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Universidade Estadual de Londrina CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO AS CARACTERÍSTICAS ANTROPOMÉTRICAS E MOTORAS NO MOMENTO PRÉ E COMPETITIVO DE JOGADORES DE FUTEBOL DA CATEGORIA SUB-15 DA CIDADE DE LONDRINA-PR. Vinícius Alberto Jorge Pereira LONDRINA – PARANÁ 2012

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Universidade

Estadual de Londrina

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

AS CARACTERÍSTICAS ANTROPOMÉTRICAS E MOTORAS NO MOMENTO PRÉ E COMPETITIVO DE JOGADORES DE FUTEBOL DA CATEGORIA SUB-15

DA CIDADE DE LONDRINA-PR.

Vinícius Alberto Jorge Pereira

LONDRINA – PARANÁ

2012

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EPÍGRAFE

"O futuro tem muitos nomes. Para os fracos, é o inatingível. Para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes, a oportunidade."

Victor Hugo.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus professores do curso de Educação Física que me ensinaram tudo o que sei hoje, aos amigos de Osasco e Londrina que sempre me apoiaram no tempo que aqui estive e me deram uma força muito grande.

Ao meu professor e orientador Márcio Teixeira que fora paciente e me ajudou em muitas partes do trabalho, sem ele eu não teria concluído esta pesquisa de forma alguma.

A minha banca que se mostrou prestativa e que me deu a oportunidade de provar meus conhecimentos.

A toda minha família e parentes, inclusive os da cidade de Londrina que me deram uma força muito grande durante esses quatro anos que aqui estudei e residi.

E por último e não menos especial ao meu pai, Valdir de Freitas Pereira, a minha mãe, Florinda Rosa Jorge Pereira, e a minha irmã, Vivian Jorge Pereira, que me deram a oportunidade de aqui estar, que fizeram o possível e o impossível para que este dia finalmente chegasse, eu não tenho como agradecer tudo o que fizeram por mim, nada no mundo se compara a minha gratidão, amo muito todos vocês.

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PEREIRA, Vinícius Alberto Jorge. As características antropométricas e motoras no momento pré e competitivo de jogadores de futebol da categoria sub-15 da cidade de Londrina-PR. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2012.

RESUMO

Este trabalho buscou apresentar as medidas antropométricas e os índices das capacidades motoras de atletas da categoria Sub-15 de Londrina. Para tal foram realizados os testes de força de salto vertical para membros inferiores, e teste yoyo e 30 metros para resistência e velocidade respectivamente. As medidas antropométricas coletadas foram massa corporal, percentual de gordura, e estatura. A pesquisa tem um delineamento descritivo e quantitativo, e foi validada através do teste estatístico Shapiro-Wilk, No caso de distribuição normal, foi utilizado Test T Student, nos de não distribuição normal, utilizamos o teste de Mann-Whitney, a análise dos dados foi feitas através do programa SPSS, versão 17.0. No quesito percentual de gordura observamos um grande aumento, caracterizado possivelmente por técnicas diferenciadas na coleta desses dados. Quanto a força, o aumento foi confirmado demonstrando que o treinamento surtiu efeito, trazendo melhoras nos saltos verticais. A velocidade sofreu melhorou entre o período pré e competitivo, isso se deve a boa aplicabilidade dos treinos aeróbicos na pré-temporada e de velocidade, o que influiu nos ganhos de velocidade. Houve melhoras não significativas em distância percorrida e VO2Max, esses resultados apesar de insignificantes estatisticamente, são de mais valias para uma modalidade que se prende a bastante detalhes.

Palavras-chave: Futebol; testes; força; resistência; velocidade; antropometria; perfil.

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PEREIRA, Vinícius Alberto Jorge. The anthropometric characteristics and motor skill in pre and competitive season in soccer players of U-15 category from Londrina-PR. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2012.

ABSTRACT

This study aimed to present the anthropometric measurements and indices of the motor skills of players from U-15 category of Londrina. For this were performed the strength test vertical jump for inferior members, and yoyo test and 30 meters for resistance and speed respectively. The anthropometric measurements were body mass, fat percentage, and height. The research is descriptive and quantitative, and has been validated through the Shapiro-Wilk statistical test, in the case normal distribution student’s t test was used, if the Mann-Whitney test was used, data analysis was performed through the program SPSS version 17.0. On fat percentage we observed a large increase, possibly characterized by different techniques in collecting such data. As for strength, the increase was confirmed by demonstrating that the training worked, bringing improvements in vertical jumps. The rate went up between the pre and competitive period, due to the good applicability of aerobic training in the preseason and speed training after the first test, which influenced the speed gains. There was no significant improvement in distance and VO2max, these results although statistically insignificant, are very useful for a sport that resolves itself around lots of details.

Key-words: Soccer; test; strength; resistance; speed; anthropometric; perfil.

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SUMÁRIO

RESUMO iii

ABSTRACT iv

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 01

1.1 Objetivos.................................................................................................... 04

1.1.1 Objetivos Gerais........................................................................................ 04

1.1.2 Objetivos Específicos................................................................................ 04

2 REVISÃO DA LITERATURA..................................................................... 05

2.1 Futebol...................................................................................................... 05

2.2 Preparação no futebol............................................................................... 05

2.2.1 Agilidade.................................................................................................... 05

2.2.2 Velocidade................................................................................................. 06

2.2.2.1 Velocidade de percepção.......................................................................... 06

2.2.2.2 Velocidade de antecipação........................................................................ 06

2.2.2.3 Velocidade de decisão.............................................................................. 07

2.2.2.4 Velocidade de reação................................................................................ 07

2.2.2.5 Velocidade de deslocamento ou movimento (Cíclica ou acíclica)............ 07

2.2.2.6 Velocidade de ação com bola................................................................... 08

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2.2.2.7 Velocidade habilidade............................................................................... 08

2.2.3 Força......................................................................................................... 09

2.2.3.1 Força máxima............................................................................................ 09

2.2.3.2 Resistência de força.................................................................................. 10

2.2.3.3 Força explosiva......................................................................................... 10

2.2.4 Flexibilidade............................................................................................... 10

2.2.5 Resistência.............................................................................................. 11

2.3 Testes motores no futebol........................................................................ 12

3 MÉTODOS............................................................................................... 13

3.1 População e amostra............................................................................... 13

3.2 Testes motores e medidas antropométricas............................................ 14

3.2.1 Teste de velocidade de corrida de 10 metros (V10m) e 30 metros

(V30m)...................................................................................................... 15

3.2.2 Teste de salto vertical................................................................................ 15

3.2.3 Teste de resistência yoyo.......................................................................... 16

3.2.4 Medidas antropométricas.......................................................................... 16

3.3 Análise estatística..................................................................................... 16

4 CRONOGRAMA....................................................................................... 17

5 RESULTADOS........................................................................................ 18

6 DISCUSSÃO........................................................................................ 21

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 23

8 REFERÊNCIAS........................................................................................ 24

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1 INTRODUÇÃO

O futebol é um esporte praticado em todo o mundo, obtendo índices

participativos muito elevados o que o torna um dos esportes mais internacionais.

O esporte traz muito prestígio aos atletas e também recompensa financeira

elevada para quem atingir o máximo escalão. No Brasil o futebol se transformou em

raiz, trouxe em si uma identidade própria gerada através de anos de conquistas e

prática. É mais do que comum encontrar meninos que desde cedo se idealizam

jogando nos grandes clubes nacionais e internacionais, desejando serem jogadores

profissionais, fruto de um processo histórico que transformou o futebol no Brasil em

praticamente religião.

Porém a realidade de um atleta de futebol vai muito além do que à maioria

dos torcedores conseguem imaginar, o atleta necessita se dedicar desde cedo à

profissão, passando por um processo semelhante à lapidação de um diamante,

onde segue uma rotina de treinamentos que vão englobar todo seu repertório motor,

tático e físico, que o transformarão em um futuro atleta.

Dentre as diversas capacidades necessárias para um atleta desempenhar

seu trabalho de modo satisfatório podemos elencar os aspectos mentais, técnicos,

táticos, físicos e antropomórficos. As principais valências físicas de um futebolista

são: Velocidade, Resistência, Força, Flexibilidade e Agilidade.

“Por resistência, entendemos normalmente a capacidade do esportista para

suportar a fadiga psicofísica.” (Weineck, 2005). Portanto, é como o atleta lida com o

cansaço psicológico e fisiológico, de forma a continuar desempenhando com

qualidade o seu trabalho dentro de campo.

A força segundo WEINECK (2005) é divida em duas, geral e específica,

sendo geral a força de todos os grupos musculares independentes da modalidade

esportiva, e específica, a forma de manifestação de uma modalidade determinada,

com relação aos grupos musculares específicos, isto é, os grupos musculares que

participam de uma determinada ação do esporte.

“A velocidade do jogador de futebol é uma capacidade de múltiplas facetas,

nela participam não somente a reação e as ações rápidas, a aceleração e os tiros

rápidos, a velocidade na condução da bola, os sprints e a parada, mas também o

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reconhecimento rápido e o aproveitamento da situação dada em cada momento.”

(Weineck, 2005). O atleta precisa ser rápido não somente em velocidade de

deslocamento, mas também cognitivamente e coordenativamente, para então ter

uma melhor interpretação do cenário à sua volta.

“Nós podemos conquistar dois objetivos quando treinamos a agilidade: A)

Melhora na força, equilíbrio, velocidade e coordenação. B) Melhora na resistência

aeróbica, ou a habilidade de repetir intervalos de trabalho de alta intensidade,

desafiando o sistema cardiovascular.” (Barnes & Attaway, 1996). Quanto mais ágil,

melhor o atleta desempenha as mudanças de direções, para além de trabalhar ao

mesmo tempo o sistema aeróbio/anaeróbio, melhorando também seu desempenho

enquanto estiver correndo.

Segundo Weineck (2005), a flexibilidade é a capacidade e qualidade do

desportista que lhe permite efetuar movimentos de uma grande amplitude em uma

ou em várias articulações.

Segundo Achour (1996), a idade escolar coincide com a maximização do

desenvolvimento da flexibilidade, proporcionando condições favoráreis para o seu

desenvolvimento, e que é mais fácil desenvolvê-la na infância, onde a tonicidade

muscular é menor e os ossos não estão totalmente calcificados.

A análise dos movimentos durante as partidas de futebol tem mostrado que

os jogadores percorrem uma distância de aproximadamente 11 Km (jogadores de

elite entre 9 e 14 Km ). Dentro deste percurso o jogador corre, anda, acelera, salta,

retorna e muda de direção. Os jogadores apresentam picos de velocidade e

algumas atividades de demanda energética que não são detectadas por analises

apenas da distancia percorrida, como por exemplo, aceleração, mudanças de

direção, desaceleração e saltos.

Em nível de composição corporal, alguns times trabalham com percentual

de gordura corporal entre 8-12%. O limiar anaeróbio tem sido utilizado como um

indicador da intensidade de treinamento, principalmente quando expresso em

termos de VO2max ou Velocidade de Corrida, apresentados em alguns estudos

entre 78% e 80,5% LA-%VO2max e 13,1 e 14,5 LA-VEL.

Durante a partida, o atleta pode alcançar níveis de concentração de lactato

sanguíneo de até 10 mmol, no entanto podem oscilar entre 2 a 14,3mmol.

Em relação a FC máxima, os jogadores da primeira divisão do futebol

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brasileiro, a partida é disputada a 86% da FC máxima, e que a zona de intensidade

mais freqüente foi entre 160-170 bpm.

Durante as partidas, os atletas perdem peso, com a alta da temperatura, os

atletas podem perder de 3-5 kg, o que corresponde aproximadamente de 4-5% do

peso corporal, sendo que perdas superiores a 5% podem levar a um decréscimo da

capacidade de trabalho de 30% (BANGSBO,1994).

Sendo o bom condicionamento físico um dos fatores determinantes para o

ótimo desempenho no alto rendimento, enxergo a necessidade de nos

preocuparmos e trazermos essas questões desde cedo às categorias de base, para

podermos formar os atletas cientes de que estão bem preparados para iniciarem

sua jornada profissional à primeira equipe.

Segundo Frisselli & Mantovani (1999), o futebol, dentre os esportes

coletivos, talvez seja o que mais precocemente inicia seu processo formativo de

forma sistemática e organizada. Entretanto, curiosamente é uma modalidade que

carece de pesquisa científica sobre os efeitos das atividades aplicadas a milhares

de crianças e jovens em suas escolas de formação, sejam de clubes ou

particulares.

Com um arsenal de informações não muito largo devido à maioria das

pesquisas voltadas às equipes profissionais, vejo a necessidade de expandirmos e

investigarmos mais afundo os jovens atletas à fim de obter uma formação de

qualidade às primeiras equipes, onde o atleta jogará profissionalmente.

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1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivos Gerais

Apresentar o perfil antropométrico e determinadas capacidades motoras de

jovens atletas de futebol do Paraná.

1.1.2 Objetivos Específicos

Identificar as capacidades motoras entre as posições da categoria Sub-15

da equipe Junior Team de Londrina, Paraná.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Futebol

Segundo Leal (2001) os pesquisadores e estudiosos do futebol tem dúvida

quanto a sua origem no Brasil, mas a ideia aceita sobre o nascimento é de 14 de

abril de 1895, em São Paulo. Segundo os pesquisadores, Charles Muller, nascido

em 1874, brasileiro descendente de ingleses, que estudava na Inglaterra, conheceu

o futebol e por ele se encantou. Quando voltou para o Brasil em 1894, trouxe as

duas primeiras bolas, uma delas, apelidaram de peluda por ainda conter pelos no

couro, e também trouxe uniformes e chuteiras. O registro diz que a primeira partida

oficial de futebol no Brasil foi disputada em São Paulo, na Várzea do Carmo, no ano

de 1894.

De acordo com a Editora Sprint (2006) as partidas de futebol podem ser

jogadas em campos naturais ou artificiais. O campo de jogo deve ser retangulares

com linhas laterais superiores a linha de metas. As traves serão colocadas no

centro da linha de metas a distância entre os postes é de 7,32 metros com a altura

de 2,44 metros. As partidas de futebol são disputadas por duas equipes com onze

jogadores, as equipes não poderão entrar em campo se tiver menos de sete

jogadores, cada equipe poderá realizar no máximo três substituições. As partidas

compreenderá dois períodos de 45 minutos, com um intervalo de 15 minutos entre o

primeiro período e o segundo, caso ocorra interrupção durante a partida o tempo

extra será acrescentado no final de cada período

2.2 Preparação Física no Futebol

2.2.1 Agilidade

De uma perspectiva do futebol, agilidade é a mudança rápida e fácil de

direção. Podemos obter dois resultados ao treinar a agilidade: A) Aumento da força,

equilíbrio, velocidade e coordenação - B) Aumentar a resistência aeróbica ou a

habilidade de repetir esforços intensos após intervalos, desafiando o sistema

cardiovascular.

Força, equilíbrio, velocidade e coordenação são aumentados através de

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repetições, para tanto são encorajados a adotarem uma postura correta na hora do

treino de agilidade, mantendo sempre seu centro de gravidade baixo, na qual ele

realiza ao flexionar os joelhos e deixar seu corpo ereto (ATTAWAY e BARNES,

1996).

2.2.2 Velocidade

As capacidades de velocidade dos desportistas são um conjunto de

propriedades funcionais que permitem a execução de ações motoras em um tempo

mínimo. Benedek e Palfai citado por Weineck (2004) complementam relatando que

a velocidade do jogador de futebol é uma capacidade verdadeiramente múltipla, à

qual pertencem não somente o reagir e agir rápido, a saída e a corrida rápidas, a

velocidade no tratamento com a bola, o sprint e a parada, mas também o

reconhecimento e a utilização rápida de certa situação.

É uma qualidade física complexa formada por diferentes capacidades

parciais psicofísicas, tais como: velocidade de percepção, velocidade de

antecipação, velocidade de decisão, velocidade de reação, velocidade de

movimento sem bola, velocidade de ação com bola e velocidade – habilidade.

2.2.2.1 Velocidade de Percepção

Segundo Weineck (2004), este tipo de velocidade se refere ao fato do

jogador filtrar o mais rápido possível grande quantidade de diferentes informações

cinestésicas, onde em primeiro plano estão, sobretudo, os estímulos ópticos e

acústicos, para a realização da tática do jogo. Com isso a quantidade de

informações dos sinais relevantes ao jogo pode ser filtrada o mais rápido possível,

havendo a necessidade, porém, de que a capacidade cognitiva de performance, a

“chamada inteligência de jogo”, esteja bem desenvolvida.

2.2.2.2 Velocidade de Antecipação

De acordo com Platonov (2004), as reações apropriadas e efetivas dos

desportistas (normalmente em situações complexas de jogos coletivos e

modalidades individuais) podem ser explicadas pela ocorrência de um tipo de

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reação de antecipação, presente na execução das ações. Neste caso o desportista,

não reage ao aparecimento de um sinal, mas advinha (no tempo e no espaço) o seu

começo e executa suas ações, antecipando o momento e o lugar das ações do seu

adversário ou de seu companheiro.

2.2.2.3 Velocidade de Decisão

A velocidade na tomada de decisão depende da capacidade do sistema

nervoso de analisar uma determinada situação de jogo e rapidamente reagir

(BOMPA, 2005). Os jogadores devem estar constantemente em vigilância, “ler” o

jogo e decidir a melhor ação, a partir de uma grande variedade de alternativas, o

jogador precisa decidir, em poucos segundos, o que fazer, para onde ir, a resposta

mais exata e qual habilidade utilizar para bloquear ou passar a bola, e como acabar

com os planos táticos do adversário.

2.2.2.4 Velocidade de Reação

A velocidade de reação é também uma qualidade humana hereditária e

representa o tempo entre a exposição a estímulos (ação do adversário ou, da bola)

e a primeira reação muscular, ou primeiro movimento realizado (BOMPA, 2005).

Conforme Weineck (2003) a velocidade de reação é determinada pela

rapidez de análise da situação, pelo processamento das informações obtidas e

execução de uma ação motora adequada. Portanto a capacidade de o jogador

reagir no menor tempo possível a um estímulo externo, representa um importante

fator na sua performance no futebol.

2.2.2.5 Velocidade de Deslocamento ou Movimento (Cíclica e Acíclica)

Capacidade para realização de movimentos cíclicos e acíclicos, sem bola,

em ritmo intenso (WEINECK, 2004).

Ainda segundo Weineck (2004), a velocidade acíclica trata de movimentos

em pequenos espaços, em ações isoladas, enquanto a velocidade cíclica compõe-

se de movimentos repetidos em velocidade ou corridas de velocidade – em espaços

amplos, com ações para ganhar espaço na forma de acelerações e de corridas. A

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velocidade cíclica pode ser subdividida ainda em velocidade básica, de sprint e

resistência de velocidade. A velocidade básica é idêntica à capacidade de

aceleração ou força de sprint. Ela se caracteriza pelo alto poder de aceleração, que

representa o componente mais importante da velocidade cíclica. A resistência de

sprint representa a capacidade de realizar vários sprints máximos, durante todo

jogo, sem que ocorra queda considerável na capacidade de aceleração.

A velocidade de deslocamento, comparada aos outros tipos de velocidade,

parece ter um caráter fundamental para o desempenho de jogadores de futebol,

tendo em vista que sua participação dentro do jogo se dá nos momentos mais

decisivos, através das jogadas de velocidade onde o atacante vence o seu

marcador chegando primeiro a bola e partindo em direção ao gol para a conclusão

ou no caso contrario, do zagueiro chegando primeiro na bola para interceptar um

chute a gol do seu oponente.

2.2.2.6 Velocidade de Ação com a Bola

A velocidade de ação com a bola representa principalmente um

componente coordenativo / técnico da velocidade no futebol (WEINECK, 2004). A

velocidade de ação com bola tem como base as capacidades parciais da

velocidade, ou seja, capacidade de percepção, de antecipação, de decisão e de

reação. Em contrapartida a velocidade de movimentos com a bola tem

componentes técnico/coordenativos como o toque da bola e as habilidades técnicas

(BAUER apud WEINECK, 2004).

2.2.2.7 Velocidade – Habilidade

Por velocidade – habilidade entende-se certa forma de velocidade complexa

e especifica para determinada modalidade esportiva. Ela possui característica de

execução que controla a velocidade dos processos cognitivos e motores das ações

de jogo técnico–táticas que são controladas emocional e motivacionalmente de

forma diversa – refletindo-se em dadas situações de jogo (SCHLIMPER; BRAUSKE;

KIRCHGÄSSNER citado por WEINECK , 2004). A velocidade – habilidade não é

sozinha uma capacidade para a realização da ação rápida, mas sim para

performances de precisão. Após termos visto a capacidade de velocidade em suas

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diversas faces, vemos o quanto difícil é treiná-la de forma a compreender todas

suas vertentes, desenvolvendo de forma harmônica, todas as capacidades para que

o resultado seja um indivíduo veloz em todos os aspectos. Segundo Stein citado por

Bortoncello (2004), não existe um método universal de treinamento de velocidade,

devido as suas diferentes manifestações em cada esporte.

2.2.3 Força

Esta talvez seja a mãe de todas outras propriedades motoras que o ser

humano possui, pois para que quaisquer uma das outras propriedades se

manifestem há necessidade do uso da força, por menor que seja o movimento,

sempre será realizado através de uma ação motora que, por sua vez, demanda a

produção de força para que o gesto aconteça. Então o conceito da força do ser

humano, segundo Platonov (2004), é entendido como a capacidade de superar ou

opor-se a uma resistência por meio da atividade muscular.

A força é um componente essencial no desempenho técnico – tático de uma

equipe de futebol. Ela é parte integrante do treinamento e seu desenvolvimento –

assim como o da potência muscular – é influenciado por vários fatores que resultam

em melhorias na eficiência competitiva (CARRAVETTA, 2001). A força, tal como a

velocidade, se manifesta de diferentes formas, a saber: na forma de Força Máxima,

Força Rápida (explosiva) e Força Resistente (ou resistência de força).

2.2.3.1 Força Máxima

A força Máxima abrange a capacidade máxima de produção de força do

desportista, durante uma contração muscular voluntária (PLATONOV, 2004). De

acordo com Carravetta (2001) o desenvolvimento da força máxima possibilita a

realização de movimentos rápidos diante de adversidades de nível mediano e

elevado, alem de conservar estreita relação com a força de resistência, já que a

quantidade de repetições com cargas elevadas depende exatamente da força

máxima. A força máxima ainda pode ser distinguida em força máxima estática ou

dinâmica. Segundo Weineck (2003), a força máxima depende dos seguintes

componentes: das estrias transversais dos músculos (linhas Z); da coordenação

intramuscular e intermuscular. O desenvolvimento da força máxima provoca um

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aumento do diâmetro muscular, implica a participação de um maior número de

unidades motoras no movimento, aumenta a força explosiva, melhora a

coordenação intramuscular e intermuscular e incrementa a capacidade de

armazenamento de fosfatos energéticos e de glicogênio (CARRAVETA, 2001).

2.2.3.2 Resistência de Força

A resistência de força para o jogador de futebol é a capacidade de se

manter produzindo força explosiva durante todo o jogo. Sendo que as principais

ações do jogo são realizadas pela força explosiva, que está propensa a fadiga.

Treinar essa capacidade possibilita um rendimento de alto nível durante

toda a partida. “Resistência de Força é a capacidade do organismo de resistir à

fadiga durante o trabalho de força prolongado.” (BOMPA, 2001, apud, SARGENTIM,

2010)

2.2.3.3 Força Explosiva

A força explosiva se manifesta na capacidade de superar uma resistência

com alta velocidade de contração muscular. (FORTEZA, 2006 apud SARGENTIM,

2010).

Os movimentos explosivos estão indicados para gestos rápidos, intensos e

de grande potencialização de força. Força é explosiva é a capacidade de

desenvolver, em um tempo muito breve, uma grande força contra um obstáculo de

peso modesto. O objetivo principal dentro dessa força é proporcionar aos atletas um

aumento na velocidade e agilidade (SARGENTIM, 2010).

2.2.4 Flexibilidade

No desporto de alto rendimento, muito comumente se utiliza o termo

flexibilidade, principalmente no momento em que se trata de definir o trabalho

realizado em grande amplitude articular.

É uma capacidade motora evidenciada pela amplitude dos movimentos das

diferentes partes do corpo em um determinado sentido, que depende tanto da

mobilidade articular quanto do alongamento muscular.

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Diferencia-se entre mobilidade especial, geral, ativa, passiva e estática:

fala-se de flexibilidade geral quando esta encontra-se em um nível razoavelmente

desenvolvido nos sistemas articulares mais importantes (articulação do ombro,

coxofemural, coluna). Fala-se de mobilidade especial quando a mesma relaciona-se

a uma determinada articulação. Então, por exemplo, o jogador de futebol necessita

de uma acentuada mobilidade coxofemural.

Relata que a falta de flexibilidade pode complicar e atrasar a assimilação

dos hábitos motores; limita os níveis de força, velocidade e coordenação; piora a

coordenação intra e intermuscular; diminui a economia de trabalho e aumenta a

probabilidade de lesões musculares, articulares e ligamentares.

2.2.5 Resistência

Como resistência entende-se a capacidade geral psicofísica de tolerância à

fadiga em sobrecargas de longa duração, bem como a capacidade de uma rápida

recuperação após sobrecargas. A resistência psíquica representa a capacidade de

poder suportar um estímulo que exija a diminuição da intensidade da atividade e,

por conseqüência retardar o quanto for possível a interrupção de uma sobrecarga. A

resistência física representa a capacidade de resistir à fadiga do organismo como

um todo e de cada um de seus sistemas isoladamente.

A resistência pode ser dividida em diferentes tipos, de acordo com suas

formas de manifestação e de interpretação. Sob o aspecto do metabolismo

muscular, diferencia-se em resistência aeróbia e anaeróbia; quanto à forma de

trabalho da musculatura, em resistência dinâmica e estática; e quanto às principais

exigências motoras, temos as resistências: de força, de força rápida, de força de

sprint e a de velocidade. Quanto ao aspecto temporal, teríamos finalmente a

diferenciação entre resistência de curta, media e longa duração.

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2.3 Testes Motores no Futebol

Braz et al., (2008) diagnosticar os níveis de desempenho motor,

principalmente em crianças e adolescentes, além de proporcionar importantes

informações para o desenvolvimento das capacidades motoras envolvidas em

diversas modalidades esportivas, pode favorecer a prevenção, conservação e

melhoria da capacidade funcional resultando em melhores condições de saúde e de

qualidade de vida para a população.

Lopes et al.. (2004) descrevem que é consensual o fato dos níveis

moderados a elevados de desempenho motor representar uma mais valia

inquestionável na qualidade de vida das crianças e adolescentes. De acordo com a

acentuação atribuída a determinadas componentes da aptidão física é usual pensar

em aptidão física relacionada com o rendimento desportivo-motor onde se avaliam

um conjunto diversificado de componentes ou capacidades que vão desde a força,

velocidade, resistência, etc.; ou com a saúde, onde os componentes se

circunscrevem a capacidades supostamente relacionadas com a saúde.

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13

3 MÉTODOS

O estudo se caracteriza por uma pesquisa de campo descritiva e

quantitativa. Para Marconi e Lakatos (2001) uma pesquisa de campo do tipo

descritiva, quantitativa é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e

obter respostas para um problema, consistem na observação de fatos na coleta de

dados e a realização de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema questão. Esse tipo

de pesquisa aborda quatro aspectos principais: descrição, registro, análise e

interpretação de fenômenos atuais objetivando seu funcionamento no presente.

A pesquisa quantitativa é um conjunto de regras básicas de como se deve

proceder a fim de produzir conhecimento dito científico, quer seja este um novo

conhecimento quer seja este fruto de uma integração, correção ou expansão da

área de abrangência de conhecimentos pré-existentes. Na maioria das disciplinas

científicas consiste em juntar evidências empíricas verificáveis baseadas na

observação sistemática e controlada, geralmente resultantes de experiências ou

pesquisa de campo - e analisá-las com o uso da lógica. Para muitos autores o

método científico nada mais é do que a lógica aplicada à ciência.

Segundo Thomas, Nelson e Silverman (2007), pesquisa descritiva tem por

premissa buscar a resolução de problemas melhorando as práticas por meio da

observação, análise e descrições objetivas, através de entrevistas com peritos para

a padronização de técnicas e validação de conteúdo.

3.1 População e Amostra

A população deste estudo foi de atletas da categoria Sub-15 do clube Junior

Team, de Londrina, Paraná.

A amostra constituiu 26 jogadores do gênero masculino, sendo a faixa

etária compreendida de 13 a 15 anos completa.

Os atletas foram selecionados de forma intencional a partir dos seguintes

critérios adotados:

1- Pertencer ao grupo selecionado pelo treinador para competições

principais.

2- Apresentar um bom índice técnico definido pelo treinador da categoria.

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3- Não apresentar nenhum tipo de lesão óssea, articular ou muscular e nem

ter um histórico muito recente destes tipos de lesão.

4- Atletas que tiveram um percentual de frequência superior a 90% nos

treinos físico-técnicos.

5- Os atletas devem ter apresentado ao clube o atestado médico que

autoriza a realização de atividades físicas.

3.2 Testes Motores e Medidas Antropométricas

Foram coletadas medidas antropométricas e motoras dos atletas no seus

locais de treinos diários, ambos testes, pré e durante competição foram coletados

em dias iguais da semana, ambos em uma segunda-feira e no mesmo período do

dia.

Testes de impulsão vertical e horizontal, com um único momento de

impulsão, são comumente empregados para a medida da potência muscular dos

membros inferiores. Em contrapartida, alguns estudos propõem, também, a

aplicação de testes com saltos múltiplos para avaliação da potência, a exemplo dos

saltos sêxtuplos, sejam eles realizados com pernas alternadas (BENELI et al., 2006;

PRUDÊNCIO, 2006; SOUZA et al., 2006) ou com uma mesma perna (PRUDÊNCIO,

2006).

Para a capacidade motora força, dos membros inferiores, fora utilizado a

execução do Salto Jump, a técnica de salto utilizada fora o “squat jump” (Komi &

Bosco, 1978), também o “contra movimento jump”, que é um salto de fácil

execução caracterizado por uma ação excêntrica seguido de uma concêntrica, o

saltador inicia-se na posição em pé, faz um movimento descendente preliminar pela

flexão de joelhos, quadris e tornozelos e, imediatamente, estende-os verticalmente

até saltar sobre a superfície do solo (LINTHORNE, 2001). E por último o “livre

contra movimento jump.

A potência aeróbica foi avaliada através do teste yoyo endurance

intermitente nível 2 seguindo o protocolo de Bangsbo (1996). Este teste consiste em

correr o máximo de tempo possível em regime de ida e volta num corredor de 20

metros de comprimento. A velocidade é imposta por sinais sonoros provenientes de

toca-fitas e/ou CD, nestes gravados o protocolo do teste. O teste termina com a

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desistência do sujeito ou sua incapacidade de acompanhar o ritmo imposto pelo

teste.

3.2.1 Teste de Velocidade de Corrida de 10 metros (V10m) e 30 metros (V30m)

Foi realizado o teste de velocidade de 10 (V10m) e 30m (V30m), conforme

procedimentos de Svensson e Drust (2005). Subtende-se que a primeira distância

representa a capacidade de aceleração do futebolista e a segunda sua velocidade

máxima, porém, ambas são relativamente independentes (LITTLE; WILIANS, 2005),

por isto a necessidade de observá-las separadamente. Exposto isto, para a

mensuração do tempo nos testes utilizamos o sistema de fotocélulas Velocity Test

6.0 CEFISE®. Cada futebolista realizou duas tentativas com intervalo de quatro a

cinco minutos de recuperação, o melhor tempo alcançado foi o considerado o ideal.

3.2.2 Teste de Salto Vertical

Para a capacidade motora força, dos membros inferiores, fora utilizado a

execução do Salto Jump, a técnica de salto utilizada fora o “squat jump” (Komi &

Bosco, 1978) onde os indivíduos se posicionam em pé, em cima do tapete,

pés paralelos, mãos no quadril, os joelhos flexionados à 90º (medidos através

de um goniômetro manual colocado com seu centro de rotação alinhado com

a linha intercondilar lateral do joelho direito). Para que o indivíduo tenha sua

tentativa validada ele deverá decolar e aterrissar com o seu centro de

gravidade, aproximadamente, na mesma posição para que não exista erros na

medida. Serão realizadas três tentativas e a melhor será utilizada, também o

“contra movimento jump”, que é um salto de fácil execução caracterizado por uma

ação excêntrica seguido de uma concêntrica, o saltador inicia-se na posição em pé,

faz um movimento descendente preliminar pela flexão de joelhos, quadris e

tornozelos e, imediatamente, estende-os verticalmente até saltar sobre a superfície

do solo (LINTHORNE, 2001). E por último o “livre contra movimento jump”, que

caracteriza um salto livre buscando alcançar a maior altura possível.

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3.3.3 Teste de Resistência YOYO

O Yoyo Teste de Recuperação Intermitente tem um ritmo progressivo

aumentado à medida de sinais sonoros. O protocolo é descrito e gravado em um

CD de teste ou arquivo mp3. Duas marcas são colocadas a uma distância de 20m

entre elas e uma área de descanso medindo 5m é colocada no lado inicial. O atleta

deve se deslocar de uma marca à outra numa velocidade que é determinada pelo

ritmo do áudio. A velocidade é regularmente aumentada a cada estágio. O indivíduo

deverá alcançar a marca antes do sinal sonoro. O teste ocorreu até o atleta sentir-

se incapacitado (fadiga) ou se o mesmo não alcançou duas marcas seguidas.

O objetivo do teste é de que o avaliado realize o maior número possível de

deslocamentos dentro do estímulo sonoro.

3.2.4 Medidas antropométricas

Os atletas foram medidos e avaliados nas seguintes variáveis:

Massa corporal, Estatura e Percentual de gordura, onde foram medidas as

seguintes dobras: Tricipital, Subescapular e Bicipital. Para a tirada das medidas foi

utilizado o compasso da marca Lange e a fórmula para cálculo do percentual de

gordura foi de Faulkner (0,153+5,783/100).

3.3 Análise Estatística

A análise dos dados foi realizada através de uma estatística descritiva

apresentando resultados médios, mínimo, máximo e desvio padrão da categoria

selecionada. Para testar a normalidade dos dados foi utilizado o teste Shapiro Wilk,

em seguida nos casos de distribuição normal, o Teste t de student foi aplicado, nos

casos de não distribuição normal o teste de Mann-Whitney para analise de

significância foi utilizado.

Os cálculos foram realizados utilizando-se um pacote estático do programa SPSS,

versão 17.0.

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4 CRONOGRAMA

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5 RESULTADOS

Tabela 1 - Características antropométricas e capacidades motoras dos períodos pré e competitivo dos jogadores da categoria sub 15 da equipe “Junior Team” da cidade de Londrina – Paraná.

N = 26 Período de Preparação

Período de Competição

∆ %

Sig

Idade (anos) 14,23 (± 0,51) ----- ---- ---- Estatura (m) 172,2 (± 0,06) ----- ---- ---- Massa corporal (kg) 63,16 (± 7,68) ----- ---- ---- Percentual de gordura 7,12 (± 2,81) 11,55 (± 5,07) 62,25 ,002* Velocidade – 10m (seg) 1,91 (± 0,07) 1,77 (± 0,08) -7,33 ,000* Velocidade – 30m (seg) 4,48 (± 0,15) 4,34 (± 0,15) -3,13 ,013* Squat jump (cm) 29,38 (± 3,38) 33,20 (± 3,26) 13,00 ,001* Contra movimento jump (cm) 32,27 (± 3,58) 35,56 (± 3,17) 10,20 ,011* Livre contra mov jump (cm) 40,79 (± 4,75) 42,13 (± 4,41) 3,29 ,517 Distância Percorrida (m) 1.466 (± 286) 1.536 (± 372) 4,77 ,068 VO2 máximo (ml/kg/min)-¹ 48,71 (± 2,39) 49,30 (± 3,13) 1,21 ,069

*Diferenças significativas com p 0,05

Na tabela 1, podem-se observar diferenças significativas com relação ao

Percentual de Gordura, com o p=0,002, nas Velocidades de 10 e 30 metros, com

p=0,000 e p=0,013 respectivamente e nos saltos Squat Jump com p=0,001 e no

Contra Movimento Jump com p=0,011.

Com relação ao salto Livre Contra Movimento Jump, VO2 máximo e

Distancia Percorrida no teste Yoyo Recovery Intermittent, não foram observadas

diferenças significativas entre o período pré e competitivo, com p=0,517, p=0,068 e

p=0,069, respectivamente.

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Tabela 2 – Resultados das medidas antropométricas por posição, no período pré e competitivo da categoria sub 15 da equipe Junior Team da cidade Londrina – Paraná.

Atleta Posição Idade (anos) Estatura (metros) Massa Corp. (kg) % Gordura

Pré – Comp Pré – Comp Pré – Comp Pré – Comp 3 Goleiros 14,00 – 14,30 1,78 – 1,78 73,93 – 73,93 9,76 – 15,97 5 Zagueiros 14,40 – 14,94 1,79 – 1,79 69,08 – 69,10 9,14 – 13,59 4 Laterais 14,00 – 14,70 1,66 – 1,66 57,53 – 57,50 6,98 – 10,07 8 Volantes 14,38 – 15,25 1,72 – 1,73 62,45 – 62,50 6,72 – 10,89 3 Meias 14,67 – 14,71 1,84 – 1,84 69,13 – 69,10 7,45 – 10,37 3 Atacantes 14,00 – 14,53 1,69 – 1,70 57,53 – 57,50 5,40 – 7,29

Na tabela 2 encontramos os valores mensurados do período pré e

competitivo, podemos observar grandes variações no percentual de gordura, tendo

aumentado em todas as posições.

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Tabela 3 – Resultados dos testes das capacidades físicas por posição no período

pré e competitivo da categoria sub 15 da equipe Junior Team da cidade de Londrina

– Paraná.

Atleta Posição V10m(seg) V30m(seg) SJ(cm) CMJ(cm) LCMJ(cm) DIST PER(m) VO2 MAX

Pré – Comp. Pré – Comp. Pré – Comp. Pré – Comp. Pré – Comp. Pré – Comp. Pré – Comp.

2 Goleiros 1,91 – 1,77 4,52 – 4,44 29,00 – 33,97 29,87 – 35,53 44,00 – 43,57 1220 – 1270 46,65 – 47,07 6 Zagueiros 1,93 – 1,43 4,48 – 4,36 27,52 – 31,40 30,94 – 34,94 40,20 – 42,04 1400 – 1416 48,16 – 48,29 4 Laterais 1,97 – 1,81 4,56 – 4,42 29,00 – 33,87 32,55 – 35,57 39,88 – 40,33 1360 – 1620 47,82 – 50,01 3 Volantes 1,92 – 1,80 4,46 – 4,31 29,81 – 32,77 32,56 – 34,28 38,46 – 39,00 1611,4 – 1893,3 49,94 – 52,30 3 Meias 1,84 – 1,74 4,46 – 4,32 30,77 – 32,20 33,43 – 36,65 43,63 – 44,55 1466,7 – 1160 48,72 – 46,14 8 Atacantes 1,94 – 1,71 4,40 – 4,21 31,03 – 36,30 34,73 – 38,50 42,37 – 47,33 1546,7 – 1520 49,39 – 49,17

Na tabela 3 encontramos uma diminuição significativa dos tempos de

velocidade V10m e V30m, também houve um grande aumento no Squat Jump e

Contra Movimento Jump.

Observamos também que os zagueiros foram os mais rápidos no período

competitivo enquanto os laterais tiveram o pior desempenho no V10m. Já no V30m

os atacantes tiveram o melhor desempenho, enquanto os goleiros tiveram os piores.

Nos três saltos os atacantes alcançaram a melhor marca. Os volantes

tiveram o melhor desempenho em distância percorrida e VO2Max.

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6 DISCUSSÃO

Após a verificação das tabelas, em um primeiro momento, analisando a

equipe em geral observamos diferenças significativas em percentual de gordura,

velocidade 10m e 30m, squat jump e contra movimento jump.

O percentual de gordura teve um grande aumento nesses três meses

indicando que os atletas ganharam muita massa gorda neste período (62,25%)

mesmo enquanto treinavam, acredito que essa diferença tenha ocorrido no

momento de coleta dos dados, pois durante o acompanhamento da avaliação das

medidas cutâneas possa ter ocorrido diferença na técnica de medição.

Nos testes de velocidade observamos decréscimos significativos tanto em

V10m e V30m, tendo V10m uma diminuição de 7,33% da velocidade de 10 metros

iniciais, e 3,13% da velocidade de 30 metros iniciais em relação ao período de

competição. Para Platonov (2008), um exagerado abuso de cargas de orientação

aeróbia é capaz de provocar mudanças no organismo, as quais dificultam a

elevação das capacidades de velocidade e coordenação, além da habilidade

técnico-tática. Visto que antes do primeiro teste realizado, os atletas já haviam

iniciado os treinos há um mês, treinando especificamente a resistência aeróbica, os

treinos foram bem aplicados, não interferindo negativamente no ganho de

velocidade, que teve seu aumento constatado no período competitivo.

Para os testes de Squat Jump e Contra Movimento Jump observamos

melhorias significativas nos valores. Após a realização do pré-teste iniciou-se os

treinamentos de força e velocidade, o que caracterizou a grande melhora nos

saltos.

Apesar de não ter sido considerado o fator maturacional dos atletas, Fleck e

Kraemer (2006) citam que as mudanças hormonais são responsáveis, em parte,

pelo aumento da força dos 11 aos 18 anos em ambos os gêneros. Adolescentes

podem aumentar a produção de força e hipertrofia muscular de uma maneira

acentuada com o treinamento de força em comparação a elevação natural

decorrente do crescimento. A explicação é o aumento das concentrações

sanguíneas de hormônios anabólicos que ocorrem principalmente durante a

puberdade, além do aumento desses hormônios em virtude do treinamento de

força. Com isso observamos que o treinamento de força em saltos verticais surtiu

efeito, o que pode também ter sido ajudado pelo processo maturacional.

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Também é interessante ressaltar que houve a inclusão dos goleiros nesta

pesquisa, sendo o mesmo um atleta de diferente condição física, técnica e tática

dentro da equipe. Entretanto vale salientar a importância da participação do mesmo,

por critérios de inclusão e socialização do grupo como um todo.

Vale ressaltar que o trabalho de um profissional de formação de atletas

deve focar no aumento progressivo das capacidades motoras e fisiológica dos

atletas, de modo que os mesmos possam estar evoluindo sempre.

Para finalizar gosto de lembrar que o futebol é definido nos pequenos

detalhes, detalhes esses, que podem ser desde melhoras em valências físicas até

melhoras em aspectos psicológicos, levando isso em conta, podemos fazer uma

analogia e dizer que por mais que um resultado seja insignificante estatisticamente,

qualquer melhora obtida é bem vinda, pois pode garantir vantagens dentro do jogo

real. Pudemos com isso observar um aumento na distância percorrida e VO2Max do

grupo, mostrando que as adaptações obtidas no primeiro mês de treino de

resistência aeróbica surtiram algum efeito, mesmo que mínimo, e por terem

previamente treinado resistência no primeiro mês, seus índices alteraram pouco

pois provavelmente já haviam subido significantemente neste primeiro mês..

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa mostrou sinais claros de melhoria nos saltos verticais,

mostrando que o treino de força fora apropriado para a categoria, mesmo que possa

ter sido influenciado por variáveis externo como a maturação, não contemplado por

nós nesse momento.

Também apontamos a redução da velocidade em 10 e 30 metros, o que foi

ocasionado pelo treinamento específico de velocidade após a primeira coleta dos

dados em março, também mostrando que o treinamento aeróbio inicial fora

adequado para não interferir em velocidade, que, porém trouxe melhorias, mesmo

que insignificantes, em distância percorrida e VO2Max. Isso nos remete a pensar

que aliado a esse treino deve-se também colocar, como cita GARCIA, MUIÑO e

TELEÑA (1977); SCHMID e ALEJO (2002) como um dos primeiros passos para a

aprendizagem e treinamento da velocidade, ensinar a técnica de corrida. Com a

aquisição dessa habilidade, o treinamento será otimizado, evitando erros futuros,

lesões por esforços realizados de forma incorreta, treinamento inadequado e

insuficiente, e um gasto energético desnecessário.

O percentual de gordura foi drasticamente alterado, causando certa

inconsistência, dificultando uma análise apurada nesse quesito.

Para futuros estudos devemos nos atentar com a coleta de dados

antropométricos, de preferência um mesmo profissional para a coleta e recoleta dos

dados, minimizando técnicas e qualidades distintas. Mais estudos são necessários

para aprimorar o nosso acervo em pesquisas nas categorias de base do futebol,

uma área muito promissora que pode alterar toda uma cultura de treinamento já

especulada anteriormente.

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6 REFERÊNCIAS

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