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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS UMA EXPERIÊNCIA DE ANÃLISE E DIAGNÓSTICO DO FLUXO DE CANA NUMA USINA DE AÇÜCAR DISSERTAÇÃO SUBMETIDA A UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM ENGENHARIA LIN CHIH CHENG FLORIANÓPOLIS SANTA CATARINA - BRASIL DEZEMBRO DE 1981

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

D EPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS

UMA EXPERIÊNCIA DE ANÃLISE E DIAGNÓSTICO

DO FLUXO DE CANA NUMA USINA DE AÇ ÜCAR

DISSERTAÇÃO SUBMETIDA A UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA

CATARINA PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM ENGENHARIA

LIN CHIH CHENG

FLORIANÓPOLIS

SANTA CATARINA - BRASIL

DEZEMBRO DE 1981

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ii

UMA E X PERIÊNCIA DE ANÁLISE E DIAGNOSTICO

DO FLUXO DE CANA NUMA USINA DE AÇ ÜCAR

LIN CHIH CHENG

ESTA DISSERTAÇÃO FOI JULGADA ADE QU AD A PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE

"MESTRE EM ENGENHARIA"

ESPECIALIDADE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E AP ROVADA EM SUA FORMA FINAL

PELO PROGRAMA DE P O S -G R A D U A Ç Ã O .

BANCA EXAMINADORA

J

Prof. JoHn/Rob/rt Mackness, Ph.D.

’residente

Prof. Henrique Pacca Loureiro Luna

Docteur d'Etat.

U j

Prof. Alceu Souza , M. Sc.

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Aos meus pais

e

irmãos

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Tu es digno, Senhor e Deus nosso,

de receber a gloria, a honra e o

poder, porque todas as cousas Tu

criaste, sim, por causa da Tua

vontade vieram a existir e foram

c r i a d a s .

Apocalipse 5 : 11

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Ao Professor John Robert M a c k n e s s , pela eficien

te., e motivadora orientação no decorrer de todo o trabalho, b em

como a sua amizade.

Aos Professores Henrique Pacca Loureiro Luna e

A lc eu Souza, membros da Banca Examinadora, pelos comentários e su

gestões que contribuíram-, enriquecendo o presente trabalho.

Aos amigos do Departamento de Engenharia Indu^

trial - UFMG, pelo apoio e estímulo; e em particular a Professora

Branca Lídia L. Ribeiro pela confiança em m i m depositada.

Aos amigos p r o f e s s o r e s , funcionários e compa

nheiros de curso, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de

Produção, pelo apoio e colaboração prestados.

Ao Professor Joanito Campos Júnior, Diretor do

I N D I , pelo apoio e estímulo na fase inicial deste trabalho.

à Usina Boa Vista, pela oportunidade p r o p o r c i o ­

nada no aperfeiçoamento dos conhecimentos. E principalmente âs

pessoas que nela labutam.

Aos amigos Benedito C. Orlandi e Edenilse F. E. Orlan

d i , pelo apoio e amizade, em todos os instantes desta longa canú

n h a d a .

Aos meus irmãos Tânea Mara R. Quintanilha e

Marival 0. Quintanilha pelo apoio, estímulo e amizade preciosa, no

decorrer deste curso.

A minha família de Florianópolis, Udo Wondracek

e Caio Mario Costa, p el a rica convivência do dia a dia, no trans

correr de todo o curso.

Aos peregrinos da Ali an ça Bíblica Universitária,

pelo amor e fraternidade do convívio em Cristo.

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S U M Á R I Ov

Pag.

LISTA DE FIGURAS ............................................... vii

CAPÍTULO I

1. INTRODUDUÇÂO ................... .................... 1

1.1. Fluxo de Cana Numa Unidade Agroindustrial ... 1

1.2. Objetivos do Trabalho .......... ................. 2

1.3. Importância do Trabalho ...................... . .. 3

1.4. Metodologia Utilizada ............................. 3

1.5. Estrutura do Trabalho ............................ 4

CAPITULO II

2. ANÃLISE DA USINA .......................... ........ 6

2.1. Descrição da Usina ................................ 7

2.1.1. Relacionamento com o Complexo Rural ......... 7

2.1.2. Agroindústria Canavieira ......................... 11

2.1.3. Caracterizações da Usina ......................... 16

2.2. Analise dos Problemas da Usina ................. 21

- • 2, 2 .1 . .Identificação dos ,Problemas .................. 21.

2.2.2. Problema Especifico a Resolver ................. 23

2.2.3. Problemas de Filas ................................ 26

2.2.4. Fluxo de Cana Existente .......................... 27

'2.2.5. Linhas de Ação Possíveis ......................... 29

CAPÍTULO III

3. MOD EL AG E M DO FLUXO DE CANA DA USINA .......... 32

3.1. Adequação da Técnica .............................. 35

3.2. Fluxograma do Modelo ............... .............. 38

3.3. Coleta e Tratamento dos Dados ................... 45

3.3.1. Coleta de Campo .................................... 4 5

3.3.2. Tratamento Estatístico dos Dados .............. 46

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Pag.vi

3.4. Fluxograma do Modelo em GPSS ................... 47

3.4.1. Linguagem-Programa GPSS ..........................

3.4.2. Análise do Fluxograma em GPSS ................... 49

3.5. Uso do Modelo Proposto no Computador ......... 56

3.5.1. Programação em GPSS ....................... ....... 5 7

’ CAPÍTULO IV

4. RESULTADOS OBTIDOS/POLÍTICAS ALTERNATIVAS ... 61

4.1. Esquematização e Analise dos Resultados .... 62

4.2. Formulação de Políticas - Alternativas ...... 69

4.2.1. Aumento do Tempo de Uso da PONTE 1 ............ 69

4.2.2. Diminuição da Jornada de T r a b a l h o - ............. 69

4.2.3. Aumento da Frota de Veículos ................... 74

4.2.4. Aumento de 50% na Capacidade de M o a g e m ...... 76

4.3. Recomendações Para a Implantação ......... . 79

CAPÍTULO V

5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ...................... 81

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................. 83

ANEXO I - Formulários de Coleta dos Dados ............. 88

ANEXO II - Funções Empíricas Utilizadas no GPSS ...... 92

ANEXO III- Programa em GPSS ................................ 98

ANEXO IV - Um Exemplo do Resultado em GPSS ............. 102

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VI I

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

FIGURA

L I S T A D E F I G U R A S

Pag,

1 - Análise Vertical e Horizontal da Situação -

Problema ............... ................................ 8

2 - Usinas de Açúcar em Minas Gerais . . .............. 17

3 - Localização da Usina em Relação a

seus Canaviais .......................... ............. 19

4 - Procedimentos Sequenciais de Atividades

com suas Respectivas Vinculações ...... .......... 20

5A- Organograma Geral da Empresa ...................... 22

5B- Forma Simplificada do Fluxo de Cana

Existente ............................................... 30

6 - Construção do Modelo Aproximado Para

Resolução de Problemas ............. '................ 33

7 - Classificação dos Modelos Quanto ao Tipo ....... 34

8 - Fluxograma dos Estágios de Desenvolvimento

do Modelo a Simular .................................. 39

9 - Diagrama de Blocos - Atividades D e s e m p e ­

nhadas no Fluxo de Cana ............................. 40

10 - Tabela de Desisão - Entradas na Fila ............ 41

11 - Diagrama de Blocos - Sob o Prisma

da Unidade de Chegada ...................... ........ 42

12 - Diagrama de Blocos - Sob o Prisma do Atendente. 43

13 - Fluxograma em GPSS do Fluxo de Cana ............. 50

14 - Resultados da Simulação Para o 1 0 9 e 3 0 9

dias - Posto de Serviço ................. 59

15 - Resultados da Simulação Para o 1 09 e 3 0 9

dias - Canais de Serviços .......................... 60

16 - Comparação Entre os índices do Modelo

Simulado e o Vigente .......................... ...... 63

17 - Posto de Serviço- - Resultado da Simulação ..... 64

18 - Canais de Serviço - Resultados da Simulação ... 65

19 - Filas no Posto de Serviço e Canais

de Serviços ............................................ 67

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v i i i

Pag.

FIGURA 20 - Convparaçao do Modelo Simulado com R a c i o ­

nalização de Uso da PONTE 1 e Sistema Vi

. . . 70

FIGURA 21 - Posto de Serviço com Racionalização

70

FIGURA 22 - Canais de Serviços com Racionalizaçao

71

FIGURA 23 - Filas com Racionalização72

FIGURA 24 - Comparação Entre o Aumento da Frota

75

FIGURA 2576

FIGURA 26 - índice de Uso e Tempo Medio nas Filas 77

FIGURA 27 - índice Médio de Utilização das Carre-

78

FIGURA 28 - Tempo Mêdio de Permanência nas

Filas/Transaçao

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ix

L I S T A D E T A B E L A S

Pag.

TABELA 1 - Área Com Cana-de-açúcar No Brasil, Para

a Produção de Açúcar e Ãlcool, Ano 1979 ........ 12

TABELA 2 - Brasil - Produção de Açúcar Centrifugado

Regiões e Unidades da Federação .................. 14

TABELA 3 - Brasil - Produção de Álcool

Regiões e Unidades da Federação .................. 15

TABELA 4 - Produção de Açúcar Cristal do Estado

de Minas Gerais - 74/75 a 80/81 .................. 18

TABELA 5 - Tempo Mêdio Perdido - Safra 79/80 ................ 24

TABELA 6 - Tempo Mêdio Perdido - Safra 80/81 ................ 25

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RESUMO

O presente trabalho possui o objetivo de es tu -

dar o. fluxo de cana, com a meta de evitar as paradas da usina

causadas pelo fator "falta de c a n a”. Essa falta é motivada pe

lo dimensionamento inadequado dos r e c u r s o s , bem como o uso

não racionalizado destes.i

0 trabalho foi desenvolvido numa usina de a ç ú ­

car. Utilizando a abordagem sistêmica, alguns problemas pude

ram ser d e t e c t a d o s .

Fez-se a modelagem do fluxo de cana existente ,

simulando-o n um computador digital. 0 modelo de filas s i m u l a ­

da em liguagem GPSS obteve resultado bastante satisfatório.

Formulou-se algumas alternativas subsidiadas pe

los resultados obtidos que deverão facilitar a tomada de decjL

são dos usuários do modelo.

Acredita-se que as alternativas propostas, con

tribuam significativamente aos administradores dos recursos li

gados ao fluxo de cana.

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xi

ABSTRACT

é

The objective of this dissertation is to study

the flow of cane sugar in a sugar refinery to try and reduce

unproductive time caused by lack of raw material.

A systems approach was used to analyse the

existing situation in the refinery and the operation of the

refinery was then mod e ll ed using digital simulation with GPSS

in order to test the feasibility of alternative produc ti on po

l i c i e s .

Several interesting conclusions emerged from

the modelling process which, if implemented, will result in

substancial economies for the refinery with more efficient use

Ü of the truck fleet and loading gear.

f

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CAPÍTULO I

1. I N TR O D U Ç Ã O .

1.1- Fluxo de cana numa unidade agroindustrial.

A agroindústria canavieira, implantada no nosso

meio desde a época do Brasil Colonial, onde em cada fase teve

uma conotação própria, influenciou significativamente a forma

ção sócio-econômica do país, apesar de ter sofrido altos e bajl

x o s , pela sua n atureza de uma indústria dependente de fatores

exõgenos.

Nos últimos anos, a indústria de açúcar e álcool

sofreu algumas transformações repentinas por exigências co nt e x t u ­

ais. Evoluindo-se rapidamente por causa da implantação de pro

jetos de modernização e ampliação nas usinas de açúcar, como

também nas destilarias anexas e autônomas. Essa modernização

e ampliação trouxe consigo o incremento na capacidade de moa

gem. Havendo assim, a necessidade de melhorar e adequar a uti

lização da frota de veículos de transporte e carregamento. A-

liado a isso, há também a necessidade de se fazer um redimen

sionamento no setor de recepção ou descarregamento. Ao con­

junto d e - o p e r a ç õ e s : carregamento, transporte e recepção, dá-

se o nome de fluxo de cana.

A operação de carregamento ê efetuada no campo,

apõs esta, a cana é transportada para a usina. Usualmente es­

sas :duas operações, carregamento e transporte de cana, v i n c u ­

lam-se ao setor de transporte. Por outro lado, a operação de

recepção está subordinada ã área industrial, pois localiza-se

no interior da usina. Esse conjunto de operações é um elo de

ligação entre o campo e a fábrica. Como nem sempre é fácil ob

ter resultados desejáveis numa administração interfacial, pro

pôs-se neste trabalho fazer um estudo desse fluxo.

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2

1.2- Objetivo do trabalho.

Durante o transcorrer da safra, a usina funciona i-

n i n t e r r u p t a m e n t e , exceto nas paradas programadas ou nas avarias

que por ventura ocorram em suas instalações.

0 objetivo do estudo do fluxo de cana, possui como

meta principal, evitar as paradas da usina motivadas pela falta

de cana. Essa falta, ê considerada como tempo perdido de moagem,

pois nem sempre é possível recuperar o tempo perdido porque o p e ­

ríodo de safra é p r e - d e t e r m i n a d o .

0 tempo perdido por causa da falta de cana na usina

estudada, nas safras de 79/80 e 80/81, alcançaram um índice de

39% do tempo médio total perdido, para cada um desses anos.

Essa falta em termos gerais, significa que esta h a ­

vendo uma capacidade maior de moagem na usina, do que a disponibi

lidade de cana para alimentar as moendas durante as 24 horas do

dia. A falta de matéria-prima, disponível para a m o ag em possui cau

sas bastante variadas, assim sendo, tentou-se neste trabalho e l u ­

cidar algumas dessas causas.

Depois de ter-se detectado algumas dessas causas por

intermédio da análise e mo de la ge m do sistema vigente e obtendo-se

resultados como: número médio de caminhões em cada estação de ser

viço, tempo médio perdido nas filas de espera, nível médio de uti^

lização dos equipamentos e outros, procurou-se dimensionar adequa

damente os recursos necessários às três operações, bem como a r a ­

cionalização no uso desses recursos, a fim de diminuir o índice

das paradas por falta de cana.

Formulou-se algumas políticas alternativas, s ub s i­

diadas pelos resultados obtidos nos experimentos em simulação, co

mo: maior tempo de uso do descarregador 1 , diminuição da jornada

de trabalho e outros, na tentativa de dinamizar esse conjunto de

o p e r a ç õ e s .

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3

1.3- Importância do trabalho.

A falta de cana, quebrando a sequência no f o r n e c i ­

mento da matéria-prima às moendas, em grande parte das vezes são

responsáveis pela quebra também do rendimento industrial, apesar

de ter procurado eliminar os outros fatores negativos que causam

o abaixamento do rendimento industrial, tanto no campo como na u

sina.

0 tempo perdido por falta de cana, na m a io ri a das

vezes, não ê possível de ser recuperado. Por causa dessa perda, a

produção anual prevista pode não ser alcançada.

Aliado a isso, na produção de açúcar e álcool, as

estatísticas tem demonstrado que as operações de corte, c a r r e g a ­

mento e transporte, em conjunto, correspondem aproximadamente 40

a 70% do custo de produção da cana utilizada nas usinas. d e p e n ­

dendo da variação de técnicas empregadas n ssas operações. A t r i ­

bui-se a esses custos elevados, um dimensionamento inadequado dos

recursos existentes e também de procedimentos administrativos não

racionalizados.

Com a modernização e ampliação das capacidades de

moagem, há a necessidade de se fazer um estudo mais acurado da

dinâmica ligado a essas operações.

1.4- Metod o lo gi a utilizada.

A m e t od ol og i a utilizada neste trabalho, baseia-se

nas etapas consagradas pelo uso em diversos autores, como passos

necessários para a implementação do Método Quantitativo aplicado

â produção que são:

1- Formulação do problema;

2- Concepção e desenvolvimento do modelo;

3- Obtenção das soluções alternativas;

4- Teste do modelo e avaliação das soluções a l t e r ­

nativas ;

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4

5- Implantação e acompanhamento da solução escolhi^

d a .

Na etapa 1, para obter a formulação exata do pro -

blema a resolver, utilizou os dois primeiros passos da m e t o d o l o ­

gia do C h e c k l a n d 1 , introdução e analise, a fim de explicitar da

melhor forma, definindo com precisão, o objetivo do estudo do

problema.

Nas quatro etapas s e g u i n t e s , fez-se um de ta lh a me n­

to mais acurado dessas etapas, transformando-as em 10 passos, a-

dequando assim ao estudo proposto. Esses 10 passos foram co loca­

dos por Pritsker e P e d g d e n 2 , como passos necessários para se fa­

zer a mod el a ge m e simulação de sistemas. Esses passos estão e n u ­

merados no capítulo 3.

1.5- Estrutura do trabalho.

Este trabalho é composto por cinco c a p í t u l o s ,sendo * ~ *

que este primeiro visa definir a importancia e origem deste tra

balno, e também os objetivos a serem alcançados.

No 2 9 capítulo, foi feito uma analise da usina, a

valiando a fabrica no seu contexto do complexo rural, até chegar

se à agroindústria canavieira como seu contorno imediato. Adicici

nando-se a isso, fez-se uma análise interna da usina, tentando-se de

tectar o pr o bl em a interfacial existente entre o campo e a usina,

formulando-se então, o pro bl em a específico a resolver, que é a fal

1- CHECKLAND, P.B., Towards A Systems - Based Methodology For Real - World Problem S o l v i n g”. Lancaster, England. Department of Systems Engineering, University of Lancaster.

2- PRITSKER, A. ALAN B. e JPEGDEN, Claude D., "Introduction To Simulation and S L A M " , 1 John Wiley § Sons e Systems Publishing Corporation, Indiana, 19 79.

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5

ta de cana, originado pelas deficiências existentes no fluxo de

cana, composto pelas operações de carregamento, transporte e re

cepção.

No capitulo seguinte, descreveu-se a concepção e de

senvolvimento do modelo, como também a obtenção da solução.Apre

sentou-se neste, a técnica adequada para solucionar o modelo pro

posto. A simulação do modelo na linguagem GPSS , foi es colhida co

mo a mais adequada para este estudo.

No 4 9 capítulo, relatou-se os resultados obtidos com

a pr ogramação efetuada, enumerando cada uma das alternativas que

p o d e ri am ser utilizadas pelos usuários do modelo, nas suas toma

das de decisão.

No último capítulo, foram tiradas as conclusões e

recomendações^, bem como as limitações do presente trabalho.

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CAPÍTULO II

2- ANÁLISE DA USINA.

Para obter a formulação exata do problema a resol­

ver, lançou-se mão da metodologia de investigação e análise de

problemas a d m i n i s t r a t i v o s 3 .

E ss a metodologia de abordagem sistêmica c o m p õ e - s e

de sete passos.

Entretanto, neste trabalho utilizou-se somente das

duas primeiras etapas, que ê o reconhecimento da situação do pro

blema. Esse reconhecimento envolve a análise e investigação da

estrutura e o processo da organização atual. Pois quando um p r o ­

blema ê formulado, nem sempre está bem definido, e necessário en

tão obter dados adicionais que venham a incorporar essa defini­

ção .

Para fazer esse reconhecimento, os contatos iniciais

foram feitos, visando principalmente descobrir sintomas, documen

tã-los e descrevê-los o mais exato possível.

Com o propõsito de facilitar o reconhecimento da si

tuação, subdividiu-se a análise e a investigação em termos de estru

tura e processo.

A ES TR UTURA engloba quatro atributos que são:

- Estrutura física;

- Estrutura hierárquica da organização;

- Identificação de relatõrios formais produzidos;

- Identificação da eficácia de comunicações infor - mais .

E o PROCESSO é um conceito que engloba as ativida -des d e :

- Planejamento;

3- C HE CK L A N D , P.B., o p . Cit.

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- E x e c u ç ã o ;

- Registro de dados;

- Ações de c o n t r o l e .

Nesta primeira etapa, tenta-se entender o relacio -

namento entre esses atributos. E as perguntas que p o d e ri am ser

respondidas são:

1- Quais são os recursos utilizados em que proces -

sos produtivos, usando quais procedimentos de planejamento e con

trole?

2- Como é a estrutura organizacional relacionada

com os procedimentos de planejamento e controle?

3- Quais são os principais relacionamentos do am

biente externo com a organização?

4- Como e" controlado o uso de recursos?

Procurando responder a essas perguntas, delineou-se

neste capítulo o envolvimento do sistema no seu contexto, tanto

em níveis verticais como também nas horizontais.

Na figura 1, C h e c k la n d14 explicita com clareza o que

foi descrito.

2.1- Descrição da usina.

2.1.1. Relacionamento com o complexo rural.

0 complexo rural originou-se do termo "agribusiness"

que foi usado inicialmente por Goldberg e Davis em 1 9 5 7 5 na Uni -

4- CHECKLAND, P.B., op. Cit

5- GOLDBERG, Ray A. e DAVIS, John H., "Concept of Agribusiness" .Division of Research Graduate School of Business A d m i n i s t r a ­tion. H a r v a r d University, Boston, 1957.

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AMBIENTE(S), SUPERSISTEMAS

A SITUAÇAO

PROBLEMA

\ E S T R U T U R A X PROCES5

FlSICA• I

PLANEJAMENTO

HIERÁRQUICA EXECUÇÃO

RELATÓRIOS REGISTRO DE DADOS

COMUNICAÇAO AÇÜES DE CONTROLE

QUAL £ A RELAÇAO

ENTRE A ESTRUTURA E

O PROCESSO?

QUAL E O AMBIENTE

DA ORGANIZAÇAO ?

FIGURA 1 - ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL DA SITUAÇAO - PROBLEMA

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versidade de Harvard. Com o intuito de encontrar um termo que

caracterizasse o campo de estudo específico, sob a perspectiva

das transformações sõcio-econômicas ocorridas e aceleradas nas

ultimas décadas na agricultura.

Fazendo uma retrospectiva, olhando sob o prisma

do agricultor primitivo, verifica-se que a medida que a agricul

tura vai se modernizando, as funções bãsicas do setor produtivo

rural não variam, a não ser uma transferência gradual de muitas

funções do produtor moderno para outros setores.

E x i s t e m varias traduções desse vocábulo "agribusi.

iiess" no nosso uso corrente, como: complexo rural, complexo a-

grícola, complexo a g r o i n d u s t r i a l , sistema a g r o i n d u s t r i a l . e a-

g r o i n d ú s t r i a s . Entretanto optou-se pelo termo "complexo rural "

no transcorrer deste trabalho, obedecendo a tradução do Lauschnei6,

por achã-la mais conveniente.

Nos trabalhos iniciais de Goldberg e D a v i s 7 ,o com

plexo rural foi definido como: "A soma de todas as operações

que e nglobam a manufatura e distribuição dos insumos para a pro

dução agrícola; as operações produtivas das unidades produtoras

rurais; e o armazenamento, processamento e distribuição dos pro

dutos agrícolas e seus s u b - p r o d u t o s .

9

6- LAUSCHNER, R., "Agro-industria Y Desarrollo E c o n o m i c o " , Uni^ versidade de Chile, Santiago de Chile, 1980. ~

7- GOLDBERG, Ray A. e D Á V I S , John H., op Cit.

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Um aprofundamento da definição anterior foi dado

p or R o y 8 , "Complexo rural ê a ciência que coordena o abasteci -

mento de insumos para a produção agrícola e , subsequentemente ,

a produção, o processamento e a distribuição de alimentos e fi

bras. Complexo rural compreende tanto a tecnologia como a econo

mia; depende de muitas tecnologias, como da ciência agropecuã -

ria, da ciência florestal, da mecânica e entomologia, assim co

mo de muitas outras; depende também de diversas faces da e c o n o ­

mia, como da agrícola, do consumidor, do trabalho e da economia

industrial. A todas essas disciplinas temos que agregar e l e m e n ­

tos da ciência política, do governo, educação, sociologia, p s i ­

cologia, etc.. Por isso, o complexo rural ê um estudo interdis-

ciplinar aplicado à alimentação e fibras, a base de todas as ci

vilizações".

No interior desse complexo, existe o processador

do sistema que são as unidades agroindustriais ou simplesmente

agroindústria s Esse termo tem ganho espaços cada vez maiores

dentro do quadro atual, pois em diversas situações tem sido uti^

lizadas na formulação de programas de desenvolvimento do, setor

primário.

Quanto a questão das vantagens advindas com a im­

plantação das agroindústrias, existem controvérsias sobre esses

benefícios entre os estudiosos dessa área. Porém há algumas que

são consensuais como: a geração de novos empregos no meio rural

e daí a diminuição do êxodo para as grandes c i d a d e s ; maior agre

gação de^ valor aos produtos p r i m á r i o s , evitando a venda pura e

simples da matéria prima; além de incrementar a renda da popula

ção circunvizinha e outros.

10

8- ROY, H.P., "Exploring Agribusiness", ILL., 1967. Apud Laus - chner, R. , "Agro-indus tria Y Desarrollo Economico", Univer sidade de Chile, Santiago do Chile, 1980. ~

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11

2.1.2- A groindústria canavieira.

Os primeiros engenhos de açúcar do Brasil surgi -

ram ainda no seculo XVI, por necessidades da coroa portuguesa,

que encontrou situações favoráveis nas suas terras ultramarinas.

No decorrer destes anos, a agroindústria açucareira teve seus

períodos altos e baixos na historia econômica dò Brasil. E n t r e ­

tanto, as modificações profundas no panorama econômico mundial

de pós-guerra, e que favoreceram a sua expansão.

A t u a l m e n t e , a economia açucareira nacional e regi

da pelo Instituto do Açúcar e do Álcool, que está sob a jurisdi

ção do Ministério da Indústria e do Comercio. Esse Instituto tor

nou-se desde 1933 o principal responsável pelo controle da pro

dução e da comercialização, agindo como um órgão de p l a n e j a m e n ­

to. Quanto à economia alcooleira, cabe ao IAA mais esüecifica -

mente a informação e o controle da produção. Por outro lado, a

formulação política da indústria alcooleira, cabe a Comissão Na

cional do Álcool, orgão vinculado ã Comissão Nacional de E n e r ­

gia. Pois isso se deve mais ao desenvolvimento do emprego do á.1

ç o o l , como carburante em larga escala.

Na área de pesquisa da agroindústria de cana-de -

açúcar, há de mencionar o PLANALSUCAR, Programa Nacional de M e ­

lhoramento da C a n a - d e - A ç ú c a r , que efetivamente desenvolve seus

trabalhos desde 1971, e está sob a coordenação do IAA-MIC.

As áreas ocupadas pelo plantio da cana-de -açúcar

no território nacional, conforme o relatório do PLANALSUCAR em

1979, são superiores a 2 milhões de hectares de terra. Essas es

tão divididas por estados de acordo com a tabela 1 a seguir. Ob

serva-se que o estado de São Paulo ponteia a lista com quase a

metade do total, enquanto que o estado de Minas Gerais ocupa o

5? lugar com 4,89°ô.

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Rio de Janeiro 197.784 8 ,35

Minas Gerais 115.772 4 ,89

Paraíba 78.000 3 ,29

Paraná 65.333 2 ,76

Rio Grande do Norte 23.500 0 ,99

Bahia 23.120 0 ,98

Ceará 18.000 0 ,76

Espírito Santo 15 . 894 0 ,67

Santa Catarina 11.438 0 ,48

Goiás 11.287 0 ,48

Mato Grosso 9 . 800 0 ,41

Maranhão 7.500 0 ,32

Pará 5.500 0,23

Rio Grande do Sul 2.925 0 ,12

Piauí - 1.500 ' 0 ,06

TOTAL 2.368.669 100 ,00

Tabela 1 - Área com cana-de-açúcar no Brasil, para

a produção de açúcar e álcool, ano 19 79.

Fonte: PLANALSUCAR.

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13

0 parque industrial açucareiro do país compreende

204 usinas, com 118 localizadas na região Centro-Sul e 86 na re

gião N o r t e - N o r d e s t e 9 . A produção desse parque desde a safra de

71/72 até 80/81 distribuídos entre os estados, é mostrado na ta

bela 2 .

E o parque industrial alcooleiro se constitui de

193 destilarias, com 128 situadas na região Centro Sul e 65 na

região N o r t e - N o r d e s t e 1 0 . Do total dessas unidades em operação ,

151 são anexas e 42 autônomas. A tabela 3 mostra a produção de

álcool desde a safra de 70/71 até 79/80 distribuídas entre os.

es t a d o s .

9- RELATÓRIO ANUAL, Ministério da Indústria e do Comércio, Ins tituto do Açúcar e do Alcool, 1979. ’ ~

ID- Ibid

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BRASIL

- PRODUÇÃO

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DA FEDERAÇÃO

- SAFRAS

LE 1970/71

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UNIDADE:

1.000

LITROS

15

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Tabela

3 -

Fonte: IAA

- Superintendência

Regional

de

Minas

Gerais,

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2.1.3- Caracterizações da usina.

Nos dias atuais, o estado de Minas Gerais possui

em operação, 15 usinas, mostrado na figura 2, 9 destilarias ane

xas e 4 destilarias autônomas. A produção de açúcar cristal do

estado desde a safra de 74/75 até 80/81, dividido entre as us.L

nas, está mostrado na tabela 4.

Havia na década de 50, cerca de 293 estabelecimen

tos desse ramo no estado. Essa diminuição si gnificativa se deve

a uma po lítica de racionalização industrial implementado pelo

IAA/MIC.

A usina estudada neste trabalho, localiza-se na

região sul do estado. Ê uma usina de porte médio no seu contex­

to estadual. Usufrui de solos de boa fertilidade, possui relê -

vo suave com pequenas ondulações, permitindo a mecanização da

lavoura. As condições climáticas nessa região são razoáveis pa

ra a cultura de cana, tendo uma boa precipitação p l u v i o m é t r i c a ,

apesar de haver ocorrência de geadas e grani zos esporadicamente.

A área total ocupada pela usina na produção de ca

na gira em torno de 8 mil hectares. Por sua vez, a localização

da usina em relação a suas terras de cultura é relativamente des

favorável, pois essas não estão distribuídas uniformemente ao

redor dessa, mas sim estão na maioria do lado esquerdo da usina,

conforme a figura 3. Essa característica eleva de alguma m a n e i ­

ra, o custo da matéria prima, a cana, para o uso da usina. ■

O fornecimento de cana da usina p r ov ém de três a

gentes que são: proprio, terras arrendadas e de f o r n e c e d o r e s .En

tretanto, a frota de veículos e equipamentos que fazem o t r a n s ­

porte da cana, do campo para a usina, são próprios da usina.

As vias de acesso do campo para a usina, são fei­

tas por rodovias, e essas podem ser: estadual pa vimentada ou

não, municipal e particular. 0 estado de conservação dessas in

flui incisivamente no fluxo de cana.

Os procedimentos sequenciais na colheita de cana,

até que essa chegue ãs moendas, são mostradas na figura 4. Ob -

serva-se também, a subordinação das atividades a suas respecti­

vas gerências.

16

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Figura 2 : USINAS DE AÇÚCAR EM MINAS GERAIS

FO N T E : I .A .A. * SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE MINAS SERAIS

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PRODUÇÃO

EE AÇÜCAR

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DO ESTADO

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GERAIS

SAFRAS

EE 1974/75

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UNIDADE

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Fonte:

SR/DRCP/SRAr/MG.

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20

© ■ N v— CANA MADURA

AŒIRAMENTO

QUEIMA

CORIE

CARREGAMENTO

TRANSPORTE

PESAGEM

RECEPÇÃO

ARMAZENAGEM

GERÊNCIA AGRO

PECUÁRIA

GERÊNCIA DE /

^MECANI ZAÇÃCy

GERÊNCIAINDUSTRIAL

FIGURA 4 - PROCEDIMENTOS SEQUENCIAIS DE ATIVIDADES COM SUAS RESPECTIVAS

VINCULAÇOES

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Nessa usina, o fluxo de cana, definido adequadamen

te no item 1.1 para este estudo., é vinculado a duas gerências dis

tintas, que são a de mecanização e industrial., Por sua vez, e s ­

sas estão diretamente subordinadas ao diretor de produção, figu­

ra 5A.

A Gerência de Mecanização esta subdividida em seto

res de transporte, operação e manutenção externo de maquinas e

equipamentos e oficina mecânica. Nota-se que-„esses setores é que

dão suporte âs operações de carregamento e transporte.

As duas operações seguintes que são as de pesa ge m

e recepção ou descarregamento estão vinculadas â Gerência Indus­

trial. Es sa subdivide-se em Usina e Destilaria pois essas estão

situadas em locais distintos.

21

2.2- Analise dos problemas.

Optou-se por estudar o problema da interfacialida-

de entre as gerências que possuem as atividades ligadas ao flu­

xo de cana, pois nem sempre são b em definidos os limites de atua

Ção de cada uma delas. I? usual que cada uma dessas gerências pro

cure dinamizar a sua ãrea, sem contudo procurar visualizar o con

junto como um todo.

2 .2 .1- Indentificação dos problemas.

Duas questões preponderantes foram levantadas no

decorrer do reconhecimento da situação.

E m primeiro lugar, a perda de sacarose, originado

pelo prolongado espaço de tempo entre a queima e a m o ag em da ma

téria prima. Sabe-se através de dados experimentais que a partir

da quarta hora, a cana queimada começa a perder o seu teor de sa

carose. Essa perda tem como consequência, o decréscimo do "rendi

mento industrial", fazendo com que o mesmo volume de mat ér ia pri

ma trazida do campo, obtivesse o produto final menor do que o de

sejado.

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23

0 decréscimo de rendimentoindustrial pode ser cau­

sado por diversos fatores como: solos inconvenientes, excesso de

impurezas da matéria prima, tempo excessivamente prolongado e n ­

tre a queima e a moag e m e outros.

A questão do espaço de tempo entre a queima e a

m oagem é um problema bastante delicado, pois envolve toda uma or

ganização preparatória, a fim de minimizar esse tempo. £ necessã

rio p o i s ,dinamizar todas as atividades como: queima, corte, car­

regamento, transporte, recepção e armazenagem, com a' finalidade

de mi nimizar a perda de sacarose.

0 enfoque que pode r ia ser dado a essa questão, é a

minimização do espaço de tempo demandado para que a cana esteja

na usina, após ter sido queimado.

A outra questão identificada é o píoblema da fal

ta de cana para a moagem, obtida po r intermédio de relatórios se

manais da usina. Esses relatórios, mostrados nas tabelas 5 e 6 ,

apontam o tempo médio perdido, causado por diversos fatores.

Normalmente, durante o período da safra, as usinas

de açúcar funcionam ininterruptamente quando não são acometidos

por avarias, com exceção, de algumas paradas programadas. E n t r e ­

tanto, através dos relatórios, constatou-se que o índice do tem

po médio perdido, pelo fator "falta de cana" nas duas últimas sa

fras tem sido bastante elevados, conforme as tabelas 5 e 6 . 0 nú

mero de horas perdidas durante esses dois anos foram respec t iv a­

mente 549,3 horas e 370 horas. Esses dois tempos representam 391

do tempo total perdido em cada uma dessas safras, de 79/80 e 80/

81.

2.2.2- Pr oblema específico a resolver.

Optou-se por estudar o p roblema da falta de cana ,

pois fazendo essa escolha, estã inerente a esse p r o b l e m a ,algumas

questões como: dimensionamento adequado dos recursos, filas de

espera, procedimentos sequenciais nos descarregadores, evitar a

interrupção do fornecimento da matéria prima e outros.

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24

TEMPO MÉDIO PERDIDO (horas)

Motivos Neste período Acumulado

Falta de cana 13,00 370 ,00 39 ,66

Falta de cana na esteira - 0 ,30 0 ,05

Chuva 24 ,00 158,00 16 ,94

Limpe za * 144 ,00 15,43

Domingos e feriados - 93,00 9,97

Ponte rolante - 9 ,30 1,02

Mesa alimentada 0 ,30 0 ,30 0 ,05

Esteira de cana - 1,00 0 ,11

Bucha nas facas 1,30 21,00 2 ,25

Facas 0 ,30 6 ,00 0,64

Moendas 1,30 50 ,30 5 ,41

E s t e ir a e bagacilho

E s t e ir a de bagaço - 14,00 1,50

Caldeiras - 24 ,30 2 ,63

Falta de vapor - 1 ,30 0 ,16

Enxof r ei ra - 2 ,00 0 ,21

Bombas - 15 ,30 1,66

Fabricação - 2 ,00 0 ,21

E n er gi a elétrica - 5 ,00 0 ,54

Pequenos defeitos 1,00 2 ,30 0,27

Outros motivos - 12 ,00 1,29

Total 42 ,00 933,00 100 ,00

Tabela 5 - Tempo médio perdido - Safra 79/80

Fonte: Relatório semanal da usina.

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TEMPO M £ d i o p e r d i d o (horas)

Motivos Neste período Icumulado %

Falta de cana 9 ,30 549 ;30 38,62

Falta de cana na esteira 1,30 0 ,11

Chuva - 2 4 7,30 17 ,39

Limpeza - 2 34 ,30 16 ,48

Domingos e feriados - 80,00 5 ,62

Ponte rolante 0 ,30 20 ,30 1,44

Mesa alimentadora - 5 ,30 0 ,39

Esteira de cana 7,00 62 ,30 4 ,39

Bucha nas facas 1,00 34,30 2 ,42

Facas - 6 ,00 0 ,42

Moendas 2 ,30 78 ,00 5,48

Esteira de bagacilho 0 ,30 2 ,00 0 ,14

Este ir a de bagaço - 9 ,30 0 ,67

Caldeiras - 34 ,30 2 ,42

Falta de vapor - 8,30 0 ,60

E nxofre ir a - 2 ,00 0 ,14

Bombas - 22 ,00 1,55

Fabricação - 6 ,30 0 ,46

Ene rg ia elétrica - 4,30 0 ,31

Pequenos defeitos

Outros motivos - 13,30 0 ,95

Total 21,00 1.423,00 100 ,00

Tabela 6 - Tempo médio perdido - Safra 80/81.

Fonte: Relatório semanal da usina.

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26

Essa opção foi feita mediante a consultas e cal -

culos preliminares feitas conjuntamente aos usuários da usina

pensa-se que esse ê o problema em destaque que deve tentar solu

cionã-lo,pois os custos associados a esse problema são bastante

e l e v a d o s .

A pri me ir a constatação da falta de cana, está d i ­

retamente vinculado com o numero de viagens totais feitas pelos

caminhões. A esse número de viagens menores do que a demanda da

usina, se deve a inúmeras causas s u p o s t a s .

A pr im e i r a delas, que poder i a ser enunciada, e a

falta de cana cortada que satisfaça a demanda da usina, entre -

tanto essa causa foi abandonada por não se verificar na realida

d e .

A outra causa que foi desprezada, pois os relató­

rios não denunciam essa suposição, e a falta de infra-estrutura

de apoio necessário ao b o m desempenho da frota.

A terceira causa que poderia ser apontada, e o

mal dimensionamento da frota de caminhões. Quando há o sub-di -

m e n s i o n a m e n t o , os atrasos no abastecimento são evidenciados. Po

rém o super -dimensionamento conduz a investimentos e custos ele

v a d o s .

A causa final suposta é o sub-dimensionamento da

capacidade de recepção e taínbem dos veículos existentes no cam

p o , como tratores, carregadeiras e outros. Estes dois itens d e ­

sembo c ar ia m em perda de tempo excessivo nas filas de espera, tan

to no campo como na usina. Provocando assim, o número de via

gens totais/dia menores do que a demanda da usina.

Outras causas p o d e ri am ser enumeradas, entretanto

se o leque de causas fosse ampliado, o estudo seria bastante

complexo. . Optou-se então por enfocar predominantemente a 3a. e

a 4a. causa.

2.2.3- Problemas de filas.

Para f a z e r . frente a esse problema, recorreu-se ao uso da teoria de

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA … · DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS UMA EXPERIÊNCIA DE ANÃLISE E DIAGNÓSTICO DO FLUXO DE CANA NUMA USINA DE AÇÜCAR

filas. A teoria das filas possui vantagens diversas ao enfocar

esse problema, pois responde a quase totalidade das questões le

vantadas na seção anterior, alem disso, permite obter informa -

ções adicionais a respeito do problema.

Os primeiros estudos matemáticos sobre os siste -

mas que apresentam congestionamento foram feitos por A.K. Erlang

da Companhia Telefônica de. Copenhagen, ele p ublicou suas teo

rias a partir de 1909.

A teoria das Filas é definida como um ramo

da teoria de probabilidade que estuda as características e os

efeitos dos congestionamento em sistemas sujeitos a fluxos álea

tõrios.

Um problema de filas surge:

- quando a taxa de chegadas dos clientes ou a

quantidade de instalações de serviço disponíveis, ou ambos, são

sujeitos a um controle; e

- quando existem custos associados tanto ao tem

po de espera dos clientes, quanto âs instalações ociosas.

Um p roblema de filas consiste na programação das

chegadas, ou no fornecimento das instalações, ou ambos, de modo

a mi ni m iz ar a soma dos custos dos clientes em espera, e das injà

talações ociosas.

No capítulo 3, o processo de filas do sistema foi

explicitamente detalhado.

2.2.4- Fluxo de cana existente.

Nessa usina, o espaço de tempo utilizado para que

a cana seja transportada do campo para a usina e em torno de

12 horas/dia. Possui somente um turno de trabalho, que é de

6:00 até ãs 18:00 horas.

As colheitas são feitas em duas frentes de traba­

lho, classificados arbitrariamente de perto e longe, de acordo

com as distâncias a serem percorridas. Entretanto, n e m sempre

a variável, distância, é que é considerada como perto ou longe,

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mas sim, o tempo gasto entre as frentes de corte em relação â

usina.I

As variáveis que influem no tempo gasto em per -

correr certas distâncias podem ser diversas, como: estado de

conservação das estradas, pavimentada - ou não, declividade do

relevo e outros.

Há em torno de 37 ,8%11 das terras cultivadas pe

la usina, que neces si ta m menos de 30 minutos entre o campo e a

usina. 0 restante, 62 ,2 1 12 , possui a média de 55 minutos entre

esses dois locais. Os tempos considerados são para os cami

nhoes carregados, quando estiverem vazios, fazendo o percurso

da usina para o campo, o tempo demandado é em torno de 75% 13do

tempo no transporte cheio.

Ao iniciar o dia, os caminhões saem da garagem,

e p a r t e m para o campo em duas frentes distintas, conforme a

programação feita pelo setor,de transporte. Ao chegarem no cam

po, esper am serem carregados imediatamente pelas carregadeiras

disponíveis. Entretanto se isso nao acontecer, aguardam numa

fila única, até que cheguem a vez de serem atendidas. Apõs se

rem atendidas, os motoristas arrumam a carga, passando a corda

de amarração. Depois, conforme o estado do canavial, são ajuda

dos ou não por tratores que auxiliam a sua saída do canavial .

Daí tomam a estrada até chegarem a "guarita", onde se faz o

toilete . Nesse local, as canas que saem fora das carrocerias

são decepadas, com o objetivo de evitar acidentes durante o

cruzamento entre dois veículos. Pe rc or r em a estrada até c h e g a ­

28

11- RELAÇAO DE CANAVIAIS, documento da usina, 19*81.

12- Ibid

13- Ibid

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29

rem a usina. Ao chegarem, verificam se há fila de caminhões no

pátio externo, se tiver, entram na fila. Se não tiver, v e r i f i ­

cam o número de caminhões existentes no pátio interno de des -

carregamento, "se acharem" que po d em entrar, chegam-se â balan

ça para serem pesados. Ao saírem da balança, vão para os des -

carregadores, que p o de m ser por ponte rolante ou "tombador hi

lo". Es s a escolha é arbitrária, exceto quando a fila do h i l o U

ver menos de 2 c a m i n h õ e s ; o caminhão que entrou no pátio inter

no deve dirigir-se ao hilo. Apõs serem descarregados, tomam a

estrada novamente, em direção a sua frente de origem, comple -

tando dessa maneira o ciclo. A figura5B,mostra a s i mp li f i c a ­

ção desse fluxo.

2.2.5. Linhas de açao possíveis.

Apõs ter constatado e identificado o problema es

pecífico a resolver, formulando com precisão o objetivo, deste

estudo, partiu-se para a fase seguinte, que é a mo de lagem do flu

xo de cana, no capítulo 3.

Entretanto, formulou-se algumas suposições em

termos de linhas alternativas de ação, com a finalidade de au

mentar o nível de informações, e também da participação dos in

tegrantes do sistema. Apesar de serem meras especulações, obte

ve-se nessas discussões, valiosas informações pa ra a con ti nu i­

dade do estudo.

As linhas de ação especuladas foram:

- viabilidade da transferência da responsabilida

de de recepção e descarregamento, da cana, p a ra o setor de

transporte, pois essa é usualmente da área industrial;

veis ;

aumento da frota de veículos em todos os ní

aumento da capacidade de recepção;

aumento das horas de serviço do fluxo de cana

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31

Essas especulações forneceram excelentes subsí -

dios para os debates, conseguindo assim uma p ar ticipação mais

inteirativa entre o modelador e os u s u á r i o s ,apesar de ainda

não haver nenhuma base solida que permitisse a formulação de poli

ticas alternativas, pois não há exatidão nas informações, que

leve a alguma tomada de decisão, serviu-se grandemente como e

lo de comunicação.

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CAPÍTULO I I I

3- M O D E L AG EM DO FLUXO DE CANA P A R A A USINA.

O estudo do comportamento dos sistemas por i nter­

médio de modelos, visa principalmente avaliar e predizer o de

sempenho. desses sistemas como tal. Sabe-se claramente que n em

sempre é possível fazer experimentos "in loco", através de poli

t i c a s - a l t e r n a t i v a s , pois é comumente impraticável ou imposs ív el

As causas determinantes dessa impraticabilidade e impossibilida

de são bastante diversificadas.

Por isso, usa-se; modelos com o proposito final de

representar esses sistemas com suas. propostas , limites e níveis

de detalhamentos. Convém salientar que o modelo não é um substi

tuto real do sistema, mas sim, uma representação simplificada

des te .

Na figura 6 , Pritsker e P e g d e n 1**, explici t am a re

presentação do sistema pelo modelo a estudar.

Os vários modelos existentes que tem sido utiliza

dos com o proposito de representar os sistemas, p od em ser cla s­

sificados de diversas formas. Uma delas é quanto ao tipo: podem

ser físicos ou matemáticos e por sua vez, distinguidos em e s t á ­

ticos ou dinâmicos. No caso dos matemáticos, no terceiro nível

de distinção, quanto â técnica empregada para solucioná-los, po

dem ser por intermédio do método analítico ou numérico. Através

da figura 7, G o r d o n 1 5 , mostra essa classificação, e pode-se ve

14- PRITSKER, A. Alan B. e PEGDEN, Claude D., op. cit.

15- GORDON, Geoffrey, "System Simulation", P r e n t i c e - H a l l , Inc., New J e r s e y , 1969.

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33

FIGURA 6 - CONSTRUÇÃO DO MODELO APRXIMADO PARA RESOLUÇÃO

DE PROBLEMAS

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34

SIMULAÇÃO DE

SISTEMAS

FIGURA 7 - C LASSIFICAÇÃO DOS MODELOS QUANTO AO TIPO

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35

rificar que a técnica que serã empregada na obtenção da solu -

ção do problema detectado, foi inserido nessa figura.

Além da classificação denotada acima, pode ainda

distingui-los quanto ã natureza dos modelos em: discretos ou

contínuos e determinísticos ou es tocas t i c o s .

3.1- Adequação da técnica.

0 sistema do fluxo de cana estudado, é represen­

tado por um modelo m a t e m ã t i c o - d i n â m i c o - n u m é r i c o , conforme figu

ra 7 , quanto ao tipo. E quanto â natureza, esse sistema se en

quadra n u m modelo d i s c r e t o - e s t o c ã s t i c o .

Para resolver esse problema em questão, utilizou

a técnica de simulação digital como a mais adequada para

s o l u c i o n a - l o . Pois dentro desse modelo proposto, existem diver

sas características operacionais que são dadas por funções de

probabilidade. E o uso da técnica analítica nessas ci rc u ns tâ n­

cias é pouco pratico, na resolução do problema em vista, por

ser esse p roblema mais complexo do que os d e t e r m i n í s t i c o s .

Diversas vantagens são enumeradas p or Naylor e

O u t r o s 1 6 , quanto ao'uso dessa técnica.

A simulação é definida por Naylor e O u t r o s r7 co

mo. uma técnica numérica, para realizar experiencias em um

computador digital, as quais envolvem certos tipos de modelos

logicos que descrevem o comportamento de um sistema econômico

16 NAYLOR, T.H. et alii., "Técnicas de Simulação em Computadores"Edi t or a Vozes L t d a , U S P , 1971.

17- Ib id

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36

ou de negócios, (ou um aspecto parcial de um deles) sobre ex

tensos intervalos de tempo".

Nesse contexto, o modelo de simulação pode ser

considerado como uma versão de laboratório do sistema. Pois o

modelo simulado e uma representação ma te m ãtica-lógica do siste

ma, da qual pode ser exercitado em forma de experimentação no

computador digital.

Uma outra definição complementar ao citado acima,

foi dado por Pritsker e P e g d e n 1 8 , "simulação e a representação

do ambiente dinâmico do sistema, que se move de um estado para

outro, de acordo com os papéis operacionais bem definidos".

Para que a técnica de simulação empregada, o b t e ­

n ha o sucesso desejado, obedeceu no decorrer do d e se nv o lv i­

mento, os estágios delineados por Pritsker e P e g d e n 1 9 , que

s ã o :

1- Formulação do problema.

A definição do problema que será estudado, deve

incluir a declaração do objetivo da resolução do problema.

2- Construção de modelos.

A abstração do sistema dentro do relacionamento

m a t e m ã t i c o - l õ g i c o , de acordo com a formulação do problema.

3- Dados requeridos.

A identificação, especificação e coleta dos dados.

18- PRITSKER, A. Alan B. e PEGDEN, Claude D., o p . cit,

19- Ib id

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37

4- Transladação do modelo.

A preparação do modelo para o seu processamento

no computador.

5- Verificação.

0 processo assegura que o programa do computa -

dor executa conforme o projetado.

6- Validação.

0 processo assegura que hã a exatidão desejada

ou correspondência na saída, entre o modelo simulado, e o s i s ­

tema reál.

7- Planejamento estratégico e tático.

0 processo assegura as condições experimentais

para o uso do modelo.

8- Experimentação.

A execução do modelo simulado, a fim de obter

resultados.

9- Análise dos resultados.

0 processo de análise dos resultados da s i m u l a ­

ção, fazendo inferências e recomendações par a resolução do

problema.

10- Implementação e documentação.

0 processo de implementação das decisões resul­

tantes da simulação, documentação do modelo, e seu uso.

Entretanto, em algumas etapas enumeradas acima ,

hã a necessidade da interação entre o m o delador e os inte -

grantes-decisores do sistema, pois tendo essa inter-ligação ,

sem dúvida o sucesso da simulação será alcançado.

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38

A sequência dos passos pode ser visto mais cla­

ramente na figura 8 .

No decorrer da simulação, nem sempre ê possível

obedecer os passos ordenadamente. Entretanto, todas essas et a

pas devem fazer parte de um processo de desenvolvimento da si

mulação.

3.2- Fluxograma do modelo

0 fluxograma mostrado na figura 9, traça o ci

cio completo do fluxo de cana, desde o momento em que o cami­

nhão chega no campo para fazer o carregamento da cana, até a

sua volta ao local de origem, passando por todas as etapas ne

cessãrias ao cumprimento da sua tarefa.

Conforme jã dito anteriormente, a usina em estu

do utiliza duas frentes de ação na colheita de cana. 0 diagra

ma de blocos mostrado, apresenta uma frente s o m e n t e . Não se preo

cupou em traçar as duas frentes n essa etapa, por terem essas,

as mesmas atividades operacionais no transcorrer do ciclo. En

tretanto, é b om lembrar que entre as duas frentes de trabalho,

temos números diferentes de homens , maquinas , veículos e ou -

t r o s .

0 diagrama de blocos nos informa sobre as ativi

dades desempenhadas no transcorrer do ciclo. Entretanto, para

a técnica de simulação, o tempo gasto nas atividades ê que é

significativo.

Na seção, 2.2.3, foi mencionado sobre o uso da

Teoria de Filas como uma técnica da pesquisa operacional, p a ­

ra solucionar o problema proposto. A dinâmica da entrada em

um sistema de filas, para que a unidade receba uma de te rmina­

da operação, obedece a tabela de decisão, figura 1 0 .

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FIGURA 8

C INIC 10

FLUXOGRAMA DOS ESTflGIOS DE DESENVOLVIMENTO DO MODELO

A SIMULAR

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N N | N■

GERAR 0 TEMPOnt? 7\ -nir-iTv ................................. ...

GERAR 0 TEM­PO DE PERMA­NÊNCIA NA

ESTRADA

GERAR O TEMPO DE • PESAGEM

GERAR O TEM­PO DE PERMA­NÊNCIA FILA

GERAR CHEGA­DAS NA USINA

GERAR O TEM­PO DE PERMA­NÊNCIA NA U- SINA ANTES EE SER ATENDIDO

GERAR O TEMPO DE DESAMARRE

IMPRIMIRFIM > -

----- J CALCULAR

ÍNDICES

GERAR 0 TEM­PO DE PERMA­NÊNCIA NA ES­TRADA VAZIA

RESULTAD. <--

GERAR O TEMPO DE

ATENDIMEN.

FIGURA 9 - DIAGRAMA DE BLOCOS - A TIV ID A D ES DESEM­

PENHADAS NO FLUXO DE CANA

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41

ESTADOS OPERACIONAIS IMPLICAÇÕES

Filanão

vazia

Filavazia

Todoscanaisocupados

Ao menos um canal disponível

Entrana

fila

Entra no l 9 canal disponível

FORMAS1 * *

DE 2 * •k *

E N TR AD A3 * * *

Figura 10 - Tabela de decisão - Entradas na fila. Adaptação

da dissertação do S o u z a 2 0 .

Na figura 11, apresenta-se a dinâmica do s i s t e ­

ma de filas, enfocando o processo da entrada de uma unidade,

que n ec essita de uma operação específica de uma estação de

serviço. E na figura 12, essa mesma dinâmica, p o ré m sob o

p risma do atendente que esta numa estação de serviço.

Quando os caminhões chegam no campo, eles são a

tendidos por um número limitado de carregadeiras. Se não hã ca

minhões na fila, e se tiver alguma carregadeira que não e s t e ­

ja em serviço, então esse é atendido, e se não tiver, ele fi

ca aguardando até que uma se desocupe. Entretanto se tiver a

fila, ele deve aguardar a sua vez, obedecendo a fila até que

seja atendido.

Após serem c a r r e g a d o s , a carga é amarrada, e es

ses caminhões tentam sair do canavial, pois essa tarefa nem

sempre é muito fácil. Muitas variáveis influem nessa tarefa

20- SOUZA, Alceu, "Análise de Maternidades usando Teoria Ge ral de Sistemas e Simulaçao Digital", Florianópolis, — UFSC. EPS, 19 76 . Dissertação de Mestrado.

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FIGURA

FONTE:

G hDI-íSIMA UNI­DADE CHEGA A UMA ESTAÇAO

SIM

R E C U R S 0 \ ___ Ü Ms D I S P ^ ^

SIM

INICIAR

ATENDIMENTO

d™ZD11 - DIAGRAMA DE BLOCOS - SOB 0 PRISMA DA UNIDADE

DE CHEGADA

ADAPTAÇAO DA DISSERTAÇAO DO SOUZA 21

ENTRA NA FILA E ES­

PERA ATEND.

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43

I-ÍSIMA ESTA ÇAO TERMINOD UM ATENDIMEN

TO

REMOVER AUNIDADE DA

FILA

INICIAR

ATENDIMENTO

c FIM

FIGURA 12 - DIAGRAMA DE BLOCOS SOB O PRISMA DO ATENDENTE.

FONTE: ADAPTAÇAO DA DISSERTAÇAO DO SOUZA 22

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como: declividade e umidade do solo, palhas de cana e s ­

palhadas e outras. Se não for possível sair sem aju -

da, então o trator é solicitado para auxiliã-lo. £ atendido

imediatamente se tiver algum trator em disponibilidade, caso

contrário, aguarda até que um desocupe e então é atendido.

Após saírem do canavial, seguem a estrada em

direção ã usina. Entretanto na saída do canavial, faz-se a

operação de "toilete", que é a decepagem das canas que ficam

fora das c a r r o c e r i a s , evitando dessa maneira a ocorrência de

acidentes quando há o cruzamento entre dois veículos. 0 tem

po gasto nessa operação é bastante rápido comparado dos de

m a i s , p or isso esse foi incluído no tempo de permanência na

estrada.

0 tempo de permanência na estrada com caminhão

carregado é distinto do vazio. E essa p er manência não s om en ­

te depende da distância, mas também do estado de conservação

e do relêvo onde essa estrada foi construída.

Ao chegar na usina, se tiver algum caminhão na

fila deve aguardar na mesma fila até que chegue a sua vez de

ser atendido. Essa fila fora da usina não se deve â operação

de pesagem, que é a atividade seguinte, mas sim do acúmulo de

caminhões no pátio interno da usina.

Apos serem pesados na balança, seguem em dire

ção aos descarregadores. H á três descarregadores disponíveis

que são: Hilo, Ponte 1 e 2. Entretanto, nem sempre a Ponte 1

está com o balanção, isto é, em condições de descarregar o

caminhão; pois o outro estado é estar com a garra, esáe s i g ­

nifica que a Ponte 1 está preparada somente para retirar a

cana do deposito, a fim de alimentar a moenda por intermédio

da mesa alimentadadora.

• Daí então, temos duas formas de d e s c ar re ga me n­

to, que são: os três descarregadores em funcionamento ou so

mente o Hilo e a Ponte 2.0 descarregador Hilo faz com que a

carga de cana seja transportada direto â mesa alimentadora ,

que irá alimentar as moendas. Por outro lado, a ponte 2 faz

com que a carga de cana seja colocada no deposito de cana,pa

44

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45

ra ser usada durante a noite. Pois durante a noite não hã flu

xo de caminhões no interior da usina.

Quando os caminhões saem da balança, escolhem ar

bitrariamente com critérios bastante subjetivos, qual e o des

carregador que irã exercer essa atividade, com a exceção so

mente de, quando a fila do descarregador Hilo tiver menos de

dois caminhões. Nesse estado, >o seguinte deve dirigir-se â fi

la do Hilo, a fim de fazer o descarregamento.

Conclui-se' daí que dentro do pátio interno da

usina, pode ter duas ou ate três filas, conforme o funciona -

mento ou não da ponte 1 .

Ao chegarem, se tiver fila, esperam na fila até

que sejam atendidos, caso contrário, desamarram a carga e são

imediatamente atendidos. 0 tempo da operaçao de dèsamarre ,quan

do tiver fila, não são computados, pois enquanto se espera o

atendimento de um dos descarregadores, essa operação é e x e c u ­

tada na fila de espera.

Após serem descarregados, esses tomam novamente

a estrada, porem já com a carroceria vazia, ate chegarem â

frente de trabalho, de acordo com a determinação dos adminis­

tradores do setor de transporte.

3.3- Coleta e tratamento dos dados.

3.3.1- Coleta de campo.

Para desenvolver essa etapa, utilizou as técni­

cas de coleta de dados como: entrevistas, análise dos documen

tos fonte existentes na empresa, preenchimento de formulários

e outros.

Entretanto, a coleta de dados através do p r e e n ­

chimento dos formulários é que demandou maiores esforços. ,0 s

formulários propostos para a coleta da ocorrência das ptivida

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des operacionais no transcorrer do ciclo, são mostrados no a

nexo 1. Essa tarefa foi preenc hi da em três locais distin­

tos: na usina e nas duas frentes de trabalho.

Os formulários foram preenchidos por vários dias

consecutivos, com a finalidade de obter dados que realmente re

p r e s e nt e m a realidade do sistema. A cada uma das atividades do

ciclo, exigiu um certo intervalo de tempo para que seja execu

tado. Esse tempo demandado é o que se ne cessita para desempe­

n h a r e m cada uma das atividades operacionais.

3.3.2- Tratamento estatístico dos dados.

Utilizou para o tratamento dos dados, algumas

técnicas de métodos estatísticos.

No processo de chegadas no campo, houve necessi

dade de fazer um tratamento ràais acurado. Por intermédio dos

mapas de amostragem com os dados coletados, determinou-se o

número de caminhões que chegam âs duas frentes durante vários

dias. A pa rtir desses dados, verificou o número de chegadas pa

ra uma dada unidade de tempo, arbitrariamente escolhido.

Fez-se o teste de qui-quadrado para averiguar

se as chegadas seguiam a alguma distribuição conhecida, como

uma distribuição de Poisson, conforme afirma a teoria estatís

tica. 0 resultado da análise foi compatível com a p r e s s u p o s i ­

ção inicial.

Numa distribuição de Poisson, dada pela equação

(3.1), a média dessa distribuição é dado por Pt .

-a kpx (k) = ------------------ o n d e k = 0 , 1 , 2 , 3 . . . | 3 , 1 j

e a > 0

onde o a é o número médio de chegadas para uma dada unidade de

tempo. Para que os dados de entrada possam ser facilmente co

locados no programa, pois o GPSS possui uma distribuição deno

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minada XPDIS que é uma distribuição exponencialmente d istri­

buída, fez-se alguns ajustes.

Usou-se a relação existente entre a di st ribui­

ção p oi ssoniana e exponencial negativa, que é dada pela se -

guinte função densidade de probabilidade (3.2).

f(x) = a e -ax x > 0 |3 . 2 |

Essa relação nos diz qvie , sempre que o número

de chegadas for poissonia.no, o intervalo entre chegadas serã

t ponencialmente distribuído. Como a média dessa distribui -

ção é função inversa do parâmetro a da distribuição de Pois-

son (3.3), então o seu resultado é quase imediato.

E (x) = 13.31v J a 1 1

Com exceção do que foi mostrado acima, os ou -

tros dados foram obtidos através de probabilidades empíricas,

retirados dos mapas de amostragem. No anexo 2 ? descreveu ca

da uma das funções de densidade de probabilidade empírica ne

cessaria.

Por último, teve de recorrer' ao setor da admi

nistração de transporte, para obter a relação dos e q u i p am en ­

tos, veículos e maquinãrios que es t iveram em uso, naqueles

intervalos de tempo considerados. 0 formulário para essa co

leta, está no anexo 1 .

3.4- Fluxograma do modelo em GPSS.

GPSS (General Purpose Simulation System) é uma

linguagem de simulação de processo orientado, utilizado na

m od elagem de sistemas discretos. A escolha do GPSS para m o d£

lar o sistema proposto, se deve principalmente â sua s i m p l i ­

cidade. o modelo em GPSS é construído por intermédio de

47

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48

um conjunto de blocos padrões, que por sua vez compõe o dia -

grama de blocos, da qual define a estrutura lõgica do s i s t e m a

São ao todo 43 tipos de blocos, cada um representando uma a

ção específica do sistema. As linhas de conexão entre os blo

cos indicam a sequência de operações que deve ser obedecida ,

a fim de concretizar o ciclo do sistema.

3.4.1- Linguagem - programa GPSS.

Nas palavras do S c h r i b e r 2 3 , o GPSS é uma lingua

gem de simulação e também um p rograma de computador.

No aprendizado do GPSS, consiste principalmente

no conhecimento da operação funcional dos blocos padrões, e a

combinação lõgica entre esses blocos que representam um siste

ma dado. Os blocos padrões possuem três tipos de informações

que são: localizações, operações e operandos.

As entidades dinâmicas do GPSS são denominadas

de transações. No caso especifico do estudo do fluxo de cana,

essas transações são os caminhões, esses movem s e q u e nc i al me n­

te de bloco em bloco enquanto a simulação se processa. Essas

transações são geradas pelos blocos "Generate" existentes no

programa. Essas gerações são dadas de acordo com a d is tribui­

ção exponencial entre os intervalos de chegada. No t r a n s c o r ­

rer da simulação, atribui-se um dado valor, em tempo, para ca

da transação que entra n u m certo bloco, a fim de receber uma

atividade operacional. A transação permanece no bloco durante

esse tempo dado, antes de prosseguir o seu curso. Quando as

condições de avanço são impedidas, as transações que o seguem

23- SCHRIBER, T., "Simulation Using GPSS", John Wiley, 1974.

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se ma ntém numa fila de espera, por intermédio do bloco QUEUE,.

As outras entidades como "Storages" e "Facilitieè',

são estações de serviço em paralelo e simples, respectivamente,

que po d em fazer parte da simulação.

A sequência de. atividades operacionais e x i s t e n ­

tes no sistema em tempo real, ê representado na simulação pe

lo "tempo de relogio simulado".

Ao terminar a simulação, o GPSS nos fornece vã

r i a s .i n f o .mações como: número de transações que estiveram nas

entidades, conteúdo máximo e médio das entidades, tempo médio

das transações nos diversos recursos do sistema, porce nt ag em

de uso e ociosidade dos recursos e outros. Todas essas infor­

mações são dados precípuos que farão parte do objeto do e s t u ­

do proposto inicialmente, a fim de alcançar o objetivo final.

3.4.2- Análise do fluxograma em GPSS.

A conversão do fluxograma do modelo da seção 3.2

para o diagrama de blocos em GPSS é efetuada nessa etapa, fi­gura 13. _ ■ _

Nos blocos 1 e 1', são geradas as transações que

obedecem a um intervalo de tempo exponencialmente distribuí -

do, com a média de 407 unidades e 915 unidades de tempo res -

pectivamente. São então, as gerações correspondentes aos ca­

minhões da FRENTE LONGE E PERTO, feitos pelos blocos Generate.

A unidade de tempo utilizado é 0,01 minuto.

Os blocos 2 e 2 1, atribuem às transações gera -

das, se são da frente longe ou perto, pois apõs serem d e s c a r ­

regados na usina, ne c es si ta m retornar âs suas frentes de o r i ­

gem.

Os blocos 3 e 3' até 7 e 7' são pertencentes ã

atividade de carregamento. Nesse caso, temos uma fila única

com estações de serviço em paralelo, por isso usamos os blo -

cos padrões da entidade "Storage", ou canais de serviços.

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(PAJU).

14'

15'

16’

QUEUE

SEIZEa m

DEPART

ADVANCEFN$PTRAT

0

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(FIM)

íTERMINA-]

V54

FIGURA 1 3 r-- FLUXOGR.AHA EM GPSS DO FLUXO DE CANA

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A seguir, dos blocos 8 e 8' a 12 e 12', temos a

atividade operacional de amarração da carga.

Nos blocos 13 e 13', temos a decisão dos que

são ou não ajudados pelos tratores de auxilio nas saídas do

canavial. As percentuais utilizadas nos blc os de trans fe r ên ­

cia estatística, foram retiradas dos mapas de amostragem, por

intermédio de distribuições de probabilidade empírica.

E os blocos 14 e 14' a 18 e 18', temos a ativi­

dade de auxílio prestado pelos tratores. Na frente longe exis

tem mais de um trator de auxílio, com uma fila única, com a

dinâmica de atendimento FIFO, então utilizamos os blocos da

entidade "Storage". Por outro lado, a frente perto possui so

mente um trator de auxílio, quer dizer, fila simples com um

atendente, daí usamos os blocos da entidade "Fucility". Os

blocos 19 e 1 9 ’, são as transferências incondicionais, para

dar continuidade ao processo.

Nos blocos s e g u i n t e s , que são do 20 e 20' até

24 e 24', temos a atividade de permanência dos caminhões nas

estradas. As estradas, tanto da frente perto como da .longe,

funcionam como "Storages" ou canais de serviços sem limita -

ções de recursos. Isso porque as estradas comportam tantos ca

minhões quantos forem necessários. 0 bloco 25 é uma transfe -

rência incondicional.

0 bloco 26, representa a decisão para os cami -

nhões quando chegam a usina , encontram ou não com a fila no

pátio externo da usina. De novo, temos uma transferência es

tatística, obtida através de uma distribuição de p r o b a b i l i d a ­

de empírica.

Dos blocos 27 a 29, representam a atividade de

espera dos caminhões fora da usina, até que o pátio interno

possa comportá-los, e então são atendidos pela balança. Nesse

estágio, os caminhões das duas frentes se misturam, a fim de

serem atendidos pela atividade operacional a seguir. 0 bloco

30, é outra transferência incondicional, que é a saída dos

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que en contraram a fila fora da usina, agora ne ce s s i t a m c o n ­

tinuar no processo, entrando na atividade de pesagem.

Nos blocos s e g u i n t e s , que são do 31 a 35 , te

mos a atividade de pesagem, que é de fila simples com um a

tendente.

Após a saída da balança, chegam nos d e s ca rr e­

gadores. A transferência estatística do bloco 36, obtida a

través da distribuição de probabilidade empírica,mostra que

57,531 das vezes a ponte 1 não esta disponível para essa ta

refa. Daí então, ter-se-ã somente duas opções, que são o Hi

lo e a ponte 1.

No bloco 37, há outra transferência estatísti^

ca, que se refere ao uso da ponte 2 e o Hilo, se a ponte 1

não estiver disponível. Nas 50,121 das vezes, as transações

p r e f er em o Hilo, e o restante vai para a ponte 2.

O bloco 38, descende da opção em que os três

descarregadores estão disponíveis, isso acontece 42,471 das

vezes. O Hilo compartilha com 32,79% desse total, e o res -

tante que são 67,211 é dividido entre a ponte 1 e 2, que é

a soma da probabilidade conjunta dos dois descarregadores nes

sa opção. No bloco 39, a ponte 2 pa rt ic i pa com 69,271 da

probabilidade conjunta acima, e o restante, que são 30,73%

pertence a ponte 1.

- Dos blocos 40 a 44, 40' a 44' e 40" a 44", te

mos o processo de descarregamento da Ponte 1, Ponte 2 e Hi.

lo, respectivamente. Nessa atividade, o sistema de filas é

multicanal com vários a t e n d e n t e s .

Os blocos 45 e 46»sã od et ransferência incondi­

cional, para que o ciclo de atividades continue a se proce_s

s a r .

Após serem descarregados, as transações se

preparam, dirigindo-se aos campos de origem. 0 4 7 é um bloco

de teste, as transações são testadas a fim de saberem a

qual frente pertencem.

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Os blocos 48 a 52 e 48' a 52' representam a

pe rmanência das transações na estrada novamente, na frente

perto e longe respectivamente. Porém dessa vez as carroce —

rias estão vazias. Usamos a entidade "Storage" ou canais de

serviços sem limitações de recursos.

0 bloco 53 ê uma transferência incondicional,

dirigindo ao bloco 54, nesse bloco as transações são retira

das do processo por intermédio do comando Terminate, daí o

ciclo é completado pelas transações.

3.5- Uso do modelo proposto no computador.

No transcorrer deste capítulo, elucidou-se as

diversas fases existentes na mo de lagem do fluxo de cana da

usina. Neste ultimo topico, fez-se a transladação do diagra

ma de blocos em GPSS para o programa .

0 modelo proposto foi programado para que o

seu uso possa ser feito no computador IBM/370 da UFSC, com

256 k-bytes de memória. 0 programa produto disponível nesse

computador é a versão V do GPSS, que é compatível com todas

as versões anteriores.

Após ter-se estabelecido o tipo e o modelo do com

putador, e também a versão do GPSS a ser utilizado como pro

grama produto, cartões de controle são naturalmente d e f i n i ­

dos .

No anexo 3, estã transcrito o programa fonte

em GPSS-V, que é a transladação do diagrama de blocos. Ao

dar-se a entrada no c o m p u t a d o r , a conversão para o programa pro

duto é feito automaticamente, pois hã a necessidade de rede

finir os endereçamentos para que o programa seja p r o c e s s a d a

Simulou-se o programa proposto em torno de

7500 transações que corresponde a um mês de serviço, entre-

56

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tanto por intermédio de retrospectivas estatísticas, veri -

ficou-se que o sistema entrou em regime permanente a partir

de 2500 transações. A constatação deste é feita pelas figu­

ras 14 e 15.

Al ém da programação e análise feitas no m o d e ­

lo com dados coletados no sistema, diversas mudanças foram

introduzidas nos parâmetros do programa. Daí a consequente

alteração nos relatórios de saída. Esses foram analisados a

fim de atingir as políticas alternativas propostas no capí

tulo 2, item 2.2.4.

Os relatõrios de saída em GPSS, nem sempre são

tão claros para os administradores. Foi feito então uma elu

cidação desses relatórios de saída, em diversas formas, de

acordo com as políticas alternativas propostas, pois desta

forma, esses relatórios' se tornam accessíveis a qualquer ad

ministrador, na sua tomada de decisão. Esses relatõrios fo

ram condensados no capítulo 4.

3.5.1- Programação em GPSS.

0 diagrama de blocos padrão é transladado por

um comando equivalente, para que seja executado pelo proces

sador GPSS. As três categorias de informações existentes nos

blocos padrões, citados no item 3.4.1, devem ocupar os c a m ­

pos específicos determinados pela linguagem.

O primeiro deles, que é o nome da localização

simbólica, deve ocupar os campos de 2 a 6. Os campos de 8 a

18, devem ser ocupados pelas operações que foram det er mi na ­

das, esta segunda categoria de informação é um verbo, que

sugere a função específica do bloco. A terceira categoria de

informação, são os operandos dos blocos padrões. Esses c on­

tém as informações específicas concernentes às operações dos

blocos. 0 numero e a interpretação dos operandos dependem

sobretudo do tipo do bloco padrão, e são denotados em geral

pelas letras A , B,C,D,E,F e G, ocupam a partir do campo 19.

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15

- Resultados

da

simulação

para

o 109

e 309

dias

- Canais

de

serviços

(instalações

que

podem

servir

simultaneamente

aos

clientes)

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CAPÍTULO IV

4- RESULTADOS OBTIDOS/POLÍTICAS ALTERNATIVAS.

Os resultados obtidos do problema proposto

no capítulo 2, que é a falta de cana, foi resolvido atra­

vés da técnica de simulação no capítulo 3.

Estes resultados estão intimamente ligados

com a capacidade do modelador, pois o processo de formula

ção de modelos é semelhante a uma produção artística. E s ­

tes e videnciam a compreensae ou não da estrutura e da in

teração das atividades operacionais do sistema, pelo mode

làdor. Al ém disso, demonstr-a a capacidade deste em extrair

a essência do sistema, sem incluir detalhes desnecessã

rios. Pois os resultados evidenciarão se houve omissão de

algum parâmetro ou suposição importante.

Para fazer a constatação acima, o 'teste re

trospectivo" foi feito, quer dizer, reconstrução do que

realmente aconteceu no passado, a fim de verificar a vali

dade do modelo, comparando o resultado obtido na simula -

ção e o existente no sistema real. Concluiu-sp que os re­

sultados obtidos foram suficientemente compatíveis com o

exis t e n t e .

0 segundo teste, que é o " p r o s p e c t i v o " ,quer

dizer, prev er desempenhos futuros do sistema, foi feito a

través de mudança de parâmetros. Estas mudanças foram fei.

tas, motivadas principalmente pela flexibilidade do m o d e ­

lo, entretanto o modelo proposto foi desenvolvido e s p e c i ­

ficamente para a usina em questão. Isto se deve ao fato

de que as usinas poss ue m peculiaridades inerentes , nos

seus fluxos de cana.

Com a analise dos resultados obtidos nos tes

tes prospectivos, formulou-se políticas alternativas. Desta

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62

maneira, a tomada de decisão dos administradores da usina

fica bastante beneficiada.

4.1- Esquematização e analise dos resultados.

Formulou-se neste topico, algumas observações

e conclusões do atual sistema vigente. Os subsídios utiliza

dos nesta formulação, foram retirados dos relatõrios de saí

da, emitidos pelo GPSS. Um exemplo desse relatõrio estã no

anexo 4. Entretanto esse relatõrio não é tão explícito para

os administradores não familiarizados. Daí apresenta-se a se

guir, uma síntese amostrai desse relatõrio.

A prim ei r a observação e conclusão, retirada

desse modelo simulado é o número de transações efetuadas num

intervalo de 12 horas do dia. Esse parâmetro evidencia a

compatibilidade desse modelo com o sistema real pois o núme

ro médio de transações acusado pelo modelo é em torno de

253 trasações/dia, e esse dado foi verificado também no sis_

tema real com uma precisão compatível, figura 16; mostrou

também nesta, a compatibilidade de outros índices princi

pais .

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fNDICESModelo

simuladoSistemavigente

Numero médio de

viagens/dia257 253

Percentagem média de caminhões atendidos por ponte 1

0,08 0,07

Percentagem média de caminhões atendidos por ponte 2

0 ,49 . 0 ,49

Percentagem média de caminhões atendidos por Hilo

0 ,43 0 ,44

Tempo médio de p er manência na estrada/longe/cheio

55 ,93 56 ,98

Tempo médio de permanência na estrada/perto/cheio

21,76 21,51

Figura 16 - Comparação entre os índices do modelo

simulado e o sistema vigente.

Fonte: resultados da simulação e mapas de amostragem.

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64

A seguir, na figura 17, 18 e 19 , apresenta-se

o resultado da simulação com seus nomes reais.

ÍNDICESPosto de atendimento

^ m p o médio (min) ae atendimento

Média de ,;tili zação do tempo total.

Balança 0 ,648 0,225

Trator de auxílio/per.to 3 ,179 0 ,124

Ponte 1 6 ,220 0,207

Ponte 2 5 ,274 0,888

Hi lo 6 ,577 0,943

Figura 17 -■ Posto de serviço - resultado da simulaçao.

Fonte: Resultado dã simulação.

POSTO DE ATENDIMENTO:

a) 0 tempo médio de atendimento do Hilo mostra-se superior

aos outros descarregadores. Entretanto sabe-se que o Hilo

poussui uma c a p a c i d a d e 24 de descarregamento maior do que

as duas pontes. Consequentemente, na teoria, o tempo mé

dio de descarrego deveria ser menor. Entretanto na pratica

constatou-se o oposto, mas isso é explicado pe la depen -

dência do Hilo â velocidade de moagem, porque o Hilo des -

carrega diretamente na mesa alimentadora.

b) 0 índice médio de utilização do tempo total, para o Hi

lo e a ponte 2 esta muito elevado. Isso significa que a

folga desses dois equipamentos é mínima.

24- FICHA TÉCNICA - Documentos da usina.

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65

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66

CANAIS' DE SEVIÇOS:

a) A capacidade dos canais de serv^-os , perm an ên ci a nas

estradas, é um número razoavelmente grande porque pos s ue m

mais recursos disponíveis do que t r a n s a ç õ e s , daí a média

de utilização do tempo total serem nulos. E na atividade

de amarração, hã sempre uma correspondência única entre o

motorista e a tarefa a desempenhar.

b) 0 número médio de atendentes ocupados nos tratores de

auxílio da frente longe, é somente 11,61 da capacidade ins

talada dos canais. Este índice esta diretíijnente relaciona

do com o estado de saída do canavial. rnqu„:nto isso, nos

canais de atendimento das c a r r e g a d e i r a s , o número médio

de atendentes ocupados é em torno de 31% da capacidade ins

talada, nas duas frentes. Hã pois um certo superdimensio-

n a m e n t o .

c) £ interessante observar qu~ o tempo demandado nas es -

tradas, ocupa uma grande parcela do tempo no ciclo comple

to. Isto se d^ve a localizaçcj desfavorável da usina, em

relação aos seus campos de cultura.

d) A última coluna, mostra o número máximo de a t e n d e n t e s o

cupados simultaneamente, durante a simulação do modelo.

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F I L A S :

a) 0 "número máximo" de transações nas filas do pátio exter

no, Ponte 2 e Hilo estão bastante altos; a consequência ime

diata desse índice ê o "número médio", também bastante e l e ­

vado de transações nas filas. Entretanto, nas filas do cam­

po, esses dois índices são b e m pequenos.

b) A p er ce n ta ge m de caminhões que não n ec es s i t a m de entrar

nas filas da Ponte 2 e Hilo são mínimas, isto significa que,

na maioria das vezes esses locais de atendimento pos su em f.i

las. Enquanto isso, as filas do campo são mínimas, pois na

maioria das vezes, há algum atendente em disponibilidade.

c) A média de tempo que os caminhões gastam nas filas da

Ponte 2 e Hilo, são bastante elevados. Entretanto, o tempo

de permanência nas filas do campo são b e m baixos.

As três observações enumeradas acima, permite

concluir que está havendo uma perda de tempo muito elevado

nas filas da usina, que são originados por uma sobrecarga na

Ponte 2 e no Hilo.

Essas perdas desnecessárias de tempo, ê que

causam de alguma maneira a falta de cana. Pois quando há a

perda de tempo desnecessária nas filas, o número de viagens

que os caminhões po d em fazer, n um determinado espaço de tem

po do dia, diminuirá significativamente. Daí o número total

de viagens feita pela frota no transporte de cana dec re sc e­

rá, provocando assim a falta de cana, tanto durante o dia

quanto à noite. Mas esse efeito durante o dia, é contornado

p el a troca imediata do balanção da Ponte 1 pela garra, reti_

rando com essa a cana do deposito. Quando essa retirada du

rante o dia for muito elevada, e a Ponte 2 manter o mesmo

ritmo de trabalho durante o dia, ê provável que o estoque

no "barracão de cana", não seja suficiente pa r a a moagem,du

rante a noite. Daí o barracão amanhecerá vazio, antes da ho

ra prevista.

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4.2- Formulaçao de polí.ticas alternativas.

4.2.1- Aumento do tempo de uso da Ponte 1.

Para contornar o problema apontado, da perda

de tempo desnecessário nas fi las , sugere-se uma maior r a ci on a­

lização no uso da Ponte 1. Sabe-se que essa ponte é usada

somente para fazer descarregamento dos c a m i n h õ e s , quando o

pessoal da usina detecta, que está havendo um acúmulo exce£

sivo de caminhões, no pátio interno e externo da usina. Daí

então a Ponte 1 ê solicitada. Propomos então a po lítica a_l

ternativa 1, que é o aumento do tempo de uso da Ponte 1. js

so significa que essa deve estar sempre disponível, para e

fetuar a tarefa de descarrego. A garra só deve ser colocada,

quando h ouver necessidade, pois a retirada da cana do "bar­

racão" traz consigo muitos transtornos.

Com essa mudançá, obteve-se nos relatõrios de

saída do G P S S , um tempo de perma nê nc ia nas filas, menor do

que o modelo originalmente simulado.

A consequência imediata dessa a l t e r n a t i v a ,com

a diminuição do tempo de p e r m an ên ci a na fila, é o aumento do

número de viagens dos caminhões. Daí o número total de via

gens da frota elevará significativamente, evitando desta ma

neira a falta de cana, que é um pr oblema bastante drástico.

Somado ao benefício mencionado acima, com o

aumento do número de viagens da frota, a ociosidade dos veí

culos e equipamentos do campo deverá diminuir, pois haverá

um fluxo maior de caminhões, figuras 20, 21, 22 e 23.

4.2.2- Diminuição da jornada de trabalho.

Essa p olítica alternativa é uma consequência i

mediata dos benefícios advindos da primeira: aumento do

tempo de uso da Ponte 1. Com esse aumento, os caminhões per

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ÍNDICESModelo simulado com racionaliza ção

Sis tema vigente

Número médio de

viagens/dia306 253

P e rcentagem média de caminhões atendi dos por Ponte 1

0 . 22 0.07

P erce nt ag em média de caminhões atendi dos por Ponte 2

0.28 0.49

P ercentagem média de caminhões atendi^ dos por Hilo

0.50 0 .44

Figura 20 - Comparação do modelo simulado com racio­

n alização de uso da Ponte 1 e sistema vi

g e n t e .

Fonte: Resultados da simulação e mapas de amostragem.

ÍNDICESPosto de atendimento

Tempo médio de atendimento (minutos)

Média de utili^ zação do tempo total

Balança 0,645 0 ,271

Trator de auxílio/perto 3 ,236 0 ,172

Ponte 1 6 ,566 0 ,601

Ponte 2 5 ,116 0 ,603

Hilo 4,385 0 ,920

Figura 21 - Posto de serviço com racionalização de uso

da Ponte 1.

Fonte: Resultados da simulação.

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Resultados

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73

dem menos tempo na.s filas de espera. As viagens médias diã

rias aumentaram de 253 para 306, po ré m a capacidade atual

de m oa ge m da usina estã em torno de 2700 ton/dia ou 265

viagens. Conclui-se daí que, a jornada de trabalho pode ser

diminuída.

Esta diminuição da jornada de trabalho não im

plicarã em decréscimo do salário, pois esses são renumera-

dos quase que por viagem/peso transportado. Deduz-se daí

que, o tempo diminuído da jornada de trabalho é simplesmen

te o tempo correspondente ào tempo ocioso nas filas de e s ­

pera .

Os relatorios de saída em G P S S , confirmam es

ta afirmação. Simulou-se para essa alternativa, jornada de

10 horas de serviço. O numero médio de viagens/dia foram

26 5.

Essa decisão poderã trazer grandes benefí

cios sociais, pois normalmente as pessoas que lidam com

essa tarefa, possuem pouco tempo para dedicar aos seus fa

miliares no transcorrer da safra.

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74

4.2.3- Aumento da frota de veículos.

Essa política alternativa foi colocada no i-

tem 2.2.4, como uma das ações possíveis. Entretanto a con

clusão que obteve por intermédio dos relatorios de saída em

G P S S , é que o aumento do numero de veículos da frota, não

implica necessariamente que haverá um incremento p r o p o r c i o ­

nal no número de viagens/dia.

Já foi constatado no item 4.1, na análise dos

resultados obtidos do sistema vigente, que está havendo um

acúmulo de serviços nos descarregadores. Daí se a frota de

veículos for aumentada, o tempo médio que uma transação de

manda para completar o ciclo de atividades é simplesmente au

mentado. Mas esse incremento de tempo é originado pela sua

pe rmanência nas filas de espera.

0 relatõrio, já com o m aior uso da Ponte 1,

mostra que com o aumento da frota em 201, implica em uma

maior sobrecarga nos descarregadores, e nais do que isso, o

tempo de permanência nas filas também é maior, f i g u r a 24.

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76

4.2.4- Aumento de 50% na capacidade de moagem'.

Essa alternativa foi formulada por causa da

perspectiva de aumento da capacidade de moagem, a curto pra

zo, no planejamento da usina.

Fazendo frente a essa po lítica alternativa ,

houve a necessidade de fazer algumas mudanças no diagrama

de blocos, na parte que concerne ao descarregamento, pois

a dinâmica de recepção deve ser alterada.

A mudança feita, significa que haverã duas

pontes atuando conjuntamente ao Hilo, em todo o expediente.

Somado a estes, haverá um quarto descarregador que funcio­

nara como reserva destes. Esse último, possui o objetivo de

evitar congestionamentos nos períodos de maior fluxo.

Essa alteração, fez com que os blocos de núme

r o s , 36, 37, 38 e 39 da figura 13, fluxograma em GPSS do

fluxo de cana, sejam substituídos por outros dois somente,

p orém com estatísticas diferentes, figura 25.

Figura 25: Alteração na recepção de cana.

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77

Como já foi dito, a capacidade de descarrego do

Hilo depende da velocidade de moagem, se este .aumentar, o tempo

médio demandado para o Hilo executar essa tarefa deverá dimi

nuir. Enquanto isso, a velocidade de descarrego das duas pontes

não alteram.

0 aumento da capacidade de moagem, logicamente a

carretará nu m aumento do número total de viagens/dia. Atravé"s de

tentativas , alterando os valores dos intervalos de chegada .nos

campos, que são os blocos Generate das duas frentes , obteve oo

Modelo Simulado, resultados bastante compatíveis.

A figura 26, mostra o índice de utilizarão dos

descarregadores, bem como o tempo médio que cada transação ga.s

ta nas filas de espera, nos três períodos de serviço.

ESTATÍSTICASPERÍODOS EE SERVIÇO

DESCARREGA DORES

% índice de uso Tempo médio nas filas/ transação

Ponte 1 Ponte 2 Hilo Ponte 1 Ponte 2 Hilo

12 horas 0 . 749 0.696 0 . 753 3.09 3.13 4.53

1 ü h o r as 0 . 865 0.885 0 . 775 6.63 16 .00 7.68

8 horas 0 .905 0.913 0. 806 10 .17 19.51 9 .13

Figura 26 - índice de use e tempo médio nas filas.

Fonte: Resultados da simulação.

Por intermédio ainda dos relatórios de saída, ê

possível dimensionar adequadamente a frota de caminhões, a fim

de satisfazer este incremento. Entretanto para que este dimen -

sionamento seja pertinente, necessita-se de dados adicionais.

Na figura 27 e 28, foram mostrados os índices de

utilização dos veículos de campo, e também os respectivos tem

pos médios nas filas. Constata-se que, ainda há uma certa folga

nas atividades operacionais desempenhadas po r esses veículos.

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78

ESTATÍSTICAS % ÍNDICE MÉDIO DE UTILIZAÇÃO

PERÍODO Carregadeiras Tratores de auxílio

EE SER VIÇO

Frente perto Frente longe Frente perto Frente longe

12 horas 0 .486 0 .470 0 .191 0 .164

10 horas 0.520 0.541 0 .212, 0 .179

8 horas 0 .645 0 .674 0,254 0.247

Figura 27 - índice médio de utilização das carregadeiras

e tratores de auxílio.

Fonte: Resultados da simulação.

ESTATÍSTICAS TEM>0 MÉDIO NAS FILAS/TRANSAÇÃO (MIN)PERÍODO EE SERIÇO

Carregadeiras Tratores de auxílio

Frente perto Frente longe Frente perto Frente longe

12 horas 0.43 0.05 0 .48 0.01

10 horas 0.90 0 .13 0 .37 0.01

8 horas 2.28 0 . 38 0 .64 0.03

Figura 28 - Tempo médio de permanência nas f i l a s / t r a n s a ç ã o .

Fonte: resultados da simulação.

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79

4.3- Recomendação para a implantação.

0 último estágio nu m processo de desenvolvimento

da simulação ê a implementação dos resultados, a documentação

do modelo simulado e o seu uso. Nas palavras do Pritsker e

P e g d e n 2 5 : "nenhum projeto ae simulação pode ser considerado

completo até que seus resultados sejam usados no processo de to

mada de decisão". Entretanto, as dúvidas que su rgem na cabeça

do m od elador são: será que os gerentes do sistema aceitarão os

resultados da pesquisa? Será que a solução será implantada cor

retamente? Será que as condições anteriormente modeladas cor -

respondem ao atual sistema vigente? Estas dúvidas podem ser mi

noradas, pois o sucesso dessa etapa está intimamente ligado com

o grau de integração do modelador e o usuário desse modelo. No

transcorrer do desenvolvimento do projeto, se essa integração

não for efetiva, ê provável que fique somente a admirar a e le­

gância e a beleza do modelo simulado.

A primeira alternativa p roposta no item 4.2.1

aumento do uso da Ponte 1, pode ser implantado com poucos ris

cos. Para que essa política tenha êxito desejado, ê necessário

que os dois departamentos que abarcam esse problema, tenham um

b om entendimento. Este entendimento consiste em visualizar o

problema do fluxo de cana como uma questão única, que int er es ­

sa a ambas gerências . Associado a isso deve-se buscar uma comu ni ­

cação mais eficiente que venha satisfazer a ambas, tanto na co

municação formal como n a informal.

Sabe-se que a Gerência Industrial possui o in te ­

resse primordial de manter a usina em funcionamento, isto é ,

que a alimentação das moendas não interrompa em nenhu m instan-

25- PRITSKER, A. Alan B. e PEGDEN, Claude D., o p . cit.

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te. Quer dizer que, o fluxo de cana por intermédio das t r a n s a ­

ções não seja interrompido de dia, e que durante a noite, o

barracão de cana tenha o estoque suficiente, até que se inicie

o fluxo do dia seguinte.

Para garantir a alimentação contínua da moenda ,

essa precisa manter a Ponte 1 com garra na maioria do seu tem

po e quando houver uma falha no fluxo de cana, essa possa fun

cionar imediatamente. Por outro lado, o interesse maior da Ge

rência de Macanizaçao é que os caminhões gastem o mínimo tempo

possível na usina, para que p os sa m efetuar o maior número de

viagens/dia. Por isso necessitam o uso pleno de todos os três

des c a r r e g a d o r e s .

0 custo ligado a essa implantação seria uma e -

quipe de 3 pessoas, na tarefa de auxílio do descarregador. Po

rém esse custo é irrisório, comparado ao efeito positivo que

essa alternativa poderá trazer.

Para a segunda alternativa, descreveu-se ante

riormente que esta é uma decorrência direta da primeira. A re

lação entre essas duas é tão estreita que, se a primeira for

implantada com sucesso, é provável que a segunda possa ser im

p le me nt ad a com êxito.

Como já foi dito anteriormente, se as viagens /

dia forem acrescidas, então a jornada de trabalho poderá ser

diminuida sem maiores consequências. Do contrário, o estoque

de cana no barracão poderá ser superior à demanda das m c e n d a s ,

e então haverá a perda por redução ou teor de sacarose.

A terceira alternativa, conforme a constataçãodo

modelo simulado, deve ser descartada, pois a impressão transmi

tida é falsa. 0 número de viagens/dia não é acrescido propo r -

cionalmente com o aumento da frota. Essa conclusão certifica que

o gargalo nesse fluxo de cana não está na frota de veículos

conforme se imaginava.

A quarta alternativa demandará um estudo mais d£

talhado, com um planejamento e programação de atividades mais

minucioso. Pois necessitará de maiores recursos e tempo.

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CAPÍTULO vr

5- CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.

O objetivo do estudo do fluxo de cana neste traba­

lho, possui a finalidade de evitar as paradas da usina por causa

do fator "falta de cana". Apos a investigação e tendo detectado

algumas causas determinantes dessa- falta, foi possível dim en si o­

nar adequadamente os recursos necessários às operações de carre­

gamento, transporte e recepção de cana, bem como a racionaliza -

ção no uso desses.

A metodologia apresentada obteve o êxito desejado.

E a técnica de simulação do modelo apresentou resultados satisfa

t õ r i o s , pois de outra forma, por intermédio de experiências "in

loco" seria difícil ou até impraticável.

0 modelo de filas simulada em linguagem GPSS , e s

tudando o congestionamento do sistema sujeito a fluxos aleato

rios, trouxe resultados bastante animadores, mostrando-se que ê

um instrumento de grande auxílio na resolução de problemas de fi

las complexas.

Com os resultados obtidos, a tomada de decisão dos

usuários do modelo fica grandemente facilitada. Essas decisões

permitirão que os benefícios se e mergiam em termos econômicos ,*

como também sociais.

0 sucesso desses estudos práticos está intimamente

ligado com a integração do modelador com os usuários do sistema

modelado. £ imprescindível que essa inter-ligação se faça presen

te por intermédio de reuniões informais e f o r m a i s .

Verificou-se que a área agroindustrial canavieira

está carente de estudos mais profundos da engenharia industrial,

pois a implantação de projetos de modernização e ampliação por

necessidades contextuais, fez com que essas fábricas crescessem

sem um planejamento e programação adequada. Como e x e m p l o ,poderia

m en cionar o problema levantado no capítulo 2, "minimização do

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tempo entre a queima da cana e a sua moagem", evitando ao mãxi_

mo, o decréscimo do teo.r de sacarose, aumentando assim, o ren

dimento industrial.

A limitação do estudo do fluxo de cana nessa usi^

na é por causa de questões operacionais, pois normalmente as

usinas p o ss ue m características inerentes nos seus fluxos. En -

tretanto ê possivel que os passos pautados p o ss am ser e s t e n d i ­

dos a outras usinas.

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ANEXO I

FORMULÁRIOS DE COLETA DOS DADOS

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HORA DA C H E G A D A

N O C A M P O

I N Í C I O DO

C A R R E G A M E N T O

F I N A L DO

CARREGAMENTO

F I N A L DA

A M A R R A Ç Ã O

A JU D A NA

S A Í D A

F I N A L DA

A J U D A

N ° HORA MIN. N - HORA MIN. H O R A MIN. HORA MIN. S I M N Ã O H OR A MI N.

_____

9

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ANEXO II

FUNÇÕES EMPÍRICAS UTILIZADAS NO GPSS

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Esta função encarrega de gerar a distribuição exponencial en

tre os intervalos de chegada. Esta jã esta incorporada ã linguagem

programa GPSS.

x 0 .104 .222 .355 .509 .69 .915 1.2 1.38

P O .1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .75

x 1 .6 1 . 83 2.12 2.*3 2 . 52 2 . 81 2 . 99 3.2 3.5

P .8 .84 .88 .9 .92 .94 .95 .96 .97 •i

X 3.9 4.6 5.3 6.2 7 8

P .98 .99 .995 .9.9.8 .999 .9998

XPDIS FUNCTION

LCARR. FUNCTION

Esta funçào gera o tempo demandado para o carregamento de

cana na frente longe, conforme a distribuição de probabilidade em

pírica. A unidade de tempo é 0.01 min.

TEMPO 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2200 3000

FREQ. 4 27 62 78 65 55 28 27 21

PE .0109 .0736 .1689 .2125 .1771 .1499 .7630 .0736 .0572

PA .0109 .0845 .2534 .4659 .6430 .7929 .8692 .9428 1.0

PCARR FUNCTION

0 mesmo acima para :frente perto

TEMPO 600 800 100Q 1200 1400 1600 2200 3000

FREQ 9. 30 38 40 25 20 20 '4

PE .0484 .1613 .2043 .2150 .1344 .1075 .1075 .0215

PA . 0484 .2097 .4140 .6290 .7634 .8710 .9785 1.0

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Esta função gera o tempo demandado de amarração da carga na

frente longe, conforme a distribuição de probabilidade empírica.

LAMAR FUNCTION

TEMPO 200 400 600 800 .1000 1600

FREQ. 52 115 130 49 20 8

PE .1387 .3067 .3467 .1307 .0533 .024

PA .1387 .4453 .7920 .9227 .976 1.0

PAMAR FUNCTION

0 mesmo para a frente perto<r

TEMPO 200 400 600 800 1600

FREQ 3 49 88 35 11

PE .0161 .2634 .4731 .1881 .0591

PA .0161 .2795 . 7527 .9409 1.0

LTRAT FUNCTION

Esta função gera o tempo demandado que o trator de auxílio

presta ao caminhão na frente longe, conforme a probabilidade e m ­

pírica

TEMPO 200 400 600 800 1200 2800

FREQ 25 32 25 13 14 10

PE .2101 .2689 .2101 .1092 .1-176 .084

PA .2101 .4790 .6891 . 7983 .9160 1.0

PTRAT FUNCTION

mesmo a c i m a , para a fre

TEMPO 200 '400 1000

FREQ 31 28 10

PE .4493 .4058 .1449

PA .4493 .8551 • 1.0

L

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95

LESTR FUNCTION

E a função que gera o tempo necessário de permanência na es_

trada da frente longe, com carga cheia, conforme a distribuição cfe

probabilidade empírica

TEMPO 3500 4000 4500 5000 5500 6500 7500 8500 10000 13000

FREQ 14 29 77 53 20 21 28 26 21 11

PE .0467 .0967 .2567 .1767 .0667 .07 .0933 .0867 0.07 .0367

PA .0467 .1433 .4 .5767 .6433 .7133 .8067 .8933 .9633 1.0

PESTR FUNCTION

O mesmo acima para a frente perto

TEMPO 1500 2Q00 2500 3000 4500

FREQ 13 56 48 20 13

PE .0867 .3733 .32 .1333 .0867

PA .0867 .46 .78 .9133 1.0

UFILA FUNCTION

Esta é a função que gera o tempo de permanência na fila fo-

ra da usina,por causa do excesso de veículos no pátio interno da

usina ^conforme a distribuição de probabilidade empírica

TEMPO 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2200 3000 6000

FREQ 73 34 45 44 46 47 35 32 28 40 33 40

PE .1469 .0684 .0905 .0885 .0925 .0945 .0704 .0644 .0563 .0805 .0664 .0805

PA .1469 .2153 .3058 .3944 .4869 .5815 .6519 .7163 .7726 .8531 .9195 1.0

UB AL A FUNCTION

*

Gera o tempo demandado na operação de pesagem, conforme a

distribuição de probabilidade empírica

TEMPO 0 100 200 400

FREQ 3 169 22 4

PE .0151 .8535 .1111 .0202

PA .0151 .8687 .9798 1.0

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96

Esta função gera o tempo necessário no descarregamento de um

caminhão pela pte 1, conforme a distribuição de probabilidade emp.í

rica

UPTE1 FUNCTION

TEMPO 200 400 600 800 1000 2000

FREQ 3 4 14 11 5 3

PE .075 .1 .35 .275 .125 .075

PA .075 .175 .525 .8 .925 1.0

UPTE2 FUNCTION

0 mesmo acima para a pte 2.

TEMPO 200 400 600 800 1200 2800

FREQ 15 131 93 36 20 12

PE .0489 .4267 .3029 .1173 .0651 .0391

PA .0489 .4756 . 7785 .8958 .9609 1.0

UHILO FUNCTION

0 mesmo acima para o Hilo

TEMPO 200 400 600 800 1200 2000 3600

FREQ 14 70. 87 41 33 19 7

PE .0517 .2583 .3210 .1513 .1218 .0701 .0258

PA .0517 .3099 .6310 .7823 .9041 .9742 1.0

LESTV FUNCTION

E a função que gera o tempo de permanência na estrada da

frente longe, porém com carga vazia voltando para o campo, confor

me a distribuição de probabilidade empírica

TEMPO 2500 3000 3500 4000 4500 5500 6500 8000 12000

FREQ 22 72 50 32 28 23 21 24 8

PE .0786 .2571 .1786 .1143' .1 .0821 .075 .0857 .0286

PA .0786 .3357 .5143 .6286 .7286 .8107 .8857 .9714 1.0

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97

O mesmo acima para a frente perto

' PESTV FUNCTION

TEMPO 1000 1500 2000 2500 3500 4500

FREQ 5 34 65 11 8 5

PE .0376 .2556 .4887 .0827 .0601 .0376

PA .0376 .2932 .7819 .8647 .9248 .9624

7000

5

.0376

1.0

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ANEXO III

PROGRAMA EM GPSS

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ANEXO IV

U M EXEMPLO DO RESULTADO EM GPSS

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