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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA MESTRADO ACADÊMICO EM SAÚDE COLETIVA NATÁLIA LIMA SOUSA ANÁLISE DA EQUIDADE DO FINANCIAMENTO FEDERAL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DE SAÚDE NO CEARÁ FORTALEZA - CEARÁ 2017

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

MESTRADO ACADÊMICO EM SAÚDE COLETIVA

NATÁLIA LIMA SOUSA

ANÁLISE DA EQUIDADE DO FINANCIAMENTO FEDERAL NA ATENÇÃO

PRIMÁRIA DE SAÚDE NO CEARÁ

FORTALEZA - CEARÁ

2017

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NATÁLIA LIMA SOUSA

ANÁLISE DA EQUIDADE DO FINANCIAMENTO FEDERAL NA ATENÇÃO

PRIMÁRIA DE SAÚDE NO CEARÁ

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado

Acadêmico em Saúde Coletiva do Programa

de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do

Centro de Ciências da Saúde da Universidade

Estadual do Ceará, como requesito parcial à

obtenção do Ttítulo de mestre em Saúde

Coletiva. Área de Concentração: Saúde

Coletiva.

Orientador: Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos

da Silva.

FORTALEZA - CEARÁ

2017

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NATÁLIA LIMA SOUSA

ANÁLISE DA EQUIDADE DO FINANCIAMENTO FEDERAL NA ATENÇÃO

PRIMÁRIA DE SAÚDE NO CEARÁ

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado

Acadêmico em Saúde Coletiva do Programa

de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do

Centro de Ciências da Saúde da Universidade

Estadual do Ceará, como requesito parcial à

obtenção do Ttítulo de mestre em Saúde

Coletiva. Área de Concentração: Saúde

Coletiva.

Data de aprovação: 15 de dezembro de 2017.

BANCA EXAMINADORA

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À todos os profissionais da saúde que

trabalham incansavelmente com muito amor,

afinco e dedicação para um sistema de saúde

de qualidade, universal, equânime e integral.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pela oportunidade da vida, por destinar tanto amor, sabedoria, luz e exemplos de fé.

À minha amada mãe Helena Lima, por ser meu maior ídolo, por representar o real exemplo de

mulher, mãe, guerreira, forte, pois sem ela este trabalho não teria tanto sentido. Por acreditar

incansavelmente em mim e me amparar sem medidas em todos os passos arriscados.

Ao meu pai Antônio Rodrigues por me apoiar em toda e qualquer escolha que fizer na vida.

Aos meus irmãos de sangue, Luana Lima e André Lima, por estarem sempre ao meu lado

torcendo e ajudando no que for preciso, acreditando que cada passo é possível.

Aos meus tios Ângela Lima e George Lima, que com seu jeito, sempre estão ao lado.

Ao meu parceiro Mário Jorge, por torcer, acreditar, incentivar, apoiar e sonhar junto comigo.

Ao professor Dr. Marcelo Gurgel, pela confiança e por acreditar neste trabalho.

A minha irmã de coração Alessandra Gurgel pelos braços abertos e abraços sinceros. Pelas

frequências de luz e meditações que me fizeram acalmar mais a mente e alimentar a alma.

Às minhas chefes Marilza Lima e Sílvia Bomfim, por terem proporcionado espaços para

cumprir com meu dever honestamente.

À Porcina Frota, por ter me recebido de braços abertos na Central de Regulação e por estado

sempre disponível para qualquer dúvida ou solicitação.

Aos meus colegas e amigos de trabalho: Kátia, por ter me amparado nos momentos de

angústia e sempre com palavras amáveis; Jackson, pelos vários momentos que escuta, de total

apoio a todas as questões de informação da tecnologia; Kílvia e Camila, por estarem ali do

ladinho dispostas a caminhar juntos no que fosse preciso.

À minha amiga Eveline, por todas as palavras de força e fé nessa caminhada.

À Rosa Salani, por toda disponibilidade e extrema expertise em estatística.

Aos meus amados amigos que tive a grande bênção de reencontrar nesta empreitada da pós-

graduação, ajudando a me descontruir e reconstruir, compartilhando momentos memoráveis

que, com certeza, levarei para o resto da vida.

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“Sei que um dia

Todas as vozes

Cantarão juntas

Fortes unidas

Todas as vidas

E o meu sorriso

Que fora mudo

A minha voz

Que se ouviu tão pouca

Será um eco

Em todas as bocas

Nas coisas – tudo

Será mais vida

Sei que outras mãos

Erguerão o mastro

Roto quebrado

E os sonhos todos

Além dos astros

Não dormirão

Sobre outros passos

Já esquecidos

Todos os rastros

Marcharão livres”

Acalanto para a certeza (Antônio Rodrigues

de Sousa)

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RESUMO

Este estudo tem por finalidade analisar a evolução do financiamento federal na Atenção

Primária da Saúde nos municípios cearenses, agrupados em três portes populacionais

(pequeno, médio e grande), observando as mudanças ocorridas na política de financiamento

federal, no período compreendido entre 2004 e 2014, favoreceram a distribuição equitativa

dos recursos. Inicia examinando o contingente populacional nos municípios cearenses,

segundo os portes; em seguida, foi identificado o financiamento fixo, variável, total e per

capita dos municípios cearenses por porte populacional e, por conseguinte, averiguado se

houve equidade na distribuição dos recursos per capita entre os municípios cearenses segundo

porte populacional e Índice de Desenvolvimento Municipal no período de análise. Este estudo

tem a característica de estudo ecológico, quantitativo, utilizando dados secundários referentes

ao financiamento federal destinado à Atenção Primária nos 184 municípios do Ceará. As

informações sobre transferências federais para a atenção primária nos municípios cearenses

foram extraídas do Fundo Nacional de Saúde, os dados populacionais foram coletados no site

do Departamento de Informática do SUS e o Índice de Desenvolvimento Municipal foram

capturados no Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará. A análise de dados

ocorre pela classificação de três grupos populacionais. Para efeito deste trabalho foram

trabalhadas apenas os dados de custeio da Atenção Primária a Saúde. Tendo em vista que o

Índice de Desenvolvimento Municipal só é apurado em anos pares, resolve, em relação ao

financiamento, trabalhar a média de dois anos. Para melhor compreensão, os resultados foram

divididos em três partes: distribuição dos municípios cearenses por porte populacional;

evolução do financiamento federal com Atenção Primária em Saúde e a relação entre o Piso da

Atenção Primária per capita e o Índice de Desenvolvimento Municipal: análise da equidade no

financiamento da Atenção Primária em Saúde. Houve crescimento populacional dos MMP e

MGP e redução nos MPP o que pode-se concluir que houve migração de pessoas dos

municípios considerados de pequeno porte sinalizando uma real necessidade na busca de

melhores condições de vida. Verificou-se, em relação ao PAB per capita, os MPP

apresentaram os maiores valores comparados aos MMP, que ficou em segundo lugar, e aos

MGP que obtiveram os piores resultados. O crescimento entre os MMP foi maior em termos

percentuais, atingindo 198,3%, enquanto os MGP foi de 181,7% seguido dos MPP com

178,6%. Observou-se também que do ano de 2012 para 2014 houve um desaceleramento dos

recursos per capita, o que poderá elevar o nível de desigualdades em saúde, em especial nos

municípios mais pobres. Na análise da relação do PAB per capita do IDM detectou-se que

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houve uma melhor distribuição de recursos entre os anos de 2004 e 2012, favorecendo os

MPP, em seguida os MMP e por último os MGP. Isso representa uma redução das iniquidades

nesse período. Contudo, no ano de 2014 é preocupante pois pode representar uma redução da

equidade conseguida até então.

Palavras-Chave: Atenção Primária à Saúde. Financiamento governamental. Equidade em saúde.

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ABSTRACT

The purpose of this study is to analyze the evolution of federal funding in Primary Health

Care in the municipalities of Ceará, grouped into three population sizes (small, medium and

large), observing the changes that occurred in the federal financing policy, between 2004 and

2014 , favored an equitable distribution of resources. It begins by examining the population

contingent in the municipalities of Ceará, according to size; then the fixed, variable, total and

per capita funding of the municipalities of Ceará by population size was identified and,

therefore, it was verified whether there was equity in the distribution of resources per capita

between the municipalities of Ceará, according to population size and Municipal

Development Index in the period of analysis. This study has the characteristic of an

ecological, quantitative study, using secondary data referring to federal funding for Primary

Care in the 184 municipalities of Ceará. Information on federal transfers for primary care in

the municipalities of Ceará was extracted from the National Health Fund, population data

were collected on the website of the Department of Information Technology of SUS and the

Municipal Development Index were captured at the Institute of Research and Economic

Strategy of Ceará . Data analysis is performed by the classification of three population groups.

For the purpose of this study, only the data on the costing of Primary Health Care were

worked. Given that the Municipal Development Index is only verified in even years, it

decides, in relation to the financing, to work the average of two years. For better

understanding, the results were divided into three parts: distribution of the municipalities of

Ceará by population size; evolution of federal funding with Primary Health Care and the

relationship between the Primary Care Floor per capita and the Municipal Development

Index: analysis of the equity in the financing of Primary Health Care. Population growth of

MMP and MGP and reduction in MPP that one can conclude that there was migration of

people from small municipalities signaling a real need in the search for better living

conditions. It was found that, in relation to the per capita PAB, the MPP presented the highest

values compared to the MMP, which was in second place, and to the MGP that obtained the

worst results. Growth among MMPs was greater in percentage terms, reaching 198.3%, while

MGP was 181.7% followed by MPP with 178.6%. It was also observed that from the year

2012 to 2014 there was a deceleration of per capita resources, which could increase the level

of health inequalities, especially in the poorest municipalities. In the analysis of the relation of

the per capita GDP of the MDI, it was found that there was a better distribution of resources

between the years 2004 and 2012, favoring the MPP, then the MMP and finally the MGP.

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This represents a reduction of iniquities in this period. However, in the year 2014 it is

worrying because it may represent a reduction of the equity achieved until then.

Key Words: Primary Health Care. Financing government. Health equity.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Número e porcentagem dos municípios cearenses por porte

populacional, no período de 2004 à 2014......................................

52

Tabela 2 - Distribuição de recursos financiados pelo Governo Federal para

a APS para municípios de grande porte (MGP), nos anos pares

de 2004 à 2014 (R$ 1,00)................................................................

54

Tabela 3 - Distribuição de recursos financiados pelo Governo Federal para

a APS para municípios de médio porte (MMP), nos anos pares

de 2004 à 2014 (R$ 1,00)..............................................................

55

Tabela 4 -

Tabela 5 -

Tabela 6 -

Distribuição de recursos financiados pelo Governo Federal para

a APS para municípios de pequeno porte (MPP), nos anos pares

de 2004 à 2014..............................................................................

Acréscimo percentual de recursos financiados pelo Governo

Federal para a APS para municípios de pequeno, médio e grande

porte, nos anos pares de 2004 à 2014............................................

Média do PAB per capita por porte populacional (MGP, MMP,

MPP) e sua variação anual, nos anos pares de 2004 à 2014...........

56

57

59

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Mapa do Ceará dividido em macrorregiões..................................

48

Gráfico 2 - Variações em porcentagens dividido por classificações por

portes municipais .......................................................................

52

Gráfico 3 - Relação do PAB per capita e o IDM, nos anos pares de 2004 a

2014, apresentado pelo gráfico de dispersão de acordo com o

porte do município......................................................................

60

Gráfico 4 - Relação do PAB per capita e o IDM estratificado por anos pares

de 2004 à 2014........................................................................... 61

Gráfico 5 -

Gráfico 6 -

Relação do PAB per capita e o IDM apresentado por anos pares

de 2004 a 2014...........................................................................

Relação do PAB per capita e o IDM apresentado por ano e porte

do município, estratificado por anos pares de 2004 a

2014............................................................................................

62

63

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LISTA DE SIGLAS

ABS Atenção Básica da Saúde

ABRASCO Associação Brasileira de Saúde Coletiva

ADCT Ato das Disposições Transitórias

AFC Assistência Financeira Complementar

AIH Autorização de Internação Hospitalar

APS Atenção Primária da Saúde

ASPS Ações e Serviços Públicos de Saúde

CEP Comitê de Ética em Pesquisa

CEBES Centro Brasileiro de Estudos de Saúde

CF Constituição Federal

CONASEMS Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde

CONASS Conselho Nacional de Secretários de Saúde

COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

CPMF Contrtibuição Provisória sobre Movimentação Financeira

CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

CNS Conselho Nacional de Saúde

DATASUS Departaiemtno de Informática do SUS

DF Distrtito Federal

DRU Desvinculação das Receitas da União

EC Emenda Constitucional

ENSP Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca

FEGE Fator de Estímulo à Gestão Estadual

FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz

FNS Fundo Nacional de Saúde

FSS Fundo Social de Saúde

GF Governo Federal

GM Gabinete do Ministro

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDH Indice de Desenvolvimento Humano

INAMPS Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social

IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

IPECE Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará

IVQ Índice de Valorização de Qualidade

IRPF Imposto de Renda Pessoa Física

IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano

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IPVA Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores

IPI Imposto sobre Produtos Industrializados

ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

ISS Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

LC Lei Complementar

LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias

LOA Lei Orçamentária Anual

MS Ministério da Saúde

MPP Municípios de Pequeno Porte

MMP Municípios de Médio Porte

MGP Municípios de Grande Porte

NASF Núcleo de Apoio à Saúde da Família

NOAS Norma Operacional de Assistência à Saúde

NOB Norma Operacional Básica

OMS Organização Mundial de Saúde

OPAS Organização Pan-Americana da Saúde

OSS Orçamento da Seguridade Social

PAB Piso de Atenção Básica

PACS Programa de Agente Comunitário de Saúde

PIB Produto Interno Bruto

PMAQ Programa de Acesso e Qualidade da Atenção Básica

PNAB Política Nacional da Atenção Básica

PROVAB Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica

RCL Receita Corrente Líquida

RENASES Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde

SAD Serviço de Atendimento Domiciliar

SESA Secretaria de Saúde do Estado do Ceará

SNAS Secrcetaria Nacional de Assistência a Saúde

SS Seguridade Social

SIOPS Sistema de Informação sobre Orçamento Público

SUS Sistema Único de Saúde

UBS Unidade Básica de Saúde

USP Universidade de São Paulo

UNICEF Fundo Nacional Unidas para a Imfância

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 18

2 OBJETIVOS ................................................................................................................................ 23

2.1 GERAL ............................................................................................................................................ 23

2.2 ESPECÍFICOS .............................................................................................................................. 23

3 REFERENCIAL TEÓRICO-CONCEITUAL ............................................................... 24

3.1 ATENÇÃO PRIMÁRIA DA SAÚDE ................................................................................... 24

3.2 EQUIDADE ................................................................................................................................... 29

3.3 EQUIDADE EM SAÚDE ......................................................................................................... 30

3.4 EVOLUÇÃO DO FINANCIAMENTO DA SAÚDE ....................................................... 33

3.5 AS NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS DO SUS E O

FINANCIAMENTO.....................................................................................................................38

3.6 O FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA ...................................................... 42

3.7 CONSIDERAÇÕES SOBRE O FINANCIAMENTO DA SAÚDE ............................. 45

4 METODOLOGIA ...................................................................................................................... 47

4.1 PESQUISA, ABORDAGEM E TIPO DE ESTUDO ......................................................... 47

4.2 CENÁRIO DE PESQUISA ....................................................................................................... 48

4.3 UNIDADES DE ANÁLISE ....................................................................................................... 49

4.4 PERÍODO DE ESTUDO ............................................................................................................ 49

4.5 COLETA DE DADOS ................................................................................................................ 49

4.6 TRATAMENTO DOS DADOS SOBRE FINANCIAMENTO ...................................... 49

4.7 ANÁLISE DOS DADOS ........................................................................................................... 50

4.8 LIMITES DO ESTUDO ............................................................................................................ 51

4.9 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA .................................................................................. 51

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................... 52

5.1 DISTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS CEARENSES POR PORTE

POPULACIONAL ....................................................................................................................... 52

5.2 EVOLUÇÃO DO FINANCIAMENTO FEDERAL COM APS .................................... 54

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5.3 RELAÇÃO ENTRE PAB PER CAPITA E O IDM: ANÁLISE DA ..... EQUIDADE

NO FINANCIAMENTO DA APS.......................................................................................... 59

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 65

REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 67

APÊNDICES ................................................................................................................................ 74

APÊNDICE A - MUNICÍPIOS DE GRANDE PORTE POR IDM, POPULAÇÃO,

PAB FIXO, PAB VARIÁVEL, TOTAL PAB, PORCENTAGEM E VALOR PER

CAPITA NOS ANOS PARES DE 2004 A 2014 ................................................................ 75

APÊNDICE B - MUNICÍPIOS DE MÉDIO PORTE POR IDM, POPULAÇÃO,

PAB FIXO, PAB VARIÁVEL, TOTAL PAB, PORCENTAGEM E VALOR PER

CAPITA NOS ANOS PARES DE 2004 A 2014 ................................................................ 77

APÊNDICE C - MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE POR IDM, POPULAÇÃO,

PAB FIXO, PAB VARIÁVEL, TOTAL PAB, PORCENTAGEM E VALOR PER

CAPITA NOS ANOS PARES DE 2004 A 2014 ................................................................ 90

ANEXO ........................................................................................................................................ 118

ANEXO A - PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA ......................................................... 119

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1 INTRODUÇÃO

Este estudo busca compreender se as mudanças ocorridas na política de

financiamento do governo federal destinada à Atenção Primária da Saúde propiciam a

redução nas desigualdades em saúde em municípios cearenses, no período de 2004 a 2014.

A Atenção Primária da Saúde (APS) é a porta de entrada do sistema público de

saúde no Brasil, ou seja, considera o sujeito em sua singularidade, complexidade,

integralidade e inserção sociocultural e busca promoção de sua saúde, a prevenção e

tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas

possibilidades de viver modo saudável (CONASS, 2011).

Sua funcionalidade é fundamental para o sucesso das políticas de saúde, no

sentido de oferecer suporte às ações e serviços fundamentais para este nível de atenção.

A Constituição de 1988, complementada pelas Leis nº 8.080/1990 e no

8.142/1990, definiu que o financiamento da saúde seria proveniente do Orçamento da

Seguridade Social (OSS) juntamente com a Previdência e a Assistência Social, tendo uma

composição tripartite, envolvendo as três esferas de governo.

Segundo Piola et al. (2012), no caso da saúde, previu-se, conforme consta do

artigo 55 do Ato das Disposições Transitórias (ADCT), uma vinculação de 30% dos recursos

Orçamentários da Seguridade Social (OSS), excluído o seguro-desemprego, até que fosse

aprovada a primeira Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Essa lei deveria definir a cada

ano qual o percentual destinado à saúde.

Nesse arcabouço do financiamento, os recursos destinados à Atenção Básica da

Saúde seriam definidos por cada esfera de governo, conforme foi definido na CF/1988 para o

planejamento, ou seja, segundo o seu Plano Plurianual (art. 175), estando disponível os

recursos anualmente nos respectivos orçamentos, conforme a LDO.

Em 1994, inicia-se uma nova formatação da Atenção Básica da Saúde

incorporando-se a estruturação do Programa Saúde da Família (PSF) como alternativa ao

modelo tradicional, baseado na doença, com atuação exclusiva sobre a demanda espontânea

(BRASIL, 1997). Essa lógica fez com que o governo federal começasse a rever a política de

financiamento para a APS.

A regulamentação do financiamento da saúde pelo governo federal começou a ser

desenhada pela edição das Normas Operacionais Básicas do Ministério da Saúde (NOB, 91;

NOB 93 e NOB 96), que definiram, dentre outras, formas de transferência de recursos entre as

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instâncias governamentais “fundo a fundo”, bem como as modalidades de pagamento dos

serviços de saúde.

Brasil (2000) a partir de 1988, o governo federal criou o Piso de Atenção Básica

(PAB) garantindo o financiamento para um conjunto do procedimento básico no valor

mínimo anual per capita de R$ 10,00, inaugurando, assim, uma nova sistemática de

distribuição de recursos. Além do PAB fixo foi definido também um PAB variável, baseado

em incentivos para a implementação do PSF, dentre outros, respeitando as peculiaridades

regionais, o que elevou significativamente os recursos nesse nível de atenção.

Essa vinculação do recurso federal à população está referendada pelo PAB fixo do

governo federal para alocação de recursos, introduzindo assim o princípio da igualdade no

financiamento na APS. Este princípio, encontra-se na CF/1988 quando determina que “todos

são iguais perante a lei” e assegura que o “acesso à saúde como direito de todos”.

CONASS (2011), entre 1995 e 2004, o gasto com atenção primária ganhou

importância relativa e absoluta no total de despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde

(ASPS). Em 1996, representavam 10,82% da despesa com ASPS. Em 2004, a participação

subiu para 18,34%, ou seja, passou de R$ 2.879 milhões em 1995 para R$ 3.409 milhões em

2004. Ainda segundo CONASS, o Nordeste concentra o maior volume de recursos gastos na

APS, passando de R$ 25,13 milhões em 1988 para R$ 37,11 milhões em 2005, uma variação

percentual de 47,69%. Isso demonstra uma priorização do financiamento da atenção primária

da saúde pelo governo federal no período observado.

Em paralelo, em relação ao movimento social, populacional e econômico, houve

alterações. Para Chaui, 2014, após a derrota eleitoral do neoliberalismo, resultou a inflexão

econômica e da estrutura da sociedade brasileira, ocorrida a partir de 2004. De fato, os dados

trazidos por Pochmann indicam o decréscimo populacional da base da pirâmide social: entre

1997 e 2004, ela era de 34% da população nacional; de 2005 a 2008, passou a 26%. Isso

significou que 11,7 milhões de pessoas passaram para os estratos sociais de maior renda e

ganharam maior representatividade populacional. Como consequência, o centro da pirâmide

social, que era de 21,8% da população em 1995, subiu para 37,9% em 2008. E no topo da

pirâmide social, houve crescimento relativo de 16,2%. Entre 2001 e 2008, a renda nacional

per capita cresceu 19,8%, e, com isso 19,5 milhões de brasileiros registraram aumento real de

seu rendimento individual acima da evolução da renda per capita, o que corresponde a 11,7%

do total de brasileiros. Quase 71% das mudanças na base da pirâmide social se deram nas

regiões Nordeste e Sudeste.

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Para Piola et al. (2011), esse aumento progressivo nos gastos com saúde, e em

particular da APS, foi possível graças inicialmente a entrada em vigor da Contribuição

Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) em vigor de 1997 à 2007, que contribuiu

efetivamente para assegurar recursos para a saúde, e pela edição da Emenda Constitucional nº

29/2000 que definiu o valor mínimo à ser aplicado em saúde pelas três esferas de governo.

Em 2006, o governo federal redefiniu a Política Nacional da Atenção Básica

(PNAB), que inclui a desfragmentação do financiamento da ABS e orienta que o Piso da

Atenção Básica, no que se refere ao componente federal para o financiamento da ABS, é

composto de uma fração fixa e outra variável. Além disso, determina que o somatório da parte

fixa e variável do Piso da Atenção Básica (PAB) comporá o Teto Financeiro do Bloco

Atenção Básica, conforme estabelecido nas diretrizes do Pacto pela Vida em Defesa do SUS e

da Gestão (BRASIL, 2007).

José Gomes Temporão, na apresentação da PNAB, ressaltou que, nesse processo

histórico, a Atenção Básica foi gradualmente se fortalecendo e deve se constituir como porta

de entrada preferencial do SUS, sendo o ponto de partida para a estruturação dos sistemas

locais de saúde. O autor assegura que o ano de 2006 tem a marca da maturidade no que se

refere a ABS, porque o Pacto pela Vida definiu como prioridade consolidar e qualificar a

estratégia Saúde da Família como modelo de Atenção Básica e centro ordenador das redes de

atenção à saúde no SUS (BRASIL, 2007).

Ainda segundo José Gomes Temporão, as discussões para alcançar o formato final

da PNAB se fundamentam nos eixos transversais da universalidade, integralidade e equidade,

em um contexto de descentralização e controle social da gestão, princípios assistenciais e

organizativos do SUS e consagrados na legislação. Aqui a PNAB introduz mais um princípio

de justiça social, o da equidade. Este princípio é muito discutido na saúde coletiva, entretanto,

segundo Sousa et al. (2013), não há consenso entre as diversas interpretações porque, de

acordo com Le Grand (1982), depende muito dos valores das pessoas que o utilizam,

sintetizando o princípio da equidade de três formas: tratamento igual para necessidades iguais;

igualdade de acesso e igualdade de saúde. Estes são os princípios.

Por conseguinte, o que essa reflexão sinaliza é que a distribuição per capita dos

recursos como único critério de alocar recursos nos orçamentos da saúde não é suficiente para

reduzir as desigualdades em saúde entre os cidadãos. Portanto, essa distribuição para ser

equitativa precisa observar os princípios de igualdade e equidade, considerando que a saúde,

segundo Aith (2010), é determinada por um conjunto de fatores concretos que orientam a vida

do indivíduo como: condições físicas e mentais; fatores sociais, como o ambiente urbano

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insalubre ou a ausência de serviços básicos; e fatores políticos, como a discriminação e as

guerras civis.

Portanto, o conceito de equidade em saúde aplicado a este estudo está, de acordo

com o glossário de Economia da Saúde, como o princípio segundo o qual a distribuição de

recursos é feita em função das necessidades de saúde de uma determinada população

(BRASIL, 2009).

Apesar dessa flexibilização de recursos ser defendida pelos órgãos representantes

dos secretários estaduais e municipais de saúde, é importante a vigilância constante da

aplicação destes para evitar que recursos destinados à APS, da vigilância à saúde e da

assistência farmacêutica, principalmente, sejam realocadas na média e alta complexidade,

fortalecendo o modelo hospitalocêntrico e enfraquecendo a PNAB.

Como se pode observar neste resumido desenho da trajetória histórica da PNAB,

houve mudanças profundas no financiamento federal na atenção primária ao longo do SUS.

Além disso, outros fatores contribuíram para acender a curiosidade sobre o tema.

A primeira delas é pessoal. Depois de quatro anos dedicados ao trabalho na APS

na área de gestão/administração, muito é falado sobre a questão do financiamento, mas poucas

respostas concretas existem, sobretudo em relação a equidade, o que me remetia inúmeros

questionamentos e o desejo de obter respostas.

A segunda, ao fato de que remonta a equidade no financiamento, ou seja, sendo a

equidade um dos princípios básicos do SUS e o seu financiamento a mola mestra para

viabilizar as ações e serviços públicos de saúde, em um dado espaço geográfico, é necessário

identificar se está havendo uma evolução positiva do financiamento dentro dos princípios da

equidade no Ceará. Esta é a questão principal. Portanto, é importante buscar respostas sobre o

comportamento do financiamento da APS no Estado, sempre na procura de elementos

esclarecedores que servirão de base para o planejamento da APS na perspectiva da redução

das desigualdades em saúde e, em especial da APS.

Destaca-se que, Sousa et al. (2004) desenvolveram estudo ecológico sobre as

desigualdades socioeconômicas e sua relação com indicadores de mortalidade e morbidade

em municípios cearenses, tendo identificado a existência de profundas desigualdades entre

esses municípios, tanto em termos socioeconômicos como no estado de saúde. Um dos

principais achados foi que, a mortalidade infantil, que é um indicador importante da atenção

primária, revelou que crianças menores de 5 anos apresentam maior risco de adoecer e morrer

em municípios com situação socioeconômica mais desfavorável.

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Outro fator importante para a realização desta pesquisa é que os estudos

relacionados à equidade no financiamento público na APS são raros nas bases de dados

online, o que limita a ação de planejamento e orçamentação dos recursos para a saúde. Sousa

et al. (2011) desenvolveram estudo sobre a equidade no financiamento da APS no Ceará,

entre 2002 e 2008, que revelou estatisticamente que houve melhor distribuição dos recursos

federais para a ABS entre municípios, em especial os de pequeno porte. Entretanto, depois

deste período nada foi revelado e muitas foram as mudanças que ocorreram na política de

financiamento federal pós 2008.

Um quarto argumento que pesa em favor desta pesquisa é que o Programa Saúde

da Família deu seus primeiros passos no Ceará, em 1993, no município de Quixadá e

Beberibe. De lá para cá, os índices de cobertura do PSF (hoje denominado Estratégia Saúde

da Família) foi crescendo e se consolidando como modelo de APS, atingiram hoje 100% dos

municípios cearenses, ou seja, os 184 municípios, o que revela que o Estado priorizou esse

modelo de atenção e organização das ações e serviços de saúde.

Para melhor análise dos resultados, dividi em três capítulos: distribuição dos

municípios cearenses por porte populacional; evolução do financiamento federal com APS e

relação entre o PAB per capita e o IDM: análise da equidade do financiamento da APS.

Diante dos argumentos aqui levantados, a questão norteadora deste estudo é:

houve redução das desigualdades no financiamento da Atenção Primária da Saúde no Ceará,

no período de 2004 a 2014?

Portanto considera-se relevante o estudo ora proposto.

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2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Analisar a evolução do financiamento federal na Atenção Primária da Saúde

(APS) nos municípios cearenses, agrupados em porte populacional, observando-se as

mudanças ocorridas na política de financiamento federal, no período compreendido entre

2004 e 2014, favoreceram a distribuição equitativa dos recursos.

2.2 ESPECÍFICOS

Examinar o contingente populacional nos municípios cearenses, segundo o

porte, no período em análise.

Identificar o financiamento fixo, variável, total e per capita dos municípios

cearenses por porte populacional, no período em análise.

Averiguar se houve equidade na distribuição dos recursos per capita entre os

municípios cearenses segundo porte populacional e Índice de Desenvolvimento

Municipal (IDM), no período em análise.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO-CONCEITUAL

Para melhor compreensão do tema abordado neste estudo, far-se-á uma breve

revisão da literatura, aprofundando conceitos, identificando princípios e estudos considerados

de absoluta relevância para a APS, institucionalizada no âmbito nacional e internacional; bem

como o princípio de equidade em saúde; e, por fim, o financiamento público da saúde e, em

especial, na APS.

3.1 ATENÇÃO PRIMÁRIA DA SAÚDE

Desde a década de 1970 ocorreram diversas conferências de grande relevância

para a saúde que resultaram importantes cartas e declarações, como: a Conferência

Internacional sobre Cuidados de Saúde Primários, na antiga União Soviética, que teve como

tema “Saúde para todos no ano 2000”, da qual resultou a Declaração de Alma-Ata em 1978;

em seguida houve a 1ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde no Canadá com o

tema “Promoção da Saúde nos países Industrializados”, com Carta de Ottawa, em 1986; a 2ª

Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde na Austrália, em 1988, com o tema

“Promoção da Saúde e Políticas Públicas Saudáveis” que ensejou na Declaração de Adelaide;

em 1991, na Suécia houve a 3ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde com o

tema “Promoção da Saúde e Ambientes Favoráveis à Saúde, que resultou na Declaração de

Sundsvall; a 4ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde em 1997 na Indonésia

com o tema “Promoção da Saúde no Século XXI” que culminou na Declaração de Jacarta; a

5ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, em 2000, com o tema “Promoção da

Saúde: Rumo a Maior Equidade” que gerou a Declaração do México; e, a 6ª Conferência

Internacional sobre Promoção da Saúde em 2005 na Tailândia com o tema “Promoção da

Saúde num Mundo Globalizado” que resultou na Carta de Banguecoque (MEIRELES, 2008).

Um marco histórico mundial da APS é a Conferência Internacional sobre

Atenção Primária em Saúde, organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o

Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), realizada em 1978 em Alma-Ata, cidade

do Cazaquistão, na época um das repúblicas da União Soviética (GIOVANELLA &

MENDONÇA, 2012).

Nessa Conferência, a APS foi entendida como atenção à saúde essencial,

fundada em tecnologias apropriadas e custo-efetivas, primeira componente de um processo

permanente de assistência sanitária. É orientada por princípios de solidariedade e equidade,

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cujo acesso deveria ser garantido a todas as pessoas e famílias da comunidade mediante sua

plena participação e foco na proteção e promoção da saúde. Em sua corrente mais filosófica,

enfatizam-se as implicações políticas e sociais da Declaração de Alma-Ata, com destaque

para a compreensão da saúde como direito humano e para a necessidade de se abordarem os

determinantes sociais e políticos mais amplos da saúde. Defende-se a ideia de que políticas

de desenvolvimento devem ser inclusivas e apoiadas por compromissos financeiros e de

legislação para poder alcançar equidade em saúde (GIOVANELLA & MENDONÇA,

2012).

Por mais de vinte anos, a APS tem sido reconhecida como um dos componentes-

chave de um sistema de saúde eficaz. Experiências similares de países mais desenvolvidos

demonstraram que a APS pode ser adaptada e interpretada para se adequar a uma grande

variedade de contextos políticos, sociais e culturais. Em 2003, é realizado um

posicionamento da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) quanto à renovação da

proposta para a APS (OPAS/OMS, 2007).

A OPAS (2005) apud Andrade et al. (2012) define um sistema de saúde baseado

em APS como enfoque amplo para organização e operação de sistemas de saúde que fazem

do direito ao nível de saúde o mais elevado possível o seu principal objetivo, maximizando a

equidade e a solidariedade: “Um sistema de tal natureza é guiado pelos próprios princípios da

APS, tais como dar resposta às necessidades em saúde da população, orientação para

qualidade, responsabilidade e prestação de contas dos governos, justiça social,

sustentabilidade, participação e intersetorialidade.

Há diversos motivos para se adotar uma abordagem renovada da APS, incluindo:

o surgimento de novos desafios epidemiológicos que exigem a evolução da APS para

enfrentá-los; a necessidade de corrigir os pontos fracos e as inconsistências presentes em

algumas das abordagens amplamente divergentes da APS; o desenvolvimento de novas

ferramentas e o conhecimento de melhores práticas que a APS pode capitalizar de forma a

ser mais eficaz; e um crescente reconhecimento de que a APS é uma ferramenta para

fortalecer a capacidade da sociedade de reduzir as iniquidades na área da saúde. Além disso,

uma abordagem renovada da APS é vista como uma condição essencial para cumprir os

compromissos de meta de desenvolvimento acordadas internacionalmente, incluindo as

contidas na Declaração do Milênio, abordando os determinantes sociais de saúde e

alcançando o nível mais elevado possível de saúde para todos (OPAS/OMS, 2007).

A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Constituição Brasileira de 1988

trouxe o desafio da universalização e integralidade da saúde, entendida nos aspectos da

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promoção, prevenção e recuperação. Para isso, seguindo a tendência internacional, desde os

anos noventa, o SUS optou por um modelo de saúde organizado a partir da Atenção

Primária (AP), que deve operar integrando o conjunto dos demais serviços e níveis de

cuidado, garantindo o acesso oportuno, integral e de qualidade a toda população. Em virtude

disso, nas últimas décadas, o tema tem estado presente, cada vez mais, na agenda das

políticas governamentais do setor saúde no Brasil, de modo que podemos dizer, hoje, que o

discurso da prioridade da AP se tornou um consenso, tanto entre gestores de diferentes entes

federados como na produção científica do campo da saúde coletiva (COSTA, 2014).

A construção do SUS avançou de forma substantiva nos últimos anos, e a cada

dia fortalecem as evidências da importância das APS neste processo. Os esforços dos

governos nas diferentes esferas administrativas (federal, estaduais e municipais), da

academia, dos trabalhadores e das instituições de saúde vêm ao encontro do consenso de

que terá APS como base dos sistemas de saúde é essencial para um bom desempenho deste

(BRASIL, 2011).

Para a OMS (1978) apud Starfield (2002), a APS é definida como “Atenção

essencial à saúde baseada em tecnologia e métodos práticos, identificamente comprovados e

socialmente aceitáveis, tornados universalmente acessíveis a indivíduos e família na

comunidade, por meios aceitáveis para ele, a um custo que tanto a comunidade como o país

possa arcar em cada estágio de seu desenvolvimento, um espírito de alto confiança e

determinação. É parte integral do sistema de saúde do país, do qual é função central, sendo

o enfoque principal o desenvolvimento social e econômico global da comunidade. É o

primeiro nível de contato do indivíduo, da família e da comunidade com o sistema nacional

de saúde, levando a atenção à saúde o mais próximo possível do local onde as pessoas

vivem e trabalham, constituindo o primeiro elemento de um processo de atenção continuada

à saúde”.

No Brasil, a Atenção Primária é desenvolvida com o mais alto grau de

descentralização e capilaridade, ocorrendo no local mais próximo da vida das pessoas. Ela

deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de

comunicação com toda a Rede de Atenção a Saúde (PNAB, 2012).

A Atenção Primária da Saúde foi se fortalecendo desde que foi criada em 1994

em 14 municípios brasileiros, estando o Ceará contemplado com dois deles, Quixadá e

Beberibe (SOUSA, 2000).

Normatizado pela Política Nacional da Atenção Básica (PNAB), por meio de

“uma criteriosa revisão e a adequação dos documentos normativos que expressam o

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amadurecimento e o fortalecimento da APS no Brasil e representa a incorporação dos

princípios e diretrizes do Novo Pacto pela Saúde, entre as esferas de governo, para a

consolidação do SUS, expresso nas dimensões: Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e da

Gestão” (BRASIL, 2011).

Em setembro de 2017, foi lançada a nova Portaria nº 2.436 da PNAB após

resistências decorrentes das mudanças sugeridas. Mesmo com amplo debate, com o

embasamento teórico produzido pelas universidades e centros de pesquisas dedicados ao

estudo da APS; mesmo com a vivência prática de inúmeros profissionais aplicados à saúde

integral e os robustos dados que comprovam a eficácia da ESF (DIAS, 2017), o Ministério

da Saúde ignorou, permanecendo com propostas que deixam inquietos de suas possíveis e

prováveis consequências.

Caso como a não obrigatoriedade dos ACS (Agentes Comunitários de Saúde)

nas equipes de Atenção Primária, assim como a flexibilização da carga horária apresenta

grande preocupação.

Um outro ponto muito frágil é a indefinição da quantidade mínima de cobertura

de ACS por equipe, informa apenas a quantidade de cobertura por ACS, que é de 750

pessoas, deixando ao gestor facultar sua necessidade ou não, e a não definição da cobertura

de 100% da população, o que, segundo a professora Márcia Valéria Morosini, em entrevista

para Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio em 2017, estava assegurado na antiga

PNAB de 2012. A professora ressalta que na antiga PNAB está definida que a composição

da equipe de ACS, que era uma estratégia transitória para a implementação da Estratégia

Saúde da Família, com um número mínimo de quatro ACS e no máximo 12 para o

atendimento de 100% da população, com, no máximo, 750 pessoas por ACS.

Morosini (2017) nota que na nova PNAB aponta que o número de ACS deve

cobrir 100% da população apenas em áreas vulneráveis, porém não vem definido o que são

áreas vulneráveis, e continua, vulnerabilidade e risco são categorias com as quais a saúde

pública trabalha o tempo inteiro no sentido de priorizar alguns grupos e diferenciar algumas

estratégias, ações e serviços em função das peculiaridades daquele grupo, daquele território,

daquelas condições específicas de vida.

Vale ressaltar tamanha relevância é o ACS para a população, o que já vem

inserido em Portaria nº 648/GM de 28 de março de 2006, que destaca suas atribuições:

ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adstrita à ESF, o

processo de estar em contato permanente com as famílias desenvolvendo ações educativas,

visando à promoção da saúde e a prevenção das doenças, de acordo com o planejamento da

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equipe. O ACS é o principal vínculo para se obter informações da comunidade e da

população.

A nova portaria também deixa em aberto o teto mínimo e o teto máximo em

relação a cobertura por equipe de saúde o que possibilita um número excessivo de pessoas

por equipe permitindo condições insuficientes para um bom atendimento e

acompanhamento.

Dias (2017) ressalta que matérias divulgadas pelo DAB/MS, Portal da Saúde e

pelos Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e Conselho

Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) destacam uma suposta ampliação de recursos,

ao abrir financiamento para outros arranjos de AB diferentes da ESF, e outra suposta

ampliação de serviços, passando atribuições dos profissionais de enfermagem para os ACS.

Não definem, no entanto, regras claras de financiamento; não falam em ampliação das

estruturas de serviço para abarcar as novas equipes que terão tamanho reduzido; não

consideram a composição das equipes e seus resultados monitorados em duas rodadas

completas do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica

(PMAQ-AB).

Em texto contra a reformulação da PNAB, a Associação Brasileira de Saúde

Coletiva (ABRASCO), o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES) e a Escola

Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/FIOCRUZ) enfatizam que o sucesso que

foi a expansão da atenção básica no país nos últimos anos e seus efeitos positivos no acesso

a serviços de saúde e na saúde da população decorre da continuidade da indução financeira

da ESF sustentada ao longo do tempo e reforçada nos últimos três anos com o Programa

Mais Médicos.

As mudanças aparecem desde a definição de Atenção Básica inserindo cuidados

paliativos e vigilância em saúde. Um questionamento que se faz é como será este suporte

aos cuidados paliativos e a equipe de vigilância em saúde? O que também não aparece bem

definido.

Um ponto positivo na nova PNAB é a inserção do Telessaúde e sua importância

na integração com as Centrais de Regulação, visando a qualificação dos encaminhamentos,

a ampliação da resolubilidade clínica, melhora nos processos de trabalho e,

consequentemente, redução nas filas das centrais de regulação. O Telessaúde vem

representando um fortíssimo instrumento para a educação permanente por meio de cursos na

modalidade EaD, de web palestras, teleconsultorias, telediagnósticos, entre outros, não

apenas no Ceará, mas em todo o Brasil.

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Mesmo tendo sido aprovada a PNAB atual, as discussões devem ser contínuas,

assim como a luta pelos direitos da população pois o estado deve estar para a população,

garantindo assim o acesso a saúde, educação, moradia, saneamento, entre outros.

Com tantos pontos não definidos, a portaria dá espaço para várias interpretações

forçando ao gestor muita cautela para que não haja evasão de acesso, uma redução na

qualidade do atendimento e da cobertura, uma redução na efetividade dos serviços, etc.

3.2 EQUIDADE

O termo equidade, segundo Ramírez (2004), procede do latín aequitas, que por

sua vez, deriva da palavra aequus, que significa “igual” (PEREZ, 2008).

Segundo Ferreira (1975), a palavra equidade significa: disposição de reconhecer

igualmente o direito de cada um; conjunto de princípios imutáveis de justiça que induzem

ainda que em detrimento do direito objetivo; sentimento de justiça avesso a um critério de

julgamento ou tratamento rigoroso e estritamente legal; igualdade, retidão, equanimidade.

A origem do conceito de equidade está em Aristóteles (1984) apud Durães (2015),

no livro Ética a Nicômaco no qual explica que ser equitativo é mais do que ser justo e que a

equidade é a justiça superior, pois está acima da lei jurídica.

Segundo Porto (2002), entre as definições do conceito de equidade, uma primeira

distinção que deve ser destacada é a formulada por West (1979), ao discriminar o princípio de

equidade horizontal – tratamento igual para iguais – da equidade vertical – tratamento

desigual para desiguais. Convém lembrar que por trás do primeiro conceito está o princípio da

igualdade, enquanto o segundo pressupõe uma discriminação positiva, e, ainda, que

tratamentos iguais podem ser não-equitativos.

Equidade tem sido uma expressão bastante utilizada quando tratamos de direitos

sociais, tanto em sentido mais genérico quanto em um mais específico. No primeiro, termina

por confundir-se com o próprio sentido de justiça na perspectiva do estabelecimento de regras

justas para a vida em sociedade, o que a aproxima do conceito e do sentido de igualdade,

frequentemente assim entendidos no âmbito da saúde (Almeida, 2002; Campos, 2006;

Starfield, 2001). Já no segundo, para diferentes pensadores – de Aristóteles a Noberto Bobbio

- a equidade é uma adaptação da norma geral a situações específicas, pois a aplicação de uma

norma genérica quando empregada literalmente, sem se levar em conta as especificidades de

diferentes situações, poderia produzir injustiça. Assim, essa concepção de equidade como

julgamento e intervenção situacional, isto é, de acordo com cada caso, pressupõe a

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inexistência de estrutura, normas ou sistemas de leis ou conhecimentos perfeitos (Campos,

2006). A equidade poderia então ser uma prática indispensável para se chegar ao ideal de

justiça e de cidadania plena, capazes de garantir o gozo de uma situação de igual bem-estar

para todos os cidadãos (BARROS, 2016).

3.3 EQUIDADE EM SAÚDE

A introdução do princípio da equidade – entendida como um elemento de

diferença dentro do espaço da cidadania, que é um espaço de igualdade – é acompanhado no

âmbito dos direitos pelo desenvolvimento de uma terceira geração, a dos direitos difusos e

coletivos, que se distinguem dos que integram a chamada primeira geração (os dos direitos

sociais e econômicos). Tal distinção, em razão de sua coletividade e de seu aspecto difuso,

termina por introduzir princípios de solidariedade, tolerância e confiança. São difusos porque

sua titularidade não é clara, englobando tanto interesses públicos quanto privados, e

correspondem às necessidades comuns a conjuntos de indivíduos e que somente podem ser

satisfeitas a partir de uma ótica comunitária (ESCOREL, 2001 apud BARROS, 2016).

Desigualdades em saúde podem ser interpretadas como resultado de diferentes

formas de tratamento a indivíduos que pertencem a categorias essenciais ou grupos sociais

(PERELMAN, 1996; FORBES, 2001). Já a equidade em saúde pode ser interpretada como o

resultado de políticas que tratam indivíduos que não são iguais de forma diferente. Nesse

sentido, “equidade” e “iniquidade” correspondem a conceitos relacionados com a prática da

justiça e à intencionalidade das políticas sociais e dos sistemas sociais (SILVA, 2009).

Para a OMS a equidade significa que as necessidades das pessoas estão mais além

de seus privilégios sociais, devem guiar a distribuição de oportunidades para seu bem-estar, o

qual requer reduzir as desigualdades injustas segundo os estandartes sociais, com princípios

de justiça e imparcialidade. Em outras palavras, tratar de reduzir as lacunas evitáveis no

estado de saúde é um dos serviços de saúde entre os grupos com diferentes níveis de

privilégios sociais, refletida nas diferentes etnias, religiosas, de nível socioeconômico, de

gênero, localização geográfica e idade (PEREZ, 2008).

Para Durães (2015), a questão da equidade tem se tornado cada vez mais exigida

quando se trata de políticas públicas em saúde e, por isso, torna-se muito importante adotar

conceitos adequados que possam auxiliar de forma mais justa na redução de iniquidade, assim

sendo, as opções conceituais que condizem com o desenho do sistema de saúde orientam a

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escolha de critérios distributivos, de indicadores de avaliação do grau de equidade e de

interpretação de resultados que garantam uma maior efetividade do sistema.

É, sem dúvida, difícil ter de reconhecer que mesmo a saúde, um dos bens mais

importantes na vida das pessoas, tem preço e, portanto, limites. Por isso mesmo, é

imprescindível adotar critérios para determinar de forma eficiente e justa a alocação dos

recursos escassos em saúde (FERRAZ, 2009).

Para Ferraz (2009), duas questões importantes, relacionadas aos conceitos de

escassez relativa e absoluta, devem ser diferenciadas neste ponto. Em primeiro lugar, deve-se

determinar quanto deve ser alocado à saúde em relação às outras áreas em que o Estado deve

investir (escassez relativa). Tomada de decisão deve-se determinar como os recursos

destinados exclusivamente a saúde devem ser alocados para atender às diversas necessidades

de saúde da população (escassez absoluta). A primeira questão implica a valoração da saúde

em relação a outros interesses que uma sociedade geralmente também valoriza como a

educação, esporte, lazer, meio ambiente, cultura, segurança interna e externa. A segunda

requer a identificação de prioridades dentro da área da saúde entre diversas necessidades de

saúde e distintas possibilidades de ação (políticas de saúde). Ambas as decisões envolvem

complexos argumentos de justiça distributiva e importantes dificuldades políticas.

A questão da equidade passa pelo levantamento local das categorias como:

saneamento básico, água e esgoto, emprego, condições de vida, alimentação, transporte,

renda e trabalho, educação, como está previsto na Constituição Federal. Estes devem ser os

critérios para se priorizar os mais vulneráveis de modo que possam reduzir suas

vulnerabilidades (DURÃES, 2015).

Segundo Viana et al. (2003:59) apud Ferraz (2009), em 1991, a qual foi baseada

no conceito discutido por Alfred Whitehead: “A questão central a ser tratada pelas políticas

que almejam equidade em saúde é a redução ou a eliminação das diferenças que advêm de

fatores considerados evitáveis e injustos, criando, desse modo, igual oportunidade em saúde e

reduzindo as diferenças injustas tanto quanto possível”.

Esse entendimento converge com o do Comitê de Especialistas das Nações

Unidas para os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais ao interpretar o artigo 12 do Pacto

Internacional sobre tal direito, ratificado pelo Brasil, que também reconhece o direito à

saúde. O Comitê sustenta que “o direito à saúde não deve ser entendido como direito a estar

sempre saudável”, mas sim como o direito “a um sistema de proteção à saúde que dá

oportunidades iguais para as pessoas alcançarem os mais altos níveis de saúde possíveis”

(CESCR, 2000 apud FERRAZ, 2009).

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Almeida et al. (1999) apud Senna (2002), relacionam equidade em saúde com

justiça social, sendo as desigualdades consideradas justas ou injustas conforme as distintas

interpretações das determinações da estratificação social. Para essas autoras, as iniquidades

estão fundadas nas relações sociais que determinam as chances da população obter acesso

aos recursos materiais e aos produtos sociais resultados daqueles recursos.

A equidade é um princípio normativo da economia da saúde que, como conceito

genérico, equivale a retidão ou sentido de justiça natural cujo objetivo, no âmbito sanitário, é

a provisão igualitária de serviços para toda a população. Exige conhecimento e determinação

prévios do conceito de necessidade e a utilização de padrões para sua medição objetiva. Pode

se referir, tanto a proporção da população protegida pelo sistema público como aos serviços

de cuidados sanitários garantidos por esse sistema (SILVA, 2018).

Porto (2002) sintetizou o conceito de necessidades em saúde reunindo algumas

variáveis ou indicadores mais utilizados para operacionalizar o termo e melhor dimensionar

as diferenças existentes, em nível regional ou entre grupos populacionais: os perfis

demográficos, epidemiológicos e socioeconômicos.

Artells (1983) e Moloney (1883) apud Porto (2002) trabalham sete conceitos

possíveis de equidade em saúde: (1) Igualdade de despesa per capita (que parte do

pressuposto de que a distribuição é equitativa quando efetuada em função do tamanho

populacional); (2) Igualdade de recursos per capita (que incorpora à distribuição realizada

em base populacional correções em função das diferenças de preços observadas em cada

região. (3) Igualdade de recursos para necessidades iguais (que estabelece que para obter

distribuição equitativa devem ser consideradas as diferentes necessidades sanitárias

existentes, efetuando-se correções a partir tanto do perfil demográfico quanto do

epidemiológico; (4) igualdade de oportunidade de acesso para necessidades iguais (que

reconhece, além das diferentes necessidades determinadas pelos perfis demográfico e

epidemiológico, a existência de desigualdades no custo social do acesso (por exemplo, a

distância aos serviços de saúde); (5) igualdade de utilização para iguais necessidades (que

considera não só a distribuição da oferta e os custos sociais, mas também outros fatores

condicionantes da demanda; (6) igualdade de satisfação de necessidades marginais (que parte

do pressuposto de que as necessidades mantêm a mesma ordem de prioridades nas diferentes

regiões; (7) igualdade nas condições de saúde (que tem por objetivo a igualdade nos

indicadores de saúde).

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Como foi dito na introdução, Le Grand (1988) sintetiza as variações do conceito

de equidade em saúde da seguinte forma: tratamento igual para necessidades iguais;

igualdade de acesso e igualdade em saúde.

Cabe aos técnicos definir e equacionar os problemas de saúde e as respectivas

alternativas para a utilização dos recursos, porém a decisão quanto à alocação de recurso

destes é nitidamente um processo político (ROBINSON, 1986 apud SILVA, 2018).

Entretanto, Carr-Hill (2002) ressalta que é crescente o uso de abordagens mais científicas na

direção ao estabelecimento de orçamentos por capitação, que leva em conta as necessidades

de saúde da população.

Reconhecendo a “priori” a heterogeneidade básica entre municípios, estados e

regiões do país, propõe-se, por analogia, deslocar o ponto de partida analítico dos

funcionamentos e capacidades individuais necessários para assegurar a todos a liberdade de

realização da saúde para alcançar bem-estar, para os funcionamentos e capacidades políticos,

institucionais e administrativos necessários para assegurar aos espaços de gestão pública do

SUS a liberdade de agir visando a realização da saúde dos indivíduos e o bem-estar da

coletividade (LUCCHESE, 2003).

A nova Portaria da Política Nacional da Atenção Básica (2017) conceitua a

equidade como: ofertar o cuidado, reconhecendo as diferenças nas condições de vida e de

saúde e de acordo com as necessidades das pessoas, considerando que o direito à saúde passa

pelas diferenciações sociais e deve atender à diversidade. Ficando proibida qualquer exclusão

baseada em idade, gênero, cor, crença, nacionalidade, etnia, orientação sexual, identidade de

gênero, estado de saúde, condição socioeconômica, escolaridade ou limitação física,

intelectual, funcional, entre outras, com estratégias que permitam minimizar desigualdades,

evitar exclusão social de grupos que possam vir a sofrer estigmatização ou discriminação; de

maneira que impacte na autonomia e na situação de saúde (BRASIL, 2017).

3.4 EVOLUÇÃO DO FINANCIAMENTO DA SAÚDE

Por financiamento público entende-se a intervenção do Estado no sentido de

financiar ações e serviços de saúde com recursos estatais.

O sistema de saúde brasileiro teve sua expansão acelerada a partir do início da

segunda metade do século XX. No início dos anos 1950, os dispêndios nacionais com saúde

não excediam a 1% do Produto Interno Bruto (PIB), grande parte destinada a programas de

saúde pública, principalmente os de controle de doenças transmissíveis (MC GREEVEY;

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BAPTISTA; PINTO; PIOLA; VIANNA, 1984). Vinte e cinco anos depois, esse percentual

era estimado como equivalente a 2,5% do PIB, incluindo o gasto privado. Nos anos 1980,

chegou a 4,5% (VIANNA; PIOLA, 1991). Atualmente está em 8,4% do PIB (WHO, 2010

apud CONASS, 2011).

A universalização da saúde, através do SUS, trouxe consigo uma gama de

desafios para a gestão pública. O seu financiamento constitui-se um dos pontos cruciais do

debate na busca de se atingir o objetivo de dotar os entes federados de mecanismos que

possam entrar em sintonia com a política oficial da saúde no País sem comprometer as

diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde (SOUSA et al., 2011).

O financiamento da saúde foi definido pela Constituição Federal de 1988 como

integrante do Orçamento da Seguridade Social (OSS), cujos recursos seriam destinados a

saúde, a previdência e a assistência social. Sua receita seria proveniente da contribuição de

empregados e empregadores, da contribuição sobre o faturamento e da Contribuição Social

sobre o Lucro Líquido das Empresas (CSLL), bem como parte da receita dos concursos e

prognósticos e com recursos fiscais de cada governo. No Ato das Disposições Transitórias

foi definido que, enquanto não fosse regulamentada a lei de custeio da Seguridade Social,

pelo menos 30% do total de seus recursos deveriam ser destinados à saúde, até que fosse

aprovada a primeira Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que definiria anualmente o

percentual direcionado à saúde.

Para Marques & Mendes (2012), o aspecto do financiamento da saúde foi

negligenciado, pois a Constituição não havia criado vinculação entre um tipo de contribuição

e ações de algum ramo da seguridade, o que reforçaria, em tese, a concepção de Seguridade

Social entendida como ações e serviços que, embora relativas à Previdência e Assistência e à

Saúde, eram integrantes indivisíveis de uma mesma proteção social. Na época, essa

concepção era partilhada praticamente por todos comprometidos com a saúde pública e

universal.

Para Servo et al. (2011) apud Vianna (1992), a inclusão do financiamento da área

de saúde no OSS foi desfavorável para o setor pois o percentual de 30% nunca foi

efetivamente aplicado na saúde.

Ugá & Marques (2005) apontam que nos anos 90 do século passado, o

financiamento da saúde foi bastante antagônico como preconiza a universalidade do sistema

de saúde brasileiro, por diversas razões: utilização de recursos para fins alheios à Seguridade

Social (SS); desvinculação de recursos da SS para a criação do Fundo Social de Emergência

(FSS) / Desvinculação das Receitas da União (DRU) que permitiu que 20% das receitas de

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impostos e contribuições fossem livremente alocados pelo governo federal, inclusive para

pagamento dos juros da dívida; governos concederam primazia às questões chamadas

econômicas; processo inflacionário que além de desorganizar a economia, criou ambientes de

incertezas; política de juros altos como medida de contenção da demanda agregada;

endividamento externo, taxas de desemprego recordes, dentre outros.

Nos anos de 1994, 1995 e 1996, o gasto público com saúde em percentual do

Produto Interno Bruto (PIB) foi de 3,22%, 3,39% e 3,17%, respectivamente (UGÁ &

MARQUES, 2005). Segundo dados do Relatório da Economia Mundial de 1993, do Banco

Mundial, o gasto com saúde como porcentagem do PIB em 1990 (ano anterior aos acima

expostos) em países industrializados foi: Alemanha (8,0%); Canadá (9,1%); Espanha (6,6%);

Itália (7,5%); Reino Unido (6,1%) e Suécia (8,8%); todos com sistemas universais (MEDICI,

2002). Como se pode observar, o Brasil gasta em média metade do que países

industrializados com sistemas universais em percentual do PIB.

Em 1997 foi criada a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira

(CPMF) (Lei 9.311, de 24 de outubro de 1996), que passou a vigorar em 23 de janeiro de

1997, renovada e extinta em dezembro de 2007 como alternativa para recuperar a perda de

recurso registrada no início dos anos de 1990 (UGÁ, PORTO & PIOLA, 2012). Inicialmente

foi criada com o percentual de 0,20% sobre a movimentação financeira, em junho de 1999

foi prorrogada até 2002, com alíquota de 0,38% (SERVO et al., 2011).

Ao entrar em vigor, a CPMF passou a ser uma das principais fontes de

financiamento do Ministério da Saúde. Em 1997 já respondia por 27,8% do total de recursos,

tendo alcançado 38,4% em 2002 e daí por diante, até 2007, mantendo-se em torno de 30%

(SERVO et al., 2011).

Entre outras fontes de financiamento, como ressalta Porto et al. (2014), existem

parcelas de impostos indiretos como o Cofins, IPI, ICMS e ISS, cobrados, respectivamente,

sobre o faturamento, a produção industrial, a circulação de mercadorias e os serviços e

impostos diretos, assim como a CPMF, tem o IRPF, IPTU e IPVA, cobrados,

respectivamente, sobre as transações financeiras, a renda, os imóveis urbanos e os veículos

automotivos. Todos esses impostos juntos correspondem a 70% do financiamento público do

sistema de saúde.

Entre as várias lutas na defesa de recursos para o SUS, destaca-se aquela que

resultou na aprovação da Emenda Constitucional nº 29 (EC 29) em outubro de 2000.

Segundo essa emenda, no primeiro ano de sua vigência, os estados e municípios deviam

alocar pelo menos 7% das receitas de impostos e transferências constitucionais, sendo que

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esse percentual deveria crescer anualmente até atingir, para os estados 12% em 2004 e, para

os municípios 15%. Para a União, definia para o primeiro ano o aporte de pelo menos 5% em

relação ao orçamento anterior; para os seguintes, o valor apurado no ano anterior seria

corrigido pela variação do PIB nominal (UGÁ & MARQUES, 2005).

A publicação do CONASS (2011), informou que a EC nº 29, promulgada em 13

de setembro de 2000, assegurou o financiamento das ações e serviços públicos de saúde,

estabelecendo que as três esferas de governo aportem anualmente recursos mínimos

provenientes da aplicação de percentuais das receitas e determinando as suas bases de cálculo.

Segundo Favaret et al. (2001), a aprovação da EC 29 foi, sem dúvida, um avanço

na definição das fontes de financiamento do SUS, além de definir a participação de cada

esfera de governo, garantindo um mínimo de recursos.

Para Servo et al. (2011), a aprovação da EC/29 teve impactos diferenciados em

cada ente da Federação, sendo mais bem sucedida na busca do objetivo de elevar a

participação de estados e municípios. Ainda segundo os autores, a EC 29 entrou em vigor em

2000, quando a União ainda respondia por 60% do recurso público total aplicado em saúde.

Desde então, sua participação foi decrescendo até chegar a 45% em 2010. Nesse mesmo

período a participação dos estados passou de 18,5% para 26,7%, enquanto a dos municípios

saiu de 21,7% para 28,6%, de acordo com dados do Sistema de Informação sobre Orçamento

Público (SIOPS). Para Servo et al. (2011), a EC/29 possibilitou um aumento em 114% do

total de recursos públicos entre 2000 e 2010, contudo, o aporte de recursos poderia ter sido

ainda maior, caso a União e os estados cumprissem a Emenda de acordo com os critérios

previstos na resolução 322 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Apesar desse crescimento, a participação do gasto público brasileiro é inferior à

participação do gasto público em países com sistemas universais. Segundo o CONASS

(2011), em 2007 a Espanha tinha uma participação de 71,8%; Austrália, 67,9%; Alemanha,

76,0%; Reino Unido, 81,7%; Canadá, 70,0%; e Suécia, 81,7%.

Vale salientar que muitos problemas de cumprimento da EC/29 foram decorrentes

da sua não regulamentação, cuja efetivação foi concluída pela Lei Complementar (LC) nº 141,

de 13 de janeiro de 2012, 12 anos após a lei aprovada.

Lucchese (2003) destaca a crescente autonomia e independência dos entes

federados subnacionais na gestão política e financeira dos sistemas locais a partir das

crescentes parcelas de recursos federais transferidas direta e automaticamente do Fundo

Nacional de Saúde para os Fundos Estaduais e Municipais. E, mais recentemente, com a

definição de um patamar para a aplicação de recursos dos orçamentos públicos (União,

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estados e municípios) no financiamento das ações e serviços de saúde, conforme estabeleceu

a Emenda Constitucional nº 29, promulgada em setembro de 2000.

Em 2007 foi definida uma nova política de financiamento dos recursos federais

para a Saúde, por meio da Portaria GM/MS nº 204, de janeiro de 2007, regulamentando,

tanto o financiamento como a transferência dos recursos para ações e serviços de saúde, com

o respectivo monitoramento e controle. Dessa forma, os recursos federais passam a ser

organizados e transferidos por blocos de financiamento: (1) Atenção Básica; (2) Atenção de

Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar; (3) Vigilância em Saúde; (4)

Assistência Farmacêutica; (5) Gestão do SUS; e (6) Investimentos na Rede de Serviços de

Saúde (CONASS, 2011).

Em 17/03/2015, foi editada a Emenda Constitucional nº 86, conhecida como

“orçamento impositivo”, que alterou o financiamento federal da saúde. Ela estabelece que as

emendas parlamentares individuais serão obrigatórias no valor mínimo correspondente a

1,2% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União a partir de 2015, sendo 0,6% da RCL de

aplicação em ASPS, sem alocação adicional de recursos para esse fim. Também estabelece,

em seu artigo 2º percentuais crescentes da Receita Corrente Líquida ao longo de cinco anos,

garantindo, no mínimo: 13,2% da RCL em 2016 EC; 13,7% em 2017; 14,1% em 2018;

14,5% em 2019; e 15% em 2020 em diante.

Para Santos (2015a), análises de economistas da saúde demonstram perda de

recurso em 2016 no valor de 9 bilhões. A autora considera que, sem dúvida estamos diante

de uma crise orçamentário-financeira. Que o SUS provavelmente não suportará sem prejuízo

da garantia dos serviços de saúde existente. Questiona também se uma Emenda

Constitucional poderia diminuir valores que são considerados piso e não teto e considera que

qualquer redução de valores implicará em mudança da situação atual da saúde, uma vez que

imporá diminuição de serviços ou o seu sucateamento. Se o financiamento já era deficitário,

a sua diminuição resultará em diminuição de serviços, fato flagrantemente inconstitucional

por diminuir garantia de direito fundamental.

Outro fator importante foi levantado pelo sanitarista Sérgio Piola, em

apresentação no Seminário “Políticas Econômicas e Financiamento da Saúde Pública”

realizada na Faculdade de Saúde Pública da USP, em 26/06/2015, sobre a EC 86/2015 ao

informar que estados e municípios já financiam (em 2015) 57% dos recursos aplicados na

saúde, portanto, a maior parte dos gastos do SUS.

Para complicar mais ainda a situação do sub-financiamento da saúde pública, em

22/05/2015 o governo federal anuncia mais um ajuste fiscal que pode ser resumido como um

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conjunto de medidas que visa adequar a realização da despesa pública em patamar compatível

com a receita pública (FUNCIA, 2015). Em termos consolidados e valores arredondados, os

Ministérios tiveram uma redução de R$ 70,0 bilhões para empenhos de despesas em 2015,

representando 36,8% do total das despesas discricionárias autorizadas na LOA 201.

Por outro lado os contingenciamentos orçamentários em 2015 sangram quase 13

bilhões do orçamento da saúde de 2015 (SANTOS, 2015b).

Para Funcia (2015b), está cada vez mais claro e evidente que o SUS precisa não

somente aprimorar a gestão, mas também e principalmente de mais recursos e,

consequentemente, no contexto da crise fiscal, de novas fontes para seu financiamento, que

sejam exclusivas para este fim, especialmente para a mudança do modelo de atenção, para que

a atenção primária ou básica seja a ordenadora do cuidado, dentre outros.

Além dessa recente e profunda mudança no financiamento federal da saúde,

outras Emendas Constitucionais foram editadas e que comprometem o financiamento da

saúde e em particular da APS. Reporta-se a EC n. 31/2016, conhecida como Desvinculação da

Receita da União (DRU) que amplia de 20% para 30% de todos os impostos e contribuições

federais para serem alocadas livremente pelo governo federal. Segundo Mendes (2015), foram

retirados do orçamento da saúde os seguintes valores: R$ 45,9 bilhões (2010); R$ 52,4

bilhões (2011); R$ 58,1 bilhões (2012); R$ 63,4 bilhões (2013) e R$ 63,12 bilhões (2014).

Em 2016 foi editada a EC 95 (PEC 241/2016 e PEC 55/2016), que congela os

gastos do governo por 20 anos. Alguns estudos têm demonstrado que essas emendas

constitucionais contribuirão para o (des)financiamento da saúde e consequentemente irão

impactar nos recusos destinados à APS.

3.5 AS NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS DO SUS E O FINANCIAMENTO

A partir dos anos 1990, o Ministério da Saúde passa a editar Normas Operacionais

que definem critérios para que estados e municípios possam se habilitar ao recebimento de

recursos do Fundo Nacional de Saúde para seus respectivos fundos. Isto se dá a partir do

cumprimento prévio de alguns requisitos, além do compromisso da assunção de um conjunto

de responsabilidades referentes à gestão do sistema de saúde (CONASS, 2007).

As Normas Operacionais Básicas (NOB), mesmo quando discutidas e outras

esferas, são instrumentos normalizadores elaborados pelo poder executivo federal e editados

na forma de portaria ou resolução ministerial, adquirindo status de lei e orientando a

implementação do SUS em todo território nacional (SCATENA, 2001).

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Em 1991 foi apresentada a primeira Norma Operacional Básica (NOB), NOB 91,

a qual trata da nova política de financiamento do SUS e que tem como objetivo fornecer

instruções aos responsáveis pela implantação da operacionalização do SUS. Para aplicação

desta nova política, o orçamento do INAMPS/MS, foi dividido em cinco itens, sendo eles:

financiamento da atividade ambulatorial proporcional à população; recursos transferidos na

forma de AIH cada unidade executora proporcional à população; custeio da máquina

administrativa do INAMPS/MS; custeio de Programas especiais em saúde e investimento

(despesas de capital), alocados no Plano Quinquenal de Saúde MS/INAMPS.

A NOB 01/92 foi criada a partir de um consenso entre a Secretaria Nacional de

Assistência a Saúde do Ministério da Saúde (SNAS/MS), INAMPS, CONASS e

CONASEMS onde tem como objetivo a normalização da assistência à saúde no SUS;

estimular a implantação, o desenvolvimento e o funcionamento do sistema; e dar forma

concreta e instrumentos operacionais à efetivação dos preceitos constitucionais da saúde.

Dentre as novidades mais relevantes que a NOB/SUS 01/92 apresentou foi o

Índice de Valorização de Qualidade (IVQ) a ser concedido e repassado aos hospitais que

integram a rede do SUS; a criação do Fator de Estímulo à Gestão Estadual (FEGE), que se

destinava a definir e reajustar os valores a serem repassados mensalmente, de forma regular e

automática, aos estados habilitados para a reposição e modernização dos equipamentos da

rede pública estadual e municipal, como também a criação do Pró-Saúde, que se caracteriza

como um programa que tem como principal objetivo a reorganização dos serviços de saúde

com a participação das três esferas de governo. Destaca-se ainda a manutenção do INAMPS

como órgão responsável pelo repasse de recursos financeiros aos municípios e estados, dando

continuidade em linhas gerais ao que estava previsto na NOB 01/91 (CONASS, 2007).

A NOB 01/93, editada pelo próprio Ministério da Saúde, no quesito recursos

financeiros designados à assistência à saúde, apresentou alteração em relação aos repasses no

qual será aplicada de forma globalizada aos Fundos Estaduais de Saúde no qual deverão ser

administrados pelas Secretarias Estaduais de Saúde e seus respectivos conselhos, sem sofrer

prejuízo das informações que deverão continuar a fluir para nível federal, possibilitando

assim, o planejamento, controle e avaliação no que lhe compete. Então, a NOB 01/93

regulamenta o processo de descentralização da gestão dos serviços e ações no SUS e

estabelece mecanismos de financiamento das ações de saúde, em particular da assistência

hospitalar e ambulatorial.

Para Scatena (2001), a NOB 01/93 não é e não representa uma simples

regulamentação administrativa e financeira. Significa, na realidade, a expressão de uma

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decisão política de procurar realizar os princípios e diretrizes do SUS, particularmente quanto

à descentralização de gestão.

A NOB 01/96, também editada pelo MS, tem como objetivo principal a promoção

e consolidação do SUS, colocando em pleno exercício, por parte do poder público municipal e

do Distrito Federal, da função de gestor da atenção à saúde dos seus munícipes, com

consequente redefinição das responsabilidades dos Estados, do DF e da União (BRASIL,

1996).

A NOB 01/96 propõe, modifica e implementa alguns pontos, como:

reordenamento do modelo de atenção a saúde; enfoca os Sistemas Municipais como base e os

elementos fortalecedores do Sistema Nacional de Saúde; Institui a Programação Pactuada e

Integrada (PPI) como um instrumento essencial de reorganização do modelo de atenção e da

gestão do SUS; define as transferências de recursos fundo a fundo para assistência

ambulatorial e hospitalar (PAB, Incentivo ao PSF e PACS, entre outros) e define as condições

de gestão para os municípios (Plena da Atenção Básica e Plena do Sistema) e estados

(Avançada do Sistema e Plena do Sistema).

O PAB era divido em valores máximo e mínimo no que referia o componente fixo

no qual estava fixado entre R$ 18,00 e R$ 10,00, respectivamente. Castro e Machado (2010)

destacam também que a aprovação da NOB/96 trouxe a definição do Programa de Agentes

Comunitários em Saúde (PACS) e do Programa Saúde da Família (PSF) como estratégias

prioritárias para o fortalecimento da Atenção Primária em nível municipal.

Para Scatena (2001), à semelhança da NOB 01/93, esta Norma incorpora os

elementos constitutivos da descentralização, bem como a maioria de seus princípios.

Diferentemente daquela que a antecedeu e que embora abrangente era de fácil compreensão, a

NOB 01/96 é extensa, complexa, de difícil compreensão e cumprimento, haja vista as

responsabilidades e os requisitos que preconiza.

Os municípios menores, tendo também que se responsabilizar pelo atendimento

das demandas de sua população, passaram a ter problemas com a imposição de expansão de

alguns serviços e, de acordo com Mercadante (2002), foi preciso pensar numa política que

superasse o viés do fracionamento dos recursos ante a municipalização, ampliando a cobertura

das ações e serviços para além dos limites do município, com economia de despesas e ganho

de qualidade para a saúde (ANDRADE et al., 2013).

Esses fatos deram origem às Normas de Assistência à Saúde (NOAS) pelo

Ministério da Saúde, em substituição às NOB, nos anos de 2001 e 2002, as NOAS-SUS

01/2001 e NOAS-SUS 01/2002, respectivamente onde as NOAS tiveram como objetivo

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promover maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações e

serviços de saúde em todos os níveis de atenção, sendo instituída a regionalização como

macro estratégia e tendo como um dos pontos mais relevantes o processo de elaboração do

Plano Diretor de Regionalização (ANDRADE et al., 2013).

A NOAS 01/2001 aborda três grupos de estratégias articuladas: a elaboração do

Plano Diretor de Regionalização; fortalecimento das capacidades gestoras do SUS e a

atualização dos critérios e do processo de habilitação de estados e municípios. Além disso, ela

apresenta propostas de organização da assistência, diferenciadas para os vários níveis de

complexidade, voltadas para a conformação de um sistema de atenção funcional e resolutivo

em todos os níveis. O conceito de Atenção Básica Ampliada, adotado na NOAS 01/2001 se

relaciona ao conjunto de ações do primeiro nível de atenção em saúde que deve ser ofertado

por todos os municípios do país. Estados e municípios podem também, definir

complementarmente as responsabilidade especificidades epidemiológicas (BRASIL, 2001).

O financiamento da proposta de ampliação da Atenção Básica pressupõe o

aumento do repasse de recursos em uma base per capita, a ser efetivado mediante a ampliação

do valor fixo do PAB. O repasse desses recursos, entretanto, estará condicionado a uma

avaliação dos municípios quanto ao seu desempenho na AB e capacidade de garantir à sua

população, com suficiência e qualidade, as ações correspondentes à Atenção Básica Ampliada

(BRASIL, 2001).

A NOAS 01/2002, ao assegurar a manutenção das diretrizes organizativas

definidas pela NOAS-SUS 01/2001, procura oferecer as alternativas necessárias à superação

das dificuldades e impasses oriundos da dinâmica concreta de sua implementação (BRASIL,

2002), porém ambas deixaram a desejar no contexto de implementação das ações de reforço à

atenção básica já que fazem referência à mesma na perspectiva da organização dos serviços

da saúde no município (NOB/2001); e estruturação da rede de serviços sem fazer ao menos

referência ao PSF (NOB/2002) (GIL, 2006).

Em 2004, secretários municipais de saúde indicaram a necessidade e a

oportunidade de criação de um pacto interfederativo, um novo pacto de gestão do SUS, que

“respeitasse a autonomia das esferas do governo, exigisse o cumprimento de sua

competências no SUS e substituísse a excessiva normatização e a lógica de habilitação por

outra de adesão e de compromisso com resultados (CONASEMS, 2004).

Na perspectiva de superar as dificuldades apontadas, os gestores do SUS assumem

o compromisso público da construção do pacto pela saúde 2006, que será anualmente

revisado, em base nos princípios constitucionais do SUS, ênfase nas necessidades de saúde da

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população e que implicará o exercício simultâneo de definição de prioridades articuladas e

integradas nos três componentes: pacto pela vida, pacto em defesa do SUS e pacto de gestão

do SUS (CONASS, 2011).

Com a edição do pacto, nova roupagem foi dada ao financiamento do SUS, sendo

seus princípios gerais: responsabilidade das três esferas de gestão; redução das iniqüidades

macrorregionais, estaduais e regionais; repasse fundo a fundo definido como modalidade

preferencial na transferência de recursos entre os gestores; e financiamento de custeio com

recursos federais constituídos e transferidos em blocos de recursos, quais sejam: Atenção

Básica, Atenção de Média e Alta Complexidade, Vigilância em Saúde, Assistência

farmacêutica e Gestão do SUS (BRASIL, 2006).

Para Andrade et al. (2013), o pacto em defesa do SUS intenciona fortalecer o

debate sobre o próprio SUS, resgatando os princípios doutrinários do Movimento de Reforma

Sanitária e os direitos adquiridos a partir da Constituição de 1988. Traz à tona a necessidade

de priorização do financiamento para o setor da saúde.

3.6. O FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Com a edição da Portaria GM/MS nº 204, de janeiro de 2007, o financiamento

federal para a Atenção Básica da Saúde passa a ter nova configuração. O montante de

recursos financeiros destinados à viabilização de ações de atenção básica a saúde compõe o

Bloco de Financiamento de Atenção Básica (Bloco AB) e parte do Bloco de Financiamento

de Investimento. Seus recursos deverão ser utilizados para o financiamento das ações de

atenção básica descritas na Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (RENASES) e

nos planos de saúde do município e do Distrito Federal (BRASIL, 2012).

O bloco da Atenção Básica é constituído por dois componentes. O primeiro é o

Componente Piso da Atenção Básica – PAB Fixo, o qual se refere ao financiamento de ações

de APS, cujos recursos são transferidos mensalmente, de forma regular e automática, do

Fundo Nacional de Saúde (FNS) aos Fundos de Saúde do Distrito Federal e dos municípios e

o segundo é o Componente Piso da Atenção Básica – PAB variável no qual é constituído por

recursos financeiros destinados ao financiamento de estratégias realizadas no âmbito da APS.

Os recursos do componente PAB variável são transferidos do FNS aos Fundos de Saúde do

Distrito Federal e dos municípios, mediante adesão e implementação das ações a que se

destinam e desde que constante no respectivo Plano de Saúde (CONASS, 2011). Ou seja, sua

base legal é definida no Pacto pela Vida, conforme definido nas diretrizes do Pacto de Gestão

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viabilizado por meio do Bloco da Atenção Básica, composta do Piso de Atenção Básica

(PAB) que é composto de uma fração fixa e outra variável segundo a Portaria nº 4.279 de

2010 (BRASIL, 2011). A soma das partes fixas e variáveis compõe o Teto Financeiro do

Bloco de Atenção Básica.

Nesse contexto, o pacto pela vida traçou metas para 2006 relacionadas à Atenção

Básica em Saúde no qual teve como objetivo, consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da

Família como modelo de atenção básica a saúde e como centro ordenador das redes de

atenção a saúde do SUS (CONASS, 2011).

Por outro lado, o pacto de gestão do SUS radicaliza a descentralização de

atribuições do Ministério da Saúde para os estados e municípios, promovendo um choque de

descentralização, acompanhamento da desburocratização dos processos normativos. Reforça a

territorialização da saúde como base para organização dos sistemas, estruturando as regiões

sanitárias e instituindo colegiados de gestão regional. Além disso, estabelece diretrizes para a

gestão do sistema nos aspectos da descentralização; regionalização; financiamento;

planejamento; Programação Pactuada e Integrada (PPI); regulação; participação social e

gestão do trabalho e da educação em saúde (BRASIL, 2006).

A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), em 2012, mudou o desenho do

financiamento federal para a Atenção Básica, passando a combinar equidade e qualidade. Em

relação à equidade, o PAB fixo diferencia o valor per capita por município, beneficiando o

município mais pobre, menor, com maior percentual de população pobre e extremamente

pobre e com as menores densidades demográficas. Pelo viés da qualidade, induz a mudança

de modelo por meio da Estratégia Saúde da Família e cria um componente de qualidade que

avalia, valoriza e premia equipes e municípios, garantindo aumento do repasse de recursos

em função da contratualização de compromissos e do alcance de resultados, a partir da

referência de padrões de acesso e qualidade pactuados de maneira tripartite (PNAB, 2012).

De acordo com a Portaria nº 1.409, de 10/07/2013, o valor mínimo do PAB Fixo

é definido de acordo com a pontuação que varia de 0 a 10, com base nos seguintes

indicadores: (1) PIB per capita (peso 2); (2) percentual da população com Bolsa Família ou

% da população em extrema pobreza (peso 1); (3) % da população com Plano de Saúde (peso

0,5); e densidade demográfica (peso 1). A partir da pontuação de cada município, ele é

enquadrado em 4 grupos: o Grupo 1 agrega pontuação de < 5,3 e população até 50 mil

habitantes, com valor do PAB igual a R$ 28,00 por hab/ano; o Grupo 2 reúne municípios

com pontuação entre 5,3 e 5,8 e população de até 100 mil hab. e os municípios com

pontuação menor que 5,3 e população entre 50 e 100 mil hab, cujo valor mínimo é de R$

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26,00 por hab/ano; o Grupo 3 são os municípios com pontuação entre 5,8 a 6,1 e população

de até 500 mil hab, e os municípios com pontuação menor que 5,8 e população entre 100 e

500 mil hab. A esses, o valor mínimo é de R$ 24,00 por hab/ano; o o Grupo 4, agrega os

municípios não contemplados nos itens anteriores, cujo valor por hab/ano é de, no mínimo

R$ 23,00.

Como se pode observar, a partir da Portaria no 1.409/2013, a política de

financiamento da AB já sinaliza a adoção de critérios de necessidades para alocação de

recursos.

Segundo a PNAB, o Piso de Atenção Básica Variável (PAB) variável tem sua

utilização definida nos planos municipais de saúde, dentro do escopo das ações previstas

nesta política. Para fazer jus ao financiamento específico do PAB variável, os municípios e o

Distrito Federal devem aderir às seguintes estratégias nacionais: (1) Programa Nacional de

Melhorias do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ); (2) Equipes de Saúde da

Família e de profissionais integrantes do PROVAB; (3) Programa de Requalificação das

UBS; (4) Consultório na Rua; e (5) Assistência Financeira Complementar (AFC).

No que se refere aos incentivos da estratégia saúde da família foram definidas

duas modalidades, segundo a Portaria GM/MS no 978, de 16/05/2012: a Modalidade 1 para

municípios com IDH igual ou inferior a 0,7, com população de até 50 mil habitantes na

Amazônia legal e de até 30 mil nos demais estados que integram o PITS; municípios com

populações residentes em assentamento ou remanescentes de quilombos, de no mínimo 70

pessoas, respeitando o número máximo de equipes por município, recebem R$ 10.695,00 por

equipe/mês; a Modalidade 2 são as equipes implantadas em todo o território nacional que não

se enquadram nos critérios da Modalidade 1, recebem o valor de R$ 7.130,00; além disso, há

um incentivo à implantação no valor de R$ 20.000,00 por equipe.

Há ainda os seguintes incentivo: à saúde bucal, também com duas modalidades

(Portaria no 978, de 16/05/2012); à Assistência Financeira Complementar (AFC) da União

para o cumprimento do piso salarial profissional nacional dos Agentes Comunitários de

Saúde e do incentivo para fortalecimento das políticas afetas à atuação dos ACS (Portaria

GM/MS no 1024, 21/07/2015); dos Agentes Comunitários de Saúde (Portaria GM/MS n

o

314, 28/02/2014); dos Serviços de Atenção Domiciliar (SAD), (Portaria GM/MS no 1.505,

24/07/2013); de custeio para os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), (Portaria

GM/MS no 548, 4/4/2013); ao Programa Academia da Saúde (custeio e investimento),

(Portaria GM/MS no 2.684, 8/11/2013); ao Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da

Atenção Básica (PMAQ), (Portaria GM/MS no 562, 4/4/2013); ao Consultório de Rua

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(Portarias GM/MS no 1238, 06/06/2014 e Decreto Presidencial nº 286, 05/12/2007;

Financeiro do Programa Nacional de Melhorias do Acesso e Qualidade da Atenção Básica

(PMAQ), Portaria GM/MS no 562 04/04/2013; Financeiro de equipes de Saúde da Família de

municípios e de profissionais que integram o PROVAB e o Mais Médicos (Portaria GM/MS,

no 1.834, 27/08/2013); Programa de Requalificação das UBS no componente Construção,

que é dividido em 4 portes (Portaria GM/MS, no 340, 04/03/2013); e para o Programa de

Requalificação das UBS no componente Reforma, que é pago segundo a metragem (Portaria

GM/MS, no 341, 4/3/2013).

Segundo o portal da Atenção Básica da Saúde (DAB) do Ministério da Saúde

(MS), o orçamento do MS é o segundo maior montante de recursos do Orçamento Geral da

União, logo depois da Previdência Social. Em 2013 ele representava R$ 99,8 bilhões. Desse

total a Atenção Básica, em 2013, mereceu a destinação de R$ 16,52 bilhões, ou seja,

representa 16,55% do orçamento total do MS. Isso sem contar com os recursos estaduais e

municipais que são somados ao financiamento federal para a APS.

3.7. CONSIDERAÇÕES SOBRE O FINANCIAMENTO DA SAÚDE

No contexto do financiamento é bom salientar que, segundo Brasil (2013) a

capacidade de financiar os Sistemas de Saúde vem sendo ameaçada na maior parte dos países

devido a mudanças no perfil demográfico (envelhecimento da população combinado com

diminuição das taxas de natalidade), ao aumento da incidência de doenças crônicas que

consomem muitos recursos durante longos períodos, assim o financiamento das ações e

serviços públicos de saúde no Brasil deve ser analisado sob dois aspectos: das fontes de

receita e da forma como se estruturam os gastos.

Barros (2003) apud Sousa (2011) considera que o financiamento de sistemas de

saúde tem constituído preocupação de gestores e analistas de políticas públicas, ao longo das

últimas duas décadas, em todas as sociedades. Isso porque o crescimento do gasto com

saúde, associado a fatores de diferentes ordens, produz, inicialmente, reações que se

restringem ao estabelecimento e de limitação ao acesso.

O financiamento na saúde é, por motivos diversos, objeto de preocupação em

quase todos os países do mundo. Naqueles desenvolvidos, que investem parcela considerável

do seu Produto Interno Bruto (PIB) em saúde, a preocupação cresce, com a eficiência,

efetividade e equidade nos gastos, uma vez que o incremento nos dispêndios com serviços

médicos-assistenciais não redunda, necessariamente, em melhores condições de saúde e nem

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resolve, de modo automático, as iniquidades no acesso aos serviços. Nos países em

desenvolvimento, por sua vez, existe o problema adicional de estender a cobertura a toda

população e de atender as exigências de financiamento setorial em concorrência com outras

necessidades do desenvolvimento social e econômico (RIBEIRO et al.,2007).

A questão da saúde, particularmente no que diz respeito ao financiamento de suas

ações e serviços, tem despertado atenção e preocupação crescentes nos mais diversos

segmentos da sociedade brasileira. Seja pela importância social da questão em si mesma, seja

pela participação, cada vez maior, do setor não só na economia como um todo, mas em

particular nas contas públicas e nos orçamentos das famílias (CONASS, 2011).

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4 METODOLOGIA

4.1 PESQUISA, ABORDAGEM E TIPO DE ESTUDO

Esta pesquisa caracteriza-se como estudo ecológico, quantitativo, utilizando dados

secundários referentes ao financiamento federal destinado à Atenção Primária da Saúde em

municípios localizados no estado do Ceará.

Para Minayo (2008), a pesquisa é uma atividade básica das ciências na sua

indagação e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta a atividade de ensino.

Pesquisar constitui uma atitude e uma prática teórica de constante busca e, por isso, tem a

característica do acabado provisório e do inacabado permanente. É uma atividade de

aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular

entre teoria e dados, pensamento e ação.

Richardson (1989) afirma que o método quantitativo, como o próprio nome indica,

caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto na modalidade de coleta de informações,

quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde a mais simples como

percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise

de regressão, etc.

Amplamente utilizado na condução da pesquisa, o método quantitativo representa,

em princípio, a intenção de garantir a precisão de resultados, evitar distorções de análise e

interpretação, possibilitando, consequentemente, uma margem de segurança quanto as

inferências (RICHARDSON, 1989).

Os chamados estudos ecológicos representam uma estratégia da epidemiologia

para a análise de dados de grupos populacionais. Segundo alguns autores clássicos da

epidemiologia, esses estudos têm caráter apenas descritivo, sem a capacidade de testar

hipóteses (MORGENSTERN, 1982, apud BARCELLOS, 2003).

A ecologia é definida como o estudo da totalidade ou padrão de relações entre

organismos e seu ambiente, por isso a abordagem ecológica está fortemente associada ao

conceito de lugar. Os estudos ecológicos na epidemiologia buscam, portanto, captar

determinantes de saúde, que fogem no âmbito do indivíduo, mas dizem respeito a coletividade

(SUSSER, 1994b apud BARCELLOS, 2003).

O uso de métodos quantitativos tem o objetivo de trazer à luz dados, indicadores e

tendências observáveis ou produzir modelos teóricos de alta abstração com aplicabilidade

prática. Nas ciências sociais contemporâneas, a abordagem quantitativa está profundamente

marcada pela reprodução do positivismo clássico, segundo o qual: (a) o mundo social opera de

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acordo com leis causais últimas; (b) o alicerce da ciência é a observação sensorial; (c) a

realidade consiste em estruturas e instituições identificáveis enquanto dados brutos por um

lado, crenças e valores, por outro; (d) estas duas ordens são correlacionadas para fornecer

generalizações e regularidades subjetivas que só podem ser compreendidas a partir de análises

quantificáveis (HUGHES, 1983 apud MINAYO, 2008).

4.2 CENÁRIO DE PESQUISA

O Ceará é uma das 27 unidades federativas do Brasil e contém 184 municípios.

Está situado no norte da região Nordeste e tem por limites o Oceano Atlântico a norte e

nordeste, Rio Grande do Norte e Paraíba a leste, Pernambuco ao sul e Piauí ao oeste. Sua

área total é de 148.920,472 km2, ou 9,37% da área do Nordeste e 1,74% da superfície do

Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do

estado estimada para o ano de 2015 foi de 8.904.459 habitantes, conferindo ao território a

oitava colocação entre as unidades federativas mais populosas (WIKIPÉDIA).

O Ceará está distribuído, em cinco macrorregiões: Fortaleza, Sertão Central,

Sobral, Cariri e Litoral Leste/Vale do Jaguaribe (vide mapa).

Quadro 1 – Mapa do Ceará dividido em macrorregiões

Fonte: Assessoria de Comunicação da Secretaria da Saúde do Ceará.

Fortaleza

Sobral

Litoral Leste/Vale do Jaguaribe

Sertão Central

Cariri

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4.3 UNIDADES DE ANÁLISE

As unidades de análise são os 184 municípios cearenses.

4.4 PERÍODO DE ESTUDO

O período de estudo são os anos pares entre 2004 e 2014.

A escolha dos anos pares deve-se à disponibilidade de informações sobre o

Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia

Econômica do Ceará (IPECE).

4.5 COLETA DE DADOS

Informações sobre transferências federais para a atenção primária nos

municípios cearenses foram extraídas do Fundo Nacional de Saúde (FNS);

Dados populacionais foram coletados no site do Departamento de Informática

do SUS (DATASUS); e o

Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) foram capturados no Instituto de

Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE).

Para efeito deste trabalho, foram coletadas apenas os dados de custeio da Atenção

Primária da Saúde;

4.6 TRATAMENTO DOS DADOS SOBRE FINANCIAMENTO

As informações necessárias à realização deste estudo foram organizadas em

planilha de Excel da seguinte forma (vide tabela):

Coluna Descrição

1 Nome do município

2 Indice de Desenvolvimento Municipal (IDM)

3 População

4

PAB FIXO

PAB-fixo

5 PAB-fixo ampliado

6 PAB-fixo total

7

PAB VARIÁVEL

Incentivo à Estratégia Saúde da Família

8 Incentivo à Saúde Bucal

Coluna Descrição (continuação)

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9

PAB VARIÁVEL

Incentivo à Assistência Financeira Complementar (AFC)

10 Incentivo ao Agente Comunitário de Saúde (ACS)

11 Incentivo dos Serviços de Atenção Domiciliar (SAD)

12 Incentivo de custeio para os Núcleos de Apoio à Saúde da

Família (NASF)

13 Incentivo ao Programa Academia da Saúde (custeio)

14 Incentivo financeiro do PMAQ

15 Incentivo às equipes do Consultório na Rua (custeio)

16 Incentivo Financeiro do Programa Nacional de Melhorias do

Acesso e Qualidade da Atenção Báslica

17 Incentivo financeiro de ESF de municípios e de profissionais

integrantes do PROVAB e + médicos

18 Programa Saúde da Família (PSF)

19 TOTAL PAB Variável

TOTAL = PAB FIXO + PAB VARIÁVAL

Fonte: Elaboração própria

Os dados sobre financiamento federal foram submetidos à atualização monetária

pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fornecido pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tendo por ano base o ano de 2014.

Tendo em vista que o IDM só é apurado em anos pares, resolveu-se, em relação

ao financiamento, trabalhar a média de dois anos. Exemplo; médias dos anos de 2003 e 2004

foi cruzada com o IDM de 2004; média dos anos de 2005 e 2006 foi cruzada com o IDM de

2006, e assim sucessivamente.

4.7 ANÁLISE DOS DADOS

As referências que foram observadas para o estabelecimento do porte dos

municípios que serviram de base para a análise da equidade no financiamento será a mesma

classificação utilizada por Sousa et al. (2011), que são:

Municípios de pequeno porte: população < 30 mil habitantes;

Municípios de médio porte: 30 mil hab ≤ população > 100 mil habitantes;

Municípios de grande porte: população ≥ 100 mil hab.

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Inicialmente foi realizada uma análise utilizando-se de quadros de medidas

descritivas com objetivo de observar o crescimento dos valores médios para os indicadores,

bem como a porcentagem do crescimento anual respectivamente aos anos que o precedem.

Foram também utilizados gráficos de dispersão para avaliar a forma de

distribuição desses indicadores; gráfico de dispersão para avaliar a relação e a distribuição

anual e/ou por porte dos municípios do Piso de Atenção Básica (PAB) total e do PAB per

capita, em função do IDM e o gráfico box-plot relacionando o PAB per capita por porte de

municípios.

4.8 LIMITES DO ESTUDO

Em que pese os limites de um estudo ecológico, que, ao agregar informações por

áreas geográficas e trabalhá-las como um todo homogêneo, desconhece as diferenças internas

aos grupos e nos próprios municípios.

Estudos ecológicos apresentam limitações pois não se aproxima ao indivíduo, em

especial no municípios com maiores número de habitantes (mais de 50 mil) e na Capital.

Escassez de estudos direcionados ao tema para possíveis comparações apresentou

uma relativa limitação.

4.9 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA

Este projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da

Universidade Estadual do Ceará (UECE) com o parecer nº 2.088.089, após análise da

banca de qualificação e adequados ajustes sugeridos pela mesma (ANEXO).

Não há riscos diretos e indiretos, pois a pesquisa foi realizada através de dados

secundários, não necessitando do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1. DISTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS CEARENSES POR PORTE

POPULACIONAL

A tabela 1, gráfico 1, apresenta a distribuição da população residente nos

municípios cearenses, para melhor visualização de sua representação numérica e percentual,

por porte populacional (pequeno porte, médio porte e grande porte), na década que vai de

2004 a 2014.

Pelos resultados apresentados na tabela 1, gráfico 1, observa-se que houve um

crescimento populacional nos municípios de médio e grande porte, enquanto os municípios de

pequeno porte (MPP) sofreram uma redução no seu contingente populacional.

Tabela 1: Número e porcentagem dos municípios cearenses por porte populacional, no

período de 2004 a 2014

Ano 2004 2006 2008 2010 2012 2014

Porte dos

municípios n % n % n % n % n % n %

Pequeno porte 124 67 123 67 121 66 121 66 120 65 119 65

Médio porte 53 29 53 29 55 30 55 30 56 30 56 30

Grande porte 7 4 8 4 8 4 8 4 8 4 9 5

Total 184 100 184 100 184 100 184 100 184 100 184 100

Fonte: Elaboração própria

Gráfico 2 – Variações em porcentagens dividido por classificações por portes municipais

Fonte: Elaboração própria

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No ano de 2004, dos 184 municípios presentes no estado do Ceará, 124 foram

classificados como de pequeno porte, representando 67%, 53 municípios foram considerados

de médio porte, ou 28,8% e 7 municípios de grande porte, 3,8%. Observando-se o ano de

2014, portanto, 10 anos depois, 119 municípios estavam classificados como municípios de

pequeno porte, ou seja, redução de 2,7%; 56 municípios como médio porte, um aumento de

1,6% e 9 municípios de pequeno porte, aumento de 1,1% (Tabela 1).

Entre os MPP essa mudança de perfil aconteceu a partir do ano de 2006, passando

gradativamente de 67% para 65% em 2014, representando uma redução de 5 municípios. Com

relação aos municípios de médio porte (MMP), aconteceu o movimento inverso, sendo o ano

de 2006 o ponto em que a população desses municípios passou a ser mais expressivas, com a

inclusão de mais 3 municípios classificados neste porte em 2014. Foi nesse extrato

populacional onde houve maior evolução se comparado com os municípios de pequeno e

grande porte. Com relação aos municípios de grande porte (MGP), houve avanço, passando

de 7 municípios em 2004 para 9 municípios em 2014 embora isso represente apenas 1% de

aumento (Tabela 1).

É importante observar que nos dois anos extremos (2004 e 2014), visualizam

alterações quantitativas de municípios, de modo que, em 2004, haviam 124 municípios

classificados como pequeno porte sendo o que em 2014 passou para 119 municípios,

havendo. portanto uma redução de 2,7%. Nos municípios classificados em médio porte,

passou de 53 em 2004 para 56 em 2014, aumento de 1,6% e os municípios de grande porte,

passou de 7 em 2004 para 9 em 2014, aumento de 1,1% (Tabela 1).

Os municípios que migraram do grupo de pequeno porte para o grupo de médio

porte foram: Bela Cruz (em 2006), Nova Russas (em 2008), Paraipaba (em 2010), Santa

Quitéria (2008), Milagres (2004) retornando para o grupo de pequeno porte em 2008,

Ubajara (2008) e Tabuleiro do Norte (2014) (Apêndice 1,2).

Os municípios que migraram do grupo de médio porte para o grupo de grande

porte são: Maranguape (em 2006) e Iguatu (em 2014) (Apêncide 2,3).

O movimento populacional registrado nessa década apresenta uma tendência de

movimento das camadas populacionais de municípios de pequeno porte para os de médio e

grande porte, possivelmente causado pela busca de melhores oportunidades.

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5.2. EVOLUÇÃO DO FINANCIAMENTO FEDERAL COM APS

A tabela 2 apresenta o montante de financiamento da APS no Ceará nos

municípios de grande porte, estratificado entre o PAB fixo e o PAB variável e seu total, nos

anos pares de 2004 a 2014. Percebe-se que o crescimento do PAB variável foi muito acima do

PAB fixo. Enquanto o primeiro cresceu em 430%, o segundo atingiu apenas um crescimento

de 129,3%. Isso está expresso no crescimento da participação do PAB fixo que passou de

57,9% em 2004 para 37,3% em 2014. Exatamente o inverso do que aconteceu com o PAB

variável, que saiu de uma participação percentual de 42,1% para 62,7%. Em termos gerais o

PAB cresceu 255,8%, o que demostra que neste período houve um crescimento real dos

recursos destinados à APS.

Em termos per capita, o PAB passou de R$ 29,14 para R$ 82,10, portanto um

aumento de R$ 52,96, ou 181,8%. Esse aumento foi mais expressivo entre 2006 a 2008, cujos

aumentos foram de R$ 11,67 (2006/08), R$ 19,90 (2010/12). Possivelmente esse aumento se

deu em decorrência do aporte de recursos da EC 29/2000 e da edição da Portaria GM/MS no

698, de 30/03/2006, que criou os blocos de financiamento, onde cada bloco restringiu o uso

dos recursos somente dentro do respectivo bloco (Tabela 2).

Tabela 2: Distribuição de recursos financiados pelo Governo Federal para a APS para

municípios de grande porte (MGP), nos anos pares de 2004 a 2014 (R$ 1,00)

MUNICÍPIOS

TOT PAB

FIXO

(R$ 1,00)

%

TOT PAB

VAR

(R$ 1,00)

% TOTAL PAB

(R$ 1,00)

%PAB

TOT

PAB PER

CAPITA

(R$)

2014 92.668.834 37,3 155.639.294 62,7 248.308.128 100 82,10

2012 82.316.964 36,7 142.064.963 63,3 224.381.927 100 73,96

2010 67.917.328 41,7 95.078.865 58,3 162.996.193 100 54,06

2008 60.810.321 48,4 64.824.285 51,6 125.634.606 100 44,68

2006 48.568.192 51,7 45.455.890 48,3 94.024.082 100 33,01

2004 40.416.736 57,9 29.368.036 42,1 69.784.772 100 29,14

Acréscimo % 129,3 - 430,0 - 255,8 - 181,78

Fonte: Elaboração própria

Em relação ao financiamento federal para APS nos MMP exposto na tabela 3,

verifica-se que, embora o crescimento dos recursos tenha sido menor do que nos MGP,

(255,8% no primeiro e 215,4% no segundo), o percentual de crescimento dos recursos do

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PAB per capita foi mais expressivo entre os municípios de médio porte. Ou seja, enquanto o

crescimento do financiamento per capita dos MGP foi 181,8%, os MMP cresceram em

198,3%, portanto uma diferença de 16,5%. Isso significa que a distribuição de recursos entre

as pessoas residentes nesses municípios foi mais expressiva do que nos MGP.

Observando-se o PAB per capita dos MMP expostos na tabela 3, verifica-se que

esse passou de R$ 32,53 para R$ 97,05, logo um aumento de R$ 64,52 por pessoa, ou

181,8%. Esse aumento foi mais expressivo entre 2008 a 2012, cujos aumentos foram de R$

R$ 14,37 (2006/08), R$ 13,78 (2008/10), R$ 28,29 (2010/12). Possivelmente esse aumento se

deu também em consequência da edição da Portaria GM/MS no 698, de 30/03/2000, que

destinou critérios de distribuição de recursos para a APS, restringindo os recursos a serem

gastos dentro dos blocos e dando incentivos nos recursos do PAB variável. Entre 2012/14 o

aumento foi de apenas R$ 1,97, o que possivelmente representa um esgotamento dos recursos

destinados à APS aos municípios cearenses.

Tabela 3: Distribuição de recursos financiados pelo Governo Federal para a APS para

municípios de médio porte (MMP), nos anos pares de 2004 a 2014 (R$ 1,00)

ANO

TOT PAB

FIXO (R$

1,00)

% TOT PAB

VAR (R$ 1,00) %

TOTAL

PAB

(R$ 1,00)

%PAB

TOT

PAB PER

CAPITA

(R$)

2014 73.479.122 27,5 193.664.847 72,5 267.143.969 100 97,05

2012 70.336.194 26,9 191.082.340 73,1 261.418.533 100 95,08

2010 47.533.395 26,6 131.065.517 73,4 178.598.912 100 66,79

2008 41.874.430 29,3 100.808.714 70,7 142.683.144 100 53,01

2006 35.625.457 36,0 63.369.316 64,0 98.994.773 100 38,64

2004 30.225.124 35,7 54.486.556 64,3 84.711.680 100 32,53

Acréscimo % 143,1

255,4

215,4

198,3

Fonte: Elaboração própria

A tendência de redução na participação percentual do PAB fixo e o aumento da

participação percentual do PAB variável se manteve entre os MMP, registrando o mesmo

fenômeno ocorrido com os MGP. Isso mostra que os incentivos do PAB variável cresceram

numa proporção mais rápida do que os critérios de distribuição de recursos do PAB fixo. A

ampliação da Estratégia Saúde da Família entre os municípios cearenses foi a principal causa

desse comportamento. Segundo o Departamento de Atenção Básica (DAB), em 2004 existiam

1.525 Estratégias de Saúde da Família (ESF) cadastradas no Ministério da Saúde (MS) e

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passou para 2.314 em 2014. Isso pode ser visualizado quando o percentual de recursos do

PAB fixo cresceu 144,1% enquanto o PAB variável chegou a 255,4%, deste modo um

aumento percentual de 112,3% (Tabela 3).

Pelos resultados dos MPP apresentados na tabela 4, verifica-se que o aumento

percentual dos recursos entre esses municípios foi menor do que entre os MGP e MMP.

Enquanto o primeiro atingiu um acréscimo percentual de 255,8%, o alcançou atingiu 215,4%

e os MPP 202,5%, portanto, os recursos demonstraram uma tendência decrescente.

Esse aumento foi mais expressivo no PAB variável que apresentou 231,2% para

um crescimento de 132,5% do PAB fixo, registrando as mesmas tendências dos municípios de

grande e médio porte. Isso significa que os incentivos do PAB variável, possivelmente

decorrente da Portaria nº 204, de 29 de janeiro de 2007, que criou os blocos de financiamento

foi mais expressivo, em especial para o fortalecimento da Estratégia Saúde da Família.

Tabela 4: Distribuição de recursos financiados pelo Governo Federal para a APS para

municípios de pequeno porte (MPP), nos anos pares de 2004 a 2014

ANO

TOT PAB

FIXO

(R$ 1,00)

%

TOT PAB

VAR

(R$ 1,00 )

% TOTAL PAB

(R$ 1,00)

%PAB

TOT

PAB PER

CAPITA

(R$)

2014 53.414.568 22,3 185.643.865 77,7 239.058.433 100 126,02

2012 51.140.610 20,2 201.756.983 79,8 252.897.593 100 132,97

2010 37.620.664 20,2 148.922.929 79,8 186.543.593 100 96,88

2008 30.513.781 21,3 112.595.820 78,7 143.109.601 100 73,68

2006 27.892.338 25,0 83.826.560 75,0 111.718.898 100 58,27

2004 22.976.674 29,1 56.059.292 70,9 79.035.966 100 45,23

Acréscimo % 132,5

231,2

202,5

178,6

Fonte: Elaboração própria

A tabela 5 apresenta um resumo das variações percentuais dos recursos recebidos

por municípios cearenses, segundo porte populacional, do PAB fixo, PAB variável, PAB total

e PAB per capita.

O que se percebe pela leitura dos dados da tabela 5 é que, em termos de PAB

total, os MGP foram os mais privilegiados com recursos adicionais, pois atingiram

percentuais de acréscimos de 255,8%, enquanto os MMP cresceram 215,4% e os MPP

178,6%. Portanto, uma tendência decrescente de distribuição de recursos entre municípios de

melhor situação socioeconômica comparados aos menos favorecidos, demonstrando assim

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que a política de financiamento federal ainda não conseguiu reduzir as desigualdades no

financiamento da APS no período estudado, embora com a vigência da EC 20/2000, da

Portaria nº 204/2007 (criou os blocos de financiamento) e da EC 141/2012 que regulamenta a

EC 29/2000.

Em relação ao PAB fixo verifica-se melhor resultado entre os MMP, em segundo

lugar os MGP e por último os MPP. A mudança de critério da distribuição dos recursos do

PAB fixo em 2013 pela Portaria GM/MS no 1.409 que passa do critério unicamente per capita

para utilizar um valor mínimo do PAB definido de acordo com pontuação que varia de 0 a 10,

com base nos indicadores PIB per capita (peso 2); percentual da população com bolsa família

ou percentual da população em extema pobreza (peso 1); percentual da população com planos

de saúde (peso 0,5) e densidade demográfica (peso 1).

Tabela 5: Acréscimo percentual de recursos financiados pelo Governo Federal para a

APS para municípios de pequeno, médio e grande porte, nos anos pares de 2004 a 2014

MUNICÍPIOS RELAÇÃO DE

ANOS

TOT PAB

FIXO (%

aumento)

TOT PAB

VARIÁVEL(%

aumento)

TOTAL PAB

(% aumento)

PAB PER

CAPITA (%

aumento)

MGP 2004/2014 129,3 430,0 255,8 181,8

MMP 2004/2014 143,1 255,4 215,4 198,3

MPP 2004/2014 132,5 231,2 202,5 178,6

Fonte: Elaboração própria

Outro critério criado pela Portaria GM/MS, no

1.409 de 10 de julho de 2013,

divide municípios em quatro grupos. (1) O primeiro estabelece que municípios com

pontuação de 5,3 e população de até 50 mil habitantes receberia valor mínimo do PAB fixo

igual a R$ 28,00 por hab/ano; (2) o grupo dois reúne municípios com pontuação entre 5,3 e

5,8 e pontuação de até 100 mil habitantes e os municípios com pontuação menor que 5,3 e

pontuação entre 50 e 100 mil habitantes. Nesse caso, o valor do PAB passa a ser R$ 26,00 por

hab/ano; o grupo 3 agrupa municípios com pontuação entre 5,8 e 6,1 e população de até 500

mil hab. e os municípios com pontuação menor que 5,8 e população entre 100 e 500 mil hab.

Assim sendo, o valor mínimo do PAB é de R$ 24,00 hab/ano; e (4) o grupo 4, que reúne os

municípios não contemplados nos itens anteriores e que está estipulado um valor mínimo do

PAB igual a R$ 23,00 por hab/ano. Apesar do esforço do governo federal em criar critérios de

distribuição mais equitativa de recursos para a APS, os resultados demonstram que as

mudanças implantadas em 2013, ainda não são percebidas nos resultados aqui apresentados.

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Um ponto a se observar são as variações do total do PAB fixo em relação ao total

do PAB variável no qual em todos os anos e em todos os portes municipais, o PAB variável

foi maior do que o PAB fixo, o que pode-se levar a concluir que provavelmente os incentivos

à Estratégia Saúde da Família, ACS, Saúde Bucal, fator de incentivo aos povos indígenas,

fator de incentivo para atenção a saúde no sistema penitenciário, incentivo para atenção

integral ao adolescente em conflito com a lei privilegiaram mais aos MGP que aos demais, já

que estes apresentam um crescimento de 430%, enquanto os MMP e MPP aumentaram

respectivamente 255,4% e 321,2%.

Observando-se os resultados do PAB variável, está claro que houve maior aporte

de recursos entre os MGP, MMP e MPP, na sequencia.

Na tabela 5 ainda se pode visualizar pontualmente qual grupo de porte municipal

apresentou acréscimo percentual no PAB per capita. O grupo que ficou com o primeiro

destaque foi o MMP, tendo um acréscimo de 198,3% no período de 10 anos, seguido dos

MGP com 181,8% e, por fim, os MPP com 178,6%. Portanto, os municípios que tiverem

menor desempenho na captação dos recursos foram aqueles com situação socioeconômica

menos favorável, portanto, que agregam mais necessidades de saúde.

A tabela 6 apresenta um consolidado da média do PAB per capita do municípios

cearenses agrupados por porte populacional, sua variação ano a ano e a diferença entre o valor

do PAB per capita dos MPP-MGP e MPP-MMP, nos anos pares de 2004 a 2014.

Observando-se o comportamento do PAB per capita nos grupos mencionados,

verifica-se que há tendência crescente em todos os anos e em todos os grupos, com exceção

do MPP no ano de 2012 para 2014 que reduziu em R$ -6,95 o seu valor per capita (Tabela 6).

É importante salientar que o valor do PAB per capita nos MPP encontra-se acima

dos valores dos MMP e MGP, em todos os anos estudados, ou seja, as variações ano a ano são

maiores entre os MPP, seguido dos MMP e por último dos MGP. Esse comportamento pode

ser visualizado nas diferenças entre MPP em relação aos MGP e MMP. Isso significa que

houve um volume maior de recursos per capita para municípios mais pobres, com condições

socioeconômicas mais desvantajosas do que entre os MMP e MGP, sinalizando uma melhor

distribuição de recursos para aqueles com maior necessidade de saúde (Tabela 6).

Observa-se que nos MGP e MMP o PAB per capita teve um comportamento

idêntico, ou seja, cresceram de 2006 para 2008, reduzindo em 2010, tornando a crescer em

2012, e tendo uma baixa significativa entre os anos de 2012 e 2014. Entretanto, em 2014, os

três portes municipais apresentaram uma variação muito pequena em relação aos outros anos

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e, no caso dos MPP, a variação chega a ser negativa, passando a receber R$ -6,95 em relação

à 2012 (Tabela 6).

Tabela 6: Média do PAB per capita por porte populacional (MGP, MMP, MPP) e sua

variação anual, nos anos pares de 2004 a 2014

ANO

MGP MMP MPP

MPP-

MGP

MPP-

MMP

PAB

per

capita

variação

PAB

per

capita

variação

PAB

per

capita

variação

2014 82,10 8,14 97,05 1,97 126,02 (-6,95) 43,92 28,97

2012 73,96 19,90 95,08 28,28 132,97 36,10 59,02 37,90

2010 54,06 9,38 66,79 13,78 96,88 23,19 42,82 30,08

2008 44,68 11,67 53,01 14,37 73,68 15,41 29,00 20,67

2006 33,01 3,87 38,64 6,11 58,27 13,04 25,27 19,63

2004 29,14 - 32,53 - 45,23 - 16,09 12,70

Acréscimo % 181,7 - 198,3 - 178,6 - - -

Fonte: elaboração própria

O comportamento do financiamento do PAB per capita entre 2012 e 2014, em

especial dos MPP é preocupante, pois pode estar sinalizando um refluxo dos recursos por

habitante destinados a APS, ou seja, um desfinanciamento do SUS na APS.

5.3. RELAÇÃO ENTRE PAB PER CAPITA E O IDM: ANÁLISE DA EQUIDADE NO

FINANCIAMENTO DA APS

O gráfico 2 apresenta a relação entre o Índice de Desenvolvimento Municipal

(IDM) e o PAB per capita dos municípios cearenses agrupados por porte populacional.

Segundo Barros (2012), o gráfico de dispersão é um tipo de representação

bastante útil quando há interesse em explorar o comportamento de duas variáveis

simultaneamente, uma em relação a outra. Pelos resultados do gráfico 2, percebe-se que no

ano de 2004 os municípios distribuídos por porte populacional estão bastante adstritos,

crescendo gradativamente, mas em ritmos diferentes. A relação entre o IDM e o PAB per

capita foi mais expressiva nos MPP, seguida dos MMP e dos MGP (Gráfico 2).

Claramente, em todos os anos, o grupo dos MPP são os de maior

representatividade, atingindo no máximo de 67,4% (2004) e no mínimo de 64,7% (2014). Nos

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MMP, observa-se o máximo de 30,4% e o mínimo de 28,8%, e, entre os MGP teve o máximo

de 4,9% e o mínimo de 3,8% (Gráfico 2).

Gráfico 3: Relação do PAB per capita e o IDM, nos anos pares de 2004 a 2014,

apresentado pelo gráfico de dispersão de acordo com o porte do município

Fonte: Elaboração própria

Em todos os portes de municípios vê-se claramente que houve uma melhor

distribuição de recursos, em especial os MPP (Gráfico 2).

Nos três grupos, a partir dos anos de 2010, nota-se um crescimento mais notável

relacionado ao valor por habitante. Pode-se dizer que alguns municípios, representados por

pontos mais dispersos, estão recebendo mais recursos do PAB per capita (Gráfico 2).

O gráfico 3 apresenta a relação entre o PAB per capita estratificado por ano de

estudo nos municípios de grande, médio e pequeno portes. É interessante perceber o

crescimento da relação entre o PAB per capita e o IDM até o ano de 2012, havendo uma

pequena redução entre os MPP no ano de 2014. Esse comportamento se assemelha aos

resultados da tabela 6.

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Gráfico 4: Relação do PAB per capita e o IDM estratificado por anos pares de 2004 a

2014

Fonte: Elaboração própria

O gráfico 4 é uma representação do mesmo fenômeno dos gráficos 2 e 3, pelo

gráfico de histograma. Esse gráfico é similar a um gráfico de colunas, mas não devem existir

espaços entre as colunas porque se trata de um tipo de gráfico apropriado à representação de

variáveis quantitativas. A largura da coluna representa o intervalo de valores da variável,

enquanto a altura de cada coluna corresponde a frequência de dados observados dentro do

respectivo intervalo de classe.

Neste gráfico observa-se com clareza a evolução do crescimento do PAB per

capita em relação ao IDM, iniciando com o ano de 2004 com a formação mais desigual dessa

relação, cujo crescimento é verticalizado e mais concentrado. Nos anos subsequentes, o

gráfico vem se horizontalizando, o que mostra uma melhor distribuição dos recursos entre

municípios de menor nível socioeconômico.

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Gráfico 5: Relação do PAB per capita e o IDM apresentado por anos pares de 2004 a

2014

Fonte: Elaboração própria

Apesar de variações, este gráfico é um retrato positivo da distribuição no PAB per

capita e do Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) entre os anos de 2004 a 2012. O

motivo deste resultado decorre da EC 29/2000 e LC 141/2012, da evolução das pactuações no

financiamento da saúde, como por exemplo, o pacto pela saúde em 2006, as transferências dos

recursos federais através de blocos de financiamento em 2007, e da Portaria Nacional de

Atenção Básica em 2012.

Contextualizando um pouco o histórico do financiamento, o pacto pela saúde veio

para fortalecer os princípios constitucionais do SUS, dando ênfase nas necessidades da

população e que implicará o exercício simultâneo de definição de prioridades articuladas e

integradas nos três componentes: Pacto pela Vida, Pacto pela Defesa do SUS e o Pacto de

Gestão do SUS (SARAIVA, PESTANA, & FERNANDES).

Os blocos de financiamento onde os repasses fundo a fundo se consolidaram, o

que permitiu um melhor monitoramento e controle. A lei complementar 141, de acordo com

CONASS, 2012, que dispõe os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União,

Estados e Distrito Federal em ações e serviços públicos de saúde; estabelece os critérios de

rateio dos recursos de transferências para a saúde e as normas de fiscalização, avaliação e

controle das despesas com saúde nas três esferas de governo.

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Segundo Andrade (2017), o que alicerça a referida lei é a busca da garantia da

equidade orçamentária regional com a diminuição das disparidades regionais nos termos da

Constituição Federal (CF).

Ressalta-se também que PNAB/2012 aborda todas as funções, diretrizes e

princípios da atenção primária, suas responsabilidades em todas as esferas de governo, assim

como o funcionamento, atribuições dos profissionais, as especificidades de cada estratégia

(ESF, PACS, entre outros), além da educação permanente e tantos outros direcionamentos à

APS.

O gráfico 5 é a representação da relação exibida pelos gráficos 3 e 4 de forma de

box plot. Para Barros (2012), o gráfico box plot ou gráfico de caixas é um tipo de gráfico com

a forma de um retângulo, no qual a borda inferior e a superior representam, respectivamente o

primeiro e o terceiro quartil (onde o eixo horizontal representa as variáveis) do conjunto de

dados. A linha que atravessa o retângulo corresponde ao valor da mediana. A representação

de dados através de um gráfico de caixas bigodes é uma ferramenta poderosa para

identificação de outlier (valores discrepantes) e para análise da distribuição dos dados.

Gráfico 6: Relação do PAB per capita e o IDM apresentado por ano e porte do

município, estratificado por anos pares de 2004 a 2014

Fonte: Elaboração própria

O MPP (caixa azul) se destacam entre os anos de 2004 a 2012, mostrando

claramente que em 2014 sofreu uma redução, podendo estar sinalizando uma estagnação do

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processo de redução das desigualdades, podendo apresentar um aumento da iniquidade a

partir desse momento.

Os MMP, representados pelas caixas verdes, mostra uma tendência crescente,

embora apresente uma pequena redução em 2014. O mesmo fenômeno acontece com os MGP

que provavelmente atingiu melhor equidade, embora 2014 represente um freio na linha de

tendência entre os anos de 2004 a 2012.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Houve crescimento populacional dos MMP e MGP e redução nos MPP o que

pode-se concluir que houve migração de pessoas dos municípios considerados de pequeno

porte sinalizando busca de melhores condições de vida.

Entre os MGP houve aumento dos recursos do PAB total, importando em 255,8%,

no entanto esse resultado foi mais significativo no PAB variável, cujo aumento percentual foi

de 430% enquanto o PAB fixo foi de 139,3%.

Nos MMP o aumento do PAB total foi de 215,4%, portanto, menor que os MGP.

Contudo, o aumento percentual do PAB variável em 255,5% foi mais expressivo do que o

PAB fixo, 143,1%.

Entre os MPP o aumento do PAB total foi ainda menor que os MMP e MGP, com

202,5%, acontecendo o mesmo fenômeno dos outros grupos populacionais.

Entende-se que a política de financiamento representadas pela EC 29/2000 e sua

LC 141/2012, EC blocos de financiamento e a PNAB 2012 foram fundamentais para garantir

uma distribuição mais equitativa dos recursos entre os anos de 2004 a 2012. Entretanto,

constata-se que entre 2012 e 2014 houve um recuo dessa tendência, o que pode provocar

motivo preocução quanto a manutenção da redução das desigualdades em saúde por parte do

financiamento do governo federal.

Vale ressaltar que, por mais que em um determinado período tenha havido uma

distribuição mais equitativa, não significa que os recursos recebido por parte do governo

federal, tenha sido suficiente para a população.

Em relação ao PAB per capita, os MPP apresentaram os maiores valores

comparados aos MMP, que ficou em segundo lugar, e aos MGP que obtiveram os piores

resultados. O crescimento entre os MMP foi maior em termos percentuais, atingindo 198,3%,

enquanto os MGP foi de 181,7% seguido dos MPP com 178,6%. Verificou-se também que do

ano de 2012 para 2014 houve um desaceleramento dos recursos per capita, o que poderá

elevar o nível de desigualdades em saúde, em especial nos municípios mais pobres.

Na análise da relação do PAB per capita do IDM verifica-se que houve uma

melhor distribuição de recursos entre os anos de 2004 e 2012, favorecendo os MPP, em

seguida os MMP e por último os MGP. Isso representa uma redução das iniquidades nesse

período. Contudo, o ano de 2014 é preocupante pois pode representar um redução da equidade

conseguida até então.

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Mais preocupante ainda é que em anos mais recentes, portanto fora do período

estudado, foram editada as EC 86/2015, conhecido como orçamento impositivo, que muda os

critérios de financiamento do governo federal que antes era regido pelo valor empenhado no

ano anterior acrescido do PIB, para valores relacionados à RCL ao longo de 5 anos, passando

de 13,2% em 2016 para 15% em 2020. Alguns autores já apontam uma redução nos recursos

da saúde por essa EC.

Outro fator preocupante é o aumento da DRU de 20% para 30%, o que reduz

ainda mais os recursos da saúde.

Em 2016 foi editada a EC 95 e em 2017 foi aprovada tendo como base o

congelamento dos gastos públicos com saúde, cultura, educação, transporte, saneamento

básico, entre outros, por 20 anos. Um país onde os índices em saúde e educação são cada dia

mais preocupantes, indago a quem este congelamento beneficia.

Estudiosos já comprovaram as possíveis e drásticas consequências da aprovação

deste projeto de emenda constitucional, no qual houve ampla resistência da própria população

onde manifestações ocuparam os espaços mais importantes do país.

Outro fator preocupante diz respeito alterações na regra de repasse do governo

federal para estados, municípios e o Distrito Federal chamado Projeto SUS Legal, ou seja,

trata da mudança na transferência de verbas federais e atende, segundo a pasta, a pleito de

prefeituras e governos estaduais. Os repasses, antes realizados em seis blocos temáticos,

passam a ser feitos em duas modalidades: custeio e investimento. Prevê também que os

gestores implementem uma espécie de lei de transferência de recursos, além de aumentar a

fiscalização da execução de ações em saúde. Esse fato pode significar um redução dos

recursos da APS em prol da atenção de média e alta complexidade, retornando pois ao modelo

hospitalocêntrico.

Todas essas medidas adotadas após 2015 poderão comprometer seriamente o

processo de equidade no financiamento federal pois representam um desfinaciamento da

saúde no SUS e consequentemente atingindo o financiamento da APS.

Uma preocupação real são os resultados negativos apresentados especialmente

pelos MPP no qual apresentou uma redução ao invés do crescimento expostos por outros

portes municipais.

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; CEBES; ENSP/FIOCRUZ. Contra

a reformulação da PNAB – nota sobre a revisão da Política Nacional de Atenção Básica.

Disponível em: <https://www.abrasco.org.br/site/noticias/posicionamentos-oficiais/contra-

reformulacao-da-pnab-nota-sobre-revisao-da-politica-nacional-de-atencao-basica/29798/>.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A: MUNICÍPIOS DE GRANDE PORTE POR IDM, POPULAÇÃO, PAB FIXO, PAB VARIÁVEL, TOTAL PAB,

PORCENTAGEM E VALOR PER CAPITA NOS ANOS PARES DE 2004 A 2014

MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % POP TOT PAB FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % PAB Per capita

Iguatu 35,72 100.733 2,5 2.551.587,96 24,7 7.788.040,26 75,3 10.339.628,22 100 102,64

Sobral 48,3 199.750 4,9 4.635.216,00 23,0 15.554.974,56 77,0 20.190.190,56 100 101,08

Juazeiro do Norte 37,46 263.704 6,5 6.135.552,00 24,4 19.010.814,62 75,6 25.146.366,62 100 95,36

Crato 37,72 127.657 3,1 2.975.112,00 25,8 8.557.061,12 74,2 11.532.173,12 100 90,34

Maranguape 32,32 122.020 3,0 2.815.344,00 27,2 7.553.071,13 72,8 10.368.415,13 100 84,97

Maracanaú 55,04 219.749 5,4 5.121.696,00 27,9 13.214.433,79 72,1 18.336.129,79 100 83,44

Itapipoca 36,48 123.613 3,0 2.863.680,00 34,3 5.481.784,94 65,7 8.345.464,94 100 67,51

Caucaia 43,96 349.526 8,6 8.066.184,00 34,6 15.215.853,97 65,4 23.282.037,97 100 66,61

Fortaleza 68,51 2.571.896 63,1 57.504.462,00 47,6 63.263.259,79 52,4 120.767.721,79 100 46,96

TOTAL 2014 4.078.648 100,0 92.668.833,96 37,3 155.639.294,18 62,7 248.308.128,14 100 82,10

Sobral 51,85 193.134 5,0 4.231.776,74 23,7 13.594.633,00 76,3 17.826.409,74 100 92,30

Juazeiro do Norte 34,28 255.648 6,6 5.611.927,75 25,4 16.462.322,00 74,6 22.074.249,75 100 86,35

Crato 39,95 123.963 3,2 2.724.330,50 25,8 7.817.765,00 74,2 10.542.095,50 100 85,04

Maranguape 33,98 117.306 3,0 2.560.052,26 27,3 6.825.100,12 72,7 9.385.152,38 100 80,01

Maracanaú 55,41 213.404 5,5 4.690.193,26 30,7 10.595.572,95 69,3 15.285.766,21 100 71,63

Caucaia 38,89 336.091 8,7 7.335.807,24 32,5 15.207.647,00 67,5 22.543.454,24 100 67,08

Itapipoca 38,06 119.320 3,1 2.611.408,74 35,6 4.726.906,00 64,4 7.338.314,74 100 61,50

Fortaleza 75,07 2.500.194 64,8 52.551.467,30 44,0 66.835.016,82 56,0 119.386.484,12 100 47,75

TOTAL 2012 3.859.060 100,0 82.316.963,79 36,7 142.064.962,89 63,3 224.381.926,68 100 73,96

Sobral 50,22 188.271 5,0 3.254.373,00 26,3 9.118.348,00 73,7 12.372.721,00 100 65,72

Juazeiro do Norte 35,49 249.936 6,6 4.447.213,00 27,4 11.772.778,00 72,6 16.219.991,00 100 64,90

Maracanaú 57,87 209.748 5,6 3.602.199,00 30,9 8.037.059,00 69,1 11.639.258,00 100 55,49

Maranguape 32,84 112.926 3,0 1.959.444,00 31,6 4.244.852,00 68,4 6.204.296,00 100 54,94

Crato 38,95 121.462 3,2 2.086.137,00 31,3 4.575.880,00 68,7 6.662.017,00 100 54,85

Itapipoca 28,76 116.065 3,1 2.033.253,00 33,7 3.998.236,00 66,3 6.031.489,00 100 51,97

Caucaia 38,75 324.738 8,6 5.913.843,00 37,5 9.870.453,00 62,5 15.784.296,00 100 48,61

Fortaleza 73,96 2.447.409 64,9 44.620.866,00 50,7 43.461.259,00 49,3 88.082.125,00 100 35,99

TOTAL 2010 3.770.555 100,0 67.917.328,00 41,7 95.078.865,00 58,3 162.996.193,00 100 54,06

MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % POP TOT PAB FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % PAB Per capita

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Sobral 60,56 180.046 4,8 2.921.469,25 28,3 7.413.546,00 71,7 10.335.015,25 100 57,40

Juazeiro do Norte 47,55 246.515 6,5 3.990.580,18 30,3 9.188.579,00 69,7 13.179.159,18 100 53,46

Maracanaú 58,7 199.808 5,3 3.257.331,50 34,6 6.163.860,00 65,4 9.421.191,50 100 47,15

Crato 50,48 115.724 3,1 1.911.527,68 37,0 3.257.590,00 63,0 5.169.117,68 100 44,67

Itapipoca 35,25 112.662 3,0 1.777.683,57 36,3 3.122.079,00 63,7 4.899.762,57 100 43,49

Maranguape 36,03 108.525 2,9 1.662.960,07 35,4 3.038.023,00 64,6 4.700.983,07 100 43,32

Caucaia 42,37 326.811 8,7 5.208.178,25 37,9 8.518.561,00 62,1 13.726.739,25 100 42,00

Fortaleza 85,41 2.473.614 65,7 40.080.590,00 62,4 24.122.047,00 37,6 64.202.637,00 100 25,95

TOTAL 2008 3.763.705 100,0 60.810.320,50 48,4 64.824.285,00 51,6 125.634.605,50 100 44,68

Maracanaú 57,16 196.422 5,4 2.618.518,64 33,3 5.240.680,00 66,7 7.859.198,64 100 40,01

Sobral 59,33 175.814 4,8 2.519.335,48 37,7 4.167.700,00 62,3 6.687.035,48 100 38,03

Maranguape 42,47 100.279 2,7 1.322.520,00 37,1 2.244.150,00 62,9 3.566.670,00 100 35,57

Caucaia 46,65 313.584 8,6 4.040.889,64 37,8 6.644.000,00 62,2 10.684.889,64 100 34,07

Juazeiro do Norte 37,33 240.638 6,6 3.176.156,64 40,3 4.711.400,00 59,7 7.887.556,64 100 32,78

Crato 47,37 115.087 3,1 1.533.319,36 41,2 2.185.300,00 58,8 3.718.619,36 100 32,31

Itapipoca 42,29 107.012 2,9 1.414.298,32 43,4 1.843.920,00 56,6 3.258.218,32 100 30,45

Fortaleza 89,57 2.416.920 65,9 31.943.153,68 63,4 18.418.740,00 36,6 50.361.893,68 100 20,84

TOTAL 2006 3.665.756 100,0 48.568.191,76 51,7 45.455.890,00 48,3 94.024.081,76 100 33,01

Sobral 60,34 169.532 4,9 2.396.222,00 36,4 4.189.390,00 63,6 6.585.612,00 100 38,85

Maracanaú 55,88 191.317 5,6 2.275.902,99 34,4 4.335.610,00 65,6 6.611.512,99 100 34,56

Crato 49,87 111.894 3,3 1.328.325,51 37,6 2.202.260,00 62,4 3.530.585,51 100 31,55

Caucaia 39,4 294.284 8,6 3.169.913,24 34,4 6.046.880,00 65,6 9.216.793,24 100 31,32

Juazeiro do Norte 42,14 231.920 6,8 2.725.341,49 40,8 3.951.740,00 59,2 6.677.081,49 100 28,79

Itapipoca 28,91 103.145 3,0 1.064.156,75 42,9 1.413.800,00 57,1 2.477.956,75 100 24,02

Fortaleza 79,09 2.332.657 67,9 27.456.874,26 79,2 7.228.356,00 20,8 34.685.230,26 100 14,87

TOTAL 2004 3.434.749 4,9 40.416.736,24 57,9 29.368.036,00 42,1 69.784.772,24 100 29,14

ACRÉSCIMO % 18,7 - 129,3

430,0

255,8 - 181,8

Fonte: Elaboração própria

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APÊNDICE B: MUNICÍPIOS DE MÉDIO PORTE POR IDM, POPULAÇÃO, PAB FIXO, PAB VARIÁVEL, TOTAL PAB,

PORCENTAGEM E VALOR PER CAPITA NOS ANOS PARES DE 2004 A 2014

MUNICÍPIOS ANO IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % TOT Per capita

Santa Quitéria 2014 21,91 31.369 1,1 1.199.016,00 26,5 3.325.381,53 73,5 4.524.397,53 100 144,23

São Gonçalo do

Amarante 2014 58,98 46.783 1,7 1.263.948,00 20,0 5.051.275,33 80,0 6.315.223,33 100 134,99

Jaguaruana 2014 24,95 33.324 1,2 913.191,96 20,4 3.569.169,76 79,6 4.482.361,72 100 134,51

Tabuleiro do Norte 2014 23,04 30.143 1,1 826.616,04 20,4 3.222.843,29 79,6 4.049.459,33 100 134,34

Paracuru 2014 30,29 33.178 1,2 903.140,04 20,5 3.508.358,06 79,5 4.411.498,10 100 132,96

Mauriti 2014 21,72 45.881 1,6 1.255.407,96 22,3 4.383.307,23 77,7 5.638.715,19 100 122,90

Tauá 2014 22,78 57.478 2,0 1.463.982,00 21,3 5.423.535,46 78,7 6.887.517,46 100 119,83

Paraipaba 2014 33,6 31.705 1,1 860.523,96 24,1 2.717.017,76 75,9 3.577.541,72 100 112,84

Pentecoste 2014 26,89 36.611 1,3 1.003.044,00 24,3 3.124.731,03 75,7 4.127.775,03 100 112,75

Horizonte 2014 51,97 62.002 2,2 1.518.867,96 21,8 5.452.327,45 78,2 6.971.195,41 100 112,44

Itarema 2014 27,92 39.955 1,4 1.079.316,00 24,1 3.407.336,18 75,9 4.486.652,18 100 112,29

Missão Velha 2014 29,11 35.150 1,2 966.812,04 24,5 2.975.748,55 75,5 3.942.560,59 100 112,16

Jaguaribe 2014 26,22 34.621 1,2 960.876,00 25,0 2.890.268,26 75,0 3.851.144,26 100 111,24

Barbalha 2014 54,28 58.347 2,1 1.470.975,96 22,8 4.983.638,17 77,2 6.454.614,13 100 110,62

Eusébio 2014 68,18 50.308 1,8 1.247.817,96 22,6 4.268.573,45 77,4 5.516.391,41 100 109,65

Ubajara 2014 28,4 33.505 1,2 909.888,00 24,8 2.753.370,51 75,2 3.663.258,51 100 109,33

Acaraú 2014 25,66 60.684 2,1 1.530.048,00 23,2 5.069.467,16 76,8 6.599.515,16 100 108,75

Brejo Santo 2014 32,72 47.645 1,7 1.293.795,96 25,4 3.801.715,50 74,6 5.095.511,46 100 106,95

Pedra Branca 2014 17,96 42.696 1,5 1.177.791,96 26,2 3.319.406,33 73,8 4.497.198,29 100 105,33

Beberibe 2014 32,91 51.885 1,8 1.309.464,00 24,6 4.012.913,86 75,4 5.322.377,86 100 102,58

Cascavel 2014 37,29 69.498 2,5 1.755.078,00 24,7 5.361.061,20 75,3 7.116.139,20 100 102,39

Ipu 2014 23,02 41.292 1,5 1.136.211,96 27,0 3.069.209,11 73,0 4.205.421,07 100 101,85

Bela Cruz 2014 22,07 31.956 1,1 875.252,04 27,0 2.367.049,15 73,0 3.242.301,19 100 101,46

Várzea Alegre 2014 20,35 39.861 1,4 1.090.656,00 27,1 2.938.888,56 72,9 4.029.544,56 100 101,09

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78

MUNICÍPIOS ANO IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % TOT Per capita

Nova Russas 2014 18,7 31.783 1,1 873.879,96 27,4 2.318.661,29 72,6 3.192.541,25 100 100,45

Quixeramobim 2014 27,44 76.386 2,7 1.919.112,00 25,0 5.743.220,70 75,0 7.662.332,70 100 100,31

Lavras da

Mangabeira 2014 23,25 31.409 1,1 870.044,04 28,0 2.239.040,21 72,0 3.109.084,25 100 98,99

Baturité 2014 34,77 34.735 1,2 948.164,04 27,8 2.467.622,84 72,2 3.415.786,88 100 98,34

Ipueiras 2014 17,39 38.089 1,3 1.057.224,00 28,5 2.656.500,25 71,5 3.713.724,25 100 97,50

Itaitinga 2014 40,73 38.131 1,3 1.030.791,96 28,3 2.613.270,92 71,7 3.644.062,88 100 95,57

Morada Nova 2014 27,29 62.091 2,2 1.604.538,00 28,0 4.132.878,76 72,0 5.737.416,76 100 92,40

Limoeiro do Norte 2014 34,56 57.782 2,0 1.462.629,96 27,6 3.839.760,16 72,4 5.302.390,12 100 91,77

Mombaça 2014 13,72 43.557 1,5 1.200.948,00 30,5 2.733.610,56 69,5 3.934.558,56 100 90,33

São Benedito 2014 39,77 45.917 1,6 1.255.100,04 30,6 2.849.731,48 69,4 4.104.831,52 100 89,40

Icó 2014 20,21 67.045 2,4 1.713.399,96 28,8 4.227.954,50 71,2 5.941.354,46 100 88,62

Parambu 2014 12,71 31.376 1,1 872.480,04 31,7 1.882.120,00 68,3 2.754.600,04 100 87,79

Quixadá 2014 29,9 84.684 3,0 2.138.708,04 29,1 5.208.005,17 70,9 7.346.713,21 100 86,75

Aquiraz 2014 58,49 76.967 2,7 1.936.089,96 29,1 4.719.702,50 70,9 6.655.792,46 100 86,48

Crateús 2014 27,77 74.188 2,6 1.900.652,04 30,5 4.327.460,70 69,5 6.228.112,74 100 83,95

Itapajé 2014 26,2 50.671 1,8 1.375.640,04 32,4 2.864.641,54 67,6 4.240.281,58 100 83,68

Acopiara 2014 20,71 52.903 1,9 1.345.968,00 30,5 3.071.972,51 69,5 4.417.940,51 100 83,51

Canindé 2014 25,43 76.724 2,7 1.955.433,96 30,7 4.419.381,40 69,3 6.374.815,36 100 83,09

Massapê 2014 18,7 37.214 1,3 1.009.119,96 32,9 2.058.177,41 67,1 3.067.297,37 100 82,42

Guaraciaba do

Norte 2014 31,63 38.995 1,4 1.069.292,04 33,3 2.144.390,66 66,7 3.213.682,70 100 82,41

Russas 2014 32,93 74.243 2,6 1.864.797,96 30,5 4.247.136,08 69,5 6.111.934,04 100 82,32

Granja 2014 18,12 53.682 1,9 1.365.728,04 31,3 2.992.421,49 68,7 4.358.149,53 100 81,18

Pacatuba 2014 36,37 79.077 2,8 1.960.686,00 30,6 4.448.685,25 69,4 6.409.371,25 100 81,05

Camocim 2014 29,57 62.201 2,2 1.582.620,00 31,6 3.430.073,20 68,4 5.012.693,20 100 80,59

Tianguá 2014 39,62 72.803 2,6 1.833.702,00 31,8 3.939.729,68 68,2 5.773.431,68 100 79,30

Aracati 2014 35,67 72.248 2,6 1.829.438,04 34,3 3.497.517,40 65,7 5.326.955,44 100 73,73

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79

Viçosa do Ceará 2014 25,03 58.332 2,1 1.466.244,00 34,9 2.729.595,23 65,1 4.195.839,23 100 71,93

MUNICÍPIOS ANO IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % TOT Per capita

Amontada 2014 19,8 41.672 1,5 1.127.672,04 38,0 1.835.993,46 62,0 2.963.665,50 100 71,12

Boa Viagem 2014 20,93 53.725 1,9 1.373.553,96 36,5 2.393.827,18 63,5 3.767.381,14 100 70,12

Trairi 2014 29,16 53.998 1,9 1.364.064,00 37,8 2.246.272,81 62,2 3.610.336,81 100 66,86

Pacajus 2014 40,36 67.678 2,4 1.677.546,00 39,0 2.618.372,82 61,0 4.295.918,82 100 63,48

Santana do Cariri 2014 19,45 43.359 1,5 482.132,04 21,4 1.770.525,89 78,6 2.252.657,93 100 51,95

TOTAL 2014

2.829.542 100,0 73.479.121,92 27,5 193.664.846,94 72,5 267.143.968,86 100 97,05

Jaguaruana 2012 28,86 32.614 1,2 860.940,31 18,4 3.817.895,57 81,6 4.678.835,88 100 143,46

Santa Quitéria 2012 22,73 30.512 1,1 1.137.408,06 26,6 3.140.895,24 73,4 4.278.303,30 100 140,22

São Gonçalo do

Amarante 2012 57,06 45.141 1,6 1.179.992,50 20,4 4.593.957,79 79,6 5.773.950,29 100 127,91

Paraipaba 2012 32,38 30.733 1,1 805.923,24 20,8 3.074.047,21 79,2 3.879.970,45 100 126,25

Paracuru 2012 38,12 32.255 1,1 847.552,81 21,0 3.188.205,14 79,0 4.035.757,95 100 125,12

Missão Velha 2012 19,42 34.529 1,2 913.825,49 21,5 3.327.356,93 78,5 4.241.182,42 100 122,83

Ubajara 2012 32,44 32.496 1,2 852.525,24 21,7 3.067.171,26 78,3 3.919.696,50 100 120,62

Mauriti 2012 26,02 44.836 1,6 1.182.359,19 21,9 4.225.242,89 78,1 5.407.602,08 100 120,61

Barbalha 2012 49,78 56.576 2,0 1.363.012,45 20,4 5.332.931,00 79,6 6.695.943,45 100 118,35

Bela Cruz 2012 23,78 31.259 1,1 824.881,79 22,3 2.873.417,85 77,7 3.698.299,64 100 118,31

Tauá 2012 23,93 56.307 2,0 1.366.168,20 20,5 5.286.695,05 79,5 6.652.863,25 100 118,15

Várzea Alegre 2012 20,28 38.952 1,4 1.027.203,81 22,7 3.488.078,15 77,3 4.515.281,96 100 115,92

Pentecoste 2012 27,32 35.823 1,3 945.529,20 24,2 2.954.714,14 75,8 3.900.243,34 100 108,88

Pedra Branca 2012 20,63 42.064 1,5 1.115.430,01 24,8 3.378.201,98 75,2 4.493.631,99 100 106,83

Acaraú 2012 30,03 58.848 2,1 1.417.834,45 23,2 4.682.227,52 76,8 6.100.061,97 100 103,66

Ipueiras 2012 20,82 37.758 1,3 1.005.393,99 25,7 2.899.414,63 74,3 3.904.808,62 100 103,42

Eusébio 2012 67,13 47.993 1,7 1.143.081,55 23,2 3.776.925,00 76,8 4.920.006,55 100 102,52

Itarema 2012 33,27 38.547 1,4 1.007.499,96 25,5 2.942.179,38 74,5 3.949.679,34 100 102,46

Brejo Santo 2012 31,03 46.207 1,6 1.212.109,76 25,7 3.510.535,20 74,3 4.722.644,96 100 102,21

Iguatu 2012 38,69 98.138 3,5 2.372.109,55 23,7 7.641.438,09 76,3 10.013.547,64 100 102,04

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Quixeramobim 2012 28,87 73.812 2,6 1.774.005,05 23,6 5.740.072,69 76,4 7.514.077,74 100 101,80

MUNICÍPIOS ANO IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % TOT Per capita

Acopiara 2012 19,93 51.768 1,8 1.255.079,20 23,8 4.013.789,10 76,2 5.268.868,30 100 101,78

Baturité 2012 32,31 33.863 1,2 891.533,25 26,2 2.513.726,72 73,8 3.405.259,97 100 100,56

Nova Russas 2012 18,85 31.210 1,1 825.757,04 26,5 2.290.705,78 73,5 3.116.462,82 100 99,85

Itaitinga 2012 36,69 36.814 1,3 962.697,75 26,4 2.686.307,04 73,6 3.649.004,79 100 99,12

Jaguaribe 2012 23,31 34.317 1,2 913.726,74 26,9 2.482.506,00 73,1 3.396.232,74 100 98,97

Morada Nova 2012 32,02 61.713 2,2 1.511.989,55 24,9 4.561.366,80 75,1 6.073.356,35 100 98,41

Beberibe 2012 40,59 50.364 1,8 1.321.996,55 27,3 3.512.702,25 72,7 4.834.698,80 100 96,00

Cascavel 2012 42,99 67.503 2,4 1.628.230,50 25,2 4.832.576,87 74,8 6.460.807,37 100 95,71

Ipu 2012 25,72 40.579 1,4 1.074.202,00 28,1 2.755.387,49 71,9 3.829.589,49 100 94,37

Crateús 2012 23,72 73.102 2,6 1.780.643,80 26,1 5.028.817,77 73,9 6.809.461,57 100 93,15

Horizonte 2012 55,07 58.418 2,1 1.378.973,45 25,7 3.983.820,00 74,3 5.362.793,45 100 91,80

Lavras da

Mangabeira 2012 18,85 31.073 1,1 826.309,21 29,1 2.012.673,58 70,9 2.838.982,79 100 91,36

Icó 2012 14,84 65.900 2,3 1.602.549,00 26,6 4.417.642,80 73,4 6.020.191,80 100 91,35

Camocim 2012 28,53 60.870 2,2 1.475.796,20 26,8 4.037.307,93 73,2 5.513.104,13 100 90,57

Parambu 2012 14,79 31.160 1,1 830.714,26 29,8 1.958.634,59 70,2 2.789.348,85 100 89,52

Aquiraz 2012 46,29 74.465 2,6 1.791.235,30 26,9 4.864.704,71 73,1 6.655.940,01 100 89,38

Massapê 2012 22,24 36.040 1,3 944.494,06 30,6 2.137.054,12 69,4 3.081.548,18 100 85,50

Itapajé 2012 33,62 49.130 1,7 1.296.929,19 31,9 2.766.715,96 68,1 4.063.645,15 100 82,71

Quixadá 2012 32,87 82.258 2,9 1.984.200,20 29,2 4.810.474,91 70,8 6.794.675,11 100 82,60

Limoeiro do Norte 2012 40,13 56.255 2,0 1.383.554,30 31,1 3.065.816,00 68,9 4.449.370,30 100 79,09

Canindé 2012 28,83 75.209 2,7 1.825.550,75 31,0 4.066.551,95 69,0 5.892.102,70 100 78,34

Pacatuba 2012 41,46 75.411 2,7 1.795.622,25 31,1 3.987.151,27 68,9 5.782.773,52 100 76,68

Russas 2012 42,08 71.723 2,5 1.723.508,25 31,9 3.671.654,26 68,1 5.395.162,51 100 75,22

Mombaça 2012 13,64 42.891 1,5 1.136.988,30 35,8 2.039.084,00 64,2 3.176.072,30 100 74,05

Trairi 2012 37,63 52.464 1,9 1.265.712,20 32,7 2.606.508,93 67,3 3.872.221,13 100 73,81

Tianguá 2012 40,38 70.527 2,5 1.698.040,50 32,8 3.482.032,00 67,2 5.180.072,50 100 73,45

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São Benedito 2012 34,92 44.825 1,6 1.181.252,70 36,6 2.042.146,00 63,4 3.223.398,70 100 71,91

MUNICÍPIOS ANO IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % TOT Per capita

Pacajus 2012 41,77 64.521 2,3 1.536.021,20 33,5 3.043.304,00 66,5 4.579.325,20 100 70,97

Guaraciaba do

Norte 2012 32,45 38.189 1,4 1.008.581,24 37,4 1.689.867,18 62,6 2.698.448,42 100 70,66

Aracati 2012 37,37 70.363 2,5 1.700.362,25 34,2 3.270.998,30 65,8 4.971.360,55 100 70,65

Viçosa do Ceará 2012 27,4 56.394 2,0 1.355.847,95 36,5 2.362.996,00 63,5 3.718.843,95 100 65,94

Amontada 2012 28,65 40.274 1,4 1.053.959,01 40,7 1.535.162,22 59,3 2.589.121,23 100 64,29

Santana do Cariri 2012 20,97 42.822 1,5 456.956,71 17,9 2.096.916,38 82,1 2.553.873,09 100 59,64

Boa Viagem 2012 20,18 52.829 1,9 1.285.065,30 41,0 1.847.029,00 59,0 3.132.094,30 100 59,29

Granja 2012 24,14 52.528 1,9 1.277.327,05 43,4 1.666.605,00 56,6 2.943.932,05 100 56,05

TOTAL 2012

2.823.172 100,0 70.336.193,82 26,9 191.082.339,62 73,1 261.418.533,44 100 95,08

Nova Russas 2010 16,82 30.977 1,1 572.598,00 19,9 2.305.457,00 80,1 2.878.055,00 100 92,91

Paracuru 2010 37,82 31.638 1,2 579.411,00 20,2 2.286.273,00 79,8 2.865.684,00 100 90,58

Ubajara 2010 35,76 31.792 1,2 557.016,00 19,7 2.267.743,03 80,3 2.824.759,03 100 88,85

Missão Velha 2010 23,98 34.258 1,2 629.295,00 20,7 2.410.538,00 79,3 3.039.833,00 100 88,73

Pentecoste 2010 23,21 35.412 1,3 629.824,00 20,5 2.445.215,00 79,5 3.075.039,00 100 86,84

Paraipaba 2010 29,37 30.041 1,1 532.221,00 20,5 2.062.318,00 79,5 2.594.539,00 100 86,37

Barbalha 2010 48,11 55.373 2,0 946.473,00 20,5 3.681.345,00 79,5 4.627.818,00 100 83,58

Bela Cruz 2010 19,17 30.873 1,1 637.006,00 24,8 1.930.851,00 75,2 2.567.857,00 100 83,17

Baturité 2010 27,48 33.326 1,2 594.333,00 22,3 2.067.100,40 77,7 2.661.433,40 100 79,86

Morada Nova 2010 25,63 62.086 2,3 1.138.818,00 23,3 3.745.462,00 76,7 4.884.280,00 100 78,67

Jaguaruana 2010 27,62 32.239 1,2 699.066,00 28,3 1.768.814,00 71,7 2.467.880,00 100 76,55

Itarema 2010 31,64 37.462 1,4 649.428,00 22,7 2.215.210,00 77,3 2.864.638,00 100 76,47

Várzea Alegre 2010 20,57 38.442 1,4 710.115,00 24,5 2.183.346,49 75,5 2.893.461,49 100 75,27

Jaguaribe 2010 23,29 34.416 1,3 655.254,00 25,9 1.874.669,00 74,1 2.529.923,00 100 73,51

Quixeramobim 2010 25,25 71.912 2,6 1.314.816,00 24,9 3.969.172,88 75,1 5.283.988,88 100 73,48

Beberibe 2010 26,01 49.334 1,8 869.295,00 24,2 2.725.497,06 75,8 3.594.792,06 100 72,87

Brejo Santo 2010 30,61 45.190 1,6 739.398,00 22,6 2.536.835,00 77,4 3.276.233,00 100 72,50

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Pedra Branca 2010 20,87 41.942 1,5 757.281,00 24,9 2.280.293,00 75,1 3.037.574,00 100 72,42

MUNICÍPIOS ANO IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % TOT Per capita

Cascavel 2010 33,39 66.124 2,4 1.346.898,00 28,2 3.435.111,00 71,8 4.782.009,00 100 72,32

São Gonçalo do

Amarante 2010 47,91 43.947 1,6 763.551,00 24,1 2.404.105,67 75,9 3.167.656,67 100 72,08

Eusébio 2010 60,66 46.047 1,7 730.311,00 22,0 2.585.524,00 78,0 3.315.835,00 100 72,01

Parambu 2010 17,85 31.320 1,1 576.438,00 25,7 1.662.350,00 74,3 2.238.788,00 100 71,48

Crateús 2010 25,54 72.853 2,7 1.349.307,00 26,6 3.715.716,00 73,4 5.065.023,00 100 69,52

Ipu 2010 25,91 40.300 1,5 891.772,00 31,9 1.907.990,00 68,1 2.799.762,00 100 69,47

Iguatu 2010 37,82 96.523 3,5 1.157.419,00 17,4 5.481.534,00 82,6 6.638.953,00 100 68,78

Mauriti 2010 24,57 44.217 1,6 790.699,00 26,3 2.219.506,00 73,7 3.010.205,00 100 68,08

Tauá 2010 21,92 55.755 2,0 1.012.947,00 26,9 2.755.534,88 73,1 3.768.481,88 100 67,59

Aquiraz 2010 45,1 72.651 2,6 1.270.785,00 26,4 3.538.343,00 73,6 4.809.128,00 100 66,19

Itapajé 2010 25,36 48.366 1,8 846.898,00 26,6 2.334.399,00 73,4 3.181.297,00 100 65,78

Camocim 2010 27,2 60.163 2,2 1.233.594,00 31,3 2.709.942,00 68,7 3.943.536,00 100 65,55

Acopiara 2010 19,64 51.171 1,9 909.627,00 27,4 2.416.030,93 72,6 3.325.657,93 100 64,99

Acaraú 2010 29,16 57.542 2,1 978.114,00 26,4 2.722.344,09 73,6 3.700.458,09 100 64,31

Quixadá 2010 30,41 80.605 2,9 1.433.916,00 27,9 3.698.071,29 72,1 5.131.987,29 100 63,67

Trairi 2010 26,63 51.432 1,9 915.978,00 28,0 2.349.855,95 72,0 3.265.833,95 100 63,50

Amontada 2010 17,86 39.233 1,4 713.049,00 28,7 1.775.178,34 71,3 2.488.227,34 100 63,42

Itaitinga 2010 39,92 35.838 1,3 583.764,00 25,7 1.683.598,00 74,3 2.267.362,00 100 63,27

Guaraciaba do

Norte 2010 28,16 37.777 1,4 687.063,00 29,1 1.671.745,00 70,9 2.358.808,00 100 62,44

Icó 2010 18,48 65.453 2,4 687.164,00 16,9 3.384.456,00 83,1 4.071.620,00 100 62,21

Lavras da

Mangabeira 2010 18,48 31.096 1,1 550.752,00 29,0 1.345.483,00 71,0 1.896.235,00 100 60,98

Mombaça 2010 16,25 42.707 1,6 833.964,00 33,8 1.636.207,00 66,2 2.470.171,00 100 57,84

Limoeiro do Norte 2010 38,63 56.281 2,0 1.001.379,00 30,8 2.248.032,00 69,2 3.249.411,00 100 57,74

Russas 2010 36,24 69.892 2,5 1.401.225,00 34,8 2.622.098,35 65,2 4.023.323,35 100 57,56

Massapê 2010 23,27 35.201 1,3 629.274,00 31,1 1.391.652,00 68,9 2.020.926,00 100 57,41

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83

Viçosa do Ceará 2010 27,19 54.961 2,0 1.005.069,00 32,2 2.118.734,95 67,8 3.123.803,95 100 56,84

Horizonte 2010 54,94 55.154 2,0 950.406,00 30,5 2.166.031,00 69,5 3.116.437,00 100 56,50

MUNICÍPIOS ANO IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % TOT Per capita

São Benedito 2010 35,97 44.186 1,6 810.156,00 32,9 1.650.425,24 67,1 2.460.581,24 100 55,69

Ipueiras 2010 22,4 37.874 1,4 706.164,00 34,1 1.363.950,00 65,9 2.070.114,00 100 54,66

Pacatuba 2010 32,73 72.249 2,6 1.265.787,00 32,2 2.665.931,00 67,8 3.931.718,00 100 54,42

Pacajus 2010 37,87 61.846 2,3 1.053.282,00 31,8 2.256.478,00 68,2 3.309.760,00 100 53,52

Boa Viagem 2010 21,17 52.521 1,9 1.004.628,00 37,4 1.683.629,00 62,6 2.688.257,00 100 51,18

Aracati 2010 36,85 69.167 2,5 1.242.138,00 35,3 2.274.585,40 64,7 3.516.723,40 100 50,84

Tianguá 2010 43,14 68.901 2,5 1.220.709,00 35,9 2.180.820,44 64,1 3.401.529,44 100 49,37

Granja 2010 18,2 52.670 1,9 964.146,00 38,1 1.566.219,00 61,9 2.530.365,00 100 48,04

Santana do Cariri 2010 24,46 42.759 1,6 328.737,00 21,9 1.174.181,19 78,1 1.502.918,19 100 35,15

Canindé 2010 22,42 74.486 2,7 474.637,00 23,9 1.513.584,00 76,1 1.988.221,00 100 26,69

TOTAL 2012

2.745.981 100,0 47.533.395,00 26,6 131.065.516,58 73,4 178.598.911,58 100 66,79

Paracuru 2008 39,11 32.116 1,2 539.870,43 22,9 1.813.174,43 77,1 2.353.044,86 100 73,27

Barbalha 2008 54,83 52.496 1,9 885.351,00 23,1 2.943.297,00 76,9 3.828.648,00 100 72,93

Missão Velha 2008 32,41 34.926 1,3 581.544,32 25,1 1.737.807,50 74,9 2.319.351,82 100 66,41

Pedra Branca 2008 23,26 42.055 1,5 701.707,18 25,8 2.022.587,71 74,2 2.724.294,89 100 64,78

Itarema 2008 29,81 35.988 1,3 563.617,75 24,5 1.737.391,80 75,5 2.301.009,55 100 63,94

Morada Nova 2008 33,87 63.296 2,3 1.143.934,93 28,6 2.860.434,64 71,4 4.004.369,57 100 63,26

Baturité 2008 30,4 32.968 1,2 529.605,32 25,6 1.539.210,14 74,4 2.068.815,46 100 62,75

Eusébio 2008 64,86 40.426 1,5 658.308,57 26,3 1.843.174,00 73,7 2.501.482,57 100 61,88

Nova Russas 2008 28,97 31.770 1,2 498.312,57 25,4 1.467.333,44 74,6 1.965.646,01 100 61,87

Ipu 2008 36,31 40.841 1,5 847.109,07 33,7 1.665.704,20 66,3 2.512.813,27 100 61,53

Brejo Santo 2008 42,44 41.040 1,5 696.566,32 27,6 1.824.664,68 72,4 2.521.231,00 100 61,43

Santa Quitéria 2008 22,65 30.041 1,1 742.104,18 40,5 1.088.354,76 59,5 1.830.458,94 100 60,93

Parambu 2008 22,67 31.983 1,2 563.650,93 29,0 1.380.182,00 71,0 1.943.832,93 100 60,78

Lavras da

Mangabeira 2008 29,44 30.612 1,1 522.988,57 28,2 1.333.558,46 71,8 1.856.547,03 100 60,65

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São Gonçalo do

Amarante 2008 46,13 42.311 1,6 671.127,50 26,2 1.890.915,75 73,8 2.562.043,25 100 60,55

Várzea Alegre 2008 27,22 39.379 1,4 39.379,00 1,7 2.317.281,66 98,3 2.356.660,66 100 59,85

MUNICÍPIOS ANO IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % TOT Per capita

Pentecoste 2008 25,74 34.955 1,3 547.216,82 26,6 1.512.208,65 73,4 2.059.425,47 100 58,92

Itaitinga 2008 40,75 32.382 1,2 32.382,00 1,7 1.869.642,72 98,3 1.902.024,72 100 58,74

Tauá 2008 30,24 56.202 2,1 873.908,50 26,7 2.403.669,19 73,3 3.277.577,69 100 58,32

Acaraú 2008 33,18 54.257 2,0 854.506,00 27,3 2.280.772,80 72,7 3.135.278,80 100 57,79

Beberibe 2008 27,79 48.201 1,8 813.178,60 29,5 1.942.871,81 70,5 2.756.050,41 100 57,18

Aquiraz 2008 44,25 70.439 2,6 1.183.817,82 30,2 2.741.657,00 69,8 3.925.474,82 100 55,73

Jaguaribe 2008 32,8 36.385 1,3 614.114,00 30,4 1.404.860,00 69,6 2.018.974,00 100 55,49

Iguatu 2008 44,01 96.201 3,5 1.639.874,86 30,7 3.697.866,00 69,3 5.337.740,86 100 55,49

Bela Cruz 2008 26,28 30.687 1,1 591.634,25 34,8 1.108.959,00 65,2 1.700.593,25 100 55,42

Canindé 2008 24,71 76.873 2,8 1.452.317,82 34,7 2.737.342,54 65,3 4.189.660,36 100 54,50

Trairi 2008 26,58 50.788 1,9 839.564,43 30,6 1.902.807,01 69,4 2.742.371,44 100 54,00

Mauriti 2008 28,75 43.871 1,6 729.301,82 30,9 1.628.052,00 69,1 2.357.353,82 100 53,73

Itapajé 2008 32,42 46.989 1,7 772.750,18 31,2 1.706.930,59 68,8 2.479.680,77 100 52,77

Crateús 2008 35,99 74.904 2,7 1.236.901,07 32,2 2.605.963,22 67,8 3.842.864,29 100 51,30

Acopiara 2008 21,53 50.485 1,9 755.685,93 29,4 1.817.507,42 70,6 2.573.193,35 100 50,97

Quixeramobim 2008 29,11 72.951 2,7 998.913,68 27,3 2.665.335,81 72,7 3.664.249,49 100 50,23

Amontada 2008 24,6 39.497 1,4 626.916,32 31,8 1.345.148,28 68,2 1.972.064,60 100 49,93

Guaraciaba do

Norte 2008 35,36 38.123 1,4 638.939,25 33,8 1.252.837,50 66,2 1.891.776,75 100 49,62

Camocim 2008 29,94 60.784 2,2 1.124.649,75 37,5 1.875.840,00 62,5 3.000.489,75 100 49,36

Icó 2008 26,08 65.377 2,4 1.104.771,26 34,4 2.109.273,07 65,6 3.214.044,33 100 49,16

Quixadá 2008 33,9 79.505 2,9 1.264.960,07 32,4 2.640.002,47 67,6 3.904.962,54 100 49,12

Russas 2008 35,87 67.023 2,5 1.299.680,82 39,7 1.975.053,92 60,3 3.274.734,74 100 48,86

Limoeiro do Norte 2008 47,81 55.539 2,0 55.539,00 2,1 2.621.890,94 97,9 2.677.429,94 100 48,21

Horizonte 2008 56,57 52.488 1,9 750.412,43 29,8 1.763.565,00 70,2 2.513.977,43 100 47,90

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Jaguaruana 2008 31,61 32.134 1,2 674.447,43 44,4 843.154,76 55,6 1.517.602,19 100 47,23

Aracati 2008 39,46 68.886 2,5 1.218.340,89 37,7 2.016.307,06 62,3 3.234.647,95 100 46,96

Massapê 2008 27,23 34.874 1,3 562.755,43 35,4 1.025.521,00 64,6 1.588.276,43 100 45,54

MUNICÍPIOS ANO IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % TOT Per capita

Boa Viagem 2008 24,26 55.728 2,0 864.920,32 34,1 1.667.846,00 65,9 2.532.766,32 100 45,45

Pacatuba 2008 28,51 70.018 2,6 70.018,00 2,2 3.082.662,06 97,8 3.152.680,06 100 45,03

Ipueiras 2008 26,29 39.220 1,4 673.084,32 38,2 1.090.098,00 61,8 1.763.182,32 100 44,96

Viçosa do Ceará 2008 26,44 55.670 2,0 810.112,43 32,4 1.688.958,75 67,6 2.499.071,18 100 44,89

Cascavel 2008 34,94 67.002 2,5 1.215.576,18 40,7 1.772.586,60 59,3 2.988.162,78 100 44,60

Tianguá 2008 44,84 67.663 2,5 1.138.130,75 37,9 1.864.470,62 62,1 3.002.601,37 100 44,38

São Benedito 2008 31,79 44.929 1,6 700.728,75 36,1 1.241.709,80 63,9 1.942.438,55 100 43,23

Pacajus 2008 42,11 58.281 2,1 881.221,75 35,0 1.636.424,00 65,0 2.517.645,75 100 43,20

Mombaça 2008 17,88 46.252 1,7 688.705,82 35,6 1.243.733,13 64,4 1.932.438,95 100 41,78

Granja 2008 17,45 53.486 2,0 895.450,25 45,0 1.095.986,00 55,0 1.991.436,25 100 37,23

Santana do Cariri 2008 34,93 44.864 1,6 297.073,82 25,6 865.246,44 74,4 1.162.320,26 100 25,91

Ubajara 2008 37,46 30.885 1,1 196.749,50 24,7 598.880,24 75,3 795.629,74 100 25,76

TOTAL 2008 MP

2.727.046 100,0 41.874.429,96 29,3 100.808.713,57 70,7 142.683.143,53 100 53,01

Paracuru 2006 37,96 32.418 1,3 425.243,68 26,0 1.208.850,00 74,0 1.634.093,68 100 50,41

Brejo Santo 2006 31,92 42.004 1,6 560.155,68 28,2 1.428.550,00 71,8 1.988.705,68 100 47,35

Itarema 2006 27,94 33.894 1,3 450.115,00 28,3 1.142.800,00 71,7 1.592.915,00 100 47,00

Missão Velha 2006 19,21 35.068 1,4 469.460,00 28,6 1.172.550,00 71,4 1.642.010,00 100 46,82

São Gonçalo do

Amarante 2006 40,69 40.281 1,6 534.025,36 28,5 1.341.950,00 71,5 1.875.975,36 100 46,57

Quixeramobim 2006 34,16 59.244 2,3 818.773,68 30,0 1.909.424,00 70,0 2.728.197,68 100 46,05

Pentecoste 2006 33,42 32.857 1,3 449.495,00 30,0 1.048.800,00 70,0 1.498.295,00 100 45,60

Milagres 2006 20,33 31.306 1,2 438.104,40 31,8 941.478,00 68,2 1.379.582,40 100 44,07

Baturité 2006 40,15 31.736 1,2 428.420,68 30,6 969.800,00 69,4 1.398.220,68 100 44,06

Barbalha 2006 43,4 53.388 2,1 704.537,64 30,3 1.620.550,00 69,7 2.325.087,64 100 43,55

Acaraú 2006 35,77 51.528 2,0 725.206,96 32,6 1.502.520,00 67,4 2.227.726,96 100 43,23

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Itapajé 2006 34,06 46.598 1,8 615.094,32 30,8 1.380.150,00 69,2 1.995.244,32 100 42,82

Aquiraz 2006 44,11 70.938 2,7 932.321,36 30,7 2.103.900,00 69,3 3.036.221,36 100 42,80

Iguatu 2006 42,34 92.981 3,6 1.478.240,24 37,6 2.457.350,00 62,4 3.935.590,24 100 42,33

MUNICÍPIOS ANO IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % TOT Per capita

Pedra Branca 2006 24,43 42.177 1,6 572.036,00 32,2 1.205.217,00 67,8 1.777.253,00 100 42,14

Acopiara 2006 25,93 45.569 1,8 628.967,64 32,8 1.287.550,00 67,2 1.916.517,64 100 42,06

Várzea Alegre 2006 26,91 37.440 1,4 501.572,64 32,2 1.054.950,00 67,8 1.556.522,64 100 41,57

Horizonte 2006 56,68 45.251 1,8 573.170,36 30,9 1.284.650,00 69,1 1.857.820,36 100 41,06

Mombaça 2006 19,84 41.497 1,6 566.612,00 33,6 1.120.700,00 66,4 1.687.312,00 100 40,66

Tauá 2006 30,65 52.398 2,0 717.300,64 33,7 1.408.450,00 66,3 2.125.750,64 100 40,57

Ipu 2006 29,2 40.891 1,6 662.404,68 40,1 987.524,00 59,9 1.649.928,68 100 40,35

Lavras da

Mangabeira 2006 21,36 31.537 1,2 429.754,00 33,8 841.476,00 66,2 1.271.230,00 100 40,31

Itaitinga 2006 36,46 33.941 1,3 449.925,20 33,0 912.888,00 67,0 1.362.813,20 100 40,15

Bela Cruz 2006 23,93 30.126 1,2 461.409,64 38,2 745.492,00 61,8 1.206.901,64 100 40,06

Beberibe 2006 39,41 46.439 1,8 729.723,96 39,3 1.126.850,00 60,7 1.856.573,96 100 39,98

Cascavel 2006 45,76 64.256 2,5 964.258,88 37,7 1.593.750,00 62,3 2.558.008,88 100 39,81

Eusébio 2006 62,02 39.697 1,5 510.150,68 32,4 1.062.400,00 67,6 1.572.550,68 100 39,61

Trairi 2006 27,56 50.575 2,0 667.845,00 33,6 1.318.156,00 66,4 1.986.001,00 100 39,27

Viçosa do Ceará 2006 26,76 48.799 1,9 654.149,00 34,6 1.234.021,00 65,4 1.888.170,00 100 38,69

Mauriti 2006 19,24 43.978 1,7 586.484,32 35,0 1.088.570,00 65,0 1.675.054,32 100 38,09

Icó 2006 21,71 64.040 2,5 1.006.552,00 41,5 1.417.584,00 58,5 2.424.136,00 100 37,85

Quixadá 2006 45,63 75.717 2,9 1.020.088,64 35,6 1.842.350,00 64,4 2.862.438,64 100 37,80

Parambu 2006 18,29 33.945 1,3 457.923,32 36,0 812.914,00 64,0 1.270.837,32 100 37,44

Russas 2006 45,64 65.268 2,5 994.278,36 40,9 1.435.406,00 59,1 2.429.684,36 100 37,23

Jaguaribe 2006 26,06 37.032 1,4 498.160,00 36,1 880.088,00 63,9 1.378.248,00 100 37,22

Pacatuba 2006 36,4 62.320 2,4 809.746,68 35,9 1.447.750,00 64,1 2.257.496,68 100 36,22

Guaraciaba do

Norte 2006 27,28 38.529 1,5 512.775,00 36,8 880.994,00 63,2 1.393.769,00 100 36,17

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87

Aracati 2006 47,96 68.673 2,7 1.086.348,08 43,9 1.389.734,00 56,1 2.476.082,08 100 36,06

Canindé 2006 30,72 75.347 2,9 1.130.990,32 42,3 1.540.684,00 57,7 2.671.674,32 100 35,46

Crateús 2006 34,2 74.036 2,9 1.004.676,32 38,6 1.599.102,00 61,4 2.603.778,32 100 35,17

Ipueiras 2006 21,85 40.525 1,6 545.325,32 39,0 852.016,00 61,0 1.397.341,32 100 34,48

MUNICÍPIOS ANO IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % TOT Per capita

Boa Viagem 2006 26,57 52.071 2,0 737.670,48 41,2 1.054.242,00 58,8 1.791.912,48 100 34,41

Limoeiro do Norte 2006 53,42 55.474 2,1 735.025,32 38,7 1.165.180,00 61,3 1.900.205,32 100 34,25

Amontada 2006 24,88 37.634 1,5 494.978,00 39,0 772.890,00 61,0 1.267.868,00 100 33,69

Pacajus 2006 46,25 53.139 2,1 690.415,32 38,9 1.086.328,00 61,1 1.776.743,32 100 33,44

Camocim 2006 45,84 58.710 2,3 882.461,32 45,2 1.067.764,00 54,8 1.950.225,32 100 33,22

Tianguá 2006 43,7 68.464 2,6 896.718,00 40,7 1.305.149,00 59,3 2.201.867,00 100 32,16

Granja 2006 20,32 53.645 2,1 716.054,32 42,7 960.704,00 57,3 1.676.758,32 100 31,26

São Benedito 2006 37,12 42.255 1,6 568.158,00 43,1 751.384,00 56,9 1.319.542,00 100 31,23

Massapê 2006 30,45 33.924 1,3 446.635,68 42,8 596.114,00 57,2 1.042.749,68 100 30,74

Morada Nova 2006 33,89 68.456 2,6 928.543,72 48,0 1.004.093,00 52,0 1.932.636,72 100 28,23

Jaguaruana 2006 31,63 32.557 1,3 516.357,00 59,3 354.230,00 40,7 870.587,00 100 26,74

Santana do Cariri 2006 19,61 43.781 1,7 240.617,32 27,0 651.300,00 73,0 891.917,32 100 20,37

TOTAL 2008 MP

2.584.354 100,0 35.625.457,16 36,0 63.369.316,00 64,0 98.994.773,16 100 38,64

Quixeramobim 2004 32,03 59.213 2,3 725.192,25 28,0 1.861.520,00 72,0 2.586.712,25 100 43,68

Brejo Santo 2004 36,04 40.928 1,6 487.074,75 27,4 1.288.706,68 72,6 1.775.781,43 100 43,39

Beberibe 2004 26,08 45.186 1,7 703.698,80 36,8 1.206.204,00 63,2 1.909.902,80 100 42,27

Iguatu 2004 47,95 90.728 3,5 1.437.191,86 38,1 2.332.240,00 61,9 3.769.431,86 100 41,55

Cascavel 2004 38,42 62.076 2,4 808.016,74 31,4 1.768.120,00 68,6 2.576.136,74 100 41,50

Paracuru 2004 32,43 30.927 1,2 342.576,08 26,9 931.000,00 73,1 1.273.576,08 100 41,18

Barbalha 2004 49,43 51.444 2,0 604.392,24 28,5 1.513.800,00 71,5 2.118.192,24 100 41,17

Missão Velha 2004 22,94 34.309 1,3 410.210,01 29,5 980.600,00 70,5 1.390.810,01 100 40,54

Itaitinga 2004 32,75 32.496 1,3 408.841,06 31,7 881.940,00 68,3 1.290.781,06 100 39,72

Viçosa do Ceará 2004 20,8 47.768 1,8 571.531,00 30,8 1.285.170,00 69,2 1.856.701,00 100 38,87

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São Gonçalo do

Amarante 2004 29,98 38.852 1,5 457.175,00 30,4 1.048.360,00 69,6 1.505.535,00 100 38,75

Horizonte 2004 50,03 41.746 1,6 434.000,76 27,3 1.158.220,00 72,7 1.592.220,76 100 38,14

Guaraciaba do

Norte 2004 28,81 37.461 1,4 444.729,24 31,1 983.080,00 68,9 1.427.809,24 100 38,11

Aracati 2004 36,4 66.384 2,6 1.040.207,12 41,1 1.489.010,00 58,9 2.529.217,12 100 38,10

MUNICÍPIOS ANO IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % TOT Per capita

Lavras da

Mangabeira 2004 22,2 31.435 1,2 336.810,17 28,2 859.568,00 71,8 1.196.378,17 100 38,06

Aquiraz 2004 40,4 67.736 2,6 691.180,69 28,4 1.741.590,00 71,6 2.432.770,69 100 35,92

Mauriti 2004 23,71 42.852 1,7 477.548,75 31,1 1.057.420,00 68,9 1.534.968,75 100 35,82

Milagres 2004 26,03 30.620 1,2 403.916,88 37,0 688.524,00 63,0 1.092.440,88 100 35,68

Russas 2004 31,76 62.837 2,4 750.532,00 33,5 1.489.108,00 66,5 2.239.640,00 100 35,64

Eusébio 2004 62,78 37.190 1,4 370.833,69 28,2 944.140,00 71,8 1.314.973,69 100 35,36

Quixadá 2004 35,87 73.863 2,9 884.126,49 34,1 1.707.350,00 65,9 2.591.476,49 100 35,08

Itarema 2004 18,18 32.809 1,3 387.550,25 33,7 761.656,00 66,3 1.149.206,25 100 35,03

Trairi 2004 19,58 48.725 1,9 502.483,00 29,6 1.194.680,00 70,4 1.697.163,00 100 34,83

Pentecoste 2004 24,14 32.779 1,3 384.300,26 33,7 756.160,00 66,3 1.140.460,26 100 34,79

Icó 2004 20,18 63.575 2,5 993.941,20 45,9 1.173.562,00 54,1 2.167.503,20 100 34,09

Baturité 2004 31,64 31.124 1,2 373.876,50 35,6 677.266,00 64,4 1.051.142,50 100 33,77

Pacatuba 2004 31,86 59.071 2,3 653.139,00 32,9 1.331.650,00 67,1 1.984.789,00 100 33,60

Canindé 2004 26,5 73.590 2,8 771.655,26 31,3 1.697.000,00 68,7 2.468.655,26 100 33,55

Acopiara 2004 21,79 46.048 1,8 502.308,00 33,0 1.018.520,00 67,0 1.520.828,00 100 33,03

Morada Nova 2004 27,82 67.216 2,6 862.270,97 39,2 1.338.440,00 60,8 2.200.710,97 100 32,74

Tianguá 2004 31,77 65.285 2,5 779.350,00 36,8 1.338.728,00 63,2 2.118.078,00 100 32,44

São Benedito 2004 28,26 41.533 1,6 438.139,00 34,2 843.096,00 65,8 1.281.235,00 100 30,85

Maranguape 2004 33,91 96.565 3,7 1.133.630,99 38,6 1.802.476,00 61,4 2.936.106,99 100 30,41

Limoeiro do Norte 2004 38,18 53.683 2,1 556.418,31 34,4 1.062.968,00 65,6 1.619.386,31 100 30,17

Várzea Alegre 2004 23,49 36.646 1,4 384.773,00 35,2 708.552,00 64,8 1.093.325,00 100 29,83

Itapajé 2004 29,37 44.914 1,7 463.381,06 34,8 869.360,00 65,2 1.332.741,06 100 29,67

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89

Camocim 2004 26,45 57.712 2,2 637.394,17 38,5 1.018.124,00 61,5 1.655.518,17 100 28,69

Jaguaribe 2004 27,95 36.417 1,4 437.954,99 43,2 576.458,00 56,8 1.014.412,99 100 27,86

Mombaça 2004 17,81 41.411 1,6 506.424,00 44,5 632.589,00 55,5 1.139.013,00 100 27,51

Tauá 2004 24,32 52.260 2,0 595.132,00 41,5 839.996,00 58,5 1.435.128,00 100 27,46

Ipu 2004 29,15 40.817 1,6 429.931,50 38,4 688.896,00 61,6 1.118.827,50 100 27,41

MUNICÍPIOS ANO IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % TOT Per capita

Acaraú 2004 26,11 50.745 2,0 694.603,00 50,5 681.842,00 49,5 1.376.445,00 100 27,12

Jaguaruana 2004 26,48 31.694 1,2 330.737,44 38,9 519.028,00 61,1 849.765,44 100 26,81

Ipueiras 2004 18,85 39.820 1,5 458.993,00 43,6 593.751,00 56,4 1.052.744,00 100 26,44

Boa Viagem 2004 21,82 51.531 2,0 709.960,62 53,2 624.918,00 46,8 1.334.878,62 100 25,90

Pacajus 2004 45,04 50.365 1,9 568.494,02 43,8 730.060,00 56,2 1.298.554,02 100 25,78

Granja 2004 11,34 52.067 2,0 541.487,06 42,0 748.095,00 58,0 1.289.582,06 100 24,77

Crateús 2004 33,19 73.076 2,8 774.580,08 43,4 1.010.850,00 56,6 1.785.430,08 100 24,43

Massapê 2004 18,35 32.593 1,3 335.097,74 49,5 342.312,00 50,5 677.409,74 100 20,78

Amontada 2004 19,99 36.013 1,4 441.156,26 59,2 304.184,00 40,8 745.340,26 100 20,70

Pedra Branca 2004 18,92 41.738 1,6 247.095,00 30,1 572.580,00 69,9 819.675,00 100 19,64

Parambu 2004 14,15 33.443 1,3 353.782,01 56,7 270.208,00 43,3 623.990,01 100 18,66

Santana do Cariri 2004 23,8 43.351 1,7 185.299,00 25,4 542.880,00 74,6 728.179,00 100 16,80

TOTAL 2004 MP

2.584.667 100,0 30.225.124,27 35,7 54.486.555,68 64,3 84.711.679,95 100 32,53

ACRÉSCIMO %

9,5

143,1

255,4

215,4

198,3

Fonte: Elaboração própria

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APÊNDICE C: MUNICÍPIOS DE PEQUENO PORTE POR IDM, POPULAÇÃO, PAB FIXO, PAB VARIÁVEL, TOTAL PAB,

PORCENTAGEM E VALOR PER CAPITA NOS ANOS PARES DE 2004 A 2014

MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Guaramiranga 36,42 3.812 0,2 110.768,04 11,0 898.359,21 89,0 1.009.127,25 100 264,72

Pacujá 22,41 6.150 0,3 169.035,96 12,0 1.233.891,62 88,0 1.402.927,58 100 228,12

Santana do Acaraú 20,41 17.457 0,9 854.336,04 23,1 2.840.263,83 76,9 3.694.599,87 100 211,64

São João do Jaguaribe 15,38 7.774 0,4 221.400,00 15,8 1.178.443,38 84,2 1.399.843,38 100 180,07

Tarrafas 16,79 8.923 0,5 248.220,00 15,7 1.329.608,35 84,3 1.577.828,35 100 176,83

Solonópole 20,52 18.060 0,9 497.504,04 16,0 2.610.681,62 84,0 3.108.185,66 100 172,10

Iracema 23,89 14.042 0,7 386.624,04 16,7 1.935.219,58 83,3 2.321.843,62 100 165,35

Nova Olinda 27,17 15.048 0,8 408.408,00 16,4 2.074.534,54 83,6 2.482.942,54 100 165,00

Ibicuitinga 20,1 12.012 0,6 325.416,00 17,0 1.586.218,12 83,0 1.911.634,12 100 159,14

Ererê 20,34 7.073 0,4 193.815,96 17,4 921.158,20 82,6 1.114.974,16 100 157,64

Penaforte 24,41 8.743 0,5 237.524,04 17,5 1.119.228,54 82,5 1.356.752,58 100 155,18

Aratuba 27,43 11.419 0,6 319.311,96 18,1 1.446.355,57 81,9 1.765.667,53 100 154,63

Dep. Irapuan Pinheiro 12,15 9.403 0,5 257.684,04 18,0 1.175.403,87 82,0 1.433.087,91 100 152,41

Granjeiro 18,25 4.531 0,2 127.428,00 18,6 556.097,03 81,4 683.525,03 100 150,86

Redenção 39,14 27.182 1,4 746.480,04 18,3 3.334.443,00 81,7 4.080.923,04 100 150,13

Quixelô 17,9 14.997 0,8 417.507,96 18,8 1.805.855,76 81,2 2.223.363,72 100 148,25

Senador Pompeu 19,47 26.600 1,4 738.696,00 18,9 3.165.831,91 81,1 3.904.527,91 100 146,79

Pacoti 32,14 11.884 0,6 327.152,04 18,8 1.416.310,73 81,2 1.743.462,77 100 146,71

Caririaçu 21,93 26.840 1,4 741.188,04 18,9 3.182.648,84 81,1 3.923.836,88 100 146,19

Frecheirinha 27,67 13.473 0,7 368.676,00 19,0 1.576.666,23 81,0 1.945.342,23 100 144,39

Piquet Carneiro 15,52 16.318 0,8 442.959,96 19,1 1.877.031,32 80,9 2.319.991,28 100 142,17

Cedro 23,85 24.986 1,3 689.415,96 19,4 2.855.295,24 80,6 3.544.711,20 100 141,87

Jati 22,13 7.785 0,4 214.116,00 19,5 881.170,58 80,5 1.095.286,58 100 140,69

General Sampaio 27,01 6.679 0,3 179.844,00 19,3 750.601,65 80,7 930.445,65 100 139,31

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Quixeré 32,61 21.410 1,1 582.680,04 19,6 2.394.378,86 80,4 2.977.058,90 100 139,05

Jaguaretama 17,29 18.018 0,9 499.491,96 20,1 1.984.411,27 79,9 2.483.903,23 100 137,86

Milagres 14,82 28.419 1,5 789.711,96 20,3 3.093.850,79 79,7 3.883.562,75 100 136,65

Madalena 18,72 19.225 1,0 520.100,04 19,9 2.091.589,94 80,1 2.611.689,98 100 135,85

Fortim 23,24 15.781 0,8 426.524,04 20,0 1.708.258,58 80,0 2.134.782,62 100 135,28

Potengi 15,6 10.722 0,6 292.544,04 20,2 1.153.016,23 79,8 1.445.560,27 100 134,82

Chaval 20,96 12.888 0,7 355.152,00 20,5 1.380.599,20 79,5 1.735.751,20 100 134,68

Ocara 24,88 24.979 1,3 682.443,96 20,3 2.680.728,11 79,7 3.363.172,07 100 134,64

Carnaubal 18,86 17.374 0,9 475.299,96 20,3 1.860.990,31 79,7 2.336.290,27 100 134,47

Salitre 18,27 16.070 0,8 439.152,00 20,4 1.717.867,71 79,6 2.157.019,71 100 134,23

Aracoiaba 28,62 26.062 1,3 716.576,04 20,5 2.775.672,42 79,5 3.492.248,46 100 134,00

Orós 22,18 21.447 1,1 596.232,00 20,9 2.251.498,83 79,1 2.847.730,83 100 132,78

Porteiras 16,37 15.058 0,8 419.187,96 21,1 1.571.365,68 78,9 1.990.553,64 100 132,19

Aurora 20,87 24.658 1,3 685.160,04 21,1 2.568.311,29 78,9 3.253.471,33 100 131,94

Choró 18,07 13.246 0,7 363.495,96 20,8 1.382.634,82 79,2 1.746.130,78 100 131,82

Barro 16,67 22.193 1,1 608.775,96 20,9 2.305.819,93 79,1 2.914.595,89 100 131,33

Araripe 18,89 21.230 1,1 583.743,96 21,0 2.199.346,32 79,0 2.783.090,28 100 131,09

Acarapé 30,65 16.153 0,8 438.843,96 20,8 1.670.806,15 79,2 2.109.650,11 100 130,60

Pindoretama 36,32 19.975 1,0 538.916,04 20,8 2.057.924,51 79,2 2.596.840,55 100 130,00

Arneiroz 14,67 7.768 0,4 214.676,04 21,3 794.652,00 78,7 1.009.328,04 100 129,93

Irauçuba 21,82 23.376 1,2 636.776,04 21,0 2.390.804,68 79,0 3.027.580,72 100 129,52

Barreira 24,21 20.532 1,1 558.824,04 21,0 2.097.974,48 79,0 2.656.798,52 100 129,40

Altaneira 24,07 7.271 0,4 196.923,96 21,1 738.449,35 78,9 935.373,31 100 128,64

Baixio 14,85 6.182 0,3 170.016,00 21,4 625.005,51 78,6 795.021,51 100 128,60

Ibiapina 43,36 24.555 1,3 673.623,96 21,5 2.459.151,04 78,5 3.132.775,00 100 127,58

São Luís do Curu 23,88 12.713 0,7 348.852,00 21,5 1.272.285,76 78,5 1.621.137,76 100 127,52

Saboeiro 13,5 15.793 0,8 439.068,00 21,8 1.572.901,87 78,2 2.011.969,87 100 127,40

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Itaiçaba 27,01 7.612 0,4 207.984,00 21,5 761.370,47 78,5 969.354,47 100 127,35

Farias Brito 30,4 18.937 1,0 528.051,96 22,0 1.875.915,19 78,0 2.403.967,15 100 126,95

Ararendá 23,03 10.750 0,6 295.791,96 21,9 1.056.282,65 78,1 1.352.074,61 100 125,77

Jucás 24,52 24.417 1,3 671.580,00 22,0 2.386.804,92 78,0 3.058.384,92 100 125,26

Poranga 19,81 12.214 0,6 337.148,04 22,0 1.191.963,62 78,0 1.529.111,66 100 125,19

Pires Ferreira 8,63 10.616 0,5 290.220,00 21,8 1.038.544,72 78,2 1.328.764,72 100 125,17

Apuiarés 19,45 14.483 0,7 395.780,04 22,0 1.400.538,41 78,0 1.796.318,45 100 124,03

Assaré 20,57 23.058 1,2 633.723,96 22,3 2.213.391,97 77,7 2.847.115,93 100 123,48

Martinópole 22,45 10.796 0,6 292.824,00 22,0 1.037.777,55 78,0 1.330.601,55 100 123,25

Umari 11,08 7.662 0,4 211.736,04 22,4 732.129,13 77,6 943.865,17 100 123,19

Itatira 20,05 20.077 1,0 543.228,00 22,0 1.928.808,21 78,0 2.472.036,21 100 123,13

Capistrano 23,16 17.523 0,9 481.656,00 22,4 1.673.120,44 77,6 2.154.776,44 100 122,97

Jijoca de Jericoacoara 21,63 18.616 1,0 496.832,04 21,7 1.791.344,73 78,3 2.288.176,77 100 122,91

Barroquinha 24,16 14.800 0,8 407.679,96 22,6 1.392.948,00 77,4 1.800.627,96 100 121,66

Ibaretama 12,74 13.172 0,7 363.356,04 22,7 1.238.208,16 77,3 1.601.564,20 100 121,59

Groaíras 21,85 10.759 0,6 292.460,04 22,8 991.795,36 77,2 1.284.255,40 100 119,37

Jardim 20,14 27.069 1,4 748.440,00 23,2 2.476.377,14 76,8 3.224.817,14 100 119,13

Aiuaba 7,99 16.893 0,9 461.103,96 23,0 1.540.374,47 77,0 2.001.478,43 100 118,48

Antonina do Norte 17,88 7.200 0,4 197.568,00 23,2 655.054,42 76,8 852.622,42 100 118,42

Cariús 15,86 18.813 1,0 520.407,96 23,5 1.691.108,98 76,5 2.211.516,94 100 117,55

Palhano 19,51 9.169 0,5 251.216,04 23,5 819.110,60 76,5 1.070.326,64 100 116,73

Mulungu 20,55 12.364 0,6 332.528,04 23,1 1.108.480,67 76,9 1.441.008,71 100 116,55

Independência 14,97 25.952 1,3 717.360,00 23,9 2.281.746,39 76,1 2.999.106,39 100 115,56

Coreaú 23,09 22.773 1,2 623.055,96 23,7 2.003.447,22 76,3 2.626.503,18 100 115,33

Moraújo 17,64 8.457 0,4 230.300,04 23,7 742.252,79 76,3 972.552,83 100 115,00

Cruz 21,92 23.514 1,2 640.836,00 23,7 2.058.986,36 76,3 2.699.822,36 100 114,82

Potiretama 16,91 6.299 0,3 173.067,96 24,2 541.113,93 75,8 714.181,89 100 113,38

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Uruburetama 33,94 20.991 1,1 568.092,00 23,9 1.809.188,86 76,1 2.377.280,86 100 113,25

Forquilha 27,89 23.276 1,2 628.179,96 23,9 1.997.700,87 76,1 2.625.880,83 100 112,81

Tamboril 23,74 25.635 1,3 711.116,04 24,6 2.176.316,67 75,4 2.887.432,71 100 112,64

Abaiara 13,11 11.226 0,6 302.820,00 24,0 960.016,78 76,0 1.262.836,78 100 112,49

Quiterianópolis 18 20.600 1,1 564.423,96 24,4 1.748.089,65 75,6 2.312.513,61 100 112,26

Caridade 14,62 21.524 1,1 579.236,04 24,0 1.836.556,70 76,0 2.415.792,74 100 112,24

Milhã 12,59 13.188 0,7 365.736,00 24,7 1.112.227,92 75,3 1.477.963,92 100 112,07

Guaiúba 28,16 25.581 1,3 692.355,96 24,3 2.161.860,57 75,7 2.854.216,53 100 111,58

Pereiro 22,48 16.089 0,8 443.463,96 24,7 1.350.847,00 75,3 1.794.310,96 100 111,52

Alcântaras 16,16 11.247 0,6 306.768,00 24,6 940.137,69 75,4 1.246.905,69 100 110,87

Novo Oriente 22,45 28.149 1,5 774.339,96 25,0 2.319.506,98 75,0 3.093.846,94 100 109,91

Icapuí 34,76 19.276 1,0 524.888,04 24,8 1.588.997,97 75,2 2.113.886,01 100 109,66

Cariré 17,17 18.637 1,0 514.947,96 25,3 1.522.606,63 74,7 2.037.554,59 100 109,33

Varjota 26,95 18.081 0,9 496.860,00 25,4 1.459.909,88 74,6 1.956.769,88 100 108,22

Jaguaribara 23,63 10.999 0,6 298.256,04 25,2 886.972,55 74,8 1.185.228,59 100 107,76

Ipaporanga 14,36 11.500 0,6 318.024,00 25,7 919.658,71 74,3 1.237.682,71 100 107,62

Meruoca 30,01 14.529 0,8 393.372,00 25,2 1.168.714,38 74,8 1.562.086,38 100 107,52

Uruoca 19,44 13.435 0,7 366.687,96 25,6 1.068.088,53 74,4 1.434.776,49 100 106,79

Tejuçuoca 13,35 18.301 0,9 494.004,00 25,4 1.454.412,52 74,6 1.948.416,52 100 106,47

Tururu 18,72 15.413 0,8 415.743,96 25,5 1.213.249,39 74,5 1.628.993,35 100 105,69

Campos Sales 21,9 27.077 1,4 746.144,04 26,5 2.066.852,26 73,5 2.812.996,30 100 103,89

Graça 18,8 15.287 0,8 422.379,96 26,6 1.164.733,43 73,4 1.587.113,39 100 103,82

Paramoti 15,83 11.533 0,6 318.080,04 26,6 875.730,11 73,4 1.193.810,15 100 103,51

Alto Santo 15,4 16.823 0,9 462.140,04 26,8 1.259.098,29 73,2 1.721.238,33 100 102,31

Croatá 19,73 17.650 0,9 483.615,96 26,8 1.317.893,12 73,2 1.801.509,08 100 102,07

Marco 25,65 26.219 1,4 709.772,04 26,6 1.958.165,75 73,4 2.667.937,79 100 101,76

Miraíma 11,3 13.345 0,7 364.251,96 26,9 988.903,03 73,1 1.353.154,99 100 101,40

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Catarina 6,39 19.882 1,0 538.383,96 26,9 1.463.697,18 73,1 2.002.081,14 100 100,70

Ipaumirim 20,94 12.281 0,6 338.240,04 27,6 887.652,87 72,4 1.225.892,91 100 99,82

Chorozinho 27,32 19.189 1,0 530.516,04 27,7 1.384.098,44 72,3 1.914.614,48 100 99,78

Itapiúna 24,58 19.570 1,0 532.251,96 27,4 1.413.254,17 72,6 1.945.506,13 100 99,41

Monsenhor Tabosa 15,59 16.998 0,9 469.280,04 27,9 1.210.466,54 72,1 1.679.746,58 100 98,82

Hidrolândia 18,48 19.970 1,0 547.344,00 28,0 1.407.272,25 72,0 1.954.616,25 100 97,88

Palmácia 18,71 12.762 0,7 345.240,00 28,4 871.058,35 71,6 1.216.298,35 100 95,31

Catunda 15,06 10.257 0,5 281.484,00 28,8 695.505,38 71,2 976.989,38 100 95,25

Mucambo 19,24 14.346 0,7 396.087,96 29,5 947.814,58 70,5 1.343.902,54 100 93,68

Umirim 18,1 19.437 1,0 532.644,00 30,0 1.240.188,26 70,0 1.772.832,26 100 91,21

Banabuiú 20,23 17.842 0,9 489.663,96 30,3 1.125.200,05 69,7 1.614.864,01 100 90,51

Reriutaba 25,27 19.145 1,0 537.012,00 33,6 1.059.196,97 66,4 1.596.208,97 100 83,37

Senador Sá 16,49 7.290 0,4 197.148,00 32,6 408.426,74 67,4 605.574,74 100 83,07

Morrinhos 19,42 21.737 1,1 591.332,04 36,6 1.022.986,32 63,4 1.614.318,36 100 74,27

TOTAL 2014 PP

1.934.601 100,0 53.414.568,00 22,3 185.643.865,20 77,7 239.058.433,20 100 126,02

Guaramiranga 38,62 3.956 0,2 108.662,49 10,3 948.483,74 89,7 1.057.146,23 100 267,23

Santana do Acaraú 24,35 17.219 0,9 802.064,50 23,0 2.679.832,57 77,0 3.481.897,07 100 202,21

Dep. Irapuan Pinheiro 17,55 9.203 0,5 242.921,24 14,6 1.418.675,86 85,4 1.661.597,10 100 180,55

São João do Jaguaribe 20,2 7.788 0,4 239.850,00 17,3 1.150.107,87 82,7 1.389.957,87 100 178,47

Ibicuitinga 20,82 11.622 0,6 304.363,76 14,7 1.764.700,65 85,3 2.069.064,41 100 178,03

Granjeiro 16,87 4.551 0,2 122.241,75 15,4 668.970,78 84,6 791.212,53 100 173,85

Ererê 15,86 6.922 0,4 182.705,00 15,2 1.015.755,92 84,8 1.198.460,92 100 173,14

Aratuba 29,25 11.404 0,6 305.166,75 15,5 1.659.554,44 84,5 1.964.721,19 100 172,28

Quixelô 13,32 14.911 0,8 397.812,50 15,8 2.125.707,30 84,2 2.523.519,80 100 169,24

Pindoretama 33,82 19.247 1,0 502.635,54 16,0 2.648.188,82 84,0 3.150.824,36 100 163,70

Orós 21,16 21.294 1,1 567.590,94 16,4 2.885.664,29 83,6 3.453.255,23 100 162,17

Iracema 22,14 13.808 0,7 365.693,20 16,3 1.872.150,37 83,7 2.237.843,57 100 162,07

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Farias Brito 23,04 18.859 1,0 503.706,94 16,7 2.516.948,89 83,3 3.020.655,83 100 160,17

Carnaubal 20,18 16.975 0,9 447.602,00 16,5 2.265.676,60 83,5 2.713.278,60 100 159,84

Piquet Carneiro 11,42 15.820 0,8 414.914,44 16,5 2.106.109,36 83,5 2.521.023,80 100 159,36

Redenção 39,47 26.660 1,4 704.802,95 16,6 3.530.109,12 83,4 4.234.912,07 100 158,85

Senador Pompeu 20,25 26.382 1,4 702.717,55 16,9 3.448.912,90 83,1 4.151.630,45 100 157,37

Tamboril 19,02 25.397 1,3 676.009,94 17,1 3.279.590,10 82,9 3.955.600,04 100 155,75

Pacoti 29,75 11.684 0,6 309.365,25 17,0 1.506.547,01 83,0 1.815.912,26 100 155,42

Caririaçu 22,2 26.471 1,4 702.447,24 17,1 3.405.126,10 82,9 4.107.573,34 100 155,17

Potiretama 18,47 6.181 0,3 163.432,80 17,1 790.406,78 82,9 953.839,58 100 154,32

Uruburetama 31,53 20.289 1,1 530.961,26 17,0 2.587.736,34 83,0 3.118.697,60 100 153,71

Jardim 18,19 26.730 1,4 709.914,30 17,4 3.370.087,65 82,6 4.080.001,95 100 152,64

Itaiçaba 31,05 7.428 0,4 195.671,19 17,3 934.873,45 82,7 1.130.544,64 100 152,20

Penaforte 20,47 8.483 0,4 220.612,00 17,2 1.063.155,28 82,8 1.283.767,28 100 151,33

Cedro 25,5 24.622 1,3 653.030,24 17,5 3.072.659,19 82,5 3.725.689,43 100 151,32

São Luís do Curu 24,9 12.459 0,6 329.179,79 17,5 1.552.816,77 82,5 1.881.996,56 100 151,06

Jati 24,82 7.647 0,4 204.274,21 17,7 948.038,62 82,3 1.152.312,83 100 150,69

Apuiarés 19,1 14.135 0,7 372.402,04 17,5 1.754.894,08 82,5 2.127.296,12 100 150,50

Aracoiaba 32,79 25.592 1,3 677.102,44 17,6 3.172.746,53 82,4 3.849.848,97 100 150,43

Chaval 21,76 12.684 0,7 336.077,95 17,7 1.562.909,61 82,3 1.898.987,56 100 149,72

Porteiras 15,46 14.971 0,8 399.434,06 17,9 1.834.228,59 82,1 2.233.662,65 100 149,20

Barreira 30,34 19.958 1,0 524.398,96 17,7 2.446.512,49 82,3 2.970.911,45 100 148,86

Nova Olinda 22,46 14.586 0,8 382.472,00 17,9 1.759.542,47 82,1 2.142.014,47 100 146,85

Choró 15,68 12.982 0,7 343.050,56 18,1 1.551.495,09 81,9 1.894.545,65 100 145,94

Irauçuba 21,05 22.742 1,2 597.883,81 18,0 2.716.521,76 82,0 3.314.405,57 100 145,74

Araripe 19,58 20.848 1,1 551.605,45 18,2 2.477.768,57 81,8 3.029.374,02 100 145,31

Solonópole 19,71 17.768 0,9 470.698,76 18,3 2.097.347,64 81,7 2.568.046,40 100 144,53

Pacujá 20,27 6.037 0,3 159.669,51 18,4 707.742,64 81,6 867.412,15 100 143,68

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Madalena 18,66 18.575 1,0 486.006,01 18,4 2.160.914,09 81,6 2.646.920,10 100 142,50

General Sampaio 26,06 6.423 0,3 167.461,79 18,3 747.775,00 81,7 915.236,79 100 142,49

Ocara 28,14 24.373 1,3 642.061,06 18,7 2.786.895,50 81,3 3.428.956,56 100 140,69

Frecheirinha 25,22 13.167 0,7 347.198,26 18,9 1.487.610,57 81,1 1.834.808,83 100 139,35

Capistrano 24,63 17.202 0,9 455.064,81 19,0 1.936.986,77 81,0 2.392.051,58 100 139,06

Ibiapina 32,58 24.058 1,3 635.541,80 19,1 2.699.991,97 80,9 3.335.533,77 100 138,65

Ararendá 20,74 10.564 0,5 279.677,45 19,1 1.183.616,61 80,9 1.463.294,06 100 138,52

Milagres 23,26 28.204 1,5 751.546,19 19,3 3.151.760,23 80,7 3.903.306,42 100 138,40

Potengi 8,75 10.448 0,5 275.003,71 19,0 1.169.015,80 81,0 1.444.019,51 100 138,21

Icapuí 42,24 18.746 1,0 492.670,69 19,1 2.086.499,50 80,9 2.579.170,19 100 137,59

Salitre 19,61 15.684 0,8 413.250,55 19,2 1.744.544,41 80,8 2.157.794,96 100 137,58

Tabuleiro do Norte 23,04 29.522 1,5 779.714,69 19,2 3.271.610,12 80,8 4.051.324,81 100 137,23

Ibaretama 13,01 12.977 0,7 344.093,21 19,4 1.431.530,16 80,6 1.775.623,37 100 136,83

Jaguaribara 20,27 10.652 0,6 279.127,56 19,2 1.176.127,89 80,8 1.455.255,45 100 136,62

Assaré 22,07 22.633 1,2 598.662,94 19,5 2.474.815,67 80,5 3.073.478,61 100 135,80

Quixeré 32,3 20.810 1,1 520.118,99 18,7 2.260.635,69 81,3 2.780.754,68 100 133,63

Jucás 29,85 23.985 1,2 634.765,24 19,8 2.567.865,65 80,2 3.202.630,89 100 133,53

Barroquinha 18,43 14.560 0,8 385.716,21 20,1 1.536.563,33 79,9 1.922.279,54 100 132,02

Antonina do Norte 19,18 7.056 0,4 186.428,80 20,1 739.490,92 79,9 925.919,72 100 131,22

Saboeiro 16,16 15.681 0,8 417.990,69 20,4 1.635.169,76 79,6 2.053.160,45 100 130,93

Forquilha 25,93 22.435 1,2 586.019,50 20,0 2.339.563,45 80,0 2.925.582,95 100 130,40

Barro 17,69 21.742 1,1 574.330,51 20,3 2.249.350,04 79,7 2.823.680,55 100 129,87

Jijoca de Jericoacoara 26,21 17.744 0,9 459.844,81 20,0 1.837.308,18 80,0 2.297.152,99 100 129,46

Milhã 19,49 13.062 0,7 347.619,50 20,6 1.340.854,69 79,4 1.688.474,19 100 129,27

Aurora 19,9 24.470 1,3 652.025,29 20,7 2.498.626,61 79,3 3.150.651,90 100 128,76

Groaíras 23,06 10.445 0,5 274.206,81 20,4 1.067.623,29 79,6 1.341.830,10 100 128,47

Uruoca 23,14 13.096 0,7 344.723,06 20,5 1.334.727,53 79,5 1.679.450,59 100 128,24

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Moraújo 17,96 8.225 0,4 216.173,30 20,5 836.784,07 79,5 1.052.957,37 100 128,02

Tarrafas 8,67 8.865 0,5 236.378,30 20,8 898.177,57 79,2 1.134.555,87 100 127,98

Martinópole 22,47 10.458 0,5 274.105,49 20,5 1.063.438,81 79,5 1.337.544,30 100 127,90

Altaneira 26,6 7.033 0,4 184.130,31 20,5 712.626,08 79,5 896.756,39 100 127,51

Tejuçuoca 17,4 17.643 0,9 452.609,45 20,2 1.787.842,75 79,8 2.240.452,20 100 126,99

Marco 28,47 25.349 1,3 663.542,26 20,8 2.528.510,74 79,2 3.192.053,00 100 125,92

Arneiroz 7,74 7.667 0,4 203.550,00 21,1 759.617,53 78,9 963.167,53 100 125,63

Guaiúba 23,19 24.727 1,3 647.148,26 20,8 2.457.181,78 79,2 3.104.330,04 100 125,54

Itatira 25,15 19.401 1,0 507.640,50 20,9 1.921.096,66 79,1 2.428.737,16 100 125,19

Cariús 18,04 18.586 1,0 493.781,05 21,4 1.817.683,40 78,6 2.311.464,45 100 124,37

Alcântaras 20,38 10.956 0,6 288.287,46 21,2 1.071.081,77 78,8 1.359.369,23 100 124,08

Palhano 26,3 8.972 0,5 236.812,81 21,3 873.603,77 78,7 1.110.416,58 100 123,76

Novo Oriente 21,66 27.655 1,4 731.938,05 21,6 2.658.444,51 78,4 3.390.382,56 100 122,60

Croatá 23,81 17.272 0,9 455.917,54 22,1 1.607.053,68 77,9 2.062.971,22 100 119,44

Chorozinho 30,96 18.947 1,0 503.157,05 22,3 1.757.211,45 77,7 2.260.368,50 100 119,30

Mulungu 20,53 11.876 0,6 309.455,46 21,9 1.102.897,32 78,1 1.412.352,78 100 118,92

Monsenhor Tabosa 15,2 16.760 0,9 444.657,96 22,3 1.546.460,54 77,7 1.991.118,50 100 118,80

Aiuaba 13,38 16.468 0,9 433.542,25 22,2 1.516.282,13 77,8 1.949.824,38 100 118,40

Ipaporanga 17,87 11.358 0,6 301.701,45 22,5 1.040.335,51 77,5 1.342.036,96 100 118,16

Pereiro 16,44 15.838 0,8 419.727,76 22,5 1.445.855,00 77,5 1.865.582,76 100 117,79

Poranga 16,02 12.041 0,6 319.464,06 22,6 1.091.909,82 77,4 1.411.373,88 100 117,21

Abaiara 10,16 10.815 0,6 282.414,49 22,4 979.838,99 77,6 1.262.253,48 100 116,71

Cruz 35,05 22.887 1,2 601.900,05 22,6 2.061.630,89 77,4 2.663.530,94 100 116,38

Jaguaretama 16,6 17.839 0,9 474.608,06 23,0 1.588.151,66 77,0 2.062.759,72 100 115,63

Acarapé 25,11 15.673 0,8 411.297,69 22,8 1.395.996,12 77,2 1.807.293,81 100 115,31

Catarina 9,68 19.228 1,0 503.429,56 22,8 1.708.382,35 77,2 2.211.811,91 100 115,03

Miraíma 7,44 13.009 0,7 342.495,79 22,9 1.153.083,62 77,1 1.495.579,41 100 114,96

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Paramoti 15,6 11.360 0,6 301.146,01 23,1 1.000.911,61 76,9 1.302.057,62 100 114,62

Pires Ferreira 9,95 10.365 0,5 273.158,71 23,0 913.748,84 77,0 1.186.907,55 100 114,51

Umari 10,25 7.562 0,4 200.758,75 23,3 662.528,01 76,7 863.286,76 100 114,16

Meruoca 37,19 14.049 0,7 367.776,46 22,9 1.235.948,20 77,1 1.603.724,66 100 114,15

Hidrolândia 17,43 19.548 1,0 516.097,94 23,4 1.686.132,40 76,6 2.202.230,34 100 112,66

Fortim 26,26 15.233 0,8 398.301,95 23,5 1.294.417,79 76,5 1.692.719,74 100 111,12

Cariré 17,85 18.391 1,0 488.182,74 24,1 1.536.154,44 75,9 2.024.337,18 100 110,07

Tururu 24,43 14.848 0,8 387.679,29 24,2 1.212.792,45 75,8 1.600.471,74 100 107,79

Morrinhos 28,56 21.119 1,1 554.712,50 25,0 1.668.529,21 75,0 2.223.241,71 100 105,27

Senador Sá 14,04 7.041 0,4 184.149,00 25,1 550.725,68 74,9 734.874,68 100 104,37

Baixio 13,45 6.072 0,3 160.691,19 25,4 472.911,46 74,6 633.602,65 100 104,35

Varjota 23,71 17.745 0,9 469.284,76 25,5 1.371.731,42 74,5 1.841.016,18 100 103,75

Caridade 14,1 20.687 1,1 539.260,81 25,5 1.573.182,42 74,5 2.112.443,23 100 102,11

Catunda 13,45 10.053 0,5 265.640,71 25,9 760.420,61 74,1 1.026.061,32 100 102,07

Independência 15,87 25.620 1,3 680.315,56 26,1 1.926.715,00 73,9 2.607.030,56 100 101,76

Ipaumirim 16,21 12.080 0,6 320.010,05 26,4 894.009,32 73,6 1.214.019,37 100 100,50

Mucambo 24,1 14.146 0,7 375.357,29 26,4 1.044.657,82 73,6 1.420.015,11 100 100,38

Coreaú 20,51 22.252 1,2 586.777,20 26,3 1.641.116,76 73,7 2.227.893,96 100 100,12

Umirim 18,97 19.023 1,0 502.153,21 26,6 1.388.628,55 73,4 1.890.781,76 100 99,39

Palmácia 30,62 12.330 0,6 322.570,44 26,9 877.797,99 73,1 1.200.368,43 100 97,35

Reriutaba 21,22 19.179 1,0 514.262,05 28,2 1.306.412,11 71,8 1.820.674,16 100 94,93

Itapiúna 24,2 19.009 1,0 499.203,69 27,7 1.303.789,98 72,3 1.802.993,67 100 94,85

Banabuiú 24,52 17.488 0,9 462.123,74 28,1 1.181.119,32 71,9 1.643.243,06 100 93,96

Alto Santo 19,34 16.505 0,9 436.439,25 28,7 1.086.297,82 71,3 1.522.737,07 100 92,26

Graça 17,26 15.085 0,8 400.448,46 29,0 980.697,82 71,0 1.381.146,28 100 91,56

Campos Sales 26,93 26.648 1,4 706.138,71 31,8 1.517.498,23 68,2 2.223.636,94 100 83,44

Quiterianópolis 15,78 20.158 1,0 532.087,46 33,2 1.071.160,00 66,8 1.603.247,46 100 79,53

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

TOTAL 2012 PP

1.923.773 100,0 51.140.609,78 20,2 201.756.983,45 79,8 252.897.593,23 100 132,97

Saboeiro 12,49 15.754 0,8 1.187.312,00 29,3 2.864.359,19 70,7 4.051.671,19 100 257,18

São Luís do Curu 18,89 12.336 0,6 451.248,00 17,6 2.116.552,16 82,4 2.567.800,16 100 208,16

Guaramiranga 37,67 4.165 0,2 96.400,00 13,7 608.677,00 86,3 705.077,00 100 169,29

Santana do Acaraú 15,38 17.181 0,9 541.845,00 19,4 2.254.697,01 80,6 2.796.542,01 100 162,77

São João do Jaguaribe 23,17 7.902 0,4 221.715,00 19,9 890.809,62 80,1 1.112.524,62 100 140,79

Farias Brito 21,77 19.007 1,0 356.848,00 15,2 1.992.373,00 84,8 2.349.221,00 100 123,60

Aratuba 30,74 11.529 0,6 224.589,00 15,9 1.183.889,08 84,1 1.408.478,08 100 122,17

Tamboril 15,47 25.455 1,3 480.321,00 15,8 2.555.780,78 84,2 3.036.101,78 100 119,27

Pindoretama 34,86 18.691 1,0 375.696,00 17,2 1.814.147,00 82,8 2.189.843,00 100 117,16

Caririaçu 17,18 26.387 1,4 490.875,00 15,9 2.599.713,00 84,1 3.090.588,00 100 117,13

Granjeiro 21,03 4.626 0,2 91.248,00 17,1 440.881,00 82,9 532.129,00 100 115,03

Ererê 8,84 6.853 0,4 148.626,00 18,9 637.244,00 81,1 785.870,00 100 114,68

Santa Quitéria 19,4 29.977 1,6 808.200,00 23,6 2.617.156,13 76,4 3.425.356,13 100 114,27

Senador Pompeu 25,35 26.494 1,4 451.824,00 15,0 2.570.077,04 85,0 3.021.901,04 100 114,06

Cedro 26,79 24.538 1,3 458.809,00 16,4 2.336.554,00 83,6 2.795.363,00 100 113,92

Uruburetama 25,75 19.765 1,0 365.676,00 16,3 1.880.809,20 83,7 2.246.485,20 100 113,66

Orós 24,67 21.392 1,1 392.712,00 16,3 2.022.683,00 83,7 2.415.395,00 100 112,91

Redenção 32,69 26.423 1,4 479.664,00 16,3 2.472.106,94 83,7 2.951.770,94 100 111,71

Ocara 17,86 24.012 1,2 439.473,00 16,4 2.242.260,00 83,6 2.681.733,00 100 111,68

Potiretama 16,96 6.129 0,3 122.553,00 18,1 555.035,31 81,9 677.588,31 100 110,55

Ibiapina 39,26 23.810 1,2 431.790,00 16,8 2.138.256,00 83,2 2.570.046,00 100 107,94

Dep. Irapuan Pinheiro 23,82 9.094 0,5 171.465,00 17,5 808.044,00 82,5 979.509,00 100 107,71

Pacujá 24,74 5.986 0,3 111.459,00 17,3 531.272,00 82,7 642.731,00 100 107,37

Assaré 18,56 22.448 1,2 403.830,00 16,8 2.001.338,59 83,2 2.405.168,59 100 107,14

Jardim 15,26 26.697 1,4 478.494,00 16,8 2.375.677,00 83,2 2.854.171,00 100 106,91

Aracoiaba 26,98 25.405 1,3 454.818,00 16,8 2.251.945,90 83,2 2.706.763,90 100 106,54

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Apuiarés 15,65 13.927 0,7 257.007,00 17,4 1.218.904,70 82,6 1.475.911,70 100 105,97

Pacoti 27,5 11.607 0,6 206.652,00 16,8 1.020.947,00 83,2 1.227.599,00 100 105,76

Itaiçaba 30,68 7.321 0,4 141.361,00 18,4 626.149,00 81,6 767.510,00 100 104,84

Araripe 16,42 20.689 1,1 399.114,00 18,6 1.745.935,97 81,4 2.145.049,97 100 103,68

Guaiúba 20,49 24.091 1,2 424.089,00 17,0 2.073.388,00 83,0 2.497.477,00 100 103,67

Solonópole 21,28 17.657 0,9 323.220,00 17,7 1.499.009,15 82,3 1.822.229,15 100 103,20

Milhã 18,51 13.078 0,7 264.844,00 19,8 1.076.062,00 80,2 1.340.906,00 100 102,53

Carnaubal 24,82 16.746 0,9 299.655,00 17,5 1.416.538,00 82,5 1.716.193,00 100 102,48

Chaval 24,25 12.617 0,7 227.067,00 17,7 1.053.775,00 82,3 1.280.842,00 100 101,52

Altaneira 24,13 6.851 0,4 121.497,00 17,5 572.094,87 82,5 693.591,87 100 101,24

Martinópole 18,81 10.220 0,5 196.734,00 19,1 833.966,00 80,9 1.030.700,00 100 100,85

Jati 31,96 7.649 0,4 135.070,00 17,5 635.248,00 82,5 770.318,00 100 100,71

Jijoca de Jericoacoara 18,39 17.002 0,9 297.346,00 17,4 1.407.295,00 82,6 1.704.641,00 100 100,26

Iracema 25,12 13.725 0,7 269.488,00 19,6 1.103.790,00 80,4 1.373.278,00 100 100,06

Nova Olinda 23,93 14.256 0,7 243.807,00 17,1 1.182.579,00 82,9 1.426.386,00 100 100,06

Croatá 26,23 17.077 0,9 325.593,00 19,1 1.379.371,00 80,9 1.704.964,00 100 99,84

Quixelô 16,14 15.000 0,8 292.146,00 19,5 1.204.676,05 80,5 1.496.822,05 100 99,79

Choró 16,46 12.853 0,7 258.057,00 20,1 1.023.484,00 79,9 1.281.541,00 100 99,71

Penaforte 22,22 8.226 0,4 145.509,00 17,9 666.056,00 82,1 811.565,00 100 98,66

Madalena 11,12 18.085 0,9 317.859,00 18,1 1.436.822,00 81,9 1.754.681,00 100 97,02

Jaguaretama 14,75 17.867 0,9 381.469,00 22,1 1.347.419,00 77,9 1.728.888,00 100 96,76

Frecheirinha 19,95 12.991 0,7 241.447,00 19,3 1.007.989,00 80,7 1.249.436,00 100 96,18

Barroquinha 20,3 14.475 0,7 313.944,00 22,6 1.075.644,89 77,4 1.389.588,89 100 96,00

Abaiara 12,43 10.489 0,5 195.756,00 19,4 810.860,05 80,6 1.006.616,05 100 95,97

Ibaretama 8,75 12.928 0,7 236.958,00 19,1 1.003.418,00 80,9 1.240.376,00 100 95,94

Reriutaba 19,22 19.460 1,0 578.903,94 31,1 1.283.448,00 68,9 1.862.351,94 100 95,70

Tabuleiro do Norte 25,16 29.210 1,5 631.263,00 22,6 2.161.959,69 77,4 2.793.222,69 100 95,63

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Cruz 28,53 22.480 1,2 418.740,00 19,5 1.729.894,00 80,5 2.148.634,00 100 95,58

Barreira 17,44 19.574 1,0 347.262,00 18,6 1.518.671,14 81,4 1.865.933,14 100 95,33

Milagres 18,93 28.317 1,5 502.147,00 18,6 2.192.930,00 81,4 2.695.077,00 100 95,18

Icapuí 37,71 18.393 1,0 344.490,00 19,7 1.403.678,00 80,3 1.748.168,00 100 95,05

Ibicuitinga 18,1 11.335 0,6 209.235,00 19,6 857.190,00 80,4 1.066.425,00 100 94,08

Irauçuba 17,14 22.347 1,2 414.597,00 19,9 1.670.002,00 80,1 2.084.599,00 100 93,28

Porteiras 21,49 15.065 0,8 272.079,00 19,4 1.130.708,37 80,6 1.402.787,37 100 93,12

Salitre 14,4 15.453 0,8 299.325,00 20,8 1.138.433,56 79,2 1.437.758,56 100 93,04

Itatira 13,68 18.894 1,0 335.311,00 19,1 1.422.123,00 80,9 1.757.434,00 100 93,02

Mulungu 19,79 11.485 0,6 210.372,00 19,8 852.170,00 80,2 1.062.542,00 100 92,52

Alcântaras 12,61 10.773 0,6 193.038,00 19,4 800.312,84 80,6 993.350,84 100 92,21

Alto Santo 16,23 16.360 0,8 367.572,00 24,4 1.140.303,81 75,6 1.507.875,81 100 92,17

Ararendá 16,76 10.500 0,5 199.833,00 20,7 764.641,79 79,3 964.474,79 100 91,85

Uruoca 19,54 12.894 0,7 245.655,00 20,9 929.603,48 79,1 1.175.258,48 100 91,15

Potengi 15,41 10.276 0,5 181.302,00 19,4 752.518,00 80,6 933.820,00 100 90,87

Groaíras 18,57 10.228 0,5 177.888,00 19,2 750.840,00 80,8 928.728,00 100 90,80

Jaguaribara 27,22 10.405 0,5 235.362,00 25,0 706.232,00 75,0 941.594,00 100 90,49

Coreaú 16,59 22.018 1,1 397.005,00 19,9 1.593.524,00 80,1 1.990.529,00 100 90,40

Marco 27,11 24.707 1,3 437.616,00 19,7 1.788.070,00 80,3 2.225.686,00 100 90,08

General Sampaio 18 6.216 0,3 118.992,00 21,4 436.992,00 78,6 555.984,00 100 89,44

Moraújo 19,4 8.069 0,4 151.704,00 21,1 568.624,00 78,9 720.328,00 100 89,27

Quixeré 31,77 19.422 1,0 352.071,00 20,3 1.380.488,22 79,7 1.732.559,22 100 89,21

Forquilha 28,07 21.786 1,1 383.293,00 19,7 1.558.962,00 80,3 1.942.255,00 100 89,15

Palhano 19,52 8.869 0,5 165.400,00 20,9 625.219,00 79,1 790.619,00 100 89,14

Cariús 17,74 18.567 1,0 347.064,00 21,1 1.295.277,00 78,9 1.642.341,00 100 88,45

Piquet Carneiro 14,88 15.501 0,8 278.755,00 20,4 1.086.404,00 79,6 1.365.159,00 100 88,07

Catarina 6,56 18.745 1,0 320.940,00 19,5 1.323.957,00 80,5 1.644.897,00 100 87,75

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102

MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Tejuçuoca 10,73 16.836 0,9 289.380,00 19,7 1.179.237,89 80,3 1.468.617,89 100 87,23

Capistrano 22,99 17.063 0,9 305.544,00 20,6 1.180.152,00 79,4 1.485.696,00 100 87,07

Pereiro 11,18 15.764 0,8 284.244,00 20,8 1.081.786,00 79,2 1.366.030,00 100 86,66

Ipaporanga 19,16 11.335 0,6 211.239,00 21,6 767.072,00 78,4 978.311,00 100 86,31

Acarape 18,28 15.337 0,8 277.701,00 21,2 1.034.240,13 78,8 1.311.941,13 100 85,54

Tarrafas 10,76 8.910 0,5 160.755,00 21,1 600.176,01 78,9 760.931,01 100 85,40

Graça 22,06 15.052 0,8 285.687,00 22,4 992.453,00 77,6 1.278.140,00 100 84,91

Mucambo 26,63 14.102 0,7 260.827,00 21,8 933.403,00 78,2 1.194.230,00 100 84,69

Hidrolândia 18,36 19.342 1,0 344.301,00 21,3 1.270.859,00 78,7 1.615.160,00 100 83,51

Catunda 18,33 9.951 0,5 199.030,00 24,0 631.681,00 76,0 830.711,00 100 83,48

Aiuaba 10,37 16.207 0,8 293.064,00 21,7 1.058.152,54 78,3 1.351.216,54 100 83,37

Barro 16,72 21.528 1,1 386.103,00 21,6 1.397.827,26 78,4 1.783.930,26 100 82,87

Senador Sá 14,35 6.852 0,4 118.632,00 21,0 446.291,86 79,0 564.923,86 100 82,45

Caridade 9,95 20.020 1,0 341.364,00 20,7 1.307.820,65 79,3 1.649.184,65 100 82,38

Cariré 15,26 18.348 0,9 343.882,00 22,9 1.160.724,00 77,1 1.504.606,00 100 82,00

Monsenhor Tabosa 16,38 16.706 0,9 308.244,00 22,7 1.050.513,00 77,3 1.358.757,00 100 81,33

Arneiroz 13,16 7.657 0,4 134.913,00 21,8 484.016,96 78,2 618.929,96 100 80,83

Baixio 15,95 6.026 0,3 107.538,00 22,2 376.314,22 77,8 483.852,22 100 80,29

Chorozinho 17,97 18.920 1,0 338.752,00 22,3 1.179.569,00 77,7 1.518.321,00 100 80,25

Palmácia 24,55 12.005 0,6 193.839,00 20,3 762.897,00 79,7 956.736,00 100 79,69

Itapiúna 21,9 18.626 1,0 331.680,00 22,5 1.144.062,00 77,5 1.475.742,00 100 79,23

Morrinhos 18,71 20.703 1,1 402.121,00 24,6 1.232.618,00 75,4 1.634.739,00 100 78,96

Banabuiú 16,19 17.320 0,9 378.504,00 27,7 988.258,18 72,3 1.366.762,18 100 78,91

Ipaumirim 18,84 12.014 0,6 215.487,00 22,8 729.997,00 77,2 945.484,00 100 78,70

Jucás 24,2 23.809 1,2 426.024,00 22,8 1.446.138,00 77,2 1.872.162,00 100 78,63

Fortim 20,64 14.851 0,8 267.661,00 22,9 899.288,00 77,1 1.166.949,00 100 78,58

Meruoca 31,52 13.693 0,7 228.180,00 21,3 841.240,00 78,7 1.069.420,00 100 78,10

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Poranga 14,97 12.003 0,6 221.688,00 24,1 698.468,08 75,9 920.156,08 100 76,66

Umari 13,83 7.545 0,4 141.498,00 24,5 435.507,00 75,5 577.005,00 100 76,48

Pires Ferreira 14,26 10.216 0,5 176.751,00 22,7 603.246,50 77,3 779.997,50 100 76,35

Antonina do Norte 15,52 6.984 0,4 126.372,00 24,0 399.773,89 76,0 526.145,89 100 75,34

Campos Sales 25,43 26.510 1,4 474.637,00 23,9 1.513.584,00 76,1 1.988.221,00 100 75,00

Novo Oriente 19,44 27.461 1,4 513.385,00 24,9 1.545.700,00 75,1 2.059.085,00 100 74,98

Tururu 16,24 14.415 0,7 253.779,00 23,5 824.451,59 76,5 1.078.230,59 100 74,80

Independência 18,12 25.586 1,3 472.551,00 24,7 1.436.919,00 75,3 1.909.470,00 100 74,63

Varjota 26,97 17.584 0,9 318.966,00 24,7 969.941,00 75,3 1.288.907,00 100 73,30

Umirim 16,47 18.807 1,0 340.647,00 24,9 1.027.059,01 75,1 1.367.706,01 100 72,72

Aurora 16,26 24.573 1,3 452.469,00 25,8 1.298.433,73 74,2 1.750.902,73 100 71,25

Miraíma 13,79 12.800 0,7 227.586,00 25,7 659.223,00 74,3 886.809,00 100 69,28

Paramoti 15,86 11.308 0,6 216.870,00 30,8 487.464,00 69,2 704.334,00 100 62,29

Quiterianópolis 10,87 19.918 1,0 378.375,00 32,1 799.434,00 67,9 1.177.809,00 100 59,13

TOTAL 2010 PP

1.931.519 100,0 37.620.663,94 20,2 148.922.929,03 79,8 186.543.592,97 100 96,88

Guaramiranga 43,34 4.227 0,2 99.914,57 15,7 535.398,00 84,3 635.312,57 100 150,30

São João do Jaguaribe 23,98 8.521 0,4 8.521,00 0,8 1.026.248,39 99,2 1.034.769,39 100 121,44

Santana do Acaraú 19,29 18.242 0,9 486.620,64 24,4 1.505.342,79 75,6 1.991.963,43 100 109,20

Aratuba 31,01 12.477 0,6 227.025,82 17,7 1.057.936,39 82,3 1.284.962,21 100 102,99

Farias Brito 30,06 19.687 1,0 19.687,00 1,0 2.003.940,54 99,0 2.023.627,54 100 102,79

Granjeiro 29,57 5.031 0,3 94.574,75 19,1 399.982,95 80,9 494.557,70 100 98,30

Caririaçu 22,43 27.249 1,4 481.712,68 18,5 2.125.849,51 81,5 2.607.562,19 100 95,69

Pacoti 39,98 11.473 0,6 191.404,82 17,5 903.409,56 82,5 1.094.814,38 100 95,43

Senador Pompeu 33,94 25.069 1,3 459.673,43 19,2 1.930.335,16 80,8 2.390.008,59 100 95,34

Uruburetama 30,98 20.253 1,0 308.566,07 16,3 1.588.218,31 83,7 1.896.784,38 100 93,65

Tamboril 23,48 26.650 1,4 432.476,75 17,6 2.028.805,80 82,4 2.461.282,55 100 92,36

Jardim 29,61 26.584 1,4 468.064,57 19,1 1.986.519,55 80,9 2.454.584,12 100 92,33

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Cedro 41,07 25.469 1,3 412.908,43 17,6 1.929.121,39 82,4 2.342.029,82 100 91,96

Jati 38,34 7.501 0,4 125.403,18 18,3 560.924,61 81,7 686.327,79 100 91,50

Chaval 28,09 12.609 0,6 221.354,32 19,9 888.253,96 80,1 1.109.608,28 100 88,00

Solonópole 30,62 17.943 0,9 291.087,25 18,6 1.273.383,55 81,4 1.564.470,80 100 87,19

Altaneira 36,12 6.733 0,3 105.105,18 18,1 477.016,00 81,9 582.121,18 100 86,46

Orós 30,01 21.824 1,1 365.330,82 19,5 1.509.103,00 80,5 1.874.433,82 100 85,89

Redenção 36,36 26.624 1,4 441.879,50 19,4 1.834.791,26 80,6 2.276.670,76 100 85,51

Itaiçaba 33,69 7.833 0,4 121.340,25 18,1 548.446,02 81,9 669.786,27 100 85,51

São Luís do Curu 26,56 12.519 0,6 226.055,96 21,2 842.021,92 78,8 1.068.077,88 100 85,32

Pindoretama 28,55 18.022 0,9 345.305,82 22,6 1.180.181,26 77,4 1.525.487,08 100 84,65

Barreira 22,93 19.257 1,0 310.075,18 19,1 1.316.819,76 80,9 1.626.894,94 100 84,48

Guaiúba 25,39 23.502 1,2 358.813,57 18,1 1.618.909,84 81,9 1.977.723,41 100 84,15

Penaforte 37,8 8.067 0,4 123.496,07 18,3 551.525,22 81,7 675.021,29 100 83,68

Icapuí 41,74 19.089 1,0 335.110,23 21,0 1.258.316,50 79,0 1.593.426,73 100 83,47

Nova Olinda 31,63 13.522 0,7 209.132,43 18,6 914.999,63 81,4 1.124.132,06 100 83,13

Ararendá 24,23 11.085 0,6 175.269,25 19,1 741.771,88 80,9 917.041,13 100 82,73

Carnaubal 28,65 16.626 0,8 272.232,00 19,8 1.100.554,91 80,2 1.372.786,91 100 82,57

Aracoiaba 26,41 25.251 1,3 418.563,32 20,3 1.644.975,35 79,7 2.063.538,67 100 81,72

Assaré 20,01 22.412 1,1 361.881,50 19,8 1.466.972,57 80,2 1.828.854,07 100 81,60

Madalena 20,18 17.636 0,9 284.553,43 19,9 1.146.966,11 80,1 1.431.519,54 100 81,17

Tejuçuoca 14,51 16.056 0,8 247.539,43 19,0 1.055.441,14 81,0 1.302.980,57 100 81,15

Apuiarés 19,21 14.251 0,7 246.063,50 21,3 909.695,56 78,7 1.155.759,06 100 81,10

Araripe 23,19 22.133 1,1 367.827,50 20,5 1.426.670,84 79,5 1.794.498,34 100 81,08

Ibicuitinga 28,79 11.589 0,6 167.408,75 17,9 768.331,72 82,1 935.740,47 100 80,74

Ibaretama 10,13 13.156 0,7 226.793,68 21,8 815.581,00 78,2 1.042.374,68 100 79,23

Deputado Irapuan Pinheiro 29,66 9.508 0,5 143.777,50 19,2 606.585,69 80,8 750.363,19 100 78,92

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Pacujá 28,06 6.184 0,3 101.672,43 21,0 383.408,52 79,0 485.080,95 100 78,44

Paramoti 19,84 12.032 0,6 194.290,32 20,8 740.035,06 79,2 934.325,38 100 77,65

Coreaú 24,09 22.024 1,1 360.969,43 21,2 1.341.225,60 78,8 1.702.195,03 100 77,29

Mulungu 21,84 11.642 0,6 160.476,93 17,9 736.125,70 82,1 896.602,63 100 77,01

Cruz 28,91 23.208 1,2 23.208,00 1,3 1.763.034,73 98,7 1.786.242,73 100 76,97

Porteiras 24,59 15.127 0,8 267.389,68 23,1 892.548,00 76,9 1.159.937,68 100 76,68

Quixeré 35,42 19.517 1,0 324.454,61 21,8 1.167.181,62 78,2 1.491.636,23 100 76,43

Acarape 21,2 15.388 0,8 248.020,32 21,2 922.481,41 78,8 1.170.501,73 100 76,07

Itatira 22,81 18.579 0,9 284.122,25 20,1 1.129.000,51 79,9 1.413.122,76 100 76,06

Quixelô 22,03 16.222 0,8 257.622,07 20,9 976.101,94 79,1 1.233.724,01 100 76,05

Barroquinha 33,89 15.418 0,8 15.418,00 1,3 1.150.509,33 98,7 1.165.927,33 100 75,62

Baixio 28,18 5.971 0,3 98.753,75 22,1 348.728,89 77,9 447.482,64 100 74,94

Tabuleiro do Norte 29,93 29.369 1,5 590.172,93 27,0 1.593.822,65 73,0 2.183.995,58 100 74,36

Saboeiro 19,44 16.806 0,9 278.450,75 22,3 970.466,22 77,7 1.248.916,97 100 74,31

Choró 11,8 13.316 0,7 236.144,68 24,0 749.105,74 76,0 985.250,42 100 73,99

Groaíras 35,34 9.865 0,5 153.064,18 21,0 575.175,50 79,0 728.239,68 100 73,82

Caridade 14,13 18.911 1,0 304.204,68 21,8 1.091.320,14 78,2 1.395.524,82 100 73,79

Iracema 31,48 14.943 0,8 14.943,00 1,4 1.085.889,86 98,6 1.100.832,86 100 73,67

Jijoca de Jericoacoara 24,47 16.447 0,8 277.372,82 22,9 933.359,98 77,1 1.210.732,80 100 73,61

Catarina 17 17.794 0,9 302.098,57 23,1 1.004.044,00 76,9 1.306.142,57 100 73,40

Arneiroz 17 7.497 0,4 129.996,75 23,8 415.289,39 76,2 545.286,14 100 72,73

Capistrano 24,86 16.963 0,9 16.963,00 1,4 1.205.338,54 98,6 1.222.301,54 100 72,06

Potengi 19,76 10.058 0,5 163.677,50 22,6 561.054,18 77,4 724.731,68 100 72,06

Ocara 18,55 24.371 1,2 387.502,75 22,1 1.363.574,84 77,9 1.751.077,59 100 71,85

Paraipaba 32,44 29.503 1,5 495.974,32 23,5 1.617.908,97 76,5 2.113.883,29 100 71,65

Itapiúna 22,61 18.390 0,9 322.077,14 24,5 991.737,13 75,5 1.313.814,27 100 71,44

Pereiro 24,32 15.784 0,8 257.787,93 22,9 866.279,63 77,1 1.124.067,56 100 71,22

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106

MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Forquilha 30,42 21.233 1,1 321.368,43 21,3 1.184.273,00 78,7 1.505.641,43 100 70,91

Campos Sales 28,36 26.359 1,3 455.146,18 24,5 1.406.122,95 75,5 1.861.269,13 100 70,61

Ererê 21,6 7.242 0,4 122.349,82 23,9 388.834,52 76,1 511.184,34 100 70,59

Palmácia 24,1 10.755 0,5 158.868,32 21,0 597.608,05 79,0 756.476,37 100 70,34

Uruoca 25,27 13.613 0,7 207.208,75 21,8 743.525,24 78,2 950.733,99 100 69,84

Graça 20,12 15.856 0,8 251.138,00 22,9 844.129,60 77,1 1.095.267,60 100 69,08

Ipaporanga 18,27 11.729 0,6 191.388,25 23,6 618.356,00 76,4 809.744,25 100 69,04

Mucambo 28,28 14.481 0,7 251.817,93 25,2 746.121,39 74,8 997.939,32 100 68,91

Frecheirinha 27,79 13.389 0,7 222.299,57 24,1 700.080,00 75,9 922.379,57 100 68,89

Milhã 24,02 14.691 0,7 232.067,18 23,0 778.977,84 77,0 1.011.045,02 100 68,82

Palhano 21,35 9.173 0,5 138.122,57 21,9 491.202,08 78,1 629.324,65 100 68,61

Irauçuba 17,26 22.978 1,2 355.579,82 22,6 1.216.883,00 77,4 1.572.462,82 100 68,43

General Sampaio 21,47 6.602 0,3 72.120,93 16,0 377.553,06 84,0 449.673,99 100 68,11

Senador Sá 24,15 6.575 0,3 99.151,75 22,1 348.668,97 77,9 447.820,72 100 68,11

Abaiara 24,6 10.835 0,6 147.697,28 20,5 574.280,27 79,5 721.977,55 100 66,63

Jaguaretama 21,12 18.389 0,9 369.368,25 30,2 854.525,77 69,8 1.223.894,02 100 66,56

Hidrolândia 21,41 19.103 1,0 290.705,82 22,9 979.781,00 77,1 1.270.486,82 100 66,51

Ipaumirim 37,87 11.966 0,6 194.472,75 24,5 599.318,06 75,5 793.790,81 100 66,34

Chorozinho 22,86 18.770 1,0 351.102,32 28,2 893.208,53 71,8 1.244.310,85 100 66,29

Meruoca 40,03 12.656 0,6 198.983,43 23,8 638.433,45 76,2 837.416,88 100 66,17

Aurora 26,78 25.142 1,3 426.788,68 25,7 1.236.475,97 74,3 1.663.264,65 100 66,15

Tururu 20,42 14.057 0,7 211.653,07 22,8 715.857,56 77,2 927.510,63 100 65,98

Jaguaribara 30,07 10.251 0,5 10.251,00 1,5 665.182,77 98,5 675.433,77 100 65,89

Barro 37,11 21.429 1,1 339.527,18 24,2 1.061.142,95 75,8 1.400.670,13 100 65,36

Umari 25,1 7.855 0,4 117.642,18 23,1 392.598,07 76,9 510.240,25 100 64,96

Piquet Carneiro 22,08 15.449 0,8 218.170,32 21,8 781.494,37 78,2 999.664,69 100 64,71

Cariús 21,19 19.270 1,0 317.852,75 25,7 920.750,03 74,3 1.238.602,78 100 64,28

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107

MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Martinópole 24,97 10.892 0,6 169.067,07 24,2 530.487,83 75,8 699.554,90 100 64,23

Tarrafas 11,5 8.937 0,5 141.754,32 24,7 431.098,21 75,3 572.852,53 100 64,10

Independência 27,08 26.240 1,3 438.994,00 26,3 1.231.392,52 73,7 1.670.386,52 100 63,66

Alcântaras 13,37 10.706 0,5 169.879,68 25,2 503.301,60 74,8 673.181,28 100 62,88

Marco 35,87 24.250 1,2 348.033,89 22,9 1.170.582,01 77,1 1.518.615,90 100 62,62

Antonina do Norte 26,31 7.013 0,4 126.613,75 29,1 308.176,00 70,9 434.789,75 100 62,00

Catunda 29,68 11.029 0,6 159.083,93 23,3 523.957,00 76,7 683.040,93 100 61,93

Milagres 27,27 27.861 1,4 519.157,82 30,2 1.202.156,79 69,8 1.721.314,61 100 61,78

Umirim 20,63 18.901 1,0 312.264,18 26,8 853.035,00 73,2 1.165.299,18 100 61,65

Fortim 26,6 14.825 0,8 249.070,25 27,3 664.651,98 72,7 913.722,23 100 61,63

Jucás 30,64 23.654 1,2 400.146,11 27,5 1.056.647,70 72,5 1.456.793,81 100 61,59

Pires Ferreira 25 9.812 0,5 144.639,82 23,9 459.555,08 76,1 604.194,90 100 61,58

Potiretama 22,04 6.792 0,3 95.453,68 22,9 320.672,21 77,1 416.125,89 100 61,27

Miraíma 20,95 12.625 0,6 209.746,00 27,3 557.404,20 72,7 767.150,20 100 60,76

Reriutaba 24,21 19.626 1,0 400.006,57 33,6 791.054,00 66,4 1.191.060,57 100 60,69

Novo Oriente 25,93 28.485 1,5 422.957,93 24,5 1.302.507,00 75,5 1.725.464,93 100 60,57

Aiuaba 8,97 16.253 0,8 254.769,75 26,5 706.861,00 73,5 961.630,75 100 59,17

Croatá 31,69 18.057 0,9 280.855,32 26,8 767.637,82 73,2 1.048.493,14 100 58,07

Salitre 14,59 16.586 0,8 246.610,75 25,7 711.540,32 74,3 958.151,07 100 57,77

Poranga 22,47 12.308 0,6 202.980,00 30,7 459.020,00 69,3 662.000,00 100 53,79

Banabuiú 29,34 18.196 0,9 348.473,25 36,5 606.401,00 63,5 954.874,25 100 52,48

Varjota 37,14 17.704 0,9 313.507,93 33,9 612.631,00 66,1 926.138,93 100 52,31

Monsenhor Tabosa 23,77 17.114 0,9 291.418,93 32,7 599.597,29 67,3 891.016,22 100 52,06

Alto Santo 18,19 20.339 1,0 278.384,43 26,7 763.781,13 73,3 1.042.165,56 100 51,24

Moraújo 19,44 8.406 0,4 126.331,82 29,9 296.279,47 70,1 422.611,29 100 50,27

Quiterianópolis 16,98 20.979 1,1 324.519,25 35,0 603.334,00 65,0 927.853,25 100 44,23

Cariré 23,1 19.099 1,0 319.577,43 38,9 502.369,00 61,1 821.946,43 100 43,04

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108

MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Morrinhos 22,04 22.269 1,1 340.538,75 35,7 612.775,00 64,3 953.313,75 100 42,81

Ibiapina 34,23 23.961 1,2 156.722,82 19,7 637.434,00 80,3 794.156,82 100 33,14

TOTAL 2008 PP

1.959.776 100,0 30.513.780,90 21,3 112.595.820,38 78,7 143.109.601,28 100 73,68

Santana do Acaraú 23,85 17.914 0,9 427.801,48 22,2 1.503.100,00 77,8 1.930.901,48 100 107,79

Itatira 14,35 16.789 0,9 450.115,00 28,3 1.142.800,00 71,7 1.592.915,00 100 94,88

São João do Jaguaribe 22,06 9.117 0,5 169.295,00 23,1 563.100,00 76,9 732.395,00 100 80,33

General Sampaio 34,99 4.349 0,2 61.482,32 17,7 286.500,00 82,3 347.982,32 100 80,01

Pacoti 33,93 11.542 0,6 155.312,00 17,0 758.850,00 83,0 914.162,00 100 79,20

Ererê 14,14 6.202 0,3 97.152,00 19,8 392.850,00 80,2 490.002,00 100 79,01

Itaiçaba 32,56 7.228 0,4 97.047,00 17,4 461.850,00 82,6 558.897,00 100 77,32

Penaforte 24,28 7.447 0,4 100.081,36 17,5 472.350,00 82,5 572.431,36 100 76,87

Mulungu 23,54 9.677 0,5 129.239,32 17,5 608.550,00 82,5 737.789,32 100 76,24

Iracema 30,77 12.519 0,6 230.220,00 24,2 722.000,00 75,8 952.220,00 100 76,06

Jati 18,4 7.562 0,4 102.177,68 18,1 461.700,00 81,9 563.877,68 100 74,57

Paramoti 24,18 11.357 0,6 159.325,36 19,0 680.350,00 81,0 839.675,36 100 73,93

Quixelô 20,27 15.535 0,8 212.547,32 18,7 925.800,00 81,3 1.138.347,32 100 73,28

Tamboril 16,92 25.761 1,3 357.197,00 19,3 1.496.150,00 80,7 1.853.347,00 100 71,94

Ararendá 20,09 10.517 0,5 142.202,68 19,4 590.400,00 80,6 732.602,68 100 69,66

Abaiara 10,76 8.752 0,4 133.020,92 21,9 475.650,00 78,1 608.670,92 100 69,55

Nova Olinda 26,07 12.611 0,6 170.246,68 19,4 706.050,00 80,6 876.296,68 100 69,49

Barreira 29,44 18.698 1,0 248.930,00 19,4 1.033.650,00 80,6 1.282.580,00 100 68,59

Aratuba 27,63 13.675 0,7 186.252,68 19,9 749.700,00 80,1 935.952,68 100 68,44

Chaval 28,53 13.348 0,7 177.739,00 19,6 729.750,00 80,4 907.489,00 100 67,99

São Luís do Curu 37,02 12.153 0,6 205.336,00 24,9 619.050,00 75,1 824.386,00 100 67,83

Solonópole 27,59 17.457 0,9 237.906,00 20,1 944.350,00 79,9 1.182.256,00 100 67,72

Guaramiranga 33,17 6.025 0,3 81.118,68 19,9 326.900,00 80,1 408.018,68 100 67,72

Deput. Irapuan Pinheiro 19,21 8.670 0,4 117.369,36 20,0 469.000,00 80,0 586.369,36 100 67,63

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Pindoretama 40,1 17.530 0,9 262.991,32 22,3 918.750,00 77,7 1.181.741,32 100 67,41

Redenção 40,57 26.646 1,4 357.689,00 20,4 1.398.300,00 79,6 1.755.989,00 100 65,90

Farias Brito 30,52 22.303 1,1 296.957,32 20,3 1.169.100,00 79,7 1.466.057,32 100 65,73

Groaíras 27,95 9.230 0,5 124.217,68 20,7 477.150,00 79,3 601.367,68 100 65,15

Granjeiro 19,56 5.703 0,3 76.331,00 20,5 295.200,00 79,5 371.531,00 100 65,15

Araripe 16,03 21.230 1,1 331.776,56 24,2 1.038.600,00 75,8 1.370.376,56 100 64,55

Icapuí 32,98 17.819 0,9 299.448,24 26,1 848.200,00 73,9 1.147.648,24 100 64,41

Caririaçu 18,18 28.996 1,5 383.879,00 20,6 1.476.000,00 79,4 1.859.879,00 100 64,14

Ocara 21,25 22.882 1,2 314.303,00 21,5 1.145.700,00 78,5 1.460.003,00 100 63,81

Palhano 30,4 8.329 0,4 113.184,68 21,3 417.750,00 78,7 530.934,68 100 63,75

Jardim 16,64 28.225 1,4 378.589,64 21,1 1.416.750,00 78,9 1.795.339,64 100 63,61

Caridade 17,83 17.948 0,9 240.015,68 21,0 900.750,00 79,0 1.140.765,68 100 63,56

Capistrano 29,11 16.373 0,8 266.752,84 25,7 770.650,00 74,3 1.037.402,84 100 63,36

Moraújo 23,9 7.618 0,4 101.896,64 21,2 379.150,00 78,8 481.046,64 100 63,15

Ibicuitinga 26 10.054 0,5 135.483,64 21,4 498.900,00 78,6 634.383,64 100 63,10

Catarina 10,15 18.217 0,9 238.429,32 21,0 898.750,00 79,0 1.137.179,32 100 62,42

Acarapê 29,09 14.949 0,8 196.441,00 21,1 736.150,00 78,9 932.591,00 100 62,38

Orós 28,5 22.030 1,1 301.050,00 22,0 1.066.800,00 78,0 1.367.850,00 100 62,09

Madalena 24,46 16.493 0,8 225.514,00 22,1 795.950,00 77,9 1.021.464,00 100 61,93

Forquilha 36,83 19.146 1,0 258.702,00 22,0 916.000,00 78,0 1.174.702,00 100 61,35

Jaguaribara 25,88 9.478 0,5 161.878,32 27,9 418.650,00 72,1 580.528,32 100 61,25

Altaneira 25,2 6.338 0,3 84.048,68 21,8 301.822,00 78,2 385.870,68 100 60,88

Marco 31,79 20.222 1,0 320.810,68 26,2 904.500,00 73,8 1.225.310,68 100 60,59

Graça 17,19 15.144 0,8 205.665,00 22,4 711.766,00 77,6 917.431,00 100 60,58

Palmácia 35,44 9.580 0,5 132.034,36 22,8 447.450,00 77,2 579.484,36 100 60,49

Umari 15,72 7.094 0,4 98.299,00 22,9 330.700,00 77,1 428.999,00 100 60,47

Saboeiro 9,79 16.791 0,9 227.248,64 22,4 786.750,00 77,6 1.013.998,64 100 60,39

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Cariús 17,41 19.089 1,0 259.067,00 22,7 882.700,00 77,3 1.141.767,00 100 59,81

Pacujá 30,02 6.131 0,3 81.900,00 22,4 283.500,00 77,6 365.400,00 100 59,60

Fortim 38,14 13.867 0,7 220.808,52 26,8 604.500,00 73,2 825.308,52 100 59,52

Cedro 34,34 24.899 1,3 341.239,48 23,1 1.133.800,00 76,9 1.475.039,48 100 59,24

Aracoiaba 30,99 25.214 1,3 340.293,00 22,8 1.150.050,00 77,2 1.490.343,00 100 59,11

Catunda 28,05 9.593 0,5 129.977,32 22,9 436.650,00 77,1 566.627,32 100 59,07

Ibaretama 16,18 13.528 0,7 182.438,64 22,9 612.900,00 77,1 795.338,64 100 58,79

Quixeré 47,1 19.124 1,0 286.237,04 25,5 834.300,00 74,5 1.120.537,04 100 58,59

Salitre 9,96 14.871 0,8 199.553,00 23,2 660.500,00 76,8 860.053,00 100 57,83

Senador Pompeu 26,86 27.512 1,4 377.041,32 23,7 1.210.600,00 76,3 1.587.641,32 100 57,71

Martinópole 22,05 10.195 0,5 133.038,00 22,7 453.000,00 77,3 586.038,00 100 57,48

Porteiras 11,24 16.124 0,8 218.520,00 23,6 708.150,00 76,4 926.670,00 100 57,47

Uruburetama 39,9 18.607 0,9 245.747,00 23,0 823.150,00 77,0 1.068.897,00 100 57,45

Potiretama 18,49 5.756 0,3 78.714,32 23,8 251.396,00 76,2 330.110,32 100 57,35

Tejuçuoca 14,75 14.786 0,8 199.146,00 23,5 647.700,00 76,5 846.846,00 100 57,27

Milhã 18,86 13.994 0,7 188.311,68 23,7 604.698,00 76,3 793.009,68 100 56,67

Itapiúna 31,05 18.593 0,9 282.744,32 26,8 770.550,00 73,2 1.053.294,32 100 56,65

Senador Sá 28,82 5.923 0,3 80.207,00 23,9 255.188,00 76,1 335.395,00 100 56,63

Arneiroz 17,45 7.650 0,4 105.873,64 24,5 326.250,00 75,5 432.123,64 100 56,49

Uruoca 23,36 12.410 0,6 166.718,36 23,8 533.850,00 76,2 700.568,36 100 56,45

Pires Ferreira 18,68 8.722 0,4 112.172,00 22,9 377.400,00 77,1 489.572,00 100 56,13

Jijoca de Jericoacoara 25,67 16.659 0,8 210.323,32 22,8 713.150,00 77,2 923.473,32 100 55,43

Meruoca 31,6 11.999 0,6 161.375,32 24,6 493.800,00 75,4 655.175,32 100 54,60

Santa Quitéria 28,33 28.970 1,5 602.522,64 38,2 976.020,00 61,8 1.578.542,64 100 54,49

Baixio 23,61 5.955 0,3 80.464,00 25,0 241.650,00 75,0 322.114,00 100 54,09

Cruz 28,02 23.908 1,2 310.472,00 24,1 978.550,00 75,9 1.289.022,00 100 53,92

Piquet Carneiro 19,38 13.156 0,7 179.696,32 25,4 526.950,00 74,6 706.646,32 100 53,71

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Coreaú 24,53 21.767 1,1 290.428,32 24,9 874.950,00 75,1 1.165.378,32 100 53,54

Apuiarés 23,67 14.775 0,8 193.728,00 24,5 597.200,00 75,5 790.928,00 100 53,53

Guaiúba 39,31 21.600 1,1 288.858,32 25,1 860.450,00 74,9 1.149.308,32 100 53,21

Hidrolândia 24,45 17.530 0,9 240.195,00 25,8 692.550,00 74,2 932.745,00 100 53,21

Potengi 11,86 9.870 0,5 131.994,36 25,3 390.350,00 74,7 522.344,36 100 52,92

Umirim 22,75 18.830 1,0 251.477,00 25,2 744.900,00 74,8 996.377,00 100 52,91

Tabuleiro do Norte 34,22 28.570 1,5 455.961,32 30,4 1.042.230,00 69,6 1.498.191,32 100 52,44

Tururu 24,19 12.667 0,6 169.395,00 25,5 494.600,00 74,5 663.995,00 100 52,42

Choró 16,58 12.909 0,7 186.366,64 27,6 487.848,00 72,4 674.214,64 100 52,23

Miraíma 15,64 12.426 0,6 167.908,68 26,0 478.200,00 74,0 646.108,68 100 52,00

Mucambo 21,15 15.185 0,8 202.106,68 25,6 586.050,00 74,4 788.156,68 100 51,90

Carnaubal 22,72 16.416 0,8 219.673,32 25,8 632.232,00 74,2 851.905,32 100 51,89

Pereiro 24,53 15.545 0,8 211.180,64 26,2 593.550,00 73,8 804.730,64 100 51,77

Independência 22,79 26.172 1,3 356.929,00 26,4 996.380,00 73,6 1.353.309,00 100 51,71

Assaré 20,3 21.822 1,1 294.524,64 26,1 833.766,00 73,9 1.128.290,64 100 51,70

Barro 27,63 20.474 1,0 277.970,00 26,6 765.150,00 73,4 1.043.120,00 100 50,95

Alcântaras 19,64 10.244 0,5 137.252,64 26,4 383.533,00 73,6 520.785,64 100 50,84

Jaguaretama 25,67 18.352 0,9 289.047,64 31,2 637.922,00 68,8 926.969,64 100 50,51

Nova Russas 28,27 29.964 1,5 443.797,92 29,7 1.049.628,00 70,3 1.493.425,92 100 49,84

Paraipaba 32,88 29.653 1,5 391.092,36 26,5 1.086.000,00 73,5 1.477.092,36 100 49,81

Barroquinha 29,16 14.654 0,7 221.683,64 30,4 506.850,00 69,6 728.533,64 100 49,72

Ipaumirim 31,13 11.727 0,6 159.535,36 27,4 421.846,00 72,6 581.381,36 100 49,58

Alto Santo 19,12 16.713 0,8 223.893,36 27,2 600.516,00 72,8 824.409,36 100 49,33

Jucás 22,73 23.764 1,2 359.405,96 31,4 784.900,00 68,6 1.144.305,96 100 48,15

Tarrafas 10,63 8.548 0,4 119.446,68 29,3 287.949,00 70,7 407.395,68 100 47,66

Ibiapina 33,47 23.728 1,2 318.810,68 28,6 797.250,00 71,4 1.116.060,68 100 47,04

Antonina do Norte 20,77 7.561 0,4 100.035,00 28,2 254.950,00 71,8 354.985,00 100 46,95

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Poranga 18,52 12.240 0,6 165.348,00 28,8 408.346,00 71,2 573.694,00 100 46,87

Irauçuba 22,68 21.338 1,1 285.623,32 28,9 702.000,00 71,1 987.623,32 100 46,28

Ubajara 36,19 29.845 1,5 397.437,64 28,9 978.190,00 71,1 1.375.627,64 100 46,09

Campos Sales 26,44 27.254 1,4 367.600,68 29,6 875.860,00 70,4 1.243.460,68 100 45,62

Banabuiú 24,1 17.510 0,9 269.588,68 34,0 523.642,00 66,0 793.230,68 100 45,30

Frecheirinha 22,9 13.405 0,7 176.988,00 29,4 424.848,00 70,6 601.836,00 100 44,90

Aiuaba 6,87 15.363 0,8 206.419,00 30,1 479.192,00 69,9 685.611,00 100 44,63

Chorozinho 21,51 21.083 1,1 279.706,00 30,1 649.650,00 69,9 929.356,00 100 44,08

Croatá 25,6 16.936 0,9 228.016,00 31,7 491.228,00 68,3 719.244,00 100 42,47

Aurora 16,29 25.736 1,3 349.847,68 32,0 743.030,00 68,0 1.092.877,68 100 42,46

Monsenhor Tabosa 15,98 16.948 0,9 236.684,00 34,1 456.914,00 65,9 693.598,00 100 40,93

Novo Oriente 25,9 25.505 1,3 351.226,00 35,3 644.046,00 64,7 995.272,00 100 39,02

Varjota 30,29 18.905 1,0 249.241,64 34,8 467.382,00 65,2 716.623,64 100 37,91

Quiterianópolis 15,95 19.569 1,0 262.691,64 35,5 477.220,00 64,5 739.911,64 100 37,81

Ipaporanga 23,96 11.541 0,6 156.566,00 36,3 274.400,00 63,7 430.966,00 100 37,34

Reriutaba 16,71 24.121 1,2 318.205,00 36,4 555.030,00 63,6 873.235,00 100 36,20

Morrinhos 25,88 20.442 1,0 270.314,64 40,7 394.326,00 59,3 664.640,64 100 32,51

Cariré 22,28 19.260 1,0 260.783,00 44,8 321.866,00 55,2 582.649,00 100 30,25

TOTAL 2006 PP

1.966.975 100,0 27.892.338,40 25,0 83.826.560,00 75,0 111.718.898,40 100 58,27

Santana do Acaraú 18,46 17.588 0,9 410.916,00 31,9 877.820,00 68,1 1.288.736,00 100 73,27

General Sampaio 26,06 4.507 0,2 54.953,74 19,9 220.810,00 80,1 275.763,74 100 61,19

Itaiçaba 26,37 7.029 0,4 80.094,25 18,7 348.260,00 81,3 428.354,25 100 60,94

Quixelô 19,98 15.553 0,8 190.777,50 20,3 746.820,00 79,7 937.597,50 100 60,28

São Luís do Curu 27,47 11.953 0,6 201.486,00 28,8 498.070,00 71,2 699.556,00 100 58,53

Ibicuitinga 17,87 9.864 0,5 103.996,07 18,1 469.260,00 81,9 573.256,07 100 58,12

Pindoretama 37,49 16.741 0,9 200.672,94 20,8 762.120,00 79,2 962.792,94 100 57,51

Icapuí 37,68 17.279 0,9 287.262,54 29,9 672.270,00 70,1 959.532,54 100 55,53

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Itatira 13,97 16.407 0,8 172.116,94 19,1 730.680,00 80,9 902.796,94 100 55,03

Dep. Irapuan Pinheiro 23,36 8.583 0,4 91.259,69 19,4 379.960,00 80,6 471.219,69 100 54,90

Jaguaribara 26,49 9.249 0,5 97.182,57 19,2 407.910,00 80,8 505.092,57 100 54,61

Penaforte 30,47 7.316 0,4 77.118,69 19,5 318.790,00 80,5 395.908,69 100 54,12

Aratuba 24,98 13.273 0,7 169.713,50 23,8 542.610,00 76,2 712.323,50 100 53,67

Guaramiranga 35,35 5.930 0,3 62.653,00 19,9 252.970,00 80,1 315.623,00 100 53,22

Iracema 31,38 12.714 0,6 232.890,00 34,5 443.048,00 65,5 675.938,00 100 53,16

Nova Olinda 26,74 12.448 0,6 138.080,00 21,0 519.920,00 79,0 658.000,00 100 52,86

Pacoti 33,72 11.354 0,6 119.888,00 20,1 477.980,00 79,9 597.868,00 100 52,66

Carnaubal 21,86 16.053 0,8 191.838,99 22,7 651.480,00 77,3 843.318,99 100 52,53

Araripe 18,7 20.733 1,1 322.894,70 29,7 764.010,00 70,3 1.086.904,70 100 52,42

Palhano 24,26 8.279 0,4 100.569,19 23,2 332.800,00 76,8 433.369,19 100 52,35

Solonópole 23,76 17.314 0,9 210.467,00 23,3 693.510,00 76,7 903.977,00 100 52,21

Granjeiro 32,61 5.578 0,3 58.522,94 20,2 230.940,00 79,8 289.462,94 100 51,89

Farias Brito 18,78 21.695 1,1 257.699,00 23,0 863.560,00 77,0 1.121.259,00 100 51,68

Groaíras 26,5 9.081 0,5 109.251,26 23,8 350.360,00 76,2 459.611,26 100 50,61

Croatá 22,73 16.669 0,9 187.068,00 22,4 648.830,00 77,6 835.898,00 100 50,15

Fortim 32,4 13.316 0,7 209.898,66 31,6 453.340,00 68,4 663.238,66 100 49,81

Moraújo 16,53 7.443 0,4 78.033,82 21,4 286.160,00 78,6 364.193,82 100 48,93

Saboeiro 16,14 16.618 0,8 176.655,00 21,8 635.380,00 78,2 812.035,00 100 48,86

Barreira 27,11 18.186 0,9 189.589,81 21,4 694.640,00 78,6 884.229,81 100 48,62

Salitre 7,77 14.582 0,7 170.102,00 24,2 532.900,00 75,8 703.002,00 100 48,21

Quixeré 33,61 18.432 0,9 274.225,72 30,9 613.220,00 69,1 887.445,72 100 48,15

Caririaçu 19,02 27.998 1,4 289.452,25 21,6 1.052.510,00 78,4 1.341.962,25 100 47,93

Jardim 17,21 27.671 1,4 309.180,24 23,6 1.001.360,00 76,4 1.310.540,24 100 47,36

Palmácia 29,22 9.666 0,5 113.506,76 24,8 343.870,00 75,2 457.376,76 100 47,32

Aracoiaba 24,11 24.862 1,3 285.216,95 24,5 879.440,00 75,5 1.164.656,95 100 46,84

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Porteiras 18,86 15.982 0,8 180.722,00 24,2 565.580,00 75,8 746.302,00 100 46,70

Pacujá 22,45 5.985 0,3 62.645,69 22,6 214.250,00 77,4 276.895,69 100 46,26

Tejuçuoca 13,98 14.398 0,7 165.046,00 24,8 500.990,00 75,2 666.036,00 100 46,26

Tabuleiro do Norte 28,37 28.120 1,4 297.092,00 22,9 1.001.610,00 77,1 1.298.702,00 100 46,18

Choró 12,97 12.631 0,6 145.002,99 24,9 437.258,00 75,1 582.260,99 100 46,10

Forquilha 27,51 18.639 1,0 222.987,51 26,0 634.420,00 74,0 857.407,51 100 46,00

Marco 29,33 20.285 1,0 321.492,56 34,6 607.248,00 65,4 928.740,56 100 45,78

Umirim 16,68 18.375 0,9 219.062,00 26,3 615.410,00 73,7 834.472,00 100 45,41

Uruoca 14,53 12.125 0,6 127.059,00 23,2 421.440,00 76,8 548.499,00 100 45,24

Cedro 30,97 24.643 1,3 323.079,12 29,0 790.590,00 71,0 1.113.669,12 100 45,19

Mulungu 19,93 9.438 0,5 98.771,82 23,3 325.800,00 76,7 424.571,82 100 44,99

Acarapé 25,71 14.331 0,7 167.403,00 26,0 476.730,00 74,0 644.133,00 100 44,95

Graça 13,36 15.043 0,8 160.537,44 23,8 513.920,00 76,2 674.457,44 100 44,84

Martinópole 18,96 9.708 0,5 98.731,19 22,7 336.080,00 77,3 434.811,19 100 44,79

Tamboril 21,23 25.826 1,3 318.532,00 27,6 834.048,00 72,4 1.152.580,00 100 44,63

Itapiúna 19,22 17.829 0,9 266.767,62 33,6 528.000,00 66,4 794.767,62 100 44,58

Abaiara 17,48 8.639 0,4 131.085,00 34,4 250.330,00 65,6 381.415,00 100 44,15

Guaiúba 25,56 21.075 1,1 251.292,75 27,3 670.640,00 72,7 921.932,75 100 43,75

Tarrafas 9,62 8.751 0,4 96.429,00 25,3 285.180,00 74,7 381.609,00 100 43,61

Paramoti 14,26 11.238 0,6 121.604,17 24,8 368.232,00 75,2 489.836,17 100 43,59

Chaval 20,51 12.985 0,7 135.410,25 23,9 430.420,00 76,1 565.830,25 100 43,58

Capistrano 20,49 16.301 0,8 254.072,69 35,8 455.980,00 64,2 710.052,69 100 43,56

Milhã 17,53 13.766 0,7 165.602,76 27,7 431.188,00 72,3 596.790,76 100 43,35

São João do Jaguaribe 27,24 8.974 0,5 94.890,00 24,5 292.490,00 75,5 387.380,00 100 43,17

Santa Quitéria 24,16 28.122 1,4 461.706,00 38,7 732.292,00 61,3 1.193.998,00 100 42,46

Aiuaba 8,57 15.085 0,8 158.992,00 24,9 480.780,00 75,1 639.772,00 100 42,41

Apuiarés 14,19 14.091 0,7 156.997,99 26,4 438.340,00 73,6 595.337,99 100 42,25

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Cariús 16,12 18.892 1,0 200.808,94 25,4 588.432,00 74,6 789.240,94 100 41,78

Paraipaba 28,11 28.372 1,4 330.540,26 28,1 843.770,00 71,9 1.174.310,26 100 41,39

Jucás 24,24 23.418 1,2 353.457,27 36,5 615.434,00 63,5 968.891,27 100 41,37

Ererê 21,9 6.233 0,3 67.351,69 26,3 188.684,00 73,7 256.035,69 100 41,08

Jijoca de Jericoacoara 20,39 15.261 0,8 168.474,50 26,9 457.790,00 73,1 626.264,50 100 41,04

Ibiapina 35,09 23.248 1,2 251.968,00 26,4 701.958,00 73,6 953.926,00 100 41,03

Senador Pompeu 22,46 27.371 1,4 334.344,00 29,9 783.926,00 70,1 1.118.270,00 100 40,86

Meruoca 27,15 11.797 0,6 124.488,81 25,8 357.120,00 74,2 481.608,81 100 40,82

Pereiro 20,94 15.447 0,8 187.925,49 29,8 442.616,00 70,2 630.541,49 100 40,82

Arneiroz 12,58 7.615 0,4 81.474,56 26,4 227.625,00 73,6 309.099,56 100 40,59

Cruz 18,37 22.645 1,2 260.683,99 28,4 656.490,00 71,6 917.173,99 100 40,50

Ararendá 18,18 10.361 0,5 118.092,01 28,3 299.290,00 71,7 417.382,01 100 40,28

Redenção 38,67 26.140 1,3 275.221,00 26,5 764.030,00 73,5 1.039.251,00 100 39,76

Tururu 17,42 12.310 0,6 128.196,00 26,3 360.040,00 73,7 488.236,00 100 39,66

Baixio 18,19 5.884 0,3 62.440,00 26,9 169.810,00 73,1 232.250,00 100 39,47

Caridade 17,68 17.231 0,9 177.222,75 26,5 491.500,00 73,5 668.722,75 100 38,81

Barroquinha 23,52 14.430 0,7 152.536,06 27,5 401.510,00 72,5 554.046,06 100 38,40

Antonina do Norte 23,04 7.239 0,4 74.254,58 26,8 203.100,00 73,2 277.354,58 100 38,31

Bela Cruz 17,69 29.585 1,5 311.870,56 27,5 820.850,00 72,5 1.132.720,56 100 38,29

Uruburetama 31,4 17.945 0,9 185.273,00 27,0 500.472,00 73,0 685.745,00 100 38,21

Barro 23,33 20.331 1,0 216.911,50 28,3 550.830,00 71,7 767.741,50 100 37,76

Chorozinho 23,35 20.356 1,0 210.550,33 27,9 542.880,00 72,1 753.430,33 100 37,01

Miraíma 15,84 12.117 0,6 128.462,70 28,8 317.414,00 71,2 445.876,70 100 36,80

Ubajara 25,06 29.004 1,5 320.941,00 30,1 745.870,00 69,9 1.066.811,00 100 36,78

Piquet Carneiro 20,89 13.148 0,7 154.392,24 32,0 328.544,00 68,0 482.936,24 100 36,73

Catunda 19,25 9.499 0,5 101.109,00 29,0 247.662,00 71,0 348.771,00 100 36,72

Pires Ferreira 22,8 8.218 0,4 90.511,00 30,1 210.505,00 69,9 301.016,00 100 36,63

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Jaguaretama 22,31 18.252 0,9 195.107,08 29,2 472.844,00 70,8 667.951,08 100 36,60

Assaré 17,61 21.535 1,1 228.178,81 30,1 529.492,00 69,9 757.670,81 100 35,18

Senador Sá 20,12 5.826 0,3 61.499,00 30,1 142.496,00 69,9 203.995,00 100 35,01

Nova Russas 28,33 29.775 1,5 437.933,89 43,3 572.912,00 56,7 1.010.845,89 100 33,95

Mucambo 22,45 14.765 0,8 153.869,69 31,0 342.390,00 69,0 496.259,69 100 33,61

Ocara 18,09 22.485 1,1 272.313,25 36,2 479.480,00 63,8 751.793,25 100 33,44

Monsenhor Tabosa 19,45 16.763 0,9 179.591,00 32,2 378.918,00 67,8 558.509,00 100 33,32

Campos Sales 24,83 26.738 1,4 281.474,19 31,7 606.334,00 68,3 887.808,19 100 33,20

Banabuiú 22,7 17.101 0,9 204.062,51 35,9 363.640,00 64,1 567.702,51 100 33,20

Potengi 16,9 9.646 0,5 101.106,44 32,4 210.616,00 67,6 311.722,44 100 32,32

Madalena 18,29 15.995 0,8 177.839,52 34,6 336.332,00 65,4 514.171,52 100 32,15

Ibaretama 11,87 13.232 0,7 158.168,99 37,5 263.294,00 62,5 421.462,99 100 31,85

Altaneira 22,8 6.139 0,3 63.689,00 33,2 128.272,00 66,8 191.961,00 100 31,27

Potiretama 21,52 5.760 0,3 61.959,75 34,5 117.582,00 65,5 179.541,75 100 31,17

Aurora 19,04 25.574 1,3 298.581,22 38,1 484.638,00 61,9 783.219,22 100 30,63

Coreaú 18,88 21.221 1,1 221.809,56 34,7 417.459,00 65,3 639.268,56 100 30,12

Ipaporanga 14,87 11.451 0,6 122.062,50 36,0 216.607,00 64,0 338.669,50 100 29,58

Independência 19,68 25.894 1,3 300.785,74 39,7 456.200,00 60,3 756.985,74 100 29,23

Alcântaras 15,21 10.031 0,5 105.377,00 37,8 173.160,00 62,2 278.537,00 100 27,77

Novo Oriente 19,06 25.693 1,3 278.589,32 39,3 430.995,00 60,7 709.584,32 100 27,62

Jati 23,08 7.471 0,4 82.963,75 40,3 122.985,00 59,7 205.948,75 100 27,57

Umari 20,95 7.198 0,4 79.298,00 40,1 118.575,00 59,9 197.873,00 100 27,49

Orós 29,8 22.028 1,1 236.774,50 41,2 338.419,00 58,8 575.193,50 100 26,11

Irauçuba 11,73 20.794 1,1 217.311,32 43,8 278.400,00 56,2 495.711,32 100 23,84

Hidrolândia 16,9 17.578 0,9 189.514,94 46,1 221.586,00 53,9 411.100,94 100 23,39

Varjota 29,91 18.198 0,9 187.464,00 44,3 235.236,00 55,7 422.700,00 100 23,23

Ipaumirim 29,4 11.670 0,6 124.790,19 46,4 144.432,00 53,6 269.222,19 100 23,07

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MUNICÍPIOS IDM POPULAÇÃO % TOT PAB

FIXO % TOT PAB VAR % TOTAL PAB % Per capita

Poranga 20,43 12.086 0,6 128.201,68 47,6 141.134,00 52,4 269.335,68 100 22,28

Reriutaba 16,86 23.235 1,2 239.541,00 48,5 254.198,00 51,5 493.739,00 100 21,25

Frecheirinha 20,42 12.924 0,7 133.377,69 48,9 139.232,00 51,1 272.609,69 100 21,09

Morrinhos 21,3 19.673 1,0 202.610,31 49,5 206.780,00 50,5 409.390,31 100 20,81

Quiterianópolis 10,22 19.197 1,0 202.124,07 51,2 192.918,00 48,8 395.042,07 100 20,58

Alto Santo 17,18 16.309 0,8 170.670,00 56,6 130.796,00 43,4 301.466,00 100 18,48

Cariré 17,55 19.063 1,0 202.661,25 60,1 134.480,00 39,9 337.141,25 100 17,69

Catarina 9,13 17.401 0,9 177.623,31 59,4 121.454,00 40,6 299.077,31 100 17,19

TOTAL 2004 PP

1.957.147 100,0 22.976.673,98 29,1 56.059.292,00 70,9 79.035.965,98 100 45,23

ACRÉSCIMO %

(1,15)

132,5

231,2

202,5

178,6

Fonte: Elaboração própria

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ANEXOS

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ANEXO A - Parecer do comitê de ética