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Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.16, n.3, p.299-312, 2014 299 ISSN: 1517-859
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA E DA VELOCIDADE DE ROTAÇÃO NA
ADIÇÃO DE HIDROCOLÓIDE NO COMPORTAMENTO DA VISCOSIDADE
APARENTE DA POLPA DE PINHA (Annona squamosa L.)
Luana N. B. dos Santos
1, Bruno M. Centenaro
2, Sueli M. Ohata
3
RESUMO
A pinha (Annona squamosa L.) é uma fruta cultivada em escala comercial em vários estados
brasileiros. Devido às suas características sensoriais agradáveis, o fruto apresenta um elevado
potencial industrial. Desta forma, em um processo de industrialização a polpa de pinha estará
sujeita a etapas de resfriamento e aquecimento, o que torna de extrema relevância o
conhecimento do comportamento reológico e consequentemente de sua viscosidade. O objetivo
deste trabalho foi avaliar o comportamento da viscosidade da polpa de pinha na diluição de 1:1
e com a adição de goma xantana nas concentrações 0,10 e 0,15%, sob diferentes velocidades de
rotações (6, 12, 20, 30, 50, 60 e 100 rpm) e temperaturas (10, 20, 30, 40 e 50°C). Os resultados
foram avaliados estatisticamente pela análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas
pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05), através do delineamento fatorial, utilizando o programa
ASSISTAT. Os resultados obtidos evidenciaram maior estabilidade das amostras com adição de
goma xantana mediante a amostra sem adição. Todas as amostras classificaram-se como fluido
não newtoniano, apresentando comportamento pseudoplástico independente do tempo. O efeito
da temperatura no comportamento da viscosidade foi descrito pela Equação de Arrhenius,
obtendo-se um bom ajuste (R2 >0,9).
Palavras-chave: Annona squamosa L., viscosidade, goma xantana
INFLUENCE OF TEMPERATURE AND ROTATION SPEED ON ADDITION
HYDROCOLLOID ON THE APPARENT VISCOSITY BEHAVIOR OF CUSTARD
APPLE PULP (Annona squamosa L.)
ABSTRACT
Sugar apple (Annona squamosa L.) is grown on a commercial scale in several Brazilian states.
Due to pleasant sensory characteristics, the fruit has a high industrial potential. Thus, in a
process of industrialization custard apple pulp is subjected to heating and cooling steps, which
makes it extremely importance knowledge of the rheological behavior and consequently its
viscosity. The objective was to evaluate the viscosity behavior of custard apple pulp at dilution
of 1:1 and by addition xanthan gum at concentrations 0.10 and 0.15%, under different rotation
speeds (6, 12, 20, 30, 50, 60, 100 rpm ) and temperatures (10, 20, 30, 40 and 50 °C). Results
were evaluated with variance analysis (ANOVA) and the average compared by Tukey’s test (p
≤ 0.05), by factor design, using the program ASSISTAT. The results showed improved stability
of the samples with addition of xanthan gum. All samples were classified as non-Newtonian
fluid, showing pseudoplastic behavior independent of time. The effect of temperature on the
apparent viscosity behavior was described by the Arrhenius relationship, obtaining a good
adjustment (R2> 0.9).
Keywords: Annona squamosa L., viscosity, xanthan gum
300 Influência da temperatura e da velocidade de rotação na adição de hidrocolóide no comportamento da viscosidade...... Santos et al.
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.16, n.3, p.299-312, 2014
INTRODUÇÃO
A pinha (Annona squamosa L.) é uma
espécie frutífera (Menegazzo et al., 2012),
pertencente à família Annonacea, que é
composta por aproximadamente, 120 gêneros
com distribuição tropical e subtropical
(Gouveia et al., 2006). Entre os gêneros de
interesse comercial, encontram-se as espécies
de Annona, conhecidas vulgarmente por ata,
cherimolia, marolo, fruta de conde, pinha-
azeda, graviola, condessa e pinha (Kiill &
Costa, 2003).
No Brasil a pinha é também conhecida
como ata, fruta-do-conde, e no exterior como
anona blanca, sweetsop, anon, anona, rinon,
atta del Brasil, srikaya, atis, etc, (Morzelle et
al., 2009). A pinha apresenta polpa branca ou
amarela, com aroma agradável, muito doce, o
que a torna importante para o consumo da fruta
fresca e para a industrialização, sendo
apropriada para elaboração de bebidas
fermentadas, com elevada aceitação na
fabricação de sorvetes (Lima et al., 2001) e
polpa congelada.
O suco e a polpa na forma congelada
proporcionam ao consumidor maior facilidade e
economia, comparado com o comércio da
própria fruta in natura. Vasques (2003) ressalta
que em consequência da demanda, algumas
indústrias de alimentos começaram destacar o
estudo do comportamento reológico de polpas e
sucos, com o intuito de adequar suas instalações
industriais ou mesmo projetar novas unidades
de processamento, de modo a encaminhar essas
frutas não somente na forma in natura, mas
também na forma de outros tipos de produtos,
chegando ao mercado de forma mais rápida,
com alta qualidade e mais economia.
Para a industrialização de produtos
oriundos da pinha é comumente utilizada a
polpa da fruta, a qual está sujeita a processos de
aquecimento e resfriamento, devido a isto, para
a correta definição dos processos, é
indispensável conhecer suas propriedades
químicas e físicas. Dentre essas propriedades o
comportamento reológico ocupa posição de
destaque (Bezerra et al., 2001).
O conhecimento do comportamento
reológico dos alimentos é útil não somente para
o controle de qualidade do produto durante a
estocagem, transporte e comercialização, mas
principalmente para projetos de sistemas de
tubulações, trocadores de calor, bombeamento
(Steffe, 1996; Vasques, 2003), filtração,
concentração (Steffe, 1996), e avaliação de
adequação tecnológica (Silva et al., 2005).
Além de ser um parâmetro de grande
importância para a aceitabilidade dos
consumidores, desenvolvimento de novos
produtos e na determinação da sua vida de
prateleira (Leite et al., 2004; Castro, 2002 ) e,
um indicativo de como o alimento pode se
comportar sob várias condições de processo.
Reologia é a ciência que estuda parte
das propriedades mecânicas quando um
material é submetido a uma taxa de
deformação. O campo da reologia estende-se
desde a mecânica de fluidos Newtonianos até a
elasticidade de Hooke; e a região que
compreende este campo é a deformação e o
escoamento de todos os materiais pastosos e em
suspensões (Bird et al., 2004). Na área
alimentar, Barros et al. (2008) caracteriza
reologia como sendo o estudo da deformação da
matéria-prima, dos produtos intermediários e
dos produtos finais na indústria de alimentos.
A reologia abrange diferentes
propriedades associadas à deformação da
matéria, entre as quais: extrussibilidade,
compressibilidade, ductibilidade,
espalhabilidade, elasticidade, fluidez e
viscosidade (Vriesmann et al., 2008).
A viscosidade é considerada a principal
propriedade reológica de um fluido. Em muitas
operações das indústrias de alimentos, conhecer
a viscosidade do fluido é essencial para a
definição do equipamento mais apropriado
(Vendrúsculo, 2005). Segundo Monthé (2009),
viscosidade é a propriedade de um líquido ao
resistir ao fluxo induzido por uma tensão
aplicada (cisalhamento).
A viscosidade é dependente da natureza
físico-química da substância, da temperatura, da
pressão, da taxa de cisalhamento e do tempo e,
para definir a viscosidade em função de um
desses fatores, os outros devem ser mantidos
constantes e bem definidos (Viana, 2010).
Deve-se ressaltar que a correlação da
viscosidade, com a temperatura é relevante
devido às distintas condições as quais os
produtos alimentícios são submetidos, desde o
recebimento da matéria-prima até a venda e
consumo dos produtos.
Segundo Bezerra et al. (2009) e
Pelegrini et al. (2000) além da temperatura,
outros fatores podem influenciar a viscosidade
de derivados de frutas, como o tipo de fruta e o
teor de sólidos (açúcares, pectina e fibras). De
acordo com Silva et al. (2005) a concentração
da polpa ou suco de fruta também pode ter
efeito sobre a viscosidade.
Um dos maiores problemas na
produção de sucos e na polpa congelada, é
Influência da temperatura e da velocidade de rotação na adição de hidrocolóide no comportamento da viscosidade...... Santos et al. 301
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assegurar a estabilidade da dispersão. Os
colóides hidrofílicos vêm sendo pesquisados em
retenção de partículas em suspensão ou na
estabilização de sucos durante períodos mais
prolongados. Os hidrocolóides ou biopolímeros
podem ser usados em alimentos em suspensão
devido às suas propriedades reológicas:
capacidade de aprisionar a água,
regulamentação de propriedades reológicas e
ionização em sistemas aquosos, levando à
estabilização de partículas insolúveis (Mothé &
Correia, 2002).
De acordo com López et al. (2001), a
goma xantana é o biopolímero mais
comercialmente aceito, o qual é aplicado em
alimentos como agente espessante,
estabilizante, emulsificante e em sinergismo
com outras gomas, pode atuar como gelificante.
Segundo Moraes e Dragone (2007), a goma
xantana funciona muito bem como estabilizante
em produtos à base de água, já que é uma goma
solúvel e altamente higroscópica; capaz de
manter estáveis o pH, a maciez e a estética
visual do produto.
O comportamento reológico de polpas e
sucos foi estudado por diversos autores como
Ferreira (2008) e Viana (2010) que
determinaram o comportamento reológico da
polpa de cupuaçu pura, verificando a influência
de diferentes temperaturas e velocidades de
rotações, e Vasques (2003) que analisou o
efeito da diluição no comportamento reológico
do suco de goiaba. Contudo, são escassas as
informações sobre o comportamento reológico
da pinha na literatura, principalmente no que se
refere às propriedades físicas.
Diante do exposto, objetivou-se através
do presente estudo, caracterizar o
comportamento reológico da polpa diluída de
pinha sob diferentes temperaturas e velocidades
de rotações, com ou sem a adição de goma
xantana.
MATERIAL E MÉTODOS
Material
A fruta Pinha (Annona squamosa L.)
utilizada como matéria-prima, foi adquirida na
Frutaria Caxias do Sul, situada no município de
Dourados-MS.
A goma xantana foi fornecida
gentilmente pela empresa CP Kelco do Brasil.
As análises foram realizadas nas
dependências dos laboratórios da Universidade
Federal da Grande Dourados – UFGD.
Obtenção das amostras
Os frutos foram selecionados conforme
sua integridade física, higienizados com
solução de hipoclorito de sódio, na proporção
de 8 mL para 1L de água potável por 10
minutos, escorridos e secos ao natural.
A caracterização física dos frutos foi
realizada através da obtenção da massa total, da
polpa, da semente e massa do talo do fruto com
o uso de uma balança analítica digital
(Bioprecisa FA2104N). As dimensões foram
obtidas utilizando-se um paquímetro manual da
marca Digimess.
Em seguida os frutos foram
despolpados manualmente e acondicionados em
embalagens de polietileno em “freezer” à -18°C
até o momento de uso. Para a realização das
análises, a polpa foi descongelada sob
refrigeração e processada em miniprocessador
2P da marca Britânia até a obtenção homogênea
das suas partículas.
A polpa foi diluída em água na
proporção de 1:1 (A1) e diluída também na
proporção de 1:1, e aditivada com goma
xantana em duas concentrações diferentes (0,1 e
0,15% em massa de goma/massa de solução,
A10 e A15 respectivamente) sob agitação
manual. A leitura do teor de sólidos solúveis
totais foi determinada por intermédio de
refratômetro de campo (Portable, 0 - 33% Brix)
e os valores de pH determinados através de um
pHmetro (Instrutherm).
Medidas de Viscosidade
As leituras para a determinação das
medidas de viscosidade da polpa diluída de
pinha, sem/ou com adição de goma xantana
foram realizadas nas temperaturas de 10, 20,
30, 40 e 50°C, nas velocidades de rotações de 6,
12, 20, 30, 50, 60 e 100 rpm, utilizando-se o
viscosímetro digital Brookfield, modelo DV-II+
PRO, fazendo uso do dispositivo de pequenas
amostras 13RP, spindle SC4-34, e da câmera de
amostras SC4-*R. O controle da temperatura
foi mantido por banho termostatizado com
bomba de circulação, modelo SL 152
(SOLAB).
As leituras foram realizadas em
triplicata, sendo utilizada uma nova amostra
para cada repetição. Para proporcionar o
equilíbrio da temperatura, as amostra foram
mantidas em repouso por 10 minutos em
contato com a câmara de amostras SC4-*R
antes de cada determinação experimental.
Foram obtidos dados de leitura, na ordem
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crescente de velocidade de rotação e retornando
na ordem decrescente para analisar o tipo do
comportamento de escoamento. O tempo de
leitura de subida e descida para cada rotação foi
de 20 segundos.
Influência da temperatura
A influência da temperatura sobre a
viscosidade aparente foi avaliada utilizando-se
a equação de Arrhenius (Equação 1).
[
] Eq. (1)
onde:
- Viscosidade aparente (mPa s);
- Constante (mPa s);
Ea - Energia de ativação (kJ/g mol);
R - Constante universal dos gases (kJ/ mol K);
T – Temperatura (K).
Análise Estatística
Utilizando-se o programa Assistat
(Assis, 2011) os dados de sólidos solúveis, pH e
viscosidades aparentes foram submetidos à
análise de variância e as médias comparadas
pelo teste de Tukey, a 5% de significância. O
delineamento para os dados de viscosidade
consistiu de um esquema fatorial composto por
7 velocidades de rotação (6, 12, 20, 30, 50, 60 e
100 rpm) x 5 temperaturas (10, 20, 30, 40 e 50
ºC) x 6 repetições.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados da caracterização física
dos frutos de Annona squamosa L. foram
apresentados na Tabela 1. Os valores de
diâmetro, altura e massa foram próximos aos
encontrados por Costa et al. (2002) os quais
obtiveram 81,5 mm, 73,3 mm e 274g
respectivamente, e Dias et al. (2003) com
valores de diâmetro de 81,0 mm , altura de 78,9
mm e massa de 247,13g. O rendimento da
polpa obtido foi próximo ao determinado por
Araújo et al. (2008) , 41,4%, em um dos
tratamentos, ao estudar a adubação
organomineral e biofertilização líquida na
produção de frutos de pinheira. Porém, valores
obtidos por Silva et al. (2002), 45,0% a 53,5%,
e Souza (2006), 48,12% ,foram superiores. De
acordo com os estudos de Dias et al. (2003) e
Pereira et al. (2003) tais diferenças ocorrem
devido as condições de plantio, cultivo e
colheita das pinheiras, como tipo de
polinização, níveis de adubação, poda entre
outros fatores.
Tabela 1. Caracterização física da pinha
(Annona squamosa L.)
Parâmetros Valores
Diâmetro (mm) 79,70 ± 4,84
Altura (mm) 76,98 ± 5,50
Massa (g) 251,86 ± 30,64
Rendimento (%) 37,51
Os teores de sólidos solúveis e pH da
polpa in natura de pinha foram, 25,64 °Brix ±
0,5 e 5,45 ± 0,0, respectivamente, e estão de
acordo com Alves et al. (2000) ao estudar a
caracterização de frutas nativas da América
Latina. Para as amostras A1, A10 e A15, os
valores estão representados na Tabela 2.
Tabela 2. Resultados de Sólidos Solúveis
Totais (°Brix) e pH das amostras de polpa
diluída e com/sem adição de goma xantana
Amostra °Brix pH
A1 12,69 ± 0,06a 5,13 ± 0,02a
A10 12,94 ± 0,25a 5,22 ± 0,10a
A15 13,11 ± 0,17a 5,26 ± 0,04a As médias seguidas por letras iguais na mesma coluna, não
diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade
Observa-se na Tabela 2, que não houve
diferença significativa para as medidas de
sólidos solúveis e pH, o que indica que não
houve influência da adição da goma xantana
nas amostras, também constatado por Freitas
(2000) em relação a estabilidade do pH, que
realizou um estudo das interações entre
biopolímeros e polpas de frutas tropicais.
Na Tabela 3 estão apresentados os
valores das médias de viscosidades aparentes
das amostras de polpa de pinha A1, A10 e A15,
submetidos à velocidades de rotações entre 6 e
100 rpm, e nas temperaturas de 10, 20, 30, 40 e
50°C, as quais foram analisadas em esquema
fatorial, para devida interação dos fatores
concentração, temperatura e velocidade de
rotação. Observa-se por intermédio dos dados
experimentais que houve um declínio dos
Influência da temperatura e da velocidade de rotação na adição de hidrocolóide no comportamento da viscosidade...... Santos et al. 303
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valores da viscosidade aparente para uma
temperatura fixa, correlacionando com o
aumento da velocidade de rotação. O mesmo
fato ocorre quando fixa-se uma determinada
velocidade de rotação, e correlaciona-se com a
elevação da temperatura. Resultados
semelhantes, foram encontrados por Grangeiro
et al. (2007) ao estudarem viscosidades de
polpas concentradas de figo-da-índia na faixa
de temperatura de 10 a 60°C e velocidade de
rotação entre 0,5 e 100 rpm.
Tabela 3. Valores médios das viscosidades aparentes (mPa.s) da polpa de pinha (Annona squamosa
L.) diluída e polpa de pinha diluída em diferentes concentrações de goma xantana (massa de
goma/massa de solução) em função da velocidade de rotação (rpm) e temperatura (°C).
DMS p/ colunas =323,56; CV (%) =12,57; MG = 1309,90 mPa.s
DMS - Desvio mínimo significativo; MG - Média geral; CV - Coeficiente de variação
Obs: As médias seguidas pela mesma letra minúscula nas colunas não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade
Haminiuk et al. (2006) citam que isso
ocorre devido a associação de força de
cisalhamento com a temperatura, provocando a
reorganização das partículas em uma direção
paralela à força de cisalhamento, além disso,
pode ocorrer a quebra das partículas em
partículas menores, resultando em uma maior
fluidez, ocasionando assim a diminuição da
viscosidade aparente.
Ao comparar as amostras A1, A10 e
A15, a uma mesma temperatura, verifica-se que
para a faixa de velocidade de rotação de 6, 12 e
20 rpm, houve diferença significativa entre as
médias de viscosidades aparentes ao nível de
significância de 5% de probabilidade pelo teste
de Tukey para as temperaturas de 30, 40 e
50°C, e na velocidade de rotação de 30 rpm
para a temperatura de 50°C na concentração
A1. Para a concentração A15 houve diferença
significativa nas primeiras rotações, 6 e 12 rpm,
nas temperaturas de 10 e 20° C, e 20°C
respectivamente. No entanto para a
concentração A10 não houve diferença
significativa quando comparada as demais
concentrações.
Observa-se que ao comparar cada
concentração isoladamente, fixando a
velocidade de rotação, com a variação crescente
da temperatura, para as velocidades de rotação
de 6, 12 e 20 rpm, percebe-se que houve
diferença ao nível de 5% de significância para
todas as concentrações estudadas. Para a
concentração A1, não houve diferença
significativa apenas para a maior velocidade de
rotação, 100rpm. Para a concentração A10, as
viscosidades aparentes coincidem
significativamente a partir da velocidade de
rotação de 30 rpm e para amostra A15, a partir
da velocidade de rotação de 50 rpm. Fato o
qual evidencia a estabilidade das amostras com
adição de goma xantana em relação a amostra
sem adição de goma, diante da variação da
temperatura em velocidade de rotação fixa.
Resultados semelhantes foram encontrados por
Grangeiro et al. (2007), ao afirmar que os
valores de viscosidades aparentes nas
velocidades de rotações de 50 e 100 rpm, apesar
das reduções, se mantiveram, não diferindo
significativamente, ao analisar polpas
concentradas de Figo-da-Índia.
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Em fatores percentuais, o comportamento
decrescente dos valores das viscosidades
aparentes em relação ao aumento da velocidade
de rotação para as temperaturas extremas,
apresenta os seguintes índices de redução de
viscosidade entre a menor (6 rpm) e maior
velocidade de rotação (100 rpm): na amostra
A1, para a temperatura de 10°C de 86,03%; na
temperatura de 50°C de 79,16%; na amostra
A10, para a temperatura de 10°C de 86,69% ;
para a temperatura de 50°C de 84,65%, fato o
qual evidencia que quanto maior a temperatura,
menor é a taxa de redução da viscosidade
aparente com o aumento da velocidade de
rotação. Resultados semelhantes foram
encontrados por Melo et al. (2008), ao
estudarem o comportamento reológico da polpa
de buriti com leite. Porém a amostra A15 não
apresentou decréscimo no percentual de
redução (10°C – 86,43% e 50°C – 86,84%),
podendo ser considerado constante, pela
pequena diferença encontrada. Luvielmo &
Scamparini (2009) relatam que a estabilidade
depende da concentração: quanto maior a
concentração, maior a estabilidade da solução.
Além disso, Freitas (2002) afirma que a rede
tridimensional formada por associações de
cadeias de goma xantana atua eficientemente na
estabilidade de suspensões e emulsões.
Em termos percentuais, a diminuição dos
valores das viscosidades aparentes em relação
ao aumento da temperatura para as velocidades
de rotações extremas, apresentam os seguintes
índices reduções entre a menor (10°C) e maior
temperatura (50°C): na amostra A1 para a
velocidade de rotação 6 rpm o valor de redução
foi de 60,82%, em 100 rpm de 41,56%; na
amostra A10 para a velocidade de rotação 6
rpm 29%, em 100 rpm de 18,10%. Nota-se que,
quanto maior a velocidade de rotação, menor é
a taxa de redução da viscosidade aparente, bem
como, menor a influência da temperatura,
resultados correspondentes aos encontrados por
Melo et al. (2008). Entretanto, na amostra A15
os valores da redução foram estáveis, sendo
para a velocidade de rotação 6 rpm redução de
31,2%, e em 100 rpm 33,3%, evidenciando a
estabilidade da solução de maior concentração
de goma xantana. Ainda verifica-se que, as
amostras com adição de goma xantana
obtiveram menores reduções de viscosidades
aparentes quando relacionada com a amostra
sem adição em velocidade de rotação fixa.
As maiores reduções de viscosidade
aparente entre as rotações mais baixas indicam
provavelmente o pouco alinhamento inicial das
fibras da polpa com o escoamento. Nas
rotações mais elevadas as fibras já estariam
completamente alinhadas com o fluxo, e o
aumento na velocidade do escoamento não teria
sua influência incrementada por este efeito. As
reduções de viscosidade aparente com o
aumento da temperatura são atribuídas ao
aumento das distâncias intermoleculares
provocadas pelo aquecimento. O aumento das
distâncias reduz as forças atrativas entre as
moléculas, elevando a fluidez (Grangeiro et al.,
2007).
As Figuras 1, 2 e 3 apresentam as curvas
obtidas por meio de regressão logarítmica, pelo
ajuste das médias das curvas de subida e
descida das viscosidades aparentes em função
das velocidades de rotações da polpa de pinha
nas concentrações A1, A10 e A15
respectivamente, nas temperaturas de 10 a
50°C.
Houve sobreposição das curvas
ascendentes (subida) e descendentes (descida)
para todas as amostras estudadas, para os dados
de viscosidade aparente em função da
velocidade de rotação, em todas as temperaturas
e para as 3 concentrações. Estes resultados
mostram a não existência do efeito de histerese
entre as curvas ascendentes e descendentes, o
que evidencia a polpa de pinha diluída com ou
sem adição de goma xantana como um fluido
não newtoniano, com comportamento
pseudoplástico independente do tempo, sem
presença de tixotropia.
Influência da temperatura e da velocidade de rotação na adição de hidrocolóide no comportamento da viscosidade...... Santos et al. 305
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Figura 1. Viscosidade aparente em função da velocidade de rotação da amostra A1 nas temperaturas
de 10 a 50 °C
Figura 2. Viscosidade aparente em função da velocidade de rotação da amostra A10 nas temperaturas
de 10 a 50 °C
Figura 3. Viscosidade aparente em função da velocidade de rotação da amostra A15 nas temperaturas
de 10 a 50 °C
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral
Vis
cosi
da
de
Ap
are
nte
(m
Pa
.s)
Velocidade de Rotação (rpm)
A1 10°C y = -1126ln(x) + 5436,4 R² = 0,9559
20°C y = -937,9ln(x) + 4618,2 R² = 0,9341
30°C y = -696,2ln(x) + 3410,8 R² = 0,8881
40°C y = -685,3ln(x) + 3244,5 R² = 0,8652
50°C y = -391,1ln(x) + 1972,5 R² = 0,8941
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral
Vis
cosi
da
de
Ap
are
nte
(m
Pa
.s)
Velocidade de Rotação (rpm)
A10 10°C y = -1113ln(x) + 5232,3 R² = 0,9332
20°C y = -993,3ln(x) + 4679,3 R² = 0,9392
30°C y = -972,7ln(x) + 4561,2 R² = 0,9334
40°C y = -859ln(x) + 4080,6 R² = 0,9526
50°C y = -775,4ln(x) + 3732,3 R² = 0,9515
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral
Vis
cosi
da
de
Ap
are
nte
(m
Pa
.s)
Velocidade de Rotação (rpm)
A15 10°C y = -1240ln(x) + 5849,1 R² = 0,9288
20°C y = -1194ln(x) + 5593,3 R² = 0,9262
30°C y = -1038ln(x) + 4816,4 R² = 0,9179
40°C y = -895,7ln(x) + 4191,4 R² = 0,9368
50°C y = -865,1ln(x) + 4072,7 R² = 0,9375
306 Influência da temperatura e da velocidade de rotação na adição de hidrocolóide no comportamento da viscosidade...... Santos et al.
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.16, n.3, p.299-312, 2014
Resultados semelhantes foram
encontrados por Guimarães e Mascigrande
(2011) ao analisar polpas de Juçara e Açaí,
Andrade et al. (2009) ao estudarem o efeito da
temperatura e o comportamento reológico da
polpa de nêspera e Lago et al. (2011), ao
estudarem o comportamento reológico de suco
de yacon em função da concentração de sólidos
solúveis. Segundo Andrade et al. (2009), tal
classificação se deve ao fato de não haver
quebra do fluido durante o experimento, o que
causa a não variação da viscosidade com o
tempo de aplicação da força de cisalhamento.
De modo geral, observa-se que a
viscosidade aparente decresce com o aumento
da velocidade de rotação e da temperatura para
ambas as concentrações. Vasques (2003),
observou o mesmo comportamento em 3
diluições da polpa de goiaba (1:1, 1:2 e 1:4), e
identificou também que o comportamento é
semelhante a polpa in natura.
Em relação à concentração A1,
observa-se através da Figura 1 que, quanto
menor a velocidade de rotação, mais distantes
encontram-se as viscosidades aparentes entre as
temperaturas. Enquanto para as concentrações
A10 e A15, representadas pelas Figuras 2 e 3,
houve diminuição da variação das viscosidades
nas mesmas condições, justificado pela
presença de goma xantana nas amostras.
Nota-se que os coeficientes de
determinação (R2) obtidos foram superiores a
0,9 para as amostras com adição de goma
xantana (A10 e A15), o que indica melhor
ajuste dos dados experimentais, em relação à
amostra sem adição de goma. Diaz et al. (2004)
afirmam que a goma xantana apresenta altos
níveis de pseudoplasticidade e estabilidade
frente a variações de temperatura.
Para uma velocidade de rotação fixa, a
viscosidade aparente diminui à medida que
eleva-se a temperatura. Esse comportamento é
comum para polpas e sucos de frutas, uma vez
que a maioria destes produtos apresenta-se na
forma de sólidos dispersos em meio líquido e
um aumento da temperatura ocasiona uma
diminuição da viscosidade da fase fluida,
aumentando a mobilidade das partículas em
suspensão, diminuindo a viscosidade destes
produtos (Ferreira, 2008).
As médias gerais de viscosidade
aparente para cada concentração A1, A10 e
A15 foram 1184,019; 1322,094 e 1423,589
mPa.s, respectivamente, elevando-se de acordo
com o teor de goma xantana. Segundo Souza
(2009) a utilização de hidrocolóides como
espessantes em bebidas proporciona o aumento
da viscosidade da fase dispersante. A goma
eleva a viscosidade da fase contínua, criando
forças de resistência que evitam o deslocamento
das partículas. Souza (2009) relata que as
operações de bombeamento na fase de
produção do alimento são facilitadas pela
pseudoplasticidade fazendo com que produtos
como, por exemplo, coberturas para saladas
fluam com facilidade de um frasco ou garrafa.
O modelo de Arrhenius (Equação 1) foi
aplicado por meio de regressão linear para
delinear o comportamento da polpa de pinha
diluída com ou sem adição de goma xantana.
Na Tabela 4 estão contidos os
parâmetros ηo (constante), Ea (energia de
ativação) e R2
(coeficiente de determinação),
obtidos através do ajuste dos dados
experimentais da viscosidade aparente em
função do inverso da temperatura.
Os valores da energia de ativação
indicam a sensibilidade da viscosidade aparente
sob a alteração da temperatura, ou seja, quanto
maior for o valor da energia de ativação, mais
sensível torna-se a viscosidade da amostra à
mudança da temperatura.
Através da energia de ativação, é
possível avaliar o efeito da temperatura sobre os
parâmetros reológicos do fluido, de modo que
quanto maior for o valor de Ea, maior será a
influência da temperatura (Sato & Cunha,
2007). Segundo Ferreira (2008), a energia de
ativação é necessária para movimentar as
moléculas. À medida que a temperatura
aumenta, o líquido flui mais facilmente devido
à maior energia de ativação em maiores
temperaturas.
Mediante aos parâmetros apresentados
por meio da equação de Arrhenius, observa-se
que houve bom ajuste ao modelo, comprovado
pelos valores elevados de R2 obtidos para as 3
amostras estudadas.Os valores de energia de
ativação foram inferiores para as amostras
adicionadas de goma xantana (A10 e A15), e
superiores aos valores encontrados por Ferreira
(2008) em amostra de polpa de cupuaçu
adicionado de 0,3; 0,7 e 1% de goma xantana.
Tabela 4. Parâmetros da equação de Arrhenius para a amostra A1, A10 e A15.
Influência da temperatura e da velocidade de rotação na adição de hidrocolóide no comportamento da viscosidade...... Santos et al. 307
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.16, n.3, p.299-312, 2014
Amostra
Velocidade
de rotação
(rpm)
η0
(mPa.s)
Ea (kJ/g
mol) R
2
A1
6 3,49 11,16 0,96
12 1,67 14,42 0,97
20 0,58 16,30 0,96
30 0,34 16,33 0,95
50 0,74 14,58 0,93
60 1,46 12,52 0,89
100 3,73 6,04 0,76
A10
6 5,51 6,35 0,97
12 5,43 5,46 0,97
20 5,29 4,91 0,99
30 5,51 3,60 0,91
50 4,93 4,07 0,97
60 4,97 3,59 0,86
100 4,19 4,63 0,92
A15
6 4,97 7,95 0,96
12 4,66 7,55 0,94
20 4,38 7,30 0,95
30 3,91 7,70 0,92
50 3,24 8,41 0,94
60 3,28 7,97 0,91
100 2,52 8,96 0,90
Resultados semelhantes ao da
concentração A1 foram encontrados por
Miranda et al. (2011) ao analisarem polpa de
graviola com 12°Brix com energia de ativação
entre 9,52 e 14,61 kJ g-1
mol-1
.
A presença de goma na polpa indica
menor efeito da temperatura sobre a
viscosidade, evidenciado pela diferença da
energia de ativação na polpa sem e com adição
de goma. Fato o qual pode ser explicado de
forma que, o aumento da concentração,
aumenta consequentemente, a interação
polímero-polímero, inibindo assim a hidratação
molecular com posterior redução da
desagregação dos polímeros, contribuindo para
que a viscosidade seja menos sensível à
temperatura (Ferreira, 2008). Embora a
literatura retratar que a presença de goma indica
menor sensibilidade da amostra em relação à
temperatura, no presente trabalho a amostra
A15 apresentou maiores valores de energia de
ativação em relação à amostra A10, indicando
maior sensibilidade a temperatura. Este fato
pode ter ocorrido devido à saturação do meio,
isto é, a elevação da concentração de goma na
solução não influencia na diminuição da
energia de ativação em concentrações maiores
que 0,10%, não apresentando o resultado
esperado.
A Figura 4 mostra a representação
gráfica, obtidas através da aplicação do modelo
de Arrhenius. Nota-se a tendência de declínio
da viscosidade aparente com a elevação da
temperatura, conforme a equação de Arrhenius,
o que está de acordo com os resultados
encontrados por Faraoni et al. (2013) ao estudar
as propriedades reológicas de sucos mistos de
manga, goiaba e acerola adicionados de
fitoquímicos.
308 Influência da temperatura e da velocidade de rotação na adição de hidrocolóide no comportamento da viscosidade...... Santos et al.
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.16, n.3, p.299-312, 2014
Figura 4. Viscosidades aparentes das amostras A1, A10 e A15 em função do inverso da temperatura
nas velocidades de rotação de 6 a 100 rpm.
Influência da temperatura e da velocidade de rotação na adição de hidrocolóide no comportamento da viscosidade...... Santos et al. 309
Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.16, n.3, p.299-312, 2014
CONCLUSÕES
A polpa de pinha diluída com e sem adição
de hidrocolóide classificou-se como um fluido
não newtoniano, apresentando comportamento
pseudoplástico independente do tempo. As
amostras adicionadas de goma (A10 e A15)
obtiveram menores variações de viscosidades
aparentes e consequentemente maior
estabilidade quando comparadas com a amostra
sem adição de goma, mediante as mesmas
condições.
A viscosidade aparente foi correlacionada
satisfatoriamente em função do inverso da
temperatura, mediante a equação de Arrhenius,
sendo que a amostra sem adição de goma
xantana (A1) foi a mais afetada pela influência
da temperatura, com maiores valores de energia
de ativação (Ea).
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