universidade federal de uberlÂndia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA AUTOFERTILIDADE, DEPRESSÃO ENDOGÂMICA E PLOIDIA EM Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers E Tecoma stans (L.) Kunth (Bignoniaceae) Jefferson RODRIGUES-SOUZA 1, 4 , Thaíssa Brogliato Junqueira ENGEL 1 , Clesnan MENDES-RODRIGUES 1 , Felipe Wanderley AMORIM 2 , Diana Salles SAMPAIO 1, 3 . 1.Universidade Federal de Uberlândia. 2.Universidade Estadual de Campinas. 3.Bolsista CAPES/PNPD. 4.Autor para correspondência: [email protected] 2. Polinizações Experimentais Figura 2: Polinização experimental em T. stans utilizando uma pinça cirúrgica. 3. Germinação , Massa Seca e Sobrevivência das Plântulas Sementes obtidas dos tratamentos de polinizações experimentais de P. venusta e T. stans foram semeadas (Fig. 3). Analisou-se a porcentagem e o tempo médio de emergência, a massa seca das partes aérea e subterrânea e a sobrevivência Figura 3: Sementes de T. stans semeadas em bandejas de isopor. Utilizou-se como substrato uma mistura de Plantmax® e vermiculita na proporção de 1:1. 4. Número de Embriões por Semente e Ploidia Diplóide 2n = 40 Poliploi dia? Diplóid es Pyrostegia venusta Cipó-de-São- João Poliembrion ia e poliploidia ? Mutações em diplóides? Polinizações experimentais Pyrostegia venusta Tecoma stans Flores Nº Frutos (%) Flores Nº Frutos (%) Polinização manual cruzada 73 7 (9,59%) 47 22 (46,81%) Autopolinizaçã o manual 71 2 (2,81%) 47 14 (29,79%) Autopolinizaçã o espontânea 71 0 (0,00%) 46 0 (0,00%) Emasculação 67 0 (0,00%) 42 0 (0,00%) Polinização natural 110 0 (0,00%) 53 16 (30,19%) ISI - 0,29 - 0,64 RE - 0,00 - 0,64 Polinizações experimentai s Pyrostegia venusta Tecoma stans E (%) TME (dia) Sobrevivênc ia% E (%) TME (dia) Sobrevivên cia% Polinização natural 75,60±11, 64 ab 35,88±1,1 9 b 67,86 a 62,50±28, 67 b 15,16±1, 53 b 46,43 c Polinização manual cruzada 83,33±6,3 6 a 35,18±1,7 1 b 70,83 a 94,64±3,1 5 a 29,57±6, 95 a 91,07 a Autopoliniza ção manual 60,53±3,7 2 b 39,80±3,5 8 a 47,37 b 85,83±4,7 5 ab 17,40±1, 78 b 71,67 b Análise estatística F e t (P < 0,05) F 2,13 =5,252 (P=0,021) F 2,13 =5,86 0 (P=0,015) Teste t de proporções F 2,16 =6,77 0 (P=0,007) F 2,16 =20,2 79 (P<0,001 ) Teste t de proporções Tabela 1: Desenvolvimento de frutos em polinizações experimentais em Tecoma stans e Pyrostegia venusta (Bignoniaceae). Tabela 2: Medidas de emergência (média ± DP) e sobrevivência de plântulas em P. venusta e T. stans. E: emergência; TME: tempo médio de emergência; Análise de variância (F) e teste t de proporções foram utilizados para avaliar diferenças entre os tratamentos. Valores seguidos por letras diferentes na mesma coluna diferem pelo teste de Tukey ou pelo teste t de proporções. http://plantas- ornamentais.blogspot.com/2009/03/ipe- de-jardim-tecoma-stans.html As polinizações experimentais (natural, polinização cruzada, autopolinização, autopolinização espontânea e emasculação) foram realizados com as populações de Pv 1 e Ts 1. Os botões em pré-antese foram ensacados com sacos de organza. As flores de primeiro dia foram polinizadas (Fig. 2) e novamente ensacadas. Pv 1-Uberlândia, MG Pv 2-Córdoba, AR Ts 1-Uberlândia, MG Ts 2-Ribeirão Preto, SP Ts 3-Juiz de Fora, MG Tecoma stans Pyrostegia venusta Figura 1: Localização e código das populações de P. venusta e T. stans estudadas no Brasil e na Argentina. 1. Populações Estudadas (Fig. 1) As populações Pv 1 e Ts 1 corroboram a autofertilidade descrita por outros autores nas duas espécies estudadas (Tabela 1). Plântulas de polinizações cruzadas são mais vigorosas, com maior emergência, enquanto as de autopolinizações têm maior tempo médio de emergência e menor sobrevivência em P. venusta (Tabela 2). Em T. stans, plântulas de polinizações cruzadas apresentam maior emergência, tempo médio, sobrevivência (Tabela 2) e massa seca subterrânea (Tabela 3). O número de embriões por semente foi verificado através de dissecação de sementes para todas as populações. O número cromossômico foi verificado nas populações Pv 1, Ts 1 e Ts 2 através células mitóticas de pontas de raízes. Foram analisadas 20 células em metáfase mitótica para cada população. Foram analisadas de 50 a 200 sementes por população. Todas as populações são monoembriônicas, reforçando a ausência de apomixia. As populações deT. stans são diplóides, enquanto a de P. venusta é tetraplóide (Fig. 4). Tabela 3: Massa de plântulas (média ± DP) em Tecoma stans (Bignoniaceae). MSPA: Massa seca da parte aérea; MSPS: massa seca da parte subterrânea; MST: massa seca total. Em P. venusta não houve diferença nas medidas de massa seca das plântulas entre os tratamentos (dados não apresentados). Objetivou-se estudar a relação entre sistema reprodutivo, ploidia e número de embriões por semente, além da ocorrência de depressão endogâmica através do desenvolvimento de plântulas nestas espécies. PPG Valores seguidos por letras diferentes na mesma coluna diferem pelo teste de Tukey INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS Figura 4: Células em metáfase mitótica. A. População Ts1 deT. stans diplóide com 2n=36. B. População Pv1 de P. venusta é poliplóide com 2n=80. Barras = 10µm. A B A autofertilidade pode estar relacionada ao amplo cultivo de T. stans e à poliploidia em P. venusta. Os dados de emergência e desenvolvimento de plântulas indicaram a ocorrência depressão endogâmica para CONCLUSÃO Polinizações experimentais MSPA (mg) MSPS (mg) MST (mg) Polinização natural 43,28±15, 57 a 16,00±6,3 9 ab 59,28±20,9 6 a Polinização manual cruzada 45,77±17, 73 a 18,76±9,4 0 a 64,53±26,0 6 a Autopolinização manual 37,55±18, 33 a 13,60±6,1 5 b 51,15±23,5 4 a Análise de variância: F (P < 0,05) F 2,87 =1,791 (P=0,173) F 2,87 =3,318 (P=0,041) F 2,87 =2,446 (P=0,093)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. AUTOFERTILIDADE, DEPRESSÃO ENDOGÂMICA E PLOIDIA EM Pyrostegia venusta ( Ker Gawl .) Miers E Tecoma stans (L.) Kunth ( Bignoniaceae ). Pyrostegia venusta Cipó-de-São-João. Jefferson RODRIGUES-SOUZA 1, 4 , Thaíssa Brogliato Junqueira ENGEL 1 , - PowerPoint PPT Presentation

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AAUTOFERTILIDADE, DEPRESSÃO ENDOGÂMICA E PLOIDIA EM Pyrostegia venusta (Ker Gawl.) Miers E Tecoma stans

(L.) Kunth (Bignoniaceae)Jefferson RODRIGUES-SOUZA1, 4, Thaíssa Brogliato Junqueira ENGEL1,

Clesnan MENDES-RODRIGUES1, Felipe Wanderley AMORIM2, Diana Salles SAMPAIO1, 3.

1.Universidade Federal de Uberlândia. 2.Universidade Estadual de Campinas. 3.Bolsista CAPES/PNPD. 4.Autor para correspondência: [email protected]

2. Polinizações Experimentais

Figura 2: Polinização experimental em T. stans

utilizando uma pinça cirúrgica.

3. Germinação , Massa Seca e Sobrevivência das Plântulas

Sementes obtidas dos tratamentos de polinizações experimentais de P. venusta e T. stans foram semeadas (Fig. 3). Analisou-se a porcentagem e o tempo médio de emergência, a massa seca das partes aérea e subterrânea e a sobrevivência das plântulas.

Figura 3: Sementes de T. stans semeadas em bandejas de isopor. Utilizou-se como substrato uma mistura de Plantmax® e vermiculita na proporção de 1:1.

4. Número de Embriões por Semente e Ploidia

Diplóide2n = 40

Poliploidia?

Diplóides

Pyrostegia venustaCipó-de-São-João

Poliembrionia e poliploidia?

Mutações em diplóides?

Polinizações experimentais

Pyrostegia venusta Tecoma stans

Nº Flores Nº Frutos (%) Nº Flores Nº Frutos (%)

Polinização manual cruzada 73 7 (9,59%) 47 22 (46,81%)

Autopolinização manual 71 2 (2,81%) 47 14 (29,79%)

Autopolinização espontânea 71 0 (0,00%) 46 0 (0,00%)

Emasculação 67 0 (0,00%) 42 0 (0,00%)Polinização natural 110 0 (0,00%) 53 16 (30,19%)ISI - 0,29 - 0,64RE - 0,00 - 0,64

Polinizações experimentais

Pyrostegia venusta Tecoma stans

E (%) TME (dia) Sobrevivência% E (%) TME (dia) Sobrevivência%

Polinização natural 75,60±11,64ab 35,88±1,19b 67,86a 62,50±28,67b 15,16±1,53b 46,43c

Polinização manual cruzada 83,33±6,36a 35,18±1,71b 70,83a 94,64±3,15a 29,57±6,95a 91,07a

Autopolinização manual 60,53±3,72b 39,80±3,58a 47,37b 85,83±4,75ab 17,40±1,78b 71,67b

Análise estatísticaF e t (P < 0,05)

F2,13=5,252 (P=0,021)

F2,13=5,860 (P=0,015)

Teste t de proporções

F2,16=6,770 (P=0,007)

F2,16=20,279 (P<0,001)

Teste t de proporções

Tabela 1: Desenvolvimento de frutos em polinizações experimentais em Tecoma stans e Pyrostegia venusta (Bignoniaceae).

Tabela 2: Medidas de emergência (média ± DP) e sobrevivência de plântulas em P. venusta e T. stans. E: emergência; TME: tempo médio de emergência; Análise de variância (F) e teste t de proporções foram utilizados para avaliar diferenças entre os tratamentos.

Valores seguidos por letras diferentes na mesma coluna diferem pelo teste de Tukey ou pelo teste t de proporções.

http://plantas-ornamentais.blogspot.com/2009/03/ipe-de-jardim-tecoma-stans.html

• As polinizações experimentais (natural, polinização cruzada, autopolinização, autopolinização espontânea e emasculação) foram realizados com as populações de Pv 1 e Ts 1.• Os botões em pré-antese foram ensacados com sacos de organza. As flores de primeiro dia foram polinizadas (Fig. 2) e novamente ensacadas.

Pv 1-Uberlândia, MG

Pv 2-Córdoba, AR

Ts 1-Uberlândia, MGTs 2-Ribeirão Preto, SP

Ts 3-Juiz de Fora, MG

Tecoma stans

Pyrostegia venusta

Figura 1: Localização e código das populações de P. venusta e T. stans estudadas no Brasil e na Argentina.

1. Populações Estudadas (Fig. 1)

As populações Pv 1 e Ts 1

corroboram a autofertilidade

descrita por outros autores nas duas

espécies estudadas (Tabela

1).Plântulas de polinizações cruzadas são mais vigorosas, com maior emergência, enquanto as de autopolinizações têm maior tempo

médio de emergência e menor sobrevivência em P. venusta (Tabela 2).

Em T. stans, plântulas de polinizações cruzadas apresentam maior emergência, tempo médio, sobrevivência (Tabela 2) e massa seca subterrânea (Tabela 3).

O número de embriões por semente foi verificado através

de dissecação de sementes para todas as populações.

O número cromossômico foi verificado nas populações Pv 1, Ts 1 e Ts 2 através células

mitóticas de pontas de raízes. Foram analisadas 20 células em

metáfase mitótica para cada população. Foram analisadas de 50 a 200 sementes

por população.

Todas as populações são monoembriônicas, reforçando

a ausência de apomixia. As populações deT. stans são

diplóides, enquanto a de P. venusta é tetraplóide (Fig. 4).

Tabela 3: Massa de plântulas (média ± DP) em Tecoma stans (Bignoniaceae). MSPA: Massa seca da parte aérea; MSPS: massa seca da parte subterrânea; MST: massa seca total.

Em P. venusta não houve diferença nas medidas de massa seca das plântulas

entre os tratamentos (dados não apresentados).

Objetivou-se estudar a relação entre sistema reprodutivo, ploidia e número de embriões por semente, além da ocorrência de depressão endogâmica através do desenvolvimento de plântulas nestas espécies.

PPG

Valores seguidos por letras diferentes na mesma coluna diferem pelo teste de Tukey

INTRODUÇÃO

MATERIAL E MÉTODOS

RESULTADOS

Figura 4: Células em metáfase mitótica. A. População Ts1 deT. stans diplóide com 2n=36. B. População Pv1 de P. venusta é poliplóide com 2n=80. Barras = 10µm.

A B

A autofertilidade pode estar relacionada ao amplo cultivo de T. stans e à poliploidia em P. venusta. Os dados de

emergência e desenvolvimento de plântulas indicaram a ocorrência depressão endogâmica para ambas as espécies.

CONCLUSÃO

Polinizações experimentais MSPA (mg) MSPS (mg) MST (mg)

Polinização natural 43,28±15,57a 16,00±6,39ab 59,28±20,96a

Polinização manual cruzada 45,77±17,73a 18,76±9,40a 64,53±26,06a

Autopolinização manual 37,55±18,33a 13,60±6,15b 51,15±23,54a

Análise de variância: F (P < 0,05)

F2,87=1,791 (P=0,173)

F2,87=3,318 (P=0,041)

F2,87=2,446 (P=0,093)