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UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO As Tecnologias na Sala de Aula - Dinâmicas e Percepções da Integração das TIC no Ensino Básico - VOLUME II (ANEXOS) Sandra Joana Rita Fradão MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO Área de Especialização em Tecnologias Educativas Outubro de 2006

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UNIVERSIDADE DE LISBOA

FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

As Tecnologias na Sala de Aula - Dinâmicas e Percepções da Integração das TIC no Ensino Básico -

VOLUME II (ANEXOS)

Sandra Joana Rita Fradão

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

Área de Especialização em Tecnologias Educativas

Outubro de 2006

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UNIVERSIDADE DE LISBOA

FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

\ J c A -

ii

S ~ Q £ / . r í: Fecuioade de Psiccioaia e Ciências da educacão Universidade de ü s ü o s

BIBLIOTECA

As Tecnologias na Sala de Aula Dinâmicas e Percepções da Integração das TIC no Ensino Básico -

VOLUME II (ANEXOS)

Sandra Joana Rita Fradão

Orientadora: Professora Doutora Maria Helena Peralta

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

Área de Especialização em Tecnologias Educativas

Outubro de 2006

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ÍNDICECE

ANEXO A

P l a n t a d a s a l a d e in f o r m á t ic a ................................................................................................................................................ 1

ANEXO B

P l a n t a d a s a l a d e a u l a .................................................................................................................................................................. 2

ANEXOC

P r o j e c t o C u r r ic u l a r d e T u r m a d a d is c ip l in a o b s e r v a d a ..................................................................................... 3

ANEXO D

GuiAo d a e n t r e v is t a à p r o f e s s o r a .........................................................................................................................................4

ANEXO E

P r o t o c o l o d a e n t r e v is t a à p r o f e s s o r a .............................................................................................................................. 7

ANEXOF

M a t r iz d e a n á l is e d a e n t r e v is t a à p r o f e s s o r a ...........................................................................................................3 0

ANEXO G

GUIÂO DA ENTREVISTA AOS ALUNOS.......................................................................................................................................... 4 4

ANEXO H

PROTOCOLO DA ENTREVISTA AOS ALUNOS................................................................................................................................4 7

ANEXO I

M a t r iz d e a n á l is e d a e n t r e v is t a a o s a l u n o s ...............................................................................................................71

ANEXOJ

Pr o t o c o l o s d a s o b s e r v a ç õ e s ...................................................................................................................................................77

ANEXOL

M a t r iz e s d e a n á l is e d a s o b s e r v a ç õ e s ............................................................................................................................ 116

iii

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ANEXO A

Planta da sala de informática

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2

A N E X O B

Planta da sala de aula

O i i A n R o P r o

M esa

P r o f .

F il a 4

9M<£

O bservador

O i i A n R n H t

F ila 3 F ila 2

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Mesas / Ba lc ã o

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Projerto Curricular k Turn* Conferiuâfização do desenvohimento do currículo nadonol

Car&cfeszacãodaTuma Dificuldade j de A pnn& a$m Prioridades da Intervenção Aras de fotenençào

Ü1 S

i t¥&

Turma heterogénea com dois grupos distintos no domínio dos conteúdos. Alguns alunos revelam grandes dificuldades nas áreas gramaticais e vocabulares, em particular, na expressão escrita e oral.

Usar a língua inglesa de forma fluente e apropriada para falar e escrever;Compreender, inferir e aplicar regras gramaticais;Ler e interpretar textos mais extensos (obra de leitura extensiva).

Adquirir e utilizar conhecimentos e vocabulário sobre os temas a abordar (os media, viagens e publicidade);Utilizar correctamente os conteúdos gramaticais essenciais:Tempos verbais; Verbos modais; Voz Passiva; Discurso Indirecto; Estruturas Condicionais; Formação de palavras; Conjunções; Expressões idiomáticas.

Diversificação de estratégias nas Aulas de Inglês:■ ( i t e d e trabalho;

conceptuais;• É te e s c r i t a s da informação; ■ t í É t e ^ c a s a ;• fetoexpressiva de textos edeclamação de poemas.

hf i t11&

A produção de diferentes tipos de textos escrflos necessita ser melhorada, bem como a interpretação de textos, organização e sistematização da iníormaçao.A apresentação oral dos trabalhos individuais e de grupo é demorada e precisa ser mais dinâmica.

Interpretar e produzir textos de diferentes tipos;Organizar e sistematizar informação;Pesquisar informação em fontes de diversa natureza;Utilizar diferentes tipos de dicionário.

Desenvolver diversas técnicas de estudo e de trabalho:Pesquisar e tratar a informação obtida;Realizar trabalhos escritos; Comunicar e partilhar os trabalhos realizados;Apresentar a turma os trabalhos individuais e de grupo.

Aulas de Inglês na sala F1.no CREenaE21;- Visionamento de Filmes;• Utilização de diversos programas informáticos; •Utilização do corrector ortográfico e de dicionários electrónicos;• Utilização do E; [ ^ e de um grupo de discussão na Internet.

J<&

Inicialmente alguns alunos revelavam descrédito nas suas capacidades; Alguns afirmam não saber falar;A interacção dos alunos não é muito harmoniosa, querendo todos participar em simultâneo, sem respeitar ou dar oportunidade aos colegas.

Identificar dificuldades;Dominar estratégias de superação e resolução de problemas;Discutir ideias, opiniões e atitudes positivas face a diferentes universos sx ia ise culturais; Interagir com alunos da turma ou de outras turmas/escolas.

Reflectir e avaliar o processo de aprendizagem;Estimular a curiosidade e o respeito pela diferença;Desenvolver o pensamento crítico e criativo;Consolidar práticas de interacção responsável, solidária e cooperante.

Interacção entre os alunos desta turma e com alunos de outras turmas; Partilha de trabalhos; Visitas de estudo; Debates temáticos;Role Pla\|

Projecto Curricular de

Turma da

disciplina observada

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ANEXOD

Guião da entrevista à professora

I. Tema

• A utilização das TIC na sala de aula ao serviço do currículo e dos objectivos nele

definidos.

n . Objectivos gerais

• recolher informação que permita entender as representações que a entrevistada possui

relativamente à utilização das TIC em contexto educativo;

• identificar as utilizações que a entrevistada faz das TIC nas suas aulas e as dinâmicas

dessas aulas;

• perceber de que modo a entrevistada articula a utilização das TIC com o desenvolvimento

das competências específicas da sua disciplina.

111. Estratégia

• A entrevista será feita à professora presencialmente;

• Será em local à escolha da entrevistada, de preferência um espaço neutro onde esta não se

sinta constrangida;

• Será feito o registo áudio;

• Ocorrerá mediante marcação prévia e acordo da entrevistada.

Bloco •. i Objectivos específicos Questões exemplo

A

Legitimação da entrevista e

motivação.

-Explicar a finalidade da entrevista;

-M otivar a entrevistada;

—Garantir o anonimato e

• Informar sobre as finalidades da entrevista e do estudo de investigação;

• Pedir ajuda à entrevistada num momento de caracterização da problemática e busca de pistas para o estudo de investigação;

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confidencialidade dos dados e informações prestadas.

• Explicitar a importância desta entrevista para a circunscrição da problemática a investigar, colocando a tónica na entreajuda e interacção;

• Colocar a entrevistada como membro indispensável na investigação;

• Assegurar a confidencialidade das informações e dados prestados pela entrevistada;

• Assegurar o anonimato da entrevistada;

• Pedir autorização para que a entrevista seja gravada.

B

Representações

relativamente às TIC em contexto educativo

Perceber, de acordo com a opinião da entrevistada,

-qua l o papel que as TIC ocupam no universo da educação.

• 0 que entende por TIC?

• Quando e como começou a utilizar as TIC (em contexto pessoal e educativo)?

• Qual a formação que teve relativamente às TIC?

• Qual o papel que atribui às TIC, actualmente, na educação?

C

Utilizações curriculares

das TIC

Saber

-quais as ferramentas que a entrevistada utiliza nas aulas com recurso às TIC;

-d e que forma são desenvolvidas essas aulas;

-com que objectivos;

-qual a sua relação com o Currículo Nacional.

• Por que razão começou a utilizar as TIC em actividades curriculares?

• Quais as ferramentas que mais utiliza nas aulas?

• Com que objectivos?

• Quais os tipos de actividades que desenvolve?

• Alguns professores afirmam não ter tempo para utilizar as tecnologias porque têm um “programa para dar”. 0 que acha desta atitude?

• De que forma considera que as TIC podem contribuir para o desenvolvimento das

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competências específicas da sua disciplina?

• 0 que acha que os alunos podem aprender com as TIC? / Que tipo de aprendizagem podem fazer?

• De acordo com a sua experiência pessoal a este nível, quais os aspectos positivos de utilizar as TIC em aula?

• E quais os negativos?

D

„Dinâmicas das aulas com

recurso às TIC

-C onheceras representações da entrevistada relativamente às características das interacções e dinâmicas da aula de Inglês em que se utiliza as TIC

• Quais são as maiores diferenças entre uma aula de Inglês numa sala TIC e numa sala regular?

• Considera que existem diferenças no papel do professor nessas situações? Quais?

• E quanto ao papel do aluno, acha que difere? Em que medida?

• Como descreveria as interacções aluno - aluno numa aula com recurso às TIC?

• E as interacções àluno - professor / professor - aluno?

E

Recolha de informação e

elementos complementar

es

-Recolher informação complementar sobre o tema que não esteja contemplada nas questões anteriores.

• Que outras questões / pontos gostaria de abordar?

• Que outras informações considera pertinentes e importantes para a compreensão deste tema?

• Assegurar que o conteúdo da entrevista depois de transcrito será enviado e dado a conhecer à entrevistada;

• Assegurar que será dado feedback do estudo à entrevistada.

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ANEXOE

Protocolo da entrevista à professora

Realização

Local: Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação

Data: 14 de Janeiro de 2005

Boa tarde.. Vamos agora fazer a entrevista sobre a utilização das TIC na sala de aula ao serviço

do currículo e dos objectivos nele definidos. Eu pedia então a tua ajuda para a caracterização

desta problemática. O teu contributo será de extrema importância para o estudo. Posso também

garantir-te que os dados e as informações serão confidenciais e, obviamente, o anonimato será

mantido. E perguntava-te ainda se não te importas que a entrevista seja gravada, para registar

melhor as informações e os dados.

Com certeza que autorizo. Aliás quero começar por agradecer a honra de ter sido objecto de

investigação. Acho que é realmente louvável que se pense em investigar esta área. Por isso, mais

uma vez, estou disponível para tudo o que queiras perguntar.

Começaríamos então pelas representações que tens relativamente às TIC, em contexto educativo

porque é o centro da entrevista. Eu começava por te perguntar o que entendes por TIC?

Portanto, decompondo a palavra facilmente chegamos à definição de que são as tecnologias da

informação e da comunicação, com essas duas valências de que permitem informar e portanto

obter conteúdo e, ao mesmo tempo, comunicar com outrem que poderá estar a uma distância

imensa ou mesmo ao lado mas que usamos essa ferramenta. Pode ser com múltiplas facetas, mas

que são inovadoras neste caso. Portanto acho que te restringe precisamente ao campo das novas

tecnologias e não das tecnologias em geral que até já estão integradas na nossa vida diária.

Portanto entendo que TIC serão, neste contexto, para mim, as ferramentas que envolvem o

computador e, nomeadamente, a Internet também em particular.

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Quanto à tua utilização em contexto educativo, quando é que começaste a utilizá-las?

Acho que não há assim um momento fixo. Acho que foi um processo que passou por alguma

formação já há muitos anos. Para aí há uns dez anos que comecei a aprender a usar e, a pouco e

pouco, comecei a integrá-las nas minhas práticas pessoais, no início, de construção de suportes

para a aula. Em contexto propriamente educativo na sala de aula já é mais recente. Tem para aí

uns quatro anos, não mais. Mas é todo um processo. O envolvimento no primeiro ano pode ter

sido uma coisa muito esporádica e progressivamente foram sendo integradas em diferentes

valências.

Disseste que passou também pela formação, a tua utilização das TIC. Qual fo i a formação que

tiveste?

Primeiro auto-formação, muita aprendizagem por tentativa erro. Teve que ser. Mas também

acções de formação das tradicionais, que faria para créditos e não só, que muitas já não precisava

dos créditos e acabei por as fazer na mesma. Porque achei que realmente era um mundo que

precisava de aprender a usar. Não apenas porque desconhecia, mas porque me interessava

mesmo em aprender coisas novas. Além de me interessar em ver a valência que isso me podia

trazer de qualidade para o meu trabalho.

Portanto, houve sempre essa preocupação?

Sempre, sempre. Por um lado a vontade de saber e de descobrir, sempre gostei muito, sou muito

curiosa. Por outro, a vontade de melhorar porque ... e nós sabemos que a língua inglesa, que é a

disciplina que eu lecciono predominantemente... o alemão foi à vida, mas em particular... já na

altura com o alemão, quando existia, eu tentava sempre arranjar estratégias e formas de dar a

aula de modo diferente para conseguir seduzir os moços e cativá-los e prendê-los ao conteúdos

através de estratégias mil. Esta pensei que pudesse ser mais uma. E então empenhei-me um

bocado... descobrir mesmo o que é que podia tirar dali que me fosse útil em termos pessoais

mas, em particular, em termos profissionais.

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Ainda em relação a essa formação. Para além da auto-formação, a formação que fizeste fo i no

sentido de aprender a utilizar, tu como utilizadora, as tecnologias ou tiveste formação no sentido

de utilizar as tecnologias em contexto educativo?

Acho que a formação que tive era formação pessoal, como utilizadora. As acções de formação

inicialmente eram muito viradas para como é que se usa o Word, como é que se usa o Excel,

como é que se usa, e não era nada a perspectiva pedagógica. Portanto as tradicionais dos centros

de formação por vezes diziam o que poderíamos fazer... Agora mais recentemente já começam a

surgir acções de formação... por exemplo quando fiz o Access já era virado para o ensino, mas é

uma ferramenta tão difícil que é difícil integrar depois numa aula de inglês a utilização do

Access. E difícil, não digo que não se consiga mas se calhar não dá tão facilmente. De qualquer

modo, a primeira perspectiva das formações que tive foi sempre virada para a utilização pessoal.

Claro que depois eu tentava adaptar. Não era o que os professores transmitiam, digamos.

Com alguns anos já de experiência no ensino e experiência na utilização das TIC, em uso

pessoal e educativo, qual é o papel que achas que as TIC têm na educação?

Depende. Referes-te às minhas aulas em particular ou na generalidade?

Primeiro no geral. Imagina que te pediam para ires falar àquelas formações iniciais de

professores e alguém te perguntava “O que é que acha que as TIC podem oferecer à

Educação? ”

As TIC são um mundo que podem oferecer mil coisas. Depende da forma como lhes pegarmos.

Portanto é como qualquer outra ferramenta que existe e que nós podemos usar na sala de aula. Se

formos competentes o suficiente para usarmos uma determinada tecnologia, ela resulta. Se não

soubermos usar a caneta, a tinta falha e aquilo também não resulta. Portanto acho que as

tecnologias podem ser uma fonte de aprendizagem para os alunos e um instrumento de trabalho

para eles e para nós muito rica. Mas também pode ser um mundo onde nos perdemos. Portanto

tudo vai da competência que professores e alunos adquirem ao longo da utilização. Agora, eu

acho que é a aposta. E a ferramenta que... um mundo de ferramentas, porque não é só uma, as

tecnologias são diversas... mas são a inovação, que vai transformar, acredito eu plenamente, vai

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transformar o sistema de ensino. Agora eu sou um bocado sonhadora. Pode demorar, mas que um

dia lá chegamos eu acho que sim.

Mas fala-se muito da integração das TIC, neste momento, na educação. Há imensa formação

para os professores, como tu referiste, cada vez há mais estudos sobre isso, se apela mais... Por

isso, ao acreditares que as TIC são o futuro, acreditas que todo esse debate à volta das TIC nas

escolas é, de facto, importante?

Claro. Tem que se debater para se chegar à aprendizagem e para se integrar, como em tudo.

Houve tempo em que também não se usava o retroprojector, em que não se usava o vídeo, e que

foi muito contestado... o acetato que tinha que se fazer. São ferramentas que foram integradas,

muito ou pouco, mas se aprenderam a usar e a trabalhar com elas em aula. As TIC é o mesmo.

Portanto estamos no início, digamos. Há tempos assisti a uma conferência em que, precisamente,

o Prof. Roberto Carneiro apresentava uma curva da implementação das TIC. Então, dizia ele que

tinha havido uma primeira fase de deslumbramento, de descoberta. Agora estamos numa fase de

consolidação depois de muito questionar. E depois, teremos uma fase de integração em que as

coisas já estarão completamente diluídas no nosso trabalho. E que vamos usar um dia, quem

sabe, ele aponta 2020, eu não sei quando é que será, mas um dia usaremos o computador como

usamos neste momento uma caneta, e o corrector, ou outro instrumento qualquer. Portanto,

acredito que essa evolução venha mas passa pela discussão, passa pela argumentação e é nessa

fase que nós estamos... como é que vamos usar isto que tem tantas potencialidades.

E tem assim tantas potencialidades? Ou é mais um retroprojector?

Não. Depende também do professor. Aí está a discussão. É por onde vamos. Há quem enverede

por um caminho, há quem enverede por outro. Há quem use apenas como um retroprojector e

então, aí, limita, se calhar, mas também usa. Só que tem mais potencialidade além do

retroprojector e do que outras ferramentas que são usadas na sala de aula e do que têm

limitações, mas que também se aprendeu a usar. Neste momento já sabemos que de certo tem

isto, pode ser utilizado, se calhar, com outras valências também. Eu acredito pessoalmente, e

acho que há mais quem acredite, que as tecnologias têm um leque de potencialidades para serem

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usadas na sala de aula que vão muito além das outras tecnologias mais tradicionais que já

conhecemos.

Já nos disseste que acreditas nas potencialidades da TIC, mas agora, mais em concreto, nas tuas

práticas como professora de inglês, porque razão começaste a utilizar as TIC em actividades

curriculares, em espaço aula?

Não há uma razão. Não posso dizer ‘foi isto*. Há uma série de descobertas que nós gostamos de

partilhar e entendi que se eu estava fascinada, isto passa muito pelo fascínio e pelo

deslumbramento também, pelas potencialidades que este mundo tem, das tecnologias, comecei a

reparar que nos alunos também existia esse fascínio e essa vontade de aprender e de usar. E

comecei a ver que as coisas até se relacionavam. Que se conseguia, por exemplo, produzir um

texto, e começamos pelas tarefas mais elementares, que foram a primeiras que eu realmente

implementei, foi a construção de texto. Em vez de usarmos o suporte papel, a folha normal,

produzir em suporte informático. E aí a turma tendo acesso, e porque existiam equipamentos na

escola que o permitiam, a turma tendo acesso ao computador e, nomeadamente, ao Word,

poderia de outra forma apresentar um texto que tivesse valências que um texto em suporte papel

normal e caneta, não teria. Portanto, fariam uma aprendizagem de conteúdo da língua inglesa e

ao mesmo tempo uma aprendizagem de forma, que seria diferente da forma tradicional. Esta

numa primeira abordagem, portanto, seria não apenas estética mas prática também. Portanto o

produto como objectivo diferente, ser diferente. Portanto comecei por realizar com os alunos

actividades de produção de texto. A pouco e pouco essas actividades foram alargando a outras

ferramentas e começar a integrar o PowerPoint, por exemplo, numa apresentação é uma fase já

mais avançada, quando eu aprendi o PowerPoint, porque de inicio também eu não sabia.

Conforme foram melhorando as minhas competências a nível do domínio das ferramentas, eu

descobria potencialidades. E, porque não consigo estar parada, de imediato aproveitava para as

transmitir. Foi assim uma espécie de causa efeito, conforme eu ia aprendendo ia tentando

implementar com os alunos actividades que dessem prática àquilo que eu tinha aprendido. Por

exemplo o PowerPoint, usar essa ferramenta para fazerem o mesmo que já faziam para a

apresentação dos trabalhos, por exemplo, o tradicional trabalho de grupo era feito anteriormente

em papel, chegavam lá e apresentavam à turma oralmente. Descobri que através de uma

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apresentação electrónica o trabalho poderia ter um outro impacto perante a turma, e ao mesmo

tempo, exigir um outro tipo de trabalho aos alunos e de outro tipo competências, que eles iam ter

que adquirir, aperfeiçoar, aplicar para depois apresentar o trabalho à turma. Portanto, criou duas

valências, porque no trabalho em suporte papel também é necessário seguir regras. Antes

também lhes dava a estrutura do trabalho tradicional, com a introdução, com o desenvolvimento,

com a conclusão, com os elementos que deveriam recolher, com aquilo que teriam de transmitir

do conteúdo. Portanto já havia toda uma estrutura que foi adaptada a um outro suporte. E com

isso aprendizagens. Continuou a ser um trabalho sobre um conteúdo da disciplina, só que

apresentado de uma forma diferente, muito mais ligada ao que é o mundo deles e da sociedade

actual do que propriamente o tradicional trabalho que é entregue de pesquisa com não sei

quantas páginas. Não é que um tenha mais validade que outro, são coisas diferentes, mas se

calhar hoje muito mais pertinente o uso do PowerPoint para comunicar do que propriamente um

trabalho com 30 páginas sobre um determinado assunto. Portanto esta é uma perspectiva que eu

considero que é a inovação e que passa por mudar um pouco o que é o trabalho de grupo. Digo

eu, e não só há mais quem diga também. Também acabei por ir aprendendo com os outros que

também partilham destas ideias.

Falaste das actividades em que eles escrevem textos, usando para isso o processador de texto.

Numa fase posterior em que começaste a trabalhar com eles, também, a criação de

apresentações com o PowerPoint. Essas são as ferramentas que mais utilizas em aula, ou

utilizas outras?

Se considerarmos ferramentas de produção de trabalho, sim.

E ferramentas no geral, em termos das aplicações informáticas.

Sim. Mais frequentemente. Até porque a minha competência a nível de outras ferramentas

também não é tão sólida. Uma pessoa tem tendência a trabalhar mais aquilo que se sente mais

segura, não é? Não me arrisco, apesar de me arriscar bastante, não me arrisco por campos que

não domino. Como a formação, por exemplo, em Excel foi posterior, não foi logo uma formação

no início do meu contacto com as tecnologias, a utilização dessa ferramenta também não foi de

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início. Portanto, só há coisa de 2 anos é que fiz a formação em Excel, portanto só nessa altura, e

o ano passado em Access, portanto só nessa altura é que comecei a consolidar os meus

conhecimentos, a dominar a ferramenta e a poder pensar nela em termos de aplicação em aula.

Neste momento já utilizo o Excel também e o Publisher, portanto a edição de folhetos e de

jornais, portanto eles já fazem esse tipo de trabalho também nalgumas turmas. Depois também

depende do nível etário dos alunos.

Essas em termos de produção?

Em termos de produção. Depois há a recolha de informação. E aí temos a Internet com os

motores de buscas e uma série de ferramentas de comunicação, pesquisa e comunicação, que

também tento privilegiar. Aí já há uma série de actividades que costumo realizar.

Em termos de comunicação, costumas utilizar... o e-mail...

Sim. O e-mail é precioso no início do ano. Toda a gente tem mail, toda a gente comunica com a

professora, nem que seja a dizer olá bom dia e pronto. O mail, porque o centro de recursos,

disponibiliza a todos os alunos da turma o acesso à Internet e porque na sala de aula nós temos o

privilégio, que muitos não têm, de poder ter 14 computadores na sala... que nem sempre

funcionam os 14, mas pronto, há um ou dois que de vez em quando avariam, mas são o

suficiente que uma vez por semana toda a turma tenha acesso à tecnologia e aí democratizar um

bocado, também, o acesso ao... e não ser forçosamente um acesso fora do contexto da sala. Para

além do e-mail, e agora falando em ferramentas de comunicação, utilizamos também o

Messenger muitas vezes. Os alunos tendo em casa ou, inclusive, já tenho estado a conversar com

alunos que estão no centro de recursos e eu estou na sala de aula ou estou em casa, porque calha

ter a tarde livre e eles estão no centro de recursos, e comunicamos através do Messenger

também. Quando o centro de recursos deixa porque muitas vezes é uma das aplicações que não

são autorizadas, né, mas consegue-se comunicar bastante bem, e há uns quantos alunos, não são

muitos, mas há uns quantos alunos que têm acesso ao Messenger. Depois costumo ter um grupo

de discussão para a turma. Portanto, cada turma tem um espaço onde partilham informação,

sugestões, comunicam, deixam trabalhos, quando são trabalhos, quando não são imagens,

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quando não são... outro tipo de comunicação social, digamos, não ser só apenas uma questão de

trabalho escolar e de disciplina. Portanto acho que esse espaço permite valências informais e

também um trabalho de conteúdo, portanto tem essas duas vertentes. Resumindo, acho que em

termos de comunicação temos o mail como predominante, temos o Messenger, o grupo de

discussão como espaço público para toda a turma, restrito a outros visitantes, a utilização do

ClassServer como ferramenta de construção de conteúdos e para eles trabalharem, resolução de

fichas, feedback depois... tendo conhecimento de como funciona o ClassServer, eu sei que

conheces, portanto é um outros espaço, entre aspas, virtual, que também utilizo, não com a

frequência se calhar com que utilizo outras coisas, mas como todas as ferramentas não são para

usar todos os dias todas, portanto, numas alturas dará mais jeito um determinada ferramenta,

noutras outra, conforme os objectivos.

E falando nos objectivos. Há pouco falaste das razoes que te levaram a utilizar as T1C nas tuas

aulas, com os teus alunos, com as tuas turmas, falaste que... descobriste que eles poderiam de

facto trabalhar questões que já trabalhavam anteriormente de uma form a mais tradicional

recorrendo às tecnologias, e assim aprendiam mais uma coisa. Ou seja, isso quer dizer que os

teus objectivos são a dois níveis, ou seja, que manténs os objectivos da tua disciplina e,

simultaneamente, acumulas objectivos em termos da tecnologia, do domínio deles da tecnologia.

Sim, sim.

E são separados, ou achas que eles interferem uns com os outros?

Nada se separa numa sala de aula. Acho que tudo converge para aquilo que se pretende que é a

aprendizagem dos alunos. Acho que quando eu defino os objectivos, o objectivo é da disciplina

de inglês e o que eu pretendo é que eles aprendam a comunicar utilizando a língua inglesa. Essa

é a base. Agora, para lá chegar, posso usar mil maneiras. Eu posso criar um role play, eu posso

usar um vídeo, eu posso usar um CD áudio, ou posso usar o computador. É mais uma ferramenta.

E assim o vídeo implica saber ligar ou carregar no botão para que aquilo... e saber interpretar

aquilo que lá vejo como imagem. O áudio implica competências de compreensão da oralidade. O

computador implica outras competências que eles também têm que adquirir e que neste contexto

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de sala de aula pode aprender também. Assim como podem aprender a colocar a voz, e a fazer

entoação e a fazer outras coisas, que são consultar o dicionário por exemplo. É uma competência

que se tem que aprender e que na sala de aula eu posso ensinar a usar o dicionário e posso

ensinar a usar o editor de texto, e posso ensinar a usar o gravador e gravar a própria voz e

entrarem em diálogo com outro e fazerem a gravação, e ouvirem aquilo que disseram, se

disseram bem ou não, se a entoação, se a pronuncia está correcta em relação a determinada

palavra, como posso ensinar a utilizar o PowerPoint para apresentar um determinado trabalho e

saber que existem regras para. Agora não é a tecnologia por si. Portanto, eu não ensino o

PowerPoint para eles saber o PowerPoint, eu ensino, como na óptica do utilizador, podem

rentabilizar aquela ferramenta para apresentar o trabalho de inglês, porque é esse o grande

objectivo. É que eles consigam um dia, chegar a um sitio qualquer, que tenham que comunicar

com alguém, uma conferência... a gente sabe lá para o que os está a formar, não é ... imagina que

precisam de fazer uma conferência para alguém da lituânia e têm que falar em inglês e usar um

PowerPoint, não é ... porque não vão fazer uma conferência com três folhas em inglês e estar a

ler aquilo, porque hoje em dia a forma de comunicar não passa pela leitura de um texto, pelo

menos quem comunique de forma competente, não é. Há quem não o faça de forma competente.

Tendo em conta esses objectivos e, acima de tudo, tendo a sorte, como já referiste, de ter à tua

disponibilidade para a tua aula de inglês 14 computadores, o que dá cerca de um computador

por cada dois alunos...

Nem sempre. Muitas vezes as máquinas falham e temos três por computador. Não é fácil.

Pois, e em termos de actividades, e para compreendermos um bocadinho melhor como é que

esses objectivos se concretizam, no caso especifico da tua disciplina, que tipo de actividades

costumas desenvolver com eles? Já nos falaste de eles criarem textos, de comunicarem via e-

mail, de fazer publicações ou apresentações de trabalho, mas como é que são organizadas essas

actividades na tua aula de inglês, que certamente serão diferentes das de uma aula de

matemática, por exemplo.

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Exemplos. Já falamos na produção de texto. Suponhamos que temos um tema e a par... se calhar

vou à prática mesmo. Por exemplo, no Io período tivemos o tema dos jogos paralímpicos. Os

jogos olímpicos já tinham sido, estava na época de se realizarem os jogos paralímpicos e o

desafio que eu lancei à turma foi, vamos recolher informação todos os suportes que conseguirem,

desde pesquisarem no centro de recursos a pesquisarem na sala de aula, por exemplo na Internet,

a recolherem revistas, a recolherem jornais, a pesquisa tradicional também... perguntar ao tio, ao

primo ao vizinho o que sabem sobre os jogos paralímpicos. Recolhida essa informação trazem

para aula. Entramos em actividade de aula, vamos produzir. Então, com a recolha da informação,

em grupos de três, no máximo, produziram um jomal. Utilizando o Word, construíram um jomal

que tinha forçosamente que ter um rosto, tinha uma estrutura que eu lhes dei e nesse jomal

tinham os conteúdos que foram descobertos em termo de informação e divulgaram as suas

descobertas em suporte electrónico. Com competências informáticas que seriam a estrutura da

folha, formatação digitação de texto, e tudo mais, inserir imagem, competências tecnológicas,

mas também, e principalmente, as competências linguísticas. Ou seja, um dicionário ao lado do

computador, ou um dicionário electrónico que também os ensinei a utilizar e uma aplicaçãozinha

que lá têm para traduzir, um recurso também de língua inglesa, e a produção foi feita em inglês.

O vez do formato tradicional do texto de pesquisa, tiveram que produzir duas páginas de jomal,

que era obrigatório ter duas páginas, portanto o rosto e uma página de conteúdo, que depois

compilámos, seleccionamos, e se tomou um jomal da turma, com toda a informação que a turma

recolheu, depois de ter passado por uma fase de pequeno grupo. Claro que isto obrigou a uma

série de aulas, né, mas foram aulas de trabalho produtivo em texto em inglês. Portanto as

competências da língua inglesa estavam lá expressas, até as competências em termos de domínio

de vocabulário e da gramática. Portanto o vocabulário implicou a utilização do dicionário, o

domínio de conteúdo, o campo lexical, e por aí fora. E depois as competências gramaticais

porque tudo era relatado no simple past que era a matéria que estávamos a falar, portanto, tinham

que utilizar os verbos no passado. Esse conteúdo gramatical tinha sido trabalhado aulas antes,

portanto, tínhamos feito a revisão dos verbos regulares e irregulares no passado e na aula de 45

minutos tínhamos feito alguns exercícios de como construir frases no passado e fomos à

aplicação desses conhecimentos gramaticais através da construção de texto. E com esse texto

usaram diversas competências e em colaboração, porque o trabalho não foi feito

individualmente, em colaboração uns consultavam o dicionário, depois passavam a outro e era

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ele que validava, depois era o outro que dizia olha tenho mais esta noticia, que completava com

informação. A professora circulava a 100 à hora na sala porque é necessário dar apoio a este tipo

de aulas. Mas se eu não tivesse o computador também tinha que circular porque eles produzem o

trabalho em aula e não é apenas tarefa de trabalho de casa. É dentro da sala que se fazem as

coisas que são de construção. Pronto esta foi uma tarefa. Outras já tinha mencionado, a

construção de um folheto, passa pelo mesmo processo. A construção de uma apresentação

electrónica com um tema. Por exemplo, vamos iniciar o tema dos países anglófonos e cada grupo

irá fazer pesquisa sobre um país e depois apresentará à turma, produzindo na aula inicialmente e

com a parte da componente oral, que não testamos no trabalho do jomal, mas que iremos testar

nessa apresentação. Porque aí vão ter que falar para mostrar aos colegas aquilo que descobriram.

Portanto é um passo adiante, o primeiro apenas produção de texto, outro já terá produção

também com oralidade... ou a construção de questionários neste momento estamos na fase do

Excel com a construção de questionários sobre o tema da escola, portanto tem a ver com o

contexto escolar, portanto, eles estão a fazer perguntas aos colegas sobre como é que vêm a

escola, o que é que pensam, em inglês, com vocabulário que é de inglês e ... ah... e o que é que

perspectivam em termos de escola e aí estamos a utilizar o futuro, o will e o going to, como

verbos de expressão de ideias de futuro e por aí fora. Portanto tento integrar as coisas, o que não

é fácil, não é .. .mas o equilíbrio é o objectivo.

Pelo que nos disseste agora, as tecnologias são utilizadas numa fase de produção, semi

produção por parte dos alunos. Disseste também que, por exemplo, relativamente ao jo m a l já

tinhas trabalhado os conteúdos do funcionamento da lingua, que era o simple past. A relação

que fazes é que primeiro preparas, de um modo tradicional as partes mais especificas do

funcionamento da língua e uma certa introdução, e depois avanças para a parte de produção

deles, dando o devido apoio, ou também essa parte de funcionamento da língua, essa parte mais

expositiva, ou introdutória, também é com recurso às tecnologias?

Há coisas que estão interiorizadas e que é muito difícil nós não continuarmos a aderir. Aliás há

modelos tradicionais que funcionam lindamente. E a aula expositiva não deixa de ter as suas

qualidades e a sua pertinência não é? Portanto há conteúdos que se não passar por um explicação

no quadro, com giz, em que esquematizas, e aí o introduzir um esquema já não é estar a ditar ao

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aluno apontamentos, é uma outra técnica, em que tu, ao fazeres uma aula expositiva consegues

clarificar para toda uma turma, que tem que estar com atenção, um determinado conteúdo, não

vejo que isso necessariamente tenha que passar pelo uso das tecnologias. Eu posso fazer um

PowerPoint em que explico quais são as formas dos graus dos adjectivos, mas também posso

chegar ao quadro, pegar no pau de giz e esquematizar os graus dos adjectivos. Se calhar não é

forçoso que tudo passe pela tecnologia. E há tecnologias, como o giz, que deram mais que provas

de funcionar. Agora tudo depende do tempo que tens para preparar as coisas, o hábito que tens e

da experiência que já tens de corrigir tudo o que não resulta. Eu, sinceramente... com o grau dos

adjectivos, o pau de giz com resulta lindamente. Depois posso é fazer, se calhar, umas flores à

volta e apresentar um PowerPoint com uns bonecos maiores outros mais pequenos, por exemplo,

para especificar os casos e eles visualizarem bem os casos especiais, por exemplo. Mas não tem

que passar tudo na aula pela tecnologia. Muito pelo contrário, eles precisam de pilares e esses

pilares tanto podem assentar numa aula expositiva, em que a transmissão do conhecimento +e

necessária, como passar pelo exercício de preenchimento de espaço, num suporte de numa folha

de papel, que é necessário para uma sistematização, para uma visualização e o drill and practice

que tanto ouvimos falar. É também necessário. Tudo isto, acho que são complementos da

aprendizagem. E na sala de aula, nada é dispensável, tudo pode contribuir para um bom uso.

Também pode é haver um mau uso da própria tecnologia pode correr muito mal. Isso nós

sabemos. Agora que tem valência muito positivas tem. Agora não é forçoso ser a única

ferramenta. E resultam as aulas expositivas. Para determinados conteúdos resultam muito melhor

do que, pelo menos por enquanto eu não souber fazer de outra maneira, se calhar até há maneira

de fazer que resultam melhor, mas eu neste momento faço como a intuição, e isso também conta

muito, a intuição, a experiência e a vontade de arriscar ou não.

Nesta batalha, entre aspas, por integrar e trazer a inovação par as escolas, há qual nem toda a

gente adere, com certeza já ouviste várias vezes as pessoas dizerem 'não têm tempo para utilizar

as tecnologias em aula porque têm um programa para dar’. Não será a primeira vez que o ouves

dizer...

Quando consideram que usar a tecnologia não é dar o programa, é dar a tecnologia. Porque se

pensarem que dar o programa com a tecnologia também é uma forma de dar o programa, não

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perdem tempo. E eu tive precisamente essa situação quando eu estava a fazer o jomal dos

paralímpicos com a minha turma, houve colegas que me disseram ‘que ideia tão interessante;

vem à minha aula e ajuda’ e eu fui a três turmas dinamizar o jomal dessa turma sobre o mesmo

tema e pura e simplesmente ao fim de duas aulas deixaram o projecto porque estavam a perder

tempo e tinham que dar a matéria. Eu não consegui convencê-las de que ao produzirem texto de

forma produtiva, aplicando conhecimentos, eles estavam a dar a matéria. Dar matéria é uma aula

expositiva para muita gente. Eu não vejo assim, mas há quem veja ainda. Portanto, por muito que

se queira avançar para a tecnologia, tem que se conseguir ver na tecnologia uma forma de

aprender, enquanto não se vir que através daquela ferramenta eles também estão a aprender, vai

ser sempre uma flor que acompanha e não um instrumento que facilita. E aí, então, temos

discussão para muito tempo.

No geral, e utilizando tu constantemente as tecnologias para as aulas, o que é que tu achas da

contribuição das tecnologias para adquirir e desenvolver as competências especificas da tua

disciplina? Ou seja, de que modo é que tu entendes que as T1C, utilizadas na tua aula, podem

ajudar os alunos a desenvolver as competências específicas previstas para inglês?

Dando um exemplo. Por exemplo, umas das actividades que fiz com eles tinha a ver com

oralidade, oralidade é fundamental numa língua. Uma actividade de comunicação intercâmbio

que fizemos o ano passado com uns alunos da Noruega, implicou produção escrita de textos

significativos, porque eram cartas e mensagens para os colegas que estavam na Noruega e que só

em inglês iriam perceber, e que além disso usavam através da Internet para mandar mails e por aí

fora, e, ao mesmo tempo, a produção oral. Gravaram a voz, transmitindo mensagens, que em

inglês tinham que ser, não é, para os colegas que estavam na Noruega. E essa actividade de

comunicação serviu o objectivo da língua oral e escrita, além de desenvolver competências de

comunicação através do e-mail, de utilização do gravador, de utilização do processador de texto,

de utilização da Internet para a pesquisa, de mil valências. Portanto, o inglês foi o objectivo,

comunicar com alguém no estrangeiro foi a actividade, e mil foram os recursos, porque acabaram

por usar, inclusive, a própria voz que foi necessário treinar para dizer a mensagem que depois era

enviada para os outros colegas. Portanto, até a oralidade eu posso treinar através do suporte.

Claro que isto implica muito trabalho, claro que isto implica mudar completamente a sala de

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aula, porque o trabalho dos alunos também é diferente. Mas foi uma aposta em que eu via a

turma toda envolvida e empenhada em participar naquela actividade, e com um entusiasmo, que

se eu lhes mandasse ler ma página do texto do manual, se calhar não tinha aquele envolvimento e

aquele empenho e aquela necessidade de aperfeiçoar a um ponto a dicção, de modo a ser

perceptível para o outro que também não é expert na língua, porque era norueguês que ia ouvir

falar inglês, mas tinham que ter uma dicção o mais aperfeiçoada possível, e houve um grande

empenho deles, por exemplo, nisso, no dizer bem as palavra. O que é que fizeram no fundo?

Aprenderam a dizer bem as palavras em inglês. E era esse o objectivo, conseguir comunicar

oralmente e aí eles empenharam-se. Se eu lhes desse um texto para ler, se calhar, o empenho não

era tanto, digo eu, não sei.

Já falaste que o inglês era o objectivo, e já deste os exemplos concretos das actividades que

fazes, das competências que eles desenvolvem. Achas que há um tipo de aprendizagem que as

TIC proporcionam mais? Ou seja, como é que entendes as aprendizagens que eles fazem com as

TIC? Não de maneira diferente das tradicionais, ou achas que com as TIC eles podem aprender

outras coisas?

Além de aprenderem a usar outras formas de comunicar e de produzir, temos aqui uma valência

que eu acho que ainda não falámos, que é, aprender a pensar de outra maneira. Uma das coisas...

mais um exemplo... uma das coisas que eu costumo usar é um programa para mapa de ideia. Os

mapas de ideias são uma forma de eles organizarem, por exemplo a estrutura de um texto e...

Claro que eu posso fazer um mapa de ideia numa folha de papel, não é? E eles fazem depois em

suporte papel. Mas a percepção da utilidade e o impacto que o mapa de ideia pode ter, eu

costumo transmitir-lhes através do MindManager, que é um programa para construir mapas

conceptuais. E então, projecto e ensino a utilizar aquela ferramenta, e eles, pela motivação que a

ferramenta lhes traz, ou pela utilidade que pode ter, o certo é que eles estruturam os seus textos,

inicialmente, se calhar, de forma mais atabalhoada, mas a pouco e pouco, vão aperfeiçoando a

forma de organizar as ideias num texto. E isso é ajudar a pensar. Com isso, a tecnologia pode

servir na disciplina de inglês como qualquer outra disciplina. E ao fazerem esta aprendizagem no

inglês, porque estar a organizar vocabulário, por exemplo, ao em vez de um texto pode fazer

família de palavras, termos lexicais, num mapa de ideias, estão a visualizar algo que só pensada,

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se calhar, não era tão fácil. E se calhar, na folha de papel, não era tão atraente. E com isto

facilitamos competências transversais também, não da língua apenas inglesa, mas para a história,

para o português, para a matemática, matemática também e porque não. Organizar ideias é uma

competência essencial. E através de um subterfúgio que é uma aplicaçãozinha eles chegam lá.

Porque é estimulante ver os bonequinhos e as bolinhas e os balões. Eles são do mundo da

imagem. E esta é uma linguagem que, quer queiramos quer não, é o mundo deles. E se não nos

adaptarmos à linguagem das novas tecnologias, que é o mundo dos nossos alunos, pela televisão,

pelo computador, pelas outras todas... estímulos que eles recebem, e que aprendem a usar,

perdemos muito. Não é que não se ensine na mesma, mas, se calhar, eles não aprendem tanto.

Ou seja, essa então uma das mais valias para o uso das tecnologias em aula, de acordo com a

tua opinião. Portanto eles poderem arrumar as suas ideias, de forma a estudar sobre o que estão

a aprender....

Exacto

Outra das mais valias que referiste, no caso concreto da disciplina de inglês, era o comunicar

com outras pessoas em situação real, o que sempre fo i um dos objectivos das línguas.

Vem sempre no programa. Não se chega lá de outra forma. Não vamos convidar um inglês para

vir à nossa sala e comunicar connosco. Eu bem que já tentei, mas não funciona. Os pen friends já

estão ultrapassados. Eram outras estratégias. Isto não é nada de novo. É o revisitar estratégias

com outros suportes. Inicialmente quando comecei a dar aulas, há vinte anos, usava os pen

friends e demoravam um mês até terem úma resposta. Neste momento, eles entram no Messenger

e comunicam com um friend algures na Austrália e conseguem porque usam competências da

língua e usam competências informáticas. Se não voltavam ao que fazíamos há 20 anos, que era

ir àqueles formulários, pedir um correspondente algures, faziam uma carta , metíamos no correio

e esperávamos que ele respondesse, se é que respondia um dia talvez. Neste momento podemos

fazer videoconferência. E a grande vantagem. Não é apenas um texto que aparece, é a cara e a

voz de alguém, da mesma idade que comunica connosco. Claro há outras coisas né ...

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Se tivesses agora que apanhar, entre aspas, quais são, de facto, os aspectos mais positivos das

tecnologias, quais são?

Volto à palavra. É informação e é comunicação. Permite-os aceder a um mundo imenso que pode

ser perigoso, mas que é um mundo de informação que nunca houve. E permite-nos comunicar

com alguém, neste caso, para servir a aprendizagem da língua inglês. Mas também para construir

como pessoa. Eu vou descobrir outras pessoas e outros mundos que, se não fosse as tecnologias,

eu não tinha tanta, tanta, pode não ser boa, mas eu não tinha tanta informação, eu não tinha tanta

possibilidade de comunicar com gente tão distante.

No caso das línguas, então estas vantagens funcionam lindamente...

Sim, tem tudo a ver. Tens a parte intercultural, de conhecer a outra cultura que estamos a estudar,

a parte linguística, que precisamos... E a parte de componente humana que também é muito

importante. O conseguir descobrir que os outros não são tão diferentes assim, e aceitar a

diferença e temos as componentes sociais e transversais, que são do currículo, e que são

importantes também, essas valências da interacção, da colaboração, da aceitação do outro, do

não cair na discriminação, no preconceito, tudo isto é construído pela comunicação. Claro que às

vezes agravam. Temos que sempre ver o reverso. Se há mais valias também há coisas negativas.

E as tecnologias têm coisas que são péssimas.

Quais? De acordo com a tua experiência quais são os aspectos negativos?

Os riscos precisamente de tanta informação e da valência multifacetada da comunicação. A

pedofilia é um risco. A pornografia, o acesso à pornografia é um risco. O isolamento, que tanto

se fala, do mundo, que cada um se fecha mais em si, se abstrai.., eu discordo de muita coisa, mas

nisso até concordo, há algo que pode prender, de tal modo, que a pessoa deixe de socializar, se

calhar, da mesma forma que faria noutro contexto. Claro que abre outras valências positivas, mas

traz valências que são negativas, ma como tudo. A televisão não tem independência e não tem

conteúdos tão negativos também. Isso é possível até num telejomal, é para ficar preocupação...

há os desenhos animados, ou os filmes de acção... na mesma noção como as novelas apresentam

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o amor. Há mil coisas negativas que nós encontramos nos outros Media também. Portanto isto

também tem.

Mas esta sendo uma ferramenta que é bastante utilizada em aula, no teu caso concreto, esse

excesso de informação, nem sempre correcta, também esse excesso de oferta j+ a trabalhada e já

disponível que eles podem utilizar, sem pensar sobre elas, etc., como é que tu controlas? Ou

seja, como é que tu controlas que eles estão de facto...

Eu não tenho que controlar. Eles têm que ser trabalhados para a autocrítica e para o espírito de

sentido crítico deles próprios. Eles próprios têm que saber, e isso é uma mais valia, é serem

capazes de diferenciar aquilo que tem qualidade daquilo que não presta, daquilo que é pertinente

para uma aula e aquilo que não é pertinente naquele contexto. Daquilo que traz vantagem e

daquilo que é pernicioso. Portanto, com isto... costuma-se dizer que a democracia permite o

acesso a... à escolha entre o bem e o mal, e com isto é precisamente essa a opção que nós lhes

damos. Temos é que saber orientar também. Portanto a ideia não é controlar, mas orientar. Há

premissas. Há regras. E por isso eu discordo tanto com o centro de recursos nalgumas práticas.

Por exemplo, proíbem determinados programas. O chat, por exemplo, o Messenger. Eu percebo

qual é a ideia... eles não estarem a conversar em vez de trabalhar. Evidente que eu na sala de

aula também não deixo que estejam a hora toda no Messenger, em vez de fazerem a tarefa que

têm. Mas isso...eles são orientados para a tarefa. Eu não tenho que bloquear aquilo. Eu permito

que utilizem em contexto significativo. Não impeço... porque a proibição acho que é a pior

forma de estimular o desejo... resulta nisso. E se eu os orientar e disser., ‘sim senhora, vamos ter

uma actividade no Messenger em que vocês vão comunicar noutro dia, hoje vamos realizar esta

actividade que têm este objectivo’... e, o Messenger não está proibido na aula. Só que não vai se

usado porque não é esse o objectivo daquela aula. Terá uma aula depois para usar. Porque eu

também não vou ver animação na aula. Se servir o objectivo da aula, com certeza, porque não.

Se não serve o objectivo, não faz sentido. E por aí, portanto, o critério é mais fazer-lhes perceber

que há coisas que são significativas, e eles conseguirem o espírito crítico... claro que depois há

sempre os que abusam, não é, e que fazem a tentativa, mas isso também na aula há os que se

distraem e que mandam uma boca, e há os que dizem uma chalaça, e há os que tentam pôr-se de

pé, e há os que atiram com a borracha ao colega. E nós temos que saber agir pedagogicamente na

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situação da borracha que voa, como na tentativa de aceder na Internet ao site que não é

recomendado. São práticas pedagógicas que têm que ser aplicadas a novos contextos. Mas são na

mesma práticas pedagógicas. Eu quando vejo um estojo no ar tenho que agir.

Mas nessa práticas pedagógicas há diferenças? Entre estar numa aula em que estamos a utilizar

as tecnologias e numa aula em que não estamos? Ou seja, quais são as maiores diferenças entre

uma aula dada numa sala de tecnologias e numa aula regular, com apenas as secretárias e o

quadro?

A paixão deles todos. Essa é a maior diferença. Essa é maior diferença. É que estão de imediato

todos colados ‘professora posso ligar o computador? ‘ assim que entramos. Enquanto que o

caderno, tenho que dizer cinco vezes ‘abram o caderno e escrevam o sumário’. Para toda a

turma, claro que há os alunos aplicados que de imediato começam a passar o sumário, também

há desses... Mas é a tradição, e a tradição não traz o incentivo do entusiasmo, que com a

máquina à frente é automático. E só por aí... claro que há outras diferenças. Há muitas outras

diferenças, mas essa acho que é fundamental. É o entusiasmo com que eles vêm para aprender e

depois abre-se um mundo de mil coisas que podemos fazer.

Ainda na linha das diferenças, achas que o papel do professor difere quando está a ensinar

numa sala em que os miúdos estão a utilizar os computadores, as tecnologias?

O papel, se entendermos no sentido em que eu estou a dar uma aula de inglês, não muda. Eu

estou a dar uma aula de inglês, não é? Agora a forma como eu dou essa aula é diferente. Eu

tenho que circular... eu não posso estar a falar para a geral. Não faço uma aula expositiva com o

computador à frente. É evidente que eu vou passar a ser um acompanhante, um andaime, alguém

que ajuda à construção de, monitoriza, no fundo, aquilo que eles estão a fazer, dá feedback, dá

sugestões. Mas que no fundo, na produção de um jomal, eu não estou a dizer faz azul, faz verde,

endireita daqui ou põe dali. Não, eles são criativos, eles fazem o trabalho, eles têm uma tarefa a

cumprir. Eu vou controlando e vende se precisam de ajuda, dou algum apoio. Mas a minha

função como professora é completamente diferente. Não estou ali numa de eu vou dar a aula, vou

ensinar e agora toda a gente faz igual. Não tem nada a ver.

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E numa sala de aula regular é essa a atitude?

É assim, para alguns é, para alguns é. Se eu trabalhar... depende do tipo de trabalho que eu esteja

a fazer. Se eu estiver a trabalhar com fichas em diferenciação pedagógica, em que um está a

fazer uma coisa, outro está a fazer outra, também não vou, mesmo sendo o suporte papel, não

vou estar a falar para a geral, porque eu tenho fichas diferentes para alunos diferentes. Portanto,

aí o trabalho de sala sem as tecnologias, pode ser de diferenciação pedagógica ou não. Porque eu

também posso ter uma aula, como já tinha dito antes e acho que me estou a repetir um bocado,

mas posso ter uma aula expositiva. E aí é um professor na sua função tradicional de expor um

determinado conteúdo.

Agora mencionaste a diferenciação pedagógica. Achas que o uso das tecnologias favorece essa

diferenciação?

Claro. Claro, porque não fazem todos a mesma coisa. Cada um faz ao ritmo daquilo que sabe e

daquilo que é capaz, não é? Tentando progredir, mas na sua própria linha. Não há... claro que

pode usar-se... isso é o que eu tento fazer... pode usar-se de forma... é o que eu dizia há pouco,

podemos usar a tecnologia de forma correcta ou incorrecta. Eu sei que há colegas que utilizam a

tecnologia como se fosse um instrumento completamente obsoleto, não é? e ... de uma forma

mais tradicional possível, que é ‘meus meninos agora carreguem no botão tal e façam assim’ e

toda a gente em coro faz precisamente o mesmo ao mesmo tempo. Aí é um mau uso, na minha

visão, da tecnologia. Agora, dar uma tarefa que pode ter um leque de opções e que cada aluno

fará na medida daquilo que sabe e de que é capaz, progredindo e sendo apoiado pelo professor

conforme as necessidades, já é um outro tipo de trabalho completamente diferente, seja

tecnologia ou não.

Ou seja, se o papel do professor difere um bocadinho quando está a dar uma aula com

tecnologias do que uma aula mais tradicional, o do aluno também muda automaticamente?

Forçosamente.

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Quais são as maiores diferenças?

Eu acho que há mais iniciativa da parte do aluno, há mais necessidade de reflectir e de pensar

sobre aquilo que está a fazer. Ele não faz só porque o professor manda fazer, ele faz mas tem que

ter definido aquilo que quer fazer. Tem que pensar ‘muito bem eu tenho que produzir um jomal,

agora como é que eu vou fazer isto? E ou organizar o meu jomal ao meu jeito e tenho esta

informação que eu recolhi. E com esta informação que eu recolhi o que é consigo fazer? E deixa-

me cá pedir a ajuda da professora, porque eu não consigo fazer nada. Ou deixa pedir a ajuda para

validar aquilo que já fiz. Ou deixa cá pedir mais uma sugestão, que isto está tão bom, deixa cá

ver se há mais uma ideia para melhorar. ‘ Portanto, dependendo do aluno a abordagem da tarefa

também tem que ser diferente. Não é seguir o modelo que a professora estipulou, tens aí o

exercício tal, faz a linha tal, tal e tal e é tudo igual.

Como é que achas que descreverias a inteirações entre os alunos, entre os pares, numa aula com

as TIC?

O convívio de uma aula normal.

São as mesmas? Achas que eles funcionam uns com os outros da mesma forma ou há

diferenças?

É assim... se compararmos que é um trabalho de grupo, se compararmos que é um trabalho de

grupo, numa situação ou noutra temos os problemas, os conflitos, as interacções, positivas ou

negativas, como num trabalho de grupo. Porque é uma construção em conjunto. E a tecnologia

neste caso vai trazer mais uma componente que é todos querem mexer no computador, e aí dá

confusão. Mas num trabalho de grupo com papel, também empurravam de uns para os outros que

é que vai escrever, e quem é que é o coordenador, e quem é que vai fazer a pesquisa, e tinham

que gerar um dinâmica de trabalho conjunto também. Portanto não era o linear, as coisas correm

bem de uma maneira ou correm mal de outra. Portanto há dinâmicas que se têm que gerar num

trabalho em conjunto, em turma ou em grupo, que numa aula normal, sem tecnologia, é

necessário organizar, e que numa aula com tecnologia também é necessário organizar de acordo

com valências que temos. Se tens o computador que toda a gente quer mexer, tens que dar

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normas de gestão do grupo. E isso treina-se. isso aprende-se. Por exemplo, quando o grupo não

funciona, porque é sempre a mesma pessoa que está a escrever e os outros também querem,

então tem que se instituir na turma a regra de que de 15 em 15 minutos muda quem escreve, por

exemplo. Se eles não conseguirem gerir, aí temos que intervir. Mas se eles conseguirem entre si,

porque há sempre um que quer, também pode haver sempre um que não quer, porque não tem a

mesma competência que os outros, porque custa a escrever, porque demora mais e os outros se

irritam, então ele põe-se há margem, diz que não quer a tarefa. Nós temos que agir perante essa

situação. Mas também já tínhamos que agir quando era com o papel.

Ou seja, não há muitas diferenças... se calhar a diferença maior, pelo que eu entendi, é que

numa sala de aula regular sem as tecnologias, se calhar, opta-se mais vezes por um trabalho

individual, do que por um trabalho de grupo. Ao passo que, quando trabalhas com tecnologias o

trabalho é, necessariamente, neste caso tendo em conta os computadores que há....

Não, há é uma estratégia diferente.

Então, há necessariamente uma estratégia diferente que envolve uma dinâmica de grupo

bastante semelhante à do trabalho de grupo na sala de aula.

É .

Portanto, em termos de dinâmicas de trabalho serão semelhantes....

Sim, à do trabalho de grupo. Agora há uma outra questão... que não é forçoso que na tecnologia

nós façamos trabalho de grupo. Porque a sala permite que dividir a turma em duas ou mais

tarefas e pode cada um ficar sozinho num posto de trabalho e o resto da turma estar no centro a

realizar tarefas.... em mesas com... a realizar tarefas com suporte papel, por exemplo. E aí a tal

diferenciação. Enquanto uns trabalham em suporte informático, produzindo uma ficha, ou um

texto, ou seja o que for, pesquisando... depois a turma, como temos 90 minutos, pode revezar.

Numa aula, metade da turma trabalha na máquina e outra metade trabalha no papel e na aula

seguinte trocamos. E a metade que esteve em suporte papel passa para suporte electrónico.

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Portanto, não é forçoso trabalhar em grupo. Mas é uma valência muito importante e muito

positiva para mim.

E em relação às interacções aluno professor, ou professor aluno, achas que variam, que diferem

numa aula em contexto T1C, ou são semelhantes?

Depende da aula regular. Como te dizia, se for um trabalho d grupo, é igual. A interacção é

precisamente a mesma. Depende do tipo de actividade que se está a fazer e não propriamente da

tecnologia que estás a usar. Numa aula em que se produz trabalho de grupo, tenha tecnologia ou

não tenha, a relação, a interacção do professor é diferente. Tens que acompanhar produto, tens

que dar apoio, feedback, motivação. Tenha ou não a tecnologia. Depende da estratégia e nunca

da ferramenta, nessa perspectiva da interacção. Isto porque a aula regular já não é tão regular

como isso.

Não sei se há outras questões que gostarias de abordar e que achas pertinente para esta

temática. Com tanta experiência que tens, há alguma coisa que tu aches que é de facto

importante e que não tenha sido aqui falado?

Quantidade não é qualidade. E o facto de ter feito muitas experiências não quer dizer que todas

elas resultem. Há turmas nas quais resulta melhor e outras que resulta pior. Há situações em que

por muito que eu tente, implementar inovação, criar actividades, fazer a diferença, usar as

tecnologias não resulta. E tenho a lamentar que haja realmente turmas em que turmas acabam por

ser privilegiadas em detrimento de outras, porque não só o professor faz a diferença, e há turmas

que com outro professor podiam ter o uso da tecnologia e não têm, e é pena. E quando sou

convidada a ir a essas turmas, porque o professor não se sente seguro, eu vejo brilhar aquela

gente com uma vontade de aprender. E tenho pena que realmente os professores ainda não

tenham a segurança necessária, porque passa por ter, não apenas a competência, mas a confiança

em si mesmo para avançar nesta práticas. E quando me pedem para lá ir e iniciar uma actividade

ou dinamizar alguma coisa, eu vou de muito boa vontade, porque sinto que aqueles alunos

também precisam, também mercecem, e é pena que ainda não tenham condição para também

poder fazer a diferença. Agora, isto passa por todos os professores um dia ganharem coragem par

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aprender e usar. E avançar na inovação. Mas acho que o efeito do contágio que podemos ter,

quem já usa bem ou mal, pode vir a contaminar, entre aspas, os que ainda não usam por

insegurança ou por não saberem. Também podem aprender. E avançar por ali. As turmas mais

difíceis, são o tal desafio de quanto mais difícil deixa cá ver se pelo menos com isto eu consigo

dar-lhes a volta. Claro que às vezes há um monitor que vai ao chão e há desgraça na sala, mas

eles também têm que aprender a não ser o elefante na loja de porcelana, não é? e se porque um

monitor foi ao chão, aquela turma inteira deixa de ter acesso, é triste. Porque há que insistir,

porque também não deixamos de fazer trabalho de grupo, ou outro tipo de estratégias, só porque

há um aluno que se porta mal na aula. Portanto, tudo isto é um processo que requer muita

paciência também, como a aula requer, mas a introdução da tecnologia mais ainda a certeza

daquilo que estamos a fazer e de que é esse o caminho. E às vezes vacilamos também nas

certezas. Às vezes parece... tem dias... parece que está tudo errado. Mas depois compra-se outro

monitor e pronto.

Esta entrevista vai ser transcrita e depois eu envio-te. E tu vais também acompanhar o resto do

estudo, esta é a primeira fase, e depois dar-te-ei o feedback Muito obrigada!

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ANEXOF

Matriz de análise da entrevista à professora

Categorias Subcategorias Indicadores . Unidades de registo

1° Contacto com as TIC

Inicio de utilização

Em práticas pessoais

- Para aí há uns dez anos que comecei a aprender a usar e, a pouco e pouco, comecei a integrá-las nas minhas práticas pessoais, no início, de construção de suportes para a aula.

Em contexto educativo

- Em contexto propriamente educativo na sala de aula já é mais recente. Tem para a í uns quatro anos, não mais.

Formação em TIC

Razões para a formação

Curiosidade — Achei que realmente era um mundo que precisava de aprender a usar.

— Por um lado a vontade de saber e de descobrir, sempre gostei muito, sou muito curiosa.

Interesseprofissional

- Além de me interessar em ver a valência que isso me podia trazer de qualidade para o meu trabalho.

- Por outro, a vontade de melhorar porque ...

- empenhei-me um bocado... descobrir mesmo o que é que podia tirar dali que me fosse útil em termos pessoais mas, em particular, em termos profissionais.

Tipos de formação

Formaçãoinformal

- Primeiro auto-formação, muita aprendizagem por tentativa erro. Teve que ser.

— Também acabei por ir aprendendo com os outros que também partilham destas ideias.

Formaçãoformal

— Mas também acções de formação das tradicionais, que faria para créditos e não só

— Acho que a formação que tive era formação pessoal, como utilizadora.

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Categorias ‘ Subcategorias Indicadores Unidades de registo

- As acções de formação inicialmente eram muito viradas para como é que se usa o Word, como é que se usa o Excel, como é que se usa, e não era nada a perspectiva pedagógica

— De qualquer modo, a primeira perspectiva das formações que tive fo i sempre virada para a utilização pessoal.

Potencialida des das TIC na educação

Como um instrumento de trabalho

Mais uma ferramenta

— E como qualquer outra ferramenta que existe e que nós podemos usar na sala de aula.

— Portanto acho que as tecnologias podem ser (...) um instrumento de trabalho para eles e para nós muito rica.

— Eu posso criar um role play, eu posso usar um video, eu posso usar um CD áudio, ou posso usar o computador. É mais uma ferramenta.

— um instrumento que facilita

Uma forma de aprender

- Portanto acho que as tecnologias podem ser uma fonte de aprendizagem para os alunos

- Tem que se conseguir ver na tecnologia uma forma de aprender, enquanto não se vir que através daquela ferramenta eles também estão a aprender,

Como fonte de inovação

Oferecemmuitaspotenciali­dades

— São a inovação, que vai transformar, acredito eu plenamente, vai transformar o sistema de ensino.

— Eu acredito pessoalmente, e acho que há mais quem acredite, que as tecnologias têm um leque de potencialidades para serem usadas na sala de aula que vão muito além das outras tecnologias mais tradicionais que já conhecemos

— As TIC são um mundo que podem oferecer mil coisas

Processo de Em contexto Fase da — isto passa muito pelo fascínio e pelo

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Categorias . Subcategorias . Indicadores ' Unidades de registo

integração das TIC na educação

geral da educação

descoberta deslumbramento também

— Tinha havido uma primeira fase de deslumbramento, de descoberta.

Fase da discussão

- Tem que se debater para se chegar à aprendizagem e para se integrar, como em tudo

- Agora estamos numa fase de consolidação depois de muito questionar.

- Acredito que essa evolução venha mas passa pela discussão, passa pela argumentação e é nessa fase que nós estamos... como é que vamos usar isto que tem tantas potencialidades.

Fase da integração

- E depois, teremos uma fase de integração em que as coisas já estarão completamente diluídas no nosso trabalho

Em contexto pessoal / da sua experiência

Progressão da complexidade de actividades

- Começámos pelas tarefas mais elementares, que foram a primeiras que eu realmente implementei, fo i a construção de texto.

- Comecei por realizar com os alunos actividades de produção de texto.

- A pouco e pouco essas actividades foram alargando a outras ferramentas e começar a integrar o PowerPoint

Dependente do aperfeiçoamen to decompetências tecnológicas da professora

- Conforme foram melhorando as minhas competências a nível do domínio das ferramentas, eu descobria potencialidades.

- Foi assim uma espécie de causa efeito, conforme eu ia aprendendo ia tentando implementar com os alunos actividades que dessem prática àquilo que eu tinha aprendido

- Uma pessoa tem tendência a trabalhar mais aquilo que se sente mais segura, não é?

- Só nessa altura é que comecei a consolidar os meus conhecimentos, a dominar a ferramenta e

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Categorias .. Subcategorias: Indicadores Unidades de registo

a poder pensar nela em termos de aplicação em aula

Razões para a utilização curriculardas TIC

Os aluuos Interesse dos alunos

- Comecei a ver que nos alunos também existia esse fascínio e essa vontade de aprender e de usar.

- E estimulante ver os bonequinhos e as bolinhas e os balões. Eles são do mundo da imagem. E esta é uma linguagem que, quer queiramos quer não, é o mundo deles

- A tradição não traz o incentivo do entusiasmo, que com a máquina à frente é automático

- E o entusiasmo com que eles vêm para aprender e depois abre-se um mundo de mil coisas que podemos fazer.

Novas formas de trabalhar

Poderrelacionar com os conteúdos da disciplina

- Comecei a ver que as coisas até se relacionavam

- Fariam uma aprendizagem de conteúdo da língua inglesa e ao mesmo tempo uma aprendizagem de forma,

- Continuou a ser um trabalho sobre um conteúdo da disciplina, só que apresentado de uma forma diferente

- Permite valências informais e também um trabalho de conteúdo, portanto tem essas duas vertentes.

Inovação e criatividade nos trabalhos

— Em vez de usarmos o suporte papel, a folha normal, produzir em suporte informático.

— Uma aprendizagem de forma, que seria diferente da form a tradicional

— Portanto o produto como objectivo diferente, ser diferente

— Descobri que através de uma apresentação electrónica o trabalho poderia ter um outro

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Categorias.; Subcategorias Indicadores' Unidades de registo

impacto perante a turma

— Apresentado de uma forma diferente, muito mais ligada ao que é o mundo deles e da sociedade actual do que propriamente o tradicional trabalho que é entregue de pesquisa com não sei quantas páginas.

Constran­gimentos na utiiização curricular das TIC

Recursos / equipamentos

Problemas técnicos que surgem

- Muitas vezes as máquinas falham (...) Não é fácil.

Característi-cas e compe-tências dos professores

Competênciastécnicas

- Se formos competentes o suficiente para usarmos uma determinada tecnologia, ela resulta.

- Uma pessoa tem tendência a trabalhar mais aquilo que se sente mais segura, não é?

- só nessa altura é que comecei a consolidar os meus conhecimentos, a dominar a ferramenta e a poder pensar nela em termos de aplicação em aula.

Competências de utilização pedagógica das TIC

- Depende também do professor.

- Há quem use apenas como um retroprojector e então, aí, limita, se calhar, mas também usa

Falta de segurança

- Ainda não tenham a segurança necessária, porque passa por ter, não apenas a competência, mas a confiança em si mesmo para avançar nesta práticas

- Passa por todos os professores um dia ganharem coragem par aprender e usar

Utilizações curriculares das TIC

Frequência da utilização

Dependente da pertinência para os objectivos

- Como todas as ferramentas não são para usar todos os dias todas, portanto, numas alturas dará mais jeito um determinada ferramenta, noutras outra, conforme os objectivos.

- Agora não é a tecnologia por si.

- Só que não vai se usado porque não é esse o

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Categorias . Subcategorias Indicadores Unidades de registo

objectivo daquela aula.

- Se servir o objectivo da aula, com certeza, porque não. Se não serve o objectivo, não faz sentido.

Ferramentasutilizadas

Ferramentas de Produção

- Por exemplo o PowerPoint, usar essa ferramenta para fazerem o mesmo que já faziam para a apresentação dos trabalhos

- Comecei por realizar com os alunos actividades de produção de texto

- Utilizo o Excel também e o Publisher, portanto a edição de folhetos e de jornais

- A utilização do ClassServer como ferramenta de construção de conteúdos e para eles trabalharem, resolução de fichas, feedback

Ferramentas de Informação eComunicação

- A í temos a Internet com os motores de buscas e uma série de ferramentas de comunicação, pesquisa e comunicação, que também tento privilegiar

- 0 e-mail é precioso no início do ano.

- Toda a gente tem mail, toda a gente comunica com a professora, nem que seja a dizer olá bom dia e pronto

- Utilizamos também o Messenger muitas vezes.

- Costumo ter um grupo de discussão para a turma. Portanto, cada turma tem um espaço onde partilham informação, sugestões, comunicam, deixam trabalhos, quando são trabalhos, quando não são imagens ...

Exemplos de actividades

Actividade de comunicação

- Uma actividade de comunicação intercâmbio que fizemos o ano passado com uns alunos da Noruega, implicou produção escrita de textos significativos, porque eram cartas e mensagens para os colegas que estavam na Noruega e que só em inglês iriam perceber, e que além disso

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Categorias Subcategorias Indicadores . Unidades de registo

usavam através da Internet para mandar mails e por aí fora, e, ao mesmo tempo, a produção oral. Gravaram a voz, transmitindo mensagens, que em inglês tinham que ser, não é, para os colegas que estavam na Noruega.

Actividade de produção

— Por exemplo, no 1 °período tivemos o tema dos jogos paralímpicos. Os jogos olímpicos já tinham sido, estava na época de se realizarem os jogos paralímpicos e o desafio que eu lancei à turma foi, vamos recolher informação em todos os suportes que conseguirem, desde pesquisarem no centro de recursos a pesquisarem na sala de aula, por exemplo na Internet, a recolherem revistas, a recolherem jornais, a pesquisa tradicional também... perguntar ao tio, ao primo ao vizinho o que sabem sobre os jogos paralímpicos. Recolhida essa informação trazem para aula. Entramos em actividade de aula, vamos produzir. Então, com a recolha da informação, em grupos de três, no máximo, produziram um jornal. Utilizando o Word, construíram um jornal que tinha

forçosamente que ter um rosto, tinha uma estrutura que eu lhes dei e nesse jornal tinham os conteúdos que foram descobertos em termo de informação e divulgaram as suas descobertas em suporte electrónico. Com competências informáticas que seriam a estrutura da folha, formatação digitação de texto, e tudo mais, inserir imagem, competências tecnológicas, mas também, e principalmente, as competências linguísticas.Ou seja, um dicionário ao lado do computador, ou um dicionário electrónico que também os ensinei a utilizar e uma aplicaçãozinha que lá têm para traduzir, um recurso também de língua inglesa, e a produção fo i fe ita em inglês. 0 vez do formato tradicional do texto de pesquisa, tiveram que produzir duas páginas de jornal, que era obrigatório ter duas páginas, portanto o rosto e uma página de conteúdo, que depois compilámos, seleccionamos, e se tomou um jornal da turma, com toda a informação que a turma recolheu, depois de ter passado por uma

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.Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

fase de pequeno grupo.

— Por exemplo, vamos iniciar o tema dos países anglófonos e cada grupo irá fazer pesquisa sobre um país e depois apresentará à turma, produzindo na aula inicialmente e com a parte da componente oral, que não testamos no trabalho do jornal, mas que iremos testar nessa apresentação. Porque aí vão ter que fa lar para mostrar aos colegas aquilo que descobriram.

— a construção de questionários neste momento estamos na fase do Excel com a construção de questionários sobre o tema da escola, portanto tem a ver com o contexto escolar, portanto, eles estão a fazer perguntas aos colegas sobre como é que vêm a escola, o que é que pensam, em inglês, com vocabulário que é de inglês

Aspectospositivos

Acesso à informação e comunicação

- Permite-os aceder a um mundo imenso que pode ser perigoso, mas que é um mundo de informação que nunca houve.

- Ê informação e é comunicação. E permite-nos comunicar com alguém

- Se não fosse as tecnologias, eu não tinha tanta, tanta, pode não ser boa, mas eu não tinha tanta informação, eu não tinha tanta possibilidade de comunicar com gente tão distante.

Motivação dos alunos

- Pela motivação que a ferramenta lhes traz

- Se calhar, na folha de papel, não era tão atraente.

Desenvolvi­mento de competências sociais

- Mas também para construir como pessoa. Eu vou descobrir outras pessoas e outros mundos...

- E a parte de componente humana que também é muito importante. 0 conseguir descobrir que os outros não são tão diferentes assim, e aceitar a diferença e temos as componentes sociais e

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Categorias Subcategorias . Indicadores Unidades de registo ' -

transversais, que são do currículo, e que são importantes também, essas valências da interacção, da colaboração, da aceitação do outro, do não cair na discriminação, no preconceito, tudo isto é construído pela comunicação

Desenvolvi- mento da autocrítica dos alunos

- Eles têm que ser trabalhados para a autocrítica e para o espírito de sentido crítico deles próprios. Eles próprios têm que saber, e isso é uma mais valia, é serem capazes de diferenciar aquilo que tem qualidade daquilo que não presta, daquilo que é pertinente para uma aula e aquilo que não é pertinente naquele contexto

- 0 critério é mais fazer-lhes perceber que há coisas que são significativas, e eles conseguirem o espírito crítico

Aspectosnegativos

Riscosassociados aos Media

— Os riscos precisamente de tanta informação e da valência multifacetada da comunicação. A pedofilia é um risco. A pornografia, o acesso à pornografia é um risco

— Há mil coisas negativas que nós encontramos nos outros Media também. Portanto isto também tem

Isolamento dos utilizadores

— 0 isolamento, que tanto se fala, do mundo, que cada um se fecha mais em si, se abstrai.

Objectivos da utilização das TIC em aula

Dinâmicas da aula com recurso às TIC

No domínio de competências especificas da língua inglesa

Comunicação em língua inglesa

- Acho que quando eu defino os objectivos, o objectivo é da disciplina de inglês e o que eu pretendo é que eles aprendam a comunicar utilizando a língua inglesa. Essa é a base.

- E uma competência que se tem que aprender e que na sala de aula eu posso ensinar a usar o dicionário e posso ensinar a usar o editor de texto, e posso ensinar a usar o gravador e gravar a própria voz e entrarem em diálogo com outro e fazerem a gravação, e ouvirem aquilo que disseram, se disseram bem ou não, se a entoação, se a pronuncia está correcta em

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Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

relação a determinada palavra,

— Neste momento, eles entram no Messenger e comunicam com um friend algures na Austrália.

— Essa actividade de comunicação serviu o objectivo da língua oral e escrita, além de desenvolver competências de comunicação.

— 0 inglês fo i o objectivo, comimicar com alguém no estrangeiro fo i a actividade

— 0 que è que fizeram no fundo? Aprenderam a dizer bem as palavras em inglês

— Permite-nos comunicar com alguém, neste caso, para servir a aprendizagem da língua inglesa.

Conteúdos do programa de língua inglesa

- Eu não ensino o PowerPoint para eles saberem o PowerPoint, eu ensino, como na óptica do utilizador, podem rentabilizar aquela ferramenta para apresentar o trabalho de inglês, porque é esse o grande objectivo.

- As competências da língua inglesa estavam lá expressas, até as competências em termos de domínio de vocabulário e da gramática. Portanto o vocabulário implicou a utilização do dicionário, o domínio de conteúdo, o campo lexical, e por aí fora. E depois as competências gramaticais porque tudo era relatado no simple past que era a matéria que estávamos a falar, portanto, tinham que utilizar os verbos no passado.

- Eu não consegui convencê-las de que ao produzirem texto de forma produtiva, aplicando conhecimentos, eles estavam a dar a matéria.

No domínio decompetênciastransversais

Colaboração - E com esse texto usaram diversas competências e em colaboração, porque o trabalho não fo i fe ito individualmente, em colaboração uns consultavam o dicionário, depois passavam a outro e era ele que validava, depois era o outro que dizia olha tenho mais esta noticia, que

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Categorias: Subcategorias . Indicadores Uoidades dè régistò

completava com informação

Organizar ideias e o pensamento

— Temos aqui uma valência que eu acho que ainda não falámos, que é, aprender a pensar de outra maneira

— A pouco e pouco, vão aperfeiçoando a forma de organizar as ideias num texto. E isso é ajudar a pensar. Com isso, a tecnologia pode servir na disciplina de inglês como qualquer outra disciplina.

— E com isto facilitamos competências transversais também, não da língua apenas inglesa, mas para a história, para o português, para a matemática, matemática também e porque não. Organizar ideias é uma competência essencial:

Utilizarferramentastecnológicas

- Exigir um outro tipo de trabalho aos alunos e de outro tipo competências, que eles iam ter que adquirir, aperfeiçoar, aplicar para depois apresentar o trabalho à turma

— Conseguem porque usam competências da língua e usam competências informáticas

Estratégias de trabalho

Trabalho de grupo

— Se compararmos que é um trabalho de grupo, numa situação ou noutra temos os problemas, os conflitos, as interacções, positivas ou negativas, como num trabalho de grupo.

- Há dinâmicas que se têm que gerar num trabalho em conjunto, em turma ou em grupo, que numa aula normal, sem tecnologia, é necessário organizar, e que numa aula com tecnologia também é necessário organizar de acordo com valências que temos.

Trabalhoindividual

— A sala permite que dividir a turma em duas ou mais tarefas e pode cada um ficar sozinho num posto de trabalho e o resto da turma estar no centro a realizar tarefas.... Em mesas com... a realizar tarefas com suporte papel, por

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Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

exemplo.

Diferenciaçãopedagógica

- (o uso das tecnologias favorece essa diferenciação?) Claro. Claro, porque não fazem todos a mesma coisa. Cada um fa z ao ritmo daquilo que sabe e daquilo que é capaz, não é? Tentando progredir, mas na sua própria linha

- Dar uma tarefa que pode ter um leque de opções e que cada aluno fará na medida daquilo que sabe e de que é capaz, progredindo e sendo apoiado pelo professor conforme as necessidades, já é um outro tipo de trabalho completamente diferente, seja tecnologia ou não

- A í a tal diferenciação. Enquanto uns trabalham em suporte informático, produzindo uma ficha, ou um texto, ou seja o que for, pesquisando... depois a turma, como temos 90 minutos, pode revezar

Atitude do aluno

Maiscriatividade

- Eles são criativos, eles fazem o trabalho, eles têm uma tarefa a cumprir

Maiorautonomia

- Que há mais iniciativa da parte do altmo, há mais necessidade de reflectir e de pensar sobre aquilo que está a fazer. Ele não fa z só porque o professor manda fazer, ele fa z mas tem que ter definido aquilo que quer fazer. Tem que pensar 4muito bem eu tenho que produzir um jornal, agora como é que eu vou fazer isto? E ou organizar o meu jornal ao meu jeito e tenho esta informação que eu recolhi. E com esta informação que eu recolhi o que é consigo

fazer? E deixa-me cá pedir a ajuda da professora, porque eu não consigo fazer nada. Ou deixa pedir a ajuda para validar aquilo que

já fiz. Ou deixa cá pedir mais uma sugestão, que isto está tão bom, deixa cá ver se há mais uma ideia para melhorar.

Maisentusiasmo e empenho - A paixão deles todos. Essa é a maior diferença.

- É que estão de imediato todos colados‘professora posso ligar o computador? ' assim

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Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

que entramos.

- Eu via a turma toda envolvida e empenhada em participar naquela actividade, e com um entusiasmo, que se eu lhes mandasse ler ma página do texto do manual, se calhar não tinha aquele envolvimento e aquele empenho

- Houve um grande empenho deles (...) Se eu lhes desse um texto para ler, se calhar, o empenho não era tanto, digo eu, não sei.

- É o entusiasmo com que eles vêm para aprender e depois abre-se um mundo de mil coisas que podemos fazer.

- eu vejo brilhar aquela gente com uma vontade de aprender.

Atitude do professor

Dependente do tipo de aula

- Depende do tipo de actividade que se está a fazer e não propriamente da tecnologia que estás a usar.

- Depende da estratégia e nunca da ferramenta, nessa perspectiva da interacção.

- Aliás há modelos tradicionais que funcionam lindamente. E a aula expositiva não deixa de ter as suas qualidades e a sua pertinência não é?

- É uma outra técnica, em que tu, ao fazeres uma aula expositiva consegues clarificar para toda uma turma, que tem que estar com atenção, um determinado conteúdo, não vejo que isso necessariamente tenha que passar pelo uso das tecnologias.

Orientador do trabalho dos alunos

- A professora circulava a 100 à hora na sala porque é necessário dar apoio a este tipo de

__aulas.

- Numa aula em que se produz trabalho de grupo, tenha tecnologia ou não tenha, a relação, a

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43

Categorias. ' Subcategorias ; Indicadores Unidades de registo

interacção do professor é diferente. Tens que acompanhar produto, tens que dar apoio, feedback, motivação.

- Temos é que saber orientar também. Portanto a ideia não é controlar, mas orientar. Há premissas. Há regras.

- Eles são orientados para a tarefa

- É evidente que eu vou passar a ser um acompanhante, um andaime, alguém que ajuda à construção de, monitoriza, no fundo, aquilo que eles estão a fazer, dá feedback, dá sugestões que têm que ser aplicadas a novos contextos

- A minha função como professora é completamente diferente. Não estou ali numa de eu vou dar a aula, vou ensinar e agora toda a gente fa z igual. Não tem nada a ver.

- Eu vou controlando e vende se precisam de ajuda, dou algum apoio

Adaptação anovoscontextos

- São práticas pedagógicas que têm que ser aplicadas a novos contextos. Mas são na mesma práticas pedagógicas

- Eles não conseguirem gerir, aí temos que intervir.

- Nós temos que agir perante essa situação. Mas também já tínhamos que agir quando era com o papel

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44

ANEXOG

Guião da entrevista aos alunos

I. Tema

• A utilização das TIC na sala de aula ao serviço do currículo e dos objectivos nele

definidos.

II. Objectivos gerais

• identificar experiências de uso das TIC em contexto de aula;

• entender de que modo os alunos relacionam as utilizações das TIC com as aprendizagens

das aulas;

• recolher as suas opiniões sobre o que mudou, ou pode mudar, nas aulas com as TIC.

H l. Estratégia

• A entrevista será feita aos alunos, em grupo, presencialmente.

• Será realizada em local escolhido pelo entrevistador, na escola, procurando que seja um

espaço neutro, sem constrangimentos de tempo, ruído ou interferências de outros.

• Será feito o registo áudio;

• Ocorrerá mediante marcação prévia.

Bloco .Objectivos específicos Questão exemplò

A

Legitimação da entrevista e motivação.

-Explicar a finalidade da entrevista;

-M otivar os entrevistados;

—Garantir o anonimato e confidencialidade dos dados e informações

• Informar sobre as finalidades da entrevista e do estudo de investigação;

• Explicitar da importância desta entrevista para a circunscrição da problemática a investigar, colocando a tónica na entreajuda e interacção;

• Colocar os entrevistados como membros indispensáveis na investigação;

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prestadas. • Assegurar a confidencialidade das informações e dados prestados pelos entrevistados;

• Assegurar o anonimato;

• Pedir autorização para que a entrevista seja gravada.

B

Utilizações das TIC em aula

- Saber de que modo os alunos utilizam as TIC nas aulas e quais as vantagens e desvantagens que encontram.

• Que recursos TIC utilizam nas aulas?

• Que actividades costumam realizar?

• Quais são as actividades que menos / mais gostam de fazer? Porquê?

• Quais os aspectos positivos de utilizar as TIC em aula?

• E quais os negativos?

C

As aprendizagens feitas com

recurso às TIC

- Entender como os entrevistados percepcionam a relação entre a utilização das TIC e as suas aprendizagens.

• 0 que aprendem quando usam as TIC na sala de aula?

• 0 que aprendem / aprenderam de Inglês com a utilização das TIC?

• A utilização das TIC influencia o que aprendem ou como aprendem? Porquê?Como?

D

Dinâmicas das aulas com

recurso às TIC

- Conhecer asrepresentações dos entrevistados relativamente às características das interacções e dinâmicas da aula de Inglês em que se utiliza as TIC

• Quais são as maiores diferenças entre uma aula de Inglês numa sala TIC e numa sala regular?

• A atitude da professora é diferente em aulas que utilizam as TIC? Quais são as diferenças?

• E quanto aos alunos, acham que há diferenças? Quais? Porquê?

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46

E

Recolha de - Recolher informação • Que outras questões / pontos gostariam deinformação e complementar que abordar?

elementos não estejacomplementares contemplada nas • Assegurar que será dado feedback do estudo

questões anteriores. aos entrevistados.

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ANEXOH

Protocolo da entrevista aos alunos

Realização

Local: Escola dos Alunos

Data: 05 de Julho de 2005

Já sabem o porquê da entrevista?

A l - Sim. E para um projecto que a stôra está a fazer lá para um curso.

Já f iz entrevista à professora, já observei as aulas e agora faltava-me ter a opinião dos alunos.

Que é importante ou não?

A 1 - E. Porque precisa de ter uma ideia como os alunos reagem às aulas com os computadores e

isso tudo.

Exacto. E o que é que vocês usam nos computadores?

A l - Não é só o que a stôra diz. (risos)

O que é que costumam usar mais nas aulas?

A 1 - O que a stôra pede mais para usar é ... fazer pesquisa na Internet para fazermos trabalhos e

tivemos a fazer jogos onde usávamos outros programas.

E usaram o quê? Com que é que fizeram jogos? Eu estou a fazer as perguntas para os dois, por

isso pode responder quem quiser, está bem?

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A2 - O Hotpatotoes, o Word, o PowerPoint e também já utilizamos aquele Crosswords. E o

Excel.

A l - E há um que, não sei como é que é o nome, dá um pista e depois tem três hipóteses.

A 2- E o Hotpatotoes.

A l - É .

E são vocês que constroem isso?

Al - Sim.

E é muito dificil?

A2 - Não.

A l - H u m . . .

O que é que é mais dificil nessas aulas em que utilizam os computadores? Nas aulas de inglês

em que utilizam o computador para trabalhar o que é que é mais dificil?

A2 - As vezes é a tradução do português para inglês.

Vocês fazem a tradução é?

A l - E. Nós na tradução costumamos usar o Google, tem lá um programa que nós escrevemos

em português e ele traduz automaticamente para a língua que quisermos.

A2 - Às vezes não está certo.

E depois como é que se faz?

A2 - Pedimos ajuda à stôra.

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E usam muitas vezes o programa de tradução? É a primeira coisa que usam?

A 2-N 3o .

A l — Não tentamos primeiro fazer mas isso é difícil porque depois não se sabe uma palavra e

estraga-se a frase toda. E não dá.

Então o mais dificil é escrever as frases não é utilizar os programas.

A l - É .

Aprender os programas é fácil?

A l - É .

O que é que gostam mais de fazer nessas aulas de inglês na sala de informática?

A 1 — Eu gosto mais de fazer é quando já estão os projectos acabados e andamos todos a circular

e a ver os projectos dos outros e a fazer e isso.

Portanto ver o que os outros fizeram. Mostrar o que também fizeram.

A l - Sim. Eu para mim acho que sim.

E da parte de trabalhar enquanto os estão a fazer, quais são as actividades que gostam mais?

A2 - Hum

Vocês fizeram actividades diferentes. As vezes os grupos fazem actividades diferentes uns dos

outros, não é? O que é que gostam mais? Pesquisa, PowerPoint, fazer jogos, gravar som?

A 1 - Na pesquisa quando cada um tem umas opiniões e gosto disso não sei... é quando surgem

assim muitas opiniões e depois começamos a discutir entre nós o que havemos de meter e não.

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No trabalho de grupo?

A l - Sim.

E tu?

A 2 - É tu d o .

E o que é que gostam menos? Quais são as actividades da aula que vocês têm menos vontade de

fazer?

Al - Os testes! (risos)

Mas os testes não são feitos no computador ou são?

A 2-A lguns.

A l - Alguns temos os verbos e depois a stôra põe lá perguntas e frases e nós temos que meter os

verbos.

E é melhor fazer assim ou é igual?

A2 - As vezes é engraçado. Mas outras vezes...

A 1 - Às vezes é chato.

Há diferenças entre fazer assim e fazer no papel?

A2 - Eu acho que sim.

A l - Eu também acho que sim.

Quais são?

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A l - É que se nós formos o segundo a fazer já lá está a resposta. Pomos a primeira letra e vem o

verbo.

A2 - Mas às vezes está errado.

A l - Pois às vezes está errado.

A í é mais fácil. E só por isso que é mais fácil?

A l - N ã o .

A2 - Eu acho que é mais difícil no computador.

A l — Não é mais fácil no computador.

A2 - Porque quando nós escrevemos parece que temos memória fotográfica com a nossa letra,

pelo menos é o que me dá a parecer. E quando nós escrevemos no computador é completamente

diferente.

A l - Eu não acho.

A2 - Pelo menos é a minha opinião.

A l - Eu não acho. Para mim é mais fácil porque não tenho que estar concentrado com a caneta

ali a escrever bem, é diferente, é mais não sei explicar, é diferente.

Preferias fazer no computador? Mesmo que não tivesse a hipótese de ver a resposta dada antes?

A 1 - Mesmo que não tivesse essa hipótese.

Os testes são o que gostam menos. E sem ser os testes? Geralmente o s testes é sempre o que

gostamos menos. Gostam de tudo igual ou há alguma actividade que vos custe mais?

A2 - Houve uma actividade que nós fizemos que era uma ficha dos verbos.

Isso era tipo um teste?

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A2 - Exacto.

A l - Nós fazemos no computador testes, que é no ClassServer.

Há vantagens em fazerem no ClassServer? Como é que é? Fazem e depois?

A2 - Vemos a nossa pontuação.

Vêem logo na altura?

A2 - Sim.

E isso é bom ou mau?

A2 - Às vezes é bom outras vezes é mau.

A l — È bom. É bom porque não estamos naquela angústia de quando é que vamos saber a nota.

Porque quando é assim às vezes até nos tira a atenção. Quando estamos à espera de um teste em

que a nota é importante para passar ou para ter positiva ou não, estamos ‘será que eu tive boa

nota, como é que será agora’. Assim não estamos nessa angústia, recebemos logo a pontuação e

vemos logo ou mal ou bem.

Acham que deviam fazer às outras disciplinas mais fichas no ClassServer?

A l - Sim.

Mas se calhar não dá para tudo ou dá?

A l - Dá. As stôras é que têm de fazer a ficha no computador e depois fazer logo a auto

correcção.

Mas um teste de ClassServer não é igual a um de papel ou é? Dá para fazer tudo?

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A l - Sim.

Mas aí não é só preenchimento de espaços?

Al - Sim. Mas também há frases.

E são vocês que as escrevem?

A l - Sim. E recebemos logo o resultado também.

E textos grandes não?

A l - È só frases de compreensão de texto.

A2 - Discurso Indirecto e Directo.

A l - Sim, fizemos para o Romeu e Julieta e para o Shreck umas de compreensão da história.

A2 - Ah sim.

O que é que aprendem? E uma aula de Inglês. Vão para a sala de informática mas continua a

ser uma aula de Inglês. Este ano usaram muitas vezes essa sala, não foi?

A l - O ano passado usávamos muito mais. Este ano houve uma altura em que nos portámos mal

e a stôra proibiu-nos de ir para lá. Foi entre o meio do Io período e o meio do 2o não fomos.

A2 - Foi castigo.

O que é que aprendem de Inglês quando estão na sala de informática? O que é que

aprenderam?

A2 - Aprendemos o Simple Past

A l - O Past Participle

A2 - O Present Continuous, o discurso directo e indirecto. O to be no passado.

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A l - A activa...

Isso é gramática. E além da gramática?

A2 - Fizemos várias actividades. Actividades do Romeu e Julieta, do Shreck.

Que actividades foram essas? O que é que tinham de fazer?

A2 - No Schreck tínhamos que fazer uma continuação da história.

A l - Como se fosse o Shreck 3.

Tinham que escrever era isso?

A l - Tínhamos que fazer o nosso filme do Shreck.

E correu bem?

A l - Eu acho que não chegámos a acabar. Acho que não. Acho que a stôra depois deu uma coisa

mais importante que era para fazer e não acabámos.

A2 - Isso foi no Io período acho eu.

Portanto já disseram que aprenderam gramática. Mas aprenderam porque estavam a usar os

computadores?

A2 - Aprendemos porque era a matéria.

Então era matéria e aprenderam também na sala de aula em que não utilizam os computadores.

Houve alguma coisa que aprenderam de diferente ou de maneira diferente por estarem a usar os

computadores?

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A l - Por estar a usar os computadores? Estamos naquela que temos que saber isto, mas estamos

mais descontraídos, mais divertidos a fazer as coisas no computador e aprendemos melhor.

Acham que aprendem melhor? Ou sentem que aprendem mais?

A l - Eu acho que sim.

Porque estão mais descontraídos? É só por isso?

A l - Sim.

A2 - Não estamos naquela situação nervosa de esta sempre a estudar, a estudar a estudar. Não.

Fazermos algo no computador é muito mais divertido e sem aquelas preocupações de estar

sempre a estudar.

E acham que aprendem? Ou acham que aprendem muito tempo a arranjar fotografias e a

imagem e que se não fizessem isso aprendiam mais?

A 1 — Não. Porque assim também não temos que estar a assimilar tanta matéria e é melhor para

nós.

É mais fácil?

A 2 - É .

Mas vocês têm que assimilar e depois têm que usar o que assimilaram não é? Em qualquer

disciplina nós temos que interiorizar, aprender e depois usar isso. Com o computador é mais

fácil mostrar aquilo que aprenderam, em termos de vocabulário, comunicação, gramática? Ou é

mais difícil?

Al - Eu acho que é mais fácil.

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Na aula vocês comunicam uns com os outros em português, não é?

A2 - Sim. As vezes, sim.

O inglês é mais para a escrita, é isso?

A l - Sim.

Preferiam falar mais em inglês?

A l - Se calhar não, porque a professora põe-se para lá a falar e nós não percebemos nada.

Mas acham que aprendiam mais?

A l — Se calhar. Mas também a professora estar para ali a falar em inglês e nós não percebermos

não dá para nada.

A2 - (Risos)

Mas vocês utilizam coisas na Internet que são em inglês ou não?

A l - Sim.

E é mais fácil ou mais difícil ler coisas em inglês na Internet e ler num livro ou num texto em

papel?

A l - A Internet tem mais imagens e nós tiramos também o sentido pela imagem.

E aprendem também as palavras ou ficam só pelo significado das imagens?

A l - Sim, ao saber a frase depois... Algumas. Também não decoramos assim a palavra à

primeira.

r~:j l-acuidade de Ps!coíoo'ci j e C iências d a ’fç lucaçào ! Un ivarsidade óe Lisooa í BIBLIOTECA

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Acham que é positivo ter aulas na sala de informática?

A l - Eu que sim. O saber em si é igual, só que depois com as imagens tira-se o sentido à frase e

aprende-se. Ajuda.

E na parte de escrever, também ajuda?

A2 - As vezes sim.

A l - Sim. Porque às vezes quando escrevemos mal aparece lá sublinhado e depois corrigimos. E

até podemos ver como a palavra se escreve e assim também podemos emendar.

Podem fazer as coisas logo na altura é isso?

A 2 - É .

Al - Sim. Não temos que estar tanto à base da stôra, que a stôra tem que ir ver se está bem

escrito. O computador dá-nos logo a ideia.

Vocês aprendem com esses erros ou nem reparam muitas das vezes?

A l - Quando dá erro, carregamos lá no botão e vemos a palavra. Outras vezes quando é para o

despacha não.

Quais são os aspectos mais positivos que vocês vêem em utilizar as tecnologias na aula?

A2 - Acho que ficamos a aprender um pouco mais sobre as tecnologias. E na maior parte das

vezes os computadores éstão em inglês e os vários programas estão em inglês e também estamos

a aprender um pouco mais.

Esse é um dos aspectos positivos? E outros?

A2 - Hum

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Ter aulas de inglês na sala de informática. Vocês recomendavam ou não?

A2 — Sim.

A l - Sim.

Porquê?

A2 - Porque é mais divertido.

A l - É .

É só porque é mais divertido?

A l - Não. É outra maneira de aprender. Não sei dizer porquê mas é.

Não sabes? Tenta lá. O que é que é diferente?

A l - H u m

Vocês têm uma aula de inglês por semana que não é na sala de informática.

Al - Sim que é de 45 minutos, à quarta.

E também já tiveram aulas de 90 minutos de inglês em que não iam para a sala de informática e

têm as outras disciplinas todas, certas? Porque é que achas que o aprender é diferente?

A l - É aquela de não estar como o livro à frente e a estudar e... ali assim... a virar páginas e a

decorar. É mais tempo na conversa, é divertido falar com os colegas e vamos aprender a fazer

coisas.

E aprendem mesmo ou não?

A l - Sim.

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E depois como é que são os resultados dos testes?

A l — Ainda não recebemos o último.

E nos outros, como costumam ser os resultados?

A2 - Normalmente são bons. Depende.

As aulas são diferentes. Dizem vocês uma maneira diferente de aprender e depois vão fazer

testes que são iguais, em papel, com interpretação de texto, composição, etc. Os resultados

depois são bons?

A l - S ã o .

A2 - Depende do aluno.

A l - Mas eu acho que são melhores. Quando eu passei para o sétimo e comecei com esta stôra,

comecei a tirar mais positivas, porque eu a inglês era sempre negativas, negativas altas, mas

estava sempre nos 45. Quando começámos a fazer isso comecei a subir mais a nota.

Quando começaram a usar as salas de informática?

A l - Pelo menos comigo. Agora com as outras pessoas não sei.

A2 - A mim também. Nos outros períodos tive 4 e agora comecei a empenhar-me mais por causa

do trabalho de grupo e consegui ter um 5.

E aspectos negativos? Há? Coisas negativas ou dificuldades?

A2 - Há.

A l - H á .

A2 — Por exemplo nos computadores acho que nos comportamos um bocado mal do que na sala

de aula... (risos)

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A 1 - E não é só isso... É que nos computadores quando não estamos a gostar do trabalho puxa-

nos a atenção para fazer outras coisas...

A2 - Para jogar cartas (risos)

Também acontece não estar a gostar do trabalho?

A l — Há um amigo meu que está na escola e tem aulas ao mesmo tempo que e, nós às vezes

falamos no blá e assim.

Ele também está em aulas?

A l - Sim, ele está numa escola profissional, na naval. Aquilo é mais deixa correr. Os professores

não se importam.

E aqui a professora importa-se?

A l - Quando nos apanha às vezes ralha.

E porque é que vocês fazem isso quando não é trabalho da aula? Nem sequer é em inglês pois

não?

A l - Não.

A2 - (risos)

Se fosse era bom para a aula.

A2 - (risos)

A l -N ã o sei...

A2 — As vezes não estamos interessados.

A l - É isso...

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Acontece muitas vezes?

A2 - Comigo não.

A l - Comigo algumas (risos).

A2 - As vezes não trabalho no computador mas estou a falar com o colega do lado.

E acontece porquê? Porque a tarefa que têm para fazer é chata? Porque estão como

dificuldades?

A l - Porque não estamos com cabeça. Não nos apetece fazer aquilo e vamos fazer uma coisas

que nos descontraia.

E essa distracção só acontece na aula de inglês, quando estão na sala de informática ou

acontece noutras aulas de maneira diferente?

A l - Acontece noutras aulas

A2 - E de maneira diferente

A l - E com papelinhos. O professor está a dar a matéria e nós estamos a fazer isso

A2 - (risos)

Isso não acontece por estarem com o computador à frente. Acontece é de maneira diferente é

isso?

A l - Sim. E uma maneira que é mais fácil. Não é preciso estar a controlar a professora a

escrever. Ali temos que passar papéis e isso é mais complicado!

Isso não leva a que trabalhem menos?

A l — Sim.

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E que aprendam menos?

A l - Sim

A2 - Pois é.

O nosso colega aqui acha que aprendem melhor quando utilizam os computadores, por outro

lado também se distraem mais é isso?

A l - S i m .

A2 - Exacto, (risos)

E mesmo assim acham que compensa?

A l - Compensa porque damos a mesma matéria como se estivéssemos na sala. Não sei. É que se

estivesse numa sala a dar matéria também gostava de me distrair com outras coisas. Por isso...

E o comportamento? São mais agitados na sala de informática?

A 2 -P o i s . . .

Al - Sim mas às vezes na sala de aula também. Aquilo é um festival às vezes.

São esses os únicos aspectos negativos que encontram? O comportamento e a distracção?

A l - Sim.

A2 - Sim.

Vocês têm, no caso de inglês, uma aula na sala normal, de 45 minutos, e outra aula, de 90

minutos, na sala de informática. Quais são as maiores diferenças na aula de inglês nessas salas

diferentes? Há diferenças?

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A l - Diferenças há.

A2 - Acho que sim.

Quais são as maiores diferenças?

A l - Os trabalhos podem ser trabalhos mais elaborados porque a nossa turma não pode ir todá

para os computadores do CRE porque depois não há para os outros e ali temos todos os

computadores, o grupo divide-se, uns estão a pesquisar no computador e os outros estão a

trabalhar no papel e é mais rápido, mesmo que me distraia...

E menos eficaz o trabalho?

A l - Não... é mais.... Eficaz na sala de computadores. Porque temos logo ali a Internet e

podemos fazer uma pesquisa mais elaborada.

Então na sala de aula fazem outro tipo de actividades, normalmente...

A l — Sim é mais com livros. E com livros é mais seca, mais secante... temos que pesquisar em

livros.

A2 - Temos que estar a ver qual é mais importante e não sei quê.

Mas se calhar fazem fa lta os dois tipos de aula, ou não?

A l - Sim.

A2 - Sim.

A l - Por isso é que temos 45 minutos na outra sala.

Acham que tudo na sala de informática poderia funcionar?

A2 - Não talvez não.

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A l - Podia funcionar mas não era tão bom como dividir.

Porque é que funciona bem essa divisão? O que é que a sala de aula normal permite que a sala

de informática dificulta?

A l - A sala de aula a stôra dá matéria, assim muito por alto e faz fichas ou introduz o que vamos

fazer na Internet ou no computador, que depois vamos aprofundar essa mesma matéria que dá na

sala. E se nós na sala de computadores somos mal comportados a stôra não consegue dar matéria

e nós depois não conseguimos fazer esse aprofundamento da matéria.

Acham que a atitude da professora na sala de informática é diferente de quando está na sala de

aula normal?

A l - Não

A2 - Não, é a mesma.

E o que a professora faz, o trabalho dela durante a aula muda?

A l - Muda. Muda lá está porque na aula dá mais à base de matéria nova e nos computadores

aprofunda, aprofundamos essa mesma matéria.

E ela explica para todos na mesma, como fa z na sala normal?

A l - Na sala e informática, antes de começarmos antes de ligarmos os computadores ela diz o

que é que vamos fazer depois quando tivermos dúvidas para lhe perguntar.

A2 - A professora depois vai a cada computador. Para ver se há dúvidas ou se precisamos de

alguma ajuda.

E na sala ‘normal * também é assim?

A l - É. Não, fala mais para o conjunto.

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A2 - Exacto.

E quanto aos alunos, vocês, tirando o facto de não serem tão bem comportados na sala de

informática, como vocês disseram, tirando isso, a relação ente vocês alunos, a maneira como

trabalham uns com os outros é diferente?

A2 - É porque na sala não podemos ter tanta liberdade em falar com o colega do lado, para falar

com o que está na outra carteira... ah... na sala de informática não. Podemos estar em grupo a

falar sem problemas, temos é que falar baixo né, mas isso é normal.%

A l - Mas não falamos. As vezes é aos gritos.

Estas são as maiores diferenças?

A l - Sim.

Os colegas gostam sempre de se ajudar uns aos outros. É mais fác il essa ajuda em que situação?

A2 - Às vezes na sala dos computadores porque uns percebem mais de computadores do que

outros e ajudam muito.

E isso acontece muitas vezes?

A2 - Às vezes.

A l - Quando a stôra está mais ocupada os que percebem melhor inglês e isso, nós pedimos ajuda

e eles ajudam. Ou dizem como devemos abordar a situação e assim.

Essa ajuda por parte dos colegas, se ser sempre a professora, é bom?

A 2 - É .

A l - É .

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Preferiam que fosse sempre a professora?

A 2 -N ã o .

A 1 - Não. É bom porque se fosse só a professora ela não podia dar tanta atenção. Assim a

professor dá mais atenção do que se fosse tudo à pressa.

E o que é que ganham com isso?

A2 - A inter-ajuda entre todos. Ficamos unidos e às vezes conseguimos superar tarefas que se

calhar sozinhos.

Por estarem a trabalhar em conjunto?

A l - Sim.

Jsso é termos só do vosso grupo ou em termos dos outros colegas também da turma toda?

A l - Quando o grupo não consegue sozinho pedimos ajuda à stôra ou a outros grupos que

percebam mais.

Vocês têm aulas de 90 minutos. Se a professora só dá as instruções no início, como é que vocês

organizam o resto da aula?

A2 - Fazemos o que a stôra pediu.

A l — E depois quando nos esquecemos ou temos dúvidas perguntamos à stôra.

Acha que trabalham de form a mais autónoma?

A l - Talvez não. Porque depois não se percebe. O computador depois dá-lhe assim uma

maluqueira e dá erros por aqui e erros por ali e aí temos que estar mais a chamar a stôra e

estarmos com mais receio que o computador dê esse erro e que vá o trabalho todo por água

abaixo.

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Há então problemas técnicos com o computador? Falha às vezes é?

A l - Sim.

E isso é aborrecido?

A 2 - É .

Al - As vezes vamos para a sala de computadores e não há Internet.

Comparando com outras aulas, sem os computadores, acham que são mais activos? Tomam

mais decisões?

A 2-Sim .

Al - Sim porque a professora dá aquela ideia por alto e depois nós trabalhos.

A2 - Exacto, somos um bocado mais autónomos.

A l - Em parte sim em parte não.

Isso por causa dos problemas relacionados com os computadores?

A l - Sim.

E se as máquinas funcionarem bem, sem problemas?

A l - Aí sim. Eu acho.

Acham que no geral vale a pena? Que toda a gente devia passar por essa experiência?

A l - Sim.

A2 - Sim. Iriam gostar.

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Aprendiam na mesma?

A2 — Sim, de maneira diferente.

Se fosse uma aula de ciências ou uma aula de matemática podiam trabalhar com os

computadores também?

A l - De matemática sim porque depois também o computador tem as calculadoras científicas lá

incluídas e ciências sim porque até podíamos fazer assim uns videozinhos, como imaginamos a

vida dos animais a stôra depois dizia se estava bom ou se estava mal. Uns textos também.

E acham que era melhor?

Al - Eu acho que sim.

E não se perdiam pelo meio?

A l -P o i s isso é que já ...

Mas na aula também se distraem...

A l - Sim.

E então distracção há sempre. Então o que é que compensa mais?

A l - Os computadores.

A2 - Sim.

A turma no geral funciona bem na sala de computadores?

A2 - Sim. Acho que sim.

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A l - Hoje em dia quer toda a gente mexer nos computadores e estar nos computadores é uma

alegria.

E aprendem?

A l - Sim eu desde que vim para esta stôra comecei a melhorar as notas.

E terá só a ver com o computador?

A l - Pode ter também a ver com a professora. Mas o computador ajudou.

A motivação é maior quando vão para essas aulas?

A 1 - Acho que é. Estamos mais na expectativa... hi vamos para os computadores vamos fazer o

quê? E assim... mas depois também é mau... se é uma coisa que nós não gostamos... hi tanto

tempo para fazer isto, a perder uma aula a fazer isto...

A2 - (risos)

Há muitas actividades que não gostam?

A2 - Algumas.

A l - Sim, aquelas mais de escrita.

A2 - Mas também sabemos que isso é preciso.

Há mais alguma coisa que queiram dizer? Sobre estas aulas com tecnologias, com

computadores?

A2 - Penso que não.

São muito importantes os computadores nas escolas hoje em dia?

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Al - Sim.

A2 — Agora parece que não vivemos sem eles, é como os telemóveis.

Trazem vantagens?

A l - Muitas.

Na aprendizagem também?

A l - Sim há muitos sites e podemos ir a uns sites e aprender através desses sites.

A2 - É. Há sites, há vários sites em que podemos estudar por lá. E ajuda.

E a inglês também ajuda?

A l - Sim, hoje em dia é quase tudo em inglês. Nos computadores está quase tudo em inglês.

Obrigada. Não querem dizer mais nada?

A2 - Não.

A l - N ã o .

Muito obrigada.

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ANEXO I

Matriz de análise da entrevista aos alunos

Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

Utilizações das TIC em aula

Frequência de utilização

Intercaladas com aulas na sala“normal”

— (têm uma aula de inglês por semana que não é na sala de informática.) Sim que é de 45 minutos, à quarta.

Dependente do comporta­mento da turma

- 0 ano passado usávamos muito mais. Este ano houve uma altura em que nos portámos mal e a stôra proibiu-nos de ir para lá. Foi entre o meio do 1 ° período e o meio do 2o não fomos.

— Foi castigo.

Ferramentasutilizadas

De pesquisa- 0 que a stôra pede mais para usar é... fazer

pesquisa na Internet

De produção- 0 Hotpatotoes, o Word, o PowerPoint e também já

utilizamos aquele Crosswords. E o Excel.

De tradução - Na tradução costumamos usar o Google, tem lá um programa que nós escrevemos em português e ele traduz automaticamente para a língua que quisermos.

De avaliação - Nós fazemos no computador testes, que é no ClassServer.

Exemplos de actividades

De pesquisa — 0 que a stôra pede mais para usar é... fazer pesquisa na Internet para fazermos trabalhos...

De produção - Fizemos várias actividades. Actividades do Romeu e Julieta, do Shreck

- No Schreck tínhamos que fazer uma continuação da história.Como se fosse o Shreck 3.

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Categorias Subcategorias .Indicadores . Unidades de registo.

- ...e tivemos a fazer jogos onde usávamos outros programas.

De avaliação - Alguns temos os verbos e depois a stôra põe lá perguntas e frases e nós temos que meter os verbos.

- Houve uma actividade que nós fizemos que era uma ficha dos verbos.

Aspectospositivos

Interessepelastecnologias

- Estamos mais na expectativa... hi vamos para os computadores vamos fazer o quê? E assim...

- Hoje em dia quer toda a gente mexer nos .computadores e estar nos computadores é uma alegria.

Forma diferente de aprender

- Não estamos naquela situação nervosa de esta sempre a estudar, a estudar a estudar. Não. Fazermos algo no computador é muito mais divertido e sem aquelas preocupações de estar sempre a estudar.

- com livros é mais seca, mais secante... temos que pesquisar em livros.

- E outra maneira de aprender. Não sei dizer porquê mas é.

- Estamos naquela que temos que saber isto, mas estamos mais descontraídos, mais divertidos a fazer as coisas no computador e aprendemos melhor.

- É aquela de não estar como o livro à frente e a estudar e... ali assim... a virar páginas e a decorar. E mais tempo na conversa, é divertido falar com os colegas e vamos aprender a fazer coisas.

Colaboração e partilha entre colegas

— Podemos estar em grupo a falar sem problemas, temos é que falar baixo né, mas isso é normal.

— Eu gosto mais de fazer é quando já estão os projectos acabados e andamos todos a circular e a ver os projectos dos outros e a fazer e isso.

— Na pesquisa quando cada um tem umas opiniões e gosto disso não sei... é quando surgem assim muitas opiniões

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73

Categorias Subcategoriás Indicadores . í .Unidades de registo ] r\

e depois começamos a discutir entre nós o que havemos de meter e não.

- o grupo divide-se, uns estão a pesquisar no computador e os outros estão a trabalhar no papel e é mais rápido, mesmo que me distraia...

Feedback imediato dos testeselectrónicos

— As vezes é bom outras vezes é mau.

— E bom. E bom porque não estamos naquela angústia de quando é que vamos saber a nota. Porque quando é assim às vezes até nos tira a atenção. Quando estamos à espera de um teste em que a nota é importante para passar ou para ter positiva ou não, estamos ‘será que eu tive boa nota, como é que será agora Assim não estamos nessa angústia, recebemos logo a pontuação e vemos logo ou mal ou bem.

Aspectosnegativos

Problemastécnicos — O computador depois dá-lhe assim uma maluqueira e

dá erros por aqui e erros por ali e aí temos que estar mais a chamar a stôra e estarmos com mais receio que o computador dê esse erro e que vá o trabalho todo por água abaixo.

- As vezes vamos para a sala de computadores e não há Internet.

Agitação dos alunos - Por exemplo nos computadores acho que nos

comportamos um bocado mal do que na sala de aula... (risos)

- As vezes não trabalho no computador mas estou a falar com o colega do lado.

- Mas não falamos. As vezes é aos gritos.

- na sala não podemos ter tanta liberdade em falar com o colega do lado, para falar com o que está na outra carteira...

Aprendizagens mediadas pelas TIC

Domínio das aprendizagens

“Matéria”(Gramática) - Aprendemos o Simple Past

- 0 Past Participle

- 0 Present Continuous, o discurso directo e indirecto. O

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Categorias Subcategorias Indicadores - Unidades de registo

to be no passado.

- A activa...

- Aprendemos porque era a matéria.

- porque damos a mesma matéria como se estivéssemos na sala

Vocabulário — E na maior parte das vezes os computadores estão em inglês e os vários programas estão em inglês e também estamos a aprender um pouco mais.

- Sim, hoje em dia é quase tudo em inglês. Nos computadores está quase tudo em inglês.

Tecnologias - Acho que ficamos a aprender um pouco mais sobre as tecnologias

Auxiliares de aprendizagem

Internet — A Internet tem mais imagens e nós tiramos também o sentido pela imagem.

— Eu que sim. 0 saber em si é igual, só que depois com as imagens tira-se o sentido à frase e aprende-se. Ajuda.

— Sim há muitos sites e podemos ir a uns sites e aprender através desses sites.

— E. Há sites, há vários sites em que podemos estudar por lá. E ajuda.

Software — Sim. Porque às vezes quando escrevemos mal aparece lá sublinhado e depois corrigimos. E até podemos ver como a palavra se escreve e assim também podemos emendar.

— Quando dá erro, carregamos lá no botão e vemos a palavra Outras vezes quando é para o despacha não.

— E. Nós na tradução costumamos usar o Google, tem lá um programa que nós escrevemos em português e ele traduz automaticamente para a língua que quisermos. (...) tentamos primeiro fazer mas isso é difícil porque depois não se sabe uma palavra e estraga-se a frase

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Categorias Subcategorias Indicadores. - Unidades de registo

toda. E não dá.

— E que se nós formos o segundo a fazer já lá está a resposta. Pomos a primeira letra e vem o verbo.

- Mas às vezes está errado.

Obstáculos à aprendizagem

Acesso aelementosdistractivos

- E não é só isso... É que nos computadores quando não estamos a gostar do trabalho puxa-nos a atenção para fazer outras coisas...

- Há um amigo meu que está na escola e tem aulas ao mesmo tempo que e, nós às vezes falamos no blá e assim.

- Para jogar cartas (risos)

- Não nos apetece fazer aquilo e vamos fazer uma coisas que nos descontraia.

- (Isso não acontece por estarem com o computador à frente. Acontece é de maneira diferente é isso? Sim.) Ê uma maneira que é mais fácil. Não é preciso estar a controlar a professora a escrever.

Resultados das aprendizagens

Depende dos alunos — Normalmente são bons. Depende.

— Depende do aluno.

Influenciado pelo uso das TIC

- Mas eu acho que são melhores.

- Pelo menos comigo. Agora com as outras pessoas não sei.

- A mim também. Nos outros períodos tive 4 e agora comecei a empenhar-me mais por causa do trabalho de grupo e consegui ter um 5.

Dinâmicas de aula com as TIC

Tipo de trabalho

Trabalhomaiselaborado

- Os trabalhos podem ser trabalhos mais elaborados

- ... nos computadores aprofunda, aprofundamos essa mesma matéria.

- é mais.... Eficaz na sala de computadores. Porque temos logo ali a Internet e podemos fazer uma pesquisa

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76

.Categorias Subcategorias : Indicadores - Unidàdés de registo . ; . . . -

mais elaborada.

- A sala de aula a stôra dá matéria, assim muito por alto e faz fichas ou introduz o que vamos fazer na Internet ou no computador, que depois vamos aprofundar essa mesma matéria que dá na sala

Atitude do professor

Menosinstrução - Na sala de informática, antes de começarmos antes de

ligarmos os computadores ela diz o que é que vamos fazer depois quando tivermos dúvidas para lhe perguntar.

- (Ena sala 'normal ’ também é assim?) Não, fala mais para o conjunto.

Maisacompanha­mento

- A professora depois vai a cada computador. Para ver se há dúvidas ou se precisamos de alguma ajuda.

- Assim a professor dá mais atenção do que se fosse tudo à pressa.

Atitude dos alunos

Maisautonomia - Não temos que estar tanto à base da stôra, que a stôra

tem que ir ver se está bem escrito. 0 computador dá- nos logo a ideia.

- Sim porque a professora dá aquela ideia por alto e depois nós trabalhamos.

- Exacto, somos um bocado mais autônomos.

Mais ajuda entre alunos - Não. E bom porque se fosse só a professora ela não

podia dar tanta atenção.

- Quando o grupo não consegue sozinho pedimos ajuda à stôra ou a outros grupos que percebam mais

- A inter-ajuda entre todos. Ficamos unidos e às vezes conseguimos superar tarefas que se calhar sozinhos.

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ANEXO J

Protocolos das observações

Aula Observada 1

Local: Sala de Informática

Data: 11 de Abril de 2005

T em po P r o f e ss o r a A l u n o s

10.25 ENTRADA NA SALA

“Silêncio. Posso dar indicações para a aula? Silêncio.Têm que estar agrupados de acordo com o projecto que delineámos na última aula. ”

Confere os grupos, lendo uma folha e verificando os lugares de cada um

“Já todos leram a história e fizeram o resumo. Vão entregar-me agora Recolhe os trabalhos

Pergunta pela Obra. “Tem que haver pelo menos um por grupo”.

Um grupo não tem, deixou na sala. Professora manda buscar.

“Oiçam. Mais uma indicação e depois começam a trabalhar. Para que todos partilhem a mesma história, vamos criar uma apresentação em PowerPoint, em grupo, que contenha a histórirf*

Explica o que está escrito no meio do

Sentam-se

G7 e G5 na Internet

Aluno G7 sai para ir buscar a obra

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quadro (já estava no começo da aula):

1- Cover — Romeo and Juliet2- Main Characters - Full name and special features3- Time / Place — When? Where?4/5... - Story - Once upon a time...Last - Message of the story.

Vai perguntando aos alunos o que deve conter cada Dispositivo:- O que deve ter a capa? Título, imagem, identificação do grupo.- O que devem ter em “Main Characters”? Personagens principais, características - como se caracteriza uma pessoa?

Vai até ao Grupo 7 e diz "Desliga isso. A alternativa a trabalhares aí com o grupo é ires para as mesas do meio e fazeres uma ficha ”

Alguns grupos conversam entre si.A maioria participa, respondendo ao que a Professora pergunta sobre o trabalho.

Aluno G7 liga as colunas e aumenta o som

7C “Tá bem stôra'

Circula pela sala, de grupo em grupo, verificando o que estão a fazer.

“Para não haver confusões, 10 min no teclado a cada um”

“As sugestões de formatação para o trabalho estão no quadro.”

Sugestões de formatação:Arial 24 — textoCor contrastanteAnimação de texto e transição

Começam a trabalhar.

G6 começa: abre o programa de criação de apresentações electrónicas.Escreve o título da obra no Io Diapositivo.

G7 abre o programa, escrevem e apagam nomes que não têm a ver com o trabalho.

G8 começam: vão à Internet à procura de imagens para a capa. Pesquisam pelo nome da obra.

G7 escreve o título na capa em português

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Vai ao G7.

Diz que podem escrever “by W.S.”. Observa o que o grupo tem e diz “Já agora colocam o título em inglês, não acham ”

“Não vês que há muito barulho na aula? ’’

“Não. Não há música ”

Repete para o G7 o que deve conter a capa, na identificação (nome, turma, ano)

Vai ao G6 “Não percam muito tempo com a procura de imagens senão perdem tempo para escrever a história”

G7 pergunta como se escreve o autor da obra.

G7 altera o título para “Romeo e Juliet”

Aluno do G7 “Stôra podemos pôr música?

“Ó! Não querem ouvir música? Então calem-se ”

G7 começa a identificar a capa.

10:50 Circula pelos grupos.

Pergunta o que querem fazer e explica como podem colocar a imagem atrás do texto.“Mas atenção. Vejam se fica bem. Será que se consegue ler bem o texto?”

G6 e G7 procuram imagens para a capa.

G8 inserem a imagem na capa e começam a escrever o título.

A turma, em geral, está na Internet a pesquisar imagens para o diapositivo da capa.

G6 procura o assistente do programa para mexer na imagem da capa. Chama a professora.

10:55 Circula pelos grupos. Todos os grupos continuam a compor o

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80

"Jápassaram lOmin. Troca quem escreve no teclado ”

Aproxima-se do G7.

"Não dá porque está bloqueada para cópia. Têm que arranjar outra ”

"Está muito bem, muito bonito. Continuem ”.

diapositivo da capa.

G7 brinca, escrevendo e apagando palavras não relacionadas como trabalho.

G6 arranjam esteticamente o diapositivo 1. Discutem como fica melhor.

G7 está a ver um vídeo sobre carros. 0 5A está de pé ao lado da mesa do G7 a ver também.

Fecham o vídeo. Abrem a Internet."Stôra não dá. A imagem que queremos nãodá”

G7 volta a procurar imagens.

G6 chama Professora para mostrar o trabalho e pergunta se está bem.

11:00"Eu não disse que não havia música? Quantos diapositivos já fizeram? Nenhum? Ah! Não há mesmo música para ninguém! ”

"10 min para cada um. E melhor para não andarem à turra ”

“Não. O que falta? E a identificação?” Repete o que deve conter a capa.

G7 põe música.

G6 discute sobre quem escreve. Todos querem escrever.

G7 preenche o diapositivo 3 “Main Characters”.

G7 continua com música ligada mas quase não se ouve.Chama Professora e diz que terminou o diapositivo 1.

G8 chama Professora e pergunta o que deve conter no diapositivo 2. Continuam a trabalhar.

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Circula. Tira dúvidas sobre o conteúdo, a estrutura e o aspecto do trabalho.

G6 inicia a descrição de Juliet no diapositivo 2.

11:05 Circula e verifica o que os Alunos estão a fazer.

G l, G2, G3, G4, G5 trabalham no diapositivo 1, a montar a capa.G6 discutem a estrutura do diapositivo 3 (o 2 não está feito)G7 continuam na capa. Conversam e não trabalham.G8 e G9 trabalham nos textos do diapositivo 2.

11:10 “Nesta a altura a capa já devia estar acabada. Avancem para o 2. Senão nunca mais está feito. ”

“Está no quadro ”

G8 utiliza programa de tradução na Internet.

G7 chama Professora para ajudar no diapositivo 2, que está vazio. “0 que se faz a seguir à capa? ”

Aluno do G7 “Não percebo ”

“0 que quer dizer o titulo ‘Main Characters ’? ” Aluno do G7 “Personagens principais”

Questiona o que deve conter. G l vai respondendo... nome, idade...

“Vá, avancem então”

Diz ao G6 para fazer primeiro o diapositivo 2 e só depois o 3.

G6 chama Professora e pergunta que devem fazer no 3.

Alerta a turma “ Vão guardando as alterações ao trabalho, para não arriscarem perdê-lo

G2 consulta o e-mail.

5A circula pela sala, de grupo em grupo, conversando com os colegas.

Chama a atenção ao aluno 5A.

11:15 G6 continua a decidir como estruturar o

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No G7: “ Estão a fazer asneira. Se não trabalham vão os 3 para as mesas fazer fichas de gramática ".

Corrige os erros do texto do G7.

Circula pelos grupos.

Explica o conteúdo do diapositivo 2 ao G7.

diapositivo 2.6A vai dizendo a frase, 6C vai escrevendo.

5a passeia pela sala com a bola nos pés. Pára assim que a professora sai de um grupo.

G7 dois alunos lêem a obra à procura de informação para o diapositivo.Riem-se muito.

G8 coloca as imagens de Romeu e Julieta junto aos textos no diapositivo 2.

G7 escreve uma lista de todas as personagens que aparecem na obra. 6A vê e diz "o que estão a fazer? Não é isso! ”

G7 chama Professora e pergunta como é o diapositivo 2.

5A levanta-se, dá uma volta à sala e volta a sentar-se.

11:20 Circula pelos grupos, tirando dúvidas de expressões e vocabulário em Inglês.

5A levanta-se. Mexe numa mochila que não é dele. 2B manda-o parar. 5A volta para o lugar.

G2 lê e-mails.

G6 continua a procurar imagens para juntar à descrição das personagens.

G7 riem-se e não trabalham.

G8 iniciam o diapositivo 3 “Time /Place”. Escrevem e decidem a formatação do título.

G9 completa o diapositivo 2 e começa o 3.

11:25 G9 a terminar o diapositivo 3-já tem imagem e texto.

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“Não sei. Discutam entre vocês. Cheguem a um consenso. ”

Verifica o que G7 está fazer e diz “Ai querem traduzir de inglês para português? ”

“Falta a imagem. Podem pesquisar usando o nome da cidade onde acontece a história”

G6 discorda na idade de Romeu e pergunta à Professora qual é.

Optam por escrever apenas “young man”

G7 abre um programa de tradução na Internet.

G9 lê os resumos que tinham feitos antes e escolhem o que vão pôr no diapositivo.

G7 tenta traduzir texto.

G7 muda o modo de traduzir.

G6 escrevem em conjunto a descrição de Romeu.

G9 “Stôra o que falta no diapositivo 3”?

G9 procura imagens na Internet.

11:30 Circula pelos grupos, tirando dúvidas de expressões e vocabulário em Inglês.

No G7 pergunta o que são as características físicas.

No G6 diz “o mais importante agora não é a formatação. Vamos primeiro ao conteúdo. ”

G l, G3, G5 e G6 a compor o diapositivo 2, texto e imagens.G2 a ver e-mails.G4 a trabalhar no diapositivo 3.G7 a discutir as características de Romeu e a tentar usar o programa de tradução.G8 a iniciar o diapositivo 4 “Story” .G9 quase a terminar o diapositivo 4.

G7 responde.Professora sai e ficam a rir.

G6 pede ajuda na formatação, para mudar as cores do diapositivo.

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No G7 lê o que têm escrito “Look: tall and pretty”.Pede para avançarem para a descrição a Julieta.

G2 vê vídeos na Internet.

11:35Manda aluno G7 para as mesas do meio da sala e dá-lhe uma ficha de trabalho para fazer.

Para G6 “Quando aconteceu a história? Onde? ”

Circula.

Aluo G7 aumenta o volume das colunas.

G6 pede ajuda para completar diapositivo 3.G6 “É só isso? Está bem "

G2 lê mails e canta baixinho.

G7 procura tradução de “média e bonita”. O tradutor devolve “it measured and pretty”. G7 copia esse texto e cola no trabalho.

11:40 Circula pelos grupos

No G7 olha mas não lê o erro do diapositivo 2.

Vai às mesas do meio tirar dúvidas e explicar exercícios da ficha gramatical que o 7C está a fazer.

G8 inicia diapositivo 4.

G7 procura imagens de Romeu na Internet.

G6 elabora diapositivo 3.6C “como se diz séc.16 em inglês? ”6B “ é ao contrário... Sixteen Centurf'6B dita a expressão, 6C escreve.

7C vira-se para trás e pede ajuda a G6 na ficha de gramática.

G7 completa o 2 e inicia o 3.

7A pede ajuda ao 7C (que está nas mesas do meio) para criar um novo dispositivo. 7C levanta-se e ajuda.

G8 formata o título do diapositivo 8.

G8 inicia o texto sobre a história. 8C lê partes, 8A e 8B dizem se é ou não importante. Depois escrevem no tradutor da Internet.

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Manda o 5A para as mesas para fazer ficha de gramática. G7 usa tradutor para escrever séc. 16 em

inglês. Devolve “Century seventeen”. Copiam e colam no trabalho.

11:47 “Pessoal vamos guardar os trabalhos e começar a encerrar os computadores”

Vai ao G7. Lê e diz ‘‘Não, não. A história não se passa em Londres? Abre lá a tua obra e procura.”

G7 escreve “Where: in London”

7B “Começa com V ... Verona”

“E onde é?” 7B “norte de Itália”7B escreve no diapositivo.

G2 já fechou o trabalho. Joga às cartas. G l, G3 e G9 continuam a trabalhar.G4, G5, G8, G7 e G6 guardam trabalho e desligam computador.

11:50 TOCA PARA A SAÍDA Levantam-se e saem.

Aula O bservada 2

Local: Sala de Aula

Data: 13 de Abril de 2005

T em po P r o f e s s o r a Alu n o s

15:25 Está a terminar de montar o projector de vídeo (numa mesa ao meio da fila 2).

Manda todos sentar e passar os sumários que estão no quadro.

Entram e alguns sentam-se. Outros estão de pé na conversa.

OuadroEso .

Lessons 55,56 Monday, the 1 l fc of April 2005 (fifty five, (two thousand and five)

fifty six)M Summary B To tell a storv.

OuadroDT.

Lesson 57 Wednesday, the 13th o f April 2005 (fifty seven) (two thousand and five)

Summary The structure o f a olav.

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15:30

“Já está o sumário passado? Então vamos iniciar a aula. Na última aula começámos a relembrar a história de Romeu e Julieta para que quem tinha dúvidas esclarecesse com os colegas, antes de avançarem para os projectos”

"Havia vários objectivos para os projectos, não? Luís, qual era o objectivo do teu grupo? ”

"Sim. Contar a história ou avaliar o que os colegas sabem sobre a história? ”

"Ora, para avaliar, para formular perguntas têm que saber a história, certo? Outros grupos tinham como objectivo apenas contar a história. Algum grupo acabou de contar a história? "

"Agora posso eu fazer eu um trabalho de avaliação. Posso eu avaliar o que vocês sabem da história”

Mostra um livro: “The complete Works ofW .S.”.

"Este tem as obras completas. As obras de S. também incluem o que ele escreveu além de teatro. Também tem poesia. ”

Todos os alunos estão sentados a passar os sumários.

A maioria está sossegada a ouvir.

Luís (G7) "Objectivo? ”

Luís (G7) “Era um jogo sobre a história. ”

Luís (G7) “Ah. Era para avaliar a história

G9 "Nós stôra!

Todos olham para Professora com o livro na mão.

15:35 Mostra o índice e a sua organização.

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“Aqui está 'p lays’. O que pode querer dizer ‘p lays'?”

Professora vai escrever no quadro o que os alunos vão dizendo:

Um aluno diz “parece as páginas amarelas

Alunos respondem jogar, tocar, brincar...

Qu a proDt .

Lesson 57 Wednesday, the 13* of April 2005(fifty seven) (two thousand and five)

Summary T he structure o f ̂ p l a v 3 — tocar

jogar brio car

rep resentar peça de teatro

Passa o livro a uma aluna para ver e pede para depois passar aos colegas.

Apaga o quadro da esquerda.

“Gonçalo, o que pode diferenciar uma peça de teatro de outro texto? Dê um exemplo ”

“Pedro dê um exemplo de outro tipo de texto”

“Temos vários tipos de textos... géneros... quais?”

Escreve no quadro os exemplos e os géneros.

Explica o termo Novel - não é novela mas sim romance.

Pede características que diferenciem os vários géneros.

Play - Drama (ex.) (género)

To be played

- narrator- scrip- dialog

Poem - Poetry (ex.) (género)

-narrator

Gonçalo não responde.

Vários Alunos respondem poesia.

Vários Alunos dizem de imediato texto dramático, lírico, narrativo.

Alguns riem-se quando Professora escreve Novel. “Novela!”

Alunos vão dizendo

Novel - Prose (ex.) (género)

- narrator

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Diz que sim.

“0 drama tem teatro e a poesia? "

"Perguntei se poesia também tem diálogo? ” - em voz bem alta.

Vai perto dos alunos. Manda calar. Recolhe a caneta. Devolve a caneta ao dono.

Um aluno pergunta se é para passar para o caderno.

Alunos do fim da 2* fila brincam. Um atira uma caneta a outro.

Ninguém responde.

Alunos calam-se todos.

Um aluno (G7) diz que não pode escrever o que está no quadro porque não tem caneta.

Discussão entre os últimos alunos da fila 2, uns têm a caneta do colega e não querem dar porque foi atirada de propósito.

15:45 “Já acabou? Ainda não? Demora muito? ”

Em frente ao quadro parada a olhar para a turma (espera que se calem.

"Lembram-se da questão? Há ou não diálogo ”

“0 mais importante é o que predomina no género. Qual o ti+o de texto que predomina na peça de teatro? Há um predomino do diálogo. E o texto que receberam e leram? É uma peça de teatro? ”

" 0 texto que vos dei.... Não tem apresentação de uma peça de teatro, não tem falas. Isto é um texto em prosa. Que discurso predomina aqui? ”

Acrescenta no quadro:

Alunos continuam a conversar.

Alguns Alunos dizem “cala-te” para colegas que continuam a falar.

Alunos calam-se.

Um aluno diz "Pode haver”

Uns dizem sim, outros dizem não.

Dois ou três alunos respondem “discurso indirecto ”

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Play-D ram a Poem - Poetry Novel - Prose(ex.) (género) (ex.) (género) (ex.) (género)

To be played

- narrator -narrator - narrator• scnp• dialog

Direct Sneech Renorted Sneech

“Alguns não ouviram com o barulho. Atenção que é precisamente o conteúdo que vem para o próximo teste ”

“E o q u e é ? "

Explica a diferença entre directo e indirecto.

Pede para comparem o livro que anda a passar com a história que receberam e leram.

“E quem sabe dizer algumas características do discurso directo? Que tipo de frases, de marcas há no discurso directo? ”

4Chega ” - bem alto.

Um dos alunos do fim da 23 fila (G7) discute com uma colega.

Um aluno repete “Reported Speech

“Discurso Indirecto ”

Alguns Alunos dizem "neste livro é directo porque tem diálogos e o outro é indirecto ”

Uma aluna “há mais vezes o eu, a I apessoa e menos a 3a; há pontos de interrogação ”

Alguns alunos começam a fazer barulho.

Alunos calam-se todos.

15:55 Pergunta novamente pelas marcas dos diferentes discursos.

Pede para explicar aos colegas o que é.

Pede aos alunos da fila 1 para sair para outro sítio para ligar o projector de vídeo. Pede para fechar

Alunos referem travessão, a 1* pessoa..

Uma aluna diz “didascália ”

Aluna explica “são indicações sobre o cenário e onde estão as personagens ”

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Pede aos alunos da fila 1 para sair para outro sítio para ligar o projector de vídeo. Pede para fechar os estores.

Mostra um ecrã do MindManager (1)

S p a c e

S cen es

M antua

S u m i »J u ü s u T ^ T X V etona > M L ^ £ £ ç e _

Um aluno “há bué tempo que não fazemos isto!"

Time

Characters

“Podíamos partir daqui para avaliar a nossa história como peça de teatro ”

“Space. O que é? "

“Se não se calam... eu tenho alternativa. Dou uma ficha e depois avalio ”

“Então, Space, qual é? ”

Mostra “Space”. (2)

“Quem reconhece Mantua? Porque aparece?”

Mostra “Verona” (3)

Alunos fazem barulho.

“Stôra não. Por causa disso hoje já tivemos um teste ”

Um aluno “Itália, Verona'

Uns conversam, virados para trás.

Um aluno “porque fo i onde Romeu se escondeu ”

Scene»

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Pede a um aluno que identifique cenas que se passaram naqueles espaços. Fazem muito barulho.

“Se não gostam desta modalidade mudamos”. Alguns “não!”

Mostra “Scenes” (4)

Pergunta durante quanto tempo decorre a história.Mostra “Time” (5)

Alunos palpitam... 1, 2, 3 semanas...

Mostra “Characters” (6) Conversam.

16:05“Não sai ninguém. Para a próxima aula têm que identificar todas as personagens. Quero isso na próxima aula ”

“Já tá na hora. A esta hora não toca. ” Alguns alunos arrumam e começam a levantar-se.

Alunos saem.

Aula Observada 3

Local: Sala de Projecção

Data: 18 de Abril de 2005

T em po P r o f e s s o r a A l u n o s

8:30 “Isto é o que se chama uma sessão 3 em 1”

Prof. Port, explica quem é e que isto é uma aula interdisciplinar.Explica que vão fazer o reconto de Pedro e Inês.

Algum barulho.

Calam-se depois de a Professora mandar calar.

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“0 8°C não foi avisado mas vocês vão fazer o reconto de Romeu e Julieta”.

“Não stôra!”

“Já a contar com essa boa vontade, já falei com duas colegas que não se importam. Isso não invalida que o resta da turma participe no reconto, uma vez que já estamos a analisar desde o período passado”

Prof. Port. chama 3 alunos para a frente. Conversam.

Profs procuram o trabalho para projectar.

Apaga a luz (ficam só as de presença).

Prof. Port vai projectando a apresentação com imagens e excertos do texto.

Está no meio da sala, vai pedindo aos alunos silêncio.

Alunos da frente contam a história.Pelo meio alguns alunos de “trás” recitam excertos do texto.

8:50Abre a porta.

Um aluno bate à porta. Entra.

8:53 Prof. Port. “Os colegas estavam nervosos mas espero que tenham percebido”

Conversa e risos.

Prof. Port. pergunta ao 8°C o que aconteceu.Vai fazendo perguntas sobre a história.

Um aluno 8°C começa a contar.

Vão respondendo às perguntas da Prof. Port.

Procura a apresentação sobre Romeu e Julieta. Um aluno “Olha é o nosso”.

9:00 “0 grupo que vai fazer o reconto

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ainda não tinha concluído a apresentação, por isso eu dei um jeitinho”

“A apresentação está em Inglês, mas para simplificar a compreensão vamos usar o português. Explicam, a partir do que lá está, o que acham necessário.”

Pede silêncio.

‘Acabou! Calem-se!’

Vai avançando os slides.

Uma aluna bate à porta e entra.

Alunos (G9) vão para a frente.

Aluna começa “Esta é a história de Romeu eJulieta.”“Agora vamos apresentar as personagens principais”- explica quem eram R e J

Outra aluna conta onde e quando se passou.

Alguns alunos da fila da frente (8°C) fazem barulho e riem-se.

Aluno tenta ler e traduzir o que está no slide. Engana-se “de um homem, Frair Lawrence”. Colega corrige “O frei Lourenço”.

Algum burburinho dos alunos que assistem.

9:07

“”Quem é W. Shakespeare?’

“E que escreveu mais?”

Terminam. Sentam-se.

No geral, muito barulho.

Um aluno (8°C) “era um escritor de peças de teatro e poesia, escreveu R e J”

Começam a dizer outras peças - Richard IR, Sonho de uma noite de Verão, King Lear, Hamlet.

Mostra slides com fotos de representações de R e J de várias décadas.Vai questionando os alunos sobre as cenas que as imagens representam.

9:15 ‘Vamos ver agora em que é que

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esta história se pode comparar à história de Pedro e Inês”

Alguns conversam

Prof. Port. explica que o objectivo desta aula é encontrar as semelhanças e diferenças entre as histórias que leram.Pede um aluno para ir registando na apresentação.

As professoras vão questionando os alunos quanto ao tempo, ao espaço, as personagens.

Uma aluna do 8°C oferece-se.Senta-se ao computador (tem uma apresentação com uma grelha para registar as diferenças.

Aluna vai escrevendo o que a Prof. Port pede para ela escrever.

Alunos de ambas as turmas vão participando.

Algum barulho de fundo.

9:30 “Passamos às semelhanças entre as histórias”. Alunos de ambas as turmas vão participando.

As professoras vão questionando os alunos.

Aluna vai escrevendo o que a Prof. Port pede para ela escrever.

9:37 Prof. Port. mostra outro slide com uma sistematização já feita por ela. Lê o que está no slide.

Alguns sossegados, outros riem e conversam baixinho.

Prof. Port. pergunta aos alunos do 8°C se se sentem mais motivados para estudar Camões para o ano. Quase todos “Não” e riem-se.

9:45 “Vãos fazer um balanço desta sessão” Alguns continuam a rir.

Pede aspectos negativos e aspectos positivos, intercalados. Vão respondendo...

“Não foi muito chato; muito abafado; muito

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9:53 Prof. Port. lê o sumário para os alunos da sua turma.

Prof. Ingl. Vai escrevendo no computador, que é projectado para o ecrã, o sumário do 8°C.

Prof. Port. diz os trabalhos de casa para a sua turma.

Agradece a colaboração de todos.

10:00 TOCA

Alunos escrevem

Alunos começam a levantar o tom de voz. Mais barulho.

Saem.

Aula Observada 4

Local: Sala de Projecção

Data: 20 de Abril de 2005

T e m p o P r o f e s s o r a Al u n o s

15:30

Apaga o quadro.Pede silêncio.

Escreve sumário no quadro.

Entram e sentam-se. Conversam muito.

OU ADRO ESO.

Lesson 60 Wednesday, the 20th of April 2005

Summary Reported Speech.

Passam o sumário.

15:35 Aluno (G7) pede para ir ao lixo deitar um

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“Pedi na última aula que trouxessem o manual. Quero vê-los em cima da mesa. Quem não tem falta de material”

Circula para ver quem tem o manual.

Pergunta a alguns alunos porque não trouxeram o manual. “Tem que haver pelo menos um por carteira ”.

“Já sabemos que as explicações gramaticais estão o fim do livro. Procurem então o Discurso Directo e Indirecto, que é o contudo que começámos na outra aula ”

papel. Levanta-se e vai.

Conversam.

“Qual é a página stôra? ”

Aluno (G7) está de pé ao pé da professora. Vai ao lixo e volta. Mete-se com os colegas pelo caminho.

Procuram a página do livro.

15:40 " Vêem como encontraram? Não posso ser sempre eu a dizer. Em casa não estaria lá para vos dizer, também teriam de procurar”

“Qual é então o tema? ”

“O que é report? “

Pede silêncio.

“Não é reportagem”

Escreve no quadro:

“Reported Speech ”

Um aluno “é de reportagem ”

Alunos fazem barulho.

“É relato”“Como os relatos de fu tebol”

Ouadro Esq.

Lessons 60 Wednesday, the 20th of April 2005

Summary Reported Speech.V

relato

“Estou a relatar um discurso. Mas em português não dizemos discurso relatado. Como dizemos? "

‘Discurso Indirecto, que é na 3apessoa

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Conflito entre alunos na Fila 2 por causa de um livro. Param quando professora vai lá.

15:45

“Então retomando o que deram na aula de português, no discurso indirecto estou a contar o que os outros disseram, por isso uso a 3a pessoa”

“É na I apessoa. ”Outro aluno responde “Não. É na 3apessoa. Ainda há bocado estivemos a dar isso na aula de português. ”

Pede pronomes pessoas na 3a pessoa.

Vai escrevendo no quadro:Alunos vão dizendo.

Persona! pronouns - 3ri person he / she / it they

Avisa o aluno para se calar que é a última vez que avisa.

Conversa na Fila 2

“Se eu disser a Maria disse que gosta de música, como diria em inglês? ”

Um aluno responde.

“Segue-se no Dl, forçosamente, um verbo que introduz o discurso da pessoa”

OijadroDt .

Personal pronouns — 3ri person he / she / it they

Maria Said

María “I like music”

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Pergunta quais são as alterações.

Refere que as marcas de oralidade (travessão, aspas) desaparecem.

Escreve no quadro

Uma aluna responde que os verbos vão para o passado.

Alunos começam a dizer como fica a frase em inglês.

OuadroOt.

Personal pronouns - 3ri person he / she / it they

Maria Said she liked music.

Maria “I like music”

15:55 “Então agora vamos ler a explicação gramatical que está no livro. Todos acompanham porque eu digo o nome de quem vai continuar.”

Uma aluna começa a ler.Quando a aluna pára, vários alunos começam a pedir para ler.

16:05

No fim de cada parágrafo pede a um aluno que explique o que acabaram de ler. Vai completando com explicações.

Começam a levantar-se e a arrumar.

“Podem sair.”

Aula Observada 5

Local: Sala de Aula

Data: 27 de Abril de 2005

T e m p o Pr o f e ss o r a A l u n o s

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99

15:25

Escreve sumário no quadro.

Entram e sentam-se.

Qu a proPto .

Lesson 61 Wednesday, the 27th o f April 2005

Summary Reporting questions and answers.

Coloca o retroprojector (funcionária acabou de trazer) no meio da sala.

Conversam.

Passam o sumário.

15:30 Pede os manuais.Circula para verificar se os alunos trouxeram os manuais.

‘‘Recordam-se que finalizámos a aula anterior com a leitura da página 180. Sobre o quê? ”

Escreve no quadro esquerdo:

Tiram os manuais da mochila.

‘Reported Speech

Quadro Esq

Romeu: “I love you!’

Pede aos alunos para colocarem no discurso indirecto e para explicarem as alterações.

Participam vários alunos.

Indicam o tempo verbal e a pessoa em que está a frase.

15:40 ‘‘Suponhamos que a ama ouviu o Romeu a dizer isto e ia contar ao pai daJulieta . . ."

Pede a frase em inglês

Pergunta que outros verbos podiam ser usados em vez de ‘say*.

Alunos dizem a frase em português.

Uma aluna responde.

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100

‘E a pontuação, o que nos indica?

Explica a diferença, pedindo participação dos alunos.

Escreve no quadro os pronomes pessoais de sujeito. Pede aos alunos para dizerem como ficam quando dão pronomes pessoais de complemento.

44Imaginem que o pai tinha perguntado à ama o que o Romeu tinha dito. Como faríamos a pergunta? ”

Escreve no quadro:

qu a pro eso

Romeu: “I love you!”

Romeu: “Do you love me?”

“E agora? A ama vai contar que ouviu o Romeu a perguntar a Julieta se ela o amava. "

“E mais? ”

Escreve no quadro:

Romeu: “I love youl’

Quadro Eso

Romeu: “Do you love me?”He asked (Juliet) if she loved him.

“Para que serve o ‘i f? ”

Confirma que é para introduzir uma pergunta.

14Afirmou, declarou, contou'

“Exclamou - exclaim”

Um aluno coloca uma dúvida em relação ao pronome “Fica / ou heT’

Participam.

Conversam. Não respondem.

“He asked Juliet*

‘Para a pergunta '

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101

15:55Manda calar.

Pende a um aluno para explicar.

Completa a explicação.

“Agora vamos treinar. Alguém da fila 1 fa z uma pergunta aos colegas da fila 2, e estes contam a alguém da fila 3, usando o DI. ”

Escreve no quadro a pergunta.

Ajuda os alunos e vai escrevendo no quadro as frases.

Fazem muito barulho.

Duas alunas perguntam porque fica ‘him’.

“Porque está no D l”

Conversam para escolher uma frase.

“Já temos uma stôra ”

Aluna faz a pergunta.

Colega da outra fila diz no DI.

Outros alunos fazem o mesmo procedimento.

16:05 “Já está na hora stôra”

Amimam e saem.

Aula Observada 6

Local: Sala de Informática

Data: 02 de Maio de 2005

T e m po P r o f e ss o r a A lu n o s

10:25Liga o projector que está nas mesas do meio.

Entram e começam a sentar-se.

Agitados. Falam muito sobre um teste de outra disciplina.

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102

Diz que sim. Pergunta a uma aluna o que estavam a fazer nas apresentações.

"Vamos acabar ospowerpoints? ”

"A escrever sobre as personagens, o loca, a história ”

Pergunta o que fizeram na última aula de 90 minutos.Pergunta a que conclusões chegaram.

Contam que tiveram uma aula sobre Pedro e Inês.Relatam algumas conclusões.

"E nas última aulas de 45 minutos o que fizemos? ” “Reported Speech ”

Mostra um slide da apresentação do grupo 9.“O que temos aqui? ” "Uma longa história ”

Alguns alunos riem-se.

Explica que numa história se usa principalmente o DI.

"Agora vou atribuir a cada grupo uma cena da peça. Na vossa apresentação têm que incluir uma situação de diálogo dessa cena”

“Qual cena? "

10:40 Atribui uma cena a cada grupo - Grupo 1- cena 1, etc... Barulho.

Abrem a apresentação que tinham feito na última aula.Começam a trabalhar.

10:50Vai ajudando os grupos.

Sugere aos alunos que façam o diálogo usando balões / chamadas.

Vários grupos chamam a professora para pedir ajuda.

Todos os grupos trabalham na apresentação excepto:G2 vê objectos 3D.G7 conversam e riem-se.

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103

Vai ao G7 e explica novamente a tarefa.Explica como se fazem os balões de fala.

Anda pela sala e vai parando nos grupos para ajudar.

G7 liga música.

A maioria trabalha na apresentação.

11:10 Ajuda o G7 a retirar uma imagem da Internet para o trabalho.

Explica que têm que imaginar o que eles podem ter dito naquela cena.

Circula pela sala.

Vê o trabalho do grupo 1 e diz que está bem, para continuarem para outro slide.

Todos os grupos têm a apresentação aberta, como imagens e balões.Nenhum tem frases escritas.

G6 pede ajuda à professora.“E agora o que escrevemos? ”

G6 começa a escrever nos balões. Primeiro escrevem a frase no caderno e discutem entre eles.

11:20 Anda pela sala e vai parando nos grupos para ajudar. G7 começa a escrever no 1° slide e vai

escolhendo a cor para o slide.G l, G3, G4 e G6 - arranja imagens e cores para o 1° slide.G2, G5, G8 e G9 estão a escrever as falas no 2o slide.

11:30Vai ver o trabalho do G5 e diz o que ainda falta.

G5 chama a professora “já acabámos"

Alunos conversam e trabalham na apresentação.

11:40 Vai ao G7 e diz que primeiro é o texto e só depois arranjam o

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104

aspecto.

“Mas esta não era a vossa cena ” Pede aos alunos para irem ver à apresentação que tem a história toda qual a cena a seguir à noite de núpcias. G7 começa de novo o trabalho.

11:45 Pede atenção. Pede para desligarem os monitores.

Mostra o trabalho de uma aluna sobre o Romeu e Julieta.

“Tinham até ao final de Abril para fazer o trabalho de projecto em grupo. Só um grupo entregou. Como não temos tido tempo não fizemos nada aqui. Mas têm mais 15 dias e na próxima 2*feira podem fazer o que vos falta aqui na aula.”

Alguns alunos conversam.

Alunos calam-se.

11:50 Toca Arrumam e saem.

Aula Observada 7

Local: Sala de Aula

Data: 04 de Maio de 2005

T e m po Pr o f e ss o r a A lu n o s

15:25

Pergunta aos alunos o que fizeram

Entram e começam a sentar-se.

Começam passar o TPC de geografia que está no quadro.

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105

na aula passada na sala de informática.

Escreve no quadro

‘Estivemos a criar um diálogo das cenas’

Quadro Dt p .

Lessons 62 / 63 Monday, the 2nd of May 2005

Summary Building aDirect Speech.

dialog.

“E o de hoje? O que acham que vamos fazer?”

Escreve no quadro

‘O discurso indirecto?”

Lessons 62 / 63

Lesson 64

Quadro d t p .

Monday, the 2nd of May 2005

Summary Building aDirect Speech.

dialog.

Wednesday, the 4th of May 2005

Summary Reporting a dialog.

Pede a uma aluna que diga a um colega que faltou na aula passada o que fizeram.

(batem à porta. A professora vai à porta e fica V4 minutos a falar com a funcionária e um senhor)

Diz que era para fazer umas perguntas à turma.

Passam os sumários.

“Passámos do D l para o Dl as cenas do Romeu e Julieta”

Perguntam o que era.

15:40 Continua a perguntar quais eram as cenas que trabalharam e quem é que estava a fazê-las.

Liga o projector e procura o acetato.

Pede atenção.___________________

Conversam.

Alunos da fila 1 saem para outros lugares por

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106

“Quem tinha esta cena?” - projectada a cena da varanda.

Pede a outra aluna para fazer a voz feminina e um do grupo faz a voz masculina.Pede um narrador.Escolhe um aluno.

Esclarece os alunos.

causa da projecção.

O grupo que tinha levanta a mão.

Vários alunos pedem para ler.

Lêem o diálogo.

Alguns alunos colocam dúvidas em relação ao vocabulário.

15:50 “Quando Julieta diz ‘deny, refuse’ que tipo de frase temos?”

“Imperativo utiliza-se para uma ordem ou pedido.Então temos que usar um verbo que

exprima esse sentido. Pode ser ‘order’ ou ...”

Regista no quadro a alteração do imperativo para o Dl e do verbo shall e will.

Pede aos alunos para passarem o que está no quadro para o caderno.

“Imperativo’

“Ask’

Alunos vão de imediato para os seus lugares e começam a escrever no cademo.

16:00 Distribui uma folha com exercícios.

“Aí está o diálogo que viram no acetato. Começam a fazer - passar para o Dl. O que não acabarem fazem em casa.”

Circula pelos alunos.

Começam a fazer o exercício.

Vão chamando a professora para tirar dúvidas e para confirmar o que escrevem.

Estão em silêncio a trabalhar.

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107

16:05 “Não se esqueçam de acabar emcasa. Na próxima aula corrigimos.” Começam a arrumar.

' Saem.

Aula O bservada 8

Local: Sala de Inform ática

Data: 09 de M aio de 2005

T e m po P r o f e s s o r a Alu n o s

10:30Diz aos alunos que vão corrigir o TPC e pergunta o que era.Pede aos alunos para compararem com os colegas de grupo o TPC.

Liga o computador portátil.

Entram e começam a sentar-se.

(os computadores estão desligados)

Alguns alunos conversam outros comparam trabalhos.

10:40 Escreve no quadro: ‘http://esfgaoitavo.blogspot.com’

Diz aos alunos para escreverem os nomes nos trabalhos e entregarem.

“Enquanto eu recolho ligam os computadores e acedem àquelesite ”

Circula pela sala para recolher TPC.

“Primeiro lêem o que aí está e depois podem explorar o primeiro link, o 1° exercício. Fazem individualmente.”(um exercício sobre o Romeu e Julieta)

Ligam os computadores.

“O que fazemos? ”

Abrem o site.

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108

Fazem o exercício.

G8 está sem Internet. Avisa a professora.

"Reiniciem o computador. Pode ser que funcione. Senão têm que se distribuir pelos outros grupos”

Vai ao G6 “vão para as mesas do meio fazer o vosso projecto porque as colegas daquele grupo não têm net e vêm para aqui fazer”

G6 troca de lugar com o G8.

10:55

Pede para não fazerem tanto barulho.

Escreve no quadro:‘identity - esfga password -12345678’

“Se já todos fizeram o exercício 1 agora vão dar o seu contributo sobre a história ”

G7 acabam todos o exercício e batem palmas “conseguimos somos os maiores”

Explica como os alunos devem fazer para aceder ao blog e colocar o comentário.

G7 e G9 começam a escrever o comentário.

Todos os grupos estão a escrever o seu comentário.

Vai circulando para ajudar os alunos.

G6 está no computador 8, que não tem net. Estão a fazer o seu projecto - um jogo sobre a história.

G7 procura um site de tradução.

Passa pelo G7 e diz "não é para fazer uma tradução. Pensem numa coisa simples. Comentem a história ou uma actividade que fizeram sobre a história”

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109

11:10Circula e verifica os trabalhos. Vai tirando dúvidas.

“Quando publicam têm que assinar para sabermos quem escreveu ”

Diz aos grupos que já escreveram o comentário que comecem a trabalhar no projecto.

G6 está no Paint a fazer um desenho que será a base do tabuleiro do seu jogo.

A maioria dos grupos está a escrever o comentário.

11:20

Circula e tira dúvidas.

Diz ao G9 para irem novamente ao blog e no 3o link abrirem o texto da peça."Agora vão gravar a vossa versão sonora do texto ”

G6 está no Word a escrever um documento com o título “Rules of the Game”. Estão na 3a frase.

G7 está num chat português na conversa.

G5 e G9 trocam de lugar porque o G5 precisa do HotPatatoes para fazer o seu projecto e o seu computador não tem.

G9 chama a professora porque já têm o projecto deles feito.

G6 e G8 voltam para os seus lugares. G8 começa o seu projecto G6 escreve o comentário no blog.

11:30Para o G7 “tem que ser sobre Romeu e Julieta”

Explica ao G9 onde está o programa e como começam e param a gravação.

G7 brinca com o programa de palavras cruzadas.

Um aluno do G5 vai buscar o caderno para ajudar a fazer as palavras cruzadas.

G9 pede ajuda à professora para gravar a história em áudio.

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110

Pede a atenção da turma“Os vossos colegas vão gravar vozpor isso não querem barulho”

Circula vendo os trabalhos.

Turma baixa o tom de voz.Alguns alunos mandam os outros calar por causa da gravação.

Quase silêncio total. G9 grava voz os outros trabalham nos projectos.

G6 tem dificuldade em escrever. Um diz “vais ao google e escreves em português. Vês eu sou esperto. ”

11:40

Circula e tira dúvidas.

Pede silêncio para a gravação.

Ao fim de uma fala pede para pararem para ouvirem como ficou.

G8 está a fazer uma apresentação electrónica sobre o Romeu e Julieta.Outros grupos estão a fazer palavras cruzadas.

G7 procura no blog com os exercícios palavras para pôr nas palavras cruzadas.Um aluno diz:“Põe aquele para onde ele fugiu ”

Silêncio total.

Depois de ouvirem batem palmas.

Começam a arrumar.

11:50 TOCA

Aula Observada 9

Local: Sala de Aula

Data: 11 de M aio de 2005

I T e m p o P r o f e ss o r a Ajlunos

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I l l

15:25"Um voluntário para escrever o sumário ”

OUADRO ESQ..

Lesson 67 Wednesday, the ) 1th of May 2005

Summary Homework correction.

"Tirem os cadernos para registar o sumário. ”

Entram. Conversam. Vão sentando.

Um aluno levanta-se e vai para o quadro.

OuADRO Dt p .

Lessons 65 / 66 Monday, the 9th of May 2005

SummaryReporting a dialog. Writing a comment about the storv of Romeu and Juliet

Alguma agitação.Alunos passam o sumário.

15:35 “Trouxe os resumos para vos devolver. Trouxe também os trabalhos de casa, que alguns não entregaram. Quem não entregou entrega agora. "Dá a 2 alunas os trabalhos para distribuírem pelos colegas.

Dá uma ficha a uma aluna para distribuir pelos colegas.

Alguns alunos que recebem os trabalhos comentam as correcções com o colega do lado.

15:40 Pede para os alunos guardarem os resumos e para passarem a limpo em casa.“Quero esse texto em formato digital. Publicam no blog da turma ou trazem em disquete para publicarmos na próxima aula. ”

Escreve o endereço do blog no quadro.http://esfgaoitavo.blogspot.com identidade: esfga palavra-passe: 12345678

Alguns alunos discutem os comentários escritos nos trabalhos.

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112

15.45 "Confrontem essa folha que distribuíram agora com o trabalho que fizeram na última aula. Comparem as diferenças com o colega do lado. ”

“Vamos que quero saber quais são as diferenças. Identifiquem e encontrem as razões. ”

Alunos conversam.Uns discutem as diferenças das folhas (sobre o discurso directo e indirecto)

Alguns grupos discutem as regras gramaticais. “0 tempo está no simple present e passa para o simple p a st”

15:55 “Agora em conjunto vamos ver e tentar perceber porque alguns falharam: ”

Vai perguntando a alguns alunos as regras para a construção do Discurso Indirecto.

Alunos começam a falar para a professora. Alguns dizem o que tinham escrito e a forma correcta.

Alunos vão dizendo algumas explicações relativas às alterações da frase.

16:05 “Podem arrumar. ” Alguns alunos arrumam e começam a levantar-se.

Alunos saem.

Aula Observada 10

Local: Sala de Informática

Data: 16 de Maio de 2005

T em po Pr o f e s s o r a Al u n o s

10:30Pergunta quem precisa de trabalhar no computador por causa do projecto.

Entram e sentam-se.

Entregam as disquetes com a reescrita dos resumos.

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“Hoje é o último dia para a conclusão dos trabalhos. Têm que entregar na 4afeira ”

“Trouxe uma ficha para fazerem no Class Server. São 10 questões de treino sobre o Discurso Indirecto. Uns vêm para as mesas acabar uma outra ficha em papel, outros ficam nas máquinas. Na próxima 2a feira temos teste. ”

Coloca folhas em cima das mesas.

G7 está no chat.

A maioria dos alunos está a olhar para a professora a ouvir.

Distribuem-se pelas mesas.

10:40

Pede ao G7 que façam à vez. Cada um faz 3 a 4 palavras enquanto os outros trabalham nas mesas centrais. Depois trocam.

G7 ainda está a acabar o projecto: palavras cruzadas.

Alunos do G7:R: “Pedro, isto passa-se em Verona não é? P: “Sim. Verona é para onde ele fugiu. ”L: “Não. Passa-se em Verona e Mantua é para onde ele fugiu. ”

G l, G4, G5, G7 - trabalham no projecto.

10:50

Circula a tirar dúvidas e a ver o que os alunos estão a fazer.

Alunos nas mesas do centro fazem fichas em papel.

Alguns alunos estão a entrar no Class Server e começam a fazer a ficha electrónica.

10:55Está com uns alunos a ajudar a escrever uma coisas do trabalho dogrupo.

Aluno do G6 que está a fazer a ficha no Class Server pede ajuda a uma colega que está nas mesas do meio.Colega vai ao computador e diz “Epara continuar a frase. Juliet said that... tens que escrever no Discurso Indirecto. ”Depois volta para o lugar e continua a fazer a ficha.

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Vai a um outro grupo tirar as dúvidas.

Vários grupos chamam a professora para ir ver o trabalho.

11:05 “Quem não precisa de computador pode dar o lugar aos colegas para fazerem a ficha do Class Serve r. ”

Acompanha o trabalho de outro grupo.

G9 não precisa de computador para o seu projecto e leva as suas coisas para as mesas do meio. Outro colega senta-se nesse computador para fazer a ficha electrónica.

Os alunos que acabam a actividade do Class Server vão para as mesas; trocam com outro colega.

11:15

Vai indo aos grupos que vão chamando.

Continuam a trabalhar e vão chamando a professora para ajudar.Os alunos das mesas centrais chamam bastante a professora para que ela veja o que escreveram.

11:30

Ajuda uns alunos a entrar no Class Server para fazerem a ficha

Quase silêncio total. Só alguns alunos falam baixo com o colega do lado.

Alguns alunos estão a ver o trabalho feito pelo G9: palavras cruzadas.

11:40

“Este não dá. Este é para eu ver em casa e depois digo. "

Aluno do G7 acaba a ficha, envia e pergunta: “Stôra agora como é que vemos a

pontuação? ”

Reage com tom decepcionado “O h”

Outro aluno do G7 diz que não sabe fazer o exercício.

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115

Um outro colega vai ter com ele e senta-se ao lado dele:“Tens que pôr a Julieta disse... Como em

português. Tu dizes 'vou ao cinema Eu digo 'ele disse que ia ao cinema. ”

Aluno do G7 escreve ‘what is in a name’. Colega diz "se o verbo está is passa paraquê?"Aluno corrige e escreve ‘w as\

11:50 TOCA

“Quem não fe z a ficha do Class Server fa z em casa. Escrevam o endereço no caderno. ”

Arrumam e saem.

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ANEXOL

Matrizes de análise das observações

Sala de Inform ática

Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

Utilizações das T1C em aula

Actividadespropostas

Contar ou comentar a história da obra de leitura extensiva

- “Para que todos partilhem a mesma história, vamos criar uma apresentação em PowerPoint, em grupo, que contenha a história ”

- “Se já todos fizeram o exercício 1 agora vão dar o seu contributo sobre a história” ... aceder ao blog e colocar o comentário.

Exercícios de gramática - “Agora vou atribuir a cada grupo uma cena da

peça. Na vossa apresentação têm que incluir uma situação de diálogo dessa cena ”

- Diz aos alunos que vão corrigir o TPC e pergunta o que era.

- “Primeiro lêem o que aí está e depois podem explorar o primeiro link, o 1° exercício. Fazem individualmente. ” (um exercício sobre o Romeu e Julieta)

- “Trouxe uma ficha para fazerem no Class Server. São 10 questões de treino sobre o Discurso Indirecto. Uns vêm para as mesas acabar uma outra ficha em papel, outros ficam nas máquinas. Na próxima 2afeira temos teste. ”

Trabalho de projecto sobre a obra de leitura extensiva

— “vão para as mesas do meio fazer o vosso projecto ”

— Pergunta quem precisa de trabalhar no computador por causa do projecto. "Hoje é o último dia para a conclusão dos trabalhos. Têm que entregar na 4a feira "

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117

Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

Tarefas relacionadas com as actividades propostas para a aula

Utilização da Internet para fazer pesquisa

- G8 começam: vão à Internet à procura de imagens para a capa. Pesquisam pelo nome da obra

- G6 e G7procuram imagens para a capa

- A turma, em geral, está na Internet a pesquisar imagens para o diapositivo da capa.

- G6 continua a procurar imagens para juntar à descrição das personagens.

- G9 procura imagens na Internet.

- G7procura imagens de Romeu na Internet.

Utilização de programas de produção de texto ou multimédia

- G8 inserem a imagem na capa e começam a escrever o título.

- G6 começa: abre o programa de criação de apresentações electrónicas. Escreve o título da obra no 1° Diapositivo.

- 8 iniciam o diapositivo 3 “Time /Place ”. Escrevem

- G9 a terminar o diapositivo 5- já tem imagem e texto.

- 1, G3, G5 e G6 a compor o diapositivo 2, texto e imagens

- G4 a trabalhar no diapositivo 3. G8 a iniciar o diapositivo 4 "Story”. G9 quase a terminar o diapositivo 4.

- Abrem a apresentação que tinham feito na última aula.

- A maioria trabalha na apresentação

- G6 está no computador 8, que não tem net. Estão a fazer o seu projecto — um jogo sobre a história.

- G6 está no Paint a fazer um desenho que será a

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Categorias Subcategorias . Indicadores Unidades de registo .

base do tabuleiro do seu jogo.

- G6 está no Word a escrever um documento com o título “Rules o f the Game Estão na 3afrase.

- Diz ao G9para irem novamente ao blog e no 3o link abrirem o texto da peça.

- "Agora vão gravar a vossa versão sonora do texto ”

- G9 grava voz

- os outros trabalham nos projectos.

- G7 ainda está a acabar o projecto: palavras cruzadas.

Utilização de programas de tradução

- G8 utiliza programa de tradução na Internet.

- G7 abre um programa de tradução na Internet.

- G7 tenta traduzir texto.

- G7 (...) a tentar usar o programa de tradução.

- G7procura tradução de “média e bonita”. 0 tradutor devolve “it measured andpretty”. G7 copia esse texto e cola no trabalho.

- Dizem se é ou não importante. Depois escrevem no tradutor da Internet.

- G7 usa tradutor para escrever séc. 16 em inglês. Devolve “Century seventeen”. Copiam e colam no trabalho.

- G7procura um site de tradução.

Utilização de programas de avaliação

- “Primeiro lêem o que a í está e depois podem explorar o primeiro link, o 1° exercício. Fazem individualmente. ”

— Abrem o site. Fazem o exercício.

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Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

— Alguns alunos estão a entrar no Class Server e começam a fazer a ficha electrónica.

Tarefas não relacionadas com as actividades propostas para a aula

Aluno ouve música ou vê vídeos

- Aluno G7 liga as colunas e aumenta o som

- G7 está a ver um vídeo sobre carros. 0 5A está de pé ao lado da mesa do G7 a ver também.

- G7 continua com música ligada mas quase não se ouve.

- G2 vê videos na Internet.

- G7 liga música.

Aluno consulta o e-mail

— G2 consulta o e-mail.

— G2 lê e-mails

— G2 a ver e-mails.

— G2 lê mails e canta baixinho.

Aluno navega na Internet — G7 e G5 na Internet

Aluno usa outrosoftware para jogar ou brincar

- G2 já fechou o trabalho. Joga às cartas

- G2 vê objectos 3D.

- G7 está num chatportuguês na conversa.

- G7 está no chat.

Aluno usa o software de trabalho para brincar

— G7 abre o programa, escrevem e apagam nomes que não têm a ver com o trabalho.

— G7 brinca, escrevendo e apagando palavras não relacionadas como trabalho

— G7 brinca com o programa de palavras cruzadas.

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120

Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

Problemastécnicos

Computa­dores sem Internet

— G8 está sem Internet. Avisa a professora

— “Reiniciem o computador. Pode ser que funcione. SenÕo têm que se distribuir pelos outros grupos ”

Computa­dores sem os programas necessários

- G5 e G9 trocam de lugar porque o G5 precisa do HotPotatoes para fazer o seu projecto e o seu computador não tem.

Aprendizagensmediadas pelas TIC

No domínio de competências especificas da língua inglesa

Aluno escreve ou fala usando a língua inglesa

- G6 inicia a descrição de Juliet no diapositivo 2.

- Gl, G2, G3, G4, G5 trabalham no diapositivo 1, a montar a capa.

- G8 e G9 trabalham nos textos do diapositivo 2.

- G6 começa a escrever nos balões.

- G7 começa a escrever no 1° slide

- G2, G5, G8 e G9 estão a escrever as falas no 2o slide.

- G7 e G9 começam a escrever o comentário.

- Todos os grupos estão a escrever o seu comentário.

- A maioria dos grupos está a escrever o comentário

- G6 está no Word a escrever um documento com o titulo “Rules o f the Game Estão na 3afrase.

- G6 escreve o comentário no blog.

- G8 está a fazer uma apresentação electrónica sobre o Romeu e Julieta.

- Outros grupos estão a fazer palavras cruzadas.

- G7 ainda está a acabar o projecto: palavras cruzadas.

- Gl, G4, G5, G7 — trabalham no projecto.

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Categorias Subcategorias . Indicadores Unidades de registo

Aluno escreve ou fala sobre conteúdos específlcos da disciplina

— Alunos do G7:

— R: “Pedro, isto passa-se em Verona não é? P:“Sim. Verona é para onde ele fugiu. ”L: “Não. Passa-se em Verona e Mantua é para onde elefugiu . ”

- “Tens que pôr a Julieta disse... Como em português. Tu dizes ‘vou ao cinema'. Eu digo ‘ele disse que ia ao cinema. ” Aluno do G7 escreve ‘what is in a name Colega diz “se o verbo está is passa para quê? ” Aluno corrige e escreve ‘was

- Alguns alunos estão a entrar no Class Server e começam a fazer a ficha electrónica.

No domínio decompetênciastransversais

Aluno revela preocupação com aspectos estéticos relativos à forma do trabalho, não ao conteúdo

- G6 arranjam esteticamente o diapositivo 1.Discutem como fica melhor.

- ...decidem a formatação do título.

- G8 formata o titulo do diapositivo 8.

- Todos os grupos têm a apresentação aberta, como imagens e balões. Nenhum tem frases escritas.

- G7 começa a escrever no 1°slide e vai escolhendo a cor para o slide.

- Gl, G3, G4 e G6 — arranja imagens e cores para o1° slide.

Aluno revela preocupação com aspectos técnicos do instrumento de trabalho

— G6 procura o assistente do programa para mexer na imagem da capa. Chama a professora.

— G7 tenta traduzir texto. Verifica o que G7 está fazer e diz “Ai querem traduzir de inglês para português? ” G7 muda o modo de traduzir

— G6 pede ajuda na formatação, para mudar as cores do diapositivo.

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122

- Categorias Subcategorias Indicadores Unidades deregisto

Professora sugere formas de organização de trabalho e decolaboração

— G6 discorda na idade de Romeu e pergunta à Professora qual é. “Não sei. Discutam entre vocês. Cheguem a um consenso. ” Optam por escrever apenas “young m an”

- “Para não haver confusões, 10 min no teclado a cada um ”

Professoraesclareceaspectosespecíficosrelacionadoscom astecnologias

- Pergunta o que querem fazer e explica como podem colocar a imagem atrás do texto.“Mas atenção. Vejam se fica bem. Será que se consegue ler bem o texto? ”

- Stôra não dá. A imagem que queremos não dá ” “Não dá porque está bloqueada para cópia. Têm que arranjar outra ”

- Sugere aos alunos que façam o diálogo usando balões / chamadas.

- Explica como se fazem os balões de fala.

- Ajuda o G7 a retirar uma imagem da Internet para o trabalho.

- Explica ao G9 onde está o programa e como começam e param a gravação.

- Ajuda uns alunos a entrar no Class Server para fazerem a ficha

- Aluno do G7 acaba a ficha, envia e pergunta:

- “Stôra agora como é que vemos a pontuação? ” “Este não dá. Este é para eu ver em casa e depoisdigo. ”

Dinâmicas de aula comas TIC

Estratégias de trabalho

Trabalho de grupo usando o computador

— “Têm que estar agrupados de acordo com o projecto que delineámos na última aula. ” Confere os grupos, lendo uma folha e verificando os lugares de cada um

— Atribui uma cena a cada grupo — Grupo 1- cena 1,

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Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

etc...

- Explica como os alunos devem fazer para aceder ao blog e colocar o comentário.... Todos os grupos estão a escrever o seu comentário.

- Pergunta quem precisa de trabalhar no computador por causa do projecto.

Trabalho de grupo usando recursos em suporte papel

- Vai ao G6 “vão para as mesas do meio fazer o vosso projecto porque as colegas daquele grupo não têm net e vêm para aqui fazer"

- G9 não precisa de computador para o seu projecto e leva as suas coisas para as mesas do meio. Outro colega senta-se nesse computador para fazer a ficha electrónica.

- Os alunos que acabam a actividade do Class Server vão para as mesas; trocam com outro colega.

Trabalho individual usando o computador

- “Primeiro lêem o que a í está e depois podem explorar o primeiro link, o 1° exercício. Fazem individualmente. ”

Trabalho individual usando recursos em suporte papel

- Alunos nas mesas do centro fazem fichas em papel.

Atitude do professor

Professora esclarece, para toda a turma, as actividades

- "Silêncio. Posso dar indicações para a aula?Silêncio."

- “As sugestões de formatação para o trabalho estão no quadro. ”

- “Já passaram lOmin. Troca quem escreve no teclado ”

- “Nesta a altura a capa já devia estar acabada. Avancem para o 2. Senão nunca mais está feito. ”

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Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

- Alerta a turma “Vão guardando as alterações ao trabalho, para não arriscarem perdê-lo".

- Pessoal vamos guardar os trabalhos e começar a encerrar os computadores "

- “Agora vou atribuir a cada grupo uma cena da peça. Na vossa apresentação têm que incluir uma situação de diálogo dessa cena ”

- Pede atenção. Pede para desligarem os monitores

- Mostra o trabalho de uma aluna sobre o Romeu e Julieta. "Tinham até ao final de Abril para fazer o trabalho de projecto em grupo. Só um grupo entregou. Como não temos tido tempo não fizemos nada aqui. Mas têm mais 15 dias e na próxima 2°feira podem fazer o que vos falta aqui na aula. "

- Diz aos alunos que vão corrigir o TPC e pergunta o que era.

- Pede aos alunos para compararem com os colegas de grupo o TPC.

- Escreve no quadro:

- ‘http://esfgaoitavo. blogspot. com ' Diz aos alunos para escreverem os nomes nos trabalhos e entregarem. “Enquanto eu recolho ligam os computadores e acedem àquele site "

- “Primeiro lêem o que aí está e depois podem explorar o primeiro link, o I o exercício. Fazem individualmente. ” (um exercício sobre o Romeu e Julieta)

- Escreve no quadro:

- ‘identity — esfga password —12345678 ’

- “Se já todos fizeram o exercício 1 agora vão dar o seu contributo sobre a história” Explica como os

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Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

alunos devem fazer para aceder ao blog e colocar o comentário.

- “Quando publicam têm que assinar para sabermos quem escreveu ”

- Pede a atenção da turma

- “Os vossos colegas vão gravar voz por isso não querem barulho ”

- “Quem não precisa de computador pode dar o lugar aos colegas para fazerem a ficha do Class Server. "

- “Quem não fe z a ficha do Class Server fa z em casa. Escrevam o endereço no caderno. ”

Professora esclarece, para um aluno ou um grupo, as actividades

- Repete para o G7 o que deve conter a capa, na identificação (nome, turma, ano)

- “Não. O que falta? E a identificação? ” Repete o que deve conter a capa.

- Diz ao G6 para fazer primeiro o diapositivo 2 e só depois o 3.

- Explica o conteúdo do diapositivo 2 ao G7.

- “Falta a imagem. Podem pesquisar usando o nome da cidade onde acontece a história ”

- No G7pergunta o que são as características fisicas.

- No G6 diz “o mais importante agora não é a formatação. Vamos primeiro ao conteúdo. ”

- No G7 lê o que têm escrito. “Look: tall and pretty”.Pede para avançarem para a descrição a Julieta.

- Para G6 “Quando aconteceu a história? Onde? ”

- Prof. vai ao G7. G7 escreve “ Where: in London ”

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Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

Lê e diz “Não, não. A história não se passa em Londres? Abre lá a tua obra e procura. ” 7B "Começa com V... Verona” 7B “norte de Itália”7B escreve no diapositivo.

- Vai ao G7 e explica novamente a tarefa.

- (No G6) Explica que têm que imaginar o que eles podem ter dito naquela cena.

- Vai ver o trabalho do G5 e diz o que ainda falta.

- Vai ao G7 e diz que primeiro é o texto e só depois arranjam o aspecto. “Mas esta não era a vossa cena ”

- Pede aos alunos para irem ver à apresentação que tem a história toda qual a cena a seguir à noite de núpcias

- Passa pelo G7 e diz “não é para fazer uma tradução. Pensem numa coisa simples. Comentem a história ou uma actividade que fizeram sobre a história ”

- Diz aos grupos que já escreveram o comentário que comecem a trabalhar no projecto.

- Para o G7 “tem que ser sobre Romeu e Julieta ”

- Ao fim de uma fa la pede para pararem para ouvirem como ficou.

- Pede ao G7 que façam à vez. Cada um fa z 3 a 4 palavras enquanto os outros trabalham nas mesas centrais. Depois trocam.

- Vai indo aos grupos que vão chamando.

Professora esclarece, para um aluno ou um grupo, conteúdos da

- Circula. Tira dúvidas sobre o conteúdo....

- Aluno do G7 “Não percebo ” P ro f “0 que quer dizer o título 'Main Characters 7 Aluno do G7 “Personagens principais ” Prof: Questiona o que

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Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

disciplina deve conter. G7 vai respondendo... nome, idade...

— Diz que podem escrever "by W.S. ”. Observa o que o grupo tem e diz "Já agora colocam o título em inglês, não acham.

— Vai às mesas do meio tirar dúvidas e explicar exercícios da ficha gramatical que o 7C está a fazer.

- Corrige os erros do texto do G7.

- Circula pelos grupos, tirando dúvidas de expressões e vocabulário em Inglês.

— Explica que numa história se usa principalmente oDL

- Anda pela sala e vai parando nos grupos para ajudar.

— Circula pela sala. Vê o trabalho do grupo 1 e diz que está bem, para continuarem para outro slide.

- Anda pela sala e vai parando nos grupos para ajudar.

— Vai circulando para ajudar os alunos.

- Circula e verifica os trabalhos. Vai tirando dúvidas.

— Circula e tira dúvidas.

- Circula vendo os trabalhos

- Circula e tira dúvidas.

— Circula a tirar dúvidas e a ver o que os alunos estão a fazer.

— Está com uns alunos a ajudar a escrever uma coisas do trabalho do grupo.

- Vai a um outro grupo tirar as dúvidas.

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Categorias- Subcategorias , Indicadores V Unidades de registo ' . r • . r .

— Acompanha o trabalho de outro grupo.

Professora repreende ou castiga

- Aluno G7 liga as colunas e aumenta o som. Professora vai até ao Grupo 7 e diz “ Desliga isso. A alternativa a trabalhares aí com o grupo é ires para as mesas do meio e fazeres uma fich a ”

- No G7: “ Estão afazer asneira. Se não trabalham vão os 3 para as mesas fazer fichas de gramática”.

- Aluno G7 aumenta o volume das colunas. Manda aluno G7para as mesas do meio da sala e dá-lhe uma ficha de trabalho para fazer.

- Manda o 5A para as mesas para fazer ficha de gramática.

Atitude dos alunos

Solicita apoio do professor para dar opinião ou esclarecer dúvidas

— G7pergunta como se escreve o autor da obra

— G6 chama Professora para mostrar o trabalho e pergunta se está bem.

— G7 chama Professora para ajudar no diapositivo 2

— G6 chama Professora e pergunta que devem fazer no 3

— G7 Chama Professora e diz que terminou o diapositivo 1.

— G8 chama Professora e pergunta o que deve conter no diapositivo 2.

— G7 chama Professora para ajudar no diapositivo 2, que está vazio. “O que se fa z a seguir à capa? ”

— G7 chama Professora e pergunta como é o diapositivo 2

— G9 “Stôra o que falta no

— diapositivo 3 ” ?

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Categorias Subcategorias Indicadores Unidades dé registo

- G6 pede ajuda

- G6 pede ajuda para completar diapositivo 3.

- Vários grupos chamam a professora para pedir ajuda.

- G6 pede ajuda à professora. “E agora o que escrevemos? "

- G5 chama a professora 'já acabámos

- G9 chama a professora porque já têm o projecto deles feito.

- G9 pede ajuda à professora para gravar a história em áudio.

- Vários grupos chamam a professora para ir ver o trabalho.

- Continuam a trabalhar e vão chamando a professora para ajudar.

- Os alunos das mesas centrais chamam bastante a professora para que ela veja o que escreveram.

Solicita apoio de colegas para dar opinião ou esclarecer dúvidas

- 1C vira-se para trás e pede ajuda a G6 na ficha de gramática.

- 7A pede ajuda ao 7C (que está nas mesas do meio) para criar um novo dispositivo. 7C levanta-se e ajuda.

- Aluno do G6 que está a fazer a ficha no Class Server pede ajuda a uma colega que está nas mesas do meio.

- Colega vai ao computador e diz “E para continuar a frase. Juliet said that... tens que escrever no Discurso Indirecto. ”

- Depois volta para o lugar e continua a fazer a

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Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo . .. ■ ; -

ficha .

Realiza tarefas ou toma decisões em conjunto com os colegas

- G6 discutem a estrutura do diapositivo 3

- G6 continua a decidir como estruturar o diapositivo 2. 6A vai dizendo a frase, 6C vai escrevendo.

- G6 escrevem em conjunto a descrição de Romeu.

- G7 dois alunos lêem a obra à procura de informação para o diapositivo.

- G9 lê os resumos que tinham feitos antes e escolhem o que vão pôr no diapositivo.

- G7 a discutir as características de Romeu

- G6 elabora diapositivo 3. 6C "como se diz séc. 16 em inglês? ” 6B “ é ao contrário... Sixteen Century” 6B dita a expressão, 6C escreve.

- G8 inicia o texto sobre a história. 8C lê partes, 8A e 8B dizem se é ou não importante.

- Primeiro escrevem a frase no caderno e discutem entre eles.

- G6 tem dificuldade em escrever. Um diz “vais ao google e escreves em português. Vês eu sou esperto. ”

Toma a iniciativa de usar outros recursos para realizar as tarefas

- Um aluno do G5 vai buscar o caderno para ajudar a fazer as palavras cruzadas.

— G7 procura no blog com os exercícios palavras para pôr nas palavras cruzadas. Um aluno diz: “Põe aquele para onde ele fu g iu ”

Dá sugestões ou ajuda os colegas espontaneam ente

- G7 escreve uma lista de todas as personagens que aparecem na obra. 6A vê e diz “o que estão a fazer? Não é isso! ”

- Outro aluno do G7 diz que não sabe fazer o

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Categorias Subcategorias . Indicadores Unidades de registo :

exercício. Um outro colega vai ter com ele e senta- se ao lado dele:

Faz barulho ou mantém comunicação clandestina

- 5A circula pela sala, de grupo em grupo, conversando com os colegas.

- 5A passeia pela sala com a bola nos pés. Pára assim que a professora sai de um grupo.

- 5A levanta-se, dá uma volta à sala e volta a sentar-se.

- 5A levanta-se. Mexe numa mochila que não é dele. 2B manda-o parar. 5A volta para o lugar.

- G7 riem-se e não trabalham.

- Agitados. Falam muito sobre um teste de outra disciplina.

- Barulho

- G7 conversam e riem-se

Revela interesse ou entusiasmo pelasactividades ou pelos trabalhos

— G6 discute sobre quem escreve. Todos querem escrever.

- G7 acabam todos o exercício e batem palmas “conseguimos somos os maiores ”

— Depois de ouvirem batem palmas.

- Alguns alunos estão a ver o trabalho feito pelo G9: palavras cruzadas.

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Sala de Aula

Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

Aprendiza­gens não mediadas pelas TIC

No domínio de competências especificas da língua inglesa

Aluno escreve ou fala usando a língua inglesa

- ( “Se eu disser a Maria disse que gosta de música, como diria em inglês? ’) aluno responde.

- Alunos começam a dizer como fica a frase em inglês.

- (Pede aos alunos para colocarem no discurso indirecto epara explicarem as alterações) Participam vários alunos.

- Aluna fa z a pergunta. Colega da outra fila diz no Dl. Outros alunos fazem o mesmo procedimento.

- Lêem o diálogo.

- Alunos vão de imediato para os seus lugares e começam a escrever no caderno

- Começam a fazer o exercício, (passar para o Dl)

Aluno escreve ou fala sobre conteúdos específicos da disciplina

- Alunos respondem jogar, tocar, brincar...

- Vários Alunos respondem poesia.

- Vários Alunos dizem de imediato texto dramático, lírico, narrativo.

- Dois ou três alunos respondem “discurso indirecto ”

- Alguns Alunos dizem “neste livro é directo porque tem diálogos e o outro é indirecto ”

- Uma aluna “há mais vezes o eu, a 1°pessoa e menos a 3 a; há pontos de interrogação ”

- Alunos referem travessão, a I apessoa... Uma aluna diz “didascália” Aluna explica “são indicações sobre o cenário e onde estão as personagens ”

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Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

- “Qual é então o tema? ” “Reported Speech "

- Alunos vão dizendo (pronomespessoas na 3a pessoa)

- Uma aluna responde que os verbos vão para o passado

- Indicam o tempo verbal e a pessoa em que está a frase.

- (Pergunta que outros verbos podiam ser usados em vez de ‘say’.) Aluna: “Afirmou, declarou, contou"

- Participam (indicando aos pronomes pessoais de complemento)

- “Porque está no D l”

- “Passámos do D l para o D ia s cenas do Romeu e Julieta ”

- Alunos conversam. Uns discutem as diferenças das folhas (sobre o discurso directo e indirecto)

- Alguns grupos discutem as regras gramaticais. “0 tempo está no simple present e passa para o simple p a st”

- Alunos começam a falar para a professora. Alguns dizem o que tinham escrito e a form a correcta. Alunos vão dizendo algumas explicações relativas às alterações da frase.

Dinâmicas de aula sem as TIC

Estratégias de trabalho

Trabalhoindividual — Começam a fazer o exercício, (passar para o Dl)

Trabalho de pares - “Confrontem essa folha que distribuíram agora

com o trabalho que fizeram na última aula. Comparem as diferenças com o colega do lado. ”

Atitude do professor

Professora esclarece, para toda a

- “Então agora vamos ler a explicação gramatical que está no livro. Todos acompanham porque eu

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Categorias Subcatègorias Indicadores Unidades de registo

turma, as actividades

digo o nome de quem vai continuar. ”

- Pede aos alunos para colocarem no discurso indirecto e para explicarem as alterações

- "Agora vamos treinar. Alguém da fila 1 fa z uma pergunta aos colegas da fila 2, e estes contam a alguém da fila 3, usando o D l ”

- Continua a perguntar quais eram as cenas que trabalharam e quem é que estava a fazê-las

- Liga o projector e procura o acetato. Pede atenção. "Quem tinha esta cena? " - projectada a cena da varanda. Pede a outra aluna para fazer a voz feminina e um do grupo fa z a voz masculina. Pede um narrador. Escolhe um aluno.

- "Aí está o diálogo que viram no acetato. Começam a fazer - passar para o Dl. 0 que não acabarem fazem em casa. ”

- "Trouxe os resumos para vos devolver. Trouxe também os trabalhos de casa, que alguns não entregaram. Quem não entregou entrega agora. ”

- Dá a 2 alunas os trabalhos para distribuírem pelos colegas.

- Pede para os alunos guardarem os resumos e para passarem a limpo em casa.

- "Quero esse texto em formato digital. Publicam no blog da turma ou trazem em disquete para publicarmos na próxima aula. ” Escreve o endereço do blog no quadro. http://esfgaoitavo.blogspot.com identidade: esfga

- palavra-passe: 12345678

- "Confrontem essa folha que distribuíram agora com o trabalho que fizeram na última aula. Comparem as diferenças com o colega do lado. ”

- "Vamos que quero saber quais são as diferenças.

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'Categorias Subcategorias . Indicadores Unida;des de registo

Identifiquem e encontrem as razões. "

Professora esclarece, para toda a turma, conteúdos da disciplina

- Mostra um livro: “The complete Works o f W.S. ". “Este tem as obras completas. As obras de S. também incluem o que ele escreveu além de teatro. Também tem poesia. ”

- “Aqui está ‘plays 0 que pode querer dizer ‘plays'? ” Professora vai escrever no quadro o que os alunos vão dizendo:

- “Gonçalo, o que pode diferenciar uma peça de teatro de outro texto? Dê um exemplo"

- “Pedro dê um exemplo de outro tipo de texto ”

- “Temos vários tipos de textos... géneros... quais? ”

- Escreve no quadro os exemplos e os géneros. Explica o termo Novel — não é novela mas sim romance. Pede características que diferenciem os vários géneros.

- “Lembram-se da questão? Há ou não diálogo " “0 mais importante é o que predomina no género. Qual o ti+o de texto que predomina na peça de teatro? Há um predomino do diálogo. E o texto que receberam e leram? E uma peça de teatro? "

- " 0 texto que vos dei.... Não tem apresentação de uma peça de teatro, não tem falas. Isto é um texto em prosa. Que discurso predomina aqui? ”

- “Alguns não ouviram com o barulho. Atenção que é precisamente o conteúdo que vem para o próximo teste ”

- “E quem sabe dizer algumas características do discurso directo? Que tipo de frase si de marcas há no discurso directo? ”

- Explica a diferença entre directo e indirecto.

- Pergunta novamente pelas marcas dos diferentes

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Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

discursos

- “Então, Space, qual é? ’’Mostra “Space ”. (2) “Quem reconhece Mantua? Porque aparece? ” Mostra “ Verona ” (3) Pergunta durante quanto tempo decorre a história. Mostra “Time’’ (5) Mostra “Characters

- Pergunta a alguns alunos porque não trouxeram o manual. “ Tem que haver pelo menos um por carteira”.

— “Já sabemos que as explicações gramaticais estão ofim do livro. Procurem então o Discurso Directo e Indirecto, que é o contudo que começámos na outra aula ”

- “Estou a relatar um discurso. Mas em português não dizemos discurso relatado. Como dizemos? ”

- “Então retomando o que deram na aula deportuguês, no discurso indirecto estou a contar o que os outros disseram, por isso uso a 3apessoa ” Pede pronomes pessoas na 3a pessoa.

- “Segue-se no Dl, forçosamente, um verbo que introduz o discurso da pessoa ”

- Refere que as marcas de oralidade (travessão, aspas) desaparecem.

- No fim de cada parágrafo pede a um aluno que explique o que acabaram de ler. Vai completando com explicações.

- Pergunta que outros verbos podiam ser usados em vez de 'say’.

- Escreve no quadro os pronomes pessoais desujeito. Pede aos alunos para dizerem como ficam quando são pronomes pessoais de complemento.

- “Para que serve o 'if? ” Confirma que é para introduzir uma pergunta.

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Categorias Subcategorias Indicadores ./ Unidades dé registo

- “Quando Julieta diz 'deny, refuse’ que tipo de frase temos? ” “Imperativo utiliza-se para uma ordem ou pedido. Então temos que usar um verbo que exprima esse sentido. Pode ser ‘order’ ou... " Regista no quadro a alteração do imperativo para o D ie do verbo shall e will.

- “Agora em conjunto vamos ver e tentar perceber porque alguns falharam: ” Vai perguntando a alguns alunos as regras para a construção do Discurso Indirecto.

Professora esclarece, para um aluno ou um grupo, conteúdos da disciplina

- (aluno coloca uma dúvida) Explica a diferença, pedindo participação dos alunos.

- Ajuda os alunos e vai escrevendo no quadro as frases.

- Circula pelos alunos.

Professora repreende ou castiga

- Avisa o aluno para se calar que é a última vez que avisa.

- Manda calar.

Atitude dos alunos

Solicita apoio do professor para dar opinião ou esclarecer dúvidas

- Üm aluno coloca uma dúvida em relação ao pronome “F ica io u he?”

- Duas alunas perguntam porque fica 'him ’.

- Alguns alunos colocam dúvidas em relação ao vocabulário.

- Vão chamando a professora para tirar dúvidas e para confirmar o que escrevem.

Solicita apoio de colegas para dar opinião ou esclarecer

- Alguns alunos que recebem os trabalhos comentam as correcções com o colega do lado.

- Alguns alunos discutem os comentários escritos

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Categorias Subcategorias Indicadores Unidades de registo

dúvidas nos trabalhos.

Faz barulho ou mantém comunicação clandestina

- Alunos do fim da 2a fila brincam. Um atira uma caneta a outro.

- Alunos continuam a conversar.

- Um dos alunos do fim da 2°fila (G7) discute com uma colega.

- Alguns alunos começam a fazer barulho.

- Alunos fazem barulho.

- Uns conversam, virados para trás.

- Conflito entre alunos na Fila 2 por causa de um livro. Param quando professora vai lá.

- Fazem muito barulho

Revela interesse ou entusiasmo

- Uma aluna começa a ler. Quando a aluna pára, vários alunos começam a pedir para ler.

pelaactividade ou pelo trabalho

- Vários alunos pedem para ler.

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