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Universidade Federal de Campina Grande – UFCGUniversidade Federal de Campina Grande – UFCGCentro de Ciências e Tecnologia – CCTCentro de Ciências e Tecnologia – CCT
Departamento de Engenharia Civil - DECDepartamento de Engenharia Civil - DEC
ESTATÍSTICA APLICADA A HIDROLOGIA E ESTATÍSTICA APLICADA A HIDROLOGIA E ANÁLISE DE REGRESSÃO E ANÁLISE DE REGRESSÃO E
CORRELAÇÃO LINEARCORRELAÇÃO LINEAR
Disciplina:Disciplina: Hidrologia AplicadaPeríodo:Período: 2004.2Professor:Professor: Carlos de Oliveira Galvão
1) Considerações Iniciais
As variáveis hidrológicas são aleatórias pois não
seguem uma lei de certeza;
Assim sendo, uma variável hidrológica qualquer tem
uma certa freqüência ou probabilidade de ocorrência que
está associada a um tempo médio;
O tempo médio em que a variável pode ocorrer é
denominado tempo de retorno.
2) Variáveis hidrológicas
As variáveis hidrológicas são oriundas dos
processos do ciclo hidrológico:
Precipitação; Intercepção;
Evapotranspiração;
Infiltração;
Escoamento.
3) Aplicação da estatística na hidrologia
A estatística é baseada na análise da série de dados
observados ao longo do tempo;
Os estudos estatísticos dessas séries tem aplicações
das mais diversas, tais como:
O comportamento climático e hidrológico regionais
(série de valores médios); Projetos agrícolas (séries de valores mínimos); Projetos de obras hidráulicas (série de vazões
máximas).
4) Amostra e Universo
UniversoAmostra
Pergunta: Será que a amostra é
representativa do universo?
Para responder, deve-se verificar
as características amostrais
e compará-las com as características
universais.
Exemplo: 0 X
4) Amostra e Universo
Características Amostrais Universais
Média x µ
Moda Xmo mo
Variância S² ²
Desvio Padrão S Assimetria a A
Curtose c C
Distribuição de frequência
F(x) P(x)
5) Características das Séries Hidrológicas
As séries de dados utilizados na análise de
probabilidade devem possuir as seguintes
características:
Séries de valores independentes entre si;
A série deve ser homogênea e consistente;
A série deve ser uma amostra representativa do
universo.
5) Características das Séries Hidrológicas
Para o estudo de freqüência de vazão
extremas, por exemplo, podem ser usadas séries
parciais ou séries anuais de vazões.
As séries anuais são formadas pelos maiores
valores (ou menores no caso de valores mínimos) de
cada ano, formando n valores da variável em n anos;
As séries parciais possuem, em média, m valores
por ano e não apenas um valor, resultando em m.n
valores.
6) O objetivo da estatística na hidrologia
Tem por objetivo principal, analisar as Tem por objetivo principal, analisar as
características da série quanto:características da série quanto:
parâmetros estatísticos;parâmetros estatísticos; análise de freqüência;análise de freqüência; distribuição de probabilidade.distribuição de probabilidade.
6.1) Parâmetros estatísticos:
A)A)Medidas de tendência centralMedidas de tendência central
• Média Aritmética
• Média Geométrica
• Média Harmônica
• Mediana
• Moda
6.1) Parâmetros estatísticos:
A)A)Medidas de tendência centralMedidas de tendência central
média = mediana = modaX
F(X) mediana
média X
F(X)
moda
6.1) Parâmetros estatísticos:
B) Medidas de DispersãoB) Medidas de Dispersão
• Desvio médio
• Variância e Desvio Padrão
• Amplitude
• Coef. de variação
n
ii xx
nS
1
22 1
n
ii xx
ndx
1
1 SDp
minmax xxA
x
SCv
6.1) Parâmetros estatísticos:
Exemplo: Determinar os parâmetros estatísticos da
série hidrológica abaixo:
Ano P (mm)
1930 720
1931 680
1932 912
1933 1030,50
1934 670
1935 720
1936 480
1937 650
6.2) Análise de Freqüência
Os processos hidrológicos são aleatórios, logo,
podem serem inferidos por uma lei de probabilidade.
A) FundamentosA) Fundamentos
As leis de probabilidade são funções contínuas
usadas para a estimativa de um dado evento
hidrológico e precisam ser previamente ajustadas. O ajustamento consiste na verificação da
representatividade da lei da probabilidade em relação
as freqüências de ocorrência do processo hidrológico.
6.2) Análise de Freqüência
A) FundamentosA) Fundamentos
1 xXFxXF
excedêncianãodeFreqxXF . excedênciadeFreqxXF .
Onde:
A freqüência é o número de vezes em que um evento pode acontecer
Em hidrologia a freqüência de um evento está associada a magnitude do
evento.
excedênciadeobxXP .Pr
1 xXPxXP
excedêncianãodeobxXP .Pr
Onde:
6.2) Análise de Freqüência
A) FundamentosA) Fundamentos
A hipótese nula (Ho) tem por base a diferença entre as características amostrais e populacionais. Assim:
Se esta diferença estiver dentro de níveis de significância aceitáveis, então a hipótese nula é aceita e a distribuição de probabilidade passa no teste sendo, portanto, representativa das freqüências amostrais observada.
nMáx DxXPxXFD ,)()(
6.2) Análise de Freqüência
B) Distribuição de Freqüência acumuladaB) Distribuição de Freqüência acumulada
Método
Califórnia:
n
mXF
Método de Kimball: 1
n
mXF
Onde: m = ordem do evento;
n = n° de dados.
6.2) Análise de Freqüência
ordem P(mm) ordem P(mm)
1910 P(1910) 1 Pmáx 1/(n+1) 1 Pmín. 1/(n+1)
1911 P(1911) 2 . 2/(n+1) 2 . 2/(n+1)
1912 P(1912) 3 . 3/(n+1) 3 . 3/(n+1)
. . . . . . . .
. . . . . . . .
. . . . . . . .
. . . . . . . .
n P(n) n Pmín. n/(n+1) n Pmáx n/(n+1)
Rol crescenteAno P (mm) F(X >= x)
Rol decrescenteF(X <= x)
Exemplo:Exemplo:
6.2) Análise de Freqüência
C) Agrupamento em classes de freqüênciaC) Agrupamento em classes de freqüência
nN
Definir o n° de classes (N)
Definir a amplitude de cada classe (ac)
N
A
classesden
globalamplitudea Gc
6.2) Análise de Freqüência
C) Agrupamento em classes de freqüênciaC) Agrupamento em classes de freqüência
Calcular o ponto médio de cada classe
Freqüência absoluta
Freqüência relativa
Freqüência relativa acumulada
Exemplo:Exemplo:
6.2) Análise de Freqüência
D) Período de retorno e risco de falhasD) Período de retorno e risco de falhas
)(
1
xXPT
O período de retorno, ou tempo de recorrência, é o inverso da probabilidade excedente:
6.2) Análise de Freqüência
D) Período de retorno e risco de falhasD) Período de retorno e risco de falhas
O risco de uma obra falhar uma ou mais vezes ao longo de sua vida útil é igual a:
n
TR
111
Onde:T – Período de Retorno (em anos);n – É a vida útil da obra (em anos);R – É o risco permissível.
Exemplo:Exemplo: