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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ TIAGO NAZÁRIO AMARAL ANÁLISE DA HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO DA AMARAL INCORPORADORA LTDA: UM ESTUDO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Balneário Camboriú 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

TIAGO NAZÁRIO AMARAL

ANÁLISE DA HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO DA AMARAL

INCORPORADORA LTDA: UM ESTUDO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Balneário Camboriú

2010

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TIAGO NAZÁRIO AMARAL

ANÁLISE DA HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO DA AMARAL

INCORPORADORA LTDA: UM ESTUDO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – ênfase em Recursos Humanos, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú.

Orientador: MSc. Marcos Aurélio Batista

Balneário Camboriú

2010

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TIAGO NAZÁRIO AMARAL

ANÁLISE DA HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO DA AMARAL

INCORPORADORA LTDA: UM ESTUDO DE CASO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em

Administração e aprovada pelo Curso de Administração da Universidade do Vale do

Itajaí, Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão.

Área de Concentração: Ciências Sociais Aplicadas

Sub-Área: Administração de Empresas

Balneário Camboriú, 01 de julho de 2010.

_________________________________

Prof. Marcos Aurélio Batista, MSc.

Orientador

_________________________________

Profª. Ligia Ghisi, MSc.

__________________________________

Prof. Laércio Antonio Braggio, MSc.

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EQUIPE TÉCNICA

Estagiário (a): Tiago Nazário Amaral

Área de Estágio: Administração de Recursos Humanos

Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder, MSc.

Supervisor da Empresa: Schirley Nazário Amaral

Professor (a) orientador (a): Marcos Aurélio Batista, MSc.

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DADOS DA EMPRESA

Razão Social: Amaral Incorporadora Ltda

Endereço: Av. Nereu Ramos, Nº 3344, 8º Andar- Sala 82 - Meia Praia/ Itapema SC.

Setor de Desenvolvimento do Estágio: Administração

Duração do Estágio: 240 horas

Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Schirlei Nazário Amaral

Carimbo do CNPJ da Empresa: 07.779.329.0001-30

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“A importância de ser e ter amigos se encontra na

cumplicidade que há entre as pessoas, nessa ajuda

recíproca que oferece segurança, apoio, nos

momentos de vida em que mais precisamos e

queremos ouvir a voz que nos acalenta e ajuda-nos a

enfrentar situações.” (Cristina Ferraresi).

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, segundo agradeço aos meus familiares, a minha

noiva, ao Professor Marcos Aurelio Batista pela sua orientação e seu excelente

apoio para a elaboração desta Monografia.

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RESUMO

O presente trabalho tem como pano de fundo o estudo da problemática ligada à área da Higiene e Segurança no Trabalho no setor da Construção Civil, na empresa Amaral Incorporadora Ltda. Encontra-se estruturado em quatro capítulos onde são abordadas várias temáticas, tais como, a análise das condições de trabalho, os acidentes de trabalho e a prevenção de riscos profissionais, entre outras. É apresentada uma caracterização do setor da Construção Civil, o Enquadramento Nacional e a Regulamentação do Sistema de Gestão da Higiene e Segurança no Trabalho, o modelo de análise e a metodologia adotada. Esta passou por uma análise exploratória e descritiva , através da realização de entrevistas com o proprietário, engenheiro de segurança e o empreiteiro (mão-de-obra), na qual se procurou saber se os trabalhadores cumprem as normas de Higiene e Segurança em vigor, quais as principais causas de acidente de trabalho e em que medida a Higiene e Segurança no Trabalho garantem condições pessoais e materiais de trabalho capazes de influenciar o nível de desempenho, de motivação e, conseqüentemente, de produtividade dos trabalhadores.

Palavras-chave: Segurança no Trabalho. Prevenção de Acidente no Trabalho. Acidente.

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ABSTRACT

The present work has as a background to study the problems linked with area of the Health and Safety at Work in the field of Construction, the company Amaral Incorporated Ltda. Is structured in four chapters which deal several thematic such as the analysis of working conditions, workplace accidents and prevention of occupational risks, among others. It presents a characterization of the sector of Construction, the Guidelines and the National Regulatory System for the Management of Health and Safety at Work, the analysis model and methodology. This went through an exploratory and descriptive analysis, by conducting interviews with the owner, safety engineer and the contractor (manpower), in which it sought to determine whether employees meet the standards of Health and Safety in force, which the main causes of accidents at work and to what extent the Health and Safety at Work ensure personal and material conditions of work can influence the level of performance, motivation and, consequently, productivity of workers.

Key-words: Safety at work. Prevention of Accidents at Work. Accident.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01: Tipologia de som e decibéis. ..................................................................31

Tabela 02: Limites de tolerância para ruídos. ...........................................................31

Tabela 03: Soma de Níveis Sonoros ........................................................................33

Tabela 04: Dimensionamento da CIPA em função do grupo de risco da atividade e

do número de empregados no estabelecimento. ......................................................39

Tabela 05: Acidentes de trabalho registrados na indústria da construção no período

de 1997/2001. ...........................................................................................................51

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01: Níveis mínimos de iluminação para tarefas visuais (em luxes). ............29

Quadro 02: Fatores pessoais. ..................................................................................42

Quadro 03: Fatores materiais ou situacionais. .........................................................42

Quadro 04: Equipamentos de proteção individual mais comuns..............................45

Quadro 05: Classificação dos incêndios em quatro categorias, sendo em a, b, c e d

. .................................................................................................................................59

Quadro 06: Identificação do tipo de extintor adequado para cada classe de incêndio,

classes a, b e c..........................................................................................................61

Quadro 07: Áreas críticas na prevenção de incêndios. ............................................65

Quadro 08: Cobrança das práticas de higiene e segurança. ...................................68

Quadro 09: Como os funcionários reagem às condições atmosféricas (chuva, calor,

etc.) ..........................................................................................................................69

Quadro 10: Atitudes da empresa para amenizar as dificuldades sobre as condições

atmosféricas. .............................................................................................................69

Quadro 11: Ruídos nas construções, quais detectam..............................................70

Quadro 12: Reclamações de vizinhos em obras da Amaral Construções por causa

de ruídos e se pode prejudicá-los. ............................................................................70

Quadro 13: Algum caso na obra que já prejudicou na saúde do trabalhador...........71

Quadro 14: Na obra da empresa Amaral Construções alguma vez ultrapassou o

nível de ruído de 120 decibéis...................................................................................71

Quadro 15: Diminuição do grau de ruído a empresa ajuda de alguma forma . ........72

Quadro 16: Iluminação nos prédios em construção. ................................................72

Quadro 17: Casos de má iluminação na Construtora podendo prejudicar o sistema

nervoso do trabalhador e causar o mau serviço........................................................73

Quadro 18: Iluminação direta ou indireta, a Construtora utilizá-las. .........................73

Quadro 19: Conscientização do trabalhador a proteger sua vida e a dos

companheiros por meios de ações mais seguras a Amaral Construções alerta. ......74

Quadro 20: Atitudes da empresa quando funcionários não cumprem suas regras. .74

Quadro 21: Funcionários se possuem preocupação na preservação de sua vida no

ambiente de trabalho.................................................................................................75

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Quadro 22: Quais atitudes de pedreiros são realizadas sobre a cobrança de

segurança..................................................................................................................76

Quadro 23: Causas de acidentes de trabalho. .........................................................76

Quadro 24: Acidentes de trajeto da Construtora. .....................................................77

Quadro 25: Acidentes por fatores materiais. ............................................................77

Quadro 26: Acidentes por fatores pessoais..............................................................78

Quadro 27: Procedimentos de acidentes na obra ....................................................78

Quadro 28: Acidentes sem afastamento. .................................................................79

Quadro 29: Acidentes com afastamento. .................................................................79

Quadro 30: CIPA na empresa ..................................................................................80

Quadro 31: Ambiente do trabalho dos funcionários da Construtora Amaral se existe

condições inseguras, quais, e o que é feito para regularizar. ...................................80

Quadro 32: Equipamentos oferecidos para os funcionários nas construções e o

incentivo de seu uso..................................................................................................81

Quadro 33: Maquinário é feita a manutenção regularmente e seus procedimentos

rotineiros....................................................................................................................82

Quadro 34: Como a Construtora consegue lhe dar com a situação alertando –os

riscos de acidentes aos funcionários.........................................................................82

Quadro 35: Condições dos equipamentos de Proteção Individual da Construtora

nesse momento.........................................................................................................83

Quadro 36: Casos de Incêndio na empresa Amaral Construções............................83

Quadro 37: Medidas de prevenção de incêndios. ....................................................84

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SUMÁRIO

1INTRODUÇÃO ........................................................................................................14

1.1 Tema...................................................................................................................14

1.2 Problema............................................................................................................15

1.3 Objetivos ............................................................................................................16

1.3.1 Objetivo Geral ..................................................................................................16

1.3.2 Objetivos Específicos ............................................................................. 17

1.4 Justificativa........................................................................................................17

1.5 Contexto do Ambiente de Estágio ...................................................................17

1.6 Organização do trabalho ..................................................................................20

2 HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO..........................................................21

2.1 Gestão de pessoas............................................................................................21

2.1.1 Legislação do trabalho .....................................................................................22

2.1.2 Competição no mercado e mão-de-obra..........................................................22

2.1.3 Quadro de pessoal e terceirização...................................................................23

2.2 Higiene do Trabalho..........................................................................................24

2.2.1 Objetivos da higiene do trabalho ......................................................................26

2.3 Condições Ambientais do Trabalho ................................................................27

2.4 Segurança no Trabalho.....................................................................................34

2.4.1 CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e LTCAT (Laudo Técnico

das Condições Ambientais de Trabalho....................................................................36

2.4.2 Acidentes e segurança.....................................................................................40

2.4.3 Equipamentos Proteção Individual ...................................................................44

2.5 Prevenção de Acidentes...................................................................................45

2.5.1 As estatísticas de acidentes .............................................................................48

2.5.2 Identificação das causas dos acidentes ...........................................................52

2.5.3 Custos direto e indireto dos acidentes .............................................................54

2.5.4 Gerenciamento de Riscos ................................................................................56

2.5.5 Prevenção de roubos (vigilância) .....................................................................56

2.5.6 Prevenção de incêndios ...................................................................................58

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2.5.7 Classificação de incêndios ...............................................................................59

2.5.8 Métodos de extinção de incêndios ...................................................................59

2.5.9 Tipos de extintores ...........................................................................................60

2.5.10 Conseqüências de um acidente .....................................................................65

3 METODOLOGIA ....................................................................................................66

3.1 Tipologia de pesquisa ......................................................................................66

3.2 Sujeito de estudo ..............................................................................................66

3.3 Instrumentos de pesquisa................................................................................67

4 ANÁLISE DOS DADOS.........................................................................................68

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................85

REFERÊNCIAS.........................................................................................................88

ANEXOS ...................................................................................................................89

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1 INTRODUÇÃO

Visando a necessidade das empresas se preocuparem com a preservação da saúde

e integridade física dos trabalhadores, esta pesquisa vem avaliar as práticas de

Higiene de Segurança do Trabalho na Amaral Incorporações.

Este assunto foi abordado, buscando um maior envolvimento dos conhecimentos

técnicos diante à realidade vivida pelo Gerente da Empresa, Engenheiro de

Segurança do Trabalho e Empreiteiro da empresa.

Neste capítulo é apresentado o tema e o problema da pesquisa, os objetivos (geral e

específicos), a justificativa, a contextualização do ambiente de estágio, e as etapas

que compõem o trabalho.

1.1 Tema

Higiene do trabalho compreende normas e procedimentos adequados para proteger

a integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde

inerente às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas.

A higiene do trabalho está ligada ao diagnóstico e à prevenção das doenças

ocupacionais, a partir do estudo e do controle do homem e seu ambiente de

trabalho. Ela tem caráter preventivo por promover a saúde e o conforto do

funcionário, evitando que ele adoeça e se ausente do trabalho. Envolve, também,

estudo e controle das condições de trabalho.

A iluminação, a temperatura e o ruído fazem parte das condições ambientais de

trabalho. Uma má iluminação, por exemplo, causa fadiga à visão, afeta o sistema

nervoso, contribui para a má qualidade do trabalho podendo, inclusive, prejudicar o

desempenho dos funcionários. A falta de uma boa iluminação também pode ser

considerada responsável por uma razoável parcela dos acidentes que ocorrem nas

organizações. Um ambiente de trabalho com temperatura e umidade inadequadas é

considerado doentio. Por isso, o funcionário deve usar roupas adequadas para se

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proteger do que “enfrenta” no dia-a-dia corporativo. O mesmo ocorre com a

umidade. Já o ruído provoca perca da audição e quanto maior o tempo de exposição

a ele maior o grau da perda da capacidade auditiva. A segurança do trabalho implica

no uso de equipamentos adequados para evitar lesões ou possíveis perdas.

É preciso, conscientizar os funcionários da importância do uso dos EPI's, luvas,

máscaras e roupas adequadas para o ambiente em que eles atuam. Fazendo essa

ação específica, a organização está mostrando reconhecimento ao trabalho do

funcionário e contribuindo para sua melhoria da qualidade de vida. Ao invés de

obrigar os funcionários a usarem, é melhor realizar esse tipo de trabalho de

conscientização, pois o retorno será bem mais positivo.

Na segurança do trabalho também é importante que a empresa forneça máquinas

adequadas, em perfeito estado de uso e de preferência com um sistema de travas

de segurança.

É preciso mudar os hábitos e as condições de trabalho para que a higiene e a

segurança no ambiente de trabalho se tornem satisfatórios. Nessas mudanças se faz

necessário resgatar o valor humano.

Pois, a importância do reconhecimento é que a partir do momento que a

organização está preocupada com a higiene e a segurança do trabalhador, ele está

sendo valorizado. E quando os colaboradores percebem o fato de serem

valorizados, reconhecidos isso os torna mais motivados para o trabalho, contribuindo

para o processo de segurança e higiene de qualquer empresa.

1.2 Problema

Com a inadequação dos ambientes de trabalho, ocasionados pela falta de

informação e de profissionais devidamente habilitados, capazes de diagnosticar

possíveis riscos ambientais e à saúde dos trabalhadores, aumenta a possibilidade

de riscos à segurança no trabalho.

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A Amaral Incorporações é uma empresa de construção civil, que pelo seu tipo de

empresa, naturalmente oferece muitos riscos para a segurança no trabalho dos

colaboradores.

Observou-se durante o período de estágio, que a empresa preocupa-se com as

condições de segurança e higiene no trabalho, prezando pela saúde dos

colaboradores.

É comum ver alguns profissionais olharem torto, reclamarem ou até xingarem, mas

quando acontece o acidente, geralmente estas mesmas pessoas chegam à

conclusão que se tivessem seguido as orientações de segurança provavelmente não

haveria ocorrido nenhum acidente.

Para se evitar acidentes é imprescindível que além da utilização correta de EPI

(Equipamento de Proteção Individual), estes equipamentos estejam em bom estado,

limpos e dentro de suas especificações.

Lembrando sempre que, uma maquina se pode consertar, uma ferramenta pode ser

compradas quantas forem necessárias, mas a vida do ser humano, a integridade

física e a saúde são únicas e muitas vezes, um simples descuido pode trazer danos

irreversíveis.

Diante do contexto, surge a pergunta de pesquisa: Quais são os procedimentos

tomados pela Amaral Construções em relação à higiene e segurança dos

colaboradores?

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

Analisar os procedimentos de segurança e higiene no trabalho da Amaral

Construtora e Incorporadora Ltda.

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1.3.2 Objetivos Específicos

• Reconhecer os riscos de segurança encontrados na Amaral Incorporadora

Ltda.;

• Identificar as práticas de prevenção realizadas pela empresa;

• Relacionar os procedimentos tomados pela empresa em momentos

inseguros, insalubres ou perigosos.

• Sugerir medidas de otimização para a gestão da segurança no ambiente de

trabalho.

1.4 Justificativa

A escolha do assunto adotado é justificada pelo fator da responsabilidade que o

tema exige, bem como da qualificação necessária ao profissional para que o

resultado final seja um documento imparcial, de credibilidade e, principalmente,

contribuinte no controle e melhoria do ambiente de trabalho em questão.

Sumariamente as empresas que adotam este sistema de controle das condições em

seu ambiente de trabalho, além de regularizadas perante a legislação vigente,

proporcionam melhor qualidade de vida aos seus funcionários, não obtendo

resultados de acidentes gerando reflexos positivos à empresa, ao meio ambiente e a

sociedade.

1.5 Contexto do Ambiente de Estágio

A Amaral Incorporadora Ltda. é uma empresa catarinense com atuação no mercado

imobiliário. Seu nome fantasia é Amaral Construções. Fundada em 03/01/2006 pelos

sócios. Schirlei Nazario Amaral e Tiago Nazario Amaral têm em seu portfólio os mais

diversos tipos de empreendimentos e obras, como apartamentos de luxo,

apartamentos compactos e empreendimentos voltados para o mercado turístico de

segunda residência. Está localizada na Av. Nereu Ramos, 3344 esq. Rua 230 em

meia Praia – Itapema SC.

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• Missão

Desenvolver, comercializar e construir habitações, visando a satisfação dos clientes,

valorizando a equipe e os parceiros comprometidos, respeitando a sociedade e o

meio ambiente, gerando resultados positivos para todos envolvidos.

• Visão

Ser referência no mercado da construção civil com o compromisso da

pontualidade e qualidade na conclusão de cada empreendimento, garantindo

assim um relacionamento duradouro com o cliente.

• Valores

� Confiabilidade;

� Qualidade;

� Solidez;

� Pontualidade.

A empresa atende o mercado de construção civil, sendo que suas obras esta mais

voltada para a classe média de todo o País e até mesmo do Exterior. O objetivo da

empresa é construir sonhos que para muitos pode ser tornar realidade, visto que os

apartamentos são de ótimo padrão de acabamentos e bem localizados.

A empresa conta com o proprietário, um gerente, o engenheiro de segurança. Os

serviços de construções são realizados através da contratação de empreiteiros de

mão-de-obra. O organograma da empresa é demonstrado na Figura 01.

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Figura 01: Organograma da Amaral Construções. Fonte: Amaral Construções, 2009.

O quadro de funcionários concentra-se em atividades administrativas, as atividades

operacionais são terceirizadas, dentre as quais se podem destacar serviços de

terraplanagem, mão-de-obra, esquadrias, pintura, elétrica, antena,

impermeabilização, elevadores, hidráulica, limpeza.

A Amaral Incorporadora Ltda possui um quadro de profissionais terceirizados, sendo

composto por 8 serviços.

• Elétrica: 4 funcionários;

• Mão-de-obra: 6 funcionários;

• Hidráulica: 3 funcionários;

• Pintura: 6 funcionários;

• Antena: 4 funcionários;

• Impermeabilização: 2 funcionários;

• Elevadores: 2 funcionários;

• Esquadrias: 5 funcionários;

• Limpeza: 1 funcionário.

Proprietário

Gerente

Engenheiro de Segurança Empreiteira de Mão de Obra

Contabilidade

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1.6 Organização do trabalho

O capitulo 01 apresenta o tema e o problema de pesquisa procurando identificar

quais os procedimentos de Atuação do Engenheiro de Segurança do Trabalho, e

que medidas a Amaral Construções adota a riscos nas obras.

No capítulo 02 aborda algumas definições de autores sobre a higiene do trabalho,

explicando quais objetivos, quais condições de trabalho adequado a aquela

determinada função. Buscando evitar riscos, verifica-se iluminação apropriada

àquele ambiente, averigua o nível de ruídos para determinado horário para o

profissional possa executar sua função corretamente e seguro.

O capítulo 03 apresenta a metodologia onde vai mostrar os procedimentos

metodológicos e as técnicas adotadas na pesquisa de campo, sendo a abordagem

da pesquisa qualitativa, realizada estritamente por gerente e o empreiteiro (mão-de-

obra), que possuem a percepção total da questão de segurança e higiene no

trabalho da Amaral Incorporadora, tendo como base uma pesquisa descritiva

realizada através de um questionário.

O capítulo 04 aborda análise de dados, sendo realizado o levantamento de dados

com os funcionários da empresa Amaral Incorporadora Ltda. Sendo eles: Gerente,

Engenheiro de Segurança, além do Empreiteiro terceirizado da Construção. A

seguir, será demonstrada a análise dos dados pertinente a cada função.

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2 HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

2.1 Gestão de pessoas

Lidar com pessoas nas organizações é uma responsabilidade que, atualmente, se

reveste de complexidade muito maior do que há poucos anos. A área de Recursos

Humanos tem como objetivo principal administrar as relações da organização com

as pessoas que a compõe, consideradas hoje em dia, parceiras de negocio, e não

mais meros recursos empresariais. Esse passou a ser o mais importante desafio

interno das empresas, em plena era de informação, uma função estratégica demais

para ficar centralizada e monopolizada nas mãos de poucos especialistas, que

atuam simplesmente na esfera tática ou operacional.

Segundo Ribeiro (2006), o profissional de Recursos Humanos deve prover a

organização de meios para avaliar as pessoas em todos os sentidos, desde a sua

formação profissional até a coleta de informações que possam lhe dar uma

indicação, ainda que parcial, do caráter delas.

A gestão de pessoas é uma das áreas que mais têm sofrido mudanças e

transformações nos últimos anos. O profissional de Recursos Humanos pode aplicar

e gerenciar o processo de avaliação de perfil de funcionários e candidatos, de

acordo com as necessidades especifica da organização.

Para Dutra (2002), o modelo de gestão é uma lente que ajuda a enxergar a

realidade em sua totalidade e complexidade, descortina o invisível, ou seja, as

relações ou situações subjacentes a nossa compreensão, das quais se tem noticias

apenas por seus efeitos.

Um dos pontos mais importantes em Gestão de Pessoas, segundo Ribeiro (2006), é

o treinamento e o desenvolvimento, juntamente com a função de buscar e escolher

os melhores profissionais para a empresa, encabeçam a área de recursos humanos

que devem se preocupar em treinar os funcionários para o exercício de suas tarefas

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presentes e, também, realizar programas que visem ao desenvolvimento dos

empregados, para um desempenho cada vez melhor no futuro.

Segundo Ribeiro (2006), a área de recursos humanos vem sendo responsável por

ações como recrutamento, seleção, treinamento, plano de cargos e salários,

contratação, remuneração e questões trabalhistas. Contudo, para uma atuação

estratégica, deve, ainda, adotar medidas para desenvolver talentos e criar um

ambiente de trabalho aberto a novas idéias.

A área de Recursos Humanos necessita se adaptar a cenários que se modificam

com certa rapidez. A seguir, são apresentados vários cenários hipotéticos e opostos,

com finalidade de provocar uma reflexão critica.

2.1.1 Legislação do trabalho

• Favorável

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e seus remendos serão abolidos. O

trabalho ficará livre e será objeto de negociação no contrato coletivo, por empresa. A

redução de burocracia e papelada será fantástica, surpreendendo os contadores e

os profissionais mais otimistas.

• Desfavorável

Mais de cinco mil artigos sobre as relações de trabalho serão considerados ainda

insuficientes por deputados e senadores, que produzirão, com freqüência, novas

obrigações legais para as empresas, além de imporem o cumprimento de

regulamentos e controles trabalhistas, aumentando a burocracia.

2.1.2 Competição no mercado e mão-de-obra

• Favorável

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O mercado oferecerá farta mão-de-obra qualificada e de elevado padrão,

assegurando tranqüilidade para as empresas.

• Desfavorável

A competição levará os indivíduos a mudarem mais de emprego, e profissionais de

alto padrão serão avidamente disputados. Vencerão as companhias que tiverem

ambiente desafiador e forem modernas, dispondo de excelente pacote de

remuneração e benefícios, alem de oportunidades de carreira.

2.1.3 Quadro de pessoal e terceirização

• Favorável

A terceirização de atividades dará um grande salto para frente, e todas as

autoridades, legisladores, empresários e sindicatos, adotarão cada vez mais essa

opção. Empregados efetivos e trabalhadores terceirizados conviverão

harmoniosamente no mesmo local de trabalho.

• Desfavorável

A terceirização ficará restrita algumas áreas já consagradas e será combatida

severamente por sindicatos e legisladores. A grande empresa ficará perdida entre o

discurso de que é preciso valorizar a pequena empresa e a confusa legislação

existente. A terceirização será usada para contornar a burocracia trabalhista, e não

por praticidade operacional.

A valorização é hoje a questão mais delicada na gestão de pessoas e é sobre ela

que há maior controvérsia. Tem-se atualmente um grande conjunto de conceitos e

propostas instrumentais para lidar com a diferenciação de pessoas. Ao mesmo

tempo, é sobre esse tema que a organização tem mais receio de experimentar

novas propostas em função de implicações e riscos envolvidos em tal tema.

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Do lado da pessoa, a valorização está muito atrelada ao desenvolvimento

profissional. A organização que oferece para a pessoa condições concretas de

crescimento cria as condições para sua valorização tanto na empresa quanto no

mercado.

A valorização será o tema mais importante da gestão de pessoas neste inicio de

século e, provavelmente, receberá a atenção de teóricos e profissionais de empresa.

Como ferramenta essencial para a valorização dos funcionários destaca-se a higiene

e a segurança no trabalho.

2.2 Higiene do Trabalho

Prevenir significa preparar por meio de previsão, para as prováveis perspectivas de

um futuro incerto. Agir, antecipadamente, no sentido de que as ocorrências desse

futuro se alinhem ou coincidam com os interesses estabelecidos. Visando preservar

a saúde, podemos dizer que deverá tratar dos aspectos físico, mental e social.

Barbosa Filho (2001) define Higiene do Trabalho como sendo a ciência e a arte

dedicadas à antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de fatores e riscos

ambientais causados nos postos de trabalho e que podem causar enfermidade,

prejuízos para a saúde ou bem-estar dos trabalhadores.

Já Carvalho (2002) entende a atividade de Higiene do trabalho (HT), no contexto da

gestão de Rh, como uma série de normas e procedimentos visando, primeiramente,

a proteção da saúde física e mental do empregado, procurando resguardá-lo dos

riscos de saúde relacionados com o exercício de suas funções e com o ambiente

físico onde o trabalho é executado.

Chiavenato (2002) concorda ao afirmar que a Higiene do Trabalho refere-se a um

conjunto de normas e procedimentos que visam à proteção da integridade física e

mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do

cargo e ao ambiente físico onde são executadas. A higiene do trabalho está

relacionada com o diagnóstico e com a prevenção de doenças ocupacionais a partir

do estudo de duas variáveis: o homem e seu ambiente de trabalho.

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Segundo o autor, um plano de higiene de trabalho geralmente envolve o seguinte

conteúdo:

1. Um plano organizado: envolve a prestação não apenas de serviços de

médicos, como também de enfermeiros e auxiliares, em tempo integral ou

parcial, dependendo do tamanho da empresa.

2. Serviços médicos adequados: envolve dispensário de emergência e

primeiros socorros, se for o caso. Essas facilidades devem incluir:

a) Exames médicos de admissão;

b) Cuidados quanto a injurias pessoais, provocadas por moléstia

profissionais;

c) Primeiros socorros;

d) Eliminação de controle de áreas insalubres;

e) Registros médicos adequados;

f) Supervisão quanto à higiene e saúde;

g) Relações éticas e de cooperação com a família dos empregados

doentes;

h) Utilização de hospitais de boa categoria; e

i) Exames médicos periódicos de revisão e check-up.

3. Prevenção de riscos à saúde, a saber:

a) Riscos químicos (como intoxicação, dermatoses industriais etc.);

b) Riscos físicos (como ruídos, temperaturas extremas, radiações

ionizantes e não ionizantes etc.);

c) Riscos biológicos (como agentes biológicos, microorganismos

patogênicos etc.)

4. Serviços adicionais: como partes do investimento empresarial sobre a saúde

do empregado e da comunidade, incluindo:

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a) Programa informativo destinado a melhorar os hábitos de vida e

esclarecer sobre assuntos de higiene e de saúde. Supervisores, médicos

de empresa, enfermeiros, e demais especialistas, poderão dar

informações no decorrer de seu trabalho regular;

b) Programa formal de convenio ou colaboração com entidades locais, para

prestação de serviço de radiografia, recreativos, de oferta de leituras,

filmes, etc.;

c) Verificações interdepartamentais - entre supervisores, médicos e

executivos – sobre sinais de desajustamento, que implicam mudanças

de tipo de trabalho, de departamento ou de horário;

d) Previsões de cobertura financeira para casos esporádicos de prolongado

afastamento do trabalho por doença ou acidente, por meio de planos de

seguro de vida em grupo, ou planos de seguro médico em grupo, ou

ainda, incluindo-se entre os benefícios sociais pela empresa. Dessa

maneira, mesmo afastado do serviço, o empregado percebe seu salário

normal, que é completado por este plano;

e) Extensão de benefícios médicos a empregado aposentados, incluindo

planos de pensão ou de aposentadoria.

2.2.1 Objetivos da higiene do trabalho

A higiene do trabalho ou higiene industrial, segundo Chiavenato (2002), tem o

caráter eminentemente preventivo, pois objetiva a saúde e o conforto do trabalhador,

evitando que adoeça e se ausente provisório ou definitivamente do trabalho.

Entre os objetivos principais da higiene do trabalho, estão:

• Eliminação das causas das doenças profissionais;

• Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas

doentes ou portadoras de defeitos físicos;

• Prevenção de agravamento de doenças e de lesões; e

• Manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por

meio de controle do ambiente de trabalho.

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Para Baptista (1998) esses objetivos poderão ser obtidos:

• Pela educação dos operários, chefes, capatazes, gerentes etc., indicando os

perigos existentes e ensinando como evitá-los;

• Mantendo constante estado de alerta os riscos existentes na fábrica; e

• Pelos estudos e observações dos novos processos ou materiais a serem

utilizados.

Chiavenato (2002) comenta que a higiene do trabalho envolve também estudo e

controle das condições de trabalho, que são as variáveis da situação que

influenciam poderosamente o comportamento humano.

2.3 Condições Ambientais do Trabalho

O trabalho das pessoas é profundamente influenciado por três grupos de condições:

• Condições ambientais de trabalho: como a iluminação, temperatura,

ruído etc.;

• Condições de tempo: como duração da jornada de trabalho, horas

extras, período de descanso etc.

• Condições sociais: como organização informal, status, etc.

A higiene do trabalho ocupa-se do primeiro grupo: as condições ambientais de

trabalho, embora não se descuide totalmente dos outros dois grupos.

Por condições ambientais de trabalho queremos referir-nos às circunstancias físicas

que envolvem o empregado enquanto ocupante de um cargo, na organização. É o

ambiente físico que envolve o empregado, enquanto ele desempenha um cargo.

Os três itens mais importantes das condições ambientais de trabalho são:

iluminação, ruído e condições atmosféricas.

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• Iluminação

Chiavenato (2002) esclarece que a iluminação refere-se à quantidade de

luminosidade que incide no local de trabalho do empregado. Não se trata de

iluminação em geral, mas a quantidade de luz no ponto focal do trabalho. Assim, os

padrões de iluminação são estabelecidos de acordo com o tipo de tarefa visual que

o empregado deve executar: quanto maior a concentração visual do empregado em

detalhes e minúcias tanto mais necessário a luminosidade no ponto focal de

trabalho.

Carvalho (2002) complementa que os principais objetivos da iluminaria no ambiente

de trabalho são:

• Possibilitar adequada distribuição de luz;

• Evitar o ofuscamento;

• Proteger as fontes contras as agressões mecânicas e físicas;

• Proporcionar um ambiente decorativo.

Chiavenato (2002) salienta que a má iluminação causa fadiga à vista, prejudica o

sistema nervoso, concorre para a má qualidade do trabalho e é responsável por

razoável parcela dos acidentes. Um sistema de iluminação deve possuir os

seguintes requisitos:

a) Ser suficiente de modo que cada foco luminoso forneça toda a quantidade

de luz necessária a cada tipo de trabalho;

b) Ser constante e uniformemente distribuída de modo a evitar a fadiga dos

olhos, decorrente das sucessivas acomodações, em virtude das variações da

intensidade da luz. Deve-se evitar contrastes violentos de luz e sombra e as

oposições de claro e escuro;

c) Ser disposta no sentido de não causar ofuscamento, ou resplandecência,

que tragam fadiga à visão, em face da necessidade de constantes

acomodações visuais.

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Os níveis mínimos de iluminação para tarefas visuais pode ser observado no Quadro

01:

CLASSE 1 LUXES Tarefas visuais variáveis e simples 250 A 500

CLASSE 2 Observação contínua de detalhes 500 A 1.000

CLASSE 3 Tarefas visuais contínuas e de precisão 1.000 A 2.000

CLASSE 4 Trabalhos muito delicados e de detalhes + DE 2.000 Quadro 01: Níveis mínimos de iluminação para tarefas visuais (em luxes). Fonte: Chiavenato, 2002.

Para Barbosa Filho (2001), a distribuição da luz pode ser:

I – Iluminação direta faz a luz incidir diretamente sobre a superfície

iluminada. É a mais econômica e a mais utilizada para grandes espaços. Segundo

(Antonio Carlos, 2002, p. 299), a iluminação direta é mais eficaz sobre determinada

área, possibilitando um aproveitamento máximo da energia consumida.

II – Iluminação indireta faz a luz incidir sobre a superfície a ser iluminada por

meio da reflexão sobre paredes e tetos. É a mais dispendiosa. A luz fica oculta da

vista por alguns dispositivos ou anteparos opacos.

III – Iluminação semi-indireta combina os dois tipos anteriores, e o uso de

globos translúcidos para refletir a luz no teto e nas partes superiores das paredes,

que as transmitem para a superfície a ser iluminada (iluminação indireta).

Concomitantemente, alguma luz é difundida diretamente pelo globo (iluminação

direta), havendo, portanto, dois efeitos luminosos.

IV – Iluminação semi-direta é aquela em que a maior parte da luz é dirigida

diretamente à superfície a ser iluminada (iluminação indireta), havendo, todavia,

alguma luz que é refletida por intermédio das paredes e do teto.

• Ruído

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O som pode nos oferecer agradáveis sensações, como a recordação de situações

anteriormente vividas, promover o relaxamento total e nos proporcionar verdadeiras

pérolas através de harmonias e ritmos das musicas e das canções. Todavia, pode

nos provocar sensações incomodas e até mesmo dolorosas. Quando o som assume

este caráter indesejável, geralmente chamamos de ruído.

Barbosa Filho (2001) afirma que o som pode nos oferecer agradáveis sensações,

promovendo relaxamento total e proporciona verdadeiras pérolas, sendo através de

harmonias e ritmos das musicas e canções. Também pode provocar muitos

incômodos, até mesmo dolorosos. Quando o som assume este caráter indesejável,

chamamos de ruído.

Chiavenato (2002) salienta que o ruído sendo considerado, geralmente, como um

som ou barulho indesejável. O som tem duas características principais: a freqüência

e a intensidade.

O autor explana a freqüência do som sendo o número de vibrações por segundo,

emitidas pela fonte de ruído, e é medida em ciclos por segundo (cps). A intensidade

do som é medida por decibéis (dB). A evidência e as pesquisas feitas mostram que o

ruído não provoca diminuição no desempenho do trabalho. Todavia, a influência do

ruído sobre a saúde do empregado e, principalmente, sob sua audição, é poderosa.

A exposição prolongada a níveis elevados de ruído produz, certa forma, perda de

audição, proporcional ao tempo de exposição. Em outros termos quanto maior o

tempo de exposição ao ruído maior o grau de perda da audição.

O efeito desagradável depende da:

a) intensidade do som;

b) variação dos ritmos ou irregularidades; e

c) freqüência ou tom dos ruídos.

Chiavenato (2002) pronuncia sobre a intensidade do som varia enormemente. A

menor vibração sonora audível corresponde a 01 decibel (1db), enquanto os sons

extremamente fortes costumam provocar sensação dolorosa a partir de 120 dB. A

Tabela 01 permite uma rápida idéia da intensidade do som:

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Tabela 01: Tipologia de som e decibéis. TIPO DE SOM DECIBÉIS

Menor vibração sonora audível 01 Murmúrio 30 Conversação normal 50 Tráfego intenso 70 Início da fadiga causada por barulho 75 Ruídos industriais externos 80 Apitos e sirenes 85 Escapamentos de caminhões 90 Começo da perda de audição 90 Máquinas de estaquiamento 110 Serrarias 115 Limiar do estrondo doloroso 120 Prensa hidráulica 125 Aviões a jato 130 Fonte: Chiavenato, 2002.

Chiavenato (2002) Ilustra na Tabela 01 mostrando diversos níveis de ruído,

organizado por tipo de som e o nível dB, tais como: murmúrio, conversação normal,

apitos e sirenes, serrarias, começo perda audição em fim entre outros.

A Portaria nº. 491, de 16/09/65, do Ministério do Trabalho e Previdência Social

especifica que o nível máximo de intensidade de ruído em ambiente fabril é de 85

decibéis. Acima disto, o ambiente é considerado insalubre. Para alguns autores,

ruídos entre 85 e 95 decibéis, podem produzir danos auditivos crônicos, diretamente

proporcionais às intensidades, frequências e tempo de exposição.

Carvalho e Nascimento (2002), conforme Portaria n.3.214, de 08/08/78, do Ministério

do Trabalho, apresenta os seguintes limites de tolerância para ruídos contínuos ou

intermitentes (Tabela 02):

Tabela 02: Limites de tolerância para ruídos. NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos

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90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos

NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL

94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos

100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos

Fonte: Carvalho e Nascimento, 2002.

Para Chiavenato (2002) o controle dos ruídos visa à eliminação, ou, pelo menos, à

redução dos sons indesejáveis. Genericamente, os ruídos industriais podem ser:

a) Contínuos (como máquinas, motores ou ventiladores);

b) Intermitentes (como prensas, ferramentas pneumáticas, forjas); e

c) Variáveis (como pessoas que falam, manejo de ferramentas ou materiais).

Os métodos mais amplamente utilizados para o controle dos ruídos na indústria,

Chiavenato (2002) articula, que podem ser incluídos em uma das cinco

classificações abaixo:

• Eliminação do ruído no elemento que o produz, mediante reparação ou novo

desempenho da máquina, engrenagens, polias, correias, etc.;

• Separação da fonte do ruído, mediante anteparos ou montagem das

máquinas e demais equipamentos sobre molas, feltros ou amortecedores de

ruído;

• Encerramento da fonte de ruído dentro de paredes à prova de ruídos;

• Tratamento dos tetos, paredes e solos em forma acústica para a absorção

de ruídos; e

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• Equipamento de proteção individual (EPI), como protetor auricular.

Barbosa Filho (2001) facilita a realização de tais operações envolvendo ruídos de

diferentes fontes, podemos nos valer de tabelas como as que seguem. O autor exibe

a soma de níveis sonoros, apontando a diferença entre medições e o incremento ao

ruído de maior intensidade (Tabela 03).

Tabela 03: Soma de Níveis Sonoros DIFERENÇA ENTRE

MEDIÇÕES INCREMENTO AO RUÍDO DE MAIOR INTENSIDADE

0 3 1 2,6 2 2.2 3 1,8 4 1,5 5 1,2 6 1 7 0,8 8 0,6 9 0,5 10 0,4

11 e 12 0,3 Fonte: Barbosa Filho, 2001.

• Temperatura

Uma das condições ambientais relevantes é a temperatura. Chiavenato (2002)

salienta cargos cujo local de trabalho se caracteriza por elevadas temperaturas,

como é o caso da proximidade de fornos de siderurgia e de cerâmica, de forjarias

etc., nos quais o ocupante precisa vestir roupas adequadas para proteger sua

saúde; Em outro extremo, existem cargos cujo local de trabalho impõe temperaturas

baixíssimas, como em frigoríficos, por exemplo, que exigem roupas adequadas para

proteção. Nestes casos extremos, a insalubridade constitui a característica principal

destes ambientes de trabalho.

• Umidade

A umidade é conseqüência do alto grau de teor higrométrico do ar. Chiavenato

(2002) afirma que condições ambientais de elevada umidade do local de trabalho,

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como é o caso da maioria das tecelagens que exigem alta gradação higrométrica

para tratamento dos fios. Porém, existem condições ambientais de pouca ou

nenhuma de umidade, como é o caso das indústrias cerâmicas onde o ar é “seco”.

Nestes dois casos extremos, a insalubridade também constitui a característica

principal.

2.4 Segurança no Trabalho

A segurança no trabalho é uma função empresarial que, cada vez mais, torna-se

uma cobrança conjuntural. As firmas devem procurar minimizar os riscos a que estão

expostos seus funcionários, pois, apesar de todo avanço tecnológico, qualquer

atividade envolve certo grau de insegurança.

A falta de eficaz sistema de segurança acaba causando problemas de

relacionamento humano, produtividade, qualidade dos produtos e/ou serviços

prestados e o aumento de custos. A pseudo-economia feita não se investindo no

sistema de segurança mais adequado acaba ocasionando graves prejuízos, pois,

um acidente no trabalho implica baixa na produção, investimentos perdidos em

treinamentos e outros custos.

Muitas pessoas menos esclarecidas não dão importância à segurança de trabalho,

elas costumam afirmar “Sem acidentes ou com acidentes o trabalho é realizado, ou

seja, não importa quem disse isso ou pensa dessa maneira. Trata de uma afirmação

ou de um pensamento infeliz. Verdadeiramente o trabalho poderá ser executado

mesmo que ocorram acidentes, porém jamais nestes casos a sua realização poderá

ser considerada satisfatória. A dor e a infelicidade de quem sofre ferimentos somam

muitos outros fatores danosos ao trabalho, tanto aspecto econômico, como aspecto

técnico.

Ribeiro (2006) define segurança de trabalho sendo conjunto de medidas técnicas,

administrativas, educacionais, médicas e psicológicas, usadas para prevenir

acidentes, seja pela eliminação de condições inseguras do ambiente, seja pela

instrução ou pelo convencimento das pessoas para a implementação de práticas

preventivas.

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Segundo Marras (2000) a segurança do trabalho também é conhecida por

“segurança industrial”, essa função tem como preocupação fundamental:

• A prevenção de acidentes no trabalho;

• A eliminação de causas de acidentes no trabalho.

A prevenção de acidentes no trabalho é um programa de longo prazo que objetiva,

antes de tudo, conscientizar o trabalhador a proteger sua própria vida e a dos

companheiros por meio de ações mais seguras e de uma reflexão constante sobre a

descoberta a priori de condições inseguras que possam provocar eventuais

acidentes no trabalho. Portanto, é mais um programa educativo, de constância e de

fixação de valores do que um programa técnico. Um programa de prevenção de

acidentes deve estar sustentado sob dois aspectos fundamentais:

• O humano: a preocupação está centrada no bem–estar e na preservação da

vida humana do trabalhador no seu horário de trabalho;

• O econômico: o número de faltas ao trabalho, causadas por acidentes no

trabalho e o custo respectivo para a empresa são tamanhos que a prevenção

é, sem dúvida, o melhor caminho a percorrer.

Para Chiavenato (2002) a Segurança e Higiene do Trabalho são atividades

interligadas que repercutem diretamente sobre a continuidade da produção e sobre

o moral dos empregados.

O autor define Segurança do Trabalho sendo um conjunto de medidas técnicas,

educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, quer

eliminando as condições inseguras do ambiente, quer instruindo ou convencendo as

pessoas da implantação práticas preventivas. Seu emprego é indispensável para o

desenvolvimento satisfatório do trabalho. É cada vez maior o número de empresas

que criam seus próprios serviços de segurança. Dependendo do esquema de

organização da empresa, os serviços de segurança têm a finalidade de estabelecer

normas e procedimentos, pondo em prática os recursos possíveis para conseguir a

prevenção de acidentes e controlando os resultados obtidos. Muitos serviços de

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segurança não obtêm resultados, e até mesmo fracassam, porque não estão

apoiados em diretrizes básicas bem delineadas e compreendidas pela direção da

empresa ou porque não foram devidamente desenvolvidos em seus vários aspectos.

O programa deve ser estabelecido partindo-se do princípio de que a prevenção de

acidentes é alcançada pela aplicação de medidas de segurança adequadas e que só

podem ser bem aplicadas por meio de um trabalho de equipe. A rigor, a segurança é

uma responsabilidade de linha e uma função de staff. Em outros termos, cada chefe

é responsável pelos assuntos de segurança de sua área, muito embora exista na

organização um órgão de segurança para assessorar todas as chefias em relação a

este assunto.

2.4.1 CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e LTCAT (Laudo Técnico

das Condições Ambientais de Trabalho

Regida pela Lei n.º 6.514 de 22/12/77 e regulamentada pela NR-5 do Ministério do

Trabalho, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA foi aprovada pela

portaria n.º 3.214 de 08/06/76, publicada no D.O U de 22/12/94 e modificada em

15/05/95.

A CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do

trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a

preservação da vida e promoção da saúde do trabalhador.

Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento

as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da

administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas,

cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como

empregados. As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos

trabalhadores avulsos e às entidades que lhes tomem serviços, observadas as

disposições estabelecidas em Normas Regulamentadoras de setores econômicos

específicos. A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais

estabelecimentos, deverá garantir a integração das CIPA e dos designados,

conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de segurança e saúde

no trabalho.

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Chiavenato (2002) alerta as pessoas que não se deve confundir o órgão de

segurança da organização com a CIPA: Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes. A CIPA é uma imposição legal da CLT (Consolidação das Leis do

Trabalho). Nas organizações onde existem as duas, embora trabalhem em conjunto,

com o mesmo objetivo, CIPA é órgão de segurança devem ser chamados pelos seus

verdadeiros nomes e merecer devida distinção. A CIPA cabe apontar os atos

inseguros dos trabalhadores e as condições de insegurança. Enfim, deve fiscalizar o

que já existe. Já o órgão de segurança aponta soluções. A CIPA tem especial

importância nos programas de segurança da pequena e média indústria. Mas nas

grandes seu conceito está mais evoluído: os membros da CIPA auxiliam os

supervisores e chefes nos assuntos de segurança. Já Marras (2000) define objetivo

da CIPA sendo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, do

modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e

a promoção da saúde do trabalhador.

Um plano de segurança envolve necessariamente os seguintes requisitos:

• A segurança em si é uma responsabilidade de linha e uma função de staff em

face da sua especialização;

• As condições de trabalho, o ramo de atividade, o tamanho, a localização da

empresa etc. determinam os meios materiais preventivos;

• A segurança não deve ficar restrita somente a área de produção. Os

escritórios, depósitos etc. também oferecem riscos cujas implicações afetam a

empresa toda;

• O problema de segurança envolve necessariamente a adaptação do homem

ao trabalho (seleção de pessoal), adaptação do trabalho ao homem

(racionalização do trabalho), além de fatores sociopsicológicos, razão pela

quais certas organizações vinculam a segurança ao órgão de Recursos

Humanos;

• A segurança do trabalho em certas organizações pode chegar a mobilizar

elementos para o treinamento e doutrinação de técnicos e operários, controle

de cumprimento de normas de segurança, simulação de acidentes, inspeção

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a escolha, aquisição e distribuição de uma série de peças de roupagem do

pessoal (óculos de segurança, luvas, macacões, botas etc.) em determinadas

áreas da organização;

• É interessante a aplicação dos seguintes princípios:

� Apoio ativo da administração, compreendendo: manutenção de um

programa de segurança completo e intensivo; discussão, com a

supervisão, em reuniões periódicas, dos resultados alcançados pelos

supervisores; e tomada de medidas exigidas para melhorar as

condições de trabalho. Baseados nesse apoio, os supervisores devem

agir para que os subordinados trabalhem com segurança e produzam

sem acidentes.

� Manutenção de pessoal dedicado exclusivamente a segurança.

� Instruções de segurança para cada trabalho.

� Instruções de segurança a empregados novos. Estas devem ser dadas

pelos supervisores, que podem fazê-lo com perfeito conhecimento de

causa, no local de trabalho. As instruções gerais ficam a cargo da

Seção de Segurança.

� Execução do Programa de Segurança por intermédio da supervisão.

Todos têm responsabilidades definidas no programa. Porém, os

supervisores assumem responsabilidades especiais. São os homens-

chave da indústria, particularmente na prevenção de acidentes.

� Integração de todos os empregados no espírito de segurança. A

prevenção de acidentes é trabalho de equipe, principalmente no que

tange a disseminação do espírito prevencionista. Todos os meios de

divulgação devem ser usados e encaminhados, utilizando-se dos

métodos mais recomendáveis para a aceitação e assimilação pelos

empregados.

� Extensão do Programa de Segurança fora da companhia. Visa à

segurança do homem em qualquer lugar ou em qualquer atividade e a

eliminação das conseqüências dos acidentes verificados fora do

trabalho, que são semelhantes, em extensão e profundidade, aos

ocorridos na indústria.

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� Não deve haver confusão entre CIPA e o Órgão de Segurança. A

primeira é imposição legal, o segundo é criação da empresa. A CIPA,

por sua vez, pode fazer segurança ou não.

A segurança do trabalho, em três áreas principais de atividade, a saber:

1. Prevenção de Acidentes

2. Prevenção de Roubos

3. Prevenção de Incêndios

Cada uma dessas três áreas será tratada separadamente.

Barbosa Filho (2001) exibe a Tabela 04 - Dimensionamento da CIPA em função do

grupo de risco da atividade e do número de empregados no estabelecimento.

Tabela 04: Dimensionamento da CIPA em função do grupo de risco da atividade e do número de empregados no estabelecimento.

Grupo de risco

Nº de membros da CIPA

0 a 19

20 a 29

30 a 50

51 a 80

81 a 100

101 a 120

... 1.001 a 2.500

2.501 a 5.000

5.001 a 10.000

Acima de 10.000 para cada grupo de 2.500 acrescentar

C-1 Efetivos 1 1 3 3 4 9 12 15 2

Suplentes 1 1 3 3 3 7 9 12 2

C-1ª Efetivos 1 1 3 3 4 9 12 15 2

Suplentes 1 1 3 3 3 8 9 12 2

C-2 Efetivos 1 1 2 2 3 7 10 11 2

Suplentes 1 1 2 2 3 6 7 9 1

C-4 Efetivos 1 1 1 1 3 5 6 1

Suplentes 1 1 1 1 3 4 4 1

Fonte: Barbosa Filho, 2001.

O LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais de Trabalho é um documento

que faz a avaliação qualitativa, dos diversos ambientes laborais como forma de

identificar agentes agressivos, sejam eles, físicos, químicos, biológicos,

ergonômicos, que possam causar acidentes ou risco a integridade física do

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Trabalhador, bem como, qual a intensidade de cada um deles, quais as medidas de

prevenção adotadas, e se essa presença constitui ou não, o direito do adicional

(insalubridade ou periculosidade). Alguns itens importantes na solicitação do LTCAT

são:

I- Demonstrar o reconhecimento dos agentes nocivos e discriminar a

natureza, a intensidade e a concentração que possuem, nos termos do item

9.3.3 da NR-09, do MTE;

II- Identificar as condições de trabalho por setor ou processo produtivo, por

estabelecimento ou obra, em consonância com os expedientes do MPAS,

do MTE ou do INSS pertinentes;

III- Explicar as avaliações quantitativas e qualitativas dos riscos, por função, por

grupo homogêneo de exposição ou por posto de trabalho.

IV- O LTCAT tem que conter as informações detalhadas, solicitadas pelo Art.

178, constante na IN-DC-99 do INSS/MPAS.

A construção civil se difere dos outros setores industriais por possuir características

próprias, sendo que uma das principais é a pouca importância das máquinas e

tecnologias para a obtenção da qualidade do produto, dependendo esta, quase que

exclusivamente, da mão-de-obra utilizada.

A grande dependência que a construção civil tem da mão-de-obra utilizada deveria

contribuir para que este fosse um setor desenvolvido no aspecto de segurança no

trabalho, porém o que se nota é que este continua sendo um dos setores indústrias

com maior percentual de acidentes.

2.4.2 Acidentes e segurança

Apesar da grande quantidade de legislação que trata da questão do trabalho no

Brasil, ainda são muito reduzidos o interesse e o conhecimento do cidadão comum

acerca da temática.

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Ribeiro (2006) explica que possui muitos efeitos negativos dos acidentes de

trabalho, sendo prejudiciais sob todos os aspectos em que possam ser analisados.

Sofrem as conseqüências:

• As pessoas que se incapacitam total ou parcialmente para o trabalho;

• As empresas, pela perda da mão-de-obra, de materiais etc., com a

conseqüente elevação do custo do produto;

• A sociedade, pelo aumento do número de invalidados e de dependentes da

Previdência Social;

• A nação, com todos os efeitos danosos que os acidentes do trabalho

acarretam;

Cada acidente prevenido se traduz em beneficio amplo e profundo. No entanto,

ainda nem todos estão em condições de raciocinar dessa maneira, pois

desconhecem os efeitos sinistros dos acidentes do trabalho.

Carvalho e Nascimento (2002) afirmam que o acidente, em termos de administração

de RH, é um acontecimento não planejado e não controlado, onde a ação ou reação

de um objeto, substancia, radiação ou individuo, resulta num acidente pessoal ou na

sua probabilidade.

Os autores esclarecem que é difícil identificar e registrar o comportamento que

poderia ter provocado o acidente ou lesão, os acidentes são encarados como

ocorrências em que se manifestam lesões físicas, as quais resultam acidentes

pessoais.

O quadro 02, proposto por Chiavenato (2002), esclarece que os fatores pessoais

são definidos por: características pessoais, tais como personalidade, motivação,

aptidões, entre outros; tendências predispostoras do comportamento, que incluem

atitudes e hábitos indesejáveis, falta de habilidades, tendência de assumir riscos,

etc.;

Existem dois tipos de fatores na manifestação das causas dos acidentes:

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43

A - Fatores Pessoais FATORES CARACTERÍSTICAS

Características pessoais Personalidade Inteligência Motivação Aptidões sensoriais Aptidões motoras Experiência

Tendências predispositoras do comportamento

Atitudes e hábitos indesejáveis Falta de habilidades especificas Tendência de assumir risco.

Tipos de comportamentos em circunstâncias específicas

Desatenção Esquecimento Percepção errada Malogro em seguir procedimentos Desempenho inadequado Aceitação de risco excessivo

Incidência de comportamento específico de acidente

Coeficiente de probabilidade de comportamentos de acidente do indivíduo.

Quadro 02: Fatores pessoais. Fonte: Chiavenato, 2002.

O quadro 03, proposto por Chiavenato (2002), esclarece que os fatores Materiais ou

Situacionais são definidos por: Características gerais da situação tais como:

Presença de agentes potencialmente causadores de acidentes, Equipamento físico

e arranjo, Objetos móveis, também outras Características predispostas da situação,

Incidência do comportamento de acidente e Propensão (risco) de acidentes na

situação.

B - Fatores Materiais ou Situacionais FATORES CARACTERÍSTICAS

Características gerais da situação Presença de agentes potencialmente causadores de acidentes Equipamento físico e arranjo Objetos móveis Ambiente.

Características predispostas da situação Probabilidade de circunstâncias provocadoras de acidentes, tal como falha no equipamento, coincidências de eventos ou circunstâncias.

Incidência do comportamento de acidente Probabilidade de coeficiente “normal” de comportamento de acidente

Propensão (risco) de acidentes na situação

Efeitos combinados de: 1) probabilidade de circunstâncias provocadas de acidentes, e 2) coeficiente “normal” de comportamento de acidente

Quadro 03: Fatores materiais ou situacionais. Fonte: Chiavenato, 2002.

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44

Para Ribeiro (2006) existem diversos tipos de acidentes, como:

• Acidentes de trajeto: sendo acidente ocorrido no trajeto residência- trabalho

- residência;

• Por ato inseguro: acidente desencadeado por comportamento errado do

funcionário;

• Por condição insegura: acidente ocorrido por condição imprópria do

equipamento ou de materiais, no ambiente de trabalho.

Marras (2000) esclarece acidente de trabalho sendo um acontecimento involuntário

resultante tanto de um ato inseguro, que possa causar danos ao trabalhador que o

abriga. Pela sua gravidade, os acidentes do trabalho se classificam em:

1. Acidentes sem afastamento: são aqueles em que o empregado, após ser

medicado ou atendido, retorna imediatamente ao seu posto de trabalho (por

exemplo, um pequeno corte num dos dedos, que exija apenas uma

assepsia e uma proteção com band-aid).

2. Acidentes com afastamento: são aqueles em que o trabalhador, devido á

natureza do ferimento, deve deixar de imediato as suas funções para

submeter-se ao tratamento de recuperação. Esses acidentes podem

produzir:

� Incapacidade temporária: é a perda total da capacidade para o

trabalho durante o dia do acidente ou que se prolongue por

período menor que um ano.

� Incapacidade permanente parcial: é a redução permanente e

parcial da capacidade para o trabalho durante o dia do acidente

ou que se prolongue por período menor que um ano.

� Incapacidade total permanente: é a perda total, em caráter

definitivo, da capacidade de trabalhar (por exemplo, perda total de

visão; perda da visão de um olho com redução em mais da

metade da visão do outro, etc.).

� Morte: é o falecimento do trabalhador como resultado direto do

acidente.

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45

Com as novas tecnologias, novas máquinas, novos métodos, materiais, produtos e

equipamentos nas indústrias, e com o grande aumento o volume de produção,

velocidade em produzir, vem contribuindo muito o aumento dos acidentes no

trabalho. Estatísticas mostram números de mortos em acidentes em variados países,

conforme o Gráfico 01, a seguir:

0

2

4

6

8

10

Portugal 1,1

Espanha 2,07

Nicarágua 9,81

México 2,97

EUA 0,95

Brasil 9,35

Gráfico 01: Porcentagem de mortos por acidentes. Fonte: Marras, 2001.

Muitas empresas preocupam com a questão dos acidentes de trabalho, que tendem

seu objetivo de acidentes zero, tornando com que a prevenção de acidentes faça

parte da cultura organizacional, tendo por objetivo minimizando riscos relacionados

com os produtos, atividades e serviços para os funcionários e terceiros, melhorar o

desempenho e auxilia a organização a estabelecer uma imagem responsável

perante a comunidade.

2.4.3 Equipamentos Proteção Individual

Os equipamentos de proteção individual são dispositivos ou meios destinados a ser

envergados ou manejados com vista a proteger o utilizador contra riscos

susceptíveis de constituir uma ameaça a saúde ou a segurança.

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46

Segundo Ribeiro (2006), quando as medidas de segurança de ordem geral não são

eficientes para proporcionar proteção adequada contra riscos de acidentes, lança-se

Mao do recurso da proteção individual: luvas, óculos calçados, máscaras, capacetes,

roupas especiais, etc.

De acordo com a NR 6 – Considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI,

todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a

proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. A empresa é obrigada a

fornecer aos empregados, gratuitamente EPI adequado ao risco e em perfeito

estado de conservação e funcionamento (Quadro 04).

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL MAIS COMUNS: • Calçados • Avental • Botas • Protetor auricular • Perneiras • Cinto de segurança • Luvas • Protetor facial • Capacete • Máscaras • Óculos • Filtros Quadro 04: Equipamentos de proteção individual mais comuns. Fonte: Ribeiro, 2006.

A cabeça, os olhos, as mãos e os pés são as áreas do corpo humanas mais

atingidas nos acidentes de trabalho.

2.5 Prevenção de Acidentes

As definições de acidente são muito variadas. Barbosa Filho (2001) afirma que todo

trabalhador, quando chega ao final de sua jornada de trabalho, ele deseja a retornar

a sua casa, encontrar sua família e ter seu descanso. Em verdade são as condições

de trabalho e o significado destas para os trabalhadores que fazem com que a

realidade não lhes pareça agradável. Muitas vezes, além de uma pequena

remuneração, tudo mais que a organização tem a oferecer são precárias condições

de trabalho. A percepção dos riscos oferecidos, ou mesmo o ato de presenciar ou ter

noticia do resultado de um acidente, podem gerar desde um mal-estar passageiro

até um conflito emocional interior que desencadeará como reação um capricho ao

trabalho naquelas condições, sabendo que vai haver uma tentativa de proteção, de

resguardo da integridade pessoal.

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47

Segundo Chiavenato (2002), um grupo de consultores da Organização Mundial da

Saúde definiu acidente como um fato não premeditado do qual resulta dano

considerável. O National Safety Council define-o como “uma ocorrência numa série

de fatos que, em geral e sem intenção, produz lesão corporal, morte ou dano

material”. Baptista (1998) lembra que “essas definições caracterizam-se por

considerar o acidente sempre como um fato súbito, inesperado, imprevisto (embora

algumas vezes previsível) e não premeditado ou desejado; e, ainda, como causador

de dano considerável, embora não especifique se tratam de dano econômico

(prejuízo material) ou dano físico as pessoas (sofrimento, invalidez ou morte)”.

Barbosa Filho (2001) e Dela Coleta (1989) concordam em dizer que o acidente de

trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo

exercício do trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação

funcional que causa morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da

aptidão do trabalho.

A segurança busca minimizar os acidentes do trabalho. Chiavenato (2002) conceitua

acidente do trabalho como decorrente do trabalho, provocando, direta ou

indiretamente, lesão corporal, perturbação funcional ou doença que determine a

morte, a perda total ou parcial permanente ou temporária da capacidade para o

trabalho. A palavra acidente já significa ato imprevisto, perfeitamente evitável na

maioria dos casos. As estatísticas de acidentes do trabalho, por lei, englobam

também os acidentes de trajeto, ou seja, aqueles que ocorrem no trajeto do

empregado de sua casa para a organização, e vice-versa.

Chiavenato (2002) classifica os acidentes do trabalho em:

• Acidente sem afastamento: Após o acidente, o empregado continua

trabalhando. Este tipo de acidente não é considerado nos cálculos dos

coeficientes de freqüência e de gravidade, embora deva ser investigado e

anotado em relatório, além de exposto nas estatísticas mensais.

• Acidente com afastamento: É aquele que pode resultar:

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48

� Incapacidade temporária é a perda total da capacidade para

o trabalho durante o dia do acidente ou que se prolongue por

período menor que um ano.

No retorno, o empregado assume sua função sem redução da

capacidade. Em caso de acidente sem afastamento, onde

ocorra agravamento de lesão, que determine o afastamento, o

acidente receberá nova designação, isto é, será considerado

acidente com afastamento, e o período de afastamento será

iniciado no dia em que se constatou o agravamento da lesão.

Neste caso, será mencionado no relatório do acidente e no

relatório do mês.

� Incapacidade permanente parcial é a redução permanente e

parcial da capacidade para o trabalho, ocorrida no mesmo dia

ou que se prolongue por período menor que um ano.

� A incapacidade permanente parcial é geralmente motivada

por:

� Perda de qualquer membro ou parte do mesmo;

� Redução da função de qualquer membro ou parte do

mesmo;

� Perda da visão ou redução funcional de um olho;

� Perda da audição ou redução funcional de um ouvido; e

� Quaisquer outras lesões orgânicas perturbações funcionais

ou psíquicas que resultem, na opinião do medico, em

redução de menos de três quartos da capacidade de

trabalho.

� Incapacidade total permanente é a perda total, em caráter

permanente, da capacidade de trabalho. A incapacidade total

permanente é geralmente motivada por:

� Perda da visão de ambos os olhos;

� Perda da visão de um olho com redução, em mais da

metade, da visão do outro;

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49

� Perda anatômica ou impotência funcional de mais de um

membro de suas partes essenciais (mão ou pé);

� Perda da visão de um olho, simultânea à perda anatômica ou

impotência funcional de uma das mãos ou de um pé;

� Perda da audição de ambos os ouvidos ou; ainda redução,

em mais da metade, de sua função;

� Quaisquer outras lesões orgânicas, perturbações funcionais

ou psíquicas, permanentes, que ocasionem, sob opinião

médica, a perda de três quartos ou mais da capacidade para

o trabalho.

• Morte.

Segundo Barbosa Filho (2001) a atividade de prevenção pode e deve estar sempre

presente nas atividades acessórias de produção – manutenção, compras e escolha

de fornecedores, etc. O custo humano ou material - máquinas, ferramentas ou

matéria-prima – causado por um acidente pode ser superior a esse valor investido

inadequadamente. Por isso deve fazer a correta manutenção para trazer

confiabilidade e disponibilidade de uso das máquinas e dos sistemas.

Tais consequências dos acidentes de trabalho resultam em significativo aumento

dos custos globais despendidos pela empresa, comprometimento da qualidade de

vida no trabalho e redução da qualidade em geral e da produtividade. Esses

resultados, por sua vez, geram uma redução significativa na lucratividade,

comprometendo a manutenção das atividades da empresa, bem como de situação

no mercado, fazendo com que a empresa busque reduzir seus custos globais, ao

mesmo tempo em que procura aumentar sua produtividade e qualidade, sem medir,

conscientemente, os reflexos nas condições de segurança.

2.5.1 As estatísticas de acidentes

A VI Conferencia Internacional de Estatísticas do Trabalho, reunida em 1947, em

Montreal, estabeleceu o Coeficiente de Freqüência e o Coeficiente de Gravidade

como medidas para controle e avaliação de acidentes. Chiavenato (2002) argumenta

que ambos os coeficientes são utilizados em quase todos os países, permitindo

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comparações internacionais ao lado de comparações entre ramos diferentes de

indústrias.

Chiavenato (2002) define o Coeficiente de Freqüência (CF) significa o número de

acidentes com afastamento ocorrido em cada milhão de homens/horas trabalhadas

durante o período considerado. É um índice que relaciona o número de acidentes

com cada milhão de homens/horas trabalhadas a fim de ensejar comparações com

todos os tipos e tamanhos de indústrias.

Para o cálculo do CF são necessárias as seguintes informações:

• Número médio de empregado da empresa em determinado intervalo de

tempo (dia, mês ou ano) é a relação entre o total de horas trabalhadas por

todos os empregados nesse intervalo de tempo e a duração normal do

trabalho no mesmo intervalo (com base em 8 horas por dia, 25 dias ou 200

horas por mês, e 300 dias ou 2.400 horas por ano).

• Homens/horas trabalhadas é o número que exprime a soma de todas as

horas efetivamente trabalhadas por todos os empregados da empresa,

inclusive do escritório, da administração, de vendas ou de outras funções.

São horas em que os empregados estão sujeitos a acidentes no trabalho. No

número de horas/homens trabalhadas devem ser incluídas as horas extras e

excluídas as horas remuneradas não trabalhadas, tais como as decorrentes

de faltas abonadas, licenças, férias, enfermidades e descanso remunerado.

Para o empregado, cujas horas efetivamente trabalhadas sejam de difícil

determinação, serão consideradas 8 horas por dia de trabalho. O número de

horas/homens trabalhadas refere-se à totalidade dos empregados da

empresa, devendo-se, em caso diferente, mencionar a seção ou o

departamento a que se referir.

Coeficiente de Gravidade (CG) para Chiavenato (2002) significa o número de dias

perdidos e computadores em cada milhão de homens/horas trabalhadas, durante o

período de tempo considerado. É um índice que relaciona a quantidade de

afastamentos com cada milhão de homens/horas trabalhadas, a fim de ensejar

comparações com outros tipos e tamanhos de indústrias.

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Para o cálculo do CG são necessárias as seguintes informações:

• Dias perdidos é o total de dias, nos quais o acidentado fica incapacitado para

o trabalho em conseqüência de acidente com incapacidade temporária. Os

dias perdidos são dias contidos, contados do dia imediatamente seguinte ao

acidente até o dia de alta médica, inclusive. Portanto, na contagem dos dias

perdidos incluem-se os domingos, os feriados ou qualquer outro dia em que

não haja trabalho na empresa. Em caso de acidente, inicialmente considerado

sem afastamento, mas, que, por justa razão, passa a ser incluídos entre os

acidentes com afastamento, a contagem dos dias perdidos será iniciada no

dia da comunicação do agravamento da lesão.

• Dias perdidos transportados são os dias perdidos durante o mês, por

acidentado do mês anterior (ou de meses anteriores).

• Dias debitados, ou dias computados por redução da capacidade ou morte, é

o número de dias que convencionalmente se atribui aos casos de acidentes

que resultem em morte, incapacidade permanente, total ou parcial,

representando a perda total ou a redução da capacidade de trabalho.

Carvalho e Nascimento (2002) alertam que o “Jornal do Brasil” em sua edição de

08.10.84, publicou notícia impressionante e dramática que em cada hora, 33

trabalhadores morrem no Brasil, vítimas da falta de segurança em seu emprego.

Os autores explicam que em 1984, ocorria a média de 17 acidentes de trabalho por

minuto, somando dois milhões e cinqüenta mil feridos no ano, dos quais 72 mil se

tornaram paralíticos. Mesmo não tendo dados mais recentes, a imprensa tem

apresentado constituindo-se Brasil num dos campeões mundiais em acidentes de

trabalho.

No Brasil, de acordo com dados da Previdência Social, demonstrados na Revista

CIPA, foram registrados 412 mil acidentes no trabalho em 1993, 388 mil em 94 e 424

mil em 95. Neste último ano, ocorreram 3.381 óbitos por esta causa, portanto, em

nosso país, os acidentes no trabalho causam por dia 1.160 vítimas fatais (número

maior do que o de óbitos em acidentes de trânsito).

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Segundo a pesquisa, no ano de 1995, ocorreram 437 acidentes fatais na construção

civil, o que significa que de 100.000 operários, 44 morreram. Os casos de invalidez

permanente foram de 452, isto é, 46 funcionários em 100.000. Os acidentes que

causaram incapacidade parcial permanente foram de 697, o que da um coeficiente

de 71 para 100.000. Isto significa que o ramo da construção civil encontra-se em

segundo lugar nos casos de acidentes fatais e invalidez permanente e, em quarto

lugar nos casos de incapacidade parcial permanente.

A revista CIPA de fevereiro de 1997 divulgou uma ampla pesquisa sobre os

acidentes no trabalho nas principais atividades econômicas. Esta pesquisa foi

realizada pela Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho e teve como fonte de

dados os benefícios pagos por mortes e invalidez resultantes dos acidentes no

trabalho, fornecidos pelo Ministério da Previdência e Assistência Social e pelo

Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), como demonstra a Tabela 05:

Tabela 05: Acidentes de trabalho registrados na indústria da construção no período de 1997/2001. SETOR DE ATIVIDADE

ECONOMICA QUANTIDADE DE ACIDENTES DE TRABALHO

REGISTRADOS MOTIVO ANO TOTAL

Típico Trajeto Doenças do

Trabalho

Óbitos

1998 31.959 29.060 1.963 936 448 1999 27.826 24.950 2.008 868 407 2000 25.536 22.637 2.112 787 325

CONSTRUÇÃO

2001 25.627 22.741 2.118 705 337 Fonte: Lima Júnior, Jófilo Moreira, 2005.

De acordo com o quadro apresentado de acidentes de trabalho no Brasil,

observamos uma redução de 32,6% no número de acidentes fatais nos últimos

quatro anos, mesmo com o crescimento da informalidade no trabalho. Considerando

o setor formal, ou seja, a cerca de apenas um terço da massa trabalhadora do país,

a queda no número de morte em função do trabalho foi de 3.793, em 1998, para

2.557, em 2001.

De acordo com o quadro apresentado de acidentes de trabalho no Brasil,

observamos uma redução de 32,6% no número de acidentes fatais nos últimos

quatro anos, mesmo com o crescimento da informalidade no trabalho. Considerando

o setor formal, ou seja, a cerca de apenas um terço da massa trabalhadora do país,

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a queda no número de morte em função do trabalho foi de 3.793, em 1998, para

2.557, em 2001.

2.5.2 Identificação das causas dos acidentes

Chiavenato (2002) A maior parte dos acidentes é provocada por causas que podem

ser identificadas e removidas, para que não continuem provocando novos acidentes.

De acordo com a American Association, as principais causas dos acidentes são as

seguintes:

1. O agente é definido como o objetivo ou a substancia (a maquina, o local ou

equipamento que poderiam ser adequamente protegidos) diretamente

relacionados com a lesão como a prensa, a mesa, o martelo, a banheira etc.

2. A parte do agente é aquela que esta estreitamente associada ou

relacionada com a lesão com o volante da prensa, o pé da mesa, o cabo do

martelo, o piso da banheira e etc.

3. A condição insegura é a condição física ou mecânica, existente no local,

na máquina, no equipamento ou na instalação (que poderia ter sido

protegida ou corrigida) e que leva à ocorrência do acidente, assim como

piso escorregadio, oleoso, molhado, com saliência ou buraco, máquina

desprovida de proteção ou com polias e partes móveis desprotegidas,

instalação elétrica com fios descascados, motores sem fio-terra, iluminação

deficiente ou inadequada.

Ribeiro (2006) demonstra algumas condições que provocam acidentes:

• Falta de proteção nas máquinas;

• Proteção inadequada ou defeituosa;

• Máquina com defeito;

• Manutenção adiada;

• Espaço físico mal organizado;

• Escassez de espaço;

• Passagem perigosa;

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• Escadas sem corrimão;

• Instalações elétricas com defeito;

• Ventilação insuficiente;

• Falta de EPI;

• Sujeira e detritos no chão;

• Iluminação insuficiente;

• Falta de avisos.

4. O tipo de acidente é a forma ou modo de contato entre o agente do

acidente e o acidentado, ou, ainda, o resultado desse contato como as

batidas, tombos, escorregões, choques etc.

Conforme Ribeiro (2006), existem alguns acidentes típicos:

• Colisão contra alguma coisa

• Abalroamento por alguma coisa

• Prensagem entre partes da maquina manuseada

• Queda

• Esforço excessivo

• Exposição a temperatura excessivas

• Contato com produtos químicos agressivos

• Contato com eletricidade

5. O ato inseguro é a violação de procedimento aceito como seguro, ou seja,

deixar de usar equipamento de proteção individual, distrair-se ou conversar

durante o serviço, fumar em área proibida, lubrificar ou limpar máquina em

movimento.

O autor esclarece que muitas vezes o comportamento equivocados ou impulsivos

das pessoas podem provocar muitos acidentes. Exemplos:

• Não usar o Equipamento de Proteção Individual (EPI);

• Usar EPI em mau estado;

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• Correr pela fábrica;

• Deixar material e ferramentas jogados;

• Ficar embaixo de carga suspensa;

• Expor parte do corpo em local perigoso;

• Usar máquina não autorizada;

• Imprimir excesso de velocidade ou sobrecarga ao equipamento;

• Limpar ou lubrificar máquinas em movimento;

• Improvisar ferramentas;

• Retirar dispositivos de proteção;

• Usar proteção inadequada;

• Fumar e provocar chamas ou faíscas em local indevido;

• Estimular brincadeira ou exibicionismo no ambiente da fábrica;

• Ignorar avisos.

E a imprudência causa muitos acidentes, principalmente por:

• Falta de treinamento;

• Excesso de confiança;

• Desconhecimento de riscos;

• Despreparo

6. O fator pessoal de insegurança é qualquer característica, deficiência ou

alteração mental, psíquica ou física –acidental ou permanente, que permite o

ato inseguro. São problemas como visão defeituosa, fadiga ou intoxicação,

problemas do lar, desconhecimento das normas e regras de segurança.

2.5.3 Custos diretos e indiretos dos acidentes

Chiavenato (2002) salienta o acidente do trabalho constitui fator negativo para a

empresa, para o empregado e para a sociedade. Suas causas e custos devem ser

analisados. O Seguro de Acidentes do Trabalho evidentemente cobre apenas os

gastos com despesas médicas e indenizações ao acidentado. As demais

modalidades de seguro contra riscos fortuitos como o fogo, por exemplo, propiciam

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ter seguradora a fixação de taxas de acordo com o risco individual existente em cada

empresa.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na sua norma 18-R estabelece

que o custo direto do acidente é o total das despesas decorrentes das obrigações

para com os empregados expostos aos riscos inerentes ao exercício do trabalho,

como as despesas com assistência médica e hospitalar aos acidentados e

respectivas indenizações, sejam estas diárias ou por incapacidade permanente. Em

geral, estas despesas são cobertas pelas companhias de seguro.

Chiavenato (2002) explica o custo indireto do acidente do trabalho, segundo a

ABNT, envolve todas as despesas de fabricação, despesas gerais, lucros cessantes

e demais fatores cuja incidência varia conforme a indústria. Já o INPS inclui no custo

indireto do acidente do trabalho os seguintes itens: gastos do primeiro tratamento,

despesas sociais, custo do tempo perdido pela vítima, perda por diminuição do

rendimento no retorno do acidentado ao trabalho, perda pelo menor rendimento do

trabalhador que substitui temporariamente o acidentado, cálculo do tempo perdido

pelos colegas de trabalho etc.

Aceita-se, em diversos países, a proporção de 4 para 1 entre os valores do custo

indireto e do direto. Chiavenato (2002) ilustra o custo indireto representa, portanto,

quatro vezes o custo direto do acidente do trabalho, sem falar na tragédia pessoal e

familiar que o acidente de trabalho pode provocar.

Os números registrados de acidentes do trabalho no nosso país são realmente

assustadores e vem avolumando-se a cada ano que passa. Na maior parte das

vezes, o que ocorre é a transgressão das normas de segurança do trabalho, que, se

obedecidas, poderiam reduzir essa lamentável incidência.

Há que se lembrar que tanto a moléstia profissional quanto o acidente do trabalho

conferem responsabilidade civil e criminal ao empregador nos casos de dolo ou

culpa.

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2.5.4 Gerenciamento de Riscos

O autor Barbosa Filho (2001) explica a possibilidade de eventos indesejados,

previsíveis ou não, se concretizarem estará sempre presente ao dia-a-dia nas

empresas. Para evitar a ocorrência destes, seria ideal amo menos reduzir a

probabilidade da sinistralidade, ou minimizar seus impactos danosos, quer sobre o

homem, sobre os meios materiais, quer sobre o meio ambiente, haverá a

necessidade de o gestor incorporar ao cotidiano da organização uma série de

práticas. Investigando todas as possibilidades de incidentes, de acidentes e de

perdas, para conhecer suas causas e efeitos, estabelecendo os instrumentos ativos

de sua prevenção e controle.

Barbosa Filho (2001), alerta também deve obter cuidados com a limpeza e a ordem

dos ambientes, máquinas e ferramentas, bem como a escrita observância dos

procedimentos para a execução das operações, baseados em critérios que visam

assegurar a integridade, com adequação e conservação dos meios de proteção, o

estabelecimento de sistemáticas de atuação na ocorrência de sinistros, como

incêndios, enchentes, explosões, planos de evacuação de edificações, etc.

2.5.5 Prevenção de roubos (vigilância)

Chiavenato (2002) salienta de modo geral, cada indústria tem seu serviço de

vigilância com características próprias, não se podendo aplicar numa o que é feito

em outra. Além disso, as medidas preventivas devem ser revistas com freqüência,

para evitar a rotina que chega a tornar os planos obsoletos.

Um plano de prevenção de roubos (vigilância) geralmente inclui:

• Controle de entrada e saída de pessoal

É um controle efetuado geralmente na portaria da indústria, quando da entrada ou

saída do pessoal. Trata-se de um controle que pode ser visual ou baseado na

revista pessoal de cada indivíduo que ingressa ou sai da fábrica. Pode ser controle

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amostral (baseado em sorteio por meio de aparelho eletrônico que cada empregado

deve acionar) ou cem por cento. Geralmente este controle se restringe ao nível de

operários, por ser revestido de aspectos pouco enaltecedores, pois está totalmente

sintonizado com a Teoria “X” de McGregor e assemelha-se ao Sistema 1- Autoritário

Coercivo - descrito por Likert. É amplamente utilizado em nossas fábricas.

• Controle de entrada e saída de veículos

A maioria das empresas exerce fiscalização mais ou menos rígida quanto a veículos,

principalmente caminhões da frota de transportes ou veículos que tragam ou levem

mercadorias ou matérias-primas. Quando se trata de veículos da empresa, como

caminhões, peruas ou carros, a portaria anota na entrada e saída da fábrica o

conteúdo, o nome do motorista e, algumas vezes, a quilometragem do veículo.

• Estacionamento fora da área da fábrica

Em geral, as indústrias mantêm estacionamento dos carros de seus empregados

fora da área da fábrica, a fim de evitar o transporte clandestino de gados fora da

área da fábrica, a fim de evitar o transporte clandestino de produtos, componentes

ou ferramentas. Algumas indústrias não permitem o acesso dos empregados aos

seus carros no estacionamento durante o horário de trabalho.

• Ronda pelos terrenos da fábrica e pelo interior da fábrica

É muito comum esquemas de ronda dentro da fábrica e pelos arredores,

principalmente fora do horário de trabalho, não somente para efeito de vigilância,

como também para verificação de prevenção de incêndios.

• Registro de máquinas, equipamentos e ferramentas

As máquinas, equipamentos e ferramentas utilizadas pelo pessoal são geralmente

registradas e inventariadas periodicamente. As ferramentas e instrumentos utilizados

pelos operários são geralmente depositadas ao fim de cada jornada de trabalho no

respectivo almoxarifado, para efeito de controle e prevenção de furtos. Algumas

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empresas, quando da admissão de operários, fazem recibos de entrega de

ferramentas, cabendo ao operário a responsabilidade pela sua manutenção.

• Controles contábeis

Certos controles contábeis são efetuados principalmente nas áreas de compras,

almoxarifado, expedição e recepção de mercadorias. Por outro lado, estes controles

contábeis são aferidos periodicamente por empresas externas de auditoria. Casos

de superfaturamento (compra de produtos e preços maiores do que estipula a nota

fiscal), subfaturamento (venda a preções menores do que consta na fatura) ou

pagamento de faturas sem se dar baixa no registro possibilitam a localização de

evasão de mercadorias.

2.5.6 Prevenção de incêndios

A cada dia acontecem mais casos de incêndios com freqüência crescente,

assumindo seus danos de dimensões indesejadas, algumas vezes pelas vítimas

humanas, outras pelas perdas materiais (BARBOSA FILHO, 2001).

A prevenção e o combate a incêndios, principalmente quando há mercadorias,

equipamentos e instalações valiosas a proteger, exigem um planejamento

cuidadoso. Não apenas um conjunto de extintores adequado, dimensionamento do

reservatório de água, sistema de detecção e alarme, como também o treinamento do

pessoal são pontos-chave (CHIAVENATO, 2002). Para Barbosa Filho (2001)

prevenção aplica ao conjunto de medidas tendentes a limitar a probabilidade de que

o incêndio se inicie. A proteção consiste em medidas propensas a minimizar as

conseqüências do incêndio.

Chiavenato (2002) apresenta o fogo que provoca um incêndio sendo uma reação

química do tipo oxidação exotérmica, ou seja, queima de oxigênio com liberação de

Calor. Para haver a reação, devem estar presentes:

• Combustível (sólido, líquido ou gasoso);

• Comburente (geralmente o oxigênio da atmosfera); e

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• Catalisador (a temperatura).

2.5.7 Classificação de incêndios

Para maior facilidade na estratégia de sua extinção, Chiavenato (2002) utiliza os

incêndios podendo ser classificados em quatro categorias principais, como

demonstra o Quadro 05:

CATEGORIA DE INCÊNDIO

TIPOS DE COMBUSTÍVEIS

PRINCIPAIS AGENTES

EXTINTORES

CUIDADOS PRINCIPAIS

A Papel, madeira, tecidos, trapos embebidos em óleo, lixos etc.

Espuma Soda-ácido Água

Eliminação do calor, saturando-se com água

B Líquidos inflamáveis, óleos e produtos de petróleo (tintas, gasolinas etc.)

Gás carbônico (CO²) Pó químico seco Espuma

Neutralização do comburente com substancia não inflamável

C Equipamentos elétricos ligados

Gás carbônico (CO²) Pó químico seco

Idem

D Gases inflamáveis sob pressão

Pó químico seco Gás carbônico (CO²)

Idem

Quadro 05: Classificação dos incêndios em quatro categorias, sendo em a, b, c e d. Fonte: Chiavenato, 2002.

2.5.8 Métodos de extinção de incêndios

Chiavenato (2002) salienta á que o fogo é o resultado da reação de três elementos

(combustível, oxigênio do ar e temperatura), sua extinção exige, pelo menos, a

eliminação de um dos elementos que compõem o “triângulo do fogo”. Assim a

extinção de um incêndio pode ser feita por meio dos seguintes princípios:

• Remoção ou isolamento: neutralização do combustível

Consiste em remover o material que está em combustão ou outros que possam

alimentar ou propagar o fogo. Exemplos:

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� Fechar o registro da tubulação de combustível que esta alimentando o

incêndio;

� Remover materiais das proximidades do fogo para delimitar seu campo de

ação; e

� Remover a parte do material incendiado, o que se pode conseguir com mais

facilidade no início do incêndio.

• Abafamento: neutralização do comburente

Consiste em eliminar ou reduzir o oxigênio do ar, na zona da chama, interrompendo

a combustão do material envolvido. É o princípio usado quando se tenta abafar o

fogo com algum cobertor ou com areia.

• Resfriamento: neutralização da temperatura

Consiste em reduzir a temperatura do material incendiado até cessar a combustão.

A água é o elemento mais usado para esse fim, pelo seu poder de resfriamento e

por ser mais econômica do que qualquer outro agente extintor.

2.5.9 Tipos de extintores

Existem vários agentes e aparelhos extintores de incêndio. Chiavenato (2002) ilustra

Agentes extintores sendo materiais normalmente empregados para a extinção de

incêndios. Para extinguir o fogo torna-se necessário, além de identificar sua classe,

conhecer qual o tipo de extintor adequado que deve ser utilizado.

Chiavenato (2002) mostra como identificar o tipo de extintor adequado para cada

classe de incêndio pode ser feita por meio do Quadro 06:

CLASSES DE FOGO

CLASSE A CLASSE B CLASSE C

Agentes extintores Papel, madeira, tecidos, fibra etc.

Líquidos inflamáveis, tintas, óleos, graxas etc.

Equipamentos elétricos com corrente ligada

CO² (gás Só tem ação sobre Sim Sim

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carbônico) as chamas Apaga por resfriamento e abafamento

Apaga por resfriamento e abafamento

Espuma Sim Para fogos de superfície e de pequena extensão

Sim A espuma flutua sobre os líquidos inflamáveis, abafando a chama

Não A espuma é condutora de eletricidade

Carga Líquida Sim Apaga por resfriamento e satura o material combustível

Não A carga poderá espalhar o líquido inflamável; além de não apagar o fogo

Não A carga líquida é condutora de eletricidade

Pó Só tem ação sobre as chamas

Sim Apaga por abafamento

Sim Apaga por abafamento

Água Sim Apaga por resfriamento e satura o material combustível

Sim A água em forma de neblina resfria e abafa o fogo

Não A água é condutora de eletricidade

Quadro 06: Identificação do tipo de extintor adequado para cada classe de incêndio, classes a, b e c. Fonte: Chiavenato, 2002.

Há, entretanto, sistemas fixos de combate a incêndios, os quais, segundo o

processo de acionamento do esquema, podem ser manuais ou automáticos.

Chiavenato (2002). Obviamente, a escolha do melhor processo deve ser feita por um

especialista. Entre os sistemas fixos podemos apontar:

• Hidrantes e mangueiras: Constitui o sistema fixo de prevenção a incêndio

mais freqüentemente utilizado. Hidrantes são conexões, instaladas

estrategicamente, nas partes internas e externas dos prédios, e destinados ao

acoplamento de mangueiras para combate a incêndios. Os hidrantes estão

ligados a canalização principal de água, exclusivamente destinada ao

combate a incêndios. Os hidrantes devem ter calibre largo e a pressão da

água deve estar de acordo com o volume de libras por centímetro cúbico

exigidos por lei. Junto aos hidrantes estão instaladas mangueiras com chave

para acoplamento e esguichos. Quando instalados na parte externa dos

prédios, as mangueiras e acoplamentos devem ficar guardados em abrigos

metálicos, contra a ação das intempéries, e facilmente visíveis e acessíveis.

Quando instalados na parte interna dos prédios, devem ser mantidos em

suportes especiais e protegidos somente por uma cobertura livre.

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As mangueiras são condutoras flexíveis utilizadas para transportar água sob

pressão, do seu ponto de tomada até o local onde deve ser utilizada para a extinção

do fogo. O equipamento hidráulico exigido pelas mangueiras compreende vários

acessórios, dos quais as uniões (tipo engate rápido), os esguichos r requintes são

indispensáveis. As uniões servem para ligar a mangueira ao hidrante e para ligar a

mangueira ao esguicho, sendo adaptadas as extremidades da mangueira. O

esguicho é constituído de peças metálicas montadas na ponta das mangueiras,

destinadas a dirigir, dar forma e controlar o jato de água. Existem vários tipos de

esguichos, sendo os mais comuns o jato e o de neblina. Os requintes ou pontas

móveis são peças móveis colocadas na saída do esguicho, possuindo diferentes

diâmetros, de acordo com as condições de pressão, de volume de água e da

necessidade do serviço. Muitas vezes, são necessárias várias mangueiras ligadas

entre si para a aproximação ao fogo.

• Aspersórios (sprinklers): Equipamento constituído por chuveiros ou

borrifadores automáticos de água. É indicado para incêndios da categoria A,

em fase inicial. Contra–indicado para incêndios de categoria B ou C. Busca

impedir o alastramento do fogo. As companhias de seguro reconhecem-no

como equipamento de alta qualidade, concedendo desconto de até 60% nos

prêmios de seguro para os riscos protegidos por esse equipamento.

Caracteriza-se pela baixa manutenção e elevada durabilidade, entretanto, exige

adequado dimensionamento dos reservatórios de água. Seu custo de instalação, no

entanto, é elevadíssimo.

• Emulsificadores (mulsifire): Equipamento que borrifa água sob alta pressão,

usando o princípio da emulsificação dos óleos, que assim não queimam. É

indicado para incêndios da categoria B, principalmente em usinas

termoelétricas ou em caldeiras a óleo, chaves protetoras a óleo,

transformadores, geradores de vapor etc.

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• Espuma: Equipamento que emulsiona espuma, composto geralmente de uma

estação emulsionadora, sistema de distribuição de espuma e diques de

proteção.

• Gás carbônico: As instalações fixas de gás carbônico destinam-se a proteger

locais de grande periculosidade, como cabines de pintura, salas de

equipamento eletrônico, porões de navios, máquinas de precisão gráfica,

depósitos de óleo. O gás é acondicionado em bateria de cilindros de aço e

conduzido aos difusores por tubulações de cobre.

No Quadro 07, Chiavenato (2002), mostra as quatro áreas críticas na prevenção de

incêndios. Abordando mais a matéria prima, o processamento, produtos acabados e

equipamentos de arranjo físico.

MATÉRIA-PRIMA

1. Há matérias-primas altamente inflamáveis no processo de produção?

2. Existe um sistema adequado para controle de sua qualidade?

3. E para as condições de estocagem?

4. Há substancias químicas tóxicas perigosamente expostas?

5. Materiais inflamáveis estão sendo corretamente manuseados?

6. Seus operadores tem instruções de emergência para eventuais

derramamentos?

7. Que precauções foram tomadas para controle de fogo nas áreas em que tais

materiais estão armazenados? O emprego de água no local não poderá originar

gases tóxicos?

PROCESSAMENTO

1. A reação é exotérmica?

2. Há instalações para remoção do calor resultante?

3. Qual o efeito de contaminantes externos sobre a reação?

4. Os intermediários do processo são estáveis?

5. São conhecidos os limites de segurança no manuseio de materiais estáveis?

6. Existem instruções sobre ação de emergência no pavilhão de operações,

para eventuais faltas de energia, vapor

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7. Etc.?

8. Há formação de subprodutos ou gases durante contato acidental com água,

solventes, ácidos etc.?

9. Há condições para controlar tais reações paralelas?

10. O que foi feito para assegurar que os trabalhadores se achem treinados para

enfrentar situação de emergência? Dispositivos de emergência (máscara de

gases, extintores etc.), encontram-se em ponto acessível e em boas

condições de funcionamento?

11. Quais são as conseqüências de um engano na proporção de reagentes?

12. E no caso de falhas de instrumentos? Há necessidade de dispositivos

duplos de controle?

PRODUTOS ACABADOS

1. Os materiais de embalagem oferecem condições de segurança quanto à

toxidez e ao fogo?

2. O emprego de recipientes obedece às especificações de toxidez,

estabilidade química, inflamabilidade, etc.?

3. Quais seriam as conseqüências do rompimento de embalagem? Há recursos

de emergência para enfrentá-las?

4. Os distribuidores dos produtos recebem instruções sobre as condições

reclamadas por seu manuseio e estocagem? O almoxarifado dispõe de

instruções sobre precauções a tomar com relação a cada produto que ofereça

maior risco?

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EQUIPAMENTO E ARRANJO FÍSICO (LAYOUT)

1. São conhecidas as limitações de equipamento) pressão máxima, limite de

velocidade etc.)?

2. Os dispositivos de proteção são adequados (válvulas de escape, discos de

ruptura etc.)?

3. Válvulas e pontos vulneráveis são acessíveis?

4. É mínimo o número de “pontos críticos”? Foram identificados? Recebem

atenção especial dos operadores?

5. Tanques e tubulações foram instalados de modo a não correrem riscos no

caso de vazamentos?

6. Cuidou-se da instalação de chuveiros e aspersórios (sprinklers)?

7. O sistema de ventilação é adequado?

Quadro 07: Áreas críticas na prevenção de incêndios. Fonte: Chiavenato, 2002.

2.5.10 Conseqüências de um acidente

São três as conseqüências imediatas que atingem um acidente do trabalho:

1. Para o trabalhador:

1.1. Sofrimento físico

1.2. Incapacidade para o trabalho

1.3. Desamparo à família

2. Para a empresa:

2.1. Dificuldades burocráticas com as entidades oficiais e desgaste da

imagem da empresa perante o mercado.

2.2. Gastos com primeiros socorros e transporte do acidentado até o local de

atendimento.

2.3. Perda de tempo produtivo de outros empregados ao socorrerem o

acidentado ou com paradas de produção para comentar o assunto.

2.4. Danos ou pernas

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3 METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos e as técnicas adotadas na pesquisa de campo são

descritas abordadas, a seguir.

3.1 Tipologia de pesquisa

A abordagem de pesquisa é qualitativa, pois segundo Malhotra (2006), a pesquisa

qualitativa possui metodologia de pesquisa não-estruturada e exploratória baseada

em pequenas amostras que proporciona percepções e compreensão do contexto do

problema (MALHOTRA, 2006). Essa abordagem, na compreensão do autor, uma

vez que a pesquisa foi realizada estritamente com o gerente, engenheiro de

segurança e o empreiteiro (mão-de-obra) que possuem a percepção total da questão

de segurança e higiene no trabalho da Amaral Incorporadora, dando a base

necessária para a compreensão do contexto do problema de pesquisa.

Tendo como base uma pesquisa descritiva, foi realizado através de um questionário

apresentado ao proprietário, engenheiro de segurança e o empreiteiro. Buscando o

objetivo de identificar os problemas da empresa Amaral Construções relacionados

aos EPI`s junto com seus funcionários para poder resolvê-los.

A tipologia de pesquisa é pesquisa de campo, pois segundo Carvalho (2002), define

como sendo um sistema de avaliação fundamentado em entrevistas padronizadas,

pois permite avaliar o desempenho e suas causas, planejar em conjunto com a

supervisão imediata os meios para seu desenvolvimento.

3.2 Sujeito de estudo

A pesquisa foi realizada com o proprietário do empreendimento, o empreiteiro e o

engenheiro de segurança da Amaral Incorporadora Ltda, buscando-se conhecer as

práticas de higiene e segurança nas obras civis.

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3.3 Instrumentos de pesquisa

Foi realizada uma entrevista com o Gerente, Engenheiro de Segurança e o

Empreiteiro (ANEXO A) no período de abril a maio de 2010, com o objetivo de

conhecer as práticas de higiene e segurança da Amaral Incorporadora. Segundo

Roesch (1999), a entrevista é largamente utilizada em pesquisa de mercado e

pesquisa de opinião. A utilização de entrevistadores apresenta vantagens e

desvantagens em relação à remessa postal de um questionário. A entrevista é do

tipo estruturada, pois Malhotra (2006) esclarece que a entrevista estruturada

elabora-se um questionário formal e as perguntas são feitas em uma ordem

predeterminada; assim, o processo é também direto. A classificação da pesquisa

como direta ou indiretamente depende de o verdadeiro propósito ser conhecido

pelos entrevistados ou não. Para Roesch (1999), a entrevista estruturada utiliza-se

questões abertas, que permitem ao entrevistador entender e captar a perspectiva

dos participantes da pesquisa.

Uma vez que o pesquisador é o gerente da empresa, não foi desenvolvida

entrevista, mas suas percepções foram consideradas enquanto observação

participante, que Malhotra (2006), envolve o registro sistemático de padrões de

comportamento das pessoas, objetos e eventos a fim de obter informações sobre o

fenômeno de interesse.

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4 ANALISE DOS DADOS

Foi realizado o levantamento de dados com os funcionários da empresa Amaral

Incorporadora Ltda. Sendo eles: Gerente, Engenheiro de Segurança, além do

Empreiteiro terceirizado da Construção. A seguir, será demonstrada a análise dos

dados pertinente a cada função.

Ao se questionar aos participantes da pesquisa sobre como você avalia a cobrança

de Higiene e Segurança do Trabalho na Amaral Construções Ltda? Obtiveram-se as

seguintes respostas (Quadro 08).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: A empresa Amaral Construções Ltda busca sempre alertar seus funcionários com os riscos que podem causar sem o uso de equipamentos de segurança, contratando um engenheiro que cuida e mantém os seus funcionários com equipamentos de segurança adequados para qualquer tipo de serviço. Engenheiro de Segurança: Boa, tendo em vista ser uma obra de pequeno porte e com número de funcionário reduzido. Empreiteiro: Obra normal dentro das normas de segurança.

Quadro 08: Cobrança das práticas de higiene e segurança. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010). Baptista (1998) avalia as cobranças de higiene e segurança definindo seus objetivos

que poderão ser obtidos pela educação dos operários, chefes, capatazes, gerentes

etc., indicando os perigos existentes e ensinando como evitá-los, mantendo

constante estado de alerta aos riscos existentes na fábrica, e pelos estudos e

observações dos novos processos ou materiais a serem utilizados. A empresa

Amaral Construções Ltda busca sempre alertar seus funcionários sendo como uma

regra a utilização dos EPI’s, através de um engenheiro de segurança que fica em

obra orientando os trabalhadores. Pode-se compreender que a Construtora se

preocupa muito com a segurança de seus trabalhadores, zelando muito pela saúde

e guiando nas suas obras através de cartazes espalhados.

Foi também perguntado como os funcionários reagem às condições atmosféricas

(chuva, calor, etc.)? As respostas encontram-se no (Quadro 09).

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NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: As condições atmosféricas podem prejudicar muito o trabalhador, mas no ambiente do trabalho os funcionários não levam a sério.

Engenheiro de Segurança: Devido às obrigações com o ritmo de produção, muitas vezes as condições atmosféricas são ignoradas. Embora o corpo humano sofra com estas condições, o trabalhador já adquire resistência. Empreiteiro: Reclamações sempre existem, mas é normal dos funcionários e não tem o que fazer.

Quadro 09: Como os funcionários reagem às condições atmosféricas (chuva, calor, etc.) Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Chiavenato (2002) argumenta que o ocupante precisa vestir roupas adequadas para

proteger sua saúde. A empresa Amaral Construções Ltda afirma que as condições

atmosféricas podem prejudicar muito o trabalhador, mas devido às obrigações com o

ritmo de produção, muitas vezes as condições atmosféricas são ignoradas, Embora

o corpo humano sofra com estas condições, o trabalhador já adquire resistência. Foi

constatado que a construtora ignora por causa do ritmo de produção sendo de fato

normal aos trabalhadores adquirindo essa resistência.

Foi feita uma pergunta quais as atitudes da empresa para amenizar as dificuldades

de condições atmosféricas? As respostas encontram no (Quadro 10).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA.

Gerente: A empresa Amaral Construções Ltda toma como atitude com relação às condições atmosféricas de chuva, colocando mais iluminação para fácil visibilidade para os funcionários. Engenheiro de Segurança: Oferecer proteção coletiva e individual na realização das atividades (Capas de chuva, protetor solar, água fresca, cobertura nos locais de trabalho). Empreiteiro: Oferecer proteção coletiva e individual.

Quadro 10: Atitudes da empresa para amenizar as dificuldades sobre as condições atmosféricas. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Chiavenato (2002) argumenta que em casos extremos, a insalubridade constitui a

característica principal destes ambientes de trabalho, a Amaral Construções Ltda.

toma como atitudes oferecendo mais proteção individual e iluminação aos seus

contribuintes. Então se entende que a Construtora se preocupa em deixar os

ambientes mais iluminados e com proteção adequada na obra.

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Outra pergunta feita, foi se existe muito ruído nas construções? Quais os ruídos que você detecta? Segue conforme no (Quadro 11).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Sim. Nas Construções existem muitos ruídos como da betoneira, serra elétrica, máquina entre outros.

Engenheiro de Segurança: Sim, ruídos produzidos pelos equipamentos de trabalho (serra circular e serras manuais, policorte, betoneiras e guincho). Empreiteiro: Sim, sendo normal equipamentos de uso.

Quadro 11: Ruídos nas construções, quais detectam. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Barbosa Filho (2001) explana que os ruídos podem provocar muitos incômodos, até

mesmo dolorosos, a empresa Amaral Construções Ltda detecta seus ruídos como

sendo ruídos normais do dia-a-dia de uma obra, como a betoneira, serra elétrica

entre outros. Entende-se que a Construtora possui seus ruídos com maior Dc sendo

betoneira, mas sendo usada de forma corretamente.

Foi realizada uma pergunta a respeito de reclamações de vizinhos na obra da

Amaral Construções por causa do ruído, e se isso pode prejudicá-los de alguma

forma? Segue conforme no (Quadro 12).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Nunca teve nenhuma reclamação sobre ruídos na Amaral Construções. Se houvesse sim. Engenheiro de Segurança: Desconheço (não fui informado). Se houvesse sim.

Empreiteiro: Nunca existiram reclamações.

Quadro 12: Reclamações de vizinhos em obras da Amaral Construções por causa de ruídos e se pode prejudicá-los. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Chiavenato (2002) orienta sobre a Portaria nº. 491, de 16/09/65, do Ministério do

Trabalho e Previdência Social especifica que o nível máximo de intensidade de ruído

em ambiente fabril é de 85 decibéis. Já a Construtora Amaral Construções orienta

que nunca em obras teve reclamações de vizinhos devidos a seus equipamentos.

Então observa que a Amaral Construções mantém seus maquinários sempre com

revisão em dia para não prejudicar ao seu redor.

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Ao se questionar aos participantes da pesquisa sobre algum caso na obra de ruído muito forte, prejudicando a saúde do trabalhador na perda de audição? Obtiveram-se as seguintes respostas no (Quadro 13).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA.

Gerente: Não

Engenheiro de Segurança: Desconheço (não)

Empreiteiro: Não

Quadro 13: Algum caso na obra que já prejudicou na saúde do trabalhador. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010). Chiavenato (2002) salienta que, quanto maior o tempo de exposição ao ruído maior

será o grau de perda da audição. A Amaral Construções esclarece que nunca

obteve algum caso desse tipo prejudicando a saúde do trabalhador. Pode-se

entender que a Amaral Construções, em se tratando da saúde de seus

trabalhadores, ela atende as expectativas.

Foi realizada uma pergunta na Amaral Construções se já aconteceu ultrapassar o

nível de ruído de 120 decibéis? Conforme no (Quadro 14).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Os maquinários da Empresa Amaral Construções sempre foram menos que 120 dB.

Engenheiro de Segurança: (Não foi medido) a serra circular atinge no máximo 108db(A). Empreiteiro: Nunca foram ultrapassados os níveis decibéis.

Quadro 14: Na obra da empresa Amaral Construções alguma vez ultrapassou o nível de ruído de 120 decibéis. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Carvalho e Nascimento (2002) esclarecem que em um ambiente com ruído, em caso

de trabalho de oito horas diárias, o trabalhador só pode ficar exposto a um nível de

85 dB. de ruído. A Amaral Construções salienta que os níveis sempre foram

menores de 120 dB. No caso da serra circular, que atinge o máximo de 108 dB, a

mesma fica ligada somente no máximo de tempo permitido de até 20 minutos. Pode-

se compreender então, que a Amaral Construções, em se tratando do nível de ruído,

atende às expectativas do que propõe os autores pesquisados.

Outra pergunta realizada foi se a construtora tenta ajudar de alguma forma para

diminuir o grau de ruído na obra? Conforme no (Quadro 15).

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NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Sim, a empresa exige obrigatoriamente a utilização de todos os equipamentos para abafar o ruído. Engenheiro de Segurança: Sim, torna obrigatória a utilização de proteção individual (abafador de ruído).

Empreiteiro: Sim, tornando o uso obrigatório abafando o ruído. Quadro 15: Diminuição do grau de ruído a empresa ajuda de alguma forma. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Chiavenato (2002) relata que o controle dos ruídos visa à eliminação, ou, pelo

menos, à redução dos sons indesejáveis. A Amaral Construções Ltda explana que

oferece todos os equipamentos de segurança para abafar o ruído. Podemos

constatar que a construtora possui normas dei uso obrigatório de abafadores de

ruído.

Outra pergunta realizada como é a iluminação nos prédios em construção? Segue

conforme no (Quadro 16).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA.

Gerente: A Construtora Amaral busca deixar seus lugares como escada, posso de elevador, casa de máquina sempre iluminado até dia de sol.

Engenheiro de Segurança: Em dias com pouca iluminação natural, é precária. Para corrigir é utilizada iluminação artificial, em dias de sol é normal. Empreiteiro: Iluminação positiva, sem nenhum problema.

Quadro 16: Iluminação nos prédios em construção. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010). Chiavenato (2002) comenta que um sistema de iluminação deve possuir os

seguintes requisitos; ser suficiente de modo que cada foco luminoso forneça toda a

quantidade de luz necessária a cada tipo de trabalho; ser constante e

uniformemente distribuída de modo a evitar a fadiga dos olhos, decorrente das

sucessivas acomodações, em virtude das variações da intensidade da luz. Deve-se

evitar contrastes violentos de luz e sombra e as oposições de claro e escuro; ser

disposta no sentido de não causar ofuscamento, ou resplandecência, que tragam

fadiga à visão, em face da necessidade de constantes acomodações visuais. A

Amaral Construções utiliza iluminação artificial.

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Foi feita uma pergunta aos entrevistados sobre se já ocorreu algum caso devido à

má iluminação, podendo prejudicar o sistema nervoso de um trabalhador, causando

a má qualidade de trabalho na Amaral Construções? Conforme no (Quadro 17).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA.

Gerente: Nunca obteve esse caso. A empresa sempre toma suas previdências deixando suas obras bem iluminadas.

Engenheiro de Segurança: A má iluminação pode provocar problemas visuais, ou problemas no acabamento da obra. Não foi relatado tal caso. Empreiteiro: Pode acontecer, nunca foi relatado.

Quadro 17: Casos de má iluminação na Construtora podendo prejudicar o sistema nervoso do trabalhador e causar o mau serviço. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Chiavenato (2002) salienta que a má iluminação causa fadiga à vista, prejudica o

sistema nervoso, concorre para a má qualidade do trabalho e é responsável por

razoável parcela dos acidentes, a Amaral Construções relata que nunca teve algum

caso desse tipo, sabendo que a má iluminação pode provocar má qualidade de

acabamento na obra. Foi constatado que a Construtora está sempre presente, todos

os dias nas obras, verificando as iluminações e trocando as incorretas.

Foi realizada uma pergunta qual tipo de iluminação direta ou indireta a Construtora

Utiliza? Obtiveram-se as seguintes respostas (Quadro 18).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: A Construtora usa direta, mas na obra as duas são aproveitadas.

Engenheiro de Segurança: Direta, nos dois casos.

Empreiteiro: Utiliza Direta e Indireta. Quadro 18: Iluminação direta ou indireta, a Construtora utilizá-las. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Chiavenato (2002) comenta sobre iluminação direta que faz a luz incidir diretamente

sobre a superfície iluminada. É a mais econômica e a mais utilizada para grandes

espaços, e a iluminação indireta faz a luz incidir sobre a superfície a ser iluminada

por meio da reflexão sobre paredes e tetos. É a mais dispendiosa. A luz fica oculta

da vista por alguns dispositivos ou anteparos opacos. A Construtora salienta que usa

os dois tipos de iluminação, sendo direta e indireta, mas possui em maioria das

partes a iluminação direta por ser mais econômica. Verifica-se que a construtora

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busca mais de forma direta, procurando economizar e possuir boa iluminação em

suas obras.

Uma pergunta feita foi como a empresa Amaral Construções Ltda conscientiza o

trabalhador a proteger sua própria vida e a dos companheiros por meio de ações

mais seguras? Segue conforme no (Quadro 19).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Sim, sempre que a empresa terceiriza mão-de-obra ela alerta sobre todos os cuidados. Engenheiro de Segurança: Sim, através da contratação de empresa especializada, na orientação dos trabalhadores. Empreiteiro: Sim, sempre em alerta chamando a atenção dos funcionários.

Quadro 19: Conscientização de o trabalhador proteger sua vida e a dos companheiros por meios de ações mais seguras a Amaral Construções alerta. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Chiavenato (2002) conscientiza a prevenção de acidentes no trabalho através de um

programa de longo prazo que objetiva, antes de tudo, conscientizar o trabalhador a

proteger sua própria vida e a dos companheiros por meio de ações mais seguras e

de uma reflexão constante sobre a descoberta a priori de condições inseguras que

possam provocar eventuais acidentes no trabalho. A empresa Amaral Construções

Ltda conscientiza contatando uma empresa terceirizada onde já existe orientação

dos trabalhadores. Podemos relatar que a construtora busca terceirizar sua mão-de-

obra, onde o dono da empreiteira (mão-de-obra terceirizada) também faz

treinamentos aos funcionários sobre a Higiene e Segurança no Trabalho.

Outra pergunta feita aos entrevistados é o que a empresa Amaral Construções Ltda

faz em caso o funcionário não obedeça às regras de equipamentos de segurança?

Observa-se no (Quadro 20).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA.

Gerente: A empresa adverte e afasta.

Engenheiro de Segurança: Advertência e afastamento do funcionário. Empreiteiro: Primeira vez chamo a atenção, e segunda é demissão.

Quadro 20: Atitudes da empresa quando funcionários não cumprem suas regras. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

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Barbosa Filho (2001) explana que a atividade de prevenção pode e deve estar

sempre presente nas atividades acessórias de produção – manutenção, compras e

escolha de fornecedores, etc. O custo humano ou material - máquinas, ferramentas

ou matéria-prima – causado por um acidente pode ser superior a esse valor

investido inadequadamente. Por isso deve-se fazer a correta manutenção para

trazer confiabilidade e disponibilidade de uso das máquinas e dos sistemas. A

empresa Amaral Construções, quando seus funcionários não cumprem as regras ela

adverte na 1 vez e segunda vez ocorre à demissão. Foi constado que a Construtora

busca alertar os funcionários a não desobedecerem às regras da empresa,

principalmente as dos EPI`s.

Foi realizada uma pergunta se os Funcionários da Amaral Construções tem

preocupação na preservação da sua vida no seu horário de trabalho? Segue

conforme no (Quadro 21).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Sim, por mais que a Construtora alerta, ela se lembra de todos os equipamentos necessários para utilizar no determinado serviço.

Engenheiro de Segurança: Relativamente sim, porém deve ser cobrado sempre que forem realizar uma atividade perigosa.

Empreiteiro: Sim, quando existe algo errado, alguns cobram o equipamento adequado. Quadro 21: Funcionários se possuem preocupação na preservação de sua vida no ambiente de trabalho. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Chiavenato (2002) esclarece que o programa deve ser estabelecido partindo-se do

princípio de que a prevenção de acidentes é alcançada pela aplicação de medidas

de segurança adequadas e que só podem ser bem aplicadas por meio de um

trabalho de equipe. Para a empresa Amaral Construções Ltda seus funcionários se

preocupam, pois a construtora está sempre os alertando para fazer atividade correta.

Foi constatado que a Construtora se obriga a alertar seus funcionários para que não

ocorra nenhum acidente.

Foi realizada uma pergunta na obra como os pedreiros reagem com a cobrança de

segurança? Observa-se no (Quadro 22).

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NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: De certa forma eles não gostam, por terem experiência, acham que nunca vai acontecer acidentes.

Engenheiro de Segurança: Todas as funções são um pouco resistentes a segurança, indiferentes a função. Empreiteiro: Condições necessárias.

Quadro 22: Quais atitudes de pedreiros são realizadas sobre a cobrança de segurança. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Ribeiro (2006) afirma dizendo que cada acidente prevenido se traduz em beneficio

amplo e profundo. No entanto, ainda nem todos estão em condições de raciocinar

dessa maneira, pois desconhecem os efeitos sinistros dos acidentes do trabalho. A

empresa Amaral Construções lembra que de certa forma os funcionários não gostam

da cobrança, por terem experiência acham que nunca vai acontecer acidentes. Foi

relatado pela Construtora Amaral que os funcionários não gostam muito da

cobrança, por acharem que sempre fizeram o mesmo serviço à vida inteira, sabem

de tudo como fazer, onde na maioria das vezes acontece um acidente.

Ao se questionar com os entrevistados sobre quais foram as principais causas de

acidentes de trabalho? Segue conforme no (Quadro 23).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA.

Gerente: Quedas de nível, batidas em colunas na construção e batidas em materiais de obra. Engenheiro de Segurança: As causas mais freqüentes são quedas com diferença de nível, batidas contra objetos e esforço físico acima da capacidade dos trabalhadores. Empreiteiro: Falta de uso de equipamentos e descuido do funcionário, não se previne e falta de atenção.

Quadro 23: Causas de acidentes de trabalho. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010). Chiavenato (2002) define que a causa de acidentes pode ocorrer por fatores

pessoais ou materiais e situacionais. A empresa Amaral Construções Ltda mostra

algumas causas dos acidentes que são: quedas de nível, batidas em colunas na

construção e batidas em materiais de obra, esforço físico acima da capacidade e etc.

Foi constatado pela Construtora que as maiores causas de acidente é a falta de

atenção dos indivíduos, onde não observam os materiais jogados em qualquer lugar,

onde agrava batidas contra objetos.

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Pergunta feita aos entrevistados se já houve algum acidente com funcionários da

Amaral Construções por acidente de trajeto tantos a funcionários da obra, tanto

funcionários do escritório? Observa-se no (Quadro 24).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA.

Gerente: Não

Engenheiro de Segurança: Não Empreiteiro: Não

Quadro 24: Acidentes de trajeto da Construtora. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Segundo Chiavenato (2002), Acidentes de trajeto – sendo acidente ocorrido no

trajeto residência-trabalho. A Construtora Amaral esclarece que nunca teve algum

caso de acidente de trajeto. Comprova-se que a Construtora desconhece algum

caso desse tipo.

Uma pergunta realizada foi se já ocorreu na obra da Amaral Construções acidentes

por fatores materiais? Observa-se no (Quadro 25).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA.

Gerente: Não, A Construtora sempre faz um canteiro de obras onde são armazenados todos os materiais, quando são retirados, o funcionário usa e logo quando em seu lugar novamente. Engenheiro de Segurança: Desconheço. Empreiteiro: Desconheço.

Quadro 25: Acidentes por fatores materiais. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Chiavenato (2002) mostra algumas características gerais da situação; características

predispostas da situação; incidência do comportamento de acidente; propensão

(risco) de acidentes na situação. A Construtora nunca relatou algum caso de

acidente por materiais. Percebe-se que Amaral Construções desconhece esse caso,

lembrando que seus materiais são armazenados em um canteiro de obras, onde o

funcionário utiliza o material e logo devolve.

Outra pergunta realizada se já aconteceu na obra da Amaral Construções acidentes

por fatores pessoais? Observa-se no (Quadro 26).

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NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Nunca foi relatado algo do tipo. Engenheiro de Segurança: Desconheço Empreiteiro: Nunca houve.

Quadro 26: Acidentes por fatores pessoais. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Chiavenato (2002) indica algumas características pessoais: tendências

predispositoras do comportamento, tipos de comportamentos em circunstâncias

específicas, incidência de comportamento específico de acidente. A Amaral

Construções esclarece desconhecendo algum caso de acidentes por fatores

pessoais. Foi constatado que na empresa Amaral Construções Ltda nunca houve

acidente de fatores pessoais, nunca algum funcionário se acidentou pensando em

seus problemas familiares.

Foi realizada uma pergunta aos entrevistados sobre quando acontece um acidente

de trabalho na obra, quais os procedimentos? Segue conforme no (Quadro 27).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Socorrer o funcionário, em seguida comunicar a LCAT, e fornecer total apoio a vitima. Engenheiro de Segurança: Socorrer a vitima, comunicar os responsáveis pela obra, elaborar a LCAT- comunicação de acidente de trabalho. Fornecer assistência necessária para o trabalhador. Empreiteiro: Socorrer a vitima e encaminhar ao hospital.

Quadro 27: Procedimentos de acidentes na obra Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Conforme o Ministério do Trabalho – MTE, o LCAT é um documento que faz a

avaliação qualitativa, dos diversos ambientes laborais como forma de identificar

agentes agressivos, sejam eles, físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, que

possam causar acidentes ou risco a integridade física do trabalhador, bem como,

qual a intensidade de cada um deles, quais as medidas de prevenção adotadas, e

se essa presença constitui ou não, o direito do adicional (insalubridade ou

periculosidade). A empresa Amaral Construções Ltda esclarece em caso de acidente

primeiramente encaminha ao LCAT o acidente ocorrido e depois fornece todo apoio

ao acidentado. Observa-se que a Construtora Amaral, quando acontece um

acidente, encaminha ao órgão competente de forma a propiciar total apoio a vitima.

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Foi feito uma pergunta se já ocorreu algum acidente na Construtora onde foi

acidente sem afastamento? Observa-se no (Quadro 28).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA.

Gerente: Sim, onde o funcionário teve pequenos cortes onde fez rapidamente os primeiros socorros e logo continuou seu serviço.

Engenheiro de Segurança: Sim Empreiteiro: Sim. Normal

Quadro 28: Acidentes sem afastamento. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Chiavenato (2002) define Acidente sem afastamento. Após o acidente, o

empregado continua trabalhando. Este tipo de acidente não é considerado nos

cálculos dos coeficientes de freqüência e de gravidade, embora deva ser investigado

e anotado em relatório, além de exposto nas estatísticas mensais. A Empresa

Amaral Construções concorda com o autor, onde relata muitos casos de pequenos

cortes onde não prejudica a função de trabalhar. Foi verificado que Amaral

Construções possui alguns casos de acidentes sem afastamento no decorrer do

trabalho em obras, sendo acidentes que não correm risco.

Foi realizado uma pergunta aos entrevistados se já ocorreu algum acidente na

Construtora onde foi acidente com afastamento? Segue conforme no (Quadro 29).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA.

Gerente: Sim, o funcionário foi encaminhado para o hospital e teve que se afastar para sua recuperação.

Engenheiro de Segurança: Sim, o individuo foi movido imediato ao pronto socorro, onde constatou que não tinha condições de trabalhar. Empreiteiro: Sim

Quadro 29: Acidentes com afastamento. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Chiavenato (2002) afirma acidentes com afastamento, é aquele que pode resultar:

Incapacidade temporária é a perda total da capacidade para o trabalho durante o

dia do acidente ou que se prolongue por período menor que um ano. A Construtora

Amaral já obteve esse caso, onde foi levado seu funcionário para o hospital, onde foi

constatado que não tinha possibilidade de trabalhar. Então podemos relatar que a

Amaral Construções se preocupa com o trabalhador, onde encaminhou o funcionário

para atendimento de socorro, e teve que o afastá-lo para sua recuperação.

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Foi feito uma pergunta se existe CIPA na empresa? Segue no (Quadro 30).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Não, o número de funcionários não atinge a CIPA.

Engenheiro de Segurança: Não, a empresa não tem número de funcionários para possuir CIPA. Empreiteiro: Nesta obra não atingi o numero de funcionários.

Quadro 30: CIPA na empresa Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010). De acordo com o Ministério do Trabalho - MTE, a empresa que possuir em um

mesmo município dois ou mais estabelecimentos, deverá garantir a integração das

CIPA e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas

de segurança e saúde no trabalho. A Construtora não possui CIPA na empresa, pois

não possui mais de dois estabelecimentos. Foi constatado que a Construtora Amaral

não possui CIPA, pois a empresa não atinge o numero de funcionários adequado.

Também foi feito uma pergunta No ambiente do trabalho dos funcionários na

Construtora Amaral Construções Ltda, existem condições inseguras? Quais? O que

é feito para regularizar? Observa-se no (Quadro 31).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Sim, riscos de queda, riscos de choques elétricos, risco de material para utilização de serviços. Para regularizar é feita todo uso corretamente de equipamentos individuais, cintos de segurança e etc.

Engenheiro de Segurança: Sim, são riscos de queda (periferia de laje, poço de elevador, equipamentos elétricos – choque, (betoneiras, guincho de coluna) risco de queda de materiais. Trabalho em altura (andaimes), risco de corte (serra circular). Para regularizar é feita a instalação de proteções coletivas, aterramentos elétricos, cinto de segurança, uso de proteção individual e treinamentos). Empreiteiro: Sim, são riscos de poço elevador, queda da laje, trabalho em altura, equipamentos elétricos. Regulamentação é feita instalação de proteções em todas as áreas de risco.

Quadro 31: Ambiente do trabalho dos funcionários da Construtora Amaral se existe condições inseguras, quais, e o que é feito para regularizar. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010). Ribeiro (2006) demonstra algumas condições que provocam acidentes: Falta de

proteção nas máquinas; Proteção inadequada ou defeituosa; Máquina com defeito;

Manutenção adiada; Espaço físico mal organizado; Escassez de espaço; Passagem

perigosa; Escadas sem corrimão; Instalações elétricas com defeito; Ventilação

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insuficiente; Falta de EPI; Sujeira e detritos no chão; Iluminação insuficiente. A

Amaral Incorporadora Ltda. diz que possui condições inseguras como os riscos de

queda, riscos de choques elétricos, riscos de material para utilização de serviços.

Para regularizar é feito o uso corretamente de equipamentos individuais, cintos de

segurança e etc. Então constamos que a empresa dentro de suas obras cita como

exemplos de riscos inseguros choque elétrico, poço do elevador, sendo normal em

construções.

Foi realizada uma pergunta aos entrevistados quais equipamentos são oferecidos

para os trabalhadores nas construções? E como é incentivado o seu uso? Observa-

se no (Quadro 32).

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA.

Gerente: Engenheiro de Segurança: Calçado de segurança, proteção auditiva, proteção visual, capacete, luvas de raspa de couro, luvas de látex, cinto de segurança, calçados etc. Incentivo através de treinamentos e engenheiro de segurança. Engenheiro de Segurança: Calçado de segurança, proteção auditiva, proteção visual, capacete, luvas de raspa de couro, luvas de látex, cinto de segurança. Incentivo através de treinamentos adimensionais e periódicos.

Empreiteiro: Calcado, capacete, óculos, cinto de segurança, proteção auditiva, luvas.

Quadro 32: Equipamentos oferecidos para os funcionários nas construções e o incentivo de seu uso. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010). Ribeiro (2006) quando as medidas de segurança de ordem geral não são eficientes

para proporcionar proteção adequada contra riscos de acidentes, lança-se mão do

recurso da proteção individual: luvas, óculos calçados, máscaras, capacetes, roupas

especiais, etc. A Construtora possui um engenheiro de segurança onde ele incentiva

o uso dos equipamentos de segurança, e sempre os dando treinamentos adequados

com seu uso. Observa-se que Amaral Construções se preocupa com os EPI`s, e

sempre está em cima dos trabalhadores para usá-los sempre da forma mais

adequada.

Foi feita uma pergunta se a empresa verifica seus maquinários regularmente? Quais

procedimentos rotineiros? Segue conforme no Quadro 33.

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NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Sim, Manutenções preventivas e corretivas. Engenheiro de Segurança: Sim, Manutenções preventivas e corretivas. Empreiteiro: Sim, manutenções preventivas.

Quadro 33: Nos maquinários, é feita a manutenção regularmente e seus procedimentos rotineiros. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Barbosa Filho (2001) comenta que a atividade de prevenção pode e deve estar

sempre presente nas atividades acessórias de produção – manutenção, compras e

escolha de fornecedores, etc. A construtora diz que é feito manutenções preventivas

e corretivas. Percebe-se que a Construtora se preocupa com as manutenções de

seus equipamentos, para nunca prejudicar o trabalhado.

Outra pergunta feita foi como a Construtora consegue lhe dar com funcionários da

Construção Civil alertando-os os riscos de acidentes? Observa-se no Quadro 34.

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Orientando-os a legislação onde obriga as exigências de segurança no trabalho.

Engenheiro de Segurança: Lhes informado da legislação que os obriga a cumprir com as exigências de segurança. Empreiteiro: Informando a legislação.

Quadro 34: Como a construtora consegue lhe dar com a situação alertando-os riscos de acidentes aos funcionários. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Chiavenato (2002) esclarece que a segurança do trabalho em certas organizações

pode chegar a mobilizar elementos para o treinamento e doutrinação de técnicos e

operários, controle de cumprimento de normas de segurança, simulação de

acidentes, inspeção a escolha, aquisição e distribuição de uma série de peças de

roupagem do pessoal (óculos de segurança, luvas, macacões, botas etc.) A empresa

Amaral Construções alerta os riscos de acidentes orientando sobre a legislação

onde obriga as exigências de segurança no trabalho. Constata que a Amaral

Construções está sempre presente se informando com as leis da Construção Civil.

Foi realizada aos entrevistados uma pergunta de como está nesse momento as

condições de equipamentos de proteção Individual da Amaral Construções? Segue

no Quadro 35.

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NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Regular

Engenheiro de Segurança: Insatisfatório Empreiteiro: Regular, pois acredito que a empresa pode renovar seus equipamentos.

Quadro 35: Condições dos equipamentos de Proteção Individual da Construtora nesse momento. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Ribeiro (2006) aborda as medidas de segurança de ordem geral não são eficientes

para proporcionar proteção adequada contra riscos de acidentes, lança-se Mao do

recurso da proteção individual: luvas, óculos calçados, máscaras, capacetes, roupas

especiais, etc. A empresa Amaral Construções Ltda esclarece as condições de seus

equipamentos poderiam estar mais satisfatórios. Pois alguns equipamentos são de

obras passadas e não foram renovados. Observa-se que a construtora está com

condições regulares, mas com alguns equipamentos insatisfatórios nesse momento

seus EPI´s.

Foi feito uma pergunta se na empresa Amaral Construções Ltda houve algum caso

de incêndio na obra? Observa-se no Quadro 36.

NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Nunca obteve um caso de incêndio. Engenheiro de Segurança: Não Empreiteiro: Desconheço.

Quadro 36: Casos de Incêndio na empresa Amaral Construções. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010). Chiavenato (2002) esclarece que a prevenção e o combate a incêndios exigem um

planejamento cuidadoso. Não apenas um conjunto de extintores adequado,

dimensionamento do reservatório de água, sistema de detecção e alarme, como

também o treinamento do pessoal são pontos-chave. A Construtora Amaral relata

que nunca obteve algum caso de incêndio dentro de suas obras. Relata que a

Construtora nessa longa jornada de construção civil nunca teve incêndio dentro de

suas obras, podemos ver que é uma empresa que trabalha sempre nas normas e

com muito conhecimento em seus funcionários de qualquer risco.

Outra pergunta realiza foi quais as medidas de prevenção de incêndios utilizadas

pela Construtora? Segue conforme no Quadro 37.

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NA PRATICA DA AMARAL CONSTRUÇÕES LTDA. Gerente: Instalação de Hidrantes e Extintores de incêndios.

Engenheiro de Segurança: Instalação de Extintores nos locais de risco. Empreiteiro: Instalação de extintores de incêndios, não usar álcool para aquecer comida.

Quadro 37: Medidas de prevenção de incêndios. Fonte: Amaral, 2010. (Pesquisa realizada no período de março a abril de 2010).

Chiavenato (2002) comenta que existem vários agentes e aparelhos extintores de

incêndio. Ilustra agentes extintores sendo materiais normalmente empregados para

a extinção de incêndios. Para extinguir o fogo torna-se necessário, além de

identificar sua classe, conhecer qual o tipo de extintor adequado que deve ser

utilizado. A empresa Amaral Incorporadora Ltda possui em suas obras como

prevenção Instalação de Hidrantes e Extintores de incêndios. Podemos constatar

que a construtora se preocupa com incêndios em suas obras, se previne colocando

extintores e hidrantes, e também não deixa seus funcionários esquentarem comida

com álcool.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o desenvolvimento e análise desta pesquisa na empresa, teve-se a

oportunidade de conhecer informações voltadas à higiene e segurança no trabalho.

Para reconhecer os riscos encontrados na Amaral Construtora, questionou-se para

os pesquisados quais ruídos são detectados na empresa, obtendo ruídos produzidos

pelos equipamentos de trabalho (serra circular e serras manuais, policorte,

betoneiras e guincho), onde não deixa de ser um risco prejudicial à saúde do

contribuinte. Outros exemplos de riscos encontrados na empresa analisada são:

periferia de laje, poço do elevador, materiais em lugares inapropriados,

equipamentos elétricos (choque), guincho de coluna, risco de queda de materiais,

trabalho em altura (andaimes) risco de corte (serra circular), onde cada um dos

riscos encontrados pode causar um acidente de pequeno porte, ex: lesões leves

(cortes pequenos) sem precisar de auxilio médico, ou pode acontecer lesões mais

graves podendo levar a morte.

A empresa Amaral Construções Ltda possui uma política de prática de prevenção,

para sempre dar melhores condições no ambiente de trabalho para seus

funcionários. Em primeiro lugar a empresa possui um Engenheiro de Segurança

onde mesmo é responsável pela prevenção dos funcionários, orientando-os as

melhores maneiras de utilizar de forma corretamente os equipamentos ligados a

cada função desempenhada. São mantidas também reuniões mensais entre o

engenheiro, o construtor responsável e os funcionários na prática de segurança. Isto

é com o objetivo de esclarecer duvidas relacionada à higiene e segurança da obra

desenvolvida. A empresa mantém como regularização da obra, instalação de

proteções coletivas, aterramentos elétricos, cinto de segurança, uso de proteção

individual e treinamentos conforme citado. O objetivo de toda essa prevenção é para

quando concretizar a finalização da obra, estejam todos em perfeita segurança.

Quando um funcionário na obra da Amaral Construções é acidentado, a empresa

toma como medidas: Socorrer a vitima, levando-a urgentemente ao pronto

atendimento, comunicando os responsáveis da obra, e em seguida elaborando a

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CAT- comunicação de acidente de trabalho e principalmente fornecer assistência

necessária para o trabalhador.

Conhecendo os riscos e as prevenções e os métodos adotados em momentos

perigosos, identifica-se que a empresa Amaral Construções Ltda sempre busca

manter suas políticas voltadas às normas exigidas pelas leis fiscalizadoras como a

CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Mas sugere-se que mesmo estando

dentro das normas, devemos renovar os equipamentos de Proteção Individual dos

funcionários. Reaproveitar Equipamentos de Segurança Individual pode ser feito,

desde que não estejam com nenhuma depreciação. A aquisição de novos

equipamentos de segurança trará a modernidade e mais segurança, beneficiando

assim o funcionário e o proprietário. Com isso, a empresa se mantém evoluindo com

tecnologias atuais de segurança, trazendo inovações para facilitar o tempo e

proteger o funcionário.

Sugere-se a empresa a criação de normatização para procedimentos de segurança.

Outra forma de mudança que a empresa poderia adotar é alterar seus treinamentos

mensais e manter reuniões com treinamentos semanais, assim poderiam discutir

problemas enfrentados diariamente na obra e ter por mais tempo o engenheiro de

segurança à disposição.

A análise geral do trabalho tendo como referência a Higiene e Segurança no

Trabalho, observa-se que a empresa Amaral Construções Ltda esta de acordo com

as leis vigentes e exigidas para o bem estar e segurança do colaborador.

Acredita-se que para novas pesquisas seria interessante um aprofundamento das

leis vigentes e sua aplicabilidade em cada parte da organização, como se pode

perceber em relação aos ruídos descritos anteriormente. Outro ramo interessante da

Construção Civil a ser explorado é higiene pessoal e legalidade dos projetos,

entretanto de forma genérica.

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Como sugestão de pesquisa na empresa pode-se propor a pesquisa do

comportamento e percepção dos colaboradores em relação à higiene e segurança

no trabalho.

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REFERÊNCIAS

BAPTISTA, Hilton. Higiene e segurança do trabalho. Rio de Janeiro. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, 1998. BARBOSA FILHO, Antonio Nunes. Segurança do trabalho & gestão ambiental. São Paulo: Atlas, 2001. CARVALHO, Antonio Viera de. Administração de recursos humanos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. São Paulo. Atlas, 2002. COSTA, Marco Antonio F. da; COSTA, Maria de Fátima Barrozo da. Segurança e saúde no trabalho: cidadania, competitividade e produtividade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. DELA COLETA, Jose Augusto. Acidentes de trabalho. São Paulo. Atlas, 1989. DUTRA, Joel Souza. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo, Atlas, 2002. LIMA JÚNIOR, JÓFILO MOREIRA. Segurança e saúde no trabalho da construção: experiência brasileira e panorama internacional. Brasília: OIT – Secretaria Internacional do Trabalho, 2005. MALHOTRA, N.K. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 4ª edição. Porto Alegre: Bookman, 2006. MARRAS, Jean Pierre. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico. São Paulo: Futura, 2000. MINISTÉRIO DO TRABALHO. Disponível em:<http://www.mte.gov.br>. Acesso em 15 mar. 2010. RIBEIRO, Antônio de Lima, Gestão de pessoas. São Paulo: Saraiva, 2006. ROESCH, Sylvia Maria Azevedo, Projetos de estágio e de pesquisa em administração. 2 ª edição. São Paulo: Atlas, 1999

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ANEXOS

ANEXO A - ROTEIRO DA ENTREVISTA

1 - Como você avalia a cobrança de Higiene e Segurança do Trabalho na Amaral

Construções Ltda?

2 - Como os funcionários reagem às condições atmosféricas (chuva, calor, etc.)?

3 - Quais as atitudes da empresa para amenizar as dificuldades de condições

atmosféricas?

4 - Existe muito ruído nas construções? Quais os ruídos que você detecta?

5 - Existem muitas reclamações de vizinhos na obra da Amaral Construções por

causa do ruído? Isso pode prejudicá-los de alguma forma?

6 - Já existiu algum caso na obra de ruído muito forte e prejudicar a saúde do

trabalhador na perda de audição?

7 - Na Construtora Amaral Construções já aconteceu ultrapassar o nível de ruído de

120 decibéis?

8 - A construtora tenta ajudar de alguma forma para diminuir o grau de ruído na

obra?

9 - Como é a iluminação nos prédios em construção?

10 - Já ocorreu algum caso devido à má iluminação, podendo prejudicar o sistema

nervoso de um trabalhador, causando a má qualidade de trabalho na Amaral

Construções?

11 - A Construtora utiliza iluminação direta ou indireta? Qual delas é a melhor para o

uso?

12 - A empresa Amaral Construções Ltda conscientiza o trabalhador a proteger sua

própria vida e a dos companheiros por meio de ações mais seguras?

13 - O que a empresa Amaral Construções Ltda faz em caso o funcionário não

obedeça às regras de equipamentos de segurança?

14 - Os funcionários da Amaral Construções têm preocupação na preservação da

sua vida no seu horário de trabalho?

15 - Na obra como os pedreiros reagem com a cobrança de segurança?

16 - Quais foram as principais causas de acidentes de trabalho?

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17 - Já houve algum acidente com funcionários da Amaral Construções por acidente

de trajeto tantos a funcionários da obra, tanto funcionários do escritório?

18 - Já ocorreu na obra da Amaral Construções acidentes por fatores materiais?

(Materiais e equipamentos em lugares inadequados)

19 - Já aconteceu na obra da Amaral Construções acidentes por fatores pessoais?

(Funcionários desatentos, displicentes, não envolvidos com a obra e procedimentos

de segurança)

20 - Quando acontece um acidente de trabalho na obra, quais os procedimentos?

21 - Já ocorreu algum acidente na Construtora onde foi acidente sem afastamento?

22 - Já ocorreu algum acidente na Construtora onde foi acidente com afastamento?

23 - Existe CIPA na empresa?

24 - No ambiente do trabalho dos funcionários na Construtora Amaral Construções

Ltda, existem condições inseguras? Quais? O que é feito para regularizar?

25 - Quais equipamentos são oferecidos para os trabalhadores nas construções? E

como é incentivado o seu uso?

26 - A empresa verifica seus maquinários regularmente? Quais procedimentos

rotineiros?

27 - Como a Construtora consegue lhe dar com funcionários da Construção Civil

alertando-os os riscos de acidentes?

28 - Como estão nesse momento as condições de equipamentos de proteção

Individual da Amaral Construções?

29 - Na empresa Amaral Construções Ltda houve algum caso de incêndio na obra?

30 – O que a empresa Amaral Construções toma como medidas de prevenção de

incêndios?