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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, CAMPUS DE TOLEDO CLAUCIA CRISTINA BOTIN IMPLANTAÇÃO DE UM MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO SETOR DE CRÉDITO DE CONSÓRCIO DA EMPRESA BIBBOS MOTONÁUTICA DE CASCAVEL/PR TOLEDO 2010

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ, CAMPUS DE TOLEDO

CLAUCIA CRISTINA BOTIN

IMPLANTAÇÃO DE UM MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO SETOR DE

CRÉDITO DE CONSÓRCIO DA EMPRESA BIBBOS MOTONÁUTICA DE

CASCAVEL/PR

TOLEDO

2010

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CLAUCIA CRISTINA BOTIN

IMPLANTAÇÃO DE UM MANUAL DE PROCEDIMENTOS DO SETOR DE

CRÉDITO DE CONSÓRCIO DA EMPRESA BIBBOS MOTONÁUTICA DE

CASCAVEL/PR

Relatório Final de Estágio Supervisionado do Curso de Secretariado Executivo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Toledo, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Secretariado Executivo. Orientadora: Profª Patrícia Stafusa Sala Battisti, Ms.

TOLEDO

2010

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por ter me dado forças de chegar até aqui e nunca permitir minha desistência, mesmo nas fases difíceis que atravessei. Agradeço a todos meus professores que ao longo deste curso transmitiram seus conhecimentos e suas experiências, permitindo que eu pudesse aplicá-los neste estágio. Um especial muito obrigada a meus orientadores: Prof. Celso, Profª. Vanessa, Prof. Homero, Profª. Fabiana e Profª. Patrícia, que por muito ou pouco tempo puderam contribuir para que fosse possível a conclusão desta etapa em minha vida. Por fim, sou grata aos meus amigos e familiares que direta ou indiretamente me apoiaram e me incentivaram.

A todos o meu mais sincero agradecimento.

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RESUMO

A pesquisa aqui disposta foi desenvolvida na empresa Bibbo’s Motonáutica Importação e Exportação Ltda., conhecida como Concessionária Yamaha, localizada na cidade de Cascavel, desenvolvida mais especificamente no setor de Crédito de Consórcio desta organização. Após análise, verificou-se que havia uma deficiência na execução das tarefas rotineiras. Desta forma, sugeriu-se uma padronização dessas rotinas através da implantação de uma ferramenta, que proporcionasse ao colaborador e também à organização maior eficiência e maior precisão dos procedimentos: a implantação de um Manual de Procedimentos. O manual proposto auxiliará o passo a passo da rotina do setor de Consórcio expondo e especificando os documentos que serão utilizados e solicitados ao cliente. A precisão na execução de uma tarefa em uma organização é de suma importância para que o atendimento e os resultados sejam eficazes, evitando custos desnecessários e reclamações de atendimento. Portanto, a criação desse manual proporcionou melhorias no setor e também maior motivação aos colaboradores, que passarão a executar as rotinas mais seguros de suas decisões, sem mencionar a satisfação dos clientes usuários.

Palavras-chave: Padronização. Manual de Procedimentos. Precisão de Rotinas.

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ABSTRACT

This research was developed at Bibbo’s Motonautica Importação e Exportação Ltda. Company, known as Yamaha dealer, located in the city of Cascavel, developed more specifically on the area of consortium credit. After analysis, it was verified that there was a deficiency on the execution of routine tasks. This way, it was suggested the standardization of these routines through the implantation of a tool, which would provide to the cooperator, and also to the company, more efficiency and more procedures accuracy: the implantation of a procedures guide. The guide proposed is going to help step-by-step the consortium sector routine, exposing and specifying the documents that will be used and required for the clients. The accuracy on the execution of a task in an organization is pretty important in order to the attendance and results are effective, avoiding unnecessary costs and attendance complains. Therefore, the elaboration of this guide provided improvements in the sector and, besides, a bigger motivation of cooperators, who will begin to execute their routines more confident of their decisions, beyond the clients` satisfaction.

Key-words: Standardization, procedure guide, routines accuracy.

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RESUMEN

La pesquisa aquí dispuesta fue desarrollada en la empresa Bibbos’ Motonautica Importación y Exportación LTDA, conocida como Concesionaria Yamaha, ubicada en la ciudad de Cascavel, desarrollada más especificamente en el setor de Crédito de Consórcio de esta organización. Tras análisis, se verificó que había una deficiencia en la execución de las tareas rutineras. De esta forma, se sugerió una estanderización de esas rutinas por medio de la implantación de una herramienta, que proporcionase al coolaborador y también a la organización mayor eficiencia y mayor precisión de los procedimientos: la implantación de un Manual de procedimientos. El manual propuesto auxiliará el paso á paso de la rutina del setor de Consórcio expondo y especificando los documentos que serán utilizados y solicitados al cliente. La precisión en la execución de una tarea en una organización es de suma importancia para que el atendimiento y los resultados sean eficaces, evitando custos desnecesarios y reclamaciones de atendimiento. Por lo tanto, la criación de ese manual proporcionó mejorias en el setor y también mayor motivación a los coolaboradores, que pasarán a executar las rutinas más seguros de sus decisiones , sin mencionar la satisfación de los clientes usuários.

Palabras-llave : Estanderización , manual de procedimientos, Precisión de Rutinas.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 8

2 OBJETIVOS ............................................................................................... 10

2.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 10

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ....................................................................... 10

3 JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 11

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................. 13

4.1 ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS ............................................... 13

4.2 FORMULÁRIOS .......................................................................................... 17

4.2.1 Características dos Formulários.................................................................. 18

4.2.2 Elaboração de Formulários ......................................................................... 19

4.2.3 Tipos de Formulários .................................................................................. 21

4.3 MANUAIS .................................................................................................... 22

4.3.1 Finalidade dos Manuais .............................................................................. 23

4.4 TIPOS DE MANUAIS .................................................................................. 24

4.4.1 Manual de Organização .............................................................................. 24

4.4.2 Manual de Normas e Procedimentos .......................................................... 25

4.4.3 Manual de Políticas e Diretrizes .................................................................. 26

4.4.4 Manual de Instruções Especializadas ......................................................... 27

4.4.5 Manual do Empregado ................................................................................ 27

4.4.6 Manual de Finalidade Múltipla .................................................................... 28

4.5 ESTRUTURAS DE UM MANUAL ............................................................... 28

4.6 PROCESSOS DE ATUALIZAÇÃO DO MANUAL ....................................... 30

4.7 RESPONSABILIDADES DOS POSSUIDORES DE MANUAL .................... 31

4.8 DISTRIBUIÇÃO DOS MANUAIS ................................................................ 32

5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................................... 34

6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

COLETADOS ............................................................................................................ 35

6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL .......................................................... 36

6.1.1 Histórico Organizacional ............................................................................. 39

6.1.2 Ambiente Organizacional ............................................................................ 40

6.1.3 Operacionalização da Organização ............................................................ 41

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6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO ...................................................... 44

6.2.1 Necessidade Diagnosticada no Setor ......................................................... 44

6.2.2 Descrição da Rotina do Processo ............................................................... 45

6.2.3 Documentação Necessária ......................................................................... 46

6.2.4 Elaboração do Manual de Procedimentos .................................................. 47

6.2.5 Distribuição e instruções de uso do Manual ................................................ 49

7 SUGESTÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................. 50

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 52

APÊNDICES ............................................................................................................. 54

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1 INTRODUÇÃO

Uma organização nos dias atuais para alcançar o sucesso necessita que

suas atividades sejam executadas com o máximo possível de eficácia.

Para que estas atividades sejam desenvolvidas de uma maneira correta e

rápida, é necessário que exista uma padronização dos procedimentos executados.

Daí a importância do desenvolvimento de um manual de procedimentos, o qual

servirá de instrumento para permanente consulta.

Em uma linguagem simples e objetiva, o manual de procedimentos visa

melhorar a qualidade, a agilidade e presteza das respostas durante o exercício das

tarefas, participando de experiências e práticas vivenciadas por pessoas que atuam

na atividade em questão.

Para um atendimento de qualidade no setor de administração de crédito de

consórcio será desenvolvido um manual que possibilite o desempenho das

atividades com maior clareza e simplicidade para que o cliente obtenha respostas

com presteza e certeza.

A empresa Bibbo’s Motonáutica é uma empresa que presta serviços à

comunidade em geral com revenda e assistência de motocicletas, quadricículos e

náutica e também oferece consórcio Yamaha a seus clientes. Esses consórcios são

administrados pela matriz Yamaha em sua sede, porém cada revenda ou

concessionária tem por responsabilidade oferecer suporte, esclarecimento e tirar

dúvidas a respeito dos procedimentos a seus clientes.

A maioria das atividades na área de crédito de consórcio envolve atividades

padrão que consequentemente, se seguidas, podem reduzir o índice de falhas. No

entanto, com a alta rotatividade de funcionários o setor tem apresentado dificuldades

e gerado reclamações por parte dos clientes e gerência.

Para todos os departamentos da empresa exige-se eficácia, porém no setor

de crédito, que tem por característica tratar com documentação e com as finanças,

há uma necessidade maior ainda de manter um controle rígido quanto ao

desempenho do processo.

Nas empresas de hoje onde as informações são adquiridas, transmitidas e

preservadas através de documentos previamente estudados e perfeitamente

identificados com os fins para os quais se destinam, é necessário um desempenho

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excelente de atividades o que pode ser conseguido quando as rotinas são baseadas

em informações corretas prestadas por um manual de normas e procedimentos.

A necessidade de iniciar um manual de instruções surge muitas vezes da

descoberta de uma falha na organização com referência à comunicação interna ou

da falta de cumprimento de normas, ou então do desconhecimento destas normas

por boa parte do quadro de funcionários (POPPER, 1989).

A utilização de manuais de procedimentos permite a visualização das formas

adequadas e ou corretas de operacionalização de cada rotina. Isso permite ao

gerente dispensar uma atenção maior a outras funções gerenciais na medida em

que não é necessário acompanhar e controlar rotinas com tanta preocupação, tendo

em vista que se trata de uma rotina que possui suporte operacional em um manual

desenvolvido exatamente para auxiliar o profissional da área.

No entanto, para que esta ferramenta seja eficiente é preciso cuidado na sua

elaboração. Assim, o manual deve mostrar com clareza as diretrizes e normas mais

convenientes à empresa, porém o colaborador não deve apenas se basear no

manual ou não estará apto a acompanhar as evoluções e alterações de um mercado

altamente competitivo e cuidar da modernização dos métodos de trabalho e do

equipamento a disposição.

O setor de crédito da Bibbo’s Motonáutica é bastante operante e com fluxo

intenso de clientes o que o faz possuir um grande número de tarefas rotineiras e que

devem ser executadas com máxima precisão e sem sombras de possíveis dúvidas,

para que não gerem transtornos para os níveis superiores ou para os clientes. Por

isso a proposta deste trabalho é a criação e implantação de uma manual de

procedimentos para o setor de crédito de consórcio da empresa visando tornar tais

tarefas mais claras e ágeis.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Padronizar as atividades do setor de crédito de consórcio da Bibbo’s

Motonáutica de Cascavel - PR, através da criação e implantação de um manual de

normas e procedimentos.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) fazer uma análise preliminar da unidade de trabalho, dos processos,

fluxos e atividades desenvolvidas na área;

b) descrever os tipos de documentos necessários para os procedimentos;

c) realizar um levantamento das dificuldades encontradas na área;

d) elaborar efetivamente um manual de procedimentos com modelos de

formulários anexos, descrição de rotinas e operações padrão para as

tarefas do setor de crédito de consórcio;

e) instruir os colaboradores da área para seu uso.

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3 JUSTIFICATIVA

A maneira pela qual as atividades de um setor são desempenhadas

depende de técnicas administrativas que permitam visualizar a realidade para que

haja maior eficiência dos objetivos a serem alcançados, o que torna o processo de

análise e padronização um tanto quanto complexo.

Os objetivos da organização podem ser alcançados através da análise dos

aspectos que envolvem o processamento de trabalhos, as técnicas, o planejamento

e a montagem de sistemas que permitam bons resultados e esses bons resultados

podem ser alcançados quando há padronização de tarefas, rotinas e processos.

A padronização dos processos tem por objetivo reduzir os possíveis erros a

serem cometidos ou as possíveis respostas errôneas causando a insatisfação dos

clientes. Da mesma forma, a padronização permite que os documentos pertinentes

sejam preenchidos com exatidão dos dados, pois os funcionários teriam uma

ferramenta de orientação, evitando até mesmo o desperdício de material. Neste

sentido, a padronização busca qualidade e uniformização das tarefas, o que pode

ser conseguido a partir da elaboração de um Manual de procedimentos.

Um dos aspectos principais da elaboração de um manual para Popper

(1989) é que de um modo geral pode-se afirmar que o manual começa a ser

importante em uma empresa quando o seu tamanho já é relativamente grande e

seus funcionários começam a desconhecer as atividades e finalidades dos outros

setores. É necessário também quando eles não conseguem mais acompanhar as

rotinas exigidas para um funcionamento básico da empresa, começando a ter

dúvidas a respeito de suas responsabilidades e autoridade devido à criação de

novos setores e seções na organização.

A empresa estudada está inserida neste contexto, pois como o setor de

consórcio é um setor complexo e com muitos detalhes a serem seguidos, esta área

demanda muita atenção por ser um setor com várias etapas que serão

contempladas no manual de procedimentos para o setor de crédito de consórcio da

Bibbo’s Motonáutica.

Segundo Aráujo (1983), o objetivo maior da manualização é permitir que a

reunião de informações dispostas de forma sistematizada, criteriosa e segmentada

atue como instrumento facilitador do funcionamento da organização.

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De acordo com Popper (1989), ele ainda possui outras vantagens, tais

como: fontes de informação para o desenvolvimento e execução de uma atividade

ou tarefa; efetivação de normas procedimentos e funções administrativas; fixação

dos padrões, uma vez que uniformizam a terminologia usada nos processos e

evitam ainda entendimentos ambíguos em relação à realização de uma determinada

atividade.

Tem ainda por objetivo atender às exigências de mercado em relação à sua

clientela. O cliente, cada vez mais exigente quanto ao atendimento e serviços

prestados, deve ser a cada dia mais valorizado, pois pode a qualquer momento

migrar seus interesses a outra prestadora, ele busca além da qualidade e do bom

atendimento, busca segurança que lhe é transmitida através de um trabalho

executado com um índice de erros minimizados ao máximo. Trata-se de uma técnica

fundamental para a busca de qualidade, pois através de um manual de

procedimentos pode-se prever e tentar manter resultados.

O manual de uma organização quando bem estruturado traz ainda proveitos

à administração da empresa, pois facilita os estudos e trabalhos para treinamento de

pessoal, através da análise de desempenho dos diversos ocupantes.

As atividades no setor de crédito de consórcio não eram padronizadas

apesar de existir os formulários padrão que são recebidos da matriz Yamaha.

Existem perguntas frequentes feitas pelos clientes via telefone ou

pessoalmente que ainda geram dúvidas para os colaboradores atendentes, por isso

a elaboração do manual vai deixar mais prática às rotinas do setor e fazer com que

as atividades sejam desempenhadas com índice de erro mais baixo.

O manual servirá também para treinar os funcionários com mais precisão

sobre as normas a serem seguidas gerando consequentemente qualidade dos

serviços prestados padronizando tarefas e oferecendo assim maior qualidade

também no atendimento aos usuários.

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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O presente trabalho tem por objetivo proporcionar melhorias na qualidade de

trabalho para os funcionários e na qualidade dos serviços prestados pelo setor de

análise de crédito de consórcio da empresa Bibbo’s Motonáutica. Um manual

cumpre sua finalidade satisfatoriamente quando está em constante análise, crítica e

avaliação daqueles que são responsáveis por sua elaboração e daqueles que o

utilizam.

Sem os devidos cuidados para manter um manual atualizado ele perde seu

real objetivo tornando-se inútil e obsoleto. Sendo assim apresentam-se a seguir

maiores detalhamentos sobre Organização, Sistemas e Métodos, padronização de

rotinas, elaboração de manuais e outros documentos.

4.1 ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS

O termo organização frequentemente tem sido empregado como sinônimo

de arrumação, ordenação, eficiência, porém neste caso a intenção é que

organização seja entendida como a ação de estudar cuidadosamente a estrutura

organizacional da empresa a fim de atender suas necessidades reais e seus

objetivos.

Segundo Carreira (apud Ramos, 2009), planos, objetivos e metas são

estabelecidos, processos desenhados, cargos criados, recursos organizados,

controles estabelecidos, matéria prima comprada, enfim entre demais funções o

processo é organizado para que cada funcionário o execute utilizando o seu perfil

profissional e psicológico. Porém na medida em que os negócios vão crescendo,

novos processos operacionais vão sendo criados e estes por sua vez produzem

reflexos na estrutura organizacional da empresa.

Nesta visão, a organização da empresa é a “ordenação e o agrupamento de

atividades e recursos, visando ao alcance de objetivos e resultados estabelecidos”.

(OLIVEIRA, 2002, p. 84). Para tanto é preciso compreender a estrutura

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organizacional, que segundo Carreira (2009) é uma unidade social intencionalmente

construída e reconstruída, a fim de atingir objetivos específicos.

A estrutura organizacional possui várias funções básicas, tais como: produzir

produtos organizacionais e atingir metas; minimizar as variações individuais sobre a

organização; propiciar condições motivadoras; fornecer informações e recursos, e

dar feedback aos empregados.

Na visão de Nadler (1994), “a organização é o mecanismo que toma a

estratégia, no contexto do ambiente, recursos e história, e a transforma em produto”.

Toda empresa possui elementos da estrutura organizacional que para

Stoner (apud, AMORIM, 2009) são: a especificação de tarefas e o agrupamento

destas tarefas em unidades de trabalho, a padronização de tarefas, a coordenação

das atividades, a centralização e descentralização de decisões, que se refere a

localização do poder decisório, e o tamanho da unidade de trabalho que se refere ao

número de empregados que compõem os grupos de trabalho.

Para Mintzberg (2001), existe uma maneira certa e uma maneira errada de

fazer o design de uma organização, por exemplo, sistemas de planejamento em

longo prazo ou programas de desenvolvimento organizacional funcionam para

algumas empresas e para outras não. O autor argumenta que “a estrutura deve

refletir a situação da organização, por exemplo, sua idade, seu tamanho, seu tipo de

sistema de produção e até que ponto seu ambiente é complexo e dinâmico”.

Quanto mais complexa for uma organização, ou seja, quanto maior a sua

diferenciação, maior será a sua necessidade de mecanismos de controle,

coordenação e comunicação em função do próprio aumento do potencial de

dificuldade para efetuar a coordenação do trabalho dividido.

Nadler (1994, p. 29) também comenta sobre a influência de alguns

elementos no processo de adequação organizacional, destacando que o

“instrumento com a maior influência potencial é o projeto da organização, inclusive

os sistemas, as estruturas e os processos pelos quais o trabalho é feito”.

Neste projeto o autor esclarece que é importante que a empresa conheça o

seu trabalho (atividade básica da organização que se relaciona com sua estratégia)

e que a partir disso, avalie a adequação dos demais componentes organizacionais

que seriam o pessoal, disposições formais e informais. O autor ainda sugere que

este trabalho deva ser formalizado a fim de proporcionar estruturas que ajudem a

realização do trabalho, como por exemplo, a criação de manuais de procedimentos

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para orientar a realização padronizada e adequada das rotinas e procedimentos

organizacionais.

Mintzberg (2001) salienta também que uma organização possui seis partes

básicas; a essência operacional que são as pessoas que desempenham o trabalho

básico de produzir os produtos ou de prestar os serviços, o chamado ápice

estratégico que é a segunda parte representada por um gerente em tempo integral

para supervisionar todo o processo.

Na medida em que a organização cresce mais gerentes se fazem

necessários, criando então uma linha intermediária, uma hierarquia de autoridade;

Geralmente com o crescimento destas organizações faz-se ainda necessário devido

a complexibilidade que atingem, um outro grupo de pessoas que o autor chama de

analistas que são responsáveis além de funções administrativas, de planejamento

ou do controle formal do trabalho de outros, são responsáveis diretos do staff. Esses

analistas formam o que chamam de tecno-estrutura fora da hierarquia de autoridade,

e neste segmento são criados os manuais com a finalidade de padronização de

operações organizacionais e, finalmente toda organização ativa possui um sexto

elemento que chamam de ideologia que abrange as tradições e crenças de uma

organização que a diferenciam de outras entidades e atribuindo vida ao esqueleto da

estrutura.

Conforme foi especificado até o momento neste item do projeto pode-se

afirmar que quando a estrutura organizacional é estabelecida de forma adequada ela

pode propiciar a empresa alguns aspectos como: a identificação das tarefas

necessárias ao alcance dos objetivos estabelecidos; organização das funções e

responsabilidades; informação, recursos e feedback aos funcionários e condições

motivadoras.

Nesta complexibilidade pode-se mencionar ainda um fator que merece a

atenção dos gerentes; os tipos de estrutura que podem ser formal ou informal:

A estrutura informal na visão de Oliveira (2002, p.86) é:

a rede de relações sociais e pessoais que não é estabelecida ou requerida pela estrutura formal. Surge da interação social das pessoas o que significa que se desenvolve espontaneamente, quando as pessoas se reúnem. Portanto, apresenta relações que, usualmente, não aparecem no organograma.

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A estrutura informal consiste de uma rede de relações sociais e pessoais

que não é estabelecida formalmente, ou seja, a estrutura surge de interação entre as

pessoas, desenvolvendo-se espontaneamente quando as pessoas se reúnem entre

si. Ressalta que muitas estruturas informais existem dentro de grandes empresas e

apresentam diferentes níveis de atuação.

Vale lembrar que algumas vezes a estrutura informal se torna uma força

negativa dentro da empresa, porém se a administração conseguir conciliar os grupos

formais com os informais haverá uma harmonização nas tarefas, criando uma

condição favorável de rendimento e produção.

A autoridade informal vem daqueles que são objeto de seu controle,

enquanto a autoridade formal vem dos de fora, que são os superiores, a autoridade

informal flui na maioria das vezes, de forma ascendente ou horizontal, podendo dizer

então que é mais um privilégio do que um direito, sendo, portanto mais instável do

que a autoridade formal, pois está sujeita aos sentimentos pessoais (OLIVEIRA,

2002).

O autor afirma ainda que os grupos informais surgem e persistem porque

eles satisfazem aos desejos de seus membros. Esses desejos são determinados

pelos próprios membros do grupo. Um desejo que parece ser sentido por todos os

grupos é a necessidade de perpetuar sua cultura e isto é uma importante função de

toda a estrutura informal.

Há ainda a estrutura formal definida anteriormente e a formal que segundo

Oliveira (2002, p. 86), “é aquela deliberadamente planejada e formalmente

representada, em alguns de seus aspectos, pelo organograma”.

Na estrutura formal a deliberadamente planejada e formalmente

representada, oficialmente definida na empresa com todas as formalidades e

padrões vigentes serão encontrados manuais de procedimentos de forma gráfica

como organogramas e de forma descritiva como descrição de cargos.

No desenvolvimento da estrutura formal deve-se considerar aos

componentes e seus condicionantes nos vários níveis de influência, pois será a

partir de uma estrutura bem implementada que uma empresa ira alcançar seus

objetivos estabelecidos.

Para Amorim (2009) são necessárias três análises para determinar a

estrutura organizacional necessária para a empresa, a análise das atividades, das

decisões e das relações.

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A estrutura organizacional possui ainda quatro condicionantes segundo

Oliveira (2002): os objetivos e estratégias, o ambiente, a tecnologia e os recursos

humanos. Os objetivos e estratégias estabelecidos pela empresa, a evolução

tecnológica e tecnologia aplicada na empresa e os recursos humanos considerando

suas habilidades, capacitações e níveis de motivação e de comprometimento para

com os resultados da empresa os quais interferem tanto na estrutura formal quanto

na estrutura informal. Ela possui níveis de influência tais como; estratégicos táticos e

operacionais e vários níveis de abrangência.

Para Oliveira (2002, p. 91) no desenvolvimento de uma estrutura

organizacional devem-se considerar seus componentes, condicionantes, níveis de

influência e níveis de abrangência.

É de extrema importância avaliar a estrutura organizacional implantada,

principalmente quanto ao seu alcance dos objetivos estabelecidos, assim como é

importante avaliar as influências dos aspectos formais e informais na empresa.

4.2 FORMULÁRIOS

Nas empresas sobre as atividades pode-se dizer que todas ou quase todas

estão ligadas por uma série de informações que são adquiridas, classificadas,

processadas e preservadas através de documentos que são elaborados para este

fim os quais recebem o nome de formulários, que podemos classificar como sendo

todo e qualquer documento impresso que leve em consideração técnicas, normas e

padrões que levem espaços onde são colocadas informações pertinentes.

Segundo Lerner (1982) os formulários são documentos direcionados à coleta

de dados e informações, os quais têm por objetivo permitir a formalização das

comunicações, o registro e o controle das atividades da organização. Da mesma

forma Oliveira (2002, p. 298) afirma que “o formulário é um importante meio de

comunicação, transmissão e registro de informações, principalmente as baseadas

em dados quantitativos.”

De forma semelhante Luporini e Pinto (1985), apresentam como propósitos

dos formulários facilitarem o fluxo de informação através da simplificação

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possibilitando ao gestor obter dados com mais agilidade e transformá-los em

informações para utilização nos mais variados processos gerenciais.

O analista de sistemas e o analista de organização e métodos devem ter a

correta compreensão de que o formulário deve ser um assunto tratado com atenção,

pois seus sistemas são apoiados por documentos cuja clareza, formato e conteúdo

fazem deles documentos eficientes e eficazes, que contribuem de forma

fundamental para o bom funcionamento dos sistemas.

Segundo Rocha (1986) os formulários tem por objetivo realizar dentre muitas

funções as de acompanhar, cancelar, desenvolver, inspecionar, notificar, anotar,

encaminhar, relatar, autorizar, avaliar, encomendar entre outras, cabendo a empresa

definir claramente o objetivo para os formulários que irá criar e utilizar para que os

mesmos auxiliem na operacionalização das tarefas.

Neste sentido cabe destacar que ao criar formulários a empresa precisa

estar atenta a vários aspectos conforme os itens seguintes.

4.1.1 Características dos Formulários

Conforme Rocha (1986) as características básicas que definem um

formulário são a padronização e a adequação ao fluxo, ou seja, a rotina do

formulário. Entre elas pode-se destacar:

a) padronização: um formulário é padronizado quando não é um simples

impresso e tem por objetivo atender com eficiência a condição básica

de repetitividade da informação de um modo que facilite o seu controle.

Segundo Rocha (1986) o controle dos formulários deve estar

centralizado em um único órgão para evitar a proliferação de

documentos idênticos. Somente poderá ser criado caso tenha uma

finalidade especifica, os formulários devem apresentar as melhores

características físicas e disposição gráfica possíveis;

b) facilidade de confecção: com a produção em série, o modelo do

formulário será sempre idêntico, pois já foi testado e planejado;

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c) facilidade de preenchimento: o preenchimento simples do formulário

ajuda a criar uma condição favorável para o trabalho, pois deve conter

espaços suficientes para o registro das informações, uma sequência

lógica de dados, instrução de preenchimento facilmente localizáveis e

clareza e estética no desenho;

d) facilidade de utilização: levar em consideração o nível das pessoas que

irão preenchê-lo e as que utilizarão os dados informados. Por isso a

legibilidade, a visibilidade e legendas devem ter significados facilmente

identificáveis;

e) minimização de possibilidade de erros: consiste em eliminar grande

parte dos erros com a clareza dos dados e evitando informações que

não serão devidamente utilizadas;

f) economia de papel e de impressão: elimina-se formulários

desnecessários;

g) facilidade de manuseio e de arquivamento: sendo eles semelhantes

podem ter um lugar previamente determinado de um modo que se

aproveite ao máximo as disponibilidades de espaço.

As características descritas acima devem ser levadas em consideração para

a elaboração de um formulário eficaz, que elimine supérfluos e que seja realmente

necessário.

Segundo Luporini e Pinto (1985) com intuito de atender às necessidades

requeridas por um sistema administrativo, torna-se necessário observar ainda

algumas recomendações básicas para a confecção de um formulário. Tais

recomendações serão descritas mais detalhadamente nos itens que serão

abordados a seguir.

4.2.2 Elaboração de Formulários

O autor Rocha (1986) aponta três aspectos que considera essenciais serem

analisados no momento da elaboração de um formulário.

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O primeiro aspecto sugerido pelo autor é sobre a necessidade dos

formulários, antes de elaborar qualquer formulário é necessário verificar a real

necessidade de sua existência para não acabar criando algo sem utilização. Assim

ao elaborar um formulário deve-se apresentar uma justificativa como simplificar a

rotina ou contribuir com a melhoria das rotinas.

A seguir, Rocha (1986) sugere que a determinação das funções é mais um

tópico importante, pois um formulário pode apresentar uma ou mais funções sem

perder sua aplicabilidade, por ser um documento que transita pela organização por

meio de várias pessoas e através de várias unidades e, também pelo fato de ser

parte integrante de rotinas, o formulário completo, portanto, deve se adequar às

condições para as quais ele pretende operar.

Como terceiro aspecto o autor enfatiza tanto o desenho quanto o texto, os

quais só deverão ser realizados após o estudo de sua real necessidade. A forma

mais indicada de desenho do formulário sugere que no cabeçalho deverá conter,

além do logotipo da empresa, um título que propicie sua rápida identificação. No

corpo do formulário devem constar as informações impressas e as que devem ser

preenchidas pelo usuário. O texto deve ser bem elaborado e obedecer algumas

regras como objetividade, assinalando apenas os itens necessários ao registro e à

transmissão de informação, para facilitar a interpretação.

Os termos usados não devem dar mais de uma interpretação quanto a sua

finalidade, clareza e precisão, a quantidade de vias deve se ater ao número

estritamente necessário a sua utilização e arquivamento. O papel deve ter a

dimensão de um formulário diretamente proporcional ao espaço que as informações

a serem registradas vão conter.

Rocha (1983) conclui que o formulário deve ser desenhado de forma que

facilite ao máximo a entrada de dados. A análise e desenho do formulário não têm

como objetivo apenas o de corrigir falhas que existam como a dificuldade de

compreensão e preenchimento, ou a demora na utilização, mas também tem por

finalidade prover à organização uma forma de transmissão, assimilação e

armazenamento da informação de modo que seja compreendida por todos, pois

como já mencionado trata-se de um documento que tramita por toda a organização

por várias pessoas que o manuseiam.

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4.2.3 Tipos de Formulários

O analista dos processos organizacionais deve estar atento para elaborar

um bom modelo de formulário, pois as vantagens serão evidentes, o processo ficará

mais ágil e com custos menores devido à minimização de erros. Para isso, é preciso

que se conheça os tipos de formulários, que na visão de Lerner apud Silva (2008)

são três:

h) planos: correspondem aos formulários cujos campos são desenhados e

pré-impressos em papel padronizado pela Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT);

i) contínuos: elaborados em papel, porém destinados a serem

preenchidos por impressoras de computador em larga escala. O

desenho desses formulários é feito em gabaritos de espacejamento

que permitem a impressão de acordo com as características e

necessidades do computador;

j) eletrônicos: são elaborados por softwares aplicativos que tramitam na

organização através de redes de computador, dispensando a utilização

de papel. Esse tipo de formulário é bem utilizado por empresas que se

utilizam de ferramentas da internet.

Cabe à empresa definir qual o tipo de formulário que melhor se adapta a sua

organização, analisando suas necessidades e custos, bem como a agilidade de seu

processo.

Para garantir a eficácia da aplicabilidade do formulário é fundamental que o

mesmo seja testado pelos usuários, que ele tenha um modelo no tamanho exato de

uso e que seja elaborada uma especificação do formulário, indicando, entre outros,

os detalhes que não puderam ser indicados no modelo.

Da mesma forma Lerner (apud, SILVA, 2008) aconselha que os formulários

sejam centralizados quanto a sua responsabilidade para evitar a proliferação dos

mesmos ou a criação de formulários ineficientes por falta de conhecimento e

fundamentos básicos.

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Observa-se a importância da análise das rotinas empresariais, uma vez que

muitas das deficiências de uma organização em seus processos administrativos

poderiam ser sanadas com a criação, extinção ou racionalização de formulários,

considerando que todos os que executam serviços são passiveis de erros e assim o

formulário viria auxiliar e a definir tarefas de maneira inequívoca.

Outro aspecto, entretanto, que pode ser considerado pela empresa

complementando a criação de formulários e facilitando sua utilização é a criação de

manuais para orientar os funcionários não somente sobre o uso correto dos

formulários, mas também sobre as rotinas de trabalho e as políticas e normas da

empresa, as quais serão abordados na próxima seção.

4.3 MANUAIS

Nenhum agrupamento humano pode existir hoje em dia sem ter definidos as

suas leis, seus objetivos e suas obrigações, e divulgá-los entre os membros do seu

grupo. Da boa elaboração destas leis e regulamentos e de sua eficiente divulgação e

controle depende em grande parte o sucesso do grupo nos seus objetivos fixados

(POPPER, 1989).

Na realidade empresarial esse mecanismo de comunicação pode ser

visualizado por meio de manuais, os quais têm por objetivo permitir que a reunião de

informações dispostas de forma sistematizada, criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organização.

O manual cresce e se transforma com o tempo juntamente com o

crescimento da empresa. Para Oliveira (2002, p. 398):

manual é todo e qualquer conjunto de normas, procedimentos, funções, atividades, políticas, objetivos, instruções e orientações que devem ser obedecidos e cumpridos pelos executivos e funcionários da empresa, bem como a forma como estes devem ser executados, quer seja individualmente, quer seja em conjunto.

Pode-se dizer que o manual está preocupado em divulgar pela empresa

aspectos mais estáveis do que as informações divulgadas por meio de memorandos,

ou circulares. Geralmente esses aspectos estão relacionados com a estrutura

organizacional e seus métodos, rotinas e procedimentos administrativos básicos, o

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manual vale como instrumento permanente de consulta, mais mesmo assim não

pode ser o único instrumento no qual os executivos e executantes devem se

restringir ao seu trabalho.

Na realidade existem indícios que servem como um sinal de alerta para que

determinadas empresas passem a pensar seriamente no que tange à elaboração de

determinados manuais. Dentre esses indícios pode-se citar: crescimento da

empresa, diversificação do seu campo de atuação, novas atribuições e etc.

Os dirigentes das empresas também percebem que a boa elaboração e

divulgação das normas de trabalho e rotinas são essenciais para uma boa

administração. Assim, ao decidirem pela implantação de manuais, os gerentes

devem ter em mente que esta implantação será bastante dispendiosa e o dinheiro só

será bem empregado se houver a firme intenção de dar constante continuidade a

este trabalho e com uma equipe e recursos adequados (POPPER, 1989).

Outra perspectiva é apontada por Rocha (1986), ao afirmar que o

surgimento da necessidade da criação de manuais encontra-se diretamente ligado

com a perda da visão sistêmica por parte dos dirigentes, além de ser inevitável

catalogar e manter atualizadas determinadas informações técnicas e ou

administrativas. Quando os funcionários começam a não mais compreender as

atividades e finalidades de outros setores, quando não conseguem mais

acompanhar todas as rotinas para um bom funcionamento da empresa começando a

ter dúvidas de sua autoridade ou responsabilidade, faz se necessário então a

criação do manual.

4.3.1 Finalidade dos Manuais

A elaboração de um manual exige de seu elaborador cuidado e segurança,

pois será a partir deste agrupamento de procedimentos e rotinas que o colaborador

da empresa irá se utilizar para executar suas funções com precisão.

“O manual será basicamente constituído com a finalidade de alojar todas as

comunicações normativas da empresa de acordo com critérios que terão que ser

estabelecidos para fins de formalizar o seu funcionamento”. (LERNER, 1982, p.

182).

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Ainda segundo Lerner (apud, SILVA, 2008), um manual de normas e

procedimentos tem como objetivo possibilitar um agrupamento lógico e racional de

todas as normas, procedimentos, rotinas ou instruções da empresa de maneira que

facilite o arquivamento, a preservação, a consulta, o seguimento, o controle e o

atendimento.

Para Popper (1989), o manual deve espelhar sempre as diretrizes e normas

mais convenientes à empresa e não esta que deve ater-se obstinadamente ao que

rege o manual.

Percebe-se, portanto, que o manual e sua elaboração estão ligados à busca

da organização em melhorias de seus procedimentos e comunicação. Porém o

manual não deve ser visto por seus dirigentes ou funcionários como algo definitivo e

válido para sempre, ele deve ser na verdade encarado como um livro de normas e

procedimentos que pode ser modificado a qualquer momento podendo sofrer

alterações e ampliações conforme a necessidade da organização.

4.4 TIPOS DE MANUAIS

Segundo Popper (1989, p.5), “uma empresa bem organizada e com

estrutura definida encontra uso e aplicação para uma variedade cada vez maior de

veículos de difusão, através dos quais seus dirigentes procuram introduzir e fixar a

sua organização”.

Esses veículos de difusão mais usados são os manuais da empresa. Cada

um deles tem sua finalidade e seu conteúdo específicos que seguirá de acordo com

a necessidade e interesse da empresa.

A seguir, é analisado cada um dos tipos de manuais abordando suas

finalidades.

4.4.1 Manual de Organização

Este manual define a estrutura organizacional da empresa e os limites de

responsabilidade de seus funcionários chave. Esse manual também é denominado

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em algumas empresas como manual de funções, o qual enfatiza e caracteriza os

aspectos formais das relações entre os diferentes departamentos da empresa,

define e estabelece os deveres e responsabilidades relacionadas a cada cargo de

chefia ou assessoria da empresa. Ele tem por finalidade as seguintes funções:

a) estabelecer as várias unidades organizacionais da empresa;

b) identificar o plano organizacional da empresa, incluindo sua filosofia de

gestão e de atuação;

c) estabelecer os níveis de autoridade e as responsabilidades inerentes a

cada unidade organizacional da empresa;

d) fazer com que as informações referentes à empresa sejam elaboradas

em conformidade com as políticas e os objetivos gerais da empresa;

e) servir como base para avaliação do plano organizacional estabelecido

para a empresa.

O manual de organização não é nada mais do que a apresentação formal e

organizada destes elementos, cobrindo a faixa hierárquica previamente estipulada

pela administração da empresa, a elaboração do mesmo pode se dar por diversos

motivos entre eles o da vontade da empresa em melhorar a sua comunicação, ou

simplesmente de melhorar a organização em geral. Os demais tipos de manuais

existentes serão melhor detalhados a seguir.

4.4.2 Manual de Normas e Procedimentos

Esses são os mais utilizados na empresa e têm como objetivo descrever as

atividades que envolvem as diversas unidades organizacionais da empresa, bem

como detalhar como elas devem ser desenvolvidas. Eles têm por finalidade:

a) veicular instruções corretas aos preparadores das informações para

serem processadas por um centro de serviços;

b) proporcionar por intermédio de uma ou mais unidades organizacionais,

métodos que possibilitem a execução uniforme dos serviços;

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c) atribuir às unidades organizacionais competência para a definição das

informações que são incluídas no manual;

d) coordenar as atividades das unidades organizacionais, permitindo a

consecução racional dos propósitos da empresa.

Este manual é composto de normas que indicam quem executa ou pode

executar os diversos trabalhos do processo administrativo. É a indicação de como

serão executados os trabalhos dentro deste processo composta ainda de formulários

que indicam os documentos que circulam no processo administrativo e sua forma de

manipulação.

4.4.3 Manual de Políticas e Diretrizes

Pode ser definida como um parâmetro para a tomada de decisão. Portanto,

esse manual deve conter a descrição detalhada e completa das políticas que devem

ser seguidas pelos executivos e funcionários da empresa no processo de tomada de

decisões que levam aos objetivos estabelecidos. Essas políticas e diretrizes devem

ser bem fundamentadas e consistentes bem como baseadas em uma explicação

muito bem feita das relações de trabalho na empresa. Tem por finalidade:

a) padronizar, em nível desejável, os procedimentos das atividades da

empresa;

b) criar condições para um adequado nível de delegação na empresa;

c) dar condições para que os executivos gastem tempo apenas com as

decisões que fujam dos padrões normais da empresa;

d) facilitar a concentração de esforços visando aos objetivos gerais da

empresa;

e) criar condições para melhor avaliação do plano organizacional da

empresa.

As descrições detalhadas e completas deste manual devem ser seguidas

pelos funcionários de uma organização, principalmente, no processo decisório, por

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isso a importância de ser bem fundamentado e possuir diversas diretrizes como de

tecnologia, marketing, finanças entre outras.

4.4.4 Manual de Instruções Especializadas

Agrupa normas e instruções de aplicação específica a determinado tipo de

atividade ou tarefa como, por exemplo, manual da secretária. Este manual é

recomendável quando o número de funcionários que podem utilizá-lo é

suficientemente grande para justificar sua preparação. Têm por finalidade:

a) possibilitar maior treinamento e capacitação a determinado grupo

profissional de funcionários;

b) proporcionar um guia de trabalho e consulta para o grupo profissional.

Este manual contém entre demais itens o de instruções básicas para

execução das tarefas e avaliação destas tarefas, por isso orienta os funcionários é

de fácil entendimento pois relaciona tarefas básicas, dá informações sobre cargos e

funções relacionando essas tarefas com outros cargos e funções da organização.

4.4.5 Manual do Empregado

Importantes em empresas de porte médio ou grande e sua utilização

aumentam muito nos níveis intermediários e inferiores da empresa.

Normalmente o empregado recebe o manual em seu primeiro dia de trabalho

na empresa. Para propiciar maior motivação no uso ele deve ter boa diagramação e

redação e ser impresso de preferência em offset. Têm por finalidade:

a) propiciar ao novo funcionário seu rápido entendimento da empresa;

b) propiciar bom clima e interação entre o empregado e a empresa;

c) explicitar deveres e direitos do empregado perante a empresa;

d) facilitar o posterior treinamento do novo empregado.

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Assim como descrito acima este manual visa apoiar o novo funcionário, visto

que propicia um rápido entendimento da organização, explicita direito e deveres,

bem como apóia os treinamentos oferecidos pela organização.

4.4.6 Manual de Finalidade Múltipla

Em algumas situações, pode ser interessante fazer um único manual que

atenda aos vários aspectos apresentados anteriormente. Isso pode ocorrer devido

ao volume das atividades, ao número de empregados e simplicidade da estrutura

organizacional. Tem por finalidade:

a) informar aos empregados sobre os mais variados aspectos da empresa;

b) servir como base de treinamento e avaliação do plano organizacional da

empresa.

Como um manual único ele reúne variados aspectos da organização, o que

o diferencia dos demais, pois se pode dizer que é um manual dos mais completos e

detalhistas, pois traz desde título, índice até o regulamento interno bem como

histórico da empresa e políticas gerais desta empresa, o que o torna quase que um

patrimônio valioso da empresa.

4.5 ESTRUTURA DE UM MANUAL

Pode haver diferenças na estruturação de um manual e segundo Oliveira

(2002, p. 409) “um manual pode ser elaborado da forma mais completa possível,

chegando ao outro extremo de uma situação bastante simplificada”. Porém

normalmente eles têm as seguintes partes básicas:

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a) índice numérico ou sumário: é o índice básico com a indicação do

assunto e do número da página. Deve ser suficientemente detalhado

para permitir a rápida localização da informação necessária;

b) apresentação: nesta parte é enfocado seu objetivo, que geralmente

corresponde a uma carta de apresentação assinada pelo presidente da

empresa. Ele deve redigi-la de forma que seja comunicada a todos os

funcionários a obrigatoriedade do cumprimento ao conteúdo do

manual;

c) instruções para uso: essa parte deve ser suficientemente clara e

objetiva para facilitar seu uso pelos vários funcionários envolvidos no

processo. Nela deve conter a disposição do conteúdo básico, os

princípios em que se baseiam os capítulos, o sistema de codificação

utilizado, a utilização dos apêndices, do glossário e do índice temático.

Deve conter também a forma de atualização e modificação efetuada e

a consulta de pontos não considerados ou que não estejam

suficientemente explicados;

d) conteúdo básico: é a parte do manual que contém todo o conteúdo

principal, ou seja, a razão de ser do manual. Essa é a parte mais

extensa do manual;

e) apêndice ou anexo: nesta parte normalmente são colocados

formulários, fluxogramas, organogramas, gráficos, exemplos etc., que

representam documentos que não devem constar na parte do conteúdo

básico. O apêndice, quando utilizado, é representado por instrumentos

auxiliares para melhor entendimento do manual;

f) glossário: é uma espécie de dicionário de termos técnicos que servem

para homogeneizar a conceituação dos termos básicos utilizados no

manual, eles costumam ser colocados em ordem alfabética;

g) índice temático: é o conjunto de temas relativos ao assunto do manual

e sua localização no conjunto;

h) bibliografia: é a lista de referências bibliográficas citadas no texto em

ordem alfabética do sobrenome dos autores citados. Contém ainda

título da obra, edição, local, editora e ano de publicação.

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Todo manual devidamente orientado e bem elaborado deve conter os itens

acima descritos, isso facilita o entendimento de quem o lê e dá também as noções

básicas, noções estas corretas dos procedimentos das rotinas e normas da

empresa.

4.6 PROCESSOS DE ATUALIZAÇÃO DO MANUAL

Após definir o tipo de manual a ser adotado na empresa devem-se

estabelecer as medidas necessárias para manter a validade dos manuais. A

empresa pode impor alterações em seu contexto que podem ocorrer por meio de

revisão, reemisão ou cancelamento (POPPER, 1989).

Ainda segundo o autor sempre que houver alterações que afetem parte do

manual administrativo devem ser emitidas revisões para substituir as partes

emendadas. Esta revisão deve ser realizada com a antecedência necessária em

relação a data de entrada em vigor, com o objetivo de que as pessoas envolvidas

tomem conhecimento da mudança ocorrida.

Assim a empresa pode optar pela reemissão, que é uma nova edição

completa do corpo do manual administrativo ou dos elementos adicionais que

substitua a publicação original e inclui todas as revisões. Elas devem ocorrer sempre

que as revisões afetarem mais de 2/3 da publicação anterior.

A empresa pode ainda decidir pelo cancelamento de um manual

administrativo ou parte dele através da publicação da folha de cancelamento. Estas

decisões devem considerar as particularidades de cada empresa e de cada manual.

As atualizações e as manutenções são importantes e necessárias. Para isso

é necessário que uma pessoa supervisione e oriente todos os trabalhos desde sua

idealização até a confecção e atualização. Ressaltaremos no item a seguir os

conhecimentos e responsabilidades desta pessoa (POPPER, 1989).

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4.7 RESPONSABILIDADES DOS POSSUIDORES DE MANUAL

O manual pode trazer muitos benefícios à empresa e seus funcionários. No

entanto, uma das preocupações após a elaboração dos mesmos é a

responsabilidade dos possuidores deste material.

Segundo o autor Popper (1989), ao receber o seu exemplar do manual, o

novo possuidor assume uma série de novas responsabilidades.

O empregado com funções técnicas tem por obrigação proporcionar boa

guarda e manutenção do equipamento a ele confiado. O possuidor do manual não

pode fugir a esta regra. As responsabilidades são poucas e simples, mas mesmo

assim as empresas têm frequentemente demonstrado desleixo neste sentido, o que

é normalmente causado pela falta de divulgação da importância destas

responsabilidades e pela ausência de um sistema de controle adequado.

As obrigações dos possuidores de manual são as seguintes:

a) guardar o manual em lugar acessível a todos os funcionários do setor

que dele venham precisar para fins de consulta e orientação;

b) inserir ou fazer a secretaria inserir no manual, em local correto, todo

novo material, retirando e destruindo as páginas obsoletas na mesma

ocasião;

c) entregar o manual ao seu sucessor em caso de transferência de cargo.

Os manuais não contêm segredos da empresa, portanto não precisam ser

mantidos em gavetas trancadas, como é hábito de muitos gerentes ou chefes.

O manual deve estar sempre em ordem e devidamente anexado, suas folhas

se ficarem soltas são passivas de serem perdidas. Existem diversas maneiras de

exercer controle sobre a boa manutenção do manual por parte de seu usuário, uma

delas consiste em fazer circular periodicamente citando as novas inclusões atuais do

manual, outro meio é a verificação in loco por pessoa autorizada.

O manual é muitas vezes considerado por seu possuidor como uma espécie

de propriedade particular e como tal acha que deve acompanhá-lo por toda a parte,

inclusive para uma nova empresa. Isso pode ser evitado com um bom controle por

quem de direito, pois o manual é instrumento de trabalho fornecido pela empresa a

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determinados funcionários que, pelas responsabilidades que envolvem o seu cargo,

dele precisam para o bom desempenho de suas funções.

O funcionário deve entender que o manual visa em primeira linha facilitar e

ordenar-lhe o trabalho, definir as suas obrigações e direitos e estabelecer as linhas

de ligação para os outros setores da empresa, tendo por conseqüência o seu

perfeito enquadramento no seu meio de trabalho, excluindo assim a possibilidade de

atritos, mal entendidos e incompreensões.

Ciente deste fato, o funcionário volta-se para o manual com idéias positivas,

contribuindo para a sua atualização e melhoramento geral.

4.8 DISTRIBUIÇÃO DOS MANUAIS

Segundo Popper (1989), as edições dos manuais devem ser numeradas e o

recebimento acusado formalmente por parte do usuário, para o autor um bom

sistema é a aplicação de uma etiqueta com canhoto no lado interno da capa,

contendo nome e cargo do destinatário, além do número do exemplar.

As decisões devem ser baseadas no bom senso, sendo que apenas

determinados funcionários devem ser incluídos na relação dos que devem receber

manuais (LERNER, 1982).

A partir do momento que o manual é definitivamente implantado, é

importante iniciar um programa que dê segmento ao mesmo, para garantir que o

manual esteja atendendo aos objetivos para o qual foi proposto.

O que determina o momento da distribuição inicial de um manual vai

depender, entre outros, da resolução sobre a quantidade de inclusões que este deve

ter. E isto é determinado geralmente pelo encarregado do manual que tem o

conhecimento e irá providenciar as folhas-padrão, as capas, as divisórias e se o

volume inicial de inclusões o compensarem.

Se caso se faça necessário os manuais podem ser distribuídos e sua

distribuição pode ser controlada, isto pode se dar com a utilização de protocolos

para que se tenha um controle eficiente.

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Para Luporini e Pinto (1985), os usuários que recebem os manuais são

geralmente, os indivíduos que exercem funções de liderança na organização, de

acordo com as atividades desempenhadas.

Ainda segundo este autor o processo de atualização dos manuais deve ser

constante para ajudar na nova realidade imposta pela dinâmica da empresa e de

seu ambiente de atuação.

Deve-se levar em conta que os manuais são manuseados por diversas

pessoas na empresa o que leva a um desgaste com o passar do tempo e conforme

Popper (1989) se faz necessárias revisões periódicas para ajustá-los às novas

situações impostas. Para que tais revisões sejam feitas é necessário avaliar e

acompanhar os manuais que estão em circulação na empresa.

O manual é um instrumento que demanda trabalho intensivo de um grupo de

pessoas e resultou em considerável investimento por parte da empresa, não

podendo, portanto ser simplesmente distribuído como uma publicação ou circular

qualquer. As edições devem ser numeradas e o recebimento acusado formalmente

por parte do usuário.

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5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia descreve como o projeto será realizado partindo dos objetivos

do projeto para definir que tipo de método é mais apropriado. É comum que se utilize

muitas vezes mais de um método.

Neste caso utilizou-se da avaliação formativa que é o aperfeiçoamento de

uma intervenção em algum processo como: um programa, uma política, organização

ou produto (ROESCH, 2007).

Esta avaliação na concepção de Roesch (2007) tem como foco os pontos

fortes e fracos de um programa, a fim de recomendar melhoramentos. Neste projeto

será proposta uma intervenção a fim de aperfeiçoar a rotina do departamento de

crédito da empresa Bibbo’s Motonáutica propondo a criação de um manual de

procedimentos que será indicado para ser utilizado com o intuito de melhorar as

funções e procedimentos do setor.

A avaliação formativa segundo Roesch (2007, p. 70) normalmente implica

um diagnóstico do sistema atual e sugestões para sua reformulação, por isso requer

certa familiaridade com o sistema e a possibilidade de programar as mudanças

sugeridas e observar seus efeitos.

A observação aberta foi utilizada como método de pesquisa que segundo

Roesch (1996) é quando o pesquisador tem permissão para realizar sua pesquisa e

todos têm conhecimento de seu trabalho. No método de observação o observador

deve reunir condições, para desenvolver a pesquisa com objetivos definidos,

planejados e os dados coletados devem ser sistematicamente registrados.

Como se trata de uma pesquisa de observação descritiva, o método utilizado

para obtenção dos dados além da observância foi a entrevista semi-estruturada que

é a técnica fundamental da pesquisa qualitativa. Esta entrevista foi representada por

uma conversa orientada para um objetivo específico de recolher dados através do

interrogatório do informante que neste caso trata-se do responsável do setor de

crédito de consórcio, juntamente com o colaborador responsável pela execução da

função. Esta entrevista foi realizada com uma lista de questões (APÊNDICE A)

aplicada aos entrevistados para obtenção dos dados pertinentes com a maior

precisão possível, para propor a padronização das rotinas do setor e sugerir a

criação de formulários para facilitar o desenvolvimento e o controle das tarefas.

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A entrevista semi-estruturada utiliza-se de questões abertas que permitem

ao entrevistador entender e captar a perspectiva dos participantes da pesquisa a

partir de uma estrutura inicial permitindo ao participante ampliar as explicações e os

temas abordados, mas para esta entrevista se tornar viável é preciso que o

entrevistador consiga a confiança do entrevistado, sendo capaz de ouvir e evitar

projetar suas opiniões quanto ao caso. Essa confiança pode ser adquirida com

entrevistas curtas para possibilitar um diálogo mais franco além de mostrar interesse

e entusiasmo pelo trabalho.

Além disso, foi feita uma descrição de todas as atividades desempenhadas

no setor de crédito de consórcio, exatamente do modo como são realizadas, para

depois fazer uma comparação das mudanças que serão obtidas.

Os formulários pertinentes, bem como alguns esclarecimentos de

documentação, foram obtidos através de uma solicitação feita por e-mail ao

departamento responsável da Yamaha Motor da Amazônia, o qual atendeu

prontamente à solicitação, e posteriormente esclareceu ainda a finalidade de cada

documento.

Após a análise dos problemas mais frequentes, foi feito um levantamento

das atribuições do departamento de crédito. Com todas estas informações foi

possível elaborar um manual de procedimentos que inclui além dos formulários

anexados, formulários de orientações criados para o desenvolvimento das tarefas

visando minimizar a margem de erro.

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6 ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS

Este tópico pretende fornecer uma visão mais ampla da empresa em que o

estágio foi executado, são fornecidos desde os dados da empresa, seu histórico, seu

ambiente e a operacionalização da organização. Para assim, no segundo tópico,

descrever como foi o desenvolvimento do Manual de Procedimentos.

6.1 DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL

A empresa Bibbo’s Motonáutica Importação e Exportação Ltda., localizada na

Avenida Brasil de número 2262, no bairro São Cristovão da cidade de Cascavel, no

Paraná.

A Bibbo’s Motonáutica como é chamada comercialmente atua no ramo do

comércio varejista de venda de motocicletas da marca Yamaha, bem como na venda

de motor de popa, quadríciculos e veículos aquáticos.

Atua na região sul e oeste do Paraná, com filiais estrategicamente colocadas

para atender a demanda da região. Seu mercado concorrente é bem amplo, podendo

considerar-se as garagens de venda de veículos, demais concessionárias de diversas

marcas, além de concorrentes indiretos como os vendedores sem registro ou também

chamados de atravessadores. A estrutura organizacional apresentada abaixo refere a

esta organização nos dias atuais.

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Figura 1 - Organograma

Fonte: Documentação interna da empresa Bibbo’s Motonáutica.

Em seguida será descrita a hierarquia da empresa desde o topo do

organograma, que se inicia pelo responsável da empresa Bibbos Motonáutica

encontrando-se na linha mais alta da direção, detendo a exclusividade da marca

Yamaha. Em seguida na mesma linha de hierárquica estão dois dos diretores,

diretor da área comercial, e diretora da área administrativa, responsáveis pelas

decisões de suas respectivas áreas.

O gerente financeiro, que atua na área financeira da matriz, e também nas

filiais tendo responsabilidades sobre os financiamentos efetivados, controle de

banco, fluxo de caixa entre outras rotinas financeiras, precedido dos cargos de

Assistente financeiro, o qual atua na área de suporte financeiro. O caixa que é

responsável por recebimentos e pagamentos diversos, também pela compra de

material de consumo de escritório. Na mesma linha do financeiro, tem-se o

departamento de consórcio, responsável pela administração de cotas de consórcios

Proprietário

Diretor

Gerente

Administrativa

Financeiro

Assistente

Financeiro

Caixa

Consorcio

Pontos de Venda

Administrativo

Recursos

Humanos

Telefonista

Transporte

Limpeza

Gerente

Comercial

Comercial

Manutenção

Montagem

Acessório

Estoque

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vendidos, por financiamentos a serem finalizados, também passa para as financeiras

via sistema as propostas de financiamentos, setor este onde foi desenvolvido o

projeto de estágio.

Os pontos de venda ficam responsável pela venda da marca Yamaha em

cidades diferentes, cada um abrange uma área determinada pela gerência.

O departamento de recursos humanos, que também atua com as funções de

entrada de notas fiscais e de saída de notas de venda controla também entrada e

saída de malotes da empresa, bem como contratação e desligamento de

funcionários pois a empresa não disponibiliza um departamento próprio para cada

função, fazendo então esta fusão de setores, porém cada funcionário executa uma

tarefa.

A telefonista fica responsável pelas ligações a serem feitas e transferências

recebidas, assim como o controle de saída dos veículos da empresa, feitos por uma

planilha.

O transporte é setor responsável por transportar a mercadoria entre filiais,

pontos de venda ou até o cliente.

Ao departamento da gerência comercial cabe então toda responsabilidade e

delegação de tarefas para os setores que o precedem, a área comercial é

responsável pela negociação dos produtos na loja e a efetuação das vendas. O

setor de acessório e estoque se subdivide em duas áreas, o acessório vende as

peças e abre as ordens de serviço para a execução da oficina, o estoque fica

responsável pela organização e contagem diária de peças vendidas, também

fornece aos mecânicos e vendedores do acessório as peças que são solicitadas, e

envia malotes de peças as filiais e pontos de venda.

O departamento de montagem e manutenção de veículos aquáticos e

motocicletas é o departamento que além de montar os produtos vendidos pela

empresa para o uso de seus consumidores também efetua a manutenção para o

funcionamento destes produtos.

Por fim, o departamento de limpeza da empresa higieniza a loja e também

prepara café e chá servido aos colaboradores e clientes.

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6.1.1 Histórico Organizacional

O nome da marca “Yamaha” usado pela Yamaha Motor originou-se do nome

de Torakusu Yamaha, o fundador de sua companhia matriz, Nippon Gakki (atual

Yamaha Corporation). Aos 35 anos Torakusu consertava orgãos avariados numa

escola primaria no Japão e teve a idéia dele mesmo construir os órgãos.

O emblema da Yamaha Motor é um arranjo de três diapasões (peças usadas

para afinar instrumentos musicais) definido pela Nippon Gakki em 1898 e tem sido

usado pelas concessionárias Yamaha desde sua fundação. Os três diapasões no

emblema original incorporavam a idéia de três braços, sendo; produção, marketing e

tecnologia ousadamente ascendendo para o mundo.

Hoje a Yamaha Motor acrescenta sua própria definição ao emblema

associando clientes, sociedade, e indivíduos à imagem. O que representa os três

elementos da filosofia corporativa a criação de valor que sobrepõe às expectativas

do cliente à realização das responsabilidades sociais e a concretização de um

ambiente corporativo no qual cada indivíduo pode se orgulhar de seu próprio

trabalho.

Dessa forma, o nome Yamaha e o emblema têm representado por mais de

um século a continuação de um espírito de entusiasmo empresarial.

A primeira indústria no Brasil de motocicletas surge em 1970, a Yamaha

Motor do Brasil. Com as portas abertas para o mercado de motocicletas, o grupo

japonês decidiu em 1971 que começaria a importação e venda de motocicletas

Yamaha, peças originais e prestação de serviços. Não foi somente a cultura oriental

que a Yamaha trouxe para o Brasil, nessa época chegaram às primeiras motos de

média cilindrada e as famosas 650 quatro tempos.

Com a bagagem recheada de tecnologia e modernidade vindas de um povo

obstinado a fazer uma potência máxima no Brasil, os executivos japoneses não

tiveram dúvidas para instalar a marca Yamaha na América do Sul.

Em 1985, a Yamaha consolida ainda mais suas raízes no Brasil inaugurando

na Zona Franca de Manaus a Yamaha Motor da Amazônia sua segunda fábrica, pois

a primeira veio às margens da rodovia Presidente Dutra. Em 1988 aconteceu a

instalação da linha de produção de motores de popa, o mercado ganhou força e a

Yamaha ampliou a sua gama de produtos com os veículos aquáticos.

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Em Cascavel, uma das muitas revendas da marca, a concessionária

autorizada da Yamaha no Paraná região Sul foi fundada em 30 de Março de 1998,

por Bolívar Polina e sua esposa Cristhina Bernardi Polina, desde então considerada

uma das mais respeitadas lojas no segmento de motocicletas e náutica no Paraná.

A concessionária de Cascavel possui 2 filiais e mais de 20 pontos de venda

para atender a demanda existente em outras regiões, possui ainda uma variedade

enorme de lanchas, barcos, motores de popa e motocicletas nacionais e importadas

da Yamaha.

Conta com uma equipe especializada de mais de 100 colaboradores da

ponta do processo até a finalização para atender e oferecer o melhor serviço com a

garantia Yamaha.

6.1.2 Ambiente Organizacional

Economicamente bem estruturada sob uma linha de investimentos de capital

e tecnologia, a empresa conta com duas filiais bem estabilizadas e estruturadas,

além de sua sede própria com equipamentos à disposição com o que há de melhor

em tecnologia. Possui ainda uma frota de veículos particulares a serviço da empresa

o que enquadra um total de 10 veículos.

Entre os influentes externos, além da concorrência, é o clima que mais

interfere na demanda dos produtos, pois com o clima mais chuvoso ou frio a

tendência é de que o consumidor procure menos os produtos oferecidos pela

empresa.

Por ser Cascavel uma cidade com quase 280 mil habitantes, segundo o

censo do IBGE no ano de 2010, a média de consumo do produto fica em torno de

uma motocicleta para cada 10 habitantes, o que mostra como o mercado é lucrativo.

O mercado na área de motocicletas tem passado por grandes avanços

tecnológicos promovendo inovações tanto no produto quanto nos processos de

desenvolvimento, assim como no marketing e na forma de oferecer o produto ao

mercado.

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Da mesma forma para acompanhar os concorrentes, a empresa garante aos

seus colaboradores e clientes o que há de mais novo no mercado em termos de

inovação, conforto e segurança.

Fornece aos seus clientes informações adequadas e claras sobre seus

diferentes produtos e serviços com observância integral à legislação vigente,

aplicável a defesa e proteção do consumidor, a empresa zela pela aplicação e

cumprimento das normas e leis que coíbam o monopólio de mercado e contemplem

a livre iniciativa, sendo que suas práticas comerciais devem primar pela lealdade

junto aos seus concorrentes, parceiros comerciais e público consumidor, mantém

controles internos para garantir a eficácia e eficiência das operações e cumprimento

dos relatórios financeiros atuando com transparência na busca de um bom nível de

desempenho financeiro a fim de que não haja impactos negativos aos seus

franqueadores.

A empresa está adequada aos padrões ecologicamente corretos, pois isso

tem sido um dos diferenciais na marca para concorrer no mercado e também porque

sua franqueadora assim determina seguindo as normas que lhe são impostas por

órgãos responsáveis, utilizam cuidadosamente os recursos de modo a preservar o

meio ambiente, a empresa tem consciência de que o meio ambiente ecologicamente

equilibrado é essencial para a qualidade de vida e sobrevivência da humanidade.

A compatibilidade e harmonização da preservação da natureza com os

produtos por ela desenvolvidos e produzidos são de suma relevância para o

desenvolvimento do seu negócio.

A empresa participa ativamente na preservação dos recursos naturais, no

combate ao desperdício e na conscientização de seus colaboradores mitigando,

inclusive atividades, que impliquem em degradação do meio ambiente.

6.1.3 Operacionalização da Organização

A empresa possui mais de 100 colaboradores diretos e colaboradores

indiretos como os pintores de carcaça e chassis e os profissionais em recuperação e

pintura de carenagens danificadas em transporte ou acidentes.

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A Bibbo’s está estruturada sob um perfil departamental com linhas de

responsabilidades hierárquicas.

Mantém disponível a infraestrutura necessária para alcançar a conformidade

do produto. Suas filiais assim como seus pontos de venda estão distribuídos

estrategicamente para melhor atender.

A empresa e sua equipe disponibilizam em sistema o código de ética e a

filosofia da empresa, bem como sua missão corporativa.

Estabelece diretrizes as quais podem ser acompanhadas por quadros

afixados em locais estratégicos na empresa, estabelece metas a seus colaboradores

e estas também podem ser acompanhadas por registros via sistema informatizado

ou mesmo em murais.

A contratação é feita diretamente com os gerentes de área da empresa,

podendo ser feita pelo gerente do RH em caso de ausência do gerentes, a empresa

recolhe currículos podendo ser de agências de emprego ou diretamente na

empresa, analisado o perfil dos escolhidos são chamados a fazer a entrevista

pessoal para a qual se aplica um questionário para avaliação de conhecimentos

específicos na área.

A empresa conta também com sistema de contratação por tempo de

contrato, como é o caso de estagiários que são selecionados a princípio por órgãos

específicos como CIEE e outros.

O sistema de remuneração é feito por cheques emitidos pela gerência e

assinados pela diretoria, depositados em contas, os funcionários são contratados

com um salário base fixo, e podem disponibilizar de alguns benefícios oferecidos

pela empresa, como cursos e palestras oferecidos ou viagens para aperfeiçoamento.

Já nos setores de venda e consórcio além do salário é disponibilizada uma comissão

e premiação com o alcance de suas metas.

A empresa tem um plano de saúde podendo ser utilizado por seus

colaboradores e também disponibiliza veículos e motocicletas para locomoção para

desempenhar as tarefas externas como visitas de vendas ou serviços bancários.

Tem por estilo gerencial o democrático já que seus colaboradores têm

liberdade de sugerir idéias novas e tomar decisões em seus setores desde que

essas decisões não afetem ou interfiram no modo de desempenho ou atendimento

da empresa prejudicando-a. A gerência está disposta a ouvir e discutir novas idéias

se elas têm fundamento e condições de darem certo.

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Reuniões semanais dirigidas pelos gerentes da empresa são realizadas por

setor, com intuito de detectar problemas e suas possíveis soluções ou de resolver

pendências internas de desentendimentos. A Yamaha também disponibiliza os

cursos de aperfeiçoamento e capacitação aos seus funcionários.

Apesar da limpeza diária, o ambiente tem um nível de insalubridade alto

devido ao grau de ruído, pois juntamente com a revenda de motocicletas e náutica

temos as oficinas que prestam o atendimento ao cliente com máquinas apropriadas,

bem como a montagem de motocicletas.

As áreas financeira e comercial disponibilizam de um melhor ambiente de

trabalho, pois ficam separadas e têm climatizadores de ambiente. O ambiente físico

descreve-se da seguinte forma: com paredes das salas brancas, ambiente amplo e

arejado, porém a fachada da revenda feita totalmente de vidros dificulta visibilidade

devido à claridade demasiada.

O relacionamento entre colaboradores é harmonioso, pois seus setores

apesar de divididos hierarquicamente são aproximados em festas de

confraternização e o acesso entre eles é livre dentro da empresa, isso faz com que a

idéia de superiores e subordinados fique mais amena, gerando um clima mais

agradável para trabalhar.

O setor de consórcio onde o estágio está sendo realizado localiza-se no

meio da área comercial de vendas, pois a visualização do consórcio é importante

para aguçar a curiosidade do cliente e levá-lo ao interesse de compra, e também por

motivo de sanar possíveis dúvidas dos vendedores que podem surgir na hora da

venda. O setor, portanto é acessível a funcionários e clientes, possui mesas e

cadeiras em um ambiente aconchegante com revistas da área. Visa um melhor

atendimento a clientes e operadores de banco que exercem suas tarefas de

financiamento neste local.

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6.2 OPERACIONALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

O trabalho de estágio foi desenvolvido na empresa Bibbo’s Motonáutica

revenda autorizada Yamaha da cidade de Cascavel - PR, mais especificamente no

setor de crédito de consócio, setor responsável pelo processo que se inicia após a

venda do consórcio. Inicialmente a proposta de desenvolvimento do estágio era para

três setores distintos, depois de uma análise mais detalhada feita inicialmente com a

ajuda do responsável da empresa, chegou-se a conclusão de que o trabalho seria

desenvolvido e aplicado no setor de consórcio, por ser a área que até então

apresentava mais deficiências em relação aos procedimentos utilizados, pois o setor

de crédito de consórcio não tinha um método de controle eficaz. Para que os

objetivos pudessem ser alcançados inicialmente analisou-se a problemática, ou seja,

verificou-se a necessidade que a empresa tinha de ter um manual.

6.2.1 NECESSIDADE DIAGNOSTICADA NO SETOR

Por ser uma característica do setor a falta de compreensão do processo, a

morosidade e as falhas que por consequência ocorriam, ficou claro que havia uma

necessidade de direção das tarefas a serem executadas, que objetivaram melhorar

o atendimento ao cliente e facilitar o trabalho dos colaboradores. Chegou-se a esta

conclusão após o levantamento do problema, que inicialmente foi feito por

observação, e também através de uma conversa, uma espécie de entrevista informal

com o gerente.

Apesar de o setor possuir um sistema implantado pela marca Yamaha,

sistema este que dá auxilio ao processo de crédito de consórcio, observou-se que a

dificuldade de execução de forma plena e eficaz estava concentrada no fato de que

o executor da tarefa não tinha certeza de quais documentos ou formulários deveria

solicitar ao consorciado, pois não tinha um suporte para tirar as dúvidas que

surgiam.

Isso além de acarretar o desconforto do executor da tarefa, causava ainda

problemas como perda ou diminuição do fator lucro da empresa tendo em vista que

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o processo mal desempenhado leva o cliente a inadimplência ou desistência total do

serviço ou produto adquirido, e por fim leva o nome da empresa a uma desconfiança

de crédito perante o mercado consumidor.

6.2.2 Descrição da Rotina do Processo

Realizou-se então um levantamento das atividades e rotinas do processo de

andamento de consórcio após a sua venda efetivada, levantamento realizado

através da observação, e de uma entrevista informal, não-estruturada (APÊNDICE

A) com os colaboradores e também com o gerente que foram registradas para

análise posterior.

A entrevista se deu com os colaboradores do setor entre eles, um

encarregado de setor, um executor das tarefas pertinentes do setor e um ex-

colaborador também da parte operacional. O ex-colaborador do setor que

atualmente está em outra área da empresa foi chamado para a entrevista com

intenção de se obter uma visão de mais de uma pessoa do operacional. A conversa

transcorreu de forma informal e com um roteiro apenas com tópicos a serem

abordados, pôde-se então coletar dados e relatos dos funcionários do setor que

discutiram e destacaram suas atividades e suas dificuldades com a realização de

suas tarefas.

O processo se inicia então com a venda da cota de consórcio por um

vendedor interno ou mesmo por um vendedor externo da marca, o vendedor faz uma

breve explicação de como o consócio funciona enfatizando suas vantagens. Quando

este consorciado é finalmente contemplado pelos meios existentes (sorteios ou

lance), o setor de crédito de consórcio passa então a operar suas funções.

A seguir o consorciado é informado de sua contemplação e instruído a se

encaminhar a uma revenda autorizada para dar andamento ao processo, o

colaborador do setor deve então solicitar ao consorciado os documentos

necessários devidamente assinados e enviá-los a sede Yamaha em São Paulo, o

que ocorria neste momento é a que o colaborador normalmente não solicitava todos

os documentos necessários ou muitas vezes solicitava documentos que não seriam

de utilidade neste processo.

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O processo tem passos importantes e diferentes que dependem da escolha

do cliente entre retirar o bem ou optar por um bem diferente. É de suma importância

que o colaborador saiba verificar se todos os documentos estão assinados nos

locais corretos e verificar se tal assinatura confere com o documento apresentado.

Posteriormente o colaborador já com a documentação em mãos e

supostamente correta insere parte dela no sistema informatizado da concessionária

para agilizar uma prévia liberação, então envia os documentos físicos para a sede

para a fim de obter a aprovação final, o envio é feito através de malote identificado.

Assim que o processo retorna, estando ele em ordem, o bem escolhido é

entregue ao cliente, mas o atendimento não se encerra nesta parte, pois o cliente do

consórcio Yamaha passa então a ser cliente de um produto e serviços prestados

pela Yamaha, por este motivo é importante que o processo se inicie sem maiores

transtornos, para que o cliente não cultive a idéia de um atendimento equivocado, ou

mesmo sinta-se insatisfeito.

6.2.3 Documentação Necessária

A etapa seguinte demandou mais tempo, foi iniciada a coleta dos dados

padrão da marca Yamaha, dados estes que se fazem necessários coletar através de

instrumentos como e-mail, consultas a documentos, sites e arquivos. Este processo

levou um tempo considerável tendo em vista que o tempo disponível para tal

consulta era limitado para que não atrapalhasse o andamento rotineiro do setor que

funcionava normalmente durante a execução do projeto. Foi um trabalho minucioso,

por se tratarem de dados padrão deveriam ser obtidos com precisão para que não

houvesse alteração de qualquer informação, em seus formulários ou nas orientações

que seriam passadas aos colaboradores, pois a finalização do processo é padrão e

realizada na matriz da marca.

Para que a tarefa seja realizada com presteza e com margem mínima de

erros o colaborador deve não somente saber quais documentos e formulários o

cliente deverá utilizar, mas deve também conhecer estes documentos e suas

funções, coletou-se então um exemplar de cada formulário utilizado, com uma única

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exigência da Concessionária que todos deveriam conter a tarja com a seguinte

inscrição “MODELO” para que pudessem ser retiradas da Concessionária.

A documentação encontrada compõe os seguintes formulários: ficha

cadastral, contrato de alienação, termo de transferência, solicitação de faturamento,

carta de pendências, autorização de faturamento, nota fiscal, carta de confirmação

de dados, protocolo de confirmação de transferência, carta de aprovação de

substituição do bem, carta de devolução do processo, além de cópias dos

documentos pessoais e cópia de consulta a órgãos de controle de restrições.

6.2.4 Elaboração do Manual de Procedimentos

A partir desta conscientização foi então proposto à criação de um manual,

com formulários e instruções que orientasse de forma clara e objetiva o colaborador

do setor que até então não possuía nada desta natureza para orientação.

Após a coleta dos formulários padrão e das informações de como o

processo ocorre, começou-se então a desenvolver uma forma de expor tais

informações, de uma maneira simplificada, mas que proporcionasse eficácia da

rotina e melhor entendimento do colaborador.

Depois de feitas todas essas análises e tomadas todas as precauções

citadas anteriormente, começou-se a elaborar o que havia sido proposto

inicialmente, o manual de procedimentos das rotinas do setor de consórcio Yamaha

propriamente dito.

Para que o manual pudesse ser desenvolvido utilizaram-se todos os dados

coletados desde entrevistas informais passando por consultas aos sites autorizados

da revenda até a coleta das informações e documentos internos de controle.

O manual foi criado de forma que facilitasse o entendimento das

informações dispostas nele, no início do manual foi dada uma breve introdução

sobre o que é este crédito e seu processo de contemplação até informações sobre o

sistema interno utilizado, após o sumário detalhado. Posteriormente, na segunda

parte do manual, separou-se o processo desde o momento da contemplação do

cliente até a análise da documentação necessária para andamento do processo,

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passando por formulários obrigatórios de preenchimento até a emissão da nota

fiscal.

Foram detalhados os passos da execução do processo a serem seguidos

pelo colaborador, e para que a descrição das etapas ficassem claras para

entendimento, colocou-se no manual na forma de “observações” algumas regras

específicas da área visando esclarecer as dúvidas que poderiam ocorrer.

Foram anexados ao manual todos os documentos necessários para que a

execução da tarefa ocorra de forma correta e precisa, para que nenhuma etapa seja

pulada ou nenhum formulário seja esquecido, atrasando assim o processo de

entrega do bem que está sendo adquirido. Existem formulários como já

mencionados que são padrão, ou seja, aqueles que não podem ser modificados e

também existem os que foram criados internamente de uma forma particular da

revenda, de maneira que não altere o sentido ou entendimento das informações

dispostas.

Para a preparação definitiva do manual alguns tópicos foram levados em

consideração, pois segundo Oliveira (2002) estes fatores devem ser considerados

pelo analista, diagramação, redação, codificação, formato, impressão e teste piloto.

Dentre os fatores acima a redação que se utilizou foi o estilo de títulos que permite

uma rápida localização do tema que se procura, sem ter a necessidade de ler o

conteúdo da Pág.ina inteira. Para a codificação, utilizou-se além do nome por

extenso de cada capítulo um código numérico correspondente, que, para o autor

Oliveira (2002), é o melhor sistema de codificação para manuais, quanto à parte

escrita do manual utilizou-se a representação por meio de títulos em negrito e dentro

de cada título, tópicos em destaque.

Para melhor localização do leitor foi colocado neste manual de forma

destacada o número do formulário correto que deverá ser utilizado no final de cada

passo de cada procedimento. Ao fim deste manual foram inclusos os formulários e

cartas que serão utilizados, os mesmos já preenchidos com dados fictícios para que

o colaborador não se confunda com as informações que deverá preencher.

Levou-se em consideração a observação feita pelo autor Popper (1989) que

salienta que não se deve omitir uma informação sob a alegação que esta é

subentendida, mesmo porque o colaborador muitas vezes não esta apto a fazer tal

interpretação, o autor continua dizendo que se deve colocar somente o necessário,

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mas todo o necessário e, se houver necessidade de enfatizar ou destacar algo no

texto, é preferível sublinhar a palavra e ou palavras.

Para impressão do manual que será efetuada por uma gráfica o custo será

baixo devido ao número de exemplares que por decisão da gerência será limitado a

apenas três, ficando dois deles no setor de crédito de consórcio para utilização dos

colaboradores e um na administração para eventuais consultas.

6.2.5 Distribuição e instruções de uso do Manual

A distribuição dos exemplares dos manuais será realizada ao término de sua

elaboração e impressão. Serão entregues dois exemplares no setor de crédito de

consórcio para utilização de seus colaboradores e um exemplar ficará em poder do

setor Administrativo da Concessionária.

A determinação do momento da distribuição e informações de uso foi

definida através de uma reunião que ocorreu marcada pelo encarregado de setor,

após as instruções serem realizadas pela autora do manual ficará um colaborador

do setor responsável pelo manual ficando este por sua vez incumbido de passar as

informações e instruções aos colaboradores que vierem a incorporar o quadro de

funcionários da empresa.

O manual é um instrumento que demandou trabalho intensivo e resultou de

investimento da empresa, não pode, portanto ser distribuído de qualquer forma e,

por isso, será entregue em mãos para o encarregado de setor que assinará a ciência

de seu recebimento (APÊNDICE B) comprometendo-se a instruir novos

colaboradores de seu uso.

Ter um momento específico e estratégico para esta distribuição é muito

importante e por isso foi escolhido que tal distribuição será feita no momento em que

o encarregado do setor estiver explicando as funções do setor ao novo colaborador

que poderá ter então em mãos o manual, isto dá ao novo colaborador

responsabilidade para a continuidade do processo de passar adiante o

conhecimento quanto ao manual.

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7 SUGESTÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para que uma empresa consiga manter seu nível de atendimento e seu

prestígio perante uma gama de clientes diferenciados e exigentes é de suma

importância que as tarefas executadas sejam feitas com presteza e eficácia.

Por isso, o manual de Procedimentos é importante e suas instruções devem

ser utilizadas de forma adequada, com o objetivo de ser uma ferramenta de apoio da

empresa.

O manual além de ser um apoio para que o colaborador execute suas

rotinas de forma precisa, também poderá ser utilizado para futuros treinamentos de

novos colaboradores da área.

Segundo Popper (1989) nada mais fácil, numa empresa grande em

constante expansão, do que ocorrer revisão de rotinas, emissão de novas ordens e

instrução de novos campos de atividade. São, portanto, inúmeros os motivos que

podem provocar necessidade de alteração no Manual.

E neste caso foi proposta a empresa que futuramente o manual seja

reavaliado para que possíveis ampliações possam ser feitas levando em

consideração que o processo de consórcio não se limita apenas à área de crédito, o

manual poderá ser ampliado incorporando o início do processo que se dá com a

venda da cota de consórcio, e este procedimento também demanda uma série de

procedimentos e detalhes que devem ser seguidos.

De fato o bom desempenho das rotinas de um setor para que uma

organização possa apresentar bons resultados depende de inúmeros fatores dentre

eles o fator humano que é responsável pela parte operacional destas rotinas.

Para o alcance dos objetivos de uma organização é, portanto, necessário

que as rotinas de setores e departamentos sejam desempenhadas de forma ágil,

prática e sem sombra de dúvidas de forma certa e precisa com mínima ou nenhuma

margem de erro. Para que isso ocorra às informações de tais procedimentos devem

ser passadas ao colaborador no momento de sua iniciação na empresa.

Sendo assim, esta pesquisa desenvolvida no setor de crédito de consórcio

visou propiciar aos colaboradores deste setor uma otimização do processo, com

qualidade de desempenho de suas tarefas e de seu atendimento.

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Posteriormente à análise feita na empresa do setor de crédito de consórcio,

observou-se que a empresa não dispunha de nenhum instrumento formal que

proporcionasse ao colaborador a certeza de seus atos e solicitações feitas. Surgindo

então neste momento a oportunidade da realização deste trabalho.

Foi proposta então a elaboração de um Manual de Procedimentos para o

setor de crédito de consórcio, este manual disponibiliza as informações detalhadas e

toda descrição de documentos que é pertinente ao processo.

Com a elaboração deste manual, a empresa passou a ter vantagens

diminuindo o fator inadimplência, e até mesmo a rotatividade de funcionários no

setor, pois este manual disponibilizou: o passo a passo do processo correto, a

descrição de todos os documentos que compõem o processo, a visualização de

formulários através dos anexos dispostos, o local onde deverão ser colhidas as

assinaturas, entre outras atribuições.

É importante ressaltar que os usuários deste serviço prestado pela

Concessionária Yamaha têm percebido as melhorias após a implantação deste

manual, pois os comentários feitos pelos mesmos são satisfatórios para a

prestadora do serviço que acompanha o dia a dia da rotina. Sem mencionar que o

colaborador se mostra muito mais seguro e motivado a executar as tarefas, pois está

certo de suas decisões com base no manual consultado.

Portanto após todas as considerações mencionadas, pode-se afirmar que as

melhorias devido à organização do processo de crédito de consórcio, levaram à

empresa a uma elevação da qualidade tanto no atendimento quanto no próprio setor

que passou a desempenhar com maior clareza e assertividade suas funções.

O desenvolvimento deste manual contribuiu não somente como fator de

melhorias organizacionais, mas também contribuiu para o proveito da acadêmica,

que teve oportunidade de colocar em prática temas tratados em disciplinas

estudadas ao longo do curso de Secretariado Executivo, proporcionando um melhor

entendimento do ambiente organizacional.

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REFERÊNCIAS

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ARAUJO, Luis Cesar G. Organização & Métodos : integrando comportamento, estrutura, estratégia e tecnologia. São Paulo: Atlas, 1983.

LERNER, Walter. Organização sistemas e métodos. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1982.

LUPORINI, Carlos Eduardo Mori e PINTO, Nelson Martins. Sistemas Administrativos: uma abordagem moderna de O&M. São Paulo: Atlas, 1985.

MINTZBERG, Henry; QUINN, James Brian. O Processo da Estratégia . 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

NADLER, Gerstein. Arquitetura Organizacional : a chave para a mudança empresarial. Campos, 1994.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas Organização & Métodos: uma abordagem gerencial. 13 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

POPPER, Rudolf. A elaboração de manuais na empresa . São Paulo: Pioneira, 1989.

RAMOS, Jessica. Manual de finalidade múltipla como ferramenta de ge stão de pessoas para a Tecsoft. Toledo, 2009. Trabalho de Graduação (Disciplina de Estágio) – Curso de Secretariado Executivo Bilingue. Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

ROCHA, Luiz Oswaldo Leal da. Organização e Métodos: uma abordagem prática. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1986.

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ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2007.

SILVA, Mayahara Darlla Andrade. Proposta de implantação de um manual de normas e procedimentos para padronizar as atividade s do setor de agendamento do Centro de Saúde de Jesuítas. Toledo, 2008. Trabalho de Graduação (Disciplina de Estágio) – Curso de Secretariado Executivo Bilíngue, Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

VALENTIM, Marta. Manuais. Disponível em: <http://www.valentim.pro.br>. Acesso em: 09 ago 2009.

YAMAHA. História Yamaha. Disponível em: <http://www.yamahamotordobrasil.com.br>. Acesso em 15 mar 2009.

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APÊNDICES

APÊNDICE A - ENTREVISTA NÃO-ESTRUTURADA .............................................. 55

APÊNDICE B - TERMO DE RESPONSABILIDADE ................................................. 57

APÊNDICE C - MANUAL DE PROCEDIMENTOS DAS ATIVIDADES DO SETOR DE

CRÉDITO DE CONSÓRCIO DA EMPRESA BIBBOS MOTONÁUTICA DE

CASCAVEL ............................................................................................................... 59

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APÊNDICE A - ENTREVISTA NÃO-ESTRUTURADA

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Nome:________________________________________________________

Tempo de trabalho no setor de Crédito de Consócio:

___________________________________________________________________

Descrição da rotina desempenhada atualmente:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Maiores dificuldades e/ou dúvidas encontradas na execução do processo:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Quais as reclamações de maior incidência por parte da Matriz Yamaha após o envio

do processo?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Quais as reclamações de maior incidência por parte dos usuários deste serviço?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Com que frequência ocorrem dúvidas na execução desta rotina?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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APÊNDICE B - TERMO DE RESPONSABILIDADE

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BIBBO’S MOTONÁUTICA – CONCESSIONÁRIA AUTORIZADA YAM AHA

TERMO DE RESPONSABILIDADE

Pelo presente instrumento declaro estar ciente do conteúdo deste manual,

comprometo-me a repassar as informações contidas nele quando me forem

solicitadas. Comprometo-me a zelar por sua conservação, e, em caso de meu

desligamento desta organização, a repassá-lo para os novos integrantes deste setor

assim como me foi direcionado inicialmente.

Assinatura:________________________________

Nome extenso: _________________________________

DATA: ____/_____/______

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APÊNDICE C - MANUAL DE PROCEDIMENTOS DAS ATIVIDADES DO SETOR

DE CRÉDITO DE CONSÓRCIO DA EMPRESA BIBBOS MOTONÁUTI CA DE

CASCAVEL

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CONSÓRCIO NACIONAL YAMAHA

Manual de procedimentos

Departamento de Crédito de Consórcio

OUTUBRO 2010

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CRÉDITO: FACILITANDO A ANÁLISE E LIBERAÇÃO DE SEU CRÉDITO

O manual apresentado tem o intuito de levar você, caro colaborador a ter

maior precisão das tarefas que passará a desempenhar neste setor, desenvolvido de

forma clara e com uma linguagem simples de fácil entendimento. Nele está

disponibilizado o passo a passo da rotina e também traz anexos os modelos dos

formulários utilizados, preenchidos com dados fictícios para que não haja duplo

entendimento das informações.

Dentro do sistema de consórcio, existem duas formas de contemplação:

Sorteio e Lance.

A apuração do sorteio é feita de acordo com o resultado da loteria Federal

realizada anteriormente a data da assembléia.

A oferta de lance é realizada pelo consorciado, através de nossa Central de

Relacionamento ou através de uma concessionária Yamaha, na qual onde a

comunicação com a administradora será feita eletronicamente.

Após a apuração dos resultados da assembléia, a Administradora

disponibiliza no Sistema Comuny a relação de todos os consorciados contemplados

de sua concessionária, aguardando apenas a documentação para que seja iniciado o

processo de contemplação.

PROCESSO DE CONTEMPLAÇÃO

Com o objetivo de agilizar o processo de contemplação, a Administradora

disponibiliza, para os concessionários, a partir do início de suas atividades com o

Consórcio, a utilização do sistema Comuny, tornando-os aptos a analisar e aprovar o

crédito do consorciado na própria Concessionária.

O novo sistema Comuny, um sistema mais moderno e prático, facilita a

comercialização das cotas e o atendimento ao consorciado, agilizando e dando

autonomia aos concessionários, para concluir o processo de contemplação.

O sistema Comuny irá indicar todos os passos do processo, porém será de

total importância que toda a documentação seja analisada conforme as orientações

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da Administradora, pois a veracidade das informações e a apresentação dos

documentos serão imprescindíveis para a saúde financeira dos grupos de consórcio.

O processo original deverá ser enviado para a Administradora, dentro da

“pasta de processo” fornecida, no prazo máximo de 7 (sete) dias úteis. Caso haja

alguma irregularidade na documentação apresentada, a Administradora devolverá o

processo á concessionária, comunicando as pendências verificadas para que sejam

regularizadas imediatamente.

A concessionária deverá devolver á Administradora o processo completo com

as pendências solucionadas, o prazo máximo de 15 dias corridos, caso contrário será

suspenso o direito á Aprovação Prévia.

Obrigatoriamente a Concessionária deverá manter uma cópia de toda a

documentação do processo, no mínimo de 90 dias.

ATRIBUIÇÕES DO DEPARTAMENTO DE CRÉDITO:

Contemplação:

• Análise e aprovação dos documentos de contemplação • Cobrança de documentos pendentes • Pagamento de contemplação • Fornecimento de documentos necessários • Alienação eletrônica de motocicletas

Transferência de cotas:

• Análise e aprovação dos documentos de transferência • Cobrança de documentos pendentes • Fornecimento de formulários adequados

Substituição de garantia:

• Análise e aprovação dos documentos de substituição de garantia • Cobrança de documentos pendentes • Fornecimento de formulários

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SUMÁRIO

1 PROCESSOS DE CONTEMPLAÇÃO ............................................................................ 5

1.1 REGULARIDADE DOS PAGAMENTOS DO CONSORCIADO ....................... 5

1.2 DOCUMENTOS A SEREM APRESENTAÇÃO PELO CONSORCIADO .......... 5

1.2.1 Pessoa Física: .................................................................................................... 5

1.2.2 Documentos aceitos como comprovação de renda para pessoa física: .......... 6

1.3 DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS PELO CONSORCIADO .......... 7

1.3.1 Pessoa Jurídica: ................................................................................................ 7

2 CONTRATOS E FORMULÁRIOS OBRIGATÓRIOS: ..................................... 8

3 APRESENTAÇÃO DE UM FIADOR ................................................................ 9

3.1 DOCUMENTOS NECESSÁRIOS DO FIADOR: .............................................. 9

4 APROVAÇÃO E PAGAMENTO DO CRÉDITO .............................................. 10

5 PROCEDIMENTO .......................................................................................... 11

5.1 ANÁLISE DO PROCESSO DE CONTEMPLAÇÃO: ....................................... 11

5.2 PAGAMENTO DO BEM ................................................................................. 12

5.2.1 Envio da documentação original .................................................................... 12

5.3 PROCESSOS COM DOCUMENTAÇÃO PENDENTE .................................... 12

6 ANÁLISE DO PROCESSO .............................................................................. 14

6.1 PROCESSOS COM DOCUMENTAÇÃO PENDENTE .................................... 14

6.1.1 Emissão de autorização de faturamento ........................................................ 14

7 PAGAMENTO DO BEM ................................................................................. 16

7.1 EMISSÃO DA NOTA FISCAL PELA CONCESSIONÁRIA ............................ 16

7.1.1 Pagamento de bem usado ou de outra marca ................................................ 16

7.1.2 Validade da Autorização de Faturamento (AF) ............................................. 17

7.1.3 Opção pelo Bem .............................................................................................. 17

7.1.4 Envio da Nota Fiscal via fax ........................................................................... 17

8 ALIENAÇÃO ELETRÔNICA .......................................................................... 19

9 LICENCIAMENTO ........................................................................................ 20

10 TRANSFERÊNCIA ......................................................................................... 21

10.1 TRANSFERÊNCIA DE COTA NÃO CONTEMPLADA .................................. 21

10.1.1 Documentos Necessários ............................................................................... 21

10.1.2 Débitos Vencidos ............................................................................................ 21

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10.1.3 Análise e Aprovação do Processo de Transferência ...................................... 22

11 TRANSFERÊNCIA DE COTA CONTEMPLADA .......................................... 23

11.1 DOCUMENTOS NECESSÁRIOS: ................................................................. 23

11.1.1 Envio do Processo de Transferência ............................................................. 23

11.1.2 Análise e Aprovação dos Processos de Transferência ................................... 24

12 SUBSTITUIÇÃO DE GARANTIA ................................................................... 25

12.1 Documentos Necessários ............................................................................... 25

12.2 Envio do Processo de Substituição de Garantia............................................. 25

12.3 Análise e Aprovação do Processo de Substituição de Garantia .................... 26

ANEXO 1 – DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS ........................................................ 27

ANEXO 2 – FICHA CADASTRAL ................................................................................ 28

ANEXO 3 – CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA .......................................... 29

ANEXO 4 – SOLICITAÇÃO DE FATURAMENTO (SF) .............................................. 30

ANEXO 5 – TERMO DE TRANSFERÊNCIA................................................................ 31

ANEXO 6 – NOTA FISCAL (NF) ................................................................................. 32

ANEXO 7 – COMUNICAÇÃO DE PENDÊNCIAS ........................................................33

ANEXO 8 – AUTORIZAÇÃO DE FATURAMENTO .................................................... 34

ANEXO 9 – CARTA DE DADOS DO BEM FATURADO .............................................. 35

ANEXO 10 – CARTA COMUNICADO DE TRANSFERÊNCIA .................................. 36

ANEXO 11 – SOLICITAÇÃO DE REGULARIZAÇÃO DAS PENDÊNCIAS.................. 37

ANEXO 12 – SUBSTITUIÇÃO DE GARANTIA ........................................................... 38

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1 PROCESSOS DE CONTEMPLAÇÃO

A formação do Processo de Contemplação divide-se em três

etapas:

1. Verificação da regularidade dos pagamentos do consorciado 2. Verificação dos documentos a serem apresentados pelo consorciado 3. Preenchimento e assinatura de formulários e contrato de alienação

1.1 REGULARIDADE DOS PAGAMENTOS DO CONSORCIADO

Antes da preparação da documentação a concessionária deverá verificar os

seguintes pagamentos:

1. Parcela do mês de contemplação paga até a data da

assembléia (Caso o pagamento tenha sido efetuado após o

vencimento, a contemplação será cancelada)

2. Comprovante de pagamento do lance, no caso de contemplação

por lance.

3. Comprovante de pagamento das parcelas vencidas em aberto,

se eventualmente houver.

1.2 DOCUMENTOS A SEREM APRESENTAÇÃO PELO CONSORCIADO

1.2.1 Pessoa Física:

1. Cópia legível do R.G e C.P.F. 2. Comprovante de Residência (Água, Luz, Telefone) – recente e em nome

do consorciado, ou em nome de pessoa com grau de parentesco (pai, mãe, irmão e cônjuge)

3. Consulta a Serasa/Concentre – o consorciado não deverá apresentar restrição, e se houver deverá apresentar um fiador. Caso o CPF esteja cancelado, deverá providenciar a regularização.

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4. Comprovante de renda – apresentar comprovante de rendimento mensal equivalente a 3X o valor da prestação, observando-se o seguinte:

• Para cotas com percentual pago acima de 50% fica dispensada a comprovação de renda e residência, salvo para casos de transferência da cota. (Porque nestes casos o valor do bem pode mudar exigindo assim comprovação de renda)

• Quando houver saldo a ser amortizado (diluição), a renda a ser comprovada deverá ser de 3X o novo percentual encontrado.

• Quando o consorciado possuir mais de uma cota, a renda deverá equivaler a 3X a soma das prestações mensais assumidas pelo consorciado.

1.2.2 Documentos aceitos como comprovação de renda para pessoa física:

Assalariado – holerite (contra-cheque) do mês da contemplação, ou

declaração de renda emitida pelo empregador em papel timbrado ou com carimbo do

CNPJ da empresa, com firma reconhecida e constando os rendimentos mensais.

Empresário – declaração de renda emitida pelo contador em impresso

oficial e com firma reconhecida, constando renda mensal, conforme a resolução N

872 do C.R.C, acompanhado de cópia do contrato social da empresa devidamente

registrado na Junta Comercial do Estado, ou declaração do Imposto de Renda

referente ao ultimo exercício com protocolo de entrega.

Profissional Liberal – declaração de renda emitida pelo contador com

firma reconhecida, constando renda mensal, conforme determina a resolução N 872

do C.R.C ou declaração do imposto de renda referente ao último exercício com

protocolo de entrega.

Autônomo – declaração de renda emitida pelo contador com firma

reconhecida, constando renda mensal, conforme determina a resolução 872 do C.R.C,

ou declaração do imposto de renda referente ao último exercício com protocolo de

entrega.

(VIDE MODELO- FORMULÁRIO 1 PÁG.27)

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Renda Comissionada ou Variável – apresentar os três últimos

comprovantes de renda, para cálculo da média da renda, inclusive quando se tratar

de declaração de renda emitida pelo contador.

Renda Conjunta – será aceito renda complementar do cônjuge. Para tanto

é necessário o preenchimento completo da ficha cadastral com os dados do cônjuge,

xérox do comprovante de renda nas condições acima e certidão de casamento. O

consorciado obrigatoriamente também deverá comprovar renda.

Outras Atividades – consultar a administradora.

IMPORTANTE: As declarações de renda emitidas por contador

deverão mencionar a procedência do rendimento (tipo de atividade do

consorciado, no caso de autônomo ou profissional liberal e dados da

empresa no caso de pró-labore), e sempre constar rendimentos mensais.

1.3 DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS PELO CONSORCIADO

1.3.1 Pessoa Jurídica:

1. Cópia legível do CNPJ e Inscrição Estadual 2. Cópia do Contrato Social e alterações posteriores, com registro na Junta

Comercial. 3. Consulta à Serasa/Concentre

• Para cotas com percentual pago acima de 50% fica

dispensada a comprovação de renda e residência, salvo para os casos de transferência de cota. (pois o valor do bem pode variar).

• Quando houver saldo a ser amortizado (diluição) a renda a ser comprovada será de 3X o novo percentual encontrado.

• Quando o consorciado possuir mais de uma cota, a renda deverá equivaler a 3X a soma das prestações mensais assumidas pelo consorciado.

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2 CONTRATOS E FORMULÁRIOS OBRIGATÓRIOS:

Deverão ser preenchidos todos os campos com letra de forma ou digitado,

sem rasuras, com identificação do grupo e cota, e com assinatura do consorciado em

todas as vias, idêntica em todos os formulários e contratos:

� Ficha Cadastral Padrão (formulário 2 Pág. 28 )

� Contrato de Alienação Fiduciária - assinado e com firma

reconhecida do consorciado, e também do fiador, cônjuge do fiador e

co-responsável, quando for o caso (formulário 3 Pág. 29)

� Solicitação de Faturamento Padrão – totalmente preenchida, sem

rasuras e assinado pelo consorciado ( formulário 4 Pág. 30 )

� Termo de Transferência – assinado e com firma reconhecida do

cedente, cessionário e co-responsável, quando for o caso. (formulário

5 Pág. 31)

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3 APRESENTAÇÃO DE UM FIADOR

Será obrigatória a apresentação de fiador quando:

• O consorciado apresentar restrições de crédito

• A renda do consorciado for insuficiente (menor que 3X o valor da

prestação)

• O consorciado não comprovar rendimentos.

• O consorciado for pessoa jurídica.

3.1 DOCUMENTOS NECESSÁRIOS DO FIADOR:

� Ficha Cadastral Padrão (formulário 2 Pág. 28 )

� Cópia do RG e CPF – também do fiador e cônjuge, se houver.

� Comprovante de Residência – recente e em nome do fiador ou

cônjuge.

� Comprovante de Renda – conforme observações já feitas para

pessoa física

� Consulta à Serasa/Concentre – do fiador e cônjuge, se for o caso.

Não deverá apresentar restrições de crédito.

� Contrato de Alienação – assinatura com reconhecimento de firma

do consorciado, co-responsável (se houver) fiador, e do cônjuge do

fiador, se for o caso. ( formulário 3 Pág. 29 )

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4 APROVAÇÃO E PAGAMENTO DO CRÉDITO

O CNY disponibiliza duas modalidades de análise e aprovação de processos

de contemplação e pagamento de créditos, conforme os critérios a seguir:

1. Aprovação prévia do processo de contemplação pela própria concessionária.

A concessionária fará a análise prévia de toda a documentação do consorciado conforme instruções do manual, e encaminhará via fax à administradora para pagamento do crédito.

2. Aprovação do processo de contemplação pela

administradora: Obrigatória análise direta e exclusiva da administradora, nas seguintes

situações: • Opção do consorciado por um bem de outra marca.

• Opção do consorciado pela entrega do bem por outra concessionária

(troca de revenda)

• Opção do consorciado pela compra de produto usado.

• Quando a contemplação for por lance com carta de avaliação.

• Quando, por qualquer razão, a concessionária não fizer jus ao benefício

de aprovação prévia do processo e contemplação previsto no item

acima.

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5 PROCEDIMENTO

5.1 ANÁLISE DO PROCESSO DE CONTEMPLAÇÃO:

Após formado o processo de contemplação, a concessionária fará a análise

completa de todos os documentos. Estando a documentação inteiramente em

conformidade com as instruções e critérios previstos neste manual, encaminhar, via

fax à Administradora, os documentos abaixo:

� Solicitação de Faturamento (SF) (formulário 4 Pág. 30 ) � Consulta do consorciado à Serasa/Concentre � Termo de transferência, quando for o caso (formulário 5 Pág. 31) � Comprovante de pagamento de lance, quando for o caso. � Nota fiscal – que deverá conter os seguintes dados (formulário 6 Pág. 32):

1. Informação sobre o recolhimento do ICMS (devido obrigatoriedade de

constar em nota fiscal à forma de recolhimento)

2. CFOP (código fiscal de operações de prestações)

3. Informação do grupo e cota

4. Informação de ALIENAÇÃO A YAMAHA ADMINISTRADORA DE

CONSÓRCIO S/C. LTDA (exceto para cotas quitadas).

5. Data de emissão da NF (que não poderá ser anterior a data de

contemplação)

6. Modelo do bem optado e bem faturado (faturar o modelo de acordo com

opção mencionada na Solicitação de Faturamento SF)

7. Dados do bem (marca, modelo, ano de fabricação, cor, número de

chassi, valor).

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5.2 PAGAMENTO DO BEM

A Administradora fará a conferência dos documentos. Para os processos de

contemplação recebidos até as 14:00 h, estando em ordem a documentação, a

Administradora efetuará o pagamento do bem no prazo de 48 horas.

OBS: para que o pagamento ocorra no prazo acima, todos os

documentos relacionados no item 1 deverão ser enviados bem como a Nota Fiscal não poderá conter nenhuma irregularidade.

5.2.1 Envio da documentação original

Obrigatoriamente a Concessionária deverá manter cópia de toda

documentação do processo por um prazo mínimo de 90 dias;

Os originais do Processo de Contemplação completo (conforme instrução

Pág. 11) deverão ser remetidos imediatamente à Administradora, devendo estar em

poder da mesma no prazo máximo de 07 dias úteis.

Para encaminhar a documentação, a Concessionária deverá utilizar

obrigatoriamente as pastas de processos fornecidas pela Administradora,

devidamente identificadas, com os documentos nela inseridos na ordem em que se

encontram relacionados no ckeck-list da referida pasta, sendo imprescindível a via

original da nota fiscal de entrega do produto.

5.3 PROCESSOS COM DOCUMENTAÇÃO PENDENTE

Constada qualquer irregularidade no processo de Contemplação recebido, a

Administradora devolverá à Concessionária todo o processo, com comunicação das

pendências verificadas ( formulário 7 Pág. 33 ).

As pendências deverão ser regularizadas imediatamente pela Concessionária

e o processo de contemplação completo deverá ser novamente encaminhado à

administradora no prazo máximo de 15 dias.

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A informação das irregularidades também estará disponível para a

Concessionária através da Internet.

Atenção – Suspensão do Benefício

O não envio da documentação original, a não regularização de documentação

pendente e/ou o pagamento do crédito sem conhecimento do consorciado, implicará

na SUSPENÇÃO AUTOMÁTICA DO BENEFÍCIO, ficando a Concessionária

responsável pela cota até a regularização do processo, ou até a quitação do plano nos

termos do convênio.

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6 ANÁLISE DO PROCESSO

De posse da documentação enviada, a Administradora fará a análise do

processo de 72 hr a contar da data do recebimento.

6.1 PROCESSOS COM DOCUMENTAÇÃO PENDENTE

Constatada qualquer irregularidade no processo de contemplação recebido, a

Administradora devolverá a Concessionária todo o processo, com comunicação das

pendências verificadas (formulário 7 Pág. 33 )

O consorciado receberá correspondência comunicando as pendências, com

prazo de 10 dias para a regularização a partir da data de recebimento.

As informações das irregularidades também estarão disponíveis para a

Concessionária através da Internet, pelo site WWW.CNY.YAMAHA-

MOTOR.COM.BR

OBS: Os processos de contemplação não devem ser enviados com

documentação incompleta ou com irregularidades, pois a devolução do

processo acarretará atraso na emissão da Autorização de Faturamento e

a insatisfação do cliente.

6.1.1 Emissão de autorização de faturamento

Aprovada a documentação, a Administradora emitirá a Autorização de

Faturamento (AF), que será disponibilizada para a Concessionária via Internet.

( formulário 8 Pág. 34).

No corpo da AF constarão observações a serem consideradas:

Bem de opção do consorciado

Validade da AF

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Reposição de estoque ou não

Saldo devedor do consorciado

Restrições se houver

ATENÇÃO: Somente após emissão da Autorização de Faturamento

(AF) pela Administradora é que a Concessionária poderá faturar o

produto para o consorciado.

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7 PAGAMENTO DO BEM

7.1 EMISSÃO DA NOTA FISCAL PELA CONCESSIONÁRIA

Após emitida a Autorização de Faturamento, a Concessionária estará

autorizada a emitir a Nota Fiscal para a entrega do bem ao consorciado, observando o

prazo de validade e opção feita pelo consorciado.

Para o pagamento da contemplação serão analisados os seguintes dados da

Nota Fiscal (formulário 6 Pág.. 32)

• Informação sobre o recolhimento do ICMS

• CFOP (código fiscal de operação de prestação)

• Informação do grupo e cota no corpo da Nota Fiscal

• Informação de ALIENAÇÃO À YAMAHA ADMINISTRADORA DE

CONSÓRCIO S/C LTDA no corpo da Nota Fiscal (exceto cotas

quitadas).

• Data de emissão da Nota Fiscal (não poderá ser anterior a data de

contemplação)

• Modelo bem optado e bem faturado (assim como a opção mencionada

na AF)

• Dados do bem (marca, modelo, ano de fabricação, cor, número do

chassi, valor)

7.1.1 Pagamento de bem usado ou de outra marca

Para pagamento de crédito referente ao bem usado ou de outra marca, além

da Nota Fiscal original, a Concessionária deverá enviar obrigatoriamente a Nota

Fiscal de origem do produto e cópia do Certificado de Registro do Veículo alienado ou

Consórcio Nacional Yamaha.

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7.1.2 Validade da Autorização de Faturamento (AF)

A AF terá validade até a data do próximo vencimento posterior à emissão da

mesma. Depois de referida data, a emissão da Nota Fiscal estará condicionada à

apresentação de comprovante de pagamento das parcelas vencidas e/ou diferenças

geradas após a liberação da AF.

7.1.3 Opção pelo Bem

O modelo deverá ser definido pelo consorciado no momento do

preenchimento da Solicitação de Faturamento.

Caso o consorciado opte por outro modelo depois de emitida a AF, deverá ser

enviada nova solicitação de faturamento com a nova opção para análise. Caso o

consorciado faça opção por modelo de preço superior ao bem base do plano, a

diferença deverá ser paga por ele diretamente à Concessionária. Na opção por bem de

menor valor, a diferença entre o valor do crédito e o bem retirado será lançado na

conta corrente do consorciado como antecipação de parcelas.

OBS: Após o pagamento do crédito, a Administradora informará

ao consorciado, por carta, os dados referente ao bem faturado, conforme

a Nota Fiscal emitida. ( formulário 9 Pág. 35).

7.1.4 Envio da Nota Fiscal via fax

É facultado à Concessionária o envio da Nota Fiscal via fax para pagamento

do bem no prazo de 24 h do recebimento da mesma, desde que recebida até às 16:00

horas. Após este horário, serão considerados como recebidos no dia seguinte. Fax

ilegível não serão considerados como recebidos.

A Nota Fiscal original devera ser enviada imediatamente a ser recebida pela

Administradora no prazo máximo de 7 dias corridos, juntamente com a cópia do CRV

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com a alienação fiduciária à Administradora, quando se tratar de bens de outras

marcas.

OBS: O não envio da Nota Fiscal original acarretara a suspensão

dos futuros pagamentos de contemplação via fax, ate que seja

regularizada a pendência.

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8 ALIENAÇÃO ELETRÔNICA

Devido exigência do DETRAN, nos Estados SP/RJ/MG/PR/GO a alienação

fiduciária dos veículos deverá ser feita eletronicamente, ou seja, ao dar entrada no

licenciamento o DETRAN já deverá ter sido informado eletronicamente pelo agente

financeiro – no caso, a Administradora – acerca da restrição de alienação. Sendo

assim, ao recebermos a Nota Fiscal, informaremos a restrição ao DETRAN de cada

estado, seja qual for a modalidade de aprovação e pagamento do crédito.

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9 LICENCIAMENTO

Visando agilizar o licenciamento da motocicleta, mantemos nas

concessionárias os Contratos de Alienação Fiduciária devidamente assinados pela

Yamaha Administradora de Consórcio S/C. Ltda, devendo o mesmo ser preenchido

conforme os dados do bem faturado. Após assinatura do consorciado, a

Concessionária deverá entregar uma via do contrato de alienação juntamente com a

Nota Fiscal ao consorciado a fim de que o consorciado providencie o licenciamento da

motocicleta.

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10 TRANSFERÊNCIA

O consorciado poderá transferir sua cota de consórcio de duas formas:

10.1 TRANSFERÊNCIA DE COTA NÃO CONTEMPLADA

A transferência da cota simples acontece quando consorciado, que estiver

com sua cota contemplada, decide vendê-la para um novo consorciado.

A Administradora não realiza nenhuma cobrança ao consorciado que deseja

transferir sua cota, somente solicita que seja enviado o Termo de Transferência

assinado pelo cedente e cessionário e com firma reconhecida por parte do cedente

para formalizar o processo.

Caso haja parcelas em aberto, a Administradora solicita que seja enviada,

junto ao termo de transferência, uma Carta Compromisso do novo consorciado,

comprometendo-se a quitá-la em forma de diluição nas parcelas a vencer ou

pagamento total no ato da transferência.

10.1.1 Documentos Necessários

Instrumento Particular de Cessão e Transferência de Direitos e

Obrigações, que deverá ser totalmente preenchido (exceto os campos com os dados

do bem), assinado pelo cedente (consorciado)e cessionário (novo consorciado) e com

firma reconhecida de ambos (Formulário 5 Pág. 31).

10.1.2 Débitos Vencidos

Havendo prestações vencidas em aberto, poderá o cessionário (novo

consorciado) assinar e enviar anexa ao termo de transferência uma carta

compromisso comprometendo-se a quitá-las da seguinte forma.

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Diluídas nas parcelas vincendas, divididas pelo número de meses de

participação do cessionário.

Diluídas a partir da contemplação, proporcionalmente aos meses faltantes.

Integralmente no ato da contemplação, reajustadas na forma prevista neste

instrumento.

OBS: Caso não haja manifestação formal do cessionário (novo

consorciado), as parcelas vencidas ainda não quitadas serão diluídas nas

parcelas a vencer, automaticamente.

10.1.3 Análise e Aprovação do Processo de Transferência

Recebida e aprovada a documentação pela Administração, é efetivada a

transferência incluindo os dados do novo consorciado no sistema, gerando uma carta

para o cessionário, com cópia para o cedente, confirmando que a transferência foi

concretizada na Administradora. (Formulário 10 Pág. 36). O instrumento de

transferência será assinado pela Administradora e a 3 via será encaminhada à

Concessionária para ser entregue ao cessionário.

OBS: Os termos de transferência com irregularidade serão

devolvidos para a Concessionária a fim de que sejam sanadas, e será

gerada carta para o cessionário com cópia para o cedente comunicando a

pendência e solicitando a sua regularização (Formulário 11 Pág. 37).

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11 TRANSFERÊNCIA DE COTA CONTEMPLADA

11.1 DOCUMENTOS NECESSÁRIOS:

� Instrumento Particular de Cessão e Transferência de Direitos e Obrigação- totalmente preenchido e assinado pelo cedente e cessionário, e com firma reconhecida de ambos (Formulário 5 Pág.. 31)

� Cópia legível do RG e CPF. � Comprovante de Residência- recente e em nome do cessionário

(novo consorciado), ou em nome de pessoa com grau de parentesco (pai, mãe, irmão e cônjuge).

� Ficha Cadastral Padrão- totalmente preenchida, sem rasuras e assinada pelo cessionário (a assinatura deverá ser idêntica com a do contrato de alienação. (Formulário 2 Pág. 28)

� Consulta à Serasa/Concentre – o cessionário não poderá apresentar restrição e caso o CPF esteja cancelado deverá providenciar a regularização.

� Comprovante de Renda – apresentar rendimento mensal equivalente a 3X o valor da prestação, independente do percentual já pago pelo cedente.

� Contrato de Alienação – todas as vias, com identificação de grupo e cota devidamente assinados e com firma reconhecida do cessionário (novo consorciado), e assinado pelo fiador, cônjuge do fiador (quando for o caso) (Formulário 3 Pág. 29).

11.1.1 Envio do Processo de Transferência

A concessionária deverá preparar e conferir a documentação do consorciado,

e encaminhar imediatamente o processo de transferência à Administradora para

análise e aprovação.

Obrigatoriamente a Concessionária deverá manter cópia de toda

documentação do processo por um prazo mínimo de 90 dias.

Para encaminhar a documentação, a Concessionária deverá utilizar

obrigatoriamente as pastas de processos fornecidas pela Administradora,

devidamente identificadas, com os documentos nela inseridos na ordem em que se

encontram relacionados no “check-list” da referida pasta.

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11.1.2 Análise e Aprovação dos Processos de Transferência

Havendo pendências e/ou irregularidades na documentação recebida, a

Administradora devolverá o processo de transferência à Concessionária para que

sejam regularizadas. Será gerada carta para o cessionário com cópia para o cedente

comunicando as pendências e/ou irregularidades, e solicitando a sua regularização

(Formulário 11 Pág. 37)

Aprovado o processo de transferência, serão incluídos os dados do novo

consorciado no sistema, gerando uma carta para o cessionário, com cópia para o

cedente, confirmando que a transferência foi concretizada na Administradora.

(Formulário 10 Pág. 36).

O instrumento de transferência, será assinado pela Administradora e a 3 via

será encaminhada à Concessionária para ser entregue ao cessionário, devendo o

mesmo providenciar a transferência do veículo junto ao DETRAN.

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12 SUBSTITUIÇÃO DE GARANTIA

Para os casos de substituição de garantia todas as parcelas vencidas

obrigatoriamente deverão estar pagas. Não será admitida a diluição das parcelas

vencidas nas a vencer

12.1 Documentos Necessários

O bem oferecido em substituição deverá ter o valor de avaliação igual ou

superior ao saldo devedor da cota.

• O1 carta de avaliação constando todos os dados do bem oferecido em substituição, devidamente assinado e com identificação do emitente.

• Termo de garantia de câmbio e motor por 03 meses no caso de veículo usado.

• Contrato de alienação assinado (3 vias) (Formulário 3 Pág. 29) • Nota fiscal de venda ou CRV (Certificado de Registro de Veículo) do

bem oferecido em substituição.

12.2 Envio do Processo de Substituição de Garantia

A concessionária deverá preparar e conferir a documentação do consorciado,

e encaminhar imediatamente o processo de substituição de garantia à

Administradora para a análise e aprovação.

Obrigatoriamente a Concessionária deverá manter cópia de toda

documentação de processo por um prazo mínimo de 90 dias.

Para encaminhar a documentação, a Concessionária deverá utilizar

obrigatoriamente as pastas de processos fornecidas pela Administradora,

devidamente identificadas, com os documentos nela inseridos na ordem em que se

encontram relacionados no “check-list” da referida pasta.

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12.3 Análise e Aprovação do Processo de Substituição de Garantia

Havendo pendências e/ou irregularidades na documentação recebida, a

Administradora devolverá o processo de substituição de garantia à Concessionária

para que sejam regularizadas.

Será gerada carta para o consorciado comunicando as pendências e/ou

irregularidades, e solicitando a sua regularização (Formulário 11 Pág. 37).

Aprovado o processo de substituição de garantia, serão incluídos os dados da

nova garantia no sistema, gerando uma carta para o consorciado informando-o, bem

como solicitando o envio do CRV do bem oferecido em substituição já com a

alienação a favor da Yamaha Administradora de Consórcio. (Formulário 12 Pág.

38).

OBS: Após o recebimento do CRV do bem oferecido em

substituição licenciado em nome do consorciado e, com o devido

gravame de alienação do novo bem, é emitido o instrumento de liberação

do bem que estava originalmente em garantia, e enviado à

Concessionária para ser entregue ao consorciados.

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ANEXO 1 – DECLARAÇÃO DE RENDIMENTOS

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ANEXO 2 – FICHA CADASTRAL

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ANEXO 3 – CONTRATO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA

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ANEXO 4 – SOLICITAÇÃO DE FATURAMENTO (SF)

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ANEXO 5 – TERMO DE TRANSFERÊNCIA

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ANEXO 6 – NOTA FISCAL (NF)

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ANEXO 7 – COMUNICAÇÃO DE PENDÊNCIAS

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ANEXO 8 – AUTORIZAÇÃO DE FATURAMENTO

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ANEXO 9 – CARTA DE DADOS DO BEM FATURADO

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ANEXO 10 – CARTA DE TRANSFERÊNCIA

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ANEXO 11 – SOLICITAÇÃO DE REGULARIZAÇÃO DE PENDÊNCI AS

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ANEXO 12 – SUBSTITUIÇÃO DE GARANTIA

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