universidade estadual de maringÁ centro de … · aplicação de diodos emissores de luz (led) na...

63
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA JULIA PEDROSA FURLAN UTILIZAÇÃO ISOLADA E COMBINADA DE ROUPAS DE BIOCERÂMICA E APLICAÇÃO DE DIODOS EMISSORES DE LUZ (LED) NA PERFORMANCE DE CORRIDA DE 10 KM MARINGÁ 2014

Upload: trananh

Post on 20-Jan-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

JULIA PEDROSA FURLAN

UTILIZAÇÃO ISOLADA E COMBINADA DE ROUPAS DE BIOCERÂMICA E APLICAÇÃO DE DIODOS EMISSORES DE LUZ

(LED) NA PERFORMANCE DE CORRIDA DE 10 KM

MARINGÁ 2014

JULIA PEDROSA FURLAN

UTILIZAÇÃO ISOLADA E COMBINADA DE ROUPAS DE BIOCERÂMICA E APLICAÇÃO DE DIODOS EMISSORES DE LUZ

(LED) NA PERFORMANCE DE CORRIDA DE 10 KM

Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia) apresentado à UEM - Universidade Estadual de Maringá - como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Fabiana Andrade Machado

MARINGÁ 2014

JULIA PEDROSA FURLAN

UTILIZAÇÃO ISOLADA DE COMBINADA DE ROUPAS DE BIOCERÂMICA E APLICAÇÃO DE DIODOS EMISSORES DE LUZ

(LED) NA PERFORMANCE DE CORRIDA DE 10 KM

Trabalho de Conclusão de Curso (Monografia) apresentado à UEM - Universidade Estadual de Maringá - como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física.

Aprovado em ______ / ______ / ______

COMISSÃO EXAMINADORA

____________________________________________ Profª. Drª. Fabiana Andrade Machado

Universidade Estadual de Maringá - UEM

____________________________________________ Profª. Drª. Solange Marta Franzói de Moraes

Universidade Estadual de Maringá - UEM

____________________________________________ Profª. Drª Patrícia Aparecida Gaion Rigoni Universidade Estadual de Maringá - UEM

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, à minha família, em especial à minha mãe Maria Montserrat Diaz

Pedrosa, pelo suporte emocional e científico durante toda a faculdade, especialmente neste

último ano.

Aos colegas de laboratórios e companheiros de pesquisa, especialmente à Cecília

Segabinazi Peserico, pelo companheirismo desde meus primeiros dias dentro do laboratório

de fisiologia e pelo constante apoio pessoal e acadêmico.

À Fabiana Andrade Machado, pela orientação e acolhimento durante todo o curso de

graduação; raiz de uma relação duradoura.

À empresa BIOS Indústria e Comércio (São José dos Campos - SP, Brasil), por

fornecer o LED e as roupas de biocerâmica e seus respectivos placebos, sem os quais este

estudo não teria sido possível.

Aos voluntários que concordaram em participar do estudo, dedicando seu tempo e

esforço para que este trabalho fosse concluído com sucesso.

"I think you have a moral responsibility, when

you’ve been given far more than you need, to do

wise things with it and give intelligently

― J. K. Rowling

"Acredito que temos uma responsabilidade

moral, quando se tem muito além do necessário,

de fazer coisas sábias e de forma inteligente"

― J. K. Rowling

FURLAN, Julia Pedrosa. Utilização isolada e combinada de roupas de biocerâmica e aplicação de diodos emissores de luz (LED) na performance de corrida de 10 km. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) – Universidade Estadual de Maringá – UEM, 2014.

RESUMO

O uso de ondas eletromagnéticas, através da aplicação de luz ou recursos emissores de radiação, tem chamado a atenção da comunidade científica devido ao seu potencial efeito ergogênico no desempenho. No entanto, poucos estudos verificaram os efeitos da aplicação de LED e do uso de roupas de biocerâmica na performance de exercícios aeróbios, como a corrida de 10 km. Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar o efeito da utilização isolada e combinada de roupas de biocerâmica e a aplicação de LED na performance de corrida de 10 km. Participaram do estudo 10 corredores do sexo masculino (28,2 ± 4,2 anos; 73,0 ± 7,5 kg; 176,0 ± 7,0 cm; índice de massa corporal (IMC) 23,5 ± 2,3 kg·m2; percentual de gordura (%G) 19,3 ± 4,2%) familiarizados com a prática de corrida e provas de 10 km (tempo entre 40 e 60 minutos). Os participantes realizaram cinco performances de 10 km nas seguintes condições: roupas pessoais sem aplicação de LED (controle - C), roupa placebo + LED placebo (PLA+PLA), roupa placebo + LED (PLA+LED), roupa de biocerâmica + LED placebo (CER+PLA) e roupa de biocerâmica + LED (CER+LED). A roupa de biocerâmica ou seu placebo foi utilizada por 1h antes do início da performance de corrida; a aplicação do LED ou seu respectivo placebo ocorreu utilizando-se o método pontual com contato direto do equipamento sobre o local irradiado, em uma angulação de 90o à superfície cutânea, e a aplicação foi realizada em duas regiões do músculo quadríceps, duas regiões do músculo bíceps femoral e uma região do músculo gastrocnêmio em ambas as pernas. Durante as performances de corrida foram registradas, a cada 400 m, a frequência cardíaca (FC), a percepção subjetiva do esforço (PSE) e o tempo parcial de cada volta. Ao final foi monitorada a frequência cardíaca (FCfinal) e a percepção subjetiva da sessão (PSEsessão). A normalidade dos dados foi verificada pelo teste Shapiro-Wilk. Quando a normalidade dos dados foi confirmada, a comparação entre as diferentes condições foi feita por ANOVA de medidas repetidas seguida do post hoc de Bonferroni. A suposição de esfericidade foi verificada pelo teste de Mauchly e, quando violada, os graus de liberdade foram corrigidos utilizando as estimativas de esfericidade do teste de Greenhouse-Geisser. Quando a normalidade dos dados não foi confirmada, a comparação entre as condições foi feita através do teste de Friedman. O nível de significância adotado foi de P < 0,05. O Tamanho de Efeito (TE) e a Mínima Mudança Detectável (MMD) foram calculados para as variáveis. Os resultados demonstraram que a utilização isolada ou combinada de roupas de biocerâmica e aplicação de LED terapia não alterou as variáveis FC, PSE, velocidade média e tempo de prova na performance de 10 km de corrida. Através da análise qualitativa dos resultados, observamos que a utilização de roupas de biocerâmica e a aplicação da LED terapia resultou em possível diferença na PSEsessão e na percepção de dor. Palavras-chave: desempenho aeróbio, recursos ergogênicos, radiação infravermelha longa, corrida de longa distância

FURLAN, Julia Pedrosa. Use combined and isolated of bioceramic clothes and application of light emitting diodes (LED) in the 10 km race performance. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) – Universidade Estadual de Maringá – UEM, 2013.

ABSTRACT

The use of electromagnetic waves, through the application of light or radiation-emmiting devices, has been calling the attention of the scientific community due to its potential ergogenic effect on performance. However, few studies focused on the effects of the application of LED and the use of bioceramic clothes on aerobic performance, such as the 10-km run. Therefore, the purpose of this work was to verify the effect of the isolated or combined use of bioceramic clothes and application of LED on the performance of the 10-km run. Ten male subjects (28.2 ± 4.2 years old; 73.0 ± 7.5 kg; 176.0 ± 7.0 cm; body mass index (BMI) 23.5 ± 2.3 kg·m2; percent fat (%G) 19.3 ± 4.2%) familiarized with running and 10-km running events (time between 40 and 60 minutes) were selected. The subjects made five 10-km performances in the following conditions: personal clothing without application of LED (control - C), placebo clothing + placebo LED (PLA+PLA), placebo clothing + LED (PLA+LED), bioceramic clothing + placebo LED (CER+PLA) and bioceramic clothing + LED (CER+LED). The bioceramic clothing or its placebo were used for one hour prior to the beggining of the running performance; the application of LED or its placebo were made using the punctual method with direct contact of the device with the irradiated spot, at a 90o angle with the cutaneous surface, and the application was made on two spots of the quadriceps, two of the femoral biceps and one of the gastrocnemius of both legs. During the running performances, at each 400 m lap, the heart rate (HR), rate of perceived exertion (RPE) and time of the lap were recorded. At the end of the performance the heart rate (HR), and the RPE of the session (RPEsession) were recorded. Shapiro-Wilk was used to test normality. When normality was confirmed, the comparison of the conditions was made through Repeated Measures ANOVA followed by Bonferroni post-hoc test. The supposition of sphericity was checked through the Mauchly test and, when violated, the degrees of freedom were corrected using the sphericity estimates of the Greenhouse-Geisser test. When normality was not confirmed, the comparison was made through Friedman's Test. The level of significance adopted was P < 0.05. The Effect Size (ES) and the Minimal Detectable Change (MDC) were calculated. The results demonstrated that the isolated or combined use of bioceramic clothes and application of LED did not change the variables HR, RPE, mean velocity and total time in the 10-km running performance. Through the qualitative analysis of the results, we observed that the use of bioceramic clothes and the application of LED resulted in possible differences in the RPEsession and in the perception of pain.

Key-words: aerobic performance, ergogenic aids, far-infrared radiation, endurance running.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Absorbância tecidual de diferentes comprimentos de onda 25

Figura 2 Pontos de aplicação do LED 32

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 FC (bpm), PSESessão, tempo de prova (minutos), Vmédia (km·h-1) obtidos

nas performances de corrida de 10 km em cada condição (n = 10).

35

Tabela 2 Mínima Mudança Detectável (MMD) e Tamanho de Efeito (TE) para a

Vmédia (km·h-1) na prova de 10 km (n = 10).

36

Tabela 3 Mínima Mudança Detectável (MMD) e Tamanho de Efeito (TE) para o

tempo de prova de 10 km (minutos) (n = 10).

36

Tabela 4 Mínima Mudança Detectável (MMD) e Tamanho de Efeito (TE) para a

PSESessáo (n = 10).

37

Tabela 5 Valores médios ± DP e Tamanho de Efeito (TE) para a Dor (n = 10). 38

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

C Controle

CER Roupas impregnadas com nanopartículas de biocerâmica

CK Creatina Quinase

DC Débito Cardíaco

Dc Densidade Corporal

DP Desvio Padrão

EC Economia de Corrida

FC Frequência Cardíaca

FCmáx Frequência Cardíaca Máxima

FCfinal Frequência Cardíaca Final

FIR Far Infrared Radiation

H2O2 Peróxido de Oxigênio

IMC Índice de Massa Corporal

LAn Limiar Anaeróbio

LApico Concentrações pico de lactato

LED Light Emitting Diode / Diodos Emissores de Luz

LL Limiar de Lactato

LPS Lipopolissacarídeos

MMD Mínima Mudança Detectável

NaF Fluoreto de Sódio

nm Nanômetro

NO Óxido Nítrico

O2 Oxigênio

PGE2 Prostaglandina E2

%G Percentual de Gordura Corporal

PSE Percepção Subjetiva de Esforço

PSEsessão Percepção Subjetiva de Esforço da Sessão

PLA Placebo

TE Tamanho de Efeito

Tlim Tempo para atingir a exaustão

TMB Taxa Metabólica Basal

VE Volume de Ejeção

Vmédia Velocidade Média

VO2 Consumo de Oxigênio

VO2máx Consumo Máximo de Oxigênio

Vpico Velocidade Pico

vVO2máx Velocidade associada à ocorrência do consumo máximo de oxigênio

12

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 14

1.1. JUSTIFICATIVA 15

1.2. HIPÓTESE 16

1.3. OBJETIVOS 16

1.3.1. Objetivo Geral 16

1.3.2. Objetivos Específicos 16

2. REVISÃO DE LITERATURA 17

2.1. ASPECTOS FISIOLÓGICOS ENVOLVIDOS NA CORRIDA DE LONGA

DISTÂNCIA

17

2.2. RECURSOS ERGOGÊNICOS E O DESEMPENHO EM CORRIDAS DE LONGA

DISTÂNCIA

19

2.2.1. Radiação Infravermelha Longa 21

2.2.1.1. Biocerâmica 22

2.2.2.. Fototerapia 24

2.2.2.1. Diodos Emissores de Luz (LED) 26

3. MATERIAL E MÉTODOS 29

3.1. PARTICIPANTES 29

3.2. DESIGN EXPERIMENTAL 30

3.2.1. Avaliação antropométrica 30

3.2.2. Performance de 10 km de corrida 31

3.2.3. Aplicação do LED e placebo 31

3.2.4. Determinação da frequência cardíaca (FCfinal) 32

3.2.5. Determinação da percepção subjetiva do esforço da sessão (PSEsessão) 33

3.2.6. Determinação da percepção de dor 33

3.3. ANÁLISE ESTATÍSTICA 33

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 35

5. CONCLUSÃO 41

REFERÊNCIAS 43

ANEXOS 51

13

APÊNDICES 61

14

1. INTRODUÇÃO

Considera-se recurso ergogênico no esporte qualquer mecanismo com ação

fisiológica, nutricional ou farmacológica que seja capaz de modificar a performance

(MALFATTI et al., 2008). Praticantes de diversas modalidades somam à rotina de

treinamento a utilização de variados recursos ergogênicos para esse fim.

A utilização de ondas eletromagnéticas, através da aplicação de luz ou recursos

emissores de radiação, apresentam potenciais efeitos ergogênicos no desempenho e outros

aspectos relacionados à recuperação. Por causa disso, da facilidade de aplicação e de seu

baixo custo quando comparado a outras técnicas, essa técnica tem atraído a atenção de

pesquisadores.(LEAL JUNIOR et al., 2011). Dentre esses recursos podemos citar a

fototerapia com a utilização de equipamentos compostos de diodos emissores de luz,

popularmente conhecidos como Light Emitting Diodes (LED) e materiais que contêm em sua

composição cerâmicas emissoras de raios infravermelhos longos (biocerâmica).

O uso de LED tem se mostrado uma estratégia interessante para a prevenção e

recuperação de lesões ocasionadas pela prática de exercícios físicos com efeitos anti-

inflamatórios, antiálgicos e de recuperação tecidual (BARONI et al., 2010a; CAMARGO et

al., 2012; KOMINE et al., 2010; LEAL JUNIOR et al., 2011; SERAFIM et al., 2012a). Além

disso, o LED permite a utilização de mais de um comprimento de onda no mesmo

equipamento, sendo capaz de produzir maior variedade de efeitos biológicos (LEAL JUNIOR

et al., 2011).

Esse recurso também tem sido utilizado como um possível mecanismo de

aprimoramento do desempenho muscular, com efeitos positivos na contração muscular, tempo

de permanência em exercício físico de intensidade constante, índice de fadiga e consumo

máximo de oxigênio (VO2máx) (BARONI et al., 2010a; DE MARCHI et al., 2012; PAOLILLO

et al., 2013). Algumas hipóteses para esse potencial efeito ergogênico foram elaboradas a

partir de respostas encontradas especificamente em modelos animais, dentre elas: modificação

da estrutura mitocondrial, aumento na atividade de enzimas oxidativas, maior remoção e

oxidação do lactato sanguíneo, aumento da disponibilidade de energia alática (fosfocreatina) e

melhora da microcirculação com hiperemia no local de aplicação (DE MARCHI et al., 2012;

15

FERRARESI et al., 2011; LEAL JUNIOR et al., 2011, 2009b; TULLBERG; ALSTERGREN;

ERNBERG, 2003; XU et al., 2008).

Os materiais que contêm em sua composição cerâmicas emissoras de radiação

infravermelha longa, ou Far Infrared Radiation (FIR), funcionam como um espelho,

refletindo a radiação emitida pelo próprio corpo de volta para ele (VATANSEVER;

HAMBLIN, 2012). Esse material tem sido utilizado há milênios para tratar doenças

cardiovasculares e para outros fins relacionados à saúde (INOUÉ; KABAYA, 1989; LEUNG

et al., 2011a; VATANSEVER; HAMBLIN, 2012); atualmente têm sido estudadas outras

formas de aplicação, como lâmpadas, roupas e acessórios impregnados com nanopartículas de

cerâmica emissoras de radiação infravermelha longa (biocerâmica) (VATANSEVER;

HAMBLIN, 2012).

Estudos realizados com modelos animais, cultura de células e com humanos indicam

que a utilização de FIR pode trazer efeitos benéficos, como: aumento da microcirculação,

decréscimo no dispêndio de energia em repouso, alívio da dor em pacientes com doenças

articulares inflamatórias, diminuição da frequência cardíaca (FC) em situações de estresse,

retardo da fadiga, diminuição da sensação de dor muscular tardia, aumento da performance

em testes anaeróbios (LEUNG et al., 2011, 2012a, 2012b, 2013; NOPONEN, 2013).

Apesar dos resultados observados com o uso da fototerapia e de roupas de

biocerâmica em situações de exercício físico, não há relatos na literatura sobre a influência

desses recursos na performance de corrida de 10 km, na qual são predominantes os

mecanismos energéticos aeróbios; considerando os mecanismos de ação dessas intervenções

em parâmetros aeróbios, respostas significativas poderiam ser obtidas através da utilização

desses recursos.

1.1. JUSTIFICATIVA

Alguns pesquisadores buscaram esclarecer os efeitos da fototerapia em exercício,

porém a grande maioria dos estudos se limitou aos exercícios anaeróbios. Até onde temos

conhecimento, não existem estudos que tenham avaliado os efeitos de tecidos de biocerâmica

na performance aeróbia. Além disso, é importante a comparação dos efeitos da biocerâmica

com aqueles advindos da aplicação de LED, pois a primeira apresenta custo

consideravelmente menor do que a segunda.

16

Com a obtenção de dados específicos sobre a atuação de roupas de biocerâmica e

sobre a aplicação do LED na performance aeróbia, será possível aplicar com maior

confiabilidade recursos eficazes, seguros e de fácil utilização em contextos esportivos e

relacionados à saúde, que cumpram o objetivo de elevar os níveis de desempenho aeróbio sem

interferir no treinamento. Assim, é de grande utilidade prática e científica o aumento de

informações acerca do uso desses recursos.

Finalmente, a investigação da performance esportiva e a compreensão de recursos que

possam modificar o desempenho têm sido o principal objetivo durante meu curso de

graduação. Desta forma, este trabalho é um primeiro passo na direção de um melhor

entendimento acerca de alguns dos fatores potencialmente modificadores da performance.

1.2. HIPÓTESE

A hipótese deste trabalho é que a aplicação de LED e a utilização de roupas de

biocerâmica melhoram a performance de corrida de 10 km, sendo este efeito potencializado

quando as duas estratégias são combinadas.

1.3. OBJETIVOS

1.3.1. Objetivo Geral

Analisar o efeito da utilização isolada e combinada de roupas de biocerâmica e a

aplicação de LED na performance de corrida de 10 km.

1.3.2. Objetivos Específicos Analisar o efeito da utilização isolada e combinada de roupas de biocerâmica e aplicação de

LED após a performance de 10 km:

• no comportamento da frequência cardíaca (FC);

• na percepção subjetiva do esforço (PSE).

• na percepção de dor.

• na velocidade média (Vmédia) e no tempo de prova de 10 km.

Comparar o efeito efeito da utilização isolada e combinada de roupas de biocerâmica e

aplicação de LED após a performance de 10 km no comportamento da FC, na PSE da sessão,

na percepção de dor, na Vmédia e no tempo de prova.

17

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ASPECTOS FISIOLÓGICOS ENVOLVIDOS NA CORRIDA DE LONGA

DISTÂNCIA

As corridas de médias e longas distâncias têm se popularizado devido ao baixo custo

e a facilidade de acesso, o que pode ser percebido pelo aumento do número de provas

ocorridas no país, devido principalmente ao aumento do envolvimento de corredores

recreacionais (BERTUZZI et al., 2006; SANTOS et al., 2012).

A energia necessária para a performance em corridas de longa distância (com

duração entre cinco e 240 minutos) é fornecida principalmente pelo sistema oxidativo

(JONES; CARTER, 2000). Esse tipo de atividade caracteriza-se como exercício

predominantemente aeróbio, com intensidades de leve a moderada (40-85% do consumo

máximo de oxigênio) (GOMES, 2009; POWERS; HOWLEY, 2009). Muitos fatores podem

influenciar a performance em corridas de longa distância, tais como: os índices fisiológicos,

as variáveis antropométricas, os fatores genéticos, as características do treinamento (volume e

intensidade) e a experiência do corredor (MIDGLEY; MCNAUGHTON; JONES, 2007;

SAUNDERS et al., 2010).

Em relação aos fatores fisiológicos, para que o exercício aeróbio seja sustentado, é

necessário que a oferta de oxigênio (O2) e nutrientes seja mantida para os músculos ativos;

isso é proporcionado pelo aumento da frequência cardíaca (FC), do volume de ejeção (VE) e

do débito cardíaco (DC) (GEORGE et al., 2011).

O estudo de variáveis fisiológicas é fundamental para o entendimento da

performance, uma vez que elas refletem o comportamento do sistema cardiorrespiratório e as

respostas musculares ao exercício físico (MIDGLEY; MCNAUGHTON; JONES, 2007).

Além disso, juntamente com variáveis de desempenho, os índices fisiológicos também são

utilizados como parâmetros para prescrição e controle de treinamento (MCLAUGHLIN et al.,

2010; MIDGLEY; MCNAUGHTON; JONES, 2007).

Dentre os índices mais estudados, destacam-se FC, o VO2máx, a economia de corrida

(EC), a velocidade correspondente à ocorrência do VO2máx (vVO2máx), a velocidade pico (Vpico)

e os limiares relacionados às respostas do lactato sanguíneo (Limiar de Lactato - LL e Limiar

18

Anaeróbio - LAn) (MCLAUGHLIN et al., 2010). Além desses parâmetros, a percepção

subjetiva de esforço (PSE), considerada uma variável psicofisiológica, também é utilizada

para o monitoramento do treinamento (ESTON, 2012).

O VO2máx representa a potência aeróbia máxima, que é definida como a quantidade

máxima de energia que pode ser produzida pelo metabolismo aeróbio em uma determinada

unidade de tempo (DENADAI, 2000) e é um indicador da capacidade do corpo de fornecer

oxigênio para os músculos ativos (CAPUTO et al., 2009).

A EC representa o custo de oxigênio para uma dada atividade submáxima; um menor

consumo de oxigênio (VO2) para uma determinada intensidade significa melhor economia

(CAPUTO et al., 2009; DAVISON; SOMEREN; JONES, 2009).

A vVO2máx é o índice que melhor descreve a associação entre o VO2máx e a EC, sendo

definida como a velocidade ou intensidade de exercício na qual o VO2máx é atingido durante

um teste de cargas incrementais (CAPUTO et al., 2009). Em relação à Vpico, esta é uma

variável relacionada ao desempenho, sendo definida como a maior velocidade atingida em um

teste incremental (MACHADO et al., 2013; MCLAUGHLIN et al., 2010; NOAKES;

MYBURGH; SCHALL, 1990).

Os limiares relacionados às respostas do lactato sanguíneo (LL e LAn) indicam o

limite de intensidade de esforço no qual ocorre um equilíbrio máximo entre a produção e

remoção de lactato (HECK et al., 1985). Esses limiares atuam como importantes preditores de

performance, sendo uma alternativa para a prescrição de treino e monitoramento de atletas e

praticantes de exercícios físicos (FAUDE; KINDERMANN; MEYER, 2009).

Entretanto, para a determinação do VO2max, EC, vVO2max e dos limiares relacionados

às respostas de lactato sanguíneo é necessária a utilização de equipamentos de custo elevado

e/ou técnicas invasivas. Assim, quando comparadas com esses parâmetros, a PSE e a FC são

alternativas mais viáveis pelo fato de serem mais facilmente determinadas e interpretadas

(ACHTEN; JEUKENDRUP, 2003; ESTON, 2012).

A PSE pode ser definida como a soma de sensações derivadas de fatores

cardiorrespiratórios ou periféricos (musculares, articulares, cutâneos) que permite ao

indivíduo avaliar a dificuldade do exercício em um determinado momento (BERTUZZI et al.,

2006; ESTON, 2012; GROSLAMBERT; MAHON, 2006). A PSE é modulada por fatores

psicológicos como: cognição, memória, experiências prévias, compreensão da tarefa e fatores

situacionais como a duração da tarefa (ESTON, 2012). Além disso, a quantificação dessa

variável em esportes está fortemente relacionada à intensidade do exercício e a fatores

19

fisiológicos como FC, ventilação, VO2 e concentração de lactato (ESTON, 2012; HILLS;

BYRNE; RAMAGE, 1998).

Em provas de corrida de endurance, o comportamento da FC apresenta aumento

progressivo definido como "drift cardiovascular", e a magnitude desse drift é dependente da

intensidade de corrida e da duração do exercício (LAMBERT; MBABMO; GIBSON, 1998).

Diversos fatores fisiológicos podem ocasionar mudanças no comportamento da FC durante o

exercício físico, tais como: o estado de hidratação, o nível de treinamento do indivíduo, a

duração da prova e o uso de medicamentos ou suplementos alimentares; além de fatores

ambientais como temperatura e altitude (ACHTEN; JEUKENDRUP, 2003; LAMBERT;

MBABMO; GIBSON, 1998).

2.2. RECURSOS ERGOGÊNICOS E O DESEMPENHO DE CORRIDAS DE LONGA

DISTÂNCIA

A performance em qualquer modalidade esportiva pode ser melhorada não apenas

por efeito do treinamento, mas também pela utilização adequada de recursos ergogênicos;

para a corrida isso não é diferente. Recursos ergogênicos são definidos como qualquer

mecanismo ou efeito fisiológico, nutricional ou farmacológico que seja capaz de melhorar a

performance das atividades físicas esportivas como: suplementos nutricionais, música e, mais

recentemente, técnicas que facilitam a recuperação tecidual (MALFATTI et al., 2008).

Quanto aos recursos ergogênicos nutricionais, uma revisão sistemática demonstrou

que dentre 23 estudos que examinaram o efeito de diversos ergogênicos nutricionais na

performance de corrida, 15 demonstraram melhora do desempenho em relação à situação

placebo (SCHUBERT; ASTORINO, 2013).

Estudos mostram que músicas estimulantes, motivacionais e auto-selecionadas

diminuem a PSE e aumentam a eficiência energética, levando a um aumento do trabalho

durante a realização de exercícios de endurance (KARAGEORGHIS; PRIEST, 2012; LANE;

DAVIS; DEVONPORT, 2011). Além disso, evidências sugerem que músicas selecionadas

cuidadosamente podem reduzir a PSE durante o exercício, porém esse recurso parece não ser

efetivo em intensidades acima do LAn (KARAGEORGHIS; PRIEST, 2012).

Outro recurso potencialmente ergogênico que está sendo amplamente estudado

atualmente devido ao seu potencial efeito na performance e recuperação são as roupas de

compressão (HILL et al., 2014; VALLE et al., 2013). O princípio de funcionamento dessas

20

roupas para os membros inferiores se dá através do aumento de pressão nos tornozelos e

diminuição da pressão nas coxas, visando melhorar o retorno venoso (NÉDÉLEC et al.,

2013). Sugere-se também que roupas de compressão diminuem a oscilação muscular,

melhoram a propriocepção e alteram o uso de oxigênio em intensidades submáximas durante

a prática esportiva (BORN; SPERLICH; HOLMBERG, 2013).

Em um estudo de revisão, foi demonstrado que o uso de roupas de compressão teve

pequeno ou nenhum impacto na performance em testes incrementais ou time-trial (BORN;

SPERLICH; HOLMBERG, 2013). O Tamanho de Efeito (TE) do tempo para a exaustão e da

performance em time-trial indicou efeitos positivos pequenos, enquanto outras variáveis

como consumo de oxigênio, concentração de lactato, FC e VE permaneceram inalteradas

(BORN; SPERLICH; HOLMBERG, 2013).

Fototerapia é uma estratégia que utiliza a energia de diferentes tipos de luz com fins

de recuperação tecidual (KNEEBONE, 2006). Essa estratégia vem sendo amplamente

estudada por apresentar mecanismos de ação fortemente relacionados ao aprimoramento do

metabolismo aeróbio, com respostas mitocondriais, enzimáticas, vasculares e metabólicas;

além de apresentar efeitos anti-inflamatórios, antiálgicos e de recuperação tecidual (BARONI

et al., 2010a; CAMARGO et al., 2012; KARU, 2003; KOMINE et al., 2010; LEAL JUNIOR

et al., 2009b, 2009c; SERAFIM et al., 2012b; TULLBERG; ALSTERGREN; ERNBERG,

2003; XU et al., 2008).

Um estudo com corrida progressiva em esteira com voluntários destreinados

demonstrou que a utilização da fototerapia imediatamente antes do exercício proporcionou um

aumento significativo na performance de corrida quando comparado com a situação placebo

(DE MARCHI et al., 2012). O tempo total médio para exaustão foi de 11 minutos e 37

segundos para a situação placebo e 11 minutos e 51 segundos (P = 0,0467) segundos para a

situação fototerapia; o VO2máx atingido pelos participantes na situação placebo foi de 48,04

ml·kg-1·min-1e na situação fototerapia foi 49,14 ml·kg-1·min-1 (P = 0,0178) (DE MARCHI et

al., 2012).

A utilização de roupas impregnadas com nanopartículas de cerâmica emissoras de

raios infravermelhos longos também parece promover efeitos benéficos em situações de

inflamação, estresse e durante o exercício (LEUNG et al., 2012a, 2012b, 2012c, 2013, 2011a,

2011b; NOPONEN, 2013). Os resultados de um estudo com testes de caminhada de

velocidade constante em esteira em humanos mostraram uma possível tendência à diminuição

da temperatura da pele e da PSE quando os participantes utilizaram uma camiseta de

biocerâmica (LEUNG et al., 2013).

21

2.2.1. Radiação Infravermelha Longa Far Infrared Radiation (FIR), ou radiação infravermelha longa, são ondas

eletromagnéticas com comprimento de onda entre 750 e 1000 nanômetros (nm) utilizadas há

milênios para tratar doenças cardiovasculares e para outros fins relacionados à saúde

(INOUÉ; KABAYA, 1989; LEUNG et al., 2011a; VATANSEVER; HAMBLIN, 2012). A

FIR é invisível a olho nu, porém o corpo recebe esta energia como calor, que pode penetrar os

tecidos corporais em até 4 cm (VATANSEVER; HAMBLIN, 2012).

Saunas aquecidas são provavelmente o exemplo mais antigo de emissão de radiação

infravermelha em ambiente fechado e de forma controlada (VATANSEVER; HAMBLIN,

2012). Esses ambientes utilizam painéis emissores de FIR, que quando ativados mantém o

calor do ambiente em torno de 60 oC; essa temperatura demanda uma resposta

termorregulatória (sudorese, vasodilatação, aumento da FC e do DC) similar àquela de uma

caminhada leve (BEEVER, 2009). Com o desenvolvimento da tecnologia, outras formas de

transmissão de FIR foram desenvolvidas como: lâmpadas, roupas e acessórios impregnados

com nanopartículas de cerâmica emissoras de radiação infravermelha longa (biocerâmica)

(VATANSEVER; HAMBLIN, 2012).

Com esses recursos, a energia do corpo humano é transferida para as partículas de

cerâmica presentes na roupa ou acessório, que agem como "absorvedores perfeitos" e

reemitem a FIR que seria perdida para o ambiente de volta para o próprio corpo

(VATANSEVER; HAMBLIN, 2012).

Apesar dos diferentes usos da FIR na área médica, seus mecanismos de ação ainda

não são claros. Sugere-se que existam dois tipos de terapia utilizando FIR: o primeiro tipo

utiliza radiações suficientes para aquecer o corpo como por exemplo, saunas; o segundo tipo

são os tecidos e discos impregnados com nanopartículas de cerâmica que utilizam somente a

energia corporal e possuem irradiâncias tão baixas que não modificam a temperatura

(VATANSEVER; HAMBLIN, 2012).

Pode-se assumir que pequenas quantidades de energia rotacional e vibracional

provenientes da FIR são capazes de modificar a estrutura da membrana celular abaixo da

camada de água existente nesse local; pequenas agitações na estrutura da membrana poderiam

ocasionar grandes efeitos ao nível celular (INOUÉ; KABAYA, 1989; VATANSEVER;

HAMBLIN, 2012).

22

A radiação infravermelha longa pode induzir aumento na circulação sanguínea

periférica dos tecidos corporais, desencadeando melhora no metabolismo e na transferência de

mensageiros (INOUÉ; KABAYA, 1989). Se canais iônicos mitocondriais (especialmente

canais de cálcio) podem ser abertos pela FIR, ocasionando um aumento na respiração

mitocondrial, é possível que o mecanismo de aumento de fluxo sanguíneo observado com o

seu uso seja similar ao da terapia a laser, ou seja, esse aumento pode estar relacionado à

secreção de óxido nítrico (NO) e à sua ligação à hemoglobina e mioglobina (VATANSEVER;

HAMBLIN, 2012).

2.2.1.1. Biocerâmica

Biocerâmica é um tipo de material que emite raios infravermelhos longos (LEUNG

et al., 2013) Aumento da microcirculação, decréscimo no dispêndio de energia em repouso,

alívio da dor em pacientes com doenças articulares inflamatórias, diminuição da frequência

cardíaca em situações de estresse, retardo da fadiga, diminuição da sensação de dor muscular

tardia, aumento da performance em testes anaeróbios foram observados em modelos animais

e humanos e em culturas de células com a utilização de diferentes tipos de materiais emissores

de FIR (LEUNG et al., 2011, 2012a, 2012b, 2013; NOPONEN, 2013).

LEUNG et al. (2012a) introduziram lipopolissacarídeos (LPS) na articulação de

coelhos para induzir uma inflamação similar à artrite reumatoide; os coelhos que

permaneceram em gaiolas cercadas por material de biocerâmica se recuperaram da inflamação

mais rapidamente do que os animais do grupo controle. Além disso, em cultura de células de

condrosarcoma (tipo de câncer ósseo) (SW1353) estimuladas com LPS com a presença de

bolsas de material de biocerâmica sob as placas de cultura, observou-se uma supressão

significativa da expressão da prostaglandina E2 (PGE2), que é uma substância mediadora da

inflamação estreitamente relacionada à dor (LEUNG et al., 2012b).

Células osteoblásticas (MC3T3-E1) submetidas a estresse oxidativo via peróxido de

oxigênio (H2O2) com a presença de bolsas de biocerâmica sob as placas de cultura

apresentaram viabilidade significativamente maior do que as células do grupo controle

(LEUNG et al., 2012b). Além disso, a biocerâmica causou um aumento no conteúdo total de

proteínas nessas células (LEUNG et al., 2012b). Os autores concluíram que a biocerâmica

ocasionou um efeito anabólico em células osteoblásticas (MC3T3-E1), sugerindo que esse

material pode proteger contra a toxicidade ocasionada pelo estresse oxidativo e promover a

recuperação óssea em condições de doenças ósseas inflamatórias (LEUNG et al., 2012b).

23

Em corações isolados de sapos com e sem a estimulação de adrenalina, a presença de

placas de biocerâmica diminuiu significativamente a frequência cardíaca (LEUNG et al.,

2012c). Na presença H2O2, a contratilidade desses corações foi diminuída; porém, com a

presença de placas de biocerâmica ao redor esta situação foi revertida (LEUNG et al., 2012c).

A utilização da biocerâmica provocou diminuição significativa na frequência

cardíaca de ratos submetidos a fatores estressores e em corações isolados de sapos com e sem

a presença de estresse via administração de adrenalina (LEUNG et al., 2012c). A biocerâmica

pode ter efeitos benéficos sobre o coração durante situações de estresse oxidativo, suprimindo

a contratilidade e potencialmente melhorando o estresse oxidativo em longo prazo, reduzindo

o risco de parada cardíaca e isquemia do miocárdio (LEUNG et al., 2012c).

Em estudo realizado com humanos, 10 participantes não-atletas utilizaram uma

camiseta de biocerâmica ou controle durante 10 minutos antes de uma avaliação da taxa

metabólica basal (TMB) e do consumo de oxigênio em repouso (LEUNG et al., 2013). A

média do consumo de oxigênio e a TMB foram maiores no grupo controle do que no grupo

biocerâmica, sugerindo um decréscimo no dispêndio de energia similar ao observado em

atletas (LEUNG et al., 2013).

Esse mesmo grupo de pesquisadores realizou um estudo com caminhada contínua em

esteira com cinco participantes em modelo cross-over randomizado com a utilização ou não

de uma camiseta de biocerâmica (LEUNG et al., 2013). Os resultados mostraram que no teste

com a utilização da camiseta de biocerâmica, houve uma tendência à diminuição da

temperatura da pele e da PSE (PSE 15 na situação placebo e 13 com uso da camiseta de

biocerâmica) dos participantes, além de ter sido observada uma estabilização da respiração e

da FC, refletindo um controle parassimpático (LEUNG et al., 2013).

Leung et al., (2011a) realizaram também um estudo piloto com estimulação elétrica

do músculo gastrocnêmio de anfíbios. Nesse trabalho, os autores demonstraram que a FIR

pode reduzir a fadiga muscular e normalizar a acidificação desses tecidos (LEUNG et al.,

2011a). Os efeitos benéficos da FIR podem ter sido originados das propriedades antioxidantes

da biocerâmica; o trabalho destaca a necessidade de se dar mais atenção a esse material, a fim

de compreender melhor seus mecanismos de funcionamento (LEUNG et al., 2011a).

Noponen (2013) procurou determinar o efeito da utilização da FIR na recuperação de

atletas de esportes de força com um estudo cross-over. O autor demonstrou que a utilização

de uma bolsa emissora de FIR durante cinco dias no período de repouso aumentou

significativamente a potência média no teste de Wingate (P = 0,015) (NOPONEN, 2013).

24

Desta forma, o autor concluiu que a utilização de FIR é benéfica na recuperação quando

comparada com a recuperação passiva.

2.2.2. Fototerapia O termo fototerapia foi adotado pela Associação Americana de Terapia a Laser

(NAALT) em 2003, e é definido como uma modalidade de terapia utilizando fótons (energia

da luz) do espectro visível e infravermelho para cicatrização tecidual e redução da dor

(KNEEBONE, 2006). Esta energia é utilizada para atividades biológicas, aumentando o nível

de reações bioquímicas e modulando positivamente processos metabólicos nos tecidos

(KELENCZ et al., 2010).

De acordo com a primeira Lei da Fotoquímica, a luz deve ser absorvida para que a

fotoquímica e a fotofísica possam ocorrer; se um determinado comprimento de onda não for

absorvido pelas células corporais nenhum efeito fotobiológico será observado (SMITH,

2005).

O espectro de absorção de uma molécula é o mapa da probabilidade de uma luz de

determinado comprimento de onda de ser absorvida pela molécula em questão; cada

comprimento de onda é absorvido de forma diferente por um composto por causa de sua

estrutura molecular única (SMITH, 2005). Assim, o espectro de absorção de um sistema

biológico informa de maneira imediata a probabilidade de uma luz de determinado

comprimento de onda ser absorvida e, portanto, causar um efeito biológico (SMITH, 2005).

Medidas de comprimento de onda são expressas em nanômetros (nm). A fototerapia

a laser utiliza radiação tanto no espectro visível (400-700 nm) quanto invisível (700-1000

nm). Os efeitos da aplicação de luz sobre um tecido corporal podem ser observados a partir do

momento em que a luz é absorvida por fotorreceptores presentes nas células; os fótons

absorvidos pela molécula levam os elétrons ali presentes a estados de maior energia, que deve

ser liberada através de efeitos e reações químicas e biológicas (MIRANDA et al., 2014;

SMITH, 2005).

Comprimentos de onda entre 820 nm e 904 nm podem transmitir energia entre 2 e 4

cm abaixo da pele e, portanto, são indicados para tratamentos relacionados com tecidos moles

profundos, como músculos, ligamentos e tendões, enquanto que diodos com comprimentos de

onda entre 400 e 700 nm transmitem energia apenas ao nível da derme e epiderme, sendo

indicados para tratamento de feridas superficiais e doenças da pele (BORSA et al., 2013).

25

Figura 1 - Absorbância tecidual de diferentes comprimentos de onda (adaptado de

Hudson et al., 2013).

Os efeitos observados após a exposição do tecido biológico à luz podem ser

divididos em três:

1) efeitos primários: são resultado da interação dos fótons com a mitocôndria,

responsável por transformar a energia do fóton em energia química;

2) efeitos secundários: ocorrem na mesma célula na qual os fótons produziram os

efeitos primários e incluem proliferação celular e modificação de

neurotransmissores;

3) efeitos terciários: são as mudanças que ocorrem em células distantes das que

sofreram interação direta com os fótons, e são essas mudanças as responsáveis

pelas respostas sistêmicas da fototerapia (KNEEBONE, 2006).

De forma geral, a fototerapia atua sobre a atividade celular através da estimulação e

crescimento das células, aumento do metabolismo e estimulação da regeneração celular,

modificação/melhora na resposta anti-inflamatória, redução de edema, redução na formação

de tecido fibroso, estimulação da função neural, estimulação da produção em longo prazo de

óxido nítrico, estimulação da produção de endorfinas e diminuição da formação de histamina

e acetilcolina (KNEEBONE, 2006).

26

A fototerapia é caracterizada por uma variedade de metodologias e várias fontes de

luz (lasers, diodos emissores de luz) com diferentes parâmetros (comprimento de onda,

potência, parâmetros de pulsos) (KARU, 2003).

A terapia a laser de baixa potência é usada por fisioterapeutas, dentistas,

dermatologistas e reumatologistas para tratar edemas, inflamações e diversos tipos de dor;

além disso, esse tratamento é utilizado na medicina esportiva para tratamento de hematomas,

inchaços, danos agudos em tecidos moles, diminuição da dor e aumento da mobilidade

(KARU, 2003).

Grande parte dos estudos utilizam fontes de luz com diodos de laser (DE MARCHI

et al., 2012; FERRARESI et al., 2011; LEAL JUNIOR et al., 2009, 2010; VIEIRA et al.,

2012;) e mais recentemente, diodos emissores de luz os quais apresentam efeitos similares aos

do laser, porém com aparelhos que permitem maior área de aplicação, além de menor custo de

fabricação (MIRANDA et al., 2014; PAOLILLO et al., 2011, 2013; PARENTE, 2012). Além

disso, o LED permite a utilização de mais de um comprimento de onda no mesmo

equipamento, sendo capaz de produzir maior variedade de efeitos biológicos (LEAL JUNIOR

et al., 2011). Por exemplo, diodos de luz vermelha podem induzir um aumento da

microcirculação da pele e diodos de luz infravermelha podem ocasionar aumento da síntese de

ATP e diminuição do estresse oxidativo nos músculos ativos, respectivamente (LEAL

JUNIOR et al., 2011).

2.2.2.1. Diodos Emissores de Luz (LED)

Os LEDs são semicondutores que convertem corrente elétrica em um espectro

luminoso (DOURADO et al., 2011). O LED é seguro, não é térmico, nem tóxico ou invasivo,

e não há relato na literatura de efeitos colaterais (DOURADO et al., 2011). Os efeitos

biológicos do LED dependem do comprimento de onda utilizado, dose (fluência), intensidade

(densidade de potência), tempo de irradiação, modo contínuo ou pulsado da onda e padrões de

pulso (DOURADO et al., 2011).

Estudos demonstraram que a fototerapia LED aplicada pré-exercício é capaz de

diminuir o dano muscular e as reações inflamatórias causadas pelo exercício de alta

intensidade, além de diminuir a concentração de lactato sanguíneo após a finalização da

sessão em algumas situações (DE MARCHI et al., 2012; DOURIS et al., 2006; LEAL

JUNIOR et al., 2009a, 2009b).

27

Em relação às atividades de força, Leal Junior et al. (2009c) observaram que a

fototerapia foi capaz de aumentar de forma significativa o número de contrações realizadas a

uma intensidade referente a 75% da máxima força de contração voluntária, além de diminuir

as concentrações de lactato sanguíneo após três minutos da finalização do exercício.

Um trabalho realizado com jovens jogadores de voleibol demonstrou que a aplicação

de LED de duplo comprimento de onda (660 nm e 850 nm) pré-exercício em quatro pontos da

região do músculo reto femoral reduziu os níveis de creatina quinase (CK) após o teste de

Wingate; na condição LED, a CK diminuiu 18,88 U/L, enquanto na condição placebo esta

variável sofreu um aumento de 26,88 U/L (LEAL JUNIOR et al., 2009a). Esses resultados

corroboram os de Douris et al. (2006), de que a aplicação de laser após exercício excêntrico

intenso reduz os sintomas relacionados à dor muscular tardia. Essa redução nos níveis de CK

é atribuída à habilidade da fototerapia em prevenir a isquemia muscular, via redução das

espécies reativas de oxigênio e do aumento de agentes antioxidantes (LEAL JUNIOR et al.,

2009a). Além disso, os resultados de Leal Junior et al. (2009a) indicam que há uma tendência

à menor concentração de lactato 10 e 15 minutos após finalização do teste de Wingate tanto

com a aplicação de LED de duplo comprimento de onda (660 nm e 850 nm) quanto com a

aplicação de laser (810 nm).

Em um estudo com adultos destreinados, De Marchi et al. (2012) observaram que o

VO2máx e o tempo para atingir a exaustão (Tlim) foram significativamente aumentados pela

fototerapia a laser aplicada imediatamente pré-exercício; na condição placebo, o Tlim foi de

697 segundos, enquanto na condição fototerapia este tempo aumentou significantemente para

711,41 segundos. O VO2máx também foi significantemente maior com a aplicação da

fototerapia, sendo que este valor foi de 48,04 ml·kg-1·min-1 na condição placebo e 49,14 ml·kg-

1·min-1 na condição experimental (DE MARCHI et al., 2012). Além disso, foi verificado um

aumento significativo no dano oxidativo de lipídeos e proteínas após protocolo incremental de

corrida em situação placebo; com a utilização da fototerapia, os valores dessas variáveis

permaneceram inalterados nos momentos pré e pós-exercício (DE MARCHI et al., 2012). No

entanto, não foram observadas mudanças significativas nos limiares respiratórios, mostrando

que apesar da fototerapia proporcionar melhora no desempenho, ela não modifica as vias

metabólicas de produção de energia (DE MARCHI et al., 2012).

Ambos os estudos apresentados concluíram que a utilização da fototerapia tem a

capacidade de proteger os músculos contra pequenos danos causados pelo exercício de alta

intensidade, e pode reduzir as concentrações de lactato sanguíneo pós-exercício (DE

MARCHI et al., 2012; LEAL JUNIOR et al., 2009a).

28

Paolillo et al. (2013) verificaram que a combinação da fototerapia LED com o

treinamento em esteira levou a um aumento mais acentuado na tolerância máxima ao

exercício, observado através do aumento do Tlim, da redução do tempo de recuperação da

frequência cardíaca e da pressão arterial pós-exercício após um treinamento com mulheres

pós-menopausa. O Tlim, por exemplo, aumentou cerca de 54% no grupo que treinou com o

LED e somente cerca de 23% no grupo que treinou sem o auxílio desse recurso (PAOLILLO

et al., 2013).

Leal-Junior et al. (2013) realizaram uma revisão sistemática com estudos que

verificaram o efeito da fototerapia na performance e em marcadores de recuperação tecidual.

O trabalho analisou estudos publicados entre 2000 e 2012, e foram encontrados 16 estudos

que se encaixaram nos critérios de inclusão. Dentre esses 16 artigos, somente um verificou os

efeitos da fototerapia em exercício aeróbio (DE MARCHI et al., 2012; LEAL-JUNIOR et al.,

2013). Além desse, encontramos o trabalho de Paolillo et al. (2013), que analisaram os efeitos

da fototerapia no treinamento aeróbio de mulheres pós-menopausa.

29

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. PARTICIPANTES

Foram convidados a participar do estudo 10 homens com idade entre 18 e 35 anos,

praticantes de corrida há pelo menos um ano que tomaram conhecimento de todos os

procedimentos experimentais do estudo, assinaram o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) (Anexo A) e responderam à ficha de anamnese (Apêndice A). Entramos

em contato diretamente com técnicos e corredores da cidade de Maringá - PR e região através

de resultados de provas regionais de 10 km publicados online convidando-os a participar do

estudo. Antes da realização dos testes, os participantes realizaram exames clínicos com

cardiologista (Anexo B) para que fosse atestada sua aptidão e liberação cardiológica para

realizarem as avaliações pertinentes ao estudo.

Os critérios de inclusão foram: idade entre 18 e 35 anos, tempo de prova de 10 km

entre 40-60 minutos, possuir laudo cardiológico de liberação para o exercício. Os critérios de

exclusão do estudo foram: ser fumante, atleta de alto nível, diabético, hipertenso, asmático

e/ou apresentar qualquer desordem cardiovascular. Este projeto encontra-se estreitamente

vinculado à linha de pesquisa da orientadora e ao seu projeto de pesquisa docente ("Avaliação

longitudinal das respostas fisiológicas durante a prática de exercício físico" #719/2010), e aos

demais projetos já aprovados e em andamento sob a mesma orientação: "Efeito da Ledterapia

sobre a cinética do consumo de oxigênio em cicloergômetro e esteira rolante" (#147362/2012)

e "Efeitos do treinamento aeróbio prescrito pela velocidade pico e tempo limite em

parâmetros aeróbios, anaeróbios, atividade cardíaca parassimpática, estresse oxidativo e

performance de corredores recreacionais" (#409162/2013). Este projeto foi previamente

aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local (Anexo C).

O número de participantes foi determinado a partir da disponibilidade de amostra que

contemplassem os critérios de inclusão e o número de participantes utilizado em outros

estudos semelhantes. Além disso, este trabalho foi um piloto para futuros projetos que

utilizaram os mesmos recursos (LED e biocerâmica).

30

3.2. DESIGN EXPERIMENTAL

Os participantes fizeram uma visita ao laboratório e um total de cinco encontros para

performances de corrida de 10 km em pista oficial de atletismo. As visitas foram divididas da

seguinte forma:

1ª. visita - avaliação antropométrica, familiarização com a pista de atletismo e com a

escala de percepção subjetiva do esforço (BORG, 1982);

2ª. a 6ª. visitas - realização das performances de 10 km em pista de atletismo.

O tempo de intervalo mínimo entre as visitas foi de 72 horas e o intervalo máximo de

7 dias. As avaliações ocorreram com alternância e combinação entre roupas de biocerâmica

(CER), aplicação de LED (LED) e seus respectivos placebos (PLA), totalizando quatro

condições diferentes: roupa placebo + LED placebo (PLA+PLA), roupa placebo + LED

(PLA+LED), roupa de biocerâmica + LED placebo (CER+PLA) e roupa de biocerâmica +

LED (CER+LED). Além disso, houve uma performance na qual o sujeito utilizou suas roupas

pessoais, configurando o teste na condição controle (C). A ordem dos testes foi randomizada

para todos os participantes e, com exceção da condição controle, eles estavam cegos quando a

condição aplicada.

3.2.1. Avaliação Antropométrica Foram aferidas medidas antropométricas referentes à massa corporal (kg) e estatura

(cm) utilizando uma balança Filizola® com precisão de 100 g e capacidade máxima de 150

kg, e um estadiômetro Seca® com precisão de 0,5 cm para posterior determinação do índice

de massa corporal – IMC (kg·m-2). Em seguida foram aferidas dobras cutâneas (triciptal,

subescapular, peitoral, axilar média, suprailíaca, coxa medial e panturrilha) utilizando um

31

adipômetro da marca Harpenden para posterior determinação do percentual de gordura

corporal (%G). O protocolo utilizado para determinação desta variável foi o de sete dobras de

Jackson e Pollock (1978), utilizando a equação de densidade corporal (Dc) 1,112 –

[(0,00043499)·(Ʃ 7 dobras)] + [(0,00000055) · (Ʃ 7 dobras)²] – (0,00028826 · idade) e ajuste

para percentual de gordura pela fórmula [(4,85/Dc) - 4,39]·100 de Siri (1961).

3.2.2. Performance de 10 km de corrida

Em todas as condições, exceto na C, os participantes utilizaram a roupa fornecida

pelo pesquisador durante uma hora antes do início da performance; foram aplicados

questionários para determinação do estado de humor, fontes e sintomas de estresse e dor. Dez

minutos antes do início do teste foi feita a aplicação de LED ou LED placebo.

As performances de 10 km de corrida foram realizadas em pista oficial de atletismo

de 400 m com aquecimento prévio de cinco minutos composto por exercícios livres. Durante

as performances foram registradas a cada 400 m as seguintes variáveis: a frequência cardíaca

por meio de monitor cardíaco (Polar RS800, Kempele - Finlândia), a percepção subjetiva do

esforço pela escala de Borg de pontuação de 6 a 20 (BORG, 1982), e o tempo parcial de cada

volta. As parciais de tempo foram utilizadas para o cálculo da velocidade média (Vmédia); o

maior valor de FC atingido durante cada performance foi considerado como a frequência

cardíaca máxima (FCmáx). Ao final do teste foi monitorada a frequência cardíaca (FCfinal) e a

PSEsessão. As informações fornecidas ao participante durante a realização dos testes foram

limitadas, a fim de diminuir a influência de qualquer outra variável nos resultados

(LAURSEN et al., 2007; ROLLO; WILLIAMS; NEVILL, 2008).

Durante as provas foram fornecidos copos com água para que os participantes se

hidratassem tal como estão acostumados a fazer em provas de corrida de longa distância.

3.2.3. Aplicação do LED e placebo

A aplicação do LED ou de seu respectivo placebo foi realizada 20 minutos antes de

todas as performances de corrida de 10 km que contemplassem essas condições

experimentais, utilizando-se o método pontual com contato direto do equipamento sobre o

local a ser irradiado, em uma angulação de 90o à superfície cutânea (LEAL JUNIOR et al.,

2009a). A aplicação foi realizada em duas regiões do músculo quadríceps, duas regiões do

músculo bíceps femoral e uma região do músculo gastrocnêmio, ao longo do eixo de

distribuição de fibras musculares, em ambas as pernas.

32

Figura 2 - Pontos de aplicação do LED (LEAL JUNIOR et al., 2011).

Para tal procedimento foi utilizado o equipamento Bios Therapy II, da empresa Bios

Indústria e Comércio, São José dos Campos - SP, Brasil.

Os parâmetros de aplicação do LED estão apresentados abaixo:

Número de diodos: 01

Comprimento de onda: 630 ± 20 nm

Frequência: 0-1500Hz

Potência óptica: 300 mW

Área de abrangência da ponteira: aproximadamente 5 cm2

Energia emitida: 3 joules/10 segundos

Densidade de potência: 0, 15 mW/cm

Energia irradiada: 200J por região

Densidade de energia: 15 J/cm2 a cada 10 segundos

As dosagens de aplicação do LED utilizadas neste trabalho seguiram as

recomendações já estabelecidas na literatura para aplicação clínica e uso deste recurso

(BURAVLEV et al., 2013; HAYWORTH et al., 2010).

3.2.4. Determinação da frequência cardíaca (FCfinal)

O valor de FC verificado imediatamente após a finalização da performance foi

registrado como a FCfinal.

33

3.2.5. Determinação da percepção subjetiva da sessão (PSEsessão)

Após o final de cada performance de corrida foi monitorada a PSEsessão (FOSTER,

1998). Os participantes foram instruídos a indicar um valor numérico na escala de Borg

(1982) 30 minutos após o fim da performance de corrida. O valor da PSEsessão é o valor da

escala da PSE multiplicado pelo tempo de duração da performance de corrida.

3.2.6. Determinação da percepção de dor

Para avaliação de dor após a performance foi utilizada a Escala Visual Analógica

(Anexo F), que consiste de uma linha de 10 cm, na qual a extremidade esquerda representa

"ausência de dor" e a extremidade direita representa "extremamente dolorido". Foi

demonstrado que esta escala é válida e confiável como medida de dor clínica e experimental

(DELEXTRAT et al., 2013; FITZGERALD et al., 1991; PRICE et al., 1983). O participante

deveria fazer uma marca no local da linha que considerava como sua sensação de dor naquele

momento. O valor da variável foi determinado como a medida entre a extremidade esquerda

da escala e a marca feita pelo participante.

3.3. ANÁLISE ESTATÍSTICA

Para o tratamento estatístico dos dados foi utilizado o pacote estatístico Statistical

Package for the Social Sciences (SPSS) versão 13.0. A normalidade dos dados foi verificada

pelo teste Shapiro-Wilk. Quando a normalidade dos dados foi confirmada, a comparação entre

as diferentes condições foi feita por ANOVA de medidas repetidas seguida do post hoc de

Bonferroni. A suposição de esfericidade foi verificada pelo teste de Mauchly e, quando

violada, os graus de liberdade foram corrigidos utilizando as estimativas de esfericidade do

teste de Greenhouse-Geisser. Quando a normalidade dos dados não foi confirmada, a

comparação entre as condições foi feita através do teste de Friedman. O nível de significância

adotado foi de P < 0,05.

Foram calculados os tamanhos de efeito (TE) para determinação da magnitude de

mudança de cada condição de performance. A fórmula utilizada para o cálculo foi a seguinte:

((M1 - M2) / (DP1 + DP2) / 2)

34

No qual M1 e M2 são as médias das condições, e DP1 e DP2 são os desvios padrões

das respectivas médias. O TE foi classificado de acordo com Cohen (1988) como: ≤ 0,20

(trivial), entre 0,21 e 0,50 (pequeno), entre 0,51 e 0,80 (moderado) e >0,80 (grande).

Além disso, uma análise qualitativa foi realizada através da fórmula da Mínima

Mudança Detectável (MMD) (HOPKINS et al., 2009) em que as alterações são avaliadas

como: <1% inconclusivo; 1 - 5% muito improvável; 5 - 25% improvável; 25 - 75% possível;

75 - 95% provável, 95 - 99% muito provável e > 99% quase certamente.

35

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os participantes do estudo apresentaram idade de 28,2 ± 4,2 anos, peso 73,0 ± 7,5

kg, altura 176,0 ± 7,0 cm, índice de massa corporal (IMC) 23,5 ± 2,3 kg·m2 e percentual de

gordura (%G) 19,3 ± 4,2%. O tempo médio de prática dos participantes é de 23,1 ± 13,0

meses.

Texto de caracterização da amostra. Tempo de prática.

A tabela 1 apresenta os valores médios ± desvio padrão (DP) das variáveis obtidas

nas performances de 10 km em pista de atletismo: FC final (bpm), PSESessão, Tempo de prova

(minutos) e Vmédia (km·h-1) nas diferentes condições: controle (C), roupa biocerâmica + LED

placebo (CER+PLA), roupa biocerâmica + LED (CER+LED), roupa placebo + LED placebo

(PLA+PLA) e roupa placebo + LED (PLA+LED).

Tabela 1 - FC final (bpm), PSESessão, tempo de prova (minutos), Vmédia (km·h-1) obtidos nas

performances de corrida 10 km em cada condição (n = 10).

Variáveis FC final (bpm) PSESessão Tempo de prova

(minutos) Vmédia (km·h-1)

C 182 ± 7,9 425,7 ± 74,8 52,3 ± 4,1 11,6 ± 1,0

PLA+PLA 183 ± 9,9 426,6 ± 87,5 53,1 ± 5,0 11,4 ± 1,2

CER+PLA 184 ± 11,1 440,1 ± 42,5 51,4 ± 3,9 11,7 ± 0,9

PLA+LED 184 ± 9,3 409,3 ± 78,4 52,6 ± 4,3 11,5 ± 1,0

CER+LED 183 ± 14,4 445,5 ± 46,9 52,8 ± 4,6 11,4 ± 1,1

P 0,779 0,153 0,450 0,481 Controle (C), roupa placebo + LED placebo (PLA+PLA), roupa biocerâmica + LED placebo (CER+PLA), roupa placebo + LED (PLA+LED). e roupa biocerâmica + LED (CER+LED).

Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre as condições

nas variáveis apresentadas na tabela acima, indicando que a utilização dos recursos propostos

neste estudo (i.e. roupas de biocerâmica e LED terapia) não foi suficiente para modificar a

performance na corrida de 10 km.

36

Diante disso e do pequeno tamanho da amostra, utilizamos uma análise qualitativa

baseada em magnitudes, denominada Mínima Mudança Detectável (MMD), que busca

expressar possíveis diferenças que não foram detectadas através da análise estatística

(HOPKINS et al., 2009). O efeito das condições com base na probabilidade desse efeito ter

sido benéfico, trivial ou prejudicial (HOPKINS et al., 2009).

Nas tabelas 2 e 3 encontram-se os valores referentes ao cálculo da MMD e do

tamanho de efeito (TE) da velocidade média e do tempo de prova, respectivamente. Para

ambos os cálculos, a condição C foi utilizada como parâmetro de comparação.

Tabela 2. Mínima mudança detectável (MMD) e tamanho de efeito (TE) para a Vmédia (km·h-1)

na prova de 10 km (n = 10).

Condição Vmédia

(km·h-1)

%

Diferença

% Mudança

(benéfico/trivial/prejudicial) Resultado TE

C 11,6 ± 1,0

PLA+PLA 11,4 ± 1,2 -1,5 2 / 54 / 44 Possível 0,17

CER+PLA 11,7 ± 0,9 1,5 39 / 60 / 0 Possível -0,23

PLA+LED 11,5 ± 1,0 0,7 10 / 61 / 29 Inconclusivo 0,06

CER+LED 11,4 ± 1,1 -1,1 6 / 59 / 35 Inconclusivo 0,12 Controle (C), roupa placebo + LED placebo (PLA+PLA), roupa biocerâmica + LED placebo (CER+PLA), roupa placebo + LED (PLA+LED). e roupa biocerâmica + LED (CER+LED).

Tabela 3. Mínima mudança detectável (MMD) e tamanho de efeito (TE) para o tempo da

prova de 10 km (minutos) (n = 10).

Condição Tempo

(min)

%

Diferença

% Mudança

(benéfico/trivial/prejudicial) Resultado TE

C 52,3 ± 4,1

PLA+PLA 53,1 ± 5,0 1,4 38 / 60 / 2 Possível -0,15

CER+PLA 51,4 ± 3,9 -1,7 0 / 51 / 49 Possível 0,18

PLA+LED 52,6 ± 4,3 0,5 25 / 62 / 13 Inconclusivo -0,08

CER+LED 52,8 ± 4,6 0,9 31 / 62 / 7 Inconclusivo 0,12 Controle (C), roupa placebo + LED placebo (PLA+PLA), roupa biocerâmica + LED placebo (CER+PLA), roupa placebo + LED (PLA+LED). e roupa biocerâmica + LED (CER+LED).

Os valores apresentados nas tabelas 2 e 3 apontam para uma "possível" melhora da

condição CER+PLA em relação à C. Nesta condição, observa-se que a Vmédia foi ligeiramente

37

maior e, consequentemente, o tempo de prova foi menor do que todas as demais condições.

Ainda, o TE para a Vmédia da condição CER+PLA foi observado um efeito segundo a análise

de Cohen (1988), mesmo que esse tenha sido classificado como "pequeno".

As análises de MMD para as variáveis Dor e FC foram inconclusivas. Os TE

calculados para a FC foram classificados como triviais.

Na tabela 4 estão apresentados os valores referentes à MMD e TE da PSESessão. Da

mesma forma que para as demais variáveis, a condição C foi utilizada como parâmetro de

comparação.

Tabela 4. Mínima mudança detectável (MMD) e tamanho de efeito (TE) para a PSESessão (n =

10).

Condição PSESessão %

Diferença % Mudança

(benéfico/trivial/prejudicial) Resultado TE

C 425,7 ± 74,8

PLA+PLA 426,6 ± 87,5 -0,3 30 / 37 / 33 Inconclusivo 0,01

CER+PLA 440,1 ± 42,5 4,4 54 / 42 / 4 Possível 0,25

PLA+LED 409,3 ± 78,4 -4,1 14 / 34 / 52 Inconclusivo -0,21

CER+LED 445,5 ± 46,9 5,6 67 / 32 / 1 Possível 0,33 Controle (C), roupa placebo + LED placebo (PLA+PLA), roupa biocerâmica + LED placebo (CER+PLA), roupa placebo + LED (PLA+LED). e roupa biocerâmica + LED (CER+LED).

Os valores da tabela acima apontam para uma "possível" mudança nas condições

envolvendo a roupa de biocerâmica (CER+PLA e CER+LED), além de um tamanho de efeito

"pequeno" para estas condições e para a condição PLA+LED.

Leung et al. (2013) mostraram valores de PSE menores para participantes que

realizaram um teste de caminhada de intensidade fixa em esteira rolante quando utilizaram

uma camiseta de biocerâmica. Por outro lado, Noponen (2013) avaliou a sensação muscular

de atletas de força; para tal, utilizou de uma escala de 1 a 5, na qual 1 representa a sensação

"melhor" e 5 "muito ruim". Na situação experimental, a sensação muscular manteve-se em 3,5

antes e após os 5 dias de treino; na situação controle, a sensação muscular diminui de 3,7 para

3,1 após o treinamento (NOPONEN, 2013). Portanto, não fica claro qual seria o efeito da

biocerâmica em variáveis subjetivas, como a sensação muscular e a PSE.

38

Diferentemente dos estudos citados acima, o nosso estudo envolveu um trabalho

aeróbio intenso, no qual os participantes foram instruídos a completar a distância de 10 km no

menor tempo possível.

A PSESessão é uma variável de caráter subjetivo, e segundo Eston (2012), é

determinada, dentre outros fatores, a partir da comparação da sessão de exercício atual com

outras experiências e com as condições ambientais.

Apesar do horário de realização das performances ter sido o mesmo para todas as

performances de um mesmo sujeito, foram realizadas em um intervalo de cinco a seis

semanas, em que as condições de temperatura, umidade e velocidade do vento variaram

bastante. Consequentemente, o efeito dos recursos (biocerâmica ou LED) pode ter sido

mascarado ou atenuado por essas variáveis ambientais. Além disso, pela característica

subjetiva da PSESessão, é possível que os participantes tenham percebido essa escala de formas

diferentes.

Em relação à condição PLA+LED, observa-se na tabela 4 que foi a que apresentou

menor média de PSESessão, ou seja, foi a situação na qual os participantes tiveram uma

percepção de esforço menor ao final da performance em relação às demais situações. Este

resultado coincide com o obtido por Paolillo et al. (2013). Esses pesquisadores realizaram um

treinamento de corrida de seis meses com e sem a aplicação de LED em mulheres após a

menopausa; ao início e ao final do treinamento foi realizado um teste em esteira para análise,

entre outras variáveis, da PSE. Esse parâmetro foi registrado no tempo máximo alcançado

pela participante no teste pré-treinamento, e no mesmo tempo ao final do treinamento

(isotime). No grupo LED, a PSE no isotime diminuiu de 7 para 3 na escala de 0-10 de Borg;

o grupo treinado sem LED obteve uma melhora, porém menos acentuada (8 para 5).

A diminuição da PSESessão com a utilização do LED muito provavelmente está

relacionada com a capacidade da fototerapia, quando aplicada pré-exercício, de diminuir o

dano muscular e as reações inflamatórias causadas pelo exercício (DE MARCHI et al., 2012;

DOURIS et al., 2006; LEAL JUNIOR et al., 2009a, 2009b).

Na tabela 5 estão apresentados os dados de média e DP da variável Dor e os valores

de TE calculados para esta variável.

Tabela 5. Valores médios ± DP e tamanho de efeito (TE) para a Dor (n = 10).

Condição Dor TE

39

C 2,5 ± 3,8

PLA+PLA 3,0 ± 3,4 0,05

CER+PLA 4,3 ± 4,1 0,46

PLA+LED 3,6 ± 3,3 0,30

CER+LED 4,5 ± 4,1 0,52 Controle (C), roupa placebo + LED placebo (PLA+PLA), roupa biocerâmica + LED placebo (CER+PLA), roupa placebo + LED (PLA+LED). e roupa biocerâmica + LED (CER+LED).

Os valores apresentados na tabela 5 mostram um TE "pequeno" para as condições

CER+PLA e PLA+LED e um TE "moderado" para a condição CER+LED. Em todas as

condições, a sensação de dor foi maior do que na condição controle. A MMD foi calculada,

porém os resultados foram classificados como inconclusivos.

Apesar da escala de dor ser um instrumento validado e largamente utilizado em

estudos científicos para avaliar o dano muscular, diversos autores apresentam dados com alta

variabilidade, dificultando a observação de resultados estatisticamente significantes

(BARONI et al., 2010b; FRENCH; THOMPSON, 2008; WHITE et al., 2008). Douris et al.

(2006) utilizaram fototerapia após exercícios excêntricos de membros superiores realizados

por cinco dias consecutivos e observaram uma redução da dor. Baroni et al. (2010b) não

encontraram diferenças estatisticamente significantes com a utilização da fototerapia após

exercício excêntrico de extensores de joelho, embora uma tendência à diminuição tenha sido

observada. Já Antonialli et al. (2014) e Hausswirth et al. (2011) observaram redução

estatisticamente significante da dor apenas 24 horas após a aplicação de luz. Antonialli et al.

(2014) observaram uma diminuição de 3,5 imediatamente após o exercício para 1,0 após 24

horas (67%) em um protocolo de contrações isocinéticas de joelho. Hausswirth et al. (2011)

realizaram uma simulação de corrida em trilha e verificaram uma redução de 6,2

imediatamente após o exercício para 45,2 após 24 horas (27%).

É importante ressaltar que os estudos acima citados utilizaram-se de diferentes fontes

de luz (infravermelha, vermelha ou uma combinação de ambas), com diferentes

comprimentos de onda e em diferentes tipos de exercício. Leal-Junior et al. (2013) apontam

que, após uma revisão sistemática de diversos estudos que utilizaram-se da fototerapia, os

resultados não significantes encontrados com esse recurso podem ser explicados por

irradiação insuficiente devido a baixas doses de energia ou a áreas muito pequenas de

aplicação.

40

No nosso trabalho avaliamos a dor apenas imediatamente após a realização da

performance de 10 km de corrida em pista de atletismo. É possível que a fototerapia ou a

roupa de biocerâmica tenham provocado a diminuição da dor em outros períodos que não

foram acompanhados, sendo essa uma das limitações do trabalho.

Este é o primeiro trabalho que utilizou roupas de biocerâmica e LED terapia em

performance de corrida de 10 km. A maior parte dos estudos com LED terapia envolve

exercícios anaeróbios, sendo exceções os estudos de De Marchi et al. (2012) e Paolillo et al.

(2013). Quanto à biocerâmica, somente Leung et al. (2013) observaram alguns efeitos de sua

utilização em humanos durante e após o exercício. Desta forma, nossos resultados ainda não

podem ser comparados aos de outros estudos.

Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes para os parâmetros

de performance avaliados neste trabalho. No entanto, uma revisão sistemática de artigos

relacionados com a LED terapia mostrou resultados consistentes e significantes em favor da

fototerapia para a maioria das variáveis analisadas (LEAL-JUNIOR et al., 2013). Esses

autores destacam que em termos de performance muscular, os resultados são mais difíceis de

serem observados provavelmente porque essas avaliações utilizam parâmetros macroscópicos

e dependentes de outros fatores; enquanto que marcadores bioquímicos parecem ser mais

sensíveis ao efeito do tratamento (LEAL-JUNIOR et al., 2013). Porém, nosso estudo não

analisou marcadores bioquímicos ou outros parâmetros através dos quais fosse possível

observar algum efeito dos recursos utilizados.

Além disso, a maioria dos estudos publicados com a utilização da fototerapia

utilizou-se de fonte de luz infravermelha com comprimentos de ondas diferentes e exercícios

de caráter anaeróbio, diferentemente do que foi utilizado neste trabalho.

Quanto à biocerâmica, não se sabe qual foi a quantidade de energia irradiada em cada

participante, e se essa quantidade de energia sofreu influência da temperatura ambiente e

corporal ou de outros fatores. Desta forma, a quantidade de energia irradiada pode ter sido

insuficiente para que fossem observados efeitos benéficos na performance de corrida de 10

km.

Diante do caráter inovativo deste estudo com relação ao uso de roupas impregnadas

com biocerâmica, foi preciso estabelecer um protocolo para sua utilização sem subsídios

empíricos de estudos anteriores. A avaliação sistemática do tempo de uso e da quantidade de

energia emitida por materiais de biocerâmica é essencial para novas aplicações em testes de

performance aeróbia.

41

5. CONCLUSÃO

Para as condições experimentais empregadas neste estudo quanto ao tempo de uso da

roupa de biocerâmica e da aplicação do LED, perfil dos participantes, condições ambientais e

variáveis fisiológicas e psicofisiológicas investigadas, conclui-se que:

a) A utilização desses recursos utilizados de forma combinada ou isolada não

altera as variáveis FC, PSE, Vmédia e tempo de prova na performance de 10 km

de corrida para uma população de corredores recreacionais, muito embora o

tempo de prova e a Vmédia tenham apresentado possíveis mudanças detectadas

em cálculos qualitativos (MMD e TE).

b) A utilização de roupas de biocerâmica e a aplicação de LED terapia de forma

combinada ou isolada resultou em possível diferença na PSEsessão, detectada

através de cálculos qualitativos (MMD e TE).

c) Segundo a análise qualitativa do TE, os recursos utilizados de forma

combinada ou isolada aumentaram a percepção de dor quando comparados à

condição controle.

Os resultados deste estudo contribuem para a literatura por ser o primeiro a avaliar os

efeitos da roupa de biocerâmica e da aplicação de LED na performance de corrida de 10 km.

Como limitações deste estudo podemos apontar o pequeno tamanho da amostra,

devido ao caráter de estudo piloto e a disponibilidade de participantes que atendessem aos

critérios de inclusão; o fato de as performances terem sido realizadas em pista de atletismo,

sofrendo influência do vento e da temperatura ambiente, que variou bastante por conta do

tempo prolongado para realização dos testes (cerca de 5 semanas para cada participante).

Além disso, é possível que as variáveis acompanhadas não tenham sido sensíveis o suficiente

para demonstrar os efeitos dos recursos utilizados, ou que tais efeitos tenham ocorrido em

intervalos que não foram acompanhados.

Estudos científicos mostraram resultados positivos na redução de dores com a

utilização de roupas de biocerâmica utilizadas por um período prolongado (12h). Este estudo

concluiu que o tempo de 1h foi insuficiente para promover efeitos ergogênicos na

performance aeróbia. No momento não existem trabalhos científicos que provem a eficácia da

42

utilização da biocerâmica na performance de exercícios aeróbios, portanto sugere-se que

futuros estudos busquem identificar se tal efeito existe e qual o tempo adequado de utilização

desse recurso para promoção de efeitos positivos na performance e recuperação tecidual.

43

REFERÊNCIAS

ACHTEN, J.; JEUKENDRUP, A. E. Heart rate monitoring: applications and limitations. Sports Medicine, v. 33, n. 7, p. 517–38, 2003.

ANTONIALLI, F. C.; DE MARCHI, T.; TOMAZONI, S. S.; VANIN, A. A.; DOS SANTOS GRANDINETTI, V.; DE PAIVA, P. R. V.; PINTO, H. D.; MIRANDA, E. F.; DE TARSO CAMILLO DE CARVALHO, P.; LEAL-JUNIOR, E. C. P. Phototherapy in skeletal muscle performance and recovery after exercise: effect of combination of super-pulsed laser and light-emitting diodes. Lasers in Medical Science, 2014.

BARONI, B. M.; LEAL JUNIOR, E. C. P.; DE MARCHI, T.; LOPES, A. L.; SALVADOR, M.; VAZ, M. A. Low level laser therapy before eccentric exercise reduces muscle damage markers in humans. European journal of applied physiology, v. 110, p. 789–796, 2010.a.

BARONI, B. M.; LEAL JUNIOR, E. C. P.; DE MARCHI, T.; LOPES, A. L.; SALVADOR, M.; VAZ, M. A. Low level laser therapy before eccentric exercise reduces muscle damage markers in humans. European Journal of Applied Physiology, v. 110, n. 4, p. 789–96, 2010.b.

BEEVER, R. Far-infrared saunas for treatment of cardiovascular risk factors: summary of published evidence. Canadian Family Physician, v. 55, n. 7, p. 691–696, 2009.

BERTUZZI, R. C. DE M.; NAKAMURA, F. Y.; ROSSI, L. C.; KISS, M. A. P. D. M.; FRANCHINI, E. Independência temporal das respostas do esforço percebido e da freqüência cardíaca em relação à velocidade de corrida na simulação de uma prova de 10km. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 12, n. 1, p. 179–183, 2006.

BORG, G. A. Psychophysical bases of perceived exertion. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 14, n. 5, p. 377–381, 1982.

BORN, D.-P.; SPERLICH, B.; HOLMBERG, H.-C. Bringing light into the dark: effects of compression clothing on performance and recovery. International Journal of Sports Physiology and Performance, v. 8, n. 1, p. 4–18, 2013.

BORSA, P. A.; LARKIN, K. A.; CAT, C.; TRUE, J. M. Does phototherapy enhance skeletal muscle contractile function and postexercise recovery? A systematic review. Journal of Athletic Training, v. 48, n. 1, p. 57–67, 2013.

BURAVLEV, E. A.; ZHIDKOVA, T. V; VLADIMIROV, Y. A.; OSIPOV, A. N. Effects of laser and LED radiation on mitochondrial respiration in experimental endotoxic shock. Lasers In Medical Science, v. 28, n. 3, p. 785–90, 2013.

44

CAMARGO, M. Z.; SIQUEIRA, C. P. C. M.; PRETI, M. C. P.; NAKAMURA, F. Y.; DE LIMA, F. M.; DIAS, I. F. L.; TOGINHO FILHO, D. D. O.; RAMOS, S. D. P. Effects of light emitting diode (LED) therapy and cold water immersion therapy on exercise-induced muscle damage in rats. Lasers In Medical Science, v. 27, n. 5, p. 1051–8, 2012.

CAPUTO, F.; FERNANDES, M.; OLIVEIRA, M. DE; GRECO, C. C. Exercício aeróbio: Aspectos bioenergéticos, ajustes fisiológicos, fadiga e índices de desempenho. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 11, n. 1, p. 94–102, 2009.

COHEN, J. Statistical power analysis for the behavioral sciences. [s.l: s.n.]. v. 2ndp. 567

DAVISON, R. C. R.; SOMEREN, K. A. VAN; JONES, A. M. Physiological monitoring of the Olympic athlete. Journal of Sports Sciences, v. 27, n. 13, p. 1433–42, 2009.

DE MARCHI, T.; LEAL JUNIOR, E. C. P.; BORTOLI, C.; TOMAZONI, S. S.; LOPES-MARTINS, R. A. B.; SALVADOR, M. Low-level laser therapy (LLLT) in human progressive-intensity running: effects on exercise performance, skeletal muscle status, and oxidative stress. Lasers in Medical Science, v. 27, n. 1, p. 231–6, 2012.

DELEXTRAT, A.; CALLEJA-GONZÁLEZ, J.; HIPPOCRATE, A.; CLARKE, N. D. Effects of sports massage and intermittent cold-water immersion on recovery from matches by basketball players. Journal of Sports Sciences, v. 31, n. 1, p. 11–9, 2013.

DENADAI, B. S. Avaliação aeróbia: determinação indireta da resposta do lactato sanguíneo. Rio Claro: Motriz, 2000.

DOURADO, K. B. V.; JUNIOR, L. C. C.; DE PAULO, R. J. F.; GOMES, A. C. LEDTERAPIA. Uma nova perspectiva terapêutica ao tratamento de doenças da pele, cicatrização de feridas e reparação tecidual. Ensaios e Ciência: Ciências Biológicas, Agrárias e da Saúde, v. 15, n. 6, p. 231–248, 2011.

DOURIS, P.; SOUTHARD, V.; FERRIGI, R.; GRAUER, J.; KATZ, D.; NASCIMENTO, C.; PODBIELSKI, P. Effect of Phototherapy on Delayed Onset Muscle Soreness. Photomedicine and Laser Surgery, v. 24, n. 3, p. 377–382, 2006.

ESTON, R. Use of ratings of perceived exertion in sports. International journal of sports physiology and performance, v. 7, n. 2, p. 175–82, 2012.

FAUDE, O.; KINDERMANN, W.; MEYER, T. Lactate threshold concepts: how valid are they? Sports medicine (Auckland, N.Z.), v. 39, p. 469–490, 2009.

FERRARESI, C.; DE BRITO OLIVEIRA, T.; DE OLIVEIRA ZAFALON, L.; DE MENEZES REIFF, R. B.; BALDISSERA, V.; DE ANDRADE PEREZ, S. E.; MATHEUCCI JÚNIOR, E.; PARIZOTTO, N. A. Effects of low level laser therapy (808 nm) on physical strength training in humans. Lasers in Medical Science, v. 26, n. 3, p. 349–58, 2011.

FITZGERALD, G. K.; ROTHSTEIN, J. M.; MAYHEW, T. P.; LAMB, R. L. Exercise-induced muscle soreness after concentric and eccentric isokinetic contractions. Physical Therapy, v. 71, n. 7, p. 505–513, 1991.

45

FOSTER, C. Monitoring training in athletes with reference to overtraining syndrome. Medicine and science in sports and exercise, v. 30, p. 1164–1168, 1998.

FRENCH, D.; THOMPSON, K. The effects of contrast bathing and compression therapy on muscular performance. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 40, n. 7, p. 1297–306, 2008.

GEORGE, K.; SPENCE, A.; NAYLOR, L. H.; WHYTE, G. P.; GREEN, D. J. Cardiac adaptation to acute and chronic participation in endurance sports. Heart, v. 97, n. 24, p. 1999–2004, 2011.

GOMES, A. C. Treinamento Desportivo: Estruturação e Periodização. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. p. 276

GROSLAMBERT, A.; MAHON, A. D. Perceived Exertion: Influence of Age and Cognitive Development. Sports Medicine, v. 36, n. 11, p. 911–928, 2006.

HAUSSWIRTH, C.; LOUIS, J.; BIEUZEN, F.; POURNOT, H.; FOURNIER, J.; FILLARD, J.-R.; BRISSWALTER, J. Effects of Whole-Body Cryotherapy vs . Far-infrared vs . passive modalities on recovery from exercise-induced muscle damage in highly-trained runners. PlosOne, v. 6, n. 12, p. 1–7, 2011.

HAYWORTH, C. R.; ROJAS, J. C.; PADILLA, E.; HOLMES, G. M.; SHERIDAN, E. C.; GONZALEZ-LIMA, F. In vivo low-level light therapy increases cytochrome oxidase in skeletal muscle. Photochemistry And Photobiology, v. 86, n. 3, p. 673–680, 2010.

HECK, H.; MADER, A.; HESS, G.; MUCKE, S.; MÜLLER, R.; HOLLMAN, W. Justification of 4mmol/L lactate threshold. International Journal of Sports Medicine, v. 6, n. 3, p. 117–130, 1985.

HILL, J.; HOWATSON, G.; VAN SOMEREN, K.; WALSHE, I.; PEDLAR, C. The influence of compression garments on recovery following Marathon running. Journal of strength and conditioning research / National Strength & Conditioning Association, 2014.

HILLS, A. P.; BYRNE, N. M.; RAMAGE, A. J. Submaximal markers of exercise intensity. Journal of sports sciences, v. 16 Suppl, p. S71–6, 1998.

HOPKINS, W. G.; MARSHALL, S. W.; BATTERHAM, A. M.; HANIN, J. Progressive statistics for studies in sports medicine and exercise science. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 41, n. 1, p. 3–13, 2009.

HUDSON, D. E.; HUDSON, D. O.; WININGER, J. M.; RICHARDSON, B. D. Penetration of laser light at 808 and 980 nm in bovine tissue samples. Photomedicine and Laser Surgery laser surgery, v. 31, n. 4, p. 163–8, 2013.

INOUÉ, S.; KABAYA, M. Biological activities caused by far-infrared radiation. International Journal of Biometeorology, v. 33, n. 3, p. 145–50, 1989.

JACKSON, A. S.; POLLOCK, M. L. Generalized equations for predicting body density of men. British Journal of Nutrition, v. 40, n. 3, p. 497–504, 1978.

46

JONES, A. M.; CARTER, H. The effect of endurance training on parameters of aerobic fitness. Sports Medicine, v. 29, p. 373–386, 2000.

KARAGEORGHIS, C. I.; PRIEST, D.-L. Music in the exercise domain: a review and synthesis (Part II). International Rview of Sport and Exercise Psychology, v. 5, n. 1, p. 67–84, 2012.

KARU, T. I. Low-Power Laser Therapy. Troitsk, Moscow Region: [s.n.].

KELENCZ, C. A.; MUÑOZ, I. S. S.; AMORIM, C. F.; NICOLAU, R. A. Effect Of Low-Power Gallium-Alluminium-Arsenium Noncoherent Light (640 nm) on Muscle Activity: A Clinical Study. Photomedicine and Laser Surgery, v. 28, n. 5, p. 647–652, 2010.

KNEEBONE, W. J. Practical Applications of Low Level Laser Therapy. Practical Pain Management, n. December, 2006.

KOMINE, N.; IKEDA, K.; TADA, K.; HASHIMOTO, N.; SUGIMOTO, N.; TOMITA, K. Activation of the extracellular signal-regulated kinase signal pathway by light emitting diode irradiation. Lasers in medical science, v. 25, p. 531–537, 2010.

LAMBERT, M. I.; MBABMO, Z. H.; GIBSON, A. S. C. Heart rate during training and competition for long-distance running. Journal of Sports Sciences, v. 16, n. Supplement 1, p. S85–90, 1998.

LAMBERTS, R. P.; SWART, J.; NOAKES, T. D.; LAMBERT, M. I. Changes in heart rate recovery after high-intensity training in well-trained cyclists. European Journal of Applied Physiology, v. 105, n. 5, p. 705–13, 2009.

LANE, A. M.; DAVIS, P. A; DEVONPORT, T. J. Effects of music interventions on emotional states and running performance. Journal of sports science & medicine, v. 10, n. 2, p. 400–7, 2011.

LAURSEN, P. B.; FRANCIS, G. T.; ABBISS, C. R.; NEWTON, M. J.; NOSAKA, K. Reliability of time-to-exhaustion versus time-trial running tests in runners. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 39, n. 8, p. 1374–1379, 2007.

LEAL JUNIOR, E. C.; DE GODOI, V.; MANCALOSSI, J. L.; ROSSI, R. P.; DE MARCHI, T.; PARENTE, M.; GROSSELLI, D.; GENEROSI, R. A.; BASSO, M.; FRIGO, L.; TOMAZONI, S. S.; BJORDAL, J. M.; LOPES-MARTINS, R. A. B. Comparison between cold water immersion therapy (CWIT) and light emitting diode therapy (LEDT) in short-term skeletal muscle recovery after high-intensity exercise in athletes--preliminary results. Lasers in Medical Science, v. 26, n. 4, p. 493–501, 2011.

LEAL JUNIOR, E. C. P.; LOPES-MARTINS, R. A. B.; BARONI, B. M.; DE MARCHI, T.; ROSSI, R. P.; GROSSELLI, D.; GENEROSI, R. A.; DE GODOI, V.; BASSO, M.; MANCALOSSI, J. L.; BJORDAL, J. M. Comparison between single-diode low-level laser therapy (LLLT) and LED multi-diode (cluster) therapy (LEDT) applications before high-intensity exercise. Photomedicine and Laser Surgery, v. 27, n. 4, p. 617–23, 2009.a.

47

LEAL JUNIOR, E. C. P.; LOPES-MARTINS, R. A. B.; BARONI, B. M.; DE MARCHI, T.; TAUFER, D.; MANFRO, D. S.; RECH, M.; DANNA, V.; GROSSELLI, D.; GENEROSI, R. A.; MARCOS, R. L.; RAMOS, L.; BJORDAL, J. M. Effect of 830 nm low-level laser therapy applied before high-intensity exercises on skeletal muscle recovery in athletes. Lasers in Medical Science, v. 24, n. 6, p. 857–63, 2009.b.

LEAL JUNIOR, E. C. P.; LOPES-MARTINS, R. A. B.; FRIGO, L.; DE MARCHI, T.; ROSSI, R. P.; DE GODOI, V.; TOMAZONI, S. S.; SILVA, D. P.; BASSO, M.; FILHO, P. L.; DE VALLS CORSETTI, F.; IVERSEN, V. V; BJORDAL, J. M. Effects of low-level laser therapy (LLLT) in the development of exercise-induced skeletal muscle fatigue and changes in biochemical markers related to postexercise recovery. The Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy, v. 40, n. 8, p. 524–32, 2010.

LEAL JUNIOR, E. C. P.; LOPES-MARTINS, R. A. B.; ROSSI, R. P.; DE MARCHI, T.; BARONI, B. M.; DE GODOI, V.; MARCOS, R. L.; RAMOS, L.; BJORDAL, J. M. Effect of cluster multi-diode light emitting diode therapy (LEDT) on exercise-induced skeletal muscle fatigue and skeletal muscle recovery in humans. Lasers in Surgery and Medicine, v. 41, n. 8, p. 572–7, 2009.c.

LEAL-JUNIOR, E. C. P.; VANIN, A. A.; MIRANDA, E. F.; DE CARVALHO, P. D. T. C.; DAL CORSO, S.; BJORDAL, J. M. Effect of phototherapy (low-level laser therapy and light-emitting diode therapy) on exercise performance and markers of exercise recovery: a systematic review with meta-analysis. Lasers in Medical Science, 2013.

LEUNG, T.-K.; CHAN, C.-F.; LAI, P.-S.; YANG, C.-H.; HSU, C.-Y.; LIN, Y.-S. Inhibitory effects of far-infrared irradiation generated by ceramic material on murine melanoma cell growth. International Journal of Photoenergy, v. 2012, 2012.a.

LEUNG, T.-K.; CHEN, C.-H.; LAI, C.-H.; LEE, C.-M.; CHEN, C.-C.; YANG, J.-C.; CHEN, K.-C.; CHAO, J.-S. Bone and joint protection ability of ceramic material with biological effects. The Chinese Journal of Physiology, v. 55, n. 1, p. 47–54, 2012.b.

LEUNG, T.-K.; CHEN, C.-H.; TSAI, S.-Y.; HSIAO, G.; LEE, C.-M. Effects of far infrared rays irradiated from ceramic material (Bioceramic) on psychological stress-conditioned elevated heart rate, blood pressure, and oxidative stress-suppressed cardiac contractility. The Chinese Journal of Physiology, v. 55, n. 5, p. 323–30, 2012.c.

LEUNG, T.-K.; KUO, C.-H.; LEE, C.-M.; KAN, N.-W.; HOU, C.-W. Physiological effects of bioceramic material: Harvard Step, resting metabolic rate and treadmill running assessments. Chinese Journal of Physiology, v. 56, n. 250, p. 1–7, 2013.

LEUNG, T.-K.; LEE, C.-M.; TSAI, S.-Y.; CHEN, Y.-C.; CHAO, J.-S. A Pilot Study of Ceramic Powder Far-Infrared Ray Irradiation (cFIR) on Physiology#: Observation of Cell Cultures and Amphibian Skeletal Muscle. Chinese Journal of Physiology, v. 54, n. 252, p. 247–254, 2011.a.

LEUNG, T.-K.; LIN, Y.-S.; HSIAO, S.-Y.; LEE, C.-M.; CHANG, H.-T.; CHEN, Y.-C. Direct and Indirect Effects of Ceramic Far Infrared Radiation on the Hydrogen Peroxide-scavenging Capacity and on Murine Macrophages under Oxidative Stress. Journal of Medical and Biological Engineering, v. 31, n. 5, p. 345–351, 2011.b.

48

MACHADO, F. A; KRAVCHYCHYN, A. C. P.; PESERICO, C. S.; DA SILVA, D. F.; MEZZAROBA, P. V. Incremental test design, peak “aerobic” running speed and endurance performance in runners. Journal of science and medicine in sport / Sports Medicine Australia, v. 16, n. 6, p. 577–82, 2013.

MALFATTI, C. R. M.; DE LAAT, E. F.; SOLER, L.; BRONKHORST, I. O uso de recursos ergogênicos e seus efeitos na saúde e performance de atletas. Cinergis, v. 9, n. 1, p. 7–14, 2008.

MCLAUGHLIN, J. E.; HOWLEY, E. T.; BASSETT, D. R.; THOMPSON, D. L.; FITZHUGH, E. C. Test of the classic model for predicting endurance running performance. Medicine and science in sports and exercise, v. 42, n. 5, p. 991–7, 2010.

MIDGLEY, A. W.; MCNAUGHTON, L. R.; JONES, A. M. Training to enhance the physiological determinants of long-distance running performance: can valid recommendations be given to runners and coaches based on current scientific knowledge? Sports Medicine, v. 37, p. 857–880, 2007.

MIRANDA, E. F.; LEAL-JUNIOR, E. C. P.; MARCHETTI, P. H.; CORSO, S. D. Acute effects of light emitting diodes therapy (LEDT) in muscle function during isometric exercise in patients with chronic obstructive pulmonary disease: preliminary results of a randomized controlled trial. Lasers in Medical Science, v. 29, p. 359–365, 2014.

NÉDÉLEC, M.; MCCALL, A.; CARLING, C.; LEGALL, F.; BERTHOIN, S.; DUPONT, G. Recovery in soccer: part II-recovery strategies. Sports Medicine, v. 43, n. 1, p. 9–22, 2013.

NOAKES, T. D.; MYBURGH, K. H.; SCHALL, R. Peak treadmill running velocity during the VO2 max test predicts running performance. Journal of sports sciences, v. 8, p. 35–45, 1990.

NOPONEN, P. Effects of far infrared warm on recovery in power athletes during a 5-day training period. [s.l.] University of Jyväskylä, 2013.

PAOLILLO, F. R.; CORAZZA, A. V.; BORGHI-SILVA, A.; PARIZOTTO, N. A.; KURACHI, C.; BAGNATO, V. S. Infrared LED irradiation applied during high-intensity treadmill training improves maximal exercise tolerance in postmenopausal women: a 6-month longitudinal study. Lasers in Medical Science, v. 28, n. 2, p. 415–22, 2013.

PAOLILLO, F. R.; MILAN, J. C.; ANICETO, I. V.; BARRETO, S. G.; REBELATTO, J. R.; BORGHI-SILVA, A.; PARIZOTTO, N. A.; KURACHI, C.; BAGNATO, V. S. Effects of infrared-LED illumination applied during high-intensity treadmill training in postmenopausal women. Photomedicine and Laser Surgery, v. 29, n. 9, p. 639–45, 2011.

PARENTE, M. Análise do efeito do LED (Light Emitting Diode) de 640nm no modelo experimental de tendinopatia traumática em ratos desnutridos . [s.l.] Universidade Nove de Julho, 2012.

POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do Exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e desempenho. 6. ed. Barueri: Manole, 2009. p. 645

49

PRICE, D. D.; MCGRATH, P. A; RAFII, A.; BUCKINGHAM, B. The validation of visual analogue scales as ratio scale measures for chronic and experimental pain. Pain, v. 17, n. 1, p. 45–56, 1983.

ROLLO, I.; WILLIAMS, C.; NEVILL, A. Repeatability of scores on a novel test of endurance running performance. Journal of sports sciences, v. 26, p. 1379–1386, 2008.

SANTOS, T. M.; RODRIGUES, A. I.; GRECO, C. C.; MARQUES, A. L.; TERRA, B. S.; OLIVEIRA, B. R. R. VO2máx estimado e sua velocidade correspondente predizem o desempenho de corredores amadores. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 14, n. 2, p. 192–201, 2012.

SAUNDERS, P. U.; COX, A. J.; HOPKINS, W. G.; PYNE, D. B. Physiological measures tracking seasonal changes in peak running speed. International journal of sports physiology and performance, v. 5, p. 230–238, 2010.

SCHUBERT, M. M.; ASTORINO, T. A Systematic Review of the Efficacy of Ergogenic Aids for Improving Running Performance. Journal of Strength and Conditioning Research, v. 27, n. 6, p. 1699–1797, 2013.

SERAFIM, K. G. G.; RAMOS, S. DE P.; LIMA, F. M.; CARANDINA, M.; FERRARI, O.; DIAS, I. F. L.; TOGINHO FILHO, D. DE O.; SIQUEIRA, C. P. C. M. Effects of 940 nm light-emitting diode (led) on sciatic nerve regeneration in ratsLasers in Medical Science, 2012.a.

SERAFIM, K. G. G.; RAMOS, S. DE P.; LIMA, F. M.; CARANDINA, M.; FERRARI, O.; DIAS, I. F. L.; TOGINHO FILHO, D. DE O.; SIQUEIRA, C. P. C. M. Effects of 940 nm light-emitting diode (led) on sciatic nerve regeneration in ratsLasers in Medical Science, 2012.b.

SIRI, W. E. Techniques for measuring body composition. Washington, DC: National Academy Press, 1961.

SMITH, K. C. Letter to the Editor Laser (and LED) Therapy Is Phototherapy. Photomedicine and Laser Surgery, v. 23, n. 1, p. 78–80, 2005.

TULLBERG, M.; ALSTERGREN, P. J.; ERNBERG, M. M. Effects of low-power laser exposure on masseter muscle pain and microcirculation. Pain, v. 105, n. 1-2, p. 89–96, 2003.

VALLE, X.; TIL, L.; DROBNIC, F.; TURMO, A.; MONTORO, J. B.; VALERO, O.; ARTELLS, R. Compression garments to prevent delayed onset muscle soreness in soccer players. Muscles, Ligaments and Tendons Journal, v. 3, n. 4, p. 295–302, 2013.

VATANSEVER, F.; HAMBLIN, M. R. Far infrared radiation ( FIR ): Its biological effects and medical applications. Photon Lasers Med, v. 1, n. 4, p. 255–266, 2012.

VIEIRA, W. H. DE B.; FERRARESI, C.; PEREZ, S. E. DE A.; BALDISSERA, V.; PARIZOTTO, N. A. Effects of low-level laser therapy (808 nm) on isokinetic muscle performance of young women submitted to endurance training: a randomized controlled clinical trial. Lasers in Medical Science, v. 27, n. 2, p. 497–504, 2012.

50

WHITE, J. P.; WILSON, J. M.; AUSTIN, K. G.; GREER, B. K.; ST, N.; PANTON, L. B. Journal of the International Society Effect of carbohydrate-protein supplement timing on acute exercise-induced muscle damage. Journal of The International Society of Sports Nutrition, v. 5, n. 5, p. 1–7, 2008.

XU, X.; ZHAO, X.; LIU, T. C.-Y.; PAN, H. Low-intensity laser irradiation improves the mitochondrial dysfunction of C2C12 induced by electrical stimulation. Photomedicine and Laser Surgery, v. 26, n. 3, p. 197–202, 2008.

51

ANEXOS

52

ANEXO A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Caro (a) participante, Gostaríamos de convidá-lo (a) a participar como voluntário (a) do estudo intitulado “Comparação entre a utilização de roupas impregnadas com nanopartículas de cerâmica emissoras de Infravermelhos Longos (IVL) e a aplicação de Diodos Emissores de Luz (LED) na performance de corrida de 10km” desenvolvido pela aluna de graduação Julia Pedrosa Furlan sob a orientação da Profa. Dra. Fabiana Andrade Machado do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá. O objetivo do estudo será verificar a influência da utilização de roupas impregnada com nano partículas de cerâmica emissora de IVL e da aplicação de LED na performance de corrida de 10km. Os resultados desta investigação contribuirão para fortalecer recursos eficazes, seguros e de fácil aplicação em contextos esportivos e relacionados à saúde, que cumpram o objetivo de elevar os níveis de desempenho aeróbio sem interferir no treinamento. Local de realização dos testes Os testes de laboratório e demais procedimentos serão realizados no Laboratório de Fisiologia do Esforço (LABFISE – UEM, Bloco H-79 Sala 107) junto ao Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade Estadual de Maringá (DFS/UEM), e na Pista de Atletismo vinculada ao Departamento de Educação Física (DEF/UEM) em datas previamente agendadas devendo os participantes comparecerem devidamente alimentados e preparados para tal. Procedimentos dos testes Os participantes serão submetidos primeiramente à avaliação corporal (ex.: peso e altura). Após este processo, eles comparecerão à pista de atletismo (400m) para familiarização e, posteriormente, para realização da realização de cinco performances de 10km, separadas por um intervalo mínimo de 72 horas. Anteriormente à cada performance os participantes serão instruídos a vestirem a roupa fornecida pelo pesquisador, realizarão uma avaliação da variabilidade da frequência cardíaca em repouso para medir a atividade do coração e responderão aos questionários Profile of Mood States – POMS e ao Daily Analysis of Life Demands in Athletes – DALDA e uma escala para avaliação do estado de dor. Ao início e ao fim de cada performance, serão coletados 25μL de sangue do lóbulo da orelha dos participantes para determinação da concentração de lactato – tais coletas serão feitas por uma pessoa que tem conhecimento e experiência na realização do procedimento. Em todas as performances os participantes serão instruídos a correr na maior velocidade possível, sendo o tempo de prova registrado para cálculo da velocidade média. Todas as performances serão realizadas no período da noite (17h às 21h) e será monitorada a frequência cardíaca a percepção subjetiva do esforço (PSE) a cada volta. Aplicação de LED Estudos prévios com animais e humanos mostram segurança na aplicação de LED. Para tal procedimento será utilizado o método pontual com contato direto do equipamento sobre o local irradiado; a aplicação ocorrerá antes de cada performance com duração de 30 segundos em cada ponto, ao longo do eixo de distribuição das fibras musculares do quadríceps. O comprimento de onda será de 630 nm com frequência contínua e energia irradiada de 200J. Potenciais Riscos Os responsáveis pelos testes e sessões de treinamento comprometem-se em realizá-los dentro dos padrões e normas de segurança, mostrando-se conhecedores dos procedimentos a serem realizados. Informamos que os possíveis desconfortos que poderão ocorrer após a realização dos testes e sessões de treinamento como: cansaço, dor muscular e transpiração serão semelhantes aos já sentidos durante a prática rotineira de exercícios físicos, visto que como praticantes regulares de exercício físico essas sensações são habitualmente sentidas, mas em nada acarretam em dano ao organismo. Antes do início das avaliações será necessária a apresentação de um laudo cardiológico, atestando e assegurando plenas condições físicas para a participação no projeto. Potenciais Benefícios

53

Com a obtenção de dados específicos sobre a atuação das roupas impregnadas com cerâmica e sobre o LED, poderemos fortalecer recursos eficazes, seguros e de fácil aplicação em contextos esportivos relacionados à saúde, que cumpram o objetivo de elevar os níveis de desempenho aeróbio sem interferir no treinamento. Desta forma, estes serão os benefícios esperados e conferidos aos participantes deste projeto, bem como a avaliação gratuita dos parâmetros propostos. Divulgação dos resultados obtidos Os participantes tomarão conhecimento de todos os resultados obtidos no trabalho. Todos os dados advindos da pesquisa serão de propriedade do pesquisador e serão divulgados em congressos e revistas de caráter científico pertinentes a área de aplicação na forma de artigos, para tanto, sempre se resguardará a identidade dos participantes não havendo nenhum outro interesse que não o científico na divulgação dos resultados. Portanto, necessitamos do consentimento dos senhores tanto para a realização dos testes quanto para que os dados obtidos possam ser divulgados na literatura científica da área. Informamos que a participação é totalmente voluntária, com plena liberdade para negarem o consentimento ou retirarem-se do estudo a qualquer momento. Também informamos que os participantes não receberão nenhuma forma de pagamento como também, não possuirão despesas financeiras por participarem das avaliações. Responsabilidade sobre os procedimentos experimentais Os responsáveis pelos testes comprometem-se em realizá-los dentro dos padrões e normas de segurança, mostrando-se conhecedores dos procedimentos a serem realizados. Os possíveis desconfortos sentidos após a realização dos testes como cansaço, dor muscular, transpiração serão semelhantes aos sentidos pelos senhores durante a prática rotineira de exercícios físicos. Para participação no estudo será necessário a apresentação de um laudo cardiológico, atestando e assegurando plenas condições físicas de participar dos testes de esforço. Qualquer pergunta ou dúvidas em relação aos procedimentos utilizados no projeto deverão ser dirigidas aos responsáveis pela realização do mesmo, que estarão sempre à disposição para maiores esclarecimentos: Julia Pedrosa Furlan, Tel. (44) 91520687; Profa. Dra. Fabiana Andrade Machado; end: DEF – UEM, Bloco M06 sala 06 Tel. (44) 8834-4038. Dúvidas em relação aos aspectos éticos da pesquisa poderão ser esclarecidas pelo Comitê Permanente de Ética em Pesquisa (COPEP) envolvendo Seres Humanos da UEM; end: Universidade Estadual de Maringá – Av. Colombo 5790, Campus Sede da UEM. Bloco da Biblioteca Central (BCE) Tel (44) 3011 – 4444. E-mail: [email protected] Eu,__________________________________, portador do documento de identidade n°____________________, após ter lido, entendido e esclarecido todas as minhas dúvidas referentes a este estudo, CONCORDO VOLUNTARIAMENTE em participar do projeto autorizando a realização de todos os procedimentos e consentindo com a posterior divulgação científica dos dados obtidos. __________________________________ Data: ___/___/___ Assinatura do(a) participante _______________________ _____________________ Julia Pedrosa Furlan Prof. Dra. Fabiana Andrade Machado Orientadora

54

ANEXO B - Laudo Cardiológico

Anexo III

!

55

ANEXO C – Aprovação do Comitê de Ética

56

57

ANEXO D - Profile of Mood States (POMS)

Anexo IV: Profile of Mood States – POMS

Nome: _________________________________________ Data: ____/_____/__________

Para cada adjetivo abaixo indique o que melhor representou seus sentimentos no dia de hoje, segundo a escala abaixo:

0 = de jeito nenhum 1 = um pouco 2 = moderadamente 3 = bastante 4 = extremamente !

1. Cordial ____ 23. Indigno____ 45. Desesperado ____

2. Tenso____ 24. Vingativo ____ 46. Vagoroso ____

3. Zangado ____ 25. Simpático ____ 47. Rebelde ____

4. Cansado ____ 26. Desconfortável ____ 48. Desamparado ____

5. Infeliz ____ 27. Inquieto ____ 49. Entediado ____

6. Lúcido ____ 28. Disperso (incapaz de se concentrar) ____ 50. Espantado ____

7. Animado ____ 29. Fadigado ____ 51. Alerta ____

8. Confuso ____ 30. Prestativo ____ 52. Enganado ____

9. Arrependido ____ 31. Aborrecido ____ 53. Furioso ____

10. Trêmulo ____ 32. Desencorajado ____ 54. Eficiente ____

11. Desatento/ Desinteressado ____ 33. Ressentido ____ 55. Confiante ____

12. Perturbado ____ 34. Nervoso ____ 56. Disposto ____

13. Atencioso ____ 35. Solitário ____ 57. Mal humorado ____

14. Triste ____ 36. Miserável ____ 58. Inútil ____

15. Ativo ____ 37. Atrapalhado ____ 59. Esquecido ____

16. Irritado ____ 38. Alegre ____ 60. Despreocupado ____

17. Queixoso ____ 39. Amargurado ____ 61. Apavorado ____

18. Deprimido ____ 40. Exausto ____ 62. Culpado ____

19. Energético ____ 41. Ansioso ____ 63. Vigoroso ____

20. Em pânico ____ 42. Pronto pra brigar ____ 64. Indeciso ____

21. Desesperançado ____ 43. Boa índole ____ 65. Esgotado ____

22. Relaxado ____ 44. Melancólico ____

58

ANEXO E - Daily Analysis of Life Demands in Athletes (DALDA)

Nome: _________________________________________Data:___/_____/__________

FAÇA UM CÍRCULO em volta da resposta apropriada ao lado de cada item. a = pior que o normal b = normal c = melhor que o normal

PARTE A

1. a b c Dieta 2. a b c Vida doméstica 3. a b c Escola/faculdade/trabalho 4. a b c Amigos 5. a b c Treinamento e Exercício 6. a b c Clima 7. a b c Sono 8. a b c Lazer 9. a b c Saúde

Questões referentes à parte A do DALDA

1 – Dieta. Considere se está comendo regularmente e em quantidades adequadas. Está pulando refeições? Gosta das suas refeições? 2 – Vida doméstica. Tem tido discussões com seus pais, irmãos ou irmãs? Pedem que faça muitas tarefas em casa? Como está seu relacionamento com sua esposa / seu esposo? Houve alguns acontecimentos diferentes em sua casa com relação à sua família?

3 – Escola/Faculdade/Trabalho. Considere a quantidade de trabalho que está realizando lá. Precisa fazer mais ou menos em casa ou no seu próprio tempo? Como estão suas notas e avaliações? Pense em como está interagindo com administradores, professores, ou chefes.

4 – Amigos. Tem perdido ou feito amigos? Tem tido discussões ou problemas com seus amigos? Estão lhe cumprimentado mais ou menos? Tem passado mais ou menos tempo com eles? 5 – Treinamento e Exercício. Quanto e com que frequência está treinando? Os níveis de esforço exigido são fáceis ou difíceis? Consegue se recuperar adequadamente entre esforços? Está gostando/curtindo seu esporte? 6 – Clima. Está muito quente, frio, molhado, ou seco? 7 – Sono. Está dormindo o suficiente? Está dormindo demais? Consegue dormir quando quer? 8 – Lazer. Considere as atividades que pratica além do seu esporte. Estão consumindo tempo demais? Competem com sua dedicação ao seu esporte? 9 – Saúde. Tem alguma infecção, resfriado, ou outro problema temporário de saúde.

59

PARTE B

1. a b c Dores Musculares 14. a b c Sono suficiente 2. a b c Técnica 15. a b c Recuperação entre sessões 3. a b c Cansaço 16. a b c Fraqueza generalizada 4. a b c Necessidade de descansar 17. a b c Interesse 5. a b c Trabalho Suplementar 18. a b c Discussões 6. a b c Tédio/Aborrecido 19. a b c Irritações da pele 7. a b c Tempo de recuperação 20. a b c Congestão 8. a b c Irritabilidade 21. a b c Esforço no treinamento 9. a b c Peso 22. a b c Temperamento/Humor

10. a b c Garganta 23. a b c Inchaço 11. a b c Internamente 24. a b c Amabilidade 12. a b c Dores não explicadas 25. a b c Coriza 13. a b c Força da técnica

Questões referentes à parte B do DALDA 1 – Dores musculares. Tem dores nas articulações e / ou músculos? 2 – Técnica. Como se sente em relação às suas técnicas? 3 – Cansaço. Qual é seu estado geral de cansaço? 4 – Necessidade de descanso. Sente necessidade de descansar entre sessões de treinamento? 5 – Trabalho suplementar. O quão forte você se sente quando faz treinamento suplementar (e.g., pesos, trabalhos de resistência, alongamento)? 6 – Tédio. Quão tedioso/chato/maçante é o treinamento? 7 – Tempo de recuperação. Os tempos de recuperação entre cada esforço de treinamento devem ser mais longos? 8 – Irritabilidade. Você está irritável? As coisas mexem com seus nervos? 9 – Peso. Como está seu peso? 10 – Garganta. Tem notado dor e irritação na sua garganta? 11 – Internamente. Como se sente internamente? Tem tido prisão de ventre, enjôo de estômago, etc.? 12 – Dores não explicadas. Tem dores não explicadas? 13 – Força da técnica. Como se sente em relação à força de suas técnicas? 14 – Sono suficiente. Está dormindo o suficiente? 15 – Recuperação entre sessões. Está cansado antes de iniciar a segunda sessão de treinamento do dia? 16 - Fraqueza generalizada. Sente fraqueza generalizada? 17 – Interesse. Percebe que está mantendo interesse em seu esporte? 18 – Discussões. Está tendo querelas e discussões com as pessoas? 19 – Irritações de pele. Está tendo irritações e brotoejas/erupções não explicadas na pele? 20 – Congestão. Está tendo congestão nasal e/ou sinusite? 21 – Esforço no treinamento. Sente que pode dar seu melhor esforço no treinamento? 22 – Temperamento. Perde o bom humor? 23 – Inchaço. Tem inchaço das glândulas linfáticas debaixo dos braços, debaixo dos ouvidos, na virilha, etc.? 24 – Amabilidade. As pessoas parecem gostar de você? 25 – Coriza. Tem corrimento nasal?

60

ANEXO F - Escala Visual Analógica

Adaptado de Fitzgerald et al. (1991)

61

APÊNDICES

62

APÊNDICE A - Ficha de Anamnese

FICHA DE ANAMNESE

Nome: Data de Nascimento: Email: Telefone: Celular: Em caso de emergência, avisar: 1) Tem algum problema de saúde? ( ) Sim ( ) Não Se sim, qual? 2) Toma algum medicamento? ( ) Sim ( ) Não Se sim, qual e para quê? 3) Tem problema cardíacos? ( ) Sim ( ) Não Possui histórico de problemas cardíacos na família? ( ) Sim ( ) Não Se sim, qual? 4) Tem diabetes? ( ) Sim ( ) Não Possui casos de diabetes na família? ( ) Sim ( ) Não 5) Tem problemas respiratórios (asma, bronquite etc)? ( ) Sim ( ) Não Possui casos de problemas respiratórios na família? ( ) Sim ( ) Não Se sim, qual? 6) Sente dores de cabeça, dores no peito ou em outras partes do corpo? ( ) Sim ( ) Não Se sim, em qual região? 7) Sente falta de ar quando pratica algum tipo de exercício? ( ) Sim ( ) Não 8) Sente tonturas, vertigens? ( ) Sim ( ) Não 9) Tem ou já teve problema de desmaio ou convulsões? ( ) Sim ( ) Não 10) Tem ou já teve problemas gástricos? ( ) Sim ( ) Não 11) Já fez alguma cirurgia? ( ) Sim ( ) Não Se sim, qual? 12) Já foi hospitalizado? ( ) Sim ( ) Não Se sim, por qual motivo? 13) Já sofreu alguma fratura? ( ) Sim ( ) Não Se sim, especifique o local: As próximas informações devem ser referentes à prática de exercícios físicos: 14) Você pratica atividade/exercício físico? ( ) Sim ( ) Não Se sim, responda as próximas questões: 15) Qual atividade/exercício físico você pratica? 16) Quantas vezes por semana? 17) Qual o volume de treino/duração de cada treino? 18) Como controla a intensidade do treino? 19) Já participou de competições? Em qual modalidade?

63

20) Há algum outro detalhe de sua performance/treino que gostaria de relatar? As próximas informações devem ser referentes ao treinamento de corrida: 21) Treina/pratica corrida há quanto tempo? 22) Quantas vezes treina por semana? 23) Quantos quilômetros corre por semana? 24) Quanto quilômetros corre por treino? 25) Como são os treinos? Corre em qual velocidade? Como controla a intensidade? 26) Qual o melhor tempo já obtido em prova de 5km e 10km? 27) Qual o melhor tempo nos últimos 3 meses em prova de 5km e 10km? As próximas informações devem ser referentes à nutrição e outros assuntos: 28) Você faz acompanhamento nutricional? ( ) Sim ( ) Não Se sim, há quanto tempo? 29) Você fuma? ( ) Sim ( ) Não 30) Consome bebidas alcoólicas? ( ) Sim ( ) Não Se sim, qual tipo e com que frequência? 31) Costuma ter episódios de gripes, resfriados, alergias ou outras patologias frequentemente? ( ) Sim ( ) Não 32) Como você definiria seu nível de stress ultimamente? ( ) Alto ( ) Médio ( ) Baixo 33) Quantos copos de água você bebe diariamente? 34) Quantas refeições você costuma fazer diariamente? 35) Assinale as refeições que você faz diariamente: ( ) Café da manhã ( ) Lanche da manhã ( ) Almoço ( ) Café da tarde ( ) Jantar ( ) Ceia 36) Assinale os motivos pelos quais você não consegue fazer algumas refeições: ( ) Falta de tempo ( ) Preguiça ( ) Não tem fome ( ) Esquece ( ) Medo de engordar ( ) Outros 37) Você consome suplementos alimentares/nutricionais? ( ) Sim ( ) Não 38) Quantos tipos de suplemento você consome? ( ) 1 tipo ( ) 2 tipos ( ) 3 tipos ( ) Mais de 3 39) Que tipo de produto você consome? ( ) Aminoácidos ou concentrados proteicos; ( ) Vitaminas; ( ) Carboidratos ( ) Creatina ( ) Minerais ( ) Queimadores de gordura ( ) Bebida isotônica ( ) Outros Qual a quantidade diária? 40) Quem te indicou a suplementação?