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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CÂMPUS UNIVERSITARIO DE SINOP INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS AVALIAÇÃO DAS PERDAS NA COLHEITA DO ALGODÃO EM DIFERENTES VELOCIDADES DA COLHEDORA Gabriela de Faria Veiga Viotto Engenheira Agrônoma 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CÂMPUS UNIVERSITARIO DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

AVALIAÇÃO DAS PERDAS NA COLHEITA DO ALGODÃO EM

DIFERENTES VELOCIDADES DA COLHEDORA

Gabriela de Faria Veiga Viotto

Engenheira Agrônoma

2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CÂMPUS UNIVERSITARIO DE SINOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS

AVALIAÇÃO DAS PERDAS NA COLHEITA DO ALGODÃO EM

DIFERENTES VELOCIDADES DA COLHEDORA

Gabriela de Faria Veiga Viotto

Orientador: Prof. Dr. Welington Gonzaga do Vale

Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Agronomia, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Agronomia. Área de concentração: Fitotecnia.

Abril – 2015

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DADOS CURRICULARES DO AUTOR

Gabriela de Faria Veiga Viotto, nascida em 13 de setembro de 1988 em

Junqueirópolis - SP, cursou o ensino médio na escola EE. Dr. Pércio Gomes

Gonzales, em Flórida Paulista - SP. Em 2007 ingressou no curso de Agronomia pela

Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), campus universitário de Alta

Floresta-MT, obtendo o título de Engenheira Agrônoma em fevereiro de 2012. Em

março de 2013 ingressou no curso de Mestrado em Agronomia pelo Programa de

Pós-Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT),

campus universitário de Sinop-MT, obtendo o título de Mestre em Agronomia em

2015.

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EPÍGRAFE

“Ah, o tempo faz, tempo desfaz e vai além, sempre...”

Almir Sater

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OFEREÇO

À Deus e Nossa Senhora Aparecida, por sempre me conceder sabedoria nas

escolhas dos melhores caminhos, coragem para acreditar, força para não desistir e

proteção para me amparar.

DEDICO

Aos meus amados pais, Pedro Manuel Viotto e Sônia de Faria Veiga Viotto, que me

deram não somente a vida, mas principalmente a minha educação. Por serem a

minha base, meu ponto de apoio em todas as horas, por todo amor, incentivo e por

sonhar os meus sonhos!

Aos meus queridos irmãos, Giuliano, Rodrigo, Letícia e Rodolfo, pelo

companheirismo e amizade de sempre.

Aos meus sobrinhos amados, Arthur Henrique, Anna Giulia, Pedro Henrique, Maria

Eduarda, Helena, João Gabriel e Manuela, por todo carinho.

Aos meus familiares e amigos, pelos momentos inesquecíveis.

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AGRADECIMENTOS

À Deus, sobre todas coisas.

À Universidade Federal de Mato Grosso – Campus Sinop e ao Programa de Pós-

Graduação em Agronomia pela oportunidade de realizar o curso de mestrado.

Ao professor Dr. Welington Gonzaga do Vale, pela orientação, incentivo e pelos

ensinamentos para minha formação profissional e pessoal.

Ao professor Dr. Geraldo de Amaral Gravina, pelo inestimável auxílio na execução

das análises estatísticas, pelos ensinamentos e sugestões.

Aos professores do curso de Pós-Graduação em Agronomia, por todo o

conhecimento transmitido.

Aos professores Dr. Rogério de Andrade Coimbra, Dr. Thiago Martins Machado e Dr.

Carlos César Breda pelas contribuições feitas ao trabalho.

A toda equipe e funcionários da Fazenda Aeroporto e Fazenda Mutum, pela

oportunidade concedida na realização deste trabalho.

Ao aluno de graduação do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Adailton

Nogueira da Silva Junior, com o qual sempre pude contar para a condução das

avaliações.

Aos colegas do mestrado, pela amizade e convívio durante esse período.

Aos meus queridos amigos dessa vida, por todo carinho e momentos compartilhados

vocês fazem parte dessa conquista!

À todos que de alguma forma contribuíram para realização deste trabalho, muito

obrigada!

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SUMÁRIO

Página

RESUMO .............................................................................................................................................. vi

ABSTRACT......................................................................................................................................... vii

CAPÍTULO 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS ........................................................................... 8

1 Introdução......................................................................................................................................... 8

2 Objetivos ......................................................................................................................................... 10

2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 10

2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 10

3 Revisão de Literatura .................................................................................................................. 11

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 19

CAPÍTULO 2 - Avaliação das perdas na colheita do algodão em diferentes

velocidades da colhedora ............................................................................................................. 25

RESUMO ............................................................................................................................................ 25

ABSTRACT........................................................................................................................................ 26

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 27

2 MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................................... 29

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................... 32

4 CONCLUSÕES ............................................................................................................................. 40

5 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 41

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AVALIAÇÃO DAS PERDAS NA COLHEITA DO ALGODÃO EM DIFERENTES

VELOCIDADES DA COLHEDORA

RESUMO - Perdas durante a colheita dos produtos agrícolas é comum, sendo em função dos mais variados problemas, dentre eles se destaca a velocidade de deslocamento da colhedora. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi diagnosticar as perdas na colheita de algodão em função da velocidade de deslocamento da colhedora, nas safras 2012/2013 e 2013/2014, procurando relacioná-las com fatores fenológicos diretamente ligados à operação e que podem contribuir para a melhoria da qualidade da colheita. As avaliações das perdas na colheita foram realizadas na Fazenda Aeroporto, localizada no município de Sinop -MT, com uma colhedora de algodão da marca John Deere, modelo 7760, com 257,43 kW (350 cv) de potência no motor, plataforma com 6 linhas de unidade de colheita, que utiliza o sistema de colheita picker. As variedades cultivadas na Fazenda Aeroporto foram a FM951LL e a FM975WS, na safra 2012/2013 e 2013/2014, respectivamente, semeadas a um espaçamento de 0,73 e 0,76 metros. Foi utilizado o método de amostragem simples ao acaso, com esquema em faixas, para poder inferir na população, a cerca das variáveis estudadas. Em cada faixa foram dispostos os tratamentos compostos por duas velocidades de deslocamento 1,14 e 1,36 m s-1 (4,1 e 4,9 km h-1). Para cada tratamento foram utilizadas três repetições, sendo 24 unidades experimentais para cada faixa e 48 no total. As faixas possuem 147,80 m de comprimento e 20,50 m de largura cada (3.029,90 m²), sendo a área total utilizada no experimento de 29.412,20 m² (2,94 ha-1), em cada avaliação. Os dados coletados para a caracterização fenológica da cultura em cada propriedade, foram analisados por meio da estatística descritiva para identificação do comportamento e da variabilidade. Os resultados das perdas obtidos foram submetidos à análise de variância com aplicações do teste “F” e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a nível de significância de 5% de probabilidade. Buscou-se avaliar, antes da passagem da colhedora, produtividade máxima e as perdas de pré-colheita, coletando-se manualmente todo o algodão da área amostral, e logo em seguida da passagem da colhedora procedeu-se à coleta das perdas totais. Observou-se que as perdas de pré-colheita do algodão foram em média de 32,49 e 2,17 kg ha-1, representando uma perda percentual de 8,16 e 0,54%, nas safras 2012/2013 e 2013/2014, respectivamente, valores considerado relativamente baixo e próximo dos valores encontrados na literatura para o Estado de Mato Grosso. As perdas totais médias encontradas foram de 534,32 e 210,86 kg ha-1, representando uma perda percentual de 11,22 e 8,23%, nas safras 2012/2013 e 2013/2014, respectivamente, esses valores permaneceram próximo do limite considerado como aceitável, que é de 10% para as perdas percentuais.

Palavras-chave: Perdas Quantitativas, Velocidade, Colheita mecanizada.

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EVALUATION OF LOSS IN COTTON CROP IN DIFFERENT HARVESTER SPEEDS

ABSTRACT – Losses during harvesting of agricultural products is common, and in the light of various problems, among them stands the forward speed of the harvester. Thus, the objective of this study was to detect losses in cotton harvesting depending on the harvester travel speed in the 2012/2013 and 2013/2014 seasons, trying to relate them to phenological factors directly related to the operation and that can contribute to improved crop quality. The evaluation of crop losses were held at the Farm Airport, located at Sinop-MT, with a harvester brand John Deere cotton, model 7760, with 257.43 kW (350 hp) of power in the engine, with 6 platform Harvesting unit lines, which uses the picker harvesting system. The varieties grown in the Farm Airport were FM951LL and FM975WS in the 2012/2013 harvest and 2013/2014, respectively, sown at a spacing of 0.73 and 0.76 meters. We used a simple random sampling method, with scheme tracks, in order to infer the population, about the variables studied. In each group were prepared compounds treatments two velocity of 1.14 and 1.36 ms-1 (4.1 and 4.9 km h-1). For each treatment were used three replications and 24 experimental units for each track and 48 in total. The tracks are 147.80 m long and 20.50 m wide each (3029.90 m²), the total area used in the experiment of 29,412.20 m² (2.94 ha-1) in each assessment. The data collected for the phenological characterization of culture in each property were analyzed using descriptive statistics to characterize the behavior and variability. The results of the losses were subjected to analysis of variance with test applications "F" and the means were compared by Tukey test at a significance level of 5% probability. We sought to evaluate before assagem the harvester, maximum productivity and the loss of pre-harvesting, collecting manually all the cotton sample area, and soon after the passage of the harvester proceeded to the collection of the total losses. It was observed that the loss of pre-harvest cotton averaged 32.49 and 2.17 kg ha-1 representing a percentage loss of 8.16 and 0.54% in crops 2012/2013 and 2013 / 2014 respectively, values considered relatively low and close to the values found in the literature for the state of Mato Grosso. The average total losses were found to be 534.32 and 210.86 kg ha-1, representing a loss of 11.22 percent and 8.23% in the 2012/2013 and 2013/2014 seasons, respectively, these values remained close to the considered acceptable limit, which is 10% and the percentage losses.

Keywords: Mechanized harvesting, Quantitative losses, Speed.

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CAPÍTULO 1 – CONSIDERAÇÕES GERAIS

1 INTRODUÇÃO

A cultura do algodão é uma das espécies vegetais mais cultivadas no mundo

e atualmente é produzido em mais de 60 países, dando destaque para China, Índia,

Estados Unidos, Paquistão e Brasil que são os maiores produtores,

respectivamente. O Brasil é um dos maiores exportador e o primeiro em

produtividade do algodão em sequeiro.

Mato Grosso, maior estado produtor da fibra, deve ter uma queda de 14,4%

ante à safra passada na área de algodão, de acordo, com a segunda estimativa do

IMEA, para a safra 2014/15. Na temporada 2013/14, a área total destinada à cultura

foi de 645.916 hectares, enquanto na safra atual, estima-se uma área de 552.786

hectares, 2,7% inferior à primeira estimativa da safra 2014/15, que registrava

expectativa de 568.406 hectares (IMEA, 2015). Plantio esse, realizado pela maioria

dos cotonicultores de segunda safra, devido aos altos volumes de chuvas no período

de semeadura do algodão primeira safra.

Os tipos de safra merecem atenção, devido ao fato de demonstrarem

claramente o movimento que a cultura do algodão tem realizado no Estado, a fim de

se consolidar como uma cultura de segunda safra. Corroborando para isso, caso a

expectativa atual se confirme a segunda safra de algodão em Mato Grosso será

responsável por 77% da área total, enquanto os 127.197 hectares semeados em

primeira safra, seriam responsáveis pelos 23% restantes, consolidando assim, a

safra 2014/15 como a safra com a maior participação do algodão segunda safra da

história, já que na safra 2013/14, a sua participação foi de 72,4%, até então, a maior

da história (IMEA, 2015).

Muitas transformações ocorreram na agricultura brasileira, principalmente

com a cultura do algodoeiro que, em pouco tempo, passou de cultura familiar, com

forte demanda de mão-de-obra, para produção em grandes escalas, principalmente

no cerrado da região Centro-Oeste. Uma etapa de muita importância dentro do

processo produtivo do algodão é a colheita que, quando realizada de forma

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inadequada, pode acarretar em prejuízos ao produtor, ou seja, na produtividade ou

na qualidade da fibra. Desse modo, existem dois tipos de máquinas, as colhedoras

de fusos (picker) e as colhedoras stripper.

De acordo com o Instituto Matogrossense do Algodão (IMA, 2012), o sistema

de colheita picker é superior ao stripper em relação à qualidade do algodão colhido,

entretanto, apresenta elevado custo para aquisição e manutenção (duas a três

vezes mais caras que as colhedoras stripper). Portanto, por apresentarem sistemas

colhedores distintos, as máquinas podem originar diferentes perdas na colheita e

influenciar a qualidade do algodão colhido. Porém, não é somente o tipo de

máquinas que podem causar perdas na colheita, mas em função dos mais variados

problemas, dentre eles, ponto de maturação, tipo de solo, variedade e fatores

climáticos.

A colheita mecânica, apesar de ser sempre mais rápida que a manual

acarreta perdas bem maiores. Além das perdas, o rendimento no beneficiamento é

bem menor na colheita mecânica, devido à quantidade de impurezas que levam

(SILVA, 2007).

Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo diagnosticar as perdas na

colheita de algodão em função da velocidade de deslocamento da colhedora nas

safras de 2012/2013 e 2013/2014, procurando relacioná-las com fatores fenológicos

diretamente ligados à operação e que podem contribuir para a melhoria da qualidade

da colheita.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Diagnosticar as perdas na colheita de algodão em função da velocidade de

deslocamento da colhedora.

2.2 Objetivos Específicos

Determinar as características fenológica da cultura do algodoeiro como: a altura

de plantas, altura do primeiro capulho em relação ao solo, número de capulho por

plantas, população final, produtividade real e produtividade máxima;

Determinar as causas das perdas na pré-colheita, no solo, na planta e total.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Cultura do algodão

O algodão, considerado a mais importante das fibras têxteis, naturais ou

artificiais, tem suas primeiras referências históricas registradas muitos séculos antes

de Cristo. Na América, vestígios encontrados no litoral norte do Peru evidenciam que

povos daquela região já manipulavam o algodão. No Brasil, os indígenas cultivavam

o algodão e convertiam-no em fios e tecidos, havendo também outras utilidades:

como alimento e como planta medicinal. Em meados do século XVIII, com a

revolução industrial, o algodão foi transformado na principal fibra têxtil e no mais

importante produto das Américas. O Brasil, em 1760, já exportava para a Europa,

sendo o Maranhão o primeiro estado a despontar como grande produtor dessa

malvácea (CIA et al., 1999).

Segundo Eleutério (2001), a agricultura brasileira sofreu profundas

transformações, pois, em pouco tempo o a cultura do algodão passou de cultivo

familiar para produção em grande escala, com altos investimentos de capital e

tecnologia, principalmente nos cerrados da região Centro-Oeste. Em relação à

geração de empregos, distribuição de renda e acúmulo de riquezas, a cotonicultura

é uma das mais importantes mundialmente (MARTIN, 2001).

Desde o início do ano 2000, o cultivo do algodoeiro no Brasil vem se

deslocando para a região Centro-Oeste, deixando os estados do Paraná e São

Paulo. O cerrado do Brasil Central é caracterizado por uma topografia propícia à

mecanização dos cultivos. Apesar de os solos apresentarem boas qualidades físicas

em geral, eles possuem características químicas deficientes. Assim, o cultivo do

algodoeiro no cerrado requer um alto nível de insumos, devido ao tipo de solo e ao

clima tropical úmido, que favorece muitas doenças (BELOT, 2014).

Segundo o sétimo Levantamento da Safra de Grãos, divulgado pela

Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção brasileira de algodão

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na safra 2014/15 deve ocupar uma área de 976,9 mil hectares, 12,9% menor que a

temporada passada, o que equivale a uma redução de quase 144,7 mil hectares. As

reduções observadas na área plantada foram influenciadas pela conjuntura adversa,

tanto interna quanto externa, com estoques elevados e queda no preço da pluma

(CONAB, 2015).

O cultivo do algodão é recente no estado do Mato Grosso, pois sua produção

em larga escala iniciou-se apenas em meados da década de 1990, aumentando

exponencialmente desde então. A produção nacional de algodão em caroço está

estimada em 3.834,7 mil toneladas, 12,9% menor que a safra passada. O Mato

Grosso é responsável por 60% deste total da produção e a Bahia outros 26% da

produção. A produção nacional do algodão em pluma está estimada atingir 1.509,1

mil toneladas, representando uma diminuição de 13% quando comparada com a

produção do ano anterior, que totalizou 1.734 mil toneladas (CONAB, 2015).

O custo total de produção por hectare do algodão da safra 2014/15 em Mato

Grosso, foi de R$ 6.538,94/ha-1 (IMEA, 2015).

A produção de pluma ultrapassa 1 milhão de toneladas por ano, das quais

300.000 são exportadas para países como China, Indonésia, Japão, Argentina,

Coréia do Sul, Turquia, Paquistão, Vietnã, Taiwan e Tailândia (AMPA, 2013).

3.2 Aspectos sociais e econômicos

A cultura do algodoeiro apresenta grande importância econômica e social no

mundo. Além de estar entre as dez maiores fontes de riqueza do setor agropecuário,

expressada pela sua pluma, que dentre as fibras têxteis, naturais ou artificiais, é a

mais importante pela qualidade e multiplicidade de aplicação (SILVA, 2002).

A sua fibra se destina à elaboração de fios e tecidos, para uso doméstico e

industrial e para confecção de vestuário. Seu valor, sua aceitação e procuras pelas

indústrias têxteis dependem da sua qualidade tecnológica que é em última análise a

capacidade de satisfazer os fins a que se destina. Essa capacidade provém de um

conjunto de propriedades físicas, resultado de um complexo processo biológico

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desde o florescimento até a abertura das maças do algodoeiro (GRIDI-PAPP et. al.,

1992).

Além de possuir elevada importância econômica mundial, o algodão é

cultivado em diferentes sistemas de produção. Desde a última década, a região

Centro-Oeste apresenta a maior área cultivada com a cultura, assim como a

produção e produtividade de algodão em plumas (AGRIANUAL, 2010).

Mato Grosso é líder de produtividade do algodão e um dos principais fatores

do crescimento da cultura no estado foi o uso de cultivares melhoradas que

pudessem se adaptar as condições locais, aliado a técnicas adequadas de produção

(BIANCHINI, 2003).

Segundo Rangel et al. (2003) uma das premissas para o cultivo do algodão

herbáceo no cerrado brasileiro, é a utilização de uma agricultura mecanizada e

altamente tecnificada. Portanto, o cultivo do algodoeiro no Mato Grosso, é realizado

na sua maioria por grandes produtores, em áreas superiores a 2.000 ha-1, ou por

grupos agroindustriais que manejam mais de 20 ou 50.000 ha-1. Estes produtores

são muito bem estruturados, possuindo infraestruturas de produção e de

beneficiamento do algodão, vendendo diretamente a fibra no mercado interno ou

internacional (BELOT, 2014).

Porém devido a medida de profilaxia que deve ser adotada na cultura do

algodão, de realizar a destruição dos restos culturais para que não haja a

continuidade do ciclo de vida de pragas, acaba tornando-se um dos processos que

mais dificulta e encarece a produção, sendo esse procedimento obrigatório desde

1953 (BIANCHINI, 2003).

O algodoeiro produz diversos subprodutos, que apresentam também grande

importância econômica, destacando-se o línter, que corresponde a cerca de 10% da

semente do algodão, óleo bruto, média de 15,5% da semente, a torta que é quase a

metade da semente, além da casca e do resíduo (4,9% do total). Como cultura

industrial, o algodão tem, na sua cadeia produtiva, diversos setores que empregam

ou fornecem ocupação, desde o campo até a indústria de confecção (EMBRAPA,

2003).

Para Beltrão et al. (2007) o óleo de algodão poderá ser uma grande

alternativa como fonte de matéria-prima para a produção de biodiesel. Dantas (2006)

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realizou um estudo detalhado sobre a produção e caracterização do biodiesel

proveniente do óleo do caroço de algodão e concluiu que o mesmo apresentou

características combustíveis compatíveis com a Resolução n° 42 da Agencia

Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis.

3.3 Colheita do Algodão

O algodoeiro possui crescimento indeterminado, e dependendo do ambiente e

do manejo adotado pode-se obter plantas com arquitetura que favoreçam a colheita,

aumentando a produtividade (OOSTERHUIS, 1999). Ainda de acordo com autor

outros fatores podem influenciar nas perdas durante a colheita, como ponto de

maturação, condições de colheita, regulagens de maquinas, velocidade de colheita,

porte da planta, tipo de máquina, tipo de solo, variedade e fatores climáticos.

Segundo Vieira et al. (2001) a máxima perda aceitável na colheita do algodão é de

10%, tendo como faixa ideal entre 6 e 8%.

As perdas na colheita do algodão devem ser monitoradas com o objetivo de

detectar possíveis erros que possam ocorrer durante o processo, e para que os

mesmos possam ser corrigidos. Como exemplo de perdas quantitativas pode-se

citar: algodão que se encontra no chão, algodão que permanece no algodoeiro após

passagem da colhedora e perda de peso devido ao atraso na colheita. As perdas

qualitativas são: mistura de algodão com outras partes da planta, imaturidade das

fibras (colheita prematura), excesso de umidade, redução da resistência das fibras,

variação no comprimento e na coloração das fibras devido a diversos fatores, dentre

eles o climático (FERRONATO et al., 2002).

A colheita é uma etapa muito importante dentro do processo produtivo da

fibra. Qualquer que seja o processo de colheita, manual ou mecanizado, é

indispensável realizá-la em boas condições, a fim de apresentar uma matéria prima

que permita a produção de uma fibra de boa qualidade durante o beneficiamento, ao

menor custo possível (BELOT e VILELA, 2006).

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A colheita manual, apesar de morosa, permite a obtenção de fibras de melhor

qualidade pela possibilidade de selecionar e classificar a produção segundo critérios

de qualidade, a exemplo de maturidade, incidência de doenças e pragas, presença

de plantas invasoras e desenvolvimento da planta, entre outros (BUAINAIN e

BATALHA, 2007).

Segundo Embrapa (2006) durante a colheita mecanizada ocorrem perdas

quantitativas da ordem de 15% a 17%, enquanto que na colheita manual estas

perdas não passam, em média, de 5%. Em se tratando de perdas qualitativas a

colheita mecanizada chega a 35%, e a manual 5%.

A modernização da lavoura do algodão com grandes plantios comerciais e a

escassez de mão-de-obra no meio rural, contribuíram para a utilização, em larga

escala, da mecanização do cultivo, sendo a colheita através de colhedoras

automotrizes, um dos principais segmentos necessários para viabilizar a exploração

da cultura em grandes áreas. A colheita mecanizada é extremamente vantajosa em

relação à manual, pois os custos operacionais são reduzidos, a colheita é feita com

maior rapidez, o teor de impurezas é menor, evita a presença de contaminantes,

além de economia de mão-de-obra nas operações de recepção do produto colhido,

pesagem e utilização de sacarias, o que inviabilizaria grandes extensões de cultivo

(EMBRAPA, 2003).

Visando a preservação das características iniciais da fibra exige-se toda uma

logística de equipamentos para manejo, recepção e armazenamento do algodão

durante a colheita mecanizada, que devem estar em perfeito dimensionamento e de

acordo com a capacidade de colheita (SILVA, 2005).

Segundo Belot e Vilela (2006) a colheita deverá ser iniciada depois de o

orvalho desaparecer e acabar antes de o mesmo ressurgir, pois a umidade do

algodão em caroço não pode ultrapassar 11-12% para ser armazenado em fardões.

Caso o algodão seja colhido com umidades superiores, ele será transportado

diretamente em Bass Boy, na unidade de descaroçamento, sendo imediatamente

processado usando-se secadores.

Para uma boa operação da colhedora a declividade máxima do terreno deve

ser de 10%, a variedade deve ser de estrutura compacta e tamanho homogêneo de

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plantas, a semeadura deve ser em linhas retas e a semeadora deve ter o mesmo

número, ou múltiplo, de linhas da colhedora (BUAINAIN e BATALHA, 2007).

Nas colhedoras de algodão os mecanismos de colheita, limpeza e

descarregamento da máquina devem estar regulados e verificados para atender não

somente questões de produtividade, como também de qualidade. Para que esses

parâmetros sejam comprimidos é necessário que haja treinamento do operador da

colhedora e que o mesmo tenha um bom histórico de preservador de maquinário,

uma vez que a manutenção básica diária é um fator decisivo para o aumento da

produtividade (CULTIVAR, 2002).

A maioria do maquinário usado na colheita do algodão no Mato Grosso é

importada dos Estados Unidos, onde foi desenvolvida essa tecnologia. Portanto é

necessário fazer algumas adaptações para o algodão de padrão brasileiro, pois o

tamanho das plantas cultivadas aqui é superior ao padrão americano. Para

minimizar as perdas durante a colheita, diversos produtores modificaram as

regulagens das máquinas, aumentando assim a taxa de impureza, gerando várias

reclamações por parte da indústria sobre pedaços de casca do caule do algodão,

devido aos fusos de colheita rasparem no caule (BELOT et al., 2002).

As colhedoras do tipo picker são assim chamadas porque tentam extrair o

algodão sem mexer com as cascas. A maioria das colhedoras utilizadas no Brasil é

do tipo picker com fusos (spindle). O algodão é extraído dos capulhos aberto da

planta do algodão de forma seletiva, através dos fusos rotativos, em seguida ele é

desprendido dos fusos com desfibradores de borracha (doffer) e jogado no cesto da

máquina com uma corrente de ar (BELOT e VILELA, 2006).

O espaçamento entre fileiras geralmente utilizado nas colhedoras do tipo

picker com fusos é entre 0,76 m a 1,01 m. Atualmente existe no mercado um

sistema de colheita de fusos para algodão em cultivo adensado, denominado de

unidade PRO12-VRS da JOHN DEERE, que é capaz de realizar a colheita de fileiras

espaçadas em até 0,38 m (SILVA; SOFIATTI e BELOT, 2010).

As colhedoras do tipo stripper é assim chamada porque arranca as cápsulas

inteiras. O sistema para arrancar as cápsulas pode ser com escovas (brush-type) ou

com pente (finger-type), antes de ir para o cesto da máquina, o algodão passa por

um limpador (stick machine) montado na própria máquina para eliminar boa parte

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das cascas, pedaços de ramos e impurezas grandes. Estas máquinas podem colher

o algodão plantado com espaçamentos tradicionais ou adensado, sendo

equipamentos com mecânica relativamente simples, seu custo é de

aproximadamente 60% de uma colheitadeira picker e o custo por hectare colhido é

bem inferior. Porém, o algodão em caroço colhido é carregado de impurezas

(BELOT e VILELA, 2006).

A colhedora de algodão é uma máquina de funcionamento complexo e

delicado, devendo ser operada por pessoa capacitada e responsável, e a regulagem

da colhedora é essencial para o bom desempenho do processo. Diversos aspectos

devem ser considerados pelo operador, dentre eles: velocidade de colheita; umidade

da pluma no momento da colheita; limpeza da máquina; distância dos fusos,

escovas e desfibradores; porcentagem e quantidade de água e detergente aplicada

nos fusos; e as placas de pressão devem ser bem reguladas para permitir a máxima

remoção da pluma e evitar a retirada de galhos e cascas do caule (BRUNETTA,

2005).

3.4 Perdas na Colheita do Algodão

Pelo fato de não haver muitos trabalhos sobre perdas na colheita do algodão,

SILVA et al. (2007) sugerem que seja traçado um paralelo entre as perdas na cultura

do algodoeiro e as demais culturas, pois apesar de terem características fenológicas

distintas elas possuem algumas semelhanças, tais como tempo reduzido para a

realização, ocorrência de fatores climáticos adversos e (falta de) gerenciamento do

parque de máquinas, entre outros.

Silva et al. (2011), ao avaliarem as perdas na colheita de algodão no

município de Ipameri-GO observaram que nas propriedades estudadas, as perdas

no solo sobressaíram-se sobre as perdas na planta, ficando em torno de 59% das

perdas totais, condizendo com os trabalhos realizados por Khalilian et al. (1999) e

Ferreira (2013) que também encontraram maiores perdas no solo na colheita do

algodão.

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Segundo Ferronato et al. (2002) o clima pode afetar as perdas durante a

colheita do algodão, uma vez que, quando comparado as perdas totais de um

mesmo cultivar, mas em municípios diferentes, observou-se que houve diferenças

significativas. Sendo estes municípios localizados em regiões com diferenças de

altitude, é de se esperar que de certa forma as condições agroclimáticas tenham

interferido nestes resultados, da mesma forma que não podemos refutar outros

aspectos como manejo, velocidade de colheita, etc.

Durante a colheita, o responsável deverá ficar atento às perdas, constituídas

por algodão caído sobre o solo e remanescentes nas plantas. Esta avaliação se

realiza, em geral, diariamente, colhendo e pesando o algodão de 5 linhas de 5

metros (BELOT e VILELA, 2006). Nas condições do cerrado brasileiro, as perdas

durante a colheita ficam entre 9,4% e 12,5% (FREIRE, 1995).

Ao avaliar as perdas na colheita mecânica de algodão no município de

Juscimeira-MT, em função de diferentes velocidades (1 e 2 m s-1) de deslocamento,

Ferreira et al. (2013) observou que a velocidade de 2 m s-1 ocasionou as maiores

perdas totais (14,1%).

Rangel et al. (2003), afirmam que as perdas com o processo de colheita

mecanizada de algodão podem variar de 5% a 15%, podendo chegar a menos de

5% nos casos de boa regulagem de máquinas e utilização de operadores

capacitados.

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CAPÍTULO 2 - Avaliação das perdas na colheita do algodão em diferentes

velocidades da colhedora

RESUMO – Objetivou-se com esse trabalho diagnosticar as perdas na colheita de algodão em função da velocidade de deslocamento da colhedora, nas safras 2012/2013 e 2013/2014. As avaliações das perdas na colheita foram realizadas com uma colhedora de algodão da marca John Deere, modelo 7760, com 257,43 kW (350 cv) de potência no motor. Foi utilizado o método de amostragem simples ao acaso, com esquema em faixas, para poder inferir na população, a cerca das variáveis estudadas. Em cada faixa foram dispostos os tratamentos compostos por duas velocidades de deslocamento 1,14 e 1,36 m s-1 (4,1 e 4,9 km h-1). As perdas de pré-colheita do algodão foram em média de 32,49 e 2,17 kg ha-1, representando uma perda percentual de 8,16 e 0,54%, nas safras 2012/2013 e 2013/2014, respectivamente, valores considerado relativamente baixo e próximo dos valores encontrados na literatura para o Estado de Mato Grosso. As perdas totais médias encontradas foram de 534,32 e 210,86 kg ha-1, representando uma perda percentual de 11,22 e 8,23%, nas safras 2012/2013 e 2013/2014, respectivamente, esses valores permaneceram próximo do limite considerado como aceitável, que é de 10% para as perdas percentuais. Palavras-chave: Perdas Quantitativas, Velocidade, Colheita mecanizada.

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Evaluation of loss in cotton crop in different harvester speeds

ABSTRACT – The objective of this work diagnose losses in cotton harvesting depending on the harvester travel speed in the 2012/2013 and 2013/2014 seasons. The evaluation of crop losses were made with a cotton harvester John Deere brand, model 7760, with 257.43 kW (350 hp) of power the engine. We used a simple random sampling method, with scheme tracks, in order to infer the population, about the variables studied. In each group were prepared compounds treatments two velocity of 1.14 and 1.36 ms-1 (4.1 and 4.9 km h-1). The loss of pre-harvest cotton averaged 32.49 and 2.17 kg ha-1, representing a loss of 8.16 percent and 0.54% in the 2012/2013 and 2013/2014 seasons, respectively, values considered relatively low and close to the values found in the literature for the state of Mato Grosso. The average total losses were found to be 534.32 and 210.86 kg ha-1, representing a loss of 11.22 percent and 8.23% in the 2012/2013 and 2013/2014 seasons, respectively, these values remained close to the considered acceptable limit, which is 10% and the percentage losses. Key-words: Mechanized harvesting, Quantitative losses, Speed.

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1 INTRODUÇÃO

A cultura do algodão (Gossypium hirsutum L.) é uma das espécies vegetais

mais cultivadas no mundo e atualmente é produzido em mais de 60 países, dando

destaque para China, Índia, Estados Unidos, Paquistão e Brasil que são os maiores

produtores, respectivamente. O Brasil é o terceiro país exportador e o primeiro em

produtividade do algodão em sequeiro, a demanda interna também é promissora,

sendo o quinto maior consumidor de algodão do mundo (ABRAPA, 2012).

O cenário histórico do algodão no Brasil mostra que a cultura atravessou

grandes dificuldades na década de 80, com a chegada da praga do bicudo e com os

incentivos oferecidos pelo governo na compra de algodão importado, gerando uma

queda significativa da produção no Nordeste do Brasil. Os agricultores do Centro-

Oeste do Brasil viram no algodão uma grande oportunidade de negócios, servindo

como uma alternativa para a rotação de cultura com a soja. Esta região responde

por 84% da produção brasileira de algodão, tendo o estado de Mato Grosso como

maior produtor brasileiro (EMBRAPA, 2003).

No levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento

(CONAB) para a safra 2014/15 estima-se que a área cultivada com algodão

do Mato Grosso, maior produtor, deve sofrer uma redução absoluta na área de

aproximadamente 80,4 mil hectares. Essa redução ocorre em função dos baixos

preços alcançados na arroba da pluma (CONAB, 2015).

A cultura do algodão é uma das mais importantes do mundo em relação à

geração de empregos, distribuição de renda e acúmulo de riquezas e a cada ano

aumenta-se o custo de produção, devido aos elevados custos de insumos e a

utilização de cultivares de ciclo tardio, os quais exigem tratos culturais por períodos

superiores há 200 dias em muitos casos (NOGUEIRA, 2011). Uma alternativa para

evitar o aumento no custo da produção seria a utilização de sementes de alta

tecnologia, que podem aumentar em torno de 50% a produtividade, e a redução das

perdas durante a colheita mecanizada (FERREIRA, 2007). Portanto, o processo de

colheita mecanizada do algodão, realizado da melhor forma, torna-se de extrema

importância, para que as perdas no produto final, sejam menos expressivas.

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Com base no exposto, objetivou-se com este trabalho diagnosticar as perdas

na colheita de algodão em função da velocidade de deslocamento da colhedora nas

safras de 2012/2013 e 2013/2014, procurando relacioná-las com fatores fenológicos

diretamente ligados à operação e que podem contribuir para a melhoria da qualidade

da colheita.

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2 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido nas safras 2012/13 e 2013/2014, no campo de

produção da Fazenda Aeroporto, localizadas no município de Sinop-MT.

O município de Sinop está localizado nas seguintes coordenadas geográficas:

11°51’51” de latitude Sul e 55°30’09” de longitude Oeste, com altitude média de 345

metros. A classificação de Köppen para a região é de clima do tipo Aw, tropical de

savana, propriamente dito, com chuvas de verão e inverno seco, caracterizado por

temperaturas médias de 24°C, com pluviosidade média anual de 2.500 mm.

A avaliação das perdas na colheita mecanizada do algodoeiro ocorreu

durante o mês de julho de 2013 e 2014, com uma colhedora de algodão da marca

John Deere 1 , modelo 9996, com 257,43 kW (350 cv) de potência no motor,

plataforma com 6 linhas de unidade de colheita, e que utilizava o sistema de colheita

picker. As velocidades de deslocamento da máquina avaliada foram duas, 4,1 e 4,9

km h-1 e as variedades cultivadas foram a FM 951LL (safra 2012/13) e FM 975WS

(safra2013/14), cultivada a um espaçamento de 0,73 e 0,76 metros,

respectivamente.

As cultivares FM 951LL e FM 975WS pertencem à Bayer Cropscience, de

ciclo intermediário a tardio, variando de 150 a 190 dias, com porte de planta

médio/alto e possui rendimento de fibra de 39 a 40% (BAYER CROPSCIENCE,

2015).

Para a caracterização fenológica da cultura foi determinada a altura de

plantas (AP), altura do primeiro capulho em relação ao solo (APCS), número de

capulho por plantas (NCP), população final (PF), produtividade real (PR) e

produtividade máxima (PM).

Para estimar as variáveis foi utilizado um gabarito de 0,5 metros de largura e

3,8 metros de comprimento (1,9 m²). Na propriedade foi selecionado um talhão que

represente a propriedade como um todo, neste talhão foi realizado a amostragem de

plantas contidas dentro do gabarito, em cinco pontos aleatórios no talhão.

1 A citação de marcas comerciais ao longo do trabalho não indica recomendação por parte do autor.

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A altura de plantas foi realizada obtendo-se a média da medida entre o nível

do solo até o ápice da planta em todas as plantas contidas dentro do gabarito, em

cinco pontos aleatórios no talhão, na ocasião da colheita.

A altura do primeiro capulho em relação ao solo foi obtida pela média da

distância entre o nível do solo até a altura do primeiro capulho em todas as plantas

contidas dentro do gabarito, em cinco pontos aleatórios no talhão.

O número de capulhos por planta foi obtido pela média dos capulhos em

todas as plantas contidas dentro do gabarito, em cinco pontos aleatórios no talhão.

A população final de plantas foi determinada através da contagem do número

de plantas na ocasião da colheita, cultivar FM951LL com 226.316 plantas ha-1 e a

FM975WS com 158.673 plantas ha-1, contidas dentro do gabarito, em cinco pontos

aleatórios no talhão.

Para a determinação da produtividade máxima foi coletado manualmente

todos os capulhos presentes em todas as plantas contidas no espaço delimitado

pelo gabarito, antes da passagem da colhedora.

A amostragem para levantamento das perdas foi dividida em duas etapas, a

primeira consiste na coleta de dados referentes à estimativa de Perdas Pré-Colheita

(PPC), antes da colheita mecanizada, e a segunda etapa foi realizada após a

colheita mecanizada através da coleta de dados das estimativas das Perdas Totais

(PT).

Para a determinação das perdas pré-colheita coletou-se manualmente todo o

material que estava caído sobre o solo dentro do gabarito. Para a determinação das

perdas totais coletou-se manualmente todo o material que estava dentro do mesmo

gabarito utilizado na determinação das perdas de pré-colheita e que ficou no solo e

na planta após a passagem da colhedora.

O material devidamente identificado ao chegar ao laboratório passou por um

processo de limpeza, foi pesado e amostrado para determinação de umidade da

amostra. A umidade das amostras foi determinada por método gravimétrico, sendo

que as amostras retiradas para este fim, pesadas úmidas, e levadas à secagem em

estufa de ar forçado, a 70ºC, até peso constante (FERRONATO et al., 2013).

Foi utilizado o método de amostragem simples ao acaso, com esquema em

faixas, para poder inferir na população, a cerca das variáveis estudadas. Em cada

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faixa foram dispostos os tratamentos compostos por duas velocidades de

deslocamento 1,14 e 1,36 m s-1 (4,1 e 4,9 km h-1). Para cada tratamento foram

utilizadas três repetições, sendo 24 unidades experimentais para cada faixa e 48 no

total. As faixas possuem 147,80 m de comprimento e 20,50 m de largura cada

(3.029,90 m²), sendo a área total utilizada no experimento de 29.412,20 m² (2,94

ha), em cada avaliação. Os dados coletados para a caracterização fenológica da

cultura em cada propriedade, foram analisados por meio da estatística descritiva

para identificação do comportamento e da variabilidade. Os resultados das perdas

obtidos foram submetidos à análise de variância com aplicações do teste “F” e as

médias foram comparadas pelo teste Tukey à significância de 5% de probabilidade.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 1 são apresentados os valores dos parâmetros da estatística

descritiva contendo a média e o coeficiente de variação relacionados às

características fenológicas da planta do algodão.

Tabela 1. Fatores diretamente ligados com a qualidade da colheita de algodão na Fazenda Aeroporto. Sinop – MT, safras 2012/2013 e 2013/2014.

Fatores

Cultivar AP (m) APCS (m) NC PF (plantas ha-1)

FM 951LL 0,99 a 0,30 a 8,0 a 226.316 a FM 975WS 0,93 a 0,22 b 9,0 a 158.673 b

CV (%) 8,35 14,04 8,82 12,82 Safra 2012/2013: cultivar FM 951LL. Safra 2013/2014: cultivar FM 975WS. AP: altura de plantas. APCS: Altura do primeiro capulho em relação ao solo. NCP: número de capulho por plantas. PF: população final. CV: Coeficiente de Variação. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (p≤0,05)

Observa-se, inicialmente, que os valores da média dos parâmetros

fisiológicos da cultivar FM 951LL são maiores que os da cultivar FM 975WS,

somente o número de capulho por planta (NC), da cultivar FM 975WS foi maior.

Os valores de coeficiente de variação (Tabela 1), podem ser considerados

baixos, principalmente para as variáveis AP, NC e PM. Já as variáveis APCS e PF

possui um coeficiente de variação de média variação. As variáveis do presente

estudo podem ser classificadas, segundo Warrick e Nielsen (1980), como de baixa e

média variação, uma vez que estes autores estabeleceram um intervalo em que

classificaram como de baixa variação – CV < 12%; de média variação – 12% ≤ CV ≤

52%; e de alta variação – CV > 52%. Ferreira (2013) relatou coeficientes de variação

de 7,3, 9,9 e 11,2% para as variáveis AP, NC e PF, respectivamente, a maioria deles

estão bem próximos dos encontrados neste trabalho, enquanto que, para a variável

APCS, não foi encontrado nenhum relato.

Segundo Rosolem (2001) a altura máxima das plantas de algodão não deve

ultrapassar 1,5 vezes o espaçamento entre fileiras da cultura, para evitar o auto-

sombreamento. A altura média de plantas foi de 0,99 e 0,93 m (Tabela 1),

considerando que os espaçamentos entre fileiras foram de 0,73 e 0,76 m, para as

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cultivares FM 951LL e FM 975WS, respectivamente. Ferreira et al. (2013)

observaram altura de plantas de 0,92 m, valor próximo ao encontrado nesse

trabalho. O valor de altura média enquadra-se dentro dos padrões de qualidade

indicados por Rosolem (2001). Anselmo et al. (2011) ressalta que a altura de planta

é uma característica genética que varia de acordo com a cultivar, e as alturas

obtidas por cada cultivar varia de acordo com a aplicação de reguladores de controle

de crescimento.

Assim como a altura de plantas, altura do primeiro capulho em relação ao solo

(APCS) é uma característica que varia em função da cultivar e do manejo do

algodoeiro. A APCS permaneceu entre 0,22 m e 0,30 m (Tabela 1), para as

cultivares FM 975WS e FM 951LL, respectivamente. Esta altura, assim como a

distribuição dos capulhos na planta, está diretamente relacionada com a altura de

trabalho da plataforma da colhedora, e, portanto, quanto maior for a amplitude

destes valores, maiores serão as perdas na planta, uma vez que a plataforma possui

altura fixa, sendo possível regulá-la somente em relação a altura do primeiro capulho

(FERREIRA, 2007).

O número de capulhos por planta e por área é o mais importante componente

da produção da cultura do algodoeiro, uma vez que o número de capulhos e a

massa estão diretamente relacionados com a produtividade (MOREIRA, 2008).

O NC observado nesta propriedade foi de 8 e 9 capulhos por planta (Tabela

1), para as cultivares FM 951LL e FM 975WS, respectivamente, estes valores

corroboram com o encontrado por FERREIRA et al. (2013) e ROSOLEM et al.

(2012).

Segundo Embrapa (2001), o número ideal de plantas deve estar entre 80.000

a 120.000 plantas por hectare, com espaçamento entre fileiras entre 0,80 a 0,90

metros. Porém, o resultado obtido de população final foi maior na propriedade

analisada nas duas safras devido ao espaçamento entre fileiras ser menor,

condizendo com o trabalho realizado por Jost e Cothren (2000), que verificaram que

a redução do espaçamento entre fileiras gera um aumento da população final.

Os resultados de produtividade do algodão em caroço (Tabela 2) foram

oriundos da colheita manual realizada em cada parcela, antes da passagem da

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colhedora. O teor médio de água no algodão em caroço na ocasião da colheita era

de 6,8 e 7,9%, nas safras 2012/2013 e 2013/2014, respectivamente.

Tabela 2. Estimativas da média das produtividades máxima e real do algodoeiro na Fazenda Aeroporto. Sinop – MT, safras 2012/2013 e 2013/2014.

Fatores

Cultivar PM (kg ha-1) PM (@ ha-1) PR (kg ha-1) PR (@ ha-1)

FM 951LL 4.761,88 a 317,46 a 4.729,39 a 315,29 a FM 975WS 2.562,47 b 170,83 b 2.554,31 b 170,29 b

CV (%) 11,02 10,32 Safra 2012/2013: cultivar FM 951LL. Safra 2013/2014: cultivar FM 975WS. PM: produção máxima. PR: produção real. CV: Coeficiente de Variação. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (p≤0,05).

Os valores de produtividade diferiram significativamente entre as cultivares. A

cultivar FM 951 LL teve uma produtiva maior que a FM 975WS.

Comparando-se numericamente a produtividade dessas duas safras com a

média do estado de Mato Grosso na safra 2013/14 apresentada pela Conab (2015),

nota-se que a propriedade apresenta produtividade real superior a média do estado,

que foi de 3.915 kg ha-1 na safra 2013/14. Já na safra 2013/2014 apresenta uma

produtividade abaixo da média do estado, que foi de 3.875 kg ha-1 safra 2014/15.

Na ocasião da colheita manual para obtenção da produtividade avaliou-se as

perdas pré-colheita (Tabela 3), constatando-se que a mesma foi muito pequena.

Tabela 3. Estimativa da perda de pré-colheita da colheita mecanizada de algodão na Fazenda Aeroporto. Sinop – MT, safras 2012/2013 e 2013/2014.

Fatores

Cultivar PPC (kg ha-1) PPC (@ ha-1) PPC (%)

FM 951LL 32,49 a 2,17 a 0,68 a FM 975WS 8,16 b 0,54 b 0,32 b

CV (%) 8,23 Safra 2012/2013: cultivar FM 951LL. Safra 2013/2014: cultivar FM 975WS. PPC: perda pré-colheita. CV: Coeficiente de Variação. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (p≤0,05).

Na safra 2012/2013 a perda na pré-colheita foi maior, porém, não foi relevante

para afetar negativamente os índices de produtividade real da cultura.

As perdas pré-colheita encontradas nas safras 2012/2013 e 2013/2014

(Tabela 3) estão de acordo com os resultados encontrados por Belot et al. (2002)

para o estado de Mato Grosso, que se situa entre 0,50% e 4,79%.

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Observou-se que os fatores safra e velocidade, tiveram efeito sobre as perdas

no solo e na planta (Tabela 4). Nota-se que as PS (Perdas no Solo), PP (Perdas na

Planta) diferiram entre as safras (cultivares), as maiores perdas no solo e na planta

foram observadas na safra 2012/2013, 122, 94 e 411, 38 kg ha-1, respectivamente. A

interação entre os fatores safra e velocidades não foi significativa.

Tabela 4. Análise de variância expressa pelo Teste de F para as variáveis perdas no solo e na planta na colheita mecanizada de algodão na Fazenda Aeroporto. Sinop – MT, safras 2012/2013 e 2013/2014.

PS PS PP PP (kg ha-1) (@ ha-1) (kg ha-1) (@ ha-1)

TESTE F QM QM

S 52697,17** 1836074,0**

V 8038,26* 22073,14*

S x V 8,45ns 56309,53*

FATORES

SAFRA (S) MÉDIA MÉDIA MÉDIA MÉDIA

Safra 2012/2013 122,94 a 8,20 a 411,38 a 27,43 a Safra 2013/2014 76,08 b 5,07 b 134,78 b 8,98 b

CV (%) 19,67 21,61 Safra 2012/2013: cultivar FM 951LL. Safra 2013/2014: cultivar FM 975WS. PS: perda no solo. PP: perda na planta. CV: Coeficiente de Variação. **Significativo, ao nível de 1% de probabilidade, pelo teste F; *Significativo, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste F; ns não significativo. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (p≤0,05).

Em razão da existência de poucos trabalhos sobre perdas na colheita de

algodão, Silva et al. (2007) sugerem que para explicar as perdas encontradas na

colheita da cultura do algodão, seja traçado um paralelo com as perdas de outras

culturas, pois apesar das características fenológicas distintas, no que se refere ao

processo de colheita várias são as semelhanças. Mesquita et al. (2001) explicam

que para evitar as perdas na colheita de soja, uma série de cuidados devem ser

tomados, dentre eles o monitoramento da velocidade de trabalho da colhedora.

A perda no solo aumentou com o aumento da velocidade de deslocamento,

observando diferenças estatísticas entre as velocidades nas duas safras (Tabela 5).

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Tabela 5. Resultados médios do levantamento das perdas no solo em função das velocidades de colheita na Fazenda Aeroporto. Sinop – MT, safras 2012/2013 e 2013/2014.

Perda no Solo (kg ha-1) (@ ha-1) (kg ha-1) (@ ha-1)

Fatores Velocidades

Safra 4,1 km h-1 4,9 km h-1 CV (%)

Safra 2012/2013 114,08 aA 7,61 aA 131,78 bA 8,79 bA 19,67

Safra 2013/2014 66,63 bB 4,44 bB 85,53 bB 5,70 bB

CV (%) 25,01 Safra 2012/2013: cultivar FM 951LL. Safra 2013/2014: cultivar FM 975WS. CV: Coeficiente de Variação. Médias

seguidas pela mesma letra, na coluna e na linha, não diferem entre si pelo teste de Tukey (p≤0,05).

Na safra 2012/2013 com o aumento da velocidade de 4,1 para 4,9 km h-1 –

acréscimo de 15,52% na perda no solo. Já na safra 2013/2014 com o aumento da

velocidade de 4,1 para 4,9 km h-1 – acréscimo de 28,37%. Em pontos percentuais a

perda no solo foi maior na safra 2013/2014 em função da velocidade de colheita.

A perda na planta também aumentou com o aumento da velocidade de

deslocamento, observando diferenças estatísticas entre as velocidades nas duas

safras (Tabela 6). Ganho de produtividade foi referente ao peso de capulho e não

em relação a quantidade de capulhos por planta.

Tabela 6. Resultados médios do levantamento das perdas na planta em função das velocidades de colheita na Fazenda Aeroporto. Sinop – MT, safras 2012/2013 e 2013/2014.

Perda na Planta (kg ha-1) (@ ha-1) (kg ha-1) (@ ha-1)

Fatores Velocidades

Safra 4,1 km h-1 4,9 km h-1 CV (%)

Safra 2012/2013 371,99 aA 24,80 aA 450,76 bA 30,05 bA 21,61

Safra 2013/2014 125,73 bB 8,38 bB 143,84 bB 9,59 bB

CV (%) 28,61 Safra 2012/2013: cultivar FM 951LL. Safra 2013/2014: cultivar FM 975WS. CV: Coeficiente de Variação. Médias

seguidas pela mesma letra, na coluna e na linha, não diferem entre si pelo teste de Tukey (p≤0,05).

Na safra 2012/2013 com o aumento da velocidade de 4,1 para 4,9 km h-1 –

acréscimo de 21,18% na perda na planta. Já na safra 2013/2014 com o aumento da

velocidade de 4,1 para 4,9 km h-1 – acréscimo de 14,40%. Em pontos percentuais a

perda na planta foi maior na safra 2012/2013 em função da velocidade de colheita.

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Isso pode ser explicado pelos valores de APCS da cultivar utilizada naquela

safra. Esta altura pode ter ficado abaixo da altura de trabalho da plataforma da

colhedora, e, portanto, quanto maior for a amplitude destes valores, maiores serão

as perdas na planta, uma vez que a plataforma possui altura fixa, sendo possível

regulá-la somente em relação a altura do primeiro capulho (FERREIRA, 2007).

Nas duas safras a máquina trabalhou sem guias opcionais que têm por

finalidade colher melhor o algodão da parte inferior da planta, mas em consequência

o algodão poderá conter mais impurezas, portanto, isso também pode ter favorecido

a perda na planta.

Observou-se que os fatores safra e velocidade, tiveram efeito sobre a perda

total (Tabela 7). Nota-se que a PT diferiu entre as safras (cultivares), a maior perda

total foi observada na safra 2012/2013 (11,22%). A interação entre os fatores safra e

velocidades não foi significativa.

Tabela 7. Análise de variância expressa pelo Teste de F para a variável perda total na colheita mecanizada de algodão na Fazenda Aeroporto. Sinop – MT, safras 2012/2013 e 2013/2014.

Perda Total Perda Total Perda Total (kg ha-1) (@ ha-1) (%)

TESTE F QM

S 33103,23*

V 10442,66*

S x V 10,98ns

FATORES

SAFRA (S) MÉDIA MÉDIA MÉDIA

Safra 2012/2013 534,32 a 35,62 a 11,22 a Safra 2013/2014 210,86 b 14,06 b 8,33 b

CV (%) 32,16 Safra 2012/2013: cultivar FM 951LL. Safra 2013/2014: cultivar FM 975WS. CV: Coeficiente de Variação. **Significativo, ao nível de 1% de probabilidade, pelo teste F; *Significativo, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste F; ns não significativo. Médias seguidas pela mesma letra na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (p≤0,05).

Na Fazenda Aeroporto o valor médio de perda total observado na safra

2012/2013 ficou acima do valor máximo aceitável de perdas na colheita do algodão,

que é de 10%. Já na safra 2013/2014 ficou abaixo desse valor.

Os resultados de PT estão abaixo dos encontrados por Silva et al. (2007) e

Ferreira (2005) que observaram PT de 16,7 e 13,5%, respectivamente, em sistema

de colheita picker. Ambos os resultados estão de acordo com os observados na

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literatura, onde, nas condições de cerrado, como é o caso da área em questão, as

perdas totais situam-se entre 9,4% (NOGUEIRA e SILVA, 1993) e 12,5% (FREIRE et

al., 1995).

Para esse último autor, as perdas na colheita mecanizada do algodão podem

variar de 5 a 15%, nesse caso, os dados do presente trabalho estão de acordo com

os resultados observados na literatura, porém, segundo critérios mais rigorosos,

Vieira (2001) refere-se ao nível de 10% como sendo o máximo aceitável neste tipo

de procedimento, estando a faixa ideal situada entre 6 e 8%.

Em estudo realizado no município de Ipameri-GO, Silva et al. (2011)

encontraram valores de 5,1, 3,5 e 7,5% de perdas totais para uma velocidade de

deslocamento da colhedora de 6,0, 3,8 e 5,1 km h-1, respectivamente, utilizando

colhedora do tipo spindles (colhedora do tipo picker com fuso rotativo), pode-se

observar que não foi a maior velocidade de colheita que proporcionou a maior perda

total, não corroborando com os resultados encontrados neste trabalho.

A perda total aumentou com o aumento da velocidade de deslocamento,

observando diferenças estatísticas entre as velocidades nas duas safras (Tabela 8).

Tabela 8. Resultados médios do levantamento das perdas totais em função das velocidades de colheita na Fazenda Aeroporto. Sinop – MT, safras 2012/2013 e 2013/2014.

Perda Total (kg ha-1) (@ ha-1) (%) (kg ha-1) (@ ha-1) (%)

Velocidades

Safra 4,1 km h-1 4,9 km h-1 CV (%)

Safra 2012/2013 503,8 aA 33,6 aA 10,6 aA 564,8 bA 37,7 bA 11,9 bA 33,14 Safra 2013/2014 192,4 bB 12,8 bB 7,5 bB 229,4 bB 15,3 bB 9,1 bB 25,62

CV (%) 32,16 Safra 2012/2013: cultivar FM 951LL. Safra 2013/2014: cultivar FM 975WS. CV: Coeficiente de Variação. **Significativo, ao nível de 1% de probabilidade, pelo teste F; *Significativo, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste F; ns não significativo. Médias seguidas pela mesma letra, na coluna e na linha, não diferem entre si pelo teste de Tukey (p≤0,05).

Na safra 2012/2013 com o aumento da velocidade de 4,1 para 4,9 km h-1 –

acréscimo de 12,11% na perda total. Já na safra 2013/2014 com o aumento da

velocidade de 4,1 para 4,9 km h-1 – acréscimo de 19,23%. Em pontos percentuais a

perda no solo foi maior na safra 2013/2014 em função da velocidade de colheita.

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Os elevados índices de perdas do sistema de colheita picker (11,9%),

provavelmente, foram inerentes de regulagens inadequadas dos mecanismos

colhedores e desfibradores ou nas placas de compressão das plantas sobre os

tambores de colheita, no qual estas devem ser verificadas e ajustadas de forma que

os fusos colham o máximo de algodão em caroço.

É interessante notar que as perdas na planta foram bem maiores do que as

perdas no solo em ambas as safras, indicando que a ação de recolhimento desses

sistemas foi eficiente o bastante para proporcionar o quase completo recolhimento

do algodão.

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4 CONCLUSÕES

A cultivar FM 951 LL teve uma produtividade maior que a cultivar FM 975WS.

As perdas de pré-colheita, no solo, na planta e total foram maiores na Safra

2012/2013.

A maior velocidade proporcionou maior perda total. Ainda assim, as perdas

totais encontradas neste trabalho situam-se dentro do limite considerado como

aceitável para a colheita de algodão.

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