantes.

O desenvolvimento da pós-graduação assegurou significativos avanços na produção científico-

tecnológica do país e consolidou as IFES brasileiras como lócus privilegiado, terreno fértil, onde

essa produção avança cada vez mais. A formação desenvolvida na pós-graduação stricto sensu

tem desempenhado uma função fundamental no sentido de formar quadros para o ensino e a

pesquisa, no entanto, a capacitação pedagógica do docente universitário demanda uma recorrente

reflexão e aprimoramento.

Por sua vez, o acelerado desenvolvimento científico-tecnológico e sua incorporação pelo

diferentes meios de comunicação, os rápidos avanços no uso da internet e da comunicação

virtual apontam para a possibilidade de se delinear novos desenhos e práticas pedagógicas em

todos nos níveis e modalidades de ensino. Seja no ensino presencial ou no ensino a distância, a

incorporação das novas mídias, das novas tecnologias de comunicação e informação e dos novos

recursos da informática, em geral, evidencia que o processo de formação e atualização docente

deve ser uma constante e, também, um elemento central da política de qualificação das

56

instituições de ensino superior. Ação esta que constitui, inclusive, um dos pilares de uma política

institucional de formação continuada de professores.

Mas, esses processos de formação continuada devem estar orientados para oferecer subsídios

teórico-práticos de modo que os professores possam pensar e repensar sua prática frente à nova

realidade sociocultural, política, econômica e tecnológica com que se defrontam cotidianamente.

O professor em geral e, mais especificamente, o professor universitário, deve estar apto para

compreender o contexto em que atua e os condicionantes históricos que o engendram e

determinam. Por isso, um processo de capacitação pedagógica dos docentes universitários não

pode se restringir a uma formação meramente técnica sobre métodos de ensino e aprendizagem.

Ao lado de conteúdos como esses, é fundamental, também, a qualificação pedagógica em sua

dimensão didática, política, cultural, tecnológica, dentre outras.

O “o quê” e o “como” ensinar são questões diretamente vinculadas ao “para quem” e “onde” se

ensina, além da função social do aprendizado e da construção de uma sociedade autônoma. Isto

significa que os conteúdos e o modo como serão desenvolvidos com os estudantes não poderão

estar dissociados das características sócio-culturais e do contexto histórico-social em que se

efetivará o processo de ensino-aprendizagem. Deve-se considerar ainda que, a apropriação do

conhecimento pelos estudantes envolve dificuldades que podem estar na natureza do próprio

conhecimento e na inadequada disponibilidade de recursos. Não é só nas condições de infra-

estrutura da UFU que se faz necessário um investimento para prover condições de ensino mais

adequadas, mas também, da parte dos discentes, é preciso considerar que uma grande parcela

necessita de políticas de permanência que garantam as condições adequadas para poderem

absorver todo o potencial da Universidade.

No contexto universitário observamos constantemente estudantes desmotivados com seus cursos,

reivindicando aulas mais significativas e prazerosas, professores insatisfeitos com o processo e

resultados da aprendizagem discente, coordenadores de cursos e diretores de Institutos e

Faculdades ansiosos por melhores resultados.

Coerentes com os princípios de formação de professores, definidos pela UFU, partimos do

pressuposto não de uma formação pedagógica para atuar no magistério superior, ou “ensinar” os

professores a ministrarem suas aulas, mas criar espaços para aprendizagens em diálogo com a

experiência e a história de vida de cada professor. Surgiu, então, a necessidade de criar um

Núcleo com a finalidade de produzir reflexões sobre a docência universitária, explicitar

descobertas e experiências significativas, estimular um processo permanente de exercício crítico

da prática docente no ensino superior e reavivar a prática pedagógica. Atentos a essa

57

necessidade, a Pró-Reitoria de Graduação criou em 2007, o Núcleo de Apoio Pedagógico ao

Professor/ NAPP e a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação criou o projeto pró-docência.

Ainda que em condições precárias de funcionamento devido à falta de espaço físico próprio,

equipamentos, servidores administrativos e docentes com carga horária específica para dar

suporte ao trabalho realizado, o NAPP vem desenvolvendo importantes momentos de formação e

capacitação pedagógica dos docentes da UFU, sejam professores ingressantes, efetivos ou

substitutos. Além disso, tem procurado dar suporte e orientação pedagógica àqueles docentes que

apresentam maiores dificuldades no trabalho didático-pedagógico que realizam, porém essa

atividade é ainda embrionária e limitada, devido à ausência de condições adequadas para o

funcionamento do NAPP.

Da mesma forma, o projeto pró-docência, que vem sendo realizado na pós-graduação, por

limitação de recursos, atende um número limitado de propostas e de discentes. Entretanto, os

resultados produzidos nos primeiros anos já apontam para o enorme potencial de expansão do

projeto, com avanços esperados para curto, médio e longo prazos.

Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:

Diante da necessidade de se assegurar um indispensável acompanhamento e apoio didático-

pedagógico desenvolvido na universidade, de modo que, por um lado, os índices de repetência e

evasão diminuam e, por outro, os níveis de aprendizagem se aprofundem, são propostas as

seguintes metas:

Metas 2008 2009 2010 2011 2012

Meta 1 - Viabilizar infra-estrutura necessária para o

adequado funcionamento do NAPP

x x

Meta 2 - Ampliar a utilização de novas tecnologias da

educação

x x x x x

Meta 3 - Atingir até 2012 a capacitação de, pelo

menos, 700 docentes da UFU nos cursos oferecidos

pelo NAPP

x x x x x

Meta 4 - Financiar pelo menos quatro projetos de pró-

docência por ano

x x x x

58

Meta 5 - Ampliar número de discentes do programa

pró-docência.

x x x x x

Estratégias para alcançar as metas:

Meta 1

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Equipar e viabilizar espaço físico próprio para garantir

o adequado funcionamento do NAPP

x x

Ampliar, no NAPP, o número de docentes envolvidos

em atividades de capacitação pedagógica.

x x x x x

Meta 2

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Desenvolver cursos de formação para uso e domínio

das tecnologias de comunicação e informação,

aplicadas ao ensino.

x x x x x

Produzir e disponibilizar conteúdos de conhecimento,

sistemas de referência e realizar produtos didáticos

baseados nas novas tecnologias.

x x x x x

Formar autores e tutores em EaD. x x x x

Meta 3

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Desenvolver em parceria com a Faculdade de

Educação, o Instituto de Psicologia e outras Unidades

Acadêmicas, planejamento que articule o campo da

capacitação pedagógica a ser desenvolvida

x x

59

Desenvolvimento de cursos de formação pedagógica

para professores de ensino superior, abrangendo temas

sobre políticas de educação superior, metodologias de

ensino, planejamento didático, avaliação da

aprendizagem, relação professor-aluno;

x x x x x

Meta 4

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Melhorar o sistema de divulgação dos projetos. x x x x x

Publicar e difundir as melhores práticas. x x x x

Meta 5

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Ampliar o número de bolsas para estudantes no

programa.

x x x x x

Criar instrumentos indutivos para estimular a difusão

desses projetos.

x x x x x

Propiciar a realização de eventos para a divulgação e

troca das experiências.

x x x x x

Etapas:

Em uma primeira etapa, que abrangerá os anos de 2008 e 2009, além dos cursos previstos nas

metas e estratégias delineadas, deverá ocorrer, também, a viabilização da estrutura física e de

equipamentos indicados como necessários ao adequado funcionamento do NAPP, além da

contratação de pelo menos um servidor administrativo. Além disso, deverá ser estruturada a

secretaria geral de pós-graduação para dar suporte à disseminação, acompanhamento e

financiamento aos projetos de pró-docência.

60

Em uma segunda etapa será priorizada a capacitação pedagógica dos docentes como autores e

tutores em EaD.

Indicadores:

Número de professores atendidos nos cursos de formação continuada;

Resultados de pesquisas primárias de avaliação contínua dos cursos, por meio de questionários e

do desenvolvimento de grupos focais com os professores atendidos nos cursos;

Resultados de pesquisas primárias para avaliação qualitativa anual das práticas docentes a ser

realizada com os alunos, por meio de questionários;

Número de publicações contendo as melhores práticas.

Número de propostas atendidas e resultados obtidos.

Número de cursos e disciplinas atendidos pelos projetos.

Número de alunos de pós-graduação envolvidos no pró-docência.

61

C.4 – Outras propostas nesta dimensão não contempladas no decreto:

Não há outras propostas nesta dimensão.

62

D – Mobilidade Intra e interinstitucional

D.1 - Promoção ampla da mobilidade estudantil mediante o aproveitamento de créditos e a

circulação de estudantes entre cursos e programas, e entre instituições de educação

superior.

Diagnóstico da situação atual:

A Universidade Federal de Uberlândia tem realizado esforços no que se refere à mobilidade intra

e interinstitucional, sendo a segunda fomentada através do Programa ANDIFES de Mobilidade

Acadêmica e dos convênios com universidades internacionais, gerenciados pela Assessoria de

Relações Internacionais e Interinstitucionais (ASDRI).

O Programa de Mobilidade Acadêmica aufere grande aceitação entre os graduandos da UFU, os

quais manifestam crescente interesse em dele participar. Por seu lado, docentes e Coordenadores

de Curso reconhecem e se entusiasmam com o Programa, pois percebem o impacto positivo que

traz aos cursos e à formação discente. Os convênios internacionais estão firmados com

universidades dos cinco continentes, cobrindo praticamente todas as áreas do conhecimento.

A ASDRI é um órgão vinculado ao Gabinete do Reitor cuja finalidade precípua é ampliar e

consolidar a internacionalização e os laços de cooperação interinstitucionais da UFU

entendendo-os como importantes instrumentos de fortalecimento da universidade. Foi

estabelecida como Assessoria no ano de 2005, a partir da experiência já existente no antigo

escritório de relações internacionais. De fato, ações isoladas de cooperação internacionais e

interinstitucionais existem desde a criação das primeiras faculdades que posteriormente deram

origem ao que hoje conhecemos como UFU. Porém, grande impulso foi dado a partir do final

dos anos 80, do século XX, com os convênios firmados na área das engenharias, especialmente

com instituições francesas.

Os primeiros anos do século XXI são marcados pela ampliação não apenas das áreas de

abrangência dos convênios, mas também dos países e instituições com as quais a UFU estabelece

acordos de cooperação internacional.

Como fruto dos acordos internacionais já estabelecidos, a UFU promove eventos internacionais

em diferentes áreas, recebe professores-pesquisadores visitantes, docentes de distintos países que

participam ativamente da vida acadêmica da UFU, ministrando aulas na Pós-Graduação,

orientando ou co-orientando teses, participando de bancas, proferindo palestras, publicando

63

artigos e livros em co-autoria com docentes da UFU, dentre outras atividades. Além disso, vários

professores da UFU visitam e desenvolvem estudos em diferentes instituições brasileiras e em

universidades localizadas nos cinco continentes, envolvendo-se em atividades semelhantes

àquelas realizadas na UFU pelos nossos parceiros.

Atualmente a UFU possui oitenta e sete convênios assinados com instituições localizadas em

vinte países. A formalização, por meio de convênios e protocolos, das relações internacionais e

interinstitucionais estabelecidas entre a UFU e outras universidades e centros de pesquisa,

situados no âmbito nacional e internacional, possibilita contatos entre alunos, professores e

pesquisadores de diferentes instituições, gera pesquisas e publicações coletivas e,

principalmente, intensifica os laços de cooperação e amizade imprescindíveis para o crescimento

e o aprimoramento institucional.

São aproximadamente 200 alunos da UFU em Mobilidade Internacional em países da América

Central, da América do Norte e da Europa. Os registros indicam que foram recebidos, até 2007,

mais de 150 estudantes estrangeiros, oriundos da América Central, América do Norte, da

América do Sul, Europa e África, possibilitando-se, assim, a convivência e o aprendizado de

nossos alunos com estudantes dos cinco continentes.

No Programa de Mobilidade Nacional, em 2007, a UFU possui 16 alunos que atualmente estão

desenvolvendo seus estudos em outras Instituições de Ensino Superior e acolhe 10 alunos de

outras Instituições.

Em relação aos docentes da Universidade Federal de Uberlândia que realizam seus estudos de

Pós-Graduação em outros países, a UFU conta com 27 professores, notadamente na América do

Norte (8 professores), na Europa (21 professores) e um professor na América do Sul.

O avanço da UFU nesse tópico da mobilidade é expressivo. Apesar das conquistas alcançadas,

algumas dificuldades precisam ser superadas. Dentre elas estão:

• A necessidade de normatização nos procedimentos de intercâmbio e melhor

aproveitamento dos créditos cursados em outras instituições. Nesse caso, preocupa os

diferentes modos de organização curricular das instituições, notadamente no que se refere

aos regimes de matrícula (cursos semestrais e anuais). Visando aprimorar os programas

de mobilidade, está em elaboração uma Resolução para estabelecer as diretrizes do

Programa de Mobilidade Nacional e Internacional, na qual se pretende estabelecer os

critérios gerais para o processo seletivo dos alunos intercambistas, bem como o

procedimento de adequação das atividades acadêmicas desenvolvidas pelo estudante à

grade curricular;

64

• Outro fator limitador que se apresenta para a expansão do programa é a questão

financeira, já que grande parte dos alunos não tem recursos para se manter nas

instituições pleiteadas, sejam elas nacionais ou internacionais.

Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:

Metas 2008 2009 2010 2011 2012

Meta 1 - Normatizar os procedimentos de mobilidade

estudantil na UFU – nacional e internacional.

x x

Meta 2 – Definir sistema de aproveitamento de créditos. x x

Meta 3 - Ampliar o número de alunos intercambistas da

UFU.

x x x x x

Meta 4 - Instituir Programa de Bolsas de Mobilidade

Nacional e Internacional para alunos da graduação da

UFU.

x x x x x

Meta 5 - Ampliar o número de Convênios, com

instituições de países sem Acordos de Cooperação.

x x x x x

Meta 6 - Ampliar e aprimorar o atendimento na ASDRI. x x x x x

Estratégias para alcançar as metas:

Metas 1 e 2

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Elaborar e implantar normas e procedimentos de

intercâmbio de alunos da graduação

x x

65

Meta 3

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Ampliar o programa de disseminação de informações e

sensibilização da comunidade universitária a respeito de

oportunidades acadêmicas nacionais e internacionais

x x x x x

Propor e implantar, com setores e unidades da UFU,

estratégias de trabalho que viabilizem o desenvolvimento

de projetos de interesse nacional e internacional

x x x x x

Atuar junto às agências de fomento e órgãos

governamentais com intuito de desenvolver programa de

financiamento dos estudos dos alunos em Mobilidade, por

meio de bolsas de estudo

x x x x x

Dar continuidade às ações já iniciadas junto às empresas e

órgãos de classe, no intuito de sensibilizá-los para

parcerias que viabilizem o programa de financiamento

dos estudos dos alunos em Mobilidade.

x x x x x

Meta 4

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Institucionalizar e Implantar Programa de Bolsas para

auxílio à mobilidade nacional e internacional de

estudantes da graduação

x x x x x

Meta 5

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Estabelecer contatos com instituições, prioritariamente

localizadas em países com os quais a UFU ainda não

possua Acordos de Cooperação e propor parcerias.

x x x x x

66

Meta 6

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Ampliar o espaço físico e melhorar a infra-estrutura x x

Destinar recursos orçamentários para financiamento dos

programas e projetos de mobilidade estudantil

x x x x x

Apoiar e auxiliar as diferentes unidades e setores da UFU

na confecção e publicação de material informativo em

português e em outros idiomas.

x x x x x

Elaborar e implantar programa de transmissão eletrônica à

ASDRI, dos formulários de afastamento do País.

x x x x x

Etapas

Metas 1 e 2

Etapas 2008 2009 2010 2011 2012

Conclusão da elaboração da proposta de Resolução

referente às normas e procedimentos de intercâmbio de

alunos da graduação e submissão ao CONGRAD

x

Aprovar Resolução que institucionaliza o programa de

mobilidade estudantil

x x

Meta 3

Etapas 2008 2009 2010 2011 2012

Divulgação dos programas de mobilidade através da

internet e de visitas aos colegiados de cursos

x x x x x

Divulgação das fontes financiadoras de bolsas x x x x x

67

Meta 4

Etapas 2008 2009 2010 2011 2012

Criar Comissão para propor Programa de Bolsas x

Apreciar e Aprovar no CONSUN o programa de bolsas x x

Implantar o programa de bolsas x x x x

Meta 5

Etapas 2008 2009 2010 2011 2012

Contato com as instituições x x x x x

Visitas às instituições, quando necessário x x x x x

Assinatura de convênio x x x x x

Meta 6

Etapas 2008 2009 2010 2011 2012

Publicação de material informativo x x x x x

Implantação de dados informatizados relativos ao

afastamento do país

x x x x x

Indicadores:

Número de normas implantadas.

Número de alunos em programas de mobilidade nacional e internacional.

Número de bolsas de mobilidade nacional e internacional concedidas.

Número de convênios acordados.

68

D.2 - Outras propostas nesta dimensão não contempladas no decreto:

Não há outras propostas nesta dimensão.

69

E - Compromisso Social da Instituição

E.1 - Políticas de Inclusão

Diagnóstico da Situação Atual

Para a UFU, as Políticas de Inclusão enquanto instrumentos inerentes ao compromisso social da

instituição têm como objetivos: promover o acesso e a permanência de todos os estudantes,

independentemente de sua condição física, socioeconômica e de saúde mental; assegurar a

igualdade de condições para o exercício da atividade acadêmica; atribuir à instituição uma

participação ativa na construção da coesão social, no aprofundamento da democracia, na luta

contra a exclusão social e na defesa da diversidade cultural; contribuir com a redefinição das

funções da universidade pública no contexto da implantação de um projeto de Nação, justo e

igualitário.

As ações afirmativas que a UFU vem desenvolvendo na perspectiva da inclusão social, por meio

das suas unidades acadêmicas e administrativas, são:

• Apoio aos chamados Cursinhos Alternativos, promovidos e realizados por estudantes da

UFU visando minimizar a desigualdade de acesso ao ensino superior dos candidatos de

baixa condição sócio-econômica;

• Realização do Programa de Acesso voltado para candidatos de baixa condição

socioeconômica, oferecendo redução/isenção na taxa do Vestibular/UFU (7001

candidatos atendidos em 2006 referente a 3 processos seletivos) e PAIES/2006 (3.635

candidatos atendidos);

• Realização do Programa de Permanência voltado para os estudantes de baixa condição

sócio-econômica em atendimento às suas necessidades de alimentação, moradia, saúde

mental, esporte e lazer;

• Implantação, em 2004, da Incubadora de Empreendimentos Econômicos e Solidários -

INES/PROEX, um programa de geração de renda e trabalho para as camadas populares,

com vistas à inclusão social e a emancipação humana;

• Criação, em 2001, do Programa de Formação Continuada em Educação, Saúde e Cultura

Populares, que em 2006 realizou o II ENESCPOP com 2.300 participantes, visando

socializar e democratizar o saber popular no contexto universitário;

70

• Implantação do Pólo UFU da Rede Arte na Escola através de convênio com a Rede do

Instituto Arte na Escola, de São Paulo, visando ampliar o número de professores de artes

plásticas nos grupos de formação continuada, os quais são assessorados pela UFU, que

também subsidia o trabalho pedagógico com recursos bibliográficos e áudios-visuais;

• Criação do Centro de Ensino, Pesquisa, Extensão e Atendimento em Educação

Especial/CEPAE. Inaugurado em 08 de junho de 2004, surgiu da necessidade de se criar

um espaço de discussões e reflexões sócio-político-educacionais, no interior da UFU, que

fomentasse a construção de novos conhecimentos e de novas alternativas de ação dentro

da área da Educação Especial. Em 2005 o CEPAE realizou Seminários e ciclo de

palestras com aproximadamente 1.184 pessoas atendidas, além de cursos de capacitação

de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, envolvendo 84 alunos e técnicos, cursos de

extensão em Deficiência Mental e em Surdez. As referidas atividades foram realizadas

com verba oriunda do PROJETO INCLUIR 2005 – “A Inclusão Educacional na UFU:

acesso, permanência e conclusão dos estudos” aprovado pelo MEC/SESu. Em 2006 o

CEPAE registrou 22 alunos com necessidades especiais matriculados na UFU, sendo 15

alunos com deficiência visual, 03 alunos com deficiência auditiva e 04 com deficiência

física. O CEPAE representa um importante passo dado pela UFU, uma vez que,

dinamizando a pesquisa, o ensino e a extensão na área da Educação Especial, além de

atender às metas de trabalho de uma Universidade Pública, também atende a uma

importante e atual demanda educacional e social.

Quanto às cotas, a UFU vem discutindo a questão desde 2003, quando foi criada, pelo CONSUN

(Conselho Universitário), a primeira Comissão, composta por docentes, discentes e técnico-

administrativos. A mobilização, os debates e os seminários gerados levaram à produção de um

relatório propositivo e de uma agenda de eventos a serem realizados em 2004. Dando

continuidade ao processo, em outubro do mesmo ano foi nomeada uma segunda Comissão de

Trabalho, à qual coube apresentar uma proposta relativa às políticas de inclusão na UFU. Em

abril de 2006 foi criada uma terceira Comissão com a incumbência de colher novos dados,

implantar o calendário de discussões e apresentar uma proposta de ato normativo sobre a política

de cotas para a devida apreciação do CONSUN. Foi então apresentada uma proposta de

Resolução criando o Programa de Inclusão Social Para Elevar os Níveis de Acesso e de

Permanência no Ensino Superior, instituindo a Política de Cotas Sociais e Étnico-Raciais. Após

várias reuniões do Conselho Universitário e intensos debates relativos às cotas, na sua reunião do

dia 30 de novembro de 2007, foi aprovada pelo CONSUN a proposta de cotas sociais, que inclui

estudantes oriundos das escolas públicas.

71

Metas a serem alcançadas com cronograma de execução

As Políticas de Inclusão na UFU vêm se concretizando em diferentes dimensões e ações que

deverão se aperfeiçoadas e ampliadas nos próximos anos, desde o apoio à preparação de jovens

para ingresso na Universidade, via cursinhos pré-vestibulares alternativos, já em andamento, até

implantar e aperfeiçoar o sistema de cotas sociais. O foco de atenção deverá ser, além da

inclusão em toda sua diversidade de ações, a permanência e a excelência da produção

universitária.

Metas 2008 2009 2010 2011 2012

Meta 1 - Institucionalizar e Implantar a Política de Ações

Afirmativas no acesso à UFU.

x x x x x

Meta 2 - Ampliar o apoio aos cursinhos pré-vestibulares

alternativos oferecidos pelos estudantes de graduação da

UFU.

x x x x x

Meta 3 - Ampliar em 20% o Programa de Acesso nos

Projetos de Redução/isenção nas taxas dos Processos

Seletivos/UFU (PAIES/Vestibular/Transferência/ESTES).

x x x x x

Meta 4 - Ampliar o atendimento e o acesso de portadores

de necessidades especiais à Universidade.

x x x x x

Meta 5 - Consolidar e ampliar os Programas de

Permanência dos Estudantes da UFU de acordo com os

Programas previstos na Política de Assuntos Estudantis.

x x x x x

Meta 6 - Realizar programas, projetos e eventos relativos

à extensão universitária que atendam às necessidades das

comunidades externas, privilegiando a inclusão social e a

valorização de conhecimentos produzidos por estas e pela

Instituição.

x x x x x

72

Estratégias

Meta 1

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Definir no CONSUN uma Política de Ações

Afirmativas para democratizar o acesso a UFU.

x

Criar uma Comissão de acompanhamento da Política de

Ações Afirmativas.

x x x x x

Fixar prazos para avaliação da Política de Ações

Afirmativas.

x x x x

Meta 2

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Estimular o envolvimento de estudantes de graduação

dos diversos cursos da UFU nos projetos de cursinhos

alternativos (divulgação nos cursos).

x x x x x

Implantar Política de Bolsas para estudantes

participantes dos Cursinhos Alternativos (parceria

Prefeitura/Universidade).

x x x x x

Implantar sistema de monitoramento para verificação do

índice de aprovação dos candidatos dos cursinhos

alternativos nos processos seletivos/UFU.

x x x x x

Meta 3

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Aprimorar o sistema de informatização do Programa de

redução/isenção nas Taxas dos processos seletivos

/UFU, disponibilizando aos candidatos acesso a

internet.

x x x x x

Aprimorar o sistema de divulgação e informações do x x x x x

73

Programa de redução/isenção para as Escolas Públicas e

Cursinhos Alternativos.

Ampliar número de bolsas destinadas ao Programa de

redução/isenção

Implantar sistema de monitoramento para verificar o

índice de aprovação e de matriculados entre os

candidatos de baixa condição socioeconômica que

obtiveram redução/isenção nas taxas dos processos

seletivos/UFU.

x x x x x

Meta 4

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Ampliar a política de acessibilidade e de cidadania para

estudantes em situação de deficiência

x x x x x

Envolver as unidades acadêmicas da UFU na discussão

sobre os diversos aspectos referente a Educação

Especial

x x x x x

Atender às demandas legais que indicam a necessidade

dos cursos de formação de professores desenvolverem

ações pedagógicas contemplando a formação de

profissionais preparados para uma prática pedagógica

eficiente junto a alunos com necessidades educativas

especiais.

x x x x x

Congregar pesquisadores, educadores e profissionais da

área da Educação Especial, consolidando-se como um

espaço de fomento ao desenvolvimento de projetos de

pesquisa, ensino e extensão, relacionados à Educação

Especial.

x x x x x

Promover eventos científicos, palestras, seminários,

debates, cursos e estudos na área da Educação Especial.

x x x x x

Oferecer assessoria técnica a profissionais interessados x x x x x

74

em implantar ações transformadoras na área da

Educação Especial.

Estimular a produção e divulgação de projetos de

pesquisa, ensino ou extensão desenvolvidos pelos

participantes do CEPAE em veículos de divulgação

científica, tais como, revistas, jornais, periódicos.

x x x x x

Meta 5

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Ampliar o número de modalidades de bolsas: moradia,

alimentação e central de línguas.

x x x x x

Aprimorar os programas já em andamento: Instrumental

Odontológico, Orientação social, ações educativas e

preventivas.

x x x x x

Meta 6

Estratégias já discorridas no tópico E3 – Políticas de Extensão Universitária.

Etapas

Dentre as ações estratégicas discorridas que objetivam as metas a serem alcançadas, algumas já

vêm sendo implementadas ao longo dos últimos anos, outras, deverão ser implementadas a partir

de 2008, resguardando-se que, até 2012, todas essas ações possam estar sendo concluídas, visto

que tecem uma sinergia e podem colimar, em grande medida, com as propostas de ampliação do

atendimento da universidade às demandas sociais da comunidade, fechando o circuito de

expansão de atendimento proposto por este Plano de Expansão.

Indicadores

Número de estudantes oriundos das escolas públicas ingressantes na UFU.

75

Número de atendimentos e crescimento de demanda nos Cursinhos Alternativos.

Aumento de vagas de ingresso e ocupação de vagas ociosas na UFU.

Número de cidadãos beneficiados pelos diversos programas e projetos de inclusão social/UFU.

Número de estudantes de baixa condição sócio-econômica incluídos nos Programas de

Permanência.

Número de portadores de necessidades especiais incluídos nos Programas de Educação Especial.

Número de estudantes de baixa condição sócio-econômica incluídos no Programa de

redução/isenção nas Taxas dos Processos seletivos/UFU.

Número de bolsas moradia, alimentação, central de línguas ofertadas anualmente pela UFU.

76

E.2 - Programa de Assistência Estudantil

Diagnóstico da situação atual

No mundo contemporâneo e globalizado, a desigualdade e a exclusão social se transpõem para o

contexto universitário e na busca de respostas a tais questões foi elaborado pelo

FONAPRACE/ANDIFES o Plano Nacional de Assistência aos Estudantes de Graduação das

IFES, e aprovado pelo MEC em 2007. O referido Plano deixa claro que “a missão da

universidade se cumpre à medida que gera, sistematiza e socializa o conhecimento e o saber,

formando cidadãos capazes de contribuir para o projeto de uma sociedade justa e igualitária”,

assumindo a Assistência Estudantil como uma questão de investimento, por ser uma das políticas

essenciais no contexto da indissociabilidade entre o Ensino, a Pesquisa e a Extensão. Nesse

sentido, define-se a “Política de Assistência Estudantil como um conjunto de princípios e

diretrizes que norteiam a implantação de ações para garantir o acesso, a permanência e a

conclusão de curso dos estudantes da UFU, na perspectiva de inclusão social, formação

ampliada, produção de conhecimentos, melhoria do desempenho acadêmico e da qualidade de

vida,” contribuindo, assim, para o exercício da cidadania e a qualificação profissional.

Nesse contexto, a Universidade Federal de Uberlândia, desde o início dos anos de 1980, vem

desenvolvendo programas e projetos de assistência estudantil, os quais foram fortalecidos com a

participação de seus representantes, desde 1993, no FONAPRACE, contribuindo efetivamente na

elaboração do mencionado Plano Nacional de Assistência.

É possível apontar dados significativos do diagnóstico da assistência estudantil na instituição a

partir do resultado da II Pesquisa do Perfil socioeconômico e cultural dos estudantes de

graduação, realizada no ano de 2004 em parceria com o FONAPRACE, num universo de 12.000

estudantes e com amostragem de 860 estudantes. Apresentamos os dados abaixo, seguidos de

comentários sobre ações correspondentes:

• 61,7% dos estudantes das classes B2, C, D, E apresentaram demanda potencial por

assistência estudantil, dos quais 41% encontram-se nas classes C, D, E, cuja renda média

familiar mensal atinge no máximo R$ 927,00 e uma situação de vulnerabilidade social.

• 36,2% dos estudantes da UFU, ao ingressarem na universidade, deslocam-se do seu

contexto familiar, o que representa uma demanda potencial por moradia estudantil;

77

• 68,5% dos estudantes vão a pé, de carona, de bicicleta ou utilizam transporte coletivo

para o deslocamento para a universidade.

• 34,6% dos estudantes pesquisados trabalham e estudam, sendo que 28,7% encontram-se

nas categorias C, D e E.

Diante dos dados apresentados, os programas e projetos de permanência (Bolsa Alimentação,

Bolsa Moradia, Bolsa Central de Línguas, Empréstimo do Instrumental Odontológico e Redução

na Taxas de Expediente/UFU) oferecidos aos estudantes pela Instituição atendem em média

13,17% (1.580) dos estudantes de baixa condição socioeconômica, além de 9,96% (1.195) nos

programas interdisciplinares (Programa de Integração dos Estudantes Ingressantes e Programa de

Incentivo à Formação de Cidadania) com ações educativas e preventivas, atingindo um total de

23,13% destes estudantes, mas insuficiente para atender a crescente demanda.

• 38,6% dos estudantes da UFU tiveram dificuldades significativas ou crises emocionais no

último ano de curso, sendo que 31,6% dos estudantes responderam que a vida acadêmica

havia sido prejudicada devido às questões emocionais, provocando: baixo desempenho

acadêmico (44,6%); reprovações (26,7%); mudança de curso (10,5%); trancamento

parcial ou total (8,7%); risco de ser jubilado ou jubilamento em curso anterior (3,1%).

A equipe da área de Atendimento Psicológico ao Estudante da UFU desenvolve os Projetos

Psicoterapia Individual e Grupal, atendendo anualmente, em média, 200 estudantes e gerando em

torno de 2.200 sessões psicoterapêuticas por ano. O trabalho se estende também aos Programas

Psico-educativos e Interdisciplinares (Palestras, Workshops, Mesas-Redondas, “Projeto

Coordenadores de Curso em Alerta”, Projeto de Estágio em Psicologia Clínica e Institucional),

os quais atingem em média 2.000 estudantes, o que perfaz um total de 2.200 estudantes nos

projetos realizados, correspondendo a 18,34% da população discente da UFU. A equipe tem

constatado que a demanda por atendimento psicológico aumenta a cada ano, de forma

significativa, o que está em consonância com o cenário mundial mostrado pela Organização

Mundial de Saúde. Os estudantes apresentam desde dificuldades circunstanciais até transtornos

emocionais graves e urgentes que requerem intervenções especializadas.

• 52,6% praticam raramente atividades de esporte e lazer e 33,9% praticam

frequentemente, porém em academias, clubes e outros locais particulares.

Com relação aos programas e projetos oferecidos pela UFU na esfera do esporte e do lazer, estes

têm atendido apenas 28,2% (3.386) dos estudantes. No que se refere às atividades estritamente

esportivas, o número de atendimentos aumenta, uma vez que os estudantes participam de

diferentes atividades físicas, porém este número ainda não atende a demanda identificada.

78

• 40,6 % dos estudantes pesquisados utilizam o RU. O restaurante universitário constitui

importante instrumento de satisfação da necessidade básica de alimentação e de

convivência social. Desses usuários, os das categorias C, D e E são os que mais

freqüentam o restaurante, o que comprova sua real função acadêmico-social.

É importante ressaltar que na área de Nutrição do Restaurante Universitário, apesar do avanço

conseguido na qualidade dos serviços prestados, ainda se faz necessário o desenvolvimento de

ações destinadas a ampliação do acesso a alimentação.

A Política de Assuntos Estudantis da UFU, apreciada no CONSEX – Conselho de Extensão

(2005/2007) abrange todos os estudantes matriculados na instituição: estudantes do ensino

infantil e fundamental, estudantes dos cursos técnicos e estudantes de graduação e pós-

graduação. Diante disso, constata-se uma necessidade evidente de reestruturação e expansão da

assistência estudantil.

Metas a serem alcançadas com cronograma de execução

Metas 2008 2009 2010 2011 2012

Meta 1 - Institucionalizar e implantar Política de

Assuntos Estudantis.

x x x x x

Meta 2 - Aprimorar os canais de comunicação e

circulação de informações da assistência estudantil

com a comunidade interna e externa.

x x x x x

Meta 3 - Fortalecer o Fórum de Assuntos

Estudantis.

x x x x x

Meta 4 - Ampliar os Programas de Permanência dos

Estudantes da UFU.

x x x x x

Meta 5 - Garantir a utilização, ampliação e

manutenção dos espaços esportivos e de lazer da

UFU.

x x x x x

79

Estratégias

Meta 1

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Apreciar e aprovar a Política de Assuntos Estudantis

no CONSUN/UFU.

x x

Implantar e avaliar a Política de Assuntos Estudantis. x x x x x

Elaborar plano anual de trabalho em acordo com a

Política de Assuntos Estudantis e discutido com a

comunidade acadêmica.

x x x x x

Promover discussões e debates permanentes sobre as

questões estudantis na UFU.

x x x x x

Desenvolver estudos sobre a realidade social,

psicológica, nutricional e de esporte e lazer da

comunidade estudantil.

x x x x x

Realizar Seminário para divulgação dos resultados da

II Pesquisa do Perfil Socioeconômico e Cultural dos

Estudantes de Graduação da UFU (2008).

x

Destinar recursos orçamentários para financiamento

dos programas e projetos.

x x x x x

Adequar as estruturas físicas destinadas à assistência

estudantil.

x x x x x

Participar das Atividades de Capacitação e eventos

científicos, em âmbito local, nacional e internacional,

com apresentação de trabalhos

x x x x x

Promover a capacitação e qualificação dos servidores

ligados à assistência estudantil.

x x x x x

80

Meta 2

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Aperfeiçoar o Sistema Integrado de Informações de

Assuntos Estudantis – SIAE.

x x

Criar uma home page interativa e implantar banco de

dados da assistência estudantil.

x x

Dar maior visibilidade às ações de assistência

estudantil desenvolvidas por meio do Jornal, TV e

Rádio Universitária, dentre outros.

x x x x x

Dar continuidade à participação no Fórum PROEX e

no Conselho de Extensão - CONSEX

x x x x x

Estabelecer o Fórum de Assuntos Estudantis como um

canal aberto com a comunidade estudantil.

x x x x x

Meta 3

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Participar dos Fóruns representativos pertinentes aos

assuntos estudantis (FONAPRACE).

x x x x x

Meta 4

4.1. Programa de Assistência e Apoio aos Estudantes de Baixa Condição Socioeconômica

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Informatizar o processo de atendimento na

redução/isenção da Taxa do Vestibular, PAIES e

Transferência, garantindo sua análise técnica.

x x

Aquisição de novos equipamentos de informática

(computadores e impressoras).

x x

Ampliar em 20% o número de atendimentos, para

6.000 candidatos nos processos seletivos/UFU.

x x x x x

81

4.2. Programa de Alimentação

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Ampliar a estrutura para fornecer 2.200 refeições/dia à

comunidade estudantil.

x X

Dar continuidade à política de humanização do RU. x x x x x

Implantar o sistema informatizado de acesso ao RU –

Campus Santa Mônica.

x

Garantir a qualidade da alimentação com menor custo

possível.

x x x x x

Promover campanhas de reeducação alimentar e coleta

seletiva de lixo, junto à comunidade.

x x x x x

Ampliar bolsas de alimentação conforme condição

socioeconômica dos estudantes.

x x x x x

4.3. Programa de Moradia

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Dimensionar a demanda por moradia estudantil. x x x x X

Discutir e definir política para a moradia estudantil. x x x x X

Ampliar bolsas de moradia conforme condição

socioeconômica dos estudantes

x x x x X

4.4. Programa de Saúde Física:

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Dimensionar a demanda para o programa de saúde

física, junto à comunidade estudantil.

x x x x x

Garantir estrutura destinada ao desenvolvimento de

programas e projetos da área de saúde física.

x x x x x

82

Estabelecer normas e procedimentos norteadores das

ações em saúde física, ouvidas as entidades estudantis.

x x x x x

4.5. Programa de Saúde Mental:

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Ampliar o número de estudantes atendidos nos

projetos de psicoterapia individual e em grupo.

x x x x x

Ampliar o número dos participantes das ações

educativas e preventivas envolvendo a comunidade

interna e externa.

x x x x x

Ampliar os atendimentos psiquiátricos. x x x x x

Articular ações com o Programa de Dependência

Química da UFU em atendimento às demandas

estudantis.

x x x x x

Executar o Projeto Coordenadores de Curso em

Alerta.

x x x x x

Fortalecer e ampliar o Projeto de Estágio

Supervisionado em Psicologia Clínica e Institucional.

x x x x x

4.6. Programa de Assistência e Apoio aos Estudantes de Baixa Condição Socioeconômica:

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Ampliar bolsas de locomoção conforme condição

socioeconômica dos estudantes.

x x x x x

Criar Programa de Bolsas para estudantes de baixa

condição socioeconômica incluídos no Convênio de

Mobilidade Nacional e Internacional.

x x x x x

Assegurar bolsas na Central de Línguas. x x x x x

Adquirir novos instrumentais odontológicos para

empréstimo.

x x x x x

83

4.7. Programa de Esportes, Recreação e Lazer:

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Estimular e atender às demandas de projetos

esportivos.

x x x x x

Promover a realização de eventos esportivos,

recreativos e de lazer para a comunidade universitária.

Desenvolver atividades de educação esportiva de

forma a oportunizar o aprendizado das diversas

modalidades esportivas.

x x x x x

Realizar treinamento dos estudantes selecionados para

a participação institucional em competições locais,

regionais, estaduais, nacionais e internacionais.

x x x x x

Promover a participação, cooperação e intercâmbio

esportivo, recreativo e de lazer, entre a UFU e outras

Instituições em âmbito local, estadual, regional,

nacional e internacional.

x x x x x

Implantar programas e projetos esportivos e de lazer

que atuem na promoção da saúde e na prevenção e

tratamento da dependência química.

x x x x x

Institucionalizar os Jogos Universitários Integrados -

UNIJOGOS.

x x x x x

4.8. Programa de Integração dos Estudantes Ingressantes:

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Promover ações interdisciplinares visando a

integração e orientação aos estudantes ingressantes e

familiares relativas aos serviços oferecidos à

comunidade estudantil.

x x x x x

84

4.9. Programa de Incentivo à Formação da Cidadania:

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Encaminhar as demandas estudantis, visando oferecer

apoio financeiro permanente para a realização de

eventos organizados pelas entidades estudantis e a

participação de estudantes de baixa condição

socioeconômica em eventos de caráter científico,

esportivo e artístico-cultural.

x x x x x

Realizar o 1º Encontro Nacional de Assuntos

Estudantis das IFES.

x

Implementar programas e projetos com a Equipe

interdisciplinar da DIRES, em parceria com os

estudantes e as entidades estudantis, para os centros de

convivência.

x x x x x

Promover eventos educativos e preventivos que possam

contribuir para a formação pessoal, profissional, ética e

política da comunidade universitária.

x x x x x

Ampliar as ações educativas e preventivas dos

Programas interdisciplinares da DIRES, envolvendo

as áreas: Serviço Social, Psicologia, Esporte e Lazer e

Nutrição; Meta: 500 estudantes.

x x x x x

4.10. Programa de Incentivo a Formação Cultural:

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Estimular e promover eventos culturais, por meio de

ações integradas com a DICULT/PROEX;

x x x x x

Apoiar ações artístico-culturais visando à valorização

e difusão das manifestações culturais estudantis.

x x x x x

Garantir espaços físicos, recursos materiais e humanos

necessários para a realização de atividades culturais da

comunidade estudantil. Meta: 1000 estudantes.

x x x x x

85

4.11. Programa de Bolsas Acadêmicas:

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Definir os critérios para distribuição das bolsas, bem

como os critérios de seleção dos candidatos, junto aos

órgãos competentes. (PROGRAD/PROPP).

x x x x x

Meta 5

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Promover a institucionalização, critérios de utilização

e funcionamento do Centro Esportivo Universitário –

CEU.

x x x x x

Realizar parcerias com órgãos públicos federais,

estaduais, municipais e entidades da sociedade civil,

para viabilizar as ações esportivas, recreativas e de

lazer no contexto da UFU.

x x x x x

Etapas

2008- Planejamentos

2008-2012 - Execução de atividades

Indicadores

Número de refeições oferecidas pelo RU.

Número de bolsas para estudantes de baixa condição socioeconômica, em cada uma das

modalidades: alimentação, moradia, locomoção, apoio a instrumental de estudo e

redução/isenção de taxas.

Número de estudantes de baixa condição socioeconômica no Programa de Mobilidade

Estudantil.

86

Número de ações voltadas para a formação esportiva (educação e treinamento) da comunidade

estudantil.

Número de atendimentos psicopedagógicos realizados

Número de ações interdisciplinares de prevenção e tratamento na área de dependência química.

Número de profissionais capacitados e qualificados.

87

E.3. Políticas de Extensão Universitária

Diagnóstico da Situação Atual

Para a UFU a função de uma universidade pública aberta e cidadã é dialogar criticamente com as

comunidades, valorizando seus saberes e incorporando seus problemas e demandas a processos

de produção de conhecimento e de intervenção socialmente referenciados, a fim de garantir o

acesso das populações, principalmente das excluídas, a bens culturais, científicos, econômicos,

artísticos e tecnológicos.

Com base nestes pressupostos é possível afirmar que as ações extensionistas da universidade,

enquanto processos educativos, culturais e científicos que articulam o ensino e a pesquisa de

forma indissociável e viabilizam a relação transformadora entre Universidade e Sociedade,

caracterizam uma via de mão-dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica, pois

encontram na sociedade a oportunidade de elaboração da práxis acadêmica.

A ação extensionista na UFU vem sendo realizada em conjunto com os diversos segmentos e/ou

movimentos organizados da sociedade civil, agentes políticos e/ou setor produtivo, nas

dimensões da Cultura, Comunicação Social, Direitos Humanos e Justiça, Educação, Preservação

do Meio Ambiente, Saúde, Desenvolvimento de Tecnologia e Geração de Trabalho e Renda,

com a perspectiva prioritária de contribuir para a conquista e o acesso a direitos humanos por

parte da população e a efetivação de um projeto de nação justo, participativo, democrático e

inclusivo. Dentre os programas, projetos, eventos e produtos produzidos pela UFU destacamos:

• Programa Brasil Alfabetizado: realizado em convênio com o MEC/FNDE, alfabetizando

jovens e adultos e capacitando alfabetizadores(as);

• Programa de Formação Continuada em Educação Popular: criado em 2001, em parceria

com órgãos públicos e movimentos sociais e, após três anos de trabalho ininterrupto e

mediante a ampliação de sua abrangência, passou a ser denominado Programa de

Formação Continuada em Educação, Saúde e Cultura Populares, do qual participam

lideranças e educadores(as) populares. O Programa também publica a Revista de

Educação Popular, espaço de produção e divulgação de teorias e práticas em perspectiva

popular;

• Projeto Criação e Implementação de Ambientes de Formação Docente em Biologia,

Física e Química in loco e virtual (CIAFD): projeto financiado pela FINEP (Financiadora

88

de Estudos e Projetos/ Ministério da Ciência e Tecnologia), que visa aprimorar a

capacitação de professores (as) de ciências do ensino médio, de dezessete escolas

públicas de Uberlândia;

• Formação Docente de Cursinhos Alternativos - currículo e relações de gênero, raça e

etnia: projeto realizado em parceria com cursinhos pré-vestibulares alternativos, visando

minimizar a desigualdade de oportunidades de acesso ao ensino superior de negros(as) e

afro-descendentes;

• Programa de Formação Continuada para Docentes do Ensino Básico: propicia a criação e

dinamização de espaços interinstitucionais que possam articular ações conjuntas no

âmbito da extensão e subsidiar o redimensionamento dos projetos de formação de 900

professores da educação básica, possibilitando traçar diretrizes mais efetivas e

comprometidas com a qualidade do ensino, além de assessorar e apoiar projetos

pedagógicos em 4 escolas-piloto do município de Uberlândia;

• Formação de Lideranças Sindicais: projeto desenvolvido com o SindUTE - Sindicato

Único dos Trabalhadores de Ensino, em parceria com o Instituto de História;

• Incubadora de Empreendimentos Econômicos Solidários (INES/PROEX/UFU):

desenvolve um programa interdisciplinar para a geração de renda e trabalho para as

camadas populares, na perspectiva de transformação da economia de mercado para a

Economia Solidária com recursos de emendas parlamentares e do PROEXT do

FORPROEX/MEC. Conta com a participação do Instituto de Economia, da Faculdade de

Direito e da Faculdade de Educação Física, de discentes estagiários, de várias Unidades

acadêmicas da UFU e segmentos da sociedade civil organizada;

• Programa de Extensão Integração UFU/Comunidade (PEIC): cria oportunidades para as

Unidades Acadêmicas e Especiais de Ensino e os Órgãos Administrativos da UFU

inscreverem propostas de Extensão Universitária com os objetivos de incentivar e apoiar

projetos que contribuam para reafirmar a extensão enquanto processo acadêmico e

oferecer respostas às necessidades da sociedade por meio de ações extensionistas

relacionadas às áreas temáticas definidas pela Política Nacional de Extensão

Universitária;

• Projeto Rede Astronômica de Uberlândia: tem por objetivos, entre outros, ampliar as

ações educativas da AstroNet (Site/lista que promove a discussão de questões de

astronomia aplicada a vida cotidiana), atendendo a demanda de escolas do ensino básico

de Uberlândia e região, popularizando o conhecimento de fenômenos astronômicos e

89

astronáuticos observáveis de Uberlândia e região, além de compor um grupo ativo para

divulgar as informações oriundas da AstroNet.

Cabe mencionar ainda os instrumentos de registro e divulgação da extensão, representados pela

Revista Em Extensão, que visa ampliar e divulgar o espaço extensionista da UFU, com

apresentação da produção científica, fomentando o intercâmbio entre estudantes e profissionais

de diferentes áreas do conhecimento por meio da publicação de textos; e pelo SIEX - Sistema de

Informações de Extensão, que é um sistema de gerenciamento de informações de extensão,

desenvolvido para o registro das atividades de extensão da UFU. Atualmente, está

disponibilizado na página www.proex.ufu.br/siex.

Por fim, cabe destacar que os projetos – cursos, eventos, prestação de serviços, publicações etc. -

são desenvolvidos com ampla participação das Unidades Acadêmicas da UFU e têm apresentado

um crescimento significativo, sobretudo a, partir de 2005, sendo que os quantitativos de 2007

acompanharam os parâmetros relacionados para 2005 e 2006, acusando crescimento de

produção, execução e participação, como demonstra o quadro síntese abaixo:

Síntese das Atividades de Extensão da UFU - SIEX (2005 – 2006)

Tipo Registros Docentes Discentes Técnicos Público direto

Total 2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005

Cursos 63 22 41 27 64 23 42 15 7 1.132 1.849

Eventos Culturais e Científicos

144 36 108 84 60 429 147 106 21 16.267 50.707

Prestação de Serviços

7 3 4 5 5 0 6 2 3 321 3.100

Programas / Projetos

205 95 110 144 201 246 335 33 43 21.475 482.232

Publicações 8 5 3 0 4 4 4 0 1 3.000 5.000

Total 161 266 260 334 702 534 156 75 42.195 542.888

90

Metas a serem alcançadas e cronograma de execução

Pensar a extensão universitária na UFU e no contexto de uma necessária redefinição do papel da

universidade pública implica, dentre outros aspectos, que os interesses sociais sejam articulados,

prioritariamente, com os grupos sociais que não têm poder para colocar o conhecimento técnico

e especializado a seu serviço. Por esse motivo, as metas propostas devem possibilitar a promoção

de uma nova forma de convivência ativa entre os diversos saberes existentes, sob a premissa de

que todos eles, incluindo o saber científico, podem se enriquecer por meio dessa articulação. O

sentido é promover, desenvolver, apoiar, intermediar, articular e incentivar a realização de

programas, projetos e eventos, relativos à extensão universitária, que atendam às necessidades

das comunidades externas, privilegiando a inclusão social e a valorização de conhecimentos

produzidos por estas comunidades interagindo com a Universidade.

Metas 2008 2009 2010 2011 2012

Meta 1 - Institucionalizar e fortalecer a extensão na

UFU

x x x x x

Meta 2 - Apoiar e desenvolver interlocução com os

Movimentos Sociais ligados a direitos humanos,

cidadania e inclusão social.

x x x x x

Estratégias Meta 1

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Aprovar e Institucionalizar a Política de Extensão. x x

Implantar e Avaliar a Política de Extensão. x x x x x

Fortalecer o Conselho de Extensão – CONSEX x x x x x

Fortalecer e consolidar o Fórum Permanente de

Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis Olívia

Calábria.

x x x x x

Adotar medidas que promovam a elevação em, no

mínimo, 30 % no quantitativo da extensão na UFU.

x x x x x

91

Identificar as vocações extensionistas das unidades

acadêmicas e especiais de ensino

x x x x x

Capacitar docentes e técnico-administrativos para

elaboração, registro e utilização do Sistema Integrado

de Informação sobre Extensão - SIEX.

x x x x x

Aprimorar o SIEX. x x

Registrar no SIEX todas as atividades extensionistas

desenvolvidas na UFU.

x x x x x

Ampliar a participação da UFU nas respostas a editais

públicos, visando atender as diferentes demandas e

garantir seu financiamento.

x x x x x

Destinar recursos orçamentários para a manutenção e

expansão das atividades dedicadas à extensão

universitária.

x x x x x

Promover a capacitação e qualificação das equipes

envolvidas para o estabelecimento de relações que

cumpram os objetivos institucionais e não reproduzam

estereótipos de raça, gênero, classe e etnia.

x x x x x

Ampliar o número de bolsas de extensão para

alunos(as) da UFU, nos diversos programas e projetos

de extensão universitária.

x x x x x

Promover a ampliação da participação de estudantes,

docentes e técnico-administrativos nas atividades

extensionistas.

x x x x x

Meta 2

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Criar e implantar espaços de socialização das ações

extensionistas.

x x x x x

Implantar política de divulgação e circulação dos

produtos da Extensão.

x x x x x

92

Fortalecer a linha editorial da extensão universitária:

manutenção e ampliação da área de alcance das

Revistas Em Extensão e de Educação Popular.

x x x x x

Ampliar a participação da Extensão nos programas de

TV, rádio e outros veículos de divulgação.

x x x x x

Criar um banco de dados relativo a demandas da

comunidade.

x x x x x

Implantar o Projeto Memória da Extensão na UFU. x x x x x

Implantar atividades extensionistas com vistas a

atender demandas dos movimentos e entidades sociais

em articulação com as Unidades Acadêmicas

x x x x x

Etapas

Dentre as ações estratégicas descritas que objetivam as metas a serem alcançadas, algumas já

vêm sendo implementadas ao longo dos últimos anos, outras, deverão ser implementadas a partir

de 2008, resguardando-se que, até 2012, todas essas ações possam estar sendo concluídas, visto

que tecem uma sinergia e podem colimar, em grande medida, com as propostas de ampliação do

atendimento da universidade às demandas sociais da comunidade, fechando o circuito de

expansão de atendimento proposto pelo Plano de Expansão.

Indicadores

Número de representantes das instituições sociais nas comissões e equipes de trabalho dos

projetos extensionistas.

Número de bolsistas e estagiários nas diversas áreas da extensão universitária.

Número de professores de 1° e 2° atendidos nos programas/projetos de extensão.

Número de publicações/periódicos pertinentes à extensão universitária com participação da

comunidade universitária e local.

93

Número de participações nos programas/projetos/seminários/oficinas relativos à extensão

universitária.

Quantidade de público beneficiado por atividades extensionistas.

Quantidade de unidades acadêmicas e especiais de ensino realizando extensão universitária.

Número de atividades extensionistas desenvolvidas.

94

E.4. Políticas de Cultura Universitária

Diagnóstico da Situação Atual

A Universidade Federal de Uberlândia, no que se refere às culturas, busca dar visibilidade e

promover, em caráter definitivo, a execução de políticas capazes de integrar seus diferentes

setores, no intuito de viabilizar a difusão, promoção e prática das diferentes manifestações

culturais como parte integrante dos processos de formação ampliada e de convivência ética e

cidadã da comunidade universitária. Concomitantemente, associadas às políticas de extensão,

visa promover uma via de mão dupla com a comunidade externa no que diz respeito à produção

e intercâmbio de saberes e práticas culturais.

Para grande parte dos segmentos ligados à área das Culturas nas universidades públicas, estas

instituições enfrentaram até hoje a ausência de políticas claras, relacionadas com a necessidade

de fortalecer, tanto os programas de extensão, de assistência estudantil, bem como, os programas

relacionados com o incentivo à pratica de atividades culturais no contexto universitário, como

parte fundamental da formação dos estudantes.

Por estes, dentre outros motivos, as ações da UFU devem conferir uma nova centralidade às

atividades culturais, com importantes implicações nos currículos, na formação dos estudantes,

nas atividades docentes e nas ações sócio-culturais promovidas pela universidade pública,

atribuindo a essa instituição uma participação ativa na construção da coesão social, no

aprofundamento da democracia, na luta contra a exclusão social e na defesa da diversidade

cultural.

Nesse sentido, ações vêm sendo orientadas para assegurar a responsabilidade da instituição no

que diz respeito à definição de uma adequada estrutura e funcionamento das políticas de cultura

universitária. Espera-se, dessa forma, garantir os recursos financeiros para incentivar a produção

das múltiplas dimensões culturais, estimulando a formação cultural da comunidade em geral,

bem como da comunidade universitária, além de assegurar o planejamento, a dotação e o

controle orçamentário específico para a implementação das políticas de cultura da instituição.

Nestes termos, a UFU não poderia deixar também de se preocupar com a inclusão digital e, para

esse fim, promover o comprometimento da cultura como catalisador de transformações sociais

(produção, circulação, preservação e consumo de produtos culturais), ou seja, diagnosticar a

identidade cultural nos núcleos e promover transformações sociais.

95

Para tanto, dentre os produtos, programas, projetos e eventos realizados pela UFU, enquanto

ações de suas políticas culturais, destacam-se:

• “Embarque”: a finalidade é valorizar e divulgar a produção artístico-cultural local.;

• “UFUzuê”: oferece um espaço de convivência sócio-cultural dentro dos campi da UFU,

realizando apresentações de música, dança, artes cênicas, entre outras, por membros da

comunidade universitária;

• Arte na Praça: possibilita à comunidade o acesso a bens culturais, essenciais para o

exercício da cidadania, pensando a arte, a educação e o lazer como meios de inclusão

social;

• Música [Eletroacústica] no Museu: objetiva divulgar a música eletroacústica, bem como

os músicos que trabalham nessa linguagem, além de apresentar o Museu Universitário de

Arte (MUnA) como espaço multidisciplinar que abriga manifestações contemporâneas

nas diversas áreas das Arte;

• Encontro de Reflexões e Ações sobre o Ensino de Arte: evento anual que busca refletir as

questões metodológicas e conceituais relacionadas ao ensino de artes;

• Pólo UFU da Rede Arte na Escola: programa cujo objetivo é a implantação do Pólo UFU

da Rede Arte na Escola visando a formação continuada de professores de artes visuais;

• Revista Em cômodos: veículo de comunicação impresso para tratar especificadamente de

questões relacionadas à cultura;

• Intervalo: espaço de convivência sócio-cultural da comunidade universitária que

possibilita fluir suas manifestações artísticas;.

• Rede de Museus: visa valorizar e difundir os Museus e Centros de Documentação da

UFU com a prática de ações conjuntas;

• Cinema BR em Movimento: objetiva a exibição de filmes brasileiros em instituições de

ensino superior espalhadas por todo o país, com sessões seguidas de debates sobre

questões de interesse nacional;

• Clube de Cinema: programa de exibição semanal de filmes e ciclos de debates, cuja

temática muda mensalmente com a apresentação de assuntos comuns aos filmes

apresentados.

96

Síntese das Atividades de Cultura Universitária - DICULT (2005 / 2006)

Metas a serem alcançadas com cronograma de execução.

Promover a execução de políticas integrando os diferentes setores da UFU e viabilizando a

difusão, promoção e prática das diferentes manifestações culturais, como parte integrante dos

processos de formação ampliada e de convivência ética e cidadã.

Metas 2008 2009 2010 2011 2012

Meta 1 - Incentivar a produção das múltiplas

dimensões culturais.

x x x x x

Eventos Edições Público direto Público indireto Participantes/

artistas

Edições

2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005 2006 2005/2006

Arte na Praça 12 09 14.000 14.000 2.400.000 1.800.000 06/24 06/18 21

UFUzuê 06 09 1.150 1.750 - - 04/12 04/12 15

Cine BR 06 - 600 - - - - - 06

Clube de Cinema

- 22 - 1.540 - - - - 22

Revista Em Cômodos

01 02 2.000 4.000 200 400 04 04 03

Música Eletroacústica

06 02 120 80 - - 03/12 03/06 08

Intervalo 05 01 500 200 - - 05 01 06

Oficinas 04 06 250 450 - - 08 12 10

Diversos: eventos e apoio a projetos

11 13 3.000 5.000 - - - - 24

Coral 26 11 6.000 4.350 - - 47 45 37

Arte na Escola 11 15 28.000 29.831 56.390 17.100 - - 26

Rede de Museus

1 2 15 300 07/01 07/08 3

Embarque 2 - 100 - - - 03/04 - 2

Total 91 92 55.735 61.501 2.456.590 1.817.500 140 126 183

97

Meta 2 - Estimular a formação cultural. x x x x x

Meta 3 - Promover ações de constituição e

preservação do patrimônio cultural.

x x x x x

Meta 4 - Assegurar à comunidade a qualidade dos

serviços prestados.

x x x x x

Meta 5 - Contribuir para a formação integral da

comunidade universitária.

x x x x x

Meta 6 - Estabelecer regras para a constituição e

controle das formas de estímulo através de parcerias,

convênios, doações e outros.

x x x x x

Estratégias

Meta1

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento

cultural e profissional e possibilitar ações integrando e

sistematizando os conhecimentos adquiridos.

x x x x x

Constituir-se em agente fomentador e divulgador das

culturas locais, regionais e nacionais colaborando com

a formação da cidadania na comunidade universitária

e local.

x x x x x

Meta 2

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Promover a divulgação de conhecimentos culturais,

científicos e tecnológicos, que constituam patrimônio

x x x x x

98

da humanidade, por meio do ensino, de publicações,

ou de outras formas de comunicação.

Apoiar e desenvolver trabalhos de pesquisa e

integração científica, visando o desenvolvimento

científico e tecnológico da criação e difusão da

cultura, e desse modo, desenvolver o entendimento

do homem e do meio em que vive.

x x x x x

Meta 3

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Conhecer, resgatar e proteger o patrimônio da UFU,

por meio de inventários, registros, vigilância,

tombamento e desapropriação e de outras formas de

preservação.

x x x x x

Apoiar e participar de ações locais, regionais e

nacionais de constituição e preservação do patrimônio

cultural.

x x x x x

Meta 4

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Estabelecer canais de comunicação e divulgação para

os programas, projetos, eventos culturais, e avaliar a

objetividade dos mesmos.

x x x x x

Viabilizar programas de atualização permanente do

corpo técnico-administrativo da instituição, a

respeito à utilização de tecnologia a serviço da

produção, difusão e fomento de ações educativo-

culturais.

x x x x x

99

Meta 5

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Constituir-se em agente fomentador e divulgador das

culturas locais, regionais e nacionais colaborando

com a formação da cidadania na comunidade

universitária e local.

x x x x x

Difundir que a promoção de culturas, além de

transmitir valores, identidades e significados é,

particularmente, geradora de expressões culturais e

compromete órgãos oficiais públicos a

desenvolverem suas políticas culturais.

x x x x x

Meta 6

Ações 2008 2009 2010 2011 2012

Incentivar e promover ações artístico-culturais em

parcerias com os órgãos de culturas municipais,

estaduais e federais.

x x x x x

Celebrar acordos de parcerias com órgãos públicos no

âmbito da transversalidade das linguagens e áreas,

incorporando as Secretarias Municipais de Cultura,

como incentivadoras e gestoras dos projetos.

x x x x x

Etapas

Dentre as ações estratégicas discriminadas que objetivam as metas a serem alcançadas, algumas

já vêm sendo implementadas ao longo dos últimos anos, outras deverão ser implantadas a partir

de 2008, resguardando-se que, até 2012, todas essas ações estejam concluídas, visto que tecem

uma sinergia e podem colimar, em grande medida, com as propostas de ampliação do

100

atendimento da universidade às demandas sociais da comunidade, fechando o circuito de

expansão de atendimento proposto pelo Plano de Expansão.

Indicadores

Número de projetos culturais demandados pela comunidade.

Número de representações sociais nas comissões e equipes de trabalho dos projetos culturais.

Número de bolsistas e estagiários nas diversas dimensões da cultura.

Número de professores de educação básica atendidos nos programas/projetos culturais.

Número de publicações/periódicos contendo artigos culturais da UFU e da comunidade.

Número de participações nos programas/projetos/palestras/oficinas/workshops de caráter

artístico-cultural.

101

F – Suporte da Pós-graduação ao desenvolvimento e aperfeiçoamento qualitativo dos

cursos de graduação

F.1 – Articulação da graduação com a pós-graduação: expansão quali-quantitativa da pós-

graduação orientada para a renovação pedagógica da educação superior.

Diagnóstico da situação atual:

A política institucional da UFU para a pesquisa e a pós-graduação se fundamenta em três

princípios: o primeiro, um desafio quantitativo, consiste em criar as condições para que os

programas de pós-graduação que possuem apenas curso(s) de mestrado implantem seu(s)

curso(s) de doutorado; o segundo, um desafio qualitativo, consiste em dotar os programas de

pós-graduação dos melhores padrões de qualidade de modo a elevar suas notas na avaliação

periódica da CAPES; o terceiro, um desafio quali-quantitativo, consiste em um esforço de

planejamento e apoio para a expansão qualificada de novos cursos por meio de suporte infra-

estrutural e orçamentário.

Em síntese, o incentivo à criação de novos cursos de mestrado e doutorado, a consolidação dos

programas de pós-graduação já existentes, a formação de redes de pesquisadores e ambientes de

pesquisa e a atenção permanente para os padrões de qualidade conformam os valores acadêmicos

de uma política que orienta as ações institucionais para este nível de ensino.

Nesse sentido, desde sua criação como Universidade, em 1978, a UFU realizou investimentos na

qualificação de seus docentes, nas parcerias internacionais e na estruturação de uma ambiência

de pesquisa capaz de promover o desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação. O resultado

foi a implantação, em meados dos anos de1980, de seus dois primeiros cursos de mestrado, na

área das engenharias (Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica), que seguida de outras

experiências na área das ciências humanas e biológicas se consolidaram e geraram um fluxo de

retro-alimentação entre ensino, pesquisa e extensão.

No que se refere à expansão quali-quantitativa da pós-graduação, ao longo dos últimos oito anos,

a pós-graduação na UFU apresentou destacado ritmo de crescimento. Neste período entre os

anos de 2000 e 2007 foram abertos 20 novos cursos (11 mestrados e 09 doutorados),

representando uma taxa de crescimento de aproximadamente 125%. Esta importante trajetória de

crescimento demonstra a tendência à diversificação dos cursos e à consolidação da pesquisa na

Instituição.

102

A partir de 2005 a UFU criou um programa especial de fomento e apoio à expansão da pós-

graduação no plano da gestão institucional dos seus recursos financeiros. Para tanto foi instituído

edital induzido com a finalidade de atender e apoiar grupos de pesquisadores da instituição com

interesse e potencial de criar novos programas e ou cursos de pós-graduação, nas modalidades de

mestrado e doutorado. Também com esta diretriz foi lançado o Edital Pró-Expansão, atualmente

na sua 3ª edição, com periodicidade anual, cujos objetivos específicos são: conhecer,

acompanhar e apoiar os projetos de novos cursos em potencial; facilitar a interação com

profissionais de outras instituições; estimular e viabilizar a criação de novos cursos dentro dos

parâmetros de qualidade da Agência CAPES do MEC. Desde a criação deste edital já foram

apoiados mais de 10 projetos.

A ampliação da oferta de cursos de pós-graduação stricto-sensu, especialmente no nível de

doutorado, testemunha o franco processo de qualificação do quadro docente que as políticas

institucionais produziram no desenvolvimento do ensino e da pesquisa, confirmando a presença

da instituição no cenário do ensino e da pesquisa nacional e internacional.

No que se refere ao suporte da pós-graduação ao desenvolvimento e aperfeiçoamento qualitativo

dos cursos de graduação, o crescimento da pós-graduação, sustentado pela crescente qualificação

dos docentes e apoiado na expansão e qualificação da pesquisa, tem consolidado um ambiente de

produção acadêmica que impulsiona a interação dinâmica entre trabalhos desenvolvidos na

graduação e na pós-graduação. Isso porque, por um lado, os mesmos professores compartilham

atividades num e noutro nível e, por outro, o fortalecimento da pesquisa e da pós-graduação

estimula, fortemente, a articulação com a graduação.

O processo de articulação da graduação com a pós-graduação, orientada para a renovação

pedagógica da educação superior, tem se dado por modalidades já consolidadas – todas mediante

orientação de professores mestres e doutores, como a participação de alunos de graduação em

projetos de pesquisa vinculados aos programas de iniciação científica com financiamento externo

das agências de fomento (PIBIC/CNPq, PIBIC/FAPEMIG); a participação de alunos da pós-

graduação nas atividades preconizadas nos Estágios Docência e nas monitorias desenvolvidas

nos cursos de graduação; a participação dos alunos da graduação e da pós-graduação em grupos

de pesquisa e nos mais importantes eventos científicos nos âmbitos local, regional, nacional e

internacional. Além disso, em termos de modalidades institucionais alternativas, a UFU tem

atendido a demanda qualificada de projetos de iniciação científica envolvendo alunos da

graduação também mediante financiamento interno, como é o caso do PEP/UFU – Programa

Especial de Pesquisa para jovens doutores, com duração de 02 anos e também sob orientação de

103

professores mestres ou doutores, que subsidia a pesquisa por meio do fornecimento de material

permanente (especialmente equipamentos de informática) e de material de consumo.

Os resultados das pesquisas em desenvolvimento ou desenvolvidas nos âmbitos destes

programas são socializados, anualmente, com a comunidade acadêmica interna e externa à UFU

por meio do Seminário de Iniciação Científica da UFU e divulgados na revista eletrônica

Horizonte Científico – canais importantes de relacionamento entre a graduação e a pós-

graduação.

A articulação da pós-graduação com a graduação representa, assim, um importante e permanente

desafio de aperfeiçoamento quali-quantitivo que deve continuar envolvendo processos de

consolidação, expansão e suporte, de modo a propiciar novos horizontes de desenvolvimento

científico, de construção da sociabilidade e da formação profissional.

Metas a serem alcançadas com cronograma de execução:

Metas 2008 2009 2010 2011 1012

Meta 1 - Apreciar doze projetos de cursos de pós-

graduação para submissão à avaliação da CAPES,

no APCN CAPES (Aplicativo de Cursos Novos),

sendo 08 cursos de mestrado e 04 de doutorado, a

partir de 2008.

x

x

x

Meta 2 - Caso aprovados pela CAPES, iniciar e

consolidar os 12 novos cursos de pós-graduação.

x

x

x

x

Meta 3 - Instituir, por meio do Plano Institucional

de Infra-Estrutura de Pesquisa - CT-Infra,

Comissão de membros indicados pelo Conselho

Universitário e nomeados pelo Reitor, sob a

presidência do Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-

graduação, para definir, elaborar e acompanhar a

execução de projetos estratégicos de investimento

em infra-estrutura de pesquisa da instituição.

x

x

x

104

Meta 4 - Expandir o Programa Especial de

Pesquisa/PEP para jovens doutores da instituição.

x x x x x

Meta 5 - Ampliar dotações orçamentárias para

modernização da infra-estrutura dos programas de

pós-graduação relativa ao aparelhamento,

funcionamento e manutenção dos seus laboratórios

e núcleos de pesquisa.

x

x

x

x

x

Meta 6 - Apoiar a troca de experiências entre os

programas de pós-graduação internos e externos à

UFU com vistas a uma avaliação crítica

independente e ao desenvolvimento de pesquisas

interinstitucionais e intra-institucionais.

x

x

x

x

x

Estratégias para alcançar as metas:

Consolidar os programas de pós-graduação já existentes por meio da crescente qualificação dos

respectivos cursos de mestrado e/ou doutorado;

Apoiar a abertura de novos programas de pós-graduação, bem como a criação de cursos de

doutorado nos programas que hoje ofertam o nível de mestrado.

Otimizar investimentos na infra-estrutura de apoio à pesquisa relacionada ao ensino e à extensão

de modo a responder com agilidade as demandas de consolidação e expansão da pesquisa e da

pós-graduação;

Realizar gestão junto às agências de fomento (CNPq e FAPEMIG) para a ampliação de

programas e bolsas de apoio à pesquisa para professores e alunos;

Estimular maior alocação de investimentos internos (recursos UFU) para a ampliação de

programas e bolsas institucionais de apoio à pesquisa para professores e alunos;

Consolidar os grupos intra-institucionais e redes interinstitucionais de pesquisa já existentes para

proporcionar maior envolvimento dos alunos da graduação e da pós-graduação;

Incentivar a criação de grupos intra-institucionais e redes interinstitucionais de pesquisa

multidisciplinares para proporcionar maior mobilidade dos alunos da graduação e da pós-

graduação;

105

Implantar bolsas institucionais com o objetivo específico de financiar a permanência dos pós-

graduandos na UFU;

Aprimorar as experiências de Estágio Docência e de monitoria dos pós-graduandos na graduação

com vistas ao preparo didático-pedagógico dos pós-graduandos e à sólida formação na

graduação;

Apoiar o desenvolvimento de novas técnicas e metodologias de ensino com vistas à renovação

didático-pedagógica nos cursos de pós-graduação e de graduação.

Etapas:

As metas têm caráter mais pontual, como indica o cronograma de execução, e as estratégias,

entendidas como encaminhamentos de caráter político-acadêmico mais amplo, foram formuladas

em termos de fluxo contínuo. Entretanto, as ações deverão ser implantadas a partir de 2008, com

balanços periódicos bianuais (2009, 2011) para identificar limites e desvios, bem como para re-

alinhar prioridades e estratégias. Ao final dos cinco anos (2012) propõe-se como desejável uma

ampla avaliação do processo pela comunidade acadêmica, por meio da análise de dados

qualitativos e quantitativos obtidos junto aos programas de pós-graduação da UFU. Assim, têm-

se as seguintes etapas: 2008: início das ações; 2009: balanço parcial; 2011: balanço parcial;

1012: avaliação final – limites, possibilidades e encaminhamentos futuros.

Indicadores:

Produção de relatórios anuais pelos programas de pós-graduação, com realizações e dispêndios,

e descrição objetiva de público alvo e metas cumpridas.

Quanto ao grau de satisfação, devem ser aplicados questionários entre os participantes para

avaliações periódicas do processo, incluindo a avaliação final.

As propostas e os projetos devem atender entre 80% e 100% dos programas de pós-graduação e

produzir material de divulgação dos resultados com o objetivo de constituir uma memória

institucional e permitir aprendizado via melhores práticas.

106

3 – Plano Geral de Implação da Proposta

Reordenação da Gestão Acadêmica

Em resposta ao planejamento estratégico da instituição e ainda considerando que a proposta de

expansão apresentada pela UFU prevê um conjunto de modificações a serem gradativamente

implantadas no período programado, importantes reordenações da gestão acadêmica estarão

contempladas.

1. Reordenação da organização e funcionamento dos Conselhos Superiores: a oferta dos

novos cursos de graduação exigirá, por certo, a criação de novas secretarias de administração e a

instalação de novos colegiados de curso. As ampliações na estrutura acadêmica e administrativa,

por sua vez, produzirão efeitos sobre os Conselhos Superiores tanto no que se refere à sua

organização interna como em seu funcionamento.

2. Constituição da Secretaria Geral da Pós-Graduação: a oferta dos novos cursos e

programas de pós-graduação, a se expressar no crescimento da pós-graduação e na crescente

inserção nacional e internacional que a UFU já vem registrando nos últimos anos, associada à

articulação com a graduação, demandará medidas promotoras de celeridade para os processos de

gestão acadêmica e administrativa, com destaque para a consolidação da constituição de

secretaria geral de apoio às ações acadêmicas e administrativas, que já se encontra em análise

nos conselhos competentes.

3. Articulação inter-Unidades Acadêmicas: a expansão projetada tanto da graduação quanto da

pós-graduação, o aprofundamento da interação entre os níveis de graduação e pós-graduação, a

adequações nos projetos pedagógicos ou curriculares, bem como as novas metodologias de

ensino compõem um conjunto de mudanças que estimulará a definição de um perfil

interdisciplinar sustentado nos potenciais benefícios de uma organização em rede de

pesquisadores e educadores nos planos interno, nacional e internacional. Condição que exigirá,

por um lado, um suporte operacional e de infra-estrutura capaz de viabilizar novas e variadas

atividades de interação física e virtual, tanto no espaço da instituição quanto fora desta, e, por

outro, a elaboração de normas e procedimentos que permitam a promoção da interação sistêmica

entre as diversas áreas de conhecimento, basilares para o fomento dos objetivos e desafios da

ciência moderna.

107

4. Consolidação da nova ambiência institucional: a perspectiva de sedimentação de uma nova

cultura em processo de construção na UFU, seja nos aspectos didáticos, acadêmicos ou

administrativos, aprofundará o desafio da promoção, pela direção superior da universidade, de

estudos e avaliações já em processo acerca de um ambiente institucional propício ao

enfrentamento de novos paradigmas em prol do desenvolvimento educacional, econômico e

social.

5. Mudanças na administração central: considerando que o projeto de expansão aqui projetado

enseja certo grau de concentração no tempo, envolvendo criação de cursos novos, modificações

nos cursos já existentes, avanços na forma de interação entre a graduação e a pós-graduação,

mudanças no aparelhamento administrativo e nas próprias instâncias de representação devemos,

com certeza, estar preparados também para as mudanças que se farão necessárias na

administração central.

6. Adequações dos processos e rotinas técnico-administrativas: o avanço qualitativo e

quantitativo do projeto de reestruturação e expansão da UFU, que não se circunscreve a um

simples arranjo de funções, exigirá ampliação dos recursos de pessoal seja para o exercício das

novas tarefas, seja para sistematizar e gerenciar os novos procedimentos, inclusive de avaliação

sistêmica, implicará em avanços nos processos de informatização dos processos técnico-

administrativos e nas rotinas de trabalho, complementados com a introdução de mecanismos

gerenciais e novos aparatos de gestão. Tal esforço exigirá o envolvimento e a qualificação de

pessoal técnico administrativo com vistas aos novos procedimentos de apoio ou de atividades

meio.

7. Alterações na distribuição de funções gratificadas: o crescimento quantitativo em curto

espaço de tempo exigirá o aparelhamento das instâncias de administração e acompanhamento,

com ampliação de pessoal e infra-estrutura que possa responder com eficiência e qualidade às

novas demandas, implicando considerar novas conformações no número de FG1, para

coordenadores de cursos, e FG7 para secretárias das respectivas coordenações, obviamente

relacionadas à experiência já acumulada na universidade, à provisão planejada de novos

recursos, acompanhada da revisão estatutária e regimental, prevista no item B1.

Formação docente para a proposta.

Uma expansão de qualidade implica a qualificação permanente do corpo docente em

conformidade com as concepções acerca do próprio ato de ensinar e aprender. Na UFU, o ato de

108

ensinar e aprender é compreendido como um processo interdependente e dinâmico que se realiza

na e pela relação do estudante com o saber, mediada pela ação do professor, sendo este processo

no nível universitário necessariamente articulado com a pesquisa e a extensão. Recomenda,

portanto, a adoção de metodologias que, fundadas na interação professor-aluno, favoreçam o

diálogo, o questionamento, a criatividade e a autonomia intelectual enquanto possibilitam a

compreensão do conhecimento como um bem público e em permanente elaboração. A

preocupação com uma sólida formação teórica permanece como um dos princípios que guiam a

prática pedagógica para a apresentação dos conteúdos de forma contextualizada e crítica. Assim

a adoção de metodologias que não se restrinjam à simples transmissão de conhecimentos e

saberes, realizadas em aulas expositivas, demonstrativas ou pretensamente completas são

consideradas necessárias para condução de uma aprendizagem significativa.

No contexto universitário observamos constantemente estudantes desmotivados com seus cursos,

reivindicando aulas mais significativas e prazerosas, professores insatisfeitos com discente,

ansiosos por melhores resultados. Coerentes com os princípios de formação de professores

definidos pela UFU, pautados nas expectativas dos estudantes, dos docentes, dos coordenadores

de cursos e diretores de Institutos e Faculdades quanto a processos e resultados mais

significativos e prazerosos de aprendizagem, partimos do pressuposto não de uma formação

pedagógica para atuar no magistério superior, ou “ensinar” os professores a ministrar suas aulas,

mas criar espaços para aprendizagens em diálogo com a experiência e a história de vida de cada

professor.

Atenta a esse pressuposto, a Pró-Reitoria de Graduação/PROGRAD criou, em 2007, o NAPP –

Núcleo de Apoio Pedagógico ao Professor. Iniciativa advinda da necessidade de criar um Núcleo

com a finalidade de produzir reflexões sobre a docência universitária, explicitar descobertas e

experiências significativas, estimular um processo permanente de exercício crítico da prática

docente no ensino superior e reavivar a prática pedagógica.

Ainda que em condições não adequadas de funcionamento, o NAPP vem desenvolvendo

importantes momentos de formação e capacitação pedagógica dos docentes da UFU, em especial

aos professores ingressantes, efetivos e substitutos. Além disso, o NAPP tem procurado dar

suporte e orientação pedagógica àqueles docentes que apresentam maiores dificuldades no

trabalho didático-pedagógico.

A despeito destas limitações e da condição ainda embrionária do NAPP, este núcleo deverá se

consolidar como central na UFU em termos de formação docente. Para tanto, serão necessárias

estratégias que possibilitem: o planejamento conjunto entre o NAPP, a Faculdade de Educação, o

Instituto de Psicologia e outras Unidades Acadêmicas que se articulam com o campo da

109

capacitação pedagógica a ser desenvolvida sob a coordenação e orientação do próprio NAPP; a

aquisição de equipamentos e a viabilização de um espaço físico próprio para garantir o adequado

funcionamento do NAPP; a realização de concursos públicos para docentes que, dentre as

atividades regulares na UFU, possam desenvolver atividades de capacitação pedagógica no

NAPP; o desenvolvimento de cursos de formação para uso e domínio das tecnologias de

comunicação e informação aplicadas ao ensino; a produção e disponibilidade de novos

conteúdos de conhecimento, sistemas de referência e produtos didáticos; a realização de cursos

de formação de autores e tutores em EaD; o desenvolvimento de cursos de formação pedagógica

para professores de ensino superior, abrangendo temas sobre políticas de educação superior,

metodologias de ensino, planejamento, avaliação da aprendizagem, relação professor-aluno.

Cabe destacar, ainda, que a UFU vem desenvolvendo uma política sistemática de apoio à

qualificação de seus professores nos termos da própria política nacional. Esta política

institucional se traduz no apoio institucional para capacitação docente, por meio da concessão de

afastamentos para cursar o doutorado e o pós-doutorado. Como resultado dessa política esta

Universidade já possui 66% do seu quadro de docentes efetivos no ensino superior com

formação em nível de doutorado, o que tem possibilitado o incremento da pesquisa e da pós-

graduação na Instituição, incremento esse que impacta diretamente na melhoria do ensino de

graduação. As áreas que ainda não contam com professores doutores são aquelas em que a

tradição acadêmica é recente e dotadas de poucos cursos de doutorado no país.

Além disso, a UFU dará continuidade à sua política de qualificação do corpo docente de modo a

melhorar os índices de capacitação acadêmica. Para tanto, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-

Graduação e a Comissão Permanente de Pessoal Docente acompanhará junto às Unidades

Acadêmicas a viabilização de condições para concessão de afastamentos com a finalidade de

elevar a qualificação do corpo docente.

Coerentes com as necessidades e metas apresentadas nos itens C2 e C3, reafirmamos a urgência

de assegurar um indispensável acompanhamento e apoio didático-pedagógico desenvolvido na

universidade, de modo que, por um lado, os índices de evasão e repetência diminuam e, por

outro, os níveis de aprendizagem se aprofundem.

Programação da transição entre modelos

Não há transição entre modelos.

110

Plano de Contratação de pessoal docente e técnico administrativo.

A contratação ocorrerá em sincronia com o cronograma de implantação dos cursos propostos,

prevendo-se uma evolução no quadro para o ingresso de novos docentes e técnicos

administrativos de modo a garantir o desenvolvimento de tarefas e funções preparatórias, bem

como um período de ambientação e/ou de treinamento de pessoal. Vale mencionar que os

recursos materiais e humanos previstos neste Plano atenderão não apenas a expansão da UFU,

mas também a melhoria das atividades existentes.

No processo de seleção de docentes será exigida uma qualificação mínima conforme a

especificidade do curso. O regime de contratação será o Regime Jurídico Único – RJU,

estabelecido pela Lei no. 8.112/90. Conforme os princípios e fundamentos definidos neste Plano

é definido o regime de trabalho de 40 horas dedicação exclusiva. O processo de seleção será feito

por concurso público de provas e títulos, valorizando-se titulação, experiência profissional e

didática e produção acadêmica, conforme normas internas aprovadas na Instituição.

A classificação do docente aprovado e contratado acompanhará o disposto no Decreto no.

94.664/1987, que criou o PUCRCE - Plano Único de Retribuição de Cargos e Empregos.

Quanto ao técnico administrativo, selecionado via concurso público, será observado o Plano de

Carreira instituído pela Lei no. 11.091/2005, para os níveis intermediário e superior.

Apresentamos a seguir a demanda de contratações de 340 (trezentos e quarenta) docentes e 232

(duzentos e trinta e dois) técnicos administrativos, assim distribuídos ao longo do Plano de

Expansão:

PESSOAL 2008 2009 2010 2011 2012 TOTAL

Docentes DE

40 117 205 288 340 340

Nível

Intermediário 40 98 147 178 184 184 Técnicos

Administrativos Nível Superior 20 37 46 48 48 48

232

111

Plano Diretor de infra-estrutura física

Para a consecução das metas apresentadas neste Plano de expansão será necessária a ampliação e

modernização da infra-estrutura física da UFU.

Além deste aspecto, o Plano de expansão, diante do atual índice de ocupação dos Campi da UFU

na cidade de Uberlândia/MG, prevê a instituição de novo Campus, a ser implantado na Fazenda

Experimental do Glória, situada a aproximadamente 10 km do centro da cidade. O Plano Diretor

para as novas edificações, em elaboração por Comissão especialmente designada, deverá incluir

novas estimativas de áreas e custos e após análise e aprovação pelos Conselhos Superiores da

Instituição, será encaminhado para aprovação do Ministério da Educação.

A instalação do Campus do Glória exigirá, contudo, vultosos investimentos em infra-estrutura

básica – sistemas de água e esgotamento sanitário, eletrificação e urbanização, além da

edificação de salas de aula, laboratórios, biblioteca, centro de convivência, anfiteatros,

restaurante e espaços para administração acadêmica e gerencial do novo Campus.

Ademais, a proposta de criação de cursos na área das Ciências Agrárias e Engenharia corrobora a

instalação deste novo campus. Com esta perspectiva, cursos destas áreas do conhecimento

deverão migrar para este novo espaço acadêmico; ao mesmo tempo que tornam disponíveis áreas

atualmente ocupadas para novos cursos e expansão de cursos em turnos novos.

Nos campi Santa Mônica, Umuarama e Educação Física, serão edificados prédios para uso de

professores e alunos, com espaços pedagógicos de salas de aula, novos laboratórios, ambientes

especiais de ensino, salas de professores, salas de reuniões e espaços para administração e/ou

apoio técnico.

Vale ressaltar, porém, que a previsão de construção civil, bem como os valores de investimento

demonstrados abaixo se apresentam ainda como bastante preliminares, devendo a Instituição

desenvolver os diferentes projetos (arquitetônico, elétrico, hidráulico, urbanístico etc.), conforme

as necessidades acadêmicas e administrativas da planejada expansão e de acordo com as normas

da ABNT, incluindo os itens de acessibilidade.

Para todos os Campi prevê-se ainda a execução de um plano global de reordenação dos espaços

para estacionamentos e trânsito de veículos, humanização, além do planejamento de melhorias

ou ampliações nas edificações já existentes.

112

Obras a serem edificadas:

1. CAMPUS SANTA MONICA:

1 Salas de aula/ Anfiteatros 6.028,00 m2 x 1.200,00/m2 7.233.600,00

2 Laboratórios 4.230,00 m2x 1.300,00/m2 5.499.000,00

3 Administração/Salas Professores 2.500,00 m2 x 1.200,00/m2 3.000.000,00

4 Música /Teatro 600,00 m2 x 1.200,00/m2 720.000,00

2. CAMPUS UMUARAMA

1 Salas de Aula/Anfiteatros 2.250,00 m2 x 1.200,00 2.700.000,00

2 Laboratórios 1.400,00 m2 x 1.300,00/m2 1.820.000,00

3 Administração/Salas Professores 600,00 m2 x 1.200,00 720.000,00

3. CAMPUS DO GLÓRIA

1 Salas de Aula / Anfiteatros 2.100,00m2 x 1.200,00/m2 2.520.000,00

2 Laboratórios 2.500,00m2 x 1.300,00/m2 3.250.000,00

3 Administração/Salas de Professores 1.300,00m2 x 1.200,00/m2 1.560.000,00

4 Restaurante Universitário 500,00m2 x 1 300,00/m2 650.000,00

5 Biblioteca 600,00 m2 x 1.200,00/m2 720.000,00

4. CAMPUS EDUCAÇÃO FISICA

1 Salas de Aula/Anfiteatro 650m2 x 1.200,00/m2 780.000,00

2 Laboratórios 500,00m2 x 1.300,00/m2 650.000,00

3 Administração/Salas de Professores 200,00m2 x 1200,00/m2 240.000,00

TOTAL DE EDIFICAÇÕES R$ 32.062.600,00

Trinta e dois milhões sessenta e dois mil e seiscentos reais

113

5. INFRA-ESTRUTURA

INFRAESTRUTURA CAMPUS DO GLORIA

42.000,00 m2 x 120,00/m2

R$ 5.040.000,00

REFORMAS/ADAPTAÇOES NOS CAMPI R$ 1.500.000,00

TOTAL GERAL A SER CONSTRUÍDO R$ 38.602.600,00

Trinta e oito milhões seiscentos e dois mil e seiscentos reais

Em relação aos valores aproximativos equivalentes de m2 edificados torna-se necessários

apresentar os seguintes fundamentos:

Justificativas dos preços por metro quadrado adotados para obras em Uberlândia/MG - UFU:

O preço do SINAPI em Minas Gerais, em novembro/07 é de R$ 635,00/m2. Como o próprio

SINAPI esclarece, este preço não inclui os seguintes custos:

• Fundações especiais

• Elevadores e Plataformas

• Instalações especiais p/ gases, ar condicionado e informática

• Instalações especiais p/ Laboratórios

• Instalações especiais p/ Anfiteatros

• Lucro da construtora Empreiteira

• Impostos sobre a nota fiscal: PIS, COFINS, ISS, INSS, CSLL, IMPOSTO DE

RENDA.

• Despesas Indiretas de Administração de Obra

114

Licitações realizadas recentemente pela UFU (novembro/07), apontam os seguintes valores dos

vencedores das concorrências:

• Bloco Salas de Aula/Laboratórios UFU/ Ituiutaba/MG = R$7.585.000,00/6262 m2 =

R$1.211,00/m2

• Obra hospitalar UTI/ Hospital de Clinicas/ UFU/ Uberlândia = R$3.572.000,00/1.654m2

= R$ 2.159,00/m2

• Bloco Salas de Aula/Anfiteatros em Uberlândia = R$ 6.142.000,00/6.028 m2 =

R$1.019,00/m2.

115

4 - Cronograma Geral de Implantação e Execução

O Plano de Expansão da UFU para o período 2008-2012 prevê a ampliação de 1.350 vagas/ano

de ingresso nos cursos de graduação e 857 matrículas na Pós-Graduação. Da expansão de vagas

na graduação, 310 serão ofertadas no período noturno, perfazendo 22,9% do total de novas

vagas. Como foi descrito, a UFU expandiu significativamente a oferta de vagas no noturno entre

2006 e 2007, passando, nesse período, de 480 para 920 vagas anuais.

A expansão planejada requer que o programa de contratação de pessoal e de investimentos seja

obedecido, assegurando o alcance das metas estabelecidas.

A ampliação do corpo docente, 40 horas dedicação exclusiva, e de técnico-administrativos,

níveis intermediário e superior, foi planejada de acordo com a expansão de vagas discentes e

cursos, ano a ano. Para a execução do projeto, é fundamental que o planejamento de contratação

de pessoal seja rigorosamente cumprido. Também é imprescindível que a contratação do corpo

docente preceda o aumento de vagas a cada ano.

PESSOAL 2008 2009 2010 2011 2012 TOTAL

Docentes DE 40 117 205 288 340 340

Nível

Intermediário 40 98 147 178 184 184 Técnicos

Administrativos Nível Superior 20 37 46 48 48 48

232

Os investimentos de edificações, infra-estrutura e equipamentos, detalhados em cada campi da

UFU, também estão articulados com a expansão de vagas ao longo dos quatro anos.

Investimentos 2008 2009 2010 2011 Total

Edificações 3.987.719,92 12.000.000,08 10.000.000,00 7.574.880,00 33.562.600,00

Infra-estrutura 1.500.000,00 2.000.000,00 1.100.000,00 440.000,00 5.040.000,00

Equipamentos 800.000,00 1.500.000,00 1.500.000,00 1.134.892,32 4.934.892,32

116

O Plano de expansão da UFU, edificado sobre critérios de qualidade, tais como a articulação do

ensino, pesquisa e extensão, a democratização do ensino superior alcançada com políticas de

inclusão e permanência e o aprimoramento da gestão de pessoal e infra-estrutura, apresenta-se

com inúmeras ações nas diversas dimensões que convergem para assegurar uma formação sólida

e competente na universidade.

No que se refere à dimensão acadêmica, o plano prevê a atualização do Estatuto e Regimento

Geral visando à reestruturação acadêmica e administrativa, conveniente para a racionalização

organizacional e o aprimoramento da articulação entre as Unidades Acadêmicas com a

confluência de ações institucionais relativas às atividades-fins e aos processos de gestão

administrativa. A continuidade da revisão dos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Graduação e

a avaliação de todos ao longo do período 2008-2012, vem acompanhado com várias ações

vinculadas à renovação pedagógica.

A mobilidade estudantil configura-se como um importante ingrediente na formação com

qualidade e nesse aspecto, os avanços substanciais que a UFU já empreendeu, serão mantidos,

visando possibilitar a uma maior número de estudantes esse valioso instrumento.

A UFU tem no compromisso social com uma universidade pública, gratuita e de qualidade seu

norte. Nesse compromisso, um passo importante foi dado recentemente (dezembro de 2007),

com a aprovação das cotas sociais pelo Conselho Universitário. Importante para a execução e

sucesso desse Plano de expansão, as cotas sociais estão focalizadas como meta no que diz

respeito à sua implantação.

Dimensão de extensão, assuntos estudantis e culturas igualmente desempenha um papel de

destaque no exercício de uma universidade pública, gratuita e de qualidade. Neste Plano de

expansão, essa dimensão vem dar continuidade a várias ações, aprimorando-as e intensificando-

as, bem como propondo avanços.

O alcance das metas relacionadas aos principais indicadores revelam o compromisso assumido

pela UFU com a expansão qualificada de vagas na educação superior.

117

5 - Orçamento Parcial e Global

O planejamento, execução e acompanhamento das ações acadêmicas e administrativas

concernentes a este Plano de Expansão da UFU 2008-2012 envolve sua preparação, implantação

gradativa e consolidação em todas as suas diferentes dimensões. Para tanto, encontra-se

intimamente associado a um conjunto de orçamentos –parcial e global- em que ficam

evidenciados os principais itens de dispêndio e respectivos valores monetários necessários á sua

consecução, alocados anualmente e de forma progressiva a medida que se concretiza o próprio

conjunto de ações, estratégias e metas expressas neste Plano, expressos pelos indicadores e

consecução das metas orientadoras.

No ponto de vista dos recursos destinados a investimentos, também designados como despesas

de capital, o orçamento está composto por dispêndios com edificações, infra-estrutura e

equipamentos. No que se refere aos recursos de custeio –despesas correntes, sua composição

envolve os seguintes itens:

• Pessoal: Professor Equivalente: número de professores a serem contratados e valor anual;

• Pessoal: Servidores de Nível Superior: número de servidores a serem contratados e valor

anual;

• Pessoal: Servidores de Nível Intermediário: número de servidores a serem contratados e

valor anual;

• Bolsas de Assistência Estudantil: número de bolsas e valor anual;

• Custeio geral: traduzido em unidades básicas de custeio e valor anual, que será

devidamente detalhado e alocado segundo as necessidades postas pelo Plano de

Expansão.

Desta forma, os recursos necessários a consecução do proposto neste Plano podem ser

evidenciados através dos quadros abaixo, em que se apresentam os montantes anual e total para o

período 2008-2012 para os dispêndios em capital e custeio.

118

QUADRO 1. ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO POR ANO E TOTAL (2008-2011)

Investimentos 2008 2009 2010 2011 Total

Edificações 3.987.719,92 12.000.000,08 10.000.000,00 7.574.880,00 33.562.600,00

Infra-estrutura 1.500.000,00 2.000.000,00 1.100.000,00 440.000,00 5.040.000,00

Equipamentos 800.000,00 1.500.000,00 1.500.000,00 1.134.892,32 4.934.892,32

Obs. A distribuição dos dispêndios com edificações e infra-estrutura constam do item 3, Plano

diretor de infra-estrutura física.

QUADRO 2. ORÇAMENTO DE CUSTEIO POR ANO E TOTAL (2008-2012)

(em mil reais)

Orçamento 2008 2009 2010 2011 2012 Total

Professores Equivalentes 2.219,6 2.492,3 11.375,5 15.981,1 18.866,6 54.935,1

TAs. Superior 379,7 702,4 873,2 911,2 911,2 3.777,5

TAs. Intermediário 636,2 1.558,8 2.338,1 2.831,2 2.926,6 10.290,9

Bolsas Assistência

Estudantil

90 450 1.260 2.100 3.600 7.500

Custeio 832,0 9.986,7 10.158,3 17.676,5 28.255,1 61.909,5

A distribuição anual e cumulativa dos servidores a serem contratados encontra-se prevista da

seguinte forma:

119

QUADRO 3. DISTRIBUIÇÃO DAS CONTRATAÇÕES DE PESSOAL (2008-2012)

PESSOAL 2008 2009 2010 2011 2012 TOTAL

Docentes DE

40 117 205 288 340 340

Nível

Intermediário 40 98 147 178 184 184 Técnicos

Administrativos Nível Superior 20 37 46 48 48 48

232

Por sua vez, o número de bolsas destinadas à assistência estudantil corresponderão, ao final do

Plano, a aproximadamente 20% dos alunos beneficiados.

120

6 - Plano de Acompanhamento e Avaliação da Proposta

O acompanhamento da implantação do Plano e sua avaliação serão feitos de modo sistêmico,

possibilitando uma visão orgânica do processo pela participação de todas as Pró-Reitorias,

Unidades Acadêmicas e Conselhos Superiores da Administração Central.

Nos âmbitos das competências que lhes confere o Estatuto e Regimento Geral, cada uma dessas

instâncias desenvolverá parcela significativa de tarefas e funções de modo a garantir a circulação

de informações sobre procedimentos e ações desenvolvidos.

A Pró-Reitoria de Graduação – PROGRAD terá por atribuições:

• Coordenar o processo de elaboração de Projetos Pedagógicos até a sua aprovação final

nos Conselhos Superiores.

• Coordenar o processo sistemático de avaliação dos Projetos Pedagógicos

• Acompanhar o processo de avaliação externa de avaliação das condições de oferta dos

cursos.

• Coordenar os programas de formação docente.

• Coordenar os programas e projetos especiais de ensino, bem como o processo de

destinação de bolsas acadêmicas a eles relacionadas.

• Coordenar o processo de implantação das normas de estágio supervisionado.

• Coordenar o processo de implantação do Núcleo de Educação a Distância.

• Coordenar os processos seletivos de ingresso para preenchimento de vagas iniciais e

ociosas.

• Coordenar o processo de implantação das novas Normas de Graduação.

• Acompanhar os registros sobre taxas de evasão, reprovação, abandonos e jubilamentos.

• Acompanhar os registros de taxas de conclusão geral e de cada curso.

• Acompanhar o processo de seleção e contratação de professores e de técnicos

administrativos.

• Participar da elaboração do Plano Diretor de edificações, ampliações e melhorias na

infra-estrutura.

• Acompanhar o desenvolvimento das ações de outras Pró-Reitorias

121

A Pró-Reitoria Pesquisa e Pós-Graduação – PROPP terá por incumbência:

• Coordenar e acompanhar o processo de crescimento quali-quantitativo da pós-graduação.

• Coordenar os programas de fomento a pesquisa e qualificação docente.

• Coordenar os programas de iniciação científica destinados aos alunos de graduação e os

programas de formação para docência, destinados aos alunos da pós-graduação, bem

como o processo de destinação de bolsas acadêmicas a eles relacionadas.

• Articular programas e projetos de desenvolvimento da docência universitária com as

ações da PROGRAD.

• Coordenar o processo de implantação da Secretaria Geral da Pós-Graduação.

• Acompanhar os registros de produção de dissertações e teses, os registros de produção

científica dos docentes e discentes.

• Acompanhar o processo sistemático de avaliação interna e externa dos programas de pós-

graduação.

• Acompanhar o processo de seleção e contratação de professores e de técnicos

administrativos.

• Participar da elaboração do Plano Diretor de edificações, ampliações e melhorias na

infra-estrutura.

• Acompanhar o desenvolvimento das ações de outras Pró-Reitorias

A Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis- PROEX terá por atribuições:

• Coordenar os programas e projetos especiais de assistência estudantil, bem como o

processo de destinação de bolsas a eles relacionadas.

• Coordenar os programas e projetos especiais de extensão, bem como o processo de

destinação de bolsas a eles relacionadas.

• Coordenar os programas e projetos especiais de culturas, bem como o processo de

destinação de bolsas a eles relacionadas.

• Acompanhar o processo de seleção e contratação de professores e de técnicos

administrativos.

• Participar da elaboração do Plano Diretor de edificações, ampliações e melhorias na

infra-estrutura.

122

• Acompanhar o desenvolvimento das ações de outras Pró-Reitorias

A Pró-Reitoria de Recursos Humanos – PROREH - deverá:

• Coordenar o processo de contratação de pessoal docente e técnico-administrativo, em

observância ao cronograma estabelecido neste Plano.

• Coordenar o processo de distribuição de servidores e de funções gratificadas

• Coordenar os programas e projetos especiais de ambientação e capacitação dos servidores

técnicos administrativos.

• Participar da elaboração do Plano Diretor de edificações, ampliações e melhorias na

infra-estrutura.

• Acompanhar o desenvolvimento das ações de outras Pró-Reitorias

A Pró-Reitoria de Administração e Planejamento – PROPLAD ficará encarregada de:

• Coordenar a execução do Plano.

• Acompanhar a distribuição dos recursos orçamentários adicionais previstos no Plano.

• Coordenar o processo de alocação orçamentária nos diversos centros de custo envolvidos.

• Coordenar o processo de execução orçamentária.

• Coordenar o processo de registro informatizado de dados em todos os âmbitos de

execução do Plano.

• Participar da elaboração do Plano Diretor de edificações, ampliações e melhorias na

infra-estrutura.

• Acompanhar o desenvolvimento das ações de outras Pró-Reitorias

A Prefeitura Universitária - PREFE terá por incumbência:

• Coordenar o processo de elaboração do Plano Diretor de edificações, ampliações e

melhorias na infra-estrutura.

• Coordenar a execução de obras físicas previstas neste Plano de expansão.

• Acompanhar o desenvolvimento das ações de outras Pró-Reitorias

As Unidades Acadêmicas e suas coordenações de curso deverão:

• Elaborar os Projetos Pedagógicos dos cursos propostos, seguindo as macro-

orientações institucionais para a definição de currículos.

123

• Fomentar a participação de docentes em cursos de formação continuada para a

docência universitária.

• Garantir o funcionamento noturno dos setores necessários ao bom funcionamento dos

cursos noturnos.

• Promover concursos para seleção dos novos docentes a serem integrados no quadro

de professores da Instituição.

• Fomentar a formação de equipes didáticas para o acompanhamento do processo de

ensino-aprendizagem.

• Participar da elaboração do Plano Diretor de edificações, ampliações e melhorias na

infra-estrutura.

• Acompanhar o desenvolvimento das ações das Pró-Reitorias.

O acompanhamento da implantação do Plano, bem como sua avaliação serão desenvolvidos

sistematicamente ao longo de todo o processo. Reuniões mensais serão promovidas para

possibilitar a socialização de realizações, o conhecimento de problemas pontuais ou gerais e

encaminhamentos de soluções.

124

7 - Plano de Acompanhamento de Indicadores de Qualidade

O Plano de Expansão da UFU, a partir dos princípios, diretrizes, metas, estratégias e indicadores

propostos implica o acompanhamento sistemático por meio de diferentes canais e instrumentos

de avaliação.

A UFU já desenvolve um sistema de avaliação com a participação discente em que são

considerados os seguintes indicadores: apresentação do conteúdo programático e definição dos

critérios de avaliação; domínio do conteúdo programático; seqüência na abordagem do conteúdo

programático; clareza na exposição dos assuntos; assiduidade; pontualidade; divulgação dos

resultados das avaliações dentro do prazo estipulado; cumprimento do horário de atendimento ao

aluno; qualidade do atendimento ao aluno; coerência entre o ensinado e o exigido nas avaliações.

Para tanto, ao final do semestre, é utilizado um questionário aplicado em cada curso que

possibilita aos Colegiados de Curso, aos professores e aos próprios alunos uma importante

avaliação dos processos pedagógicos desenvolvidos na Instituição. Como se depreende, por meio

desse instrumento é possível alcançar a participação da totalidade dos alunos regularmente

matriculados em cada curso e em cada disciplina.

O passo seguinte a ser dado é o de aprimorar esse processo de avaliação, de modo que, por um

lado, se consiga ampliar cada vez mais a participação discente nesse processo e, por outro, se

viabilize sua informatização.

Nesse sentido, nos dois primeiros anos de implantação do plano será realizada uma revisão do

instrumento utilizado, inclusive dos indicadores acima mencionados, e desenvolvido um

programa que possibilite que a avaliação discente possa ser realizada pelo aluno por meio da

internet, on line, seja ao final do semestre ou no momento de renovação da matrícula.

A UFU objetivando o acompanhamento e avaliação institucional implantou no ano de 2006 a

Comissão Permanente de Avaliação (CAP), responsável pela coordenação dos processos

avaliativos orientados pelos princípios e diretrizes estabelecidos no Sistema Nacional de

Avaliação do Ensino Superior (SINAES). Por meio do trabalho desenvolvido pela CAP a UFU

tem conseguido levantar importantes dados que possibilitam realizar uma radiografia da vida

acadêmica e da realidade institucional em suas várias dimensões. Diante disso, no

acompanhamento da qualidade no presente Plano de Expansão será dado continuidade ao

trabalho desenvolvido pela referida Comissão.

Ainda dentro da proposta de avaliação prevista no SINAES a UFU continuará trabalhando com

os critérios e parâmetros de avaliação que orientam o Exame Nacional de Desempenho do

125

Estudante (ENADE). Avaliações dessa natureza possibilitam que a Universidade possa

acompanhar a partir de indicadores consistentes e objetivos o desenvolvimento do ensino de

graduação, de modo a possibilitar que processos de melhoria desse ensino sejam

permanentemente monitorados.

Como previsto no item B.1, os projetos pedagógicos serão sistematicamente avaliados,

proporcionado seu aprimoramento didático-pedagógico.

Particularmente, considerando o importante canal de qualificação e capacitação do docente em

serviço - o Núcleo de Apoio Pedagógico ao Professor (NAPP) e em função da relevância desse

trabalho de atualização permanente, a UFU acompanhará sistematicamente o desenvolvimento

dos cursos e demais atividades formativas do NAPP e o percentual de participação dos

professores nas atividades ofertadas pelo referido núcleo.

Paralelamente a esses processos de acompanhamento, monitoramento e avaliação, a UFU

também estará atenta à utilização dos dados do Censo do Ensino Superior, realizado anualmente

por meio do INEP, de modo que esses dados possam balizar e orientar o trabalho na

Universidade. Do mesmo modo, o processo de avaliação dos programas de pós-graduação

realizado pela CAPES será igualmente considerado no processo global de acompanhamento de

indicadores de qualidade.

Por meio dos dados fornecidos pelo Censo do Ensino Superior e pela avaliação da CAPES a

UFU trabalhará com sólidos indicadores de acompanhamento da qualidade.

126

8 - Impactos Globais

Impactos Globais (expectativas de transformação da Universidade ao final do Programa)

De um ponto de vista geral, a perspectiva dos impactos globais do Plano de reestruturação e

expansão da UFU, no período 2008-2012, pode ser visualizada a partir dos dados constantes do

Quadro abaixo:

UFU ATUAL

(2007)

PLANO DE EXPANSÃO

(2008-2012)

UFU FUTURA

(2012)

No. Vagas anuais na Graduação:

2.910

No. Vagas anuais na Graduação:

1.350 (+ 46,4%)

No. Vagas anuais na Graduação:

4.260

No. Vagas anuais na Graduação

no Noturno: 920

No. Vagas anuais na Graduação

no Noturno: 310 (+ 33,7%)

No. Vagas anuais na Graduação

no Noturno: 1.230

No. Cursos de graduação: 57 No. Cursos de Graduação: 22 (+

38,5%)

Turnos Novos: 5

Cursos Novos: 17

Expansão Vagas: 09

No. Cursos de Graduação: 79

No. Cursos de graduação no

Noturno: 19

No. Cursos de graduação no

Noturno: 6 (+ 31,6%)

No. Cursos de graduação no

Noturno: 25

Relação Aluno/Professor (RAP):

14,67

Relação Aluno/Professor (RAP):

19,56

Relação Aluno/Professor (RAP):

15,41

Taxa de Conclusão da

Graduação (TCG): 98%

Taxa de Conclusão da

Graduação (TCG): 90%

Taxa de Conclusão da

Graduação (TCG): 94%

Em termos de expansão de vagas, os dados indicam que em 2007 a UFU oferece um total de

2.910 vagas, sendo 920 vagas em cursos noturnos – o que demonstra o fato de a instituição

oferecer grande número de vagas para alunos trabalhadores, indicando uma necessidade menor

de expansão de vagas neste turno. Ao final de quatro anos a UFU projeta ofertar cerca de 4.260

127

vagas, o que significa um acréscimo de 46,4% ou de 1.350 novas vagas anuais entre 2008 e

2012, sendo que 310 vagas ou 33,7% serão ampliadas no turno noturno – o qual ofertará

aproximadamente o total de 1.230 vagas.

No que se refere a expansão de cursos, os dados indicam que em 2007 a UFU oferece um total

de 57 cursos e que ao final de quatro anos projeta a oferta de 79 cursos, sendo 25 em turno

noturno (neste caso, um acréscimo de 6 cursos ou de 31,5%). No processo gradual de expansão,

a mesma se dará pela criação de 17 cursos novos, pela oferta de 5 turnos novos em cursos

existentes e pela expansão de vagas em 9 cursos existentes. Isso significa um acréscimo de

aproximadamente 38,5% no total de cursos entre 2008 e 2012.

Em termos da relação aluno/professor, os dados indicam que esta se apresenta, em 2007, na

ordem de 14,67 e que em 2012 a mesma alcançará aproximadamente 15,41, como resultado de

um esforço institucional desta expansão configurado na proporção de 19,56 alunos por professor.

Por sua vez, no caso da Taxa de Conclusão de Graduação (TCG) projeta-se para 2012 uma taxa

de terminalidade em torno de 94%, como resultado de um esforço institucional com base na

projeção da ordem de 90%.

Do ponto de vista qualitativo, o processo de expansão quantitativa da UFU, conforme acima

exposto, terá um impacto social e regional que vai muito além do simples crescimento das vagas,

diversificação dos cursos e aumento das oportunidades de inserção social, comum à maioria das

Universidades Federais.

Dada à inserção espacial da UFU no cenário interiorano brasileiro e sua particular localização

em um ambiente de integração de áreas desenvolvidas com áreas em desenvolvimento, a

expansão produzirá um importante impacto no desenvolvimento socioeconômico regional da

porção oeste de Minas Gerais, sudoeste de Goiás e Mato Grosso. Esta contribuição para o

desenvolvimento regional do interior brasileiro, com destaque para a integração do sudeste com

o centro-oeste, promoverá relevantes contribuições para diminuir as diversidades regionais

dentre as quais: ampliar objetivamente as oportunidades de retenção de parcela da população

qualificada fora dos domínios das grandes aglomerações metropolitanas; possibilitar novas

oportunidades de atração de investimentos em setores com maior agregação de valor,

propiciando uma melhor distribuição regional do produto nacional e permitindo a melhoria da

qualidade de vida em geral.

No longo prazo, o crescimento do número de professores e pesquisadores no entorno regional da

UFU ajudará na consolidação dos grupos de pesquisa e suas inserções nas redes nacionais e

internacionais de pesquisa, seja atuando nas áreas de pesquisa básica, seja nas pesquisas

128

aplicadas de ponta, abrindo oportunidades para a construção da ciência moderna no âmbito do

avanço das denominadas sociedades do conhecimento. Este adensamento da capacidade de

geração de conhecimento e cultura no entorno geo-educacional em que atua também será

decisivo para promover uma maior articulação dos objetos de ensino, aprendizagem e pesquisa

para com os desafios de construção de uma sociedade mais eqüitativa e soberana.

A expansão da nossa universidade se soma ao parque universitário público federal, estadual e

municipal, cujo pesado investimento da sociedade ao longo de menos de um século, ainda é

muito jovem se comparado ao padrão internacional e, neste sentido, ainda pode se expandir e

melhorar muito mais sua contribuição social. Neste aspecto, a atual política do governo de

permitir a expansão com qualidade das Universidades Federais representa um investimento de

grande impacto nas gerações futuras e nos horizontes de transformação da sociedade brasileira e

sua inserção internacional por meio da ciência. Não pode ser esquecido o papel que as

Universidades Federais cumprem em termos de referência de qualidade, quaisquer que sejam os

parâmetros considerados, cumprindo uma forte liderança no cenário latino-americano.

Além disso, os recursos orçamentários envolvidos nesta Expansão repercutirão sobre os

processos de geração de emprego e renda, não só no Município de Uberlândia/MG, mas também

pelo seu entorno regional, destacando-se os valores destinados a contratação de mão-de-obra

direta -340 professores e 232 técnico-administrativos- bem como de mão-de-obra indireta, com

impactos significativos sobre o setor de construção civil regional ou até mesmo nacional, com

recursos totais estimados da ordem de 38,6 milhões de reais para edificações e infra-estrutura, ao

lado de praticamente 5 milhões de reais para equipamentos e, ao final do período, a incorporação

de cerca de 54,6 milhões de reais ao orçamento de custeio da Instituição.

De maneira geral, este projeto de expansão das universidades deve ser tomado como um

investimento de longo prazo no desenvolvimento social e na consolidação de instituições

responsáveis, em todo o mundo, pela produção dos chamados bens de conhecimento. É consenso

entre os educadores brasileiros e internacionais que na atual fase de desenvolvimento da

sociedade é no campo da geração do conhecimento, da sua produção, posse e difusão, que parte

do destino das nações está sendo definido, com maior ou menor possibilidade de geração de

identidades autônomas no mundo globalizado. Assim, para além da contribuição decisiva para o

processo de desenvolvimento mais geral, o fortalecimento do sistema federal de ensino superior

é condição sine qua non para o fortalecimento da sociedade brasileira.

Do ponto de vista mais específico, a expansão do ensino superior representa um compromisso

social para com um contingente muito expressivo de jovens e famílias sem acesso às

oportunidades de transformação das suas realidades sociais. A ampliação dessas condições de

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mobilidade social produz um impacto direto e indireto em outros indicadores sociais, debilitados

pela exclusão e segregação social. Quando essa oportunidade é transplantada para as áreas do

interior brasileiro, seu impacto sobre a realidade e seu potencial de transformação das

desigualdades regionais apresenta um retorno mais aparente e calcado nas condições de vida da

comunidade.

Em síntese, a expansão da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), cujo processo de

consolidação ainda é jovem, planejada segundo critérios de qualidade e referência social, em

longo prazo vai ampliar e fortalecer o desenvolvimento social da comunidade local e regional,

contribuindo para o avanço da ciência e para a ocupação sustentável e mais eqüitativa do espaço

interiorano brasileiro.