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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE AUTOMATIZAÇÃO DE RELATÓRIOS E PLANILHAS DE CÁLCULOS DE CONTRIBUIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DA RESERVA FINANCEIRA DOS CLIENTES DA FUNDAÇÃO LATOSA Por: Leonardo Rodrigo Pessanha de Souza Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

AUTOMATIZAÇÃO DE RELATÓRIOS E PLANILHAS DE

CÁLCULOS DE CONTRIBUIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DA

RESERVA FINANCEIRA DOS CLIENTES DA FUNDAÇÃO

LATOSA

Por: Leonardo Rodrigo Pessanha de Souza

Orientador

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

AUTOMATIZAÇÃO DE RELATÓRIOS E PLANILHAS DE

CÁLCULOS DE CONTRIBUIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DA

RESERVA FINANCEIRA DOS CLIENTES DA FUNDAÇÃO

LATOSA

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão de Projetos

Por: Leonardo Rodrigo Pessanha de Souza

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, a Deus todo

poderoso que move céus e terras

apenas com a sua vontade, pela

determinação, coragem, persistência,

por colocar na minha vida pessoas

maravilhosas, que me amparou nos

momentos de desespero e angustia

que me deu e dá todos os dias forças

nos momentos de fracasso para

continuar meus caminhos nos estudos

e na vida, ao meu tio Sr. Jairo Marcos,

a Srta. Renata Rodrigues, a todos

meus professores do Curso pelos seus

ensinamentos durante as aulas.

Merecendo menção à parte, o Prof.

Marcelo Viola e Sra. Nadia Cristina.

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DEDICATÓRIA

A uma mulher que abriu mão de todo um

sonho e de sua liberdade, para dar-me o

alimento e a educação necessária para

me tornar um homem digno e admirável

perante todos, sem ela eu nada seria,

dedico cada linha e cada letra desta

Monografia a minha avó Sra. Luiza

Ferreira Pessanha que sempre me

incentivou ir mais além, que por muitas

vezes quando estive cara a cara com o

fracasso e não encontrava ninguém para

dar-me uma palavra de estímulo, ela me

oferecia o seu colo repleto de amor e

carinho, com palavras ásperas, porém

repletas de conhecimentos e sabedoria,

que mais pareciam broncas e que na

verdade foram palavras que me

direcionaram ao caminho correto, árduo

sim, entretanto só assim pode superar as

baixas expectativas que a vida me

ofereceu. Sem ela eu não seria nada eu

não seria ninguém.

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RESUMO

Este trabalho monográfico busca demonstra a eficácia e a eficiência da

ferramenta Visual Basic for Applications aplicada aos controles internos de

uma gerência onde há uma series de atividades que envolvem cálculos e

conferencias de valores e dados cadastrais. Ele também busca apresentar

uma solução pratica e viável para os risco e ameaças existentes nesta

gerência utilizando Visual Basic for Applications aplicada ao Microsoft Excel,

reduzindo significativamente o tempo e os riscos e ameaças da execuções das

tarefas desta gerência.

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METODOLOGIA

Os métodos que levam ao problema proposto através de pesquisa

bibliográfica, pesquisa de campo, observação do objeto de estudo, etc.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Gerência de Controle da Arrecadação 10

CAPÍTULO II - Visual Basic for Applications – Vba 14

CAPÍTULO III – VBA Aliado ao Controle Interno 22

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 36

ÍNDICE 38

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INTRODUÇÃO

Antes de iniciarmos este trabalho monográfico informo que por motivos

de sigilo empresarial o nome da empresa Fundação LATOSA é fictício.

Podemos definir Controles Internos de varias maneiras e de vários

pontos de vista diferentes, porem devemos voltar a origem de cada palavra e

buscar seus significados parar obtermos uma conclusão mais nítida e sucinta.

Segundo o dicionário Aurélio, controle é Ato ou poder de controlar,

Fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, etc.

Deste modo podemos afirmar que, controle interno é o ato de controlar

as atividades internas de um determinado local, neste caso de uma

determinada gerência, podendo ser estas atividades gerenciais ou não,

utilizando ferramentas próprias, com a finalidade de atingir resultados seguros

e favorecedores para a empresa.

Quanto às ferramentas utilizadas para os controles internos de uma

determinada empresa, pode ser bastante variado tendo em vista o quantitativo

de ferramentas oferecidas pelo mercado atualmente.

Porém uma ferramenta que vem ganhando espaço na empresas e

sendo utilizadas para o controle é o a ferramenta “Visual Basic for Applications

– VBA” com seus métodos de automatização das planilhas e relatórios, que

visa diminuir o tempo total dos processos e diminui potencialmente o risco de

erros humano. Esta ferramenta será a base dessa monografia que busca um

melhor controle e melhores resultados para os cálculos de contribuição e

alimentação da reserva financeira dos clientes da Fundação LATOSA.

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No Capitulo I deste trabalho monográfico, iremos conhecer a Gerência

de Controle da Arrecadação, sua historia, suas atividades, seus riscos e suas

ameaças.

No Capitulo II iremos abordar as aplicações, as vantagens e as

desvantagens da ferramenta Visual Basic for Applications e como ela tem

evoluído ao longo da sua historia.

No Capitulo III veremos os conceitos de controles internos e suas

aplicabilidades, vermos também como podemos utilizar o Visual Basic for

Applications para realizarmos os controles internos da Gerência de controle da

Arrecadação e suas vantagens.

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CAPÍTULO I

GERÊNCIA DE CONTROLE DA ARRECADAÇÃO

1.1 – Fundação LATOSA

A Fundação LATOSA (nome fictício), segundo a experiência do autor,

pode ser descrita, como uma entidade de previdência complementar fechada

multipatrocinada, sem fins lucrativos, e foi fundada em 31 de fevereiro de

1970, de acordo com a legislação em vigor. Inicialmente foi criada para

administrar o fundo de pensão dos funcionários da malha férrea. Possui

participantes, portanto, em todos os Estados do Nordeste, Rio de Janeiro, São

Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e

Minas Gerais. O patrimônio da Fundação LATOSA, de cerca de R$ 5 bilhões, é

constituído pelas contribuições das patrocinadoras, dos participantes ativos, e,

também, pelos rendimentos auferidos com a aplicação desses recursos nos

mercados financeiro e imobiliário.

A Fundação LATOSA, é dividida em três diretorias sendo elas Diretoria

Financeira e Administrativa, Diretoria de Superintendência e Diretoria de

Seguridade.

A Diretoria Financeira e tem como finalidade cuidar de toda a parte de

investimentos e administração da empresa, a Diretoria de Seguridade

administra os planos previdenciários e os recursos recebidos dos participantes

e das patrocinadoras e a Diretoria de Superintendência tem como principal

atividade supervisionar as demais diretorias e tratar de assuntos internos com

as patrocinadoras.

O foco deste trabalho monográfico está na Diretoria de Seguridade,

mas especificamente na Gerência de Arrecadação.

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1.2 – Gerência de Controle da Arrecadação

Segundo a experiência do autor, a Gerência de Controle da

Arrecadação foi criada em 01 junho de 2003, após ser separada da Gerência

de Cadastro, a Gerência de Controle da Arrecadação passou a ter como

principais atividades calcular e arrecadar as contribuições, alimentar os saldos

das contas dos participantes, cobrar os participantes e as patrocinadoras que

possuem débitos, informar aos participantes através de extratos os valores

reais dos saldos de suas contas, informar mensalmente a Diretoria de

Seguridade e a Gerência Contábil os valores arrecadados no mês corrente, os

valores a serrem arrecadados no mês subseqüente e os valores que não foram

arrecadados per falta de pagamento dos participantes ou das patrocinadoras.

Passou também a gerar o arquivo digital de cobrança das patrocinadoras para

recebimento das contribuições no sistema da Fundação LATOSA.

1.3 – Ameaças e riscos

A Gerência de Controle da Arrecadação apresenta algumas

deficiências no controle de suas atividades, pois os processos de gerar os

arquivos de recebimentos de contribuições das patrocinadoras, gerar os

extratos dos saldos dos participantes, calcular os débitos das contribuições em

atrasos e corrigi-las, gerar o relatório informativo de valores recebidos e

receber são realizados manualmente aumentando a possibilidade de erros e

informações incorretas. Podendo gerar um retrabalho e uma perda financeira

para a empresa.

Quando são identificados riscos adicionais associados a diversas alternativas de pessoal, é necessário reexaminar um ou mais desses processos (PMBOK, 2004, p.77).

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As ferramentas da análise de risco, como análise da árvore de decisão, podem ser usadas para escolher as respostas mais adequadas. Em seguida, são desenvolvidas ações específicas para implementar essa estratégia. Podem ser selecionadas estratégias principais e de reserva. É possível desenvolver um plano alternativo para ser implementado se a estratégia selecionada não for totalmente eficaz ou se um risco aceito ocorrer. (PMBOK, 2004, p.261).

Atualmente a Gerência de Controle da Arrecadação utiliza como

ferramenta de controle e de execução planilhas do Microsoft Excel, onde são

informadas series de dados que são calculados e/ou informados pelo sistema

da Fundação LATOSA. Alguns desses dados informados manualmente, são

valores calculados com base no salário dos participantes e estes valores são

inseridos manualmente no sistema da Fundação LATOSA.

Um dos grandes problemas da Gerência de Controle da Arrecadação é

o processo de acertos de salários e contribuições dos participantes que estão

solicitando algum benefício previdenciário.

As organizações percebem os riscos quando eles estão relacionados a ameaças ao sucesso do projeto ou a oportunidades para aumentar as chances de sucesso do projeto. É possível aceitar os riscos que constituem ameaças ao projeto se eles forem equivalentes à premiação que pode ser obtida ao se assumir esses riscos. (PMBOK, 2004, p.240).

Os problemas mais comuns nesse processo são as cobranças de

parcelas pró-rata, ou seja, as parcelas cobradas das contribuições calculadas

proporcionalmente com os dias trabalhados dos participantes da Fundação

LATOSA. Este processo requer uma grande atenção e um comprometimento

humano muito alto, necessitando ser conferido varias vezes, para intensificar e

diminuir a probabilidade de erros. Entretanto mesmo com toda a atenção

dedicada pelos funcionários da Gerência de Controle da Arrecadação, ainda

há de falhas humanas, tendo em vista que na maioria dos casos são utilizados

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vários relatórios com centenas de informações sobre o histórico de

contribuições participante, que por fim podem gerar erros de valores calculados

e que fatalmente provocará uma perda financeira para a Fundação LATOSA.

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CAPÍTULO II

VISUAL BASIC FOR APPLICATIONS – VBA

2.1 – O quê é Visual Basic for Applications aplicado ao Excel

Para explicar o que é Visual Basic for Applications aplicado ao Excel

ou VBA para Excel como é chamado pelos seus usuários, temos que primeiro

conhecer um pouco sobre as ferramentas Excel e Visual Basic for Applications.

2.1.1 – O quê é Excel

Em 1978, um aluno da Escola de Administração da Universidade de

Harvard, chamado Daniel Bricklin percebeu que seu mestre de finanças

gastava muito tempo para modificar e realizar, no quadro negro, novos

cálculos, que estavam dispostos em colunas e linhas, criando desta forma uma

tabela e, e quando ele alterava uma variável, todos os dados referentes

deveriam ser atualizados também! Neste momento o professor tinha de

calcular cada fórmula, o que provocava bastante demora.

Bricklin (1978), juntamente com seu amigo e programador Robert

Frankston, elaborou um programa que simulava o quadro negro do professor.

Tratava-se da primeira Planilha Eletrônica! Os dois então fundaram a empresa

VisCorp, em que o produto desenvolvido era o VisiCalc.

Naquele momento, os micros eram vistos como brincadeira e suas

vendas cresciam muito pouco, mas com o VisiCalc houve um repentino

crescimento nas vendas, pois percebeu-se que poderia ser utilizado para

assuntos mais sérios e práticos do cotidiano.

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Não só VisiCalc surgiu, mas também aparecem outros programas de

Planilhas Eletrônicas disputando espaço num mercado em grande expansão.

Em 1983 ocorreu o lançamento de um programa integrado chamado 1.2.3,

criado pela empresa Lótus Development Corporation, hoje pertencente à IBM.

O 1.2.3 além de ser planilha gerava Gráficos e tratava os dados como uma

ferramenta de base de dados. Desbancou o VisiCalc da sua posição de líder.

Nos anos 80, a Lótus seria a líder de mercado, concorrendo com

outras Planilhas (SuperCalc, Multiplan e Quattro Pro). Já nos anos 90, é

lançado o MS Windows pela Microsoft e, em seguida, aparece uma Planilha

Eletrônica que rodava neste ambiente (MS – Excel 3.0) que se tornou líder em

seu segmento, ainda que concorrendo com os posteriores: Quattro Pro for

Windows e Lótus 1.2.3 for Windows.

O Microsoft Office Excel é um programa de planilha eletrônica de calculo, escrito e produzido pela Microsoft, para computadores usando o sistema operacional Microsoft Windows e computadores Macintosh da Apple. A versão para Windows também roda no Linux, via Wine. Seus recursos incluem uma interface intuitiva e capacitadas ferramentas de cálculo e de construção de gráficos que, juntamente com marketing agressivo, tornaram o Excel um dos mais populares aplicativos de computador até hoje. (BOOKMAN, 2009, p.8).

2.1.2 – O quê é Planilha Eletrônica

A Planilha é uma folha de cálculo disposta em forma de tabela, na qual

poderão ser efetuados rapidamente vários tipos de cálculos matemáticos,

simples ou complexos. De acordo com uma filosofia matricial, pode ser

utilizada por qualquer pessoa de qualquer setor profissional que tenha no seu

trabalho a necessidade de efetuar cálculos financeiros, estatísticos ou

científicos.

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Antigamente, o termo planilha dizia respeito às folhas de papel quadriculadas que eram usadas por contadores e administradores de empresas, que as utilizavam para armazenar uma grande quantidade de números, dispostos em linhas e colunas. Esses números poderiam, então, ser somados, subtraídos e comparados, uns aos outros. (BENEVIDES, 2004, p.7).

A Planilha Eletrônica é o programa que impulsionou e revolucionou o

mercado da informática.

O tempo passou e o conceito de planilha também mudou. Hoje, uma planilha eletrônica representa o programa de computador (software) que é utilizado, de modo geral, para manipular cálculos, construir gráficos, gerenciar dados, fazer simulações, etc. (BENEVIDES, 2004, p.8).

Em sua evolução, a humanidade sempre tentou criar ferramentas para

suprir as novas necessidades que foram aparecendo. Com a Planilha

Eletrônica não foi diferente.

De fato, o primeiro nome que nos vêm em mente quando falamos desse assunto é o “Microsoft Excel”, mas embora ele exerça um papel preponderante na evolução desse mercado, não podemos nos esquecer de seus precursores, tais como Visicalc, Supercalc, Multiplan, Quatro Pro for Windows e a famosa Lotus 1-2-3, que durante certo tempo foi a grande aposta dessa área. (LUCIANA BENEVIDES, 2004, p.10).

Basta ver que muitas escolas, laboratórios e empresas de diversos

ramos cresceram após explorar todo o potencial oferecido pelas planilhas

eletrônicas. Em outras palavras, o computador deixou de ser um mero

brinquedo e passou a ser um forte aliado no mundo dos negócios, sobretudo,

por causa de três grandes características que passaram a determinar, em

síntese, a qualidade de uma planilha eletrônica.

2.1.3 – O Microsoft Excel ou Excel

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A Planilha Eletrônica Microsoft Excel está caracterizada como um dos

mais importantes aplicativos da área para uso em microcomputadores. O nome

Excel vem da abreviatura da Excelent, ou seja, Excelente. O termo Excel em

inglês significa primar, superar, ser superior.

A operação do Microsoft Excel e das demais Planilhas Eletrônicas,

mesmo tendo passado quase 20 anos, continua similar. Mas claro que com o

passar dos anos, foram acontecendo melhorias, porém a estrutura principal de

operação continua a mesma.

Podemos definir o Excel como um programa de software que permite a

criação tabelas e calcular e analisar dados. Este tipo de software é

denominado software de folha de cálculo. O Excel permite criar tabelas que

calculam automaticamente os totais de valores numéricos introduzidos,

imprime tabelas em esquemas atrativos e criar gráficos simples.

No Excel 2003, você pode criar listas na planilha para agrupar e agir de acordo com dados relacionados. Pode também criar uma lista de dados existentes ou criar uma lista a partir de um intervalo vazio. Quando especifica um intervalo como uma lista, você pode facilmente gerenciar e analisar os dados independentemente dos outros dados que estejam fora dela. Além disso, as informações contidas em uma lista podem ser compartilhadas com outras através da integração com o Windows SharePoint Services.. (BENEVIDES, 2004, p.22).

2.1.3.1 – Cálculo Automático

Podemos realizar qualquer cálculo no Microsoft Excel, desde que ele

seja precedido pelo sinal de igualdade = , caso contrário, o cálculo não será

realizado. Após digitar a fórmula, você deve pressionar a tecla ENTER. A

tabela 1 a seguir traz alguns exemplos:

CÁLCULOS SUPORTADOS PELO MICROSOFT EXCEL

Tabela 1 – Cálculos

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OPERADOR NOME DA OPERAÇÃO EXEMPLO

+ Adição =2+3 – Subtração =2-3 * Multiplicação =2*3 / Divisão =2/3 ^ Exponenciação =2^3 & Concatenação =2&3

% Porcentagem =2%*3

Além dos cálculos aritméticos, podemos também pode implementar

cálculos relacionais para comparar valores contidos nas planilhas. A tabela 2 a

seguir traz alguns exemplos:

OPERADORES RELACIONAIS

OPERADOR NOME DA OPERAÇÃO EXEMPLO

= Igualdade =10=20 < Menor que =10<20 > Maior que =10>20 <= Menor ou igual =10<=20 >= Maior ou igual =10>=20

<> Diferente de =10<>10

A última e principal característica de qualquer planilha eletrônica é a

geração automática de gráficos. É exatamente nesse ponto que o Microsoft

Excel se diferencia das demais planilhas, pois com ele você poderá criar

diversos tipos de gráficos, cada qual com seu objetivo, e apenas pressionando

uma única tecla. Conforme visualizado nas figura 1 e figura 2.

Tabela 2 – Relacionais

Figura1 – Seleção (Extraído do Microsoft Excel 2003).

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2.1.3.2 – Armazenamento e tratamento de dados

Armazenar, organizar e tratar uma grande quantidade de dados

também é outra característica fundamental de uma planilha eletrônica do

Excel. Desde o seu advento, essa capacidade vem aumentando

consideravelmente.

Quando abrimos o Microsoft Excel uma nova pasta de trabalho

(arquivo) é exibida. Cada pasta de trabalho é composta inicialmente por 3

folhas de cálculos, ou seja, três planilhas. Cada planilha é formada por um

conjunto de 256 colunas e 65.536 linhas.

Se multiplicarmos o número de colunas pelo número de linhas

existentes teremos exatamente 16.777.216 células em cada planilha. E se

pensarmos que o Excel nos permite acrescentar até 256 planilhas em cada

pasta de trabalho, teremos aproximadamente 4.294.967.296 células em um

único arquivo, ou seja, podemos tratar uma quantidade de dados monstruosa

visto que cada célula pode armazenar aproximadamente 2.500 caracteres, o

que nos leva ao numero aproximado de 10.737.418.240.000 caracteres para

serem tratados de uma única vez em alguns minutos. O que é muito rápido,

considerando que um ser humano levaria meses talvez anos para tratar

tamanha quantidade de dados.

O usuário pode restringir dados a um determinado tipo, como números inteiros, números decimais ou texto, e definir limites para as entradas válidas. Por exemplo, imagine que na planilha de vendas, nas células onde seriam inseridas as quantidades vendidas, você quisesse bloquear a entrada de números "quebrados" (com casas decimais), permitindo somente a entrada de números inteiros. (BENEVIDES, 2004, p.54).

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2.1.4 – Visual Basic for Applications

A partir da versão 97 do Office toda suite Microsoft (incluido o Project)

incluiu o VBA como linguagem embutida. Com o VBA podemos utilizar todas

as aplicações e todas a sua funcionalidade de maneira a permitir que outras

aplicações a acessem via VBA. Ou seja, podemos acessar toda a

funcionalidade do Word, Excel, PowerPoint, Access através do Visual Basic.

O VBA é uma linguagem de programação, baseada na linguagem BASIC, desenvolvida para atuar em conjunto com as aplicações do Microsoft Office. Trata-se de uma linguagem de programação visual, utilizando o paradigma de orientação a objetos e orientada a eventos. A linguagem VBA é baseada na implementação de macros. Uma macro é um conjunto de instruções com a finalidade de desempenhar uma determinada tarefa. Uma macro é criada de forma a poder ser reutilizada em ocasiões futuras. (SHEPHERD, 2006, p.5).

Para trabalhar com VBA utiliza-se a mesma interface, ou Ambiente de

Desenvolvimento Integrado (IDE). No Office o IDE é chamado de Visual Basic

Editor. Podemos acessar o Visual Basic Editor no Word, Excel e PowerPoint

selecionando o menu Ferramentas e a opção Macro clicando a seguir em

Editor do Visual Basic (ou Alt+F11). Conforme visualizado nas figura 3 e figura

4.

O ambiente de programação do VBA no Excel é acionado pela opção Ferramentas/Macro/Editor do Visual Basic ou através das teclas de atalho ALT+F11. (SHEPHERD, 2006, p.7).

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Deste modo teremos acesso ao editor do Visual Basic.

Figura 3 – Editor de MACRO (Extraído do Microsoft Excel 2003).

Figura 4 – Editor de MACRO 2 Microsoft Office Visual Basic for Applications 2003).

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Uma problemática do uso do VBA é a susceptibilidade perante a

ameaça de vírus informáticos. Os chamados macro-vírus fazem uso do VBA.

Por esse problema o Excel vem equipado com uma ferramenta de segurança

que permite ou não a utilização da macro. Conforme visualizado nas figura 5 e

figura 6:

Figura 4 – Segurança (Extraído do Microsoft Excel 2003).

Figura 6 – Segurança 2 (Extraído do Microsoft Excel 2003).

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2.1.5 – Visual Basic for Applications aplicado ao Microsoft

Excel - Macro

Uma macro é um pequeno programa que contém uma lista de

instruções a realizar no Excel. Como sendo um repositório de operações, uma

macro pode executar um conjunto de tarefas através de um único

procedimento o qual pode ser invocado rapidamente ou em um determinado

momento.

As instruções que formam o corpo da macro são escritas num código

próprio para que o computador as possa entender, essa linguagem é

designada por VBA – Visual Basic for Applications. Conforme visualizado na

figura 7:

Figura 7 – Editor de MACRO 3 (Microsoft Office Visual Basic for Applications 2003).

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As Macros podem ser geradas ou criadas dos seguintes modos,

através do Gravador de Macros do Microsoft Excel ou utilizando o editor e

programando em Visual Basic for Applications. Conforme visualizado na figura

8:

Figura 8 – Editor de MACRO 4 (Microsoft Office Visual Basic for Applications 2003).

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CAPÍTULO III

VISUAL BASIC FOR APPLICATIONS ALIADO AOS

CONTROLES INTERNOS

3.1 – Controles Internos

Controles internos são processos operado pelo conselho de administração, pela administração e outras pessoas, desenhado para fornecer segurança razoável quanto à consecução de objetivos nas seguintes categorias: a) confiabilidade de informações financeiras; b) obediência (compliance) às leis e regulamentos aplicáveis; c) eficácia e eficiência de operações. (BOYTON, 2002, p.320).

Para melhor entender e situar a importância da função de controle,

torna-se necessário fazer uma digressão conceitual e lembrar os fundamentos

que orientam a atividade de administração.

A Administração de uma entidade deve estar estruturada e organizada

de acordo com princípios científicos aplicáveis às funções básicas que a

compõem, para melhor realizar os seus planos e alcançar os objetivos que

constituem a razão da sua existência.

Segundo os clássicos, como Frederick Taylor e Henri Fayol, e outros

mais modernos que os sucederam, a administração deve atender,

particularmente, aos princípios de organização, planejamento, comando e

controle.

O controle constitui um dos princípios basilares da administração, de

tal forma que a inexistência dessa função ou as deficiências que apresentar

tem reflexos diretos e negativos com a mesma intensidade nas demais funções

(organização, planejamento e comando), decretando invariavelmente a

frustração parcial ou total dos seus objetivos. Os resultados medíocres ou

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desastrosos na administração pública ou privada têm sempre como

responsáveis às falhas do controle, de igual forma como o sucesso repousa

fundamentalmente na sua eficiência.

somente o planejamento não assegurará a realização dos planos; também será necessário controle. Este processo de controle exige que estejam estabelecidos padrões de desempenho, que atuarão como guias para a realização bem sucedida desse planejamento estratégico. (KRONMEYER, 2000, p.3). Controles internos devem ser entendidos como qualquer ação tomada pela administração (assim compreendida tanto a Alta Administração como os níveis gerenciais apropriados) para aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas estabelecidos sejam atingidos. (AUDIBRA, 1992, p.48).

O bom administrador aquele que sabe tirar proveito do controle, pois

através dele obtém informações sobre o plano organizacional, quanto à sua

dinâmica e eficácia, sobre a execução dos projetos e atividades, se está de

conformidade, ou não, com o planejamento, sobre o comportamento dos

agentes e promotores da execução de projetos e de atividades, e do seu grau

de adesão às políticas da Administração, sobre o comportamento da ação

executiva e do nível de consecução das metas estabelecidas, e sobre os

resultados obtidos, em confronto com as metas planejadas.

Hoje o controle encontra-se num estágio ainda mais avançado e

estrutura-se, basicamente, sobre princípios de comprovada eficiência.

Espelha-se nos modelos aplicados aos grandes conglomerados

empresariais do mundo desenvolvido.

O controle interno, como foi visto, faz parte do plano de organização da

Administração e tem os mesmos objetivos. Ocupa-se essencialmente com o

processamento de informações que retro alimentem a função de comando,

concorrendo para a correta tomada de decisões, coexiste com as demais

funções da Administração e com elas, por vezes, se confunde, sendo cada

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qual indispensável para o funcionamento do sistema que formam, de tal

maneira que a falha em uma delas pode embaraçar o funcionamento de todo o

conjunto.

O controle interno tem expressão funcional e sua ação não admite

concentração puramente orgânica.

Embora não haja unanimidade na identificação de suas funções

básicas, as mais freqüentemente mencionadas são, organização

(administrativa, jurídica e técnica), procedimentos e métodos, informações

(planejamento, orçamentação, contabilidade, estatística e informatização),

recursos humanos e a auto-avaliação.

O sistema de controle interno se constitui na alma do plano de

organização de qualquer entidade, fundamentalmente comprometido com a

realização dos objetivos da própria Administração, os quais constituem a razão

de sua existência.

O esforço do planejamento é essencial para todos os fatores que afetam a organização, independente do fato de serem controláveis ou não. Quanto melhor for o processo de planejamento e controle, melhores suas possibilidades de crescer com continuidade. (CATELLI, 1999, p.149).

3.1.1 – Controles Internos Gerenciais

O controle representa o acompanhamento, a monitoração e a avaliação do desempenho organizacional para verificar se tudo está acontecendo de acordo com o planejamento, organizado.Controle é a função administrativa relacionada com a monitoração das atividades a fim de manter a organização no caminho adequado para o alcance dos objetivos, permitindo as correções necessárias para atenuar os desvios. (CHIAVENATO, 2004, p.16).

Uma das funções do Controle Interno é a avaliação de sua própria

atividade. Sabendo-se que suas funções convivem na administração com

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28

todas as demais funções, resulta que se encontra presente em cada

desdobramento da organização. Evidencia-se, por exemplo, na atividade de

triagem de ingresso e saída de pessoas, veículos, bens e mercadorias, no

acompanhamento das condições de qualidade dos serviços e dos produtos, na

feitura de estatísticas, na contabilização física e financeira, nos registros dos

recursos humanos e dos correspondentes dados cadastrais, funcionais e

financeiros.

A supervisão das atividades de controle interno compete à função de

Comando, que dele necessita para bem administrar. Importa-lhe, por isso,

preservar seu funcionamento com eficiência. O tamanho e a complexidade das

organizações modernas, porém, têm dificultado e, por vezes, impossibilitado a

supervisão direta de todas as operações por parte dos dirigentes superiores,

obrigando-os a delegar parte dessas funções a outros profissionais. Estes,

com a devida independência, coletam dados estratégicos, analisam-nos e

colocam à disposição da direção as informações finais sobre o comportamento

operacional da entidade.

A organização do sistema de controle interno e o seu funcionamento

eficiente é da inteira responsabilidade do administrador, como corolário do

dever de bem administrar e de prestar contas.

Incumbe ao administrador, primeiramente, gerir o patrimônio e os

recursos a ele confiados com proficiência, sem desperdícios e desvios, em

segundo lugar, cumpre-lhe prover as condições para demonstrar a prática da

boa administração e permitir a verificação, por parte dos órgãos de controle

externo, de que agiu com correção e competência. Uma vez organizado o

controle interno, há que mantê-lo sob permanente vigilância e avaliação, pois

se sabe que as falhas de seu funcionamento trazem reflexos inevitáveis nos

resultados da administração, podendo comprometê-la irremediavelmente.

A prevenção de riscos envolve mudanças no plano de gerenciamento do projeto para eliminar a ameaça apresentada por um risco adverso, para isolar os objetivos do projeto do impacto do

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risco ou para flexibilizar o objetivo que está sendo ameaçado, como extensão do cronograma ou redução do escopo. O esclarecimento dos requisitos, obtenção de informações, melhoria da comunicação ou aquisição de especialização podem prevenir alguns riscos que surgem. (PMBOK, 2004, p.261).

3.2 – Softwares de controles

Atualmente existem centenas de softwares utilizados para realizar

controles internos.

Estes softwares podem ser comprados, criados ou simplesmente

podem ser baixados da Internet pelo usuário interessado.

Os softwares que comprado comprados necessitam de uma licença

para serem executados nas maquinas da empresa e em alguns casos e

necessário uma licença para cada maquina e na maioria das vezes para cada

licença a empresa necessita pagar uma taxa, tornando assim o software uma

ferramenta muito cara dependendo do custo - beneficio da empresa.

Os softwares gratuitos (baixados da Internet), podem não suprir a

necessidade da empresa, pois nem sempre este é completo ou possui todas

as ferramentas especificas ou necessárias para a execução do controle

interno.

Os softwares criados pela empresa por outro lado pode ser muito uma

boa escolha, pois o custo é muito menor que os softwares comprados e não

necessitam de licenças para serem executados nos computadores da

empresa. Porém os softwares criados pela empresa não são criados da noite

para o dia, na maioria das vezes é necessário um largo período de tempo para

que o software seja criado, testado e implementado.

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Softwares de gerenciamento de projetos, como aplicativos de software para estimativa de custos, planilhas computadorizadas e ferramentas estatísticas e de simulação, são amplamente usados para auxiliar na estimativa de custos. Essas ferramentas podem simplificar o uso de algumas técnicas de estimativa de custos e, portanto, facilitar uma análise rápida de diversas alternativas de estimativa de custos. (PMBOK, 2004, p.165).

3.3 – Visual Basic for Applications utilizado como software de

controle interno

Caso a empresa utilize uma base de dados extensa e utilize planilhas

do Microsoft Excel para realizar as suas tarefas. A criação de uma interface

com o usuário utilizando o Microsoft Excel para a realização de tarefas é uma

alternativa viável e de custo infinitamente baixo.

Sim podemos criar um uma interface com o usuário utilizando o

Microsoft Excel, mas especificamente utilizando o Visual Basic for Applications

aplicado ao Microsoft Excel (Macro), neste caso ele funciona como um

software que integrará todas as informações do banco de dados em um único

sistema simples e de baixíssimo custo de manutenção.

Este sistema pode efetuar cálculos gigantescos, realizar operações

lógicas, tratar e identificar risco e ameaças em questão de segundos, tornado

assim as atividades da empresa ou da gerência muito mais seguras e fácies de

se controlar.

Outra grande vantagem de utilizarmos o Visual Basic for Applications

aplicado ao Microsoft Excel é que o sistema não requer nenhuma licença para

que possa ser instalado, pois é desenvolvido através do sistema operacional

Microsoft Excel.

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3.4 – Visual Basic for Applications utilizado como ferramenta

de controle interno na Gerência de Controle da Arrecadação

Com base na experiência do autor, o Visual Basic for Applications

aplicado ao Microsoft Excel, utilizado como uma ferramenta para a realização e

de controle das tarefas da Gerência de Controle da Arrecadação, teria as

seguintes características:

• Realizaria uma busca por matricula, nome ou CPF do participante;

• Traria as informações do banco de dados da Fundação LATOSA pertinetes

ao a matricula, nome ou CPF utilizado para a realização da busca;

• Realizaria os cálculos de salários proporcionais;

• Realizaria os cálculos de contribuições proporcionais;

• Atualizaria o saldo da conta do participante;

• Realizaria um levantamento dos valores a serem cobrados;

• Realizaria um levantamento dos valores a serem devolvidos;

• Geraria um relatório gerencial de débitos e créditos.

Considera as especificações supracitadas teríamos o seguinte sistema

projetado em Visual Basic for Applications, conforme pode ser visualizado na

figura a seguir:

• Um sistema de senha para registrar o funcionário que está realizando as

operações;

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A criação de um sistema de senha é imprescindível para saber quem

realizou determinada tarefa e quando a mesma foi realizada.

• Teria os campos necessários de cadastro referente às informações

utilizadas pela Gerência de Controle da Arrecadação;

Como pode ser visto na anterior, os campos pertinentes aos dados

cadastrais básicos do participante, está bem definida, eliminando assim a

possibilidade de um eventual engano com participantes com nomes

semelhantes. O sistema também poderá gerar os arquivos de cobranças das

patrocinadoras.

Figura 9 – Senha (Microsoft Office Visual Basic for Applications 2003).

Figura 10 – Sistema de Cálculo (Microsoft Office Visual Basic for Applications 2003).

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• Teria os campos necessários de informações para gerar o relatório de

debito e créditos;

Os sistemas para informar os débitos e créditos, conforme mostra as

figuras anteriores, terão o papel de além de gerenciar os participantes em

debito com a Fundação LATOSA, de manter uma base de dados atualizada

dos débitos e créditos da Fundação LATOSA para com os participantes e as

patrocinadoras e gerar o relatório que informará esses valores de modo

descriminado.

Figura 11 – Sistema de Débito (Microsoft Office Visual Basic for Applications 2003).

Figura 12 – Sistema de Créditos (Microsoft Office Visual Basic for Applications 2003).

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Utilizando o micro sistema criado através do Visual Basic for

Applications, a Gerência de Controle da Arrecadação teria uma maior

confiabilidade nas tarefas em que se utilize o sistema, além de ter um maior

controle das tarefas e baixaria o risco de erros humanos a quase zero.

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CONCLUSÃO

Tendo em vista o grande uso da ferramenta Microsoft Excel pela

Gerência de Controle da Arrecadação, e considerando que a mesma utiliza

uma grande quantidades de dados para realizar suas atividades, criar um

sistema no Visual Basic for Applications seria uma medida bastante vantajosa

uma vez que todas as suas planilhas seriam compactadas em apenas um

modulo sistêmico, que realizaria as atividades da gerencia de um modo mais

seguro, confiável e estável, não dando margem a erros humanos.

Deste modo o controle de risco seria quase que eliminado, pois os

funcionários da Gerência de Controle da Arrecadação teriam que incluir

somente alguns dados básicos e o Visual Basic for Applications, realizaria

todas as tarefas de calculo e arrecadação das contribuições, alimentação dos

saldos das contas dos participantes, Informaria os participantes e as

patrocinadoras que possuem débitos, geraria um relatório periódico (mensal,

anual, etc.) para informar a Diretoria de Seguridade e a Gerência Contábil os

valores arrecadados no mês corrente, no mês subseqüente e os valores que

não foram arrecadados per falta de pagamento dos participantes ou das

patrocinadoras.

Tendo exposto as vantagens da utilização do Visual Basic for

Applications, creio que essa seria uma alternativa de baixo custo e de alta

confiança para a execução das tarefas realizadas pela Gerência de Controle

da Arrecadação.

BIBLIOGRAFIA

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36

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Auditoria, São Paulo, Atlas, 2002.

CAGGIANO, Paulo Cesar; Figueiredo, Sandra. Controladoria: Teoria e Prática

– 4ª Ed., São Paulo, Atlas, 1997.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2ª Ed., Rio de

Janeiro, Elsevier, 2004.

____________________. Introdução a Teoria Geral da Administração. 7ª

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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda – Dicionário Aurélio Básico da

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FRYE, Curtis. Microsoft Office Excel 2007: Passo a Passo – São Paulo,

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SHEPHERD, Richard. Excel Vba: Programação de Macros – São Paulo, Alta

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___________ Microsoft Office Visual Basic for Applications – Versão 2003.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 07

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Gerência de Controle da Arrecadação 10

1.1 – Fundação LATOSA 10

1.2 – Gerência de Controle da Arrecadação 11

1.3 – Ameaças e riscos 11

CAPÍTULO II - Visual Basic for Applications – Vba 14

2.1 – O quê é Visual Basic for Applications aplicado ao Excel 14

2.1.1 – O quê é Excel 14

2.1.2 – O quê é Planilha Eletrônica 15

2.1.3 – O Microsoft Excel ou Excel 17

2.1.3.1 – Cálculo Automático 17

2.1.3.2 – Armazenamento e tratamento de dados 18

2.1.4 – Visual Basic for Applications 19

2.1.5 – Visual Basic for Applications aplicado ao Microsoft Excel –

Macro

20

CAPÍTULO III – VBA Aliado ao Controle Interno 22

3.1 – Controles Internos 22

3.1.1 – Controles Internos Gerenciais 24

3.2 – Softwares de controles 26

3.3 –Visual Basic for Applications utilizado como software de controle

interno

27

3.4 – Visual Basic for Applications utilizado como ferramenta de

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controle interno na Gerência de Controle da Arrecadação 28

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 36

ÍNDICE 38