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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO SOLO RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DO PROGRAMA DE PÓS-DOUTORADO Pós-Doutorando Fabrício de Araújo Pedron Orientador Ricardo Simão Diniz Dalmolin Santa Maria, 29 de outubro de 2008.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PROGRAMA DE PÓS - GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO SOLO

RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DO PROGRAMA DE PÓS-DOUTORADO

Pós-Doutorando Fabrício de Araújo Pedron

Orientador Ricardo Simão Diniz Dalmolin

Santa Maria, 29 de outubro de 2008.

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1. Informações iniciais Pós-doutorando: Engenheiro Agrônomo, Doutor, Fabrício de Araújo Pedron

Matrícula: 2860898

Orientador: Professor, Doutor, Ricardo Simão Diniz Dalmolin

Área de concentração: Processos físicos e morfogenéticos do solo

Linha de Pesquisa: Relação solo-paisagem

Projeto de Pesquisa: Neossolos e saprolitos derivados de rochas vulcânicas no Rio Grande do Sul:

contribuições à mineralogia, classificação e geotecnia

Início dos trabalhos: 01/03/2008

Término dos trabalhos: 29/09/2008

2. Razão do término antecipado do programa

O término do programa de pós-doutorado estava definido para o dia 28 de fevereiro

de 2009. A sua antecipação foi necessária devido à observação do regulamento que rege

o Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo (PPGCS) da Universidade Federal de

Santa Maria (UFSM), o qual determina o desligamento do pós-doutorando quando o

mesmo assume cargo de professor efetivo na mesma instituição. O aluno foi aprovado em

concurso público e tomou posse do cargo de Professor Adjunto, com lotação no

Departamento de Solos da UFSM, no dia 29 de setembro de 2008, solicitando

imediatamente o seu desligamento do programa em exercício, tendo completado sete

meses de atividades de pós-doutoramento.

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3. Descrição das atividades executadas

3.1. Atividades de Ensino A participação do pós-doutorando nas atividades do Programa de Pós-graduação

contribuiu para o incremento na qualidade das mesmas. O setor de Pedologia

apresentava duas vagas em aberto, devido à aposentadoria e transferência de

professores, havendo uma demanda muito forte, principalmente nas disciplinas ofertadas

pelo PPGCS sob a coordenação dos professores deste setor.

O pós-doutorando participou ativamente da Disciplina de Morfologia, Gênese e

classificação de Solos (SOL-827), como professor colaborador, sob a orientação do

Professor responsável, Ricardo Simão Diniz Dalmolin, no primeiro semestre de 2008.

Dentre as atividades executadas referente à sua participação na Disciplina SOL-827,

destacam-se:

- Responsável por 20 horas/aula teórica frente alunos durante o semestre (aulas

ministradas: composição do solo; fator material de origem; processos de formação dos

solos e classificação dos solos);

- Responsável por aulas práticas (aulas de descrição morfológica do solo e relação

solo-paisagem);

- Avaliação de seminários teóricos;

- Auxílio na organização e participação de viagens de campo (viagem de estudo

para Pelotas e Santana do Livramento, abordando solos e rochas da Depressão Central,

Escudo Gaúcho e Campanha);

- Preparo de materiais didáticos (apostila didática abordando os conteúdos da

disciplina SOL-827, a qual se encontra em evolução e deve estar finalizada para a turma

do primeiro semestre de 2009 – Anexo 1).

- Melhoria gráfica de apresentações de aulas (apresentações em power point das

aulas ministradas).

- Início do levantamento bibliográfico e embasamento teórico para a proposição de

uma reformulação da disciplina de Mineralogia do Solo - SOL-833 (Anexo 2).

3.2. Atividades de Extensão Nos sete meses do programa o pós-doutorando participou ativamente dos

trabalhos desenvolvidos no Museu de Solos do Rio Grande do Sul (msRS). O msRS tem

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sido responsável pela execução de um importante trabalho de extensão envolvendo o

ensino da ciência do solo para alunos de escolas fundamentais e médias, com o

financiamento do CNPq. A participação do pós-doutorando relaciona-se com o auxílio no

planejamento, organização, preparo e execução das atividades como, por exemplo,

recepção a visitantes no museu, palestras nas escolas e manutenção e expansão do

acervo do museu.

Algumas atividades que merecem destaque são: criação e manutenção do museu

de solos virtual na internet (www.ufsm.br/msrs); participação do msRS no programa

“Janela Aberta” da UFSM; e resgate e divulgação do método de preparo dos monolitos de

solos utilizados pelo msRS a 35 anos atrás.

O museu de solos virtual do Rio Grande do Sul foi criado em 2007 e já conta com

aproximadamente 25 mil acessos on line. A importância dessa ferramenta reside na sua

disponibilidade a um público muito maior que aquele que pode visitar o museu de solos no

Centro de Ciências Rurais da UFSM. Além disso, o museu de solos virtual tem servido de

base de dados para as atividades de professores dos diversos níveis escolares. No

museu de solos virtual podem ser encontrados materiais como: apresentações de aulas

de graduação; guias de viagens oferecidas pelo Departamento de Solos da UFSM; textos

sobre a ciência do solo; entre outros. Considerando o planejamento das atividades do

msRS, novas atrações destinadas a cursos de graduação e ensino médio serão

oferecidas pelo site até fim de novembro deste ano, quando ocorrerá a comemoração dos

35 anos do msRS. Estas atrações fazem uso de ferramentas digitais inovadoras no

ensino da ciência do solo, tornando o msRS pioneiro neste segmento. Algumas das

atrações são jogos envolvendo o tema solos e suas relações ambientais e vídeos sobre o

tema solos e ambiente, todos disponibilizados via internet. A participação do pós-

doutorando nessas atividades relaciona-se com a criação e revisão técnica. Infelizmente,

devido à interrupção do programa de pós-doutorado, tais ferramentas não podem ser

apresentadas, pois estão em fase de criação.

O programa “Janela Aberta” da UFSM acontece anualmente, quando museus e

laboratórios da instituição são abertos ao público do ensino médio e fundamental do

Estado para visitações orientadas. Nos anos de 2007 e 2008, o msRS recebeu mais 2500

visitantes de diversos municípios do Estado. O pós-doutorando atuou nessa atividade

auxiliando na administração e organização do acervo do msRS, bem como, na supervisão

do material didático apresentado aos visitantes pelos bolsistas.

O msRS após 35 anos de atividades apresenta problemas em relação a

conservação do seu acervo de monolitos de solos do Rio Grande do Sul. Vários monolitos

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estão avariados pelo uso intenso em visitações orientadas. A confecção dos monolitos de

solos foram efetuadas anteriormente a inauguração do msRS, a mais de 35 anos, pelo

professor Raimundo Costa de Lemos e sua equipe. O método utilizado é singular, pois

permite a exposição de um perfil rico em detalhes e sem alterações significativas nas

suas características morfológicas, além, da sua alta durabilidade. Atualmente, não existe

qualquer registro do método criado pelo professor Raimundo, além das lembranças de

poucos participantes dessa equipe. Entretanto, tais lembranças não permitem a descrição

de detalhes importantes do método. Nesse caso, foi necessário a calibração, por tentativa

e erro, de procedimentos do método utilizado pelo msRS. Além do registro escrito e

fotográfico do método, então chamado de método de Lemos, o pós-doutorando foi

responsável pela confecção de novos monolitos de solos e pela preparação de material

para divulgação desse método (Anexo 3) e de um curso para os professores do Curso de

Agronomia e Biologia da Universidade de Caxias do Sul, o qual foi ministrado nos dias 28

e 29 de novembro de 2008.

3.3. Atividades de Pesquisa:

O projeto de pesquisa inicialmente proposto pelo Pós-doutorando, intitulado:

“Neossolos e saprolitos derivados de rochas vulcânicas no Rio Grande do Sul:

contribuições à mineralogia, classificação e geotecnia”, não foi executado na sua

plenitude devido ao encerramento prematuro do programa de Pós-doutoramento. As

atividades de pesquisa propostas tiveram início com o planejamento das ações e seleção

dos pontos de coletas já no primeiro semestre de 2008, entretanto, as coletas e as

análises estavam agendadas para o segundo semestre de 2008. Com a aprovação do

Pós-doutorando em primeiro lugar no concurso público e a posse de cargo na mesma

instituição, tais atividades foram interrompidas sem a geração de resultados.

As atividades relativas ao projeto de pesquisa realizadas até a conclusão do

programa de Pós-doutoramento foram:

- Definição dos perfis de Neossolos Litólicos e Neossolos Regolíticos a serem

coletados nos municípios de Itaara, São Martinho da Serra e Santa Maria. Destes perfis,

10 foram selecionados através de saídas de campo e observação de sua morfologia, mas

ainda não coletados, 5 foram selecionados com base na dissertação de Sturmer (2008), 5

perfis foram extraídos da tese de Pedron (2007), e 6 perfis foram obtidos junto da

dissertação do Mestrando Fabio Pacheco Menezes, os quais já se encontram coletados.

As amostras destes perfis selecionados serão utilizadas na realização dos estudos 3 e 4,

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referentes, respectivamente, a morfologia e classificação de Neossolos e saprolitos e a

caracterização geotécnicas de saprolitos.

- Os estudos 1 e 2, respectivamente referentes à mineralogia e balanço geoquímico

serão realizados utilizando-se os perfis da tese de Pedron (2007), dispostos em uma lito-

climosseqüência no Estado do Rio Grande do Sul. As amostras destes perfis foram

novamente coletadas nos municípios de Itaquí, Unistalda, Ibarama, Caxias do Sul e Bom

Jesus e se encontram no banco de amostras criado para este trabalho, no laboratório de

Pedologia da UFSM. As amostras já foram submetidas para análise química total por

Fluorescência de Raios-x, no laboratório NUPEGEL – Núcleo de Pesquisas em

Geoquímica e Geofísica da Litosfera da USP, entretanto, problemas de calibragem dos

equipamentos atrasaram a obtenção de resultados confiáveis.

- Também foi efetuada a separação de argila fina e grossa, silte e areia para

análises mineralógicas da fração terra fina dos Neossolos Litólicos e Neossolos

Regolíticos referentes à tese de Pedron (2007). Este material foi submetido ao Laboratório

de Mineralogia do Departamento de Ciência do Solo da ESALQ/USP, sob a

responsabilidade do Professor Antonio Carlos de Azevedo, parceiro no desenvolvimento

deste projeto. Estas análises aguardavam o intercambio do Pós-doutorando com aquela

instituição, fato não consumado pela ocorrência do concurso público na UFSM.

- Planejamento da construção de um penetrômetro de impacto do tipo Stolf (Stolf,

1991) a ser utilizado no estudo 3 sobre a caracterização morfológica e classificação dos

Neossolos e saprolitos. O projeto do penetrômetro de impacto para ser utilizado na

determinação da resistência a escavação dos saprolitos estava na fase final, porém, pelo

término do programa, o mesmo não seguiu adiante.

Além dessas, muitas outras atividades, também propostas no plano de Pós-

doutoramento, relacionadas com pesquisa, foram desenvolvidas. As atividades de

pesquisas mais importantes são descritas abaixo:

Organização de um banco de dados sobre Neossolos rasos do Rebordo do Planalto do RS. Este banco de dados resultou dos muitos perfis já estudados nos

trabalhos de tese e dissertações sobre a co-orientação do Pós-doutorando neste período.

O banco de dados visa reunir informações sobre estes solos e amostras para futuros

trabalhos de pesquisas no Setor de Pedologia da UFSM. Atualmente o banco de dados já

conta com 20 perfis de Neossolos Litólicos e Neossolos Regolíticos encontrados na área

do Rebordo do Planalto do RS (Anexo 4).

Co-orientação de alunos de iniciação científica (graduação), junto ao Departamento de Solos da UFSM. A co-orientação de alunos de graduação em estágios

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de iniciação científica foi uma atividade importante, pois nestes sete meses de pós-

doutoramento havia somente um professor efetivo no setor de Pedologia da UFSM, e a

demanda de recursos humanos para tal atividade tem sido sempre acima da capacidade

do setor. O Pós-doutorando participou efetivamente do co-orientação dos seguintes

alunos de iniciação científica: Alessandro Rosa (Agronomia); Jessé Fink (Agronomia);

Gabriel Deobald (Agronomia); Juliana Lorensi (Agronomia); Simone Minussi (Agronomia);

Jean Bueno (Agronomia) e Francieli Weber (Agronomia), todos sob a orientação do

Professor Ricardo Simão Diniz Dalmolin.

Co-orientação de alunos de mestrado junto ao PPGCS da UFSM. O Pós-

doutorando tem participado dos comitês de orientação dos Mestrandos Pablo Miguel

(Engenheiro Agrônomo) e Fabio Pacheco Menezes (Biólogo), como co-orientador, sob a

orientação do Professor Ricardo Simão Diniz Dalmolin. As atividades referentes à co-

orientação vão desde a fase de planejamento dos trabalhos, coletas de amostras no

campo, auxílio nas análises de laboratório, discussão dos resultados, correções das

dissertações e redação de artigos científicos.

Redação de artigos científicos referentes a trabalhos desenvolvidos durante o doutorado e auxílio na redação de artigos de trabalhos dos alunos de pós-graduação. Os artigos científicos são, talvez, a maior medida da produção científica e de

sua qualidade, considerada pelos órgãos de financiamento científico. A contribuição do

Pós-doutorando veio a dar agilidade na discussão e redação final de vários artigos

científicos, muitos dos quais já foram encaminhados para publicação, conforme lista

abaixo.

- DALMOLIN, R. S. D.; PEDRON, F. de A. Solos do município de Santa Maria. REVISTA CIÊNCIA & AMBIENTE, Santa Maria, v.edição especial, 2008 (no prelo).

(Anexo 5)

- PEDRON, F. de A.; AZEVEDO, A. C.; DALMOLIN, R. S. D.; STÜRMER, S. L. C;

MENEZES, F. P. Neossolos e saprolitos derivados de rochas vulcânicas da Formação Serra Geral no Rio Grande do Sul. I - contribuições à morfologia. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO, Viçosa, enviado em 14/05, em

tramitação, protocolo nº 604/08. (Anexo 6)

- PEDRON, F. de A.; AZEVEDO, A. C.; DALMOLIN, R. S. D.; STÜRMER, S. L. C;

MENEZES, F. P. Neossolos e saprolitos derivados de rochas vulcânicas da

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Formação Serra Geral no Rio Grande do Sul. II – classificação taxonômica. REVISTA

BRASILEIRA DE CIÊNCIA DO SOLO, Viçosa, enviado em 14/05, em tramitação,

protocolo nº 605/08. (Anexo 7)

- MICHELON, C. R.; AZEVEDO, A. C.; PEDRON, F. de A.; STURMER, S. L. K.;

GONCALVES, J. L.; JESUS, S, L. Lithological discontinuity in five benchmark soils from Depressão Central Gaúcha, Brazil. SCIENTIA AGRICOLA, Piracicaba, enviado em

14/05, em tramitação, protocolo nº 54/08 (Anexo 8)

- STÜRMER, S. L. C.; DALMOLIN, R.S.D.; AZEVEDO, A. C.; PEDRON, F. de A. Infiltração de água em Neossolos Regolíticos do Rebordo do Planalto do Rio Grande do Sul. CIÊNCIA RURAL, Santa Maria, enviado em 22/10, em tramitação,

protocolo nº?. (Anexo 9)

- SCIPIONI, M. C.; LONGHI, S. J.; REINERT, D. J.; ARAÚJO, M. M.; PEDRON, F. DE A.

Análise dos padrões florísticos e estruturais da comunidade arbóreo-arbustiva em gradiente de solo e topografia na floresta estacional decidual no Rio Grande do Sul. REVISTA BRASILEIRA DE BOTÂNICA, enviado em 17/04, em tramitação, protocolo nº

80/08 (Anexo 10)

- PEDRON, F. de A.; AZEVEDO, A. C.; DALMOLIN, R. S. D.; STÜRMER, S. L. C;

MENEZES, F. P. Mineralogia de saprolitos e Neossolos derivados de rochas vulcânicas da Bacia do Paraná no Rio Grande do Sul. Artigo pronto para ser

encaminhado. (Anexo 11)

Além dos artigos científicos, o Pós-doutorando foi responsável pela atualização,

redação, diagramação e editoração do livro “Solos do município de Silveira Martins:

características, classificação, distribuição geográfica e aptidão agrícola”, conforme citação

abaixo.

- DALMOLIN, R. S. D.; KLAMT, E.; CABRAL, D. R.; PEDRON, F. de A. Solos do Município de Silveira Martins: Características, Classificação, Distribuição Geográfica e Aptidão Agrícola. Santa Maria: Orium, 2008. 70p. ISBN: 85-98226-20-3.

(Anexo 12)

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Resultados e impactos atingidos

Foi possível organizar um banco de dados sobre os Neossolos Litólicos e

Neossolos Regolíticos originados de rochas vulcânicas no Rio Grande de Sul, que permite

entender melhor a dinâmica de formação e o comportamento desses solos em relação ao

uso antrópico. Em termos específicos, com as co-orientações e demais atividades podem-

se conhecer, com maiores detalhes, os Neossolos quanto a sua composição e

morfológica. O conhecimento mais detalhado dos Neossolos concederá aos gestores

ambientais um maior poder de decisão sobre as práticas mais adequadas de uso e

manejo das terras para os mais diversos fins. O planejamento de uso dessas áreas, se

baseado em informações representativas, contribuirá para a otimização da exploração

dos recursos naturais associada a sua manutenção e preservação. Embora as atividades

de pesquisas propostas não tenham sido finalizadas, reduzindo a sua contribuição efetiva

nos produtos deste programa de Pós-doutoramento, encontram-se organizadas e em

andamento, na fase de coletas de campo, com perspectivas de gerarem novos artigos

ainda no ano de 2009.

Do ponto de vista acadêmico, o incremento na qualidade e dinamicidade da

disciplina de Morfologia, Gênese e classificação de solos (SOL 827), contribuiu à melhor

formação de mestrandos e doutorandos do PPGCS. A produção científica e dos materiais

didáticos certamente elevarão o ensino da Pedologia a um novo patamar de qualidade.

Considerando que essa disciplina (SOL 827) é obrigatória nos cursos de Mestrado e

Doutorado do PPGCS, acredita-se em um reflexo positivo também nas demais áreas do

programa.

O número de artigos científicos redigidos e encaminhados nesse período foi

significativo e acredita-se que a contribuição ao PPGCS seja satisfatória e de acordo com

o projetado para o programa de Pós-doutoramento, considerando, é claro, o fato do

encerramento prematuro do mesmo.

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Anexo 1 – Material didático produzido para a disciplina de Morfologia, Gênese e Classificação de Solos (SOL827) do Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo da UFSM. Capítulo 1

Noções de geologia aplicada à pedologia

Pg.

09 Capítulo 2

Intemperismo de rochas e minerais

31 Capítulo 3

Minerais dos solos

51 Capítulo 4

Fatores de formação dos solos

107 Capítulo 5

Processos de formação dos solos

121 Capítulo 6

Morfologia dos solos

143

Capítulo 7

Classificação dos solos

173

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Anexo 2 – Proposição de reformulação da disciplina de Mineralogia do Solo (SOL-833), do Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo da UFSM.

Disciplina: Mineralogia do Solo Código: SOL 833 Carga horária sugerida: 75 horas Créditos: 5 (2 horas teóricas – 3 horas práticas) Nível: Mestrado/Doutorado Oferta: Anual (II Semestre) Objetivos da disciplina Conhecer a estrutura, propriedades e classificação dos minerais geogênicos e pedogênicos encontrados nos solos de ambientes tropicais e subtropicais, com ênfase nos solos do Rio Grande do Sul. Discutir os principais métodos utilizados no estudo da mineralogia dos solos e exercitar a interpretação de dados mineralógicos. Entender a gênese dos solos através do processo de intemperismo de rochas e sedimentos, influenciados pelos fatores e processos de formação; Conhecer os minerais primários e secundários envolvidos na pedogênese e sua evolução mineralógica, bem como, suas implicações nas propriedades morfológicas, químicas e físicas dos solos. Estudar a aplicação de informações mineralógicas do solo no planejamento de atividades ambientais e tecnológicas. Ementa A disciplina de Mineralogia do solo trata inicialmente, da composição da crosta terrestre e intemperismo de rochas e minerais. Na seqüência aborda elementos de cristalografia e a caracterização dos principais minerais primários e secundários encontrados nos solos. Também são estudados os principais métodos de análise mineralógica, preparo de amostras para difratometria de raio-X e exercícios de interpretação de difratogramas e outros dados mineralógicos. Na parte final da disciplina, são apresentados os complexos organo-minerais e uma análise da mineralogia dos solos do Rio grande do Sul. Metodologia e/ou instrumentos de ensino A disciplina faz uso de instrumentos como aulas teóricas expositivas, apresentação de seminários sobre artigos científicos e resultados de análise mineralógica; saídas de campo para coleta de amostras de solo, saprolito e rocha para análise mineralógica; saídas de campo para visitas à laboratórios relacionados à mineralogia dos solos; práticas de laboratório relativas ao preparo de amostras de solo, saprolito e rocha para análises mineralógicas; atividades de uso de aplicativos computacionais para tratamento de dados mineralógicos; exercícios extra-classe como, por exemplo, redação de artigos e leitura de textos sobre mineralogia do solo; e execução de projetos de uso aplicado da mineralogia do solo. Formas de avaliação Os alunos serão avaliados através de avaliações escritas (teóricas e práticas); apresentação de seminários; discussões de resultados de aulas práticas; relatórios de

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viagens e aulas de campo e laboratório; e pela apresentação dos resultados finais dos projetos de ensino e educação ambiental. Programa: Título e discriminação das unidades Unidade 1 Composição da crosta terrestre e intemperismo de rochas e minerais 1.1 – Fundamentos da geologia e composição da crosta terrestre 1.2 – Principais rochas formadoras de solos no Rio Grande do Sul 1.2.1 – Composição mineralógica e química 1.2.2 – Identificação 1.3 – Intemperismo das rochas 1.4 – Intemperismo dos minerais Unidade 2 Elementos de cristalografia e difração de raio-x 2.1 – Cristalografia 2.1.1 – Estrutura dos minerais 2.1.2 – Sistemas cristalinos (retículos de Bravais) 2.1.3 – Índices de Miller 2.2 – Difratometria de raio-x 2.2.1 – Espectro eletromagnético 2.2.2 – Histórico de uso do raio-x 2.2.3 – Cuidados no uso do raio-x 2.2.4 – A produção de raio-x 2.2.5 – Fundamentos da difração de raio-x 2.2.6 – Difratômetros de raio-x Unidade 3 Principais minerais primários encontrados no solo 3.1 – Gênese dos minerais primários 3.2 – Caracterização cristalográfica e química dos minerais primários 3.3 – Condições de alteração dos minerais primários 3.4 – Identificação dos minerais primários em estudos de mineralogia 3.5 – Influência dos minerais primários no comportamento do solo Unidade 4 Minerais pedogenéticos: grupo dos minerais 2:1 e 2:1HE 4.1 – Principais minerais 2:1 do solo 4.2 – Gênese dos minerais 2:1 no solo 4.3 – Propriedades físico-químicas dos minerais 2:1 4.4 – Identificação dos minerais 2:1 4.5 – Gênese e características dos minerais 2:1 HE no solo 4.6 – Identificação dos minerais 2:1 HE no solo 4.7 – Influência dos minerais 2:1 e 2:1 HE no comportamento do solo Unidade 5 Minerais pedogenéticos: grupo dos minerais 1:1 5.1 – Principais minerais 1:1 do solo 5.2 – Gênese dos minerais 1:1 no solo 5.3 – Propriedades físico-químicas dos minerais 1:1 5.4 – Identificação dos minerais 1:1

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5.5 – Influência dos minerais 1:1 no comportamento do solo Unidade 6 Minerais pedogenéticos: óxidos (óxidos, hidróxidos e oxi-hidróxidos) 6.1 – Principais óxidos do solo 6.2 – Gênese dos óxidos no solo 6.3 – Propriedades físico-químicas dos óxidos 6.4 – Identificação dos óxidos 6.5 – Influência dos óxidos no comportamento do solo Unidade 7 Técnicas de análise mineralógica 7.1 – Difratometria de raio-x (DRX) 7.2 – Dissoluções químicas 7.3 – Fluorescência de raio-x (FRX) 7.4 – Análise termodiferencial (ATD) 7.5 – Análise termogravimétrica (ATG) 7.6 – Microscopia petrográfica 7.7 – Microscopia eletrônica por varredura (MEV) 7.8 – Espectroscopia Mossbauer Unidade 8 Preparo de amostras para difratometria de raio-x 8.1 – Separação granulométrica (areia, silte e argila) 8.2 – Amostras em pó e amostras orientadas 8.3 – Procedimentos para a identificação dos minerais Unidade 9 Tratamentos e interpretação de difratogramas de raio-x 9.1 – Configuração e interpretação de difratogramas de raio-x 9.2 – Uso de aplicativos computacionais na análise digital de difratogramas Unidade 10 Química de superfície nos minerais do solo 10.1 – Sítios ativos nas partículas minerais 10.2 – Reatividade na interface sólido-líquido Unidade 11 Complexos organo-minerais no solo 11.1 – Características da estrutura química da matéria orgânica 11.2 – Ligações de substâncias orgânicas por partículas coloidais do solo 11.2.1 – Interação substâncias não húmicas com minerais do solo 11.2.2 – Interação polímeros sintéticos com minerais do solo 11.2.3 – Interação substâncias húmicas com minerais do solo Unidade 12 Aplicações ambientais e tecnológicas da mineralogia do solo: estudo de casos 12.1 – Aplicações agrícolas 12.2 – Aplicações geotécnicas 12.3 – Aplicações industriais 12.4 – Aplicações sanitárias

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12.5 – Aplicações paleoclimáticas 12.6 – Aplicações medicinais e estéticas 12.7 – Outras aplicações Unidade 13 Mineralogia dos solos do Rio Grande do Sul 13.1 – Regiões de alteração mineralógica do Rio Grande do Sul 13.2 – Principais solos e sua composição mineralógica Bibliografia recomendada AMONETTE, J. N.; ZELAZNY, L. W. Quantitative methods in soil mineralogy. Madison: SSSA, 1994. 462p. BATTEY, M. H. Mineralogy for students. London: Longman Scientific & Technical, 1990. 355p. BLAND, W.; ROLLS, D. Weathering: an introduction to the scientific principles. London: Arnold, 1998. 271p. BRADY, N. & WEIL, R. R. The Nature and Properties of Soils. 14 ed. Prentice Hall, 2007. 980p. BRASIL, Ministério da Agricultura. Divisão de Pesquisa Pedológica. Levantamento de reconhecimento dos solos do Rio Grande do Sul. Recife: DNPEA-MA, 1973. 431p. (Boletim Técnico N° 30) BRAG, L.; CLARINGBULL, F. G. Crystal structures of minerals, New York: Cornell University, 1965. 409p. BREWER, R. Fabric and mineral analysis of soils. New York: John Wiley, 1976. 470p. BRINDLEY, G.W.; BROWN, G. Cristal structures of clay minerals and their X ray identification. London: Mineralogical Society, 1980. 495p. BUOL, S. W. et al. Soil genesis and classification. 4th ed., Ames: Iowa State University Press, 1997. 527p. CARROL, D. Clay minerals: a guide to their X-ray identification. Boulder: The Geological Society of America, 1970. 80p. CORRENS, C. W. Introduction to mineralogy, crystallography and petrology. New York: Springer-Verlag. 1969. 485p. DIXON, J. B.; SCHULZE, D. G. Soil mineralogy with environmental applications (Soil Science Society of America Book Series, No. 7). Madison: Soil Science Society of America, 2002. DIXON, J. B.; WEED, S. B. Minerals in soil environments. 2 ed. Madison: Soil Science Society of America, 1989. 1244p.

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EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. 2ª ed., Rio de Janeiro: EMBRAPA, 2006. 306p. FANNING, D. S.; FANNING, M. C. B. Soil morphology, genesis and classification. New York: John Wiley & Sons, 1989. 395p. GRIM, R. E. Clay Mineralogy. 2nd ed. New York: McGrall-Hill, 1968. 596p. IBGE. Levantamento de recursos naturais do projeto Radam-Brasil. Folha SH.22. Porto Alegre e parte das folhas SH. 21 Uruguaiana e Si. 22 Lagoa Mirim. Rio de Janeiro: IBGE, 1986. 796p. INDA Jr, A. V. Caracterização de goethita e hematita em solos poligenéticos. 2002. 126f. Tese (Doutorado em Ciência do Solo) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2002. KÄMPF, N.; CURI, N. Argilominerais em solos brasileiros. In: CURI, N. et al. (Eds.). Tópicos em ciência do solo. Viçosa: SBCS, 2003. v. 3, p.1-54. KÄMPF, N.; CURI, N. Óxidos de ferro em solos brasileiros. In: NOVAIS, R. F. et al. (Eds.). Tópicos em ciência do solo. Viçosa: SBCS, 2000. v. 1, p.107-138. KLEIN, C. Minerals and rocks – exercises in crystallography, mineralogy and hand specimen petrology. New York: John Wiley & Sons. 1994. 405p. KLUG, H. P.; ALEXANDER, L. E. X-ray diffraction procedures for polycrystalline and amorphous materials. New York: John Wiley & Sons, 1970. 716p. KLUTE, A. Methods of Soil Analysis - Part 1: Physical and mineralogical methods. 2nd ed. Madison: American Society of Agronomy - Soil Science Society of America, 1986. MOORE, D. M.; REYNOLDS Jr., R. C. X-ray diffraction and the identification and analysis of clay minerals. 2 ed., New York: Oxford University Press, 1997. 378p. MURRAY, H. H. Applied clay mineralogy: occurences, processing and application of kaolins, bentonites, palygorskite-sepiolite and common clays. Amsterdam: Elsevier, 2007. 180p. (Developments in Clay Science, 2) NESSE, W. D. Introduction to mineralogy. New York: Oxford University Press, 2000. 431p. OLIVEIRA, J. B. Pedologia Aplicada. 2ª. Edição. Piracicaba: FEALQ. 2005. 574p. RESENDE, M. et al. Mineralogia de solos brasileiros: interpretação e aplicação. Lavras: ed. UFLA, 2005. 192p. SOIL SCIENCE SOCIETY OF AMERICA. Glossary of Soil Science Terms. Madison: Soil Science Society of America. 2008. 93p. SOIL SURVEY STAFF. Soil Taxonomy: A Basic System of Soil Classification for Making and Interpreting Soil Surveys. 2. ed. Washington DC: U.S. Government Printing Office, 1999. 871 p. (Agriculture Handbook n. 436)

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STRECK, E. V. et al. Solos do Rio Grande do Sul. 2 ed., Porto Alegre: Emater/RS, 2008. 222p. TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2001. 568p. WHITE, A.F.; BRANTLEY, S.L. Chemical weathering rates of silicate minerals. Washington, USA: Mineralogical Society of America, 1995.

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Anexo 3 – Registro fotográfico das coletas de monolitos de solos no campo e do curso ministrado a Universidade de Caxias do Sul sobre o tema.

Figura 1. Escavação do formato da forma metálica no perfil (A); Detalhes da forma metálica no

perfil e sua escavação (B).

Figura 2. Ajuste da forma no perfil do solo (A); Distribuição da cola branca na forma metálica antes

de posicioná-la definitivamente no perfil do solo (B).

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Figura 3. Detalhe do posicionamento da tábua para apoiar a forma metálica (A); Início da

escavação para retirada do monolito (B).

Figura 4. Detalhe do uso da atadura para enrolar o monolito (A); Detalhe da escavação em volta do monolito (B); Detalhe da escavação profunda onde o monolito está quase todo escavado (C);

Detalhe do importante apoio do monolito quando no final da escavação para evitar rompimento do solo (D).

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Figura 5. Monolito de solo sendo rebaixado (toilette) para evidenciar suas características

morfológicas.

Figura 6. Aula teórica do curso ministrado em Caxias do Sul.

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Figura 7. Coleta de monolitos no campo em Caxias do Sul.

Figura 8. Participantes do curso ministrado em Caxias do Sul.

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Anexo 4 – Resumo do Banco de dados de perfis de Neossolos Litólicos e Neossolos Regolíticos do RS

1 PERFIL: nº 20 - Neossolo Cerrito. DATA: 28/10/04 CLASSIFICAÇÃO: Neossolo Regolítico Eutrófico léptico textura média A chernozêmico relevo ondulado. UNIDADE DE MAPEAMENTO: RRe 1. LOCALIZAÇÃO: Estrada Padre Gabriel Bolzan, próximo ao Cerrito, coordenadas UTM: 227912/6712345. SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em barranco de corte de estrada, no topo da elevação, sob floresta nativa, com 8 a 20 % de declive. LITOLOGIA: Rochas magmáticas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 2 PERFIL: nº 21 - Mini-trincheira arenito (perfil das pitangueiras). DATA: 20/11/04 CLASSIFICAÇÃO: Neossolo Regolítico Eutrófico léptico textura arenosa a média A proeminente relevo suave ondulado a ondulado. UNIDADE DE MAPEAMENTO: RRe 2. LOCALIZAÇÃO: Coxilha ao lado da estrada do Perau, no Campestre do Menino Deus. SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em trincheira aberta sob campo nativo, no terço médio superior da coxilha, com 3 a 20 % de declive. LITOLOGIA: Rochas sedimentares. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Caturrita 3 PERFIL: nº 22- Neossolo topo do moro Campestre. DATA: 28/10/04 CLASSIFICAÇÃO: Neossolo Regolítico Eutrófico léptico textura arenosa A moderado relevo suave ondulado. UNIDADE DE MAPEAMENTO: RRe 3. LOCALIZAÇÃO: Topo de morro no Campestre do Menino Deus, coordenadas UTM: 230717/675196. SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA VEGETAL SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em trincheira aberta no topo do moro, sob lavoura de cana e mandioca, com 3 - 8 % de declive. LITOLOGIA: Rochas magmáticas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 4 PERFIL: n° 01 – Perfil Itaquí. DATA: 13/01/2007. CLASSIFICAÇÃO: Neossolo Regolítico eutrófico léptico. UNIDADE DE MAPEAMENTO: Pedregal. LOCALIZAÇÃO: BR 472, entre São Borja e Itaquí, a 64 km de São Borja (S 29° 9,093’ e W 56° 22,161’). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em barranco escavado em trecho médio da coxilha, com declividade de 6 %, sob campo nativo. ALTITUDE: 82 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas básicas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 5 PERFIL: n° 02 – Perfil Unistalda. DATA: 13/01/2007. CLASSIFICAÇÃO: Neossolo Regolítico eutrófico típico

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UNIDADE DE MAPEAMENTO: Pedregal. LOCALIZAÇÃO: 10 km de Unistalda em direção a Santiago, em estrada vicinal (S 29° 4,106’ e W 55° 5,828’). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em barranco escavado em trecho médio da coxilha, com declividade de 18 %, sob campo nativo. ALTITUDE: 150 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas básicas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 6 PERFIL: n° 03 – Perfil Ibarama. DATA: 01/02/2007. CLASSIFICAÇÃO: Neossolo Regolítico eutrófico UNIDADE DE MAPEAMENTO: Charrua. LOCALIZAÇÃO: Rodovia que liga Ibarama a Sobradinho, a 4 km de Ibarama (S 29° 25,327’ e W 53° 6,474’). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em barranco escavado em trecho médio da coxilha, com declividade de 27 %, sob floresta nativa. ALTITUDE: 380 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas básicas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 7 PERFIL: n° 04 – Perfil Caxias do Sul. DATA: 27/01/2007. CLASSIFICAÇÃO: Neossolo Litólico distro-úmbrico típico. UNIDADE DE MAPEAMENTO: Caxias. LOCALIZAÇÃO: Rodovia RS 453 próxima ao shopping Iguatemi em Caxias do Sul (S 29º 10,406’ e W 51° 13,675’). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em barranco escavado em trecho médio superior da coxilha, com declividade de 12 %, sob floresta nativa. ALTITUDE: 770 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas ácidas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 8 PERFIL: n° 05 – Perfil Casa Branca. DATA: 28/01/2007. CLASSIFICAÇÃO: Neossolo Regolítico húmico típico. UNIDADE DE MAPEAMENTO: Silveiras. LOCALIZAÇÃO: Estrada RS 430, a aproximadamente 500 m da comunidade de Casa Branca (S 28º 32,172’ W 50º 20,314’). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em barranco escavado em trecho médio da coxilha, com declividade de 7 %, sob campo nativo. ALTITUDE: 1055 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas ácidas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 9 PERFIL: n° 01 – Perfil C1. DATA: 21/03/2008. CLASSIFICAÇÃO: NEOSSOLO REGOLÍTICO. UNIDADE DE MAPEAMENTO: Charrua LOCALIZAÇÃO: Estrada que liga a Rodovia RS 158 à Reserva Biológica do Ibicuí-Mirim no município de Itaara/RS (29º33,561’S 53º49,470’W). SITUAÇÃO E DECLIVE DO PERFIL: Descrito e coletado em trincheira no topo da paisagem, com declividade de 45% (23º), sob campo.

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ALTITUDE: 300 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 10 PERFIL: n° 02 – Perfil C2. DATA: 21/03/2008. CLASSIFICAÇÃO: NEOSSOLO REGOLÍTICO. UNIDADE DE MAPEAMENTO: Charrua LOCALIZAÇÃO: Estrada que liga a Rodovia RS 158 à Reserva Biológica do Ibicuí-Mirim no município de Itaara/RS (29º33,551’S 53º49,509’W). SITUAÇÃO E DECLIVE DO PERFIL: Descrito e coletado em trincheira na meia encosta da paisagem, com declividade de 25% (14º), sob campo. ALTITUDE: 283 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 11 PERFIL: n.° 03 – Perfil C3. DATA: 21/03/2008. CLASSIFICAÇÃO: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico típico. LOCALIZAÇÃO: Estrada que liga a rodovia RS 158 à Reserva Biológica do Ibicuí-Mirim no município de Itaara (S 29° 33,584’ e W 53° 49,547’). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em corte de estrada na encosta inferior da coxilha, com declividade de 34 % (19°), sob campo. ALTITUDE: 234 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas básicas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 12 PERFIL: n° 04 – Perfil F1. DATA: 24/03/2008. CLASSIFICAÇÃO: NEOSSOLO REGOLÍTICO. LOCALIZAÇÃO: Estrada que liga a rodovia RS 158 à Reserva Biológica do Ibicuí-Mirim no município de Itaara (29º33,611’S 53º49,435’WO). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em trincheira no topo do morro, com declividade de 65 % (29°), sob Floresta nativa. ALTITUDE: 345 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas básicas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 13 PERFIL: n° 05 – Perfil F2. DATA: 24/03/2008. CLASSIFICAÇÃO: NEOSSOLO REGOLÍTICO. LOCALIZAÇÃO: Estrada que liga a rodovia RS 158 à Reserva Biológica do Ibicuí-Mirim no município de Itaara (29º33,630’S 53º49,449’WO). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em trincheira na meia encosta, com declividade de 55 % (25°), sob Floresta nativa. ALTITUDE: 290 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas básicas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 14 PERFIL: n° 07 – Perfil L1. DATA: 30/03/2008. CLASSIFICAÇÃO: NEOSSOLO REGOLÍTICO.

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LOCALIZAÇÃO: Estrada que liga a rodovia RS 158 à Reserva Biológica do Ibicuí-Mirim no município de Itaara (29º33,502’S 53º49,399’WO). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em trincheira no topo de morro, com declividade de 67 % (34°), sob lavoura. ALTITUDE: 315 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas básicas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 15 PERFIL: n° 08 – Perfil L2. DATA: 30/03/2008. CLASSIFICAÇÃO: NEOSSOLO REGOLÍTICO. LOCALIZAÇÃO: Estrada que liga a rodovia RS 158 à Reserva Biológica do Ibicuí-Mirim no município de Itaara (29º33,469’S 53º49,449’WO). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em trincheira na meia encosta, com declividade de 30 % (16°), sob lavoura. ALTITUDE: 283 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas básicas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 16 PERFIL: n° 01 – Perfil N1P2. DATA: 07/11/2007. CLASSIFICAÇÃO: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico típico. LOCALIZAÇÃO: Estrada que liga a rodovia RS 158 à reserva biológica da CORSAN no município de Itaara (S 29° 33,584’ e W 53° 49,547’). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em corte de estrada em trecho médio da coxilha, com declividade de 34 % (19°), sob floresta nativa. ALTITUDE: 235 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas básicas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 17 PERFIL: n° 02 – N2P1 DATA: 07/11/2007 CLASSIFICAÇÃO: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico típico. LOCALIZAÇÃO: Estrada que liga a rodovia RS 158 ao município de São Martinho da Serra, próximo à reserva biológica da CORSAN, no município de São Martinho da Serra (S 29° 32,852’ e W 53° 51,423’). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em corte de estrada na porção superior da coxilha, com declividade de 22 % (12°), sob campo nativo. ALTITUDE: 218 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas básicas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 18 PERFIL: n° 03 – N3P2. DATA: 07/11/2007. CLASSIFICAÇÃO: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico típico. LOCALIZAÇÃO: Estrada que liga a rodovia RS 158 ao município de São Martinho da Serra, próximo à reserva biológica da CORSAN, no município de São Martinho da Serra (S 29° 33,925’ e W 53° 50,974’). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em corte de estrada na porção inferior da encosta da serra, em local plano, com declividade de 2% (1°), sob campo nativo. ALTITUDE: 228 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas básicas.

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FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 19 PERFIL: n° 04 – Perfil N4P2. DATA: 07/11/2007. CLASSIFICAÇÃO: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico típico. LOCALIZAÇÃO: Estrada que liga a rodovia RS 158 à reserva biológica da CORSAN, próximo à comunidade de Estação Pinhal, no município de Itaara (S 29° 34,929’ e W 53° 48,372’). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em barranco escavado em trecho médio da coxilha, com declividade de 18% (10°), sob floresta nativa. ALTITUDE: 425 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas ácidas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral. 20 PERFIL: n° 05 – Perfil N5P2. DATA: 07/11/2007. CLASSIFICAÇÃO: NEOSSOLO REGOLÍTICO Eutrófico típico. LOCALIZAÇÃO: Próximo à empresa Britas Pinhal, entre os municípios de Santa Maria e Itaara (S 29° 38,729’ e W 53° 44,820’). SITUAÇÃO, DECLIVE E COBERTURA SOBRE O PERFIL: Descrito e coletado em barranco escavado em trecho médio da coxilha, com declividade de 20 % (11°), sob capoeira. ALTITUDE: 425 m. LITOLOGIA: Rochas ígneas extrusivas ácidas. FORMAÇÃO GEOLÓGICA: Formação Serra Geral.

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Anexo 5 – Artigo encaminhado para a revista Ciência & Ambiente

Solos do Município de Santa Maria

Ricardo Simão Diniz Dalmolin Doutor em ciência do solo, professor adjunto do Departamento de Solos da Universidade Federal de Santa

Maria, Rio Grande do Sul, pesquisador do CNPq. [email protected]

Fabrício de Araújo Pedron

Doutor em ciência do solo e pós-doutorando no Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo da Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul.

[email protected] Introdução O gerenciamento ambiental de um município somente será bem sucedido quando baseado em dados precisos sobre os elementos naturais que compõem as suas paisagens (Santos & Klamt, 2004). O solo é um recurso natural de suma importância na sustentação dos ecossistemas, sendo o elemento chave na classificação do potencial de uso das terras (Dent & Young, 1993). A definição de “terra”, segundo o mesmo autor, é mais abrangente que “solo”, englobando informações como o relevo, clima, vegetação, drenagem entre outros. O uso racional das terras, de modo sustentável, exige o conhecimento prévio de suas características e limitações, as quais são obtidas através dos levantamentos de solos e de aspectos do meio físico (Lepsch et al., 1991). Levantamentos de solos são trabalhos realizados no campo e no laboratório que visam a identificação, caracterização e espacialização dos solos (Embrapa, 1995), além de predizer o comportamento dos solos quando submetidos a um determinado tipo de uso. Essas informações permitem aos gestores tomarem decisões sobre a utilização das terras, priorizando a conservação dos recursos naturais e a máxima produtividade das atividades humanas. Ainda hoje, com todas as ferramentas e tecnologias disponíveis para as diferentes áreas profissionais, é comum o uso de materiais cartográficos com escalas não compatíveis com o planejamento de uso das terras (Dalmolin et al., 2004). Tal fato é freqüente com mapas geológicos e de solos, devido ao alto custo de realização desses levantamentos. A carência de levantamentos de solos com escalas adequadas ao planejamento de áreas municipais, traz com conseqüência prejuízos ambientais e econômicos (Dalmolin et al., 2004; Giasson et al., 2006). Com 150 anos de história, considerando o ano da sua instalação, o município de Santa Maria apresenta uma área de 1.780 km2 e uma população predominantemente urbana. De acordo com dados da Prefeitura Municipal, a população urbana atual de Santa Maria é de aproximadamente 95 %. Na área rural, predominam as atividades agrícolas de exploração de grãos e pecuária. Neste caso, na área urbana, a sua expansão sobre áreas rurais tem proporcionado efeitos negativos em relação aos recursos naturais (Robaina et al., 2001; Urrutia, 2002; Pedron, 2005). Na área rural, atividades de uso intensivo das terras, sem o cuidado necessário, promovem problemas ambientais como erosão do solo e contaminações com produtos agrícolas. É importante ressaltar que ambas as áreas são utilizadas sem considerar informação sobre seus solos, pelo menos em escala compatível, comprometendo a manutenção destes ambientes. Neste contexto, este trabalho procura retratar os solos que ocorrem no município de Santa Maria e fazer um diagnóstico sobre seu potencial de uso como forma de subsidiar um planejamento racional de uso dos recursos naturais, alertando sobre os riscos da utilização de informações de solos em escalas inadequadas.

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Anexo 6 – Artigo encaminhado para Revista Brasileira de Ciência do Solo

NEOSSOLOS E SAPROLITOS DERIVADOS DE ROCHAS VULCÂNICAS DA FORMAÇÃO SERRA GERAL NO RIO GRANDE NO SUL. I - CONTRIBUIÇÕES À

MORFOLOGIA

Fabrício de Araújo Pedron, Antonio Carlos de Azevedo, Ricardo Simão Diniz Dalmolin,

Sidinei Leandro Klockner Stürmer, Fábio Pacheco Menezes

RESUMO Necessidade de aprimoramento tem sido apontada para as classes dos Neossolos

Litólicos e Neossolos Regolíticos do Sistema Brasileiro de Classificação de Solos

(SiBCS). Muitos usuários do sistema tem tido dificuldades em descrever corretamente a

morfologia destes solos no campo, principalmente no que se refere aos contatos solo-

saprolito-rocha. Sendo assim, os objetivos deste trabalho foi gerar dados morfológicos

visando contribuir na definição dos contatos solo-saprolito-rocha em Neossolos Litólicos e

Neossolos Regolíticos derivados de rochas vulcânicas do Rio Grande do Sul (RS). Foram

analisados cinco perfis dispostos em um lito-climoseqüência de aproximadamente 600 km

no sentido Oeste-Leste no RS. Foram identificados contatos líticos, líticos fragmentários e

proposto o contato saprolítico, sendo este último não existente no SiBCS. As classes de

intemperismo associadas à análise de fraturas e ao teste de resistência da pá reta foram

úteis na organização das informações e identificação dos contatos existentes nos perfis.

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Anexo 7 – Artigo encaminhado para Revista Brasileira de Ciência do Solo

NEOSSOLOS E SAPROLITOS DERIVADOS DE ROCHAS VULCÂNICAS DA FORMAÇÃO SERRA GERAL NO RIO GRANDE NO SUL. II - CLASSIFICAÇÃO

TAXONÔMICA

Fabrício de Araújo Pedron, Antonio Carlos de Azevedo, Ricardo Simão Diniz Dalmolin,

Sidinei Leandro Klockner Stürmer, Fábio Pacheco Menezes

RESUMO A classe dos Neossolos Litólicos e Regolíticos tem sido considerada a mais

incipiente no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), devido à falta de

clareza dos seus atributos diagnósticos, principalmente aqueles relacionados aos

contatos entre solo-saprolito-rocha existentes no perfil. Os objetivos deste trabalho foram:

determinar as características morfológicas do perfil mais adequadas para a sua

classificação; gerar dados da camada saprolítica e testar a sua inclusão na subordem dos

Neossolos Litólicos e Neossolos Regolíticos; avaliar os atributos diagnósticos encontrados

no SiBCS (Embrapa, 2006), para classificação dos Neossolos Litólicos e Regolíticos

derivados de rochas vulcânicas da Formação Serra Geral no Rio Grande do Sul (RS).

Foram analisados cinco perfis dispostos em uma lito-climoseqüência no RS. Com base

em avaliações morfológicas foram identificados contatos referentes à presença de

camada saprolítica que não são contemplados no SiBCS. Foram propostos atributos

diagnósticos para a classificação dos Neossolos Regolíticos, sugerindo-se a troca do

termo Regolítico pelo “Saprolítico”. Também foram sugeridas novas classes para o

terceiro nível categórico, considerando informações como posição do contato saprolítico,

resistência à escavação e grau de fraturamento do material. Os atributos diagnósticos e

as classes propostas permitiram uma classificação mais adequada dos Neossolos

derivados de rochas vulcânicas, no RS.

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Anexo 8 – Artigo encaminhado para revista Scientia Agrícola

a. Title: Lithological discontinuity in five benchmark soils from Depressão Central Gaúcha, Brazil. b. Authors: Cristiane Regina Michellon, *Antonio Carlos de Azevedo, Fabrício de Araújo Pedron, Ricardo Simão Diniz Dalmolin, Sidinei K. Sturmmer, Juliana Gonçalves, Sérgio Luis de Jesus.

Lithological discontinuity in five benchmark soils from Depressão Central Gaúcha, Brazil.

ABSTRACT

Soil resource is particullarly fragile in the region of Depressão Central Gaúcha, Rio

Grande do Sul State (Brazil), because textural contrast among horizons increase soil

erodibility. Investigating the pedogenetic origin of such contrasts help to understand

landscape evolution and to model near-surface hydrology. Five benchmark soils of this

region were sampled and analyzed to learn if textural contrasts were due to

geomorphological (lithological discontinuity) or to pedogenetic processes. Morphology,

sedimentological and chemical indexes as well as mineralogical analysis were used to

search for evidence of lithological discontinuity. Two soils had abrupt textural change but

no evidence of lithological discontinuity, two soils had less contrasting morphology and

lithological discontinuity and one soil had no morphological contrast, but had deposition of

magnetite in the sand fraction. Calculation of sedimentological indexes is advised to as a

simple, cheap and quick test to look for lithological discontinuity in soils of this region.

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Anexo 9 – Artigo encaminhado para revista Ciência Rural

Relação da granulometria do solo e morfologia do saprolito com a infiltração de

água em Neossolos Regolíticos do rebordo do Planalto do Rio Grande do Sul

Sidinei Leandro Klöckner Stürmer, Ricardo Simão Diniz Dalmolin, Antônio Carlos de

Azevedo, Fabrício de Araújo Pedron, Fabio Pacheco de Menezes

RESUMO

Os Neossolos Regolíticos apresentam baixo potencial de uso devido à sua

pequena profundidade efetiva, presença de pedregosidade/rochosidade, contato lítico

próximo à superfície e ocorrência freqüente em terrenos declivosos. Análises mais

detalhadas são necessárias para a melhor interpretação desses solos, visto que a

filtragem da água de percolação, retenção de solutos e fluídos e sua possível

transformação, são de interesse ambiental. Nesse sentido, este estudo gerou informações

sobre a infiltração de água em cinco áreas de Neossolos Regolíticos na região do

Rebordo do Planalto do Rio Grande do Sul. Para cada área foram descritos e analisados

três perfis, sendo a infiltração de água determinada pelo método dos duplos anéis

concêntricos. Mesmo com idêntica classificação taxonômica até o quarto nível categórico,

os Neossolos apresentaram variações no seu comportamento hídrico, inclusive quando

comparados entre os perfis do mesmo ponto de coleta. Os dados sugerem que a

infiltração, nestes Neossolos, é influenciada pela configuração de fraturas do saprolito,

granulometria, condições de relevo e uso do solo.

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Anexo 10 – Artigo encaminhado para Revista Brasileira de Botânica

Análise dos padrões florísticos e estruturais da comunidade arbóreo-arbustiva em gradiente de solo e topografia na floresta estacional

decidual no Rio Grande do Sul

MARCELO CALLEGARI SCIPIONI; SOLON JONAS LONGHI; DALVAN JOSÉ REINERT;

MARISTELA MACHADO ARAÚJO E FABRÍCIO DE ARAÚJO PEDRON

RESUMO

O presente trabalho foi realizado em fragmento de Floresta Estacional Decidual

(29°32’27” S e 53°48’35” W), na Reserva Biológica do Ibicuí-Mirim, localizada no

município de São Martinho da Serra, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, com o objetivo

de avaliar as correlações existentes entre a composição florística e estrutural da floresta

sobre diferentes condições físicas, químicas e topográficas em Neossolos sem influência

fluvial. Foram instaladas 28 parcelas de 20x20 m para amostrar todos os indivíduos com

circunferência à altura do peito (CAP) ≥ 30 cm. Nas parcelas foram coletadas amostras

superficiais de solos (0 – 20 cm) para análise química e textural, além de informações

topográficas e morfológicas do terreno. Foram registrados 734 indivíduos, distribuídos em

61 espécies, 50 gêneros e 28 famílias botânicas. Os índices de diversidade de Shannon

(H’= 3,35 nats./indivíduo) e o índice de equabilidade de Pielou (J’= 0,81) indicaram alta

diversidade. Através da Análise de Correspondência Canônica (CCA) verificou-se que a

variação da estrutura fisionômica e composição das espécies mostraram correlações com

as variáveis ambientais de declividade do terreno, cota altimétrica, CTC efetiva, relação

Ca/Mg e grau de desenvolvimento do solo. Essas variáveis caracterizaram as diferentes

classes do solo em estudo e influenciaram na abundância das espécies.

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Anexo 11 – Artigo encaminhado para Revista Brasileira de Ciência do Solo

MINERALOGIA DE SAPROLITOS E NEOSSOLOS DERIVADOS DE ROCHAS VULCÂNICAS DA BACIA DO PARANÁ NO RIO GRANDE DO SUL

Fabrício de Araújo Pedron, Antonio Carlos de Azevedo, Ricardo Simão Diniz Dalmolin,

Sérgio Luis de Jesus RESUMO No Estado do Rio Grande do Sul (RS) os Neossolos Litólicos e Neossolos

Regolíticos são solos que tem sofrido forte pressão de uso, demandando maiores

conhecimento sobre sua gênese e mineralogia. O objetivo deste trabalho foi estudar a

mineralogia, através da difratometria de raios-x e dissolução seletiva de minerais, de

Neossolos dispostos em um lito-climosseqüência sobre rochas vulcânicas da bacia do

Paraná no RS, como forma de melhor entender sua gênese e características químicas.

Para cada perfil foram analisadas amostras de rocha, saprolito e solo, as quais mostraram

que as características mineralógicas e químicas dos perfis são influenciadas pelas

condições climáticas e pelo material de origem. Os dois perfis encontrados nos Campos

de Cima da Serra diferenciaram-se dos demais, apresentando maior grau de alteração,

indicado pela presença de gibbsita e maiores teores de caulinita e goethita.

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Anexo 12 – Registro do livro publicado: “Solos do Município de Silveira Martins: Características, Classificação, Distribuição Geográfica e Aptidão Agrícola”.

Capa e projeto gráfico: os autores Edição de texto e editoração eletrônica: Fabrício de Araújo Pedron Revisão: os autores Impressão: Gráfica Pallotti © Todos os direitos reservados aos editores.

Ficha catalográfica

S689

Solos do município de Silveira Martins: características, classificação, distribuição geográfica e aptidão agrícola / Ricardo Simão Diniz Dalmolin...[et al.] . – Santa Maria : Orium, 2008. 73 p. : il. ; 30 cm ISBN: 85-9822620-3 1. Agronomia 2. Solos 3. Levantamento do solos 4. Pedologia 5. Silveira Martins, RS 6. Recursos naturais I. Dalmolin, Ricardo Simão Diniz II. Klamt, Egon III. Cabral, Daniel da Rocha IV. Pedron, Fabrício de Araújo. CDU: 631.4(816.5SILVEIRA MARTINS)

Ficha catalográfica elaborada por Luiz Marchiotti Fernandes - CRB - 10/1160 Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Rurais - UFSM

Proibida a reprodução parcial ou total sem a autorização dos autores. Museu de Solos do Rio Grande do Sul Departamento de Solos Centro de Ciências Rurais Universidade Federal de Santa Maria Campus Universitário, 97105 – 900, Santa Maria, RS Tel. (0xx55) 3220 - 8108 www.ufsm.br/msrs Pedidos: Tel. (0xx55) 3220 - 8108 e-mail: [email protected]

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Sumário

Apresentação ........................................................................................................ 07 1. Introdução ......................................................................................................... 09 2. Caracterização ambiental da área de trabalho 2.1. Localização e caracterização do município de Silveira Martins ...................... 11 2.2. Geologia .......................................................................................................... 11 2.3. Clima ............................................................................................................... 15 2.4. Relevo ............................................................................................................. 15 2.5. Vegetação ....................................................................................................... 15 2.6. Uso atual das terras ........................................................................................ 16 3. Material e métodos ........................................................................................... 17 4. Resultados ........................................................................................................ 21 4.1. Caracterização dos solos e sua distribuição na paisagem ....................... 21 4.2. Legenda e descrição das classes de solos ................................................ 22 4.2.1. Argissolo Vermelho-Amarelo Alítico típico .............................................................. 22 4.2.2. Argissolo Bruno-Acinzentado Alítico abrúptico ............................................. 26 4.2.3. Argissolo Vermelho Distrófico típico ............................................................. 28 4.2.4. Argissolo Vermelho Distrófico abrúptico ....................................................... 30 4.2.5. Argissolo Amarelo Alítico típico .................................................................... 32 4.2.6. Argissolo Amarelo Alumínico abrúptico ........................................................ 33 4.2.7. Luvissolo Crômico Pálico abrúptico.................................................. 35 4.2.8. Planossolo Háplico Alítico gleissólico .............................................. 37 4.2.9. Planossolo Háplico Eutrófico gleissólico .......................................... 39 4.2.10. Neossolo Litólico Distro-umbrico fragmentário ........................................... 41 4.2.11. Neossolo Litólico Húmico típico .................................................................. 42 5. Recomendações ............................................................................................... 47 6. Referências bibliográficas ............................................................................... 49 7. Apêndice 7.1. Descrição analítica dos perfis de solo ............................................................. 51