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Aula 11 – Técnicas de estabilização de encostas - Introdução
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS DE SINOP
FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
GEOTECNIA III
Eng. Civil Augusto Romanini (FACET – Sinop)
Sinop - MT
2017/1
Fluxo no solo
AULAS
06/06/2017 2
Aula 01 – Fluxo no solo
Aula 02 – Redes de Fluxo confinado Aula 03 – Redes de Fluxo não confinado
Aula 04 – Erosão interna e Ruptura Hidráulica
Aula 06 – Barragens
Aula 07 – Elementos de Projeto Aula 08 – Instrumentação de barragens e análises
Aula 09 – Aspectos construtivos
Aula 11 – Técnicas de estabilização de encostas
Aula 12 – Estruturas de contenções Aula 13 – Escoramento Provisório
Aula 05 –
Aula 14 – Cortinas de Contenção Aula 15 – Cortinas Atirantadas
Aula 00 – Apresentação / Introdução
Parte III – Taludes e Estruturas de contenção
Parte II – Barragens de Terra
Parte I – Fluxo no solo
Aula 10 – Pequena Barragem de terra – “Pré Projeto”
06/06/2017 Técnicas de estabilização de encostas 3
CONCEITOS BÁSICOS
ENCOSTAS NATURAIS
CARACTERIZAÇÃO DE ESCORREGAMENTOS
MÉTODOS DE ESTABILIDADE
ESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
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Solos:
– Materiais que resultam do intemperismo das rochas, por desintegração mecânica ou decomposição química. (CAPUTO,
1988)
a) Solos Residuais – são os que permanecem no local da rocha de
origem, observando-se uma gradual transição do solo até a rocha.
b) Solos Sedimentares – são os que sofrem a ação de agentes transportadores, podendo ser aluvionares (transportados pela
água), eólicos (pelo vento), coluvionares (pela ação da gravidade)
c) Solos de Formação Orgânica – são os de origem essencialmente orgânica, seja de natureza vegetal (plantas, raízes), seja
animal (conchas).
CONCEITOS BÁSICOS
Rocha:
– materiais naturais consolidados, duros e compactos, da crosta terrestre ou litosfera.
a) Rochas Magmáticas – são as resultantes do resfriamento e consolidação de material fundido ou “magma”. Se
formadas a grandes profundidades são chamadas de intrusivas, e de extrusivas quando se formam na superfície
através do resfriamento de “lava”
b) Rochas Sedimentares – formadas pela deposição de detritos oriundos da desagregação de rochas preexistentes.
c) Rochas Metamórficas – provêm da transformação ou metamorfismo das rochas magmáticas ou sedimentares.
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Taludes:
Definição (1): Compreende-se quaisquer superfícies inclinadas que limitam um maciço de terra, de rocha ou de terra e rocha.
Podem ser naturais, casos das encostas, ou artificiais, como os taludes de cortes e aterros.
Definição (2) : Talude é a denominação que se dá a qualquer superfície inclinada de um maciço de solo ou rocha. Ele pode ser
natural, também denominado encosta, ou construído pelo homem, como, por exemplo, os aterros e cortes – (Gerscovivh,2012).
CONCEITOS BÁSICOS
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CONCEITOS BÁSICOS
TALUDE
NATURAIS ARTIFICIAIS
• Materiais – muita
variabilidade e heterogêneo,
sendo necessário várias
amostras
• Fluxo de água é de difícil
determinação, precisando
ser instrumentado
• Geometria de difícil
determinação
• Materiais – em alguns
casos, homogêneo
• Fluxo, geralmente, pode
ser determinado
• Geometria predefinida.
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CONCEITOS BÁSICOS
Quanto ao material:
Rochosos
Solos
Quanto a origem:
Naturais
Artificiais
Encostas naturais
As encostas naturais são os
taludes que estão em
condição natural, ou seja, não
sofreram nenhum tipo de
intervenção humana. Estes
elementos estão sujeitos a
situações de escorregamentos
naturais ou ocasionados pela
ação antrópica.
ENCOSTAS
A causa dos escorregamentos naturais está
relacionada devido a tendência da natureza
ao processo de peneplanização, este
comportamento significa que o solo das
encostas tendem a descer até que atinjam o
nível da base
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ENCOSTAS NATURAIS
Os taludes naturais podem ser construídos por solo residual e/ou solo
coluvionar, além de rocha. Lembre – se das característica do solo e o que
lhe deu origem. Quanto ao formato os taludes podem aproveitar forma de
face plana ou face curva, que geram caminhos preferência de fluxo.
Gers
coviv
h,2
012
As encostas naturais estão sempre sujeitas a problemas de instabilidade,
por que as forças gravitacionais contribuem naturalmente para deflagrar o
movimento, tanto que é comum observar encostas que se mantiveram
estáveis por muitos anos sofrerem processos de movimentação. Esta
movimentação esta atrelada a situação em que se igualam as tensões
da massa com a resistência de cisalhamento do solo.
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ENCOSTAS NATURAIS Tipos de movimento
A instabilidade das encostas é consequência da própria dinâmica de evolução das encostas ( Tendência natural a
planificação). Com o avanço dos processos físico-químicos de alteração de rochas ( intemperismo), o material torna – se
menos resistente e com influencia da topografia, geram – se condições de rupturas. Essas rupturas são denominados de
movimentos de massa.
O movimento de massa é descrito como qualquer deslocamento de um determinado volume do solo. Em geral, os autores
descrevem o movimento de massa com processos associados a problemas de instabilidade de encostas. Isto resultou em
diversas classificações , sendo a de Varnes,1978 a mais utilizada internacionalmente.”.
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ENCOSTAS NATURAIS Tipos de movimento
No entanto a maioria das classificações tem caráter regional, em decorrências das características climáticas e geológica. No
Brasil, a proposta de Augusto Filho,1992 é apresenta um “síntese” da classificação brasileira e denominações “mais
utilizada
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ENCOSTAS NATURAIS Tipos de movimento
No entanto a maioria das classificações tem caráter regional, em decorrências das características climáticas e geológica. No
Brasil, a proposta de Augusto Filho,1992 é apresenta um “síntese” da classificação brasileira e denominações “mais
utilizada.
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ENCOSTAS NATURAIS Agentes Causadores
Alteração da geometria: alteração do estado de tensões redução da tensão horizontal
Alteração da Geometria
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ENCOSTAS NATURAIS Agentes Causadores
Mudança no estado de tensão
Aumento de poro-pressão
''' tan)u('ctan'c
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ENCOSTAS NATURAIS Agentes Causadores Outros
Sobrecarga
erosão interna (piping)
Erosão Interna
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Rastejo
O rastejo também pode ser chamado de creep e é caracterizado por um movimento lento das camadas superficiais do solo
que se acelera em períodos chuvosos e se estabiliza em épocas de seca. Normalmente não causam problemas ou
desastres , mas podem geram empuxos em estruturas, como pilares de pontes e viadutos. Nestes casos faz –se estrutura
de proteção para garantir que estas ações não previstas no projeto, não ocorram.
O movimento pode ser detectado pela inclinação de postes ou árvores na direção do talude. O rastejo pode evoluir para um
escorregamento verdadeiro , portanto deve –se monitorar os movimentos anormais.
CARACTERIZAÇÃO DE ESCORREGAMENTOS
O monitoramento do rastejo
pode ser realizado através da
instalação de marcos
superficiais ou inclinômetros ou
acompanhamento da abertura
de uma trinca.
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Escorregamento VerdadeiroCARACTERIZAÇÃO DE ESCORREGAMENTOS
O escorregamento verdadeiro é o deslizamento de volume de solo ( ou rocha) ao longo de uma superfície de ruptura bem
definida que pode ser planar ou circular, ou em cunha.
Este tipo de movimento é o único que pode ser estudado, de maneira rigorosa, a partir da análise de estabilidade utilizando
os métodos de equilíbrio limite: Bishop, Fellenius ou Método das cunhas
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Escorregamento VerdadeiroCARACTERIZAÇÃO DE ESCORREGAMENTOS
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Escorregamento VerdadeiroCARACTERIZAÇÃO DE ESCORREGAMENTOS
São causas principais dos escorregamentos verdadeiros:
• Alteração na geometria do talude, tais como deslocamentos de pé, escavações, cortes ou retaludamento.
• Colocação de sobrecarga no topo da encosta.
• Infiltração da água da chuva, que diminui a resistência efetiva do solo devido aumento da poropressão.
• Desmatamento dos taludes, causando aumento de escoamento superficial e efeito das raízes.
• Rebaixamento do nível da água.
• Erosão interna
• Plantar vegetação desfavorável. ( Bananeiras)
A NBR 11682/2008 apresenta os termos utilizado para descrever um escorregamento.
Gers
coviv
h,2
012
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Também conhecidas como fluxo de detritos, Debris Flows, ou simplesmente “corridas”. São fenômenos classificados como
desastres naturais pelo seu alto poder de destruição. Desenvolvem –se em períodos muito curto de tempo, tem elevadas
velocidade de 5 a 20 cm/s e alta capacidade de erosão e grandes pressões de impacto.
São caracterizados pelo transporte de detritos por grande distâncias, mesmo que a declividade seja baixa. Ocorrem
normalmente após grandes períodos chuvosos e se originam a partir de um escorregamento de uma massa de solo e rocha
formando um canal com água ( semelhante a um rio), este canal vai sendo ampliado e o teor de sólido aumenta com a
evolução da avalanche.
Avalanche de detritos.CARACTERIZAÇÃO DE ESCORREGAMENTOS
Início
20% de detritos
2º Estágio
50% de detritos
3º Estágio
80% de detritos
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Avalanche de detritos.CARACTERIZAÇÃO DE ESCORREGAMENTOS
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Avalanche de detritos.CARACTERIZAÇÃO DE ESCORREGAMENTOS
Corrida de detritos, Rio Vieira - RJ
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Avalanche de detritos.CARACTERIZAÇÃO DE ESCORREGAMENTOS
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Avalanche de detritos.CARACTERIZAÇÃO DE ESCORREGAMENTOS
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O Tálus é como denomina –se o solo transportado por meio de ação gravitacional e que se concentra no pé de um talude, é
composto de solo e bloco de rocha.
Esse solo, quando saturado escoa como se fosse um fluido viscoso, sem a existência de uma linha de ruptura definida, esse
movimento é associado a altura do talude ( ação gravitacional) e a pressão neutra.
Deslizamento de tálus e ErosãoCARACTERIZAÇÃO DE ESCORREGAMENTOS
Em decorrência das ações antrópicas os processos erosivos
tem sido deflagrados , causando alterações nos taludes
naturais e movimentando as camadas mais superficiais. No
entanto ressalta – se que o processo erosivo pode ocorrer de
maneira natural .
O processo erosivo é classificado de duas formas:
I. Voçoroca – Processo erosivo em que a água proveniente
do processo erosivo é subterrânea.
II. Ravina - Processo erosivo em que á agua atua como
agente de maneira superficial.
Nas duas situações existem fatores internos e externos
que desenvolvem o processo erosivo.
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É a queda livre de um bloco de rocha em razão da erosão e solapamento do
apoio da base, pode ser associado ação antrópica.
Deslocamento de blocoCARACTERIZAÇÃO DE ESCORREGAMENTOS
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Os métodos de cálculo expeditos para a estabilidade de taludes naturais são aplicados somente para escorregamentos
verdadeiros , onde se tem uma superfície de ruptura bem definida. São utilizadas o método de talude infinito e o método de
Culmann – Superfícies planares.
MÉTODOS DE ESTABILIDADE
O método de talude infinito aplica – se a taludes naturais com extensão grande em relação a espessura do solo. A superfície
de ruptura ( plana) normalmente é o contato do solo com a rocha ou solo de alteração e paralela ao terreno.
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a) Solo não coesivo e não saturado
𝐹𝑆 =𝑆
𝑇=𝑁 ∙ 𝑡𝑔𝜑 + 𝑐
𝑃 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=𝑁 ∙ 𝑡𝑔𝜑 + 0
𝑃 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=𝑃 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝑖 ∙ 𝑡𝑔𝜑 + 0
𝑃 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=𝒕𝒈𝝋
𝒕𝒈𝒊
MÉTODOS DE ESTABILIDADE
c) Solo coesivo e não saturado
𝐹𝑆 =𝑆
𝑇=𝑁 ∙ 𝑡𝑔𝜑 + 𝑐 ∙ 𝑙
𝑃 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=𝑁 ∙ 𝑡𝑔𝜑
𝑃 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖+
𝑐 ∙ 𝑙
𝑃 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=𝑡𝑔𝜑
𝑡𝑔𝑖+
𝑐 ∙ 𝑙
𝑃 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=𝑡𝑔𝜑
𝑡𝑔𝑖+
𝑐 ∙ 𝑙
𝑙 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝑖 ∙ ℎ ∙ 𝛾 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=𝒕𝒈𝝋
𝒕𝒈𝒊+
𝒄
𝒄𝒐𝒔𝒊 ∙ 𝒉 ∙ 𝜸 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝒊
b) Solo não coesivo e saturado
𝐹𝑆 =𝑁′ ∙ 𝑡𝑔𝜑
𝑃 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=(𝛾𝑠𝑎𝑡 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝑖 − 𝛾𝑤 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝑖) ∙ 𝑡𝑔𝜑
𝛾𝑠𝑎𝑡 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=𝜸𝒔𝒖𝒃 ∙ 𝒕𝒈𝝋
𝜸𝒔𝒂𝒕 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝒊
d) Solo coesivo e saturado
𝐹𝑆 =𝑁′ ∙ 𝑡𝑔𝜑 + 𝑐 ∙ 𝑙
𝑃 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=
𝛾𝑠𝑎𝑡 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝑖 − 𝛾𝑤 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝑖 ∙ 𝑡𝑔𝜑 + 𝑐 ∙ 𝑙
𝛾𝑠𝑎𝑡 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=𝜸𝒔𝒖𝒃 ∙ 𝒉 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝒊
𝟐 ∙ 𝒕𝒈𝝋+ 𝒄
𝜸𝒔𝒂𝒕 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝒊 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝒊 ∙ 𝒉
Talude Infinito
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MÉTODOS DE ESTABILIDADE Superfícies Planares
𝑭𝑺 =𝑾+𝑸 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝜷− 𝑼 − 𝑽 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝝍) ∙ 𝒕𝒈𝝋′ + 𝒄 ∙ 𝑨𝑩
𝑾+𝑸 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝜷 + 𝑽 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝝍
Sem tirante
𝑭𝑺 =𝑾+𝑸 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝜷 + 𝑻 ∙ 𝒔𝒆𝒏(𝜷 + 𝜽) − 𝑼 − 𝑽 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝝍) ∙ 𝒕𝒈𝝋′ + 𝒄 ∙ 𝑨𝑩
𝑾+𝑸 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝜷 + 𝑽 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝝍− 𝑻 ∙ 𝒄𝒐𝒔(𝜷 + 𝜽)
Com tirante
𝑭𝑺 =𝑹 ∙ 𝒕𝒈𝜽
𝑷 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝜶
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ESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
Como estabilizar?
Diagnóstico
Solução
Monitoramento
Estudos geológicos
- geotécnicos
Classificação do
movimento
Investigações
Análise da
Estabilidade da Rocha
Análise Estabilidade
do Solo
Tipo de SoluçãoEstabilização de
taludes em rocha
Retaludamento
Drenagem e
proteção superficial
Cortinas Ancoradas
Solo grampeado
Muros
Reforço com
geossintéticos
Instrumentação
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ESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
Estabilização de
taludes em rocha
Caracterizar o
problema
Decisão de projeto
Eliminação
Estabilização
Convivência
Desmonte e Fragmentação
Realocação da estrutura
Ancoragem e chumbadores
Implantação de banquetas
Preenchimento de fissuras
Proteção superficial
Drenagem
Banquetas de redução de energia
Barreiras e muros de impacto
Tela metálica
Trincheira para coleta de blocos
Com contrafortes
Com grelhas
Concreto Projetado
Barreiras flexíveis
Muros rígidos
Estabilização de
taludes em rocha
Caracterizar o
problema
Decisão de projeto
Eliminação
Estabilização
Convivência
Desmonte e Fragmentação
Realocação da estrutura
Ancoragem e chumbadores
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Estabilizar uma encosta significa:
Prevenir, ou seja aumentar o fator de segurança contra possíveis movimentos.
Corrigir, ou seja frear o movimento e monitorar os movimentos para evitar o deslizamento.
ESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
Estabilização de
taludes em solo
CortesAterro
Retaludamento
Solo Grampeado
Cortinas Atirantadas
Muros
Reforço com geossintético
Suavização
Bermas ou Banquetas
Drenagem e
proteção superficial
Estabilização de
taludes em rochaAula 15
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Drenagem superficial
O objetivo da drenagem é diminuir a infiltração de águas pluviais, captando as e escoando – as por
canaletas dispostas longitudinalmente, na crista do talude e em bermas, e , transversalmente, ao longo
de linhas de maior declividade do talude. Para declividades grandes, pode ser necessário recorrer a
escadas de água, para minimizar a energia de escoamento das águas.
Esta solução é de baixo custo e a mão de obra utilizada não precisa ser especializada.
ESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
canaletasTalus
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A ideia principal da drenagem profunda é abaixar o nível do lençol freático e reduzir as pressões neutras que atuam sobre o
talude , e assim aumentar a resistência e estabilidade do talude. Os mais utilizados são os DHP , Drenos horizontais
profundos.
Drenagem profundaESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
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Proteção SuperficialESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
Os sistemas de proteção de taludes têm como função reduzir a infiltração e a erosão decorrentes da precipitação de chuva
sobre o talude. Em geral os projetos de estabilização combinam aspectos do sistema de drenagem ( superficial ou profundo)
com a proteção superficial. Não existe regra para concepção de projetos de proteção superficial.
concreto projetado ou
geomembrana
• Evita ou minimiza erosão superficial
• Evita infiltração
• Aumenta a resistência da superfície do talude (raízes).
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Proteção SuperficialESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
Grama Concreto projetado
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Proteção SuperficialESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
Geocélula
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Proteção SuperficialESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
BioManta
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Fonte: www.proventionconsortium.org
Proteção SuperficialESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
Leitura recomendada: Análise da Utilização do Vetiver no Reforço de Solos e Estabilização de Taludes
06/06/2017 Técnicas de estabilização de encostas 43
Fonte: www.proventionconsortium.org
Proteção SuperficialESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
Leitura recomendada: Análise da Utilização do Vetiver no Reforço de Solos e Estabilização de Taludes
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Retaludamento – Definição : Intervenções para estabilização de taludes, através da mudança de sua
geometria, particularmente através de cortes nas partes mais elevadas, visando regularizar a superfície e,
sempre que possível, recompor artificialmente condições topográficas de maior estabilidade para os materiais
que as compõem.
Fonte: www.proventionconsortium.org
RetaludamentoESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
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Os retaludamentos consistem em alterar a geometria do talude, quando houver espaço disponível,
fazendo – se um jogo de pesos, de forma a alivia-los junto a crista e acrescenta – los junto ao pé do
talude.
Assim, uma escavação ou corte feito junto a crista do talude diminui uma parcela do momento atuante;
analogamente, a colocação de um contrapeso junto ao pé do talude tem um efeito contrário,
estabilizador. A técnica possibilita aumentar a estabilidade sem remover e substituir o material que
constitui o talude.
RetaludamentoESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
corte corte
berma
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Taludes RochososESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
06/06/2017 Técnicas de estabilização de encostas 48
Taludes RochososESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
Eliminação Desmonte e Fragmentação
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Taludes RochososESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
Ancoragem e chumbadoresEstabilização
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Taludes RochososESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
Ancoragem e chumbadoresEstabilização
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Taludes RochososESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
Convivência Tela metálica
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MECÂNISMOS QUE LEVAM A RUPTURA
São aqueles que levam a um aumento dos esforços atuantes ou a uma diminuição da resistência do material que compõe o
talude ou do maciço como um todo.
O material que compõe um talude tem a tendência natural de escorregar sob a influência da força da gravidade, entre outras
que são suportadas pela resistência ao cisalhamento do próprio material.
Causas externas:
i. Mudança da geometria do talude (inclinação e/ou altura), devido a cortes ou aterros, no talude ou em terrenos
adjacentes;
ii. Aumento da carga atuante ;
iii. Atividades sísmicas, e outras...
Causas internas:
Variação do nível de água (N.A.), que pode gerar:
I. Aumento do peso específico do material;
II. Aumento da poro-pressão diminuição da pressão efetiva;
III. A saturação em areias faz desaparecer a coesão fictícia;
IV. Rebaixamento rápido do NA;
V. Diminuição da resistência do solo.
ESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
06/06/2017 Técnicas de estabilização de encostas 53
Cada vez mais, o estudo dos processos de estabilização de taludes e suas formas de contenção tornam-se necessários,
devido a desastrosas consequências que os escorregamentos acarretam. Pode-se dizer que a ocorrência dos mesmos deve
aumentar, devido principalmente a:
i. Aumento da urbanização e do desenvolvimento de áreas sujeitas a escorregamentos;
ii. Desflorestamento contínuo destas áreas;
iii. Aumento das taxas de precipitação causadas pelas mudanças de clima.
MECÂNISMOS QUE LEVAM A RUPTURAESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
06/06/2017 Técnicas de estabilização de encostas 54
É obvio que os escorregamentos geram custos, que podem ser classificados como diretos e indiretos. Os custos diretos
correspondem ao reparo de danos, relocação de estruturas e manutenção de obras e instalações de contenção.
Pode-se dizer que os custos indiretos são ainda maiores, podendo ser citados:
a) Perda de produtividade industrial, agrícola e florestal, bem como potencial turístico devido aos danos locais e interrupção de
sistemas de transporte;
b) Perda de valor de propriedades, bem como de impostos referenciados por ele;
c) Perda de vidas humanas, invalidez física ou trauma psicológico em moradores
de locais afetados por escorregamentos.
CONSEQUÊNCIAS DE UM ESCORREGAMENTOESTABILIZAÇÃO DE ENCOSTAS NATURAIS
06/06/2017 Técnicas de estabilização de encostas 55
Exemplo 01
Para o trecho do talude apresentado, defina a posição da linha de ruptura, para se obter o fator de segurança igual a
1,00. A situação de analise deve ser a saturada. O talude tem uma superfície extensa e em contato com um superfície
rochosa. Se a distância do topo do talude até a rocha fosse de 10,00 metros. A situação está segura?
i=15º
𝛾𝑠𝑎𝑡 = 21,00 𝑘𝑁/𝑚³
𝛾𝑛𝑎𝑡 = 18,50 𝑘𝑁/𝑚³
𝑆 = 𝜎 ∙ 𝑡𝑔20º + 15
𝐹𝑆 =𝑁′ ∙ 𝑡𝑔𝜑 + 𝑐 ∙ 𝑙
𝑃 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=
𝛾𝑠𝑎𝑡 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝑖 − 𝛾𝑤 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝑖 ∙ 𝑡𝑔𝜑 + 𝑐 ∙ 𝑙
𝛾𝑠𝑎𝑡 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=𝜸𝒔𝒖𝒃 ∙ 𝒉 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝒊
𝟐 ∙ 𝒕𝒈𝝋+ 𝒄
𝜸𝒔𝒂𝒕 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝒊 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝒊 ∙ 𝒉
06/06/2017 Técnicas de estabilização de encostas 56
Exemplo 02
Para a encosta natural deseja – se saber o fator de segurança. O solo encontra – se saturado, devido a precipitação. O
que indica esse fator?
𝛾𝑠𝑎𝑡 = 19,00 𝑘𝑁/𝑚³
𝛾𝑛𝑎𝑡 = 17,50 𝑘𝑁/𝑚³
𝑆 = 𝜎 ∙ 𝑡𝑔21º + 12
𝐹𝑆 =𝑁′ ∙ 𝑡𝑔𝜑 + 𝑐 ∙ 𝑙
𝑃 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=
𝛾𝑠𝑎𝑡 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝑖 − 𝛾𝑤 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝑖 ∙ 𝑡𝑔𝜑 + 𝑐 ∙ 𝑙
𝛾𝑠𝑎𝑡 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=𝜸𝒔𝒖𝒃 ∙ 𝒉 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝒊
𝟐 ∙ 𝒕𝒈𝝋+ 𝒄
𝜸𝒔𝒂𝒕 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝒊 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝒊 ∙ 𝒉
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Exemplo 03
Para o talude infinito em estado de
percolação constante, mostrado na
figura ao lado. Determine:
a) O fator de segurança contra
deslizamento na interface solo-
rocha.
b) A altura, H, que fornecerá um
fator de segurança de 2 contra
deslizamento ao longo da
interface solo-rocha. O que isto
significa?
𝐹𝑆 =𝑁′ ∙ 𝑡𝑔𝜑 + 𝑐 ∙ 𝑙
𝑃 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=
𝛾𝑠𝑎𝑡 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝑖 − 𝛾𝑤 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑐𝑜𝑠𝑖 ∙ 𝑡𝑔𝜑 + 𝑐 ∙ 𝑙
𝛾𝑠𝑎𝑡 ∙ ℎ ∙ 𝑏 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑖=𝜸𝒔𝒖𝒃 ∙ 𝒉 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝒊
𝟐 ∙ 𝒕𝒈𝝋+ 𝒄
𝜸𝒔𝒂𝒕 ∙ 𝒔𝒆𝒏𝒊 ∙ 𝒄𝒐𝒔𝒊 ∙ 𝒉
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REFERÊNCIAS
HACHICH, W. ET AL (ED.). FUNDAÇÕES, TEORIA E PRÁTICA. SÃO PAULO: PINI, 751P, 1998.
MASSAD, F. Escavações a céu aberto em solos tropicais. São Paulo, SP. Oficina de textos, 96p,2005.
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