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UNIVERSIDADE DE LISBOA INSTITUTO DE EDUCAÇÃO UM ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO CURRÍCULO DA ÁREA DE EXPRESSÃO E EDUCAÇÃO PLÁSTICA NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO COM BASE NA METODOLOGIA DA REFERENCIALIZAÇÃO - ANEXOS - Lúcia Grave Magueta DOUTORAMENTO EM EDUCAÇÃO Área de Especialização em Teoria e Desenvolvimento Curricular 2012

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UNIVERSIDADE DE LISBOA

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO

UM ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO CURRÍCULO

DA ÁREA DE EXPRESSÃO E EDUCAÇÃO PLÁSTICA NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO

COM BASE NA METODOLOGIA DA REFERENCIALIZAÇÃO

- ANEXOS -

Lúcia Grave Magueta

DOUTORAMENTO EM EDUCAÇÃO

Área de Especialização em Teoria e Desenvolvimento Curricular

2012

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UNIVERSIDADE DE LISBOA

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO

UM ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO CURRÍCULO

DA ÁREA DE EXPRESSÃO E EDUCAÇÃO PLÁSTICA NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO

COM BASE NA METODOLOGIA DA REFERENCIALIZAÇÃO

- ANEXOS -

Lúcia Grave Magueta

DOUTORAMENTO EM EDUCAÇÃO

Área de Especialização em Teoria e Desenvolvimento Curricular

Dissertação orientada pela Professora Doutora Maria Helena Peralta

2012

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Índice

Nota introdutória......................................................................................................................

Anexo A – Estudo de caso 1 – Registo das Atividades de EEP desenvolvidas .........................

4

5

Anexo B – Estudo de caso 1 – Transcrição da entrevista ao professor..................................... 10

Anexo C – Estudo de caso 1 – Notas de campo........................................................................ 17

Anexo D – Estudo de caso 1 – Grelhas de análise das notas de campo................................... 25

Anexo E – Estudo de caso 2 – Registo das Atividades de EEP desenvolvidas.......................... 32

Anexo F – Estudo de caso 2 – Transcrição da entrevista à professora.....................................

Anexo G – Estudo de caso 2 – Notas de campo........................................................................

36

43

Anexo H – Estudo de caso 2 – Grelhas de análise das notas de campo ...................................

Anexo I – Textos curriculares que visam a EEP – Programa do 1º Ciclo do Ensino Básico..

Anexo J – Textos curriculares que visam a EEP – CNEB.........................................................

Anexo K – Textos curriculares que visam a EEP – Metas de Aprendizagem............................

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55

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Nota introdutória

Este trabalho é uma parte anexa da tese intitulada «Um estudo de avaliação do currículo

da área de Expressão e Educação Plástica com base na metodologia da referencialização».

Os elementos que apresentamos neste volume de anexos são de leitura complementar ao

corpo principal do trabalho e referem-se, principalmente, à operacionalização das técnicas de

recolha de dados levadas a cabo nos contextos do Estudo de caso 1 e do Estudo de caso 2.

Sendo assim, constam dos anexos os seguintes elementos:

- registos das atividades de EEP desenvolvidas, nos quais se enumeram as atividades

realizadas ao longo do ano letivo e se descrevem alguns elementos que as caraterizam;

- transcrições das entrevistas aos professores;

- notas de campo, que incluem registos de observação de aulas e da caraterização de

espaços e recursos utilizados em EEP, assim como a caraterização de trabalhos realizados

pelos alunos;

- grelhas de análise das notas de campo, nas quais se apresentam a relação entre dados que

constam das notas de campo e as componentes do referencial de avaliação.

Apresentamos também os textos curriculares que enquadram a área de Expressão e

Educação Plástica no 1º ciclo do Ensino Básico e que correspondem a excertos retirados do

Programa do 1º Ciclo do Ensino Básico, do CNEB e das Metas de Aprendizagem.

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Anexo A Estudo de caso 1 – Registo das Atividades de EEP desenvolvidas

Atividade Meios e técnicas de

expressão plástica / subdomínios (Programa do 1º Ciclo)

Trabalho individual / coletivo

Articulação

com outras

áreas

curriculares

Alguns elementos descritivos do processo e dos trabalhos realizados

Ilustração de

quatro histórias

que os alunos

escreveram em

casa com os pais

(Caderno “Conto

contigo”) e

construção de

livros

- Desenho

- Pintura com

diversos materiais e

técnicas

- Recorte, Colagem

(de elementos

planos e com

volume) e

Dobragem

- Utilização do

programa

informático Paint

As diversas fases

implicaram que o

trabalho fosse

desenvolvido

individualmente,

em pequenos

grupos e pela

turma;

- Língua

Portuguesa

- TIC

- Previamente à realização das ilustrações,

feitas em várias fases, o professor abordou

aspetos que caraterizam o trabalho dos

ilustradores de contos infantis;

- Tratou-se de um trabalho coletivo (ilustração e

construção de livros), tendo sido aplicadas

algumas das indicações dadas pelo professor;

- Foi necessário definir alguma articulação

entre as tarefas a desenvolver por cada aluno

(ex. divisão das histórias em partes, às quais

correspondiam diferentes ilustrações; seleção

de uma representação para cada personagem

que se mantém ao longo das diferentes páginas;

em alguns casos, houve alunos que ficaram

«especialistas» no desenho de cada

personagem).

Ilustração de

textos /obras de

literatura infantil

Alguns exemplos:

- «História dos

brincos de penas»

de Maria Teresa

Maia Gonsalez;

- «Poemas da

Mentira e da

Verdade» de

Luísa Ducla

Soares;

- Desenho

- Pintura

- Recorte, Colagem

(de elementos

planos e com

volume) e

Dobragem

Diversos

trabalhos

realizados

individualmente,

em pequenos

grupos e pela

turma;

- Língua

Portuguesa

- Algumas caraterísticas do trabalho sobre a

«História dos brincos de penas»: cada aluno

representou uma das personagens e no final, em

papel de cenário com o fundo colorido,

organizaram-se dois trabalhos (duas tribos); a

todas as personagens correspondem elementos

gráficos de banda desenhada com diferentes

inscrições (balões de fala, de pensamento,

onomatopeias,...); os dois trabalhos finais foram

expostos na escola, junto à sala de aulas da

turma e foram fotografados e apresentados no

blogue.

Ilustração de

experiências

vivenciadas

- Desenho

- Pintura

- Recorte, Colagem

(de elementos

planos) e Dobragem

Trabalho

individual

- Os alunos foram assistir à peça de teatro «O

feiticeiro de Oz» e representaram algumas

partes da história;

- Os trabalhos foram fotografados e

apresentados no blogue.

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(continuação)

Atividade Meios e técnicas de expressão plástica / subdomínios (Programa do 1º Ciclo)

Trabalho individual / coletivo

Articulação

com outras

áreas

curriculares

Alguns elementos descritivos do processo e dos trabalhos realizados

Realização de

experiências com

técnicas de

pintura

- Pintura

- Impressão

Trabalho

individual

- Foram realizados vários trabalhos que

envolviam a pintura com diversos materiais

conjugados (parafina, aguadas, lápis de cor,

lápis de cera, canetas de feltro,...).

Construção de

adereços e pintura

do cenário para a

peça «Alice no

País das

Maravilhas»,

apresentada na

festa de

encerramento do

ano letivo;

- Pintura

- Construções

Trabalho

coletivo

- Língua

Portuguesa

- EE

Dramática

- EE Musical

- Construção de chapéus, máscaras e adereços

utilizando materiais diversos (papel, cartão, lãs,

tecidos, bolas de pingue-pongue, embalagens de

plástico);

- Alguns objetos foram construídos em várias

fases (construção de estruturas com tiras de

cartão, revestimento com papel e pintura).

Construção da

capa para arquivar

trabalhos de EEP.

- Construções

- Pintura

- Recorte, Colagem e

Dobragem

Trabalho

individual

- Este trabalho envolveu a técnica de cadavre

exquis - desenho e pintura conjugada com a

colagem da fotografia do rosto – e a

personalização da letra inicial de cada nome;

- Previamente à construção da capa, o professor

abordou a «relação forma-função» do objeto a

construir.

Elaboração de

composições

visuais com

colagem e pintura

sobre tela

(presente para o

Dia da Mãe);

- Pintura

- Recorte, Colagem e

Dobragem

Trabalho

individual

[Ver notas de campo de 27/04/2010]

Construção de

cartazes sobre

«Segurança na

internet»

- Desenho

- Pintura

- Recorte, Colagem e

Dobragem

- Cartazes

Trabalho em

pequeno grupo

- Língua

Portuguesa

- TIC

[Ver notas de campo referentes a alguns

períodos de aula no mês de maio ]

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(continuação)

Atividade Meios e técnicas de expressão plástica / subdomínios (Programa do 1º Ciclo)

Trabalho individual / coletivo

Articulação

com outras

áreas

curriculares

Alguns elementos descritivos do processo e dos trabalhos realizados

Construção dos

cartazes

«Segurança para

todos»

- Desenho / Pintura

- Recorte, Colagem e

Dobragem

- Cartazes

Trabalho

coletivo

- Língua

Portuguesa

[Ver notas de campo de 15/04/2010 ]

- O trabalho final foi fotografado e apresentado

no blogue;

Construção de

cartazes sobre

animais

- Desenho

- Pintura

- Recorte, Colagem e

Dobragem

Trabalho

individual (com

auxílio dos pais)

- Estudo do

Meio;

- Língua

Portuguesa

- Cada cartaz apresentava informação sobre um

animal escolhido por cada aluno;

- Este trabalho foi realizado durante o período

da interrupção letiva da Páscoa com o auxílio

dos pais, mediante orientações dadas pelo

professor;

- Os diferentes cartazes incluiam recortes e

textos retirados da internet e desenhos e

pinturas feitos pelas crianças e pais;

- Cada trabalho foi apresentado e discutido nas

aulas e todos os cartazes foram expostos no

átrio principal da escola.

Construção de

uma maqueta

sobre os «aspetos

da costa»

Construções

Trabalho

coletivo

- Estudo do

Meio

- Foram utilizados materiais diversos (papier

maché, areia, cortiça, pedaços de madeira,

colas, tintas, papel celofane);

- Foi um trabalho realizado em várias fases,

tendo cada aluno participado na construção de

diferentes elementos.

Construção de

esquemas

representativos

dos aparelhos

circulatório,

respiratório e

digestivo

Construções

Trabalho

coletivo

- Estudo do

Meio

- Foram utilizados materiais diversos (tecidos,

tubos de plástico, embalagens, entre outros);

- Os elementos construídos foram expostos no

átrio principal da escola e, posteriormente, na

sala de aulas.

Construções em

papel sobre o

conto «Cidade dos

Cães» de Luísa

Ducla Soares

Construções

Trabalho

individual

- Língua

Portuguesa

- Cada aluno fez uma construção e,

posteriormente, organizou-se um painel

coletivo.

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(continuação)

Atividade Meios e técnicas de expressão plástica / subdomínios (Programa do 1º Ciclo)

Trabalho individual / coletivo

Articulação

com outras

áreas

curriculares

Alguns elementos descritivos do processo e dos trabalhos realizados

Construções sobre

o conto «O

ratinho

marinheiro» de

Luísa Ducla

Soares

Construções

Trabalho

individual

- Língua

Portuguesa

- Cada aluno representou, tridimensionalmente,

elementos de dois versos do conto;

- Foram utilizados materiais diversos (papel,

cascas de noz, palitos, pinhas, fios de lã).

Construção de

árvores de Natal

Construções

Trabalho em

pequeno grupo

- Foram utilizados materiais reaproveitados;

Construção de

Porta cd’s

(presente para o

Dia do Pai)

Construções

Trabalho

individual

- Foram abordados aspetos relativos à forma-

função do objeto;

- Os materiais utilizados foram a alcatifa e os

filtros de café;

Construção da

«árvore da

poesia»

(comemoração do

Dia da Árvore e

do Dia da Poesia)

Construções

Trabalho

coletivo

- Língua

Portuguesa

- Os materiais utilizados foram o cartão

canelado e o papel (verde);

- Os alunos representaram folhas de árvore com

formas e dimensões diversas nas quais

escreveram poemas alusivos à «árvore»;

- O trabalho foi exposto na Biblioteca da escola.

Composição de

um painel coletivo

com papel de

revista (manchas

de cor a

representar o

«arco-íris»)

- Colagem (de

elementos planos e

com volume)

Trabalho

coletivo

- Língua

Portuguesa

- As manchas de cor retiradas das revistas

representam o «arco-íris»;

- Os alunos escreveram poemas sobre o «arco-

íris».

Composições com

a figura humana

representada com

diferentes

fantasias de

Carnaval

- Recorte, Colagem

(de elementos planos

e com volume) e

Dobragem

Trabalho em

pequeno grupo

- Cada grupo de dois alunos construiu um

pequeno painel com colagem de materiais

diversos (papéis, tecidos, materiais

reaproveitados, entre outros).

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(continuação)

Atividade Meios e técnicas de expressão plástica / subdomínios (Programa do 1º Ciclo)

Trabalho individual / coletivo

Articulação

com outras

áreas

curriculares

Alguns elementos descritivos do processo e dos trabalhos realizados

Elaboração de

composições

visuais utilizando

o programa Paint

(cartão para o Dia

do Pai);

- Utilização do

programa informático

Paint

Trabalho

individual

- TIC

- Foram utilizados os computadores portáteis

pessoais específicos para alunos do 1º Ciclo;

[Ver notas de campo de 12/03/2010]

Visita de estudo

Diversos

(representados nas

obras que os alunos

observaram)

- Construções (ateliê)

- Visita ao Museu Colecção Berardo (Centro

Cultural de Belém) e também à exposição «Sem

rede» que exibiu obras da artista plástica Joana

Vasconcelos e que decorreu entre 1 de Março e

18 de Maio de 2010;

- Nesta visita, os alunos participaram também

num ateliê de expressão plástica denominado

«A viagem» dinamizado pelos serviços

educativos do Museu Coleção Berardo;

Pesquisa sobre

diferentes tipos de

azulejos e pintura

de painel

- Pintura

Trabalho

coletivo

- Estudo do

Meio

- A pesquisa incidiu especificamente sobre os

«azulejos de figura avulsa» (Séc. XVIII) e

esteve relacionada com a visita de atores à

escola, tendo estes deixado a cada turma um

painel com a representação de «azulejos de

figura avulsa»;

- O painel (em cartão) foi posteriormente

colorido pelos alunos.

Desenho do corpo

em diferentes

posições;

- Desenho

Trabalho em

pequeno grupo

- Matemática

[Ver notas de campo de 11/06/2010 ]

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Anexo B Estudo de caso 1 – Transcrição da entrevista ao professor

Ponto prévio à realização da entrevista: - dar informações ao professor sobre a investigação em curso e sobre os objetivos da entrevista; - agradecer e salientar a importância da sua participação no estudo; - garantir a confidencialidade no que respeita aos dados fornecidos e identificação da escola, professor, alunos ou outros elementos.

- Que tipos de experiências de aprendizagem considera fundamentais na área de EEP? Como

seleciona e concretiza essas experiências?

Bloco 1

São fundamentais as experiências significativas, diversificadas e contextualizadas. Quer em sala de

aula, quer no exterior, quer fora do contexto escolar, considero fundamental que os alunos

experienciem o máximo de vivências quer ao nível da educação e expressão plástica quer ao nível

das outras áreas.

Seleciono as experiências que proporciono aos meus alunos com base nos temas que estão a ser

tratados em outras áreas e com base em acontecimentos ou momentos (dias e épocas festivas, por

exemplo) que vão acontecendo ao longo do ano letivo. - Que técnicas e materiais privilegia?

Privilegio sobretudo técnicas mistas e variadas como colagem, pintura em diversos materiais,

desenho, recorte, e experimentação de diversos materiais como aguarelas, guache, carvão, lápis de

cera e matérias recicláveis.

- Como propõe aos alunos as atividades de EEP?

Geralmente as atividades obedecem a um plano anual e, ao longo do ano, vão surgindo sob duas

vertentes: eu proponho a atividade relacionada com um determinado contexto e/ou tema trabalhado

noutra área; os alunos propõem atividades que são discutidas e é feita a ponderação da sua

realização.

- Que sequência de tarefas constituem as atividades que habitualmente organiza?

Nem todas as atividades obedecem rigorosamente a uma mesma sequência de tarefas. Há sempre,

porém, uma estrutura que aplico quando trabalhamos a expressão plástica: introdução, execução e

conclusão. Sendo que na introdução fazemos um momento de discussão e de confronto de ideias, na

execução realiza-se o processo de execução das tarefas e na conclusão faz-se a limpeza do espaço e

expõem-se os resultados ou apresentam-se à turma.

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- Que papel têm os alunos na seleção das atividades?

Na maior parte das atividades os alunos têm um papel mais passivo e de recetor. São geralmente

propostas por mim, na sua grande maioria. Contudo os alunos contribuem muitas vezes com

propostas, sobretudo de temas. Quando isso acontece, é discutido e posto (ou não) em prática. - Que estratégias utiliza na abordagem a novos conteúdos? (exposições orais, demonstrações,

exploração de materiais, realização de experiências,...);

A introdução de novos conteúdos é, na maior parte das vezes, feita através da exposição oral e da

discussão em grupo. Em determinados conteúdos apresento por vezes outros meios como imagens

(pintura ou fotografia, por exemplo), objetos, materiais, e apresentações no computador

(Powerpoint).

- Utiliza materiais didáticos específicos da EEP? Quais?

Sim. Dossier de imagens e apresentações Powerpoint sobre alguns temas e/ou técnicas (por

exemplo sobre a comunicação, o cartaz). Muitas vezes esses materiais são utilizados também para

outras áreas, acontecendo o contrário: utilização de materiais didáticos de outras áreas na expressão

plástica (ex: tangram e geoplano).

- As atividades que organiza incluem as TIC?

Sim. Embora mais neste último ano letivo, uma vez que os alunos já dominam melhor a utilização

do computador. Contudo ainda só foram programadas e realizadas atividades no Paint. Pretendo

realizar também trabalho com fotografia e vídeo, mas no próximo ano letivo.

- Quais os materiais mais utilizados pelos alunos?

Diversos tipos de papel (cavalinho, máquina, crepe, lustro, canelado, jornal, revista, esquisso,

vegetal); grafite, tintas, canetas de feltro, lápis de cor, lápis de cera, aguarelas (ou aguadas mais

especificamente), tecidos e lãs.

- Como seleciona / providencia a aquisição de materiais?

Os materiais utilizados nas minhas aulas provêm essencialmente dos alunos e da escola. A escola

tem uma quantidade de materiais de desgaste disponíveis que são adquiridos mediante um pedido e

repostos quando gastos. Contudo, os alunos possuem os seus próprios materiais que lhes são

pedidos numa lista, no início do ano (ou ao longo do ano quando vão acabando). Não é sempre este

o meu método de trabalho, mas a escola situa-se num meio onde predomina a classe média-alta, daí

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não haver qualquer impedimento, por parte dos alunos, de comprarem algum material. Existe

também material reciclável ou reaproveitável (tecidos, botões, lãs, jornais, revistas, esferovite,

cascas e noz, etc.) sempre disponível na sala de aula que foi trazido, ao longo dos 3 anos letivos,

pelos alunos e por mim. - Por semana, quanto tempo dedica à EEP?

Apesar de, segundo a lei, ser atribuída 1 hora por semana às expressões (plástica, musical, físico-

-motora e dramática), eu “jogo” com o horário e com a interdisciplinaridade, fazendo em média 2

horas de expressão plástica por semana.

- Colorir figuras em manuais ou folhas policopiadas é um dos exercícios que habitualmente

proporciona aos alunos?

Não. Não é o tipo de trabalho que se faz na minha sala, e quando é pontualmente feito (muito

raramente), não é como atividade de expressão plástica (até porque não considero esse tipo de

trabalho expressão plástica), mas sim como atividade de recurso para alunos que acabem mais

rapidamente determinada tarefa.

- Inclui nas suas práticas a abordagem à obra de arte? Que estratégias utiliza? Como

seleciona as obras a apresentar?

Sim. As estratégias são diversificadas. Já propus atividades feitas a partir de observação de obras de

arte como inspiração, como “cópia da técnica”, como identificação de elementos, etc. Geralmente,

seleciono as obras tendo em conta a variedade e a contextualização no trabalho que quero pôr em

prática. Como por exemplo: no Outono propus uma tarefa sobre a estação utilizando a técnica do

pontilhismo. Foi inevitável a observação de obras do Van Gogh e do Seurat. Quando visitamos uma

exposição de certa forma também estou a selecionar obras de arte para “inspirar” os meus alunos

em futuros trabalhos.

- Nas suas práticas promove a visita a monumentos, museus, e galerias de arte ou o contacto

com artistas?

Sim. Sempre que possível, que se justifique e que seja positivo ao nível da aquisição de

conhecimentos para os alunos. Tento sempre, pelo menos uma vez por ano, visitar uma determinada

exposição e um monumento (ex: este ano fomos visitar a exposição da Joana Vasconcelos e vamos

visitar o edifício do Teatro Nacional D. Maria II). No início do ano, quando fazemos o Plano Anual

de Atividades, incluo sempre esses dois tipos de visita. Ao longo do ano, se surgir e justificar,

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planeio outras. Muitas vezes as visitas são limitadas pelo custo do transporte e o bilhete. Neste meio

não surge este problema, mas de qualquer forma nunca fazemos tantas como gostaríamos.

- Impõe temas para a realização de atividades de EEP?

Sim, embora pense que a palavra “impõe” não é a mais adequada pois associo-a a uma

obrigatoriedade. Não imponho todos os temas mas, na maior parte das vezes, sou eu que os sugiro.

- As atividades que propõe às crianças possibilitam que cada um produza um trabalho

individual e único?

Sim. Contudo nem sempre os resultados requerem um trabalho individual. Promovo também o

trabalho a pares e em grupo. - Incentiva ou promove trabalhos que consistam na cópia de modelos?

Se entendermos a cópia de modelos como inspirar-se noutras obras realizadas, sim promovo. Se

entendermos como o trabalho feito a partir de cópias de desenhos ou outro tipo de suporte, não.

- Conhece técnicas de estímulo à criatividade através da EEP? Quais?

Se as técnicas que uso para ajudar a estimular a criatividade dos meus alunos forem válidas, então

posso dizer que conheço.

Quando um aluno bloqueia (o que é muito raro acontecer com a minha turma) geralmente dou-lhe

algumas sugestões como: ver imagens (em diversos suportes); faço-lhe perguntas sobre o trabalho

que o levem a ter ideias; peço para pensar em determinada experiência que tenha vivido (viagem,

música que conheça, desporto que pratique); e apresento-lhe, por vezes, algumas sugestões que

podem direcionar um caminho a seguir.

- Promove a realização de trabalhos coletivos?

Sim, com alguma frequência.

Bloco 2

- Que relação estabelece entre o currículo formal e as suas práticas na área de EEP?

O currículo é um instrumento fundamental para a planificação das atividades. É o ponto de partida.

- Qual ou quais o (s) documento (s) que consulta no momento da elaboração de planificações?

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Organização Curricular e Programas - 1º Ciclo, o Currículo Nacional do Ensino Básico

Competências Essenciais, os Projetos Internos (Projeto Curricular de Agrupamento e Projeto

Curricular de Turma). - Como carateriza o seu conhecimento relativamente aos documentos curriculares que

enquadram a EEP?

Conheço relativamente bem os documentos.

Bloco 3

- Faz avaliação diagnóstica para EEP? Em que momentos? Que procedimento(s) adota?

Sim. Sobretudo quando tenho um grupo de alunos novo (o que não é o caso) ou quando chega uma

aluno novo à turma. Há dois anos letivos que não faço, pois mantenho o mesmo grupo e conheço o

trabalho e as competências de cada aluno.

- Em que medida os resultados da avaliação diagnóstica condicionam a gestão do currículo de

EEP?

Não condiciona. Encaro a avaliação diagnóstica para avaliar qual o ponto de partida do meu

trabalho. Não me condiciona a gestão do currículo, apenas tenho que adaptar essa gestão ao grupo

para quem vou planificar. - Como faz a avaliação? (o que avalia e como?)

De uma maneira geral, avalio qualitativamente a Comunicação Visual, Elementos de Forma e as

Experiências de Aprendizagem (itens definidos pelo agrupamento onde trabalho). A avaliação é

feita continuamente e pela observação das aplicação de técnicas, do desenvolvimento de tarefas,

pela criatividade, empenho, sentido de responsabilidade e pelo desenvolvimento de competências.

- Os alunos participam na sua própria avaliação?

De uma maneira geral, não. Os alunos fazem a sua autoavaliação, e há momentos de discussão da

avaliação de trabalhos. - Como reage quando uma criança lhe solicita uma apreciação ao trabalho de EEP que

realizou?

Faço-o. Seja individualmente ou em grupo. Saliento os aspetos positivos do trabalho e as

aprendizagens já adquiridas e chamo a atenção para os aspetos a melhorar. Acontece com

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frequência com os meus alunos. São extremamente críticos com o seu trabalho e sentem a

necessidade de ouvir uma avaliação constante, embora também sejam muito seguros.

- Analisa os desenhos das crianças? Que aspetos privilegia nessa análise?

Sim. Focalizo os aspetos que referi na pergunta anterior. Sobretudo ao nível de criatividade, da

utilização correta de materiais e da técnica.

Bloco 4

- Concorda com a utilização de manuais de EEP? Porquê?

Não. Não concordo com manuais de uma maneira geral, ainda menos os de expressão plástica. O

manual deve ser apenas mais um complemento, e os de expressão plástica que conheço são

extremamente limitativos e direcionam muito as aprendizagens dos alunos, não os deixam evoluir

livremente. Diria até que são manuais de “limitação plástica”.

- Recorre habitualmente ao manual de EEP?

Não. Nunca recorri.

Bloco 5

- Sendo o currículo “percebido” o conjunto de perceções que as pessoas (como por exemplo,

os pais) têm sobre o que é ensinado na escola, de que forma é que este condiciona as suas

decisões relativamente às atividades de EEP?

Não. Nunca senti necessidade de justificar o trabalho desenvolvido em expressão plástica. No meio

de onde provêm os meus alunos, as expressões são entendidas como áreas tão ou mais importantes

que as restantes. Nunca questionaram o meu trabalho e pelo contrário pedem-me frequentemente

sugestões de passeios que possam dar em família a exposições ou museus que sejam significativos

para os alunos. Já aconteceu agradecerem ter ensinado determinado aspeto aos alunos.

Bloco 6

- De que forma(s) atualiza os seus conhecimentos científicos e pedagógicos sobre EEP?

Fazendo frequentemente formação na área e, autonomamente, lendo e tentando estar a par do que

há de novo.

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- Frequenta habitualmente museus e exposições relacionadas com as artes visuais?

Sim, com bastante frequência e de diversas variantes artística, pintura, escultura, fotografia,

ilustração.

- Faz pesquisas relacionadas com a EEP? Quais as fontes que utiliza?

Sim. Sobretudo a internet e livros de arte.

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Anexo C Estudo de caso 1 – Notas de campo

Data: 12/03/2010

Atividade:

Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint

(cartão para o Dia do Pai);

Blocos / Conteúdos:

Descoberta e Organização Progressiva de Superfícies (Desenho);

Comunicação Visual / TIC

Descrição (ações do professor, ações dos alunos, processos, produtos) Comentários do observador

- O professor explica no quadro interativo como se utiliza o programa Paint:

identificação das ferramentas disponíveis e de diferentes modos de

utilização; seleção de cores; entre outros.

- Os alunos acompanham a explicação, tendo quase todos em funcionamento

o computador portátil pessoal «Magalhães»; há três alunos a utilizar os três

computadores «fixos» que existem na sala de aula.

- Ao identificar as diferentes ferramentas e as respetivas funções, o professor

esclarece alguns conceitos (ex: linha, forma, sobreposição de formas,

transparência, entre outros).

- Em alguns casos, o professor solicita aos alunos que expliquem o

significado destes termos e, em seguida, esclarece (ou completa) o conceito;

- Antes de os alunos começarem a exploração do Paint, o professor indica,

oralmente, os passos para «abrir o programa» no computador e assegura

que todos os alunos têm as condições necessárias para estar integrados na

atividade (funcionamento dos computadores; utilização dos três

computadores fixos da sala, ligações à corrente).

- Os alunos exploram livremente o programa (diferentes ferramentas,

preenchimento de fundos, desenhos, escrita da palavra «Pai», experiências

com diferentes composições).

- A maior parte dos alunos solicita a ajuda do professor; este, circula pela

sala de aula, continuamente, a apoiar o trabalho individual e a solucionar

O professor utiliza

vocabulário específico de

EEP. Os alunos explicam

conceitos por palavras suas,

revelando que conhecem o seu

significado. O professor

completa algumas das

explicações dadas pelos

alunos.

Os alunos vão partilhando

«dicas» sobre a utilização do

programa.

ESTUDO DE CASO

1

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pequenos problemas com o funcionamento dos computadores (o mais

frequente é a falta de bateria e a necessidade de partilhar as extensões que

permitem a ligação à eletricidade).

- Todos os alunos estiveram em atividade e chegaram a um resultado

(pessoal e individual), ainda a continuar / aperfeiçoar numa aula posterior.

- Principais caraterísticas dos trabalhos realizados: composição com

diferentes secções com cor, letras de cores diferentes, desenhos com detalhes,

representação de objetos relacionados com o tema (Dia do Pai);

representação de figuras humanas (retrato do pai, auto-retrato).

- O professor deu indicações para a gravação dos trabalhos e quase todos os

alunos realizaram as operações necessárias sem pedir ajuda.

As constantes solicitações ao

professor justificam-se

porque, para a maior parte

dos alunos, se trata da sua

primeira experiência de

utilização do Paint.

Observações:

- Alguns alunos, por terem facilidade em utilizar as ferramentas ou por já estarem mais

familizarizados com o programa, trabalharam com autonomia e fizeram composições

elaboradas;

- O facto de cada aluno poder utilizar o seu computador, permite a exploração das ferramentas

e a produção de composições de acordo com o seu ritmo individual;

- No geral, observa-se que nas diferentes composições as representações da figura humana, do

espaço e a utilização da cor corresponde à etapa de desenvolvimento gráfico mais comum na

idade das crianças do 3º ano de escolaridade – estádios «Esquemático» e «Realismo», na

classificação de Lowenfeld & Brittain (1977).

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Data: 27/04/2010

Atividade:

Elaboração de composições visuais com colagem e pintura sobre tela

(presente para o Dia da Mãe);

Blocos / Conteúdos:

Descoberta e Organização Progressiva de Superfícies (Desenho / Pintura);

Exploração de Técnicas Diversas de Expressão (Colagem)

Descrição (ações do professor, ações dos alunos, processos, produtos) Comentários do observador

- No início da observação, os alunos encontram-se a fazer composições com

desenho, pintura e colagem sobre tela.

- Os trabalhos que envolvem pintura, são feitos, principalmente, nas mesas

junto ao lavatório; os alunos utilizam diversos materiais e utensílios de

pintura (boiões de guache, paletas, pincéis).

- São utilizados diversos materiais nas colagens (letras e imagens recortadas

de revistas, papel de lustro, papel crepe, papel esponja, lãs, entre outros).

- O professor auxilia os alunos em algumas tarefas (a fazer cortes em

pormenores das figuras recortadas; a fazer vazamentos; entre outras).

- O professor incentiva os alunos a aperfeiçoarem os trabalhos, lembrando

que as suas mães iriam gostar de perceber como foram cuidadosos com os

detalhes (dos desenhos, das pinturas,...).

- O professor mostra uma tela com pintura e colagens (da sua autoria) e dá

indicações sobre o modo como podem estabelecer continuidade entre pintura

e colagem.

- Os alunos discutem e dão opiniões sobre os trabalhos, entreajudam-se,

partilham materiais e espaços de trabalho.

- A bancada junto à janela é utilizada como espaço de secagem dos

trabalhos; os alunos limpam e arrumam os materiais e utensílios que utilizam

na pintura.

Algumas caraterísticas dos trabalhos:

- representações da figura humana (retratos das mães, auto-retratos);

Quando a tela for finalizada,

irá ser introduzido um fio de

arame e molas da roupa,

para que o objeto final tenha

a funcionalidade de «porta-

recados».

Deu esta e outras indicações

também na aula em que

começaram a preparação da

tela.

A atividade teve continuação

para além do período em que

foi feita a observação.

ESTUDO DE CASO

1

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- representações de objetos diversos relacionados com o quotidiano e/ou

profissões das mães;

- representações de flores (e alguns casos, foram aplicadas técnicas de

pintura para conseguir determinados efeitos visuais);

- escrita de mensagens (nome da mãe, título «Dia da Mãe»,outras);

- Todos os alunos chegaram a um resultado pessoal e individual;

- seleção de cores em função do espaço onde preveem que a mãe irá

colocar a tela (porta-recados).

Observações:

As atividades observadas correspondem a um momento intermédio da realização da

composição: em aulas anteriores, já tinha sido preparado o fundo da tela com pintura e tinham

sido feitos «projetos» para a composição; a continuação / finalização da tela irão decorrer em

momentos de aula posteriores (na última aula antes do Dia da Mãe irão também criar

embrulhos para o presente).

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Data: Alguns períodos de aula (mês de maio)

Atividade:

Construção de cartazes sobre “Segurança na internet”

Blocos / Conteúdos:

Exploração de técnicas diversas de expressão (Cartazes)/ Comunicação

Descrição (ações do professor, ações dos alunos, processos, produtos)

Visual

Comentários do observador

Em casa, com o auxílio dos pais, os alunos recolheram informação diversa

sobre o tema (principalmente, na internet).

Os alunos realizaram esta atividade de forma autónoma, tendo o professor

apenas orientado a seleção de elementos a integrar no cartaz e na

organização da composição.

Algumas caraterísticas observadas nos produtos finais:

• As composições integram elementos diversos - textos e imagens

retirados da internet; imagens recortadas de jornais e revistas;

textos redigidos pelos alunos utilizando o computador; desenhos e

pinturas;

• As técnicas utilizadas foram a colagem, o desenho e a pintura;

• Todos os grupos construíram os cartazes aplicando os diversos

elementos recolhidos em cartolinas coloridas;

• A estrutura da composição considera algumas regras próprias da

elaboração de cartazes - colocação de títulos; textos ilustrados

com imagens; elementos gráficos a destacar partes da mensagem;

utilização/ distribuição das cores; ocupação da zona central da

cartolina (centro óptico e centro visual); preenchimento do espaço

disponível;

• Estão identificados com os nomes dos quatro elementos do grupo

que construíram o cartaz;

• Alguns elementos gráficos utilizados: símbolos (símbolo do

Internet Explorer; sinais de proibição;...); elementos da banda

desenhada (balões); caixas de texto contornadas com cores

contrastantes; slogans escritos com marcadores de cores diversas

e corretores (cor branca); representações de computadores.

• A forma de um dos cartazes representa o ecrã do computador;

• Um dos cartazes sugere aos observadores /recetores que

pesquisem sobre o assunto na internet, em motores de busca,

utilizando as expressões «perigos na internet» e «a internet e as

crianças»;

A participação dos pais na

pesquisa / recolha de

informação é frequentemente

solicitada.

Uma vez que a construção de

cartazes não é uma atividade

nova para os alunos, o

professor orientou-os para

que trabalhassem em

autonomia, aplicando os

conhecimentos que têm sobre

o assunto.

Na sala de aula, os alunos

dispõem de materiais diversos

aos quais puderam recorrer

para organizar as suas

composições.

ESTUDO DE CASO

1

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Nos desenhos feitos pelos alunos para ilustrar aspetos das mensagens

escritas, estão representados elementos diversos (figura humana - crianças

e adultos, o computador, mobiliário, entre outros elementos). No geral,

apresentam caraterísticas da fase de desenvolvimento gráfico em que se

enquadram (figuras humanas em relação com os objetos; dimensões

desproporcionadas; alguns rebatimentos; entre outros elementos).

Em quase todos os cartazes

existem várias representações

da imagem do computador

(sobretudo, de computadores

portáteis).

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Data: 11/06/2010

Atividade:

Desenho do corpo em diferentes posições;

Blocos / Conteúdos:

Descoberta e Organização Progressiva de Superfícies (Desenho)/ Representação

Descrição (ações do professor, ações dos alunos, processos, produtos)

da figura humana

Comentários do observador

Atividade realizada no exterior do edifício (espaço do recreio).

- Os alunos encontram-se sentados junto a uma parede do edifício escolar, na

qual está aplicado um banco quase em toda a sua extensão.

- O professor orienta pequenos grupos de alunos (três elementos) que estão a

desenhar o contorno das sombras dos seus corpos projetadas no chão,

utilizando marcadores coloridos;

- Utilizam-se rolos de papel branco, com cerca de 1m de largura; cada grupo

desenrola o papel necessário consoante a dimensão da sombra a registar,

através da linha de contorno;

- Em cada grupo, um dos alunos posiciona-se junto ao papel estendido no

chão e os restantes colegas desenham o contorno da sombra; de seguida,

revezam-se, desenhando diferentes sombras representativas de diferentes

posições do corpo;

- Assim que cada grupo termina o contorno das sombras, dá lugar a um novo

grupo (alunos que estão sentados junto à parede);

- No final da actividade, o professor juntou todos os trabalhos e enrolou--os.

Todos se dirigiram para a sala de aula, transportando os materiais que

tinham sido utilizados.

O tempo estava nublado e os

alunos cantavam, riam,

sopravam para que as nuvens

deixassem de tapar o Sol; o

professor pedia, de forma

insistente, que não fizessem

muito barulho, explicando que

podiam perturbar as aulas das

turmas que estavam no

interior do edifício.

Nas suas orientações, o

professor utiliza vocabulário

específico de EEP.

Sempre que o Sol reaparecia

os alunos apressavam-se a

desenhar.

Por vezes o vento dificultava

as tarefas, enrolando as folhas

de papel ou alterando a sua

posição.

Observações:

Os desenhos produzidos nesta atividade, iriam complementar abordagens a conceitos

matemáticos a desenvolver pelo professor. O(s) propósito(s) educativo(s) subjacente(s) à

atividade descrita, relacionados com a EEP), diziam respeito à compreensão do conceito de

«sombra projetada» e, também, à compreensão de que a forma da sombra se altera sempre que

o corpo muda de posição.

ESTUDO DE CASO

1

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Data: 11/06/2010

Atividade:

Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint

(ilustrações para as quatro histórias escritas com os pais – Caderno “Conto contigo”)

Blocos / Conteúdos:

Descoberta e Organização Progressiva de Superfícies (Desenho);

Descrição (ações do professor, ações dos alunos, processos, produtos)

Comunicação Visual / TIC

Comentários do observador

- Os alunos organizam-se em grupos de dois elementos e dão continuação à

composição que iniciaram noutra aula;

- São utilizados os computadores portáteis pessoais «Magalhães» por cerca

de metade dos alunos, havendo também grupos a utilizar dois dos

computadores fixos da sala de aulas;

- Uma vez que se trata de um trabalho de grupo, os alunos partilham

opiniões sobre a composição que vão elaborando e revezam-se na utilização

do programa Paint e respetivas ferramentas;

- Alguns alunos fazem desenham /esboçam em papel as personagens, os

objetos, elementos de paisagens, etc., em papel e só depois os representam no

computador.

- Algumas caraterísticas das composições:

- revelam uma ampla utilização das ferramentas do programa Paint

(traços de diferentes espessuras; seleção de cores muito diversa;

utilização do lápis, aerógrafo, pincel, etc; preenchimento dos fundos com

cor ou com padrões; introdução de texto; introdução de formas

disponíveis no programa: quadrado, círculo, setas, estrelas; entre outros

aspetos);

- efeitos visuais diversos (ex. utilização de linhas de diferentes cores na

representação dos cabelos; manchas de cor feitas com aerógrafo para

recriar os diferentes tons de verde e castanho existentes no chão de um

jardim);

- cada composição representa uma cena da história; os elementos

representados são muito diversos (rubi, lâmpadas, pódio com três

lugares, troféus, duendes, monstros, entre muitos outros).

Nesta fase do ano letivo, e

devido à sua frequente

utilização, já só cerca de

metade dos computadores

portáteis pessoais

«Magalhães» funciona

(avarias, ataques de vírus, má

utilização, são alguns dos

motivos apontados pelo

professor para o facto de

alguns computadores já não

funcionarem).

Os alunos estão integrados na

atividade, discutindo

diferentes soluções, cooperam

ativamente com os colegas de

grupo.

ESTUDO DE CASO

1

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Anexo D

Estudo de caso 1 – Grelhas de análise das notas de campo

Relação entre o conteúdo das notas de campo e o referente “currículo formal”

Categorias Sub-categorias Indicadores Referências existentes nas notas de campo (A) Conhecimentos, capacidades e atitudes visadas nas competências

(A1) Explicitação das competências a privilegiar

(A1.1) Enunciar competências da literacia em artes

Não se aplicam

(A1.2) Enunciar competências da dimensão fruição-contemplação (A1.3) Enunciar competências da dimensão produção-criação (A1.4) Enunciar competências da dimensão reflexão-interpretação (A1.5) Enunciar competências no domínio da comunicação visual (A1.6) Enunciar competências no domínio dos elementos da forma

(B) Experiências educativas correspondentes aos Blocos de aprendizagem

(B1) Explicitação de objetivos de ação / experiências educativas relativas aos Blocos 1,2 e 3

(B1.1) Enunciar objetivos de ação / experiências educativas relativas ao Bloco «Descoberta e Organização Progressiva de Volumes» (B1.2) Enunciar objetivos de ação / experiências educativas relativas ao Bloco «Descoberta e Organização Progressiva de Superfícies» (B1.3) Enunciar objetivos de ação / experiências educativas relativas ao Bloco «Exploração de Técnicas diversas de Expressão»

(C) Indicações metodológicas

(C1) Articulação entre as competências em Educação Visual e as experiências educativas do Programa de EEP

(C1.1) Selecionar experiências educativas que contribuem para a aquisição e desenvolvimento de competências

Todas as atividades descritas nas notas de campo: - Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint - Elaboração de composições visuais com colagem e pintura sobre tela - Construção de cartazes sobre “Segurança na Internet” - Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz - Desenho do corpo em diferentes posições. - Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz

(C2) Articulação entre abordagens a conteúdos e experiências educativas

(C2.1) Prever experiências educativas que concretizam os conteúdos em abordagem

(C3) Utilização de vocabulário específico relacionado com a E.E.P. e a Educação Visual

(C3.1) Mencionar termos relativos a técnicas e materiais de expressão plástica

O professor utiliza vocabulário específico de EEP (por exemplo, notas de campo relativas às atividades « Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint - cartão para o Dia do Pai» e «Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz»

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C) Indicações metodológicas (continuação)

(C4) Aplicação das orientações metodológicas enunciadas nos textos curriculares

(C4.1) Prever diversas metodologias de trabalho (exposições orais, demonstrações práticas, mostras individuais, investigação bibliográfica, recolhas de objetos e imagens, debates, visitas de estudo, trabalhos de ateliê, registos de observação do exterior, frequência de museus e exposições, etc.)

- Uso do quadro interativo para demonstrar como se utiliza o programa Paint (notas de campo relativas à atividade «Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint) - Diálogos / debates em grupo e uso do quadro interativo para registo de informação diversa (notas de campo relativas à atividade « Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz») - Observação de trabalhos onde foram utilizadas técnicas e materiais diversos (notas de campo relativas à atividade «Elaboração de composições visuais com colagem e pintura sobre tela») - Realização de atividades no exterior do edifício da escola (notas de campo relativas à atividade «Desenho do corpo em diferentes posições»)

(C4.2) Selecionar situações de aprendizagem contextualizadas

As atividades «Desenho do corpo em diferentes posições» e «Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint (ilustrações de histórias)» integravam-se em sequências pedagógicas que envolviam outras áreas curriculares para além da EEP (Matemática e Língua Portuguesa)

(C4.3) Selecionar temas relevantes e atuais relacionados com o meio envolvente, com propostas dos alunos ou com o universo das artes visuais em Portugal

A atividade de «Construção de cartazes sobre “Segurança na Internet” exemplifica este aspeto

(C4.4) Enunciar atividades/ projetos que impliquem um processo e um produto final

As notas de campo relativas à atividade «Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint (ilustrações de histórias)» referem que esta foi desenvolvida por fases

(C4.5) Selecionar atividades que possibilitam o desenvolvimento da criatividade e expressão pessoal

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo

(C4.6) Selecionar meios de expressão visual diversificados que permitem múltiplas abordagens estético-pedagógicas (C4.7) Prever abordagens que incluam a aproximação à obra de arte

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(C4.8) Prever a análise de obras da cultura artística portuguesa, adoptando o estudo de obras do séc. XX como ponto de partida para o estudo de obras de outras épocas e culturas (C4.9) Prever a utilização de diversas tecnologias e materiais adequados às necessidades de expressão dos alunos

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo

(C4.10) Prever a adequação da exploração plástica ao nível de desenvolvimento de cada aluno (C4.11) Prever diferentes estratégias de avaliação

Na atividade «Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz» é descrita uma situação de avaliação

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C) Indicações metodológicas (continuação)

C4) Aplicação das orientações metodológicas enunciadas nos textos curriculares (continuação)

(C4.12) Prever uma gestão do tempo que permita a consolidação das aprendizagens e a qualidade do produto final

Não se identificaram referências que visassem explicitamente este indicador

(C4.13) Prever o trabalho individual do aluno

Ações descritas nas notas de campo relativas às atividades «Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint- cartão para o Dia do Pai» e «Elaboração de composições visuais com colagem e pintura sobre tela»

(C4.14) Prever o trabalho de grupo Ações descritas nas notas de campo relativas às atividades «Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint (ilustração de histórias)», «Construção de cartazes sobre “Segurança na Internet”» e «Desenho do corpo em diferentes posições»

Relação entre o conteúdo das notas de campo e o referente “currículo ideal”

Categorias Sub-categorias Indicadores Referências existentes nas notas de campo (D) Conceito de expressão plástica

(D1) Vias de concretização do conceito de expressão plástica

(D1.1) Uso e exploração dos elementos da linguagem plástica

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo

(D1.2) Manuseamento e modificação de materiais plásticos (D1.3) Expressão de sentimentos e emoções e comunicação de ideias através do uso da linguagem plástica (D1.4) Criação de algo através do uso da linguagem plástica (D1.5) Desenvolvimento do pensamento, da imaginação, da sensibilidade, da criatividade e da capacidade de descoberta através da apropriação e do uso da linguagem plástica

(E) Desenvolvimento da criatividade

( E1) Seleção de atividades que estimulam a criatividade

(E1.1) Apelar ao pensamento divergente Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo.

(E1.2) Promover a flexibilidade e a liberdade (E1.3) Fomentar a comunicação e a participação (E1.4) Estimular a curiosidade, a sensibilidade e a fantasia (E1.5) Promover a autonomia, a motivação, o espírito crítico, o esforço e o trabalho (E1.6) Conduzir os alunos à formulação de questões sobre o que os rodeia

A atividade de «Construção de cartazes sobre “Segurança na internet”» refere-se a este aspeto

(E1.7) Tomar decisões sobre o processo de criar

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo

(E1.8) Possibilitar a autoavaliação sobre a adequação e a qualidade do trabalho

A atividade «Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz» envolve situações de autoavaliação dos alunos

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(F) Papel do professor

(F1) Adoção de atitudes pedagógicas favoráveis à concretização do conceito de expressão plástica

(F1.1) Adotar uma pedagogia não diretiva, flexível e aberta

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo

(F1.2) Valorizar atividades que estimulam o pensamento divergente e intuitivo (F1.3) Apresentar às crianças propostas que constituem «desafios» para os quais elas devem criar soluções individuais e únicas (F1.4) Revelar-se consciente das influências dos estereótipos e defender a autenticidade da expressão

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(F1.5) Utilizar a componente lúdica em abordagens a conceitos e para desencadear o processo criativo (F1.6) Organizar atividades que permitem observar, fruir, analisar e emitir opiniões sobre a obra de arte (F1.7) Conhecer e facilitar a apropriação da «gramática visual» necessária para ler, compreender e produzir imagens

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo

(F1.8) Adotar metodologias diversificadas - Uso do quadro interativo para demonstrar como se utiliza o programa Paint (notas de campo relativas à atividade «Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint) - Diálogos / debates em grupo e uso do quadro interativo para registo de informação diversa (notas de campo relativas à atividade « Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz») - Observação de trabalhos onde foram utilizados técnicas e materiais diversos (notas de campo relativas à atividade «Elaboração de composições visuais com colagem e pintura sobre tela») - Realização de atividades no exterior do edifício da escola (notas de campo relativas à atividade «Desenho do corpo em diferentes posições»)

(F1.9) Relacionar a expressão plástica com as outras expressões artísticas e as diferentes áreas do conhecimento

As atividades «Desenho do corpo em diferentes posições» e «Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint (ilustrações de histórias)» integravam-se em sequências pedagógicas que envolviam outras áreas curriculares (Matemática e Língua Portuguesa)

(F1.10) Proporcionar atividades que implicam a busca de conhecimentos diversos, evidenciando a integração de saberes

(F1.11) Associar a utilização das TIC à EEP, perspetivando modos de explorar as potencialidades das tecnologias contemporâneas naquilo em que estas podem contribuir para o acesso a bens culturais, a modos de criação de diferentes povos e culturas e a um conhecimento amplo sobre processos e procedimentos de produção artística

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(F1.12) Preocupar-se com o modo como interfere no trabalho dos alunos (F1.13) Observar e apreciar os trabalhos dos alunos estimulando-os no seu esforço expressivo e criativo

As notas de campo relativas à atividade «Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz» evidenciam este aspeto

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(F) Papel do professor (continuação)

F1) Adoção de atitudes pedagógicas favoráveis à concretização do conceito de expressão plástica (continuação)

(F1.14) Criar um clima propício à espontaneidade

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo

(F1.15) Deixar que os alunos explorarem e desenvolvam técnicas através da experimentação de diferentes materiais (F1.16) Apresentar diferentes técnicas, instrumentos e materiais através de estratégias que estimulem a criatividade (F1.17) Selecionar técnicas e materiais que se adequam aos alunos (F1.18) Proporcionar momentos de reflexão e avaliação sobre o processo de criação e sobre o trabalho realizado

A atividade «Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz» envolve situações de autoavaliação e heteroavaliação

(F1.19) Analisar a evolução dos trabalhos dos alunos

Não se identificaram referências que visassem explicitamente este indicador

(F1.20) Proporcionar atividades facilitadoras do desenvolvimento do sentido estético

As notas de campo relativas à atividade «Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz» revelam a concretização deste aspeto

(F1.21) Proporcionar atividades facilitadoras da compreensão e respeito pelas diversas identidades culturais

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores (F1.22) Promover o respeito pelas

diferentes manifestações de arte, aceitando a perspetiva dos alunos (F1.23) Prever abordagens que facilitem o desenvolvimento do pensamento crítico

As notas de campo relativas à atividade «Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz» revelam a concretização deste aspeto

Relação entre o conteúdo das notas de campo e o referente “currículo real representado”

Categorias Sub-categorias Indicadores Referências existentes nas notas de campo (G) Atividades desenvolvidas

(G1) Diversidade de propostas apresentadas aos alunos

(G1.1) Desenhar livremente As notas de campo não descrevem atividades referidas neste indicador

(G1.2) Desenhar com temas sugeridos Atividades «Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint»; «Elaboração de composições visuais com colagem e pintura sobre tela»; «Construção de cartazes sobre “Segurança na Internet”»; «Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz»; e «Desenho do corpo em diferentes posições»

(G1.3) Pintar livremente As notas de campo não descrevem atividades referidas neste indicador

(G1.4) Pintar com temas sugeridos Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo

(G1.5) Recortar (G1.6) Fazer colagens (G1.7) Fazer dobragens (G1.8) Fazer cartazes As notas de campo relativas às atividades

«Construção de cartazes sobre “Segurança na Internet”» e «Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz» envolvem estes aspetos

(G1.9) Observar e analisar imagens em contextos diversos

(H) Estratégias para abordar conetúdos

(H1) Diversidade de estratégias adotadas

(H1.1) Fazer exposições orais Não se identificaram referências que visassem explicitamente este indicador

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(H) Estratégias para abordar conetúdos (continuação)

(H1) Diversidade de estratégias adotadas (continuação)

(H1.2) Explorar materiais didáticos (acetatos, powerpoints, cartazes, manuais, objetos representativos da utilização de técnicas e materiais, entre outros)

As notas de campo relativas à atividade «Elaboração de composições visuais com colagem e pintura sobre tela» referem-se à observação de uma tela, da autoria do professor, para exemplificar o uso das técnicas

(H1.3) Demonstrar (aplicação de técnicas, materiais, manuseamento de utensílios, entre outros)

As notas de campo relativas à atividade «Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint – cartão do dia do Pai» referem-se à demonstração da utilização do programa feita pelo professor

(H1.4) Promover a observação da realidade (observar objetos reais, paisagem, entre outros)

As notas de campo relativas à atividade «Desenho do corpo em diferentes posições» concretizam este aspeto

(I) Opções metodológicas

(I1) Diversidade de opções metodológicas relativas ao papel do professor, ao papel dos alunos e à natureza das atividades

(I1.1) Os alunos têm contacto com materiais diversificados

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo.

(I1.2) Os alunos realizam trabalhos coletivos

Ações descritas nas notas de campo relativas às atividades «Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint (ilustração de histórias)», «Construção de cartazes sobre “Segurança na Internet”» e «Desenho do corpo em diferentes posições»

(I1.3) Os alunos realizam exercícios de colorir figuras em manuais ou folhas policopiadas

Não se identificaram referências que visassem explicitamente este indicador

(I1.4) O professor propõe trabalhos que permitem a cada aluno produzir um trabalho individual e único

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo

(I1.5) O professor promove o trabalho e a cooperação em grupo através da EEP

Ações descritas nas notas de campo relativas às atividades «Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint (ilustração de histórias)», «Construção de cartazes sobre “Segurança na Internet”» e «Desenho do corpo em diferentes posições»

(I1.6) O professor proporciona experiências que associam a EEP a outras áreas curriculares

As atividades «Desenho do corpo em diferentes posições» e «Elaboração de composições visuais utilizando o programa Paint (ilustrações de histórias)» integravam-se em sequências pedagógicas que envolviam outras áreas curriculares para além da EEP (Matemática e Língua Portuguesa)

(I1.7) O professor valoriza o processo de projetar e experimentar

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo.

(I1.8) O professor prevê abordagens que desenvolvem o pensamento crítico

As notas de campo relativas à atividade «Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz» revelam a concretização deste aspeto

(I1.9) O professor propõe atividades facilitadoras do desenvolvimento do sentido estético (I1.10) O professor propõe atividades facilitadoras da compreensão e respeito pelas diversas identidades culturais

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(I1.11) Os trabalhos dos alunos são expostos na sala de aula (I1.12) Os trabalhos dos alunos são expostos em espaços da escola (I1.13) As atividades propostas estimulam a criatividade dos alunos

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(J) Planificação

(J1) Amplitude dos elementos considerados na planificação

(J1.1) Ao planificar consulta o Programa do 1º Ciclo

Não se aplicam

(J1.2) Ao planificar consulta o Currículo Nacional (J1.3) Ao planificar consulta as Metas de Aprendizagem (J1.4) A EEP faz parte das atividades previstas no PCT (J1.5) A EEP integra a planificação de projetos diversos (J1.6) A EEP articula-se com outras áreas curriculares (J1.7) As atividades de EEP ocupam duas horas semanais (J1.8) As visitas de estudo são preparadas previamente em parceria com as instituições culturais e artísticas a visitar

(K) Materiais didáticos específicos da EEP

(K1) Natureza dos materiais didáticos

(K1.1) Imagens diversas para analisar (fotografias, ilustrações de livros infantis, entre outros)

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores (K1.2) Figuras para colorir (em livros ou

fotocópias) (K1.3) Revistas (sobre trabalhos manuais, artes decorativas, entre outros) (K1.4) Cartazes

(L) Avaliação

(L1) Diversidade de tipos, funções, formas, e objetos que são considerados na avaliação

(L1.1) As práticas de avaliação incluem a avaliação diagnóstica

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(L1.2) Na avaliação consideram-se os trabalhos realizados pelos alunos (L1.3) Na avaliação consideram-se os comportamentos dos alunos observados durante a realização das atividades (L1.4) Os alunos participam na sua própria avaliação (L1.5) Para fazer a avaliação são formulados critérios, tendo por base as competências definidas pelo currículo (L1.6) Na avaliação classificam-se qualitativamente os trabalhos realizados pelos alunos (L1.7) Os alunos participam em momentos de reflexão e avaliação sobre o processo de criação e sobre o trabalho realizado

As notas de campo relativas à atividade «Análise de projetos individuais para a construção de um cartaz» revelam a concretização deste aspeto

(L1.8) Os trabalhos dos alunos são organizados em arquivos próprios

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(L1.9) Na avaliação atende-se ao desenvolvimento gráfico e plástico das crianças (L1.10) Na avaliação analisa-se a evolução dos trabalhos dos alunos

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Anexo E Estudo de caso 2 – Registo das Atividades de EEP desenvolvidas

Atividade Meios e técnicas de

expressão plástica / subdomínios (Programa do 1º Ciclo)

Trabalho individual / coletivo

Articulação

com outras

áreas

curriculares

Alguns elementos descritivos do processo e dos trabalhos realizados

Frottage (desenho

/ pintura a lápis de

cor) sobre folhas

de plantas com

diferentes formas,

tamanhos e

texturas

- Desenho

- Pintura (lápis de cor)

Trabalho

individual

- Estudo do

Meio

- Cada criança pode observar vários tipos de

folhas de plantas, comparar formas, tamanhos e

texturas;

- Explorou-se as possibilidades técnicas do

lápis de cor para «capturar» as texturas das

folhas;

- A professora demonstrou como se usa o

material de modo a obter o melhor resultado –

em vários trabalhos existiam exemplos feitos

pela professora.

[Ver notas de campo de 12/01/2011]

Ilustração de

textos /obras de

literatura infantil

- «A casa da

mosca fosca» de

Eva Mejuto

(escritora) e

Sérgio Mora

(ilustrador);

- Desenho

- Pintura (lápis de cor,

canetas de feltro)

Trabalho

individual

- Língua

Portuguesa

- Matemática

- A história é contada sem os alunos terem

contacto visual com as ilustrações;

- O vocabulário que integra o conto,

especialmente o título, foi utilizado na

consolidação do caso de leitura «as», «es»,

«is», «os», «us»; o vocabulário integra também

a nomeação de numeros ordinais, tendo sido a

compreensão da sequência ordenada de

momentos e ações das personagens utilizada na

consolidação deste conteúdo;

- Após a leitura e compreensão da história, os

alunos fizeram desenhos e pinturas

representativos de ações, espaços e

personagens;

- Após a conclusão dos trabalhos os alunos

puderam ver o livro e as ilustrações;

[Ver notas de campo de 25/05/2011

apresentadas no Anexo VI do corpo principal

da tese]

Elaboração de

«fichas de leitura»

de obras de

literatura infantil

- Desenho

- Pintura (lápis de cor,

canetas de feltro)

Trabalho

individual

- Língua

Portuguesa

- As fichas de leitura incluem um espaço para a

identificação dos livros requisitados na

biblioteca e os campos «Gostei +» e «Gostei -»

que são preenchidos com desenhos sobre as

histórias.

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(continuação)

Atividade Meios e técnicas de expressão plástica / subdomínios (Programa do 1º Ciclo)

Trabalho individual / coletivo

Articulação

com outras

áreas

curriculares

Alguns elementos descritivos do processo e dos trabalhos realizados

Leitura de

imagens nas

ilustrações de

obras de literatura

infantil

- Comunicação visual

Trabalho

coletivo

- Língua

Portuguesa

- Atividade realizada regularmente;

- A professora coloca questões sobre a(s)

mensagem(s) que as ilustrações da capa e

contracapa;

- Após a leitura de contos, os alunos observam

as ilustrações e identificam elementos da

relação imagem-texto;

Contacto com o

escritor e

ilustrador Pedro

Leitão

- Comunicação visual

- Desenho

- Pintura

Grande grupo

- Língua

Portuguesa

- Os alunos assistiram à leitura de contos da

coleção «As aventuras de Zé Leitão e Maria

Cavalinho» pelo próprio autor;

- Os alunos observaram o autor durante a

elaboração de uma ilustração de grandes

dimensões, que ficou exposta na biblioteca do

centro escolar.

Ilustração de

contos / criação

de histórias e

ilustração

- Desenho

- Pintura (lápis de cor,

canetas de feltro)

Trabalho

individual

- Os alunos participaram no ateliê «A vida das

palavras » onde assistiram a uma peça de teatro

de fantoches e criaram novas histórias num

pequeno livrinho em branco que foi dado a

todos os alunos;

[Ver notas de campo de 02/02/2011]

Pintura/

impressão em

bolsas de tecido

- Pintura

- Impressão

Trabalho

individual

- Para a construção do presente para o Dia da

Mãe, os alunos decoraram pequenas bolsas de

tecido (que teriam a função de guardar o

telemóvel) com a impressão dos dedos, tendo

sido feitas composições livres.

Construções em

papel

- Construções

- Pintura (guaches)

- Recorte, Colagem,

Dobragem

Trabalho

individual

- Foi feita uma construção em papel, segundo

moldes, para representar um «coelho da

Páscoa»; foram abordados aspetos relativos à

forma-função do objecto;

- Foi utilizada a sala específica para EEP;

Construção de

origami

- Construções

Trabalho

individual

- Construção de um origami (tulipa) com a

função de enfeite de Natal para a árvore da

escola

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(continuação)

Atividade Meios e técnicas de expressão plástica / subdomínios (Programa do 1º Ciclo)

Trabalho individual / coletivo

Articulação

com outras

áreas

curriculares

Alguns elementos descritivos do processo e dos trabalhos realizados

Desenho do

contorno do pé

- Desenho

Trabalho

individual

- Matemática

- Estudo do

Meio

- Cada aluno utilizou uma folha A4 e desenhou

o contorno do próprio pé, tendo sido abordado o

conceito de «linha de contorno»;

- A figura desenhada foi utilizada como unidade

de medida;

Actividades

integradas no

projecto LED on

Values (Programa

Europeu de

Literacia Social)

- Desenho

(referida com maior

frequência)

Grande grupo

Outras áreas

curriculares

- No âmbito deste programa os alunos

participam em experiências diversas de acordo

com metodologias que constam do Guia «O

Mapa para os Professores Ajudarem à

Descoberta». Neste guia, as diferentes

experiências são apresentadas fazendo

referência às diferentes áreas curriculares e

respetivos conteúdos. A área de EEP também

está identificada, no entanto, as experiências

apenas a incluem de uma forma indireta.

Recorte de

imagens em

suportes diversos

(panfletos

publicitários,

revistas, etc.)

- Recorte

Trabalho

individual

Estudo do

Meio

- Os alunos recortaram em panfletos

publicitários imagens de produtos alimentares

tendo em vista representação de uma roda dos

alimentos.

- Os trabalhos evidenciam diferentes

competências dos alunos ao nível da destreza e

da motricidade fina.

Elaboração de

marcadores para

livros

- Desenho

- Pintura (lápis de cor,

canetas de feltro)

- Os marcadores de livros foram construídos na

biblioteca da escola, por ocasião da sua

inauguração. Estes trabalhos tinha também a

função de divulgar o endereço do blogue da

biblioteca.

Pintura de figuras

em manuais

- Pintura (lápis de cor,

canetas de feltro)

Trabalho

individual

- O exercício de colorir figuras é proposto em

diversos manuais, como o de Língua

Portuguesa e o de Matemática

Pintura de figuras

em folhas

policopiadas

- Pintura (lápis de cor,

canetas de feltro)

Trabalho

individual

- Este tipo de exercício é realizado

habitualmente para decorar capas de trabalhos;

- Foi também utilizado para a elaboração de

postais para o Natal e Dia da Mãe.

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(continuação)

Atividade Meios e técnicas de expressão plástica / subdomínios (Programa do 1º Ciclo)

Trabalho individual / coletivo

Articulação

com outras

áreas

curriculares

Alguns elementos descritivos do processo e dos trabalhos realizados

Pintura de figuras

em folhas

policopiadas

(Coração+ título)

- Pintura (lápis de cor,

canetas de feltro)

Trabalho

individual

- Estudo do

Meio

- No âmbito de atividades realizadas no centro

escolar, os alunos coloriram uma representação

do coração (representação relativamente

realista)

Desenho livre e a

partir de temas

Desenho

Pintura (lápis de cor,

canetas de feltro)

Trabalho

individual

Outras áreas

curriculares

- Atividades realizadas com alguma

regularidade;

- Quando são sugeridos temas, estes são em

alguns casos relacionados com projetos em

desenvolvimento no centro escolar.

- Os temas: «Prevenção de incêndios»; O

presépio»; «A minha família»; «As mãos não

são para bater» (incluído em atividades da

«Semana da não violência e Paz» que decorreu

entre 31/01 e 04/02/2011);«As minhas férias da

Páscoa».

Visita ao Museu

Arqueológico de

São Miguel de

Odrinhas

- Pintura

Trabalho

individual

- Estudo do

Meio

- Na visita os alunos puderam observar diversos

artefactos visuais (esculturas, pedras com

signos visuais e inscrições diversas); a visita

incluiu a participação num dos ateliês

organizados pelo museu no qual fizeram a

pintura de ovos da Páscoa.

Composições

visuais com

estampagem de

elementos

naturais (folhas)

- Impressão

Trabalho

individual

- Estudo do

Meio

[Ver notas de campo de 15/06/2011]

Construção de

decorações para o

espaço da turma

na festa de festa

do final de ano

Desenho

Pintura (lápis de cor,

canetas de feltro)

Trabalho

individual /

coletivo

Outras áreas

curriculares

- Na festa de final de ano a turma ocupou um

espaço onde se distribuíam bebidas. Tendo em

vista a decoração desse espaço, os alunos

representaram bebidas ou elementos associados

a bebidas que posteriormente foram recortados

e afixados.

- A escolha dos elementos a desenhar foi livre e

as composições que resultaram representam

frutos diversos, pacotes e copos de sumo, latas

de refrigerantes, entre outros.

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Anexo F Estudo de caso 2 – Transcrição da entrevista à professora

Ponto prévio à realização da entrevista: - dar informações à professora sobre a investigação em curso e sobre os objetivos da entrevista; - agradecer e salientar a importância da sua participação no estudo; - garantir a confidencialidade no que respeita aos dados fornecidos e identificação da escola, professor, alunos ou outros elementos.

Que tipos de experiências de aprendizagem considera fundamentais na área de EEP?

Bloco 1

Como seleciona e concretiza essas experiências?

O desenho, o recorte, ter noção da utilização correta dos materiais e de técnicas de pintura. Estes

aspetos são importantes para todas as outras atividades que possam realizar em expressão

plástica. Ter o trabalho cuidado e organizado é algo que valorizo, pois são aprendizagens utéis

em todos os aspetos.

Normalmente, as atividades decorrem dos temas que se estão a trabalhar ou que fazem parte de

projetos da escola. É raro haver momentos específicos só para a EEP. Nomalmente associa-se

sempre a alguma área (quase sempre a Língua Portuguesa e o Estudo do Meio) e faz-se a

ligação. Neste ano, o horário tinha apenas duas horas para todas as expressões, o que limita

muito o que se pode fazer.

- Que técnicas e materiais privilegia?

Desenho com grafite, lápis de cor, canetas de feltro, neste ano também se utilizou guaches e

tintas para pintar em tecido, papel cavalinho, de lustro, cartolinas, papel manteiga. Desenho,

pintura, estampagem, e dobragem foram as técnicas mais utilizadas.

- Como propõe aos alunos as atividades de EEP?

(respondeu na primeira questão)

- Que sequência de tarefas constituem as atividades que habitualmente organiza?

Depende das atividades. Normalmente as atividades vêm associadas a uma atividade de LP,

como é o caso da observação das imagens em livros de literatura infantil...Em atividades

específicas da EEP, normalmente há uma conversa sobre o assunto ou tema e também uma

conversa sobre técnicas, materiais,... (ex. na atividade de estampagem falou-se das cores). Se

houver necessidade faz-se a demonstração.

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No caso de um trabalho que fizemos, com dobragens, foi necessário insistir na demonstração e

ajudar cada aluno individualmente. A dobragem que eu estava a fazer servia para comparar com

a dobragem do aluno (contou casos de alunos com problemas de lateralidade).

- Que papel têm os alunos na seleção das atividades?

São selecionadas sempre pela professora. Podem decidir sobre materiais se for um momento

livre. Eles não têm um papel muito ativo na seleção do tipo de atividades.

- Que estratégias utiliza na abordagem a novos conteúdos? (exposições orais,

demonstrações, exploração de materiais, realização de experiências,...)

Exposições orais, mostrar imagens, explorar as ilustrações dos livros de literatura infantil,

demonstrações,...

- Utiliza materiais didáticos específicos da EEP? Quais?

Apesar de existir o livro de atividades do agrupamento, não foi utilizado (não considerou que

tivesse interesse e que tivesse atividades significativas para os seus alunos). Na escola, sei que a

nível de 1º ano não foi usado. Mas em outras turmas de 2º, 3º e 4º ano foi utilizado (deu

exemplos de trabalhos feitos por alunos de outros anos que foram expostos na escola sede de

agrupamento).

Tenho preferência em usar os livros infantis e ilustrações. Por exemplo, com os livros de Pedro

Leitão que são em BD, abordou-se elementos da gramática da BD.

- As atividades que organiza incluem as TIC?

Não. Os alunos ainda não utilizam o Magalhães, é só a partir do 3º ano.

A sala não tem videoprojetor nem computadores. Por isso, utilizo o computador pessoal para

mostrar livros digitalizados (ex. «A Rima do Romeu» de Eric Many) e mostrar powerpoints

relacionados com literatura infantil, onde incluía a exploração de imagens (deu como exemplos,

a identificação de personagens, a relação entre as imagens e a história, identificar a mensagem

expressa em imagens,...). Como os alunos são do 1º ano e ainda não tinham a competência da

leitura e da escrita foi uma atividade feita muitas vezes.

- Quais os materiais mais utilizados pelos alunos?

O material de desenho e pintura já referido.

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- Como seleciona / providencia a aquisição de materiais?

É fornecido pela escola, há um armazém com material que pode ser utilizado pelos diferentes

professores e educadores da escola. Há muito material que é pedido no início do ano aos pais

(ex. pincéis, plasticina, guache, papel de lustro,...). Mas, na escola, o material de desgaste existe

em grande quantidade. Há também materiais como redes para fazer papel reciclado, tesouras de

recorte de vários tipos, vários tipos de pincéis... Muito material não está em inventário e por isso

desconhece-se a sua existência.

(contou que existe muito material que veio de outras escolas do 1º Ciclo que encerraram no ano

letivo de 2009/2010 e que só no final deste se fez um inventário e se organizou e conheceu todo

o conjunto de material de desgaste e utensílios).

Os alunos trazem de casa muito material de desperdício (contou ainda que guarda os cartões das

caixas de bolos de aniversário, papel de alumínio).

- Por semana, quanto tempo dedica à EEP?

Havia sempre uma ou mais ou atividades, havia sempre alguma coisa que tinha a ver com EEP.

Basicamente em ligação com a Língua Portuguesa e o Estudo do Meio (ilustrar frases, desenhar

o animal preferido, desenhar o prato preferido). O manual de EM tinha também exercícios que

incluiam a EEP.

Ilustrar e pintar figuras são exercícios frequentes realizados no manual de LP (também deu como

exemplos, ler palavras e desenhar as figuras correspondentes e ilustrar pequenos textos).

- Colorir figuras em manuais ou folhas policopiadas é um dos exercícios que habitualmente

proporciona aos alunos?

Sim, a nível do manual de Língua Portuguesa faz-se muito esse exercício. Os alunos que

terminavam as fichas com mais rapidez, também coloriam as imagens.

No Natal, fizeram alguns desses trabalhos (que incluiam unicamente a pintura das figuras).

Nas máscaras de Carnaval também utilizaram este método (não foi um exercício selecionado

pela professora, pois esteve a ser substituida por motivos de saúde).

- Inclui nas suas práticas a abordagem à obra de arte? Que estratégias utiliza? Como

seleciona as obras a apresentar?

Com esta turma não...a não ser as ilustrações, que também são feitas por artistas plásticos...

Na visita ao Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas (MASMO) os alunos puderam

aprender coisas sobre o que viram: esculturas, lápides com desenhos e outras inscrições...Mas,

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como a maior parte das peças eram sepulturas e as crianças eram muito pequenas, estas não

foram muito exploradas. Mas, falou-se no tipo de ilustrações que faziam (os símbolos, a escrita,

porque desenhavam alguns animais,...). Focou-se a pintura de ovos e a sua importância

(oferendas a uma deusa). Nesta visita os alunos participaram numa oficina em que pintaram ovos

de madeira, individualmente, com guache. Alguns ficaram com muita tinta e houve dificuldades

na secagem, mas todos levaram o seu ovo para casa.

- Nas suas práticas promove a visita a monumentos, museus, e galerias de arte ou o

contacto com artistas?

Não houve oportunidade, para além da visita ao MASMO...

É no início do ano que se definem as visitas de estudo e já é conhecida a dificuldade das famílias

em pagar as despesas das visitas...Por isso, fez-se só uma visita de estudo. Está previsto que no

próximo ano a associação de pais ajude a custear mais visitas. Há um moinho nas proximidades,

mas ir lá envolve recursos e formalidades que às vezes não estão ao nosso alcance (referiu-se à

necessidade de o grupo se fazer acompanhar por uma auxiliar; referiu-se também ao desfile de

Carnaval que teve de se realizar no recinto da escola, porque a PSP também teria de estar

presente se fosse realizado fora da escola).

- As atividades que propõe às crianças possibilitam que cada um produza um trabalho

individual e único?

No geral, sim. Mesmo que sejam dadas indicações iguais para todos, todos podem fazer à sua

maneira. Os das dobragens não são únicos, mas é o único exemplo que posso dar.

- Incentiva ou promove trabalhos que consistam na cópia de modelos?

Fizemos alguns, mas tinham uma margem para que cada um os pudesse individualizar e fazer

algo como queria (deu como exemplos a escolha de cores e a organização da composição,...).

- Conhece técnicas de estímulo à criatividade através da EEP? Quais?

Sim. Pintar e desenhar em papel amarrotado, o cadavre exquis, rasgar papel e formar imagens.

(mencionou tipos de trabalhos que se podem fazer a partir da obra de arte e deu como exemplo o

livro «O melhor quadro do mundo», o qual considerou com interesse para organizar um PCT)

(referiu-se a livros de literatura infantil cujas ilustrações são exemplos da utilização de técnicas e

materiais pouco convencionais).

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- Promove a realização de trabalhos coletivos?

Este ano, não foi assinalável. Apenas tenho a referir uma composição que representava a roda

dos alimentos com elementos recortados por todos os alunos.

Bloco 2

- Que relação estabelece entre o currículo formal e as suas práticas na área de EEP?

O que é feito faz parte do programa. Muitas vezes não se tem noção que o que estamos a fazer

são coisas que estão no programa...Muitas atividades vêm pela intuição, oportunidade e

sensibilidade e nem sempre se tem noção que são coisas que também estão no currículo.

- Qual ou quais o (s) documento (s) que consulta no momento da elaboração de

planificações?

Consulto o programa do 1º Ciclo e em caso de alguma especificidade, também se utiliza o

currículo (CNEB) (referiu que no PCT utilizou o programa).

- Como carateriza o seu conhecimento relativamente aos documentos curriculares que

enquadram a EEP?

Suficiente. Por exemplo, as Metas só agora as conheci...

Bloco 3

- Faz avaliação diagnóstica para EEP? Em que momentos? Que procedimento (s) adota?

(Não esteve no início do ano, mas sabe que se utilizou uma ficha de diagnóstico para o recorte e

pintura de figuras)

- Em que medida os resultados da avaliação diagnóstica condicionam a gestão do currículo

de EEP?

(Não esteve com a turma nessa fase.) Mas condicionou. Como sabia o que os alunos sabem

fazer, isso condicionou as minhas escolhas. Se não sabiam recortar, não se faziam atividades

complexas que não fossem adequadas ao seu grau de habilidade a recortar.

- Como faz a avaliação? (o que avalia e como?)

Os trabalhos que fazem. A criatividade, o empenho, a aplicação das técnicas que vai ensinando,

o respeito pelos limites, o uso correto dos materiais, a forma de utilização da cor (relacionada

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com a realidade ou não). Não classifico trabalho a trabalho, mas apenas no geral no final do

período.

Faço comentários a respeito dos aspetos a melhorar na ficha dada aos pais ( que não tem muito

espaço para a escrita de comentários e é o espaço comum a todas as expressões)

- Os alunos participam na sua própria avaliação?

Não. Não mostram em grande grupo os trabalhos, porque notei que às vezes os comentários entre

alunos são cruéis e achei que isso podia ser um entrave.

- Como reage quando uma criança lhe solicita uma apreciação ao trabalho de EEP que

realizou?

Digo que está bem. Não critico pela negativa. Digo que está bonito, mas que podia melhorar aqui

ou ali... e indico o que poderia melhorar .

Insisto no cuidado com o trabalho (escrever e desenhar e apagar...os alunos sabem que valorizo

este aspeto).

- Analisa os desenhos das crianças? Que aspetos privilegia nessa análise?

Analiso o progresso na utilização das cores, se as representações correspondem aos temas

propostos,...

Bloco 4

- Concorda com a utilização de manuais de EEP? Porquê?

Não vejo interesse. Não utilizo. Mas há na escola (vindos das escolas do 1º Ciclo que encerraram

no ano letivo de 2009/2010.

- Recorre habitualmente ao manual de EEP?

(não foi adotado pelo agrupamento)

Bloco 5

- Sendo o currículo “percebido” o conjunto de perceções que as pessoas (como por

exemplo, os pais) têm sobre o que é ensinado na escola, de que forma é que este condiciona

as suas decisões relativamente às atividades de EEP?

Como a EEP não foi trabalhada individualmente, não senti essa necessidade....

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Se passasse muito tempo,sim, teria essa necessidade. Senti que os pais eram atentos a esse nível.

Se o PCT fosse desenvolvido a partir da EEP, ou um tema da EEP, sim, teria de justificar.

(referiu-se a situações em que os pais se mostraram atentos e críticos).

Bloco 4

- De que forma(s) atualiza os seus conhecimentos científicos e pedagógicos sobre EEP?

Troca de informações com colegas.

- Frequenta habitualmente museus e exposições relacionadas com as artes visuais?

Frequento.

- Faz pesquisas relacionadas com a EEP? Quais as fontes que utiliza?

Sim. Quando é necessário encontrar ideias para trabalhos das épocas festivas, como o Dia da

Mãe, faço pesquisas na internet.

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Anexo G Estudo de caso 2 – Notas de campo

Data:

Atividade:

12/01/2011

Frottage (desenho / pintura a lápis de cor) sobre folhas de plantas

com diferentes formas, tamanhos e texturas

Blocos / Conteúdos:

Descoberta e Organização Progressiva de Superfícies (Desenho / Pintura);

Elementos da forma (elementos da linguagem plástica- textura)

Descrição (ações do professor, ações dos alunos, processos, produtos) Comentários do observador

- As crianças puderam observar vários tipos de folhas de plantas, comparar

formas, tamanhos e texturas; o diálogo/ debate decorre em função das

observações dos alunos e das caraterísticas que estes apontam;

- A professora mencionou os termos «textura» e «forma» e explicou os seus

significados; foram nomeados adjetivos que caraterizam texturas (liso,

rugoso, áspero, macio); concluiu-se através da comparação entre as folhas

que estas tinham diferentes formas, tamanhos e texturas;a professora deu

ênfase a esta conclusão;

- A professora fez demonstrações da técnica de frottage e mostrou como se

usa o material de modo a obter o melhor resultado;

- Cada criança explorou as possibilidades técnicas do lápis de cor para

«capturar» as texturas das folhas.

- Utilizaram-se folhas de plantas com diferentes formas, tamanhos e texturas,

folhas de papel branco de tamanho A4 e lápis de cor;

- Cada aluno aplicou a técnica de frottage no desenho/pintura de pelo menos

duas folhas com formas e tamanhos diferentes;

- Neste trabalho foram utilizadas cores variadas, no entanto, predominaram

os verdes e castanhos;

- Os trabalhos de alguns alunos mostram cuidado na organização da

Em vários trabalhos existem

exemplos feitos pela

professora.

Algumas folhas não são

adequadas a este trabalho,

pois não têm «nervuras»

salientes.

O exercício realizado é um

contributo para que os alunos

atinjam as Metas de

Aprendizagem: «o aluno

ESTUDO DE CASO

2

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composição;

- Alguns alunos não completaram completamente o preenchimento com cor,

ficando as folhas das plantas com as formas pouco definidas ou incompletas;

- Existem trabalhos em que as texturas das folhas não ficaram visíveis, em

alguns casos, por ter faltado pressão na utilização dos lápis de cor,e noutros,

porque essa pressão foi excessiva;

- As folhas foram guardadas para serem utilizadas posteriormente noutras

atividades.

nomeia as diferentes texturas

(rugosa, macia, mole, áspera,

dura, brilhante...) na natureza

e em diferentes narrativas

visuais»; «o aluno regista,

através de fotografia e/ou

desenho, as texturas dos

objectos e/ou dos elementos

observados a partir da

natureza e do seu quotidiano».

Estas metas são «intermédias

até ao 2º ano» e enquadram-

-se na Meta Final 30.

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Data:

Atividade:

02/02/2011

Criação de uma narrativa visual no ateliê “A vida das palavras”

Blocos / Conteúdos:

Descoberta e Organização Progressiva de Superfícies (Desenho / Pintura);

Comunicação Visual (relação imagem-texto)

Descrição (ações do professor, ações dos alunos, processos, produtos) Comentários do observador

- A atividade desenvolveu-se na biblioteca do centro escolar;

- Trata-se de um «ateliê» denominado “A vida das palavras”, dinamizado

por um ator e inclui a apresentação de uma peça de teatro de fantoches e

uma atividade de desenho e escrita que envolve todos os participantes;

- Após a apresentação da peça, foi proposto aos alunos que criassem novas

histórias e as representassem em sequências de desenhos e escrita;

- Por ainda não escreverem com a fluência necessária, a tarefa foi cumprida

através da criação de narrativas visuais;

- Foi distribuído a todos os alunos um pequeno livro, aproximado ao

tamanho A6, com capa e páginas em branco;

- Foram utilizados lápis de grafite, lápis de cor e canetas de feltro;

- Nos trabalhos dos alunos estão representadas histórias relacionadas com as

personagens e tema (interculturalidade) da peça; alguns alunos

representaram outras histórias, estas em relação com a peça a que

assistiram;

- Os trabalhos representam sequências de imagens que «contam» uma

história, que foi explicada oralmente por alguns alunos; os que não

terminaram (a maior parte), levaram o livro para terminar em casa;

- Os desenhos têm elementos caraterísticos dos estádios Pré-esquemático e

Esquemático, de acordo com a classificação de Lowenfeld & Brittain (1977),

ao nível da representação do espaço e da figura humana,

- Em alguns trabalhos existem elementos de banda desenhada (balões,

onomatopeias e signos cinéticos).

- No final, os alunos puderam ver como funciona o teatro de fantoches e

tiveram oportunidade de observar e manipular alguns dos fantoches que

representavam personagens da história.

Esta iniciativa fazia parte das

atividades previstas no PAA e

faz parte da «Carteira de

Ações de Promoçãoda

Leitura» da Direção Geral do

Livro e das Bibliotecas.

A apresentação é itinerante, e

dela constam fantoches do

tipo«Robertos», adaptados à

manipulação de fantoches de

vara, e uma caixa cénica/

biombo.

O exercício realizado é um

contributo para que os alunos

atinjam as Metas de

Aprendizagem: «o aluno

representa plasticamente

objetos, situações, ilustrações

de histórias e temas, através

da pintura»;«o aluno

seleciona materiais ajustados

às suas representações

plásticas». Estas metas são

«intermédias até ao 2º ano» e

enquadram-se, respetivamente

na Meta Final 27 e na Meta

Final 32.

ESTUDO DE CASO

2

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Data:

Atividade:

15/06/2011

Composições visuais com a estampagem de elementos naturais (folhas)

Blocos / Conteúdos:

Exploração de Técnicas Diversas de Expressão (Impressão);

Elementos da forma (elementos da linguagem plástica - cor, textura)

Descrição (ações do professor, ações dos alunos, processos, produtos) Comentários do observador

- A atividade foi realizada na sala de expressão plástica, contígua à sala de

aulas;

- Os materiais disponíveis incluíam pincéis, recipientes em vidro com guache

e folhas de papel manteiga (aproximadas ao tamanho A5);

- Os alunos dispuseram-se em volta das duas mesas existentes e assistiram às

indicações e demonstrações da professora;

- A professora dispôs numa das mesas folhas árvores de diferentes formas,

tamanhos, espessuras e texturas; os alunos observaram as folhas, fizeram

comparações e identificaram diferenças entre as mesmas;

- A professora referiu-se aos materiais e cores que iriam ser utilizados nos

trabalhos, mostrando recipientes com duas cores primárias (amarelo e azul);

após uma questão da professora, a maioria dos alunos, antecipou-se e

mencionou a cor que iria resultar da mistura; de seguida, a professora

misturou as porções das duas cores e obteve a cor verde;

- A professora fez a demonstração de como se fazia a estampagem da folha e

o que resultaria da mesma;

- Os alunos repetiram as operações exemplificadas e fizeram as estampagens

(cada aluno fez uma estampagem numa folha de papel); a professora

acompanhou os alunos e estes, à medida que acabavam o trabalho,

regressavam as atividades na sala de aula;

- Os resultados obtidos representavam diferentes graus de consecução da

técnica, que para ser bem sucedida, exige algum domínio ao dosear a

quantidade de tinta a colocar na superfície a estampar.

O exercício realizado é um

contributo para que os alunos

atinjam as Metas de

Aprendizagem: «o aluno

nomeia as diferentes texturas

(rugosa, macia, mole, áspera,

dura, brilhante...) na natureza

e em diferentes narrativas

visuais»; «o aluno regista,

através de fotografia e/ou

desenho, as texturas dos

objectos e/ou dos elementos

observados a partir da

natureza e do seu quotidiano».

Estas metas são «intermédias

até ao 2º ano» e enquadram-

-se na Meta Final 30.

Observações: Esta atividade foi realizada na sala de expressão plástica. Enumeram-se, de

seguida, algumas das caraterísticas deste espaço:

- é contígua à sala de aulas da turma e tem aproximadamente as mesmas dimensões

(estimamos que sejam 25m²);

- tem uma bancada com lavatórios e duas mesas de grandes dimensões, ergonomicamente

adequadas à estatura das crianças;

ESTUDO DE CASO

2

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- tem dois armários com prateleiras para a arrumação de material de desgaste e utensílios

diversos;

- existem diversos materiais disponíveis (papel manteiga, papel de lustro, papel cavalinho,

cartões, tintas, recipientes variados);

- tem um ecoponto, para a separação de materiais;

- tem um vasto conjunto de materiais reaproveitáveis, trazidos pelos alunos, para o uso em

trabalhos de EEP;

- existem duas arrecadações contíguas a esta sala, destinadas à arrumação de trabalhos e

materiais das duas turmas que dela se servem;

- à semelhança da sala de aulas, uma das paredes é em vidro, fornecendo luz natural a todo o

espaço e está equipada com estores que possibilitam escurecer quase totalmente a sala (algo

que pode ser útil, no caso de se fazerem projeções).

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Anexo H Estudo de caso 2 – Grelhas de análise das notas de campo

Relação entre o conteúdo das notas de campo e o referente “currículo formal”

Categorias Sub-categorias Indicadores Referências existentes nas notas de campo (A) Conhecimentos, capacidades e atitudes visadas nas competências

(A1) Explicitação das competências a privilegiar

(A1.1) Enunciar competências da literacia em artes

Não se aplicam

(A1.2) Enunciar competências da dimensão fruição-contemplação (A1.3) Enunciar competências da dimensão produção-criação (A1.4) Enunciar competências da dimensão reflexão-interpretação (A1.5) Enunciar competências no domínio da comunicação visual (A1.6) Enunciar competências no domínio dos elementos da forma

(B) Experiências educativas correspondentes aos Blocos de aprendizagem

(B1) Explicitação de objetivos de ação / experiências educativas relativas aos Blocos 1,2 e 3

(B1.1) Enunciar objetivos de ação / experiências educativas relativas ao Bloco «Descoberta e Organização Progressiva de Volumes» (B1.2) Enunciar objetivos de ação / experiências educativas relativas ao Bloco «Descoberta e Organização Progressiva de Superfícies» (B1.3) Enunciar objetivos de ação / experiências educativas relativas ao Bloco «Exploração de Técnicas diversas de Expressão»

(C) Indicações metodológicas

(C1) Articulação entre as competências em Educação Visual e as experiências educativas do Programa de EEP

(C1.1) Selecionar experiências educativas que contribuem para a aquisição e desenvolvimento de competências

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo: - Ilustração de textos da obra de literatura infantil “A casa da mosca fosca” de Eva Mejuto (escritora) e Sérgio Mora (ilustrador); - Frottage (desenho / pintura a lápis de cor) sobre folhas de plantas com diferentes formas, tamanhos e texturas - Criação de uma narrativa visual no ateliê “A vida das palavras” - Composições visuais com a estampagem de elementos naturais (folhas)

(C2) Articulação entre abordagens a conteúdos e experiências educativas

(C2.1) Prever experiências educativas que concretizam os conteúdos em abordagem

(C3) Utilização de vocabulário específico relacionado com a E.E.P. e a Educação Visual

(C3.1) Mencionar termos relativos a técnicas e materiais de expressão plástica

A professora utiliza vocabulário específico de EEP (por exemplos, notas de campo relativas às atividades « Frottage (desenho / pintura a lápis de cor) sobre folhas de plantas com diferentes formas, tamanhos e texturas» e «Composições visuais com a estampagem de elementos naturais (folhas)»)

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(C) Indicações metodológicas (continuação)

(C4) Aplicação das orientações metodológicas enunciadas nos textos curriculares

(C4.1) Prever diversas metodologias de trabalho (exposições orais, demonstrações práticas, mostras individuais, investigação bibliográfica, recolhas de objetos e imagens, debates, visitas de estudo, trabalhos de ateliê, registos de observação do exterior, frequência de museus e exposições, etc.)

- Demonstração de técnicas (por exemplos, notas de campo relativas às atividades «Frottage (desenho / pintura a lápis de cor) sobre folhas de plantas com diferentes formas, tamanhos e texturas» e «Composições visuais com a estampagem de elementos naturais (folhas)») - Leitura de imagens e diálogos / debates em grupo (nota de campo relativa à atividade «Ilustração de textos da obra de literatura infantil “A casa da mosca fosca” de Eva Mejuto (escritora) e Sérgio Mora (ilustrador)»

(C4.2) Selecionar situações de aprendizagem contextualizadas

A atividade «Ilustração de textos da obra de literatura infantil “A casa da mosca fosca” de Eva Mejuto (escritora) e Sérgio Mora (ilustrador)» integrava-se numa sequência pedagógica que envolvia outras áreas curriculares para além da EEP (Língua Portuguesa e Matemática)

(C4.3) Selecionar temas relevantes e atuais relacionados com o meio envolvente, com propostas dos alunos ou com o universo das artes visuais em Portugal

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(C4.4) Enunciar atividades/ projetos que impliquem um processo e um produto final (C4.5) Selecionar atividades que possibilitam o desenvolvimento da criatividade e expressão pessoal

Na atividade «Criação de uma narrativa visual no ateliê “A vida das palavras”» os alunos puderam criar e chegar a um resultado pessoal e individual.

(C4.6) Selecionar meios de expressão visual diversificados que permitem múltiplas abordagens estético-pedagógicas

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo

(C4.7) Prever abordagens que incluam a aproximação à obra de arte

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(C4.8) Prever a análise de obras da cultura artística portuguesa, adoptando o estudo de obras do séc. XX como ponto de partida para o estudo de obras de outras épocas e culturas (C4.9) Prever a utilização de diversas tecnologias e materiais adequados às necessidades de expressão dos alunos

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo

(C4.10) Prever a adequação da exploração plástica ao nível de desenvolvimento de cada aluno (C4.11) Prever diferentes estratégias de avaliação

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores (C4.12) Prever uma gestão do tempo que

permita a consolidação das aprendizagens e a qualidade do produto final (C4.13) Prever o trabalho individual do aluno

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo

(C4.14) Prever o trabalho de grupo Não se identificaram referências que visassem explicitamente este indicador

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Relação entre o conteúdo das notas de campo e o referente “currículo ideal”

Categorias Sub-categorias Indicadores Referências existentes nas notas de campo (D) Conceito de expressão plástica

(D1) Vias de concretização do conceito de expressão plástica

(D1.1) Uso e exploração dos elementos da linguagem plástica

Verificou-se em todas as atividades descritas nas notas de campo

(D1.2) Manuseamento e modificação de materiais plásticos (D1.3) Expressão de sentimentos e emoções e comunicação de ideias através do uso da linguagem plástica

Na atividade «Criação de uma narrativa visual no ateliê “A vida das palavras”» os alunos puderam criar e chegar a um resultado pessoal e individual

(D1.4) Criação de algo através do uso da linguagem plástica

As atividades «Ilustração de textos da obra de literatura infantil “A casa da mosca fosca” de Eva Mejuto (escritora) e Sérgio Mora (ilustrador)» e «Criação de uma narrativa visual no ateliê “A vida das palavras”» requeriam a criação de algo usando a linguagem plástica

(D1.5) Desenvolvimento do pensamento, da imaginação, da sensibilidade, da criatividade e da capacidade de descoberta através da apropriação e do uso da linguagem plástica

Todas as atividades descritas nas notas de campo possibilitavam o desenvolvimento dos aspetos referidos

(E) Desenvolvimento da criatividade

( E1) Seleção de atividades que estimulam a criatividade

(E1.1) Apelar ao pensamento divergente As atividades «Ilustração de textos da obra de literatura infantil “A casa da mosca fosca” de Eva Mejuto (escritora) e Sérgio Mora (ilustrador)» e «Criação de uma narrativa visual no ateliê “A vida das palavras”» requeriam a criação de algo

(E1.2) Promover a flexibilidade e a liberdade (E1.3) Fomentar a comunicação e a participação (E1.4) Estimular a curiosidade, a sensibilidade e a fantasia (E1.5) Promover a autonomia, a motivação, o espírito crítico, o esforço e o trabalho

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(E1.6) Conduzir os alunos à formulação de questões sobre o que os rodeia (E1.7) Tomar decisões sobre o processo de criar

Nas atividades «Ilustração de textos da obra de literatura infantil “A casa da mosca fosca” de Eva Mejuto (escritora) e Sérgio Mora (ilustrador)» e «Criação de uma narrativa visual no ateliê “A vida das palavras”» os alunos puderam criar diferentes soluções visuais, tomando decisões ao longo do processo de criação

(E1.8) Possibilitar a autoavaliação sobre a adequação e a qualidade do trabalho

Não se identificaram referências que visassem explicitamente este indicador

(F) Papel do professor

(F1) Adoção de atitudes pedagógicas favoráveis à concretização do conceito de expressão plástica

(F1.1) Adotar uma pedagogia não diretiva, flexível e aberta

Os espaços de diálogo / debate exemplificam aspetos do papel do professor relativos a este indicador (por exemplo, notas de campo relativas à atividade «Frottage (desenho / pintura a lápis de cor) sobre folhas de plantas com diferentes formas, tamanhos e texturas»

(F1.2) Valorizar atividades que estimulam o pensamento divergente e intuitivo

As atividades «Ilustração de textos da obra de literatura infantil “A casa da mosca fosca” de Eva Mejuto (escritora) e Sérgio Mora (ilustrador)» e «Criação de uma narrativa visual no ateliê “A vida das palavras”» requeriam a criação de algo individual e único

(F1.3) Apresentar às crianças propostas que constituem «desafios» para os quais elas devem criar soluções individuais e únicas

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(F) Papel do professor (continuação)

(F1) Adoção de atitudes pedagógicas favoráveis à concretização do conceito de expressão plástica (continuação)

(F1.4) Revelar-se consciente das influências dos estereótipos e defender a autenticidade da expressão

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(F1.5) Utilizar a componente lúdica em abordagens a conceitos e para desencadear o processo criativo (F1.6) Organizar atividades que permitem observar, fruir, analisar e emitir opiniões sobre a obra de arte (F1.7) Conhecer e facilitar a apropriação da «gramática visual» necessária para ler, compreender e produzir imagens

Todas as atividades descritas nas notas de campo exemplificam os aspetos referidos (F1.8) Adotar metodologias diversificadas

(F1.9) Relacionar a expressão plástica com as outras expressões artísticas e as diferentes áreas do conhecimento

A atividade «Ilustração de textos da obra de literatura infantil “A casa da mosca fosca” de Eva Mejuto (escritora) e Sérgio Mora (ilustrador)» integrava-se numa sequência pedagógica que envolvia outras áreas curriculares para além da EEP (Língua Portuguesa e Matemática) As atividades «Frottage (desenho / pintura a lápis de cor) sobre folhas de plantas com diferentes formas, tamanhos e texturas» e «Composições visuais com a estampagem de elementos naturais (folhas)» desenvolveram-se no seguimento de atividades da área de Estudo do Meio

(F1.10) Proporcionar atividades que implicam a busca de conhecimentos diversos, evidenciando a integração de saberes

(F1.11) Associar a utilização das TIC à EEP, perspetivando modos de explorar as potencialidades das tecnologias contemporâneas naquilo em que estas podem contribuir para o acesso a bens culturais, a modos de criação de diferentes povos e culturas e a um conhecimento amplo sobre processos e procedimentos de produção artística

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(F1.12) Preocupar-se com o modo como interfere no trabalho dos alunos (F1.13) Observar e apreciar os trabalhos dos alunos estimulando-os no seu esforço expressivo e criativo (F1.14) Criar um clima propício à espontaneidade (F1.15) Deixar que os alunos explorarem e desenvolvam técnicas através da experimentação de diferentes materiais (F1.16) Apresentar diferentes técnicas, instrumentos e materiais através de estratégias que estimulem a criatividade (F1.17) Selecionar técnicas e materiais que se adequam aos alunos

Todas as atividades descritas nas notas de campo exemplificam o aspeto referido

(F1.18) Proporcionar momentos de reflexão e avaliação sobre o processo de criação e sobre o trabalho realizado

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(F1.19) Analisar a evolução dos trabalhos dos alunos (F1.20) Proporcionar atividades facilitadoras do desenvolvimento do sentido estético

As atividades «Ilustração de textos da obra de literatura infantil “A casa da mosca fosca” de Eva Mejuto (escritora) e Sérgio Mora (ilustrador)» e «Criação de uma narrativa visual no ateliê “A vida das palavras”»

(F1.21) Proporcionar atividades facilitadoras da compreensão e respeito pelas diversas identidades culturais

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(F) Papel do professor (continuação)

(F1) Adoção de atitudes pedagógicas favoráveis à concretização do conceito de expressão plástica (continuação)

(F1.22) Promover o respeito pelas diferentes manifestações de arte, aceitando a perspetiva dos alunos

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(F1.23) Prever abordagens que facilitem o desenvolvimento do pensamento crítico

Relação entre o conteúdo das notas de campo e o referente “currículo real representado”

Categorias Sub-categorias Indicadores Referências existentes nas notas de campo (G) Atividades desenvolvidas

(G1) Diversidade de propostas apresentadas aos alunos

(G1.1) Desenhar livremente As notas de campo não descrevem atividades referidas neste indicador

(G1.2) Desenhar com temas sugeridos Atividades «Ilustração de textos da obra de literatura infantil “A casa da mosca fosca” de Eva Mejuto (escritora) e Sérgio Mora (ilustrador)» e «Criação de uma narrativa visual no ateliê “A vida das palavras”»

(G1.3) Pintar livremente As notas de campo não descrevem atividades referidas nestes indicadores

(G1.4) Pintar com temas sugeridos (G1.5) Recortar (G1.6) Fazer colagens (G1.7) Fazer dobragens (G1.8) Fazer cartazes (G1.9) Observar e analisar imagens em contextos diversos

A atividade «Ilustração de textos da obra de literatura infantil “A casa da mosca fosca” de Eva Mejuto (escritora) e Sérgio Mora (ilustrador)» incluiu uma exploração das ilustrações do livro

(H) Estratégias para abordar conetúdos

(H1) Diversidade de estratégias adotadas

(H1.1) Fazer exposições orais As notas de campo não descrevem estratégias referidas nestes indicadores

(H1.2) Explorar materiais didáticos (acetatos, powerpoints, cartazes, manuais, objectos representativos da utilização de técnicas e materiais, entre outros) (H1.3) Demonstrar (aplicação de técnicas, materiais, manuseamento de utensílios, entre outros)

As notas de campo relativas às atividades «Frottage (desenho / pintura a lápis de cor) sobre folhas de plantas com diferentes formas, tamanhos e texturas» e «Composições visuais com a estampagem de elementos naturais (folhas)» referem-se às demonstrações feitas pela professora

(H1.4) Promover a observação da realidade (observar objetos reais, paisagem, entre outros)

Nas atividades «Frottage (desenho / pintura a lápis de cor) sobre folhas de plantas com diferentes formas, tamanhos e texturas» e «Composições visuais com a estampagem de elementos naturais (folhas)» observaram-se e compararam-se folhas de plantas/ árvores.

(I) Opções metodológicas

(I1) Diversidade de opções metodológicas relativas ao papel do professor, ao papel dos alunos e à natureza das

(I1.1) Os alunos têm contacto com materiais diversificados

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(I1.2) Os alunos realizam trabalhos coletivos (I1.3) Os alunos realizam exercícios de colorir figuras em manuais ou folhas policopiadas

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(I) Opções metodológicas (continuação)

atividades (I1) Diversidade de opções metodológicas relativas ao papel do professor, ao papel dos alunos e à natureza das atividades (continuação)

(I1.4) O professor propõe trabalhos que permitem a cada aluno produzir um trabalho individual e único

Todas as atividades descritas nas notas de campo exemplificam o aspeto referido.

(I1.5) O professor promove o trabalho e a cooperação em grupo através da EEP

Não se identificaram referências que visassem explicitamente este indicador

(I1.6) O professor proporciona experiências que associam a EEP a outras áreas curriculares

A atividade «Ilustração de textos da obra de literatura infantil “A casa da mosca fosca” de Eva Mejuto (escritora) e Sérgio Mora (ilustrador)» integrava-se numa sequência pedagógica que envolvia a EEP, a Língua Portuguesa e a Matemática; As atividades «Frottage (desenho / pintura a lápis de cor) sobre folhas de plantas com diferentes formas, tamanhos e texturas» e «Composições visuais com a estampagem de elementos naturais (folhas)» desenvolveram-se no seguimento de atividades da área de Estudo do Meio

(I1.7) O professor valoriza o processo de projetar e experimentar

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(I1.8) O professor prevê abordagens que desenvolvem o pensamento crítico (I1.9) O professor propõe atividades facilitadoras do desenvolvimento do sentido estético (I1.10) O professor propõe atividades facilitadoras da compreensão e respeito pelas diversas identidades culturais

Na sequência que integrou a atividade «Criação de uma narrativa visual no ateliê “A vida das palavras”» abordou-se o tema «interculturalidade»

(I1.11) Os trabalhos dos alunos são expostos na sala de aula

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores (I1.12) Os trabalhos dos alunos são

expostos em espaços da escola (I1.13) As atividades propostas estimulam a criatividade dos alunos

As atividades «Ilustração de textos da obra de literatura infantil “A casa da mosca fosca” de Eva Mejuto (escritora) e Sérgio Mora (ilustrador)» e «Criação de uma narrativa visual no ateliê “A vida das palavras”» requeriam a criação de algo.

(J) Planificação

(J1) Amplitude dos elementos considerados na planificação

(J1.1) Ao planificar consulta o Programa do 1º Ciclo

Não se aplicam

(J1.2) Ao planificar consulta o Currículo Nacional (J1.3) Ao planificar consulta as Metas de Aprendizagem (J1.4) A EEP faz parte das atividades previstas no PCT (J1.5) A EEP integra a planificação de projetos diversos (J1.6) A EEP articula-se com outras áreas curriculares (J1.7) As atividades de EEP ocupam duas horas semanais (J1.8) As visitas de estudo são preparadas previamente em parceria com as instituições culturais e artísticas a visitar

(K) Materiais didáticos específicos da EEP

(K1) Natureza dos materiais didáticos

(K1.1) Imagens diversas para analisar (fotografias, ilustrações de livros infantis, entre outros)

A atividade «Ilustração de textos da obra de literatura infantil “A casa da mosca fosca” de Eva Mejuto (escritora) e Sérgio Mora (ilustrador)» incluiu uma exploração das ilustrações do livro

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(K) Materiais didáticos específicos da EEP (continuação)

(K1) Natureza dos materiais didáticos (continuação)

(K1.2) Figuras para colorir (em livros ou fotocópias)

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores (K1.3) Revistas (sobre trabalhos manuais,

artes decorativas, entre outros) (K1.4) Cartazes

(L) Avaliação

(L1) Diversidade de tipos, funções, formas, e objetos que são considerados na avaliação

(L1.1) As práticas de avaliação incluem a avaliação diagnóstica

Não se identificaram referências que visassem explicitamente estes indicadores

(L1.2) Na avaliação consideram-se os trabalhos realizados pelos alunos (L1.3) Na avaliação consideram-se os comportamentos dos alunos observados durante a realização das atividades (L1.4) Os alunos participam na sua própria avaliação (L1.5) Para fazer a avaliação são formulados critérios, tendo por base as competências definidas pelo currículo (L1.6) Na avaliação classificam-se qualitativamente os trabalhos realizados pelos alunos (L1.7) Os alunos participam em momentos de reflexão e avaliação sobre o processo de criação e sobre o trabalho realizado (L1.8) Os trabalhos dos alunos são organizados em arquivos próprios (L1.9) Na avaliação atende-se ao desenvolvimento gráfico e plástico das crianças (L1.10) Na avaliação analisa-se a evolução dos trabalhos dos alunos

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Anexo I Textos curriculares que visam a EEP – Programa do 1º Ciclo do Ensino Básico1

.

1 Ministério da Educação (1988). Organização Curricular e Programas. Ensino Básico - 1º Ciclo. Lisboa: Ministério da Educação. pp. 88-97

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EXPRESSÃO E EDUCAÇÃO PLÁSTICA

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PRINCÍPIOS ORIENTADORES

A manipulação e experiência com os materiais, com as formas e com ascores permite que, a partir de descobertas sensoriais, as crianças desenvolvamformas pessoais de expressar o seu mundo interior e de representar a realidade.

A exploração livre dos meios de expressão gráfica e plástica não só contribuipara despertar a imaginação e a criatividade dos alunos, como lhes possibilita odesenvolvimento da destreza manual e a descoberta e organização progressivade volumes e superfícies.

A possibilidade de a criança se exprimir de forma pessoal e o prazer quemanifesta nas múltiplas experiências que vai realizando, são mais importantesdo que as apreciações feitas segundo moldes estereotipados ou derepresentação realista.

Apesar da sala de aula ser o local privilegiado para a vivência das actividadesde expressão plástica, o contacto com a natureza, o conhecimento da região, asvisitas a exposições e a artesãos locais, são outras tantas oportunidades deenriquecer e alargar a experiência dos alunos e desenvolver a sua sensibilidadeestética.

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BLOCO 1 — DESCOBERTA E ORGANIZAÇÃO PROGRESSIVA DE VOLUMES

MODELAGEM E ESCULTURA

As actividades de manipulação e exploração de diferentes materiais mol-dáveis deverão ser praticadas, com frequência, pelas crianças no 1.o ciclo.Amassar, separar, esticar, alisar, proporcionam explorações sensoriais impor-tantes, a libertação das tensões e o desenvolvimento da motricidade fina.

O prazer de ir dominando a plasticidade e a resistência dos materiais leva,progressivamente, os alunos a utilizá-los de forma pessoal, envolvendo-se numaactividade criadora.

1 2 3 4

• Explorar e tirar partido da resistência e plasticidade:

terra, areia * * * *barro * * * *massa de cores * *pasta de madeira * *pasta de papel * *

• Modelar usando apenas as mãos * * * *

• Modelar usando utensílios * *

• Esculpir em barras de sabão, em cortiça, em cascas de árvore macias * *

CONSTRUÇÕES

As crianças necessitam de explorar, sensorialmente, diferentes materiais eobjectos, procurando, livremente, maneiras de os agrupar, ligar, sobrepor…

Fazer construções permite a exploração da tridimensionalidade, ajuda adesenvolver a destreza manual e constitui um desafio à capacidade de trans-formação e criação de novos objectos. O carácter lúdico, geralmente asso-ciado a estas actividades, garante o gosto e o empenho dos alunos na resoluçãode problemas com que são confrontados.

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O professor irá estimulando, progressivamente, a realização de projectosque poderão ter uma finalidade prática.

1 2 3 4

• Fazer e desmanchar construções * *

• Ligar/colar elementos para uma construção * * *

• Atar/agrafar/pregar elementos para uma construção * *

• Desmontar e montar objectos * * *

• Inventar novos objectos utilizando materiais ou objectos recuperados * * * *

• Construir:brinquedos * * * *jogos * * * *máscaras * * * *adereços * * * *fantochesinstrumentos musicais elementares * *

• Fazer construções a partir de representação no plano (aldeias, maquetas) * * *

• Adaptar e recriar espaços utilizando materiais ou objectos de grandes dimensões (cabanas, * *casas de bonecas,…)

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BLOCO 2 — DESCOBERTA E ORGANIZAÇÃO PROGRESSIVA DE SUPERFÍCIES

DESENHO

O desenho infantil é uma actividade espontânea. O prazer proporcionadopelo desenrolar do traço é um jogo pessoal que suscita a representação de sen-sações, experiências e vivências.

Sendo uma das actividades fundamentais de expressão deve ocorrer, aolongo dos quatro anos, com bastante frequência e de uma forma livre, permi-tindo que a criança desenvolva a sua singularidade expressiva.

Os suportes utilizados não deverão ser de dimensão muito reduzida (inferiora A4), sendo desejável que as crianças escolham os materiais e cores quemelhor se adequam à sua sensibilidade.

A pouco e pouco, através da introdução de diferentes materiais/suportes ede actividades sugeridas, nomeadamente ligadas a experiências ocorridas nou-tras áreas, as crianças poderão aprofundar as suas capacidades de expressão erepresentação gráficas.

DESENHO DE EXPRESSÃO LIVRE

1 2 3 4

• Desenhar na areia, em terra molhada * * * *

• Desenhar no chão do recreio * * * *

• Desenhar no quadro da sala * * * *

• Explorar as possibilidades técnicas de:

dedos, paus, giz, lápis de cor, lápis de grafite, carvão, lápis de cera, feltros, tintas, pincéis,… * * * *

Utilizando suportes de:diferentes tamanhos * * * *diferentes espessuras * * * *diferentes texturas * * * *diferentes cores * * * *

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ACTIVIDADES GRÁFICAS SUGERIDAS

1 2 3 4

• Desenhar jogos no recreio * * *

• Ilustrar de forma pessoal * * * *

• Inventar sequências de imagens com ou sem palavras * *

• Criar frisos de cores preenchendo quadrículas * * * *

• Desenhar plantas e mapas * *

• Contornar objectos, formas, pessoas * * * *

• Utilizar livremente a régua, o esquadro e o compasso * *

• Desenhar em superfícies não planas * *

• Desenhar sobre um suporte previamente preparado (com anilinas, tinta de escrever,…) * * * *

PINTURA

Pintar exige um clima de disponibilidade e de liberdade. O professor deveráir observando, sem interferir nos aspectos expressivos, como as crianças utili-zam o espaço da pintura: como pegam no pincel, preenchem superfícies,como usam a cor e também aperceber-se do ambiente gerado e do tipo de soli-citações que lhe fazem.

Inicialmente os suportes a utilizar na pintura deverão ser de cor neutra, dedimensão não inferior a A3 e ligeiramente absorventes. Variar o tamanho, aespessura, a textura e a cor do suporte base, são também experiências que oprofessor deve proporcionar.

À medida que as crianças vão demonstrando mais iniciativa, o professorpode, então, sugerir outras experiências que permitirão aprofundar a capa-cidade dos alunos se exprimirem, de forma pessoal, através da pintura.

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A organização, conservação e partilha do material de pintura contribuem,ainda, para as aprendizagens básicas da vida de grupo.

PINTURA DE EXPRESSÃO LIVRE

1 2 3 4

• Pintar livremente em suportes neutros * * * *

• Pintar livremente, em grupo, sobre papel de cenário de grandes dimensões * *

• Explorar as possibilidades técnicas de:mão, esponjas, trinchas, pincéis, rolos, com pigmentos naturais, guache, aguarela, * * * *anilinas, tintas de água…

ACTIVIDADES DE PINTURA SUGERIDA

1 2 3 4

• Fazer digitinta *

• Fazer experiências de mistura de cores * * *

• Pintar superfícies e, por descoloração, desenhar * * *

• Fazer jogos de simetria dobrando uma superfície pintada * * *

• Fazer pintura soprada * * *

• Fazer pintura lavada * * *

• Pintar utilizando dois materiais diferentes (guache e cola, guache e tinta da china,…) * * *

• Pintar cenários, adereços, construções * * *

• Pintar em superfícies não planas * *

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BLOCO 3 — EXPLORAÇÃO DE TÉCNICAS DIVERSAS DE EXPRESSÃO

Durante o 1.o ciclo as crianças deverão, ainda, desenvolver as suas capacida-des expressivas através da utilização de diferentes materiais e técnicas, alar-gando o campo de experiências e o domínio de outras linguagens expressivas.

Salvaguardando sempre o respeito pela expressividade plástica das crianças,essas actividades poderão partir das solicitações e interesses dos alunos ou depropostas do professor. Estarão normalmente associadas à concretização deprojectos individuais ou de grupo e, com frequência, ligados a trabalhos desen-volvidos noutras áreas.

RECORTE, COLAGEM, DOBRAGEM

1 2 3 4

• Explorar as possibilidades de diferentes materiais:

elementos naturais, lãs, cortiça, tecidos, objectos recuperados, jornal, papel colorido, ilustrações… rasgando, desfiando, * * * *recortando, amassando,dobrando…

procurando formas, cores, texturas, espessuras… * * * *

• Fazer composições colando:

diferentes materiais rasgados, desfiados * *diferentes materiais cortados * * *diferentes materiais recortados * *

• Fazer composições colando mosaicos de papel *

• Fazer dobragens * * * *

• Explorar a terceira dimensão, a partir da superfície (destacando figuras e pondo-as * *de pé, abrindo portas…)

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IMPRESSÃO

1 2 3 4

• Estampar a mão, o pé,… *

• Estampar elementos naturais * * * *

• Fazer monotipias * * * *

• Fazer estampagem de água e tinta oleosa * * *

• Estampar utilizando moldes — positivo e negativo — feitos em cartão, plástico,… * * *

• Imprimir com carimbos (feitos em vegetais, cortiça,…) * * * *

• Imprimir utilizando o limógrafo * * *

TECELAGEM E COSTURA

1 2 3 4

• Utilizar, em tapeçarias, diferentes materiais:

tecidos, tiras de pano, lãs, botões, cordas, elementos naturais * * * *

• Desfazer diferentes texturas:

tecidos, malhas, cordas, elementos naturais,… * * * *

• Entrançar * * *

• Bordar (pontos simples) *

• Tecer em teares de cartão * * * *

• Tecer em teares de madeira (simples) * *

• Colaborar em tapeçarias de elementos cosidos, elaborados a partir de desenhos * * *imaginados pelas crianças

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FOTOGRAFIA, TRANSPARÊNCIAS E MEIOS AUDIO-VISUAIS1

1 2 3 4

• Utilizar a máquina fotográfica para a recolha de imagens * *

• Construir transparências e diapositivos * *

• Construir sequências de imagens * *

• Associar às imagens, sons (montagens audio-visuais simples) *

CARTAZES

1 2 3 4

• Fazer composições com fim comunicativo (usando a imagem, a palavra, a imagem e a palavra):

recortando e colando elementos * * *desenhando e escrevendo * *imprimindo e estampando * *

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1 Se as escolas tiverem o equipamento necessário.1 O material audio-visual que as crianças possuem ou a que têm acesso pode ser trazido para ser

utilizado na escola.1 • Na vida escolar muitas possibilidades surgem a exigir a natural e desejável articulação entre as

diversas áreas. Nas expressões, a relação é imediata quando se desenvolvem projectos queincluem máscaras, fantoches, sombras, adereços, cenários. Em variadíssimos momentos arelação da Língua Portuguesa, do Estudo do Meio, das Expressões — Plástica, Dramática eMusical, neste caso como exploração do mundo sonoro — é indissociável.

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Anexo J Textos curriculares que visam a EEP – CNEB1

.

1 Ministério da Educação (2001). Currículo Nacional do Ensino Básico. Competências Essenciais. Lisboa: Ministério da Educação. pp. 149-163

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Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais

Educação Artística

As artes no currículo do ensino básicoAs artes são elementos indispensáveis no desenvolvimento da expressão pessoal, social e culturaldo aluno. São formas de saber que articulam imaginação, razão e emoção. Elas perpassam as vidas daspessoas, trazendo novas perspectivas, formas e densidades ao ambiente e à sociedade em que se vive.

A vivência artística influencia o modo como se aprende, como se comunica e como se interpretam ossignificados do quotidiano. Desta forma, contribui para o desenvolvimento de diferentes competências ereflecte-se no modo como se pensa, no que se pensa e no que se produz com o pensamento.

As artes permitem participar em desafios colectivos e pessoais que contribuem para a construção daidentidade pessoal e social, exprimem e enformam a identidade nacional, permitem o entendimento dastradições de outras culturas e são uma área de eleição no âmbito da aprendizagem ao longo da vida.

A educação artística no ensino básico desenvolve-se, maioritariamente, através de quatro grandes áreasartísticas, presentes ao longo dos três ciclos:

• Expressão Plástica e Educação Visual;

• Expressão e Educação Musical;

• Expressão Dramática/Teatro;

• Expressão Físico-Motora/Dança.

No 1.º ciclo as quatro áreas são trabalhadas, de forma integrada, pelo professor da classe, podendo esteser coadjuvado por professores especialistas.

No 2.º ciclo verifica-se um aprofundamento nas áreas da Educação Musical e da Educação Visual.Esta última associa-se à área Tecnológica, dando origem à disciplina de Educação Visual e Tecnológica.

No 3.º ciclo o leque de escolhas à disposição do aluno é alargado. Permanece a Educação Visual comodisciplina obrigatória e é introduzida outra área artística opcional, de carácter obrigatório, de acordo coma oferta da escola (Educação Musical, Oficina de Teatro, Dança ou outra.)

Neste documento parte-se do princípio de que as disciplinas enunciadas são independentes, tendolinguagens, sinais e símbolos próprios (visuais, sonoros, cinéticos) e compreendendo um corpo desaberes, conceitos, formas, géneros, técnicas, processos e significados específicos. Aqui, procura-se o queé comum e transmissível a toda a actividade artística.

A definição de competências específicas, comuns a todas as artes presentes na escola, pretendecontribuir, nomeadamente, para a estruturação das ofertas de escola que excedam o âmbito das áreasdisciplinares atrás apresentadas, para a realização de projectos de integração artística e, ainda, para aorganização de actividades artísticas em espaços de enriquecimento curricular.

Todas as actividades artísticas desenvolvidas na escola, ou aí programadas, para serem vividas pelo aluno,quando fundadas nos princípios aqui enunciados, são consideradas parte integrante do currículo doensino básico.

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Relação com as competências gerais

As competências artísticas contribuem para o desenvolvimento dos princípios e valores do currículo edas competências gerais, consideradas essenciais e estruturantes, porque:

• Constituem parte significativa do património cultural da humanidade;

• Promovem o desenvolvimento integral do indivíduo, pondo em acção capacidades afectivas,cognitivas, cinestésicas e provocando a interacção de múltiplas inteligências;

• Mobilizam, através da prática, todos os saberes que o indivíduo detém num determinadomomento, ajudam-no a desenvolver novos saberes e conferem novos significados aos seusconhecimentos;

• Permitem afirmar a singularidade de cada um, promovendo e facilitando a sua expressão,podendo tornar-se uma "mais-valia" para a sociedade;

• Facilitam a comunicação entre culturas diferentes e promovem a aproximação entre as pessoase os povos;

• Usam como recurso elementos da vivência natural do ser humano (imagens, sons emovimentos) que ele organiza de forma criativa;

• Proporcionam ao indivíduo, através do processo criativo, a oportunidade para desenvolver a suapersonalidade de forma autónoma e crítica, numa permanente interacção com o mundo;

• São um território de prazer, um espaço de liberdade, de vivência lúdica, capazes de proporcionara afirmação do indivíduo reforçando a sua auto-estima e a sua coerência interna, fundamen-talmente pela capacidade de realização e consequente reconhecimento pelos seus pares erestante comunidade;

• Constituem um terreno de partilha de sentimentos, emoções e conhecimentos;

• Facilitam as interacções sociais e culturais constituindo-se como um recurso incontornávelpara enfrentar as situações de tensão social, nomeadamente as decorrentes da integração deindivíduos provenientes de culturas diversas;

• Desempenham um papel facilitador no desenvolvimento/integração de pessoas com necessi-dades educativas especiais;

• Implicam uma constante procura de actualização, gerando nos indivíduos a necessidadepermanente de formação ao longo da vida.

Experiências de aprendizagem

Ao longo da educação básica, o aluno deve ter oportunidade de vivenciar aprendizagens diversificadas,conducentes ao desenvolvimento das competências artísticas e, simultaneamente, ao fortalecimento dasua identidade pessoal e social.

• Práticas de investigação

Promover projectos de pesquisa em artes. Explorar um determinado tema/situação/problemacom significado para o aluno, baseando a recolha e tratamento da informação num processo quevise a protecção do património artístico, num quadro de rigor ético.

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Competências Específicas – Educação Artística

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• P r odução e realização de espectáculos, oficinas, mostras, exposições, instalações e outr o s

Participar em realizações artísticas que propiciem o desenvolvimento de actividades individuais

e em grupo e de trabalho interdisciplinar.

• Utilização das tecnologias da informação e comunicação

Criar oportunidades de trabalho com diferentes programas e materiais informáticos, assim como

recursos da Internet.

• Assistência a diferentes espectáculos/exposições/instalações e outros eventos artísticos

Assistir a espectáculos de naturezas e orientações estéticas diversificadas.

• Práticas interdisciplinares

Desenvolver projectos com outras disciplinas e áreas disciplinares, permitindo a transferência de

saberes.

• Contacto com diferentes tipos de culturas artísticas

Contactar com diferentes culturas artísticas de diferentes povos e em diferentes épocas,

ampliando as referências culturais e estéticas e contribuindo para o desenvolvimento de uma

consciência multicultural.

• Conhecimento do património artístico nacional

Promover a valorização do património artístico e cultural nacional, regional e local de uma

forma activa e interventiva. Contemplar trabalhos de investigação que pressuponham recolha,

registo, exploração e avaliação de dados e, sempre que possível, visitas de estudo.

• Intercâmbios entre escolas e outras instituições

Desenvolver intercâmbios com estudantes de outras escolas de forma a possibilitar o conheci-

mento recíproco, a troca de experiências, a valorização das diferenças (culturais, religiosas,

étnicas...) e dos respectivos patrimónios artístico-culturais.

Criar parcerias com instituições sociais, culturais e de recreio, estabelecendo, assim, laços

importantes para a dinamização cultural da escola.

• Exploração de diferentes formas e técnicas de criação e de processos comunicacionais

Compreender as formas como os diferentes elementos artísticos interagem e desenvolver a

capacidade de selecção e aplicação de técnicas no processo de criação artística. Incentivar

formas personalizadas de expressão e comunicação.

Literacia em artes

Literacia em artes pressupõe a capacidade de comunicar e interpretar significados usando as linguagens

das disciplinas artísticas. Implica a aquisição de competências e o uso de sinais e símbolos particulares,

distintos em cada arte, para percepcionar e converter mensagens e significados. Requer ainda o entendi-

mento de uma obra de arte no contexto social e cultural que a envolve e o reconhecimento das suas

funções nele.

Desenvolver a literacia artística é um processo sempre inacabado de aprendizagem e participação que

contribui para o desenvolvimento das nossas comunidades e culturas, num mundo onde o domínio de

literacias múltiplas é cada vez mais importante.

151

Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais

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A literacia em artes implica as competências consideradas comuns a todas as disciplinas artísticas, aquisintetizadas em quatro eixos interdependentes:

• Apropriação das linguagens elementares das artes;

• Desenvolvimento da capacidade de expressão e comunicação;

• Desenvolvimento da criatividade;

• Compreensão das artes no contexto.

152

Competências Específicas – Educação Artística

LITERACIAEM ARTES

Apropriaçãodas linguagens

elementares das artes

Compreensãodas artes

no contexto

Desenvolvimentoda capacidadede expressão

e comunicação

Desenvolvimentoda criatividade

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Competências específicas

As competências artísticas que o aluno deve desenvolver ao longo do ensino básico organizam-se, assim,em quatro grandes eixos estruturantes e inter-relacionados, constituindo algo que se poderá designarcomo literacia artística.

A apropriação das competências é realizada de forma progressiva num aprofundamento constante dosconceitos e conteúdos próprios de cada área artística, dando origem a diferentes percursos, de acordocom a especificidade de cada arte.

153

Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais

• Adquirir conceitos.

• Identificar conceitos em obras artísticas.

• Aplicar os conhecimentos em novas situações.

• Descodificar diferentes linguagens e códigos das artes.

• Identificar técnicas e instrumentos e ser capaz de os aplicar com correcção e oportunidade.

• Compreender o fenómeno artístico numa perspectiva científica.

• Mobilizar todos os sentidos na percepção do mundo envolvente.

• Aplicar adequadamente vocabulário específico.

• Aplicar as linguagens e código de comunicação de ontem e de hoje.

• Ser capaz de interagir com os outros sem perder a individualidade e a autenticidade.

• Ser capaz de se pronunciar criticamente em relação à sua produção e à dos outros.

• Relacionar-se emotivamente com a obra de arte, manifestando preferências para além dos aspectostécnicos e conceptuais.

• Desenvolver a motricidade na utilização de diferentes técnicas artísticas.

• Utilizar as tecnologias de informação e comunicação na prática artística.

• Intervir em iniciativas para a defesa do ambiente, do património cultural e do consumidor nosentido da melhoria da qualidade de vida.

• Participar activamente no processo de produção artística.

• Compreender os estereótipos como elementos facilitadores, mas também empobrecedores dacomunicação.

• Ter em conta a opinião dos outros, quando justificada, numa atitude de construção de consensoscomo forma de aprendizagem em comum.

• Cumprir normas democraticamente estabelecidas para o trabalho de grupo, gerir materiais e equipa-mentos colectivos, partilhar espaços de trabalho e ser capaz de avaliar esses procedimentos.

Apropriação das linguagens elementares das artes

Desenvolvimento da capacidade de expressão e comunicação

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Competências Específicas – Educação Artística

• Valorizar a expressão espontânea.

• Procurar soluções originais, diversificadas, alternativas para os problemas.

• Seleccionar a informação em função do problema.

• Escolher técnicas e instrumentos com intenção expressiva.

• Inventar símbolos/códigos para representar o material artístico.

• Participar em momentos de improvisação no processo de criação artística.

• Identificar características da arte portuguesa.

• Identificar características da arte de diferentes povos, culturas e épocas.

• Comparar diferentes formas de expressão artística.

• Valorizar o património artístico.

• Desenvolver projectos de pesquisa em artes.

• Perceber a evolução das artes em consequência do avanço tecnológico.

• Perceber o valor das artes nas várias culturas e sociedades e no dia-a-dia das pessoas.

• Vivenciar acontecimentos artísticos em contacto directo (espectáculos, exposições...).

• Conhecer ambientes de trabalho relacionados com actividades artísticas (oficinas de artistas, artesãos,estúdios de gravação, oficinas de construção de instrumentos, salas de ensaio...) e suas proble-máticas /especificidades (valores, atitudes, vocabulário específico).

Desenvolvimento da criatividade

Compreensão das artes no contexto

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Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais

Educação Visual

Arte, Educação e Cultura

Arte assume-se como uma componente integrante da Lei de Bases do Sistema Educativo. Nos três ciclos

da educação básica os alunos têm a oportunidade de contactar, de forma sistemática, com a Educação

Artística como área curricular. A abordagem às Artes Visuais faz-se através da Expressão Plástica,

da Educação Visual e Tecnológica e da Educação Visual, que desempenham um papel essencial na

consecução dos objectivos da Lei de Bases.

A Arte como forma de apreender o Mundo permite desenvolver o pensamento crítico e criativo e a sen-

sibilidade, explorar e transmitir novos valores, entender as diferenças culturais e constituir-se como

expressão de cada cultura. A relevância das Artes no sistema educativo centra-se no desenvolvimento de

diversas dimensões do sujeito através da fruição-contemplação, produção-criação e re f l e x ã o -

-interpretação.

A escola, nas suas múltiplas experiências educativas, deve proporcionar o acesso ao património cultural

e artístico, abrindo perspectivas para a intervenção crítica. Neste contexto, as Artes Visuais, através da

experiência estética e artística, propiciam a criação e a expressão, pela vivência e fruição deste

património, contribuindo para o apuramento da sensibilidade e constituindo, igualmente uma área de

reconhecida importância na formação pessoal em diversas dimensões – cognitiva, afectiva e comuni-

cativa. Acredita-se que a educação em Aartes Visuais, num processo contínuo ao longo da vida, tenha

implicações no desenvolvimento estético-visual dos indivíduos, tornando-se condição necessária para

alcançar um nível cultural mais elevado, prevenindo novas formas de iliteracia.

A Arte não está separada da vida comunitária, faz parte integrante dela. A aprendizagem dos códigos

visuais e a fruição do património artístico e cultural constituem-se como vertentes para o entendimento

de valores culturais promovendo uma relação dialógica entre dois mundos: o do Sujeito e o da Arte,

como expressão da Cultura. O entendimento da diversidade cultural ajuda à comparação e clarificação

das circunstâncias históricas, dos modos de expressão visual, convenções e ideologias, valores e atitudes,

pressupondo a emergência de processos de relativização cultural e ideológica que promovem

novas formas de olhar, ver e pensar. Estas formas revelam-se essenciais na educação em geral, pelo

facto de implicarem processos cooperativos como resposta às mudanças que se vão operando

culturalmente.

Arte e Educação Visual

A Educação Visual constitui-se como uma área de saber que se situa no interface da comunicação e da

cultura dos indivíduos tornando-se necessária à organização de situações de aprendizagem, formais e não

formais, para a apreensão dos elementos disponíveis no Universo Visual. Desenvolver o poder de

discriminação em relação às formas e cores, sentir a composição de uma obra, tornar-se capaz de

identificar, de analisar criticamente o que está representado e de agir plasticamente são modos

de estruturar o pensamento inerentes à intencionalidade da Educação Visual como educação do olhar

e do ver.

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A compreensão do património artístico e cultural envolve a percepção estética como resposta às quali-

dades formais num sistema artístico ou simbólico determinado. Estas qualidades promovem modos de

expressão que incluem concepções dos artistas e envolvem a sensibilidade daqueles que as procuram.

As investigações iniciadas no século XX na área da Educação e da Psicologia contribuíram para uma com-

preensão mais vasta do papel da arte no desenvolvimento humano. Ao longo das últimas décadas, as

orientações nesta área apontam para uma integração, cada vez mais aprofundada, dos saberes no âmbito

das teorias da arte, da estética e da educação. Destas pesquisas emergiram dados importantes para a com-

preensão do sujeito como criador e fruidor. Estas concepções educacionais e artísticas introduziram novas

linhas de orientação, operando mudanças ao nível téorico e prático, na Educação Visual.

O paradigma anterior, fundado na convicção de que a apreciação e a criação artísticas eram uma questão

de sentimento subjectivo, interior, directo e desligado do conhecimento da compreensão ou da razão, com-

partimentando o cognitivo-racional e o afectivo-criativo, teve como reflexo na prática escolar, sobretudo nos

p r i m e i ros anos de escolaridade, o entendimento do processo criativo como manifestação espontânea e

a u t o - e x p ressiva, com a valorização da livre expressão, adiando, consecutivamente, a introdução de

conceitos da comunicação visual, antevendo novos modos de fazer e de ver.

É reconhecido que as práticas educativas, influenciadas pela visão expressionística referida, têm vindo a

ser abandonadas, dando lugar a acções educativas estruturadas, de acordo com modelos pedagógicos

abertos e flexíveis, originando uma ruptura epistemológica, centrada num novo entendimento sobre o

papel das artes visuais no desenvolvimento humano, integrando três dimensões essenciais: sentir, agir e

conhecer. Este conhecimento evolui com a capacidade que o sujeito tem de utilização de ferramentas,

disponibilizadas pela educação, na realização plástica e na percepção estético-visual.

Assinale-se, por exemplo, a ideia do desenvolvimento da expressão visual, baseada num repertório de

respostas, em vez de um modelo linear que tem estado patente nas teorias do desenvolvimento

psicológico e artístico. A aquisição gradual de um conjunto diferenciado de respostas, a desenvolver

precocemente, constitui o objectivo do conhecimento na educação visual.

O desenvolvimento da percepção estética e a produção de objectos plásticos envolve o entendimento e

intervenção numa realidade cultural à qual a escola não deve ser alheia. O recurso ao método de

resolução de problemas, como metodologia para a educação visual, tem propiciado a valorização de

soluções utilitárias imediatas, negligenciando-se, por vezes, a dimensão estética das propostas. Apesar da

importância desta metodologia fundamentada em diferentes momentos de decisão, pesquisa, experi-

mentação e realização, destaca-se, neste contexto, a actividade estética nas artes visuais como cons-

titutiva do conhecimento do Universo Visual, relacionando a percepção estética com a produção de

objectos plásticos.

A relação entre o Universo Visual e os conteúdos das competências formuladas para a educação visual

pressupõe uma dinâmica propiciadora da capacidade de descoberta, da dimensão crítica e participativa

e da procura da linguagem apropriada à interpretação estética e artística do Mundo.

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Competências Específicas – Educação Artística – Educação Visual

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Competências específicas

Dimensões das competências específicas

Ao longo do ensino básico as competências que o aluno deve adquirir em Aartes Visuais articulam-se emtrês eixos estruturantes – fruição-contemplação, produção-criação, reflexão-interpretação.

Fruição-contemplação

• Reconhecer a importância das artes visuais como valor cultural indispensável ao desenvolvi-mento do ser humano;

• Reconhecer a importância do espaço natural e construído, público e privado;

• Conhecer o património artístico, cultural e natural da sua região, como um valor da afirmaçãoda identidade nacional e encarar a sua preservação como um dever cívico;

• Identificar e relacionar as diferentes manifestações das Artes Visuais no seu contexto histórico esociocultural de âmbito nacional e internacional;

• Reconhecer e dar valor a formas artísticas de diferentes culturas, identificando o universal e oparticular.

Produção-criação

• Utilizar diferentes meios expressivos de representação;

• Compreender e utilizar diferentes modos de dar forma baseados na observação das criações danatureza e do homem;

• Realizar produções plásticas usando os elementos da comunicação e da forma visual;

• Usar diferentes tecnologias da imagem na realização plástica;

• Interpretar os significados expressivos e comunicativos das Artes Visuais e os processos subja-centes à sua criação.

Reflexão-interpretação

• Reconhecer a permanente necessidade de desenvolver a criatividade de modo a integrar novossaberes;

• Desenvolver o sentido de apreciação estética e artística do mundo recorrendo a referências e aexperiências no âmbito das Artes Visuais;

• Compreender mensagens visuais expressas em diversos códigos;

• Analisar criticamente os valores de consumo veiculados nas mensagens visuais;

• Conhecer os conceitos e terminologias das Artes Visuais.

Para a operacionalização e articulação destes três eixos e por uma questão metodológica enumeram-sedois domínios das competências especificas: a comunicação visual e os elementos da forma.

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Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais

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Comunicação visual

No domínio da comunicação visual, ao longo dos três ciclos do ensino básico, os alunos devem desen-volver as seguintes competências:

• Interpretar narrativas visuais;

• Traduzir diferentes narrativas em imagens;

• Conceber objectos plásticos em função de mensagens;

• Identificar e descodificar mensagens visuais, interpretando códigos específicos;

• Utilizar processos convencionais de comunicação na construção de objectos gráficos;

• Aplicar, de forma funcional, diferentes códigos visuais;

• Utilizar códigos de representação normalizada e convencional em diferentes projectos.

1.º ciclo

• Experimentar a leitura de formas visuais em diversos contextos – pintura, escultura, fotografia,cartaz, banda desenhada, televisão, vídeo, cinema e internet;

• Ilustrar visualmente temas e situações;

• Explorar a relação imagem-texto na construção de narrativas visuais;

• Identificar e utilizar códigos visuais e sistemas de sinais;

• Reconhecer processos de representação gráfica convencional.

2.º ciclo

• Interpretar mensagens na leitura de formas visuais;

• Conceber sequências visuais a partir de vários formatos narrativos.

• Produzir objectos plásticos explorando temas, ideias e situações.

• Descodificar diferentes produtos gráficos.

• Conceber objectos gráficos aplicando regras da comunicação visual – composição, relaçãoforma-fundo, módulo-padrão.

• Compreender e interpretar símbolos e sistemas de sinais visuais.

• Utilizar a simbologia visual com intenção funcional.

• Aplicar regras da representação gráfica convencional em lettering, desenho geométrico, mapas,esquemas e gráficos.

3.º ciclo

• Ler e interpretar narrativas nas diferentes linguagens visuais.

• Descrever acontecimentos aplicando metodologias do desenho de ilustração, da bandadesenhada ou do guionismo visual.

• Reconhecer, através da experimentação plástica, a arte como expressão do sentimento e doconhecimento.

• Compreender que as formas têm diferentes significados de acordo com os sistemas simbólicosa que pertencem.

• Conceber organizações espaciais dominando regras elementares da composição.

• Entender o desenho como um meio para a representação expressiva e rigorosa de formas.

• Conceber formas obedecendo a alguns princípios de representação normalizada.

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Competências Específicas – Educação Artística – Educação Visual

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Elementos da forma

Neste domínio, ao longo dos três ciclos do ensino básico, os alunos devem desenvolver as seguintescompetências:

• Identificar e experimentar diferentes modos de representar a figura humana;

• Compreender as relações do seu corpo com os diferentes objectos integrados no espaço visual;

• Reconhecer diferentes formas de representação do espaço;

• Organizar formalmente espaços bidimensionais e tridimensionais;

• Utilizar conhecimentos sobre a compreensão e representação do espaço nas suas produções;

• Identificar os elementos integrantes da expressão visual – linha, textura e cor;

• Compreender e utilizar intencionalmente a estrutura das formas através da interpretação dos seuselementos;

• Relacionar as formas com os factores condicionantes – físicos, funcionais e expressivos damatéria;

• Compreender a natureza da cor e a sua relação com a luz, aplicando os conhecimentos nas suasexperimentações plásticas.

1.º ciclo

• Reconhecer o seu corpo e explorar a representação da figura humana.

• Identificar vários tipos de espaço: vivencial, pictórico, escultórico, arquitectónico, virtual ecenográfico.

• Reconhecer e experimentar representações bidimensionais e tridimensionais.

• Exprimir graficamente a relatividade de posições dos objectos representados nos registosbidimensionais.

• Compreender que a forma aparente dos objectos varia com o ponto de vista.

• Relacionar as formas naturais e construídas com as suas funções e os materiais que asconstituem.

• Perceber que a mistura das cores gera novas cores.

• Reconhecer a existência de pigmentos de origem natural e sintética.

• Conhecer e aplicar os elementos visuais – linha, cor, textura, forma, plano, luz, volume – e a suarelação com as imagens disponíveis no património artístico, cultural e natural.

• Criar formas a partir da sua imaginação utilizando intencionalmente os elementos visuais.

2.º ciclo

• Reconhecer as proporções e noções de antropometria na representação da figura humana.

• Compreender as posições relativas entre o observador e os objectos percepcionados.

• Reconhecer processos de representação do espaço a duas dimensões: sobreposição, tamanhorelativo dos objectos, textura, luz/ cor e perspectiva linear.

• Organizar com funcionalidade e equilíbrio visual os espaços bidimensionais e tridimensionais.

• Utilizar, nas suas experimentações bidimensionais, processos de representação do espaço.

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Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais

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• Utilizar elementos definidores da forma – ponto, linha, plano, volume, luz/cor, textura eestrutura – nas experimentações plásticas.

• C o m p reender a estrutura das formas percepcionadas, relacionando as partes com o todo e entre si.

• Relacionar as formas naturais e ou construídas com as respectivas funções, materiais que asconstituem e técnicas.

• Compreender a relação entre luz e cor, síntese subtractiva, qualidade térmica e contraste.

• Criar composições bidimensionais e tridimensionais a partir da observação e da imaginação,utilizando expressivamente os elementos da forma.

3.º ciclo

• Representar expressivamente a figura humana compreendendo relações básicas de estrutura eproporção.

• Compreender a geometria plana e a geometria no espaço como possíveis interpretações danatureza e princípios organizadores das formas.

• Compreender as relações do Homem com o espaço: proporção, escala, movimento, ergonomiae antropometria.

• Entender visualmente a perspectiva central ou cónica recorrendo à representação, através dodesenho de observação.

• Conceber projectos e organizar com funcionalidade e equilíbrio os espaços bidimensionais etridimensionais.

• Compreender através da representação de formas, os processos subjacentes à percepção dovolume.

• Compreender a estrutura das formas naturais e dos objectos artísticos, relacionando-os com osseus contextos.

• Perceber os mecanismos perceptivos da luz/cor, síntese aditiva e subtractiva, contraste eharmonia e suas implicações funcionais.

• Aplicar os valores cromáticos nas suas experimentações plásticas

• Criar composições a partir de observações directas e de realidades imaginadas utilizando oselementos e os meios da expressão visual.

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Competências Específicas – Educação Artística – Educação Visual

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Experiências de aprendizagem

Indicações metodológicas

Os diferentes conteúdos a desenvolver na Educação Visual não pressupõem uma abordagem sequencial.O facto de as competências específicas enunciadas neste documento se encontrarem organizadas deacordo com uma determinada estrutura não significa que essa ordem seja um critério a seguirsistematicamente.

Os professores podem implementar dinâmicas pedagógicas de acordo com a realidade da comunidadeem que se inserem, com o projecto educativo da escola e com as características dos alunos. Estaarticulação pode concretizar-se a partir de diferentes âmbitos de decisão, nomeadamente nos conselhos:Pedagógico, de Docentes, de Disciplina e de Turma, privilegiando uma abordagem transdisciplinar.

Na gestão do processo de ensino-aprendizagem, cada proposta de trabalho estrutura-se a partir doperfil de competências definido e dos eixos fundamentais considerados:

• Os saberes específicos da Educação Visual;

• Os suportes, materiais e técnicas que permitem a realização de projectos;

• Os campos temáticos onde as propostas de trabalho se devem inserir, integrando as aprendiza-gens e as produções em processos de reflexão e intervenção.

O desenvolvimento curricular deve contemplar:

• A organização de actividades por unidades de trabalho, entendidas como projectos que impli-cam um processo e produto final, estruturando-se de forma sistemática, englobando diferentesestratégias de aprendizagem e de avaliação;

• A metodologia deve contemplar várias formas de trabalho baseadas em acções de naturezadiversa: exposições orais, demonstrações práticas, mostras audiovisuais, investigação bibliográ-fica, recolhas de objectos e imagens, debates, visitas de estudo, trabalhos de atelier, registos deobservação no exterior, frequência de museus e exposições, entre outras;

• A gestão do tempo de cada unidade de trabalho deve prever que a execução plástica se realizepermitindo a consolidação das aprendizagens e a qualidade do produto final;

• As situações de aprendizagem devem ser contextualizadas, cabendo ao professor orientar asactividades de forma a que os conteúdos a abordar surjam como facilitadores da apreensão doscódigos visuais e estéticos, decorram da dinâmica do projecto e permitam aos alunos realizaraprendizagens significativas;

• Os temas deverão ser relevantes, actuais e orientados por uma visão de escola aberta aopatrimónio artístico e natural, sempre que possível partindo da relação com o meio envolvente,de propostas dos alunos ou da abordagem ao universo das artes visuais em Portugal;

• A selecção dos meios de expressão visual para a concretização dos trabalhos deverá serdiversificada e permitir, ao longo do percurso escolar do aluno, múltiplas abordagens estético--pedagógicas;

• As estratégias de ensino devem favorecer o desenvolvimento da comunicação visual individual,a cooperação e a participação em trabalhos colectivos;

• As opções pedagógicas consideradas na elaboração das planificações devem explorar conceitosassociados à compreensão da comunicação visual e dos elementos da forma, desenvolvendo osdomínios afectivo, cognitivo e social;

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Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais

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• O diálogo com a obra de arte constitui um meio privilegiado para abordar com os alunos os

diferentes modos de expressão, situando-os num universo alargado, que permite interrelacionar

as referências visuais e técnicas com o contexto social, cultural e histórico, incidindo nas formas

da arte contemporânea.

Meios de expressão plástica

A utilização dos diferentes meios de expressão deve ser implementada, nos três ciclos do ensino básico,

em função das competências e dos projectos pedagógicos das escolas. Propõem-se como áreas domi-

nantes, o desenho, as explorações plásticas bidimensionais e tridimensionais e as tecnologias da imagem.

Os exercícios das tecnologias da expressão plástica poderão ser implementados de acordo com alguns

princípios:

• A exploração plástica deve ser adequada ao nível de desenvolvimento de cada aluno como um

meio fundamental para o entendimento estrutural do universo visual envolvente, nos domínios

das formas naturais e dos objectos construídos pelo homem;

• A experimentação de diversas tecnologias proporcionará ao aluno o domínio de materiais e

instrumentos adequados às suas necessidades;

• Sempre que se proporcionar, sugerem-se diálogos baseados na análise das características

formais, temáticas e estilísticas das diversas obras da cultura artística portuguesa. Neste âmbito

poder-se-á adoptar o estudo das obras do século XX, como o ponto de partida para se

estabelecer relações com manifestações similares de outras épocas e culturas.

Desenho

A realização de exercícios de desenho, explorando a capacidade expressiva e a adequada manipulação

dos suportes e instrumentos, terá em conta a aplicação e a prática, de acordo com as seguintes vertentes:

• O desenho como uma atitude expressiva deixa perceber modos de ver, sentir e ser.

Será necessário haver uma aproximação à obra de arte, tanto através de meios audiovisuais

como de visitas a museus, galerias de arte e núcleos históricos, familiarizando o aluno com os

processos estéticos e físicos que levaram à construção das obras. Dever-se-á experimentar,

comunicar sensações, emoções, interpretações através da utilização dos instrumentos e dos

meios que melhor se adequem à capacidade expressiva do aluno;

• O desenho como uma metodologia para a invenção de formas provenientes de pensamentos,

ideias e utopias.

Devem ser utilizados, sobre diferentes suportes, materiais riscadores tais como o lápis, a esfero-

gráfica e a caneta, na realização de esboços, de registos rápidos, de guiões visuais e de outras

experimentações. Podem ser referidos como exemplos desta atitude os primeiros desenhos,

aqueles que correspondem ainda a especulações formais, utilizados pelos criadores (arquitectos,

designers, artistas plásticos) na procura de soluções para o que se deseje construir;

• O desenho como registo de observações.

A apresentação de desenhos científicos e de registos de viagem orientarão pesquisas e

descrições gráficas, cromáticas e texturais, de lugares, formas ou temas em estudo;

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Competências Específicas – Educação Artística – Educação Visual

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• O desenho como instrumento para a construção rigorosa de formas. A apresentação de projectos de arquitectura, de design e de engenharia, permitirá aos alunos aaprendizagem da leitura de mapas, plantas, cortes, alçados e noções de ergonomia e antropome-tria. Permitirá a utilização de instrumentos de rigor e a aplicação de algumas convenções comoo desenho cotado e as escalas;

• O desenho como sintetização de informação. A observação de organogramas, esquemas, gráficos, diagramas contribui para a estruturaçãoespacio-temporal de ideias.

Explorações plásticas bidimensionais

Na realização plástica bidimensional o aluno deve experimentar diversas tecnologias: aguarela, guache,têmpera, acrílico, mosaico, cerâmica (azulejaria), vitral, gravura e colagem.

O aluno deve proceder, mediante a orientação do professor, a análises formais e ao desenvolvimentoplástico adequado tendo como referência as obras de artistas de reconhecido mérito, como NunoGonçalves, Grão-Vasco, Amadeo de Souza Cardoso, Almada Negreiros e Paula Rêgo, entre outros.

Explorações plásticas tridimensionais

Na realização plástica tridimensional o aluno deve experimentar diversos processos da escultura: talhedirecto, modelação e colagem.

As práticas da escultura podem ser desenvolvidas a partir de materiais naturais e sintéticos ou recupera-dos. A experimentação das tecnologias deve estar articulada com meios e materiais disponíveis e especí-ficos da região e com as suas indústrias, recorrendo a madeira, cerâmica, pedra, metais, vidro, plásticos,entre outros.

O aluno deve proceder, mediante a orientação do professor, a análises formais e ao desenvolvimentoplástico adequado, tendo como referência as obras de artistas de reconhecido mérito como Machado deCastro, Soares dos Reis, Jorge Vieira, Alberto Carneiro, Siza Vieira, entre outros.

Tecnologias da imagem

O aluno deve ter a possibilidade de experimentar meios expressivos, ligados aos diversos processostecnológicos – a fotografia, o cinema, o vídeo, o computador, entre outros – por si só ou integrados eser capaz de os utilizar de forma criativa e funcional.

A iniciação na linguagem digital permitirá experimentar o desenho assistido por computador e tratamentode imagem na concretização gráfica.

O aluno deve proceder, mediante orientação do professor, a análises formais e críticas e ao desenvolvi-mento de projectos, tendo como referência imagens, filmes ou produtos gráficos realizados através dasdiversas tecnologias.

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Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências Essenciais

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Anexo K Textos curriculares que visam a EEP – Metas de Aprendizagem1

1 Ministério da Educação (2010). Metas de Aprendizagem. [Online] disponível em http://www.metasdeaprendizagem.min-edu.pt/ e acedido em 10.fevereiro.2011.

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Domínio: Expressão Plástica - Compreensão das Artes no Contexto

Subdomínio: Comunicação Visual

Meta Final 24) O aluno é capaz de ler e analisar diferentes formas visuais (e.g. natureza,

obra de arte, arquitectura, design, objectos do quotidiano, entre outras) através do

contacto com diferentes modalidades expressivas (pintura, escultura, fotografia, cartaz,

banda desenhada, entre outros) em diferentes contextos: físico (museus, catálogos,

monumentos, galerias e outros centros de cultura) e digital (Internet, CDROM).

Metas intermédias até ao 2.º Ano

O aluno contacta com as diferentes instituições de cultura e com diferentes formas visuais.

O aluno pesquisa, em vários suportes, as diferentes manifestações culturais (património artístico) nacional,

tomando contacto com as diferenças culturais.

Metas intermédias até ao 4.º Ano

O aluno reconhece a importância de contactar com as diferentes instituições de cultura e com diferentes

formas visuais.

O aluno analisa as imagens utilizando um vocabulário adequado e específico (linha, cor, ritmo, textura,…),

articulando-o com as suas vivências e com o contexto das formas visuais/imagens.

Domínio: Expressão Plástica - Apropriação da Linguagem Elementar das Artes

Subdomínio: Comunicação Visual e Elementos da Forma

Meta Final 25) O aluno adquire e aplica a linguagem elementar das artes visuais para

identificar e analisar, com um vocabulário específico e adequado, conceitos, contextos e

técnicas em obras artísticas e noutras narrativas visuais, em situações de observação e/ou

da sua criação plástica.

Metas intermédias até ao 2.º Ano

O aluno nomeia os elementos visuais (cor, linha, forma, textura) na observação de imagens da natureza, da

obra de arte (pintura, escultura, desenho, banda desenhada, fotografia, entre outras).

O aluno identifica os elementos visuais (cor, linha, forma, textura) em imagens da natureza (paisagens), na

obra de arte (antiga, moderna e contemporânea) e noutros objectos culturais.

O aluno uti liza, nas suas composições plásticas, os elementos visuais a partir de temas (e.g. cidade,

paisagens, entre outras) e histórias construídas por ele ou sugeridas.

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Metas intermédias até ao 4.º Ano

O aluno nomeia os elementos visuais (cor, linha, forma, textura, plano, luz, volume) na observação de

imagens da natureza, das obras de arte antiga, moderna e contemporânea (pintura, escultura, desenho,

banda desenhada, fotografia, entre outras), integrando-os nos temas e nos contextos.

O aluno uti liza, intencionalmente, nas suas composições plásticas os elementos visuais a partir de conceitos

(ritmo, movimento..), temas/narrativas.

Meta Final 26) O aluno identifica a representação da figura humana (proporção natural e a

desproporção) em diversos suportes: físico (museus e outros centros de arte, catálogos,...)

e digital (Internet, CDROM,...), compreendendo a intencionalidade do efeito da deformação

como meio expressivo.

Metas intermédias até ao 2.º Ano

O aluno refere, em diferentes modos expressivos de representação da figura humana, as características dos

corpos representados, destacando alguns dos seus atributos (alto/baixo; gordo/magro; claro/escuro;

contorno fino/contorno grosso).

O aluno identifica as diferenças e semelhanças entre imagens que representem a figura humana, nas quais

seja saliente a proporção natural e a desproporção.

O aluno uti liza vários modos expressivos e/ou técnicas nas composições plásticas (o desenho, a fotografia, a

pintura, a colagem, Software educativo) e vários materiais (lápis de carvão, pastel de óleo ou seco, tintas,

entre outras) para a representação da figura humana em ambientes imaginados ou sugeridos.

Metas intermédias até ao 4.º Ano

O aluno justifica diferenças e semelhanças entre imagens que representem a figura humana, nas quais seja

saliente a proporção natural e a desproporção.

O aluno representa plasticamente, retratos e auto retratos, através de meios expressivos diferenciados

(pintura, colagem, entre outros), utilizando modos de representação de acordo com as proporções naturais e

a deformação enquanto elemento estético.

Meta Final 27) O aluno descreve a cor em situações do mundo que nos rodeia (natureza,

obras de arte, arquitectura, design, objectos do quotidiano, entre outros objectos

culturais) e explicita a sua importância na aparência visual dos objectos.

Metas intermédias até ao 2.º Ano

O aluno nomeia as cores em narrativas visuais e algumas das suas características (claro/escuro;

frias/quentes), integrando-as no tema ou na situação que a imagem representa ou “parece” representar.

O aluno identifica as cores primárias, através do circulo cromático, de jogos e de experiências com a mistura

de cores, e reconhece que a partir destas se podem formar outras cores (secundárias).

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O aluno cria composições plásticas com manchas livres de cor, utilizando a pintura (tintas, pastel de óleo ou

seco, colagem, técnica mista).

O aluno representa plasticamente objectos, situações, ilustrações de histórias e temas, através da pintura

(tintas, pastel de óleo ou seco, colagem, técnica mista e os meios digitais).

Metas intermédias até ao 4.º Ano

O aluno identifica, em narrativas visuais cujo elemento predominante é a cor, as qualidades da cor

(quente/fria; primária/secundária; tonalidade: claro/escuro), integrando-as no tema ou na situação que a

imagem representa ou “parece” representar.

O aluno representa plasticamente objectos, situações, ilustrações de histórias e temas, através da pintura

(tintas, pastel de óleo ou seco, colagem, técnica mista e meios digitais), evidenciando que a cor vale por si e

que não é necessário representar “fielmente os elementos observados”.

Meta Final 28) O aluno reconhece o valor expressivo da linha, num contexto figurativo ou

abstracto, recorrendo ao património natural (natureza e cenas do quotidiano) e ao

património artístico (monumentos e museus), em suportes físicos e/ou digitais.

Metas intermédias até ao 2.º Ano

O aluno identifica os vários tipos de linhas (abertas, fechadas, verticais, horizontais, curvas, rectas,

ziguezague) na natureza, nos objectos do quotidiano, nas diferentes manifestações artísticas (arquitectura,

design, obra de arte, entre outras).

O aluno cria composições plásticas a partir de linhas de espessuras, cores e materiais diferentes, utilizando o

desenho e/ou a pintura ou através de outros meios (digitais).

Metas intermédias até ao 4.º Ano

O aluno reconhece os efeitos de volume e de espaço que os diferentes tipos de linha produzem, através de

jogos de ilusão óptica, disponíveis em imagens e material didáctico/educativo (livros de arte para crianças,

propostas lúdicas em CDROM e nos sítios Web de museus e outros centros de cultura).

O aluno discrimina e regista, através de fotografia e desenho, os vários tipos de linhas que estão disponíveis

na natureza, nos objectos do quotidiano e nas diferentes manifestações artísticas (arquitectura, design, obra

de arte, entre outras).

Meta Final 29) O aluno reconhece e relaciona as diferentes formas dos objectos no

património natural (natureza, objectos do quotidiano) e no património artístico (pintura,

escultura, arquitectura, entre outros), compreendendo a diferença entre valor utilitário e

estético das formas.

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Metas intermédias até ao 2.º Ano

O aluno enumera na natureza, no seu quotidiano e nas obras de arte (pintura, escultura, desenho, mobiles,

Land Art, Instalação), as várias formas geométricas, identificando algumas das suas características (cheia,

vazia, pesada, leve, fechada, aberta).

O aluno cria composições plásticas/visuais, bi e tridimensionais, através de modalidades expressivas diversas

(pintura, desenho, colagem, maquetas, mobiles, "assemblages", técnicas mistas) e com outros meios

(digitais).

Metas intermédias até ao 4.º Ano

O aluno identifica o ritmo e o movimento das formas na natureza e em imagens (obra de arte e outras

narrativas visuais), integrando na sua observação o contexto das imagens e vivências individuais.

O aluno cria composições plásticas visuais, bi e tridimensionais, através de modalidades expressivas diversas

- pintura, Instalação Land Art, desenho, colagem, maquetas, mobiles, Assemblages, técnica mistas e meios

digitais.

O aluno relaciona os objectos com as formas que eles representam na observação de imagens (obra de arte e

outras narrativas visuais).

Meta Final 30) O aluno reconhece as diferentes texturas nos elementos/objectos do

património natural (natureza, objectos do quotidiano) e no património artístico (pintura,

escultura, arquitectura, entre outras).

Metas intermédias até ao 2.º Ano

O aluno nomeia as diferentes texturas (rugosa, macia, mole, áspera, dura, brilhante…) na natureza e em

diferentes narrativas visuais.

O aluno regista, através de fotografia e/ou desenho, as texturas dos objectos e/ou dos elementos observados

a partir da natureza e do seu quotidiano.

O aluno uti liza diferentes técnicas na composição plástica (o desenho, a fotografia, a pintura, a colagem,

técnicas mistas) e vários materiais (lápis de carvão, pastel de óleo ou seco, tintas, entre outras, papéis,

tecidos, areia, plástico, entre outros), enfatizando a textura em ambientes imaginados ou sugeridos.

Metas intermédias até ao 4.º Ano

O aluno identifica e nomeia as diferentes texturas (rugosa, macia, mole, áspera, dura, brilhante…) na

natureza e em diferentes narrativas visuais.

O aluno selecciona e regista, através de fotografia e/ou desenho, as texturas dos objectos e/ou dos

elementos observados a partir da natureza e do quotidiano.

O aluno enumera as diferenças e semelhanças entre obras de arte, nas quais seja visível a textura como

elemento predominante.

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O aluno uti liza diferentes técnicas na composição plástica (o desenho, a fotografia, a pintura, a colagem,

técnica mista) e vários materiais (lápis de carvão, pastel de óleo ou seco, tintas, papéis, tecidos, areia,

plástico, entre outros), enfatizando as diferentes texturas em ambientes imaginados ou sugeridos.

Domínio: Expressão Plástica - Desenvolvimento da Capacidade de Exp. e Comunicaçã

Subdomínio: Comunicação Visual

Meta Final 31) O aluno manifesta capacidades expressivas e comunicativas nas suas

produções plásticas, assim como na observação das diferentes formas visuais.

Metas intermédias até ao 2.º Ano

O aluno integra, nas suas produções plásticas, várias técnicas de expressão (pintura, desenho, colagem,

técnica mista).

O aluno experimenta as possibilidades expressivas dos materiais, adequando o seu uso a diferentes contextos

e situações.

O aluno exprime e justifica as suas opiniões sobre as diferentes formas visuais.

Metas intermédias até ao 4.º Ano

O aluno integra, nas suas produções plásticas, os elementos e códigos da comunicação visual, assim como

várias técnicas de expressão (pintura, desenho, colagem técnica mista, assemblage, entre outros).

O aluno experimenta as possibilidades expressivas dos materiais e das diferentes técnicas, adequando o seu

uso a diferentes contextos e situações.

O aluno exprime e justifica opiniões pessoais, comunicando informação específica e relevante, em situações

de experimentação-criação e de fruição-contemplação.

Domínio: Expressão Plástica - Desenvolvimento da Criatividade

Subdomínio: Comunicação Visual e Elementos da Forma

Meta Final 32) O aluno transforma os conhecimentos adquiridos em novos modos de

apreciação das formas visuais (obra de arte, natureza, entre outros objectos culturais) e em

novos modos de representação.

Metas intermédias até ao 2.º Ano

O aluno integra, na observação das formas visuais, os conhecimentos apreendidos.

O aluno aplica nas suas produções plásticas, de um modo espontâneo, os conhecimentos adquiridos.

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O aluno selecciona materiais ajustados às suas representações plásticas.

Metas intermédias até ao 4.º Ano

O aluno emite juízos de apreciação sobre as formas visuais, justificando as suas opiniões.

O aluno selecciona técnicas e materiais ajustados à intenção expressiva das suas representações plásticas.

O aluno inventa soluções para resolver problemas que possam surgir no processo de produção plástica.