universidade de brasÍlia faculdade de agronomia...

22
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA ANDRÉ RODRIGUES DA CUNHA BARRETO VIANNA DENSIDADE DAS LÂMINAS EPIDÉRMICAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS EM EQUINOS BRASÍLIA 2011

Upload: trinhcong

Post on 20-Oct-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

ANDRÉ RODRIGUES DA CUNHA BARRETO VIANNA

DENSIDADE DAS LÂMINAS EPIDÉRMICAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS EM

EQUINOS

BRASÍLIA

2011

Page 2: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

ANDRÉ RODRIGUES DA CUNHA BARRETO VIANNA

DENSIDADE DAS LÂMINAS EPIDÉRMICAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS EM

EQUINOS

Monografia apresentada à Faculdade de

Agronomia e Medicina Veterinária da

Universidade de Brasília como requisito

parcial para obtenção do grau de médico

veterinário.

Orientador: Prof. Dr. Eduardo Maurício

Mendes de Lima

Brasília

2011

Page 3: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

Vianna, André Rodrigues da Cunha Barreto.

Densidade das lâminas epidérmicas primárias e secundárias em equinos. /

André Rodrigues da Cunha Barreto Vianna; orientação de Eduardo Maurício

Mendes de Lima. – 2011.

22 p.: il.

Monografia (graduação) – Universidade de Brasília/Faculdade de

Agronomia e Medicina Veterinária, 2011.

1. Medicina Veterinária 2. Anatomia Animal 3. Morfologia. 4. Equus

caballus

Lima, E.M.M. Doutor.

Cessão de Direitos

Nome do Autor: André Rodrigues da Cunha Barreto Vianna

Título da Monografia de Conclusão de Curso: Densidade das lâminas epidérmicas

primárias e secundárias em equinos.

Ano: 2011

É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta

monografia e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos

acadêmicos e científicos. O autor reserva-se a outros direitos de publicação e

nenhuma parte desta monografia pode ser reproduzida sem a autorização por

escrito do autor.

Page 4: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

Nome do autor: Vianna, André Rodrigues da Cunha Barreto

Título: Densidade das lâminas epidérmicas primárias e secundárias em equinos.

Monografia de conclusão de Curso de Medicina Veterinária apresentada à

Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

Page 5: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

5

RESUMO

VIANNA, A.R.C.B. Densidade das lâminas epidérmicas primárias e secundárias em

equinos. [Density of primary and secondary epidermal laminae of equine hoof ].

2011. 22 p. Monografia (Conclusão do Curso de Medicina Veterinária) – Faculdade

de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, DF.

Diferenças na morfologia microscópica dos cascos dos membros pélvicos e

torácicos dos equinos têm sido pouco relatadas na literatura, principalmente no

tocante a distribuição de lâminas epidérmicas primárias e secundárias nas diversas

regiões. O propósito deste estudo foi quantificar a densidade de lâminas epidérmicas

primárias e secundárias no casco de equinos. Foram utilizados membros torácicos e

pélvicos de 16 equinos adultos e sem raça definida. Em uma secção transversal de

aproximadamente de 0,5cm de altura da sola dos cascos, foi quantificada a

densidade das lâminas epidérmicas primárias nas regiões da pinça do casco e dos

quartos lateral e medial. Fragmentos com aproximadamente 1cm³ foram retirados

dos terços proximal, médio e distal do casco, nas diferentes regiões e submetidos a

técnica histológica convencional, sendo observados com auxilio de microscópio

óptico. Os dados foram analisados estatisticamente em relação aos membros

torácicos e pélvicos e entre as diversas regiões destes. A densidade de lâminas

epidérmicas primárias variou ao redor da circunferência do casco, sendo maior na

região da pinça do casco e diminui gradualmente em direção ao bulbo do casco, não

existindo diferença entre membros pélvicos e torácicos. A densidade média de

lâminas epidérmicas secundárias por lâmina epidérmica primária não variou em

torno da circunferência dos cascos. Os achados revelaram que a densidade das

lâminas epidérmicas não variou quando comparada entre os membros torácicos e

pélvicos. A variação da densidade das lâminas epidérmicas primárias em torno do

casco pareceu fazer parte de uma resposta adaptativa às diferentes tensões

existentes em cada região. O melhor entendimento da morfologia das estruturas do

casco contribui na melhor compreensão do diagnóstico, fisiopatologia e tratamento

das afecções que as acometem.

Palavras-chave: Lâminas epidérmicas, Equus caballus, casco, morfologia.

Page 6: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

6

ABSTRACT

VIANNA, A.R.C.B.. Density of primary and secondary epidermal laminae of equine

hoof [Densidade das lâminas epidérmicas primárias e secundárias em equinos].

2011. 22 p. Monografia (Conclusão do Curso de Medicina Veterinária) – Faculdade

de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, DF.

Differences in microscopic morphology of thoracic and pelvic limbs hoofs of equines

have been scarcely reported in literature, especially about the distribution of primary

and secondary epidermal laminae in different regions. The purpose of this study was

to quantify the density of primary and secondary epidermal laminae in the equines

hoof. Were used fore and hindlimbs of sixteen adult mixed breed horses. In a cross-

section of approximately 0.5 cm above the soles of the hooves, was quantified, the

density of primary epidermal laminae in the regions of lateral and medial quarters

and toe. Fragments of approximately 1cm ³ were removed from the proximal, middle

and distal portions of the hoofs, in different regions and subjected to conventional

histological technique and observed with an optical microscope. Data were

statistically analyzed in relation to the fore and hindlimbs and among these various

regions. The density of primary epidermal laminae varies around the circumference

of the hoof, being higher in the toe of the hoof and gradually decreases toward the

bulb of the hoof, and there is no difference between thoracic and pelvic limbs. The

average density of secondary epidermal laminae in primary epidermal laminae does

not change around the circumference of the hoof. The findings indicate that the

density of epidermal laminae does not change when compared between the fore and

hindlimbs. The variation of the density of primary epidermal laminae around the hoof

appears to be part of an adaptive response to different stresses in each region.

Better understanding of the structures morphology contributes to better

understanding of the diagnosis, pathophysiology and treatment of disorders that

affect the hoof.

Keywords: Epidermal laminae, Equus caballus, hoof, morphology.

Page 7: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

7

SUMÁRIO

RESUMO .................................................................................................................................. 5

ABSTRACT .............................................................................................................................. 6

DENSIDADE DAS LÂMINAS EPIDÉRMICAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS EM

EQUINOS.................................................................................................................................. 8

INTRODUÇÃO............................................................................................................................. 8

MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................................... 9

RESULTADOS ...........................................................................................................................13

DISCUSSÃO ...............................................................................................................................17

CONCLUSÃO .............................................................................................................................19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................... 20

Page 8: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

8

DENSIDADE DAS LÂMINAS EPIDÉRMICAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS EM EQUINOS

INTRODUÇÃO

A utilização de equinos como força de tração de carroças, no meio urbano,

ainda é um fato comum. Esses animais, além de serem submetidos a uma rotina de

trabalho extenuante e repetitiva, não dispõem de alimentação e repouso compatíveis

com a atividade física desenvolvida diariamente (Velho, 2007; Maciel, Lopes et al.,

2008). Muitos destes animais são acometidos de afecções locomotoras,

principalmente aquelas relacionadas com seus cascos. Para entender a

fisiopatologia, diagnóstico e tratamento destas afecções locomotoras é necessário

conhecer sua morfologia (Pollitt, 1992).

No interior da muralha do casco encontram-se as lâminas epidérmicas

primárias e destas partem as lâminas epidérmicas secundárias. Da mesma forma, a

derme possui as lâminas dérmicas primárias e secundárias (Pollitt, 2001). As

lâminas dérmicas e epidérmicas se interdigitalizam e se prendem firmemente uma a

outra e, por sua vez, a derme é fixada ao periósteo da terceira falange através de

tecido conjuntivo. Esse formato laminar tem como objetivo de aumentar a superfície

de contato, aumentando, assim, a fixação entre a parede e os tecidos adjacentes

(Pollitt, 2001; Thomason, Mcclinchey et al., 2005). A arquitetura das lâminas do

casco é a base histopatológica do processo da laminite (Pollitt, 1996).

O estrato interno da parede do casco em cavalos e pôneis possui cerca de

550 a 600 lâminas epidérmicas primárias que se projetam desde a superfície

paralelamente umas as outras. As lâminas epidérmicas secundárias são apenas

especializações. Durante a formação da uma lâmina epidérmica, a camada de

células basais no sulco coronário se prolifera e forma dobras ao longo do perímetro

lamelar, originando as lâminas secundárias (Daradka e Pollitt, 2004). Ao longo de

cada uma das 550 a 600 lâminas epidérmicas primárias existem cerca de 20 a 200

lâminas epidérmicas secundárias (Stump, 1967; Leach e Zoerb, 1983; Stashak,

2002; Pollitt, 2004).

Na interface das lâminas dérmicas e epidérmicas verifica-se uma estrutura

laminar, ininterrupta de tecido conjuntivo, chamada membrana basal (Pollitt, 2001).

Page 9: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

9

Essa estrutura separa as células da epiderme das células da derme e estão

ancoradas ao casco e à falange distal (Pollitt, 2001). Essas células se dividem

continuamente ao longo da vida do equino e sofrem maturação, formando células

queratinizadas, contribuindo com o engrossamento e a resistência das lâminas

epidérmicas primárias e secundárias (Pollitt, 1999).

A junção laminar nos equinos desempenha um papel vital na transferência

das forças de sustentação de peso entre a epiderme da parede do casco e a terceira

falange, mas a forma como ela executa essa função é pouco entendida (Douglas,

Biddick et al., 1998). Esta junção compreende uma complexa mistura de

componentes teciduais possuindo ainda muitas outras propriedades mecânicas

diferentes (Stump, 1967).

Visando o estabelecimento de dados pertinentes relativos a morfologia do

casco de equinos o objetivo deste estudo foi quantificar a densidade das lâminas

epidérmicas primárias e secundárias nas diversas regiões do casco dos membros

torácicos e pélvicos destes animais.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram empregados neste estudo membros torácicos e pélvicos de 16

equinos, adultos, sendo oito machos e oito fêmeas, sem raça definida e com peso

médio de 334 kg, que não apresentavam afecções no aparelho locomotor.

Para a coleta dos cascos, as extremidades distais dos membros foram

desarticuladas na articulação metacarpofalangeana e metatarsofalangeana, para os

membros torácicos e pélvicos, respectivamente. Imediatamente após, oito cascos

foram seccionados com uma serra fita em um plano transversal de

aproximadamente 0,5cm de altura da sola dos cascos e, com os outros oito cascos

restantes foram retirados fragmentos de aproximadamente 1cm³ dos terços proximal,

médio e distal, nas regiões da pinça do casco e dos quartos lateral e medial (Figura

1), de acordo com o protocolo descrito por Pollitt (1996).

Page 10: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

10

Figura 1 – Esquema do casco de equinos, indicando os terços proximal (1), médio

(2) e distal (3) no quarto medial ou lateral (A) e na pinça do casco (B).

Os fragmentos retirados foram fixados em solução aquosa a 10% de

formaldeído. Após os fragmentos terem sido fixados, a região ocupada pelas

lâminas foi separada da muralha do casco e da falange distal e processada

histologicamente pelo processo de desidratação em álcool etílico, diafanização em

xilol, impregnação e inclusão em parafina. Posteriormente os blocos foram cortados

com a espessura 4μm, com o auxílio de micrótomo manual (Spencer-Lens Co.), as

lâminas foram confeccionadas e coradas com Hematoxilina & Eosina, sendo

analisadas com através do microscópio óptico BX51 Olympus® acoplado ao

programa de análise de imagens ProgRes® Capture Pro 2.5.

A densidade de lâminas epidérmicas primárias foi aferida segundo o protocolo

descrito por Lancaster et al. (2007), utilizando o segmento transversal retirado da

sola do casco e analisando com auxílio de uma lupa de dissecação. Primeiramente

um alfinete foi fixado no ponto médio dividindo o casco em face lateral e medial, para

A

B

Page 11: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

11

localizá-lo foi traçado uma linha no sulco central da ranilha do casco até o estrato

interno, região onde se localizam as lâminas dérmicas e epidérmicas. As lâminas

epidérmicas primárias foram contadas na superfície de corte ao longo de todo

perímetro do casco. Inicialmente, com auxílio de um alfinete, foi definida a pinça do

casco, estando disposta entre as faces lateral e medial, em seguida, foi fixado outro

alfinete distante 25 lâminas epidérmicas primárias em sentido medial e outro em

sentido lateral. A região entre estes dois alfinetes possuía, então, 50 lâminas

epidérmicas primárias e foi chamada de zona I. A partir destes alfinetes foram

fixados outros, distantes 50 lâminas epidérmicas, tanto medialmente, bem como,

lateralmente, os intervalos entre dois alfinetes delimitaram as zonas pares (II, IV, VI

e VIII) sempre mediais e as zonas ímpares (III, V, VII e IX), sempre laterais (Figura

2A). Em seguida, fazendo uso de paquímetro digital eletrônico STARRET®, foi

aferida a extensão das zonas delimitadas inicialmente. A densidade de lâminas

epidérmicas primárias foi obtida pela divisão do número de lâminas existente na

zona em questão (50 lâminas) e o comprimento da mesma (número de lâminas por

centímetro), que foi aferido anteriormente.

Com a finalidade de mensurar a densidade de lâminas epidérmicas

secundárias por unidade de lâmina epidérmica primária foram utilizadas as lâminas

confeccionadas a partir de fragmentos retirados da pinça do casco e dos quartos

medial e lateral, nos terços proximal, médio e distal dos membros pélvicos e

torácicos e visualizadas em microscópio óptico (Figura 2B). A quantidade de lâminas

epidérmicas secundárias que tiveram origem em cinco lâminas epidérmicas

primárias de campos distintos foi contabilizada e o número total destas foi dividido

pelo número total de lâminas epidérmicas primárias aferidas, obtendo-se assim sua

densidade.

Page 12: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

12

Figura 2 – (A) Fotografia da secção transversal da sola do casco com alfinetes

espaçados a cada 50 lâminas epidérmicas primárias, formando a zona I (pinça do

casco), zonas II, IV, VI e VIII (face medial) e zonas III, V, VII e IX (face lateral); (B)

Fotografia das lâminas dérmicas primárias (X), lâminas epidêmicas primárias (*) e

secundárias (+), H&E.

Os dados referentes à densidade de lâminas epidérmicas primárias e

secundárias dos membros torácicos e pélvicos foram tabelados e analisados com

uso do software GraphPad Prism 5® através da estatística descritiva, análise de

variância (ANOVA) e teste de correlação de Pearson.

B

X

X

*

*

+

+

Page 13: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

13

RESULTADOS

A partir da divisão do estrato interno, foi possível formar de sete a nove zonas

(dependendo do comprimento da circunferência do casco) contendo, cada uma, 50

lâminas epidérmicas primárias (Tabela 1, Figura 2A). Não foi observada diferença

estatística (p<0,05) na densidade de lâminas epidérmicas primárias entre os

membros torácicos e pélvicos (p=0,24) nem entre as zonas correspondentes dos

quartos lateral e medial.

Tabela 1- Média e desvio padrão da densidade de lâminas epidérmicas primárias

(número de lâminas por centímetro) nas diversas regiões do casco dos membros

torácicos e pélvicos.

Regiões Torácico Pélvico

Zona I (Pinça) 27,97 +1,77 25,13 +2,02

Zona II 25,80 +5,29 24,25 +1,44

Zona IV 22,50 +5,01 20,73 +4,23

Zona VI 19,96 +2,2 17,47 +2,84

Zona VIII 18,95 +2,66 20,94 +4,71

Zona III 28,09 +4,36 25,39 +1,92

Zona V 23,63 +4,04 22,59 +3,15

Zona VIII 19,25 +3,34 17,38 +2,36

Zona IX 17,60 +3,81 20,58 +3,94

Foi verificada diferença estatística entre a densidade de lâminas epidérmicas

primárias existentes na região da pinça em relação às outras regiões do casco,

ocorrendo uma diminuição na densidade da pinça do casco em direção aos bulbos

do casco nos membros torácicos e pélvicos (Figuras 3A e 3B). No teste de

correlação de Pearson foi verificada forte correlação positiva entre a densidade das

lâminas epidérmicas primárias na região da pinça do casco e no quarto lateral tanto

nos membros torácicos (r=0,86) quanto nos membros pélvicos (r=0,98).

Page 14: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

14

Figura 3- Gráficos da média e desvio padrão da densidade de lâminas epidérmicas

primárias (LEP) nos membros torácicos (A) e pélvicos (B) e densidade de lâminas

epidermicas secundárias (LES) nos membros torácicos (C) e pélvicos (D), na pinça

do casco e nos quartos medial e lateral. Letras iguais entre as colunas expressam

diferença estatistica (p<0,05).

As lâminas epidérmicas secundárias foram observadas ao longo de todo

comprimento das lâminas epidérmicas primárias. Através do teste de Análise de

Variância (ANOVA) com pós-teste de Tukey, foi verificado que tanto nos membros

torácicos (Figura 3C), quanto nos membros pélvicos (Figura 3D) não existe diferença

estatística na densidade destas lâminas ao redor da circunferência do casco.

Através da comparação entre membros torácicos e pélvicos (Tabela 2), foi

verificado que não existiu diferença estatística na densidade das laminas

epidérmicas secundárias entre os quartos mediais (p=0,79) e entre as pinças do

casco (p=0,09), bem como, foi evidenciada diferença estatística entre os quartos

laterais (p<0,001). Já entre os diversos terços, foi observada fraca correlação e

Page 15: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

15

ausência de diferença estatística entre os terços proximais (r=-0,04; p=0,34) e entre

os terços médios (r=0,21; p=0,44), foi encontrada diferença estatística entre os

terços distais (r=0,18; p<0,001).

A densidade das lâminas epidérmicas secundárias no terço proximal foi de

121,2+35,34, no terço médio de 135,3+26,98 e no terço distal a densidade foi de

122,8+26,83. Foi possível verificar que existe diferença estatística entre os terços

proximal e médio (p<0,001), assim como, entre os terços médio e distal (p<0,001), o

que não foi observado entre os terços proximal e distal (p=0,69) (Figura 4).

Tabela 2- Média e desvio padrão da densidade de lâminas epidérmicas secundárias

(número de lâminas epidérmicas secundárias por lâmina epidérmica primária) nas

diversas regiões (terços proximal, médio e distal) da pinça do casco e dos quartos

medial e lateral dos membros torácicos e pélvicos e média total de lâminas

epidérmicas secundárias nos quatro membros dos equinos

Membros Torácicos Pélvicos Total

Região

Quarto Medial

Terço Proximal 126,95 +39,04 107,90 +29,90 117,42 +35,68

Terço Médio 127,75 +19,79 122,80 +23,61 125,27 +21,65

Terço Distal 114,25 +41,58 142,85 +24,95 128,55 +36,81

Pinça do Casco

Terço Proximal 115,20 + 49,88 116,00 +29,01 115,60 +40,28

Terço Médio 141,20 +24,32 158,25 +23,80 149,72 +25,27

Terço Distal 114,7 +17,43 126,90 +16,59 120,80 +17,89

Quarto Lateral

Terço Proximal 112,20 +24,39 148,65 +17,56 130,42 +27,94

Terço Médio 131,40 +30,20 130,60 +26,14 131,00 +27,88

Terço Distal 111,65 +15,63 126,15 +24,58 118,90 +21,62

Page 16: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

16

Figura 4- Gráficos da média e desvio padrão da densidade de lâminas epidérmicas

secundárias (LES) nos terços proximal, médio e distal. Letras iguais entre as colunas

expressam diferença estatistica (p<0,05).

Ao analisar a densidade de lâminas epidérmicas secundárias, através da

correlação de Pearson entre a pinça do casco, quartos medial e lateral com os

correspondentes terços, foram verificadas correlações fracas, tanto positivas quanto

negativas e uma única correlação forte negativa, entre os terços proximal e distal do

quarto medial (Tabela 3).

Page 17: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

17

Tabela 3- Coeficientes de correlação de Pearson (r) entre a densidade de lâminas

epidérmicas secundárias nos terços proximal, médio e distal da pinça do casco e

dos quartos medial e lateral

Terço Proximal Terço Médio Terço Distal

Regiões Medial Lateral Pinça Medial Lateral Pinça Medial Lateral

Te

rço

Pro

xim

al Pinça -0,47 -0,06 0,46 0,21 -0,29 -0,15 0,56 0,24

Medial - 0,02 -0,44 -0,30 0,21 -0,21 -0,79 -0,43

Lateral - - 0,44 -0,05 0,27 0,30 0,13 0,47

Te

rço

dio

Pinça - - - 0,40 0,08 0,19 0,54 0,50

Medial - - - - -0,09 0,06 0,21 0,03

Lateral - - - - - 0,34 -0,17 0,47

Te

rço

Dis

tal Pinça - - - - - - 0,12 0,47

Medial - - - - - - - 0,41

DISCUSSÃO

Butler (1995) e Stashak e Hood (2005) verificaram que a morfologia e a

distribuição das lâminas epidérmicas primárias ao redor do perímetro do casco são

homogêneas. Em contraste com estes autores, no presente trabalho foi verificado

que tanto nos membros torácicos (Figura 2A) como nos membros pélvicos (Figura

2B) a região da pinça do casco apresentou maior concentração de lâminas

epidérmicas primárias, indo de encontro com os trabalhos de Thomason et al. (2001;

2008), Bowker (2003), Daradka e Pollitt (2004), Bidwell e Bolker (2006) e Lancaster

et al. (2007). Douglas e Thomason (2000) citaram que a pinça do casco é a região

em que se observa maior tensão entre a muralha do casco e a falange distal, esta

diminuição gradual da densidade de lâminas epidérmicas primárias em sentido ao

bulbo do casco, como foi verificada no presente trabalho. Possibilitando assim

sugerir que essa interpretação caracterizou-se como sendo uma resposta adaptativa

com base nas diferentes tensões existentes nas diversas regiões, pois, em situações

fisiológicas, a força imposta na região dos quartos seria menor do que a exigida na

pinça do casco, assim como, a tensão relacionada com os bulbos do casco é menor

em relação àquela imposta nos quartos.

Os mecanismos precisos desta resposta adaptativa ainda não foram

completamente descrito, porém Bowker (2003) sugeriu que as modificações, tanto

Page 18: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

18

morfológicas, que não foi foco em nosso estudo, quanto quantitativas, ocorram

através de bifurcação das lâminas epidérmicas primárias e secundárias.

Caracterizando assim que se tratou de uma resposta ao estresse mecânico,

possuindo relação direta entre a disposição das lâminas e a funcionalidade do

casco.

Segundo Lancaster et al. (2007), se ocorrer uma perturbação no equilíbrio

existente na distribuição das lâminas, como uma grande quantidade de lâminas

aglomeradas em uma região ou a pequena quantidade em outra, podem gerar áreas

em que o casco esteja enfraquecido ou lesionado, o que justifica estudos mais

aprofundados sobre os mecanismos de modificações da morfologia do casco, para

melhor compreensão e tratamento das patologias.

Grande parte da literatura consultada (Douglas e Thomason, 2000;

Thomason, Mcclinchey et al., 2005; Lancaster et al., 2007; Thomason, Faramarzi et

al., 2008; Kawasako, Higashi et al., 2009) analisou apenas os membros torácicos.

Ao compararmos os membros torácicos e pélvicos, verificamos que não existe

diferença estatística em relação à densidade de lâminas epidérmicas primárias, o

que também foi descrito por Bidwell e Bowker (2006), a partir deste resultado,

sugerimos que apesar de o centro de massa dos equinos ser desviado para mais

próximo dos membros torácicos, acarretando em maior tensão nestes, este fato não

interfere na densidade destas lâminas.

Diferente do que foi verificado nos trabalhos de Lancaster (2007) e Douglas e

Thomason (2000), em que foi encontrada maior densidade de lâminas epidérmicas

primárias no quarto lateral em comparação ao observado no quarto medial, no

presente trabalho não foi verificada diferença estatística entre os quartos.

Segundo Stump (1967), Leach e Zoerb (1983), Linford (1987), Pollitt (2004) e

Stashak (2005) cada lâmina epidérmica primária emite de 20 a 150 lâminas

epidérmicas secundárias. Sobretudo, no presente trabalho, foi verificado que nos

membros torácicos o número de lâminas epidérmicas secundárias variou de 31 a

208 e nos membros pélvicos este número variou de 58 a 195 lâminas. A literatura

mostrou-se escassa no que diz respeito à distribuição das lâminas epidérmicas

secundárias, sendo encontrados dados referentes apenas ao número total de

lâminas, como citado em Stump (1967), Leach e Zoerb (1983), Linford (1987), Pollitt

(2004) e Stashak (2005), sem fazer relação com sua localização.

Page 19: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

19

A ausência de diferença estatística da densidade das lâminas secundárias

entre as regiões que compreendem a pinça do casco e os quartos medial e lateral

demonstrou que não ocorre variação na quantidade de emissão destas pelas

lâminas primárias, ou seja, cada lâmina primária, independente se estava situada no

pinça do casco ou em um dos quartos, continuou emitindo a mesma quantidade de

lâminas secundárias, porém, a quantidade destas lâminas nas diversas regiões

variou devido à quantidade de lâminas primárias não ser uniforme ao redor do

membro. Já em relação à densidade das lâminas secundárias nos terços proximal,

médio e distal do casco, foi possível verificar que existem variações, porém mais

estudos são necessários para elucidar as implicações destas na morfofisiologia do

casco.

CONCLUSÃO

Os membros torácicos e pélvicos apresentaram o mesmo padrão de

distribuição das lâminas epidérmicas primárias e secundárias ao redor do casco. A

densidade de lâminas epidérmicas primárias variou conforme a região em que elas

se encontravam, possuindo maior concentração na pinça do casco e diminuindo

gradativamente em direção aos bulbos do casco, tanto nos membros torácicos como

nos pélvicos. Essa variação na distribuição ao redor da circunferência do casco não

foi observada nas lâminas epidérmicas secundárias, estas variaram apenas na

direção próximo-distal.

Provavelmente a variação na densidade de lâminas primárias ao redor do

casco tenha sido consequência da resposta adaptativa às diferentes tensões entre a

muralha do casco e a falange distal nas diversas regiões.

Page 20: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bertram, J. E.; Gosline, J. M. Fracture toughness design in horse hoof keratin. Journal of

Experimental Biology, v.125, p.29-47. 1986.

Bidwell, L. A.; Bowker, R. M. Evaluation of changes in architecture of the stratum internum

of the hoof wall from fetal, newborn, and yearling horses. American Journal of Veterinary

Research, v.67, n.12, p.1947-55. 2006.

Bowker, R. M. The growth and adaptive capabilities of the hoof wall and sole: Functional

changes in response to stress. American Association of Equine Practitioners, v.49, p.146-

168. 2003.

Butler, D. Principles of horseshoeing II. Colo: Butler Publishing, v.2. 1995 (LaPorte)

Daradka, M.; Pollitt, C. C. Epidermal cell proliferation in the equine hoof wall. Equine

Veterinary Journal, v.36, n.3, p.236-41. 2004.

Douglas, J. E., Biddick, T. L., Thomason, J. J.; Jofriet, J. C. Stress/strain behaviour of the

equine laminar junction. Journal Experimental Biology, v.201, n.Pt 15, p.2287-97. 1998.

Douglas, J. E.; Thomason, J. J. Shape, orientation and spacing of the primary epidermal

laminae in the hooves of neonatal and adult horses (Equus caballus). Cells Tissues Organs,

v.166, n.3, p.304-18. 2000.

Kasapi, M. A.; Gosline, J. M. Design complexity and fracture control in the equine hoof wall.

Journal Experimental Biology, v.200, n.Pt 11, p.1639-59. 1997.

Kasapi, M. A.; Gosline, J. M. Exploring the possible functions of equine hoof wall tubules.

Equine Veterinary Journal, n.26, p.10-4. 1998.

Kawasako, K., Higashi, T., Nakaji, Y., Komine, M., Hirayama, K., Matsuda, K., Okamoto,

M., Hashimoto, H., Tagami, M., Tsunoda, N.; Taniyama, H. Histologic evaluation of the

diversity of epidermal laminae in hooves of horses without clinical signs of laminitis.

American Journal of Vetetinary Research, v.70, n.2, p.186-93. 2009.

Lancaster, L. S., Bowker, R. M.; Mauer, W. A. Density and morphologic features of primary

epidermal laminae in the feet of three-year-old racing Quarter Horses. American Journal of

Veterinary Research, v.68, n.1, p.11-9. 2007.

Leach, D. H.; Oliphant, L. W. Ultrastructure of the equine hoof wall secondary epidermal

lamellae. American Journal of Veterinary Research, v.44, n.8, p.1561-70. 1983.

Leach, D. H.; Zoerb, G. C. Mechanical properties of equine hoof wall tissue. American

Journal of Veterinary Research, v.44, n.11, p.2190-4. 1983.

Linford, R. L. A radiographic, morphometric, histological and ultrastructural

investigation of lamellar function, abnormality and the associated radiographic findings

for sound and foot sore Thoughbreds and horses with experimentally induced traumatic

Page 21: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

21

and alimentary laminitis. Tese (pós-doutorado em patologia comparada). Departament of

Comparative Pathology, University of California, Califórnia, 1987.

Maciel, R. M., Lopes, S. T. A., Martins, D. B., Merini, L. P., Franciscato, C., Veiga, A. P. M.;

Monteiro, S. G. Perfil hematológico e parasitológico de equinos utilizados na tração de

carroças no município de Santa Maria-RS. In: 38º conbravet, 2008, Gramado. Anais do 38º

conbravet, Gramado:conbravet, 2008.

Pollitt, C. Equine Laminitis: Art John McDougall, v.01. 2001 (Rural Industries Research &

Development Corporation Pub)

Pollitt, C. C. Clinical anatomy and physiology of the normal equine foot. Equine Veterinary

Education, v.4, n.5, p.219-224. 1992.

Pollitt, C. C. The basement membrane at the equine hoof dermal epidermal junction. Equine

Veterinary Journal, v.26, n.5, p.399-407. 1994.

Pollitt, C. C. Basement membrane pathology: a feature of acute equine laminitis. Equine

Veterinary Journal, v.28, n.1, p.38-46. 1996.

Pollitt, C. C. Equine Laminitis: A Revised Pathophysiology. Annual Convention of the

AAEP, 1999. 188 - 192 p.

Pollitt, C. C. Anatomy and Physiology of the Inner Hoof Wall. Clinical Techniques in

Equine Practice, v.3, n.1, p.3-21. 2004.

Pollitt, C. C.; Daradka, M. Hoof wall wound repair. Equine Veterinary Journal, v.36, n.3,

p.210-5. 2004.

Reilly, J. D., Collins, S. N., Cope, B. C., Hopegood, L.; Latham, R. J. Tubule density of the

stratum medium of horse hoof. Equine Veterinary Journal, n.26, p.4-9. 1998.

Stashak, T. S. Adams’ lameness in horses. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins.

2002

Stashak, T. S.; Hood, D. M. Evaluation of architectural changes along the proximal to distal

regions of the dorsal laminar interface in the equine hoof. American Journal of Vetetinary

Research, v.66, p.277-283. 2005.

Stump, J. E. Anatomy of the normal equine foot, including microscopic features of the

laminar region. American Veterinary Medical Association, v.151, n.12, p.1588-98. 1967.

Thomason, J. J., Douglas, J. E.; Sears, W. Morphology of the laminar junction in relation to

the shape of the hoof capsule and distal phalanx in adult horses (Equus caballus). Cells

Tissues Organs, v.168, n.4, p.295-311. 2001.

Thomason, J. J., Faramarzi, B., Revill, A.; Sears, W. Quantitative morphology of the equine

laminar junction in relation to capsule shape in the forehoof of Standardbreds and

Thoroughbreds. Equine Veterinary Journal, v.40, n.5, p.473-80. 2008.

Page 22: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA …bdm.unb.br/bitstream/10483/3367/1/2011_AndreRodriguesBarretoVianna.pdf · quartos lateral e medial. ... especially about the distribution

22

Thomason, J. J., Mcclinchey, H. L., Faramarzi, B.; Jofriet, J. C. Mechanical behavior and

quantitative morphology of the equine laminar junction. The anatomical record. Discoveries

in molecular, cellular, and evolutionary biology, v.283, n.2, p.366-79. 2005.

Velho, J. Inserção do Médico Veterinário nas Comunidades Carentes de Pelotas/RS. 2º Salão

de Extensão e Cultura. Pelotas/RS: 2º SEC 2007.

Wattle, O. Cytokeratins of the stratum medium and stratum internum of the equine hoof wall

in acute laminitis. Acta Veterinaria Scandinavica, v.41, n.4, p.363-79. 2000.