universidade estadual de londrina · a deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ......

41
Universidade Estadual de Londrina CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ESPORTES DE AVENTURA E ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS NA CIDADE DE LONDRINA - PR Marlon Reis de Gregório LONDRINA – PARANÁ 2008

Upload: nguyennhi

Post on 09-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

Universidade Estadual de Londrina

CENTRO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ESPORTES DE AVENTURA E ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS NA CIDADE DE LONDRINA - PR

Marlon Reis de Gregório

LONDRINA – PARANÁ

2008

Page 2: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

MARLON REIS DE GREGÓRIO

ESPORTES DE AVENTURA E ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS NA CIDADE DE LONDRINA - PR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Estadual de Londrina, como requisito parcial para sua conclusão.

COMISSÃO EXAMINADORA

______________________________________

Prof. Ms. Tony Honorato Universidade Estadual de Londrina

______________________________________

Prof. Ms. Catiana Leila Possamai Universidade Estadual de Londrina

______________________________________

Prof. Esp. Anísio Calciolari Júnior Universidade Estadual de Londrina

Londrina, ____ de____________ de 2008

Page 3: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

Somente o conhecimento não é suficiente. Somente quando o conhecimento alia-se a sabedoria é que uma pessoa pode atingir a vitória na vida. Sem

sabedoria, não se pode distinguir as pessoas boas ou más. (Daisaku Ikeda)

Page 4: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

AGRADECIMENTOS

A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia.

Ao Professor Especialista Anísio Calciolari Júnior, orientador, braço

amigo de todas as etapas deste trabalho.

Ao meu pai Silvio, mãe Ana, meus irmãos Maiko e Nolan e namorada

Joyme, pela confiança e motivação.

Aos amigos Cauduro, Japanego, Rafinha, Bomba, Fabião, Pira,

Clayton, Jadinho, Pierce, Ricafardo, Modesto, Caveira, Afonso, Japinha, Picareli,

Brunei, Badão, ZP, Turcão, Felipe, Mel, Toika, Alas, Mélo, Dodô, Bona, Regi, Sagüi,

Rick, Fabinho, Jú, Juliana, Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e

todos do Clube de Aventura Norte do Paraná, além de muitos outros não citados,

mas que estão guardados na memória, pela força e pela vibração positiva em

relação a esta jornada.

A todos amigos professores e companheiros de classe da primeira

turma de Bacharelado em Educação Física da Universidade Estadual de Londrina,

pois em quatro anos juntos trilhamos uma etapa importante da história e de nossas

vidas.

Aos profissionais solicitados, pela concessão de informações valiosas

para a realização deste estudo.

A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e

finalização deste trabalho.

Aos que não impediram a finalização deste estudo.

Page 5: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

GREGÓRIO, Marlon Reis de. Esportes de Aventura e Entidades Prestadoras de Serviços na Cidade de Londrina - PR. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física. Centro de Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de Londrina, 2008.

RESUMO

Numa época em que o desenvolvimento tecnológico e as condições de vida no meio urbano parecem afastar as pessoas, cada vez mais, do convívio com a natureza, ao mesmo tempo em que o desenvolvimento econômico segue destruindo o meio ambiente em escala planetária é sintomático que um número crescente de pessoas procure passar momentos agradáveis e emocionantes junto à natureza. Esta dinâmica entre homem e natureza possibilita o confronto do indivíduo com suas próprias limitações e compreensão de seus comportamentos e escolhas, atingindo uma maior interação entre os processos de percepção e ação. Nesse sentido, podemos assistir ao surgimento dos Esportes de Aventura definido como atividades que levam o indivíduo a um alto grau de risco físico, dado às condições extremas de altura, velocidade ou outras variantes em que são praticados. Termos como aventura, emoção, ecologia, natureza e adrenalina são veiculados massivamente por campanhas publicitárias, revistas e artigos. Nesse contexto, os esportes de aventura surgem com um grande potencial de exploração para o mercado, pois com eles, estariam surgindo junto aos novos paradigmas centrados na auto-realização e melhora da qualidade de vida, a necessidade de substituir os sentimentos de competição, esforço e tensão, pelas características de incerteza e liberdade das atividades de aventura onde surge uma crítica ao racionalismo da modernidade. Com isso, o objetivo do trabalho foi identificar e descrever quais as práticas de esportes de aventura ofertadas pelas entidades prestadoras de serviços na cidade de Londrina – PR. A metodologia utilizada foi à pesquisa descritiva e bibliográfica. Considera-se que mesmo as entidades se apresentarem como clubes, escolas, associações, fato este que não às impedem de oferecer um serviço de qualidade onde se observam poucos profissionais de educação física atuando e profissionais de diversas áreas envolvidos com o esporte de aventura que surge como um campo de investigação acadêmica e atuação profissional para os atuais e futuros profissionais de educação física na cidade de Londrina-PR. Palavras-chave: Natureza; Esportes de Aventura; Profissionais de Educação Física;

Page 6: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 01

2. METODOLOGIA................................................................................................02

2.1 Modelo de Pesquisa..........................................................................................02

2.2 Instrumento e Coleta de Dados.........................................................................02

3. A CARACTERIZAÇÃO DO ESPORTE DE AVENTURA: UMA QUESTÃO

CONCEITUAL ................................................................................................ 03

3.1 Homem e Natureza ......................................................................................... 05

3.2 Esporte de Aventura e o Risco Desejado ....................................................... 08

4. ESPORTES DE AVENTURA: UM MERCADO EM CRESCIMENTO E

EVOLUÇÃO................................................................................................................10

5. CARACTERIZAÇÃO DAS MODALIDADES ENCONTRADAS NAS

ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS ATUANTES NA

CIDADE DE LONDRINA-PR .......................................................................... 13

5.1 Terra ................................................................................................................ 13

5.1.1 Trekking .......................................................................................................... 13

5.1.2 Orientação ..................................................................................................... ..13

5.1.3 Arvorismo ...................................................................................................... ..14

5.1.4 Mountain Bike ............................................................................................... ..14

5.1.5 Bicicross ....................................................................................................... ..15

5.1.6 Escalada ....................................................................................................... ..15

5.1.7 Montanhismo ................................................................................................. ..16

5.1.8 Rapel ............................................................................................................. ..16

5.1.9 Canionismo ................................................................................................... ..17

5.2 Água ............................................................................................................. ..17

5.2.1 Canoagem ..................................................................................................... ..17

5.2.2 Rafting ........................................................................................................... ..18

Page 7: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

54.3 Ar......... .......................................................................................................... ..18

5.3.1 Parapente ...................................................................................................... ..18

5.4 Corrida de Aventura ...................................................................................... ..19

6. EMPRESAS ENCONTRADAS NA CIDADE DE LONDRINA E SUAS

ATIVIDADES ........................................................................................................ 21

6.1 Clube de Aventura Norte do Paraná ................................................................. 21

6.2 Trilha Natural .................................................................................................... 21

6.3 Clube de Montanha Norte Paranaense ............................................................ 22

6.4 APPBI – Associação de Pais, Pilotos e Amigos do Bicicross ........................... 23

6.5 Escola de Parapente ........................................................................................ 24

7. CONSIDERAÇOES FINAIS..................................................................................25

REFERÊNCIAS........................................................................................................26

APENDICE I.............................................................................................................32 APENDICE II............................................................................................................33

Page 8: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

1

1. INTRODUÇÃO

A idéia de elaborar este trabalho surgiu primeiramente do desejo que

carrego desde o ingresso no curso de Bacharelado em Educação Física em atuar

profissionalmente na área de esportes de aventura e posteriormente por constatar

uma carência de informações e investigações acadêmicas nesta área que

acreditamos possuir um grande potencial como campo de estudo e atuação dos

profissionais de educação física da cidade de Londrina, que parecem ainda não

ter assimilado o esporte de aventura, talvez por estas praticas serem recentes na

região e mesmo com seu crescente avanço na sociedade atual não despertaram a

atenção desses profissionais.

Nosso objetivo será identificar e descrever quais as práticas de

esportes de aventura ofertadas pelas entidades prestadoras de serviços na cidade

de Londrina – PR.

O primeiro capítulo deste documento apresenta uma discussão

sobre as questões conceituais e as características do esporte de aventura, a

relação do homem com a natureza e a busca pelo risco controlado inerente ao

esporte.

No capítulo seguinte abordamos questões sobre a expansão dos

esportes de aventura no mercado e na mídia e damos exemplos de empresas que

acompanham esse desenvolvimento.

O terceiro capítulo define a característica das modalidades de

esportes de aventura encontradas na cidade de Londrina.

E antes das considerações finais iremos descrever as entidades

prestadoras de serviço atuantes no ramo e suas atividades na cidade de Londrina.

Page 9: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

2

2. METODOLOGIA 2.1 Modelo de Pesquisa

Pesquisa de natureza descritiva e bibliográfica, com analise

qualitativa dos dados.

Segundo THOMAS e NELSON (2002), a pesquisa descritiva é um

estudo se status e é amplamente utilizada na educação e nas ciências

comportamentais. O seu valor está baseado na premissa de que os problemas

podem ser resolvidos e as praticas melhoradas por meio da observação, análise e

descrição objetivas e completas.

MACEDO (1994), define pesquisa bibliográfica como sendo à busca

de informações bibliográficas, seleção de documentos, que se relacionam com o

problema de pesquisa (livros, verbetes de enciclopédias, artigos de revistas,

trabalhos de congressos, teses etc.) e o respectivo fechamento das referencias

para que sejam posteriormente utilizadas (na identificação do material

referenciado ou na bibliografia final).

2.2 Instrumento e Coleta de Dados

Como instrumento utilizamos um questionário estruturado com

questões abertas, o qual foi apresentado e respondido pessoalmente pelo

responsável de cada entidade.

Das muitas técnicas de pesquisa descritiva, a mais preponderante é

o questionário. O questionário normalmente tenta assegurar a informação sobre

as práticas presentes, condições e dados demográficos. Ocasionalmente, um

questionário solicita opiniões ou conhecimento, (THOMAS e NELSON, 2002).

Page 10: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

3

3. A CARACTERIZAÇÃO DO ESPORTE DE AVENTURA: UMA QUESTÃO CONCEITUAL

Atualmente podemos assistir o surgimento e consolidação de novas

modalidades esportivas. Algumas reflexões e conclusões desenvolvidas pela

sociologia do esporte se aplicam a novas modalidades ao mesmo tempo em que

elas introduzem novos problemas e desafios a essas teorizações. Nesse sentido,

destacam-se os problemas conceituais são evidentes quando nos referimos a

práticas esportivas surgidas mais contemporaneamente, como os esportes de

aventura, onde as ciências sociais ainda não dedicaram tempo e esforço

suficientes para sua compreensão. Soma-se a isso, o caráter eminentemente

polissêmico inerente ao próprio conceito de esporte (DIAS e ALVES JÚNIOR,

2006).

Mudanças ocorridas na forma do esporte se manifestar socialmente

compõem uma nova configuração do fenômeno esportivo, sem com isso

descaracterizá-lo como tal, pois são apenas adequações e apropriações à própria

(re) configuração que a sociedade e todas as suas práticas culturais estão

sujeitas. A identidade diferenciada desses tipos de esportes de aventura na

natureza provém de aspectos práticos e materiais e, também, de sua dimensão

imaginaria ou simbólica, na qual a aventura aparece como uma cenografia e as

ações são subordinadas as percepções e riscos reais e imaginários (FEIXA,

1995). Em linhas gerais, apresentam-se as idéias de que são práticas baseadas e

motivadas por modelos corporais, objetivos, condições e espaços de práticas

diametralmente opostas aos ‘esportes tradicionais’ (BÉTRAN, 2003).

A contemporaneidade faz circular um sem-número de imagens,

saturando seu consumo em grande escala, encaminhando as pessoas a valorizar

o afastamento das rotinas obrigatórias às quais os indivíduos estão expostos no

cotidiano. A ruptura desse cotidiano com práticas corporais e de mudanças de

ambiente permite ao homem vivenciar uma sensação de liberdade e de agradável

regeneração das forças despendidas pelo estresse da vida diária. Todas as

empresas encaminham os atores a lugares paradisíacos, a um outro mundo cujo

Page 11: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

4

acesso só é concedido a pessoas especiais, num tempo não comum em que

coexistem passado, presente e futuro (COSTA, 2000).

Os esportes de aventura são conhecidos pela busca por sensações

novas, com um caráter prazeroso, plenitude pessoal, evasão divertida e o contato

com a natureza. No início da década de 90, pode-se observar uma maior

esportivização dessas práticas, ou pelo menos, de grande parte desses “novos

esportes”, que tiveram uma crescente procura como forma de lazer na década de

70 (BETRÁN, 2003). De acordo com SCHWARTZ e CARNICIELLI FILHO (2006),

esta dinâmica entre homem e natureza possibilita o confronto do indivíduo com

suas próprias limitações e compreensão de seus comportamentos e escolhas,

atingindo uma maior interação entre os processos de percepção e ação.

Há um consenso por parte dos estudiosos (POCCIELO, 1995;

BETRÁN e BETRÁN, 1995) no que se refere ao período de 1970 como marco das

atividades de aventura, principalmente nos paises economicamente avançados,

cuja principal atividade difundida foi o surf. O final da década de 60 e início de 70 é

apontado como o período histórico que marca simbolicamente o início da ecologia

como um movimento social integrado e de alcance internacional. Do mesmo

modo, a expansão dos esportes na natureza é identificada neste período como um

novo comportamento esportivo em âmbito mundial.

Essas atividades requerem os elementos naturais para o seu

desenvolvimento, de formas distintas e especificas, despertando novas

sensibilidades, em diferentes níveis. As intensas manifestações corporais vividas

permitem que as experiências na relação corpo-natureza expressem uma tentativa

de reconhecimento do meio ambiente e de parceiros envolvidos, expressando um

reconhecimento dos seres humanos como parte desse meio (MARINHO, 2001).

Nesse tipo de vivência “está em jogo muito mais uma relação de contrato, de

negociação com os elementos da natureza, do que uma relação de domínio e

controle” (VILLAVERDE, 2001).

Para compreender melhor esta questão, é interessante observarmos

mais detidamente os anos sessenta, onde o mundo assistiu uma vertiginosa

proliferação do discurso de preservação do meio ambiente. E este discurso, assim

Page 12: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

5

como todo o ideal que a ele se assemelha, nos parece ter sido incorporado no

perfil de várias práticas sociais, incluindo aí, algumas práticas esportivas.

Trata-se, hoje, de uma aventura eivada de sentidos lúdicos, uma vez

que a atitude dos sujeitos que vivem a aventura no esporte é tomada por um risco

calculado, no qual ousam jogar a si mesmos com a confiança do domínio cada vez

maior da técnica e da segurança propiciada pela tecnologia. Manifestam uma

audácia para poder desencadear esse risco, uma transgressão de limites

possíveis, autorizada pela confiança de ser capaz de fazer (lançar-se no espaço,

na profundidade, na imersão, na luta contra os obstáculos da natureza) associada

a um excitante e reconfortante prazer de realização (ilinx, vertigem) e de tê-lo feito

com muita competência (COSTA, 2000).

Esta tendência vem sendo adotada por grupos diversos em várias

partes do planeta e são geralmente associadas a experiências vivenciadas em

áreas naturais, sendo denominadas com terminologias diversas: esportes de

aventura, esportes californianos, esportes outdoor, esportes radicais e Atividades

Físicas de Aventura na Natureza – AFAN -, conceito que engloba de forma

provisória, as vivências possíveis na natureza. Na linha do paradigma ecológico,

suas práticas fundamentam-se na utilização de um modelo corporal hedonista e

em contato direto com o meio natural, no qual o corpo é um fim em si mesmo.

(BETRÁN, 2003).

Embora exista diversidade de interpretações, os esportes de

aventura na natureza podem ser razoavelmente entendidos como práticas que

aproveitam energias da natureza (gravidade, vento, ondas) e se fundamentam,

geralmente, em condutas motoras de deslizamento, equilíbrio e velocidade de

deslocamento sob circunstâncias controladas de risco, bases para a aventura

(BRUHNS, 2003).

3.1 - Homem e Natureza

Numa época em que o desenvolvimento tecnológico e as condições

de vida (trabalho, moradia, etc.) no meio urbano parecem afastar as pessoas,

cada vez mais, do convívio com a natureza, ao mesmo tempo em que o

Page 13: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

6

desenvolvimento econômico segue destruindo o meio ambiente em escala

planetária é sintomático que um número crescente de pessoas procure passar

momentos agradáveis e emocionantes junto à natureza (MARINHO, 2006).

Podem-se observar diversas mudanças que se referem às atividades realizadas

pelos homens em relação aos espaços que ocupam. Estão se delineando

diferentes maneiras de o homem interagir com o ambiente e transformá-lo,

construindo novos significados sobre a temática envolvendo o homem e a

natureza (FERREIRA, 2003).

Uma abordagem bastante utilizada para entender a relação entre

homem e natureza destaca as transformações oriundas das idéias proclamadas

com o Iluminismo (séc. XVIII). A partir de então, a razão assume o controle da

produção de conhecimento. O homem passa a ver o mundo como uma grande

máquina, composta por partes isoladas, passíveis de análise, estudo e

compreensão. A sensibilidade é excluída da forma científica de conhecer o

mundo, assim como também se fortalecem as oposições homem/natureza,

sujeito/objeto, razão/emoção. Assim o homem (representando a razão) é o senhor

de todas as coisas (objetos) podendo manipulá-las, construí-las e destruí-las. O

conhecimento assume um caráter pragmático e, entre outros, institui-se uma

sociedade de consumo (ZIMMERMANN, 2006).

A questão da busca de esportes de risco e aventura pode ter uma

íntima relação com a lógica atual vivida na sociedade, no que se refere ao

aumento da incerteza política, econômica, social e cultural (COSTA, 2000). É

comum verificar a formação de grupos que conjugam interesses e desejos

semelhantes em torno dessas práticas, revelando emoções, sentidos, simbolismo,

dimensões culturais de vivenciar tais experiências. Estes, muitas vezes, buscam

em atividades de risco e aventura, o sentimento de glória, de vitória, de

superação. Além disso, a busca de uma identidade própria, de “ser diferente”, de

tentar ir de encontro aos preceitos de um mundo globalizado, canaliza motivações

para vivenciar os esportes natureza (BAHIA, 2005).

A modernidade se caracteriza por uma cultura corporal

fundamentada no esforço, na coletividade, na superação e no rendimento, sendo

Page 14: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

7

esse máximo paradigma representado pelos esportes "coletivo" (desporto) e pelo

fitness. Nessas atividades prevalece o espírito competitivo, o corpo obediente, o

esforço, o sacrifício e a vontade de superação, que são características

necessárias ao bom trabalhador industrial (BETRÁN e BETRÁN, 1995). Práticas

alternativas podem funcionar, ainda que temporariamente, como forma de

suspensão das tensões sociais presentes no seu cotidiano, linearmente pré-

estabelecido, onde seu corpo convive com uma natureza que lhe é exterior, mas

que, porém é subordinada ao seu intelecto.

Em relação à aderência às diversas vivências dos esportes de

aventura realizadas, tal temática tem conhecido um forte crescimento nos últimos

anos, uma vez que esse desejo de reaproximação dos ambientes naturais pode

surgir, inclusive, como contraponto a um hábito de vida sedentário e a uma

sociedade longínqua aos aspectos naturais (SCHWARTZ e CARNICELLI FILHO,

2006).

A vivência de atividades intimamente ligadas à natureza vem se

tornando uma nova perspectiva no âmbito do lazer, no sentido do preenchimento

da inquietação humana em busca da melhoria da qualidade existencial,

especialmente na área da educação física, cujo universo tem se ampliado em

direção a novos segmentos de prática como os esportes de aventura que

oferecem a possibilidade de vivenciar sentimentos de prazer, em função de suas

características que promovem, inclusive, a ampliação do senso de limite da

liberdade e da própria vida, conforme evidenciado nos estudos de TAHARA e

SCHWARTZ (2002).

BRUHNS (1997) a este respeito acredita que hoje se vive uma fase

complexa, com perdas de valores e estilos de vida, vazio existencial e incômodo

permanentes. Busca-se algo desconhecido e indefinido, daí o interesse cada vez

maior em tais atividades, as quais estão centradas na aventura e no risco

controlado. Nesse pressuposto, os sujeitos envolvidos nas vivências junto à

natureza têm efetivas oportunidades de autodesafio e de rompimento com a

monotonia do dia-a-dia, pois o risco controlado pelo auxílio de dispositivos

utilizados nas práticas dos esportes de aventura, proporciona sensações,

Page 15: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

8

emoções e percepções bastante diversas daquelas do cotidiano, associadas aos

sabores da aventura, do ineditismo, da novidade, que são características nessas

práticas.

3.2 Esporte de Aventura e o Risco Desejado

A partir das leituras realizadas, buscando uma diferenciação entre os

esportes tradicionais e o esporte de aventura, assumimos que sua mais

significativa diferença esta ancorada na busca pelo risco.

Para uma melhor contextualização sobre o risco, devemos mergulhar

no imaginário onde este se constitui através de discursos; na verdade, é uma

trama discursiva, passível de múltiplas interpretações, construído por uma rede de

sentidos que liga as diferentes representações e mitos (COSTA, 2000). O

imaginário possibilita o sujeito criar fantasias em torno das representações; ele se

constitui de representações periféricas e de estruturas profundas caminhando no

mundo das crenças (COSTA, 2000).

CAILLOIS (1958) baseia seu modelo para compreensão dos jogos

na intersecção de duas dimensões: as diferentes modalidades e o grau de

disciplinarização. Propõe quatro modalidades básicas de jogos: competição

(agôn); chance (alea); simulacro (mimicry); e vertigem (ilinx), as quatro

modalidades aparecem em duas formas: uma mais espontânea (ou primitiva) - a

paidia - e a outra mais regrada - o ludus. Os esportes na natureza, modalidades

de jogos que se enquadram tanto no ilinx – por seu forte componente de vertigem

– como no agôn, dado que muitas vezes assumem a forma organizada de

desafios competitivos. É nesse contexto que situamos o risco-aventura. Os

teóricos do risco, como MACHLIS e ROSA (1990), buscam incorporar essa

dimensão em seus esquemas tipificadores sob a denominação de risco desejado.

O risco desejado refere-se às "atividades ou eventos que têm

incertezas quanto aos resultados ou conseqüências, e em que as incertezas são

componentes essenciais e propositais do comportamento" (MARCHLIS e ROSA,

1990). Acatam, assim, a impossibilidade de compreender risco apenas na

Page 16: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

9

perspectiva racionalizadora da análise de riscos, entendida como a triangulação

entre cálculo, percepção e gerenciamento dos riscos.

CSIKSZENTMIHALYI (1975) introduziu o conceito de flow para se

referir a um estado de concentração no qual as pessoas estão conscientes de

suas ações, mas não da consciência que têm delas. Esse conceito vem sendo

amplamente utilizado na literatura sobre experiências em modalidades variadas de

risco-aventura. Nas experiências de flow a ação e a consciência se fundem;

focalizam exclusivamente o momento presente. São ocasiões em que as pessoas

não temem o futuro e nem pensam no passado. A satisfação e o prazer derivam

dessa fusão. A experiência do flow desfaz-se sob o impacto da racionalização,

definida como "a infusão do método científico, da sofisticação tecnológica e do

gerenciamento racional" (MITCHELL, 1983). Esse autor refere-se, sobretudo, ao

risco-aventura comercial, onde importantes aspectos da ação passam para o

controle de monitores profissionais, esvaecendo a experiência de flow, ou seja,

quando mais regrada a ação, maior o componente de ludus e mais fugidia a

sensação de flow.

Trouxemos neste capitulo a discussão sobre risco, pois acreditamos

que o esporte de aventura é uma tendência à fuga do convencional e o risco

desejado e a busca pelo flow são os fatores que melhor caracterizam este

fenômeno.

Page 17: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

10

4. ESPORTES DE AVENTURA: UM MERCADO EM CRESCIMENTO E EVOLUÇÃO

O esporte de aventura emerge num momento histórico caracterizado

pela aceleração tecnológica e outras transformações culturais relacionadas à

cultura de massa, nas quais os indivíduos estão imersos no cotidiano (FERREIRA,

2003).

Aparentemente, entre as muitas transformações que acompanham o

homem em sua construção histórica, o progresso tecnológico representou um

afastamento humano do meio natural e uma diminuição da necessidade de

movimentos amplos nas atividades do cotidiano. No contexto da modernidade,

com o afastamento do homem e de suas relações com os ambientes naturais, as

cidades cresceram, com isso limitou os espaços de liberdade. Adaptaram-se

também as formas de manifestação do lúdico; os brinquedos industrializados e as

brincadeiras "apropriadas" aos espaços disponíveis criaram uma "geração de

imobilização" (ZIMMERMANN, 2006). A natureza veiculada pela mídia parece

estar sendo vendida pelo mercado de imagens e pelas indústrias de

entretenimento como um “mito”, sendo transformada a cada dia em um reduzido

símbolo de consumo (MARINHO, 2001).

A análise crítica de possíveis equívocos na vivência dos esportes de

aventura implica debater, entre outros aspectos, a visão deste enquanto

“mercadoria” – refletida no consumo desmedido de equipamentos, acessórios,

vestuário e pacotes turísticos destinados a este segmento –, o qual segue a lógica

capitalista, buscando o lucro de forma prioritária, resultando na prática de um lazer

alienado e sem o real significado de vivência de valores questionadores, capazes

de uma mudança pessoal e social, em sua própria vida e na sociedade como um

todo (BAHIA, 2005).

Termos como aventura, emoção, ecologia, natureza e adrenalina são

veiculados massivamente por campanhas publicitárias, revistas e artigos. Nesse

contexto, os esportes de aventura surgem com um grande potencial de exploração

para o mercado, pois com eles, estariam surgindo junto aos novos paradigmas

centrados na auto-realização e melhora da qualidade de vida, a necessidade de

Page 18: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

11

substituir os sentimentos de competição, esforço e tensão, pelas características de

incerteza e liberdade das atividades de aventura onde surge uma crítica ao

racionalismo da modernidade. (ZIMMERMANN, 2006).

O fato é que estes esportes tomam vulto no contexto do lazer atual,

traduzindo-se em um campo frutífero para a indústria do turismo de aventura.

Estas práticas requerem um aparato tecnológico, bem como, um envolvimento

aprimorado de pessoas tecnicamente capazes de propiciar a aventura desejada,

em condições de plena segurança. (SCHWARTZ, 2006).

As empresas que atuam neste segmento iniciam suas atividades,

geralmente, apoiando-se no potencial geográfico de alguns locais, os quais, ricos

em relevos diversificados como cavernas, cachoeiras e rios, que com isso

favorecem o desenvolvimento de estratégias de ação para implementar a oferta de

oportunidades práticas onde as mesmas, estão crescendo em número e

sofisticação e, com isto, proporcionam um certo desenvolvimento às regiões

envolvidas e consideradas como pólos ecoturísticos, já que oferecem novos

empregos e fonte de renda para a cidade. Entre esses novos empregos surgidos a

partir do desenvolvimento destas atividades está o de guia e instrutor,

representando pessoas tecnicamente especializadas em alguma destas vivências

e que devem zelar pela segurança, conforto e qualidade durante a atividade

(SCHWARTZ, 2006).

Os esportes de aventura na natureza possuem segmentos que

podem ser praticados nos três planos terrestres: terra, água e ar. Contudo,

quaisquer que sejam as atividades, em qualquer um desses ambientes – para a

sua operacionalização dentro daquele contexto apontado como mimético, numa

esfera em que há um “risco controlado” –, é imprescindível a utilização de um

material de garantida qualidade e segurança, é indispensável o uso da tecnologia

disponível (CANTORANI, 2006).

Devido a essa necessidade do mercado, podemos observar o

aparecimento de empresas dedicadas a oferecer produtos específicos para a

prática das modalidades e espaços na mídia preocupados em cobrir e divulgar o

cenário dos esportes de aventura. Na cidade de Londrina encontramos alguns

Page 19: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

12

exemplos na área como é o caso da Aventura.com uma loja de artigos esportivos

que está no mercado há dois anos, possuindo uma completa estrutura e as mais

variadas opções de mercadorias, oferece também passeios para a prática de

arvorismo, rapel, trekking, clínica de aventura cursos de escalada, rapel, técnicas

verticais de arvorismo e na área industrial, nível básico e avançado.

Outra loja especializada no ramo é A Trilha e Cia - Equipamentos

para Aventura atuando aproximadamente há dez anos no mercado londrinense,

oferecendo equipamentos para aventura a escaladores e praticantes de outras

modalidades de aventura como camping, bike e canoagem, além de promover

viagens, palestras, exposições, cursos esporádicos e patrocinar eventos como o

Encontro de Escalada de Londrina e o Boulder Fest.

A Recreio Bicicletas também se dedica a oferecer produtos

específicos para a prática de modalidades de aventura com bicicletas, atuando

desde 1986 possui atletas que praticam esportes de aventura e testam os

produtos que revendem.

Em relação aos espaços na mídia voltados a esse cenário,

encontramos o programa Gravidade Zero onde está no ar há cinco anos pela TV

Tarobá – BAND e dois anos no canal Multi TV – Net, sendo o primeiro programa

de esportes de aventura do Paraná, possuindo uma marca forte e consolidada

onde apresenta matérias de esportes de aventura, urbanos, aquáticos, artes

marciais e esportes motorizados.

Em Londrina as entidades prestadoras de serviço estão

acompanhando a evolução dos esportes de aventura, apresentamos como

exemplo estas empresas, uma vez que se fazem presentes nos eventos, provas,

encontros e atividades diversas do ramo na região, logo, acredita-se que estão

mais difundidas no mercado de produtos e serviços.

Page 20: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

13

5. CARACTERIZAÇÃO DAS MODALIDADES ENCONTRADAS NAS ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇO ATUANTES NA CIDADE DE LONDRINA – PR.

Nesta etapa de nosso trabalho, apresentaremos as modalidades

encontradas no município de Londrina (Questionário: APÊNDICE I), e

caracterizaremos estas modalidades ofertadas ao público. A divisão das

modalidades segue de acordo com suas características de ambiente de prática:

Terra, Água e Ar. A única modalidade que será abordada separadamente é a

corrida de aventura, pois mescla diferentes ambientes naturais.

5.1 Terra

5.1.1 Trekking

Trekking pode ser definido como uma caminhada rústica utilizando

mapas, bússola ou GPS para a sua orientação, em ambientes naturais como

florestas, montanhas, cerrados, rios e entre outros (BITENCOURT & AMORIM,

2005).

Acreditamos que o prazer da caminhada é o de desfrutar paisagens

inéditas, que não estão ao alcance de qualquer um, uma sensação de privilégio de

ir a lugares aonde poucos chegam, o de ver coisas que poucos viram, o de

superioridade, força, autoconfiança e autoconhecimento. Por se tratar de uma

caminhada, os tênis são de fundamental importância. As botas, por oferecem

segurança ao tornozelo nos diversos terrenos, são as mais recomendadas.

5.1.2 Orientação

A Orientação é baseada num mapa detalhado e uma bússola para

localizar pontos em terrenos previamente demarcado e mapeado. Consiste em

num trajeto com um ponto de partida e um ponto de chegada e diversos pontos

numerados, onde o participante deve passar (QUEIROZ FILHO, 2005).

Page 21: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

14

Existem alguns equipamentos básicos para o bom desenvolvimento

da orientação, entre eles a roupa (calça e camisa) que deve ser leve e não reter

líquidos.O tênis deve ser especifico para caminhada em diversos terrenos, pois ele

não pode reter muito líquido e deve ser resistente. A bússola é fundamental onde

o mau uso pode ser fatal na hora da corrida. O cartão de designação é o alicerce

do atleta, pois são nele que se encontram as determinações e os pontos de

controle, o mapa indica as variações de terreno do percurso, um auxiliar

fundamental para determinar a melhor rota.

5.1.3 Arvorismo

Arvorismo comumente conhecida também como arborismo, tree

climbing, verticália ou canopy walking, pode ser resumido como um percurso

montado artificialmente sobre árvores e com diversos níveis de dificuldade. O

interessante nesta modalidade é que não precisa de experiência e nem tampouco

habilidade. O Arvorismo pode ser dividido também em Cientifico que visa à

exploração da copa das árvores, Esportivo que apresenta obstáculos para os

simpatizantes dos esportes de aventura e Educacional onde tem como intuito o

estimulo de trabalhar em grupo, fortalecer a auto-estima e dentre outros

(BITENCOURT, 2005).

5.1.4 Mountain Bike

Mountain Bike ou ciclismo de montanha é uma modalidade praticada

em ambientes naturais e montanhosos. Esta modalidade oferece um contato

direto com a natureza, em territórios com muitos acidentes geográficos, afastados

de centros urbanos e com diversas dificuldades para serem vencidas pelos

praticantes. Para a sua prática, o ideal é utilizar bicicletas próprias para o esporte

(com amortecedor, freios especiais e dentre outros), mas nada impede que se

utilize bicicleta sem acessórios especiais. Mas o mountain bike não precisa ser

praticado como uma modalidade esportiva, pode ser uma atividade turística, onde

se percorre trajetos onde não há acesso com carros (COSTA & WILHELMS,

2006).

Page 22: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

15

5.1.5 Bicicross

Também conhecido como BMX (bycicle moto cross), o bicicross

mescla técnicas do motocross e do ciclismo, envolvendo aficionados de 6 a 50

anos ou mesmo além destes limites. As pistas para esta prática, de barro ou terra,

formam um circuito fechado com obstáculos que simulam pequenos

morros/montes com ondulações variadas e extensões entre 300 a 420m para os

campeonatos oficiais. Mas o BMX pode ser praticado também em outros

ambientes. No início, todas as modalidades deste esporte eram denominadas

Freestyle, mas com o tempo, foram se diversificando com algumas

particularidades (BITENCOURT & AMORIM, 2005).

5.1.6 Escalada

Escalada consiste em subir paredes verticais com variados graus de

dificuldade, utilizando utensílios para se agarrar em rochas e com equipamentos

de segurança. A “tradicional” escalada consistia em atingir um cume ou um

determinado ponto saliente em algum acidente rochoso, onde se usava o caminho

mais fácil que hoje é chamado de rota ou via normal ou clássica. Com fatores

como desenvolvimentos técnicos, físico e materiais de segurança, o que era

praticado como um exercício visando à chegada em picos mais altos hoje se

tornou uma atividade física específica, com um toque de risco, onde se buscam

hoje rotas mais difíceis. Da escalada tradicional se originou diversos outros tipos,

tais como: escalada livre, escalada em gelo, escalda artificial e dentre outras. Uma

prática associada à escalada é o rapel, consiste em usar cordas para descidas,

para o deslocamento em descidas verticais (SILVEIRA, 2008). Os equipamentos

básicos para a prática da escalada são: cordas, costuras, cadeirinha, mosquetões,

sapatilha para escalada, capacete e pó de magnésio para passar nas mãos.

Page 23: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

16

5.1.7 Montanhismo

Montanhismo é um esporte praticado em regiões montanhosas,

buscam a subidas em paredes rochosas ou cume das montanhas, através de

caminhada e/ou escalada. Ela pode ser realizada livre (onde o montanhista não

utiliza nenhuma artifício para subir) ou artificial (o montanhista utiliza cabos de

aço, escadas, ganchos e dentre outros), para subir as montanhas o praticante

utiliza “vias”, que possui características próprias como: nome, graduação e

subdividas em trechos de 50 metros (SEBOLD & RESENDE, 2008).

A lista de equipamentos para o montanhismo é extensa e deve estar

adequado ao roteiro que você irá percorrer, mas alguns itens são fundamentais e

devem estar sempre na mochila como: mapa, bússola, kit de primeiros socorros,

lanternas, comida extra, roupa extra, iniciadores de fogo e canivete. O ideal é que

antes de realizar qualquer percurso você procure obter informações com quem já

fez o trajeto, essa pessoa poderá ajudá-lo e dará dicas do que é necessário ou

não.

5.1.8 Rapel Rapel é o termo conhecido no Brasil, mas vem do francês rappeler,

que significa chamar, recuperar e explorar. É uma técnica de descida de

cachoeiras, cascata, precipícios, prédios, pontes, penhascos, viadutos e outros.

Para a sua prática é necessário ser conhecedor de técnicas de montanhismo,

além de ter experiência com o uso de equipamentos básicos de escalada

(BITENCOURT & AMORIM, 2005). Os equipamentos são as cordas classificadas em dinâmicas e

estáticas, as dinâmicas são utilizadas para escaladas e as estáticas para rapel,

canyoning, (resgate), mosquetões que são peças feitas de duralumínio onde a

função desse objeto é fazer ancoragens, costuras, prender o escalador a corda, os

freios e as cadeirinhas.

Page 24: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

17

5.1.9 Canionismo

No canionismo existem estudos que indicam que esta modalidade

esportiva tenha iniciado nos tempos pré-históricos, quando os habitantes viviam

em cânions. Este esporte pode ser definido como uma exploração de cânions, rios

e gargantas, de forma esportiva. Vindo da espeleologia e do montanhismo, o

canionismo teve um desenvolvimento próprio de técnicas e equipamentos

(BITENCOURT & AMORIM, 2005). Quanto aos equipamentos, segue-se a mesma

orientação para o montanhismo.

5.2 Água 5.2.1 Canoagem

A canoagem é uma atividade físico-desportiva, na qual um ou mais

tripulantes utilizam canoas ou caiaques. Sua prática ocorre em diferentes

ambientes, onde as águas podem ser calmas ou agitadas, têm-se como exemplos

o mar, lagoas, lagos, rios e piscinas. Tanto os caiaques, quanto às canoas

possuem sua origem em diferentes culturas e são representados, atualmente, por

várias modalidades, que se subdividem em dois grupos. O primeiro, e mais

conhecido, utiliza remos como meio de propulsão, destacam-se as modalidades:

oceânica, turismo, slalon, rodeo, surfe, pólo, velocidade, maratona e descida de

corredeiras. O outro, menos difundido, faz uso de velas e utiliza o vento como

força de propulsão, suas modalidades são: canoa à vela e canoa aberta à vela

(COSTA, 2008).

Existem diferentes tipos de material para a canoagem, variando de

acordo com cada categoria. Na slalom, por exemplo, o caiaque tem que ter uma

grande resistência além de uma boa hidrodinâmica para enfrentar as descidas.

Nessa categoria são utilizados canoas e caiaques. Já na categoria velocidade, a

embarcação é feita para conseguir chegar à linha de chegada o mais rápido

possível. Os materiais são mais leves e toda a hidrodinâmica é feita pensando na

velocidade.

Page 25: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

18

5.2.2 Rafting

Rafting na prática, o esporte significa “descer corredeiras sobre

botes infláveis”, juntamente com a sincronia dos movimentos motores e trabalho

em equipe para percorrer um percurso em águas, rios e corredeiras. Esta

modalidade é praticada com botes, com equipamentos de segurança composta

por capacete, coletes de salva-vidas, remo e corda de resgate e participam de 6 a

14 pessoas (BITENCOURT & AMORIM, 2005).

Os equipamentos utilizados são o bote onde o tamanho varia entre

3,65m até 5,50m. Quanto maior o tamanho do bote melhor a estabilidade, os itens

de segurança são fundamentais no rafting. Os capacetes devem apresentar

regulagem interna, para acomodar os diversos tamanhos de cabeça. O modelo

ideal de colete salva-vidas para o rafting deve ter uma alta flutuação, sistema de

fechamento com presilhas reguláveis, um flutuador para cabeça. Os remos

utilizados devem ser o mais leve e resistente possível, o comprimento dos remos é

de 60 polegadas. Outro item fundamental é o cabo de resgate, que é uma corda

elástica com aproximadamente 20 metros.

5.3 Ar 5.3.1 Parapente Trata-se de um esporte onde o praticante decola a partir do salto

de uma rampa localizada no alto de uma montanha ou sendo rebocado por um

guincho, ganhando assim altura. Permanecendo sentado durante o vôo, utiliza

uma asa não rígida, inflável, além de equipamentos de segurança (tais como

capacete, pára-quedas reserva e proteção para a coluna) e, freqüentemente, um

rádio comunicador.

O parapente permite um vôo de algumas horas, e um deslocamento

de longas distâncias (recorde atual 425 km), sendo que para isso o piloto

Page 26: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

19

aproveita as correntes de ar quente e o vento, o que implica estabelecer uma rota

de vôo e analisar as condições meteorológicas locais. Para a prática é necessário

ser maior de dezoito anos, submeter-se a exame médico que comprove

inexistência de doença impeditiva e realizar treinamento e capacitação em escolas

credenciadas para obtenção de carteira de piloto, renovável anualmente. Esse

esportista pode, dependendo de seu tempo de prática, quantidade de vôos e

competência comprovada por outros pilotos de maior graduação, entre outras

exigências, alcançar níveis superiores dentro da categoria. Estes vão do nível I ao

nível V, além de possibilidades de ser instrutor (A, B ou C) e examinador. O equipamento de parapente apresenta algumas características

diferentes dos outros esportes, sendo basicamente composto de quatro itens: o

velame, o selete, o pára-quedas de emergência e o capacete. O velame constitui a

maior parte do equipamento e, é dividido em três partes: à vela, a linha e os

tirantes. A vela é feita de um tipo de nylon especial e funciona como uma asa.

Uma de suas características principais é a resistência e a deformação, ou seja, o

tecido muda de forma, alterando as características originais do parapente. O

selete funciona como um casulo e é onde o atleta fica durante o vôo. É importante

que seja ajustada a cada piloto, pois seu conforto depende disso, para casos de

emergência utiliza-se um pára-quedas, ele está acoplado ao selete e só é utilizado

caso aconteça algo de muito grave. 5.4 Corrida de Aventura

Corrida de Aventura pode ser denominado também como Rally

Humano. Este esporte é uma competição com diversos propósitos que envolvem

um espírito aventureiro e de expedição. Está modalidade esportiva está ligada

diretamente com a orientação, trekking, equitação, natação, rapel, canoagem,

canionismo, escalada, rafting, mountain bike e muitos outros esportes e locais. Os

competidores se orientam por mapas e bússolas e devem terminar o percurso em

menos tempo possível (BITENCOURT & AMORIM, 2005).

Page 27: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

20

Alguns equipamentos são necessários para a prática da corrida de

aventura como, por exemplo, o apito (indicar a sua localização aos outros do

grupo), a bicicleta (apenas as mountain bikes são usadas), a bússola dita

anteriormente, capacete, cobertor de sobrevivência (medida de segurança para

prevenir a hipotermia), faca ou canivete (cortar comida, galhos, ou qualquer outro

obstáculo), kit de primeiros socorros (casos de emergência), lanterna ou head-

lamp (uma para cada membro da equipe), light stick (Bastão com um fluido

fluorescente que é usado na sinalização durante as etapas noturnas) e por último

os mosquetões (para as partes de escalada e rapel).

Page 28: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

21

6. ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS ENCONTRADAS NA CIDADE DE LONDRINA E SUAS ATIVIDADES 6.1 Clube de Aventura Norte do Paraná

O Clube de Aventura Norte do Paraná atua aproximadamente há um

ano e meio na área de esportes de aventura no geral, a empresa desenvolve as

modalidades de trekking, rapel, arvorismo, corrida de aventura, montain bike e

pentatlon militar, tendo como público alvo homens e mulheres de qualquer faixa

etária interessados nos esportes em contato com a natureza (maioria atual

homens, acima de 26 anos, atuantes na área administrativa), além disso, promove

eventos em Londrina e região como o Circuito Pro Adventure Corrida de Aventura

e Trekking, Cursos, Clínicas e Palestras sobre Navegação Terrestre, Escalada,

Trekking e Orientação. O Clube conta com dez profissionais envolvidos em sua

organização, a maioria da área de educação física e esporte, mas há, porém,

profissionais da veterinária, arquitetura, administração e marketing, eles contam

com várias parcerias de outras empresas do ramo: Vzan, Gravidade Zero, Sign

Tech, Estância Manain Hotel Fazenda, Golden Blue, Snake, Vital Sports,

Aventura.Com, Atmosfera e Webee, também possuem associados como a

Estância Cachoeira e a Nutrilatina. Com esse suporte a empresa tem como visão

e missão desenvolver a prática do esporte de aventura em diversos segmentos, a

exemplo do contato esportivo voltado ao lazer, ao rendimento, ao conhecimento

técnico e pessoal, além de divulgar as modalidades de uma maneira científica e

prazerosa. A missão principal é tornar o norte do Paraná um centro de referência

para a prática dos esportes de aventura.

6.2 Trilha Natural

A Trilha Natural é uma empresa que promove eventos voltados ao

ecoturismo e esportes de aventura para estudantes, empresas, profissionais

liberais, jovens, adultos e idosos há seis anos desenvolvendo as modalidades de

rafting, trekking, canoagem, rapel e corridas de aventura. Os eventos organizados

Page 29: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

22

por profissionais de educação física, turísmólogos, técnicos em segurança do

trabalho, canoísta, montanhista e músicos são: Viva O Verão-Governo do estado,

Mapeamento prefeitura de Ribeirão Claro, Festival de Canoagem, Café com

Aventura, Luau encontro de escalada, Passeio de rafting rio Tibagi, Treinamento

Tim na cidade de Tibagi com a Caput consultoria, para tanto possuem parceria

com agencias de turismos, clubes, academias, escolas, universidades, pousadas,

hotéis e restaurantes.

Sua visão e missão são: Fomentar e desenvolver o turismo local e

regional, capacitando e levando ao conhecimento do público as belezas naturais

que podem ser exploradas racionalmente com as praticas de ecoturismo e

esportes de aventura.

6.3 Clube de Montanha Norte Paranaense

Este clube existe oficialmente há dois anos, mas nos bastidores as

mais de dez anos e tem como objetivos principais: Promover, divulgar, difundir e

incentivar, em toda a sua região de atuação, a prática do montanhismo e da

escalada em suas diversas modalidades, também promover, organizar e incentivar

competições e eventos relacionados ao cenário sempre zelando pela ética, pela

organização exemplar e pela prática correta, segura e saudável do montanhismo e

da escalada. Pretendem seguir e difundir os padrões recomendados pelas

entidades superiores para a prática segura do esporte e quando necessário,

estabelecer normas para preservação, acesso e uso dos locais para a prática,

atentos à preservação do meio ambiente, podendo para isso desenvolver projetos

e realizar denúncias junto aos órgãos competentes.

O clube ainda visa oferecer consultorias, assistências e informações

a outros órgãos e representar os interesses da comunidade de montanhistas e

escaladores, junto ao poder público e privado, além de angariar recursos públicos

e privados para a prática das modalidades e promover o desenvolvimento técnico-

desportivo de atletas filiados, inclusive auxiliando na busca de patrocínios para

atletas e eventos, para eles é fundamental fomentar políticas públicas

Page 30: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

23

relacionadas ao esporte e fomentar a construção, a preservação e o

gerenciamento de espaços públicos específicos para a prática do montanhismo e

da escalada e desenvolver ações e projetos que visem, promover a inclusão

social, a melhoria da qualidade de vida, a preservação da saúde, o complemento

da educação formal, a integração e a preservação do meio ambiente.

O grupo estimula a prática de ações voluntárias por parte de seus

integrantes, apóia iniciativas, projetos e propostas que vão ao encontro dos

objetivos do clube e praticam todos os atos necessários à consecução de seus

objetivos.

6.4 APPBI – Associação de Pais, Pilotos e Amigos do Bicicross

Essa associação se dedica ao desenvolvimento da modalidade

bicicross há dois anos e seu público é formado por crianças e adolescentes

ligados ao bicicross de Londrina, alcançada com estruturação da equipe e assim a

disseminação do esporte em diferentes classes sociais. O grupo se dedica à

reforma de uma pista abandonada, desenvolve ações conjuntas com o Projeto

Futuro da Fundação de Esportes de Londrina oferecendo aulas gratuitas da

modalidade a iniciantes e está responsável pela organização da Equipe

Londrinense de Bicicross para a participação de provas regionais e estaduais. A

associação já promoveu uma etapa do Campeonato Paranaense em sua pista

sede.

A APPBI conta com advogados, administradores (pais de atletas),

estagiários do curso de esporte, pedreiro e web design em sua organização e

possui parcerias informais com empresas dos pais ou amigos dos atletas da

modalidade. Na visão da associação o esporte precisa de apoio privado para a

continuidade do processo de seleção e treinamento de atletas para o

desenvolvimento da modalidade, é eminente a necessidade de apoio de empresas

para sustentabilidade do projeto, com equipamentos, bolsas atletas e manutenção

do pólo para realizar sua missão de fazer com que o meio (equipe) forneça para

todos que são atendidos pelo projeto estrutura para inserção no meio social e

competitivo.

Page 31: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

24

6.5 Escola de Parapente

Atua há três anos no norte do Paraná promovendo o vôo livre de

parapente para todas as idades a partir de 16 anos, a empresa promove festivais

de vôo livre e participa do campeonato estadual. Os profissionais são habilitados

para a pratica aerodesportiva e estão associados a AVLNP – Associação de Vôo

Livre Norte do Paraná e a ABVL – Associação Brasileira de Vôo Livre.

Sua visão e missão são: Difundir o esporte como lazer, com total

segurança.

Page 32: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

25

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Admitimos que uma das dificuldades na realização deste trabalho foi

dificuldade de encontrar materiais bibliográficos, que reunissem informações

especificas sobre as modalidades praticadas em Londrina. Isto talvez se deve ao

fato do esporte de aventura ser um fenômeno relativamente novo, em relação aos

esportes mais praticados, pois não se tornou alvo dos profissionais de educação

como área de atuação e de investigação acadêmica.

Foram encontradas poucas entidades atuando nesta área, embora

admitimos que possa haver outras que escaparam a nossa investigação onde

estas se apresentarem como clubes, escolas, associações, fato este que não às

impedem de oferecer um serviço de qualidade.

Na estrutura organizacional e gerencial observam-se poucos

profissionais de educação física atuando e profissionais de diversas áreas

envolvidos, onde podemos perceber que a maioria não se dedica exclusivamente

a essas atividades, eles a têm apenas como mais uma fonte de renda, pois

necessitam de outros empregos para se sustentar, fazem porque sentem prazer.

Nesse sentido o esporte de aventura surge como uma área de

atuação e investigação promissora para a educação física, portanto acredito que

atuais e futuros profissionais e estudantes devem estar atentos para assumir este

campo de trabalhando.

.

Page 33: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

26

REFERÊNCIAS

ALVES JUNIOR, E. D. Cidade do Rio de Janeiro como Equipamento de Lazer: Os Esportes na Natureza. Disponível em:

http://www.lazer.eefd.ufrj.br/producoes/rj_equipamento_lazer_montevideo_2005.p

df. Acessado em: 07/08/2008.

BAHIA, M. C. Lazer – Meio Ambiente: em busca das atitudes vivenciadas nos

Esportes de Aventura. 2005. Dissertação (Mestrado em Educação Física) -

Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP, Piracicaba, SP, 2005.

BETRÁN, J. O. Rumo a um novo conceito de ócio ativo e turismo na Espanha: as atividades físicas de aventura na natureza. IN: MARINHO,

Alcyane e BRUHNS, Heloisa. Turismo, Lazer e natureza, São Paulo: Manole,

2003. p.164.

BETRÀN, A. O. e BETRÀN, J. O. Propuesta de Una Classificaciòn Taxonômica de las Actividades Físicas de Aventura en la Naturaleza. Marco Conceptual y

Análisis de los Critérios Elegidos. Apunts: Educación Física y Deportes. v. 41,

1995, p. 108-123.

BITENCOURT, V., AMORIM, S., NAVARRO, B. Arvorismo. In: Atlas do Esporte

do Brasil – Atlas do Esporte, Educação Física e Atividades Físicas de Saúde e

Lazer no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2005.

__________, V., AMORIN, S. Bicicross – BMX. In: Atlas do Esporte do Brasil –

Atlas do Esporte, Educação Física e Atividades Físicas de Saúde e Lazer no

Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2005.

Page 34: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

27

__________, V., AMORIM, S. Canoismo. In: Atlas do Esporte do Brasil – Atlas do

Esporte, Educação Física e Atividades Físicas de Saúde e Lazer no Brasil. Rio de

Janeiro: Shape, 2005.

__________, V., AMORIM, S. Corrida de Aventura. In: Atlas do Esporte do Brasil

– Atlas do Esporte, Educação Física e Atividades Físicas de Saúde e Lazer no

Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2005.

__________, V., AMORIM, S. Rafting. In: Atlas do Esporte do Brasil – Atlas do

Esporte, Educação Física e Atividades Físicas de Saúde e Lazer no Brasil. Rio de

Janeiro: Shape, 2005.

__________, V., AMORIM, S. Rapel. In: Atlas do Esporte do Brasil – Atlas do

Esporte, Educação Física e Atividades Físicas de Saúde e Lazer no Brasil. Rio de

Janeiro: Shape, 2005.

__________, V., AMORIM, S. Trekking – Enduro/Rally a pé. In: Atlas do Esporte

do Brasil – Atlas do Esporte, Educação Física e Atividades Físicas de Saúde e

Lazer no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2005.

BRUHNS, H. T. No ritmo da aventura: explorando sensações e emoções. In:

MARINHO, Alcyane; BRUHNS, Heloisa T. (Orgs). Turismo, Lazer e Natureza. São

Paulo (SP). Manole 2003, p. 29-52.

BRUHNS, H. T. Lazer e meio ambiente: corpos buscando o verde e a aventura.

Revista Brasileira de Ciências do Esporte. v.18, n.2, 1997, p.86-91.

Page 35: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

28

CAILLOIS, R. Les jeux et les hommes. Paris: Gallimard, 1958. Apud. SPINK, M.

J. P., ARAGAKIi, S. S., ALVES, M. P. Da Exacerbação dos Sentidos no Encontro com a Natureza: Contrastando Esportes Radicais e Turismo de Aventura. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2005, 18(1), pp.26-38.

CANTORANI, J. R. H. Indivíduos em busca de excitação e prazer: Análise

Sociológica da Expansão das Atividades de Aventura na Natureza. Dissertação

apresentada ao Programa de Mestrado em Ciências Sociais Aplicadas – Área de

Concentração: Sociedade, Direito e Cidadania; Linha de Pesquisa: História,

Cultura e Cidadania com a Orientação: Prof. Dr. Constantino Ribeiro de Oliveira

Jr.da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG no ano de 2006.

COSTA, A. Mudar o conteúdo, o método e a gestão. Especial para a Folha de SP.

Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u508.shtml>.

Acesso em: 6 de out. 2008.

COSTA, A. V.; CAVASINI, R. Canoagem no RS. Disponível em:

http://www.atlasesportebrasil.org.br/textos/220.pdf. Acesso em: 21/10/2008.

_____, A. V., MULLER, A. G. Orientação no Rio Grande do Sul. Disponível em:

http://www.cref2rs.org.br/atlas/cd/texto/orientacao.pdf. Acessado em: 05/08/2008.

_____, A. V., WILHELMS, G. Mountain Bike no Rio Grande do Sul. Disponível

em: http://www.cref2rs.org.br/atlas/cd/texto/mountain_bike.pdf. Acessado em:

05/08/2008.

COSTA, V. L. M. Esportes de aventura e risco na montanha: um mergulho no

imaginário. São Paulo, SP: Manole, 2000.

Page 36: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

29

CSIKSZENTMIHALYI, M. Beyond boredom and anxiety. San Francisco: Jossey-

Bass, 1975. Apud. SPINK, M. J. P., ARAGAKIi, S. S., ALVES, M. P. Da Exacerbação dos Sentidos no Encontro com a Natureza: Contrastando Esportes Radicais e Turismo de Aventura. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2005,

18(1), pp.26-38.

DIAS, C. A. G.; ALVES JUNIOR, E. D. Conceptual notes regarding the sports in nature. The FIEP bulletin, v. 76, pp. 141-144, 2006.

FEIXA, C. La aventura imaginaria. Una visión antropológica de las actividades

físicas de aventura em la naturaleza. Apunts: Educación Física y Deportes.

Barcelona, n-41, p.36-43, 1995.

FERREIRA, L. F. S. Corridas de Aventura: construindo novos significados sobre corporeidade, esportes e natureza. São Paulo: UNICAMP. Dissertação

de mestrado da Faculdade de Educação Física na área dos Estudos do Lazer,

2003.

MACEDO, N. D. de. Iniciação à Pesquisa Bibliográfica. Editora Unimarco, p. 13, 1994. MACHLIS, G. E. & ROSA E. A. Desired risk: Broadening the social amplification

risk framework. Risk Analysis, 10, 161-168, 1990.

MARINHO, A. As diferentes interfaces da aventura na natureza: reflexões

sobre a sociabilidade na vida contemporânea. Campinas (SP), p.44-59, 2006.

___________ Lazer, natureza e aventura: compartilhando emoções e

compromissos. Revista Brasileira de Ciência do Esporte. Campinas (SP). Autores

Associados. v.22, n.2, jan, p.143-153, 2001.

Page 37: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

30

MARTIN, E. Flexible bodies. Boston, Mass: Beacon Press, (1994).

MITCHELL J. R., R. G. Mountain experience: The psychology and sociology of

adventure. Chicago: University of Chicago Press, 1983. Apud. SPINK, M. J. P.,

ARAGAKIi, S. S., ALVES, M. P. Da Exacerbação dos Sentidos no Encontro com a Natureza: Contrastando Esportes Radicais e Turismo de Aventura.

Psicologia: Reflexão e Crítica, 2005, 18(1), pp.26-38.

POCCIELO, C. Os desafios da leveza – as praticas corporais em mutação. In:

SANT’ANNA, D. B. (Org). Políticas do corpo. São Paulo (SP): Estação Liberdade,

p.115-120, 1995.

QUEIROZ FILHO, P. N., SANTOS, C. A. P. Corrida de Orientação. In: Atlas do

Esporte do Brasil – Atlas do Esporte, Educação Física e Atividades Físicas de

Saúde e Lazer no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2005.

SEBOLD, S., RESENDE JR., O. S. Montanhismo no Rio Grande do Sul. Disponível em: http://www.cref2rs.org.br/atlas/cd/texto/montanhismo.pdf.

Acessado em: 12/09/2008.

SILVEIRA, E. E. T. et al. Escalada no Rio Grande do Sul. Disponível em:

http://www.cref2rs.org.br/atlas/cd/texto/escaldada.pdf. Acessado em: 12/09/2008.

SCHWARTZ, G. M. e CARNICELLI FILHO, S. (Desin) Formação profissional e atividades de aventura: focalizando os guias de “Rafting”. Publicado na Rev.

bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.20, n.2, p.103-09, abr./jun, 2006.

Page 38: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

31

TAHARA, A. K. e SCHWARTZ, G. M. Atividades de aventura: análise da produção

acadêmica do ENAREL. Licere, v.5, n.1, p. 50-58, 2002.

THOMAS, J. R. e NELSON, J. K. Métodos de Pesquisa em Atividade Física. (2002). v.3

VILLAVERDE, S. Corpo, lazer e natureza: Elementos para uma discussão ética.

In: BRUHNS, Heloísa T. & GUTIERREZ, Gustavo L. Representações do lúdico.

Campinas, SP: autores associados –UNICAMP, 2001.

ZIMMERMANN, A. C. Atividades de aventura e qualidade de vida. Um estudo

sobre a aventura, o esporte e o ambiente na Ilha de Santa Catarina. Publicado na

http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 93 -

Febrero de 2006.

Page 39: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

32

APÊNDICE I – QUESTIONARIO

RESPONSÁVEL:

TEMPO DE ATUAÇÃO:

ÁREA DE ATUAÇÃO:

PÚBLICO ALVO:

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

EVENTOS PROMOVIDOS:

PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS:

PARCERIAS:

ASSOCIADOS:

VISÃO E MISSÃO:

NOME: FONE: CNPJ: ENDEREÇO: Nº:

Page 40: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

33

APENDICE II - ENTIDADES PRESTADORAS DE SERVIÇOS NA CIDADE DE LONDRINA-PR

Nome: Clube de Aventura Norte do Paraná Endereço: Rua Rio Grande do Norte Nº: 385 Fone: (43) 9953 31 54 (11) 7022 39 47

Nome: Trilha Natural Endereço: Rua Pedra Verde Nº: 95 Fone: 43-33217430

Nome: Clube de Montanha Norte Paranaense

Endereço: Rua Fernando Noronha 243, junto com a Trilha e Cia

Nome: APPBI – Associação de Pais, Pilotos e Amigos do Bicicross Endereço: Rua Quintino Bocaiúva

Nome: Escola de Parapente Endereço: Rua Tamanduateí, Vila Recreio Nº: 649 Fone: (43) 9132 9202

Nome:Trilha e Cia Endereço: Rua Fernando de Noronha Nº:243 (perto ao SESC) Fone: 3344-0680

Nome: Aventura.Com Endereço: Higienopolis, Av, 2002, Lj 03, Centr Fone: 43 3321-1320

Page 41: Universidade Estadual de Londrina · A Deus por manter minha fé em na batalha de cada dia. ... Marcela, Anny, Grandão, Eidimar, Paulinho, Jacauna e todos do Clube de Aventura Norte

34

Nome: Recreio Bicicletas

Endereço: Rua Rebouças N°:246

Fone: 43 3327-6295

Nome: Gravidade Zero / TV TAROBA

Endereço: Rua Ibipora - Aurora

Telefone : (43) 3315-131