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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
BIOTECNOLOGIA
Estudo fitoquímico e atividades antifúngica e
antiprotozoária do óleo essencial de genótipos de
erva-baleeira (Varronia curassavica Jacq.)
Daniela Aparecida de Castro Nizio
São Cristóvão/Sergipe
Junho/2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA
Estudo fitoquímico e atividades antifúngica e antiprotozoária do óleo
essencial de genótipos de erva-baleeira (Varronia curassavica Jacq.)
Daniela Aparecida de Castro Nizio
Arie Fitzgerald Blank – Orientador
São Cristóvão/Sergipe
Junho/2015
Tese apresentada à Universidade
Federal de Sergipe/RENORBIO
para obtenção do título de
Doutor em Biotecnologia
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
N737e
Nizio, Daniela Aparecida de Castro Estudo fitoqímico e atividades antifúngica e antiprotozoária do
óleo essencial de genótipos de erva-baleeira (Varronia curassavica Jacq.) / Daniela Aparecida de Castro Nizio ; orientador Arie Fitzgerald Blank. – São Cristóvão, 2015.
109 f. : il.
Tese (doutorado em Biotecnologia)– Rede Nordeste de Biotecnologia - RENORBIO, Universidade Federal de Sergipe, 2015.
1. Biotecnologia. 2. Plantas medicinais. 3. Essências e óleos
essenciais. 4. Microondas. 5. Protozoário. I. Blank, Arie Fitzgerald, orient. II. Título.
CDU 606:665.528
DANIELA APARECIDA DE CASTRO NIZIO
ESTUDO FITOQUÍMICO E ATIVIDADES ANTIFÚNGICA E
ANTIPROTOZOÁRIA DO ÓLEO ESSENCIAL DE GENÓTIPOS DE
ERVA-BALEEIRA (Varronia curassavica Jacq.)
APROVADA: 30 de junho de 2015.
Profa. Dra. Maria de Fátima Arrigoni Blank
UFS
(orientador)
A Deus,
Criador de todas as coisas, Rei dos Reis,
Me impressiona Tua exatidão, Tua misteriosa precisão...
OFEREÇO
Aos meus pais Antônio e Marlene por todo exemplo de vida e por acreditarem em mim
sempre
DEDICO
Aos meus grãozinhos de ouro Lucas, Felipe e Gabriel e meu esposo Alexandre por todo
incentivo e por darem sentido à minha vida.
AGRADEÇO
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal de Sergipe pela oportunidade de realização do doutorado;
À CAPES pela concessão da bolsa de estudos;
Ao CNPq, CAPES, FAPITEC/SE e RENORBIO pelo apoio financeiro;
A Deus...
A Ti toda honra e toda Glória! Tu que és meu Deus forte, poderoso e soberano! Por me dar
força a cada dia e por realizar milagres na minha vida!
A minha Família...
Ao meu esposo Alexandre, pelo companheirismo, incentivo, paciência e amor. Por me dar
força e segurança a cada dia.
Aos meus filhos Lucas, Felipe e Gabriel, por todo carinho e alegria e por me mostrarem a
cada dia que todo esforço vale a pena.
À minha amada mãe por acalmar meu coração dizendo sempre ―tudo passa‖. Obrigada
pelo apoio e orações e por me ouvir todos os dias...
Ao meu pai Antônio, meu grande exemplo de vida, por me ensinar todos os valores que
trago comigo e por estar sempre torcendo por mim.
Às minhas irmãs Graziela e Talita e ao meu irmão Pedro, cunhada e cunhado pela torcida e
incentivo...
Aos meus sobrinhos e sobrinhas, por toda alegria que trazem à minha vida.
A todas as tias e tios, que sempre torceram por mim, primos e primas, amo vocês!
Orientação...
Ao meu orientador prof. Dr Arie Fitzgerald Blank, por ter me recebido de braços abertos, e
pela oportunidade de fazer parte de seu grupo de pesquisa. Sou muito orgulhosa de ter uma
pessoa tão dedicada e competente como orientador!
À profª Drª. Maria de Fátima Arrigoni Blank por todo apoio, principalmente no início do
curso, quando por várias vezes me incentivou a não desistir de percorrer esse caminho.
Grandes parcerias...
Ao prof. Dr. Paulo Gagliardi e aos alunos Ítala e Fábio, pelo auxílio nos experimentos com
os fungos.
Ao prof. Dr. Péricles pela co-orientação.
Aos pesquisadores Dr. Alexandre Nizio Maria e Dr. Rodrigo Yudi Fujimoto, pela
orientação e auxílio.
Ao pesquisador Dr. Leandro Cardamone Diniz pela disponibilidade e amizade.
Ao professor Dr. Evaristo Mauro de Castro da UFLA pela disponibilização do Laboratório
de Microscopia eletrônica.
Grandes amigos...
Aos amigos do GPMACO e LTC por todo apoio, descontração e amizade, desde os antigos
aos atuais: Cléverton, Elizângela, Jéssika, Saymo, Alberto, Vanderson, José Carlos,
Larissa, Thiago, Taís, Mércia, Juliana, Camila, Rodrigo, Alisson, Sylvia, Fabiany, José
Carlos, Luís Fernando, Jefferson, Thays e Márcia.
À Taís Sampaio por todo auxílio e amizade, por me ensinar a fazer as análises no CG/MS,
você surgiu na minha vida por providência Divina! Muito obrigada!
À Fabiany, por sua presença constante, por sempre se disponibilizar em me ajudar,
obrigada pela amizade e competência!
Aos demais alunos que auxiliaram no estabelecimento do BAG de V. curassavica: Alberto,
José Carlos e Luíz Fernando.
Às amigas Magna, Andréa e Franciane, pelas boas risadas e companheirismo.
Ao nosso companheiro de coleta Amaral, que com certeza acrescentou muito ao nosso
trabalho.
Aos secretários da Renobio Jackeline e Emanuel, por toda atenção dispensada.
Obrigada a todos!
"Recebei a instrução e não o dinheiro. Preferi a ciência ao fino ouro, pois a
Sabedoria vale mais que as pérolas e jóia rara alguma a pode igualar."
(Provérbios 8,10 e 11)
SUMÁRIO
Páginas
LISTA DE FIGURAS................................................................................................ xi
LISTA DE TABELAS................................................................................................ xii
LISTA DE ABREVIATURAS................................................................................... xiv
RESUMO.................................................................................................................... xv
ABSTRACT............................................................................................................... xvi
1. INTRODUÇÃO GERAL........................................................................................ 1
1.1. Objetivo Geral..................................................................................................... 2
1.1.1. Objetivos Específicos....................................................................................... 2
2. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................... 2
2.1. Origem, botânica e usos de Varronia curassavica Jacq...................................... 2
2.2. Diversidade química dos óleos essenciais de plantas aromáticas........................ 5
2.3. Composição química do óleo essencial de V. curassavica e atividades
biológicas.................................................................................................................... 7
2.4. Métodos de extração de óleos essenciais............................................................. 9
2.5. Fungos fitopatogênicos........................................................................................ 12
2.4. Protozoário Ichthyophthirius multifiliis............................................................... 14
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 16
CAPÍTULO 1: Diversidade química do óleo essencial de populações nativas de
Varronia curassavica Jacq. e atividade antifúngica contra Lasiodiplodia
theobromae................................................................................................................. 26
Resumo.............................................................................................................. 26
1. Introdução...................................................................................................... 27
2. Material e métodos....................................................................................... 28
3. Resultados..................................................................................................... 31
4. Discussão....................................................................................................... 32
5. Referências.................................................................................................... 35
CAPÍTULO 2: Extração do óleo essencial de Varronia curassavica (Jacq.) por
micro-ondas e hidrodestilação e atividade antifúngica contra Colletotrichum
musae (Berk & Curt.) von Arx................................................................................... 53
Resumo.............................................................................................................. 53
1. Introdução...................................................................................................... 54
2. Material e métodos........................................................................................ 55
3. Resultados..................................................................................................... 58
4. Discussão....................................................................................................... 60
5. Referências.................................................................................................... 61
CAPÍTULO 3: Atividade antiprotozoária do óleo essencial de Varronia
curassavica Jacq. e de compostos majoritários contra Ichthyophthirius
multifiliis..................................................................................................................... 71
Resumo.............................................................................................................. 71
1. Introdução...................................................................................................... 72
2. Material e métodos........................................................................................ 73
3. Resultados..................................................................................................... 77
4. Discussão....................................................................................................... 81
5. Referências.................................................................................................... 83
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS E PERSPECTIVAS................................................ 88
ANEXOS.................................................................................................................... 89
xi
LISTA DE FIGURAS
Páginas
Figura 1. Planta de V. curassavica (A), detalhes da inflorescência (B) e do fruto
(C)..................................................…...................…………………........................ 4
Figura 2. Esquema da biossíntese dos monoterpenos e esquiterpenos.................... 6
CAPÍTULO 1
Figura 1. Dendrograma bidimensional representando a similaridade entre 59
plantas de Varronia curassavica para a composição química do óleo
essencial...…………………………………............................................................ 49
Figura 2. Médias dos constituintes químicos do óleo essencial de plantas de
Varronia curassavica, grupo I a V…...................…………………........................ 50
Figura 3. Distribuição dos constituintes químicos do óleo essencial de plantas de
V. curassavica em relação aos dois componentes principais através da análise de
componente principal (ACP).................................................................................... 51
Figura 4. Inibição do crescimento micelial (média ± erro padrão) de
Lasiodiplodia theobromae em função da concentração (v/v) de óleo essencial de
plantas de Varronia curassavica representantes dos grupos [grupo I (VAC-324),
grupo II (VAC-510), grupo III (VAC-316), grupo IV (VAC-509) e grupo V
(VAC503)] após 96 horas de incubação.................................................................. 52
CAPÍTULO 2
Figura 1. Eletromicrografia de varredura de folhas de erva-baleeira: A- não
tratadas, B-após extração por hidrodestilação, C-após extração por micro-ondas,
tg=tricoma glandular ...……………………............................................................ 70
CAPÍTULO 3
Figura 1. Ichthyophthirius multifiliis após coloração com os fluorocromos
SYBR-14 e iodeto de propídio (IP) ......................................................................... 80
xii
LISTA DE TABELAS
Páginas
Tabela 1. Principais compostos detectados no óleo essencial de V.
curassavica e atividades relatadas por alguns autores...................................... 8
CAPÍTULO 1
Tabela 1. Identificação e origem das plantas de V. curassavica coletadas em
Sergipe, Brasil................................................................................................... 41
Tabela 2. Teores (%) dos constituintes químicos (C1 a C31) do óleo
essencial de plantas de Varronia curassavica em Sergipe,
Brasil................................................................................................................. 42
Tabela 3. Teores (%) dos constituintes químicos (C32 a C63) do óleo
essencial de plantas de Varronia curassavica em Sergipe,
Brasil................................................................................................................. 44
Tabela 4. Coeficientes de correlação para os constituintes químicos (C1 a
C32) do óleo essencial de plantas de V. curassavica em Sergipe,
Brasil.…………………………….................................................................... 46
Tabela 5. Coeficientes de correlação para os constituintes químicos (C33 a
C63) do óleo essencial de plantas de V. curassavica em Sergipe,
Brasil.…………………………….................................................................... 47
CAPÍTULO 2
Tabela 1. Teor e composição química (%) do óleo essencial de V.
curassavica extraído por hidrodestilação, em função do tempo e volume de
água................................................................................................................... 66
Tabela 2. Teor e composição química (%) do óleo essencial de V.
curassavica extraído por micro-ondas, em função da potência, tempo e
volume de água................................................................................................. 67
Tabela 3. Porcentagem de inibição do crescimento micelial (média ± erro
padrão da média) do fungo Colletotrichum musae em função da
concentração (v/v) de óleo essencial de Varronia curassavica obtido micro-
ondas (MI) e hidrodestilação (HD), após 96 horas de incubação..................... 69
CAPÍTULO 3 75
xiii
Tabela 1. Composição química do óleo essencial dos acessos de Varronia
curassavica........................................................................................................
Tabela 2. Mortalidade de I. multifiliis nas fases trofonte e tomonte, tratados
em diferentes concentrações do óleo essencial de acessos de V.
curassavica........................................................................................................ 79
Tabela 3. Mortalidade de I. multifiliis na fase trofonte tratados com os
compostos majoritários do óleo essencial de acessos de V.
curassavica........................................................................................................ 79
Tabela 4. Mortalidade de I. multifiliis na fase tomonte, tratados com os
compostos majoritários do óleo essencial de acessos de V.
curassavica........................................................................................................ 80
xiv
LISTA DE ABREVIATURAS
BAG Banco ativo de germoplasma
C Caule
F Folha
CG Cromatógrafo gasoso
EM Espectrômetro de massa
DIC Detector de ionização por chamas
BDA Meio batata-dextrose-ágar
PIC Porcentagem de inibição do crescimento micelial
ACP Análise de componente principal
HD Hidrodestilação
MI Micro-ondas
MEV Microscopia eletrônica de varredura
Tg Tricoma glandular
IP Iodeto de propídeo
xv
RESUMO
NIZIO, D. A. C. Estudo fitoquímico e atividades antifúngica e antiprotozoária do óleo
essencial de genótipos de erva-baleeira (Varronia curassavica Jacq.). São Cristóvão: UFS.
109f. (Tese).
O objetivo deste trabalho foi caracterizar quimicamente os óleos essenciais de plantas de erva-
baleeira coletadas no Estado de Sergipe, avaliar o efeito da extração do óleo essencial por
micro-ondas (MI) e hidrodestilação (HD) sobre a composição química e atividade antifúngica
e avaliar a atividade antiprotozoária do óleo essencial e de compostos majoritários contra o
parasita de peixes Ichthyophthirius multifiliis. Alta diversidade química foi observada entre as
plantas de Varronia curassavica estudadas. Os compostos encontrados em maiores teores
foram tricicleno, canfeno, E-cariofileno, β-sesquifelandreno, α-zingibereno, 7-ciclodecen-1-
ona, 7-metil-3-metileno-10-(1-propil) e turmerona, que definiram a formação de cinco grupos
de acordo com a composição química e análise de agrupamento. O óleo essencial das plantas
pertencentes aos grupos II, IV e V inibiu aproximadamente 75% do crescimento micelial de
Lasiodiplodia theobromae, após 96 horas de incubação. O óleo essencial do acesso de V.
curassavica VCUR-201 foi extraído por HD e MI. Para HD foram testados 3 tempos de
destilação (100, 120 e 140 minutos) e 3 volumes de água (1,0; 1,5 e 2,0L). Para MI foram
testados 3 potências (500, 600 e 700W), 3 tempos (20, 30 e 40 minutos) e 3 volumes de água
(0, 25 e 50 mL). O óleo essencial obtido de dois tratamentos de HD (100 min., 1,0L de água e
140 min., 2,0L de água) e dois tratamentos de MI (500W, 20 min., 0 água e 700W, 40 min. e
50mL de água) foram utilizados no ensaio de atividade antifúngica contra Colletotrichum
musae. Os maiores valores para teor de óleo essencial para os métodos de extração foram
700W por 40 min. sem água para MI (3,28%) e 120 min. com 1,0 L de água para HD
(3,34%). Os compostos mais abundantes para MI (700W, 40 min. sem água) e HD (120 min.
com 1,0 L de água/balão) foram shyobunol (26,53 e 24,00%) e germacreno D-4-ol (3,60 e
10,23%). Micrografias da superfície das folhas, obtidos por microscopia eletrônica de
varredura após a extração do óleo essencial, mostraram que ambos os métodos de extração
causou a destruição de tricomas glandulares. Os óleos essenciais (0,5%), obtidos por MI2
(700W durante 40 min., com 50 ml de água por amostra) e HD1 (100 min. com 1,0 L de água)
resultou em 80,3% e 79,7% de inibição do crescimento micelial de C. musae,
respectivamente. Os óleos essenciais de três acessos de V. curassavica: VCUR-001, VCUR-
509 e VCUR-601 e os compostos majoritários α-pineno, sabineno, e a mistura E-cariofileno
mais viridiflorol exibiram toxicidade contra I. multifiliis nas fases trofonte e tomonte. Foi
possível confirmar também que os compostos majoritários testados são os principais
responsáveis pela atividade antiparasitária exibida pelos os óleos essenciais que os contém.
Danos causados à integridade da membrana nos trofontes e rompimento da parede do cisto
nos tomontes parece ser a principal causa de morte dos protozoários incubados com os óleos
essenciais de V. curassavica e compostos isolados. O óleo essencial de V. curassavica
apresenta potencial para o controle de fungos fitopatogênicos e parasitas de peixes.
Futuramente poderá ser utilizado em formulações para uso na agropecuária.
Palavras-chave: Varronia curassavica, planta medicinal, óleo essencial, germoplasma,
micro-ondas, fitopatógenos, protozoários.
xvi
ABSTRACT
NIZIO, D. A. C. Phytochemical study and antifungal and antiprotozoal activities of the
essential oil from erva-baleeira (Varronia curassavica Jacq.) genotypes. São Cristóvão:
UFS. 109f. (Thesis).
The aim of this work was to characterize the chemical diversity of the essential oil from
Varronia curassavica plants collected in Sergipe, to evaluate the effect of microwave
extraction (MI) and hydrodistillation (HD) of essential oil from Varronia curassavica Jacq.
on its chemical composition and antifungal activity and to evaluate the antiprotozoal activities
of the essential oil and major compounds against Ichthyophthirius multifiliis, fish parasite.
High chemical diversity was observed among the V. curassavica plants, which are distributed
within the chemical groups, regardless of the collection site, probably due to genetic
differences between plants studied. The compounds found in higher contents in the essential
oils of the plants were tryciclene, camphene, E-caryophyllene, β-sesquiphelandrene, α-
zingiberene, 7-cyclodecen-1-ona, 7-methyl-3-methylene-10-(1-propyl) and turmerone, which
defined the formation of five groups according to the chemical composition and
differentiation by means of cluster analysis. By cluster analysis, there was formation of five
chemical groups. The essential oil of the plants from the clusters 2, 4 and 5 inhibited
approximately 75% of the mycelial growth of Lasiodiplodia theobromae, after 96 hours of
incubation. The essential oil from V. curassavica access VCUR-201 was extracted by HD and
MI. To HD method were tested 3 extraction times (100, 120 and 140 minutes) and 3 volumes
of water (1.0; 1.5 and 2.0 L). To MI method, 3 powers were tested (500, 600 and 700W), 3
times (20, 30 and 40 minutes) and 3 volumes of water (0, 25 and 50 mL). The optimal
essential oil contents for the extraction methods were 700W for 40 min. without water (MI)
(3.28%), and 120 min. with 1.0 L of water per flask (HD) (3.34%). The most abundant
compounds for MI (700W for 40 min. without water) and HD (120 min. with 1.0 L of
water/flask) were shyobunol (26.53 and 24.00%) and germacrene D-4-ol (3.60 and 10.23%).
Micrographs of the surface of leaves, obtained by scanning electron microscopy (SEM), after
essential oil extraction, showed that both extraction methods caused destruction of glandular
trichomes. The essential oils (0.5%) obtained by MI2 (700W for 40 min. with 50 mL of water
per sample) and HD1 (100 min. with 1.0 L of water per flask) resulted in 80.3% and 79.7% of
inhibition of mycelial growth of C. musae, respectively. The essential oils from three V.
curassavica access VCUR-001, VCUR-509 and VCUR-601, the majority compounds α-
pinene, sabineno and the mixture E-caryophyllene more viridiflorol exhibited toxicity against
I. multifiliis trophont and tomont phases. It was possible to confirm that the majority
compounds tested are mainly responsible for the antiprotozoal activity displayed by the
essential oils that contains them. Damage caused to the integrity of the membrane in trophonts
and rupture of the cyst wall in tomonts seems to be the leading cause of death from
protozoans incubated with essential oils of V. curassavica and isolated compounds. The
essential oil of V. curassavica features potential for the control of phytopathogenic fungi and
fish parasites. In the future it may be used in formulations for use in agriculture.
Palavras-chave: Varronia curassavica, medicinal plant, essential oil, germplasm,
microwave, phytopathogens, protozoa.
1
1. INTRODUÇÃO GERAL
Dentre as plantas medicinais de grande importância tanto na medicina popular quanto
na indústria farmacêutica, destaca-se a espécie Varronia curassavica Jacq. É uma espécie
originária do Brasil e conhecida popularmente como erva-baleeira. Suas folhas, caracterizadas
pelo odor forte e persistente são utilizadas em infusões ou decoctos para o tratamento de
artrites e úlceras. Na indústria farmacêutica brasileira, a espécie assumiu grande importância a
partir do desenvolvimento e comercialização de um medicamento fitoterápico que tem como
principal matéria-prima seu óleo essencial.
Embora as propriedades medicinais de V. curassavica sejam atribuídas principalmente
aos compostos α-humuleno e E-cariofileno presentes no óleo essencial, muitos outros
compostos podem ser encontrados em plantas dessa espécie distribuídas pelo território
brasileiro. O estudo dessa diversidade química pode ser útil no estabelecimento de estratégias
de conservação e melhoramento genético, além de auxiliar no estudo de outras
potencialidades medicinais, farmacológicas e fitopatológicas. Tal diversidade pode ser
atribuída não só aos fatores genéticos, como também aos fatores ambientais bióticos e
abióticos. Etapas de pós-colheita, como secagem e método de extração, podem também
influenciar a composição química dos óleos essenciais e consequentemente suas propriedades
biológicas. Uma técnica bastante inovadora consiste na extração de óleo essencial por micro-
ondas. O aquecimento por micro-ondas permite que o material vegetal alcance rapidamente
seu ponto de ebulição, levando a extração do óleo essencial em um tempo mais curto e com
menor gasto de energia (KHANAVI et al., 2013) em comparação com um método
convencional muito utilizado, a hidrodestilação.
Os óleos essenciais ou alguns dos seus componentes são eficazes contra uma grande
variedade de organismos, incluindo bactérias, fungos, vírus, protozoários, bem como
metazoários parasitas (BAKKALI et al., 2008), por isso têm sido cada vez mais considerados
matérias-primas potenciais para o desenvolvimento de novos produtos para utilização nos
mais variados setores. Devido à demanda cada dia maior pela produção de alimentos e ao
mesmo tempo a necessidade de alcançar a sustentabilidade ambiental, tornou-se vital a
prospecção de novos compostos bioativos que sejam úteis no desenvolvimento de produtos
alternativos que possam substituir os produtos sintéticos atualmente utilizados no controle de
fitopatógenos e parasitas animais.
2
OBJETIVOS
1.1. Objetivo Geral
Caracterizar quimicamente os óleos essenciais de plantas de erva-baleeira coletadas no
Estado de Sergipe, avaliar a atividade antifúngica e antiprotozoária dos óleos essenciais e
otimizar as condições de extração do óleo essencial por micro-ondas e hidrodestilação.
1.2. Objetivos Específicos
-Avaliar a diversidade química dos óleos essenciais de plantas de V. curassavica coletadas no
Estado de Sergipe,
-Identificar e caracterizar os grupos químicos formados a partir da análise de agrupamento;
estabelecer as principais correlações entre os constituintes químicos;
-Verificar o potencial antifúngico dos óleos essenciais de genótipos representantes dos grupos
químicos contra o fungo Lasiodiplodia theobromae.
- Otimizar as condições de extração do óleo essencial de V. curassavica por micro-ondas e
hidrodestilação e comparar a composição química e atividade antifúngica do óleo essencial
extraído pelas duas técnicas.
- Avaliar a atividade antiprotozoária do óleo essencial de Varronia curassavica e dos
compostos isolados E-cariofileno, viridiflorol, sabineno e α-pineno contra Ichthyophthirius
multifiliis in vitro.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Origem, botânica e usos de Varronia curassavica Jacq.
A espécie Varronia curassavica, até recentemente denominada Cordia verbenacea,
era considerada como pertencente à família Boraginaceae. A família Boraginaceae é dividida
em quatro subfamílias: Ehretioideae, Cordioideae, Helitropioideae e Boraginoideae
(NOWICKE e MILLER, 1990; MILLER, 2007). Porém, estudos moleculares recentes
evidenciaram a elevação destas subfamílias ao nível de famílias (GOTTSCHLING et al., 2001
e 2005; MILLER, 2007; MILLER e GOTTSCHLING, 2007). Dessa forma, Varronia
curassavica pertence à família Cordiaceae.
Cordiaceae é considerada uma família monofilética, cosmopolita e provavelmente a
mais complexa de Boraginales (MILLER e GOTTSCHLING, 2007). Possui
aproximadamente 350 espécies (JUDD et al., 1999; MILLER, 2001), com grande diversidade
3
no Novo Mundo e cerca de sessenta e cinco espécies no Brasil (TARODA e GIBBS, 1986).
Atualmente a família abrange os gêneros Coldenia L., Cordia L. e Varronia P. Br., sendo
nativas no Brasil somente espécies de Cordia L. e Varronia P. Br. (BARROSO et al., 1986;
CAVALHEIRO et al., 2003; MILLER e GOTTSCHLING, 2007).
A distinção entre os gêneros Cordia e Varronia pode ser feita pela morfologia
polínica: Cordia apresenta grãos de pólen 3-colporados, colpos longos e endoaberturas
alongadas, exina espinhosa a espículo-verrugosa e Varronia apresenta grãos de pólen 3-
porados, poros com opérculos, exina reticulada, homorreticulada a heterorreticulada
(GASPARINO e BARROS, 2009).
Varronia curassavica é uma espécie medicinal originária do Brasil (GASPARINO e
BARROS, 2009). Possui uma ampla distribuição no território brasileiro, podendo ser
encontrada ao longo das regiões costeiras, da Bacia Amazônica até o Rio Grande do Sul
(BAYEUX et al., 2002), e interior dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Popularmente é conhecida como baleeira, erva-baleeira, camarinha, catinga-de-barão, cordia,
erva-balieira, balieira cambará, erva-preta, maria-milagrosa, maria preta, salicinia, catinga-
preta, maria-rezadeira, camaramoneira-do-brejo (LORENZI e MATOS, 2002). É um arbusto
ereto, perene, muito ramificado, aromático, com a extremidade dos ramos pendente e hastes
revestidas por casca fibrosa, com altura de 1,5-2,5 metros em média (Figura 1 A). Suas folhas
são simples, alternas, coriáceas, aromáticas, medindo cerca de 10 cm de comprimento, de
odor forte e persistente. As inflorescências surgem nas extremidades dos ramos, em forma de
espigas curvadas para baixo, com flores brancas e miúdas (Figura 1B). Os frutos são cariopses
esféricas, quando maduros, são vermelhos e medem aproximadamente 0,4 cm (Figura 1C)
(LORENZI e MATOS, 2002; RAMOS et al., 2005).
Segundo relatos históricos, os indígenas utilizavam extratos das partes aéreas de erva-
baleeira em processos inflamatórios por aplicação tópica. Nas regiões litorâneas do Sudeste,
principalmente, é amplamente utilizada na medicina popular, no tratamento de artrites,
reumatismo, úlceras, inflamações e ainda como analgésica e cicatrizante (PASSOS et al.,
2007; ROLDÃO et al., 2008; LORENZI e MATOS, 2008).
4
Figura 1. Planta de V. curassavica (A), detalhes da inflorescência (B) e do fruto (C). Fotos:
Daniela Nizio, 2014.
De acordo com Sertié et al. (1991, 2005) e Ticli et al. (2005), extratos de V.
curassavica exibem importante ação anti-inflamatória quando administrados por via oral ou
por via tópica. Esta ação anti-inflamatória foi atribuída a artemetina, uma flavona isolada a
partir desta planta (SERTIÉ et al., 1990). Estudos indicaram que o extrato metanólico obtido a
partir das folhas, bem como o ácido rosmarínico, composto polifenólico também isolado a
partir de V. curassavica, apresenta efeitos inibitórios na formação de edemas de pata e
miotoxicidade induzida pelo veneno bruto de Bothrops jararacuçu e suas fosfolipases
homólogas A2 em ratos (TICLI et al., 2005). Passos et al. (2007) demonstraram que o óleo
essencial de V. curassavica exibe ações anti-inflamatórias orais expressivas em roedores, que
são provavelmente relacionado com a presença dos compostos sesquiterpênicos α-humuleno
e E-cariofileno, enquanto que o mecanismo envolvido em sua ação foi proposta por Fernandes
et al. (2007). Em novembro de 2004 foi aprovado o registro do primeiro antiinflamatório
tópico desenvolvido inteiramente no Brasil. O fitoterápico fabricado pelo Laboratório
Farmacêutico Aché, tem em sua composição de 2,3 a 2,9% de α-humuleno obtido
exclusivamente do óleo essencial de erva-baleeira, sendo indicado para o tratamento de
tendinite crônica e dores miofasciais (QUISPE-CONDORI et al., 2008). São vários os
compostos encontrados na parte aérea de erva-baleeira, dentre eles estão taninos, flavonóides
e os óleos essenciais (FERNANDES et al., 2007).
A B C
5
2.2. Diversidade química dos óleos essenciais de germoplasma de plantas aromáticas
Os óleos essenciais são produtos vegetais constituídos por uma mistura de substâncias
químicas complexas, voláteis, lipofílicas, geralmente odoríferas e líquidas. A grande maioria é
constituída de derivados de fenilpropanóides e/ou de terpenóides, sendo que esses últimos
preponderam. Fisicamente, são líquidos voláteis de aparência oleosa à temperatura ambiente,
geralmente com aroma agradável e intenso, podendo ser incolores ou ligeiramente amarelos
(PIERRE, 2004). São também denominados de óleos etéreos por serem solúveis em solventes
orgânicos apolares, como éter. Sua principal característica é a volatilidade, enquanto que os
óleos fixos são misturas de substâncias lipídicas (SIMÕES e SPITZER, 2007). A partir da
rota do ácido mevalônico os terpenos são biossintetizados, formados por unidades isoprênicas
e classificados pelo número de unidades pentacarbonadas em monoterpenos, sesquiterpenos,
diterpenos, triterpenos, tetraterpenos e politerpenóides.
O mevalonato é formado da condensação de uma unidade de acetoacetil-CoA com
uma molécula de acetil-CoA. Após a condensação aldólica, ocorre uma hidrólise originando a
3-hidróxi-3-metilglutaril-CoA que é reduzida a mevalonato numa reação irreversível. O
mevalonato é então convertido em isopentenil-pirofosfato ou isopreno ativo, a unidade básica
na formação dos terpenos e esteróides. A polimerização do mevalonato vai originar moléculas
de cadeias carbonadas crescentes de cinco em cinco átomos de carbono. A molécula de
isopentenil-pirofosfato e seu isômero dimetilalil-pirofosfato formam trans-geranil-pirofosfato,
a partir do qual formam-se os demais terpenos (SANTOS, 2010). Novas ligações cabeça-
cauda entre trans-geranil-pirofosfato e isopentenil pirofosfato resultarão em sesqui (C15) e
diterpenos (C20). Na figura 2 está representado o esquema da biossíntese dos mono e
sesquiterpenos, a partir do mevalonato.
Existe uma grande variabilidade nos compostos encontrados no óleo essencial tanto
entre quanto dentro das espécies. Plantas de uma mesma espécie, idênticas fenotipicamente
podem apresentar perfil químico distinto e são definidas como quimiotipos ou raça química.
Também, existem espécies distintas que podem apresentar um perfil químico semelhante em
relação ao metabólito secundário de interesse (VIEIRA e COSTA, 2006).
Vários fatores podem causar variações na composição de óleos essenciais, tais como,
efeitos ambientais (umidade, temperatura, luminosidade), características genéticas, origem do
material, práticas agrícolas, maturidade e tratamentos pós-colheita incluindo parâmetros de
processamento tais como temperatura, tempo, pressão, e método de extração (VIEIRA e
COSTA, 2006; GOBBO-NETO e LOPES, 2007; VERMA et al, 2010).
6
Atualmente, diversos estudos envolvendo a caracterização da diversidade química de
plantas medicinais e aromáticas tem sido conduzidos. Estes estudos vizam conhecer a
variabilidade intrínseca ou a variabilidade entre acessos de uma mesma espécie, baseada na
presença ou concentração de substâncias específicas (VALLS, 2007).
Figura 2. Esquema da biossíntese dos monoterpenos e sesquiterpenos.
Em germoplasma de Ocimum sp. a identificação de 14 compostos mais abundantes:
1,8-cineol, linalol, methil chavicol, neral, nerol, geraniol, geranial, metil cinamato, 𝛽-
bourboneno, meitl eugenol, 𝛼-trans-bergamoteno, germacrene-D, epi-𝛼-cadinol and 𝛿-
cadineo, levou à formação de oito grupos de acordo com a composição química dos óleos
essenciais (COSTA et al., 2015). Em estudo realizado com 16 acessos da espécie Lippia alba,
Acetoacetil-CoA + Acetil-CoA
3-hidróxi-3-metilglutaril-CoA
Mevalonato
Isopentenil difosfato
(isopreno ativo-C5)+ Dimetilalil difosfato (C5)
Trans-geranil difosfato (C10)Isopentenil difosfato
Farnesil difosfato (C15)
Farnesil cátion
Sesquiterpenos
+
Geranil cátion
Monoterpenos
acíclicos
Linalil cátion
Monoterpenos
cíclicos
7
sete quimiotipos foram identificados com base na composição química do óleo essencial
(JANNUZZI et al., 2010); citral-limoneno, citral-mirceno, limoneno-carvona, citral, linalol,
mirceno e linalol-limoneno. Em germoplasma de patchouli, os compostos majoritários
patchoulol e β-pineno definiram a formação de dois grupos químicos baseados na composição
do óleo essencial (BLANK et al., 2011).
O conhecimento da diversidade química de uma espécie pode auxiliar na identificação
de compostos de interesse para o desenvolvimento de bioprodutos; definir estratégias de
conservação e melhoramento e ainda possibilitar a seleção de genótipos para serem utilizados
no melhoramento genético da espécie. Entender os fatores que geram essa diversidade pode
abrir caminhos para a obtenção de óleos essenciais com características quantitativas e
qualitativas desejáveis.
Em V. curassavica, alguns estudos foram realizados comprovando a influência de
fatores abióticos no teor e composição químicado óleo essencial. Souza et al. (2011)
verificaram que os maiores teores de óleo essencial foram obtidos na parte da planta voltada
para a orientação geográfica norte e sul, na região basal da planta e no horário de coleta das
18h. Diferenças qualitativas e quantitativas foram observadas no óleo essencial de erva-
baleeira de plantas propagadas in vitro em comparação com plantas propagadas
convencionalmente. Vinte e oito compostos foram detectados no óleo essencial de plantas
propagadas convencionalmente, enquanto 18 foram detectados no óleo essencial de plantas
propagadas in vitro; o teor de óleo essencial obtido a partir de folhas secas foram 0,08 e
0,10% (v,p), respectivamente (SANTOS et al., 2013). Variações na produção de óleo
essencial e também na composição química foram relatadas em plantas de V. curassavica
submetidas a diferentes intensidades de irradiância. A irradiância máxima (100%)
proporcionou maior produção de óleo essencial por planta (aproximadamente 35g) em
comparação com a menor irradiância testada (20%) que proporcionou 10g de óleo essencial
por planta (FEIJÓ et al., 2014).
2.3. Composição química do óleo essencial de V. curassavica e atividades biológicas
O óleo essencial de V. curassavica é constituído principalmente por mono e
sesquiterpenos. Os compostos mais comumente detectados e relatados em trabalhos
envolvendo o óleo essencial de V. curassavica são α-pineno (11,72 - 29,70%), E-cariofileno
(9,99 - 25,30%), biciclogermacreno (2,70 - 13,80%) e aloaromadendreno (10%) (IOSSET et
al., 2000; CARVALHO JR. et al., 2004; SANTOS et al., 2006; FEIJÓ et al., 2014).
8
Diversas propriedades farmacológicas de V. curassavica foram comprovadas como
anti-inflamatórias, antiucerogênica, antialérgica, antioxidante e antitumoral (PASSOS et al.,
2007; ROLDÃO et al., 2008; OLIVEIRA et al., 2011; MICHIELIN et al., 2011; PARISSOTO
et al., 2012; PIMENTEL et al., 2012).
Além das propriedades medicinais outras atividades biológicas do óleo essencial
foram relatadas por diversos autores, como inibição em bactérias gram-positivas (DE
CARVALHO JR. et al., 2004; MECCIA et al., 2009) e Candida albicans (DE CARVALHO
JR. et al., 2004); atividade larvicida contra Aedes aegypti (SANTOS et al., 2006); inibição da
germinação de conídeos de Pseudocercospora griseola (HOYOS et al., 2012) e
Colletotrichum truncatum e toxicidade sobre hifas e conídeos de Oidium eucalypti (SILVA et
al., 2012; SILVA et al., 2014).
As atividades biológicas do óleo essencial relatadas nestes trabalhos não foram
atribuídas a nenhum composto específico. Na Tabela 1 estão resumidos os principais
compostos terpênicos detectados no óleo essencial de erva-baleeira bem como as atividades
biológicas relatadas por alguns autores. Diante dos trabalhos realizados, é possível visualizar
a grande variabilidade química encontrada nesta espécie.
Tabela 1. Principais compostos detectados no óleo essencial de folhas (F) e caule (C) de V.
curassavica e as atividades relatadas por alguns autores.
Compostos majoritários Atividade relatada Referência
α-pineno (F)
E-cariofileno(F)
Aloaromadendreno (F)
Inibição em bactérias
gram-positivas e Candida albicans
De Carvalho Jr. et al.,
2004
α-pineno (F)
β-pineno (F)
E-cariofileno (F)
Biciclogermacreno (F)
Larvicida (Aedes aegypti) Santos et al., 2006
Tricicleno (F)
Biciclogermacreno (F)
Germacreno D (F)
E-cariofileno (F)
Antibacteriana
(S.aureus e Enterococcus fecalis)
Meccia et al., 2009
Mentona (F)
Pulegona (F)
Inibição da germinação
de conídios de
Pseudocercospora griseola
Hoyos et al., 2012
Metil farnesoato (2E, 6E) (F)
E-cariofileno (F)
Inibição da germinação de conídios de
Colletotrichum truncatum e toxicidade
sobre hifas e conídios de Oidium
eucalypti
Silva et al., 2012
Silva et al., 2014
Espatulenol (C)
Trans-sesquisabineno hidrato (C)
Viridiflorol (C)
β-felandreno (F)
Cubebol (F)
α-pineno (F)
- Oliveira e Camara,
2007
9
α-santaleno (F)
Trans-α-santalol (F)
Sesquisabineno (F)
- Santos et al., 2013
α-pineno (F)
E-cariofileno (F)
Óxido de cariofileno (F)
- Gomes, 2010
Feijó et al., 2014
α-pineno (F)
α-santaleno (F)
- Orellana, 2014
2.4. Métodos de Extração de óleos essenciais
A biossíntese, o armazenamento e a liberação dos óleos essenciais em plantas ocorrem
em estruturas secretoras especializadas. Essas estruturas podem estar localizadas na superfície
das plantas, com secreção exógena, como por exemplo, papilas epidérmicas e tricomas
glandulares; ou podem estar localizadas no interior da planta, em órgãos internos com
secreção endógena como canais secretores, bolsas secretoras e células com secreção
intracelular (SVOBODA E GREENAWAY, 2003). Ventrella e Marinho (2008) relataram a
secreção e o armazenamento de óleo essencial em tricomas glandulares globulares presentes
na superfície da folha de V. curassavica. Em outro estudo, os autores observaram o acúmulo
de óleo essencial não só nos tricomas, mas também na epiderme, parênquima, e cutícula das
folhas de plantas de V. curassavica propagadas convencionalmente e também em plantas
propagadas in vitro (SANTOS et al., 2013).
Os óleos essenciais podem ser extraídos dos tecidos vegetais por diversos métodos.
Este método dependerá da espécie, da parte da planta que será utilizada, da estrutura
disponível, dentre outros. O método de extração é um dos fatores principais que determinam a
qualidade de óleo essencial. O procedimento de extração inadequado pode causar alteração
das características químicas do óleo essencial, o que pode resultar na perda de bioatividade e
características naturais como coloração, alteração do odor/sabor e aumento da viscosidade
(TONGNUANCHAN e BENJAKUL, 2014).
A destilação a vapor é o principal método de extração de óleo essencial utilizado pelas
indústrias (SHAH e GARG, 2014). Neste sistema a amostra é colocada em um compartimento
e o vapor é introduzido na parte inferior, passando através da carga de matéria-prima. O calor
aplicado é a principal causa da explosão e quebra da estrutura celular da planta. Como
consequência, os compostos aromáticos e o óleo essencial são liberados (BABU e KAUL
2005).
10
A hidrodestilação é o método de extração mais antigo e tornou-se o método padrão de
extração do óleo essencial de material vegetal, como folhas, madeira ou flor. É muitas vezes
usado para isolar produtos naturais não solúveis em água com elevado ponto de ebulição. O
processo envolve a imersão completa do material vegetal em água, seguido por ebulição.
Devido ao aquecimento, a água atinge seu ponto de ebulição e forma uma mistura
heterogênea com o óleo essencial, que tem seu ponto de ebulição em temperatura bem mais
alta. Além da fonte de aquecimento, o sistema também compreende um condensador e um
decantador para recolher o condensado e para separar o óleo essencial da água. A vantagem é
que a água é imiscível com a maioria das moléculas terpênicas dos óleos essenciais e,
portanto, após a condensação, o óleo essencial pode ser facilmente separado da água por
decantação simples. A hidrodestilação através do aparelho Clevenger é recomendada pela
terceira edição da Farmacopéia Européia para a determinação de rendimentos de óleos
essenciais (ASBAHANI et al., 2015). A hidrodestilação tem, no entanto, vários
inconvenientes: longo tempo de extração (3-6 h; 24 h para as pétalas de rosa), alterações
químicas de moléculas terpênicas por contato prolongado com água fervente como hidrólise e
ciclização; e superaquecimento e perda de algumas moléculas polares na extração com água
(BOHRA et al., 1994).
Na extração por solvente, em geral, o solvente é misturado com o material vegetal e,
em seguida, aquecido para extrair o óleo essencial. Após filtração, o filtrado é concentrado
por evaporação do solvente. O concentrado consiste em uma combinação de cera, fragrância,
e óleo essencial. A partir de então, o concentrado é então misturado com álcool puro para
extrair o óleo essencial em destilação a baixas temperaturas. O álcool é evaporado,
permanecendo o óleo essencial. Contudo, o resíduo de solvente pode ser retido no produto
final devido a uma remoção incompleta. Isto pode causar alergias, toxicidade e afetar o
sistema imunológico (FERHAT et al., 2007a) das pessoas que utilizarem os produtos obtidos
a partir desse óleo essencial contendo tais resíduos.
Parte das desvantagens dos métodos descritos anteriormente está relacionada com a
termolabilidade dos óleos essenciais que sofrem alterações químicas (hidrólise, isomerização,
oxidação) e perda de compostos por volatilização devido às elevadas temperaturas. É
importante que os métodos de extração mantenham a composição química do óleo essencial
em quantidade e qualidade iguais ao estado original (ASBAHANI et al., 2015).
Novas técnicas de extração têm sido propostas visando reduzir o tempo de extração,
consumo de energia, uso de solventes e emissões de CO2. Neste sentido, a tecnologia de
extração de óleos essenciais por micro-ondas tem despertado o interesse da comunidade
11
científica (SHAH e GARG, 2014), por oferecer alta reprodutibilidade em tempos mais curtos,
manipulação simplificada, consumo reduzido de água e energia.
A extração de óleo essencial por micro-ondas sem solvente, comumente denominada:
extração por micro-ondas livre de solvente (em inglês Solvent free microwave extraction-
SFME) se baseia na combinação de energia de aquecimento por micro-ondas e destilação seca
à pressão atmosférica sem adição de água ou qualquer solvente orgânico (FILLY et al., 2014).
O aquecimento da água presente na planta faz com que os tecidos e glândulas oleaginosas
estourem e liberem o óleo essencial. Outras variações da extração por micro-ondas consistem
na adição de água ao material vegetal, principalmente quando a extração for realizada em
material vegetal seco; na utilização de hidrodifusão por gravidade, onde o material vegetal é
colocado num reator invertido sem qualquer adição de solvente ou de água (VIAN et al.,
2008), dentre outros. Em comparação com hidrodestilação, estas técnicas permitem uma
rápida extração do óleo essencial (45 min. x 300 min. para hidrodestilação), além do menor
gasto de energia, fácil limpeza, extração rápida e eficiente e redução do desperdício de água.
No aquecimento convencional, o aumento da temperatura é bastante lento, porque a
transferência de calor depende da condutividade térmica da amostra e da diferença de
temperatura. Em contraste, em aquecimento por micro-ondas, ocorre transferência de calor a
partir do centro da amostra para o ambiente exterior (mais frio), esse efeito de aquecimento
leva a um aumento mais rápido na temperatura (ZILL-E-HUMA et al., 2009).
Vários parâmetros podem afetar o processo de extração de óleo essencial por micro-
ondas. A otimização das condições experimentais é uma etapa chave no desenvolvimento de
um protocolo de extração por micro-ondas (CHEN et al., 2011). Diversos estudos têm sido
conduzidos com o objetivo de estabelecer os parâmetros ideais de extração, como potência a
ser utilizada, tempo de extração, adição ou não de água à amostra, tamanho de partícula,
temperatura, etc. Estes fatores e suas interações podem influenciar qualitativa e
quantitativamente as características dos óleos essenciais.
Em gengibre (Zingiber officinale), Shah e Garg, (2014) verificaram que os ajustes nos
parâmetros tempo de extração e da potência utilizada foram mais importantes para obtenção
de maiores teores de óleo essencial. Em capim-limão (Cymbopogon citratus), maior
quantidade de óleo essencial foi obtida com maiores potências e maiores tempos de extração
(RANITHA et al., 2014). Ugarte et al. (2013) relataram que o maior tempo de extração
associado a uma menor quantidade de água proporcionaram maior teor de óleo essencial em
manjericão (Ocimum basilicum) e epazote (Chenopodium ambrosioides). Para a espécie
Schisandra chinensis, o tamanho da partícula e o tempo de extração foram os fatores mais
12
importantes comparativamente à proporção de água na amostra e potência, para o teor de óleo
essencial (CHEN et al., 2011).
Dessa forma, para cada espécie, é necessário o ajuste das condições de extração
visando a obtenção de óleo essencial em quantidade e características químicas desejáveis.
2.5. Fungos fitopatogênicos
A aplicação de fungicidas sintéticos ainda é a principal medida tomada para o controle
de doenças de plantas. A utilização desses produtos de forma contínua e indiscriminada tem
causado a contaminação do solo e da água (superficiais e subterrâneas) além da seleção de
populações resistentes de patógenos, exercendo consideráveis custos ambientais e financeiros
(MIKLAS et al., 2006). Outro impacto consiste na interrupção do controle biológico natural,
ocasionando surtos de doenças e favorecendo o aparecimento de pragas secundárias (DINIZ
et al., 2008; LEE et al., 2008; SOYLU et al., 2010).
A demanda cada dia maior pela produção de alimentos e ao mesmo tempo a
necessidade de alcançar a sustentabilidade ambiental, segurança alimentar e viabilidade
econômica fez com que o uso de tecnologias não agressivas ao meio ambiente e à saúde
humana se tornasse um grande desafio. Ao mesmo tempo, a crescente preocupação da
sociedade em consumir alimentos saudáveis e de preservar os recursos naturais, têm tornado o
uso de agentes químicos uma prática questionável, destacando-se os alimentos portadores de
selos que certificam a não utilização de agrotóxicos no processo produtivo (SILVA et al.,
2010).
Diante deste apelo, tornou-se vital o desenvolvimento de estratégias baseadas no uso
racional de fungicidas ou produtos alternativos que possam substituí-los (CHRISTIAN e
GOGGI, 2008). Neste sentido, produtos naturais como extratos e óleos essenciais de plantas
têm sido estudados para avaliação do potencial no manejo de doenças de plantas. Os óleos
essenciais e seus constituintes podem atuar como agentes fungistáticos e/ou fungicida,
dependendo das concentrações utilizadas. O mesmo óleo essencial pode ser ativo contra um
amplo espectro de espécies de microrganismos, com variações em suas concentrações
mínimas inibitórias (ANTUNES e CAVACOB, 2010).
Lasiodiplodia theobromae (Pat.) Griffon e Maubl. (syn. Botryodiplodia theobromae
Pat.) é um fungo cosmopolita, polífago e oportunista, responsável por doenças importantes
em várias culturas como mangueira (Mangifera indica L.), coqueiro (Cocos nucifera L.),
cajueiro (Anacardium occidentale L.), dentre outras (FREIRE e CARDOSO, 2003).
13
Atualmente verifica-se a crescente expansão das doenças causadas por L. theobromae em
frutíferas tropicais, proporcionando inestimáveis perdas, tanto no sistema produtivo como em
pós-colheita, representando uma ameaça à fruticultura no Nordeste (CARDOSO et al., 2002;
FREIRE et al., 2011).
A antracnose causada pelo fungo Colletotrichum musae é a principal doença
responsável pela deterioração da banana durante as etapas de transporte, armazenamento e
comercialização (PESSOA et al., 2007; MORAES et al., 2008). Ele deteriora a qualidade e
valor nutritivo dos frutos, tornando-os impróprios para comercialização e consumo, causando
a redução da qualidade e quantidade de banana disponível para exportação e consumo local
(KHAN et al., 2001; ANTHONY et al., 2004), gerando grave perda para os agricultores e
comerciantes (THANGAMANI et al., 2011).
Diversos trabalhos realizados tanto in vitro quanto in vivo têm relatado as propriedades
antifúngicas de extratos vegetais ou óleos essenciais. Celoto et al. (2011), observaram que os
extratos metanólico e aquoso de Momordica charantia inibiram em 80 e 70%,
respectivamente, o desenvolvimento das lesões causadas por Colletotrichum musae, em
bananas quando aplicados até dois dias antes da inoculação do fungo.
Através de microscopia eletrônica de transmissão, Hoyos et al. (2012), verificaram que
os óleos essenciais de Cymbopogon citratus, Cymbopogon martinii e Eugenia caryophyllata
na concentração de 0,1% (v/v) cujos compostos majoritários são citral (97%), geraniol
(75,92%) e eugenol (91,94%), respectivamente, apresentaram ação antifúngica direta sobre
Pseudocercospora griseola, causando rompimento da membrana plasmática e parede celular,
lise de organelas membranosas e desorganização do citoplasma nos conídios, invalidando a
germinação. A avaliação da atividade fungicida in vitro do óleo essencial das folhas de Piper
hispidinervum sobre Bipolaris sorokiniana, Fusarium oxysporum e Colletotrichum
gloeosporioides nas concentrações de 100, 200, 500, 1000, 1500 e 2000 μg.mL-1
foi realizada
por Zacaroni et al. (2009). Na concentração de 200 μg.mL-1
, observou-se uma inibição total
do fitopatógeno B. sorokiniana enquanto que, para F. oxysporum e C. gloeosporioides esta
ocorreu na concentração de 1000 μg.mL-1
. Os óleos essenciais das espécies Hyptis
marrubioides, Aloysia gratissima e Varronia curassavica reduziram a germinação de
conídios, o crescimento do micélio e a reprodução de Colletotrichum truncatum em sementes
de soja infectadas. Na concentração de 1% (v/v), o controle da antracnose pelos óleos
essenciais foi comparável ou mais eficaz do que o controle proporcionado pelo fungicida
comercial (SILVA et al., 2012).
14
2.6. Protozoário Ichthyophthirius multifiliis
A aquicultura é um dos setores de produção de alimentos que mais cresce em todo o
mundo, saindo de uma produção de 47 milhões de toneladas em 2006 para 54 milhões de
toneladas em 2011, de um total de 154 milhões de toneladas da produção mundial de peixes,
crustáceos e moluscos (FAO, 2012). O Brasil ocupou em 2010 a terceira posição em produção
na América, com 480 mil toneladas de pescado, perdendo apenas para o Chile e os EUA
(FAO, 2012). Dentre os ramos da aquicultura, a piscicultura é um ramo promissor,
contribuindo significativamente no fornecimento de peixes para o mercado interno e externo.
Auxilia também na melhora nutricional, na segurança alimentar e na subsistência de muitas
famílias em regiões remotas e/ou de zonas rurais pobres de todo o mundo (SUBASINGHE,
2005; FAO, 2012).
O aumento do número de pisciculturas em todo o Brasil associado à intensificação da
produção tem feito com que os produtores se preocupem com a sobrevivência, a sanidade e a
qualidade dos peixes. Por exemplo, o cultivo de peixes em tanque rede no Brasil pode
alcançar produções de até 200 Kg de peixes/m3, e assim em sistemas intensivos, o limiar de
equilíbrio entre os agentes patogênicos, o ambiente e o hospedeiro, podem ser facilmente
quebrados, ocasionando surtos e altas mortalidades decorrentes de doenças. Segundo Klesius
e Rogers (1995) US$ 23 milhões foram os prejuízos causados por mortalidade de peixes
cultivados nos EUA, e em 2001, Geordgiadis et al., (2001) afirmaram que as doenças
infecciosas seriam o principal vilão para o desenvolvimento da piscicultura naquela região.
No Brasil, não existem dados oficiais, porém em estimativa realizada por Kubitza (2005), o
valor de R$ 4 milhões de reais é perdido pelos produtores de tilápia devido à mortalidade de
peixes em tanque rede. Esses dados são menores que os encontrados no EUA, porém não
menos expressivos.
Com relação a essas doenças, Ichthyophthirius multifiliis está entre os principais
agentes causadores de enfermidades em peixes cultivados no Brasil (MALTA et al., 2001;
MARTINS et al., 2002; MARTINS e GHIRALDELLI, 2008; PINTO et al., 2009), sendo
considerados obstáculos à produtividade dos animais em criação intensiva. O Ichthyophthirius
multifiliis é um protozoário ciliado popularmente conhecido como Ictio, que provoca uma
enfermidade chamada ictiofitiríase ou ―doença dos pontos brancos‖, devido aos sinais clínicos
característicos. Este protozoário tem um ciclo de vida direto, que é dependente da
temperatura, de tal modo que na temperatura da água mais elevada, mais rápido o ciclo de
vida se completa. O ciclo de vida envolve as seguintes fases: O teronte de natação livre
15
penetra através do muco e invade o epitélio da pele, brânquias, entre outros. Ao entrar no
hospedeiro ele se transforma em trofonte, que se alimenta e cresce até 800-1000 μm. O
trofonte move-se ativamente dentro do epitélio. O parasito sai do peixe como tomonte
maduro, que secreta uma capa de proteção e ocorrem inúmeras divisões para formar de 500-
1000 células-filhas (tomitos). Os tomitos diferenciam-se em terontes infectantes, que
perfuram a parede do cisto e entram na água com natação livre, em busca de um novo
hospedeiro para completar o ciclo novamente.
Nas fazendas, a abordagem mais comum para controlar estes ciliados é através do uso
de banhos terapêuticos de curta duração (por exemplo, 30 min-4h em tanques, raceways e
sistemas fechados) ou longa duração (por exemplo, 7-15 dias em viveiros) que tem como
objetivo eliminar os estágios de natação livre do parasita. Nas outras etapas são raramente
susceptíveis ao tratamento (PICÓN-CAMACHO et al., 2012).
Um produto que já foi muito utilizado e que apresenta alta eficácia no controle do íctio
foi o verde malaquita e misturas de verde malaquita e formalina. No entanto, a utilização
desse produto foi proibida em muitos países, por ser cancerígeno, teratogênico, além de ser
altamente persistente no ambiente (PICÓN-CAMACHO et al., 2012). Estudos têm avaliado a
eficácia antiparasitária contra I. multifiliis de produtos químicos, tais como sulfato de cobre
(STRAUS 2008), cloreto de sódio (CARNEIRO et al., 2005; GARCIA et al., 2007),
permanganato de potássio (CARNEIRO et al., 2005), ferrato de potássio (LING et al., 2011),
ácido peracético (STRAUS e MEINELT, 2009; SUDOVÁ et al., 2010), e clorofilina
(WOHLLEBE et al., 2012). No entanto, nenhum destes produtos é ao mesmo tempo eficaz e
seguro para o tratamento de I. multifiliis, especialmente a fase parasitária trofonte, em tecidos
de peixes (TIEMAN e GOODWIN 2001). Além disso, as preocupações com saúde humana e
ambiental tornam muito difíceis e demoradas o processo de regulamentação do uso de tais
produtos (TIEMAN e GOODWIN 2001; LING et al., 2010).
Nos últimos anos, em função do seu vasto potencial terapêutico e dos bons resultados
obtidos com peixes e camarões em vários países do mundo como México, Índia, Tailândia e
Japão (AURO DE OCAMPO e JIMENEZ, 1993; DEY e CHANDRA, 1995;
DIREKBUSARAKOM et al., 1996; LOGAMBAL et al., 2000), o uso de plantas medicinais
também tem sido priorizado na aquicultura para o tratamento de doenças causadas por
bactérias, vírus, fungos e parasitos (HARIKRISHNAN et al., 2011; CHAKRABORTY e
HANCZ, 2011). No tratamento das doenças em peixes, os óleos e extratos de plantas
medicinais vêm sendo avaliados principalmente para reduzir ou evitar o emprego de
16
quimioterápicos que provoca desenvolvimento de parasitos resistentes aos fármacos e impacto
negativo no ambiente (DOUGHARI et al., 2009, PICÓN-CAMACHO et al., 2012).
Em screening da atividade antiprotozoária de extrato de plantas medicinais, Ling et al.,
(2013) relataram que a longa duração de exposição de peixes infestados (24 h) e a
concentração de 5,00 mg/L do extrato de Psoralea corylifolia reduziu significativamente a
sobrevivência e reprodução de I. multifiliis. Em testes in vivo, peixes tratados com os extratos
aquosos de Capsicum frutescens em diluições de 1:32 e 1:64 (v/v) tiveram um número
significativamente menor de parasitas do que o controle e os demais tratamentos (LING et al.,
2012a). Outros estudos envolvendo atividade antiprotozoária contra I. multifiliis foram
realizados com extratos e flavonóides extraídos da raiz de Morus alba (FU et al., 2014a;
LIANG et al., 2015), extratos metanólicos de Magnolia officinalis e Sophora alopecuroides
(YI et al., 2012); cynatratoside‑C extraído de Cynanchum atratum (FU et al., 2014b).
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26
CAPÍTULO 1 1
2
Diversidade química do óleo essencial de populações nativas de Varronia curassavica 3
Jacq. e atividade antifúngica contra Lasiodiplodia theobromae 4
5
Resumo 6
7
Os objetivos do presente estudo foram caracterizar a diversidade química do óleo essencial 8
das folhas de cinco populações nativas de V. curassavica coletadas no Estado de Sergipe e 9
avaliar o potencial antifúngico de uma planta representante de cada grupo químico contra 10
Lasiodiplodia theobromae. O óleo essencial de 59 plantas coletadas em cinco localidades foi 11
obtido por hidrodestilação e analisados por CG/MS-DIC. Sessenta e três compostos foram 12
detectados no óleo essencial das plantas de V. curassavica, dos quais 53 foram identificados. 13
Grande diversidade química foi observada entre as plantas, que se distribuíram dentro dos 14
grupos químicos independentemente do local de coleta. Pela análise de agrupamento, houve a 15
formação de cinco grupos. O grupo I, constituído por 14 plantas caracterizou-se por 16
apresentar os compostos turmerona (8,96-30,15%) e E-cariofileno (4,60-20,17%) como 17
majoritários. O grupo II, constituído por 4 plantas apresentou como compostos majoritários 18
tricicleno (22,20-35,95%) e canfeno (16,62-27,38%). O grupo III, constituído por cinco 19
plantas apresentou α-zingibereno (24,81-35,83%) e β-sesquifelandreno (10,72-16,19%) como 20
principais compostos. O grupo IV, constituído por 13 plantas caracterizou-se por apresentar 21
os compostos E-cariofileno (3,90-31,06%) e/ou 7-ciclodecen-1-ona,7-metil-3-metileno-10-(1-22
propil) (0,00-21,48%) como majoritários. O grupo V, constituído por 23 plantas apresentou 7-23
ciclodecen-1-ona,7-metil-3-metileno-10-(1-propil) (24,68-50,20%) e shyobunona IV (3,18-24
12,02%) como majoritários. Observou-se alta correlação entre os compostos α-humuleno e E-25
cariofileno. Os óleos essenciais dos genótipos pertencentes aos grupos II, IV e V, a 26
concentração de 3% (v/v) inibiram aproximadamente 75% do crescimento micelial de L. 27
theobromae, após 96 horas de incubação. 28
29
Palavras-chave: Varronia curassavica; germoplasma; óleo essencial; constituintes químicos; 30
fitopatógenos 31
32
33
27
1. Introdução 34
35
Varronia curassavica Jacq. (sinonímia Cordia verbenacea DC.) conhecida 36
popularmente como erva-baleeira, maria-preta e salicina, é uma espécie medicinal originária 37
do Brasil (Gasparino e Barros, 2009). Possui uma ampla distribuição no território brasileiro, 38
podendo ser encontrada ao longo das regiões costeiras, da Bacia Amazônica até o Rio Grande 39
do Sul (Bayeux et al., 2002), e interior dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Suas 40
folhas de odor forte e persistente são empregadas na medicina popular no tratamento de 41
reumatismo, inflamações e úlceras (Passos et al., 2007; Roldão et al., 2008). Diversas 42
propriedades farmacológicas de V. curassavica foram comprovadas como anti-inflamatórias, 43
antiucerogênica, antialérgica, antioxidante e antitumoral (Passos et al., 2007; Roldão et al., 44
2008; Oliveira et al., 2011; Michielin et al., 2011; Parissoto et al., 2012; Pimentel et al., 45
2012). A propriedade anti-inflamatória foi atribuída aos compostos α-humuleno e E-46
cariofileno presentes no óleo essencial de V. curassavica (Fernandes et al., 2007; Passos et al., 47
2007; Medeiros et al., 2007; Rogério et al., 2009; Parissoto et al., 2012). Devido à 48
propriedade anti-inflamatória, foi desenvolvido um medicamento fitoterápico no Brasil, 49
obtido a partir do óleo essencial, indicado para o tratamento de inflamações. Os óleos 50
essenciais têm sido alvos de diversos estudos devido às suas propriedades antimicrobianas. 51
Em V. curassavica, diversas atividades já foram relatadas, entre elas, antibacteriana 52
(Meccia et al., 2009; Matias, et al., 2010; Pinho et al., 2012; Rodrigues et al., 2012) e contra 53
fungos fitopatogênicos (Silva et al., 2012; Hoyos et al., 2012; Silva et al., 2014). Dentre os 54
fungos fitopatogênicos de importância na fruticultura, Lasiodiplodia theobromae tem causado 55
diversos prejuízos em frutíferas tropicais, tanto no sistema de cultivo como em pós-colheita 56
(Freire et al., 2011). A necessidade da produção de alimentos dentro de uma realidade 57
sustentável, com menor impacto ao meio ambiente, associada ao interesse dos consumidores 58
por alimentos livres de produtos sintéticos nocivos à saúde, tem levado à busca de estratégias 59
alternativas no controle desses patógenos. 60
A produção de óleos essenciais, bem como de outros metabólitos secundários pelas 61
plantas pode sofrer influência de diversos fatores, como sazonalidade, temperatura, 62
luminosidade, disponibilidade hídrica e nutricional, ataque de pragas e doenças, além da 63
constituição genética (Gobbo-Neto e Lopes 2007). A variação na composição química dos 64
óleos essenciais, seja por fatores genéticos, técnicos, bióticos ou abióticos, pode influenciar 65
diretamente nos resultados de tratamentos e de testes biológicos sobre patógenos humanos ou 66
fitopatógenos (Morais, 2009). 67
28
A composição química relacionada a atividades biológicas, dentre outras 68
características, são aspectos levados em consideração na seleção de genótipos de V. 69
curassavica em programas de melhoramento (Vaz et al., 2006). Embora haja uma grande 70
ocorrência de V. curassavica no Estado de Sergipe, não há nenhuma informação a respeito da 71
diversidade química do óleo essencial nessas plantas. Devido à importância medicinal e 72
econômica dessa espécie, o conhecimento da diversidade química de plantas de V. 73
curassavica de ocorrência natural no Estado de Sergipe pode ser útil no estabelecimento de 74
estratégias de conservação e melhoramento genético, além de auxiliar no estudo de outras 75
potencialidades medicinais, farmacológicas e fitopatológicas. 76
Os objetivos do presente estudo foram caracterizar a diversidade química do óleo 77
essencial de cinco populações nativas de V. curassavica do Nordeste do Brasil e avaliar a 78
atividade antifúngica de amostras dessas populações contra Lasiodiplodia theobromae. 79
80
2. Material e métodos 81
82
2.1. Material vegetal 83
84
Foram coletadas folhas de 59 plantas de V. curassavica, de cinco localidades do 85
Estado de Segipe, Nordeste do Brasil, em setembro de 2013 (Tabela 1). A primeira localidade 86
(município de Graccho Cardoso) apresenta clima megatérmico semi-árido, temperatura média 87
anual de 24,7°C e precipitação pluviométrica média anual de 823,9 mm. A segunda localidade 88
(município de São Cristóvão) apresenta clima megatérmico úmido e sub-úmido, temperatura 89
média anual de 25,2°C e precipitação média anual de 1331,4 mm. A terceira localidade 90
(município de Japaratuba) apresenta clima seco e sub-úmido, temperatura média anual de 91
25,3°C e precipitação média anual de 1628,8 mm. A quarta localidade (município de Tomar 92
do Geru) apresenta clima úmido e sub-úmido, temperatura média anual de 24,1 °C e 93
precipitação média anual de 1045,7 mm. A quinta localidade (município de Laranjeiras) 94
apresenta clima seco e sub-úmido, temperatura média anual de 25,2°C e precipitação média 95
anual de 1279,3 mm. Em todos os municípios, o período chuvoso compreendem os meses de 96
março a agosto. Exsicatas de todas as plantas foram depositadas no herbário (ASE) da 97
Universidade Federal de Sergipe para confirmação da espécie (Tabela 1). 98
99
2.2. Extração e análise da composição química dos óleos essenciais 100
101
29
As folhas recém-coletadas de todas as plantas foram secas em estufa com circulação 102
forçada de ar, a 40° C por cinco dias. O oleo essencial foi extraído por hidrodestilação em 103
aparelho Clevenger modificado. Amostras de 50g de folhas secas, em triplicata, foram 104
destiladas por 140 minutos (Ehlert et al., 2006). Os óleos essenciais foram coletados e 105
estocados em frascos âmbar, à -20°C até análise da composição química. 106
A análise da composição química dos óleos essenciais foi realizada utilizando um 107
CG/EM/DIC (GCMSQP2010 Ultra, Shimadzu Corporation, Kyoto, Japão) equipado com um 108
amostrador com injeção automática AOC-20i (Shimadzu). As separações foram realizadas em 109
uma coluna capilar de sílica fundida Rtx®-5MS Restek (5%-difenil-95%-dimetilpolisiloxano) 110
30 m x 0,25 mm de diâmetro interno, 0,25 µm de espessura de filme, em um fluxo constante 111
de Hélio 5.0 com taxa de 1,0 mL min-1
. A temperatura de injeção foi de 280 °C, 1,0 μL (10 112
mg mL-1
) de amostra foi injetado, com uma razão de split de 1:30. A programação de 113
temperatura do forno iniciou-se a partir de 50 °C (isoterma durante 1,5 min), com um 114
aumento de 4 °C min-1
, até 200 °C, em seguida, a 10 °C min-1
até 300 °C, permanecendo por 115
5 min. Para o CG/EM as moléculas foram ionizadas por elétrons com energia de 70 eV. Os 116
fragmentos analisados por um sistema quadrupolar programado para filtrar fragmentos/íons 117
com m/z na ordem de 40 a 500 Da e detectados por um multiplicador de elétrons. O 118
processamento de dados foi realizado com software CGMS Postrun Analysis (Labsolutions- 119
Shimadzu). O processo de ionização para o CG/DIC foi realizado pela chama proveniente dos 120
gases hidrogênio 5.0 (30 mL min-1
) e ar sintético (300 mL min-1
). As espécies coletadas, e a 121
corrente elétrica gerada foi amplificada e processada. O processamento de dados foi realizado 122
utilizando o software CG Postrun Analysis (Labsolutions- Shimadzu). 123
A identificação dos constituintes foi realizada com base na comparação dos índices de 124
retenção da literatura (Adams, 2007). Para o índice de retenção foi utilizado a equação de Van 125
den Dool e Kratz (1963) em relação a uma série homóloga de n-alcanos (nC9-nC31). 126
Também foram utilizadas três bibliotecas do equipamento WILEY8, NIST107 e NIST21 que 127
permite a comparação dos dados dos espectros com aqueles constantes das bibliotecas 128
utilizando um índice de similaridade de 80%. 129
130
2.3. Atividade antifúngica 131
132
Cultura pura do fungo Lasiodiplodia theobroame foi obtida da micoteca do 133
Laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal de Sergipe. O delineamento 134
experimental foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e três repetições. Os óleos 135
30
essenciais utilizados no ensaio de atividade antifúngica foram constituídos por uma planta 136
representante de cada grupo identificado na análise de agrupamento. A planta VAC-324 137
representou o grupo I; VAC-510 representou o grupo II; VAC-316 representou o grupo III; 138
VAC-509 representou o grupo IV e VAC-503 representou o grupo V. Para cada amostra 139
foram testadas as concentrações de 0,1; 0,5; 1,0; 2,0 e 3,0 % (v/v) de óleo essencial. Os óleos 140
essenciais foram solubilizados em 1% de DMSO e homogeneizados em meio de cultura BDA 141
esterilizado (Batata Ágar Dextrose, HIMEDIA). Em seguida, as soluções foram vertidas em 142
placas de Petri de 9,0 cm de diâmetro e cada placa foi inoculada, no centro, com um disco de 143
7 mm de diâmetro, contendo micélios da cultura do fungo. 144
As placas foram vedadas, identificadas e incubadas em câmara B.O.D à temperatura 145
de 22 ± 3 ºC e fotoperíodo de 12 horas. As avaliações foram realizadas por medições do 146
diâmetro micelial (média de duas medidas diametralmente opostas), utilizando-se um 147
paquímetro, 96 horas após a incubação. Foram usadas como controles, placas de Petri sem 148
óleo essencial contendo meio BDA acrescido do solvente DMSO e placas de Petri contendo 149
apenas o meio de cultura BDA. Como controle positivo foi utilizado o Viper 700 (0,07% p/v), 150
um fungicida de largo espectro. Ao final das avaliações, calculou-se a porcentagem de 151
inibição do crescimento do fungo (PIC) dos tratamentos em relação à testemunha, utilizando-152
se a fórmula: 153
PIC = (diâmetro da testemunha – diâmetro do tratamento)/diâmetro da testemunha) x 100. 154
155
2.4. Análises estatísticas 156
157
A partir dos dados das análises dos constituintes químicos dos óleos essenciais, duas 158
análises multivariadas foram realizadas, análise de agrupamento e análise de componentes 159
principais (ACP) usando o software Statistica. Posteriormente, uma matriz de dissimilaridade 160
foi construída com base na constituição química dos óleos essenciais de cada planta com base 161
em suas distâncias euclideanas. A matriz de dissimilaridade foi simplificada com 162
dendrogramas usando o método de agrupamento de Ward. Foi realizada análise de correlação 163
entre todos os constituintes químicos do óleo essencial das plantas amostradas. 164
As médias dos teores dos constituintes químicos e as médias da porcentagem de 165
inibição do crescimento micelial com os respectivos erros padrão das médias foram obtidos 166
com o software Graph Pad Prism®. 167
168
169
31
3. Resultados 170
171
De acordo com as análises químicas, sessenta e três compostos foram detectados no 172
óleo essencial das plantas de V. curassavica amostradas, dos quais, 53 foram identificados 173
(Tabelas 2 e 3). Os compostos encontrados em maiores quantidades entre as plantas foram 174
tricicleno, canfeno, E-cariofileno, β-sesquifelandreno, α-zingibereno, 7-ciclodecen-1-ona,7-175
metil-3-metileno-10-(1-propil) e turmerona, os quais definiram a formação de cinco grupos 176
de acordo com a análise de agrupamento (Figura 1). 177
Considerando as similaridades dos constituintes químico dos óleos essenciais das 59 178
plantas de V. curassavica, os grupos foram caracterizados como: Grupo I: VAC-409, VAC-179
803, VAC-802, VAC-811, VAC-401, VAC-324, VAC-808, VAC-812, VAC-805, VAC-819, 180
VAC-415, VAC-408, VAC-410, e VAC-306 com turmerona (8,96-30,15%) e E- cariofileno 181
(4,60-20,17%) como compostos majoritários; Grupo II: VAC-510, VAC-419, VAC-110, e 182
VAC-108 com tricicleno (20,82-35,95%) e canfeno (16,62-27,38%) como compostos 183
majoritários; Grupo III: VAC-316, VAC-320, VAC-313, VAC-315 e VAC-302 com α-184
zingibereno (24,81-35,83%) e β-sesquifelandreno (10,72-16,19%) como compostos 185
majoritários; Grupo IV: VAC-116, VAC-810, VAC-509, VAC-425, VAC-115, VAC-111, 186
VAC-422, VAC-413, VAC-507, VAC-506, VAC-809, VAC-113, e VAC-107 com E- 187
cariofileno (3,90-31,06%) e 7-ciclodecen-1-ona,7-metil-3-metileno-10-(1-propil) como 188
compostos majoritários; Grupo 5: VAC-319, VAC-305, VAC-114, VAC-325, VAC-308, 189
VAC-807, VAC-304, VAC-112, VAC-817, VAC-816, VAC-815, VAC-312, VAC-508, 190
VAC-503, VAC-511, VAC-102, VAC-418, VAC-417, VAC-414, VAC-411, VAC-106, 191
VAC-109, e VAC-101 com 7-ciclodecen-1-ona,7-metil-3-metileno-10-(1-propil) (24,68-192
50,20%) como composto majoritário (Figuras 1 e 2). 193
Os compostos bioativos E-cariofileno e α-humuleno foram detectados em 100 e 95% 194
das plantas amostradas, respectivamente, com níveis variando de 1,67% (VAC-114) a 31,06% 195
(VAC-810) e 0,54% (VAC-114) a 10,32% (VAC-810) (Tabelas 2 e 3). 196
De acordo com a análise de componente principal (Figura 3), o componente principal 197
primário representou 20,59% da variância total e foi relacionado positivamente com os 198
compostos aloaromadendreno (r=0,77) e shyobunona IV (r=0,71); e negativamente com α-199
trans-bergamoteno (r=-0,88), composto C42 (r=-0,79), α-acorenol (r=-0,78), composto C54 200
(r=-0,74), turmerona (r=-0,82) e curlona (r=-0,83). O componente principal secundário 201
representou 13,03% da variância total e foi relacionado negativamente com os compostos α-202
32
pineno (r=-0,84), limoneno (r=-0,80), 1,8-cineol (r=-0,76), α-gurjuneno (r=-0,70) e ledol (r=-203
0,80). 204
Observou-se alta correlação positiva entre alguns constituintes do óleo essencial das 205
plantas estudadas (Tabelas 4 e 5). Máxima correlação foi observada entre os compostos 206
tricicleno e canfeno, entre as plantas do grupo II (r= 1,0). A correlação entre α-zingibereno 207
and β-sesquifelandreno foi positiva e muito forte (0,99), entre as plantas do grupo III. O 208
composto 7-ciclodecen-1-ona,7-metil-3-metileno-10-(1-propil) apresentou correlação 209
significativa com shyobunona IV (r = 0,78), entre as plantas do grupo V e moderada 210
correlação negativa com E-cariofileno (r=-0,54), entre plantas do grupo IV. Forte correlação 211
foi observada entre os compostos bioativos E-cariofileno e α-humuleno (r = 0,95). Turmerona 212
foi correlacionada com os compostos C42 {220[M+], 43(100), 93(79)} (r=0,81); C54 213
{216[M+], 95(100), 105(93)} (r=0,87); C59 {220[M+], 120(100), 85(24)} (r=0,71) and 214
curlona (r=0,81). Coeficientes de correlação acima de 0,70 foram observados entre compostos 215
não identificados. 216
Na concentração de 1,0% (v/v) de óleo essencial, a porcentagem de inibição do 217
crescimento micelial (PIC) proporcionada pelos óleos essenciais dos grupos II, IV e V foi de 218
58,3; 55,2 e 58,1%, respectivamente. A tendência desses grupos em exibirem maior inibição 219
do crescimento micelial de L. theobromae se manteve até a concentração de 3,0% de óleo 220
essencial, alcançando PIC de 78,3; 71,7 e 73,0%, respectivamente. Nessa mesma 221
concentração, o óleo essencial dos grupos I e III proporcionaram PIC de 51,3 e 7,0% (Figura 222
4). O fungicida de amplo espectro utilizado como controle positivo, Viper 700 (0,07% p/v), 223
causou 100% de inibição do crescimento micelial. 224
225
4. Discussão 226
227
As plantas de V. curassavica coletadas de cinco populações nativas do estado de 228
Sergipe caracterizaram-se por apresentarem alta variabilidade dos constituintes químicos no 229
óleo essencial. Essa alta variabilidade foi observada dentro de cada população, de forma que 230
as plantas se distribuíram dentro dos grupos independentemente do local de coleta, exceto 231
para o grupo III que apresentou apenas plantas coletadas em São Cristóvão. 232
As características climáticas dos municípios onde foram realizadas as coletas, em 233
relação ao relevo, solo e temperatura média anual são em geral bastante semelhantes. O relevo 234
caracteriza-se pela predominância de tabuleiros costeiros englobando relevos dissecados em 235
33
colinas e interflúvios tabulares. O solo é principalmente podzólico vermelho-amarelo, 236
algumas vezes litólicos, arenoquartzosos e aluviais. 237
A temperatura média anual dos municípios varia de 24,1°C em Tomar do Geru a 238
25,2 °C em São Cristóvão e Laranjeiras. A pluviosidade média anual, no entanto, é bem 239
diferenciada entre as regiões, variando de 823,9 mm em Graccho Cardoso, localizado na 240
região semi-árida, a 1628,8 mm em Japaratuba, localizado no litoral. Dessa forma, pode-se 241
inferir que a constituição genética das plantas e/ou a interação genótipo x ambiente, 242
provavelmente é o fator que mais influenciou a diversidade dos constituintes químicos do 243
óleo essencial, pois plantas coletadas próximas umas das outras na mesma região foram 244
classificadas em grupos diferentes. Duarte et al. (2012), relataram que para a espécie 245
Myrciaria cauliflora, a variabilidade química dos óleos essenciais foi atribuída 246
principalmente a fatores genéticos, comparativamente aos fatores espaciais. 247
Os compostos mais comumente detectados e relatados em trabalhos envolvendo o óleo 248
essencial de V. curassavica são α-pineno (11,72 - 29,70%), E-cariofileno (9,99 - 25,30%), 249
biciclogermacreno (2,70 - 13,80%) e aloaromadendreno (10%) (Iosset et al., 2000; Carvalho 250
Jr. et al., 2004; Santos et al., 2006; Feijó et al., 2014). No presente estudo, além dos 251
compostos majoritários característicos dos grupos químicos, outros compostos como sabineno 252
(38,94%), β-felandreno (21,39%), δ-elemeno (12,48%), α-gurjuneno (11,74%), 253
biciclogermacreno (12,12%), shyobunona II (14,75%), shyobunona IV (13,95%), viridiflorol 254
(15,25%), ar-turmerona (15,73%), 1-epi-cubenol (13,26%), e shyobunol (14,33%) estiveram 255
entre os principais constituintes identificados em pelo menos uma planta de V. curassavica. 256
O composto α-humuleno, considerado o marcador químico do óleo essencial de erva-257
baleeira (Gilbert e Favoreto, 2012) foi encontrado na maioria das plantas estudadas (57), 258
sendo que 42% apresentaram teor mínimo de α-humuleno de 2,30%, necessário para uso na 259
produção de medicamento (Vaz et al., 2006). Considerando os compostos α-humuleno e E-260
cariofileno, pode-se ressaltar o potencial da planta VAC-810, para uso na produção de 261
medicamentos fitoterápicos, pois apresentou altos teores dos dois compostos responsáveis 262
pelas propriedades anti-inflamatórias da espécie. 263
As informações referentes às correlações entre os compostos químicos podem ser úteis 264
durante o processo de seleção nos programas de melhoramento. Devido à alta correlação 265
observada entre os compostos tricicleno e canfeno; α-zingibereno e β-sesquifelandreno; α-266
humuleno e E-cariofileno; ao selecionar uma planta com alto teor do primeiro composto, há 267
grande possibilidade de que ele apresente também alto teor do segundo. A alta correlação 268
entre compostos pode estar relacionada à capacidade de uma única enzima sintetizar vários 269
34
compostos. Uma das primeiras enzimas monoterpeno-sintases clonadas, da espécie Salvia 270
officinalis, produziu 63% de sabineno, mas também 21% de γ-terpineno, 7,0% de terpinoleno, 271
6,5% de limoneno e 2,5% de mirceno, em ensaios in vitro (Wise et al., 1998). 272
As informações das correlações entre os compostos não identificados podem ser 273
relevantes durante o processo de identificação dos mesmos, principalmente devido à 274
possibilidade de que alguns sejam isômeros entre si, ou até mesmo, isômeros de compostos 275
conhecidos. 276
O composto 7-ciclodecen-1-ona,7-metil-3-metileno-10-(1-propil), encontrado em 36 277
das 59 plantas estudadas foi isolado e identificado a partir do óleo essencial de V. curassavica 278
coletadas nas mesmas regiões do presente estudo (Anjos, 2014). Atualmente este composto 279
está sendo alvo de estudos para verificar seu potencial bioativo. 280
A grande variabilidade de compostos observados no óleo essencial de V. curassavica, 281
pode estar relacionada à capacidade das enzimas terpeno-sintases converterem o substrato 282
prenil-difosfato em diversos produtos durante os vários ciclos de reação (Degenhardt et al., 283
2009). Esta propriedade é encontrada em quase metade das enzimas monoterpeno e 284
sesquiterpeno-sintases conhecidas, e pode ser atribuída à estabilização dos intermediários 285
reativos, o qual ocorre em mais de uma maneira. 286
Além disso, foi confirmada em algumas enzimas a presença de dois motivos, além do 287
sítio ativo que, pela mudança de conformação, permite a ligação de dois diferentes substratos, 288
possibilitando que uma enzima terpeno-sintase gere vários produtos (Degenhardt et al., 2009). 289
A maior inibição do crescimento micelial proporcionada pelos óleos essenciais 290
representantes dos grupos II, IV e V, pode ser devido à presença dos compostos majoritários 291
canfeno, tricicleno, E-cariofileno e 7-ciclodecen-1-ona,7-metil-3-metileno-10-(1-propil). 292
Entretanto, a presença de outros compostos em menores teores, tanto pode potencializar o 293
efeito antifúngico do óleo essencial como também, reduzir sua toxicidade, favorecendo a 294
sobrevivência do fungo. O efeito tóxico dos óleos essenciais sobre os fungos pode estar 295
relacionado aos danos causados por estes nas paredes celulares, tornando-as permeáveis e 296
causando extravasamento do conteúdo celular (Oliveira et al., 2011). A alteração na 297
permeabilidade da membrana pode ser causada pela oxidação de lipídeos, induzida por algum 298
dos constituintes do óleo essencial (Montanari et al., 2012). Silva et al. (2014) observaram 299
que o óleo essencial de V. curassavica na concentração de 0,25% (v/v) causou alterações 300
degenerativas em Oidium eucalypti. Os principais danos observados foram lise das paredes de 301
hifas e encolhimento dos conídios e conidióforos. 302
35
Os óleos essenciais dos grupos II, IV e V, apesar de não atuarem da mesma forma que 303
o fungicida comercial, poderão ser úteis no controle de L. theobromae por inibirem o 304
desenvolvimento do micélio. O controle do crescimento micelial ou a redução da velocidade 305
desse crescimento pode ser suficiente para impedir que os frutos sejam danificados pelo fungo 306
até a chegada ao consumidor. Atualmente, a aplicação de produtos naturais está ganhando 307
força no controle de doenças de plantas (Akila et al. 2011), principalmente porque as 308
preparações são biodegradáveis e menos prejudicial para os seres humanos e animais (Jayaraj 309
et al., 2008; Devaiah et al., 2009). 310
Para confirmar se o potencial antifúngico dos óleos essenciais dos grupos químicos 311
estudados é devido à presença dos compostos majoritários, deve-se em trabalhos posteriores 312
testá-los isoladamente. 313
Os resultados da caracterização da diversidade química em cinco populações de V. 314
curassavica revelaram uma ampla variedade de compostos nos óleos essenciais de plantas 315
nativas, provavelmente devido às diferenças genéticas entre as plantas estudadas. Os 316
compostos encontrados em maiores quantidades foram tricicleno, canfeno, E-cariofileno, β-317
sesquifelandreno, α-zingibereno, 7-ciclodecen-1-ona,7-metil-3-metileno-10-(1-propil) e 318
turmerona, os quais definiram a formação de cinco grupos de acordo com a composição 319
química e análise de agrupamento. O conhecimento da variabilidade química apresentada 320
pelas plantas de V. curassavica coletadas no Nordeste do Brasil pode abrir caminhos para a 321
prospecção e estudo de compostos com outras potencialidades medicinais, farmacológicas e 322
fitopatológicas. Além disso, pode servir de fonte de materiais para programas de 323
melhoramento genético e desenvolvimento de novas cultivares da espécie. 324
325
Agradecimentos 326
327
Os autores agradecem ao CNPq, FAPITEC/SE, CAPES, FINEP, e RENORBIO pelo suporte 328
financeiro dado para realização deste trabalho. 329
330
5. Referências 331
332
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449 450 451 452
453 454 455 456 457
458 459
460 461 462 463 464
465
466 467 468
469 470
471
472
473 474 475
476 477
478 479 480 481
482 483 484
485 486 487 488
489 490 491 492 493
494
41
Tabela 1. Identificação e origem das plantas de V. curassavica coletadas em Sergipe, Brasil. 495 Planta Origin (município, estado, país) Georreferenciamento
VAC-101 Graccho Cardoso, Sergipe, Brasil 10°14‘48.5‖S; 37°12‘52.8‖W
VAC-102 Graccho Cardoso, Sergipe, Brasil 10°14‘47.6‖S; 37°12‘52.8‖W
VAC-106 Graccho Cardoso, Sergipe, Brasil 10°14‘46.5‖S; 37°12‘52.3‖W
VAC-107 Graccho Cardoso, Sergipe, Brasil 10°14‘49.6‖S; 37°12‘47.6‖W
VAC-108 Graccho Cardoso, Sergipe, Brasil 10°14‘47.7‖S; 37°12‘52.2‖W
VAC-109 Graccho Cardoso, Sergipe, Brasil 10°14‘39.7‖S; 37°12‘53.3‖W
VAC-110 Graccho Cardoso, Sergipe, Brasil 10°14‘30.5‖S; 37°12‘45.4‖W
VAC-111 Graccho Cardoso, Sergipe, Brasil 10°14‘33.9‖S; 37°12‘47.9‖W
VAC-112 Graccho Cardoso, Sergipe, Brasil 10°14‘47.3‖S; 37°12‘50.1‖W
VAC-113 Graccho Cardoso, Sergipe, Brasil 10°14‘46.4‖S; 37°12‘52.1‖W
VAC-114 Graccho Cardoso, Sergipe, Brasil 10°14‘45.4‖S; 37°13‘28.6‖W
VAC-115 Graccho Cardoso, Sergipe, Brasil 10°14‘33.0‖S; 37°12‘47.5‖W
VAC-116 Graccho Cardoso, Sergipe, Brasil 10°09‘24.9‖S; 37°08‘27.0‖W
VAC-302 São Cristóvão, Sergipe, Brasil 10°54‘59.7‖S; 37°11‘16.3‖W
VAC-304 São Cristóvão, Sergipe, Brasil 10°54‘46.5‖S; 37°11‘52.5‖W
VAC-305 São Cristóvão, Sergipe, Brasil 10°55‘45.7‖S; 37°11‘49.6‖W
VAC-306 São Cristóvão, Sergipe, Brasil 10°54‘47.1‖S; 37°11‘36.0‖W
VAC-308 São Cristóvão, Sergipe, Brasil 10°54‘57.5‖S; 37°11‘12.3‖W
VAC-312 São Cristóvão, Sergipe, Brasil 10°54‘47.8‖S; 37°11‘52.7‖W
VAC-313 São Cristóvão, Sergipe, Brasil 10°54‘48.9‖S; 37°11‘27.6‖W
VAC-315 São Cristóvão, Sergipe, Brasil 10°54‘60.1‖S; 37°11‘15.8‖W
VAC-316 São Cristóvão, Sergipe, Brasil 10°55‘26.9‖S; 37°11‘53.5‖W
VAC-319 São Cristóvão, Sergipe, Brasil 10°55‘25.6‖S; 37°11‘50.7‖W
VAC-320 São Cristóvão, Sergipe, Brasil 10°55‘26.9‖S; 37°11‘53.4‖W
VAC-324 São Cristóvão, Sergipe, Brasil 10°55‘28.5‖S; 37°12‘08.3‖W
VAC-325 São Cristóvão, Sergipe, Brasil 10°55‘28.8‖S; 37°12‘11.9‖W
VAC-401 Japaratuba, Sergipe, Brasil 10°38' 05.4''S; 36º55'10.5‖W
VAC-408 Japaratuba, Sergipe, Brasil 10°37‘59.9‖S; 36°55‘16.1‖W
VAC-409 Japaratuba, Sergipe, Brasil 10°38‘01.4‖S; 36°55‘14.3‖W
VAC-410 Japaratuba, Sergipe, Brasil 10°37‘37.7‖S; 36°55‘29.6‖W
VAC-411 Japaratuba, Sergipe, Brasil 10°37‘39.3‖S; 36°55‘25.9‖W
VAC-413 Japaratuba, Sergipe, Brasil 10°37‘38.7‖S; 36°55‘35.5‖W
VAC-414 Japaratuba, Sergipe, Brasil 10°37‘37.3‖S; 36°55‘34.2‖W
VAC-415 Japaratuba, Sergipe, Brasil 10°37‘38.6‖S; 36°55‘35.4‖W
VAC-417 Japaratuba, Sergipe, Brasil 10°37‘39.4‖S; 36°55‘37.6‖W
VAC-418 Japaratuba, Sergipe, Brasil 10°37‘40.9‖S; 36°55‘40.4‖W
VAC-419 Japaratuba, Sergipe, Brasil 10°37‘41.6‖S; 36°55‘41.3‖W
VAC-422 Japaratuba, Sergipe, Brasil 10°37‘38.2‖S; 36°55‘58.9‖W
VAC-425 Japaratuba, Sergipe, Brasil 10°37‘05.4‖S; 36°55‘16.0‖W
VAC-503 Tomar do Geru, Sergipe, Brasil 11°19‘05.2‖S; 37°52‘17.5‖W
VAC-506 Tomar do Geru, Sergipe, Brasil 11°19‘01.2‖S; 37°52‘25.0‖W
VAC-507 Tomar do Geru, Sergipe, Brasil 11°19‘03.6‖S. 37°51‘49.0‖W
VAC-508 Tomar do Geru, Sergipe, Brasil 11°19‘02.1‖S; 37°52‘27.0‖W
VAC-509 Tomar do Geru, Sergipe, Brasil 11°19‘05.0‖S; 37°51‘50.6‖W
VAC-510 Tomar do Geru, Sergipe, Brasil 11°19‘05.0‖S; 37°51‘50.0‖W
VAC-511 Tomar do Geru, Sergipe, Brasil 11°19‘05.6‖S; 37°52‘17.5‖W
VAC-802 Laranjeiras, Sergipe, Brasil 10°51‘48.7‖S; 37°10‘38.7‖W
VAC-803 Laranjeiras, Sergipe, Brasil 10°51‘58.7‖S; 37°11‘11.1‖W
VAC-805 Laranjeiras, Sergipe, Brasil 10°51‘44.2‖S; 37°10‘45.5‖W
VAC-807 Laranjeiras, Sergipe, Brasil 10°51‘04.4‖S; 37°12‘00.1‖W
VAC-808 Laranjeiras, Sergipe, Brasil 10°51‘27.6‖S; 37°12‘51.2‖W
VAC-809 Laranjeiras, Sergipe, Brasil 10°50‘27.6‖S; 37°12‘49.3‖W
VAC-810 Laranjeiras, Sergipe, Brasil 10°49‘42.4‖S; 37°13‘36.9‖W
VAC-811 Laranjeiras, Sergipe, Brasil 10°50‘27.3‖S; 37°12‘50.0‖W
VAC-812 Laranjeiras, Sergipe, Brasil 10°51‘29.1‖S; 37°12‘50.2‖W
VAC-815 Laranjeiras, Sergipe, Brasil 10°50‘25.9‖S; 37°12‘47.8‖W
VAC-816 Laranjeiras, Sergipe, Brasil 10°48'16.6'' S. 37°16'27.1'' W
VAC-817 Laranjeiras, Sergipe, Brasil 10°48' 12.8'' S. 37°16' 23.1''W
VAC-819 Laranjeiras, Sergipe, Brasil 10°48‘12.9‖S; 37°16‘22.5‖W
496
42
Tabela 2 497 Teores (%) dos constituintes químicos (C1 a C31) do óleo essencial de plantas de Varronia curassavica em Sergipe, Brasil. 498
Plantas Compostos
C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 C15 C16 C17 C18 C19 C20 C21 C22 C23 C24 C25 C26 C27 C28 C29 C30 C31
VAC-101 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,39 0,38 1,02 0,39 2,85 0,00 0,00 0,84 0,00 1,75 0,00 1,60 0,00 1,39 4,25 0,00 3,20 0,00 2,05 0,00
VAC-102 0,17 1,03 0,21 0,00 0,00 0,58 0,00 3,45 0,00 0,60 0,00 0,35 0,17 0,67 0,26 4,90 0,31 0,00 0,00 4,46 1,24 0,00 1,62 2,30 0,00 3,87 0,45 2,73 0,68 1,58 0,00
VAC-106 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,32 1,02 0,35 0,28 2,71 0,00 0,00 0,00 5,26 1,34 0,00 3,16 0,00 1,12 2,33 0,42 2,35 0,55 0,72 0,00
VAC-107 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,27 0,29 0,96 0,16 8,98 0,52 0,00 1,74 0,00 0,77 0,00 1,99 1,89 0,00 3,39 0,00 0,78 4,45 0,00 0,00
VAC-108 35,95 5,58 27,38 0,00 0,25 0,00 1,55 0,00 0,33 0,00 0,00 0,00 0,24 0,88 0,00 6,13 0,00 0,00 4,58 4,10 0,00 0,00 1,88 0,00 0,00 1,54 1,13 0,00 0,00 0,67 0,00
VAC-109 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,24 0,00 0,32 0,37 2,31 0,00 0,00 0,74 0,00 1,66 0,00 0,00 0,00 1,14 2,86 0,00 2,74 0,57 0,54 0,00
VAC-110 32,54 5,08 25,33 0,57 0,30 0,00 1,47 0,00 0,70 0,00 0,00 0,38 0,31 1,06 8,16 9,32 0,00 0,00 2,62 0,00 0,35 0,00 1,42 0,00 0,00 4,19 0,00 0,00 0,00 0,92 0,00
VAC-111 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,51 0,83 0,60 0,97 4,11 0,00 0,00 1,25 0,00 1,31 0,00 4,94 0,00 5,91 3,41 0,00 14,75 1,50 0,00 0,00
VAC-112 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,41 0,00 1,46 1,96 4,92 0,00 0,00 1,37 0,00 1,45 0,00 0,53 0,00 0,94 4,45 0,00 2,18 0,43 0,76 0,00
VAC-113 0,00 6,08 0,00 0,49 0,00 0,00 0,00 21,39 0,00 0,00 0,00 0,99 0,40 2,22 6,52 22,25 0,00 0,00 6,90 0,00 0,27 0,00 1,76 0,00 0,00 12,12 0,00 0,00 0,00 1,21 0,00
VAC-114 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,43 0,38 2,53 4,53 1,67 0,00 0,00 0,54 0,00 1,95 0,00 1,01 0,00 0,81 5,39 0,00 1,97 0,97 2,44 0,00
VAC-115 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,16 0,45 2,50 0,16 4,04 0,00 0,00 1,11 0,00 0,90 0,00 1,40 0,00 3,41 1,91 0,00 11,97 0,39 0,43 0,00
VAC-116 0,00 0,59 0,00 38,94 0,09 0,31 1,75 0,00 0,43 3,26 5,21 0,24 0,60 2,25 3,01 7,94 0,00 0,00 2,25 0,00 0,00 0,00 4,03 0,00 0,00 3,46 0,00 0,00 0,00 2,93 0,00
VAC-302 0,00 1,11 0,00 0,00 0,18 0,00 0,00 3,83 1,03 0,00 0,00 0,80 0,00 0,41 0,38 20,23 1,51 0,00 5,55 0,00 0,39 1,59 3,94 24,81 0,00 7,13 0,00 0,00 0,00 0,00 10,79
VAC-304 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,46 0,00 0,46 0,27 7,62 0,00 0,00 2,20 0,00 1,09 0,00 0,23 0,00 1,11 2,63 0,00 2,29 3,30 0,00 0,00
VAC-305 0,00 1,61 0,00 0,00 0,00 0,45 0,00 4,36 0,00 1,23 0,00 0,64 0,00 0,69 1,62 6,44 0,00 0,00 2,02 0,00 1,45 0,00 1,97 0,00 1,39 4,13 0,00 2,58 0,00 4,00 0,00
VAC-306 0,00 3,58 0,00 0,14 0,00 0,00 0,00 7,23 0,00 0,00 0,00 0,45 0,43 0,00 0,00 4,68 2,03 0,62 1,52 0,00 0,00 1,14 2,95 5,72 0,00 3,65 0,00 0,00 0,00 1,08 1,84
VAC-308 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,56 0,00 0,52 0,33 7,45 0,00 0,00 2,30 0,00 1,36 0,00 1,27 0,00 1,34 3,60 0,00 2,91 4,79 0,00 0,00
VAC-312 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,64 0,27 0,82 0,38 9,78 0,00 0,00 2,04 0,00 1,33 0,00 2,28 0,00 0,99 4,57 0,00 2,20 6,47 0,00 0,00
VAC-313 0,72 0,00 0,90 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,33 0,00 0,48 0,00 9,09 1,72 0,55 2,68 0,00 0,37 3,35 3,63 33,86 0,00 2,57 4,49 0,00 0,00 0,00 14,92
VAC-315 0,00 1,91 0,00 0,00 0,00 0,57 0,00 6,82 0,00 2,41 0,00 0,78 0,34 0,52 0,00 13,47 1,41 0,00 3,99 0,00 0,45 2,94 3,70 20,81 0,00 8,24 0,00 0,00 0,00 0,00 10,72
VAC-316 0,00 7,70 0,00 0,51 3,98 0,00 0,24 0,00 0,75 0,00 0,00 0,91 0,26 0,50 0,19 5,17 1,85 0,54 1,77 0,00 0,00 3,78 4,41 35,83 0,00 10,72 0,00 0,00 0,00 0,00 16,19
VAC-319 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,48 0,14 0,62 0,30 6,31 0,00 0,00 2,09 0,00 1,30 0,47 1,38 0,00 1,54 3,17 0,00 2,61 0,00 2,72 0,00
VAC-320 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,90 0,00 0,47 0,15 2,22 0,00 4,45 0,82 0,00 0,59 3,79 1,03 25,85 0,00 5,95 3,64 0,00 0,00 0,00 13,87
VAC-324 0,00 0,00 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,46 0,00 0,00 0,00 15,63 1,35 0,60 4,72 0,00 0,00 0,82 0,50 4,11 0,00 3,19 0,93 0,00 0,00 0,00 1,76
VAC-325 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,44 0,00 0,47 0,35 2,89 0,00 0,56 1,10 0,00 1,25 0,00 0,00 0,00 1,68 3,23 0,00 4,01 3,31 0,00 0,00
VAC-401 1,34 4,96 1,36 0,00 1,32 0,49 1,05 0,00 0,38 2,43 0,00 0,49 0,47 0,00 3,82 19,58 1,89 0,00 4,30 0,00 0,00 1,64 2,23 2,52 0,00 3,59 0,00 0,00 0,00 1,54 0,70
VAC-408 0,00 1,30 0,00 0,00 0,84 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,63 2,08 0,62 1,42 0,00 0,00 1,05 0,77 10,62 0,00 2,03 1,16 0,00 0,00 0,00 3,49
VAC-409 0,24 0,00 0,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,60 1,17 0,00 1,32 0,00 0,00 1,16 1,17 1,53 0,00 0,47 0,50 0,00 0,00 0,00 0,90
VAC-410 0,00 3,38 0,00 0,41 0,64 0,00 0,00 6,70 1,42 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,42 10,03 1,54 0,49 1,92 0,00 0,00 0,69 4,08 5,56 0,00 1,29 0,64 0,00 0,00 0,00 2,13
VAC-411 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,37 0,00 0,00 0,90 0,00 0,71 0,00 0,00 0,00 1,26 0,00 0,00 2,45 0,00 0,57 0,00
VAC-413 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,34 0,65 0,34 0,30 7,84 1,04 0,00 2,18 0,00 0,72 0,68 3,11 1,83 0,48 1,54 0,00 0,00 0,00 5,03 0,00
VAC-414 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,44 0,14 0,39 0,33 4,35 0,00 0,00 1,35 0,00 1,35 0,00 0,75 0,00 0,84 2,73 0,00 1,85 2,21 0,00 0,00
VAC-415 8,47 1,32 7,37 0,00 0,00 0,00 0,24 0,00 0,34 0,00 0,00 0,39 0,42 0,00 0,18 6,75 1,34 0,38 1,32 0,00 0,00 0,74 3,31 4,38 0,00 2,85 0,00 0,00 0,00 0,00 1,83
VAC-417 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,75 0,84 0,72 0,64 5,24 0,00 0,00 1,54 0,00 1,37 0,00 5,07 0,00 1,31 3,27 0,00 2,24 2,04 0,00 0,00
VAC-418 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,51 0,17 0,51 1,19 2,73 0,00 0,00 0,94 0,00 1,55 0,00 0,82 0,00 1,12 2,96 0,00 2,33 2,85 0,00 0,00
VAC-419 26,10 4,51 20,91 0,38 0,12 0,00 1,84 0,00 1,08 0,12 0,00 0,71 0,56 2,00 4,70 14,30 0,00 0,00 3,76 0,00 0,25 0,00 4,92 0,00 0,00 4,28 0,00 0,00 0,00 0,71 0,00
VAC-422 1,87 0,26 1,62 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,35 0,22 0,45 0,47 3,90 0,83 0,00 1,20 0,00 0,96 0,50 1,20 2,22 0,81 2,21 0,45 1,22 4,70 0,00 0,00
VAC-425 0,12 17,39 0,48 1,02 5,55 2,84 3,76 0,00 2,27 8,81 0,22 0,86 0,79 0,74 11,74 12,52 0,00 0,00 3,42 0,00 0,46 0,00 4,63 0,00 0,00 4,95 0,00 0,00 0,00 0,96 0,00
VAC-503 0,00 0,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,49 0,00 0,00 0,00 0,49 0,00 0,37 2,19 9,99 0,00 0,43 2,83 0,00 1,31 0,00 0,94 1,62 0,68 4,32 0,00 1,13 0,61 2,27 0,00
VAC-506 1,92 0,81 1,53 0,00 0,21 0,00 0,00 0,00 0,22 0,00 0,00 1,74 0,00 1,07 0,39 15,73 0,89 0,00 4,39 0,00 0,86 1,36 1,19 5,11 0,00 6,35 0,00 0,00 1,12 3,46 2,28 42
43
VAC-507 0,84 1,34 0,90 0,00 0,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,51 0,35 0,43 0,39 12,75 0,51 0,00 3,35 0,00 1,46 0,00 2,38 0,90 0,00 4,14 0,00 0,00 0,00 7,77 0,00
VAC-508 1,75 2,16 1,51 0,00 0,84 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,34 0,15 0,36 0,37 11,33 0,38 0,00 3,13 0,00 1,17 0,00 1,05 0,81 0,58 3,04 0,00 1,61 0,58 2,69 0,00
VAC-509 6,17 3,62 4,71 0,11 1,18 0,00 0,38 0,00 0,39 0,00 0,00 0,42 0,00 0,44 0,36 19,87 0,00 0,00 6,20 0,00 0,52 0,00 0,56 0,00 0,00 4,21 0,00 0,00 0,00 1,95 0,00
VAC-510 22,20 3,47 16,62 0,37 0,26 0,00 0,65 0,00 1,15 0,00 0,00 12,48 0,00 2,58 0,00 10,02 0,00 0,59 3,20 0,00 0,00 0,00 2,12 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,49 0,00
VAC-511 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,47 0,00 0,61 0,00 7,61 0,68 0,00 2,36 0,00 1,58 1,29 1,53 2,41 1,15 4,44 0,00 2,14 0,00 4,34 0,00
VAC-802 0,00 0,28 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,10 0,38 0,00 0,00 0,13 0,79 0,28 0,25 9,80 1,54 0,56 3,42 0,00 0,00 3,16 2,08 3,96 0,00 1,44 0,48 0,00 0,00 0,00 2,37
VAC-803 1,40 0,18 1,53 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,35 0,00 0,00 0,21 0,29 0,00 0,00 10,39 1,44 0,53 3,83 0,00 0,00 0,00 3,74 1,84 0,00 2,15 0,42 0,00 0,00 0,00 1,82
VAC-805 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,31 0,36 0,00 0,00 0,57 0,31 0,31 0,32 14,94 1,35 0,46 4,77 0,00 0,00 0,00 5,01 7,73 0,00 5,34 0,51 0,00 0,00 0,00 2,75
VAC-807 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,32 0,31 1,04 0,28 10,43 0,00 0,00 1,91 0,00 1,04 0,00 2,03 0,00 0,75 3,46 0,00 1,92 2,13 0,81 0,00
VAC-808 0,00 1,44 0,00 0,00 0,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,48 0,64 0,94 0,00 20,17 1,25 0,49 6,02 0,00 0,00 0,00 5,82 5,71 0,00 5,32 0,46 0,00 0,00 0,00 1,80
VAC-809 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,31 0,00 0,58 0,20 6,70 0,49 0,22 2,28 0,00 0,74 0,00 1,24 1,99 0,00 3,90 0,00 1,54 2,49 1,34 0,00
VAC-810 0,00 2,36 0,00 0,00 0,00 4,09 0,00 5,15 0,35 0,21 0,00 0,22 2,17 1,54 0,00 31,06 0,00 0,00 10,32 0,00 0,00 0,00 6,83 0,00 0,00 2,19 0,00 0,00 0,00 3,41 0,00
VAC-811 0,00 0,85 0,00 0,00 0,46 1,05 0,48 0,00 0,00 0,39 0,00 0,21 0,75 1,29 0,00 18,64 1,72 0,60 6,19 0,00 0,00 0,00 5,32 2,86 0,00 2,23 0,56 0,00 0,00 0,00 2,99
VAC-812 0,00 1,17 0,00 0,00 0,56 0,31 0,37 0,00 0,00 0,97 0,00 0,49 0,61 0,49 0,47 11,10 1,16 0,43 3,67 0,00 0,00 0,00 6,36 4,55 0,00 5,57 0,41 0,00 0,00 0,00 1,90
VAC-815 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,64 0,00 2,32 0,79 0,00 1,06 0,00 0,53 0,00 1,55 1,15 0,00 2,36 0,00 1,27 0,00 1,66 0,00
VAC-816 0,67 0,00 0,75 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,22 0,00 0,38 0,23 3,46 0,33 0,00 1,26 0,00 0,86 0,00 0,38 1,77 0,00 2,37 0,00 1,81 0,00 2,65 0,00
VAC-817 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 0,18 0,49 0,23 4,60 0,33 0,00 1,70 0,00 0,91 0,00 1,07 0,00 0,74 1,20 0,00 1,57 2,69 0,00 0,00
VAC-819 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,64 0,21 0,28 0,33 7,21 1,05 0,44 2,65 0,00 0,00 0,00 1,99 3,15 0,00 6,37 0,39 0,00 0,00 0,00 1,40
IRRo 921 935 954 979 981 1024 1028 1030 1031 1058 1180 1335 1385 1392 1410 1421 1435 1437 1457 1457 1463 1486 1483 1495 1495 1499 1508 1516 1522 1525 1530
IRRl 927 932 946 969 974 1020 1024 1025 1026 1054 1174 1335 1387 1389 1409 1417 1432 1434 1452 1457 1458 1479 1484 1493 1488 1500 1503 1495 - 1521 1521
Compostos: (C1) tricicleno, (C2) α-pineno, (C3) canfeno, (C4) sabineno, (C5) β-pineno, (C6) p-cimeno, (C7) limoneno, (C8) β-felandreno, (C9) 1,8-cineol, (C10) γ-terpineno, 499 (C11) terpinen-4-ol, (C12) δ-elemeno, (C13) β-bourboneno, (C14) β-elemeno, (C15) α-gurjuneno, (C16) E-cariofileno, (C17) trans-α-bergamoteno, (C18) γ-elemeno, (C19) 500 α-humuleno, (C20) sesquisabineno, (C21) aloaromadendreno, (C22) ar-curcumeno, (C23) germacreno D, (C24) α-zingibereno, (C25) shyobunona I, (C26) biciclogermacreno, 501 (C27) β-bisaboleno, (C28) shyobunona II, (C29) {204[M
+], 81(100), 93(69)}, (C30) δ-cadineno, (C31) β-sesquifelandreno. IRRo: índice de retenção observado; IRRl: índice 502
de retenção da literatura. M+=peso molecular. 503
504
505 506 507
508 509
510
511
512 513 514 515
43
44
Tabela 3 516 Teores (%) dos constituintes químicos (C32 a C63) do óleo essencial de plantas de Varronia. curassavica em Sergipe, Brasil. 517
Plantas Compostos
C32 C33 C34 C35 C36 C37 C38 C39 C40 C41 C42 C43 C44 C45 C46 C47 C48 C49 C50 C51 C52 C53 C54 C55 56 C57 C58 C59 C60 C61 C62 C63 TI
VAC-101 0,00 0,00 10,21 0,00 1,43 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 45,33 1,39 0,00 0,00 1,99 0,00 0,00 3,06 1,63 0,63 4,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,07 0,00 0,00 0,00 80,77
VAC-102 0,34 0,00 6,81 0,00 1,39 0,00 0,00 0,34 0,25 0,00 0,00 25,83 1,24 0,00 0,57 0,87 0,87 0,00 3,79 1,18 1,00 4,69 0,00 0,00 0,00 4,93 0,00 1,95 4,89 0,87 0,00 0,00 79,01
VAC-106 0,28 0,00 12,02 0,00 4,18 0,00 0,00 0,17 0,00 0,00 0,00 41,76 0,93 0,00 0,00 2,15 0,00 0,00 4,28 1,00 0,75 3,38 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,81 0,00 0,00 0,00 86,23
VAC-107 2,17 0,00 2,99 0,00 1,65 0,00 2,79 0,49 0,00 0,00 0,94 11,51 0,36 0,00 1,40 0,85 1,28 0,70 3,76 0,00 1,14 0,00 6,03 3,87 0,00 8,20 0,00 8,33 14,33 0,00 0,00 0,00 71,55
VAC-108 0,00 0,00 0,00 0,00 0,35 0,00 0,00 0,26 0,00 0,00 0,19 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 93,03
VAC-109 0,28 0,00 10,39 0,00 0,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 47,42 1,67 0,00 0,00 2,45 0,00 0,00 5,72 2,36 0,74 3,39 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,21 0,00 0,00 0,00 78,81
VAC-110 0,00 0,00 0,00 0,00 0,81 0,00 0,27 0,90 0,95 1,18 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 98,83
VAC-111 0,46 0,00 11,84 0,00 1,49 0,00 1,55 0,50 0,55 0,00 0,00 12,88 1,35 0,00 0,00 0,38 0,00 0,00 15,05 0,00 0,46 3,89 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,05 0,00 0,00 0,00 73,30
VAC-112 0,00 0,00 9,81 0,00 0,72 0,00 0,00 0,69 0,00 0,00 0,00 39,34 1,36 0,00 0,00 1,58 0,00 0,00 7,75 1,91 0,90 3,95 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,57 0,00 0,00 0,00 78,05
VAC-113 0,00 0,00 0,00 0,00 3,90 3,79 0,00 1,08 0,37 1,34 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,36 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 80,40
VAC-114 0,67 0,00 8,71 0,00 1,25 0,00 0,00 0,00 0,95 0,00 0,00 33,22 1,24 0,23 0,00 1,40 0,00 0,76 3,11 0,80 2,04 3,15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8,19 0,00 0,00 0,00 93,46
VAC-115 0,16 0,00 13,95 0,00 3,12 0,00 0,00 0,52 0,00 0,00 0,00 10,77 0,00 13,26 0,00 0,30 0,00 0,00 12,65 2,07 0,26 3,78 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,58 0,00 0,00 0,00 80,40
VAC-116 0,00 0,00 0,00 0,00 0,84 0,00 0,00 0,45 0,33 0,65 0,00 0,00 0,00 0,17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 73,18
VAC-302 0,00 0,00 0,63 0,00 0,78 0,00 0,33 0,51 0,00 0,00 0,57 2,33 0,00 0,00 0,35 0,00 0,54 0,00 0,50 0,00 0,00 0,00 1,01 0,00 0,00 2,73 0,39 1,24 0,00 1,10 0,00 1,51 79,99
VAC-304 2,68 0,00 5,75 0,00 2,72 0,00 1,47 0,94 0,00 0,00 0,00 37,96 2,86 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9,05 3,66 0,00 2,62 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,02 0,00 0,00 3,30 94,55
VAC-305 1,89 0,00 5,70 0,00 2,35 0,80 1,88 0,00 0,00 0,00 0,00 30,96 3,34 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,79 3,49 1,76 2,56 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,86 0,00 0,00 0,00 74,53
VAC-306 0,00 0,00 0,00 1,86 2,38 0,00 0,00 0,76 0,00 0,00 3,02 0,00 0,00 0,00 2,37 0,00 4,03 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,48 0,00 0,00 24,34 3,44 6,15 0,00 4,16 0,00 0,00 80,86
VAC-308 2,75 0,00 4,77 0,00 1,60 0,00 2,35 0,74 0,00 0,00 0,00 36,08 4,21 0,00 0,00 5,58 0,00 0,00 3,74 0,00 2,07 2,52 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,60 0,00 0,00 0,00 78,01
VAC-312 4,00 0,00 3,65 0,00 2,16 0,00 3,37 1,12 0,00 0,00 0,00 25,22 2,63 0,00 0,00 0,00 0,00 3,57 3,02 0,00 3,26 3,10 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8,76 0,00 0,00 0,00 79,43
VAC-313 0,00 0,00 1,36 0,00 1,15 0,00 0,00 0,98 0,00 0,00 0,00 8,80 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,90 1,72 0,00 0,59 0,90 0,00 0,00 0,83 0,00 0,00 0,00 1,29 0,00 0,00 0,00 76,42
VAC-315 0,00 0,00 2,15 0,00 2,68 0,00 0,00 1,30 0,00 0,00 0,00 7,34 0,68 0,00 0,00 0,00 0,00 1,16 1,52 0,00 0,48 0,85 0,00 0,00 0,49 0,00 0,00 0,00 0,59 0,00 0,00 0,00 95,57
VAC-316 0,00 0,00 0,00 0,00 1,69 0,00 0,00 0,55 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,29 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 95,28
VAC-319 1,10 0,00 8,21 0,00 3,17 0,00 1,41 1,25 0,00 0,00 0,00 34,17 3,99 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 6,90 4,50 1,13 4,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,70 0,00 0,00 0,00 97,82
VAC-320 2,32 0,00 2,19 0,00 4,35 1,04 1,44 0,00 0,94 0,00 0,00 8,26 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,79 0,00 2,96 1,67 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,42 0,00 0,00 0,00 74,16
VAC-324 0,00 0,00 0,00 0,95 1,87 0,00 0,00 1,11 0,00 0,00 2,10 0,00 0,00 0,00 1,94 0,00 3,45 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,32 2,47 0,00 17,54 2,10 6,53 0,00 3,48 0,00 13,50 88,34
VAC-325 2,02 0,00 6,09 0,00 1,76 0,00 1,58 0,00 0,68 0,00 0,00 39,64 4,22 0,00 0,00 3,72 0,00 0,00 1,98 0,00 2,08 3,22 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,76 0,00 0,00 1,33 80,82
VAC-401 0,00 0,00 0,00 0,77 2,51 0,00 0,00 1,76 0,00 0,97 1,78 0,00 0,00 0,00 2,21 0,00 1,60 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,76 2,52 0,00 11,08 1,29 5,98 0,00 2,46 0,00 0,00 75,63
VAC-408 0,00 0,00 0,00 0,60 1,86 0,00 0,00 0,64 0,00 0,00 1,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 10,00 0,00 10,62 30,15 2,75 0,00 0,00 3,69 0,34 0,00 81,05
VAC-409 0,00 0,00 0,00 0,86 1,93 0,00 0,00 1,96 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,63 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,68 9,41 0,00 15,57 3,15 21,59 0,00 8,43 3,36 0,00 80,65
VAC-410 0,00 0,00 0,00 0,37 0,55 0,00 0,00 0,59 0,00 0,00 1,66 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,03 0,00 8,37 0,00 0,00 25,52 1,93 8,65 0,00 3,26 0,34 0,00 59,57
VAC-411 0,00 6,79 6,93 0,00 4,12 0,00 0,00 2,77 0,00 0,00 0,00 46,50 0,00 0,00 0,00 3,05 0,00 0,00 5,85 3,35 1,61 2,79 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,33 0,00 0,00 0,00 74,94
VAC-413 2,86 0,00 1,80 0,41 1,64 0,00 1,63 0,99 0,00 0,00 1,34 15,50 0,00 0,00 3,33 2,19 1,69 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,50 14,66 0,00 2,74 0,00 6,74 3,47 2,58 0,00 0,00 80,37
VAC-414 1,51 0,00 5,41 0,00 2,85 0,00 0,89 0,75 0,00 0,00 0,00 50,20 4,73 0,00 0,00 6,96 0,00 0,00 2,77 0,00 0,58 1,72 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,80 0,00 0,00 0,00 75,40
VAC-415 0,00 0,00 0,00 0,76 1,58 0,00 0,00 0,66 0,00 0,00 1,92 0,00 0,00 0,00 2,23 0,00 2,01 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7,82 0,00 0,00 23,05 2,00 8,87 0,00 3,03 0,32 0,00 83,95
VAC-417 1,33 0,00 5,77 0,00 2,86 0,00 0,67 0,82 0,00 0,00 0,00 47,89 0,00 0,00 0,00 5,81 0,00 0,00 0,00 2,23 0,58 1,81 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,25 0,00 0,00 0,00 75,03
VAC-418 1,78 0,00 7,24 0,00 3,26 0,00 1,18 0,83 0,00 0,00 0,00 49,59 0,00 0,00 0,00 6,33 0,00 0,00 0,00 2,75 0,85 2,27 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,12 0,00 0,00 0,00 88,66
VAC-419 0,00 0,00 0,00 0,00 1,05 0,00 0,11 1,06 0,48 0,63 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,28 0,00 0,00 0,00 0,34 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 86,22
VAC-422 2,45 0,00 3,63 0,38 1,55 0,00 1,30 0,27 0,00 0,00 1,67 21,48 0,00 0,00 3,55 1,40 1,64 0,00 1,12 0,00 0,00 0,00 4,50 15,73 0,00 1,89 0,00 5,14 4,09 0,00 0,00 0,00 95,20
VAC-425 0,00 0,00 0,00 0,00 2,29 0,00 0,00 1,58 1,30 1,76 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,24 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 74,10
VAC-503 0,00 0,00 6,94 0,00 3,37 0,00 0,00 1,21 5,05 0,00 0,00 31,77 2,75 0,00 0,00 5,07 0,00 0,00 0,00 2,58 0,71 1,35 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,21 0,00 0,00 0,00 90,70
VAC-506 0,00 0,00 3,35 0,46 2,37 0,00 0,68 1,14 0,00 0,00 1,96 11,42 1,78 0,00 0,00 1,14 1,80 0,00 0,98 2,13 1,06 0,00 0,84 0,79 0,00 4,22 0,69 1,37 0,00 1,68 0,00 2,46 84,93
VAC-507 2,91 0,00 2,54 0,00 1,85 0,00 4,79 1,00 2,53 0,00 0,00 10,94 0,00 1,38 0,00 0,80 0,00 3,97 1,50 0,00 4,91 0,00 0,00 0,00 0,00 4,19 0,00 2,31 6,53 0,00 0,00 0,00 82,77
VAC-508 0,00 0,00 6,53 0,00 3,42 0,00 2,06 1,26 0,00 0,00 0,00 24,68 0,00 0,00 0,00 2,48 0,00 0,00 2,61 3,38 1,53 1,37 0,00 0,00 0,53 1,28 0,00 0,51 1,08 0,00 0,00 1,03 84,09
VAC-509 0,00 0,00 3,02 0,00 2,02 0,00 0,41 1,82 15,25 0,00 0,00 8,82 0,82 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,84 1,97 0,54 0,45 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,78 0,00 0,00 3,90 79,14
VAC-510 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,28 9,00 0,71 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 87,66
VAC-511 1,25 0,00 5,55 0,00 1,54 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,55 26,96 2,77 0,00 0,00 4,16 0,00 2,44 1,59 0,00 1,96 0,00 0,00 0,00 0,00 9,40 0,00 1,53 0,00 2,73 0,00 0,00 87,17
44
45
VAC-802 0,00 0,00 0,00 1,56 2\,31 0,00 0,00 1,67 0,00 0,00 1,64 0,00 0,00 0,00 5,15 0,00 1,87 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7,29 11,37 0,00 13,11 0,00 10,98 0,00 2,80 0,64 0,00 85,33
VAC-803 0,00 0,00 0,00 2,62 4,84 0,00 0,00 2,32 0,00 0,00 1,32 0,00 0,00 0,00 5,54 0,00 1,92 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,38 15,35 0,00 10,34 0,00 8,45 0,00 2,79 0,52 0,00 67,33
VAC-805 0,00 0,00 0,00 0,00 2,31 0,00 0,00 0,65 0,00 0,00 2,33 0,00 0,00 0,00 1,79 0,00 2,39 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9,61 0,00 0,00 20,87 0,00 8,00 0,00 2,39 0,36 0,00 70,82
VAC-807 1,17 0,00 4,90 0,00 0,88 0,00 3,35 0,59 0,00 0,00 0,00 37,53 1,41 0,00 0,00 1,64 0,00 0,00 5,47 1,70 0,67 2,11 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9,84 0,00 0,00 0,00 75,03
VAC-808 0,00 0,00 0,00 0,00 1,52 0,00 0,00 0,59 0,00 0,00 1,41 0,00 0,00 0,00 1,86 0,00 1,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 8,88 0,00 0,00 18,60 0,00 7,56 0,00 2,40 0,38 0,00 83,69
VAC-809 1,82 0,00 2,74 1,75 0,00 0,00 2,59 0,46 0,00 0,00 1,29 16,72 0,99 0,00 1,22 0,93 1,10 0,78 1,89 0,96 1,28 0,00 5,15 3,51 0,00 9,83 0,00 4,85 10,83 1,58 0,19 0,00 76,39
VAC-810 0,00 0,00 0,00 0,00 5,18 0,00 0,00 7,16 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,30 0,00 0,00 0,78 0,00 0,00 0,00 0,94 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 75,84
VAC-811 0,00 0,00 0,00 1,64 2,68 0,00 0,00 3,06 0,00 0,00 1,59 0,00 0,00 0,00 3,37 0,00 2,04 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2,45 9,30 0,00 8,96 0,47 5,48 0,00 1,97 0,45 0,00 84,23
VAC-812 0,00 0,00 0,00 0,00 2,83 0,00 0,00 0,69 0,00 0,00 2,18 0,00 0,00 0,00 2,06 0,00 1,85 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 11,60 0,00 0,00 20,59 0,00 8,93 0,00 2,66 0,41 0,00 77,15
VAC-815 0,44 0,00 3,18 0,00 6,15 0,00 0,00 0,89 0,00 0,00 0,00 29,28 0,85 0,00 4,14 1,92 0,74 0,00 3,01 2,14 0,84 0,00 3,22 6,98 0,00 6,00 0,00 5,79 1,99 1,99 0,55 1,07 69,61
VAC-816 1,60 0,00 4,94 0,00 0,97 0,00 3,04 0,55 0,00 0,00 0,00 29,27 1,59 0,00 1,07 1,78 0,55 0,00 4,65 1,94 0,84 0,00 5,27 0,00 0,00 8,01 0,00 3,05 10,69 0,00 0,00 0,00 74,93
VAC-817 1,38 0,00 3,20 0,00 0,00 0,00 2,34 1,05 0,00 0,00 0,00 30,33 1,10 0,00 1,89 2,51 0,00 0,86 2,56 1,37 1,13 0,00 2,20 1,82 0,00 2,81 0,00 2,39 10,27 0,00 0,25 2,12 77,79
VAC-819 0,00 0,00 0,00 0,00 2,69 0,00 0,00 0,78 0,00 0,00 2,00 0,00 0,00 0,00 3,88 0,00 1,40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 16,29 0,00 0,00 24,04 0,00 12,59 0,00 4,50 0,85 0,00 71,84
IRRo 1528 1549 1562 1586 1583 1590 1581 1588 1596 1608 1613 1618 1624 1625 1632 1637 1635 1647 1644 1646 1660 1668 1669 1672 1696 1676 1688 1701 1699 1705 1778 1788
IRRl - 1529 1560 1582 1577 1590 1574 1582 1592 1602 - - - 1627 - 1640 1632 1640 - - 1652 - - 1668 1685 1664 1694 - 1688 1701 1777 1783
Compostos: (C32) {207[M+], 81(100), 93(82)}, (C33) kessane, (C34) shyobunona IV, (C35) ar-turmerol, (C36) espatulenol, (C37) globulol, (C38) germacreno D-4-ol, (C39) 518
óxido de cariofileno, (C40) viridiflorol, (C41) ledol, (C42) {220[M+], 43(100), 93(79)}, (C43) 7-ciclodecen-1-ona,7-metil-3-metileno-10-(1-propil), (C44) {202[M
+], 519
119(100), 43(78)}, (C45) 1-epi-cubenol, (C46) {218[M+], 119(100), 85(40)}, (C47) dehidroxi-isocalamendiol, (C48) α-acorenol, (C49) epi-α-murulol, (C50) {220[M
+], 520
81(100), 140(69)}, (C51) {220[M+], 82(100), 81(99)}, (C52) α-cadinol, (C53) {220[M
+], 82(100), 81(95)}, (C54) {216[M
+], 95(100), 105(93)}, (C55) ar-turmerona, (C56) 521
germacra-4(15),5,10(14)-trien-1α-ol, (C57) turmerona, (C58) Z-γ-atlantona, (C59) {220[M+], 120(100), 85(24)}, (C60) shyobunol, (C61) curlona, (C62) Z-α-atlantona, (C63) 522
metil farnesoato (2E,6E), TI: total identificado IRRo: índice de retenção relativo observado; IRRl: índice de retenção relativo da literatura. M+=peso molecular. 523
524 525 526
527 528
529 530 531
532
533 534
535
536 537 538
45
46
Tabela 4 539 Coeficientes de correlação para os constituintes químicos (C1 a C32) do óleo essencial de plantas de V. curassavica em Sergipe, Brasil. 540 Compostos C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 C12 C13 C14 C15 C16 C17 C18 C19 C20 C21 C22 C23 C24 C25 C26 C27 C28 C29 C30 C31 C32
C1 0,33 1,00 -0,03 -0,01 -0,09 0,49 -0,10 0,35 -0,07 -0,04 0,33 -0,02 0,28 0,27 0,05 -0,20 -0,06 0,15 0,26 -0,26 -0,13 0,01 -0,13 -0,18 -0,14 0,01 -0,17 -0,16 -0,02 -0,12 -0,20
C2 0,33 -0,01 0,84 0,46 0,79 0,25 0,77 0,70 -0,01 0,14 0,20 0,12 0,72 0,31 0,03 -0,06 0,30 0,04 -0,34 0,07 0,28 0,08 -0,27 0,31 -0,10 -0,26 -0,27 0,01 0,08 -0,31
C3 -0,03 -0,01 -0,08 0,50 -0,11 0,36 -0,07 -0,05 0,32 -0,02 0,27 0,28 0,06 -0,19 -0,06 0,15 0,25 -0,27 -0,13 0,02 -0,13 -0,18 -0,14 0,02 -0,18 -0,17 -0,02 -0,12 -0,21
C4 -0,01 0,04 0,34 -0,03 0,10 0,32 1,00 -0,02 0,11 0,32 0,15 -0,02 -0,11 -0,05 -0,02 -0,03 -0,16 -0,07 0,14 -0,06 -0,08 0,00 -0,05 -0,08 -0,08 0,15 -0,06 -0,10
C5 0,40 0,62 -0,08 0,65 0,69 0,00 0,04 0,13 -0,06 0,50 0,16 0,15 0,00 0,13 -0,06 -0,22 0,18 0,26 0,25 -0,19 0,29 -0,07 -0,18 -0,18 -0,02 0,23 -0,20
C6 0,40 0,14 0,37 0,56 0,05 -0,03 0,68 0,16 0,32 0,49 -0,08 -0,07 0,51 0,00 -0,19 -0,08 0,45 -0,07 -0,14 -0,01 -0,07 -0,12 -0,15 0,16 -0,05 -0,16
C7 -0,12 0,72 0,78 0,34 0,10 0,22 0,25 0,75 0,16 -0,16 -0,09 0,17 0,08 -0,29 -0,11 0,26 -0,13 -0,21 0,02 -0,06 -0,20 -0,20 0,01 -0,11 -0,25
C8 0,04 0,01 -0,04 0,00 0,12 0,18 0,22 0,38 0,07 -0,04 0,36 0,00 -0,19 0,06 0,12 0,07 -0,15 0,49 -0,07 -0,14 -0,17 0,03 0,07 -0,18
C9 0,58 0,10 0,32 0,13 0,14 0,55 0,29 0,06 -0,02 0,24 -0,06 -0,39 0,07 0,36 0,11 -0,27 0,06 -0,09 -0,26 -0,26 -0,08 0,12 -0,33
C10 0,34 0,00 0,23 0,07 0,65 0,15 -0,04 -0,09 0,10 -0,03 -0,14 0,01 0,26 -0,03 -0,13 0,14 -0,09 -0,12 -0,15 0,05 -0,01 -0,15
C11 -0,03 0,12 0,31 0,15 -0,02 -0,12 -0,05 -0,03 -0,03 -0,15 -0,07 0,14 -0,07 -0,08 -0,01 -0,05 -0,08 -0,08 0,15 -0,06 -0,09
C12 -0,11 0,39 -0,01 0,07 -0,12 0,10 0,08 -0,06 -0,13 -0,02 0,01 -0,01 -0,08 -0,08 -0,06 -0,09 -0,06 0,05 0,00 -0,08
C13 0,25 0,18 0,42 -0,04 -0,12 0,43 0,14 -0,20 -0,11 0,69 -0,16 0,08 -0,01 -0,15 0,06 -0,13 0,09 -0,13 -0,17
C14 0,34 0,16 -0,46 -0,13 0,18 -0,04 0,08 -0,26 0,12 -0,21 0,10 0,17 -0,17 0,17 -0,02 0,17 -0,18 -0,11
C15 0,17 -0,26 -0,15 0,11 -0,09 -0,02 -0,16 0,09 -0,19 -0,09 0,31 -0,16 -0,10 -0,13 0,07 -0,18 -0,18
C16 0,22 -0,10 0,95 -0,17 -0,46 0,01 0,49 0,06 -0,38 0,30 -0,07 -0,38 -0,23 0,14 0,07 -0,28
C17 0,15 0,19 -0,16 -0,63 0,54 0,32 0,54 -0,42 0,08 0,25 -0,40 -0,31 -0,21 0,50 -0,33
C18 -0,06 -0,09 -0,24 0,51 0,00 0,47 -0,18 0,11 0,66 -0,18 -0,16 -0,22 0,53 0,06
C19 -0,16 -0,51 0,00 0,47 0,06 -0,37 0,26 -0,03 -0,38 -0,28 0,12 0,08 -0,31
C20 0,08 -0,12 -0,01 -0,09 -0,03 -0,12 0,10 0,03 -0,06 -0,02 -0,10 -0,11
C21 -0,30 -0,46 -0,31 0,55 -0,02 -0,24 0,49 0,44 0,30 -0,32 0,52
C22 0,08 0,84 -0,24 0,29 0,55 -0,25 -0,24 -0,16 0,85 -0,12
C23 0,24 -0,10 0,19 0,05 -0,12 -0,26 -0,08 0,24 -0,29
C24 -0,26 0,43 0,60 -0,25 -0,23 -0,25 0,99 -0,15
C25 -0,15 -0,20 0,95 0,28 -0,06 -0,25 0,20
C26 -0,05 -0,15 -0,09 0,00 0,43 -0,10
C27 -0,18 -0,17 -0,24 0,62 -0,05
C28 0,24 -0,08 -0,24 0,14
C29 -0,27 -0,24 0,73
C30 -0,28 0,19
C31 -0,16
Compostos: (C1) tricicleno, (C2) α-pineno, (C3) canfeno, (C4) sabineno, (C5) β-pineno, (C6) p-cimeno, (C7) limoneno, (C8) β-felandreno, (C9) 1,8-cineol, (C10) γ-terpineno, 541 (C11) terpinen-4-ol, (C12) δ-elemeno, (C13) β-bourboneno, (C14) β-elemeno, (C15) α-gurjuneno, (C16) E-cariofileno, (C17) trans-α-bergamoteno, (C18) γ-elemeno, (C19) 542 α-humuleno, (C20) sesquisabineno, (C21) aloaromadendreno, (C22) ar-curcumeno, (C23) germacreno D, (C24) α-zingibereno, (C25) shyobunona I, (C26) biciclogermacreno, 543 (C27) β-bisaboleno, (C28) shyobunona II, (C29) {204[M
+], 81(100), 93(69)}, (C30) δ-cadineno, (C31) β-sesquifelandreno, (C32) {207[M
+], 81(100), 93(82)}.M+=peso 544
molecular. 545
546
46
47
Tabela 5 547 Coeficientes de correlação para os constituintes químicos (C33 a C63) do óleo essencial de plantas de V. curassavica em Sergipe, Brasil. 548 Compostos C33 C34 C35 C36 C37 C38 C39 C40 C41 C42 C43 C44 C45 C46 C47 C48 C49 C50 C51 C52 C53 C54 C55 C56 C57 C58 C59 60 C61 C62 C63
C1 -0,04 -0,27 -0,09 -0,32 -0,06 -0,16 -0,07 0,24 0,34 -0,13 -0,29 -0,20 -0,05 -0,13 -0,20 -0,14 -0,10 -0,21 -0,18 -0,21 -0,23 -0,15 -0,10 -0,02 -0,15 -0,07 -0,15 -0,21 -0,15 -0,09 -0,05
C2 -0,07 -0,39 -0,06 -0,06 0,19 -0,24 0,13 0,18 0,76 -0,07 -0,43 -0,28 -0,07 -0,16 -0,30 -0,11 -0,11 -0,31 -0,23 -0,21 -0,32 -0,13 -0,17 0,00 -0,07 0,05 -0,15 -0,33 -0,10 -0,12 -0,08
C3 -0,04 -0,27 -0,09 -0,32 -0,06 -0,16 -0,07 0,23 0,35 -0,12 -0,29 -0,20 -0,05 -0,12 -0,20 -0,13 -0,10 -0,21 -0,18 -0,21 -0,24 -0,14 -0,10 -0,02 -0,14 -0,06 -0,14 -0,21 -0,14 -0,08 -0,05
C4 -0,02 -0,13 -0,06 -0,14 -0,01 -0,09 -0,06 -0,01 0,22 -0,09 -0,14 -0,10 -0,01 -0,08 -0,10 -0,09 -0,05 -0,10 -0,10 -0,08 -0,11 -0,09 -0,06 -0,02 -0,09 -0,05 -0,09 -0,10 -0,09 -0,05 -0,04
C5 -0,05 -0,26 -0,07 -0,04 -0,06 -0,13 0,07 0,14 0,49 -0,05 -0,29 -0,21 -0,04 -0,11 -0,20 -0,10 -0,06 -0,21 -0,15 -0,11 -0,24 -0,04 -0,11 0,07 -0,02 0,00 -0,09 -0,21 -0,06 -0,06 -0,03
C6 -0,04 -0,20 -0,03 0,27 -0,03 -0,16 0,72 -0,03 0,31 -0,09 -0,22 -0,13 -0,04 -0,06 -0,17 -0,07 -0,03 -0,15 -0,14 -0,07 -0,13 -0,12 -0,04 0,03 -0,11 -0,07 -0,10 -0,16 -0,10 -0,06 -0,08
C7 -0,05 -0,33 -0,08 -0,19 -0,07 -0,22 0,05 0,12 0,77 -0,12 -0,35 -0,24 -0,05 -0,12 -0,24 -0,13 -0,12 -0,25 -0,23 -0,24 -0,27 -0,15 -0,11 -0,04 -0,15 -0,07 -0,15 -0,26 -0,14 -0,09 -0,08
C8 -0,04 -0,20 0,02 0,18 0,81 -0,17 0,13 -0,07 0,31 0,03 -0,22 -0,11 -0,05 -0,09 -0,20 0,01 -0,05 -0,15 -0,13 -0,08 -0,12 -0,04 -0,12 -0,02 0,04 0,13 -0,04 -0,18 0,01 -0,07 -0,07
C9 -0,06 -0,41 -0,02 -0,22 -0,09 -0,28 0,09 0,22 0,61 -0,01 -0,44 -0,29 -0,07 -0,10 -0,31 -0,12 -0,16 -0,32 -0,28 -0,24 -0,35 -0,03 -0,09 -0,06 0,01 0,04 -0,04 -0,34 -0,03 -0,06 -0,05
C10 -0,04 -0,19 -0,06 0,01 -0,03 -0,15 0,09 0,00 0,65 -0,07 -0,21 -0,11 -0,04 -0,08 -0,17 -0,08 -0,04 -0,14 -0,13 -0,12 -0,13 -0,09 -0,08 -0,03 -0,10 -0,05 -0,09 -0,16 -0,09 -0,07 -0,07
C11 -0,02 -0,13 -0,06 -0,13 -0,03 -0,09 -0,06 -0,02 0,22 -0,09 -0,13 -0,09 -0,01 -0,08 -0,09 -0,09 -0,05 -0,10 -0,09 -0,07 -0,10 -0,09 -0,06 -0,02 -0,09 -0,05 -0,09 -0,10 -0,08 -0,04 -0,04
C12 -0,05 -0,13 -0,09 -0,20 0,03 -0,08 -0,11 0,47 0,26 -0,08 -0,14 -0,06 -0,04 -0,12 -0,09 -0,08 -0,03 -0,11 -0,09 -0,08 -0,10 -0,11 -0,11 -0,06 -0,13 -0,08 -0,13 -0,12 -0,12 -0,09 -0,02
C13 -0,11 -0,09 0,05 0,29 -0,01 -0,16 0,58 -0,15 0,17 0,04 -0,24 -0,32 0,06 0,13 -0,15 0,06 -0,03 -0,09 -0,27 -0,19 -0,09 0,02 0,08 -0,05 -0,05 -0,12 0,00 -0,14 -0,07 -0,07 -0,21
C14 -0,14 0,13 -0,29 -0,13 0,27 -0,11 0,00 0,15 0,35 -0,36 -0,07 -0,06 0,36 -0,29 -0,13 -0,34 0,00 0,14 -0,02 0,00 0,13 -0,36 -0,20 -0,13 -0,43 -0,37 -0,38 0,07 -0,42 -0,23 -0,17
C15 -0,06 -0,14 -0,15 -0,06 0,32 -0,17 0,01 0,04 0,89 -0,20 -0,17 -0,12 -0,05 -0,19 -0,12 -0,21 -0,09 -0,15 -0,12 -0,10 -0,10 -0,21 -0,15 -0,07 -0,23 -0,12 -0,22 -0,13 -0,21 -0,14 -0,11
C16 -0,14 -0,52 0,08 0,12 0,23 -0,13 0,60 0,22 0,30 0,21 -0,54 -0,27 -0,10 0,06 -0,37 0,18 0,06 -0,38 -0,27 -0,18 -0,47 0,07 -0,02 -0,04 0,09 -0,01 0,06 -0,32 0,06 -0,06 0,21
C17 -0,11 -0,58 0,55 -0,02 -0,16 -0,30 0,08 -0,22 -0,16 0,72 -0,58 -0,43 -0,12 0,53 -0,38 0,65 -0,04 -0,45 -0,44 -0,37 -0,56 0,59 0,35 0,29 0,72 0,57 0,57 -0,35 0,67 0,31 0,09
C18 -0,05 -0,22 0,14 0,19 0,18 -0,05 -0,11 0,04 -0,10 0,14 -0,24 -0,17 -0,06 0,09 -0,18 0,11 -0,10 -0,18 -0,23 0,17 -0,09 0,13 0,00 0,08 0,16 0,10 0,06 -0,11 0,10 0,02 0,03
C19 -0,12 -0,54 0,12 0,16 0,24 -0,19 0,64 0,22 0,23 0,20 -0,55 -0,27 -0,10 0,11 -0,36 0,17 0,00 -0,40 -0,27 -0,22 -0,51 0,07 0,02 -0,03 0,07 -0,06 0,05 -0,39 0,05 -0,03 0,21
C20 -0,03 0,20 -0,10 0,00 -0,04 -0,15 -0,16 -0,06 -0,08 -0,14 0,10 -0,02 -0,03 -0,11 -0,01 -0,08 -0,08 0,05 -0,01 -0,04 0,26 -0,14 -0,10 -0,03 -0,11 -0,09 -0,12 0,04 -0,10 -0,08 -0,06
C21 0,00 0,84 -0,40 -0,03 -0,06 0,44 -0,34 -0,04 -0,26 -0,49 0,86 0,63 0,07 -0,41 0,62 -0,49 0,29 0,54 0,53 0,57 0,74 -0,52 -0,22 -0,17 -0,56 -0,41 -0,50 0,50 -0,52 -0,34 -0,11
C22 -0,07 -0,30 0,15 0,02 0,04 -0,20 -0,04 -0,12 -0,10 0,15 -0,33 -0,21 -0,08 0,06 -0,25 0,11 0,04 -0,23 -0,28 -0,03 -0,23 0,01 0,09 0,10 0,09 0,20 0,09 -0,25 0,18 0,08 0,01
C23 -0,18 -0,40 0,08 0,09 -0,07 -0,25 0,33 -0,15 0,13 0,24 -0,51 -0,42 -0,07 0,16 -0,34 0,18 -0,01 -0,27 -0,44 -0,28 -0,33 0,22 0,03 -0,08 0,20 -0,04 0,16 -0,31 0,10 0,02 -0,25
C24 -0,06 -0,31 -0,02 -0,03 0,02 -0,18 -0,10 -0,10 -0,15 0,06 -0,33 -0,25 -0,07 -0,05 -0,27 0,02 0,02 -0,21 -0,28 -0,06 -0,22 0,04 -0,09 0,15 0,07 0,08 -0,04 -0,20 0,04 -0,03 -0,01
C25 0,10 0,75 -0,24 0,02 -0,07 0,17 -0,18 -0,09 -0,19 -0,31 0,44 0,38 0,38 -0,26 0,28 -0,32 -0,02 0,81 0,29 0,13 0,67 -0,32 -0,14 -0,09 -0,35 -0,22 -0,33 0,19 -0,31 -0,18 -0,08
C26 -0,22 -0,15 -0,22 0,07 0,52 -0,08 -0,17 -0,04 0,25 0,00 -0,20 -0,01 -0,10 -0,17 -0,17 -0,06 0,10 -0,16 -0,17 0,06 -0,08 -0,03 -0,32 -0,11 -0,09 -0,19 -0,19 -0,11 -0,15 -0,21 -0,02
C27 -0,05 -0,21 0,03 0,04 0,09 -0,13 -0,07 -0,07 -0,13 0,04 -0,23 -0,23 -0,06 0,00 -0,22 0,02 -0,01 -0,14 -0,24 0,05 -0,08 0,07 0,02 0,20 0,09 0,08 0,03 -0,12 0,07 0,06 0,05
C28 0,05 0,76 -0,21 0,01 -0,08 0,16 -0,20 -0,10 -0,19 -0,31 0,37 0,30 0,54 -0,24 0,20 -0,29 -0,03 0,85 0,27 0,11 0,66 -0,28 -0,16 -0,09 -0,30 -0,21 -0,29 0,27 -0,29 -0,16 -0,08
C29 -0,07 0,25 -0,12 -0,13 -0,10 0,57 -0,16 -0,12 -0,19 -0,14 0,44 0,44 -0,05 -0,08 0,39 -0,13 0,27 0,22 0,04 0,32 0,28 -0,14 0,07 -0,09 -0,26 -0,20 -0,14 0,60 -0,30 -0,15 0,00
C30 -0,04 0,10 -0,14 0,03 0,03 0,31 0,10 0,18 0,04 -0,12 0,08 0,12 0,01 -0,15 0,04 -0,14 0,40 -0,01 0,21 0,46 -0,06 -0,24 -0,03 -0,08 -0,21 -0,16 -0,19 0,08 -0,14 -0,20 -0,07
C31 -0,06 -0,30 0,00 0,02 0,05 -0,19 -0,06 -0,10 -0,14 0,03 -0,33 -0,25 -0,07 -0,05 -0,28 0,00 0,00 -0,20 -0,28 -0,04 -0,19 0,00 -0,07 0,11 0,02 0,05 -0,05 -0,22 0,01 -0,02 -0,01
C32 -0,09 0,20 -0,16 -0,05 0,00 0,80 -0,22 -0,11 -0,23 -0,19 0,43 0,46 -0,04 -0,06 0,33 -0,18 0,49 0,21 0,09 0,60 0,21 -0,15 0,13 -0,12 -0,28 -0,26 -0,14 0,63 -0,28 -0,19 -0,06
C33 0,12 -0,06 0,20 -0,02 -0,09 0,23 -0,04 -0,04 -0,09 0,23 -0,09 -0,02 -0,08 0,14 -0,08 -0,04 0,15 0,27 0,12 0,15 -0,08 -0,05 -0,02 -0,09 -0,05 -0,09 -0,08 -0,08 -0,04 -0,04
C34 -0,35 0,08 -0,11 0,17 -0,28 -0,05 -0,32 -0,46 0,78 0,48 0,36 -0,37 0,47 -0,43 0,00 0,78 0,61 0,29 0,86 -0,45 -0,23 -0,14 -0,49 -0,34 -0,45 0,37 -0,46 -0,27 -0,10
C35 0,08 -0,08 -0,14 0,23 -0,13 -0,09 0,58 -0,35 -0,24 -0,07 0,63 -0,24 0,67 -0,10 -0,28 -0,24 -0,27 -0,34 0,30 0,60 0,06 0,47 0,47 0,50 -0,13 0,55 0,30 0,10
C36 0,24 -0,17 0,46 -0,09 -0,06 -0,04 0,09 -0,02 0,09 0,22 0,11 0,06 -0,11 0,01 0,23 0,06 0,07 -0,04 0,15 -0,01 -0,05 -0,08 0,03 -0,29 0,03 0,06 -0,02
C37 -0,03 -0,04 -0,02 0,40 -0,13 -0,12 -0,05 -0,03 -0,11 -0,12 -0,12 -0,06 -0,06 -0,05 0,06 -0,05 -0,12 -0,08 -0,03 -0,12 -0,07 -0,12 -0,08 -0,12 -0,06 -0,05
C38 -0,14 -0,04 -0,21 -0,23 0,32 0,33 -0,04 -0,12 0,19 -0,19 0,50 0,27 0,16 0,64 0,12 -0,13 -0,01 -0,10 -0,24 -0,24 -0,14 0,75 -0,32 -0,18 -0,04
C39 0,04 0,06 0,00 -0,24 -0,21 -0,06 0,14 -0,14 0,09 -0,02 -0,18 -0,03 -0,11 -0,24 -0,05 0,19 0,03 -0,02 0,05 0,11 -0,25 0,09 0,16 0,04
C40 0,12 -0,19 -0,10 -0,01 -0,03 -0,16 -0,05 -0,18 0,01 -0,09 0,07 0,02 -0,09 -0,17 -0,12 -0,05 -0,18 -0,11 -0,17 -0,09 -0,17 -0,09 0,16
C41 -0,13 -0,33 -0,23 -0,05 -0,13 -0,22 -0,14 -0,12 -0,24 -0,23 -0,21 -0,25 -0,17 -0,11 -0,05 -0,17 -0,06 -0,16 -0,24 -0,14 -0,11 -0,09
47
48
C42 -0,48 -0,30 -0,10 0,62 -0,27 0,84 -0,09 -0,40 -0,37 -0,34 -0,50 0,75 0,32 0,10 0,81 0,49 0,60 -0,26 0,66 0,14 0,18
C43 0,63 -0,05 -0,31 0,76 -0,44 0,04 0,46 0,65 0,37 0,71 -0,43 -0,17 -0,15 -0,49 -0,36 -0,43 0,41 -0,46 -0,26 -0,07
C44 -0,10 -0,30 0,48 -0,32 0,12 0,40 0,35 0,36 0,52 -0,34 -0,23 -0,11 -0,33 -0,23 -0,34 0,28 -0,29 -0,19 0,00
C45 -0,09 -0,07 -0,09 0,02 0,43 0,12 -0,01 0,23 -0,09 -0,06 -0,03 -0,09 -0,06 -0,09 0,02 -0,09 -0,05 -0,04
C46 -0,19 0,70 -0,15 -0,28 -0,25 -0,35 -0,42 0,61 0,74 -0,10 0,47 0,09 0,63 -0,07 0,47 0,24 0,06
C47 -0,29 0,00 0,06 0,30 0,25 0,31 -0,28 -0,08 -0,10 -0,31 -0,24 -0,28 0,17 -0,26 -0,18 -0,09
C48 -0,18 -0,34 -0,31 -0,39 -0,43 0,59 0,47 -0,11 0,66 0,52 0,70 -0,17 0,67 0,30 0,32
C49 -0,01 -0,19 0,70 -0,03 -0,15 -0,10 -0,03 -0,08 -0,13 -0,10 0,35 -0,11 -0,09 -0,07
C50 0,49 0,18 0,72 -0,33 -0,21 -0,11 -0,37 -0,26 -0,33 0,42 -0,38 -0,20 -0,04
C51 0,14 0,52 -0,32 -0,20 -0,10 -0,36 -0,23 -0,34 0,15 -0,33 -0,17 0,06
C52 0,31 -0,34 -0,26 -0,11 -0,30 -0,25 -0,30 0,45 -0,34 -0,21 -0,10
C53 -0,47 -0,31 -0,11 -0,47 -0,29 -0,46 0,27 -0,43 -0,24 -0,11
C54 0,23 0,25 0,87 0,33 0,71 -0,09 0,65 0,34 0,00
C55 -0,07 0,13 0,07 0,54 0,00 0,37 0,38 -0,01
C56 0,36 0,38 -0,11 -0,12 0,18 0,04 -0,04
C57 0,68 0,71 -0,23 0,81 0,42 0,10
C58 0,48 -0,27 0,73 0,46 0,24
C59 -0,11 0,86 0,78 0,04
C60 -0,34 -0,17 -0,08
C61 0,77 0,13
C62 -0,07
Compostos: (C1) tricicleno, (C2) α-pineno, (C3) canfeno, (C4) sabineno, (C5) β-pineno, (C6) p-cimeno, (C7) limoneno, (C8) β-felandreno, (C9) 1,8-cineol, (C10) γ-terpineno, 549 (C11) terpinen-4-ol, (C12) δ-elemeno, (C13) β-bourboneno, (C14) β-elemeno, (C15) α-gurjuneno, (C16) E-cariofileno, (C17) trans-α-bergamoteno, (C18) γ-elemeno, (C19) 550 α-humuleno, (C20) sesquisabineno, (C21) aloaromadendreno, (C22) ar-curcumeno, (C23) germacreno D, (C24) α-zingibereno, (C25) shyobunona I, (C26) biciclogermacreno, 551 (C27) β-bisaboleno, (C28) shyobunona II, (C29) {204[M
+], 81(100), 93(69)}, (C30) δ-cadineno, (C31) β-sesquifelandreno, (C32) {207[M
+], 81(100), 93(82)}, (C33) kessane, 552
(C34) shyobunona IV, (C35) ar-turmerol, (C36) espatulenol, (C37) globulol, (C38) germacreno D-4-ol, (C39) óxido de cariofileno, (C40) viridiflorol, (C41) ledol, (C42) 553 {220[M
+], 43(100), 93(79)}, (C43) 7-ciclodecen-1-ona,7-metil-3-metileno-10-(1-propil), (C44) {202[M
+], 119(100), 43(78)}, (C45) 1-epi-cubenol, (C46) {218[M
+], 554
119(100), 85(40)}, (C47) dehidroxi-isocalamendiol, (C48) α-acorenol, (C49) epi-α-murulol, (C50) {220[M+], 81(100), 140(69)}, (C51) {220[M
+], 82(100), 81(99)}, (C52) α-555
cadinol, (C53) {220[M+], 82(100), 81(95)}, (C54) {216[M
+], 95(100), 105(93)}, (C55) ar-turmerona, (C56) germacra-4(15),5,10(14)-trien-1α-ol, (C57) turmerona, (C58) Z-γ-556
atlantona, (C59) {220[M+], 120(100), 85(24)}, (C60) shyobunol, (C61) curlona, (C62) Z-α-atlantona, (C63) metil farnesoato (2E,6E).M+=peso molecular. 557
558
48
49
559 Figura 1. Dendrograma bidimensional representando a similaridade entre 59 plantas de Varronia 560
curassavica para a composição química do óleo essencial. 561
562
563
564
565
566
567
568
569
570
571
572
573
VA
C-4
09
VA
C-8
03
VA
C-8
02
VA
C-8
11
VA
C-4
01
VA
C-8
08
VA
C-8
12
VA
C-8
05
VA
C-3
24
VA
C-4
08
VA
C-8
19
VA
C-4
15
VA
C-4
10
VA
C-3
06
VA
C-5
10
VA
C-4
19
VA
C-1
10
VA
C-1
08
VA
C-3
16
VA
C-3
20
VA
C-3
13
VA
C-3
15
VA
C-3
02
VA
C-1
16
VA
C-5
09
VA
C-5
07
VA
C-5
06
VA
C-4
25
VA
C-8
10
VA
C-1
13
VA
C-1
15
VA
C-1
11
VA
C-4
22
VA
C-4
13
VA
C-8
09
VA
C-1
07
VA
C-3
19
VA
C-3
05
VA
C-1
14
VA
C-3
25
VA
C-3
08
VA
C-8
07
VA
C-3
04
VA
C-1
12
VA
C-8
17
VA
C-8
16
VA
C-8
15
VA
C-3
12
VA
C-5
08
VA
C-5
03
VA
C-5
11
VA
C-1
02
VA
C-4
18
VA
C-4
17
VA
C-4
14
VA
C-4
11
VA
C-1
06
VA
C-1
09
VA
C-1
01
Plantas amostradas
0
100
200
300
400
500
600
Dis
tân
cia
Eu
cli
dea
na
Gru
po I
Gru
po I
I
Gru
po I
II
Gru
po I
V
Gru
po V
50
574
Figura 2. Médias dos principais constituintes químicos do óleo essencial de plantas de 575
Varronia curassavica, grupo I a V. (C1) tricicleno, (C3) canfeno, (C16) E-cariofileno, (C24) 576
α-zingibereno, (C31) β-sesquifelandreno, (C43) 7-ciclodecen-1-ona,7-metil-3-metileno-10-(1-577
propil) (C57) turmerona. 578
579
580
581
582
583
51
584
Figura 3. Distribuição dos constituintes químicos do óleo essencial de plantas de V. curassavica em 585
relação aos dois componentes principais através da análise de componente principal (ACP). 586
Compostos: (C1) tricicleno, (C2) α-pineno, (C3) canfeno, (C4) sabineno, (C5) β-pineno, (C6) p-587
cimeno, (C7) limoneno, (C8) β-felandreno, (C9) 1,8-cineol, (C10) γ-terpineno, (C11) terpinen-4-ol, 588
(C12) δ-elemeno, (C13) β-bourboneno, (C14) β-elemeno, (C15) α-gurjuneno, (C16) E-cariofileno, 589
(C17) trans-α-bergamoteno, (C18) γ-elemeno, (C19) α-humuleno, (C20) sesquisabineno, (C21) 590
aloaromadendreno, (C22) ar-curcumeno, (C23) germacreno D, (C24) α-zingibereno, (C25) 591
shyobunona I, (C26) biciclogermacreno, (C27) β-bisaboleno, (C28) shyobunona II, (C29) {204[M+], 592
81(100), 93(69)}, (C30) δ-cadineno, (C31) β-sesquifelandreno, (C32) {207[M+], 81(100), 93(82)}, 593
(C33) kessane, (C34) shyobunona IV, (C35) ar-turmerol, (C36) espatulenol, (C37) globulol, (C38) 594
germacreno D-4-ol, (C39) óxido de cariofileno, (C40) viridiflorol, (C41) ledol, (C42) {220[M+], 595
43(100), 93(79)}, (C43) 7-ciclodecen-1-ona,7-metil-3-metileno-10-(1-propil), (C44) {202[M+], 596
119(100), 43(78)}, (C45) 1-epi-cubenol, (C46) {218[M+], 119(100), 85(40)}, (C47) dehidroxi-597
isocalamendiol, (C48) α-acorenol, (C49) epi-α-murulol, (C50) {220[M+], 81(100), 140(69)}, (C51) 598
{220[M+], 82(100), 81(99)}, (C52) α-cadinol, (C53) {220[M
+], 82(100), 81(95)}, (C54) {216[M
+], 599
95(100), 105(93)}, (C55) ar-turmerona, (C56) germacra-4(15),5,10(14)-trien-1α-ol, (C57) turmerona, 600
(C58) Z-γ-atlantona, (C59) {220[M+], 120(100), 85(24)}, (C60) shyobunol, (C61) curlona, (C62) Z-α-601
atlantona, (C63) metil farnesoato (2E,6E).M+=peso molecular. 602
603
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
Componente principal primário (20,59%)
-1,0
-0,8
-0,6
-0,4
-0,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
Co
mp
on
ente
pri
nci
pal
sec
un
dár
io (
13
,03
%)
C17
C48
C58
C54C46
C22
C56
C63C36
C37
C12C04
C03C01
C02
C15
C20
C33C45
C49
C29C60
C47
C38C28
C25
C44 C50
C34C21
C43
C53
C52
C51
C32
C14
C30
C41C07
C10
C06
C26
C04
C40C11
C23
C16
C39
C09
C05
C13
C08
C19
C31
C27C18
C24
C62
C55
C35
C59C61
C57C42
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52
604
Figura 4. Inibição do crescimento micelial (média ± erro padrão) de Lasiodiplodia theobromae em 605
função da concentração (v/v) de oleo essencial de plantas de Varronia curassavica representantes dos 606
grupos [grupo I (VAC-324), grupo II (VAC-510), grupo III (VAC-316), grupo IV (VAC-509) e grupo 607
V (VAC-503)] após 96 horas de incubação. 608
609
53
CAPÍTULO 2 1
2
Extração do óleo essencial de Varronia curassavica (Jacq.) por micro-ondas e 3
hidrodestilação e atividade antifúngica contra Colletotrichum musae (Berk & Curt.) von 4
Arx. 5
Resumo 6
7
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da extração do óleo essencial de V. curassavica por 8
micro-ondas (MI) e hidrodestilação (HD) sobre a composição química e atividade antifúngica 9
contra Colletotrichum musae (Berk & Curt.) von Arx. Para MI foram testadas três potências 10
(500, 600 e 700W), três tempos de destilação (20, 30 e 40 minutos) e três volumes de água (0, 11
25 e 50 mL por amostra). Para HD foram testados três tempos de destilação (100, 120 e 140 12
min.) e três volumes de água (1,0; 1,5 e 2,0L por balão). O óleo essencial obtido de dois 13
tratamentos de MI (500W por 20 min. sem água e 700W por 40 min. com 50 mL de água) e 14
dois tratamentos de HD (100 min. com 1,0 L de água e 140 min. com 2,0 L de água) foram 15
utilizados no ensaio de atividade antifúngica contra C. musae. Os maiores valores para teor de 16
óleo essencial para os métodos de extração foram 700W por 40 min. sem água para MI 17
(3,28%) e 120 min. com 1,0 L de água para HD (3,34%). Os compostos mais abundantes para 18
MI (700W, 40 min. sem água) e HD (120 min. com 1,0 L de água/balão) foram shyobunol 19
(26,53 e 24,00%) e germacreno D-4-ol (3,60 e 10,23%). Micrografias da superfície das folhas, 20
obtidos por microscopia eletrônica de varredura (MEV) após a extração do óleo essencial, 21
mostraram que ambos os métodos de extração causou a destruição de tricomas glandulares. 22
Os tricomas glandulares sofreram explosão devido ao tratamento do MI, e ficaram enrugados 23
pela destilação por HD. Os óleos essenciais (0,5%), obtidos por MI2 (700W durante 40 min., 24
com 50 ml de água por amostra) e HD1 (100 min. com 1,0 L de água) resultou em 80,3% e 25
79,7% de inibição do crescimento micelial de C. musae, respectivamente. 26
27
Palavras-chave: Varronia curassavica; óleo essencial; método de destilação; atividade 28
fungistática; Colletotrichum musae 29
30
31
32
33
34
54
1. Introdução 35
36
A espécie medicinal Varronia curassavica Jacq. (sinonímia Cordia verbenacea DC.) 37
conhecida popularmente como erva-baleeira, pertence à família Cordiaceae (Gasparino e 38
Barros, 2009) e possui ampla distribuição no território brasileiro. Diversas propriedades tais 39
como anti-inflamatória, antiucerogênica, antialérgica, antioxidante e antitumoral, são 40
atribuídas principalmente aos compostos α-humuleno e E-cariofileno presentes no óleo 41
essencial (Fernandes et al., 2007; Passos et al., 2007; Medeiros et al., 2007; Rogério et al., 42
2009; Oliveira et al., 2011; Michielin et al., 2011; Parissoto et al., 2012; Pimentel et al., 43
2012). Outras atividades biológicas como antibacteriana (Meccia et al., 2009; Matias, et al., 44
2010; Pinho et al., 2012; Rodrigues et al., 2012) e contra fungos fitopatogênicos (Silva et al., 45
2012; Hoyos et al., 2012; Silva et al., 2014), foram relatadas em estudos envolvendo o óleo 46
essencial de V. curassavica. Na indústria farmacêutica, o óleo essencial de V. curassavica é 47
utilizado na obtenção de um medicamento fitoterápico para o tratamento de inflamações. 48
Os óleos essenciais são constituídos por uma mistura de diversas substâncias químicas 49
complexas, com grande variação na composição, sendo a maior parte terpenos. Tal 50
composição é influenciada por fatores ambientais (interação entre o genótipo e ambiente, 51
método de irrigação, tempo de colheita, estação, e outros) e os parâmetros de processamento 52
tais como temperatura, tempo, pressão, e método de extração (Verma et al, 2010). O método 53
de extração é um dos fatores principais que determinam a qualidade do óleo essencial. O 54
processo de extração de forma inadequada pode resultar em danos ou alterações na 55
composição química do óleo essencial levando a perda de bioatividade e das características 56
naturais como cor, sabor e viscosidade (Tongnuanchan e Benjakul, 2014). 57
O método de extração por Hidrodestilação (HD) é o método mais comumente utilizado 58
para extração de óleos essenciais em plantas. Entretanto, apresenta como principais 59
desvantagens o longo tempo de extração, grande demanda de energia e água, 60
superaquecimento do material vegetal, podendo causar perda de compostos bioativos e 61
alteração das características físico-químicas dos óleos essenciais. Atualmente, novas técnicas 62
de extração estão disponíveis, como a extração por micro-ondas (MI). O aquecimento por 63
micro-ondas permite que o material vegetal alcance rapidamente seu ponto de ebulição, 64
levando a extração do óleo essencial em um tempo mais curto e com menor gasto de energia 65
(Khanavi et al., 2013). 66
A antracnose causada pelo fungo Colletotrichum musae (Berk & Curt.) von Arx. é a 67
principal doença responsável pela deterioração da banana durante as etapas de transporte, 68
55
armazenamento e comercialização (Pessoa et al., 2007; Moraes et al., 2008). Ele deteriora a 69
qualidade e valor nutritivo dos frutos, tornando-os impróprios para comercialização e 70
consumo, causando a redução da qualidade e quantidade de banana disponível para 71
exportação e consumo local (Khan et al., 2001; Anthony et al., 2004), gerando grave perda 72
para os agricultores e comerciantes (Thangamani et al., 2011). 73
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da extração do óleo essencial de V. 74
curassavica por micro-ondas sem solvente (MI) e hidrodestilação (HD) sobre a composição 75
química e atividade antifúngica contra Colletotrichum musae (Berk & Curt.) von Arx. 76
77
2. Material e Métodos 78
79
2.1. Material Vegetal 80
81
As folhas utilizadas para extração do óleo essencial foram obtidas do acesso de V. 82
curassavica VCUR-201, do Banco Ativo de Germoplasma da Universidade Federal de 83
Sergipe, localizado na Estação Experimental ―Campus Rural‖ da UFS. As folhas frescas 84
foram coletadas, pesadas, separadas para os experimentos de hidrodestilação e micro-ondas e 85
congeladas a -20°C até o início do experimento. 86
87
2.2. Extração de óleo essencial por hidrodestilação 88
89
A hidrodestilação foi realizada em aparelho Clevenger modificado utilizando-se balões 90
com capacidade para 3,0L e amostras de 100g de folhas frescas. O delineamento experimental 91
foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x3 e três repetições. Testaram-se três 92
tempos de destilação: 100, 120 e 140 minutos; e três volumes de água destilada: 1,0; 1,5 e 93
2,0L. Os óleos essenciais foram secos em sulfato de sódio anidro e armazenados em frascos 94
âmbar à -20°C até análise da composição química. O teor de óleo essencial foi calculado 95
utilizando a média da massa de seis amostras de 100 g de folhas frescas, secas a 100 °C em 96
estufa com circulação forçada de ar até peso constante (ocorreu em 48 horas). O teor de óleo 97
essencial foi calculado de acordo com a seguinte equação: 98
Teor (%, v/m) = (Volume de óleo essencial extraído da amostra/média da massa seca 99
das folhas) x 100. 100
101
2.3. Extração de óleo essencial por micro-ondas 102
56
Um sistema de reação acelerada por micro-ondas (NEOS, Milestone, Itália) foi 103
utilizado para o experimento. Este aparelho é equipado com um sistema circulante de 104
arrefecimento de água. Foram utilizadas amostras de 50g de folhas frescas. O delineamento 105
experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 3x3x3, com três repetições. 106
Testaram-se três potências: 500, 600 e 700W; três tempos de extração: 20, 30 e 40 minutos; e 107
três volumes de água destilada adicionada à amostra: 0, 25 e 50 mL. Os óleos essenciais 108
foram secos em sulfato de sódio anidro e armazenados em frascos âmbar à -20°C até análise 109
da composição química. Para calcular o teor de óleo essencial foi realizado o mesmo 110
procedimento descrito para hidrodeslilação. 111
112
2.4. Análise dos constituintes do óleo essencial 113
114
A análise da composição química dos óleos essenciais foi realizada em cromatógrafo 115
gasoso acoplado a espectrômetro de massa CG-MS/DIC (QP2010 Ultra, Shimadzu 116
Corporation, Kyoto, Japão) equipado com um autoinjetor AOC-20i (Shimadzu). As 117
separações foram realizadas utilizando coluna capilar de sílica fundida (5% de fenil-95%-118
dimetilpolissiloxano) Rtx®-5MS Restek de 30 m × 0,25 milímetros i.d., espessura de 0,25m, 119
com fluxo constante de gás hélio (99,999%) a 1,2 mL.min-1
. O volume de injeção empregado 120
foi 0,5 μL (5 mg.mL-1
), com uma taxa de 1:10. A temperatura programada foi de 50° C 121
(isotérmica durante 1,5 min), com um aumento de 4° C/min, até atingir 200 ° C, em seguida 122
10° C/min até alcançar 250° C, finalizando com 250° C por 5 minutos. Os dados de MS e FID 123
foram simultaneamente adquiridos empregando um Sistema de Detecção de Partição; a taxa 124
de partição de fluxo foi de 4:1 (MS: FID). Um tubo restritor (coluna capilar) de 0,62 m x 0,15 125
mm i.d. foi utilizado para conectar o divisor ao detector de MS; um tubo restritor de 0,74 m x 126
0,22 mm i.d. foi utilizado para conectar o divisor ao detector FID. Os dados de MS 127
(cromatograma de íon total, TIC) foram adquiridos no modo de varredura completa (m/z de 128
40-350) a uma velocidade de varredura de 0,3 fragmentos/s usando ionização de elétrons (EI) 129
com uma energia electrônica de 70 eV. A temperatura do injetor foi de 250° C e a temperatura 130
da fonte de íons foi de 250° C. A temperatura para FID foi ajustada para 250° C, e as fontes 131
de gás para o FID foram hidrogênio, ar e hélio com um fluxo de 30, 300, e 30 mL.min-1
, 132
respectivamente. A quantificação de cada componente estimada pelo FID foi calculada por 133
normalização da área do pico (%). As concentrações dos compostos foram calculadas a partir 134
das áreas dos picos de CG e foram dispostas em ordem de eluição de CG. 135
57
A identificação de cada componente do óleo essencial foi realizada pela comparação 136
dos seus espectros de massa observados com os espectros disponíveis na biblioteca do sistema 137
de dados do equipamento (NIST21, NIST107 e WILEY8). Uma mistura de hidrocarbonetos 138
(C9H20–C19H40) foi injetada sob as mesmas condições e a identificação dos constituintes foi 139
então realizada pela comparação do espectro com o banco de dados do equipamento e pelo 140
índice de Kovats calculado para cada componente (Adams, 2007). O índice de retenção foi 141
obtido pela equação proposta por Van Den Dool and Kratz (1963). 142
143
2.5.Microscopia Eletrônica de varredura (MEV) 144
145
Para observação das alterações ocasionadas nas folhas submetidas aos diferentes 146
métodos de extração do óleo essencial foi utilizada a microscopia eletrônica de varredura. As 147
análises foram realizadas no Laboratório de Microscopia Eletrônica e Análise Ultra-148
Estrutural, no Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), 149
Lavras, MG. Folhas sem qualquer tratamento e após os tratamentos de hidrodestilação: HD 150
(1,0L de água e 100 minutos de destilação) e MI (500W, 20 minutos, sem água) foram 151
utilizadas. As amostras foram fixadas e preparadas segundo Alves et al., (2008), montadas em 152
suportes de alumínio (stubs) e cobertas com ouro (evaporador Balzers SCD 050) para 153
observação em microscópio eletrônico de varredura LEO EVO 40. 154
155
2.6.Atividade Antifúngica 156
157
Cultura pura do fungo Colletotrichum musae foi obtida da micoteca do Laboratório de 158
Fitopatologia da Universidade Federal de Sergipe-UFS. O delineamento experimental foi 159
inteiramente casualizado com três repetições. Foram testados os óleos essenciais obtidos de 160
dois tratamentos extremos da hidrodestilação: HD1 (1,0L de água e 100 minutos de 161
destilação) e HD2 (2,0L de água e 140 minutos de destilação) e dois tratamentos extremos da 162
extração por micro-ondas: MI1 (500W, 20 minutos, sem água) e MI2 (700W, 40 minutos e 163
50mL de água). Foram testadas as concentrações 0,05; 0,1; 0,5; 1,0 e 3,0 % (v/v) de óleo 164
essencial. Os óleos essenciais foram solubilizados em DMSO a 1% e homogeneizados em 165
meio de cultura BDA (Agar Batata Dextrose, HIMEDIA). Em seguida, as soluções foram 166
vertidas em placas de Petri de 9,0 cm de diâmetro e cada placa foi inoculada, no centro, com 167
um disco de 7 mm de diâmetro, contendo micélios da cultura do fungo. As placas foram 168
vedadas, identificadas e incubadas em câmara B.O.D à temperatura de 22 ± 3 ºC e fotoperíodo 169
58
de 12 horas. As avaliações foram realizadas por medições do diâmetro micelial (média de 170
duas medidas diametralmente opostas), utilizando-se um paquímetro, 96 horas após o início 171
da incubação. Foram usadas como controles, placas de Petri sem óleo essencial contendo 172
meio BDA acrescido do solvente DMSO a 1% e placas de Petri contendo apenas o meio 173
BDA. Ao final das avaliações, calculou-se a porcentagem de inibição do crescimento do 174
fungo (PIC) dos tratamentos em relação à testemunha, utilizando-se a fórmula: 175
PIC = (diâmetro da testemunha – diâmetro do tratamento)/diâmetro da testemunha) x 100. 176
177
2.7. Análises estatísticas 178
179
Os dados de teor e da análise da composição química do óleo essencial foram 180
submetidos à análise de variância (ANAVA), e as médias foram comparadas pelo teste Scott 181
Knott (P≤0,05), utilizando o programa Sisvar ®. Para porcentagem de inibição do crescimento 182
micelial foram calculadas médias ± erro padrão da média através do programa Graph Pad 183
Prism®. 184
185
3. Resultados 186
187
Os maiores teores de óleo essencial obtidos com os métodos de extração foram 3,28% 188
para MI (700W por 40 min. sem água) e 3,34% para HD (120 min. com 1,0 L de água por 189
balão) (Tabelas 1 e 2). Os compostos mais abundantes para a MI (700W durante 40 minutos. 190
sem água) e HD (120 min. com 1,0 L de água) foram shyobunol (26,53 e 24,00%) e 191
germacreno D-4-ol (3,60 e 10,23%) (Tabelas 1 e 2). 192
Para a maioria dos compostos observou-se interação significativa entre o tempo de 193
destilação e volume de água para HD. O aumento do tempo de destilação e/ou do volume de 194
água causou uma redução do teor dos constituintes químicos β-elemeno (de 1,23 para 0,97%), 195
E-cariofileno (de 5,49 para 4,35%), α-humuleno (de 1,80 para 1,43%), aloaromadendreno (de 196
1,78 para 1,44%), biciclogermacreno (de 5,63 para 4,55%) e germacreno D-4-ol (de 11,40 197
para 9,86%) (Tabela 1). Para germacreno D-4-ol, houve uma redução do teor quando se 198
aumentou o tempo de destilação, no entanto, o maior volume de água por balão resultou em 199
teores mais elevados, alcançando o máximo (12,55%) com 100 minutos de destilação e 2,0 L 200
de água por balão. Para os compostos espatulenol, ledol e epi-α-murulol e shyobunol, houve 201
um aumento no conteúdo com o aumento do volume de água e/ou do tempo de destilação 202
(Tabela 1). 203
59
A potência, o tempo de extração e suas interações influenciaram o teor de óleo 204
essencial obtido na extração por micro-ondas (MI). Dentro de cada potência, maior teor de 205
óleo essencial foi obtido no maior tempo de extração (40 min.), exceto para 600W, onde não 206
houve diferença significativa entre os 30 e 40 minutos. Máximo teor de óleo essencial 207
(3,28%) foi observado com potência de 700W durante 40 min. independentemente do volume 208
de água/amostra (Tabela 2). 209
Dois compostos não foram detectados no óleo essencial extraído por HD, mas foram 210
detectados no óleo essencial extraído por MI: farnesil acetato (2E, 6E) e farnesil acetato (2Z, 211
6E). 212
Com o tempo de extração de 40 min. para MI sem água observamos que o uso de 213
maior potência (700W) resultou em aumento do teor de β-elemeno (0,99%), E-cariofileno 214
(3,97%), α-humuleno (1,44%), aloaromadendreno (1,65%), biciclogermacreno (4,96%), ledol 215
(4,00%), epi-α-murulol (4,06%), e farnesil acetato (2Z, 6E) (3,59%) (Tabela 2). Com adição 216
de 50 ml de água por amostra, para o sistema de extração por MI, observou-se aumento dos 217
teores dos compostos aloaromadendreno (1,34%), ledol (4,10%) e farnesil acetato (2Z, 6E) 218
(3,60%) (Tabela 2). 219
Usando o tempo de extração de 40 min. para MI sem água observou-se que o uso de 220
menor potência (500W) resultou em aumento do conteúdo de germacreno D-4-ol (4,24%), 221
óxido de cariofileno (2,24%), cubenol (2,17%), shyobunol (27,35%) e metil farnesoato (2E, 222
6E) (3,51%) (Tabela 2). Com a adição de 50 ml de água por amostra, para o sistema de 223
extração por MI, observou-se um aumento do conteúdo de germacreno D-4-ol (5,51%) e metil 224
farnesoato (2E, 6E) (3,11%) (Tabela 2). 225
Para visualização das alterações morfológicas das folhas de V. curassavica após a 226
extração do óleo essencial por métodos diferentes foram usados Microscopia Eletrônica 227
(MEV). Na Figura 2A, podemos ver que os tricomas glandulares estão arredondados, 228
globulares, sem qualquer dano aparente. Após a extração por HD e MI os tricomas 229
glandulares estão completamente deformados (Fig. 2, B e C), justificando o conteúdo de óleo 230
essencial semelhante obtido para ambos os métodos de extração. 231
Na concentração de 0,5% de óleo essencial, para os quatro tratamentos testados, 232
observaram-se valores de inibição do crescimento micelial do fungo C. musae 233
estatisticamente semelhantes, entre 78,7 e 80,3% (Tabela 3). Apenas na concentração de 3,0% 234
de óleo essencial, observaram-se valores de inibição do crescimento micelial estatisticamente 235
diferentes, entre 81,3 (MI1) e 85,2% (HD2) (Tabela 3). 236
237
60
4. Discussão 238
239
A utilização de menores volumes de água na extração por HD proporcionou maior teor 240
de óleo essencial. A adição de menor volume de água no balão possibilita um maior espaço de 241
circulação do vapor d‘água juntamente com o óleo essencial durante a destilação, o que 242
favorece a permanência desse óleo essencial no sistema e uma menor perda por volatilização. 243
Os compostos observados em maiores teores em condições de menor tempo de 244
destilação e/ou menor volume de água, na HD são na maioria compostos classificados como 245
hidrocarbonetos sesquiterpêncos. O aumento do tempo de extração causa uma perda maior 246
dos compostos hidrocarbonetos sesquiterpêncos por volatilização, por degradação causada 247
pela alta temperatura ou ainda por hidrólise (Sozmen et al., 2011; Li et al., 2012; Qi et al., 248
2014). Em contrapartida, os compostos que tiveram maiores teores com maior tempo e/ou 249
volume de água são sesquiterpenos oxigenados. Devido à menor volatilidade desses 250
compostos, eles são perdidos em menor quantidade em comparação com os hidrocarbonetos 251
sesquiterpênicos durante o processo de extração. 252
O tempo e a potência foram os fatores mais importantes na extração de óleo essencial 253
de V. curassavica por MI. De forma semelhante, Shah e Garg (2014) observaram maior 254
influência do tempo de extração e potência no teor de óleo essencial de gengibre, de forma 255
que o maior tempo (30 min.) e potência testados (640W) proporcionaram maior teor. Segundo 256
Chen et al., (2011), o aumento da potência acelera a transferência de massa e aumenta o 257
rendimento de óleo essencial. 258
Para as espécies Ocimum basilicum e Chenopodium ambrosioides, os fatores tempo e 259
a água foram mais importantes do que potência para teor de óleo essencial obtido por MI. De 260
forma semelhante ao presente estudo (para HD), os autores relataram que quanto maior o 261
tempo de extração e menor volume de água, maiores foram os teores de óleo essencial 262
(Cardoso-Ugarte et al., 2013). Neste trabalho foi utilizado um aparelho micro-ondas 263
doméstico adaptado e maiores volumes de água, daí a semelhança deste, com o que foi 264
observado para hidrodestilação no atual estudo. 265
Observou-se maior número de compostos no óleo essencial de V. curassavica extraído 266
por MI em comparação com HD, assim como observado em Ferulago campestres (Riela et 267
al., 2011). O aquecimento do material vegetal por microondas gera um superaquecimento no 268
interior celular, causando a expansão e ruptura das paredes celulares, permitindo a extração do 269
óleo essencial e de compostos menos voláteis de forma mais eficiente (Chen et al., 2011). 270
61
A interação significativa entre os fatores estudados na extração por MI, para a maioria 271
dos compostos, evidencia que tais fatores causam variações quantitativas na composição 272
química do óleo essencial de erva-baleeira. Para o composto germacreno D-4-ol, houve uma 273
semelhança entre o óleo essencial extraído por HD e MI, onde maiores teores foram 274
alcançados no menor tempo e maiores volumes de água. Em relação ao tempo, houve uma 275
semelhança no comportamento dos compostos E-cariofileno e α-humuleno, em que maiores 276
teores foram observados nos menores tempos de extração em ambos os métodos. 277
Através da MEV observamos destruição de tricomas glandulares causadas por ambos 278
os métodos de extração MI e HD, quando comparados com o controle (Fig. 1). A Fig. 1C 279
mostra que os tricomas glandulares sofreram explosão devido ao tratamento do MI, enquanto 280
a Fig. 1B mostra os tricomas glandulares com aspecto enrugado. No processo de extração do 281
óleo essencial por micro-ondas, ocorre a transferência de calor a partir do centro da amostra 282
para a extremidade. Deste modo, o acumúmulo de pressão no interior das glândulas excede a 283
capacidade de expansão e provoca ruptura e liberação do óleo essencial mais rápido do que na 284
extração por HD (Qi et al., 2014), em que o óleo essencial necessita permear a cutícula para 285
ser extraído (Sahraoui et al., 2008). 286
A maior diferença na composição química dos óleos essenciais utilizados no ensaio de 287
atividade antifúngica foi para o conteúdo de germacreno D-4-ol. Portanto, acredita-se que a 288
maior inibição do crescimento micelial fornecida por óleos essenciais obtidos por HD é 289
provavelmente devido ao maior teor deste composto. Além disso, alguns estudos relataram 290
atividades biológicas apresentadas pelo germacreno D-4-ol. O óleo essencial extraído de 291
frutos de Zanthoxylum fagara, contendo germacreno D-4-ol como composto principal, exibiu 292
forte atividade contra Colletotrichum acutatum (Prieto et al., 2011). Em Pinus nigra, a 293
atividade antimicrobiana dos óleos essenciais contra fungos e bactérias foi atribuída ao efeito 294
sinérgico entre alguns compostos e o composto germacreno D-4-ol (Sarac et al., 2014). 295
296
Agradecimentos 297
Os autores agradecem ao CNPq, FAPITEC/SE, CAPES, FINEP, e RENORBIO pelo suporte 298
financeiro dado para realização deste trabalho. 299
300
5. Referências 301
302
62
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oil composition of menthol mint (Mentha arvensis) and pepper mint (Mentha piperita) 414
cultivars at different stages of plant g 415
416
66
Tabela 1. Teor e composição química (%) do óleo essencial de V. curassavica extraído por 417
hidrodestilação, em função do tempo e volume de água. 418
Composto IRRo IRRl Tempo
(min.)
Água (L/balão)
1,0 1,5 2,0 β-elemeno 1389 1389 100 1,23aA 1,15aA 1,18aA
120 1,21aA 1,11aB 1,10bB
140 1,14bA 1,09aA 0,97cB
E-cariofileno 1422 1417 100 5,49aA 5,14aB 5,20aB
120 5,44aA 4,98aB 4,87bB
140 4,98aB 4,92aA 4,35cB
α-humuleno 1457 1452 100 1,80aA 1,71aB 1,7aB
120 1,76aA 1,64aB 1,61bB
140 1,63bA 1,61bA 1,43cB
Aloaromadendreno 1465 1458 100 1,78aA 1,66aB 1,67aB
120 1,74aA 1,63aB 1,56bB
140 1,69aA 1,69aA 1,44cB
Biciclogermacreno 1499 1500 100 5,63aA 5,27aB 5,44aB
120 5,31bA 5,20aA 4,91bB
140 5,01cA 5,00aA 4,55cB
Germacreno D-4-ol 1580 1574 100 11,40aB 11,70aB 12,55aA
120 10,23bC 11,09bB 11,84bA
140 9,86bB 9,90cB 10,36cA
Espatulenol 1583 1577 100 1,16aB 1,20aB 1,32aA
120 1,10aA 1,19aA 1,21bA
140 1,11aA 1,14aA 1,13bA
Óxido de cariofileno 1592 1582 100 1,34aA 1,34aA 0,97bB
120 1,36aA 1,34aA 1,34aA
140 1,32aA 1,35aA 1,34aA
Ledol 1612 1602 100 3,71aB 3,65bB 4,50aA
120 3,69aB 3,88aA 3,93bA
140 3,67aB 3,67bB 3,88bA
Epi-α-murulol 1646 1640 100 2,76bB 2,90bB 3,90aA
120 3,00bB 4,10aA 3,97aA
140 3,63aB 3,94aA 3,92aA
Cubenol 1650 1645 100 1,82aA 1,86aA 1,75bA
120 1,85aA 2,00aA 1,89bA
140 1,98aA 2,06aA 2,22aA
α-cadinol 1660 1652 100 4,56aA 4,68aA 4,83bA
120 4,91aA 4,93aA 5,33aA
140 4,94aA 5,41aA 5,63aA
Shyobunol 1705 1709 100 24,24bA 23,90bA 22,95cB
120 24,00bA 24,14bA 24,24bA
140 24,93aB 24,81aB 25,58aA
Metil farnesoato (2E, 6E) 1776 1783 100 2,95aA 3,10aA 1,67cB
120 2,25bB 2,91aA 2,88aA
140 2,86aA 2,77aA 2,24bB
Teor (%) 100 2,93bA 2,93bA 2,43cB
120 3,34aA 3,03bB 2,93bB
140 3,54aA 3,44aA 3,23aA
IRRo: índice de retenção relativo observado; IRRl: índice de retenção relativo da literatura. Médias seguidas de 419 mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha não diferem entre si pelo teste de Scott Knott (P<0,05). 420
421
67
Tabela 2. Teor e composição química (%) do óleo essencial de V. curassavica extraído por micro-ondas, em função da potência, tempo e volume de
água.
Compostos IRRo IRRl
Potência
(W)
Água (mL/amostra)
0 25 50
Tempo (min.)
20 30 40 20 30 40 20 30 40
β-elemeno 1389 1389 500 1,05bAβ 1,01bAα 0,96aBα 1,00bAβ 0,89cBβ 0,87cBβ 1,20aAα 0,83cBβ 0,87aBβ
600 1,21aAα 1,12aBα 0,87bCβ 1,19aAα 1,13aAα 1,03aBα 1,08bAβ 1,02aAβ 0,93aBβ
700 1,25aAα 1,02bBα 0,99aBα 1,03bAβ 1,03bAα 0,94bBα 1,00cAβ 0,93bAβ 0,93aAα
E-cariofileno 1422 1417 500 4,40aAγ 3,55cBα 3,43bBα 3,78bAβ 2,87bBβ 2,92bBβ 5,24aAα 2,60bCγ 3,08aBβ
600 4,45aAα 4,19aBα 2,99cCβ 4,25aAα 3,82aBβ 3,59aCα 3,82bAβ 3,51aBγ 3,19aCβ
700 4,59aAα 3,91bBα 3,97aBα 3,96bAβ 3,68aBβ 3,46aBβ 3,67bAγ 3,35aBγ 3,12aCγ
α-humuleno 1457 1452 500 1,49bAβ 1,30cBα 1,29bBα 1,36cCγ 1,14bBβ 1,15bBβ 1,75aAα 1,06bCγ 1,19aBβ
600 1,58bAα 1,51aBα 1,19cCβ 1,56aAα 1,45aBα 1,36aCα 1,42bAβ 1,37aAβ 1,25aBβ
700 1,68aAα 1,39bBα 1,44aBα 1,44bAβ 1,40aAα 1,30aBβ 1,35cAγ 1,31aAβ 1,21aBγ
Aloaromaden –
dreno
1465 1458 500 1,65cAα 1,43bBα 1,45bBα 1,44cAβ 1,25bBβ 1,25bBβ 1,71aAα 1,11cCγ 1,26bBβ
600 1,75bAα 1,65aBα 1,35cCβ 1,71aAα 1,54aBβ 1,52aBα 1,52bAβ 1,51aAβ 1,40aBβ
700 1,92aAα 1,59aBα 1,65aBα 1,62bAβ 1,57aAα 1,45aBβ 1,45cAγ 1,44bAβ 1,34aBγ
Biciclogermacreno 1499 1500 500 5,08cAβ 4,52bBα 4,59bBα 4,70cAγ 4,25bBβ 4,20cBβ 5,31aAα 4,04cCγ 4,22bBβ
600 5,41bAα 5,07aBα 4,41cCβ 5,31aAα 4,88aBβ 4,79aBα 4,88bAβ 4,71aBγ 4,43aCβ
700 5,67aAα 4,94aBα 4,96aBα 5,07bAβ 4,82aBα 4,50bCβ 4,78bAγ 4,50bBβ 4,21bCγ
Germacreno D-4-ol
1580 1574 500 4,09aBγ 4,29aAγ 4,24aAγ 4,31bCβ 4,48aBβ 4,77aAβ 11,86aAα 5,09aCα 5,51aBα
600 4,03aAγ 3,89bBγ 4,02bAγ 4,56aAβ 4,34bBβ 4,53bAβ 4,83bAα 4,75bAα 4,77bAα
700 3,93aAγ 3,91bAγ 3,60cBγ 4,03cBβ 4,21cAβ 4,03cBβ 4,70cAα 4,62cBα 4,73bAα
Óxido de
cariofileno
1592 1582 500 2,45aAα 2,34aBα 2,24aCα 2,49aAα 2,14bBβ 2,20aBα 1,39bCβ 2,09aBβ 2,20aAα
600 2,46aAα 2,18bCα 2,28aBα 2,37bAβ 1,96cCβ 2,12bBβ 2,14aAγ 2,12aAα 2,02bBγ
700 2,28bAα 2,22bAβ 1,97bBβ 2,10cBγ 2,30aAα 2,04cBβ 2,17aAβ 2,06aAγ 2,17aAα
Ledol 1612 1602 500 3,78bAβ 3,38bBβ 3,47bBα 3,71cAβ 3,79bAα 3,63aAα 4,01bAα 3,72bBα 3,62bBα
600 3,62bBβ 4,03aAβ 3,98aAα 4,01bAα 3,93bAβ 3,86aAα 3,83bBα 4,30aAα 4,11aAα
700 4,22aAα 3,95aBβ 4,00aBα 4,26aAα 4,30aAα 3,87aBα 4,33aAα 4,10aAβ 4,10aAα
67
68
Epi-α-murulol 1646 1640 500 2,79bBα 2,88bBγ 3,50bAβ 2,86bCα 4,16aAα 3,82aBα 2,98bBα 3,89aAβ 3,80aAα
600 3,41aBα 3,67aAα 3,89aAα 3,58aAα 3,73bAα 3,68aAα 3,71aAα 3,69aAα 3,75aAα
700 3,60aBα 3,55aBα 4,06aAα 3,64aAα 3,79bAα 3,57aAβ 3,67aAα 3,75aAα 3,87aAβ
Cubenol 1650 1645 500 1,63aBα 1,99aAα 2,17aAα 1,87aAα 1,77aAα 2,10aAα 1,93aAα 1,96aAα 1,57bBβ
600 1,90aAα 1,68bAα 2,02aAα 1,52bBβ 1,78aAα 1,89aAα 1,64aAβ 1,74aAα 1,86aAα
700 1,67aAα 2,07aAα 1,69bBβ 1,53bBα 1,70aBβ 2,09aAα 1,78aAα 1,71aAβ 1,90aAα
α-cadinol 1660 1652 500 4,54aAα 4,51aAα 4,54aAα 4,17aAα 4,55aAα 4,26aAα 4,67aAα 4,62aAα 4,79aAα
600 3,84aBβ 4,49aAα 4,93aAα 4,55aAα 4,44aAα 4,31aAβ 4,01aBβ 4,62aAα 4,82aAα
700 4,50aAα 4,59aAα 4,28aAα 4,79aAα 4,24aAα 4,48aAα 4,19aAα 4,49aAα 4,60aAα
Shyobunol 1705 1709 500 26,47aBβ 26,92aAβ 27,35aAα 27,30aBα 28,43aAα 27,84aBα 23,53bCγ 29,07aAα 27,45aBα
600 26,11aBβ 25,88bBβ 27,22aAα 25,50bBβ 26,68cAα 26,91bAα 26,98aAα 26,40cBα 27,45aAα
700 25,20bBβ 26,11bAβ 26,53bAβ 27,34aAα 27,49bAα 27,12bAα 27,03aAα 27,71bAα 27,46aAα
Metil farnesoato
(2E, 6E)
1776 1783 500 3,94aBα 4,55aAα 3,51aCα 3,33aBβ 3,67aAβ 3,19aBβ 1,79cCγ 3,77aAβ 3,11aBβ
600 3,63aAα 3,83bAα 2,85bBα 2,44bBγ 3,28bAβ 2,51bBβ 2,85aAβ 1,70bBγ 1,84bBγ
700 1,63bAβ 1,54cAα 1,78cAα 1,38cBβ 1,80cAα 2,10cAα 2,14bAα 1,63bBα 1,77bBα
Farnesil acetato
(2Z, 6E)
1824 1821 500 2,50cAβ 2,16cBα 2,81bAα 2,83cAα 2,47bAα 2,72cAα 0,00cCγ 2,03bBβ 2,40bAβ
600 2,82bBβ 2,69bBβ 3,56aAα 3,19bAα 2,48bBβ 3,24bAβ 2,70bBβ 3,64aAα 3,69aAα
700 4,34aAα 3,83aBα 3,59aBα 4,14aAα 3,61aBα 3,65aBα 3,33aBβ 3,83aAα 3,60aAα
Teor (%) 500 1,65bCα 2,05bBα 2,69bAα 1,45cCα 2,07bBα 2,71bAα 1,52cCα 2,09cBα 2,58cAα
600 2,20aBα 2,86aAα 2,48bBβ 2,21bBα 2,88aAα 2,90bAα 2,08bCα 2,50bBα 3,00bAα
700 2,42aBα 2,90aBα 3,28aAα 2,71aBα 2,90aBα 3,36aAα 2,71aBα 2,95aBα 3,43aAα
IRRo: índice de retenção relativo observado; IRRl: índice de retenção relativo da literatura. Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna, maiúscula na linha e grega entre
volumes de água (para um mesmo tempo e potência) não diferem entre si pelo teste de Scott Knott (P<0,05).
68
69
Tabela 3. Porcentagem de inibição do crescimento micelial (média ± erro padrão da média)
do fungo Colletotrichum musae em função da concentração (v/v) de óleo essencial de
Varronia curassavica obtido micro-ondas (MI) e hidrodestilação (HD), após 96 horas de
incubação.
Concentração de óleo esssencial (%) MI1 MI2 HD1 HD2
Inibição do crescimento micelial (%)
0,05 71,0 ± 2,0 72,6 ± 0,8 78,4 ± 0,8 76,8 ± 1,5
0,1 76,1 ± 2,2 75,5 ± 0,6 79,0 ± 0,3 78,1 ± 0,6
0,5 80,3 ± 1,7 80,3 ± 0,3 79,7 ± 0,6 78,7 ± 3,0
1,0 80,1 ± 0,9 80,3 ± 1,2 81,0 ± 1,8 82,3 ± 0,8
3,0 81,3 ± 0,8 82,6 ± 0,0 83,6 ± 0,6 85,2 ± 0,9 HD1 = hidrodestilação por 100 min, com 1,0 L de água; HD2 = hidrodestilação por 140 min, com 2,0 L de água;
MI1 = extração por micro-ondas utilizando potência de 500W durante 20 minutos, sem água; MI2 = extração por
micro-ondas usando 700W, durante 40 min, com 50 mL de água/amostra.
70
Figura 1. Eletromicrografia de varredura de folhas de erva-baleeira: A- não tratadas, B-após
extração por hidrodestilação, C-após extração por micro-ondas, tg=tricoma glandular.
A
B
C
tg
tg
tg
71
CAPÍTULO 3 1
2
Atividade antiprotozoária do óleo essencial de Varronia curassavica Jacq. e de 3
compostos majoritários contra Ichthyophthirius multifiliis in vitro 4
5
Resumo 6
O protozoário Ichthyophthirius multifiliis, agente causador da ictiofiríase, tem proporcionado 7
grandes perdas na piscicultura mundial. Formas alternativas de controle desse protozoário têm 8
sido estudadas em substituição aos produtos químicos sintéticos. Neste sentido o objetivo do 9
presente trabalho foi avaliar a atividade antiprotozoária in vitro do óleo essencial de acessos 10
de Varronia curassavica e de seus compostos químicos majoritários contra diferentes estágios 11
do parasita Ichthyophthirius multifiliis. As sondas fluorescentes iodeto de propídeo (IP) e 12
SYBR-14 foram adicionadas aos parasitas após incubação com os óleos essenciais dos 13
acessos VCUR-001, VCUR-601 e VCUR-509 e compostos majoritários α-pineno, sabineno, 14
E-cariofileno e viridiflorol, para contagem de vivos e mortos. Na fase trofonte, dos óleos 15
essenciais de V. curassavica, o acesso VCUR-509 foi o que apresentou atividade mais 16
pronunciada contra o íctio, pois na concentração de 75 mg.L-1
, o óleo essencial proporcionou 17
mortalidade de 100% dos protozoários. A mesma mortalidade para os demais acessos foi 18
observada apenas na concetração de 200 mg.L-1
. Na fase de tomonte, máxima mortalidade foi 19
observada na concentração de 200 mg.L-1
para os três acessos testados. Os compostos 20
majoritários α-pineno, sabineno, e a mistura E-cariofileno mais viridiflorol presentes nos 21
óleos essenciais testados, causaram 100% de mortalidade de trofontes e tomontes. Danos 22
causados à integridade da membrana nos trofontes e rompimento da parede do cisto nos 23
tomontes parece ser a principal causa de morte dos protozoários incubados com os óleos 24
essenciais de V. curassavica. Os compostos majoritários são os principais responsáveis pela 25
atividade antiprotozoária apresentada pelos óleos essenciais. 26
27
Palavras-chave: parasitas, erva-baleeira, óleo essencial, íctio. 28
29
30
31
32
72
1. Introdução 33
34
A ictiofiríase ou ―doença dos pontos brancos‖ é causada pelo protozoário ciliado 35
Ichthyophthirius multifiliis, conhecido popularmente como íctio. Este protozoário tem 36
causado grandes perdas econômicas na indústria da piscicultura, seja em sistemas 37
convencionais, de alta tecnologia, ou na produção de peixes ornamentais (Mattheus, 2005; 38
Heineche e Buchmann, 2009; Martins et al., 2011). No Brasil, o íctio está entre os principais 39
agentes causadores de enfermidades em peixes cultivados (Malta et al., 2001; Martins et al., 40
2002; Martins e Ghiraldelli, 2008; Pinto et al., 2009), sendo considerados obstáculos à 41
produtividade dos animais em criação intensiva. Este protozoário tem um ciclo de vida direto, 42
que é dependente da temperatura, de tal modo que na temperatura da água mais elevada, mais 43
rápido o ciclo de vida se completa. O ciclo de vida envolve as seguintes fases: fase parasitária 44
trofonte; uma fase de natação livre, protomonte que sai do peixe e se acomoda sobre o 45
substrato para transformar em um tomonte encistado, que se multiplica por divisão binária; 46
tomitos que são liberados do tomonte e subsequentemente se diferenciam na fase infecciosa, 47
os terontes, de natação livre que penetram através do muco e invadem o epitélio da pele, 48
brânquias, entre outros (Shinn et al., 2012; Picón-Camacho et al., 2012). 49
Nas fazendas, a abordagem mais comum para tratar estes ciliados é através do uso de 50
banhos terapêuticos de curta duração (por exemplo, 30 min-4h em tanques, raceways e 51
sistemas fechados) ou longa duração (por exemplo, 7-15 dias em viveiros) utilizando produtos 52
parasiticidas, que tem como objetivo eliminar os estágios de natação livre do parasita. Nas 53
outras etapas são raramente susceptíveis ao tratamento (Picón-Camacho et al., 2012). 54
O produto verde malaquita, anteriormente utilizado com eficiência no controle de I. 55
multifiliis teve seu uso proibido por parte dos governos em muitos países (Picón-Camacho et 56
al., 2012a, b), por ser cancerígeno, teratogênico e altamente persistente no ambiente; tem 57
despertado o interesse por produtos alternativos que sejam ambientalmente seguros no 58
controle desse parasita. No tratamento das doenças em peixes, os extratos de plantas 59
medicinais vêm sendo avaliados principalmente para reduzir ou evitar o emprego de 60
quimioterápicos que provoca desenvolvimento de parasitos resistentes aos fármacos e impacto 61
negativo no ambiente (Doughari et al., 2009, Picón-Camacho et al., 2012). Neste sentido, 62
diversas pesquisas voltadas para o uso de extratos ou compostos de plantas medicinais no 63
controle do íctio têm sido realizadas, como por exemplo, o extrato aquoso de Capsicum 64
frutescens (Ling, et al., 2012), extrato metanólico de Psoralea corylifolia (Ling et al., 2013), 65
73
extrato e flavonóides isolados da casca da raiz de Morus alba (Fu, et al., 2014a; Liang et al., 66
2015 ); cynatratoside-C, isolada a partir de raízes Cynanchum atratum (Fu, et al., 2014b). 67
Além dos extratos vegetais, uma alternativa consiste na utilização de óleos essenciais. 68
Os óleos essenciais são constituídos por uma mistura de diversas substâncias químicas 69
complexas, com grande variação na composição, sendo a maior parte de terpenos. Em geral, 70
os compostos mais abundantes determinam as propriedades de um óleo essencial em 71
particular, e é provável que seu modo de ação envolva vários alvos na célula (Bakkali et al., 72
2008). A hidrofobicidade de óleos essenciais lhes permite passar através da parede celular e 73
da membrana citoplasmática, alterando a estrutura das diferentes camadas de polissacarídeos, 74
ácidos graxos e de fosfolípidos, tornando-a permeável (Turina et al., 2006). 75
A espécie medicinal Varronia curassavica, nativa do Brasil e conhecida popularmente 76
como erva-baleeira é utilizada popularmente no tratamento de inflamações. Além de suas 77
propriedades medicinais já comprovadas, atividades biológicas como antibacteriana (Meccia 78
et al., 2009; Matias, et al., 2010; Pinho et al., 2012; Rodrigues et al., 2012) e contra fungos 79
fitopatogênicos (Silva et al., 2012; Hoyos et al., 2012; Silva et al., 2014), foram relatadas em 80
estudos envolvendo o óleo essencial de V. curassavica. No entanto, ainda não foram 81
realizados estudos sobre o seu potencial antiparasitário. Dessa forma, o objetivo do presente 82
trabalho foi avaliar a atividade antiprotozoária in vitro do óleo essencial de acessos de 83
Varronia curassavica e dos seus compostos químicos majoritários contra Ichthyophthirius 84
multifiliis. 85
86
2. Material e Métodos 87
88
2.1. Obtenção dos parasitas 89
90
Peixes ornamentais da espécie Xiphophorus maculatus, infestados com 91
Ichthyophthirius multifiliis foram obtidos de uma piscicultura comercial de Aracaju, Sergipe-92
Brasil. Tambaquis (Colossoma macropomum) sadios pesando entre 4,0 e 5,0g foram 93
infectados por cohabitação com os peixes infestados, em um aquário de 10 litros com sistema 94
de aeração e temperatura da água de 24°C (Fu et al., 2014a). Os tambaquis infectados com 95
íctio foram sacrificados por concussão cerebral. Esse procedimento se fez necessário, pois a 96
utilização de anestésico poderia interferir na resposta do parasita ao produto testado e o gelo 97
que também seria recomendado para esse uso, poderia matar os protozoários e assim impedir 98
74
o teste. Em seguida, a pele do peixe foi suavemente raspada com o auxílio de uma lâmina de 99
vidro para retirada dos trofontes. Os trofontes isolados foram lavados várias vezes com água 100
declorada para remover o muco de peixe. Para obtenção dos tomontes, trofontes foram 101
incubados por 4 horas a 24°C, conforme descrito por Fu et al., (2014b). 102
103
2.2. Óleos essenciais e compostos majoritários 104
105
Foram utilizados óleos essenciais de três acessos de Varronia curassavica do Banco 106
Ativo de Germoplasma da Universidade Federal de Sergipe: VCUR-509, VCUR-601 e 107
VCUR-001. As folhas foram coletadas e secas em estufa com circulação forçada de ar a 40°C 108
por cinco dias. A extração do óleo essencial foi por hidrodestilação em aparelho Clevenger 109
modificado, utilizando amostras de 75g de folha seca. A composição química do óleo 110
essencial dos três acessos, obtidas por cromatógrafo gasoso acoplado a espectrômetro de 111
massa CG-MS/FID (QP2010 Ultra, Shimadzu Corporation, Kyoto, Japão) encontra-se na 112
Tabela 1. 113
Os compostos majoritários de cada acesso, adquiridos comercialmente e utilizados nos 114
testes foram: E-cariofileno (Sigma-Aldrich), α-pineno (Sigma-Aldrich), sabineno (Sigma-115
Aldrich) e viridiflorol (Sigma-Aldrich). 116
Os óleos essenciais e os compostos isolados foram diluídos em Tween 80 na 117
proporção: 2/3 óleo/isolado: 1/3 Tween para melhorar sua dispersão na água. Essa mistura foi 118
agitada vigorosamente em equipamento Vórtex, até completa homogeneização. 119
120
121
122
123
124
125
126
127
128
129
130
131
75
Tabela 1. Composição química do óleo essencial dos acessos de Varronia curassavica. 132
Compostos IRRo IRRL VCUR-509 VCUR-601 VCUR-001
tricicleno 921 921 6,17 - -
α-pineno 932 932 3,62 3,17 42,35
canfeno 948 946 4,71 0,59 0,26
sabineno 971 969 0,11 38,67 0,43
β-pineno 976 974 1,18 - 0,22
α-terpineno 1017 1014 - 1,63 -
β-felandreno 1028 1025 - - 0,53
limoneno 1028 1024 0,38 1,75 -
1,8-cineol 1030 1026 0,39 0,43 1,08
γ-terpineno 1058 1054 - 3,26 -
cis-sabineno hidrato 1067 1065 - 2,57 -
trans-sabineno hidrato 1100 1098 - 2,23 -
terpinen-4-ol 1180 1174 - 5,21 -
δ-elemeno 1339 1335 0,42 0,24 4,93
α-cubebeno 1349 1345 0,41 1,39 -
α-copaeno 1376 1374 0,33 0,72 -
β-elemeno 1393 1389 0,44 2,25 2,45
sesquitujeno 1403 1405 - - 1,13
α-gurjuneno 1412 1409 0,36 3,01 -
α-cis-bergamoteno 1417 1411 - - 1,35
α-santaleno 1424 1416 - - 9,17
trans-cariofileno 1424 1417 19,87 7,94 9,29
Z-β-farneseno 1444 1440 - - 0,36
trans murola-3,5-dieno 1453 1451 0,54 1,93 -
α-humuleno 1457 1452 6,20 2,25 3,12
E-β-farneseno 1458 1454 - - 1,59
aloaromadendreno 1468 1458 0,52 - 0,46
γ-muroleno 1482 1478 0,41 - -
germacreno-D 1489 1484 0,56 4,03 -
β-selineno 1492 1489 0,67 0,49 -
trans murola-4(14),5-dieno 1494 1493 - 0,82 -
biciclogermacreno 1500 1500 4,21 3,46 -
β-bisaboleno 1508 1505 - - 2,05
γ-cadineno 1513 1513 1,57 - -
cubebol 1519 1514 0,95 1,41 -
δ-cadineno 1528 1522 1,95 2,93 0,52
E-γ-bisaboleno 1533 1529 - - 0,92
trans cadina-1,4-dieno 1535 1533 0,53 1,80 -
cis-sesquisabineno hidrato 1550 1542 - - 0,50
α-cedreno epóxido 1567 1574 3,02 - -
germacreno D-4-ol 1584 1574 0,41 - -
espatulenol 1583 1577 2,02 0,84 1,47
óxido de cariofleno 1588 1582 1,82 0,45 0,76
viridiflorol 1596 1592 15,25 0,33
7-ciclodecen-1-ona,7-metil-3-metileno-
10-(1-propil)
1618
8,82
- -
ledol 1608 1602 - 0,65 -
humuleno epóxido II 1622 1608 1,12 - 0,24
murola-4,10(14)-dien-1-β-ol 1640 1630 - - 2,09
β-acorenol 1644 1636 - - 0,38
α-cadinol 1662 1652 0,54 - 0,67
cubenol 1646 1645 - 0,71 -
helifolenol B 1682 1677 - - 3,11
bisabolone óxido A α 1692 1684 - - 3,70
shyobunol 1699 1688 0,78 - -
metil farnesoato (2E,6E) 1781 1783 3,90 - -
Total identificado 94,18 97,16 95,13
IRRo: índice de retenção relativo observado; IRRL: índice de retenção relativo da literatura 133
134
135
76
2.3.Avaliação da viabilidade por sondas fluorescentes 136
137
A técnica utilizada para detecção da viabilidade celular por meio dos fluorocromos 138
SYBR-14 e iodeto de propídeo (IP) foi uma adaptação do método descrito por Maria et al. 139
(2010) para células espermáticas. O iodeto de propídeo intercala com o DNA das células e só 140
pode penetrar através das membranas celulares danificadas. O SYBR-14 é um corante 141
fluorescente que pode penetrar em todas as células, membranas danificadas ou intactas, e se 142
ligam ao DNA. Portanto, os parasitas intactos e viáveis emitem fluorescência verde, enquanto 143
que as células mortas ou danificadas emitem fluorescência vermelha. Aproximações prévias 144
foram realizadas para ajustar as concentrações dos fluorocromos para as condições mais 145
favoráveis de visualização. 146
Este experimento foi realizado com o objetivo de avaliar o efeito do fixador na 147
mobilidade e viabilidade dos protozoários e do tempo de incubação com os fluorocromos no 148
preparo de amostras para microscopia de fluorescência. Para isso, 90 trofontes móveis foram 149
distribuídos em seis poços em uma placa de Kline contendo 200 µL de água em cada poço. 150
Em três poços (n=45 trofontes), os trofontes foram incubados durante 5 minutos com 2,5 µL 151
de SYBR-14 (concentração final 250 nM) e mais 5 minutos com 2,5 µL de iodeto de propídeo 152
(IP) (concentração final 30µM) (Molecular Probes®). A avaliação da viabilidade dos 153
trofontes foi realizada imediatamente, 10 e 20 minutos após o a incubação com os 154
fluorocromos por meio de microscópio de epifluorescencia (Zeiss, Axio Scope A1). Para 155
avaliar o efeito do fixador na imobilização e viabilidade dos protozoários, outros três poços 156
contendo trofontes (n=45) foram incubados com os mesmos fluorocromos conforme descrito 157
anteriormente. Após o período de incubação (10 minutos) foram adicionados 4 µL de solução 158
fixadora glutaraldeído 0,2%. As análises foram realizadas imediatamente após a adição do 159
fixador, 10 e 20 minutos depois. 160
161
2.4.Atividade antiprotozoária in vitro 162
163
Duas fases do parasita foram utilizadas: trofontes e tomontes encistados. O 164
delineamento experimental foi inteiramente casualizado com três repetições. Para cada óleo 165
essencial foram testadas as concentrações: 10, 25, 50, 75, 100 e 200 mg.L-1
, além do controle: 166
água + Tween 80. 167
77
Os compostos majoritários do óleo essencial de cada acesso foram testados 168
separadamente para verificar se são efetivamente os compostos mais abundantes os 169
responsáveis pela atividade antiprotozoária. Dessa forma foram testadas as concentrações 170
proporcionais de cada composto presente majoritariamente em cada óleo essencial e de 171
acordo com a concentração do óleo essencial que causou 100% de mortalidade para cada uma 172
das fases do parasita. 173
Os compostos E-cariofileno e viridiflorol, majoritários do óleo essencial do acesso 174
VCUR-509 foram testados isoladamente e também em mistura, na concentração de 14,90 175
mg.L-1
e 11,44 mg.L-1
, respectivamente para trofontes e nas concentrações de 39,74 mg.L-1
e 176
30,50 mg.L-1
para tomontes. O sabineno, composto majoritário do óleo essencial do acesso 177
VCUR-601 foi testado na concentração de 77,34 mg.L-1
para trofontes e tomontes. E 178
finalmente, o composto majoritário do acesso VCUR-001, α-pineno, foi testado na 179
concentração de 84,70 mg.L-1
para trofontes e tomontes. 180
Em placas com capacidade para 5 mL, contendo 15 parasitas cada, foram adicionadas 181
as soluções contendo o óleo essencial ou o composto isolado/mistura. A incubação foi 182
realizada por uma hora. 183
184
2.4.1. Viabilidade dos parasitas tratados com óleo essencial e compostos majoritários 185
186
A viabilidade dos parasitas, após uma hora de incubação, foi determinada com um 187
microscópio de epifluorescência (Nikon Eclipse 50i, Tóquio, Japão), utilizando iodeto de 188
propídio e SYBR-14 (Molecular Probes®), como descrito anteriormente. Assim, foi realizada 189
a contagem de parasitas vivos e mortos. 190
191
2.5. Análises estatísticas 192
193
Para todos os tratamentos, foram calculadas médias ± desvio padrão da porcentagem de 194
protozoários mortos. 195
196
3. Resultados 197
198
3.1. Avaliação da viabilidade por sondas fluorescentes 199
78
Até 20 minutos após a incubação com os fluorocromos sem o fixador, observou-se que 200
os trofontes encontravam-se com a coloração verde e móveis, portanto viáveis (Fig. 1A). Os 201
trofontes incubados com os fluorocromos mais o glutaraldeído, imediatamente após a adição 202
do fixador e 10 minutos após, encontravam-se com coloração verde, e apesar de não se 203
observar nenhuma motilidade, eles estavam viáveis. Entretanto, 20 minutos depois observou-204
se que cerca de 5% dos trofontes emitiram fluorescência vermelha, ou seja, estavam lesados e 205
portanto mortos (Fig. 1B). 206
207
3.2. Viabilidade dos parasitas tratados com óleo essencial e compostos majoritários 208
209
Além dos estágios fluorescentes vermelhos e verdes, também houve fases mistas em 210
que o protozoário emitiu fluorescência verde e fluorescência vermelha. Como a membrana 211
celular neste caso já foi danificada, antes ou durante a coloração, eles foram tratados como 212
mortos (Fig.1C e D). 213
Na fase trofonte, o óleo essencial do acesso VCUR-509 foi o que apresentou atividade 214
mais pronunciada contra o íctio, pois na concentração de 75 mg.L-1
, o óleo essencial 215
proporcionou mortalidade de 100% dos protozoários. A mesma mortalidade para os demais 216
acessos foi observada na concentração de 200 mg.L-1
. 217
Dentro dos tomontes, os tomitos estavam visíveis e emitiram fluorescência verde ou 218
vermelha (Fig. 1E e F). Para os tomontes, o óleo essencial dos acessos VCUR-001 e VCUR-219
601 em concentrações mais baixas, exibiram maiores taxas de mortalidade que o acesso 220
VCUR-509. Máxima mortalidade foi observada na concentração de 200 mg.L-1
para os três 221
acessos testados (Tabela 2). Embora, o acesso VCUR-509 tenha proporcionado máxima 222
mortalidade apenas na concentração de 200 mg.L-1
, durante a leitura no microscópio de 223
epifluorescência observou-se que a partir da concentração de 75 mg.L-1
houve o rompimento 224
do cisto, liberação precoce dos tomitos e consequentemente morte (Fig. 1G). 225
Os compostos α-pineno e sabineno presentes em maiores proporções nos acessos 226
VCUR-001 e VCUR-601 (42,35 e 38,67%), respectivamente, proporcionaram mortalidades 227
iguais às apresentadas pelos óleos essenciais nas duas fases do íctio (Tabelas 3 e 4). 228
Os compostos viridiflorol e E-cariofileno testados separadamente, proporcionaram 229
mortalidades inferiores aos apresentados pelo óleo essencial do acesso VCUR-509, tanto na 230
fase trofonte quanto na fase tomonte. Porém, quando os protozoários foram incubados em 231
79
solução contendo os dois compostos simultaneamente, observou-se mortalidade igual ao 232
conferido pelo óleo essencial (Tabelas 3 e 4). 233
234
Tabela 2. Mortalidade de I. multifiliis nas fases trofonte e tomonte, tratados em diferentes 235
concentrações do óleo essencial de acessos de V. curassavica. 236
Concentração
(mg.L-1
)
Mortalidade Trofonte (%) Mortalidade Tomonte (%)
VCUR-001 VCUR-509 VCUR-601 VCUR-001 VCUR-509 VCUR-601
0,0 3,0 ± 5,0 3,0 ± 5,0 2,2 ± 3,8 0,0 ± 0,0 0,0 ± 0,0 0,0 ± 0,0
10,0 12,4 ± 11,9 39,9 ± 37,9 0,0 ± 0,0 52,1 ± 6,4 0,0 ± 0,0 0,0 ± 0,0
25,0 18,5 ± 7,8 83,2 ± 8,7 12,4 ± 13,8 48,7 ± 9,2 18,5 ± 13,7 0,0 ± 0,0
50,0 57,2 ± 19,3 91,5 ± 7,50 74,1 ± 6,7 90,7 ± 11,6 38,3 ± 1,4 4,8 ± 8,2
75,0 72,7 ± 28,5 100,0 ± 0,0 84,4 ± 9,6 97,8 ± 3,8 44,5 ± 5,8 85,3 ± 5,9
100,0 77,0 ± 25,2 100,0 ± 0,0 87,6 ± 7,6 95,9 ± 3,6 74,6 ± 25,0 82,5 ± 11,9
200,0 100,0 ± 0,0 100,0 ± 0,0 100,0 ± 0,0 100,0 ± 0,0 100,0 ± 0,0 100,0 ± 0,0
Cada valor corresponde à média ± desvio padrão de três repetições. 237
Observou-se que em alguns parasitas incubados com o óleo essencial de V. 238
curassavica e compostos isolados, houve o rompimento da membrana e extravasamento do 239
conteúdo celular (Fig. 1H e I). 240
241
Tabela 3. Mortalidade de I. multifiliis na fase trofonte, tratados com os compostos 242
majoritários do óleo essencial de acessos de V. curassavica. 243
Compostos Majoritários Concentração Mortalidade (%)
Trofonte
Controle 0,00 mg. L-1
8,9 ± 3,8
α-pineno (VCUR-001) 84,70 mg. L-1
100,0 ± 0,0
E-cariofileno (VCUR-509) 14,90 mg. L-1
0,0 ± 0,0
Viridiflorol (VCUR-509) 11,44 mg. L-1
42,2 ± 22,5
Sabineno (VCUR-601) 77,34 mg. L-1
100,0 ± 0,0
E-cariofileno + viridiflorol (VCUR-509) 26,34 mg. L-1
100,0 ± 0,0
Cada valor corresponde à média ± desvio padrão de três repetições. 244
245
246
247
248
249
250
251
80
Tabela 4. Mortalidade de I. multifiliis na fase tomonte, tratados com os compostos 252
majoritários do óleo essencial de acessos de V. curassavica. 253
Compostos Majoritários Concentração Mortalidade (%)
Tomonte
Controle 0,00 mg. L-1
0,0 ± 0,0
α-pineno (VCUR-001) 84,70 mg. L-1
100,0 ± 0,0
E-cariofileno (VCUR-509) 39,74 mg. L-1
0,0 ± 0,0
viridiflorol (VCUR-509) 30,50 mg. L-1
30,7 ± 16,7
Sabineno (VCUR-601) 77,34 mg. L-1
100,0 ± 0,0
E-cariofileno + viridiflorol (VCUR-509) 70,24 mg. L-1
100,0 ± 0,0
Cada valor corresponde à média ± desvio padrão de três repetições. 254
255
256
257
Figura 1. Ichthyophthirius multifiliis após coloração com os fluorocromos SYBR-14 e iodeto 258
de propídio (IP). (A) Trofonte emitindo fluorescência verde indicando a viabilidade do 259
parasita. (B) Trofonte emitindo fluorescência vermelha indicando o comprometimento da 260
membrana celular e morte do parasita. (C) e (D) Trofonte e tomonte emitindo fluorescência de 261
vermelha e verde, uma resposta que indica que o protozoário estava no processo de morte, 262
A B
E F
HG
C
D
I
81
quando foram adicionadas as sondas. (E) e (F) Em ambas as imagens, o produtos da divisão 263
(tomitos) no interior dos tomontes são claramente visíveis. (E) Tomonte do controle (viável). 264
(F) Tomonte após exposição por 1 hora a 77,34 mg.L-1
de sabineno. (G) Liberação dos 265
tomitos em um tomonte tratado por 1 hora com 75 mg.L-1
do óleo essencial do acesso VCUR-266
509. (H) e (I) Extravasamento do citoplasma de trofontes tratados por 1 hora com 75 mg.L-1
267
do óleo essencial do acesso VCUR-509. Aumento de 100X: fotos A-F, H e I. Aumento de 268
40X: foto G. 269
270
4. Discussão 271
272
A maioria dos trabalhos envolvendo testes com substâncias e/ou produtos com 273
atividade antiprotozoária contra I. multifiliis, utilizam como critério de mortalidade, a 274
ausência de motilidade e/ou divisão anormal das células (Ling et al., 2012; Fu et al., 2014; 275
Yao, et al., 2015; Liang, et al., 2015). Com o teste de viabilidade realizado no presente estudo 276
observou-se que é possível um trofonte estar imóvel sem batimento ciliar, mas ainda sim estar 277
viável. Todos os trofontes móveis observados no presente estudo estavam viáveis, mas nem 278
todos os imóveis estavam mortos. Segundo de la Fuente et al., (2004), a coloração 279
fluorescente é mais acurada que a motilidade para avaliar a viabilidade de protozoários, sendo 280
indicada como uma ferramenta rápida na avaliação de danos celulares. 281
Através dos resultados obtidos no teste de viabilidade pelas sondas fluorescentes 282
iodeto de propídeo (IP) e SYBR-14, foi possível determinar que ao utilizar essas sondas, a 283
leitura da viabilidade de I. multifiliis deve ser realizada em até 20 minutos após a incubação. 284
Da mesma forma, quando for utilizada a solução fixadora glutaraldeído 0,2%, para 285
paralização dos protozoários visando facilitar a contagem, o tempo máximo entre adição e 286
contagem, deverá ser de 10 minutos. Após esse tempo, pode haver interferência destes 287
produtos na viabilidade dos protozoários. 288
Os resultados dos experimentos in vitro mostram que o óleo essencial de V. 289
curassavica é eficaz contra as fases trofonte e tomonte de Ichthyophthirius multifiliis. Embora 290
não tenha sido alvo do presente estudo, é provável que os óleos essenciais também sejam 291
tóxicos à fase teronte de I.multifiliis, assim como já observado por diversos autores em 292
experimentos testando extratos ou compostos isolados de plantas (Schumacher et al., 2011; Fu 293
et al., 2014; Yao et al., 2015). Os trofontes são mais difíceis de serem mortos do que o 294
parasita na fase de vida livre (Zhang et al., 2013), porque os trofontes são cobertos por uma 295
82
camada de epiderme do hospedeiro e uma espessa camada de muco que os protegem das 296
drogas adicionadas na água (Dickerson, 2012). 297
Apesar do óleo essencial de V. curassavica ser constituído por muitos compostos em 298
menores quantidades, pode-se inferir que os monoterpenos α-pineno e sabineno são os 299
principais responsáveis pela atividade antiprotozoária apresentada pelo óleo essencial dos 300
acessos VCUR-001 e VCUR-601, respectivamente. Um estudo envolvendo a atividade de 301
óleos essenciais e compostos majoritários contra protozoários relataram a atividade 302
antiparasitária dos monoterpenos α-pineno e sabineno contra Leishmania major e 303
Trypanosoma brucei (Mikus et al., 2010). 304
A mortalidade observada nos parasitas incubados simultaneamente com os compostos 305
E-cariofileno e viridiflorol, evidenciam que existe um efeito sinérgico entre os dois compostos 306
que conferem a atividade antiprotozoária ao óleo essencial. Em geral, as propriedades de um 307
óleo essencial em particular são determinadas pelos compostos mais abundantes. Tais 308
propriedades biológicas são o resultado de uma sinergia de todas as moléculas ou então 309
daquelas presentes em maiores proporções (Bakkali et al., 2008). É possível que a atividade 310
de um composto majoritário seja modulado por outros compostos em menores proporções 311
(Santana-Rios et al., 2001; Hoet et al., 2006). Segundo Bakkali et al., (2008), para fins 312
biológicos, é mais informativo estudar o óleo essencial em vez de alguns dos seus 313
componentes porque neste caso, o conceito de sinergismo parece ser mais significativo. Deve-314
se considerar também que o efeito sinérgico entre os compostos pode estar ligado aos 315
diferentes modos de ação de cada composto. Devido ao grande número de constituintes, os 316
óleos essenciais parecem não ter alvos celulares específicos (Carson et al., 2002). 317
Tanto os óleos essenciais de V. curassavica quanto seus compostos majoritários 318
testados mostraram-se tóxicos às duas fases do íctio. Danos causados à membrana plasmática 319
das células dos parasitas foram uma das formas de ação notadas no presente estudo. Na fase 320
trofonte foi visualizado o rompimento da membrana e extravasamento do conteúdo celular 321
(Fig. 1H e I), enquanto na fase tomonte observou-se o rompimento da parede do cisto 322
causando a liberação dos tomitos (Fig. 1G). Semelhantemente, Fu et al., (2014), observaram 323
alterações na membrana plasmática de trofontes e liberação de tomitos em tomontes tratados 324
com Cynatratoside‑C, um glicosídeo esteroidal isolado de Cynanchum atratum. Em estudos 325
envolvendo atividades antiparasitárias de óleos essenciais foram observados danos na 326
membrana mitocondrial interna em Leishmania amazonenses tratadas com óleo essencial de 327
Ocimum gratissimum (Ueda-Nakamura et al., 2006). 328
83
A hidrofobicidade dos óleos essenciais lhes permite passar através da membrana 329
citoplasmática, perturbar a estrutura das diferentes camadas de polissacarídeos, ácidos graxos 330
e de fosfolípideos, tornando-a permeável (Turina et al., 2006). Esta extensa mudança na 331
fluidez e permeabilidade das membranas, tem como consequência a fuga de radicais, 332
citocromo C, cálcio, íons e proteínas, como no caso do estresse oxidativo e falha 333
bioenergética. A citotoxicidade dos óleos essenciais para células eucarióticas parece incluir 334
tais danos nas membranas (Hrckova e Velebny, 2013). 335
Os óleos essenciais dos acessos de V. curassavica, os compostos isolados α-pineno, 336
sabineno, e a mistura E-cariofileno mais viridiflorol exibiram toxicidade contra I. multifiliis 337
nas fases trofonte e tomonte. Foi possível confirmar também que os compostos majoritários 338
testados são os principais responsáveis pela atividade antiparasitária exibida pelos os óleos 339
essenciais que os contém. Danos causados à integridade da membrana nos trofontes e 340
rompimento da parede do cisto nos tomontes parece ser a principal causa de morte dos 341
protozoários incubados com os óleos essenciais de V. curassavica e compostos isolados. Os 342
óleos essenciais de acessos de V. curassavica são potencialmente úteis no controle do parasita 343
I. multifiliis. 344
345
5. Referências 346
347
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Parasitol Int 55: 99-105 452
Yao JJ, Xu Y, Yin WL, Yuan XM, Lin LY, Xu T, Zuo ML, Pan XY, Shen JY (2015) 453
Evaluation of nystatin isolated from Streptomyces griseus SDX-4 against the ciliate, 454
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88
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS E PERSPECTIVAS
Os óleos essenciais das plantas nativas de V. curassavica do Estado de Sergipe, devido
à ampla diversidade química apresentada, poderão futuramente ser utilizados na obtenção de
bioprodutos para serem utilizados tanto na agropecuária quanto na área medicinal. As plantas
poderão também ser conservadas em bancos de germoplasma para serem utilizadas em
programas de melhoramento genético da espécie.
A extração de óleo essencial de V. curassavica por micro-ondas é uma alternativa
eficiente, rápida e com menor gasto de energia e água comparativamente à hidrodestilação.
Porém a hidrodestilação ainda é um método de extração de óleo essencial de fácil acesso e
não demanda equipamentos sofisticados para sua execução. Além disso, em condições
otimizadas, as duas técnicas oferecem um óleo essencial muito semelhante quanto aos
constituintes químicos.
O óleo essencial de plantas de V. curasssavica além de atividade fungistática contra L.
theobromae e C. musae apresentaram também atividade antiprotozoária contra I. mutilillis.
Esses óleos essenciais poderão ser utilizados no desenvolvimento de formulações que
viabilizem sua utilização na agropecuária como uma alternativa mais segura para o meio-
ambiente e para a saúde humana.
89
ANEXOS
Tabela 1. Resumo da Análise de Variância para os constituintes (%) do óleo essencial de Varronia curassavica extraído por hidrodestilação.
FV GL QM
δ-elemeno β-elemeno α-gurjuneno E-cariofileno β-copaeno α-humuleno Aloaromadendreno γ-muroleno Germacreno D β-selineno
Tempo 2 0,0409** 0,0273** 0,0016NS
0,6466** 0,0588** 0,0790** 0,0213** 0,1082** 0,0184** 0,1675**
Água 2 0,0207** 0,0285** 0,0100** 0,5545** 0,0147** 0,0477** 0,0725** 0,0242** 0,0270** 0,0282**
Bloco 2 0,0011NS
0,0027NS
0,0025 NS
0,0070 NS
0,0005 NS
0,0048* 0,0029 NS
0,0004 NS
0,0010 NS
0,0002 NS
Tempo*Água 4 0,0055** 0,0067* 0,0016 NS
0,0896** 0,0147** 0,0072** 0,0128** 0,0220** 0,0040** 0,0263**
Erro 16 0,0006 0,0016 0,0009 0,0145 0,0004 0,0013 0,0024 0,0002 0,0007 0,0001
Média 0,83 1,13 0,39 5,04 0,05 1,65 1,65 0,10 0,88 0,12
CV (%) 2,87 3,57 7,56 2,39 42,41 2,19 2,98 12,49 3,10 8,08
NS, *, **: não significativo, significativo a 1% e 5% de probabilidade pelo teste F, respectivamente.
Tabela 2. Resumo da Análise de Variância para os constituintes (%) do óleo essencial de Varronia curassavica extraído por hidrodestilação.
FV GL QM
Biciclogermacreno Butilato de hidroxitolueno γ-cadineno Germacreno D-4-ol Espatulenol Óxido de cariofileno Viridiflorol Ledol
Tempo 2 0,7923** 1,4016** 0,0051** 7,6241** 0,0217 NS
0,0437 NS
0,0388* 0,1041**
Água 2 0,2710** 0,2105** 0,0113** 2,7204** 0,0221 NS
0,0473 NS
0,0705** 0,4644**
Bloco 2 0,0027NS
0,0014NS
0,0013 NS
0,0873 NS
0,0029 NS
0,0415 NS
0,0174 NS
0,0067 NS
Tempo*Água 4 0,0776NS
0,1663** 0,0014 NS
0,2619* 0,0051NS
0,0446 NS
0,0468** 0,1512**
Erro 16 0,0187 0,0040 0,0005 0,0720 0,0061 0,0188 0,0095 0,0095
Média 5,14 0,65 0,47 10,99 1,17 1,30 0,79 3,84
CV (%) 2,66 9,61 4,85 2,44 6,66 10,57 12,39 2,54
NS, *, **: não significativo, significativo a 1% e 5% de probabilidade pelo teste F, respectivamente.
89
90
Tabela 3. Resumo da Análise de Variância para os constituintes (%) e teor (%, p/v) do óleo essencial (OE) de Varronia curassavica extraído
por hidrodestilação.
FV GL QM
Cubenol-1-epi Murulol-epi-α Cubenol α-cadinol Shyobunol Metil farnesoato (2E, 6E) Teor de OE
Tempo 2 0,0570** 1,0314** 0,1759** 0,9181** 4,7019** 0,0241NS
0,9224NS
Água 2 0,0010 NS
1,4633** 0,0183NS
0,4777* 0,0470NS
1,0140** 0,3841NS
Bloco 2 0,0086 NS
0,0021 NS
0,0095NS
0,0374NS
0,0859NS
0,0269 NS
1,6564NS
Tempo*Água 4 0,0045 NS
0,4252** 0,0262NS
0,0591NS
0,9297** 0,7938** 0,0392NS
Erro 16 0,0662 0,0262 0,0174 0,1188 0,0750 0,0420 0,0253
Média 1,18 3,57 1,93 5,02 24,31 2,63 3,09
CV (%) 6,65 4,54 6,81 6,86 1,13 7,80 5,14
NS, *, **: não significativo, significativo a 1% e 5% de probabilidade pelo teste F, respectivamente.
90
91
Tabela 4. Resumo da Análise de Variância para os constituintes (%) do óleo essencial de Varronia curassavica extraído por micro-ondas.
FV GL QM
δ-elemeno β-elemeno α-gurjuneno E-cariofileno β-copaeno α-humuleno Aloaromadendreno γ-muroleno Germacreno D
Potência 2 0,0373** 0,0670** 0,0542** 0,3906** 0,0474** 0,0842** 0,2385** 0,0474** 0,0347**
Tempo 2 0,1260** 0,2192** 0,0992** 6,5614** 0,0474** 0,4607** 0,4158** 0,0474** 0,1334**
Água 2 0,0360** 0,0386** 0,0226** 1,4276** 0,0002** 0,0860** 0,2543** 0,0003** 0,0996**
Bloco 2 0,0008NS
0,0025NS
0,0010 NS
0,0237 NS
0,0001 NS
0,0041NS
0,0049 NS
0,0001 NS
0,0038 NS
Pot*Tempo 4 0,0159** 0,0140** 0,0436** 1,0181** 0,0474** 0,0629** 0,0450** 0,0474** 0,0071**
Pot*Água 4 0,0149** 0,0223** 0,0073** 0,6339** 0,0002* 0,0505** 0,0511** 0,0003** 0,0068**
Tempo*Água 4 0,0085** 0,0127** 0,0052** 0,2815** 0,0002* 0,0136** 0,0080** 0,0003** 0,0068**
Pot*Tempo*Água 8 0,0043** 0,0183** 0,0194** 0,4191** 0,0002** 0,0407** 0,0392** 0,0003** 0,0144**
Erro 52 0,0012 0,0017 0,0008 0,0167 0,0001 0,0018 0,0015 0,0001 0,0009
Média 0,78 1,01 0,27 3,68 0,02 1,37 1,50 0,02 0,89
CV (%) 4,47 4,13 10,07 3,51 34,73 3,12 2,56 9,32 3,36
NS, *, **: não significativo, significativo a 1% e 5% de probabilidade pelo teste F, respectivamente.
91
92
Tabela 5. Resumo da Análise de Variância para os constituintes (%) do óleo essencial de Varronia curassavica extraído por micro-ondas.
FV GL
QM
δ-selineno Biciclogermacreno Butilato de
hidroxitolueno γ-cadineno
Germacreno
D-4-ol Espatulenol Óxido de cariofileno Viridiflorol Ledol
Potência 2 0,0460** 0,8617** 2,4576** 0,0097** 11,2002** 0,0177** 0,0100** 0,0170** 1,3803**
Tempo 2 0,0309** 3,1539** 0,8029** 0,0004NS
4,6477** 0,0134** 0,0317** 0,0013NS
0,1173**
Água 2 0,0105** 1,0771** 0,0178** 0,0356** 20,3024** 0,0399** 0,3675** 0,0003** 0,2342**
Bloco 2 0,0009NS
0,0193NS
0,0011 NS
0,0011 NS
0,0011 NS
0,0001NS
0,0001 NS
0,0001 NS
0,0325 NS
Pot*Tempo 4 0,0085** 0,1471** 0,2508** 0,0023* 3,9324** 0,0081** 0,0932** 0,0474** 0,1953**
Pot*Água 4 0,0052** 0,2848** 0,1856** 0,0059** 6,2133** 0,0040NS
0,1369** 0,0003** 0,0152NS
Tempo*Água 4 0,0198** 0,0355** 0,0272** 0,0009NS
5,1424** 0,0057* 0,1722** 0,0003** 0,0346NS
Pot*Tempo*Água 8 0,0205** 0,1408** 0,1743** 0,0014NS
5,2143** 0,0024NS
0,1303** 0,0003** 0,0774**
Erro 52 0,0003 0,0093 0,0013 0,0008 0,0034 0,0018 0,0016 0,0001 0,0222
Média 0,26 4,75 0,97 0,50 4,67 1,00 2,17 0,02 3,92
CV (%) 7,28 2,03 3,66 5,85 1,25 4,,21 1,85 9,32 3,80
NS, *, **: não significativo, significativo a 1% e 5% de probabilidade pelo teste F, respectivamente.
92
93
Tabela 6. Resumo da Análise de Variância para os constituintes (%) e teor (%, p/v) do óleo essencial (OE) de Varronia curassavica extraído
por micro-ondas.
FV GL
QM
Cubenol-1-epi Murulol-epi-α Cubenol α-cadinol Shyobunol Metil farnesoato
(2E, 6E)
Farnesil acetato
(2Z, 6E)
Farnesil acetato
(2E, 6E)
Teor de
OE
Potência 2 0,0346NS
0,7819** 0,0922NS
0,0376 NS
2,2872** 19,0400** 16,4334** 0,8412** 5,1286**
Tempo 2 0,0039NS
1,2596** 0,2740** 0,2740NS
10,2014** 0,9328** 1,0530** 0,5812** 4,6795**
Água 2 0,0086NS
0,2948** 0,0478NS
0,0891 NS
4,2746** 3,7022** 1,0564** 0,3964** 0,0348 NS
Bloco 2 0,0078NS
0,0103NS
0,1707** 0,0510NS
0,2737 NS
0,0416NS
0,0134 NS
0,0136 NS
8,5720**
Pot*Tempo 4 0,0290NS
0,4247** 0,0196NS
0,2430 NS
3,5718** 1,1874** 0,9388** 0,0851** 0,2473**
Pot*Água 4 0,0211NS
0,2904** 0,0182NS
0,1222 NS
3,0592** 1,5730** 1,6590** 0,1665** 0,0511NS
Tempo*Água 4 0,0325NS
0,2596** 0,1096* 0,2249NS
1,7802** 0,2737** 2,1594** 0,0745** 0,0464NS
Pot*Tempo*Água 8 0,0287NS
0,1088** 0,1468** 0,2139NS
2,7357** 0,8778** 0,3017** 0,1091** 0,0769 NS
Erro 52 0,0187 0,0240 0,0305 0,1061 0,1526 0,0403 0,0356 0,0090 0,0578
Média 1,20 3,60 1,82 4,47 26,87 2,65 3,03 1,09 2,54
CV (%) 11,35 4,30 9,60 7,28 1,45 7,58 6,23 8,73 9,47
NS, *, **: não significativo, significativo a 1% e 5% de probabilidade pelo teste F, respectivamente.
93