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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA JÚLIO CÉSAR DE LIMA BARBOSA NÍVEL DE CONHECIMENTO TÁTICO DECLARATIVO NO FUTEBOL VITÓRIA DE SANTO ANTÃO 2015

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Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ......Nível de conhecimento tático declarativo no futebol / Júlio César de Lima Barbosa . Vitória de Santo Antão: O autor, 2015. 29

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA

JÚLIO CÉSAR DE LIMA BARBOSA

NÍVEL DE CONHECIMENTO TÁTICO DECLARATIVO NO FUTEBOL

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO ESPORTE

JÚLIO CÉSAR DE LIMA BARBOSA

NÍVEL DE CONHECIMENTO TÁTICO DECLARATIVO NO FUTEBOL

TCC apresentado ao Curso de Bacharelado

em Educação Física da Universidade

Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico

de Vitória, como requisito para obtenção do

título de Bacharel em Educação Física.

Orientador: Iberê Caldas Sousa Leão

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

2015

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Catalogação na fonte Sistema de Bibliotecas da UFPE – Biblioteca Setorial do CAV

Bibliotecária Jaciane Freire Santana

B238n Barbosa, Júlio César de Lima

Nível de conhecimento tático declarativo no futebol / Júlio César de Lima Barbosa. Vitória de Santo Antão: O autor, 2015.

29 folhas.

Orientador: Iberê Caldas Sousa Leão. TCC (Graduação) – Universidade Federal de Pernambuco. CAV, Bacharelado

em Educação Física. 2015.

1. Futebol. 2. Psicologia esportiva. I. Leão, Iberê Caldas Souza. Título. 796.334 CDD (23.ed.) BIBCAV/UFPE-15/2015

CRB-4/2018

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JÚLIO CÉSAR DE LIMA BARBOSA

NÍVEL DE CONHECIMENTO TÁTICO DECLARATIVO NO FUTEBOL

TCC apresentado ao Curso de Bacharelado

em Educação Física da Universidade

Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico

de Vitória, como requisito para obtenção do

título de Bacharel em Educação Física.

Orientador: Iberê Caldas

Aprovado em:30/01/2015

BANCA EXAMINADORA

_____________________________

Prof° Ms. Iberê Caldas (Orientador)

Universidsade Federal de Pernambuco

_____________________________

Prof° Dr. Marcelus Almeida (Examinador Interno)

Universidsade Federal de Pernambuco

_____________________________

Prof° Ms. Francisco Xavier (Examinador Interno)

Universidade Federal de Pernambuco

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RESUMO

As modalidades esportivas coletivas (MEC) apresentam ambientes sempre

imprevisíveis, e entender os processos cognitivos é essencial para que as situações

problemas sejam solucionadas da melhor forma, permitindo assim um melhor

desempenho do atleta no jogo. O objetivo deste estudo foi de identificar e comparar

o nível de conhecimento tático declarativo (CTD) de jogadores de futebol da

categoria infantil masculino, pertencentes a dois clubes de futebol do estado de

Pernambuco. O estudo é do tipo descritivo e transversal com amostras por

conveniência. Foram analizados 51 atletas da categoria infantil masculino,

pertencentes a dois clubes de futebol da cidade do Recife – PE (Grupo A n = 26;

grupo B n = 25 indivíduos). Utilizou-se os protocolos de Mangas (1999) com

adaptações feitas por Giacomini (2007).Para a análise descritiva dos dados foram

utilizadas medidas de tendência central (mediana) e de variabilidade (erro padrão).

Para as análises inferenciais, utilizaram-se inicialmente os testes de Bartllet

(homogeneidade de variâncias) e de Shapiro Wilkes (distribuição normal).

Posteriormente, foi empregado o teste de MannyWitney com um nível de

significância de p≤ 0,05. Os dados foram gerados no pacote estatístico SPSS for

Windows 2007, versão 17.0. Os resultados obtidos foram: grupo “A” Med= 13,8; EP=

0,48; Nº AC Geral= 544. Grupo “B” Med= 13,2; EP= 0,54; Nº AC Geral= 466.

Concluímos que o tempo de prática (experiência) influencia nos resultados dos

níveis de CTD dos atletas e que os protocolos utilizados foram eficientes para o

fenômeno verificado.

Palavras-chaves: Esporte. Futebol. Cognição.

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ABSTRACT

The collective sports (MEC) have always unpredictable environments, and to

understand the cognitive processes is essential for problem situations are resolved in

the best way, thus allowing a better athlete performance in the game. The aim of this

study was to identify and compare the level of declarative tactical knowledge (CTD)

of footballers male child category, belonging to two football clubs in the state of

Pernambuco. The study is descriptive and was cross-sectional with samples of

convenience. 51 male athletes of the children's category, were analyzed belonging to

two football clubs of Recife - PE (Group A n = 26, group B n = 25 individuals). We

used protocols Mangas (1999) with adaptations made by Giacomini (2007).

Measures of central tendency (median) and variability (standard error) were used for

descriptive analysis. For inferential analyzes, we used initially tests Bartllet

(homogeneity of variances) and Shapiro Wilkes (normal distribution). Subsequently,

we employed the Manny Witney with a significance level of p ≤ 0.05. The data were

generated in the statistical package SPSS for Windows 2007, version 17.0. The

results were: Group "A" Med = 13.8; SE = 0.48; No AC = 544 General Group "B" Med

= 13.2; SE = 0.54; No. General AC = 466 We conclude that the practice time

(experience) influences the results of the CTD levels of athletes and the protocols

used were efficient for the phenomenon observed.

Keywords: Sport. Football. Cognition.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 07

2 REVISÃO DA LITERATURA................................................................................ 09

3 OBJETIVOS............................................................................................................12

3.1 Objetivo Geral......................................................................................................12

3.2 Objetivo Específico..............................................................................................12

4 ARTIGO .................................................................................................................13

5 CONCLUSÃO........................................................................................................ 23

REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 24

ANEXO 1.................................................................................................................. 26

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1. INTRODUÇÃO

O esporte é um fenômeno mundial que se caracteriza por atividades físicas

ou exercícios físicos que são praticados tendo ou não intuito competitivo e que

respeitam regras pré-estabelecidas (CALDAS, 2003). Esse fenômeno se apresenta

na forma individual ou coletiva, onde as modalidades esportivas coletivas (MEC)

constituem-se por ações de cooperação, situações de oposição e de invasão do

campo adversário (CEREZO, 2000), ambientes variáveis e aspectos tático-

estratégicos (GARGANTA, 1997).

Na execução das MEC duas equipes atuam de forma particular, buscando um

objetivo (vencer), vivenciando momentos de ataque e defesa (GARGANTA, 1998).A

exemplo de uma modalidade esportiva coletiva, o futebol é um esporte que

apresenta essas características, onde em suas estratégias há um objetivo a se

obter, a vitória (DUFOUR,1993). Dessa forma o futebol torna-se um esporte

estratégico, imprevisível e aleatório, onde passa exigir de seus praticantes uma

elevada capacidade perceptiva durante a prática do mesmo (GARGANTA, 2000).

Durante a prática do futebol, situações problemas são vivenciadas e é

requerido do atleta um comportamento adequado que solicitam do mesmo a

utilização de processos cognitivos que os levam a tomarem melhores decisões na

competição (BANKS; MILLWARD, 2007, MORALES et al., 2012), dando ênfase as

estruturas mentais que se relacionam com o conhecimento (GRECO, 2004).

Nas ciências do esporte, o conhecimento aplicado não se apresenta de forma

geral e sim específica dentro das MEC, este é definido como conhecimento tático,

que segundo Banks; Millward (2007) esse conhecimento se distingue em dois tipos,

o conhecimento tático declarativo (CTD) e o conhecimento tático processual (CTP).

No qual o CTD estaria relacionado à capacidade do indivíduo de saber “o que fazer”

declarando de forma verbal ou escrita qual decisão a ser tomada e o porquê da

mesma, já o CTP consiste no como fazer, ou seja, na operacionalização da ação

(MCPHERSON; KERNODLE, 2007).

Esses dois tipos de conhecimentos interagem influenciando como o atleta irá

executar ações específicas no jogo, isso, através da compreensão de um cenário

específico e mutável constantemente (situação problema) (PAULA, 2000; GRECO

2007). Dessa forma como referencia a literatura especializada, o nível do CTD varia

a partir da experiência dos atletas e dos anos de prática na modalidade

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(GIACOMINI, 2011). Levando em consideração a importância do CTD na prática do

futebol, o objetivo do nosso estudo foi identificar e comparar níveis de CTD de

atletas de futebol categoria infantil, do sexo masculino de dois clubes de futebol da

Região Metropolitana do Recife – PE.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

Originado do inglês sport, o termo esporte significa passatempo ou jogo. Este

termo surgiu da abreviação da palavra francesa desport que quer dizer divertimento,

que por sua vez tem raiz no latim, conhecido com deportare que também tem o

contexto de se divertir (SCHÜLERDUDEN, 1987). Ainda para Schülerduden (1987),

esporte é todo movimento humano, jogo ou competições expressas pela prática de

atividade física.

O primeiro registro de esporte moderno ocorreu na Inglaterra, no ano de 1828 no

Colégio Rugby, e só eram praticados por aristocratas e burgueses ingleses, como função

pedagógica da prática esportiva (TUBINO, 1999). O fenômeno começou a difundir-se para

além dos colégios, e passou a ser praticado por todo o povo inglês e por outros países.

Frente a esta popularização mundial do esporte moderno começaram a surgir locais para a

prática esportiva, como clubes, por exemplo, (BHÖME, 2003).

O barão francês Pierre de Coubertin acreditava que este fenômeno poderia

estimular as relações humanas, como meio da preservação da paz mundial, e iniciou

em 1892 um processo de restauração dos Jogos Olímpicos, porém só em 1896

conseguiu realizar os Primeiros Jogos Olímpicos da era moderna. O

desenvolvimento do esporte levou ao surgimento de novas modalidades e a um

aumento no número de sujeitos que praticavam o mesmo, e o surgimento de

federações internacionais. Dessa forma o esporte passa por uma transição, deixa

somente de ser visto como meio pedagógico (esporte escolar) e passa a ser esporte

de rendimento (BHÖME, 2003).

Para Tubino (1999), com a publicação da Carta Internacional de Educação

Física e Esporte, escrita pela UNESCO em 1978, o esporte passa a ser tratado com

outra visão. Neste documento foi estabelecido que a atividade física é um direito de

todos, assim como a educação e a saúde. Nos dias atuais o esporte possui três

manifestações diferentes, que são elas: o esporte escolar, o esporte participativo e o

esporte de rendimento, onde neste último, esta incluso o esporte de alto nível

(BHÖME, 2003).

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Para Caldas (2006), o esporte é toda atividade física que o indivíduo possa

praticar desde que siga os objetivos de vida do indivíduo e os da própria atividade.

Além disso, não necessitam de fins competitivos. Já para Barbanti (2012), o esporte

é caracterizado por alguma forma de competição que ocorre sob condições formais

e organizadas. Ou seja, este fenômeno envolve uma atividade física competitiva que

é institucionalizada.

Dentre as modalidades esportivas, existem as modalidades esportivas

coletivas, que para Bayer (1994) estão agrupadas em uma única categoria, graças

ao fato de possuírem seis invariantes: uma bola, um terreno de jogo, parceiros com

quais se joga, adversários, um alvo a atacar e regras específicas. As modalidades

esportivas coletivas são entendidas como oposição entre duas equipes dispostas em

um terreno de jogo, ambas possuem um objetivo em comum, vencer, e alternam-se

em situações de ataque e defesa (GARGANTA, 1998).

As modalidades esportivas coletivas também se caracterizam pela

aleatoriedade, imprevisibilidade e variabilidade frente as situações e cooperação e

oposição (GARGANTA, 2001). Nessas, os processos cognitivos estão voltados para

a seleção de respostas, por meio de uma interação do indivíduo com o ambiente,

onde há uma interpretação das situações que estão ocorrendo no terreno de jogo

(GARGANTA, 2006; GRECO, 2006).

Uma das modalidades que possuem todas essas características é o futebol,

que na China Antiga por volta de 3000 anos a.C., os militares chineses praticavam

um jogo, que na verdade era um treino militar, que após as guerras formavam

equipes para chutar a cabeça dos inimigos. Já no Japão Antigo existia um jogo

muito parecido com o futebol atual, que se chamava Kemari e era praticado por

integrantes da corte do Imperador, o terreno de jogo tinha dimensões de

aproximadamente 200 metros e as equipes eram compostas por 8 jogadores. Na

Inglaterra por volta do século XVII o jogo ganhou regras diferentes, foi organizado e

sistematizado. O terreno de jogo media 120 x 180 metros, a bola era de couro e

enchida com ar. Nesta época o futebol só era praticado por estudantes e filhos da

nobreza inglesa.

Toda prática esportiva necessita dos seus participantes a interpretação das

diversas situações inerentes ao jogo, esse entendimento leva o indivíduo a conhecer

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as particularidades da modalidade. Nos esportes coletivos existem dois tipos de

conhecimento, o conhecimento tático processual e o conhecimento tático declarativo

(GRECO, 2006). Caldas et al. (2012), relatam que o conhecimento tático declarativo,

que é o que iremos tratar neste estudo, nada mais é do que a capacidade que

possuo o indivíduo de declarar de forma verbal ou escrita o que ele percebe e toma

decisões durante o jogo.

Garganta (2006) ressalta que o conhecimento tático é o conhecimento em

ação, ou seja, a capacidade do jogador de tomar decisões durante o jogo. As

tomadas de decisões não são simplesmente gestos motores, possuem um contato

direto com os processos cognitivos e com os de processamento da informação, para

que assim a melhor decisão seja tomada frente às situações problemas (GRECO,

2006).

O desempenho esportivo e o conhecimento tático declarativo estão

intimamente relacionados, pois para Mangas (2002) a análise do jogo por parte do

atleta depende da sua percepção e imaginação. Dessa forma, o indivíduo deve

tomar a melhor decisão a resolução da situação problema inerente a situação do

jogo (GRECO; MATIAS, 2010).

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3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Analisar o nível de conhecimento tático declarativo de jogadores de futebol.

3.2 Objetivos Específicos

Identificar o nível de CTD de jogadores de futebol da categoria infantil

masculino

Comparar o nível de CTD de jogadores de futebol da categoria infantil

masculino.

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4. ARTIGO

O presente trabalho está apresentado no formato de artigo requerido pela

Revista da Educação Física – UEM, cujas normas para submissão de artigo se

encontram em anexo.

NÍVEL DE CONHECIMENTO TÁTICO DECLARATIVO NO FUTEBOL

AUTORES

Lima, J. C.¹; Miranda, N. G.²; Caldas, I. S. L.³; Viana, M4; Sougey, E. B.5

¹[email protected]

²[email protected]

³[email protected]

[email protected]

[email protected]

¹ ² ³5 Universidade federal de Pernambuco

4Associação Caruaruense de Ensino Superior

ENDEREÇO COMPLETO DO PRIMEIRO AUTOR

Rua Paraná; Bloco 12; Apt 303; N° 228 – Jardim Brasil 1, Olinda – PE.

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RESUMO

As modalidades esportivas coletivas (MEC) apresentam ambientes sempre

imprevisíveis, e entender os processos cognitivos é essencial para que as situações

problemas sejam solucionadas da melhor forma, permitindo assim um melhor

desempenho do atleta no jogo. O objetivo deste estudo foi de identificar e comparar

o nível de conhecimento tático declarativo (CTD) de jogadores de futebol da

categoria infantil masculino, pertencentes a dois clubes de futebol do estado de

Pernambuco. O estudo é do tipo descritivo e transversal com amostras por

conveniência. Foram analizados51 atletas da categoria infantil masculino,

pertencentes a dois clubes de futebol da cidade do Recife – PE (Grupo A n = 26;

grupo B n = 25 indivíduos). Utilizou-se os protocolos de Mangas (1999) com

adaptações feitas por Giacomini (2007).Para a análise descritiva dos dados foram

utilizadas medidas de tendência central (mediana) e de variabilidade (erro padrão).

Para as análises inferenciais, utilizaram-se inicialmente os testes de Bartllet

(homogeneidade de variâncias) e de Shapiro Wilkes (distribuição normal).

Posteriormente, foi empregado o teste de MannyWitney com um nível de

significância de p≤ 0,05. Os dados foram gerados no pacote estatístico SPSS for

Windows 2007, versão 17.0.Os resultados obtidos foram: grupo “A” Med= 13,8; EP=

0,48; Nº AC Geral= 544. Grupo “B” Med= 13,2; EP= 0,54; Nº AC Geral= 466.

Concluímos que o tempo de prática (experiência) influencia nos resultados dos

níveis de CTD dos atletas e que os protocolos utilizados foram eficientes para o

fenômeno verificado.

Palavras-chaves: Esporte, futebol, cognição, conhecimento.

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ABSTRACT

The collective sports (MEC) have always unpredictable environments, and to

understand the cognitive processes is essential for problem situations are resolved in

the best way, thus allowing a better athlete performance in the game. The aim of this

study was to identify and compare the level of declarative tactical knowledge (CTD)

of footballers male child category, belonging to two football clubs in the state of

Pernambuco. The study is descriptive and was cross-sectional with samples of

convenience. 51 male athletes of the children's category, were analyzed belonging to

two football clubs of Recife - PE (Group A n = 26, group B n = 25 individuals). We

used protocols Mangas (1999) with adaptations made by Giacomini (2007).

Measures of central tendency (median) and variability (standard error) were used for

descriptive analysis. For inferential analyzes, we used initially tests Bartllet

(homogeneity of variances) and Shapiro Wilkes (normal distribution). Subsequently,

we employed the Manny Witney with a significance level of p ≤ 0.05. The data were

generated in the statistical package SPSS for Windows 2007, version 17.0. The

results were: Group "A" Med = 13.8; SE = 0.48; No AC = 544 General Group "B" Med

= 13.2; SE = 0.54; No. General AC = 466 We conclude that the practice time

(experience) influences the results of the CTD levels of athletes and the protocols

used were efficient for the phenomenon observed.

Keywords: Sport, football, cognition, knowledge.

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INTRODUÇÃO

O esporte é um fenômeno mundial que se caracteriza por atividades físicas

ou exercícios físicos que são praticados tendo ou não intuito competitivo e que

respeitam regras pré-estabelecidas (CALDAS, 2003). Esse fenômeno se apresenta

na forma individual ou coletiva, onde as modalidades esportivas coletivas (MEC)

constituem-se por ações de cooperação, situações de oposição e de invasão do

campo adversário (CEREZO, 2000), ambientes variáveis e aspectos tático-

estratégicos (GARGANTA, 1997).

Na execução das MEC duas equipes atuam de forma particular, buscando um

objetivo (vencer), vivenciando momentos de ataque e defesa (GARGANTA, 1998). A

exemplo de uma modalidade esportiva coletiva, o futebol é um esporte que

apresenta essas características, onde em suas estratégias há um objetivo a se

obter, a vitória (DUFOUR,1993). Dessa forma o futebol torna-se um esporte

estratégico, imprevisível e aleatório, onde passa exigir de seus praticantes uma

elevada capacidade perceptiva durante a prática do mesmo (GARGANTA, 2000).

Durante a prática do futebol, situações problemas são vivenciadas e é

requerido do atleta um comportamento adequado que solicitam do mesmo a

utilização de processos cognitivos que os levam a tomarem melhores decisões na

competição (BANKS; MILLWARD, 2007, MORALES et al., 2012), dando ênfase as

estruturas mentais que se relacionam com o conhecimento (GRECO, 2004).

Nas ciências do esporte, o conhecimento aplicado não se apresenta de forma

geral e sim específica dentro das MEC, este é definido como conhecimento tático,

que segundo Banks; Millward (2007) esse conhecimento se distingue em dois tipos,

o conhecimento tático declarativo (CTD) e o conhecimento tático processual (CTP).

No qual o CTD estaria relacionado à capacidade do indivíduo de saber “o que fazer”

declarando de forma verbal ou escrita qual decisão a ser tomada e o porquê da

mesma, já o CTP consiste no como fazer, ou seja, na operacionalização da ação

(MCPHERSON; KERNODLE, 2007).

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Esses dois tipos de conhecimentos interagem influenciando como o atleta irá

executar ações específicas no jogo, isso, através da compreensão de um cenário

específico e mutável constantemente (situação problema) (PAULA, 2000; GRECO

2007). Dessa forma como referencia a literatura especializada, o nível do CTD varia

a partir da experiência dos atletas e dos anos de prática na modalidade

(GIACOMINI, 2011). Levando em consideração a importância do CTD na prática do

futebol, o objetivo do nosso estudo foi identificar e comparar níveis de CTD de

atletas de futebol categoria infantil, do sexo masculino de dois clubes de futebol da

Região Metropolitana do Recife – PE.

MÉTODO

Por meio de um estudo do tipo explicativo e transversal com amostras por

conveniência, foram analisadas respostas sobre o nível de conhecimento tático

declarativo (CTD) de atletas da categoria infantil masculino, pertencentes a dois

clubes de futebol do Estado de Pernambuco, localizados na Região Metropolitana do

Recife. A amostra foi composta por 51 indivíduos, sendo estes 26 atletas da equipe

A e 25 da equipe B. A coleta dos dados o ocorreu no período de maio de 2014. O

estudo respeitou as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional em Saúde (1996)

envolvendo pesquisa com seres humanos, sendo aprovado pelo comitê de ética da

Universidade Federal de Pernambuco (protocolo N° 94.896 de 14/08/2012).

Caracterizou-se como critério de inclusão os atletas que estivessem na faixa

etária da categoria e atuantes das equipes investigadas. O objetivo do estudo foi

muito bem informado aos profissionais responsáveis pelas equipes, garantindo-lhes

total sigilo sobre as informações recolhidas com o teste. Além disso, todos os

sujeitos participantes da coleta assinaram um termo de Consentimento Livre e

Esclarecido.

Para a coleta dos dados utilizamos os protocolos de Mangas (1999) com

adaptações feitas pelo Giacomini (2007). Este protocolo contêm 13 cenas de vídeo

de ações ofensivas de jogos de futebol, sendo as duas primeiras cenas de

adaptação (treino) para os atletas avaliados. O número de respostas (certas e

erradas) permite avaliar o nível de CTD dos participantes.

As imagens do teste do nível de CTD no futebol foram expostas por um

projetor multimídia anexado ao computador, na qual as cenas apresentaram um

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tempo de duração de aproximadamente 7 à 10 segundos. Ao final de cada cena a

mesma era paralisada no momento em que o jogador que estava de posse de bola

no ataque, onde o indivíduo avaliado decidiria “o que fazer” (decisão). A partir disso

surgiram 4 fotos na projeção, numeradas de 1 a 4, com possíveis soluções para a

situação problema da ação tática. Os indivíduos testados tiveram o tempo que

julgassem necessário para decidir e anotar suas respostas numa ficha de avaliação

(folha resposta).

Para a análise descritiva dos dados foi utilizado às medidas de tendência

central (mediana) e de variabilidade (erro padrão). Para as análises inferenciais,

utilizaram-se inicialmente os testes de Bartllet (homogeneidade de variâncias) e de

Shapiro Wilkes (distribuição normal). Posteriormente, foi empregado o teste de

Manny Witney com um nível de significância de p≤ 0,05. Os dados foram gerados no

pacote estatístico SPSS for Windows 2007, versão 17.0.

RESULTADOS

Abaixo são descritos os valores obtidos pelos grupos investigados, bem como

o grau de significância obtido no teste estatístico. Logo após teremos a discussão

desses resultados.

Tabela 1. Comparação do número de acertos de atletas infantis de duas equipes da cidade

do Recife submetidos ao teste do nível de CTD no futebol.

GRUPO

(Equipes)

Med

EP

Nº AC

geral

*p≤0,05

(1 x 2)

1

13,8

0,48

544

p≥0,59

2

13,2

0,54 466

Med=Mediana; EP= Erro Padrão; Nº AC Geral= Número de acerto geral; Max= Valor

máximo atingido e Min= Valor mínimo atingido, *Significância estatística p≤0,05.

Para a variável que foi proposta, os resultados não apresentaram diferença

significativa.

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DISCUSSÃO

Em se tratando do protocolo utilizado para a verificação do fenômeno que foi

analisado, o escolhemos devido a sua fidedignidade comprovada pelos resultados já

apresentados em outros estudos (IROKAWA,2011; GIACOMINI, 2007; COSTA,

2002); onde através das adaptações feitas por Giacomini (2007) o mesmo se tornou

uma ferramenta importante para a análise proposta.

Em uma primeira análise dos dados e pelo fato dos atletas estarem na

mesma faixa etária e pertencerem à mesma categoria, observou-se que os

resultados não apresentaram diferenças significativas. Um fator determinante para

que os resultados dos níveis de CTD sofram influencia é o tempo de prática

(experiência) do indivíduo com a modalidade. Segundo Garganta (2006); Giacomini

et al. (2011), o tempo de prática além de ser um fator determinante para obtenção

de respostas sobre o nível de CTD dos atletas na modalidade, também é de suma

importância para que os mesmos tenham conhecimento sobre seus aspectos

cognitivos e aprimorem no treino questões como: percepção, tomada de decisão,

antecipação, linguagem, memória e aprendizagem.

Giacomini et al.(2011), propondo suas adaptações na utilização do protocolo

de Mangas (1999) aplicou esse teste em atletas das seguintes categorias no futebol;

sub 14 (X = 4,08), sub 15 (X = 5,05), sub 17 (X = 6,34)o que corrobora como o nosso

estudo no que diz respeito a utilização do mesmo teste, mas os resultados

encontrados por esses autores não corroboram com os nossos, onde encontramos

resultados medianos superiores para o nível de CTD em atletas da faixa etária sub

15 encontrados por esses autores.

Em outro estudo feito por Giacomini (2007), com uma amostra constituída por

atletas da categoria juvenil, esse autor encontrou resultados para os níveis de CTD

inferiores (X = 7,28), do que encontrados nessa investigação; dessa forma este

estudo não corrobora com nosso, pois, embora o tempo de prática (experiência) de

atletas juvenis seja maior que o tempo de prática de atletas infantis,quando

comparado com essa investigação o nível de CTD dos atletas juvenis foi inferior ao

do nosso estudo.

Costa et al. (2002) utilizou o protocolo de Mangas (1999) aplicando esse teste

junto a 44 jogadores de futebol categoria juvenil, onde os grupos foram divididos em

grupo de nível superior (participavam de campeonato nacional) e o grupo

_ _ _

_

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inferior(participam de campeonato distrital). Os resultados mostraram que o grupo

superior apresentou melhores resultados no que diz respeito ao conhecimento

específico do futebol, acerca do número de respostas corretas (Grupo sup.

X=6,59 1,7; Grupo inf. X=5,59 1,73) e número de respostas erradas (Grupo sup.

X=0,50 0,67; Grupo inf. X=0,72 0,70), sendo esse o grupo que possuía maior nível

competitivo, corroborando como o nosso estudo no que diz respeito à categoria dos

atletas.

Williams et al. (1993), utilizando o TEST-FILM (estímulos estruturados e não

estruturados em relação ao CTD dos atletas), mostraram que existiu diferença

significativa (p≥0,0001)entre as respostas de jogadores experientes (idade X = 21,6

1,4; e número de jogos X = 670 156,4); para jogadores inexperientes (idade X =

20,8 2,4; e número de jogos X = 85 62,7). Esses resultados demonstram que

atletas com idades diferentes, mas que atuam na mesma categoria, podem

apresentar respostas distintas para testes específicos, permitindo que os mesmos

tomem decisões eficientes sobre o CTD no jogo, corroborando novamente com o

nosso estudo no que concerne a categoria do atleta e o nível de CTD para o jogo de

futebol.

Como a percepção e tomada de decisão das equipes investigadas são

aspectos particulares e subjetivos de cada indivíduo, no futuro, teremos que

investigar outras variáveis que possam ter associação com o nível de CTD dos

atletas, tais como: número de treinos na semana, quantidade de horas treinadas,

métodos de ensino aplicados por seus treinadores, entre outros. Diante disso,

Mangas (1999), afirma que o número de treinos semanais também é maior quanto

mais elevada for à categoria, isto implica em um aumento do contato do atleta com a

modalidade, acarretando em um maior desenvolvimento do conhecimento tático do

indivíduo.

CONCLUSÃO

Após a identificação dos níveis de CTD de atletas de futebol em uma mesma

categoria, observamos que os grupos comparados não apresentaram diferenças

estatísticas significativas. Observou-se também que o tempo de prática e a categoria

de jogo, são variáveis determinantes que influenciam diretamente nos resultados

dos níveis de CTD dos atletas.

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REFERÊNCIAS

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http://www.efdeportes.com/efd19a/futbol.htm>. Acesso em: 14 maio 2014. COSTA, I. T. et al. Inteligência e conhecimento específico em jovens futebolistas de diferentes níveis competitivos. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, v. 2, n. 4, p. 7-20, 2002. DUFOUR, W. Computer-Assisted Scouting in soccer. In: CLARYS, J. ; REILLY. T.; STIBBE, A. (ed.) Science and Football II. London: E & FN Spon, p. 160-166. 1993. GARGANTA, J. Modelação táctica do jogo de futebol: estudo da organização da fase ofensiva em equipas de alto rendimento. 1997. 292 f. Dissertação (Doutorado) - Curso de Educação Física, Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física, Universidade do Porto, Porto, 1997. Disponível em: <http://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/10267>. Acesso em: 14 maio 2014. ______ . Analisar o jogo nos jogos desportivos coletivos: uma preocupação comum ao treinador e ao investigador. Horizonte, XIV, 83, p. 7-14. 1998. ______ . O treino da táctica e da estratégia nos jogos desportivos. In: _______ . Horizontes e órbitas no treino dos jogos desportivos. Porto: Universidade do Porto - Centro de Estudos dos Jogos Desportivos. 2000. p. 51-61. ______ . (Re)Fundar os conceitos de estratégia e táctica nos jogos desportivos colectivos, para promover uma eficácia superior. Revista Brasileira de Educação Física e Esportes, v. 20, p. 201-203. 2006. GIACOMINI, D. S. Conhecimento tático declarativo e processual no futebol: estudo comparativo entre jogadores de diferentes categorias e posições. 2007. 161 f. Dissertação (Mestrado em Ciências dos Esportes) Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais. 2007. ______ . et al. O conhecimento tático declarativo e processual em jogadores de futebol de diferentes escalões. Motricidade, v. 7 (1), p. 43-53. 2011. GRECO, P. J. Cognição: conhecimento, processos cognitivos e modelos de ensino-aprendizagem-treinamento para o desenvolvimento da criatividade (tática). Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, v. 4, n. 2, p. 56-59, 2004.

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______ . Tomada de decisão nos jogos esportivos coletivos: o conhecimento tático-técnico como eixo de um modelo pendular. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, v. 7, p. 16-16. 2007. IROKAWA. A, G. N. Z. Comparação do nível de conhecimento tático declarativo de duas equipes de futebol, relacionado ao tempo de prática do atleta e posição que atua em campo. Educacion Fisica y desportes, Buenos Aires, a. 15, n. 154, 2011. Disponível em: < http://www.efdeportes.com/efd154/conhecimento-tatico-de-duas-equipes-de-futebol.htm>. Acesso em 10 jun. 2014. MANGAS, CJ. Conhecimento declarativo no futebol: estudo comparativo em praticantes federados e não-federados, do escalão de sub-14, 1997-1999. 1999. Dissertação (Mestrado em Ciências do Desporto)- Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física, Universidade do Porto, Porto, 1999. MCPHERSON, S. L.; KERNODLE, M. Mapping two new points of expertise in rennis: Tactical skills for adult beginners, advanced and professional imput during the competition. Journal of Sports Science, 2007. PAULA, A. F. P. Processo de validação de teste para avaliar a capacidade de decisão tática e o CTP no voleibol: situações de ataque de rede. 2000. Dissertação. (mestrado). Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2000.

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5. CONCLUSÃO

Após a identificação dos níveis de CTD de atletas de futebol em uma mesma

categoria, observamos que os grupos comparados não apresentaram diferenças

estatísticas significativas. Observou-se também que o tempo de prática e a categoria

de jogo, são variáveis determinantes que influenciam diretamente nos resultados

dos níveis de CTD dos atletas.

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REFERÊNCIAS

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BHÖME, M. T. S. Relações entre aptidão física, esporte e treinamento esportivo. Revista Brasileira de Ciências e Movimento, 11(3): 97-104, 2003. CALDAS, I. B. S. L. et al., Processos cognitivos envolvidos na prática do handebol: Aspectos importantes para a formação de atletas de alto rendimento. Neurobiologia, 75, (1-2) jan./jun., 2012. COSTA, I. T. Princípios táticos do jogo de futebol: conceitos e aplicação. Revista Motriz, Rio Claro, v. 15, n. 3, p. 657-668, jul./set. 2009. COSTA, J. C. Inteligência geral e conhecimento específico no futebol: estudo comparativo entre inteligência geral e conhecimento específico de jovens futebolistas de diferentes níveis competitivos. 2001. Dissertação (Mestrado em Ciência do Desporto) - Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física – Universidade do Porto, Porto, 1999. COSTA, J. C., GARGANTA, J., FONSECA, A., BOTELHO, M. Inteligência e conhecimento de jovens futebolistas de diferentes níveis competitivos. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, vol. 2 (4), p. 7-20, 2002. GARGANTA, J. Modelação táctica do jogo de futebol: estudo da organização da fase ofensiva em equipas de alto rendimento. 1997. 292 f. Dissertação (Doutorado) - Curso de Educação Física, Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física, Universidade do Porto, Porto, 1997. Disponível em: <http://repositorio-aberto.up.pt/handle/10216/10267>. Acesso em: 14 maio 2014. ______ . Fundar os conceitos de estratégia e tática nos jogos desportivos coletivos, para promover uma eficácia superior. Revista brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 20, n.5, p. 201-203, 2006. GIACOMINI, D. S. Conhecimento tático declarativo e processual no futebol: estudo comparativo entre jogadores de diferentes categorias e posições. 2007. 161 f. Dissertação (Mestrado em Ciências dos Esportes) Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais. 2007. GRECO, J. P. Conhecimento tático-técnico: eixo pendular da ação tática (criativa) nos jogos esportivos coletivos. Revista brasileira de Educação Física e Esportes, São Paulo, v. 20, n. 5, p. 210-212, 2006. CONHECIMENTO. In: FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário Aurélio de Língua portuguesa. Curitiba: Positivo, 1987.

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MANGAS, C. J. Conhecimento declarativo no futebol: estudo comparativo em praticantes federados e não-federados, do escalão sub-14, 1997-1999. 1999. Dissertação (Mestrado em Ciência do Desporto) – Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física, Universidade do Porto, Porto, 1999. MATIAS, C. J., GRECO, P. J. Desenvolvimento e validação do teste de conhecimento tático declarativo para o levantador de voleibol. Revista eletrônica da Escola de Educação Física e Desportos – UFRJ, v. 5, n.1, jan./jun. 2009. MATIAS, C. J. A. S., GRECO, P. J. Cognição e ação nos jogos esportivos coletivos. Ciências & Cognição, 15, 252-271, 2010. MORALES, J. P., GRECO, P. J. A diferença de diferentes metodologias de ensino-aprendizagem-treinamento no basquetebol sobre o nível de conhecimento tático processual. Revista Brasileira de Educação Física, v. 21, p. 291-299, 2007. PERFEITO, P. J. C. Metodologia de treinamento no futebol e futsal: discussão da tomada de decisão na iniciação esportiva. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Educação Física, Universidade de Brasília, 2009. SCHÜLERDUDEN. Der Sport. Mannheim, Meyers Lexikonverlag, 1987.

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ANEXO 1

REVISTA DA EDUCAÇÃO FÍSICA – UEM

Diretrizes para Autores

A “Revista da Educação Física/UEM” é um periódico de publicação trimestral que objetiva divulgar a produção do conhecimento relacionado à área da Educação Física. Está aberta aos professores de educação física e aos profissionais de áreas afins que desejam veicular as suas produções nas seguintes seções: artigo original; artigo de revisão e artigo de opinião.

ARTIGOS ORIGINAIS: São trabalhos resultantes de pesquisa científica apresentando dados originais de descobertas com relação a aspectos experimentais ou observacionais de característica médica, bioquímica e social, e inclui análise descritiva e ou inferências de dados próprios. Sua estrutura é a convencional que traz os seguintes itens: Introdução, Métodos, Resultados, Discussão e Conclusão. .

Revisão sistemática e meta-análise - Por meio da síntese de resultados de estudos originais, quantitativos ou qualitativos, objetiva responder à pergunta específica e de relevância para a Educação Física. Descreve com pormenores o processo debusca dos estudos originais, os critérios utilizados para seleção daqueles que foram incluídos na revisão e os procedimentos empregados na síntese dos resultados obtidos pelos estudos revisados (que poderão ou não ser procedimentos de meta-análise). .

Revisão narrativa/crítica - A revisão narrativa ou revisão crítica apresenta caráter descritivo-discursivo, dedicando-se à apresentação compreensiva e à discussão de temas de interesse científico para a área da Educação Física. Deve apresentar formulação clara de um objeto científico de interesse, argumentação lógica, crítica teórico-metodológica dos trabalhos consultados e síntese conclusiva. Deve ser elaborada por pesquisadores com experiência no campo em questão ou por especialistas de reconhecido saber.

ARTIGO DE OPINIÃO: Serão encomendados pelo Conselho Editorial a indivíduos de notório saber na área de Educação Física e Ciências do Esporte, que emitirão sua opinião pessoal sobre assuntos de particular interesse.

• Todos os artigos submetidos serão avaliados por ao menos dois revisores com experiência e competência profissional na respectiva área do trabalho e que emitirão parecer fundamentado, os quais serão utilizados pelos Editores para decidir sobre a aceitação do mesmo. Os critérios de avaliação dos artigos incluem: originalidade, contribuição para corpo de conhecimento da área, adequação metodológica, clareza e atualidade. Os artigos aceitos para publicação poderão sofrer revisões editoriais para facilitar sua clareza e entendimento sem alterar seu conteúdo.

• O artigo submetido a publicação deverá observar a Lei de Direito Autoral, n.9.610, de 19 de fevereiro de 1998, bem como a revisão em Língua Portuguesa e Inglesa, e

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o estilo, são de responsabilidade exclusiva dos autores. • A Revista da Educação Física/UEM requer que todos os procedimentos apropriados para obtenção do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) dos sujeitos para participação no estudo tenham sido adotados. Não há necessidade de especificar os procedimentos, mas deve ser indicado no texto, na seção “Método”, que o consentimento dos sujeitos foi obtido e indicação de que o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, envolvendo Seres Humanos, bem como, citar o número do parecer ou protocolo de aprovação. Estudos que envolvem experimentos com animais devem conter uma declaração na seção “Método”, que os experimentos foram realizados em conformidade com a regulamentação sobre o assunto adotada no país.

• Os autores se obrigam a declarar a cessão de direitos autorais e que seu manuscrito é um trabalho original, e que não está sendo submetido, em parte ou no seu todo, à análise para publicação em outra revista. Esta declaração será exigida no momento da submissão do artigo no Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER). • A revista se reserva o direito autoral. Permite citações de seus conteúdos em outros veículos de informação técnico-científica, desde que seja citada a fonte. • Os trabalhos enviados serão, preliminarmente, examinados pelo Conselho Editorial. Havendo necessidade de reformulação, serão encaminhados ao autor para as modificações necessárias, com prazo de 15 dias para devolução. Em seguida, serão encaminhados para até três consultores ad hoc. Aqueles aceitos serão agrupados na seção em que melhor se enquadrarem, no número que estiver sendo preparado ou em outro seguinte.

• Ao autor principal, que tenha seu artigo publicado, será fornecido um exemplar impresso do respectivo número da revista. Normas para Apresentação dos Trabalhos Aspectos gerais Para facilitar o trabalho de análise dos consultores, os textos enviados para publicação deverão: a) ser digitado em editor de texto “word for windows” 6.0 ou posterior, fonte “Times New Roman”, tamanho 12, com espaçamento 1,5 cm entre linhas; b) conter no máximo 20 laudas, incluindo figuras, gráficos, tabelas e referências bibliográficas; c) o trabalho deverá ser formatado em A4 e as margens inferior, superior, direita e esquerda deverão ser de 2,5 cm; d) tabelas, figuras e gráficos deverão ser inseridos no texto, logo depois de citados; e) as figuras e as tabelas deverão ter preferencialmente 7,65 cm de largura e não deverão ultrapassar 16 cm; f) os trabalhos deverão ser submetidos por este Sistema On-Line.

Títulos e resumos A primeira folha, não numerada, deverá conter: a) título do trabalho em português e em inglês deve ser conciso e explicativo que represente o conteúdo do trabalho; b) deverão ser indicados os nomes completos dos autores (no máximo seis autores), logo abaixo do título em inglês, listados em ordem de proporcionalidade do envolvimento no estudo. Em nota de rodapé e utilizando * (asterisco) deverão constar os seguintes itens: tipo de vínculo, última titulação, departamento e instituição a que cada autor pertence, como por exemplo: Professor Doutor do Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Piauí; c) resumo em português e em inglês, com no máximo 150 palavras, seguido de até 3 palavras-chave em ambas as línguas. Usar obrigatoriamente os termos dos Descritores em Ciências da Saúde (http://decs.bvs.br); d) ao final do texto, após as

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referências, acrescentar endereço completo dos autores, inclusive eletrônico e indicar o autor para correspondência.

Texto Quanto ao texto, exige-se: a) nas citações textuais, recomenda-se a norma NBR-10520/2001. A entrada de autores nas referências deverá ser idêntica da citação no texto. O sobrenome do autor deverá ser escrito somente com a primeira letra maiúscula, seguido do ano da publicação da literatura utilizada, como no exemplo: Seidhl e Zannon (2004); b) caso o nome do autor e o ano estejam entre parênteses, deverão estar separados por vírgula e ponto e vírgula entre autores, em letras maiúsculas como no exemplo: (ROMANZINI et al., 2005; SANTINI; MOLINA NETO, 2005); c) os quadros, as tabelas e as figuras, incluídos no texto após citados, deverão ser numerados em algarismos arábicos (com suas respectivas legendas); d) os pontos gráficos e as linhas não deverão ser coloridos; deverão estar legíveis e simplificados para facilitar a redução; e) não utilizar notas de rodapé no texto.

Referências As referências, contendo somente os autores citados no trabalho, deverão ser apresentadas em ordem alfabética ao final do trabalho, de acordo com as normas da ABNT-NBR-6023-2000. Os títulos dos periódicos devem ser digitados por extenso. Exemplo: International Archives of Occupational and Environmental Health Index Medicus (List of Journals Indexed: http://www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lji.html) pode ser utilizado para consulta. Exemplos:

Livro

MOREIRA, W. W. Educação física escolar: uma abordagem fenomenológica. 2. ed. Campinas: Editora da Unicamp, 1992. SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Controle motor: teoria e aplicações práticas. 2. ed. São Paulo: Manole, 2003.

Capítulo de Livro

MOUTINHO, Carlos Alberto. La enseñanza del voleibol – la estructura funcional del voleibol. In: GRAÇA, Amândio; OLIVEIRA, José. La enseñanza de los juegos deportivos. Barcelona: Paidotribo, 1998. cap. 2, p. 40-63.

Dissertação/Tese

BARROS, A. M. A prática pedagógica dos professores de educação física e o tratamento da dimensão conceitual dos conteúdos. 2006. 71f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Motricidade)-Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2006.

DUARTE, M. Análise estabilográfica da postura ereta humana quasi-estática. 2000. Tese (Doutorado em Educação Física e Esporte)-Departamento de Biodinâmica do Movimento do Corpo Humano, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.

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Artigos de Periódico

ONLAND-MORET, N. C. et al. Age at menarche in relation to adult height. American Journal of Epidemiology, Beltimore, v. 162, no. 7, p. 623-632, 2005.

SEIDL, E. M. F.; ZANNON, C. M. L. C. Qualidade de vida e saúde: aspectos conceituais e metodológicos.Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 2, p. 580-588, mar./abr. 2004.

Anais de Eventos

NASCIMENTO, J. V.; GRAÇA, A. A evolução da percepção de competência profissional de professores de Educação Física ao longo da carreira docente. In: CONGRESSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS DO DESPORTO DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA, La Coruña, 6., 1998. Anais... La Coruña: INEF Galícia, 1998. p. 320-335.

Artigos de Jornal

GOLEADORA, equipe já é menos vazada que os times masculinos. Folha de São Paulo, São Paulo, 21 de ago. 2004.

Caderno Atenas, p. 3. Documentos federais, estaduais e municipais RIO DE JANEIRO. Secretaria de Estado de Educação e Cultura. Programa estadual de Educação Física – 1987/1990. Rio de Janeiro: ECEF/SEEC-RJ, 1987.

ROMERO, E. F.; TAKAHASHI, K. Análisis de los tests empleados por al FIFA para evaluar a sus árbitros. Lecturas en Educación Física y Deportes, año 8, n. 49, junio, 2002. Disponível em: (http://www.efdeportes.com). Acesso em: 10 de ago. 2002.