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UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR UBI ESTATUTOS E REGULAMENTOS

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U N I V E R S I D A D E D A B E I R A I N T E R I O R

UBI ESTATUTOS E REGULAMENTOS

ESTATUTOS

CAPÍTULO I - DA NATUREZA, OBJECTIVOS, ATRIBUIÇÕES E INSÍGNIAS

Artigo 1º Natureza A Universidade da Beira Interior, adiante designada abreviadamente por UBI ou simplesmente

por Universidade, é uma pessoa colectiva de direito público e goza de autonomia estatutária, científica, pedagógica, administrativa, financeira e disciplinar.

Artigo 2º Objectivos e atribuições 1 — A UBI tem por fins:

a) A formação humana, cultural, científica e técnica;

b) b) O desenvolvimento da investigação fundamental e aplicada, tendo em vista as necessidades da comunidade no âmbito regional e nacional;

c) A prestação de serviços directos à comunidade numa base de valorização recíproca.

2 — À UBI compete a atribuição de graus e títulos académicos e honoríficos, de outros certificados e diplomas, bem como a concessão de equivalência e o reconhecimento de graus e habilitações académicos.

Artigo 3º Insígnias 1— A UBI adoptará emblemática e traje professoral próprios que constarão de regulamento a

aprovar pelo Senado.

2— O Dia da Universidade é o dia 30 de Abril.

CAPÍTUL0 II - DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

Artigo 4º Organização 1— Para a prossecução dos seus fins, no âmbito do ensino, investigação e prestação de serviços,

a UBI é constituída por:

a) Unidades Científico-Pedagógicas;

b) Centros.

2— A criação, integração, modificação ou extinção das Unidades Científico-Pedagógicas e dos Centros, regula-se pelo disposto na alínea e) do artº. 25º e alínea c) do nº 2 do artº. 28º da Lei da Autonomia das Universidades.

3— A organização e o funcionamento das actividades de ensino, investigação e prestação de serviços, constarão de regulamento a aprovar pelo Reitor, por proposta do Conselho Científico.

Artigo 5º Unidades Científico-Pedagógicas 1— Sem prejuízo do disposto no nº 2 do artigo anterior, consideram-se criadas, desde já, as

seguintes Unidades Científico-Pedagógicas:

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a) Ciências Exactas;

b) Ciências da Engenharia;

c) Ciências Sociais e Humanas;

d) Ciências Naturais;

e) Artes e Letras.

2—As Unidades Científico-Pedagógicas gozam de autonomia científica, pedagógica e administrativa nos termos da lei, dos presentes Estatutos e de regulamentos a aprovar pelo Senado por proposta do Reitor, ouvido o Conselho Científico.

3— As Unidades Científico-Pedagógicas organizam-se em departamentos, a criar de acordo com regulamento a aprovar pelo Senado por proposta do Reitor, ouvido o Conselho Científico.

4— A organização interna e funcional dos departamentos constará de regulamentos a aprovar pelo Reitor, por proposta das Unidades Científico-Pedagógicas.

Artigo 6º Centros 1 — Consideram-se também criados, desde já, os seguintes Centros:

a) Centro de Informática;

b) Centro de Estudos de Desenvolvimento Regional;

c) Centro de Recursos de Ensino e Aprendizagem;

d) Centro de Estudo e Protecção do Património.

2— Os Centros são unidades de apoio ao ensino, de investigação e de prestação de serviços à comunidade e gozam de autonomia administrativa, nos termos fixados pelos presentes Estatutos.

3— Os Centros desenvolvem as suas actividades por iniciativa própria ou a pedido das Unidades Científico-Pedagógicas e outras estruturas da Universidade, bem como de instituições públicas ou privadas estranhas à Universidade, em condições a definir caso a caso.

4— Os fins, a estrutura e o funcionamento de cada Centro, constarão de regulamento a aprovar pelo Reitor, ouvido o Conselho Científico.

CAPÍTULO III - DOS ÓRGÃOS

SECÇÃO I CONSTITUIÇÃO

Artigo 7º Órgãos da Universidade 1 — São órgãos de governo da UBI:

a) A Assembleia da Universidade;

b) O Reitor; c) O Senado Universitário;

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d) O Conselho Administrativo.

2 — Para apoio ao Reitor, no exercício da sua competência, a UBI disporá, ainda, dos seguintes órgãos:

a) Conselho Científico;

b) Conselho Pedagógico;

c) Conselho Consultivo.

Artigo 8º Órgãos das Unidades Científico-Pedagógicas São órgãos das Unidades Científico-Pedagógicas:

a) A Assembleia de Representantes;

b) O Conselho Directivo;

c) O Conselho Pedagógico-Científico.

Artigo 9º Órgãos dos Centros São órgãos dos Centros:

a) O Director;

b) O Conselho Administrativo;

c) O Conselho Técnico.

SECÇÃO II - COMPOSIÇÃO, ATRIBUIÇÕES E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS DA UNIVERSIDADE

Subsecção I - Assembleia da Universidade Artigo 10º Composição

1 — Compõem a Assembleia da Universidade membros por inerência e membros por eleição.

2 — São membros por inerência:

a) O Reitor;

b) Os Vice-Reitores;

c) Os Pró-Reitores;

d) Os Presidentes dos Conselhos Científico e Pedagógico da UBI;

e) Os Presidentes das Assembleias de Representantes, dos Conselhos Directivos e dos Conselhos Pedagógico-Científicos das Unidades Científico-Pedagógicas;

f) Os Directores dos Centros;

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g) Um representante da Associação Académica por cada Unidade Científico-Pedagógica;

h) O Administrador ou o Director dos Serviços Administrativos ou quem o substitua;

i) O Vice-Presidente dos Serviços Sociais ou o Director dos Serviços Sociais ou quem o substitua.

3 — São membros por eleição:

a) Dois representantes dos professores por departamento;

b) Um representante dos restantes docentes por departamento;

c) Três representantes dos alunos por departamento;

d) Um representante dos investigadores doutorados;

e) Um número de funcionários igual a 10% dos docentes e alunos a que se referem as alíneas a), b) e c), distribuído pelos vários Departamentos, Centros e Serviços, de modo a que não possa haver mais do que um funcionário por Departamento, Centro ou Serviço.

4— Os representantes a que se refere o número anterior serão eleitos, de entre os seus pares, nos prazos e de acordo com regulamentos a aprovar pelo Reitor, sob proposta dos respectivos corpos.

5— Os membros que participem na Assembleia em mais do que uma qualidade terão direito a tantos votos quantas as qualidades em que se verifique essa participação, desde que esta resulte de inerência.

6— O mandato dos membros eleitos da Assembleia da Universidade tem a duração de 4 anos, salvo no caso dos alunos em que o mandato tem a duração de 2 anos.

Artigo 11º Atribuições Compete, designadamente, à Assembleia da Universidade:

a) Aprovar as alterações aos Estatutos, por maioria de dois terços dos votos expressos, não podendo esta ser inferior à maioria absoluta dos membros da Assembleia em exercício de funções;

b) Eleger o Reitor, dar-lhe posse e decidir sobre a sua destituição.

Artigo 12º Funcionamento 1— A Assembleia da Universidade reúne, ordinariamente, por convocação do seu Presidente e,

extraordinariamente, a requerimento devidamente fundamentado, de pelo menos dois terços do número de votos dos seus membros em efectividade de funções, observado o disposto no nº 5 do artº. 10º dos presentes Estatutos, ressalvando-se o disposto no nº 1 do artº. 22º da Lei da Autonomia das Universidades.

2— A Assembleia da Universidade reúne, por direito próprio, em data a fixar pelo seu Presidente, até 60 dias antes do termo do mandato do Reitor, para eleição do seu substituto.

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Subsecção II - Reitor Artigo 13º Eleição

1— O Reitor é eleito pela Assembleia da Universidade, em escrutínio secreto, de entre os professores catedráticos de nomeação definitiva da Universidade e em exercício efectivo de funções.

2— O processo de eleição, a que se refere o número anterior, constará de regulamento a aprovar pela Assembleia da Universidade.

3— As candidaturas terão de ser subscritas por um mínimo de 10% dos docentes da UBI dos quais, pelo menos dois terços, deverão ser membros do Conselho Científico.

4 — Considera-se eleito o candidato que tiver obtido a maioria absoluta dos votos expressos.

5— Se nenhum dos candidatos tiver obtido aquela maioria, realizar-se-á, no prazo de 15 dias, um segundo escrutínio de entre os dois candidatos mais votados, considerando-se eleito o que obtiver maior número de votos.

6— O Reitor cessante comunicará o resultado do acto eleitoral ao Ministro da Educação, no prazo de 5 dias, para nomeação do Reitor eleito, nos termos legais.

7 — O Reitor toma posse perante a Universidade, servindo de empossante o Professor Decano.

8 — O mandato do Reitor tem a duração de 4 anos sendo permitida a reeleição.

Artigo 14º Competência 1— Compete ao Reitor, em geral, dirigir, orientar e coordenar os serviços e actividades da UBI e,

em especial:

a) Representar a Universidade, em juízo e fora dele;

b) Propor ao Senado as linhas gerais de orientação da vida universitária;

c) Homologar a constituição e empossar os membros dos órgãos de gestão das Unidades Científico-Pedagógicas e dos Centros que constituem a Universidade, só o podendo recusar com base em vício de forma do processo eleitoral;

d) Presidir, com voto de qualidade, à Assembleia da Universidade, ao Senado e ao Conselho Administrativo e assegurar o cumprimento das suas deliberações;

e) Velar pela observância das leis e dos regulamentos;

f) Superintender na gestão académica, administrativa e financeira, mormente no que respeita a contratação e provimento do pessoal, a júris de provas académicas, à atribuição de regências, remunerações, abonos, licenças e dispensas de serviço;

g) Comunicar ao Ministro da Educação os dados indispensáveis ao exercício da tutela, designadamente os planos de desenvolvimento e relatórios de actividade;

h) Definir e orientar o apoio a conceder aos alunos no quadro dos Serviços Sociais e das actividades circum-escolares;

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i) Reconhecer, em todas as circunstâncias previstas na lei, a urgente conveniência de serviço no provimento de pessoal;

j) Exercer as competências que, por lei ou pelos presentes Estatutos, não sejam atribuídas a outros órgãos.

2—No exercício da sua competência, o Reitor é coadjuvado por Vice-Reitores e Pró-Reitores por ele escolhidos e nomeados de entre os Professores da UBI.

3— O Reitor pode delegar parte da sua competência nos Vice-Reitores e Pró-Reitores e, ouvido o Senado, nos órgãos de gestão das Unidades Científico-Pedagógicas e dos Centros.

4— Por despacho do Reitor será designado o Vice-Reitor que o substituirá nas suas ausências e impedimentos.

5— Os mandatos dos Vice-Reitores terão a duração de 4 anos e os dos Pró-Reitores a que for fixada em cada caso pelo despacho de nomeação.

6—Os Vice-Reitores e Pró-Reitores podem ser exonerados a todo o tempo e cessam, automáticamente, funções com a cessação do mandato do Reitor.

Artigo 15º Incapacidades, incompatibilidades e responsabilidades 1— É aplicável às situações de incapacidade e incompatibilidade do Reitor o disposto nos artºs

21º e 23º da Lei da Autonomia das Universidades.

2— O Reitor pode ser suspenso ou destituído do cargo, mediante deliberação votada por maioria de dois terços dos membros efectivos da Assembleia da Universidade, quando, por acções ou omissões que Ihe sejam imputáveis, se verifique a existência de obstáculos insuperáveis ou dificilmente superáveis ao normal funcionamento da Universidade.

3— A Assembleia da Universidade convocada expressamente para deliberar sobre a suspensão ou destituição do Reitor, nos termos do nº 1 do artigo 22º da Lei da Autonomia das Universidades, só pode reunir após a suspensão ou destituição ter sido aprovada, pelo menos, por dois terços dos membros efectivos do Senado.

4— Destituído o Reitor, o exercício do cargo é deferido pelo Senado ao Professor Decano da Universidade, o qual, no prazo de quinze dias, desencadeará o processso conducente à eleição do novo Reitor.

Subsecção III- Senado Artigo 16º Composição

1—Compõem o Senado membros por inerência e membros por eleição.

2 — São membros por inerência:

a) O Reitor;

b) Os Vice-Reitores;

c) Os Pró-Reitores;

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d) Os Presidentes dos Conselhos Científico e Pedagógico da UBI;

e) Os Presidentes dos Conselhos Directivos e dos Conselhos Pedagógico-Científicos das Unidades Científico-Pedagógicas;

f) Os Directores dos Centros;

g) O Administrador ou o Director dos Serviços Administrativos ou quem o substitua;

h) O Director dos Serviços Académicos;

i) O Vice-Presidente dos Serviços Sociais ou o Director dos Serviços Sociais ou quem o substitua;

j) O responsáve! pela Assessoria Jurídica da UBI ou qúem desempenhar essas funções;

I) O Presidente da Associação Académica.

3 — São membros por eleição:

a) Dois representantes dos Professores por Unidade Científico-Pedagógica;

b) Um representante dos restantes docentes por Unidade Científico-Pedagógica;

c) Três representantes dos alunos por Unidade Científico-Pedagógica;

d) Um representante dos investigadores doutorados;

e) Um representante dos funcionários.

4— Farão ainda parte do Senado até 8 individualidades de reconhecido mérito nos domínios dos interesses culturais, sociais, económicos e científicos da comunidade, a designar pelo Reitor, por proposta do Conselho Científico da UBI.

5— É aplicável à duração do mandato dos membros eleitos do Senado o disposto no nº 6 do artº 10º dos presentes Estatutos, salvo a dos membros previstos no número anterior que tem a duração de 2 anos, podendo ser renovado.

6— Por despacho do Reitor, podem ser chamados a participar nas reuniões do Senado, sem direito a voto, outros funcionários ou agentes da Universidade.

Artigo 17º Competência 1— Compete ao Senado Universitário:

a) Aprovar as linhas gerais de orientação da UBI;

b) Aprovar os planos de desenvolvimento e apreciar e aprovar o relatório anual das actividades da Universidade;

c) Aprovar os projectos orçamentais e apreciar as contas;

d) Aprovar a criação, suspensão e extinção de cursos;

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e) Aprovar as propostas do Conselho Científico de criação, integração, modificação ou extinção das Unidades Científico-Pedagógicas e dos Centros ou outras estruturas da Universidade;

f) Definir as medidas adequadas ao funcionamento das Unidades Científico-Pedagógicas, Centros e Serviços da UBI;

g) Pronunciar-se sobre a concessão de graus académicos honoríficos;

h) Instituir prémios escolares;

i) Exercer o poder disciplinar sobre os estudantes, docentes, investigadores e demais funcionários ou agentes da UBI, nos termos previstos na lei e nos presentes Estatutos;

j) Fixar, nos termos da lei, as propinas devidas pelos alunos dos vários cursos ministrados na Universidade, assim como as propinas suplementares relativas a inscrições, realização ou repetição de exames e outros actos de prestação de serviços aos alunos;

l) Ocupar-se dos restantes assuntos que Ihe forem cometidos por lei, pelos presentes Estatutos ou apresentados pelo Reitor.

2 —É reservado aos membros doutorados do Senado o exercício da competência prevista na alínea g).

Artigo 18º Funcionamento 1— O Senado funciona em Plenário e por Secções.

2— São desde já criadas as seguintes Secções do Senado:

a) A Secção de Planeamento Global e Desenvolvimento;

b) A Secção Universidade-Comunidade;

c) A Secção Disciplinar.

3— A composição e funcionamento das Secções previstas nas alíneas a) e b) do número anterior e das que venham a ser criadas serão objecto de regulamento a aprovar pelo Senado, por proposta do Reitor, ouvidos os Presidentes dos Conselhos Directivos das Unidades CientíficoPedagógicas, os Directores dos Centros e os Directores de Serviços da UBI.

4 —Compõem a Secção Disciplinar:

a) Os Presidentes dos Conselhos Científico e Pedagógico da Universidade;

b) Um representante dos Presidentes dos Conselhos Directivos das Unidades Científico-Pedagógicas, a designar anualmente pelos seus pares;

c) Um representante dos docentes não doutorados a designar pelos seus pares com assento no Senado;

d) O Administrador ou o Director dos Serviços Administrativos ou quem o substitua;

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e) O Vice-Presidente dos Serviços Sociais ou o Director dos Serviços Sociais ou quem o substitua;

f) O representante da Assessoria Jurídica ou quem desempenhar essas funções;

g) O Presidente da Associação Académica.

5—O Presidente da Secção Disciplinar será eleito por todos os seus membros, de entre os elementos a que se referem as alíneas a) e b) do número anterior;

6— O exercício do poder disciplinar sobre membros doutorados é reservado aos membros da Secção previstos nas alíneas a) e b) do nº 4.

7— O Senado reunirá em Plenário, ordináriamente, 2 vezes por ano e, extraordináriamente, sempre que for convocado pelo seu Presidente ou a requerimento, devidamente fundamentado de, pelo menos, dois terços dos seus membros.

Subsecção IV - Conselho Admínistrativo Artigo 19º Composição

1 — Constituem o Conselho Administrativo da UBI:

a) O Reitor;

b) Os Vice-Reitores;

c) O Administrador ou o Director dos Serviços Administrativos ou quem o substitua;

d) O Vice-Presidente dos Serviços Sociais ou o Director dos Serviços Sociais ou quem o substitua;

e) Um representante dos alunos, a designar anualmente pelo Presidente da Associação Académica;

f) O chefe da Repartição da Contabilidade e Património, que servirá de secretário do Conselho.

Artigo 20º Competência O Conselho Administrativo assegura a gestão administrativa, financeira e patrimonial da UBI,

competindo-lhe, nomeadamente:

a) Promover a elaboração dos planos financeiros, anuais e plurianuais;

b) Promover a elaboração dos projectos de orçamento;

c) Arrecadar as receitas da UBI e proceder ao seu depósito na Caixa Geral de Depósitos ou outras instituições de crédito;

d) Verificar a legalidade das despesas e autorizar o seu pagamento;

e) Promover a elaboração das contas de gerência e remetê-las ao Tribunal de Contas dentro do prazo legal;

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f) Proceder periódicamente à verificação dos fundos em cofre e em depósito e fiscalizar a escrituração de contabilidade e de tesouraria.

Artigo 21º Funcionamento 1— O Conselho Administrativo reúne, ordináriamente, uma vez por mês e, extraordináriamente,

a convocáção do Reitor ou, no seu impedimento, de um dos Vice-Reitores.

2— O Conselho apenas poderá reunir quando estiver presente a maioria dos seus membros, incluindo o Reitor ou qualquer dos Vice-Reitores.

Subsecção V - Conselho Científico Artigo 22º Composição

1—O Conselho Científico é constituído por todos os professores catedráticos, associados e auxiliares da UBI, bem como pelos professores convidados, em efectividade de funções, desde que habilitados com o grau de doutor.

2— Poderão ainda fazer parte do Conselho Científico da UBI professores e outras individualidades habilitadas com o grau de doutor, expressamente designados para esse fim pelo Senado universitário.

3— O Conselho Científico elegerá, anualmente, de entre os membros referidos no nº 1 deste artigo, um Presidente que será, necessáriamente, um Professor Catedrático de nomeação definitiva, a quem incumbe a direcção das reuniões e a representação oficial do Conselho, e um secretário.

4—Na ausência ou impedimento temporário do Presidente, assume a presidência do Conselho o professor mais antigo e de categoria mais elevada, em exercício efectivo de funções.

5— O Reitor assumirá a presidência do Conselho Científico sempre que, a pedido do Conselho ou por sua iniciativa, participar nas respectivas reuniões.

Artigo 23º Competência Compete ao Conselho Científico exercer todas as atribuições que Ihe são fixadas por lei e,

nomeadamente:

a) Propor as linhas gerais de desenvolvimento das actividades científicas, de extensão cultural e de prestação de serviços à comunidade;

b) Pronunciar-se sobre as condições de acesso aos cursos de mestrado e de admissão dos candidatos às provas de doutoramento;

c) Estabelecer a organização das provas de doutoramento;

d) Estabelecer as condições de admissão e progressão do pessoal docente;

e) Propor a constituição dos júris para as provas de aptidão pedagógica e capacidade científica, mestrado, doutoramento e agregação;

f) Propor a abertura de concursos para as vagas de professor do quadro e a constituição dos respectivos júris;

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g) Propor a nomeação definitiva de professores catedráticos e associados e a nomeação definitiva ou recondução dos professores auxiliares;

h) Propor a contratação de pessoal docente, investigador e técnico adstrito às actividades de ensino e investigação, assim como a renovação ou cessação dos respectivos contratos;

i) Propor a contratação como professor convidado ou visitante de individualidades, nacionais e estrangeiras, de reconhecido mérito científico ou com desempenho profissional relevante;

j) Propor a criação, modificação ou extinção das Unidades Científico-Pedagógicas, dos Centros e outras estruturas da Universidade;

l) Fazer propostas e dar parecer sobre a aquisição de equipamento científico e bibliográfico e seu uso;

m) Propor a organização de planos de estudos, bem como a criação, suspensão e extincão de cursos

n) Pronunciar-se sobre a programação e desenvolvimento concreto da actividade de investigação científica e das actividades de extensão cultural e de prestação de serviços à comunidade;

o) Propor a atribuição de doutoramento honoris causa a individualidades, nacionais ou estrangeiras, de reconhecido mérito;

p) Proceder à distribuição de serviço docente e propor a homologação dos respectivos mapas;

q) Pronunciar-se sobre os pedidos de equivalência, equiparação e reconhecimento de habilitações, de acordo com a legislação em vigor, ouvidos os Conselhos Pedagógico-Científicos das Unidades Científico-Pedagógicas, em caso de necessidade;

r) Pronunciar-se sobre os pedidos de equiparação a bolseiro e de concessão de bolsas de estudo para a frequência de cursos de curta ou longa duração, no país ou no estrangeiro, a pessoal docente e não docente da Universidade;

s) Pronunciar-se sobre qualquer assunto que Ihe seja apresentado pelo Reitor ou pelo seu Presidente.

Artigo 24º Funcionamento O Conselho Científico funcionará em Plenário e por Secções, em termos a definir por

regulamento próprio, a aprovar pelo Reitor, por proposta do Conselho.

Subsecção VI - Conselho Pedagógico Artigo 25º Composição

1-O Conselho Pedagógico da UBI é constituído por:

a) Presidentes das Secções Pedagógicas dos Conselhos Pedagógico-Científicos das Unidades Científico-Pedagógicas;

b) Dois representantes dos docentes de cada Secção Pedagógica, a eleger pelos seus pares, sendo um, obrigatóriamente de entre os doutorados da Secção;

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c) Dois representantes dos alunos, por Secção Pedagógica.

2-O Conselho Pedagógico será secretariado pelo Director dos Serviços Académicos ou pelo funcionário de mais elevada categoria neles colocado.

3-O mandato dos membros a que se referem as alíneas b) e c), do nº 1, têm a duração de dois anos, sendo permitida a reeleição.

Artigo 26º Competência Compete ao Conselho Pedagógico:

a) Fazer propostas e dar pareceres sobre a orientação pedagógica e os métodos de ensino da UBI;

b) Propor a aquisição de material didáctico, audio-visual ou bibliográfico de interesse pedagógico;

c) Pronunciar-se sobre as propostas de criação de novos cursos;

d) Dar parecer sobre a qualidade e expansão das instalações destinadas ao ensino e sua distribuição;

e) Assegurar o regular funcionamento do ensino, tendo em conta a organização dos horários e a distribuição dos espaços;

f) Organizar conferências, estudos ou seminários de interesse didáctico ou científico para a UBI.

Artigo 27º Funcionamento 1—O Conselho Pedagógico funciona em Plenário e por Secções correspondendo estas às

secções pedagógicas dos Conselhos Pedagógico-Científicos, de acordo com o regulamento a aprovar pelo Reitor, por proposta do Conselho.

2—Os presidentes das secções assegurarão a presidência do Conselho Pedagógico, por rotação anual, em termos. a definir pelo regulamento a que se refere o nº 1.

3—É aplicável às reuniões do Conselho Pedagógico o disposto no nº 5 do artº 22º dos presentes Estatutos.

Subsecção VII - Conselho Consultivo Artigo 28º Composição

1—Constituem o Conselho Consultivo:

a) O Reitor;

b) Os antigos Reitores;

c) Professores jubilados;

d) Um dos Vice-Reitores ou Pró-Reitores;

e) Dois docentes doutorados da UBI;

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f) 50% dos membros do Senado a que se refere o nº 4 do artº 16º dos presentes Estatutos;

g) O Presidente da Associação Académica;

h) O Presidente da Associação dos antigos estudantes da UBI, quando exista.

2—Os membros do Conselho, a que se referem as alíneas d), e) e f) do número anterior, serão designados pelo Reitor, ouvido o Conselho Científico.

3—Servirá de secretário do Conselho, um elemento do Gabinete de Relações Públicas, a designar pelo Reitor.

Artigo 29º Competência Compete, em geral, ao Conselho Consultivo, promover a ligação da Universidade com os

sectores económicos, sociais e culturais da comunidade e, em especial:

a) Dar parecer sobre o plano de desenvolvimento global da Universidade;

b) Pronunciar-se sobre todas as questões de interesse para a Universidade que sejam submetidas à sua consideração, pelo Reitor.

Artigo 30º Funcionamento O Conselho Consultivo reunirá a convocação do Reitor.

SECÇÃO III - COMPOSIÇÃO, ATRIBUIÇÕES E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃÕS DAS UNIDADES CIENTIFICO-PEDAGÓGICAS

Subsecção I - Assembleia de Representantes Artigo 31º Composição

1—A Assembleia de Representantes é composta por representantes dos docentes, dos alunos e do pessoal técnico, administrativo e auxiliar, a eleger por dois anos, pelos seus pares, em número a fixar pela própria Unidade Científico-Pedagógica, que será repartido, na proporção de:

a) 45% de representantes dos docentes, não podendo o número de doutorados ser inferior ao dos não doutorados:

b) 45% dos representantes dos alunos dos cursos integrados na Unidade;

c) 10% dos representantes do pessoal técnico, administrativo e auxiliar em serviço na Unidade Científico-Pedagógica.

2—Serão ainda membros da Assembleia, por inerência: O Presidente do Conselho Directivo, que presidirá; O Presidente do Conselho Pedagógico-Científico.

Artigo 32º Competência e funcionamento 1—Compete à Assembleia de Representantes:

a) Apreciar e dar parecer sobre as propostas de organização e funcionamento da Unidade e suas alterações;

b) Estudar e propor as linhas gerais de desenvolvimento da Unidade;

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c) Eleger oConselho Directivo, por escrutínio secreto, de acordo com regulamento a aprovar pelo Reitor por proposta da Assembleia;

d) Dar parecer sobre o relatório anual das actividades da Unidade;

e) Pronunciar-se sobre todos os assuntos que sejam submetidos à sua apreciação, pelo Reitor ou pelo Presidente do Conselho Directivo.

2—As propostas a que se refere a alínea a) do número anterior serão apresentadas ao Reitor que, ouvidos os Conselhos Científico e Pedagógico da Universidade, as submeterá à aprovação do Senado.

3—A Assembleia reunirá por convocação do seu Presidente ou a requerimento, devidamente fundamentado de, pelo menos, dois terços dos seus membros

Subsecção II - Conselho Directivo Artigo 33º Composição

O Conselho Directivo de cada Unidade Científico-Pedagógica é constituído por:

a) Dois representantes dos docentes doutorados, um dos quais, nos termos do regulamento referido na alínea c) do nº 1 do artigo anterior, presidirá ao Conselho, com voto de qualidade;

b) Um representante dos docentes não doutorados;

c) Um representante dos alunos;

d) Um representante do pessoal não docente.

Artigo 34º Competência e funcionamento 1—Compete ao Conselho Directivo:

a) Preparar as reuniões da Assembleia de Representantes e executar as suas deliberações;

b) Elaborar o relatório anual de actividades da Unidade;

c) Assegurar a gestão dos meios humanos e materiais postos à disposição da Unidade, e nomeadamente, das dotações que Ihe forem atribuídas;

d) Zelar pela conservação e manutenção das instalações e outros bens afectos ao funcionamento da Unidade;

e) Estudar e propor a celebração de convénios e contratos de prestação de serviços com interesse para as actividades da Unidade.

2—Ao Conselho Directivo cábe ainda exercer a competência, normalmente, atribuída aos Conselhos Administrativos das instituições dotadas de autonomia administrativa.

3—No âmbito da competência prevista no número anterior, o Conselho Directivo dispõe de orçamento anual, fixado pelo Conselho Administrativo da Universidade e pode autorizar despesas até

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ao limite dos montantes fixados por rúbrica e por duodécimos, nas condições a definir por este Conselho, ao qual compete a autorização do pagamento, após a verificação da legalidade da despesa.

4—O Conselho Directivo reunirá, ordináriamente, uma vez por mês e, extraordináriamente, a convocação do seu Presidente ou a requerimento, devidamente fundamentado, da maioria dos seus membros.

5—Servirá de secretárlo um elemento do pessoal técnico ou administrativo da Unidade, a designar pelo Presidente.

6—O mandato dos membros do Conselho Directivo tern a duração de dois anos, senda permitida a reeleição.

Subsecção III - Conselho Pedagógico-Cientítico Artigo 35º Composição

1—Constituem o Conselho Pedagógico-Científico:

a) Todos os docentes doutorados da Unidade;

b) Os representantes dos docentes não doutorados da Secção Pedagógica;

c) Os representantes dos alunos da Secção Pedagógica.

2—Os números dos representantes a que se referem as alíneas b) e c) do número anterior serão definidos no regulamento citado no nº 2 do artº 36º

3—O mandato dos rnembros do Conselho a que se referem as alíneas b) e c) terá a duração de dois anos.

Artigo 36º Competência e funcionamento 1—O Conselho Pedagógico-Científico é o órgão de gestão pedagógica e científica da Unidade,

incumbindo-lhe promover, a nível da Unidade, o exercício das competências dos Conselhos Pedagógico e Científico da Universidade e o acompanhamento da sua execução.

2—O Conselho Pedagógico-Científico funciona em Plenário e por Secções, de acordo com regulamento a aprovar pelo Reitor, por proposta do Conselho Directivo da Unidade.

3—O Conselho dispõe das seguintes secções:

a) A secção científica, constituída por todos os docentes doutorados da Unidade;

b) A secção pedagógica, constituída paritáriamente por professores, docentes não doutorados e alunos, de acordo com o regulamento referido no nº 2.

4—O processo de eleição dos membros da secção pedagógica do Conselho Pedagógico-Científico, bem como dos seus Presidentes e a duração dos respectivos mandatos, constarão do regulamento referido no nº 2.

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SECÇÃO IV - COMPOSIÇÃO, ATRIBUIÇÕES E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS DOS CENTROS

Subsecção I - Directores Artigo 37º Nomeação

Os directores dos Centros são indicados pelo Conselho Científico e nomeados pelo Reitor, para períodos de dois anos, renováveis por períodos de igual duração.

Artigo 38º Competência Compete aos directores, em geral, dirigir, orientar e coordenar as actividades dos Centros e, em

especial:

a) Propor os planos anuais e plurianuais das actividades do Centro;

b) Zelar pelo cumprimento das normas legais, estatutárias e regulamentares aplicáveis;

c) Assegurar a gestão administrativa dos Centros, sem prejuízo da competência própria dos respectivos Conselhos Administrativos na matéria.

Subseccção II - Conselho Administrativo Artigo 39º Composição

Compõem o Conselho Administrativo:

a) O Director, que preside;

b) Um elemento do Centro a designar, anualmente, pelo Reitor, ouvido o Conselho Científico;

c) O chefe da Repartição de Contabilidade e Património da Universidade;

Artigo 40º Competência e funcionamento 1—O Conselho Administrativo de cada Centro dispõe de orçamento anual, fixado pelo

Conselho Administrativo da Universidade e pode autorizar despesas até ao limite dos montantes fixados por rúbrica e por duodécimos, nas condições a definir por este Conselho, ao qual compete a autorização do pagamento, após a verificação da legalidade da despesa.

2—O Conselho Administrativo reúne, ordináriamente, uma vez por mês e, extraordináriamente, a convocação do seu Presidente.

Subsecção III - Conselho Técnico Artigo 41º Composição

1—Compõem o Conselho Técnico:

a) O Director do Centro;

b) Elementos da Universidade a designar pelo Reitor, ouvido o Conselho Científico, em número a fixar, caso a caso.

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2—Do Conselho Técnico poderão ainda fazer parte elementos estranhos à Universidade, quando for julgado conveniente pelo Reitor, precedendo-lhe parecer favorável do Conselho Científico.

Artigo 42º Competência e funcionamento 1—O Conselho Técnico de cada Centro é um órgão de consulta do Director e do Reitor, no

âmbito das respectivas actividades.

2—O Conselho Técnico reúne sempre que for considerado necessário pelo seu Presidente ou por determinação do Reitor.

CAPÍTULO IV - DOS SERVIÇOS

Artigo 43º Princípios gerais 1—São Serviços da UBI:

a) Os Serviços de Apoio à Reitoria;

b) Os Serviços Administrativos;

c) Os Serviços Académicos;

d) Os Serviços Técnicos;

e) Os Serviços de Documentação;

f) Os Serviços Gráficos e de Publicações;

2—A UBI dispõe ainda, de Serviços Sociais para apoio à comunidade universitária em geral e, específicamente, aos alunos.

Artigo 44º Serviços de Apoio à Reitoria 1—Os Serviços de Apoio à Reitoria compreendem:

a) O Gabinete de Relações Públicas;

b) A Assessoria de Organização e Planeamento;

c) A Assessoria Jurídica.

2—Ao Gabinete de Relações Públicas compete:

a) Colaborar na organização de conferências, exposições, congressos, reuniões ou outras actividades de carácter científico, cultural, recreativo e social promovidas ou apoiadas pela Reitoria;

b) Recolher e tratar a informação noticiosa difundida pelos órgãos da comunicação social com interesse para a Universidade;

c) Assegurar, quer a nível interno, quer externo, a difusão das actividades desenvolvidas pela Universidade;

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d) Assegurar os contactos da Universidade com os meios de comunicação social e ocupar-se do expediente com os organismos internacionais e com as entidades entrangeiras, públicas ou privadas, no ambito da sua competência;

e) Assegurar o secretariado e expediente próprios do Reitor e dos Vice-Reitores.

3—Compete à Assessoria de Organização e Planeamento:

a) O estudo, concepção e aplicação de métodos de racionalização da gestão da Universidade;

b) O estudo e definição das necessidades de recursos humanos da Universidade e sua evolução;

c) O estudo e programação das acções de formação de pessoal não docente;

d) Recolha de dados, tendo em vista a definição dos programas financeiros, anuais e plurianuais, de funcionamento e desenvolvimento da Universidade.

4—Compete à Assessoria Jurídica:

a) A elaboração dos estudos e pareceres de natureza jurídica relativos à gestão da UBI;

b) A instrução de inquéritos ou processos disciplinares ordenados pelos órgãos legalmente competentes;

c) A recolha, sistematização e divulgação da legislação com interesse para os serviços.

5—O Gabinete de Relações Públicas, a Assessoria de Organização e Planeamento e a Assessoria Jurídica são orientados pelos técnicos superiores mais antigos, de categoria mais elevada neles colocados.

Artigo 45º Serviços Administrativos 1—Os Serviços Administrativos são dirigidos por um director de serviços e exercem a sua acção

nos domínios da administração financeira e patrimonial, do pessoal e do expediente e arquivo.

2—Os Serviços Administrativos compreendem:

a) A Repartição de Pessoal e Expediente;

b) A Repartição de Contabilidade e Património.

3—Adstrita à Repartição de Contabilidade e Património funciona a Tesouraria, dirigida por um tesoureiro.

4—Por despacho do Reitor será designado o funcionário que substituirá o tesoureiro nas suas faltas e impedimentos.

Artigo 46º Repartição de Pessoal e Expediente 1—A Repartição de Pessoal e Expediente é dirigida por um chefe de repartição e compreende:

a) A Secção de Pessoal;

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b) A Secção de Expediente e Arquivo.

2— À Secção de Pessoal compete:

a) Organizar e movimentar os processos relativos ao recrutamento, selecção e promoção do pessoal não docente, e o provimento, recondução, prorrogação, transferência, exoneração, rescisão de contratos, demissão e aposentação do pessoal de toda a Universidade;

b) Instruir os processos relativos a acumulações, diuturnidades, faltas e licenças;

c) Instruir os processos relativos aos benefícios sociais do pessoal e seus familiares;

d) Elaborar os termos de posse do pessoal de toda a Universidade incluindo os referentes aos órgãos de gestão;

e) Elaborar os mapas de faltas e licenças do pessoal docente e não docente;

f) Movimentar os processos de atribuição de moradias afectas à Universidade;

g) Instruir os processos relativos a horas extraordinárias, pagamento de serviços, vencimento de exercício e deslocações;

h) Realizar acções sistemáticas de formação e aperfeiçoamento do pessoal não docente da Universidade.

3—À Secção de Expediente e Arquivo compete:

a) Assegurar o registo e o encaminhamento da correspondência da Universidade;

b) Organizar e manter actualizado o cadastro do pessoal;

c) Passar as certidões, declarações e notas de tempo de serviço do pessoal exigidas por lei;

d) Elaborar as listas de antiguidade do pessoal;

e) Preparar os elementos relativos a pessoal não docente para o Anuário ia e outras publicações da Universidade.

Artigo 47º Repartição de Contabilidade e Património 1—A Repartição de Contabilidade e Património é dirigida por um chefe de repartição e

compreende:

a) A Secção de Contabilidade;

b) A Secção de Economato e Património.

2—À Secção de Contabilidade compete:

a) Executar a escrituração respeitante à contabilidade de todas as Unidades Científico-Pedagógicas, Centros e Serviços da Universidade;

b) Processar as folhas de vencimento, salários, gratificações e outros abonos do pessoal;

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c) Elaborar as guias e as relações para entrega ao Estado ou a outras entidades, das importancias e descontos ou reposições que Ihes pertençam ou lhes sejam devidas;

d) Apreciar e dar parecer sobre os mapas de distribuição de serviço docente, com vista à sua homologação pelo Reitor, para efeitos de processamento de vencimentos;

e) Informar os processos de pessoal e material, no que respeita à legalidade e cabimento da verba;

f) Processar as requisições de fundos;

g) Elaborar os projectos de orçamento;

h) Organizar os processos de alteração orçamental, designadamente os de reforço e transferência de verbas e de antecipação de duodécimos;

i) Organizar a conta de gerência a submeter a julgamento do Tribunal de Contas;

j) Elaborar os orçamentos de receitas próprias;

l) Elaborar as relações de documentos de despesa a submeter à apreciação e aprovação do Conselho Administrativo, para autorização de pagamento.

3—À Secção de Economato e Património compete:

a) Organizar e centralizar os processos de aquisição, nos termos das disposições legais vigentes;

b) Manter em depósito o material de uso corrente indispensável ao regular funcionamento das Unidades Científico-Pedagógicas, Centros e Serviços;

c) Velar pela conservação e aproveitamento do material;

d) Organizar e manter actualizado o inventário e cadastro dos bens móveis e imóveis da Universidade.

Artigo 48º Serviços Académicos 1—Os Serviços Académicos exercem funções de apoio no domínio pedagógico da actividade

escolar dos alunos bem como na organização dos processos referentes à actividade académica dos docentes.

2—Os Serviços Académicos são dirigidos por um director de serviços e compreendem:

a) A Repartição Pedagógica;

b) A Repartição de Alunos.

3—À Repartição Pedagógica, que será dirigida por um chefe de repartição, compete:

a) Manter actualizados os dados respeitantes aos programas e planos de estudo dos cursos ministrados na UBI;

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b) Organizar e movimentar os processos de equivalência de habilitações, provas e concursos académicos e de recrutamento de pessoal docente;

c) Organizar o processo académico dos docentes e proceder ao tratamento de informação nele contida;

d) Passar diplomas, cartas de curso e certidões;

e) Submeter a despacho os processos de equiparação a bolseiro;

f) Preparar os elementos relativos a pessoal docente e alunos para o Anuário e outras publicações da Universidade;

g) Apoiar o Conselho Pedagógico na organização dos horários escolares e na distribuição dos espaços físicos;

h) Apoiar tecnicamente as Unidades Científico-Pedagógicas em assuntos de natureza académica;

i) Organizar e tratar os dados estatísticos referentes a alunos e docentes bem como assegurar a informação necessária à programação das actividades de ensino.

4—À Repartição de Alunos, dirigida por um chefe de repartição, compete:

a) Prestar informações sobre as condições de ingresso e frequência dos cursos ministrados na UBI;

b) Executar os serviços respeitantes a matrículas, inscrições e transferências de alunos;

c) Proceder ao registo, em livros ou fichas adequadas, de todos os actos respeitantes à vida escolar dos alunos;

d) Organizar e manter actualizado o arquivo dos processos individuais dos alunos;

e) Passar certidões de matrículas, inscrições, frequência e outras relativas a actos que constem do serviço e não sejam de natureza reservada:

f) Colaborar na organização dos processos disciplinares dos alunos, que devem ser submetidos ao Senado Universitário;

g) Emitir e revalidar o cartão de estudante da Universidade.

Artigo 49º Serviços Técnicos 1—Os Serviços Técnicos desenvolvem a sua acção nos domínios da organização e lançamento

de concursos para elaboração de projectos, construção de obras e aquisição de mobiliário e sua fiscalização; da manutenção e conservação das instalações e equipamentos; da coordenação e orientação das oficinas gerais, bem como nos da elaboração de pequenos projectos.

2—Os Serviços Técnicos são orientados pelo técnico superior mais antigo, de categoria mais elevada, neles colocado.

Artigo 50º Serviços de Documentação 1—Os Serviços de Documentação exercem funções nos domínios da aquisição de obras e

publicações de carácter pedagógico, científico e cultural; da recolha, tratamento e difusão da

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documentação e informação com interesse para a Universidade e, ainda, nos da coordenação técnica e funcional das bibliotecas central e departamentais.

2—Os Serviços de Documentação são orientados pelo técnico superior de BAD mais antigo, de categoria mais elevada, neles colocado.

Artigo 51º Serviços Gráficos e de Publicações 1—Os Serviços Gráficos e de Publicações exercem funções nos domínios da edição e

distribuição de publicações, bem como nos da reprodução de documentos de apoio às actividades das Unidades Científico-Pedagógicas, dos Centros e Serviços da UBI.

2—A edição de publicações, cuja utilização possa exceder o âmbito da Universidade, carece de parecer favorável de um Conselho Editorial, cuja composição, organização e funcionamento, constarão de regulamento a aprovar pelo Reitor, ouvido o Conselho Científico.

3—A coordenação e orientação dos Serviços Gráficos e de Publicações competem ao técnico superior mais antigo, de categoria mais elevada, neles colocado.

Artigo 52º Serviços Sociais Os objectivos, organização e funcionamento dos Serviços Sociais regulam-se pela legislação em

vigor.

CAPÍTULO V - DA GESTÃO PATRIMONIAL E FINANCEIRA

Artigo 53º Património A UBI dispõe de património próprio, constituído por todos os bens e direitos que, pelo Estado

ou outras entidades públicas ou privadas, tiverem sido afectos à realização dos seus fins, ou que por ela tiverem sido adquiridos a título gratuito ou oneroso.

Artigo 54º Gestão financeira 1—Na gestão financeira da UBI serão tidos em conta os princípios de gestão por objectivos.

2—A gestão económica e financeira da UBI orientar-se-á por planos de actividades e planos financeiros, anuais e plurianuais. 3—Os planos plurianuais serão actualizados em cada ano, tendo em consideração o planeamento geral do ensino, da investigação científica e das acções de prestação de serviços a prosseguir pela UBI.

4—A UBI arrecadará e administrará as suas receitas e satisfará, por meio delas, as despesas inerentes à prossecução dos seus fins.

Artigo 55º Receitas da UBI São receitas da Universidade:

a) As dotações que Ihe forem concedidas pelo Estado;

b) Os rendimentos de bens próprios ou de que tenha fruição;

c) As receitas provenientes do pagamento de propinas;

d) As receitas derivadas da prestação de serviços e da venda de publicações;

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e) Os subsídios, subvenções, comparticipações, doações, herança e legados;

f) O produto da venda de bens imóveis, quando autorizada por lei, bem como de outros bens;

g) Os juros de contas de depósito;

h) Os saldos da conta de gerência de anos anteriores;

i) O produto de taxas, emolumentos, multas, penalidades ou quaisquer outras receitas que legalmente Ihe advenham;

j) O produto de empréstimos contraídos.

Artigo 56º Isenções fiscais A Universidade está isenta de impostos, taxas, custas, emolumentos e selos, nos termos legais.

CAPITULO VI - DO PESSOAL

Artigo 57º Quadros de pessoal 1—Os quadros de pessoal fixados pelos Decreto-Lei nº 319-B/88, de 13 de Setembro e Decreto

Regulamentar nº 62/86, de 6 de Novembro, poderão ser alterados pelo Senado, por proposta do Reitor, observado o disposto nos nºs 5 e 6 do artº 15º da Lei nº 108/88, de 24 de Setembro.

2—É permitida a intercomunicabilidade de pessoal não docente a que se referem o mapa III do Decreto-Lei nº 319-B/88 e o mapa em anexo ao Decreto Regulamentar nº 62/86.

Artigo 58º Outro pessoal 1—Além do pessoal a que se refere o artigo anterior, a Universidade poderá dispor ainda, em

regime de contrato além do quadro, nomeadamente, de um capelão e de um regente de coro, com as remunerações e condições de prestação que forem fixadas nos diplomas de provimento.

2—Os contratos a que se referem os nºs 3 e 4 do artº 15º da Lei nº 108/88, de 24 de Setembro, podem ser de trabalho, de tarefa ou de avença, não conferindo, em caso algum, a qualidade de funcionário público ou de agente administrativo e obedecem aos seguintes parâmetros:

a) Revestem forma escrita, contendo a identificação dos outorgantes, a do serviço ou obra a que a prestação de trabalho se destina, a categoria profissional e a remuneração do trabalhador, o local de trabalho e a definição do prazo;

b) Caducam com o expirar do prazo ou com a ocorrência do facto correspondente ao termo neles estipulado.

CAPÍTULO VII - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 59º 1—Enquanto não puderem ser organizadas em departamentos, por insuficiência dos requisitos

fixados no regulamento a que se refere o nº 2 do artº 5º destes Estatutos, as Unidades Científico-Pedagógicas serão organizadas em Secções que terão a competência daqueles e, serão convertidas em departamentos à medida que se for verificando o preenchimento daqueles requisitos.

2—A representação de docentes e alunos por departamento na Assembleia da Universidade, a que se referem as alíneas a), b) e c) do nº 3 do artº 10º destes Estatutos, competirá às Secções a que se refere o número anterior, enquanto não se verificar a sua conversão em departamentos.

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3—A categoria de director será atribuída ao responsável pelo funcionamento de cada centro, quando este atingir dimensão e estrutura a definir por regulamento próprio, a aprovar pelo Conselho Científico.

Artigo 60º Todos os mandatos por eleição são susceptíveis de renovação, salvo disposição estatutária em

contrário.

Artigo 61º As vagas que ocorrerem, antes do termo do respectivo mandato, entre os membros eleitos dos

órgãos previstos nestes Estatutos serão preenchidas por processo eleitoral, sempre que a eleição tenha sido feita em lista uninominal, completando os novos elementos o mandato dos anteriores.

Artigo 62º A actual estrutura da UBI será adaptada aos princípios fixados pelos presentes Estatutos no

prazo de seis meses a contar da data da sua publicação.

Artigo 63º A impossibilidade de constituição de qualquer dos órgãos previstos nestes Estatutos será

declarada pelo Reitor que, ouvido o Senado, resolverá sobre o assunto.

Artigo 64º Os casos omissos são resolvidos por despacho do Reitor, ouvido o Senado.

* * *

Aprovados pela Assembleia constituída nas termos do disposto no artigo 29º da Lei nº 108/88, de 24 de Setembro (Autonomia das Universidades), nas sessões realizadas em 16 de Março de 1989, 12 de Abril de 1989 e 12 de Julho de 1989

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REGULAMENTO DO EXERCÍCIO DA AUTONOMIA CIENTÍFICA E PEDAGÓGICA

D E L I B E R A Ç Ã O D O S E N A D O N ° 7 / 9 3

A Universidade da Beira Interior nos termos dos Estatutos, goza de autonomia científica e pedagógica a qual é definida e exercida, com a colaboração dos Conselhos Científico e Pedagógico da Universidade sem prejuizo da autonomia de cada um dos docentes nos respectivos domínios de actuação. A existência destes Conselhos a nível global da instituição confere à UBI uma estrutura unitária na gestão das actividades científicas e pedagógicas, sendo de referir que esta estrutura unitária é a linha de força orientadora da organização interna da Universidade, indispensável para que ela possa impor se como um paradigma de rigor, transparência e coesão. E porque o artigo 36° dos Estatutos, não clarifica devidamente as competências dos Conselhos Pedagógico Cientificos das Unidades Cientifico Pedagógicas, perante as competências dos Conselhos Científico e Pedagógico da Universidade impõe se regulamentar a articulação de umas e outras entre si, devendo tomar se por base os regulamentos já aprovados para estes dois últimos Conselhos.

Assim, o Senado, por proposta do Reitor, ouvido o Conselho Científico, nos termos do n° 2 do artigo 5° e alínea 1) do n° 1 do artigo 17° dos Estatutos delibera o seguinte:

Artigo 1° Autonomia científica e pedagógica: Âmbito 1 A Universidade da Beira Interior, nos termos do artigo 1° dos seus Estatutos, goza de

Autonomia Científica e Pedagógica.

2 A autonomia científica confere à Universidade da Beira Interior a capacidade de livremente, e de acordo com as grandes linhas da política nacional, definir programas e executar a investigação e demais actividades científicas e culturais, compatíveis com os fins e natureza da Universidade, obrigando-se esta a:

a) Reger-se pelos padrões de rigor da comunidade científica internacional;

b) Respeitar os direitos individuais em matéria de propriedade intelectual;

c) Promover o estudo, a investigação e a divulgação do impacto das aplicações da ciência na sociedade contemporânea.

3 - No âmbito da autonomia pedagógica, a Universidade da Beira Interior, de harmonia com o planeamento das políticas nacionais de educação, ciência e cultura, goza da faculdade de:

a) Criar, suspender e extinguir cursos;

b) Estabelecer, nos limites da lei, as regras de acesso aos cursos nela ministrados e elaborar os seus planos de estudo, os programas das várias disciplinas e o respectivo regime de precedências;

c) Definir os métodos de ensino e os processos de avaliação de conhecimentos;

d) Estabelecer os regimes de prescrição;

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e) Ensaiar experiências pedagógicas.

4 - A Universidade da Beira Interior regerá o seu ensino por padrões de qualidade, de modo a assegurar formação adequada às necessidades da comunidade nacional e internacional em que se insere, no respeito pela pluralidade de doutrinas e métodos que garantam a liberdade de ensinar e aprender.

5 -No âmbito das funções previstas nos nºs 2 e 3 e no quadro genérico das suas actividades a Universidade pode:

a) Realizar acções de colaboração e intercâmbio com outras entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, estabelecendo para o efeito instrumentos de cooperação mútua.

b) Seleccionar e recrutar o pessoal docente necessário à eficaz prossecução dos fins da Universidade, nos termos da lei.

c) Promover a avaliação das suas actividades científicas e pedagógicas.

6 - A autonomia científica e pedagógica é exercida na Universidade da Beira Interior a nível institucional e a nível individual de acordo, respectivamente, com os artigos 2° e 3° deste regulamento.

Artígo 2° Exercício da autonomia a nível institucional 1 - A nível institucional a autonomia científica e pedagógica da Universidade da Beira Interior, é

exercida de forma global e unitária pelo Senado e pelo Reitor com o apoio dos Conselhos Científico e Pedagógico da Universidade.

2 - O exercício da autonomia científica e pedagógica tem a sua expressão mais significativa nos Programas de Ensino (cursos) , de Investigação (centros e núcleos) e de Prestação de Serviços (núcleos de prestação de serviço), os quais se desenvolvem de acordo com:

a) o regulamento da organização e funcionamento das Actividades de Ensino, Investigação e Prestação de Serviços a que se refere o n° 3 do artigo 4° dos Estatutos;

b) regulamentos específicos aprovados pelo Senado ou pelo Conselho Científico e homologados pelo Reitor;

c) Despachos do Reitor.

3 - A gestão da autonomia científica e pedagógica a nível institucional é também designada gestão académica.

3.1 No âmbito da gestão académica a competência do Senado prevista nos Estatutos é exercida nos termos do respectivo regulamento de funcionamento.

3.2 No âmbito da gestão académica como segmento funcional da função administrativa, no sentido amplo do termo, compete ao Reitor, nos termos da alínea fl do n° 1 do artigo 14° dos Estatutos:

a) Aprovar os mapas de distribuição de serviço docente (actividades de ensino, investigação e prestação de serviços);

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b) Autorizar, nos termos legais, o recrutamento de docentes, aprovar os editais de abertura de concurso e a constituição dos respectivos Júris;

c) Autorizar o exercício de funções docentes noutras instituições de ensino superior nos termos do Estatuto da Carreira Docente;

d) Conceder licenças, dispensas de serviço e equiparações a bolseiro aos docentes da UBI;

e) Autorizar os professores que atinjam o limite de idade no decurso do ano lectivo a manterem se em exercício de funções até ao termo desse ano, desde que o tenham requerido;

f) Autorizar a passagem de docentes ao regime de tempo parcial.

g) Aprovar as tabelas de preço de cursos de extensão e de trabalhos realizados na Universidade, tendo em atenção os meios humanos e materiais mobilizados, a qualidade do serviço prestado, os respectivos custos indirectos e os preços correntes de mercado;

h) Autorizar a cedência temporária de instalações para fins educativos e culturais, mediante condições previamente fixadas;

i) Autorizar a admissão às provas de agregação e nomear os respectivos Júris;

j) Nomear os Júris para as provas de mestrado e doutoramento e fixar as datas de realização destas últimas;

I) Nomear os docentes universitários que integram os núcleos de estágio das licenciaturas em ensino;

m) Fixar os limites de admissão de candidatos aos cursos de mestrado e os respectivos prazos de inscrição;

n) Fixar os limites de admissão de candidatos aos cursos de graduação;

o) Fixar os limites de admissão de candidatos portadores de habilitações especiais e dos candidatos a mudança de curso, reingresso e transferência bem como os critérios de seriação;

p) Nomear, sempre que aplicável, os júris para se pronunciarem sobre pedidos de equivalência e reconhecimento de habilitações estrangeiras;

q) Exercer as demais competências que no domínio científico e pedagógico Ihe estejam expressamente atribuídas e as que por lei, estatutos e regulamentos não sejam atribuídas a outros órgãos.

3.3 Tendo em vista dispor de um instrumento de apoio à gestão académica dos diferentes programas, será para estes organizada, intimamente, uma contabilidade em estreita cooperação com o segmento funcional da gestão patrimonial e financeira da Universidade.

3.4 Os princípios referidos nos números anteriores informarão o regulamento do exercício da autonomia administrativa e financeira da Universidade a aprovar pelo Senado por proposta do Reitor, ouvido o Conselho Científico.

4 - O apoio ao exercício da autonomia científica e pedagógica da UBI, prestado pelos Conselhos Científico e Pedagógico da Universidade, encontra se definido nos respectivos regulamentos.

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5 - Os regulamentos dos Conselhos Pedagógico Cientificos a que se refere o artigo 36° dos Estatutos atribuirão às suas secções científicas e pedagógicas as competências que para estas se encontram respectivamente definidas nos regulamentos dos Conselhos Científico e Pedagógico da Universidade.

Artigo 3° Exercício da autonomia a nível individual A nível individual, os docentes, sem prejuízo do cumprimento das normas definidas a nível

institucional, nos termos do artigo anterior, gozam de autonomia para:

a) Criação e investigação científica nos limites da disponibilidade da instituição;

b) Publicação dos resultados dos trabalhos científicos e de investigação;

c) Leccionação das matérias constantes dos programas aprovados para as diferentes disciplinas com liberdade de orientação e opinião científica;

d) Definição dos métodos de ensino, dos meios materiais auxiliares disponíveis à sua execução e de escolha dos processos de avaliação de conhecimentos;

e) Pesquisa e experimentação de novos métodos de aprendizagem e ensino.

Artigo 4° Revisão 1 A revisão do presente regulamento poderá ter lugar:

a) Quatro anos após a sua aprovação por decisão da maioria dos membros do plenário do Senado em efectividade de funções;

b) Em qualquer momento, por decisão da maioria de dois terços dos membros do plenário do Senado em efectividade de funções.

2 Quaisquer alterações terão de ser aprovadas por maioria de dois terços dos membros do plenário do Senado em efectividade de funções.

Universidade da Beira Interior Covilhã, em 26 de Junho de 1993

O Presidente do Senado,

Prof. Cândido Manuel Passos Morgado

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REGULAMENTO DA CRIAÇÃO DE DEPARTAMENTOS NAS UNIDADES CIENTIFICO-PEDAGÓGICAS

D E L I B E R A Ç Ã O D O S E N A D O N º 8 / 9 3 A Universidade da Beira Interior desenvolve as suas actividades através de unidades orgânicas de

base, designadas por Unidades Científico Pedagógicas, que deverão cooperar entre si, por forma a que seja correctamente executada a política científica e pedagógica da Universidade.

Essas Unidades são constituídas por Departamentos, criados de forma a que se maximize a correcta e rigorosa utilização dos recursos humanos e materiais disponíveis, e aos quais cabe a execução das actividades de ensino, investigação e prestação de serviços da Universidade.

Com esta organização tem se como objectivo a afirmação e o desenvolvimento da especialização da UBI de forma descentralizada, em diversos domínios científicos, sem prejuízo da unidade e uniformidade necessárias a uma Instituição, que deve ser um símbolo de qualidade e de inovação, perante a sociedade.

Deste modo, nos termos do nº 3 do artigo 59 dos Estatutos, o Senado, por proposta do Reitor, ouvido o Conselho Científico, delibera a aprovação do seguinte Regulamento referente à criação de Departamentos nas Unidades Cientflico Pedagógicas.

SECÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1º Natureza e âmbito 1 Ao nível da gestão de recursos e da criação e transmissão de conhecimentos em áreas

consolidadas do saber, em cada uma das quais se integra um grupo de disciplinas, a Universidade da Beira Interior estrutura-se em Departamentos.

2 Os Departamentos, envolvendo áreas afins do saber, são a base da organização das Unidades Científico Pedagógicas, de modo a que sejam sempre optimizadas as sinergias de todos os recursos e assim se possa fortalecer a qualidade e a criatividade do ensino, da investigação e dos serviços à comunidade.

3 No quadro da autonomia científica e pedagógica da Universidade, os Departamentos fomentam a liberdade de criação e de investigação científica dos docentes e investigadores neles agrupados e asseguram a pluralidade de doutrinas e métodos inerentes à liberdade de ensinar e de aprender.

Artigo 2º Fins Os departamentos prosseguem os seus fins através da acção integrada do ensino e da

investigação, desenvolvendo simultaneamente a interacção com a comunidade exterior, através de contratos de desenvolvimento, cooperação e prestação de serviços especializados, no âmbito dos objectivos institucionais da Universidade, competindo lhes designadamente:

a) Garantir o ensino das disciplinas compreendidas na sua área científica e professadas na Universidade;

b) Promover a constante actualização dos programas e melhoria dos métodos de ensino;

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c) Fomentar e desenvolver a investigação científica e cultural;

d) Promover a formação de docentes, investigadores e técnicos qualificados;

e) Dinamizar a realização de contratos I.& D. com instituições e empresas e assegurar a prestação de serviços especializados à comunidade;

f) Contribuir para o funcionamento eficaz da UBI, nomeadamente por intermédio da colaboração com outros departamentos da Universidade.

Artigo 3º Criação, extinção e reestruturação de departamentos 1 A criação de um departamento exige um número mínimo de 10 docentes e investigadores, 5

dos quais, pelo menos, doutorados, prestando todos eles serviço na UBI em regime de tempo integral.

1.1 Numa fase transitória e mediante proposta devidamente justificada podem ser criados Departamentos sem se encontrarem satisfeitas as condições previstas no n° 1 mas será sempre necessário haver neles doutores entre os seus docentes e serem ministradas disciplinas da especialidade que conduzam a uma licenciatura oferecida pela Universidade e inserida no âmbito da área do conhecimento do Departamento a criar.

2 Enquanto não se verificarem os requisitos previstos no número anterior, em vez de Departamentos, poderão ser criadas secções autónomas, nos termos do artigo 59º dos Estatutos.

3 Compete ao Senado aprovar a criação dos Departamentos e Secções Autónomas.

4 Funcionam desde já na Universidade os seguintes Departamentos e Secções Autónomas:

a) No âmbito da Unidade Científico Pedagógica de Ciências Exactas: Departamento de Matemática e Informática; Departamento de Física; Departamento de Química;

b) No âmbito da Unidade Científico Pedagógica de Ciências da Engenharia: Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis; Departamento de Ciência e Tecnologia do Papel; Departamento de Engenharia Electromecânica; Departamento de Engenharia Civil; Departamento de Ciências Aeroespaciais;

c) No âmbito da Unidade Científico Pedagógica de Ciências Sociais e Humanas: Departamento de Gestão e Economia; Departamento de Sociologia e Comunicação Social; Secção Autónoma de Ciências da Educação.

5 As disciplinas ou grupo de disciplinas ministradas nos Departamentos e na Secção Autónoma a que se refere o número anterior, são as constantes do Anexo a este regulamento.

6 A proposta de criação de um departamento nos termos do nº 1.1 ou de uma secção autónoma, compete ao Reitor, ouvido o Conselho Científico e a correspondente Assembleia de Representantes da Unidade Científico Pedagógica em que será integrado, quando esta já exista.

7 A proposta da criação de um Departamento, nos termos do nº 1 deve ser subscrita exclusivamente por elementos da UBI no mínimo nos quantitativos e com as qualificações a que se refere aquele número, devendo todos os subscritores estar dispostos a dele fazerem parte em regime de tempo integral.

31

7 .1 A proposta a que se refere o nº 7 carece da anuência das Comissões Científicas dos departamentos em que se encontram integrados os seus subscritores, os quais terão necessariamente de pertencer a dois ou mais departamentos já existentes.

8 A proposta de criação de um Departamento, nos termos do nº 1 deste artigo, poderá ainda ser feita pelo Reitor, ouvido o Conselho Científico.

9 A proposta de criação de um novo departamento deverá ser devidamente fundamentada e dela constará: a relação detalhada dos recursos materiais e humanos previstos para o desenvolvimento das suas actividades e a forma de os obter; as disciplinas que constituirão a sua área do saber e a Unidade Científico Pedagógica em que se integra; e ainda um projecto de regulamento da organização interna do Departamento a criar.

10 A proposta da criação de um Departamento é apresentada ao presidente do Conselho Científico, que a submeterá ao Senado através do Reitor, depois de obter os pareceres daquele Conselho e da respectiva Assembleia de Representantes, caso esta exista, colhidos por esta ordem, e subscrHos por dois terços, pelo menos, dos respectivos membros em efectividade de funções.

11 Se um dos órgãos mencionados no número anterior se pronunciar desfavoravelmente pela criação do Departamento, a proposta é devolvida aos subscritores com a fundamentação da recusa.

12 Sem prejuízo do disposto nº 2 do artigo 32º dos Estatutos, as propostas de extinção e reestruturação de departamentos e secções autónomas, serão apresentadas pelo Reitor a decisão do Senado, sob proposta do Conselho Científico ou da Comissão Científica Departamental, após audição da Assembleia de Representantes da respectiva Unidade.

13 Os Departamentos poderão ser extintos quando existirem manifestas dificuldades no cumprimento da sua missão.

14 Da proposta de extinção de um departamento deve constar o novo enquadramento orgânico e funcional dos respectivos recursos humanos e materiais.

15 A extinção de um departamento carece de parecer favorável do conselho científico, emitido pela maioria dos seus membros em efectividade de funções.

Artigo 4º Recursos materiais e humanos 1 A Universidade da Beira Interior caracteriza se por dispor de uma estrutura científica e

pedagógica coesa e unificada, em que os Departamentos e as Unidades Cientifico Pedagógicas em que se organiza são núcleos de recursos humanos e materiais propiciadores do desenvolvimento dos diferentes programas académicos.

2 Para prover aos fins prosseguidos pelos departamentos e secções autónomas ser lhes ão atribuídos pelo Senado, sob proposta do Reitor, ouvido o Conselho Científico, meios materiais apropriados ao desempenho da sua missão, dentro das disponibilidades existentes, nomeadamente equipamento, mobiliário, áreas de laboratório, gabinetes e outras instalações especiais.

2.1 Para as funções de coordenação dos Departamentos que constituem cada Unidade Cientifico Pedagógica, serão igualmente atribuídas nos termos do número anterior, instalações apropriadas para o efeito, tendo em conta a rentabilização dos recursos disponíveis.

32

3 A Universidade afectará o pessoal indispensável ao funcionamento de cada Unidades Departamento, ou Secção Autónoma, sendo através da Universidade que esse pessoal continuará a perceber os vencimentos e outros abonos a que tenha direito.

4 Os docentes apenas podem ser integrados num Departamento ou Secção Autónoma, nada obstando, no entanto, à colaboração com outros Departamentos desde que tal seja conveniente para a Universidade e haja acordo prévio entre os Presidentes dos Departamentos interessados.

5 Com o fim de estimular as suas actividades, poderão ser consignadas a despesas das Unidades e dos Departamentos, receitas da Universidade provenientes da prestação de serviços, bem como de subsídios concedidos por quaisquer entidades.

6 Nos termos do nº 3 do artigo 34º dos estatutos o Conselho Administrativo da Universidade , tendo em consideração o disposto no nº anterior, fixará , para cada Conselho Directivo das Unidades Científico Pedagógicas, um orçamento anual, do qual constam os montantes afectos a cada departamento e distribuídos pelas rubricas consideradas pertinentes.

6.1 A autorização das despesas do orçamento afecto a cada Departamento, a que se refere o número anterior, depois de previamente cabimentadas, compete, nos termos do nº 3 do artigo 34º dos Estatutos, ao Conselho Directivo de cada Unidade, nas condições a definir pelo Conselho Administrativo da Universidade.

6.2 A autorização do pagamento das despesas a que se refere o nº 6.1 é também,: nos termos do nQ3 do artigo 34Q dos Estatutos, da responsabilidade do Conselho Administrativo da Universidade após a verificação da legalidade da despesa.

7 As actividades no âmbito das áreas de expediente, contabilidade, economato e património dos departamentos e secções autónomas bem como das Unidades Cientifico-Pedagógicas, serão centralizadas nos serviços próprios da Universidade que darão, para o efeito, todo o apoio necessário.

7.1 Na sequência do estabelecido em 6.2, todos os movimentos orçamentais envolvendo os Departamentos e as Unidades Cientifico Pedagógicas, são para efeitos de prestação de contas, escriturados na Contabilidade da Universidade, enquadrada e elaborada esta com base no Plano Oficial de Contabilidade, de acordo com o disposto no nº 1 do artigo 5º do Decreto Lei nº 155/92 de 28 de Julho.

7.2 A Universidade organizará internamente a sua Contabilidade, tendo em vista dispor não só de um instrumento de apoio ao segmento funcional da gestão académica, mas também de apoio ao segmento funcional da gestão financeira e patrimonial, com o apuramento das receitas e despesas directas e indirectas por Departamento e Unidade Cientifico Pedagógica.

8 Os princípios referidos nos números anteriores informarão o regulamento do exercício da autonomia administrativa e financeira da Universidade, a aprovar pelo Senado por proposta do reitor, ouvido o Conselho Científico.

SECÇÃO II - ORGANIZAÇÃO INTERNA

Artigo 5º Órgãos dos departamentos 1 Os Departamentos dispõem obrigatoriamente dos seguintes órgãos:

33

a) O Presidente, que pode ser coadjuvado por um adjunto;

b) A Comissão Científica Departamental;

c) O Conselho de Departamento;

Artigo 6º Presidente do departamento 1 Desempenha as funções de Presidente do departamento, o professor em regime de tempo

integral e em efectividade de funções, eleito para Presidente da Comissão Científica Departamental nos termos do regulamento do Conselho Científico da Universidade.

1.1 O Presidente do Departamento, para além de Presidente da Comissão Científica Departamental, é também Presidente do Conselho de Departamento, previsto na alínea c) do nº 1.

2 O presidente do departamento tem um mandato de dois anos e tomará posse perante o Reitor.

3 Compete ao Presidente do Departamento:

a) Convocar e conduzir as reuniões da Comissão Científica Departamental e do Conselho de Departamento e assinar as respectivas actas:

b) Representar o departamento;

c) Assegurar a gestão dos meios humanos e materiais à disposição do departamento, nomeadamente, das dotações orçamentais que Ihe forem atribuídas e dar execução às deliberações da Comissão Científica Departamental e do Conselho de Departamento; d) Zelar pela conservação e manutenção das instalações e outros bens afectos ao departamento;

e) Dar andamento às propostas de admissão de pessoal, de renovação e de rescisão de contratos;

f) Preparar convénios, acordos e contratos de prestação de serviços especializados no âmbito das áreas disciplinares do Departamento, ouvidos, consoante a natureza dos mesmos, a Comissão Científica Departamental ou o Conselho de Departamento;

g) Exercer as funções que Ihe forem cometidas pela Comissão Científica Departamental, pelo Conselho de Departamento e pelos órgãos de gestão da Unidade e da Universidade.

4 Em caso de ausência, impedimento ou vacatura, o Presidente do Departamento será substituído pelo professor mais antigo e de categoria mais elevada do departamento.

5 Quando excepcionais circunstâncias o exijam, os Presidentes de um Departamento ou de uma Secção Autónoma serão nomeados pelo Reitor, de entre os doutorados em serviço na UBI, ouvido o departamento ou a secção.

Artigo 7º Comissão científica departamental 1 A Comissão Científica Departamental é constituída por todos os membros do Conselho

Científico da Universidade que desempenhem funções no âmbito do Departamento.

2 A Comissão Científica possui, no âmbito das actividades do departamento, as competências que Ihe estejam atribuídas no regulamento do Conselho Científico da Universidade, funcionando em conformidade com o estipulado no mesmo.

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Artigo 8º Conselho de departamento 1 O Conselho de departamento é constituído:

a) Pelos membros da Comissão Científica Departamental;

b) Por representantes dos docentes não doutorados do Departamento, eleitos pelos seus pares, de entre assistentes em regime de tempo integral, em número igual a 1/3 dos membros referidos na alínea a), arredondado para a unidade imediatamente superior.

2 Ao Conselho de Departamento compete:

a) Elaborar propostas e dar parecer sobre as alterações ao regulamento de organização interna e funcional;

b) Emitir parecer relativamente a propostas de afectação global de pessoal não docente bem como de bens e serviços;

c) Pronunciar se sobre os programas das actividades em que o Departamento está envolvido;

d) Emitir parecer sobre todos os assuntos que Ihe sejam presentes pelo Presidente ou solicitados por outros órgãos da Universidade;

e) Exercer as demais competências que Ihe sejam atribuídas em regulamentos da Universidade ou delegadas pelos órgãos desta.

3 As deliberações do conselho de departamento poderão ser alteradas, ouvido o Conselho Directivo da Unidade, quando se julguem incompatíveis com os interesses gerais prosseguidos pela Universidade ou possam prejudicar o seu funcionamento.

4 As propostas de alteração referidas na alínea a) do número 2 deste artigo estão sujeitos aos tramites fixados no artigo 9º do presente regulamento.

Artigo 9º Funcionamento A organização interna e funcional dos Departamentos, nos termos do nº 4 do artigo 5º dos

Estatutos, constará de regulamentos a aprovar pelo Reitor, por proposta das Unidades Cientifico Pedagógicas respectivas.

Artigo 10º Secção autónoma 1 Cada secção autónoma disporá de uma Comissão Científica e de um Conselho, constituídos

em conformidade com o estabelecido nos artigos 7º e 8º do presente regulamento.

2 A Comissão Científica da Secção será dirigida por um Presidente a eleger por todos os seus membros, de entre os professores da secção, o qual desempenhará as funções de Presidente da Secção bem como do respectivo Conselho.

3 O Presidente, a Comissão Científica e o Conselho da Secção têm, com os devidas adaptações, respectivamente, as competências atribuídas em cada Departamento ao Presidente, à Comissão Científica e ao Conselho do Departamento.

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SECÇÃO III - INSTALAÇÕES INTERDEPARTAMENTAIS E COORDENAÇÃO DOS DEPARTAMENTOS

Artigo 11º Instalações Interdepartamentais 1 Consideram se instalações interdepartamentais os laboratórios ou outras instalações especiais

que se destinem a apoiar actividades (de ensino, investigação, desenvolvimento e prestação de serviços à comunidade) e que sirvam mais do que um departamento.

2 O Reitor designará o Coordenador das instalações interdepartamentais ouvido o Conselho Científico.

Artigo 12º Coordenação dos departamentos agregados nas unidades 1 A coordenação do funcionamento dos Departamentos que integram cada Unidade Cientifico

Pedagógica tem como objectivo assegurar a satisfação de necessidades comuns, e é da responsabilidade do respectivo Conselho Directivo da Unidade e, em especial, do seu Presidente ao qual compete:

a) Promover a cooperação não só entre os Departamentos da Unidade, mas também com os de outras Unidades em actividades de interesse comum;

b) Informar os Conselhos de Departamento através do seu presidente, sobre as matérias a eles respeitantes, discutidas nos órgãos e estruturas em que está representado, e veicular junto desses órgãos as posições dos referidos departamentos;

c) O exercício das funções previstas no artigo 3º dos Estatutos que, tendo em vista a coordenação dos Departamentos em conformidade com o estabelecido no presente regulamento, Ihe tenham sido delegadas nos termos do nº 3 do artigo 14º dos mesmos Estatutos.

SECÇÃO IV - DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 13º Representantes dos departamentos nos diferentes órgãos 1 Os representantes dos professores dos vários Departamentos nos diferentes órgãos, sempre

que nada esteja disposto em contrário, serão eleitos pelo plenário da Comissão Científica Departamental.

2 Aos representantes referidos no número anterior compete em geral:

a) Defender os interesses do Departamento;

b) Manter o Departamento informado sobre os assuntos em discussão nos órgãos a que pertencem;

c) Colaborar na gestão do Departamento em conformidade com as suas competências específicas ou por solicitação do presidente do Departamento.

Artigo 14º Processo eleitoral O processo de eleição a que se refere a alínea b) do nº 1 do antigo 8º será estabelecido de acordo

com o Regulamento do Processo Eleitoral.

Artigo 15º Interpretação e suprimento de lacunas A interpretação e o suprimento de lacunas, devem ser feitas por despacho do reitor passando

então a integrar o presente regulamento.

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Artigo 16º Revisão 1 A revisão do presente regulamento, com ressalva do estabelecido nos nºs 4 e 5 do artigo 39, só

pode ter lugar:

a) Quatro anos após a sua aprovação, por decisão da maioria dos membros do plenário do Senado em efectividade de funções; b) Em qualquer momento, por decisão da maioria de dois terços dos membros do plenário do Senado em efectividade de funções.

2 Quaisquer alterações terão de ser aprovadas por maioria de dois terços dos membros do plenário do Senado em efectividade de funções.

Universidade da Beira Interior Covilhã, em 26 de Junho de 1993

O Presidente do Senado

Prof. Doutor Cândido Manuel Passos Morgado

ANEXO (Nº5 do artigo 3º) DISCIPLINAS OU GRUPOS DE DISCIPLINAS QUE ABRANGE CADA

DEPARTAMENTO

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E INFORMÁTICA

Anáiise; Algebra; Probabilidades e Estatistica; Análise Numérica; História e Fundamentos de Matemática; Infommática; Geometria e Topologia; Metodologia da Matemática; Mecanica Teórica e Física Matemática;lnvestigação Operacional.

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

Mecânica e Termodinâmica; Electromagnetismo, Electrónica e Sistemas Digitais; Ciências do Ambiente e do Espaço; Física do Estado Sólido; Mecanica Quantica; Física Nuclear e Fisica Atómica e Molecular; Óptica e Optometria; História da Ciência; Metodologia da Fisica; Biofisica.

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

Química Analítica; Química Orgânica; Química Física; Química Inorgânica; Tratamento de Efluentes; Processos Químicos; Bioquímica.

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA TÊXTEIS

Tecnologia Têxtil; Química Têxtil; Física Têxtil; Confecção e Design.

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PAPEL

Química das Pastas e do Papel; Fisica do Papel; Tecnologia das Pastas; Tecnologia do Papel; Transformação do Papel.

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Estruturas e Betão; Geotecnia; Construção e Arquitectura; Topografia e Vias de Comunicação; Hidráulica e Saneamento; Arqueologia e Conservação; Gestão e Ordenamento do Território; Planeamento e Urbanismo.

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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROMECÂNICA

Electrotecnia, Máquinas Eléctricas e Electr6nica de Potência; Controlo de Sistemas e Automação; Mecanica dos Materiais e Tecnologia Mecanica; Mecanica dos Fluídos e Lubrificação; Termodinamica Aplicada, Transmissão de Calor e Energética; Máquinas Térmicas e Hidráulicas; Sistemas Mecanicos e de Representação; Processos de Produção.

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AEROESPACIAIS

Aerodinâmica e Dinâmica de Gases; Propulsão de Veiculos Aeroespaciais; Estrutura de Veiculos Aeroespaciais; Guiamento e Controlo; Mecanica do Voo; Astrodinamica; Fabrico e Manutenção de Veiculos Aeroespaciais; Projecto de Veiculos Aeroespaciais; Instrumentação, Sistemas e Operações de Veiculos Aeroespaciais.

DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA

Contabilidade; Gestão dos Recursos Humanos; Gestão Financeira; Gestão da Produção; Estratégia; Marketing; Economia; Desenvohimento Regional; Ciências Juridicas.

DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA E COMUNICAÇÃO SOCIAL

Sociologia; Demografia; Antropologia; História; Lingua e Cultura Portuguesa; Técnicas de Informação; Semiótica; Jornaiismo; Relações Públicas; Publicidade.

SECÇÃO AUTÓNOMA DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO

Psicologia; Métodos e Técnicas da Educação; Línguas.

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REGULAMENTO DO CONSELHO CIENTÍFICO DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

O Conselho Científico da Universidade é o órgão de apoio ao Reitor em matéria de política científica da Universidade e funciona de acordo com o presente regulamento, elaborado nos termos do artigo 24° dos Estatutos:

CAPÍTULO I - ORGANIZAÇÃO, COMPOSIÇÃO, COMPETÊNCIAS E FUNCIONAMENTO

SECÇÃO I - ORGANIZAÇÃO

Artigo 1° Disposição Geral O Conselho Científico da Universidade da Beira Interior, para a prossecução dos seus fins,

organiza se em:

a) Plenário;

b) Secções Científicas.

Artigo 2° Plenário 1 No âmbito do Plenário, o Conselho Científico disporá de uma Comissão Coordenadora.

2 Em articulação com a Comissão referida no número anterior o Conselho Científico disporá, ainda de:

a) Comissões Permanentes;

b) Comissões Especializadas.

2.1 São desde já constituídas as seguintes Comissões Permanentes:

a) Gabinete de Pós Graduação;

b) Comissão de Gestão e Avaliação das Actividades de Ensino, Investigação e Prestação de Serviços;

c) Comissão de Equivalências.

2.2 As Comissões Especializadas destinam se a coordenar predominantemente programas específicos de natureza interdepartamental abrangendo cursos de graduação, de pós graduação e actividades de investigação e desenvolvimento desde que estas atinjam uma dimensão científica mínima, a definir pela Comissão Coordenadora do Conselho Científico.

Artigo 3° Secções Científicas 1 O Plenário dispõe das seguintes Secções Científicas, correspondentes às respectivas Unidades

Científico Pedagógicas, actualmente existentes:

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a) Secção de Ciências Exactas;

b) Secção de Ciências de Engenharia;

c) Secção de Ciências Sociais e Humanas.

2 Em articulação com as Secções Científicas previstas no número anterior, o Conselho Científico disporá, ainda, de uma Comissão Científica Departamental por cada Departamento existente na respectiva Unidade Científico Pedagógica ou que nela venha a ser criado.

3 A entrada em funcionamento de outras Unidades Científico Pedagógicas implicará a criação das correspondentes Secções Científicas.

Artigo 4° Presidência 1 O presidente do Conselho Científico será nos termos do n° 3 do artigo 22° dos Estatutos, um

professor catedrático de nomeação definitiva.

2 O presidente será coadjuvado no exercício das suas funções por um secretário eleito pelo plenário, sob proposta do presidente.

3 Em caso de ausência ou impedimento temporário, o presidente será substituído nos termos do n° 4 do artg° 22° dos Estatutos.

SECÇÃO II - COMPOSIÇÃO

Artigo 5° Plenário O Plenário é constituído pelos professores e individualidades previstas nos n°s 1 e 2 do artigo

22° dos Estatutos.

Artigo 6° Comissão Coordenadora A Comissão Coordenadora é constituída pelos seguintes elementos:

a) Presidente do Conselho Científico;

b) Vice Reitores e Pró Reitores;

c) Secretário do Conselho Científico; d) Presidente do Conselho Pedagógico;

e) Presidentes das Secções Científicas;

f) Presidentes das Comissões Científicas Departamentais;

g) Presidentes das Comissões Permanentes;

h) Individualidades, de entre as constantes no n° 2 do artigo 22° dos Estatutos, que o Reitor e o Presidente do Conselho Científico entendam convenientes para o funcionamento do órgão.

Artigo 7° Comissões Permanentes 1 As Comissões Permanentes terão a seguinte composição:

1.1 Gabinete de Pós Graduação:

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a) Presidente do Gabinete;

b) Presidentes das Secções Científicas;

c) Professores e individualidades do Conselho Científico em número a fixar pelo Reitor de acordo com as necessidades e por ele nomeados, ouvidos o Presidente do Gabinete e o Presidente do Conselho Científico.

1.2 Comissão de Gestão e Avaliação das Actividades de Ensino, Investigação e Prestação de Serviços:

a) Presidente do Conselho Científico:

b) Presidente do Conselho Pedagógico;

c) Presidente do Gabinete de Pós Graduação;

d) Director do Centro de Estudos de Desenvolvimento Regional;

e) Professores e individualidades do Conselho Científico em número a fixar pelo Reitor de acordo com as necessidades e por ele nomeados, ouvido o Presidente do Conselho Científico.

1.3 Comissão de Equivalências: Um representante de cada Comissão Científica Departamental a indicar pelo respectivo presidente.

2 O mandato dos membros a que se referem os números 1.1., 1.2 e 1.3., têm a duração de dois anos.

3 Para o exercício das suas funções a comissão a que se refere o n° 1.2. pode, por decisão do Presidente e ouvidos os seus membros, solicitar parecer a individualidades qualificadas nacionais ou estrangeiras.

Artigo 8° Comissões Especializadas 1 As Comissões Especializadas são constituídas por:

a) 3 a 7 membros a indicar pelos Presidentes das Comissões Científicas Departamentais tratando se de programas de ensino a nível de graduação ou pelo Gabinete de Pós Graduação tratando se de programas de ensino a nível do seu âmbito;

b) Um número de membros a definir caso a caso, de acordo com a sua natureza e as normas gerais aplicáveis, tratando se de Comissões para programas de investigação.

2 O mandato dos membros a que se referem as alíneas a) e b) do n° anterior tem a duração de dois anos.

Artigo 9° Secções Científicas As Secções Científicas são constituídas por todos os membros do Conselho Científico que

desempenhem funções nos Departamentos integrados nas respectivas Unidades Científico Pedagógicas.

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Artigo 10° Comissões Científicas Departamentais 1 As Comissões Científicas Departamentais são constituídas por todos os membros do Conselho

Científico que desempenhem funções no respectivo Departamento.

2 Das Comissões Científicas dos Departamentos em fase transitória de estruturação, poderão ainda fazer parte professores doutorados da UBI de outras áreas científicas ou professores de outras universidades, sendo estes últimos integrados no Conselho Científico enquanto durar tal situação.

SECÇÃO III - COMPETÊNCIAS

Artigo 11° Competências do Presidente do Conselho Científico Compete ao presidente:

a) Representar o Conselho Científico;

b) Verificar a conformidade dos poderes dos membros do Conselho;

c) Garantir o cumprimento do presente regulamento;

d) Zelar pela regularidade das deliberações do Conselho Científico;

e) Convocar as reuniões ordinárias e extraordinárias;

f) Presidir às reuniões, declarar a sua abertura, suspensão e encerramento e dirigir os respectivos trabalhos, tomando as medidas adequadas ao seu regular funcionamento;

g) Pôr à discussão e votação as propostas que sejam admitidas;

h) Decidir sobre a justificação de faltas;

i) Zelar pelo cumprimento das directivas emanadas do Plenário e da Comissão Coordenadora;

j) Proceder, conjuntamente com o Secretário, à eventual revisão, do texto das propostas aprovadas quanto à sistematização e ao estilo;

I) Apresentar ao Conselho todas as questões que afectem o bom andamento dos trabalhos escolares e a qualidade do ensino e cuja resolução caiba dentro da esfera de competências do Conselho;

m) Colaborar com o presidente do Conselho Pedagógico na coordenação das actividades da Universidade, bem como na elaboração dos respectivos planos e relatórios.

Artigo 12° Competências do Secretário Compete ao secretário, coadjuvar o presidente no desempenho das tarefas relativas ao

funcionamento do Conselho e designadamente:

a) Proceder à conferência das presenças nas reuniões, bem como verificar, em qualquer momento, o quorum, e registar as votações;

b) Registar as inscrições dos membros do Conselho que pretendam usar da palavra;

c) Servir de escrutinador em caso de votações;

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d) Elaborar as actas das reuniões.

Artigo 13° Competências do Plenário Compete ao Plenário:

a) Aprovar a proposta de regulamento do Conselho Científico e suas alterações;

b) Eleger o presidente do Conselho Científico;

c) Eleger o secretário do Conselho Científico nos termos do n° 2 do artigo 4°;

d) Propor a atribuição de doutoramento honoris causa a individualidades, nacionais ou estrangeiras de reconhecido mérito, mediante parecer devidamente justificado evidenciando a contribuição dessas individualidades nos domínios do ensino, da ciência ou da cultura;

e) Propor a política da Universidade nos domínios do ensino, investigação e prestação de serviços;

f) O exercício de outras competências que expressamente lhe sejam atribuídas por Lei, pelos Estatutos e Regulamentos;

g) Apreciar todos os assuntos que Ihe forem submetidas pelo Reitor ou pelo Presidente do Conselho Científico;

h) Avocar sob proposta de pelo menos 1/3 dos seus membros, deliberações da Comissão Coordenadora ou de qualquer outro órgão do Conselho Científico.

Artigo 14° Competências da Comissão Coordenadora 1 Compete a Comissão Coordenadora:

a) O exercício das competências atribuídas ao Conselho Científico, por Lei, pelos Estatutos, nomeadamente no seu artigo 23°, e pelos Regulamentos com salvaguarda das expressamente atribuídas ao Plenário;

b) Avocar sempre que o entenda necessário as deliberações dos órgãos referidos nos n° 2 do artigo 2° e no artigo 3° deste regulamento;

c) Emitir directivas a observar na formulação das propostas que tenham de ser submetidas à Comissão Coordenadora ou que devam ser elaboradas pelos diferentes órgãos do Conselho, no âmbito da respectiva competência;

2 Sempre que as Secções Científicas e as Comissões tenham, respectivamente, menos de 15 e de 5 professores as suas deliberações deverão ser obrigatoriamente submetidas à aprovação da Comissão Coordenadora.

3 A aprovação das deliberações das Secções e das Comissões com dimensão igual ou superior a fixada no número anterior é da competência do Presidente do Conselho Científico.

Artigo 15° Competências do Gabinete de Pós Graduação 1 Compete ao Gabinete de Pós Graduação:

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a) Propor anualmente às Comissão Coordenadora as áreas seleccionadas para a criação de cursos de pós graduação em estreita cooperação com os presidentes das Comissões Científicas Departamentais, de acordo com os recursos humanos e materiais disponíveis e tendo em conta as necessidades de qualificação para o desenvolvimento científico, tecnológico e cultural, regional ou nacional;

b) Definir o nível a que devem ser criados esses cursos de pós graduação;

c) Garantir o eficiente funcionamento dos cursos e o seu nível de qualidade assegurando um corpo docente devidamente qualificado, recorrendo quando necessário, à contratação de individualidades nacionais ou estrangeiras de reconhecido mérito ou a professores ou investigadores de outras universidades ou estabelecimento de ensino superior;

d) Promover a coordenação, acompanhamento e harmonização dos cursos de Pós-Graduação;

e) Elaborar parecer para a Comissão Coordenadora, sobre as propostas de cursos de Pós Graduação que Ihe sejam submetidos e dos quais devem constar os regulamentos previstos no artigo 9° do D.L. n° 216/92, de 13 de Outubro;

f) Propor a nomeação dos Directores dos Cursos, ouvidos os Presidentes das Comissões Científicas dos Departamentos envolvidos;

g) Pronunciar se sobre todos os assuntos que no âmbito da sua competência Ihe forem submetidos pela Comissão Coordenadora ou pelo Reitor.

2 O Gabinete poderá ainda tomar a iniciativa de criação de cursos de pós-graduação, designadamente, de natureza interdepartamental.

Artigo 16° Competências da Comissão de Gestão e Avaliação das Actividades de Ensino, Investigação e Prestação de Serviços

1 Relativamente às actividades de ensino:

a) Promover a recolha de informação e auscultar a opinião dos intervenientes sobre os métodos e processos de ensino e aprendizagem praticados na UBI, com vista à elaboração de estudos e relatórios onde se apresentem recomendações sobre as medidas científicas e pedagógicas a adoptar, conducentes a elevados níveis de sucesso escolar tendo em conta os recursos globais disponíveis;

b) Promover e coordenar a avaliação permanente da capacidade formativa da Universidade, designadamente, tendo em conta o sucesso dos seus graduados nas instituições e empresas;

c) Promover a formação pedagógica dos docentes da Universidade.

2 Relativamente às actividades de investigação e prestação de serviços:

a) Pronunciar se sobre os projectos de investigação com vista à apresentação de candidaturas a financiamento, quer por parte das entidades vocacionadas para o efeito quer por parte da Universidade;

b) Promover o reforço da cooperação em programas 18D nacionais, comunitários e internacionais, dando particular relevo aos que contribuam para a coesão da união europeia;

c) Cooperar em actividades de l&D que fortaleçam as relações científicas e culturais com os países de expressão portuguesa;

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d) Pronunciar se sobre as actividades de prestação de serviços que fortaleçam a ligação Universidade/Empresa privilegiando, para o efeito, contratos de l&D que contribuam para a valorização recíproca da Universidade e das empresas ou instituições envolvidas;

e) Fomentar o desenvolvimento cultural tendo em vista a valorização do nosso património, a defesa do ambiente e a preservação de bens regionais e nacionais.

3 Relativamente às actividades de ensino, investigação e prestação de serviços, proceder à análise comparativa dos indicadores financeiros, pedagógicos, científicos e de serviços à comunidade, praticados pela UBI, com os que têm lugar a nível nacional e internacional, por forma a avaliar se o desempenho das unidades institucionais da Universidade, envolvidas naquelas actividades.

Artigo 17° Competências da Comissão de Equivalências a) Deliberar sobre os pedidos de equivalências de disciplinas de cursos nacionais ou estrangeiros

bem como sobre os pedidos de integração curricular:

b) Propor a designação dos membros do Conselho Científico que deverão emitir parecer sobre os pedidos de equivalências de habilitações aos graus de licenciado, bacharel e a cursos de ensino superior não conferentes de grau;

c) Propor a constituição dos júris para reconhecimento de habilitações ao nível das referidas na alínea anterior.

Artigo 18° Competências das Comissões Especializadas para programas de ensino e investigação

1 Compete a cada Comissão Especializada para programas de ensino a nível de Graduação, também designada por Comissão de Curso:

a) Promover a coordenação interdisciplinar do respectivo curso;

b) Contribuir para a correcção de anomalias no funcionamento do curso:

c) Definir e incentivar acções pedagógicas e circum escolares que valorizem o curso por forma a fomentar no aluno através da observação e da reflexão a criatividade, inovação e espírito de risco;

d) Harmonizar os conteúdos programáticos das disciplinas que constituem o plano curricular do curso, de forma a adaptá los aos seus objectivos;

e) Pronunciar se sobre alterações curriculares a introduzir no curso;

f) Exercer as demais competências que Ihe sejam atribuídas por regulamento ou delegadas pelo Conselho Científico;

g) Pronunciar se sobre todas as questões que Ihe sejam submetidas pelo Director de Curso.

1.1 As Comissões de Curso são presididas pelo Director de Curso.

1.2 Os cargos de Directores de Curso são normalmente exercidos pelos presidentes das Comissões Científicas Departamentais.

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1.3 Em casos justificados poderão os Directores de Curso ser designados pelas Comissões Científicas Departamentais sob proposta dos respectivos presidentes.

1.4 Sempre que contribuam vários departamentos com peso significativo para os planos de estudo de um determinado curso, o respectivo Director de Curso será designado pela Comissão Coordenadora, de acordo com a interdisciplinaridade do curso, sendo neste caso aconselhável um sistema de rotatividade.

1.5 Compete ao Director de Curso:

a) Representar o curso e fazer a gestão dos assuntos correntes do curso;

b) Velar pelo bom funcionamento das aulas, segundo os horários e planos estabelecidos;

c) Velar pelo cumprimento das regras estabelecidas para a realização de exames e provas de avaliação e pelo registo apropriado e atempado dos resultados;

d) Zelar pela leccionação dos conteúdos programáticos das várias disciplinas de forma a garantir a satisfação dos objectivos do curso:

e) Orientar os alunos relativamente ao ingresso nos estágios científicos a que são obrigados;

f) Apoiar visitas de estudo e actividades circum escolares;

g) Elaborar o relatório anual de funcionamento do curso;

h) Exercer as funções que Ihe forem delegadas.

2 As Comissões Especializadas para programas de ensino, a nível de pósgraduação (mestrados) e respectivos Directores de Curso exercem as competências referidas no numero anterior com as necessárias adaptações devidamente expressas nos respectivos regulamentos.

3 Compete às Comissões Especializadas para programas de investigação, também designadas por Comissões Científicas:

a) Promover e realizar as actividades de investigação científica do Centro ou Núcleo de acordo com a política de investigação científica da Universidade;

b) Propor a abertura e extinção de linhas e projectos de investigação;

c) Fazer a distribuição pelos vários projectos, dos recursos humanos e materiais afectos ao Centro ou Núcleo que se encontrem disponíveis;

d) Propor os planos anuais e plurianuais das actividades do centro ou núcleo e aprovar os respectivos relatórios a submeter à apreciação da Comissão de Gestão e Avaliação das Actividades de Ensino, Investigação e Prestação de Serviços;

e) Dar parecer sobre os assuntos que Ihe forem submetidos pelo Director do Centro ou Núcleo.

3.1 Os Centros e os Núcleos de investigação são dirigidos por Directores que presidem às respectivas Comissões Científicas.

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3.2 Os cargos de Directores dos Centros ou Núcleos são exercidos pelos Presidentes das Comissões Científicas Departamentais ou propostos por estes à aprovação do Reitor mediante parecer da Comissão Coordenadora.

3.3 Os Centros interdepartamentais são dirigidos por um professor catedrático ou associado, proposto ao Reitor pela Comissão Coordenadora.

3.4 O mandato dos Directores de Centros ou Núcleos é de 2 anos.

Artigo 19° Competências das Secções Científicas 1 Compete às Secções Científicas:

a) Propor a abertura de concursos para professores do quadro e a contratação de professores auxiliares;

b) Propor a nomeação definitiva de professores catedráticos e associados e a nomeação definitiva ou recondução dos professores auxiliares;

c) Propor a contratação como professor convidado ou visitante de individualidades, nacionais e estrangeiras, de reconhecido mérito científico ou com desempenho profissional relevante;

d) Emitir parecer sobre a aquisição de equipamento científico e bibliográfico e seu uso;

e) Pronunciar se sobre quaisquer outros assuntos que Ihe sejam submetidos pela Comissão Coordenadora.

2 A Secção Científica só pode propor a abertura de concursos para professores de uma dada categoria desde que disponha de, pelo menos, 5 professores da mesma categoria ou superior.

3 Sempre que não se verifiquem as condições previstas no número anterior a proposta será elaborada por iniciativa do Reitor, votando todos os membros do plenário da mesma categoria ou superior.

Artigo 20° Competência das Comissões Científicas Departamentais Compete às Comissões Científicas Departamentais:

a) Propor mapas de distribuição de serviço docente envolvendo as actividades de ensino, investigação e prestação de serviços, as equiparações a bolseiro e dispensas de serviço docente com base nos planos individuais de trabalho aprovados;

b) Propor os Directores de Curso das licenciaturas de que o departamento seja responsável e dos seus representantes nas Comissões de Curso e eventualmente nas Comissões ou Conselhos estabelecidas para os mestrados em que participe;

c) Zelar pelo preenchimento mensal de fichas individuais de serviço prestado por cada docente distinguindo as actividades de ensino, investigação e prestação de serviços;

d) Nomear os professores responsáveis pelos laboratórios e demais serviços do departamento;

e) Propor o estabelecimento de convénios, de acordos e de contratos de prestação de serviços;

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f) Fazer propostas sobre a aquisição de equipamento científico e bibliográfico e seu uso;

g) Propor e dar parecer sobre a criação de centros e núcleos de investigação nos quais intervenha pessoal afecto ao departamento;

h) Pronunciar se sobre o interesse, para a valorização do Departamento e seus docentes das actividades de prestação de serviços, para que seja solicitada a sua colaboração;

i) Propor os orientadores dos assistentes e assistentes estagiários e a homologação dos respectivos planos de trabalho;

j) Emitir parecer relativamente a propostas de contratação de assistentes e assistentes estagiários bem como de pessoal técnico dos laboratórios e oficinas específicos do respectivo Departamento;

k) Pronunciar se sobre assuntos relativos a questões da competência do Conselho Científico que não transcendam o âmbito do respectivo Departamento bem como sobre os que Ihe sejam submetidos pelo respectivo Presidente.

SECÇÃO IV - FUNCIONAMENTO

Artigo 21° Normas gerais 1 As reuniões dos diferentes órgãos em que se estrutura o Conselho Científico decorrerão de

acordo com as “Normas Gerais de Funcionamento dos Órgãos da Universidade”.

2 As eleições previstas neste regulamento deverão ter lugar de acordo com as normas definidas no “Regulamento Eleitoral”.

3 Os elementos que participem nos órgãos previstos neste regulamento terão direito apenas a um voto, independentemente do número de cargos que desempenhem.

4 Para efeitos do disposto nas alíneas d), e), f), 9), h) e i) do artigo 23° dos Estatutos, só têm direito a voto os docentes de categoria superior à dos candidatos.

5 Os Presidentes dos diferentes órgãos podem determinar que sejam chamados a participar nas reuniões, sem direito a voto, funcionários ou agentes da Universidade.

6 A Comissão Coordenadora, as Comissões Permanentes, as Comissões Especializadas e as Comissões Científicas Departamentais poderão delegar parte da sua competência nos respectivos presidentes.

7 As Secções Científicas poderão delegar parte da sua competência numa comissão constituída pelo Presidente da Secção e pelos Presidentes das Comissões Científicas dos Departamentos que as constituem.

8 Dada a natureza do órgão, as deliberações do Conselho Científico carecem de homologação pelo Reitor, excepto aquelas para as quais tenha sido proferido despacho de delegação de competência.

9 As actas, uma vez assinadas, e os documentos analisados no Conselho Científico, serão arquivados na Reitoria ou nos Serviços por esta indicados.

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Artigo 22° Plenário 1 O Plenário reúne por convocação do presidente:

a) Ordinariamente, duas vezes por ano;

b) Extraordinariamente, conforme está previsto nas normas gerais, e ainda até 15 dias antes do final do mandato do presidente, para as eleições do presidente e do secretário do Conselho.

2 As reuniões ordinárias do Plenário serão convocadas com uma antecedência mínima de 15 dias devendo simultaneamente ser posta à disposição dos seus membros a documentação relativa à agenda de trabalhos.

Artigo 23° Comissão Coordenadora 1 O presidente e secretário do Conselho Científico desempenham por inerência os mesmos

cargos na Comissão Coordenadora.

2 A Comissão Coordenadora reúne ordinariamente quatro vezes por ano e extraordinariamente sempre que convocada pelo presidente, assegurando a Reitoria o respectivo apoio logístico.

3 As reuniões ordinárias da Comissão Coordenadora serão convocadas, com a respectiva agenda de trabalho, com uma antecedência mínima de oito dias.

Artigo 24° Comissões Permanentes 1 O Gabinete de Pós Graduação é presidido nos termos definidos na Deliberação do Senado que

o institui.

3 A Comissão reunirá ordinariamente quatro vezes por ano e extraordinariamente sempre que convocada pelo Presidente, assegurando o expediente o Secretariado do respectivo Departamento.

CAPÍTULO II - DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 28° Comissões Eventuais 1 Para o desempenho de tarefas especificas poderão ser criadas pelos diferentes órgãos do

Conselho Científico Comissões Eventuais cujas funções serão por ele definidas.

2 A composição dessas Comissões bem como a sua duração e normas de funcionamento serão estabelecidas caso a caso, no acto da sua criação.

Artigo 29° Interpretação e suprimento de lacunas A interpretação e o suprimento de lacunas, feitas por escrito pela Comissão Coordenadora e

homologadas pelo Reitor, passam a integrar o presente regulamento.

Artigo 30° Divulgação das deliberações Com o objectivo de divulgar o mais amplamente possível as deliberações do Conselho Científico

serão as mesmas publicadas em Boletim da Universidade de acordo com as orientações definidas pelo Reitor.

Artigo 31° Revisão 1 A revisão do presente regulamento poderá ter lugar:

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a) Quatro anos após a sua aprovação por decisão da maioria dos membros do plenário do Conselho Científico em efectividade de funções.

b) Em qualquer momento, por decisão da maioria de dois terços dos membros do Plenário do Conselho Científico em efectividade de funções.

2 Quaisquer alterações terão de ser aprovadas por maioria de dois terços dos membros do Plenário do Conselho Científico em efectividade de funções e homologadas pelo Reitor.

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REGULAMENTO DO CONSELHO PEDAGÓGICO DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

O Conselho Pedagógico da Universidade é o órgão de apoio ao Reitor em matéria de natureza pedagógica e funciona de acordo com o presente Regulamento elaborado nos termos do número 1 do artigo 27º dos Estatutos:

CAPÍTULO I - ORGANIZAÇÃO, COMPOSIÇÃO, COMPETÊNCIAS E FUNCIONAMENTO

SECÇÃO I - ORGANIZAÇÃO

Artigo 1° Disposição Geral 1 A cada Unidade Científico Pedagógica corresponde uma Secção Pedagógica.

2 Das Secções Pedagógicas emana o Conselho Pedagógico da Universidade que funcionará normalmente em Plenário.

Artigo 2° Plenário No âmbito do Plenário do Conselho Pedagógico poderão ser instituídas Comissões

Especializadas para tratar de assuntos de interesse comum às várias Secções Pedagógicas.

Artigo 3° Secções Pedagógicas 1 Na UBI, existem, actualmente as seguintes Secções Pedagógicas:

a) Secção de Ciências Exactas;

b) Secção de Ciências de Engenharia;

c) Secção de Ciências Sociais e Humanas.

2 No âmbito das secções mencionadas, poderão ser instituídas Comissões Pedagógicas de Curso.

3 A entrada em funcionamento de outras Unidades Científico Pedagógicas implicará a criação das correspondentes Secções Pedagógicas.

Artigo 4° Presidência 1 A Presidência do Conselho Pedagógico será assegurada nos termos do n° 2 do artigo 27° dos

Estatutos, em sistema de rotação anual, sucessivamente, pelos presidentes das Secções Pedagógicas de Ciências Exactas, de Ciências de Engenharia e de Ciências Sociais e Humanas.

2 O Presidente será coadjuvado no exercício das suas funções pelo Director dos Serviços Académicos ou pelo funcionário de mais alta categoria neles colocado, o qual desempenhará simultaneamente as funções de Secretário do Conselho Pedagógico e das respectivas Secções.

3 Em caso de ausência ou impedimento temporário o presidente será substituído pelo presidente da Secção a que pertenceu a anterior presidência.

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SECÇÃO II - COMPOSIÇÃO

Artigo 5° Plenário O Plenário tem a constituição prevista no n° 1 do artigo 25° dos Estatutos.

Artigo 6° Comissões especializadas As Comissões especializadas que venham a ser instituídas, sempre que o Plenário nada estabeleça

em contrário, serão constituídas paritariamente por professores, docentes não doutorados e alunos, em número a definir caso a caso, e presididas pelo Presidente do Conselho Pedagógico ou pelo membro por ele indicado, de entre os professores.

Artigo 7° Secções Pedagógicas Cada Secção Pedagógica é constituída por:

a) Todos os Directores dos cursos ministrados no âmbito da correspondente Unidade Científico Pedagógica;

b) Um professor eleito pelos seus pares, por cada Departamento que integra a correspondente Unidade Científico Pedagógica e ainda não representado na Secção Pedagógica, nos termos da alínea anterior;

c) Docentes não doutorados eleitos pelos seus pares, em número igual à soma dos quantitativos dos professores a que se referem as alíneas a) e b) e por forma a que cada Departamento que constitui a Unidade fique representado na Secção;

d) Um aluno, por cada curso ministrado no âmbito da correspondente Unidade Científico Pedagógica, a eleger, em princípio, de entre os que em termos de unidades de crédito, frequentem no mínimo o 3° ano do curso;

e) Um número adicional de alunos provenientes dos cursos ministrados no âmbito da correspondente Unidade Científico Pedagógica, sempre que os alunos eleitos nos termos da alínea d) não satisfaçam a paridade que deve existir entre professores, docentes não doutorados e alunos.

Artigo 8° Comissões Pedagógicas de curso As Comissões Pedagógicas de curso que venham a existir, terão a seguinte composição paritária:

a) O Director de Curso, que presidirá;

b) Um representante dos docente não doutorados, pertencente ao departamento com mais peso na leccionação do curso;

c) Um representante dos alunos, que, em termos de unidades de crédito frequente, no mínimo, o 3° ano do curso.

SECÇÃO II - COMPETÊNCIAS

Artigo 9° Competências do Presidente do Conselho Pedagógico Compete ao presidente:

a) Representar o Conselho Pedagógico;

b) Verificar a conformidade dos poderes dos membros do Conselho;

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c) Garantir o cumprimento do presente Regulamento;

d) Zelar pela regularidade das deliberações do Conselho Pedagógico;

e) Convocar as reuniões ordinárias e extraordinárias;

f) Presidir às reuniões, declarar a sua abertura, suspensão e encerramento e dirigir os respectivos trabalhos, tomando as medidas adequadas ao seu regular funcionamento;

g) Pôr à discussão e votação as propostas que sejam admitidas;

h) Decidir sobre a justificação de faltas;

i) Zelar pelo cumprimento, por parte das Secções e Comissões, das directivas emanadas pelo Conselho;

j) Proceder, conjuntamente com o Secretário, à eventual revisão do texto das propostas aprovadas, quanto à sistematização e estilo;

I) Apresentar ao Conselho todas as questões que afectem o bom andamento dos trabalhos escolares e a qualidade do ensino e cuja resolução caiba dentro da esfera de competências do Conselho;

m) Colaborar com o Presidente do Conselho Científico, na Coordenação das actividades da Universidade, bem como na elaboração dos respectivos planos e relatórios.

Artigo 10° Competências do Secretário Compete ao secretário, coadjuvar o presidente no expediente inerente às actividades do

Conselho e designadamente:

a) Proceder à conferência das presenças nas reuniões, bem como verificar, em qualquer momento, o quorum, e registar as votações;

b) Registar as inscrições dos membros do Conselho que pretendam usar da palavra;

c) Servir de escrutinador em caso de votações;

d) Elaborar as actas das reuniões.

Artigo 11° Competências do Plenário 1 Compete ao Plenário:

a) Aprovar a proposta de Regulamento do Conselho Pedagógico e suas alterações;

b) O exercício das competências atribuídas ao Conselho Pedagógico, por Lei, pelos Estatutos, nomeadamente no seu artigo 26°, e pelos Regulamentos, e as que, com salvaguarda de uma maior eficácia de funcionamento, passam a ser exercidas pelas Secções, nos termos do presente regulamento;

c) Avocar, sempre que o entenda necessário, as deliberações dos restantes órgãos do Conselho Pedagógico;

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d) Servir de instância de recurso das decisões das Secções;

e) Emitir directivas a serem observadas pelas Secções no âmbito da competência que Ihe está atribuída.

Artigo 12° Competências das Comissões Especializadas Compete às Comissões Especializadas desempenhar, com carácter de permanência, as tarefas

que Ihe forem determinadas aquando da sua constituição.

Artigo 13° Competências das Secções Pedagógicas 1 Compete às Secções Pedagógicas:

a) O exercício das competências que expressamente Ihe estejam atribuídas nos Regulamentos;

b) Assegurar o acompanhamento do regular funcionamento do ensino;

c) Propor a aquisição de material didáctico, audiovisual ou bibliográfico, de interesse pedagógico para os cursos ministrados no âmbito da correspondente Unidade Científico Pedagógica.

2 A aprovação das deliberações das Secções é da competência do Presidente do Conselho Pedagógico.

Artigo 14° Competências da Comissões Pedagógicas de Curso Compete às Comissões Pedagógicas de Curso acompanhar com regularidade o desenvolvimento

das actividades pedagógicas do respectivo curso, carecendo no entanto as suas deliberações de ratificação por parte da respectiva Secção.

SECÇÃO III - FUNCIONAMENTO

Artigo 15° Normas Gerais 1 As reuniões dos diferentes órgãos em que se estrutura o Conselho Pedagógico decorrerão de

acordo com as “Normas Gerais de Funcionamento dos Órgãos da Universidade”.

2 As eleições previstas neste regulamento deverão ter lugar de acordo com as normas definidas no “Regulamento Eleitoral”.

3 Os elementos que participem nos órgãos previstos neste regulamento terão direito a tantos votos quantas as qualidades em que participem nos mesmos.

4 Os Presidentes dos diferentes órgãos podem determinar que sejam chamados a participar nas reuniões, sem direito a voto, funcionários ou agentes da Universidade.

5 As comissões especializadas, comissões pedagógicas de curso e comissões eventuais, reunirão sempre que forem convocadas pelos respectivos presidentes.

6 A documentação relativa à ordem de trabalhos será posta à disposição dos membros dos diferentes órgãos do Conselho, nos Serviços Académicos.

7 As actas uma vez assinadas, e os documentos analisados no Conselho Pedagógico, serão arquivados nos Serviços Académicos.

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8 Dada a natureza do órgão, as deliberações do Conselho Pedagógico carecem de homologação pelo Reitor, excepto aquelas para as quais tenha sido proferido despacho de delegação de competência.

Artigo 16° Plenário O Plenário reúne por convocação do presidente:

a) ordinariamente, duas vezes por ano;

b) extraordinariamente, sempre que necessário tendo em vista o exercício das competências que Ihe estão atribuídas.

Artigo 17° Secções Pedagógicas As secções reúnem por convocação do respectivo presidente:

a) ordinariamente, duas vezes por ano;

b) extraordinariamente, sempre que necessário tendo em vista o exercício das competências que Ihe estão atribuídas.

CAPITULO II - DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 18° Comissões Eventuais 1 Para o desempenho de tarefas específicas poderão ser criadas pelos diferentes órgãos do

Conselho Pedagógico, Comissões Eventuais cujas funções serão pelos mesmos definidas.

2 A composição destas Comissões bem como a sua duração e normas de funcionamento serão estabelecidas, caso a caso, no acto da sua criação.

Artigo 19° Interpretação e suprimento de lacunas A interpretação e o suprimento de lacunas, feitas por escrito pelo Plenário e homologadas pelo

Reitor, passam a integrar o presente regulamento.

Artigo 20° Revisão 1 A revisão do presente regulamento só pode ter lugar:

a) Quatro anos após a sua aprovação, por decisão da maioria dos membros do Plenário do Conselho Pedagógico em efectividade de funções;

b) Em qualquer momento, por decisão da maioria de dois terços dos membros do Plenário do Conselho Pedagógico em efectividade de funções.

2 Quaisquer alterações terão de ser aprovadas por maioria de dois terços dos membros do Plenário do Conselho Pedagógico em efectividade de funções e homologadas pelo Reitor.

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NORMAS GERAIS DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS CURSOS DE MESTRADO DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

D E L I B E R A Ç Ã O D O S E N A D O N º 1 / 9 3

Na sequência da deliberação do Senado nº 1/92 de 29 de Abril que estabelece as normas gerais de funcionamento, criação, suspensão, extinção e alteração dos cursos e da publicação do Decreto Lei nº 216/92 de 13 de Outubro, desenvolvem se na presente deliberação normas gerais a que obedecerá a pós graduação e em especial os cursos de mestrado que venham a ser ministrados na Universidade da Beira Interior.

A organização e a natureza dos cursos de mestrados que venham a ser aprovados pelo Senado estarão intrínsecamente ligadas às necessidades de desenvolvimento regional e nacional, sem perder de vista a universalidade do conhecimento, tendo em conta, em particular, as orientações gerais da comunidade Europeia para o ensino superior e a cooperação entre Portugal, Brasil e os PALOP’s.

Neste contexto os cursos de mestrado da UBI, sem prejuízo de construirem elementos base de actualização da formação científica na carreira docente universitária, estarão directamente relacionados com as necessidades do desenvolvimento social, económico e cultural.

Por isso a criação e estruturação de cursos de mestrado não pode deixar de atender à situação das empresas do sector produtivo e dos serviços na Região Centro do nosso País.

Na realidade constata se que 83% das empresas industriais e agrícolas desta Região afirmam não ter pessoal qualificado para vencerem as dificuldades de gestão, comercialização e inovação tecnológica. As empresas de serviços apresentam iguais dificuldades. Por outro lado, 50% das empresas reconhecem que não programam os recursos humanos.

Espera se, através dos cursos de mestrado, que irão ser criados, de acordo com as possibilidades de um ensino eficiente e de qualidade, fortalecer nomeadamente os laços da Universidade Empresa e, simultaneamente, formar profissionais com elevados conhecimentos, capacidade criativa e espírito de risco, essenciais à modernização da sociedade.

Note se que, duma forma aproximada, as necessidades actuais em gestores e pessoal altamente qualificado no Centro do Pais excedem os 20 mil, existindo por isso um mercado significativo para os que concluírem estes cursos.

Por outro lado é hoje reconhecido que os aumentos significativos da produtividade e de qualidade, nas empresas e nas instituições, estão directamente ligados à formação de elites, com melhores conhecimentos científicos e técnicos, capazes de tomar decisões concretas e oportunas no âmbito da concorrência mundial que a economia do mercado desencadeia a todos os níveis.

Nestes termos, o Senado por proposta do Reitor ouvido o Conselho Científico, aprova as seguintes normas gerais dos cursos de mestrado da UBI:

Artigo 1º Disposições Gerais 1 A Universidade da Beira Interior como instituição de ensino universitário, tem por fim, entre

outros, assegurar uma sólida formação humana, cultural, científica e técnica, a diversos níveis, de

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modo a habilitar elites para o exercício de actividades profissionais e culturais. Essa formação deve permitir o desenvolvimento de capacidades criativas e inovadoras dos seus graduados, as quais são essenciais para a modernização permanente da sociedade, no quadro da Comunidade Europeia.

2 Para efeitos do disposto no numero anterior, compete à Universidade da Beira Interior a atribuição no âmbito do ensino universitário nomeadamente de graus académicos e diplomas de especialização, que correspondam à formação de quadros profissionais e culturais necessários ao desenvolvimento social e económico do nosso País e em particular, da Beira Interior.

Artigo 2º Linhas para estruturação dos cursos de mestrado 1 Os cursos de mestrado inserem se nas actividades normais de pós-graduação da Universidade,

devendo ser estruturados tendo por base a deliberação do Senado nº 1/92 de 29 de Abril, o Decreto Lei nº 216/92 de 13 de Outubro, a presente deliberação e demais regulamentos aplicáveis de acordo com as seguintes linhas de força fundamentais:

a) Contribuirem para a modernização das empresas da estrutura produtiva e dos serviços, de forma a que, através da introdução de novas tecnologias na gestão, na produção e na comercialização aumentem significativamente o seu grau de competitividade no espaço europeu comunitário;

b) Permitirem a integração de quadros pós graduados, devidamente qualificados nas instituições científicas, culturais, económicas e sociais que, na busca da inovação, acelerem reformas estruturais e criem um clima de criatividade, essencial à qualidade de vida, inerente à afirmação da personalidade nacional no mosaico comunitário;

c) Facilitarem a obtenção de qualificações académicas aos agentes de ensino para a sua ascenção na carreira docente universitária e, bem assim, noutras carreiras do ensino superior e secundário.

2 A duração e organização dos cursos, os respectivos regulamentos, a orientação da dissertação, a suspensão de contagem do prazo para a entrega da documentação, a constituição dos júris, a tramitação dos processos, a discussão da dissertação e a deliberação dos júris obedecem às normas estabelecidas no decreto lei nº 216/92, de 13 de Outubro.

3 A organização dos cursos de mestrado deve ser concebida por forma a que a sua duração incluindo a apresentação da dissertação não ultrapasse em princípio 2 anos lectivos.

4 Para atingir o fim mencionado no número anterior, o plano curricular deve ser organizado por forma a que as disciplinas obrigatórias sejam ministradas no primeiro ano lectivo. No segundo ano lectivo só devem ser ministrados seminários ou “case studies” relacionados com os temas das dissertações.

5 Os termos de referência da dissertação devem ser aprovados para cada candidato, antes de estar concluído o segundo semestre.

Artigo 3º Acções de cooperação para a realização do mestrado 1 Os cursos de mestrado poderão ser ministrados exclusivamente pela Universidade da Beira

Interior, ou em cooperação com outras universidades nacionais ou estrangeiras.

2 Sempre que a Universidade da Beira Interior achar conveniente e sem prejuízo da concessão do grau ser da sua exclusiva responsabilidade, podem Institutos Politécnicos colaborar em mestrados, designadamente de índole profissionalizante e correspondentes a necessidades específicas do desenvolvimento do nosso País.

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3 Os cursos de mestrado ministrados em regime cooperação definirão no regulamento próprio, de forma clara, os instrumentos de coordenação, com especial referência às condições de funcionamento, à organização da estrutura curricular e do plano de estudo, à orientação das dissertações e à concessão da carta magistral.

4 Em ordem à realização dos cursos de mestrado pode ainda a Universidade da Beira Interior assinar acordos ou protocolos com outras Instituições nacionais ou estrangeiras, de âmbito regional, nacional ou internacional, conforme a natureza das matérias versadas.

5 A Universidade da Beira Interior privilegiará a assinatura de protocolos com entidades e instituições públicas ou privadas ligadas ao desenvolvimento sócio económico e às actividades sócio profissionais.

6 As especialidades e as áreas de especialização dos mestrados serão fixadas pelo Senado da Universidade da Beira Interior, sob proposta do Conselho Científico.

Artigo 4º Atribuição do grau de mestre 1 Os cursos de mestrado concedem o grau de “mestre” ou um “diploma de especialização”, com

designação específica inerente à natureza do curso.

2 O diploma de especialização é concedido mediante a aprovação em todas as disciplinas curriculares do curso de mestrado.

3 O grau de mestre, certificado por uma carta magistral, exige a elaboração de uma dissertação original escrita para o efeito, a qual deve tratar de uma forma imaginativa um tema adequado à natureza do curso.

4 A dissertação deve integrar em síntese o “State of art” dos conhecimentos directamente relacionados com o tema para o qual dá um contributo aprofundado.

5 A designação de dois orientadores de dissertação só deve ser autorizada em casos excepcionais, designadamente nos cursos em regime de cooperação ou quando intervierem professores ou cientistas estrangeiros, não residentes em Portugal.

6 Nos casos em que o orientador não seja professor ou investigador com vinculo à Universidade, será designado um co-orientador da UBI, que acompanhará os trabalhos da dissertação.

7 O financiamento das publicações que constituem a dissertação está a cargo do candidato, podendo ser comparticipado por outras entidades, designadamente as que constituem o Conselho Consultivo.

8 Aos candidatos aprovados serão atribuídas as classificações de Bom, Bom com distinção e Muito Bom.

9 As dissertações aprovadas serão editadas e comercializadas pela Universidade, e uma síntese será divulgada pelas entidades empresariais ou institucionais interessadas.

10 As dissertações constituirão uma série de monografias da Universidade da Beira Interior, designada por Universidade e Desenvolvimento.

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11 Podem ser abertos módulos do curso de mestrado ao exterior. A aprovação nas disciplinas que constituem os módulos dão direito a uma certidão, podendo esta ser utilizada como unidade de crédito em cursos de mestrado, de acordo com os regulamentos em vigor.

Artigo 5º Habilitações de Acesso 1 As habilitações de acesso ao grau de mestre são as que constam do artigo 6º do decreto lei nº

216/82, de 13 de Outubro.

2 Podem ainda ter acesso aos “diplomas de especialização”, quadros técnicos superiores de empresas, com ou sem licenciatura, com o mínimo de três anos de experiência e um curriculum, que seja avaliado por um júri especial, constituído por três membros designados, pelo Senado, do qual farão parte obrigatoriamente dois professores catedráticos e uma personalidade de reconhecido mérito científico, empresarial ou cultural.

3 Sempre que for julgado necessário, em função da natureza do curso e de heterogeneidade dos respectivos candidatos, a Universidade poderá ministrar disciplinas destinadas à homogenização da preparação desses candidatos, as quais não poderão ter duração superior a um trimestre.

Artigo 6º Propinas 1 As propinas de matricula e de inscrição são fixadas pelo Senado da Universidade da Beira

Interior, de per si ou de acordo com os órgãos próprios de outras instituições, caso o curso seja ministrado em regime de cooperação.

2 O valor fixado para as propinas, para além dos inerentes ao magistério do curso, terá em conta as despesas correntes extraordinárias, que sejam necessárias realizar no âmbito da investigação ou desenvolvimento experimental.

3 Os candidatos pagam propinas de matricula e de inscrição, concedendo a Universidade da Beira Interior as bolsas necessárias para assegurar que a igualdade de oportunidades, dependa em exclusivo do mérito científico e cultural do candidato. A concessão dessas bolsas é decidida pelo Reitor, sob proposta do Director de Curso.

4 Os candidatos às carreiras docentes do ensino superior, para os quais a ascenção ao grau de mestre é obrigatória, têm direito a uma bolsa igual ao valor da totalidade das propinas de inscrição. Poderão ser concedidas bolsas por entidades externas, públicas ou privadas, recebendo os candidatos seleccionados suporte da UBI na respectiva candidatura.

Artigo 7º Prescrição 1 O candidato ao grau de mestre ou ao diploma de especialização só pode repetir uma vez

qualquer disciplina.

3 A apresentação da dissertação poderá ser prolongada, por razões justificadas, por mais três meses.

Artigo 8º Gabinete de Pós Graduação 1 Tendo em vista nomeadamente a coordenação, o acompanhamento e a harmonização de

normas gerais dos cursos de mestrado da UBI é criado nos termos da alínea c) do artigo 179 dos Estatutos da Universidade, no âmbito do Conselho Científico, o Gabinete de Pós Graduação.

2 O Gabinete de Pós Graduação é coordenado por um Presidente nomeado para o efeito, ouvido o Presidente do Conselho Científico, e ao qual compete:

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a) Representar o Gabinete de Pós Graduação;

b) Exercer as competências de que para o efeito venha a ser incumbido pelo Reitor ou pelo Gabinete de Pós Graduação.

3 O Gabinete a que se refere o nº 1 deste artigo, fará parte integrante da estrutura em que se organiza o Conselho Científico da Universidade e terá a composição e competências que para o efeito forem definidas no regulamento deste órgão.

4 O apoio técnico e administrativo ao Gabinete será assegurado pelos Serviços Académicos.

Artigo 9º Gestão dos Cursos 1 Para cada curso de mestrado será nomeado pelo Reitor um Director de Curso que será um

professor catedrático ou associado.

2 Cada curso de mestrado poderá dispôr de um Conselho Consultivo do qual, além de doutorados, farão parte entidades financeiras, associações empresariais ou organizações sociais, culturais ou profissionais, com o fim de adequar a estrutura curricular às necessidades reais das empresas ou instituições.

3 A estrutura científica e técnica de cada curso de mestrado será a definida nos regulamentos aplicáveis.

Universidade da Beira Interior 29 de Maio de 1993

O Presidente do Senado,

Prof. Doutor Cândido Manuel Passos Morgado

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NORMAS GERAIS DE FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS DA UNIVERSIDADE

D E L I B E R A Ç Ã O D O S E N A D O N º 1 1 / 9 1

Tendo em vista dotar a U.B.I. com uma estrutura coerente e uniforme que racionalize a sua actividade e os seus procedimentos e oriente a organização e funcionamento dos diferentes órgãos salvaguardando a transparência dos seus actos, o Senado nos termos da alínea e), do art° 17° dos Estatutos delibera o seguinte:

ARTIGO 1° Mandatos 1 Os mandatos dos membros dos órgãos da Universidade têm a duração prevista nos Estatutos

ou nos respectivos Regulamentos.

2 Os mandatos iniciam se com a posse conferida pelo Reitor, ou por quem tiver competência para o efeito, nos termos dos Estatutos ou respectivos Regulamentos, e terminam com a posse de novos titulares.

ARTIGO 2º Renúncia e perda de mandato 1 Os membros dos órgãos da Universidade, que deles não façam parte por inerência, podem

renunciar aos respectivos mandatos, através de declaração escrita a apresentar ao Presidente do órgão, com indicação das razões da renúncia.

2 Perdem o mandato, os membros que:

a) Deixem de ser docentes, estudantes ou funcionários não docentes da Universidade;

b) Deixem de pertencer aos corpos por que tenham sido eleitos;

c) Estejam permanentemente, impossibilitados de exercer as suas funções;

d) Faltem, sem motivos justificados, a mais de duas reuniões consecutivas ou de três interpoladas;

e) Durante o período do mandato sejam condenados a pena disciplinar superior à da repreensão.

ARTIGO 3º Substituições 1 Nos termos do artigo 61° dos Estatutos, as vagas que ocorrerem antes do termo do mandato

serão preenchidas por processo eleitoral, sempre que a eleição tenha sido feita por lista uninominal.

2 No caso da eleição por listas de candidatura, as vagas serão preenchidas sequencialmente, pela ordem nelas indicada.

3 Na impossibilidade de substituição, nos termos do número anterior, proc e der se à a nova eleição pelo respectivo corpo, desde que as vagas existentes atinjam mais de metade dos respectivos lugares.

4 Os novos membros completam os mandatos dos membros anteriores.

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ARTIGO 4° Presidente 1 Cada órgão colegial tem um presidente e um secretário, a eleger pelos membros que o

compõem de entre os seus pares, sempre que a Lei ou regulamentos internos não disponham de forma diferente.

2 Cabe ao presidente do órgão colegial, além de outras funções que lhe sejam atribuídas, abrir e encerrar as reuniões, dirigir os trabalhos e assegurar o cumprimento das leis, regulamentos e deliberações.

ARTIGO 5º Regulamento Compete a cada órgão colegial da Universidade elaborar o respectivo Regulamento Interno de

Funcionamento, o qual deve prever, nomeadamente:

a) A estrutura interna da sua organização;

b) A periodicidade das reuniões ordinárias, bem como a forma da sua convocação.

c) A existência de um Vice Presidente, se for julgado conveniente e a forma da sua designação;

d) Quem desempenhará as funções de secretário.

e) A possibilidade de o órgão, se o entender, delegar competências no Presidente, ou em quaisquer outras estruturas internas previstas para o seu funcionamento.

ARTIGO 6º Reuniões ordinárias 1 As reuniões ordinárias deverão ser convocadas com a antecedência mínima de quarenta e oito

horas, salvo disposição em contrário prevista no regulamento interno de funcionamento de cada órgão.

2 Cabe ao Presidente a fixação do dia e hora das reuniões ordinárias.

3 Quaisquer alterações ao dia e hora fixados para as reuniões devem ser comunicadas a todos os membros do órgão, de forma a garantir o seu conhecimento seguro e oportuno.

ARTIGO 7º Reuniões extraordinárias 1 As reuniões extraordinárias têm lugar mediante convocação do presidente ou salvo legislação

em contrário, sempre que lhe seja solicitado por escrito por pelo menos um terço dos membros, representando proporcionalmente dos diferentes corpos, mediante requerimento devidamente fundamentado com indicação do assunto que desejem ver tratado.

2 A convocatória da reunião deve ser feita para um dos 15 dias seguintes à apresentação do pedido, mas sempre com a antecedência mínima de quarenta e oito horas sobre a data da reunião.

3 Da convocatória devem constar, de forma expressa e especificada, os assuntos a tratar na reunião.

ARTIGO 8° Convocatórias 1 Da convocatória deverá constar, o dia, hora, local e respectiva agenda de trabalhos (ou ordem

do dia).

2 As reuniões ordinárias e extraordinárias deverão decorrer, na medida do possível, durante o horário normal de expediente.

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3 A agenda de trabalhos é estabelecida pelo presidente e deve ser entregue a todos os membros com a antecedência de pelo menos quarenta e oito horas sobre a data das reuniões, salvo disposição em contrário nos termos referidos no n° 1, do art° 6°.

ARTIGO 9º Dever de participação 1 A comparência às reuniões dos órgãos de governo da Universidade é obrigatória e prefere a

qualquer outro serviço, salvo o de exames e concursos.

2 Nas reuniões dos órgãos de apoio ao Reitor e em todos os que funcionam no seu âmbito, bem como nos das Unidades Científico Pedagógicas, a comparência é obrigatória e prefere a qualquer outro serviço, salvo o de exames, concursos e aulas.

ARTIGO 10º Justificação de faltas 1 As faltas às reuniões dos órgãos da Universidade devem ser justificadas por escrito ao

Presidente do órgão.

2 Os docentes e os funcionários da Universidade estão sujeitos ao regime de faltas aplicável na Função Pública.

3 Os estudantes devem apresentar a sua justificação ao Presidente do órgão até ao início da reunião, incorrendo, no caso de não ter sido apresentada justificação ou de aquela não ter sido considerada justificada, na aplicação do estipulado na alínea d) do nº 2 artigo 2º.

ARTIGO 11º Quórum 1 Nenhum órgão poderá reunir e deliberar válidamente sem a presença da maioria simples ou

qualificada, dos seus titulares, consoante os casos, em efectividade de funções.

2 Não se aplicará o estipulado no número anterior, quando, na lei geral ou nos Estatutos ou Regulamentos, estiver previsto que o exercício de determinadas competências é reservado apenas a doutores, ou a doutores de categoria igual ou superior à do interessado, devendo o quórum, nesses casos, considerar se reportado ao número daqueles membros com direito a voto.

3 Não comparecendo o número de membros exigido, será convocada nova reunião, com o intervalo de, pelo menos, vinte e quatro horas, podendo o órgão deliberar desde que esteja presente um terço dos membros com direito a voto, com representação proporcional dos diferentes corpos, em número não inferior a três.

ARTIGO 12º Formas de votação 1 As votações serão nominais, excepto nos casos em que, por lei ou por deliberação do

respectivo órgão, elas se devam processar por escrutínio secreto.

2 As eleições e as deliberações que envolvam a apreciação do comportamento ou das qualidades de qualquer pessoa, serão respectivamente feitas, ou tomadas por escrutínio secreto.

3 Não podem estar presentes no momento da discussão nem da votação os membros dos órgãos colegiais que se encontram ou se considerem impedidos.

ARTIGO 13º Obrigatoriedade do voto No silêncio da Lei e do regulamento interno dos órgãos, é proibida a abstenção a todos os

membros dos órgãos colegiais que estejam presentes à reunião e não se encontrem impedidos de intervir, devendo votar primeiramente os vogais e por fim o presidente.

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ARTIGO 14º Maioria 1 As deliberações são tomadas por maioria absoluta dos votos dos membros presentes à reunião,

salvo nos casos em que, por disposição legal, se exija maioria qualificada ou seja suficiente maioria relativa.

2 Se for exigivel maioria absoluta e esta se não formar, nem se verificar empate, proceder se á a nova votação e, se aquela situação se mantiver, adiar se á a deliberação para a reunião seguinte, na qual será suficiente maioria relativa.

ARTIGO 15° Empate na votação Havendo empate em votação por escrutínio secreto, proceder se à imediatamente a nova votação

e, se o empate se mantiver, adiar se à a deliberação para a reunião seguinte; se na primeira votação dessa reunião se mantiver o empate, proceder se à a votação nominal e o presidente tem voto de qualidade.

ARTIGO 16º Nulidade das deliberações Serão consideradas nulas e de nenhum efeito as deliberações de qualquer órgão que:

a) Sejam tomadas em reunião não regularmente convocada;

b) Sejam tomadas em reuniões sem quórum;

c) Não obtenham a maioria legal exigida.

d) Contrariem o disposto na lei, nos Estatutos ou Regulamentos.

ARTIGO 17° Actas 1 De cada reunião será lavrada uma acta, a elaborar pelo secretário e a aprovar no início de uma

das reuniões seguintes.

2 Das actas constarão:

a) A indicação das horas de início e termo da reunião;

b) A indicação dos membros presentes e não presentes que poderá constar de lista anexa à acta;

c) A referência aos assuntos tratados;

d) A referência sucinta aos debates;

e) O teor das deliberações;

f) O resultado das votações;

g) As declarações de voto que tenham sido apresentadas por escrito.

3 As actas são em principio transcritas em livro, com termo de abertura e encerramento, lavradas pelo secretário e postas à aprovação de todos os membros no inicio da reunião seguinte, sendo assinadas, após a aprovação, pelo presidente e pelo secretário.

4 As actas poderão, também ser elaboradas em folhas avulsas de formato normalizado, que serão encadernadas em livro nas condições previstas no número anterior.

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5 Os documentos anexos às actas poderão ser arquivadas em separado.

ARTIGO 18º Publicidade das actas e das deliberações 1 Sempre que qualquer órgão o entenda conveniente poderá deliberar que, após aprovação da

acta, o seu extracto seja afixado em locais próprios da Universidade.

2 Por determinação expressa do respectivo órgão, pode, ainda antes da aprovação da acta, ser tornada pública qualquer das suas deliberações.

ARTIGO 19º Comunicações ao Reitor Os resultados de quaisquer eleições, os regulamentos internos de funcionamento dos órgãos e as

deliberações de carácter geral dos mesmos serão, de imediato, comunicados ao Reitor.

ARTIGO 20º Planos e relatórios de actividade Os órgãos que, nos termos dos Estatutos, dos Regulamentos da sua constituição, ou de despacho

reitoral, tenham de apresentar Planos e Relatórios de actividades, deverão apresentá los nos prazos e de acordo com modelos a fixar pelo Reitor.

ARTIGO 21° Prazo para a elaboração de pareceres e respostas Os órgãos dispõem do prazo máximo de 30 dias para elaborar os pareceres e respostas a

requerimentos sobre assuntos que lhes forem submetidos, para apreciação, por outros órgãos.

ARTIGO 22° Direitos dos interessados Os interessados têm o direito de ser informados, sobre o andamento dos processos que os

afectem directamente, bem como de conhecer as deliberações definitivas que sobre eles forem tomadas sempre que o requeiram ao Presidente de qualquer dos órgãos.

ARTIGO 23° Responsabilidade 1 Os membros dos diferentes órgãos da Universidade são responsáveis civil, criminal, disciplinar

e moralmente nos termos da lei geral, por acções ou omissões no exercício das suas funções que infrinjam a lei, as normas estatutárias ou regulamentares.

2 A responsabilidade referida no número anterior não se estende aqueles que fizerem exarar na acta da sessão, ou na da seguinte, se naquela não estiverem presentes, a sua oposição às deliberações em causa.

ARTIGO 24° Alterações As alterações às presentes normas carecem de voto favorável de dois terços dos membros

efectivos do Senado.

ARTIGO 25 Âmbito de aplicação 1 As presentes normas aplicam se a todos os órgãos da Universidade ou que funcionem no seu

âmbito, devendo com elas conformar se os regulamentos internos do seu funcionamento.

2 Aos casos omissos serão aplicadas as disposições do Código do Procedimento Administrativo.

Covilhã e UBI, 22 de Novembro de 1991

O Presidente do Senado

Prof. Doutor C. M. Passos Morgado

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REGULAMENTO ELEITORAL

D E L I B E R A Ç Ã O D O S E N A D O N º 3 / 9 3

A Universidade da Beira Interior, como instituição científica e cultural, deve afirmar se como forum de saber e participar, com independência de pensamento, na modernização do Pais, perante os grandes desafios do futuro. Para cumprir essa nobre missão e servir de exemplo à juventude, que nela procura uma formação altamente qualificada, a UBI deve dispor de uma estrutura organizacional aberta, coesa e unificada e de um governo a todos os níveis paradigma de isenção, rigor e transparência, dependendo o cumprimento destes objectivos, em grande parte, da adopção de procedimentos coerentes e uniformes em todos os actos eleitorais.

Em conformidade com estes princípios condensam se no presente regulamento as normas que devem reger o processo eleitoral dos vários órgãos da Universidade, à excepção das respeitantes ao Reitor, que são da competência da Assembleia da Universidade.

Assim, e tendo em conta, nomeadamente, o nº 4 do artigo 1Oº, o nº 3 do artigo 16º, o nº 1 do artigo 25º, o nº 1 do artigo 31º, a alínea c) do nº 1 do artigo 32º e o nº 4 do artigo 36º dos Estatutos, o Senado da Universidade da Beira Interior, delibera, ao abrigo da alínea a) do artigo 17º dos Estatutos, a aplicação do presente regulamento, nos respectivos processos eleitorais.

SECÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1º Âmbito No âmbito do presente regulamento sintetizam se as normas eleitorais referentes aos seguintes

órgãos:

a) Assembleia da Universidade

b) Senado

c) Conselho Pedagógico da Universidade

d) Assembleias de Representantes

e) Conselhos Directivos

f) Conselhos Pedagógico Cientificos

g) Conselhos dos Departamentos

h) Presidentes dos diferentes órgãos

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SECÇÃO II - ÓRGÃOS DA UNIVERSIDADE

Artigo 2º Assembleia da Universidade 1 Os representantes dos professores e restantes docentes para a Assembleia da Universidade,

previstos nas alíneas a) e b) do nº 3 do artigo 10º dos Estatutos, serão eleitos, por Departamento, através de listas de candidatura aberta, nos quantitativos fixados para o efeito.

1.1 Para além dos membros efectivos será considerado igual número de suplentes.

1.2 Consideram se eleitos os elementos mais votados.

2 Para efeitos da alínea c) do número 3 do artigo 10º dos Estatutos, os alunos elegerão os seus representantes, através de lista de candidatura fechada.

2.1 Cada lista deverá apresentar, para além dos candidatos a membros efectivos, igual número de candidatos a membros suplentes, devendo uns e outros ser equitativamente provenientes dos cursos ministrados no âmbito da Unidade Científico Pedagógica.

2.2 Os candidatos serão ordenados por sequências completas dos diferentes cursos ministrados que serão repetidas tantas vezes quantas as necessárias.

2.3 Consideram se eleitos os elementos da lista mais votada.

3 O representante dos investigadores previsto na alínea d) do nº 3 do artigo 10º dos Estatutos, será eleito através de lista de candidatura aberta.

3. 1 Para além do membro efectivo será considerado um suplente.

3.2 Considera se eleito o elemento mais votado.

4 Para efeitos da alínea e), do nº 3, do artigo 10º dos Estatutos, os funcionários serão agrupados por Departamentos, Centros e Serviços, sendo eleitos em cada grupo, por lista de candidatura aberta.

4.1 Em cada grupo, para além dos membros efectivos, será considerado igual número de suplentes.

4.2 Consideram se eleitos os elementos mais votados.

5 Sempre que não seja possível, em qualquer departamento, proceder à eleição do número de elementos a que se referem as alíneas a) e b), do número 3, do artigo 10º, dos Estatutos será fixado pelo Reitor em edital, o número de elementos a eleger.

6 O número total de elementos a eleger pelos diferentes corpos para a Assembleia da Universidade será fixado, em conformidade com o nº 3, do artigo 10º dos Estatutos e com o disposto no número anterior, por edital do Reitor.

Artigo 3º Senado 1 Os representantes dos professores e restantes docentes ,para o Senado, previstos nas alíneas a)

e b) do nº 3 do artigo 16º dos Estatutos, serão efeitos por Unidade Científico-Pedagógica respectivamente através de listas de candidatura fechada e de candidatura aberta.

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1.1 As listas a que se refere o número anterior são constituídas pelos representantes dos respectivos corpos eleitos para a Assembleia da Universidade.

1.2 Nas candidaturas de lista fechada, haverá um número de suplentes igual ao número de candidatos a membros efectivos pertencentes sempre que possível a Departamentos diferentes.

1.3 Consideram se eleitos para o Senado, como membros efectivos, os elementos mais votados.

1.4 Nas candidaturas de lista aberta os elementos suplentes, serão os que, depois dos efectivos, obtiverem maior número de votos.

2 Para efeitos da alínea c), do nº 3, do artigo 16º dos Estatutos, consideram se eleitos como membros efectivos os três primeiros elementos da lista de alunos mais votada para a Assembleia da Universidade, e como suplentes os três seguintes.

3 Para efeitos da alínea d), do nº 3, do artigo 16º dos Estatutos, os representantes dos investigadores na Assembleia da Universidade serão igualmente os seus representantes no Senado.

4 A eleição do representante dos funcionários para o Senado, prevista na alínea e), do nº 3, do artigo 16° dos Estatutos, é feita através de lista de candidatura aberta, constituída pelos representantes dos funcionários eleitos para a Assembleia da Universidade.

4.1 Consideram se eleitos como membros efectivos e suplentes, respectivamente, o primeiro e o segundo elementos mais votados.

Artigo 4º Conselho Pedagógico 1 As eleições, para o Conselho Pedagógico da Universidade, dos representantes dos professores,

docentes não doutorados e alunos, previstos nas alíneas b) e c), do nº 1, do artigo 25º dos Estatutos, processar se á por lista de candidatura aberta.

1.1 Para além dos membros efectivos será considerado igual número de suplentes.

1.2 Consideram se eleitos os elementos mais votados.

2 Os representantes dos professores e docentes não doutorados a eleger para as Secções Pedagógicas, concorrem, em cada Departamento, através de lista de candidatura aberta, nos termos e nos quantitativos estabelecidos no regulamento do Conselho Pedagógico.

2.1 Para além dos membros efectivos será considerado igual número de suplentes.

2.2 Consideram se eleitos os elementos mais votados.

3 A eleição dos representantes dos alunos nas secções pedagógicas do Conselho Pedagógico da Universidade, de acordo com o respectivo regulamento, é feita por curso, através de lista de candidatura fechada, nos quantitativos fixados para o efeito.

3.1 Cada lista, para além dos candidatos a membros efectivos deve apresentar igual número de candidatos a membros suplentes.

3.2 Consideram se eleitos os elementos da lista mais votada.

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SECÇÃO III - ÓRGÃOS DAS UNIDADES CIENTÍFICO PEDAGÓGICAS

Artigo 5º Assembleia de Representantes 1 O número total de membros a eleger em cada Unidade Científico Pedagógica para a

Assembleia de Representantes, ao qual se refere o nº 1 do artigo 31º dos Estatutos, é calculado, com arredondamento às unidades, tendo em conta que 45% daquele total deverá ser igual ao número dos docentes a eleger, devendo garantir se que cada Departamento integrado na Unidade fique representado, no mínimo por um professor e um assistente, e no máximo por dois professores e um assistente.

2 São considerados eleitos para a Assembleia de Representantes em representação dos professores, os Presidentes dos Departamentos integrados em cada Unidade Científico-Pedagógica.

3 Para além do estabelecido no nº 2, a eleição dos professores, quando necessária, e dos restantes docentes, será feita por listas de candidatura fechada, devendo cada uma delas incluir elementos de todos os Departamentos.

3.1 Cada lista deverá apresentar, para além dos candidatos a membros efectivos, igual número de candidatos a membros suplentes.

4 A eleição dos alunos nos termos da alínea b), do nº 1, do artigo 31º dos Estatutos, é feita por listas de candidatura fechada que deverão apresentar, para além dos candidatos a membros efectivos, igual número de candidatos a membros suplentes.

5 A eleição dos funcionários por Unidade Científico Pedagógica será feita por lista de candidatura fechada a qual para além dos candidatos efectivos deve incluir idêntico número de candidatos suplentes.

6 A eleição dos representantes a que se referem os números 3, 4 e 5 será feita pelos respectivos pares, considerando se eleitos para cada corpo os elementos da lista mais votada.

7 Não sendo apresentadas listas de candidatos por algum dos corpos, a eleição dos seus representantes será feita através de |lista de candidatura aberta, considerando se eleitos os elementos mais votados

7.1 Consideram se eleitos para a Assembleia de Representantes, como membros efectivos, os elementos mais votados e como membros suplentes os que seguidamente obtiverem maior número de votos tendo em atenção a representação dos diferentes departamentos.

7.2 Os membros suplentes serão em número igual ao dos membros efectivos.

Artigo 6º Conselho Directivo 1 A eleição do Conselho Directivo a que se refere a alínea c), do nº 1, do artigo 32º dos

Estatutos, será feita pela Assembleia de Representantes em reunião expressamente convocada para o efeito pelo presidente cessante.

1.1 A eleição dos membros do Conselho Directivo realizar se á por corpos, através de listas de candidatura fechada.

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1.2 Cada lista deverá apresentar, para além dos candidatos a membros efectivos, igual número de candidatos a membros suplentes considerando se eleitos para cada corpo os elementos da lista que em primeiro escrutínio obtiverem mais de metade dos votos expressos.

2 No caso de nenhuma lista obter esse resultado, as duas listas mais votadas serão submetidas de imediato a nova votação considerando se eleitos os elementos da lista que neste último escrutínio tiver maior número de votos.

3 Após a eleição do Conselho Directivo o corpo de professores procederá à eleição do Presidente com base na alínea a) do artigo 33º dos Estatutos, e em conformidade com o estabelecido no artigo 9º do presente Regulamento.

Artigo 7º Conselho Pedagógico Científico 1 As eleições dos representantes dos professores, dos docentes não doutorados e dos alunos para

a secção pedagógica do Conselho Pedagógico Cientifico de cada uma das Unidades, bem como do respectivo Presidente, decorrem nos termos referidos nos artigos 4º e 9º do presente regulamento.

2 A eleição do presidente da secção Científica do Conselho Pedagógico Científico de cada uma das unidades decorre de acordo com o artigo 9º do presente Regulamento.

Artigo 8º Conselho de Departamento 1 Os representantes dos docentes não doutorados para cada Conselho de Departamento serão

eleitos, através de lista de candidatura aberta, nos quantitativos fixados em edital pelo Reitor.

1.1 Para além dos membros efectivos será considerado igual número de suplentes.

1.2 Consideram se eleitos os elementos mais votados.

2 A eleição processar se á em reunião convocada para o efeito pelo Presidente do Departamento e pelo representante dos docentes não doutorados na Comissão eleitoral.

SECÇÃO IV - DISPOSIÇÕES COMUNS

Artigo 9º Eleição dos Presidentes dos Órgãos 1 Salvo disposição em contrário, a eleição dos presidentes dos órgãos previstos neste

Regulamento, é feita pelos membros dos respectivos órgãos, em escrutínio secreto, considerando se eleito o que obtiver um número de votos igual ou superior à maioria absoluta dos membros em efectividade de funções.

2 Caso nenhum dos membros tenha obtido o número de votos necessários à eleição nos termos do número anterior, efectuar-se-á um novo escrutínio entre os dois membros mais votados, considerando se eleito o que obtiver maior número de votos.

3 Verificando se um empate no segundo escrutínio, considera se eleito o membro mais antigo de categoria mais elevada.

Artigo 10º Calendário das eleições 1 Tendo em conta a periodicidade estabelecida nos Estatutos e nos Regulamentos, as eleições

para os diferentes órgãos realizam se de acordo com o seguinte calendário:

a) Na 1ª quinzena de Novembro Eleição do Presidente do Conselho Científico;

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b) Na 2ª quinzena de Novembro Eleição dos Presidentes dos restantes órgãos do Conselho Científico;

c) Entre o 30º e 60º dias após o início do ano lectivo Eleição dos membros da Assembleia da Universidade, do Senado, do Conselho Pedagógico, das Assembleias de Representantes, dos Conselhos Directivos, dos Conselhos Pedagógico Cientificos e dos Conselhos de Departamentos.

2 Só nos casos expressamente previstos nos Estatutos e Regulamentos se realizarão eleições parciais para preenchimento de vagas supervenientes.

Artigo 11º Data e Anúncio das Eleições 1 A data da realização da eleição a que se refere a alínea a) do número 1 do artigo 10º será

proposta ao Reitor, pelo Presidente do Conselho Científico, sendo por ambos assinada a convocatória da reunião em que se realizará o acto eleitoral.

2 As datas da realização das eleições a que se refere a alínea b) do número 1 do artigo 10º relativamente aos diferentes órgãos do Conselho Científico serão fixadas pelo Presidente do Conselho Científico, sendo as convocatórias das reuniões em que se realizarão os actos eleitorais assinadas pelo mesmo e pelos Presidentes em exercício daqueles órgãos, quando existam.

3 As datas da realização das eleições previstas na alínea c) do nº 1 do artigo 10º serão fixadas pelo Reitor, mediante edital a divulgar com um mínimo de 20 dias de antecedência, não podendo recair num sábado, domingo ou dia feriado, nem durante os períodos de férias lectivas.

3.1 Do edital constará obrigatoriamente o calendário integral do processo eleitoral, podendo nele incluir se quaisquer outras indicações que o Reitor considere úteis para esclarecimento dos destinatários.

4 AS assembleias de voto das eleições que se processem por listas de candidatura abrem às 9 e encerram às 17 horas, salvo nos casos em que as eleições tenham lugar em reuniões convocadas para o efeito.

5 As reuniões em que se realizam actos eleitorais devem ter a duração mínima de uma hora.

Artigo 12º Cadernos Eleitorais 1 O Reitor diligenciará para que, nos 30 dias após a abertura das aulas do novo ano lectivo, sejam

elaborados e publicados os cadernos eleitorais, actualizados, dos corpos de docentes, de estudantes e de funcionários, a fim de que possam ter lugar os actos eleitorais referidos na alínea c) do artº 10º.

2 Dos cadernos eleitorais serão extraídas as cópias que se preveja venham a ser necessárias para uso dos escrutinadores das mesas de voto e para os delegados das listas concorrentes. quando existam.

Artigo 13º Reclamação e rectificação relativas aos cadernos eleitorais 1 As irregularidades nos cadernos eleitorais poderão, até cinco dias após a publicação dos

mesmos, ser objecto de reclamação perante o Reitor por parte de qualquer interessado.

2 Eventuais rectificações deverão constar em aditamentos ao caderno eleitoral.

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Artigo 14º Processos por lista de candidatura fechada 1 De entre os processos de candidatura referidos na alínea c) do nº 1 do artigo 10º, os que se

realizem por lista de candidatura fechada serão entregues, na Reitoria ou Serviços por esta indicados, até às 17 horas e 30 minutos do 10º dia anterior à data das eleições exceptuando os processos de candidatura dos professores para o Senado e para os Conselhos Directivos das Unidades Científico Pedagógicas.

2 Cada processo de candidatura respeitará exclusivamente a um corpo, e dele constarão:

a) A indicação inequívoca do corpo a que pertencem os proponentes e os candidatos;

b) A relação dos nomes completos dos candidatos a cada órgão, ordenados por efectivos e suplentes, com a indicação dos números, datas e locais de emissão dos respectivos bilhetes de identidade, além do Departamento e da categoria no caso dos docentes, e número e curso no caso dos alunos.

c) A declaração de candidatura, subscrita por todos os candidatos;

d) A declaração de propositura, contendo os nomes completos dos proponentes e assinada por todos eles, devendo o seu número ser, pelo menos, igual à soma dos membros efectivos e suplentes;

e) A indicação do nome do mandatário da candidatura, seu domicílio e número de telefone.

Artigo 15º Verificação da regularidade formal dos processos 1 Recebido um processo de candidatura, procederá de imediato à verificação da sua regularidade,

o membro da Universidade previamente designado, pelo Reitor, para o efeito.

2 No caso de se verificar alguma irregularidade, o mandatário da candidatura será notificado, a fim de que, dentro do prazo expressamente fixado, possa aquela ser sanada.

3 Os processos considerados devidamente regularizados ficarão sob custódia da Reitoria até ao dia útil imediato ao do termo do período de propositura das candidaturas, dia em que todos os processos serão enviados ao Presidente da comissão eleitoral.

Artigo 16º Comissão Eleitoral 1 A comissão eleitoral será presidida por personalidade de reconhecida idoneidade, nomeada de

entre os professores, pelo Reitor, e dela farão parte, um dos presidentes dos Conselhos Directivos, o Presidente da Associação Académica, um docente não doutorado e um funcionário não docente, devendo estes dois últimos ser, obrigatóriamente, membros do Senado.

2 Os nomes dos membros da comissão eleitoral serão dados a conhecer em edital a divulgar conjuntamente com o da abertura do processo eleitoral.

Artigo 17º Funções da Comissão Eleitoral 1 Compete à comissão eleitoral:

a) Tomar conhecimento dos processos por lista de candidatura fechada, confirmar a sua regularidade e atribuir lhes um número ou letra de referência;

b) Apreciar e decidir sobre todas as reclamações que Ihe sejam presentes relativamente a factos de qualquer natureza inerentes ao processo eleitoral;

c) Aprovar os modelos dos boletins de voto;

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d) Superintender, de um modo geral, em tudo o que respeite à preparação, organização e funcionamento dos processos eleitorais, designadamente os meios logísticos;

e) Determinar o número de mesas de voto e divulgar tempestivamente a sua localização bem como os nomes dos eleitores que irão votar em cada uma delas;

f) Chamar a atenção do Reitor para todos os factos que eventualmente possam perturbar a democraticidade das eleições;

g) Nomear os membros das mesas de voto e credenciar junto destas os eleitores que, em representação das candidaturas, hajam de fiscalizá las ;

h) Supervisionar o acto eleitoral e decidir sobre as reclamações que tenham como fundamento ocorrências no mesmo;

i) Proceder ao escrutínio e elaborar a respectiva acta;

j) Elaborar relatório sobre todo o processo eleitoral.

2 Em caso de empate nas deliberações da comissão eleitoral, o presidente tem voto de qualidade.

3 As deliberações da comissão eleitoral podem ser objecto de recurso para o Reitor, no prazo de quarenta e oito horas.

Artigo 18º Campanha Eleitoral a) A campanha para os actos eleitorais que se realizam por lista de candidatura fechada, iniciar se

á no 82 dia anterior à data das eleições e terminará 24 horas antes das mesmas.

b) Exceptuam se da alínea anterior as eleições dos representantes do corpo de professores para o Senado e para os Conselhos Directivos das Unidades Científico Pedagógicas.

Artigo 19º Mesas de Voto 1 Cada mesa de voto terá um presidente e dois secretários efectivos, bem como o número de

vogais suplentes que a comissão eleitoral considerar adequado às circunstâncias.

2 O presidente e os secretários poderão fazer se substituir temporariamente por vogais suplentes, mas estarão obrigatoriamente nos seus postos aquando da abertura e do encerramento das urnas. 3 Em actos eleitorais que se realizem em reuniões expressamente convocadas para o efeito, a constituição das mesas pode reduzir se apenas ao Presidente e Secretário do órgão.

Artigo 20º Apuramento Primário dos Votos 1 Findo o período destinado ao depósito dos votos, os presidentes e secretários das mesas

procederão às operações de contagem segundo as normas consuetudinárias e à feitura das correspondentes actas, de que serão imediatamente divulgados extractos com os dados relevantes (número de eleitores inscritos, número de votantes, distribuição dos votos).

2 Quando nas eleições para o preenchimento dos diferentes lugares, por listas de candidatura aberta, se verificar empate entre vários elementos, estes serão submetidos imediatamente a nova votação, considerando se eleitos os que, no segundo escrutínio obtiverem maior número de votos.

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2.1 Verificando se um empate no 29 escrutínio, considera se eleito o elemento mais antigo, de categoria mais elevada.

3 Os boletins de voto, os cadernos eleitorais em que houverem sido registadas as descargas e os demais documentos respeitantes ao acto eleitoral serão encerrados em sobrescritos, devidamente referenciados, que no mesmo dia serão entregues à comissão eleitoral.

Artigo 21º Fiscalização Em cada mesa, o acto eleitoral e o apuramento dos votos podem ser permanentemente

fiscalizados por delegados das candidaturas ou simplesmente por eleitores, delegados para tal, no caso de actos eleitorais que decorram por lista de candidatura aberta em reuniões convocadas para o efeito.

Artigo 22º Apuramento Final 1 No mesmo dia ou o mais tardar no 1º dia útil imediatamente seguinte ao do termo de cada acto

eleitoral, a comissão eleitoral fará o apuramento dos eleitos e elaborará a correspondente acta final, da qual se farão as cópias necessárias para divulgação na Universidade.

2 O original da acta final de cada acto eleitoral, a documentação relevante e o relatório referido no artigo 17º serão encerrados em sobrescritos endereçados ao Reitor, sobrescritos que deverão levar no exterior a indicação do conteúdo e ser entregues de imediato.

Artigo 23º Homologação 1 O processo eleitoral termina com a homologação por parte do Reitor, a qual pode ser expressa

ou tácita.

2 Se o Reitor não proferir qualquer despacho dentro dos 3 dias úteis seguintes ao da remessa da acta final de cada acto eleitoral, entender se á que, com efeitos a partir do 49 dia, o respectivo processo eleitoral fica tacitamente homologado.

Artigo 24º Depósito documental 1 A comissão eleitorai entregará na Reitoria, ou nos Serviços por esta indicados, os Processos de

candidatura e toda a documentação que não tenha ainda sido remetida ao Reitor.

2 5 acervo documental referido no número anterior será mantido sob custódia da Reitoria, até à instalação dos órgãos a que respeitem as eleições. devendo ser posteriormente depositado em arquivo.

SECÇÃO V - TOMADA DE POSSE

Artigo 25º Posse 1 Os membros eleitos para a Assembleia. para o Senado, para o Conselho Pedagógico,

Conselhos Directivos das Unidades Científico Pedagógicas bem como para os cargos de Presidente do Conselho Científico da Universidade, Presidente do Conselho Pedagógico da Universidade, Presidentes dos Conselhos Pedagógico Científicos das Unidades Científico Pedagógicas e Presidentes dos Departamentos, tomam posse perante o Reitor da Universidade.

2 Os Presidentes das Secções Científicas do Conselho Científico da Universidade e do Conselho Pedagógico Científico das Unidades Científico Pedagógicas tomam posse perante o Presidente do Conselho Científico.

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3 Os membros das Secções Pedagógicas do Conselho Pedagógico da Universidade e do Conselho Pedagógico Científico das Unidades Cientflico Pedagógicas e respectivos Presidentes tomam posse perante o Presidente do Conselho Pedagógico cessante.

4 Os membros eleitos para a Assembleia de Representantes tomam posse perante o presidente cessante, em reunião por ele expressamente convocada para o efeito.

5 A investidura dos membros do Conselho Científico opera se automaticamente no dia imediato àquele em que se verifique o facto determinante da aquisição da qualidade de membro do conselho e não carece de outras formalidades para além da inscrição na respectiva lista.

6 Os membros do Conselho Científico assumem de imediato as responsabilidades e usufruem dos direitos académicos e estatutários que Ihe são inerentes.

7 Os membros dos órgãos e respectivos presidentes referidos, nos números 1, 2, 3 e 4 do presente artigo, bem como o Conselho Administrativo da Universidade tomam posse, nas datas que forem fixadas para o efeito.

SECÇÃO VI - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 26º Presidência de órgãos em caso de faltas ou impedimentos Salvo disposição em contrário, os presidentes dos órgãos da Universidade e das suas unidades

orgânicas são substituídos, nas faltas ou impedimentos temporários, pelo membro mais antigo da categoria mais elevada do respectivo órgão, cabendo a este pronunciar se sobre a natureza temporária dos impedimentos.

Artigo 27º Situações de excepção 1 Quando a actividade normal de qualquer unidade da Universidade estiver em risco de

paralisação, por acção deliberada, alheamento ou omissão dos seus órgãos de gestão, ou quando não for possível constituir estes órgãos, o Reitor, nos termos do artigo 639 dos Estatutos, ouvido o Senado, decide sobre o assunto, tomando as medidas necessárias.

2 As medidas a que se refere o número anterior podem incluir a constituição de uma comissão de gestão provisória, até a situação se normalizar.

Artigo 28º Casos omissos Os casos omissos, bem como quaisquer dúvidas de interpretação do presente regulamento, serão

objecto de Despacho do Reitor, e quando aplicável por proposta da Comissão Eleitoral.

Universidade da Beira Interior Covilhã, em 29 de Maio de 1993

O Presidente do Senado

Prof. Doutor Cândido Manuel Passos Morgado

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