universidade federal de santa catarina ciÊncias saÚde

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM IMPLANTODONTIA DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA: RELATO DE CASO MALISE KIST SCARANTO FLORIANÓPOLIS, 2003

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM IMPLANTODONTIA

DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA: RELATO DE CASO

MALISE KIST SCARANTO

FLORIANÓPOLIS, 2003

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CFNTRCI DF C:IFNCIAS DA SAIIDF

DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA

CURSO DF ESPECIALIzAçÃo EM IMPLANTODONTIA

DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA --REI ATO DF CASO

MAI ISF KIST Sr:ARANTO

Monografia apresentada ao curso de Especialização em implantodontia. da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito para obtenção do titulo de especialista em implantodontia.

Orientador: Prof. Dr. Jose Nazareno Gil.

Florianópolis ,2003

DISTRAÇÃO OSTFOONICA

Esta monografia foi julgada adequada para obtenção do titulo de Especialista

em Periodontia e aprovada em sua forma final pelo curso de especialização em

Perinclontia

Florianópolis, 22 de dezembro de 2003.

Prof. Dr. Ricardo de Souza Maqini

Prof. Dr. José Nazareno Gil

Prof. Marco AurOlio Bianchini

Prof. Wilson Adriani Junior

Prof. Dr. Antonio Carlos Cardoso

AGRADECIMENTO

Ao professor JOSÉ NAZARENO GIL, amigo e orientador, cuja

colaboração e incentivo possibilitou a realização deste trabalho.

sumitRio

RESUMO 6

ABSTR ACT . 7

1. INTRODUÇÃO 8

2 PROPOSIÇÃO 10

REYTSÃO PA IfTERATURA,_,. ,,,,, 11

3.1 Histórico da distração osteogênca 11

3.2 Considerações gerais 12

3.3 Bases biológicas da distração osteogênica 15

34 REI ,ATO CASO CLINICO TT TSTRATIVO DA APLICAÇÃO DA DISTRAÇÃO

OSTÉOGÉNICA PARA AUMENTO DO PROCESSO ALVEOLAR ATRÓFICO NA

M ANDIM_TI , A 15

4, .DISCUSSÃO 29

ICONCI,f7SÃO 32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 33

6

SCARANTO, MALISE KIST. DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA. 2003.34p. Monografia(Especialização de implantodontia , Universidade de Santa Catarina, Florianópolis

RESUMO

O objetivo deste estudo foi o de proceder em uma revisão de literatura sobre a distração osteogênica, voltado principalmente para a implantodontia e relato de um caso clinico. A reabilitação bucal com implantes osseointegrados exige uma quantidade e qualidade óssea maxilar que possibilite finalizar o procedimento com resultados funcionais e estéticos satisfatórios. Alguns casos não apresentam uma altura suficiente para colocação e adequação estética de implantes, fazendo-se necessário a indicação de técnicas reconstrutoras como: enxerto autógeno cortico-esponjoso aposicional; Regeneração óssea guiada, A reposição feixe nervoso alveolar inferior; Tração osteogênica, ou emprego de materiais aloplásticos. As limitações destas técnicas tanto em relação a quantidade óssea quanto a qualidade da futura osseintegração, permite a indicação de procedimentos com maior otimização de resultados. A distração óssea é uma alternativa para reconstrução de deformidades maxilares com a vantagem de ser um método simples que possibilita o alongamento ósseo e expansão de tecidos moles simultaneamente, eliminando a necessidade de áreas doadoras de enxertia. Através deste trabalho selecionamos um caso clinico apresentando atrofia na região alveolar e foi utilizado um aparato distrator intra-oral com vetor vertical de alongamento osseo . O resultado obtido demonstrou que houve ganho ósseo possibilitando a colocação de implantes com previsibilidade e segurança e com menor morbidade.

Palavras chave: alongamento ósseo, implantes osseointegrados, osteogênese, distração óssea.

SCARANTO, MALISE KIST. DISTRAÇÃO OSTEOGÊNICA

2003.34P.rvionograph (Implantologie Pos Graduation) Federal

Universityo of Santa Catarina, florianópolis.

ABSTRACT

The objective of this survey was to procced on a literature review

about the distraction osteogenesis, mainly turned to the implantologie and to the account of a clinical case. The mouth requalification with osseointegrated implants, demands a jawbone osseous quantity and quality that makes it possible to conclude the procedure with satisfactory functional and esthetic results. Some cases dont have enough; the osteogenic tração; or the use of aloplásticos material, necessary the indication of rebuilding techiques leke: apositional cortico —esponjoso aut6geno grath; led osseous regeneration The limitations of these tecniques both in relation to the osseous quantity and the quality of the future osseintegration, allows the indication of procedures with a higher result optimization.

The osseous distraction is an alterntive for the reconstruction of jawbone deformities with the advantage of being a simple method that enables the osseous extension and soft tissue expansion simultaneously, eliminating the necessity of drafting donor areas.

Through this paper we selected a clinic case that presents atrophy at the alveolar region and it was used an intra-oral distractor device with an osseous extension vertical vetor. The obtained result showed that there was an osseous gain that made it possible the implant placement with previsibility and safety and with previsibility and safety and eith lower unhealthiness.

Key words: ossious extension, osseointegrated implants,

I !NTRODUÇÃo

A busca incessante pela harmonia e o equilíbrio facial, tornou- se possível

graças a evolução de técnicas diversas, que de uma forma ou de outra levam

a resultados considerados satisfatórios , sendo que, dentro desse campo, se

enquadra a técnica de distração osteogênica, ou osteo- distração. ou osteoaênese

de distração.

A distração osteogênica é um processo cirúrgico utilizado para reconstrução

de deformidades esqueléticas. Segundo Chin, o alongamento ósseo pode ser

definido como um processo osteogênico determinado pelo deslocamento gradual e

controlado de fraturas criadas cirurgicamente, resultando em uma expansão

cmiiItne do volt imp rissAo A rin teririn mnlo

Esta técnica de distração osteogênica foi inicialmente descrita por Codivilla

em 1904. mas o desenvolvimento dos aparatos e as bases biolóaicas deve-se a

Gavriel llizarov gue em 1951,difundiu e utilizou este procedimento para os ossos

longos. Desde 1992. graças ao pioneirismo de McCarthy et al . a distração

osteogênica tem sido amplamente aceita e utilizada para a correção das

deformidades craninfariais

Após sucessivas aplicações dessa técnica em ossos lonaos , a distracão

osteogênica começou a ser aplicada também nos ossos do esqueleto crânio

facial,(BELL: GUERREIR0,1997).

As perdas ósseas seja por trauma ou decorrentes de ressecções cirúraicas .

que não apresentam reconstrução, resultam em visíveis e incapacitantes

deformidades. A reconstrução das deformidades alveolares são peauenas auando

comparadas com as deficiências esqueléticas da microssomia hemicraniofacial ou

das craniosinostoses, porém trata-se de uma area igualmente com exigências

funcionais e estéticas e que necessita de uma complexa e desafiante resolução

cirúrgica 1417

A atrofia alveolar severa impede uma reabilitação com boa qualidade seja

através de métodos convencionais ou mais avançados. Por este motivo as

reconstruções do processo alveolar têm recebido especial atenção, pois possibilitam

uma reabilitação adequada e principalmente a utilização de implantes

osseointeqrados. A indicação de enxertias ósseas ou de materiais aloplasticos

possuem limitações inerentes destas técnicas e são questionaveis tanto em

relação a quantidade óssea que será obtida quanta a qualidade da osseointearacão

O procedimento de distração alveolar , determina um substancial aumento do

tecido ósseo viabilizando a colocação de implantes e de suas respectivas próteses.

Um sianificante aumento na qualidade e quantidade da mucosa alveolar incluindo

aenaiva inserida também pode ser obtido por esta técnica. A distração osteoaênica

é um processo que determina uma reabilitação estável e funcional para as

deformidades esqueléticas e de tecido mole, representando indubitavelmente um

dos maiores avanços na cirurqia reconstrutora.

pRopoqOp

O objetivo desta monografia é apresentar um caso clinico onde a distração

osteogênica foi utilizada corno método reconstrutor alveolar e uma revisão de

literatura sobre a aplicação das técnicas de distração osteogênicas associadas a

imblantologia, resultando em uma expansão do volume ósseo e do tecido mole

I fl

RFNAÇAn DA LiTERATURA

1. I HisThpir.r) nA nisTR4(7A- n nsi- FonftlyinA

Reconstrução do esqueleto e aumento do tecido ósseo e tecido mole sem a

necessidade de enxerto caracteriza a distração osteogênica. guando submetido a

tensão provocada por tração lenta e continua. (ILIZAROV.19891.

Inicialmente, a osteodistração foi utilizada por cirurgiões no final de 1880. mas

foi CODIVILA(1905), o primeiro a descrever a técnica da distração osteogênica para

alongamento dos membros inferiores . As forças de tração no osso eram mantidas

através da pele , ocasionando edema, necrose cutânea , infecção ao redor dos

parafusos de fixação. Devido a morbidade associada ao tratamento a técnica não

teve grande aceitação clinica.

PUTTI (1921). verificou que o componente critico nesse processo eram os

tecidos moles e fez modificações no sistema proposto por CODIVILLA. o novo

aparelho desenvolvido livrava o tegumento de qualquer fenômeno da tração

exercida. Decorridos cinco anos, ABOOT publicou resultados a partir de

modificações nos sistemas pré existentes, fazendo com que a técnica fosse aceita

nos Estados Unidos. Posteriormente, um fixador externo foi adaptado , este era

ativado diariamente com a possibilidade de controlar o indice de alongamento

ósseo. (D !NATO. POLID0,2001).

ILIZAROV (1989), realizou a maior parte das pesquisas clinicas e biológicas

relativo ao método. Ao término da Segunda guerra mundial, milhares de pacientes

sofriam com problemas ósseos. tais como: osteomilite. lesões e fraturas de difícil

consolidação. ILIZAROV, trabalhando em Kurgan (Rússia), no hospital de inválidos

da guerra, utilizando os recursos disponíveis ( aros de bicicleta) desenvolveu um

sistema de fixação externa em forma de aros para serem usados nos tratamentos de

fraturas ósseas. O protocolo sugerido por ILIZAROV, demonstrou que o tecido ósseo

poderia ser formado a partir de aplicação cuidadosa de uma força —tração

Comprovou que a incidência de complicações antes descritas, poderia ser reduzida

com uma corticotomia em duas tábuas ósseas e uma fratura em galho verde. sem

lesão da medula e com minima agressão ao periosteo( DINATO. POLIDO. 2001)

32 CONSII1FRAC:eiES GERAM

Desde a introdução da osseointegração por Branemark 2 , os implantes

tornaram-se uma excelente opção de reabilitação bucal. No entanto a

osseointegração requer um adequado local ósseo para colocação dos implantes A

largura e a altura do osso remanescente são fatores principais na seleção , inserção

e lonaevidade do implante . A inserção de implantes em locais ideais resulta na

melhora do padrão de distribuição de forças, da relação intermaxilar e estética da

futura protese6. Com a evolução da Implantodontia , várias técnicas têm sido

desenvolvidas para alcançar estas condições ideais e assequrar a osseointegração

Nos rebordos alveolares com boa e altura e espessura óssea. somam-se as

condições favoráveis para um prognostic() ideal da prótese implantossuportada.

Estas condições incluem relações favoráveis dos rebordos. implantes lonaos e

largos, boa relação coroa-implante e orientação adequada das forcas oclusais em

direção ao sistema de suporte. Nas situações de atrofia ou deformidades alveolares,

as modalidades de tratamento habituais ficam muito aquém do resultado intencional 3

O obietivo da reabilitação bucal é restituir ao paciente o contorno, função.

fonética, estética, conforto e saúde normais, independentemente da atrofia, doença

ou lesão do sistema estomatognático. Como resultado de pesquisas continuas sobre

o piano de tratamento, desenho do implante, materiais e técnicas, o sucesso

previsível tornou-se uma realidade para as situações clinico-cirúrgicas

ripcafnrac 13.

O osso alveolar forma-se quando a bainha epitelial de Hertwig evolui,

apresentando dependência direta ao desenvolvimento dentário. A relação estreita

entre o dente e o processo alveolar continua pela vida inteira. A perda dos dentes

causa a remodelagem e a reabsorção do osso alveolar circuniacente e.

eventualmente. leva a rebordos edêntulos e atróficos. Um implante estimula o osso

i3

e mantém a sua dimensão , de forma similar aos dentes naturais e saudáveis. Além

disso , as restaurações implantossuportadas são posicionadas em relação à estética.

função e fala , não nas zonas neutras de suporte de tecido mole. A prótese

implantossuportada melhora o conforto bucal, é estável e retentiva e apresentam

curso de tratamento mais previsível do que as restaurações convecionais 13

O conhecimento sobre as exigências biomecãnicas para a sobrevida da

prótese e o uso crescente de implantes, faz com que a reconstrução do rebordo

antes da inserção do implante represente um procedimento necessário e muitas

vezes imprescindivel. Todos os métodos para melhoria das dimensões do osso

receptor devem ser considerados para obter o sucesso.

Os defeitos ósseos verticais do processo alveolar , seiam eles totais ou

parciais . determinam um impacto negativo tanto no aspecto funcional auanto

estético. As técnicas cirúrgicas de reconstrução têm como obietivo primordial uma

melhora na qualidade e quantidade óssea para que o rebordo retorne as funções de

suporte, tal como antes da perda do dente e/ ou do segmento osseo 4 Cada

modalidade de reconstrução tem suas limitações e potenciais complicações que

refletem no resultado final. Entre as técnicas que são utilizadas podemos citar :

enxertos ósseos autágenos, implantes com materiais aloplásticos e regeneraoão

tecidual guiada.

Os enxertos autógenos podem apresentar graus variáveis de reabsorção da

área receptora • infeções e deiscência na região da incisão. Ainda os enxertos

autodenos apresentam alguns problemas tais como a limitação de avaliação da

área doadora, aumento da morbidade e até mesmo dificuldade de colocação do

enxerto em uma posição ideal com bom formato e boa adaptação dos tecidos

moles 17 . O emprego de materiais aloplásticos, tais como a hidroxiapatita, estão

suieitos é macro e micro movimentos o que não é compatível para uma base

protética e ainda impede ou dificulta a colocação de implantes osseointegrados. .A

regeneração tecidual guiada é limitada no volume ósseo e pode produzir resultados

não previsiveis4 .

A imprevisível reabsorção dos enxertos e a comprovação de osteogènese

local e de neocienese de tecidos moles , faz da distração um técnica única. Além

disso , os tecidos moles são tratados mais gentilmente e apresentam uma melhor

14

adaptação ao alonqamento ósseo do que quando há uma reposição imediata do

segmento ósseo por enxertia ou osteotomias 8' 17 • 18 ' 19. Nas clássicas reposições após

osteotomia subapical há sempre necessidade de enxerto ósseo. apresentando as

desvantagens da morbidade da area doadora e da reabsorção do enxerto clue pode

determinar deiscências na ferida operatória .Na distração osteoaênica o gradual

movimento do seqmento para a nova posição torna-se favorável tanto para gênese

óssea quanto para os tecidos moles4,6,14,18,22.

A distração óssea na Cirurgia Craniomaxilofacial é um procedimento

relativamente recente e gue vem sendo modificado para melhorar sua utilizacão na

correção das deformidades do esqueleto facial. Inicialmente a técnica foi

preconizada para alonqamento mandibular e atualmente vem sendo utilizada para

distração do terço médio da face e também dos ossos cranianos 11,12,21 o

desenvolvimento de distratores internos e de menor tamanho, torna a distração um

processo exeqüível também nas deformidades do osso alveolar.

Em 1992, McCarthy et al relataram os resultados da aplicação clinica da

distração osteoqênica em pacientes com anomalias congênitas craniofaciais tais

como a microssomia hemifacial e Síndrome de Nagers. Seguindo os relatos de

McCarthy et al 12 , os quais demonstraram com sucesso o alongamento de uma

mandíbula humana por distração gradual, a distração osteogênica foi rapidamente

ganhando credibilidade. Muitos autores têm relatado bons resultados com

osteotomias corretivas seguidas de distração gradual para alonaamento e

alargamento mandibular, além de expansão do rebordo alveolar. Em geral dois tipos

de aparatos distratares têm sido utilizados: intra e extra-oral. 0 aparato extra-oral é

fixo a mandíbula através de pinos percutáneos conectados externamente aos

fixadores . O fixadores , em geral, são articulados a uma barra distratora linear que

são ativadas empurrando os fixadores e separando os seqmentos ósseos. 0 aparato

intra-oral pode estar fixo ao osso ou aos dentes simultaneamente 15 .

O resultado do processo osteogênico no rebordo alveolar determina um

aumento no volume ósseo e de tecido mole permitindo a reabilitação com implantes.

colocação de pônticos corn melhor estética , ou ainda urna movimentação dentária

ortodõnticamente. Além disso a técnica de distração vertical também rode ser

utilizada para movimentação de pequenos segmentos ósseos . como par exemplo

em dentes anquilosados onde é realizado o transporte do bloco osseo e do elemento

ripntArin5

Alguns autores 1 ' 3 ' 4 ' 14 sugerem a distração para fechamento de mordida aberta

localizada e também como técnica de alongamento para tecidos fibrosados evitando

recidivas após osteotomias além de preparar o leito receptor para posterior

enxertias.

33 RASFS R101 eV:NC:AS DA nISTRAC:iin OSTFOC;NIC:A

O processo de distração osteogênica alveolar envolve mobilização, transporte

e fixação de um segmento ósseo adjacente ao local deficiente 6 . O local original do

segmento transportado é preenchido por uma natural atividade osteoblástica

resultante da presença de uma matriz e das paredes ósseas adiacentes

progredindo para o centro da distração15.Quando o aparato distrator é colocado

adequadamente , a elevação do semento osseo determina um deslocamento

corona l da crista alveolar. O transporte lento desloca também o tecido mole

produzindo expansão . A regeneração ocorre na porção da osteotomia aue é

perpendicular ao deslocamento axial, enquanto a porção da osteotomia que é

paralela ao transporte mantém o alinhamento do segmento.

De acordo com Samchukov et al 15 , as bases biológicas do processo de

distracão inicia-se com o desenvolvimento de um calo osseo. Este calo é mantido

sob tensão através de alongamento, ocorrendo a osteogênese.

A distração osteogênica consiste em três períodos seqüenciais:

latência, distração e consolidação. 9' 15

A seqüência histológica do período de latência, até ser interrompido pelas

forcas de distração , é semelhante aos quatro estágios de cicatrização de uma

fratura: inflamação, calo imaturo, calo maduro e remodelamento. Após a separação

cirúrgica do osso em dois segmentos, uma cascata de eventos começam acontecer.

0 hematoma é convertido em coágulo e ocorre necrose óssea das bordas da

osteotomia, aparecendo o processo de angiogênese com restauração do suprimento

vascular e proliferação celular, A formação do calo ósseo imaturo caracteriza-se por

um aumento da vascularidade e celularidade, onde a cartilagem substitue o tecido

de granulação através de diferenciação das células mesenguimais. Esta substituição

é mais intensa na periferia do gap ósseo do gue na região central,

Durante a distração osteogênica, o processo normal de cicatrização da fratura

é interrompido pela tração gradual do calo ósseo imaturo. A aplicação de forças

estimula o crescimento ósseo em direção paralela ao vetor de tração. Todos os

elementos estruturais do tecido conectivo interfragmentário são ativados ,

prolongando a angiodenese e conseguentemente aumentando a oxigenacão

tecidual e proliferação fibroblastica, Além disso , as forças tensoras determinam uma

alteração fenotipa dos fibroblastos que apresentam uma aparência hipertrofica em

seus filamentos intermediários . Este efeito no formato dos fibroblastos interfere na

polarização e faz com que a secreção de colágeno seja paralela ao vetor da

distração. Entre o terceiro e sétimo dias de distração , os capilares crescem dentro

do tecido fibroso e estendem a vascularização não somente para a região central do

gap mas também Para os canais medulares do osso adjacente ao bloco ósseo. Os

novos capilares são paralelos à distração e fregüentemente apresentam um traieto

espiral e numerosas dobras circulares, sugerindo que o padrão de crescimento

vascular na distração é dez vezes maior do que no processo de cicatrização de uma

fratura.

Durante a segunda semana de distração, osso primário começa a formar-se e

a osteogênese é iniciada nas paredes ósseas existentes e progride para o centro da

distração. No final da segunda semana, o tecido osteáide comeca a mineralização.

Neste período, a regeneração da distração tem uma zona estrutural especifica

caracterizada corno uma região pouco mineralizada e corn uma faixa fibrosa

intermediária localizada no meio do espaço da distração, onde a influência das

forças tensionais é máxima. Esta zona intermediária funciona corno o centro de

proliferação fibroblástica e formação de tecido fibroso, permanecendo ate o fim do

período de distração auando duas zonas adicionais de osso primário tornam-se

evidentes na iuncão da osteogènese e do segmento ósseo. A ossificação na

distração. independente da localização óssea. é predominantemente

intramPrnhrannsa 1516.

A distração osteogenica é o único processo biológico de formacão óssea sob a

influencia de forcas de tração. Os cuidados de manipulação do osso e dos tecidos

moles, associados a estabilidade de fixacão do bloco Osseo e adequado protocolo

de distração; são fatores fundamentais para o sucesso desta técnica 15.

I S

3.4 RELATO CASO CLÍNICO ILUSTRATIVO DA APLICAÇÃO DA

DISTRAÇÃO OSTEOGENICA PARA AUMENTO DO PROCESSO

ALVEOLAR ATRÕFICO NA MANDÍBULA

O caso clínico apresentado é de um paciente do sexo masculino, cor branca,

vítima de um odontoma com perdas dentais múltiplas e perdas acentuadas de

estrutura do processo alveolar da mandíbula na região do 42 43, 44, que

necessitava de reconstrução óssea para viabilizar a reabilitação corn implantes

osseointegrados. O diagnóstico da deficiência alveolar foi determinado por exame

clinico e exames radiográficos convencionais (periapical e panorâmica).

FIG.1(caso inicial do paciente com rebordo alveolar atrófico)

19

FIG.2 (Radiografia pré-operatória)

O distrator alveolar usado foi da Signos Vincis de 12mm de comprimento

devido a necessidade de elevação do segmento ósseo. Sistema Lead Liebinger. A

altura da osteotomia horizontal determina o comprimento da haste. A porção apical

da haste é soldada à placa de estabilização, A placa de estabilização serve para

manter o alinhamento da haste e determina a direção de transporte do segmento

ósseo, além disso também resiste aos movimentos apicais da haste durante a

ativação.

FIG.3( distrator usado na distração osteogênica)

A seqüência do procedimento cirúrgico para fixação do distrator foi a

seguinte:

• Assepsia e antissepsia intra e extra-oral com clorexidina 2%;

• Anestesia de bloqueio do nervo alveolar inferior direito e anestesia isquemica

no local.

FIG.4 ( anestesia)

• Incisão em planos na mucosa vestibular inferior.

FIG.5 (incisão)

21

FIG .6 (Descolamento subperiostal vestibular)

FIG.7(ExposicAo cirúrgica da área a ser reconstruída)

) 1

FIG.8 (Osteotomias horizontal e verticais)

• Realização das osteotomias que foram divididas em dois componentes verticais

(levemente divergentes) e um componente horizontal (paralelo à crista

alveolar). A altura da osteotomia vertical foi determinada pelo tamanho do

segmento ósseo a ser mobilizado e pela quantidade de osso remanescente

para estabilizar o distratar respeitando as estruturas anatômicas da região

(forame menroniano). As osteotomias das paredes vestibulares foram

realizadas com serra oscilante e foram completadas na lingual com cinzéis.

• Com auxilio de um cinzel, o segmento osteotomizado foi mobilizado com

movimentos de rotação e alavanca a fi m de checar as osteatomias;

FIG.8 (distrator instalado)

O distrator foi colocado na posição e as placas foram moldadas à superficie

vestibular e fixadas com parafusos. Devido ao espaço disponível, foi colocado 10

24

parafusos de 1 Omm de cada lado das placas .0 funcionamento do distrator e o vetor

de distração foram verificados para evitar possíveis interferências oclusais.

Figura 9 ( posição da haste)- ganho de volume ósseo por vestibular.

"ps i, '411SlioQoco WGR1()I,

coo.° AMMO!

Figura10

25

0 retalho foi suturado em dois planos com sutura vikril. Controle Os-

operatório imediato foi realiado.

FIG.11

Radiografia final.

vrrApAqflA flJ TR ACÂC OgTtOC,FIN.T.TrA

O processa de distração osteogênica foi dividido em três etapas e baseado

no protocolo sugerido por Martin Chin 6 : period() de latência, período de ativação,

período de estabilização.

A etapa de latência correspondeu ao periodo de oito dias após a osteotomia

onde o bloco ósseo permaneceu estabilizado Após este periodo iniciou a ativação

do aparato distrator em 0,5mm ao dia e foi mantida por oito dias quando o

transporte do bloco osseo atingiu a posição desejada. Sequindo a orientação da

literatura 9 foi feito uma sobre correção de 1 à 2mm devido ao potencial de uma

perda óssea ou relapso.

Após o termino do processo de transporte do segmento ósseo, o distrator

permaneceu no local e sera aquardado um período de seis a dez semanas para

ocorrer a consolidação do bloco ósseo na nova posição.. Durante este tempo, a

consolidação óssea ocorre nas paredes verticais da osteotomia. O distrator poderá

ser removido e a maturação óssea poderá levar meses no espaço de regeneração.

Portanto não é necessário aauardar a regeneração óssea estar completamente

ossi fi cada para colocação dos implantes osseointegrados. Os implantes serão

colocados através de técnica Dadra() para implantes rosoueaveis cerca de oitenta

dias após o inicio da distração. Em urn período de aproximadamente seis meses o

paciente terá sua reabilitação protética iniciada.

Latência 1 sem ana

Distração 0,5 mm/dia uma semana

seis semanas

TEMPO TOTAL MÉDIO DO TRATAMENTO

dez semanas

Figura 11 (Linha do tempo da distração óssea vertical)

28

19

4.DISCUSSA0

O resultado do processo de distração encontrado para o caso selecionado foi

comparável com as referências da literatura consultada. Conseguimos um volume

ósseo e de tecidos moles suficiente para a reabilitação com implantes

osseointegrados. possibilitando uma ótima posição final para os implantes e boa

função biomecãnica.

A fim de satisfazer os objetivos ideais da lmplantodontia, os tecidos moles e

ósseos precisam apresentar volume e qualidade ideais As exigências biomecânicas

para a longa sobrevida da prótese implantossuportada tornou a reconstrução do

rebordo, antes da inserção do implante, um procedimento imprescindível para

otimização dos resultados, A presença de um suporte ósseo inadequado .e a

morfologia do defeito ósseo são considerações importantes no planejamento pre-

implantes É necessário uma ho a avaliação diacróstica hara indicação do método

preciso e correto para obtenção dos resultados planejados.

Uma indiscutível vantagem do método é a rápida resolução de tratamento

uma vez que não é necessário aguardar a completa maturação do osso neoformado

e este fato não interfere na estabilidade inicial do implante 16.0 implante é inserido na

região de osso maduro do rebordo que foi transportado em direção coronal e o

processo osteogênico pode continuar sem interferências.

Apesar de o método de distração ser muito favorável, existem algumas

limitações e complicações que podem contra-indicar o procedimento e favorecer a

utilização de outra técnica reconstrutora. Entre as limitações podemos citar:

• quantidade óssea insuficiente para possibilitar a fixação do aparato distrator;

• a colaboração do paciente é essencial para o sucesso da técnica:

• vetor de distração ocorre somente na direção do transporte do segmento ósseo:

As indicações deste método de distração parecem um pouco limitadas

guando observamos as características dos defeitos alveolares. A grande maioria

das deformidades estão delimitadas pelas estruturas anatômicas que devem ser

respeitadas. As atrofias mandibulares, em consequência do nervo alveolar inferior,

aumentam as dificuldades para indicar a melhor técnica reconstrutora sem causar

1f1

sequelas e conseguir bons resultados. Algumas vezes é necessário uma

combinação de técnicas para obter o resultado desejado. Obviamente , salientamos

todas as vantagens da distração osteogênica e sempre que possivel deve ser

utilizada mas é necessário um bom planeiamento para realização das osteotomias

e fixação do aparato distrator. As regiões edéntulas parciais, apresentam por vezes

pouco espaço de trabalho e podem determinar necrose de segmentos

osteotomizados ou dificuldades de osteotomia ou fixação do distratar em função das

estruturas dentárias vizinhas. Apesar do sistema de fixação do aparato distrator ser

monocortical, já prevendo possíveis estruturas anatômicas , determinadas regiões

inviabilizam seu uso e requisitam técnicas reconstrutoras convencionais. As

parestesias temporárias podem ocorrer, mas são reversiveis 14.16

A colaboração e entendimento do paciente é fundamental para o êxito deste

procedimento, porque exige um período de ativação e proservação até a fase final

de reabilitação bucal . O paciente precisa estar informado desta condição para

Participar de maneira favorável até a fin,aliao do tratamento.

As possíveis complicações do procedimento estão relacionadas à fraturas do

bloco ósseo ou da região de ancoragem, bem como fraturas das placas de

transporte ou de estabilização . As complicaçõ'es guase sempre resumem-se ao

funcionamento do distrator ,uma vez clue as necroses ósseas ou dentárias podem

ser evitadas com o planeiamento para indicação da melhor técnica reconstrutora

Para cada caso. Segundo a literatura, os indices de infeção são considerados baixos

, uma vez cue o Procedimento apresenta baixa morbidade e o material do distrator

apresenta ótima biocompatibilidade.

Apesar destas considerações, o procedimento de distração apresenta fatores

únicos e compensatórios. A distração osteogénica é capaz de obter resultados aue

di ficilmente se conseguiria com cirurgias reconstrutoras convencionais. A obtenção

de resultados semelhantes, sem distração, poderia ser as custas de inúmeros

procedimentos cirúrgicos .Portanto a utilização da distração no plano de tratamento

possibilita a correção em um único estágio sem aumento significativo de riscos

cirúrgicos e .

O objetivo principal da cirurqia reconstrutora é fazer, tanto quanta possivel,

que o defeito ósseo e de tecidos moles fiquem mais próximos da estrutura e função

maxilofacial norma1 16 . Sem dúvida, a distração osteogênica quando bem indicada,

constitui-se em uma das técnicas de maior previsibilidade e qualidade de resultados

para a reabilitação das deficiências do osso do rebordo alveolar.

c . rnNri Ichpq

O procedimento de reconstrução das deformidades alveolares exige o

preenchimento de requisitos básicos para obtenção de benefícios funcionais e

estéticos. A distração osteogênica oode ser considerada como uma excelente

alternativa como técnica reconstrutora quando respeita-se as suas indicações e

limitações. Entre as principais vantagens do processo de distração alveolar, segundo

nosso trabalho e a revisão da literatura , podemos citar:

• Expansão simultânea do osso e tecido mole;

• Não necessidade de enxertos autogenos ou materiais aloplasticos:

• Menor morbidade. eliminando areas doadoras de enxertia:

• Boa aceitação pelos pacientes:

• Ausência de cicatrizes devido ser um aparato intra-oral:

• Excelente biocompatibilidade do material:

• Permite a mobilização de osso vital com adequado suporte vascular:

• Baixo potencial de infeção:

• Sistema de fixação monocortical limitando o potencial de dano as estruturas

nervosas ou dentarias

• Presença de osso cortical maduro na crista alveolar, permitindo uma boa

estabilidade para colocação de implantes;

• Procedimento cirúrgico relativamente simples;

• Diminuição do tempo de tratamento quando comparado com outras técnicas de

reconstrução.

Biblioteca Univetsitária

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