universidade do estado do pará centro de ciências sociais ... be… · espacial de posição,...

62
Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais e Educação Departamento de Matemática, Estatística e Informática Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Matemática Adriano Bechara De Oliveira Roberto Paulo Bibas Fialho GEOMETRIA ESPACIAL DE POSIÇÃO: Uma sequência didática Belém/PA 2020

Upload: others

Post on 09-Jul-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais e Educação Departamento de Matemática, Estatística e Informática Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Matemática

Adriano Bechara De Oliveira Roberto Paulo Bibas Fialho

GEOMETRIA ESPACIAL DE POSIÇÃO: Uma sequência didática

Belém/PA 2020

Page 2: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

Adriano Bechara de Oliveira Roberto Paulo Bibas Fialho

GEOMETRIA ESPACIAL DE POSIÇÃO: Uma sequência didática

Produto Educacional apresentado como requisito para obtenção do título de Mestre em Ensino de Matemática pelo Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Matemática, Universidade do Estado do Pará. Linha de Pesquisa: Metodologia para o Ensino de Matemática no Nível Médio. Orientador: Prof. Dr. Roberto Paulo Bibas Fialho. .

Belém/PA 2020

Page 3: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

Diagramação e Capa: Os Autores

Revisão: Os Autores

Conselho Editorial

Profa. Dra. Acylena Coelho Costa Profa. Dra. Ana Kely Martins da Silva Prof. Dr. Antonio José Lopes Prof. Dr. Benedito Fialho Machado Prof. Dr. Carlos Alberto Raposo da Cunha Profa. Dra. Celsa Herminia de Melo Maranhão Profa. Dra. Cinthia Cunha Maradei Pereira Profa. Dra. Claudianny Amorim Noronha Profa. Dra. Cristina Lúcia Dias Vaz Prof. Dr. Dorival Lobato Junior Prof. Dr. Ducival Carvalho Pereira Profa. Dra. Eliza Souza da Silva Prof. Dr. Fábio José da Costa Alves Prof. Dr. Francisco Hermes Santos da Silva Prof. Dr. Geraldo Mendes de Araújo Profa. Dra. Glaudianny Amorim Noronha Prof. Dr. Gustavo Nogueira Dias

Prof. Dr. Heliton Ribeiro Tavares Prof. Dr. João Cláudio Brandemberg Quaresma Prof. Dr. José Antonio Oliveira Aquino Prof. Dr. José Augusto Nunes Fernandes Prof. Dr. José Messildo Viana Nunes Prof. Dr. Márcio Lima do Nascimento Prof. Dr. Marcos Antônio Ferreira de Araújo Prof. Dr. Marcos Monteiro Diniz Profa. Dra. Maria de Lourdes Silva Santos Profa. Dra. Maria Lúcia P. Chaves Rocha Prof. Dr. Miguel Chaquiam Prof. Dr. Natanael Freitas Cabral Prof. Dr. Pedro Franco de Sá Prof. Dr. Raimundo Otoni Melo Figueiredo Profa. Dra. Rita Sidmar Alencar Gil Prof. Dr. Roberto Paulo Bibas Fialho Profa. Dra. Talita Carvalho da Silva de Almeida

Comitê de Avaliação

Roberto Paulo Bibas Fialho

Fábio José da Costa Alves

Márcio Lima do Nascimento

OLIVEIRA, Adriano Bechara de & FIALHO, Roberto Paulo Bibas. GEOMETRIA ESPACIAL DE

POSIÇÃO: Uma sequência didática. Produto Educacional do Programa de Pós-Graduação em

Ensino de Matemática, Curso de Mestrado Profissional em Ensino de Matemática da

Universidade do Estado do Pará, (PPGEM/UEPA), 2020.

ISBN:

Ensino de Matemática; Sequência Didática; Geometria Espacial de Posição.

Page 4: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ....................................................................................... 4

2. ESTUDO SOBRE A GEOMETRIA ESPACIAL DE POSIÇÃO ................... 7

3. USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ........ 10

4. O SOFTWARE GEOGEBRA ..................................................................... 14

5. GEOMETRIA ESPACIAL DE POSIÇÃO ................................................... 17

5.1 Entes Geométricos e primeiros postulados ......................................... 17

5.2 Posição relativa entre duas retas ........................................................ 19

5.3 Determinação do Plano ....................................................................... 20

5.4 Definição de retas reversas ................................................................. 22

5.5 Postulado da Interseção e planos secantes ........................................ 23

5.6 Paralelismo de retas............................................................................ 24

5.7 Paralelismo entre a retas e planos ...................................................... 25

5.8 Posições relativas entre uma reta e um plano .................................... 26

5.9 Paralelismo entre os planos ................................................................ 28

5.10 Posição relativa entre dois planos ....................................................... 30

6. SEQUÊNCIA DIDÁTICA ........................................................................... 31

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................... 56

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 57

Page 5: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

4

1. APRESENTAÇÃO

O estudo de geometria é a parte do ensino em que analisamos e

estudamos as formas e características dos entes planos e espaciais, estando

presente na vida do ser humano desde a antiguidade, segundo Boyer (1996, p. 5), “o

desenvolvimento da geometria pode ter sido estimulado por necessidades práticas

de construção e demarcação de terras, ou por sentimentos estéticos em relação a

configurações e ordem”.

Citando os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) sobre a importância do

ensino de geometria e as suas contribuições para a aprendizagem do aluno:

O aluno desenvolve um tipo especial de pensamento que lhe permite compreender, descrever e representar, de forma organizada, o mundo em que vive. [...] O trabalho com noções geométricas contribui para a aprendizagem de números e medidas, pois estimula a criança a observar, perceber semelhanças e diferenças, identificar regularidades e vice versa. Além disso, se esse trabalho for feito a partir da exploração dos objetos do mundo físico, de obras de arte, pinturas, desenhos, esculturas e artesanato, ele permitirá ao aluno estabelecer conexões entre a Matemática e outras áreas do conhecimento (BRASIL, 1997, p. 39).

Segundo Lorenzatto (1995, p. 5), sobre a importância e justificativa do ensino

de geometria, temos que: “A necessidade do ensino de Geometria pelo fato de que,

um individuo sem esse conteúdo, nunca poderia desenvolver o pensar geométrico,

ou ainda, o raciocínio visual, além de não conseguir resolver situações da vida que

forem geometrizadas". Ainda segundo Lorenzatto (1995, p. 5), "Não poderão ainda

se utilizar da Geometria como facilitador para a compreensão e resolução de

questões de outras áreas do conhecimento humano”.

No ambiente educacional em nossa realidade atual, vários métodos de ensino

vem sendo pesquisados e aplicados como é o caso do uso das tecnologias.

Podemos citar alguns exemplos dessas tecnologias diversas que estão sendo

utilizadas como facilitadores no ensino e aprendizagem dos alunos, como os

computadores, os softwares, tablets e celulares, citando Rancan (2011, p. 17), “as

crianças de hoje percebem o fluxo constante de informações com as quais convive

e, por consequência, como este novo mundo tecnológico está transformando a

maneira pela qual aprendem”.

Page 6: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

5

As Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) na educação torna-se

uma possibilidade de recurso didático, que pode tornar as aulas mais atrativas,

fazendo com que os alunos construam o conhecimento de uma forma diferenciada.

Mas para que esses recursos didáticos sejam realmente utilizados é necessário que

tanto as escolas como os professores saibam empregar e aplicar todo o potencial

desses recursos, com objetivos concretos e justificativas sólidas para a construção

do processo de ensino e aprendizagem. Para Imbérnom (2010, p.36):

Para que o uso das TIC signifique uma transformação educativa que se transforme em melhora, muitas coisas terão que mudar. Muitas estão nas mãos dos próprios professores, que terão que redesenhar seu papel e sua responsabilidade na escola atual. Mas outras tantas escapam de seu controle e se inscrevem na esfera da direção da escola, da administração e da própria sociedade.

Demo (2008), sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação, ressalta

que: “Toda proposta que investe na introdução das TICs na escola só pode dar certo

passando pelas mãos dos professores. O que transforma tecnologia em

aprendizagem, não é a máquina, o programa eletrônico, o software, mas o

professor, em especial em sua condição socrática.”

As tecnologias voltadas para o ensino de matemática e geometria surgiram

como uma forma alternativa que o professor, com o papel de mediador do

conhecimento, encontra para dinamizar os conteúdos em sala de aula e também

fazer com que os alunos venham a ser incentivados a buscar e construir o

conhecimento. Para Gladcheff, Zuffi & Silva (apud PACHECO e BARROS, 2013,

p.8), a utilização de softwares em aulas de matemática no ensino pode consentir

diversos objetivos: ser fonte de informação, auxiliar o processo de construção de

conhecimentos, ampliar a autonomia do raciocínio, da reflexão e da criação de

soluções.

Diante do exposto, apresentamos a presente sequência didática para o

ensino de geometria de posição com ênfase no ensino de reta e plano como produto

educacional resultado da pesquisa desenvolvida de Bechara (2019). A pesquisa

teve como objetivo utilizar o software geogebra como ferramenta para auxiliar o

ensino e aprendizagem de geometria de posição, com ênfase no ensino de reta e

plano. A metodologia empregada foi do tipo experimental, utilizando as tecnologias

de informação e comunicação, em que foi aplicado uma sequência didática

Page 7: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

6

utilizando o software geogebra como ferramenta auxiliadora à luz da Engenharia

Didática.

Sendo assim, tivemos a finalidade de colaborar com o desenvolvimento do o

ensino e aprendizagem de geometria espacial de posição e o produto apresenta

uma proposta de atividades envolvendo os principais conceitos, postulados e

propriedades dos tópicos de reta e plano utilizando como metodologia as tecnologias

de informação e comunicação, como uma forma diferenciada para apresentar e

ensinar os alunos.

Page 8: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

7

2. ESTUDO SOBRE A GEOMETRIA ESPACIAL DE POSIÇÃO

A revisão de estudos possui a finalidade de apresentar estudos e pesquisas

realizadas anteriormente, como forma de propor métodos e propostas, com a

intenção de levantar hipóteses e resolver problemas identificados no decorrer do

ensino. O foco principal desse levantamento de estudos é o ensino de geometria

espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no

desenvolvimento da pesquisa. Citando Vosgerau e Romanowski:

Os estudos de revisão consistem em organizar, esclarecer e resumir as principais obras existentes, bem como fornecer citações completas abrangendo o espectro de literatura relevante em uma área. As revisões de literatura podem apresentar uma revisão para fornecer um panorama histórico sobre um tema ou assunto considerando as publicações em um campo. Muitas vezes uma análise das publicações pode contribuir na reformulação histórica do diálogo acadêmico por apresentar uma nova direção, configuração e encaminhamentos. (VOSGERAU e ROMANOWSKI 2014, p. 167)

O estudo de Geometria Espacial de Posição possibilita o desenvolvimento da

capacidade de abstração, auxilia na resolução de problemas práticos e permite

reconhecer propriedades das formas geométricas. Porém citando Souza Filho e

Brito (2006) que confirmam que na atualidade o ensino de Geometria é feito de

forma mecânica, fazendo com que o aluno perca o interesse pelo conhecimento,

pois ele não encontra um significado para a compreensão do conteúdo.

Segundo Lorenzato (1995) a Geometria está ausente ou quase ausente da

sala de aula. Segundo esse autor, são inúmeras as causas que provocam esse

acontecimento, uma delas é a falta de conhecimentos específicos da Geometria

pelos próprios professores, ou seja, o professor não poderá ensinar o que ele nunca

aprendeu.

As dissertações utilizadas tiveram como critérios, a metodologia de pesquisa,

o conteúdo de geometria, os axiomas, as propriedades e as atividades relacionadas

a geometria espacial de posição. As palavras digitadas como procedimento de

pesquisa foram: Sequência didática em geometria; Ensino de ponto, reta e plano;

Geometria Espacial de Posição. Os documentos foram obtidos no banco de teses e

Page 9: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

8

dissertações da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e no

Google Acadêmico.

As dissertações foram divididas nas seguintes sessões: Resolução de

Problemas, Modelagem Matemática e Uso das tecnologias da informação e

comunicação, onde foi destacado cada proposta , metodologia, objetivo, questão de

pesquisa, desenvolvimento, resultado e conclusão de cada pesquisa.

O desenvolvimento deste estudo consistiu através de algumas etapas: busca

de material para a revisão de estudos, análise do material para a inclusão ou

exclusão através de critérios pré estabelecidos, divisão dos trabalhos incluídos em

categorias e análise das pesquisas onde foram destacados propostas, metodologias,

objetivos, questões de pesquisa, desenvolvimento, resultados e conclusões de cada

pesquisador estudado.

A pesquisa foi elaborado a partir de uma revisão da literatura no período

entre 1998 e 2017, visando a busca de obras nacionais e fazendo um panorama e

evolução entre estudos clássicos e os mais recentes sobre o tema através do

período de 20 anos. As palavras chaves utilizadas foram " Sequência didática em

geometria" ," Ensino de ponto, reta e plano", " Geometria Espacial de Posição".

Foram critérios de exclusão: trabalhos publicados antes de 1998 e os que não se

referiam a geometria espacial de posição.

Na busca realizada na ferramenta Google Acadêmico, na página oficial do

Mestrado Profissional em Matemática – PROFMAT e nos anais do Encontro

Nacional de Educação Matemática – ENEM, foram encontrados 8 trabalhos entre

artigos e dissertações. Após uma breve leitura e analise dos textos, notou - se que

alguns não preenchiam os critérios deste estudo, pois contemplavam outros tópicos

da geometria espacial e foram excluídos. Foram selecionados 5 dissertações que

preencheram os critérios proposto, foram lidos na íntegra ( Quadro 1), onde foram

categorizados em três linhas de pesquisa: Resolução de problemas; Modelagem

Matemática e Uso das tecnologias da informação e comunicação. E como etapa final

da revisão as pesquisas foram analisadas minuciosamente e destacados os

resultados e conclusões.

Page 10: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

9

Quadro 1 - Textos Selecionados

Titulo Fonte Categoria Autores Ano

Aprendendo e Ensinando Geometria com a Demonstração: Uma contribuição para a prática pedagógica do professor de matemática do ensino fundamental

Dissertação- Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Resolução de Problemas

GOVÊA, Filomena

1998

Uma Sequência Didática para a Introdução de seu Aprendizado no Ensino da Geométrica

Dissertação- Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Resolução de Problemas

MELLO, Elizabeth Gervazoni Silva de

1999

Demonstrações em geometria euclidiana: uma sequência didática como recurso metodológico para seu ensino

Dissertação- Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Modelagem Matemática

FERREIRA, Fernanda Aparecida

2008

Geometria Espacial de Posição: Do Concreto ao Raciocínio Dedutivo com uma Passagem pela Tecnologia

Dissertação- Universidade Federal de Santa Maria

Uso das tecnologias da informação e comunicação

GOMES, Rafael Oliveira de

2016

Uso do Gegebra 3D no ensino de Geometria Espacial

Dissertação- Universidade Federal de Juiz de Fora

Uso das tecnologias da informação e comunicação

SOUZA, Grabriel Moreno Ferreirda de

2017

Fonte: Autor (2018)

Pesquisas sobre geometria espacial de posição ainda encontra-se escassa,

pois como é o tópico inicial de geometria espacial, é explorada de maneira intuitiva,

fazendo com que as pesquisas foquem em outros tópicos da geometria espacial.

Então as cinco dissertações selecionadas focam o ensino e aprendizagem de

geometria espacial de posição, explorando axiomas, teoremas e propriedades que

são necessárias para todo o estudo posterior da geometria espacial.

Page 11: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

10

3. USO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Os métodos para o ensino de matemática vem se ampliando e modificando

com o passar do tempo, como forma de dinamizar o processo de ensino e

aprendizagem e como forma de minimizar a dominância do ensino de forma

tradicional, podemos identificar essas mudanças a partir do que é citado nos

documentos dos parâmetros curriculares nacionais (PCN), segundo o documento:

[...] no ensino de matemática devesse "identificar as principais características dessa ciência, de seus métodos, de suas ramificações e aplicações; conhecer a história de vida dos alunos, sua vivência de aprendizagens fundamentais, seus conhecimentos informais sobre um dado assunto, suas condições sociológicas, psicológicas e culturais; ter clareza de suas próprias concepções sobre a Matemática, uma vez que a prática em sala de aula, as escolhas pedagógicas, a definição de objetivos e conteúdos de ensino e as formas de avaliação estão intimamente ligadas a essas concepções.(BRASIL, 2001, p.37).

O uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) na educação

surge como uma ferramenta potencializadora no processo de ensino e

aprendizagem de alunos e professores, de forma que a sociedade de forma geral

está utilizando a tecnologia para a resolução de problemas do cotidiano. Citando

Tornaghi (2010), de forma resumida o autor nos mostra como se deu o inicio do uso

das tecnologias na educação nas escolas públicas brasileiras.

O uso de tecnologias na escola pública brasileira inicio-se timidamente, com projetos pilotos em escolas no final de 1980. Nesses projetos, algumas experiências ocorriam com o uso do computador em atividades disciplinares e em muitas outras extracurriculares e ocorriam em horários diferentes daquelas em que os alunos frequentavam a escola. Nas duas situações, era possível observar que as práticas apresentavam -se com base em uma das seguintes abordagens: (i) instrucionista, na qual o computador pode ser usado na educação como máquina de ensinar ou como máquina para ser ensinada; ou (ii) construcionista, por meio da qual o aluno constrói, por intermedio do computado, o seu próprio conhecimento (TORNAGHI, 2010, p.145).

Podemos ainda observar nos documentos do PCN, a utilização da tecnologia

faz com que alunos e professores tenham uma oportunidade de investigar e

explorar, nas aulas de matemática, os tópicos que possibilitam o favorecimento da

Page 12: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

11

argumentação e validação de resultados , tornando - se uma forma para o despertar

do interesse do aluno nas práticas em sala de aula e também nas práticas sociais.

É esperado que nas aulas de Matemática se possa oferecer uma educação tecnológica, que não signifique apenas uma formação especializada, mas, antes, uma sensibilização para o conhecimento dos recursos da tecnologia, pela aprendizagem de alguns conteúdos sobre sua estrutura, funcionamento e linguagem e pelo reconhecimento das diferentes aplicações da informática, em particular nas situações de aprendizagem, e valorização da forma como ela vem sendo incorporada nas práticas sociais. (BRASIL, 1998, p. 46).

A utilização das TIC como um recurso didático possibilita a adequação às

diferentes necessidades e individualidades de cada aluno, oportunizando o professor

a criar ambientes virtuais de aprendizagem de forma diferenciada e de acordo com a

necessidade de cada assunto a ser ensinado, fazendo uma contribuição para a

assimilação dos conteúdos. A internet e o computador são ferramentas que atraem a

atenção do aluno, proporcionando a habilidade de captar e assimilar as informações.

Vogt e Soares (2016, p.5) relatam que:

É preciso considerar que as tecnologias - sejam elas novas (como o computador e a Internet) ou velhas (como o giz e a lousa) condicionam os princípios, a organização e as práticas educativas e impõem profundas mudanças na maneira de organizar os conteúdos a serem ensinados, as formas como serão trabalhadas e acessadas as fontes de informação, e os modos, individuais e coletivos, como irão ocorrer as aprendizagens.

Segundo Valente (1993), afirma que o computador tem que ser utilizado como

uma nova ferramenta educacional e não apenas como uma maquina de ensinar,

pois os alunos precisam buscar e usar as informações que os norteiam, ao invés de

memorizar as informações. O computador torna- se cada vez mais uma ferramenta

que favorece os alunos no desenvolvimento do raciocínio e da reflexão, através da

interação e manipulação da ferramenta, há a possibilidade no desenvolvimento da

capacidade do aluno em buscar, selecionar a informação e solucionar os problemas

de forma independente.

Ainda em concordância Valente (2008), observa que a escola deveria utilizar-

se cada vez mais das tecnologias, para que os alunos pudessem aprender a se

expressar através do uso dessa tecnologia, pois ao fazer essa integração o

processo de ensino e aprendizagem torna-se mais atrativa e significativa,

Page 13: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

12

promovendo a conquista de novos conhecimentos que permite o aluno a inserção no

contexto de seu cotidiano. Esses recursos estão a disposição do professor para

auxiliar em sua pratica pedagógica, sendo um facilitador do entendimento do aluno,

com isso os professores devem estar preparados e capacitados na utilização desse

recurso para que os objetivos sejam atingidos.

Os professores precisam saber como usar os novos equipamentos e softwares e também qual é seu potencial, quais são os seus pontos fortes e seus pontos fracos. Essa tecnologias, mudando o ambiente em que os professores trabalham e o modo como se relacionam com outros professore, têm um impacto importante na natureza do trabalho do professor e, desse modo, na sua identidade profissional (VALENTE, 2008, p.76).

Neste contexto cabe ao professor criar as situações para desenvolver a

aprendizagem do aluno, desenvolvendo atividades com o objetivo de construir o

conhecimento do aluno, ao invés de apenas transmitir uma informação, então ao

utilizar um software, o professor tem que estar preparado e familiarizado com a

tecnologia que irá utilizar, preparando as atividades com antecedência relacionando

a tecnologia com o tópico estudado, citando Valente (1999), caso o professor não

esteja preparado em utilizar o recurso para desafiar o aluno, não será a tecnologia

quem irá cumprir este papel. Outro papel importante do professor na construção do

conhecimento do aluno, é a necessidade de se colocar no lugar do educando e de

como a atividade desenvolvida será impactante na construção do conhecimento.

No seu trabalho cotidiano em sala de aula, alguma vez já parou para pensar como o seu aluno aprende? Ou, ao contrário, você se preocupa apenas no "como ensinar", ou seja, na criação de estratégias que favoreçam a transmissão do conhecimento? Lembre-se de que aprendizagem é um processo individual e social que a pessoa constrói na interação do com o meio e com o outro. Daí a importância das interações e de situações que promovam a reflexão, a tomada de consciência e a reconstrução do conhecimento (TORNAGUI, 2010, p.42).

Em concordância, os PCN (1998), destacam o papel do professor e de seu

poder de decisão de quando e como será utilizado as tecnologias em sala de aula e

que o professor também tem como papel, fazer a ponte entre o conhecimento e o

aluno. Segundo o documento: "O professor é sempre responsável pelos processos

Page 14: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

13

que desencadeia para promover a construção de conhecimentos, e nesse sentido é

insubstituível". (BRASIL, 1998, p. 155).

O uso eficiente da informática educativa, aliado ao incentivo da escola na

parte estrutural, o professor com a formação adequada e o aluno motivado em

aprender, possibilita e proporciona desde um entendimento mais profundo acerca

dos campos conceituais até uma abertura para análise de possíveis erros que

possam ser analisados e corrigidos pelo uso das tecnologias. Os softwares

matemáticos são utilizados apenas como ferramentas para o auxílio do professor no

ensino de conceitos para os alunos e, não como um substitutos, então o professor

deve escolher e usar de forma adequada o software matemático, com o objetivo de

buscar possíveis soluções para problemas no campo conceitual em que o aluno

poderá apresentar e, proporcionar uma interação dos alunos com as novas

tecnologias.

Page 15: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

14

4. O SOFTWARE GEOGEBRA

O Geogebra é um software livre, ou seja, o criador do software disponibiliza

de forma gratuita o programa para qualquer usuário que deseje utilizá-lo. Ele possui

um sistema de Geometria Dinâmica, permitindo que a pessoa que utilize o programa

realize construções e insira equações e coordenadas e fazendo alterações quando

necessárias.

O Geogebra foi criado e desenvolvido por Markus Hohenwater, da

Universidade Austríaca de Salzburg em 2001, possui a função de ferramenta de

ensino e aprendizagem de matemática. Atualmente o software encontra – se na

versão 6.0.523.0, sendo aplicativo multiplataforma, ele pode ser instalado em

computadores com os sistemas operacionais Windows, Linux ou Mac OS e em

Smartphones e Tablets com sistema Androide ou IOS. Disponível para download no

link: http://www.geogebra.org/download.

Geogebra é um software de matemática para utilizar em ambiente de sala de aula, que reúne GEOmetria, álGEBRA e cálculo. Recebeu muitos prêmios internacionais incluindo o prêmio de software educativo Alemão e Europeu. (FERREIRA, 2010, p.03)

Segundo Vieira (2013), o software GeoGebra possui ferramentas de

geometria, de álgebra e do cálculo. Fornece principalmente duas visões diferentes

de um mesmo objeto matemático estudado, podendo ser visualizado na janela

gráfica e na janela de álgebra. A janela de visualização gráfica é aonde os objetos

são construídos, podendo ser editado a cor, espessura das linhas, medir ângulos,

distâncias, entre outras funções. Na janela de álgebra é visualizado a representação

algébrica do objeto construído na janela visualização gráfica.

A área de desenho há um sistema de eixos cartesianos onde o usuário faz as

suas construções geométricas, podendo ser alternado entre a janela 2D e a janela

3D, de forma simultânea aparecem as coordenadas que indicam as equações

correspondentes na janela de álgebra.

O campo de entrada de comandos é aonde são escritas as coordenadas,

equações, comandos e funções, e estes são mostrados na área de desenho.

Entre várias funções do software, pode – se construir objetos como planilhas,

pontos, vetores, segmentos, retas, figuras planas, figuras espaciais, polígonos,

Page 16: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

15

secções cônicas, coordenadas cartesianas e polares, gráficos de funções e curvas

parametrizadas, o cálculo de derivadas e integrais, podendo ser manejados de

forma dinâmica de tal forma que suas propriedades são conservadas.

Na área educacional o uso do software permite os alunos testem e validem os

problemas propostos pelo professor, possibilitando revisar ou buscar conceito de

conteúdos anteriores de forma simples e dinamizada, permitindo a potencialização

do ensino e aprendizagem. Citando Pereira (2012), que fez uma pesquisa utilizando

o geogebra como ferramenta de ensino.

O trabalho com as tarefas geométricas mediadas pelo software GeoGebra foi primordial para a consolidação de alguns conceitos ligados à circunferência, por exemplo. Os alunos tiveram a oportunidade de validar suas hipóteses, conjecturar sobre possíveis caminhos para a solução das tarefas e discutir de forma colaborativa suas soluções encontradas. A relação entre as conjecturas levantadas no transcorrer da pesquisa, evidenciou a recorrência dos alunos às tarefas anteriores ou a conceitos percebidos durante as plenárias, para dar continuidade à solução de uma tarefa nova a qual se debruçavam, desenvolver uma autonomia para experimentar e validar as suas conjecturas. Contribuiu, também para revisar os conceitos de triângulos, circunferência, bissetriz de um ângulo, mediatriz de um segmento e retas paralelas, quando os mesmos apresentavam-se como conceitos necessários para transcorrer das soluções propostas. (PEREIRA, 2012, p.98).

Page 17: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

16

Figura 1 - Interface do software Geogebra

Fonte: Geogebra (2019)

(1) Menu principal;

(2) Barra de ferramentas;

(3) Janela algébrica;

(4) Área de desenhos;

(5) Entrada de comandos.

(2)

(4)

(3)

(5)

(1)

Page 18: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

17

5. GEOMETRIA ESPACIAL DE POSIÇÃO

Neste sessão abordaremos os tópicos matemáticos e geométricos do tema

central, que serão investigados através da construção e aplicação de uma

sequência didática, com o objetivo de potencializar o ensino e aprendizagem do

aluno em geometria de posição, com ênfase no ensino de reta e plano.

5.1 Entes Geométricos e primeiros postulados

A Geometria que será abordada é a geometria Euclidiana, constituída por

Euclides (300.AC), em sua obra Os Elementos, em que são destacados os

primeiros entes geométricos (ponto, reta e plano) no qual essa geometria é

constituída. Não precisam ser definidos. E a partir deles temos os postulados (ou

axiomas) que tomamos como verdades lógicas, para depois construímos todas

as propriedades e teoremas que embasam essa geometria. Como base dos

tópicos abordados, das demonstrações e dos conceitos, utilizamos como

referência Dolce (1993).

Os entes geométricos que vamos apresentar são o ponto, a reta e o plano,

como são elementos primitivos da Geometria, os mesmos são adotados sem

definição.

Figura 2 - Ponto , Reta e Plano

Fonte: Autor (2019)

O ponto é um elemento que não possui dimensão, mas é representado

graficamente, como na figura 5, e podemos representar por uma letra maiúscula

do nosso alfabeto; A reta é representado graficamente, como na figura 5, e

podemos representar por uma letra minúscula do nosso alfabeto e sendo ela

infinita nos dois sentidos; O plano não possui fronteiras, mas também é

Page 19: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

18

representado graficamente como está exposto na figura 5 e representado por

uma letra do alfabeto grego.

A geometria espacial de posição e constituída através desses entes

geométricos e suas construções, podemos definir o espaço como o conjunto de

todos os pontos.

Assim, iniciaremos o estudo da geometria espacial de posição através de

alguns postulados que estão relacionados com o ponto, a reta e o plano.

i. Postulado da existência

a) Em uma reta existe infinitos pontos, tanto sobre a reta, como externo a ela.

b) Em um plano existe infinitos pontos, tanto sobre o plano, como externo a ele.

ii. Postulado da determinação

a) Dois pontos distintos determina uma única reta que passa sobre eles.

Figura 2 - Postulado da determinação

Fonte: Autor (2019).

b) Três pontos não colineares determinam um único plano que passa sobre eles.

Figura 3 - Postulado da determinação

Fonte: Autor (2019)

Page 20: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

19

iii. Postulado da Inclusão

Se dois pontos estão determinam uma reta, e esses pontos estão contidos

em um plano, então a reta também está contida no plano.

Figura 4 - Postulado da inclusão

Fonte: Autor (2019)

5.2 Posição relativa entre duas retas

Sejam r e f duas retas quaisquer , podem ser:

a) Retas concorrentes

Duas retas são concorrentes, se, e somente se, elas possuem um único ponto

de interseção.

Figura 5 - Retas Concorrentes

F

Fonte: Autor (2019)

Page 21: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

20

b) Retas paralelas

Duas retas são paralelas, se e somente, ou são coincidente ou são

coplanares sem possuir nenhum ponto de interseção.

Figura 6 - Retas Paralelas

Fonte: Autor (2019)

5.3 Determinação do Plano

Apresentaremos os quatro modos em que se determina um plano.

a) A partir de três pontos não colineares.

Esse primeiro modo é postulado, então consideramos como verdade,

obervado na figura 7.

b) Teorema 1: Determinação do Plano a partir de uma reta e um ponto externo a

ela.

Se uma reta e um ponto externo a ela, ou seja, esse ponto não pertence a

reta, então eles determinam um único plano que os contém.

Demonstração:

A demonstração será dividida em duas partes, pois uma irá tratar da parta da

existência e a outra parte irá tratar da unicidade.

Page 22: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

21

Sejam P um ponto externo a r, e r uma reta qualquer determinados pelos

pontos A e B, temos:

A, B e P pontos não colineares e utilizando o postulado da existência (ii),

então A, B e P determinam um plano α.

Logo,

α = (A, B, P) então A ⊂ α, B ⊂ α e P ⊂ α

A ≠ B; A e B ∈ r, implica que, r ⊂ α. (1)

Podemos concluir que existe pelo menos o plano α construído por r e P.

Sejam r e P, a reta e o ponto externo a ela que determina o plano α,

provemos que α é o único plano determinado.

Tomamos a existência de α e α′ por r e P, temos que:

α = (r,P) e A, B ∈ r, implica que, α = (A, B, P)

α′ = (r,P) e A, B ∈ r, implica que, α′ = (A, B, P),

Então implica que, α = α′.

Logo, existe apenas um único plano determinado por r e P. (2)

Concluímos a partir de (1) e (2) que : ∃ | α | P∈ α e r ⊂ α.

c) Teorema 2: Determinação do Plano a partir de duas retas concorrentes.

Se duas retas são concorrentes, então as mesmas, determinam um único

plano que as contém.

Demonstração:

A demonstração será dividida em duas partes, pois uma irá tratar da parta da

existência e a outra parte irá tratar da unicidade.

Sejam r e s duas retas concorrentes, P o ponto em comum, tomemos dois,

um ponto A em r e um ponto B em s, sendo esses pontos diferentes de P.

Sendo A, B e P pontos não colineares e utilizando o postulado da existência

(ii), então A, B e P determinam um plano α.

Então,

α = (A, B, P); A, P ∈ r e A ≠ P, implica que, r ⊂ α

α = (A, B, P); B, P ∈ s e B ≠ P, implica que, s ⊂ α

Logo, pode existir pelo menos o plano α determinado pelas retas concorrentes

r e s. (1)

Page 23: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

22

Sejam r e s, a retas concorrentes e P o ponto em comum, que determina o

plano α, provemos que α é o único plano determinado.

Tomamos a existência de α e α′ por r e s, retas concorrentes, temos que:

α = (r,s) e A, P ∈ r; B, P ∈ s, com A ≠ B ≠ P , implica que, α = (A, B, P)

α′ = (r,s) e A, P ∈ r; B, P ∈ s, com A ≠ B ≠ P , implica que, α′ = (A, B, P)

Então implica que, α = α′.

Logo, existe apenas um único plano determinado por r e s concorrentes. (2)

Concluímos a partir de (1) e (2) que : ∃ | α | r ⊂ α e s ⊂ α.

d) Teorema 3: Determinação do Plano a partir de duas retas paralelas.

Se duas retas são paralelas, de forma distinta, então as mesmas determinam

um único plano que as contém.

Demonstração:

A demonstração será dividida em duas partes, pois uma irá tratar da parta da

existência e a outra parte irá tratar da unicidade.

Sejam r e s retas paralelas e r ≠ s então temos que:

Por definição de retas paralelas, existe um plano α passando por r e s, pois as

mesmas por definição, são coplanares. (1)

Tomamos a existência de α e α′ por r e s, retas paralelas, e sejam os pontos

A e B ∈ r, com A ≠ B e o Ponto P ∈ s, temos que:

α = (r,s); A, B ∈ r , com A ≠ B e P ∈ s, implica que, α = (A, B, P)

α′ = (r,s); A, B ∈ r , com A ≠ B e P ∈ s, implica que, α = (A, B, P)

Então implica que, α = α′.

Logo, existe apenas um único plano determinado por r e s paralelas. (2)

Concluímos a partir de (1) e (2) que : ∃ | α | r ⊂ α e s ⊂ α.

5.4 Definição de retas reversas

Podemos considerar duas retas reversas se, e somente se, elas não possuem

nenhum plano que as cotenha e não são paralelas entre si.

Observando a figura 7, temos a exemplificação dessa definição.

Page 24: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

23

Figura 7 - Retas Reversas

Fonte: Autor (2019)

5.5 Postulado da Interseção e planos secantes

O postulado da interseção nos diz que se existe dois planos distintos com um

ponto em comum, então existe pelo menos outro ponto em comum.

O teorema da interseção nos diz que se existe dois planos distintos com um

ponto em comum, então a interseção desses planos será única reta que passa pelo

ponto em comum.

Demonstração:

A demonstração será dividida em duas partes, pois uma irá tratar da parta da

existência e a outra parte irá tratar da unicidade.

Sejam dois planos α e β, e o ponto P sendo comum aos dois planos, temos

que:

α ≠ β , com P ∈ α e P ∈ β, implica que, ∃ Q ≠ P, Q ∈ α e Q ∈ β (Postulado

da intercessão).

Se o que esta descrito acima for verdadeiro, implica que, ∃ i | i = PQ, i ⊂ α e i

⊂ β (Postulado da existência da reta).

Logo a reta i determinada pelos os pontos P e Q é comum aos planos.

Para demonstrarmos a unicidade, utilizaremos a técnica de demonstração

chamada redução por absurdo.

Page 25: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

24

Supondo que exista um ponto X tal que X ∈ α , X ∈ β e X ∉ i, temos que:

Como X ∉ i e pelo teorema 1 , temos um plano γ tal que , γ = (X,i). Então

podemos observar que:

i ⊂ α, X ∈ α, γ = (i,X) , implica que, γ = α (1)

i ⊂ β, X ∈ β, γ = (i,X) , implica que, γ = β (2)

Comparando (1) e (2) temos que α = β e esses planos coincidem com o plano

γ, o que se caracteriza um absurdo, pois a hipótese nos mostra que α ≠ β.

Logo, a reta i é a interseção dos planos α e β.

Dois Planos são secantes, quando os mesmos apresentam uma reta em

comum, essa reta chamamos de interseção desses planos.

Figura 8 - Planos secantes

Fonte: Autor (2019)

5.6 Paralelismo de retas

Como já foi definido anteriormente, duas retas são paralelas quando são

coincidentes ou quando não possuem nenhum ponto de interseção. Euclides

apresentou em sua obra um postulado sobre o paralelismo.

Postulado: Por um ponto A fora de uma reta dada r passa uma única reta

paralela s a essa reta dada.

Page 26: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

25

Podemos também definir e demonstrar uma propriedade chama transitividade

do paralelismo de retas.

Se duas retas são paralelas a uma terceira, então todas as retas são

paralelas entre si.

Demonstração:

Sejam três retas distintas e não coplanares r, s e t, temos que:

Pelo postulado das paralelas podemos concluir que r e s não possuem

nenhum ponto de interseção.

Pelo teorema 3, as retas s e t determinam um plano β, r e t determinam um

plano α, então t = α ∩ β.

Seja um ponto P em s, teremos por definição um plano γ, tal que, γ = (r, P).

Os planos α e γ, que são distintos, possuem o ponto P em comum, então

tomemos uma reta comum x, tal que:

r = β ∩ γ, x = α ∩ γ, c = α ∩ β e r // t, implica que, r // x e t // x

Como o ponto P pertence a ambas as retas s e x e as mesmas são paralelas

à reta t, podemos concluir, pelo postulado das paralelas que x = s.

Então r // x e x = s, temos que r // s.

5.7 Paralelismo entre a retas e planos

Uma reta é paralela a um plano se, e somente se, não possuírem nenhum

ponto de interseção.

a // α se, somente se, a ∩ α = ∅.

Figura 9 - Reta "a" paralela ao plano α

Fonte: Autor (2019)

Page 27: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

26

Para ocorrer a existência de retas e planos paralelos, faremos a

demonstração de duas condições: a condição suficiente, a condição necessária.

a) Condição Suficiente

Se uma reta não está contida num plano qualquer e é paralela a uma outra

reta que está contida nesse plano, então ela é paralela ao plano.

Demonstração:

Sejam a e b retas paralelas, e b esta contida em um plano α, temos que:

a // b, a ∩ b = ∅, implica que, ∃ β = (a,b)

b ⊂ α, b ⊂ β , α ≠ β, implica que b = α ∩ β

Seja um ponto P, comum a reta a e o plano α, tal que:

P ∈ a e a ⊂ β , implica que, P ∈ β

Se P ∈ β e P ∈ α , então P ∈ a e P ∈ b, o que é absurdo, pois a ∩ b = ∅.

Logo, a reta a e o plano α não tem pontos em comum, então a e α são

paralelos.

b) Condição Necessária

Se uma reta é paralela a um plano, então uma reta contida nesse plano

também é paralela a ela.

Demonstração:

Seja uma reta a, paralela a um plano α , temos que:

Se conduzimos pela reta a, um plano β que intercepta α em uma reta b,

teremos a e b coplanares, pois estão em β, porém não possuem pontos em comum,

então:

a ∩ α = ∅, b ⊂ α, implica que, a ∩ b = ∅. Logo, as retas a e b são paralelas.

5.8 Posições relativas entre uma reta e um plano

Uma reta e um plano podem assumir três posições relativas.

a) Reta contida no Plano

Ocorre quando a reta e o plano possuem ao mínimo dois pontos em comum.

a ⊂ α , então a ∩ α = a.

Page 28: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

27

Figura 10 - Reta contida no plano

Fonte: Autor (2019)

b) Reta secante ao Plano

Ocorre quando a reta e o plano possuem apenas um ponto em comum.

a ∩ α = B.

Figura 11 - Reta secante ao Plano

Fonte: Autor (2019)

c) Reta paralela ao Plano

Ocorre quando a reta e o plano não possuem nenhum ponto em comum.

Page 29: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

28

a ∩ α = ∅.

Figura 12 - Reta paralela ao plano

Fonte: Autor (2019)

5.9 Paralelismo entre os planos

Dois planos são considerados paralelos entre si se, e somente se, eles não

possuírem nenhum ponto em comum ou os planos sejam coincidentes.

Figura 13 - Planos Paralelos

Page 30: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

29

Fonte: Autor (2019)

Para ocorrer a existência entre planos paralelos, faremos a demonstração de

duas condições: a condição suficiente, a condição necessária.

a) Condição Suficiente

Se um plano contém duas concorrentes, e essas retas são paralelas a um

outro plano, então esses planos são paralelos.

Demonstração:

Seja os planos α e β distintos, e as retas a e b concorrentes e contidas em α.

Se considerarmos uma reta i tal que i = α ∩ β, temos que:

a // α, a ⊂ β e i = α ∩ β, implica que, a // i

b // α, b ⊂ β e i = α ∩ β, implica que, b // i

Porém o as retas a e b por hipótese são concorrentes, e se ambas forem

paralelas a i é um absurdo, pois contraria o postulado das paralelas. Logo, os planos

α e β não possuem pontos em comum, então α // β.

b) Condição Necessária

Se dois planos distintos são paralelos, e se um deles contém duas retas

concorrentes, então essas retas são paralelas ao plano que não os contém.

A demonstração que prova a condição necessária é similar a demonstração

da condição suficiente, com isso, a condição necessária se torna também suficiente.

Page 31: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

30

5.10 Posição relativa entre dois planos

As posições entre dois planos foram expostas e seus teoremas de existências

foram demonstradas nos tópicos anteriores, nesse ultimo tópico faremos um resumo

expondo as três posições.

a) Planos Coincidentes:

São dois planos que não possuem nenhum ponto em comum e são iguais.

α ∩ β = α = β

b) Planos Paralelos distintos

São dois planos que não possuem nenhum ponto em comum.

α ∩ β = ∅

c) Planos secantes

São dois planos que possuem uma reta em comum.

α ∩ β = i

Page 32: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

31

6. SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Segundo Zabala (1998, p.18), a sequência didática é “um conjunto de

atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos

objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelo

professor como pelos alunos”.Essas atividades são ligadas entre si com o objetivo

de ensinar um conteúdo definido.

A organização das atividades deve ser feita através de um planejamento de

acordo com os objetivos que o professor visa obter para alcançar a aprendizagem

de seus alunos. Para que essa aprendizagem ocorra, é indispensável que essas

atividades sejam práticas, lúdicas ou diferenciadas, de forma que o nível de

dificuldade de cada questão seja elevado gradativamente, estimulando os alunos

para conquistar cada desafio proposto e proporcionar a construção do

conhecimento.

Zabala (1998) destaca que a construção de uma sequência didática com foco

e objetivos claros, torna-se um caminho assertivo para a busca de melhoras nas

praticas pedagógicas educativas. Com isso, o centro do interesse ao construímos

uma sequência didática deve ser o aluno, então temos que levar em consideração

as vivências do cotidiano e os conhecimentos anteriores para podemos instiga-los

na busca da compreensão e desenvolvimento da aprendizagem significativa.

Em concordância Dolz e Schneuwly (2004) dizem que as sequências

didáticas são instrumentos que auxiliam o professor no direcionamento de suas

aulas e nas possíveis intervenções pedagógicas.

Para Pais (2002, p.102) “Uma sequência didática é formada por um certo

número de aulas planejadas e analisadas previamente com a finalidade de observar

situações de aprendizagem, envolvendo os conceitos previstos na pesquisa

didática”.

Nesta busca de ferramentas para potencializar o ensino e aprendizagem do

aluno, esta pesquisa apresenta uma sequência didática com o objetivo apresentar

um conjunto de atividades para o auxilio do ensino de geometria de posição, com

ênfase no ensino de reta e plano. O conjunto de atividades é composto de 15

atividades em forma de uma sequência para o auxilio no ensino das definições,

propriedades e postulados dos entes geométricos. Algumas das atividades

desenvolvidas seguem como referência Sá(2009).

Page 33: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

32

As atividades de 1 a 3 foram pensadas afim de proporcionar o conhecimento

sobre o postulado da existência, a atividade 4 sobre o postulado da existência da

reta, atividades de 5,6 e 7 destaca as posições relativas entre duas retas, atividades

8 a 10 proporcionam o conhecimento sobre o postulado da determinação do plano,

atividades 11 e 12 a noção espacial do plano ao não possuir fronteiras e nem

tamanho, atividades 13 a 15 contemplam as relações de posicionamento entre retas

e planos, e planos e planos. Cada atividade é apresentada com uma análise a priori,

onde é proposto os caminhos que os alunos devem seguir para construir o

conhecimento geométrico e também o aluno poderá alternar, utilizando o software,

entre uma visão 2D e uma visão 3D para desenvolver uma noção espacial através

da manipulação das construções propostas.

Atividade 1

Atividade adaptada de Sá (2009)

Titulo: Retas por um ponto

Objetivo: Estudar a quantidade de retas que passam por um ponto.

Material : Geogebra.

Desenvolvimento: Marcar o maior numero possível de retas que passem por um

ponto.

Questões: a) Quantas retas você construiu?

b) Poderia construir mais?

c) Quantas mais?

Conclusão:

Análise a priori: O aluno deverá usar as ferramentas do geogebra ponto e

reta , após construir o ponto na tela do geogebra o aluno deverá marcar retas

que passem por esse ponto.

Page 34: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

33

Provavelmente cada aluno irá marcar uma quantidade diferente de retas, não

conseguindo abstrair o infinito numa figura limitada, devido a algum obstáculo

epistemológico de infinito. Não se apropriando do conceito de reta, ponto e plano.

Por isso cabe ao professor mediar a socialização entre os alunos sobre as

quantidades que um conseguiu marcar, para que durante a socialização siga a

definição de que em um ponto passam infinitas retas. As imagens abaixo ilustram a

ideia abordada.

Atividade 2

Titulo: Pontos que existem numa reta

Objetivo: Verificar a quantidade de pontos sobre uma reta.

Page 35: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

34

Material : Geogebra.

Desenvolvimento: Marcar o maior numero possível de pontos sobre a reta.

Questões: a) Quantos pontos você construiu?

b) Poderia construir mais?

c) Quantos mais?

Conclusão:

Análise a priori: O aluno deverá usar as ferramentas do geogebra ponto e

reta , após construir a reta na tela do geogebra o aluno deverá marcar pontos

sobre a reta.

Provavelmente cada aluno irá marcar uma quantidade diferente de pontos

sobre a reta, a partir da socialização entre os alunos sobre as quantidades obtidas

deverá aparecer a seguinte definição: sobre uma reta há infinitos pontos. As

imagens abaixo ilustram a ideia abordada.

Page 36: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

35

Atividade 3

Titulo: Pontos que existem fora de uma reta

Objetivo: Verificar a quantidade de pontos fora de uma reta.

Material : Geogebra.

Desenvolvimento: Marcar o maior numero possível de pontos fora da reta.

Questões: a) Quantos pontos você construiu?

b) Poderia construir mais?

c) Quantos mais?

Conclusão:

Análise a priori: O aluno deverá usar as ferramentas do geogebra ponto e

reta , após construir a reta na tela do geogebra o aluno deverá marcar pontos

fora da reta.

Provavelmente cada aluno irá marcar uma quantidade diferente de pontos

fora a reta, a partir da socialização entre os alunos sobre as quantidades obtidas

deverá aparecer a seguinte definição: fora de uma reta há infinitos pontos. Então o

Page 37: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

36

professor a partir das duas definições obtidas nas atividades 2 e 3, poderá formalizar

a definição do postulado da existência de uma reta. As imagens abaixo ilustram a

ideia abordada.

Atividade 4

Atividade adaptada de Sá (2009)

Titulo: Retas por dois pontos

Objetivo: Estudar a quantidade de retas que passam por dois pontos.

Material : Geogebra.

Desenvolvimento: Marcar o maior número possível de retas que passam pelos

pontos marcados.

Page 38: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

37

Questões: Marque os Pontos A, B , C , D de forma aleatória e que não estejam

alinhados e responda:

a) Quantas retas passam pelos pontos A e B?

b) Quantas retas passam pelos pontos A e C?

c) Quantas retas passam pelos pontos A e D?

d) Quantas retas passam pelos pontos B e C?

e) Quantas retas passam pelos pontos B e D?

f) Quantas retas passam pelos pontos C e D?

Conclusão:

Análise a priori: O aluno deverá usar as ferramentas do geogebra ponto e

reta , após marcar os Pontos A, B, C, D, o aluno deverá construir as retas que

passa por esses pontos como cada item determina, a partir dessas construções

espera-se que o aluno tenha a percepção de que em dois pontos passam uma única

reta. Provavelmente o aluno poderia optar em dizer que passam infinitas retas se

considera todas as retas que passam pelos pontos A, B, C e D não observando as

condições exigidas no comando da questão.

Então o professor a partir das discussões da atividade deve formalizar a

definição do postulado da determinação de uma reta. As imagens abaixo ilustram a

ideia abordada.

Page 39: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

38

Atividade 5

Titulo: Posição entre duas retas.

Objetivo: Verificar as relações entre as posições de duas retas

Material : Geogebra.

Desenvolvimento: Visualizar através de uma figura as relações entre os segmentos

de reta.

Page 40: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

39

Questões: Qual relação podemos estabelecer entre os segmentos?

a) Figura 1

b) Figura 2

d) Figura 4

e) Figura 5

c) Figura 3

f) Figura 6

Conclusão:

Atividade 6

Marque uma reta utilizando a ferramenta e utilizando a ferramenta ,

construa outras retas tomando a primeira reta construída como suporte. O que você

pode concluir em relação a esses construções?

Page 41: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

40

Atividade 7

Marque uma reta utilizando a ferramenta e utilizando a ferramenta ,

construa outras retas tomando a primeira reta construída como suporte. O que você

pode concluir em relação a esses construções?

Análise a priori: Na atividades 5 os alunos deveram fazer a relação dos segmentos

e retas listados, observando em alguns casos os segmentos e as retas se cruzam e

um único ponto e em outros casos os segmentos e as retas não possuem pontos em

comum. Nas atividades 6 e 7 os alunos devem usar os comandos apresentados e

fazer as construções e com base na atividade 5 observar as relações entre a reta

suporte e as outras construídas. Com as discussões entre os alunos e o professor

sobre as atividades, o professor deverá introduzir os conceitos de retas paralelas e

retas concorrentes, também mostrando o caso de retas concorrentes

perpendiculares e com o auxílio do geogebra o professor poderá construir junto com

alunos segmentos que passem pelas retas paralelas e mostrar que sempre que as

retas forem paralelas, quaisquer segmentos perpendiculares possuem a mesma

distância.

As imagens abaixo, respectivamente, ilustram as construções das atividades

6 e 7.

Page 42: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

41

Atividade 8

Titulo: Retas paralelas na construção de um plano

Objetivo: Verificar a determinação de um plano.

Material : Geogebra 3D.

Desenvolvimento: Visualizar e construir através de uma figura 3D um plano

Questões: a) Quantos planos você conseguiu construir a partir das retas paralelas?

b) Poderia construir mais?

c) Quantos mais?

Conclusão:

Análise a priori: Nesta atividade o aluno utilizará as ferramentas do geogebra 3D

,ponto , reta , reta paralela e plano . Primeiro o aluno

deverá marcar uma reta qualquer e um ponto externo a reta, em seguida utilizar a

ferramenta reta pararela e marcar a reta e o ponto marcados para a construção da

reta paralela a primeira, no final utilizar a ferramenta plano e marcar o plano que

passa pelas as duas retas paralelas. Com isso o aluno perceberá que é possivel

Page 43: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

42

apenas determinar um único plano que contém as duas retas. As imagens abaixo

ilustram a ideia abordada.

Atividade 9

Titulo: Retas concorrentes na construção de um plano

Objetivo: Verificar a existência de um plano.

Material : Geogebra 3D.

Desenvolvimento: Visualizar e construir através de uma figura 3D um plano.

Questões: a) Quantos planos você conseguiu construir a partir de duas retas

concorrentes?

Page 44: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

43

b) Poderia construir mais?

c) Quantos mais?

Conclusão:

Análise a priori: Na atividade 8 o aluno utilizará as ferramentas do geogebra 3D ,

reta e plano . O aluno deverá construir duas retas que sejam

concorrentes e depois utilizar a ferramenta plano e marcar o plano que passa pelas

retas concorrentes. No final da atividade de construção o aluno irá perceber que é

possivel apenas determinar um único plano que contem duas retas concorrentes. As

imagens abaixo ilustram a ideia abordada.

Page 45: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

44

Atividade 10

Titulo: Reta e um ponto externo na construção de um plano

Objetivo: Verificar a existência de um plano.

Material : Geogebra 3D.

Desenvolvimento: Visualizar e construir através de uma figura 3D um plano.

Questões: a) Quantos planos você conseguiu construir a partir da reta r e o ponto A?

b) Poderia construir mais?

c) Quantos mais?

Conclusão:

Análise a priori: Na atividade 9 o aluno utilizará as ferramentas do geogebra 3D ,

ponto , reta e plano . Primeiramente o aluno marcará uma reta

e um ponto externo a ela, em seguida marcará um plano que passe por essa reta e

esse ponto. Ao final pretende-se que o aluno perceba que é possivel apenas

construir uma reta que passe por uma reta e um ponto externo a ela. Nas atividades

7,8 e 9 o professor poderá formalizar o postulado da determinação de um plano.

Page 46: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

45

Atividade 11

Titulo: Pontos no plano

Objetivo: Descobrir a quantidade de pontos sobre um plano.

Material : Geogebra 3D.

Desenvolvimento: Construir o maior número possível de pontos sobre um plano.

Questões: a) Quantos pontos você construiu?

b) Poderia construir mais?

c) Quantos mais?

Conclusão:

Análise a priori: O aluno usará a ferramenta do geogebra 3D , ponto . Como

a própria janela 3D do geogebra apresenta um plano, o aluno deverá marcar os

pontos sobre esse plano. Possivelmente cada aluno irá marcar uma quantidade

diferente de pontos sobre o plano, então a partir da socialização da atividade o aluno

deverá perceber que sobre um plano existem infinitos pontos. Como pode ser

ilustrado na figura abaixo.

Page 47: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

46

Atividade 12

Titulo: Retas no plano

Objetivo: Descobrir a quantidade de retas que passam sobre um plano.

Material : Geogebra 3D.

Desenvolvimento: Construir o maior número possível de retas que passam sobre um

plano.

Questões: a) Quantas retas você construiu?

b) Poderia construir mais?

c) Quantos mais?

Conclusão:

Análise a priori: O aluno usará a ferramenta do geogebra 3D , reta . Como a

própria janela 3D do geogebra apresenta um plano, o aluno deverá marcar as retas

sobre esse plano. Possivelmente cada aluno irá marcar uma quantidade diferente de

retas sobre o plano, então a partir da socialização da atividade o aluno deverá

perceber que sobre um plano passam infinitas retas. Como pode ser ilustrado na

figura abaixo.

Page 48: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

47

Atividade 13

Titulo: Posição das retas nos planos

Objetivo: Relacionar retas em planos.

Material : Geogebra 3D.

Desenvolvimento: Observar a figura no geogebra 3D e relacionar as posições das

retas sobre os planos.

Questões: a) Qual a relação entre as retas CD e EF?

b) Qual a relação entre as retas CD e GH?

c) Qual a relação entre as retas EF e GH?

d) Qual a relação entre as retas CD, EF e GH em relação ao plano laranja?

e) Qual a relação entre as retas CD e IJ?

f) Qual a relação entre as retas EF e IJ?

g) Qual a relação entre as retas GH e IJ?

Conclusão:

Page 49: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

48

Atividade 14

Titulo: Posição relativa entre uma retas e um plano

Objetivo: Identificar as posições entre uma reta e um plano.

Material : Geogebra 3D.

Desenvolvimento: Observar a figura no geogebra 3D e observar as relações entre

retas e um plano.

a) Qual a relação entre a reta AB e o plano azul?

Page 50: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

49

b) Qual a relação entre a reta EF e o plano azul?

c) Qual a relação entre a reta h e o plano azul?

Conclusão:

Atividade 15

Titulo: Posição relativa entre dois planos

Objetivo: Identificar as posições entre dois planos.

Material : Geogebra 3D.

Page 51: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

50

Desenvolvimento: Observar a figura no geogebra 3D e observar as relações entre

dois planos.

a) Qual a relação entre os dois planos na figura 1?

b) Qual a relação entre os dois planos na figura 2?

c) Qual a relação entre os dois planos na figura 3?

Conclusão:

Page 52: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

51

Análise a priori: As atividades 12,13,14 o aluno com a ferramenta rotação

irá verificar as relações de posicionamento entre retas e planos, e depois com as

devidas discussões sobre as atividades o professor poderá formalizar o conceito de

retas coplanares, retas reversas, retas secantes, plano e reta paralelos , plano e reta

secantes, planos paralelos distintos, planos coincidentes e planos secantes.

Ao finalizar as atividades sugerimos que seja realizado um teste oral, para

estabelecer os postulados, propriedades e teoremas e minimizar os efeitos de

eventuais dificuldades conceituais.

Page 53: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

52

Questões Propostas

1. Quatro pontos distintos e não coplanares determinam exatamente:

a) 1 plano.

b) 2 planos.

c) 3 planos.

d) 4 planos.

e) 5 planos.

2. (UF – AL) Classifique V como verdadeira ou F como falsa cada uma das

afirmativas abaixo.

a) Duas retas que não têm pontos comuns sempre são paralelas ( ).

b) Duas retas distintas sempre determinam um plano ( ).

c) Uma reta pertence a infinitos planos distintos ( ).

d) Três pontos distintos não colineares sempre determinam um plano ( ).

e) Duas retas coplanares distintas são paralelas ou concorrentes ( ).

3. (Faap) O galpão da figura a seguir está no prumo e a cumeeira está "bem no

meio" da parede

Das retas assinaladas podemos afirmar que:

a) t e u são reversas.

b) s e u são reversas

c) t e u são concorrentes

d) s e r são concorrentes

e) t e u são paralelas.

4. Quando dois planos possuem apenas uma reta em comum, quer dizer que os

planos são:

a) Paralelos

Page 54: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

53

b) Coincidentes

c) Secantes

d) Coplanares

e) Perpendiculares

5. (UF – AL) Na cadeira representada na figura a seguir, o encosto é perpendicular

ao assento e este é paralelo ao chão.

Sendo assim:

a) Os planos EFN e FGJ são paralelos.

b) HG é um segmento de reta comum aos planos EFN e EFH.

c) Os planos HIJ e EGN são paralelos.

d) EF é um segmento de reta comum aos planos EFN e EHG.

6. (UNIPAMPA) Observe a pirâmide de base quadrada e verifique se as retas

indicadas em cada item são paralelas, concorrentes ou reversas.

a) AC e AD

b) AB e ED

c) BC e ED

d) EC e BD

e) BC e AE

Page 55: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

54

7. Considere as afirmações a seguir.

I. Duas retas distintas determinam um plano.

II. Se duas retas distintas são paralelas a um plano, então elas são paralelas entre

si.

III. Se dois planos são paralelos, então toda reta de um deles é paralela a alguma

reta do outro.

É correto afirmar que:

a) Apenas II é verdadeira

b) Apenas III é verdadeira

c) Apenas I e II são verdadeiras

d) Apenas I e III são verdadeiras

e) I, II e III são verdadeiras

8. (ENEM 2012) O globo da morte é uma atração muito usada em circos.

Ele consiste em uma espécie de jaula em forma de uma superfície esférica feita

de aço, onde motoqueiros andam com suas motos por dentro. A seguir, tem-se,

na Figura 1 , uma foto de um globo da morte e, na Figura 2, uma esfera que

ilustra um globo da morte. Na Figura 2, o ponto A está no plano do chão onde

está colocado o globo da morte e o segmento AB passa pelo centro da esfera e é

perpendicular ao plano do chão.Suponha que há um foco de luz direcionado

para o chão colocado no ponto B e que um motoqueiro faça um trajeto dentro

da esfera, percorrendo uma circunferência que passa pelos pontos A e B.

A imagem do trajeto feito pelo motoqueiro no plano do chão é melhor

representada por:

Page 56: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

55

a) b) c) d) e)

9. Qual das afirmações abaixo é VERDADEIRA?

a) Se duas retas distintas não são paralelas, elas são concorrentes.

b) Duas retas não coplanares são reversas.

c) Se a intersecção de duas retas é o conjunto vazio, elas são paralelas.

d) Se três retas são paralelas, existe um plano que as contém.

e) Se três retas distintas são duas a duas concorrentes, elas determinam um e um

só plano.

10. (UEL 2001) Considere uma reta s, contida em um plano α, e uma reta r e

perpendicular a s. Então, necessariamente:

a) r é perpendicular a α.

b) r e s são coplanares.

c) r é paralelo a α.

d) r está contida em α.

e) Todas as retas paralelas a r interceptam s.

Page 57: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

56

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O produto educacional apresentado foi validado através da dissertação de

Bechara (2019), com o objetivo de auxiliar o ensino e aprendizagem de

geometria de posição, com ênfase no ensino de reta e plano através do uso do

software geogebra.

A sequência didática com a utilização do geogebra como ferramenta

auxiliadora no ensino e aprendizagem, apresenta-se como uma proposta de método

diferenciado em que o aluno possa através da interação com as construções

geométricas feita pelo software, abstrair os conceitos e também venham

potencializar a percepção espacial dos entes geométricos.

Almejamos que os professores utilizem esse produto em suas aulas

introdutórias de geometria de maneira a incentivar os alunos a utilizar o computador

como ferramenta educacional e contribuir para potencializar a aprendizagem

significativa dos discentes.

Diante disso, o presente produto educacional pode ser utilizado não apenas

no ambiente escolar, pois sabemos que há escolas com recursos escassos, mas

também a qualquer usuário que tenha acesso a um o computador e através do

geogebra possa construir as figuras geométricas expostas.

Page 58: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, Carlos Henrique. O segredo é avaliar sempre. Nova Escola, São Paulo, Ano XXII, n.199, jan/fev. 2007. p.42-43. ARTIGUE, M. (1988): “Ingénierie Didactique”. Recherches en Didactique des Mathématiques. Grenoble: La Pensée Sauvage-Éditions, v. 9.3, 281-308. ARTIGUE, M. Engenharia Didática. In: BRUN, Jean. Didáctica das Matemáticas. Lisboa: Instituto Piaget. Horizontes Pedagógicos, 1996, p.193-217. BARBOSA, Eduardo F. Instrumentos de coleta de dados em pesquisas educacionais. Disponível em <http://www.inf.ufsc.br/~vera.carmo/Ensino_2013_2/Instrumento_Coleta_Dados_Pesquisas_Educacionais.pdf> . 2008. Acesso 25/01/2019. BECHARA, Adriano de Oliveira. Geometria espacial de posição: uma sequência didática utilizando o GeoGebra. Dissertação do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Matemática – Belém, Universidade do Estado do Pará, 2019. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental, Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997 BRASIL, Ministério Da Educação E Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática/ Secretária de Educação Fundamental. - Brasília: MEC / SEF. 1998. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Matemática. Brasília/DF: MEC/SEF, 2000.

BRASIL, Ministério Da Educação E Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática/ Secretária de Educação Fundamental. - Brasília: MEC / SEF. 2001. BOYER, Carl B. História da Matemática. 2. ed. Sào Paulo: Edgard Blücher, 1996. Tradução: Elza F. Gomide. COUTINHO, Cileda de Q. S.; ALMOULOUD, Saddo Ag. Engenharia Didática: características e seus usos em trabalhos apresentados no GT-19 / ANPEd. REVEMAT - Revista Eletrônica de Educação Matemática. V3.6, p.62-77, UFSC: 2008. DELFINO, Hudson Sathler. O conceito de infinito : uma abordagem para a Educação Básica / Hudson Sathler Delfino. – Viçosa, MG, 2015. vi, 70f. : il. ; 29 cm. DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. 8. ed. - São Paulo: Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO, 2003. DEMO, Pedro. TICs e educação, 2008. Disponível em: <http://pedrodemo.blogspot.com.br/2012/04/tics-e-educacao.html>. Acesso : 25/01/2019.

Page 59: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

58

DOLCE, Osvando. Fundamentos de matemática elementar 10: geometria espacial, posição e métrica: exercícios resolvidos, exercícios propostos com resposta, testes de vestibular com respostas/ Ovaldo Dolce, José Nicolau Pompeo. 5. ed. São Paulo: Atual, 1993. DOLZ , J. e SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita. Elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (francófona). In Gêneros Orais e escritos na escola. Campinas (SP): Mercado de Letras. 2004. DUVAL, Raymond. Approche cognitive des problèmes de geométrie en termes de congruence. Annales de didactique et de sciences cognitives, v 1, p. 57-74. 1988. FERREIRA, Fernanda Aparecida. Demonstrações em geometria euclidiana: uma sequência didática como recurso metodológico para seu ensino / Fernanda Aparecida Ferreira, Dimas Felipe de Miranda. - Belo Horizonte: FUMARC/PUC-MG, 2008. 67 p. : il. FERREIRA, R. C. Ensinando Matemática com o Geogebra. Enciclopédia Biosfera, Goiânia: < http://www.conhecer.org.br/enciclop/2010bb.htm> vol.6, N.10, 2010. Acesso em 15/01/2019. FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila. GIARDINETTO, J. R. B. Matemática Escolar e Matemática da vida cotidiana. Campinas: Autores Associados, 1999. GOMES, Rafael Oliveira de. Geometria Espacial de Posição: Do Concreto ao Raciocínio Dedutivo com uma Passagem pela Tecnologia / Rafael Gomes de Oliveira. - 2016. 143 p. ; 30cm. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Naturais e Exatas, Programa de Pós-Graduação Profissional em Matemática em Rede Nacional, RS, 2016.

GOVÊA, F.. Aprendendo e ensinando geometria com demonstração: uma contribuição para a prática pedagógica do professor de matemática do ensino fundamental. Dissertação de Mestrado, PUC-SP, 1998. IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. 7. Ed. São Paulo: Cortez, 2010

KNÜPPE, Luciane. Motivação e desmotivação: desafio para as professoras do Ensino Fundamental. Educ. rev. no.27 Curitiba Jan./June 2006

LORENZATO, Sérgio. Porque não ensinar geometria? In: Educação Matemática em Revista. SBEM, ano III, 1995. MELLO, Elizabeth Gervazoni Silva de. Uma Sequência Didática para a Introdução de seu Aprendizado no Ensino da Geométrica. Dissertação (Mestrado), PUC-SP, 1999.

Page 60: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

59

MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. MOURA, M. O. A atividade de ensino como ação formadora. In: CASTRO, A. D.; CARVALHO, A. M. P. (Org.). Ensinar a ensinar: didática para a escola fundamental e média. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. 2002. NEVES, Miranilde Oliveira. A importância da investigação qualitativa no processo de formação continuada de professores: subsídios ao exercício da docência. Revista Fundamentos, V.2, n.1. Revista do Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Federal do Piauí. ISSN 2317-2754. 2015. NUNES, T.; CARRAHER, D.; A. SCHLEIMANN, A. Na vida dez, na escola zero. 16. ed. São Paulo: Cortez, 2011. NÚÑEZ, I. B. Vygotsky, Leontiev e Galperin: formação de conceitos e princípios didáticos. Brasília: Liber Livro, 2009. PACHECO, José Adson D.; BARROS, Janaina V. O Uso de Softwares Educativos no Ensino de Matemática. 2013. PAIS, LUIZ Carlos. Didática da Matemática: uma análise da influência francesa. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. PEREIRA, T. L. M. O Uso do Software Geogebra em uma Escola Pública: interações entre alunos e professores em atividades e tarefas de geometria para o ensino fundamental e médio. Dissertação de Mestrado: Juíz de Fora. 2012. QUINQUER, D. Modelo e enfoques sobre a avaliação: o modelo comunicativo. In: BALLESTAR, M. et al. Avaliação como apoio à aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2003. p. 15-22 RANCAN, Graziele. Origami E Tecnologia: Investigando Possibilidades Para Ensinar Geometria No Ensino Fundamental. Dissertação (Mestrado em Ciências e Matemática) – Faculdade de Física – PUCRS, Porto Alegre, RS. 2011.

REIS, Leonardo Rodrigues dos. Rejeição à matemática: causas e formas de intervenção, 2005. Disponível em: <http://repositorio.ucb.br/jspui/handle/10869/1737>. Acesso : 25/01/2019.

SÁ, Pedro Franco de. Atividades para o ensino de matemática no nível fundamental/ Pedro Franco de Sá - Belém: EDUEPA, 2009. SANCHEZ, Jesús Nicasio Garcia. Dificuldades de Aprendizagem e Intervenção Psicopedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2004.

SANTA HELENA, Rainer Fischer. Uma proposta para o ensino de geometria na educação de jovens e adultos com o uso de mídias digitais. Trabalhos de

Page 61: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

60

Conclusão de Curso de Especialização, Universidade Federal do Rio grande do Sul. 2015.

SOUZA, Filho, J. B. de; BRITO, K. L. V. de. O aprendizado da geometria contextualizada no ensino médio. Monografia (Especialização em Educação Matemática). Instituto de Ensino Superior de Goiás. Formosa, 2006. 86 p.

SOUZA, Gabriel Moreno Ferreira de. Uso do Gegeobra 3D no ensino de Geometria Espacial / Gabriel Moreno Ferreira de Souza - 2017. 52 f. il. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Juiz de Fora, Instituto de Ciências Exatas. PROFMAT (Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional). 2017. TIBA, Içami. Disciplina: Limite na medida certa. São Paulo: Gente, 1996. TORNAGUI, A. J,C. Tecnologias na Educação: ensinado e aprendendo com as TIC. -2 Ed. - Brasília: Secretaria de Educação a Distância, 2010. VALENTE, J. A. (Org.). Computadores e conhecimento: repensando a Educação. Campinas: Unicamp/NIED, 1993. 418 p. VALENTE, J. A. O computador na sociedade do conhecimento. Campinas: Unicamp/NIED, 1999. 156 p. VALENTE, J.A . As tecnologias digitais e os diferentes letramentos. Revista Pátio. Porto Alegre, RS, v.11, n.44, 2008. VIEIRA, Luana Ramalho. O uso do GeoGebra no Ensino de Matemática. Universidade Federal de Mato Grosso– UFMT. IV Encontro Goiano de Educação Matemática. 2013. VOGT, Alessandra; SOARES, Silviane Lawall. O Papel da Tecnologia da Informação e Comunicação na Educação: Um Olhar Docente. 2016. Disponível em < https://eventos.uceff.edu.br/eventosfai_dados/artigos/semic2016/432.pdf >. Acesso: 15/01/2019. VOSGERAU, Dilmeire Sant’Anna Ramos; ROMANOWSKI, Joana Paulin. Estudos de revisão: implicações conceituais e metodológicas. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 14, n. 41, p. 165-189, jan./abr. 2014 ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Page 62: Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais ... Be… · espacial de posição, onde cada referência verificada utilizada, auxiliou no desenvolvimento da pesquisa

61

Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Sociais e Educação

Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Matemática Travessa Djalma Dutra, s/n – Telégrafo

66113-200 Belém-PA www.uepa.br/pmpem