universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo lato … · 2015. 7. 24. · formação de docentes,...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
FORMAÇÃO DO SUJEITO SOCIAL ATIVO ÀS NOÇÕES
FUNDAMENTAIS DE COMPREENSÃO, COMUNICAÇÃO ORAL E
ESCRITA NOS CURRÍCULOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Por: Jairo de Oliveira Vasconcellos Filho
Orientadora
Prof ª. Edla Trocoli
Rio de Janeiro
2014
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
FORMAÇÃO DO SUJEITO SOCIAL ATIVO ÀS NOÇÕES
FUNDAMENTAIS DE COMPREENSÃO, COMUNICAÇÃO ORAL E
ESCRITA NOS CURRÍCULOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Apresentação de monografia à AVM/Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em administração
e supervisão escolar.
Por: Jairo de Oliveira Vasconcellos Filho.
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AGRADECIMENTOS
.... à família, aos amigos, e colaboradores neste projeto
especial, à Profª e amiga Edla
Tocoli.
4
... Dedico este trabalho a minha família, que
alimenta meus esforços e dedicação à
pesquisa educacional.
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RESUMO
Este Projeto monográfico trata da realização de uma observação sobre o pensamento crítico no ensino fundamental e médio, através das aulas das diversas disciplinas onde alunos ainda demonstram dificuldades para atingir a compreensão mínima do que lêem. Por essa razão, acredita-se na condução de professores, gestores, supervisores e autoridades na área educacional à reflexão e relevância do tema e, por conseguinte conquistar o propósito de convencê-los da importância dessa proposta, da imprescindível necessidade da educação continuada para formação de docentes, capacitando-os a introduzir em seus planos de aula os temas propostos de maneira multidisciplinar partindo-se do princípio da investigação, análise e proposição de uma pequeníssima alteração num artigo da LDB, conforme indica a aprovação do Projeto de Lei do Senado 2/2012, de autoria do senador Sérgio Souza, modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), incluindo a disciplina como obrigatória para o ensino fundamental. Entre as justificativas do Senador para o projeto, estará a necessidade do aprimoramento da LDB, com a criação de disciplinas que dêem a esses alunos melhor formação ética, social e política, o que os capacitará para o correto entendimento dos principais problemas sociais do nosso país e do mundo, parte integrante da disciplina de Filosofia, já obrigatória na LDB. Consta-se, entretanto que o trabalho em sala de aula, em se tratando de leitura, contribui consideravelmente na formação do leitor crítico e reflexivo, pois muitas dúvidas têm permeado e se manifestado há anos em ações que, de uma forma ou de outra, objetivam oferecer suporte ao ensino da leitura nas escolas, capacitando alunos a refletirem e compreenderem o que leem, assim, por que não investir-se de forma efetiva numa formação conjunta desde o Fundamental até o Médio alimentando, incentivando e direcionando de maneira gradativa os alunos para uma conscientização de valores morais, éticos e cidadãos. Esclarece-se, todavia que esse projeto foi inserido numa proposta metodológica de estudos de casos, com experiência profissional vivenciada e observada dentro e fora de sala aula, bem como a realidade das escolas públicas e privadas, comportamentos diversos: alunos, professores, supervisores, orientadores educacionais, diretores, equipe de apoio e ainda material didático usado, conselhos de classe, atividades extraclasse, perfil das escolas e resultados obtidos após avaliações. Sabe-se ainda, que o “estudo de caso é uma categoria de pesquisa cujo objetivo é uma unidade que se avalia profundamente” (TRIVINÕS - Métodos e técnicas de Pesquisa, SP, Atlas, 1987, p. 133). Assim, mesmo que podendo evidenciar a validade e confiabilidade do estudo através dos dados obtidos, fica a certeza do profundo conhecimento de professores a respeito do tema em questão.
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² Professor licenciado em Língua Portuguesa e Literatura pela FEFIS/UCAM
METODOLOGIA
A produção deste trabalho contou com buscas e pesquisas bibliográficas e
webgrafia e estudo de casos face experiência profissional dentro e fora de sala aula,
a realidade das escolas públicas e privadas através da observação dos
comportamentos diversos: alunos, professores, supervisão, orientação educacional,
direção, equipe de apoio, material didático usado, conselhos de classe, atividades
extraclasse, perfil das escolas e resultados obtidos após avaliações. Sabe-se da
fundamental importância, de fato, mas nunca seria demais repetir que
conhecimentos sobre a evolução histórica do mundo educacional no que tange à
Administração e Supervisão Escolar no Brasil, assim como a definição dos papeis de
gestor e supervisor no contexto e na condução da grade curricular e sua
aplicabilidade são méritos técnicos profissionais dignos de destaque em suas
carreiras.
Faz-se imprescindível esse levantamento de dados através de pesquisas
comentadas anteriormente, sobre gestão democrática e suas competências no
âmbito dos parâmetros curriculares. Apesar de todo esse estudo, houve outro
aspecto abordado no que diz respeito ao caráter consultivo de um gestor e sua
devida importância no processo de humanização e reflexão em geral, através desse
ensino na formação da cidadania, vislumbrando êxito na formação discente
consciente e por consequência a isso, capaz de momentos de reflexão acerca de
um futuro profissional, social e cidadão com embasamento teórico prático
satisfatório, no propósito de pensar, refletir sobre os diversos assuntos importantes
para o desenvolvimento do país que direta ou indiretamente estejam afetas à
população brasileira no que tange a seus direitos e deveres no cenário nacional, já
que o propósito é fazer desse aluno o sujeito da ação e não um mero objeto dela.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 8
CAPÍTULO I LEITURA, REFLEXÃO, AÇÃO; UMA CONTRIBUIÇÃO
INTERDISCIPLINAR NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM, A PARTIR DA
INCLUSÃO DE CIDADANIA, MORAL E ÉTICA AO CURRÍCULO À FORMAÇÃO
DE LEITORES CRÍTICOS ................................................................................... 10
CAPÍTULO II REFORMULAÇÃO DA LDB EM TORNO DA OBRIGATORIEDADE
DOS ITENS A SEREM ESTUDADOS NAS DIVERSAS DISCIPLINAS E EM
FILOSOFIA COM ALTERAÇÃO NO CURRÍCULO ENA CARGA HORÁRIA NAS
ESCOLAS EM TERRITÓRIO NACIONAL ........................................................... 18
CAPÍTULO III FORMAÇÃO DO SUJEITO SOCIAL ATIVO ÀS NOÇÕES
FUNDAMENTAIS DE COMPREENSÃO, COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA NOS
CURRÍCULOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO .................................... 25
CONCLUSÃO ...................................................................................................... 35
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 37
WEBGRAFIA ....................................................................................................... 39
ÍNDICE ................................................................................................................. 40
FOLHA DE AVALIAÇÃO ..................................................................................... 42
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INTRODUÇÃO
Estudos baseados em leituras, vários e diferentes ambientes, diversidades e
finalidades em nossas vidas; no trabalho, na escola, no lazer ou na comunidade
trouxe-nos a reflexão sobre uma maneira objetiva de contribuir numa melhor
formação dos discentes a partir da Lei nº 02/2012, alterando a carga horária e
currículo constante da LDB. Já que formação discente inicia-se no âmbito escolar e
se processa em longo prazo, tendo como mediador, a figura do professor, em quem
encontram a possibilidade de diversificar o conhecimento, os alunos devem ser
compreendidos como sendo aqueles que estabelecem uma relação aprofundada
com o pensamento e suas significações, uma vez que acreditamos em que apenas
os que se relacionam de modo mecânico com o texto, não se constituirão leitores
sem um trabalho efetivo de reflexão, pois o comportamento do ato de ler e
compreender não podem ser delegados somente à escola, deve ser uma parceria
entre escola e família.
A inclusão melhor trabalhada a base de leituras, discussões e análises sobre
cidadania moral e ética traria aos educando um poder muito maior em sua formação
sendo importante enfatizá-las como uma das mais discutidas no âmbito escolar.
Inúmeros questionamentos são feitos a cerca desse assunto: É possível a escola
ensinar simplesmente a ler? Que importância tem a leitura na formação cidadã? O
que se está levando para a sala de aula, em se tratando de leitura, contribui ou não
para a formação do leitor crítico e reflexivo? Essas dúvidas têm permeado e se
manifestado nos últimos anos em ações que, de uma forma ou de outra, objetivam
oferecer suporte ao ensino da leitura nas escolas, capacitando alunos a refletirem e
compreenderem o que leem.
Desta forma, defende-se esse princípio, observando a urgência de se
apresentar para os alunos uma leitura que norteie seu posicionamento e que seja
capaz de resultar no leitor a compreensão da essência dos diversos assuntos
abordados nos textos trabalhados durantes as aulas, estabelecendo relações com
os autores e preenchendo as lacunas que possivelmente possam surgir no exercício
da compreensão, fazendo com que a Filosofia seja uma fração importante e
fundamental para outras matérias do currículo ao mesmo tempo em que se realiza
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no âmbito escolar uma observação crítica desses alunos nas aulas de Português,
Literatura, Redação, História, Geografia, Matemática, Física entre outras, visando
consequentemente constatar o saber, transformando-os em sujeitos em sala de aula
frente à leituras, posicionando-se de forma crítica, reflexiva e com capacidade de
criação a partir do estão estudando, discutindo e aprendendo.
Assim, desenvolver-se-á um trabalho junto ao corpo discente que a partir daí
procurará dar a leitura e a compreensão do texto à relevância necessária,
oportunizando ao mesmo criar hipóteses, ideias e reflexões diferenciadas sobre a
estrutura da mesma, a partir de textos que viessem se tornar nascentes inesgotáveis
de conhecimento, moldando seu significado com coesão e coerência, já que o
entendimento do texto é claro para esse educando, colocando em foco os principais
conflitos que norteiam a humanidade, fundamentais para a formação competente do
leitor reflexivo e crítico. Entendemos, portanto, que os alunos não se encontram hoje
aptos para desenvolver leituras críticas de textos, pela falta de atividades desta
natureza, o que faz com que cresça muito nossa responsabilidade como
educadores, em face da demanda dos exames e provas contemporâneas, bastante
diferenciadas daqueles que se apresentavam há anos atrás, logo, urge acompanhar
essa evolução, trazendo aos nossos alunos um ensino coerente com as novas
formas de avaliações do mundo atual, e nada melhor do que formar cidadãos
refletivos e críticos com uma boa compreensão dos textos que lhes são impostos,
daí a ampliação e efetiva obrigatoriedade de cidadania, moral e ética às aulas,
enfatizando as de Filosofia nas Escolas.
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CAPÍTULO I
LEITURA, REFLEXÃO, AÇÃO; UMA CONTRIBUIÇÃO
INTERDISCIPLINAR NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM, A
PARTIR DA INCLUSÃO DE CIDADANIA, MORAL E ÉTICA AO
CURRÍCULO À FORMAÇÃO DE LEITORES CRÍTICOS
Entende-se que com a inclusão dos itens cidadania, moral e ética no
currículo obrigatório da cadeira de Filosofia, desde o Ensino Fundamental,
observando, evidentemente a gradação de abordagens de assuntos nos diferentes
anos, de acordo com o grau de maturidade para o entendimento dos alunos,
constituirá gradativamente um leitor crítico capaz de observar, compreender e refletir
sobre diversos assuntos em sua formação sociocultural e intelectual na medida em
que se integrem à vida social, cultural e política. É necessário, portanto buscar
bases teóricas que sirvam de parâmetros aos temas propostos em sala de aula e
que sejam importantes para mostrar na prática pedagógica do professor, caminhos
que os levem ao pensamento dialético. Parte-se, entretanto de um princípio de um
método de coesão dentro das realidades do aluno e da escola em que essa busca
ocorre, diversificando uma gama de gêneros textuais e perpassando estratégias de
leitura que tenham como foco principal o desenvolvimento cognitivo dos estudantes
e concluindo na análise e comparação desses dados coletados que futuramente
servirão como base para que a leitura refletiva se transforme ação prática em
nossas escolas, bem com na vida de cada aluno que vislumbre uma formação
cidadã. Esses resultados colhidos demonstrarão, sem sombra de dúvidas, que na
ausência de uma prática eficaz, os alunos demonstrarão habilidades que
ultrapassem a simples decodificação de palavras e frases. Constatando-nos que
formar um leitor crítico não depende só de colocar o aluno para ler, mas sim para
praticar constantemente a leitura dos vários textos e extrair deles o seu significado.
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Assim, não se deve propor ao aluno uma leitura estética que se centre
apenas no sentido primeiro das palavras, mas numa leitura que abra espaços, que
oportunize ao leitor, criar e recriar a partir do que foi lido. Assim, o trabalho com esse
tipo de leitura pressupõe a formação de um leitor crítico e reflexivo e capaz de agir e
interagir em sociedade, sensibilizados dos seus direitos e deveres e preparado para
intervir no seu meio quando se fizer necessário. Por conseguinte, formar leitores
críticos deveria ser a tarefa principal de um professor que também se encaixe nesse
perfil, não sendo possível ao docente que não tem esse domínio, exigir do seu aluno
algo que ele próprio ainda não utiliza ou não é capaz de fazer com autonomia.
Para Brandão e Michelitti, apud Chiappini (1998, p. 17):
O ato de ler é um processo abrangente e complexo; é um processo de compreensão, de intelecção de mundo que envolve uma característica essencial e singular ao homem: a sua capacidade simbólica e de interação com o outro pela mediação da palavra.
Compreendemos, então, que ler não é uma tarefa fácil, uma vez que se trata
de capacidades humanas que muitas vezes encontram-se adormecidas, e reavivá-
las requer tempo e estratégias atrativas o suficiente para atrair o leitor, daí
defendermos de forma incisiva a obrigatoriedade da inclusão de cidadania, moral e
ética na cadeira de Filosofia na Rede Escolar Pública e Privada Nacional para que
consolidemos uma formação cidadãos conscientes e autônomos de pensamento,
que nasce a partir de sua formação escolar, desde da Educação Infantil com
assimilação de direitos, deveres e oportunidades de se manifestarem sobre diversos
assuntos discutidos em sala de aula, podendo-se trabalhar normas de higiene,
sinalização de trânsito dentre outros temas relevantes próprios a cada faixa etária e
séries diferenciadas.
Professores de todas as esferas da educação enfrentam desafios para lidar
com a indisciplina no ambiente escolar, seja nas escolas públicas ou particulares. A
temática é ampla e requer o engajamento de todos para o desenvolvimento de
ações que minimizem ou sanem de vez essa questão. A falta de ética na sociedade
é outro dos grandes entraves para que as relações profissionais e pessoais fluam
dentro de uma perspectiva “civilizada” e aceitável, por esta razão, sugere-se a
inclusão da ética no dia-a-dia escolar, a fim de conscientizar crianças e jovens,
desde tenra idade, que todo indivíduo tem plena liberdade de decisão e de ação,
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desde que estas não interfiram nos direitos de outras pessoas. Acredita-se, portanto,
que assim, a mentalidade social possa ser mudada, garantindo um futuro, a curto e
médio prazo, de uma sociedade formada por cidadãos letrados e pautada por um
verdadeiro código de ética e desenvolvimento de ações que possibilitem minimizar
ou sanar problemas da vida em sociedade, pressupondo-se, entretanto que a escola
fora o agente transformador a partir das regras e valores que norteiam suas relações
sociais favorecendo o diálogo, a cooperação e propagação dos valores absorvidos
Entende-se, sobretudo, que a absorção desses valores, faz com que esse
aluno diante de um texto não deve compreender como algo pronto e acabado, ao
contrário, deve ser entendido como uma estrutura aberta e por acabar, com espaço,
e portanto a necessidade de alguém que o complete e atribua um caráter
significativo, uma grande lição para sua vida pessoal, social e profissional.
Concluindo, Brandão e Michelitti, apud Chiappini (1998, p. 18) comentaram
que “se um texto é marcado por sua incompletude e só se completa no ato de
leitura, se o leitor é aquele que vai fazer ‘funcionar ’o texto, na medida em que o
opera através da leitura, o ato de ler não pode se caracterizar como uma atividade
passiva”. O aluno para se tornar um leitor crítico precisa ser visto como peça
fundamental no processo de leitura e na interação leitor-texto, interligado às demais
atividades propostas em outras disciplinas, não devendo ser responsabilidade só do
professor da disciplina de Língua Portuguesa.
Nossa proposta, portanto, está direcionada em discutir a relevância de
trabalhar leitura, produção de textos e gêneros textuais das diversas disciplinas, na
prática escolar, a fim de promover melhorias no processo ensino-aprendizagem com
a colaboração da disciplina de Filosofia num trabalho interdisciplinar onde as
atividades a partir desses estudos estão sendo aplicadas a alunos do Ensino
Fundamental e Médio, envolvendo metodologias que proporcionem uma leitura
significativa e relevante, desenvolvidas nas diversas turmas, e partindo desse
pressuposto, elegendo, para leitura em sala de aula, desde um Editorial de jornal,
por ser um gênero textual dissertativo argumentativo o qual apresenta a visão do
jornal sobre assuntos polêmicos e em evidência no momento até textos científicos,
clássicos literários e discussões político-sócio-culturais, acreditando que a partir
dessas leituras, será possível o debate com os alunos sobre os temas lidos. Dessa
forma, eles terão mais subsídios para a produção de textos dissertativo-
argumentativos, emitindo opinião sobre cada tema e persuadindo o leitor a aderir a
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seu posicionamento, levando os leitores a posicionarem-se ou agirem de acordo
com seus interesses. Acredita-se, todavia num bom resultado da atividade, ter-se-á
produção de textos coesos, coerentes e criativos, que mesclaram a linguagem
formal e a informal. Podendo-se medir ao longo dos cursos resultados gerais do
desenvolvimento dos alunos, turmas, séries, escolas, cidades e estados para
diagnósticos que ele se estenderão até o final de cada ano letivo.
Esse trabalho aliado a fatores implícitos caracteriza a leitura como uma das
habilidades que apresenta mais possibilidades na eficácia do professor que ao
desenvolver a habilidade e prática da leitura, poderá auxiliar o aluno a fazer relações
do que aprendeu com outras áreas do conhecimento, como vimos defendendo
desde sempre, a formação de um leitor crítico, abrindo novos caminhos para sua
aprendizagem, como um todo. Além, evidentemente, da leitura inseri-los em um
contexto de globalização, além de auxiliá-los na sua ascensão social e de melhor
compreensão dos inúmeros fatos que a vida propõe no nosso dia-a-dia.
Por essa razão é fundamental que o professor oportunize aos alunos o
acesso aos saberes, por meio da leitura, bem como a ampliação do conhecimento
dos diversos gêneros existentes em nossa língua e até mesmo nas diferentes
línguas estrangeiras adotadas na escola, para que eles venham executar a escrita
dos mesmos pois inúmeros fatores podem interferir na competência linguística, tais
como: carência de conhecimento linguístico ou até mesmo de conhecimento de
mundo, dentre outros. Desse modo, ao solicitar uma produção de textos, conhecido
nas escolas como redação, deve-se, primeiro, fazer com que os alunos tenham
subsídios para escreverem, oferecendo-lhes leituras que proporcionem
conhecimentos a respeito do que devem produzir textualmente. Assim, pode-se
atrair mais a atenção deles, aguçando-lhes a imaginação e oportunizando a criação
e/ou recriação em seus textos. O processo de elaboração e escrita desses é, de
certa forma, pouco explorado em sala de aula. Porém, na vida diária, muitas vezes,
dependendo também da profissão, as pessoas precisam escrever os mais diversos
gêneros. Assim, as aulas devem priorizar a leitura e a escrita a fim de melhorar e/ou
adequar essas duas habilidades. Ainda no que diz respeito à leitura, deve-se sempre
que possível instigar os alunos com textos que os desacomodem, ou seja, façam
com que nos questionem, opinem a favor ou até mesmo contra e, claro, cativá-los
pelo tema, pelo prazer da história, aguçando sua curiosidade para novas leituras e
produções cada vez mais ricas em forma, conteúdo, ideias, esse é o principal motivo
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na defesa da formação do sujeito social ativo às noções fundamentais de
compreensão, comunicação oral e escrita nos currículos escolares como tema de
nossa defesa nesse trabalho.
Por isso já dissemos, mas nunca seria demais repetir que para essa
compreensão, é preciso que o aluno esteja comprometido com sua leitura. Ele
precisa manter um posicionamento crítico sobre o que lê, não pode ser apenas um
leitor passivo. Quando atende a essa necessidade, o leitor se projeta no texto,
levando para dentro dele toda sua vivência pessoal, com suas emoções,
expectativas, seus preconceitos, etc. É por isso que consegue ser tocado pela leitura
quer seja nas aulas de exatas, ciências ou de humanas, percebe-se ao longo do
tempo inúmeros alunos desinteressados em sala de aula, então questionemos;
quais serão as razões dessa falta de motivação? O assunto? O professor? A
metodologia? A falta de conhecimento do assunto? É exatamente aí que entra a
importância da interdisciplinaridade, dificílima de se conseguir na escola, mas a
partir do empenho de seus gestores; Diretores e Supervisores haverá sempre
alguma maneira de trazê-los a compreender sua importância no processo e
contribuir de maneira efetiva para o sucesso de um projeto maior, uma melhor
formação dos discentes dessa Nação que constituirão o futuro dela.
Através da leitura, adquirirmos mais conhecimentos e cultura, além de
experimentarmos novas ideias, ao conhecermos mais do mundo em que vivemos e
também sobre nós mesmos, lembremo-nos de que alunos são curiosos, e que a
adoção dessa prática nos leva à reflexão. E refletir, sabemos, é o que permite abrir
as portas da percepção. Quando movido por curiosidade, pelo desejo de crescer, o
aluno se renova constantemente, capaz de compreender até as entrelinhas daquilo
que ouve e vê, do sistema em que está inserido. Assim, tem ampliada sua visão de
mundo e seu horizonte de expectativas. Precisa-se, portanto, extinguir de imediato o
preconceito quanto ao aluno da escola pública, esforcemo-nos para trazê-los a
realidade, a conhecer mais, a se interessar mais, deixemos para traz a velha
metodologia de ensinar apenas as teorias básicas cobradas nas avaliações e
tentemos a todo custo incentivá-los a conhecer um mundo onde estão inseridos,
muitos por conta da exclusão social, terão muita dificuldade, haja visto sua formação
familiar, entretanto aquele pouco tempo na escola poderia ser o suficiente para que
o professor o traga gradativamente para o mundo que ele desconhece, já é sabido
que um aluno da rede privada tem facilidades múltiplas para leitura e
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questionamentos, mas nada nos impede de nos unirmos num projeto de âmbito
nacional para incluirmos um novo currículo nas escolas brasileiras, certos de que a
partir daí virão melhorias nas condições de trabalho, valorização dos profissionais de
educação, melhores salários e reconhecimento por essa profissão tão linda e
valiosa por onde querendo ou não todos, sem exceção, passam ou passaram um
dia, seja na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, EJA ou Ensino
Superior.
Recomenda-se um texto argumentativo, de início, e devidamente adaptado
ao grau da série em que aquele grupo está inserido, geralmente de uma revista ou
jornal, que trata de um assunto relevante e polêmico da atualidade. Além disso,
utiliza uma linguagem um tanto forte e apelativa, muitas vezes de crítica intensa a
algo que incomoda a opinião pública ou que chama a atenção de grande parte da
população. Outras vezes, procura chamar a atenção sobre algo que a maioria não
está percebendo, com certeza isso os motivará e demonstrarão de imediato
interesse pelo assunto, ainda àqueles que se mostram meio desinteressados, é
fundamental antes de fazê-los ler um clássico literário, pois o professor deve lembra
de que a leitura de ser, de fato, prazerosa, que quando transformada em obrigação,
resume-se em simples enfado, por isso o educador deve garantir o prazer da leitura,
a escolha do que ler, ou de reler, ainda como não de ler em qualquer lugar, ou, até
mesmo o de não ler naquele momento, já que haverá o seu momento de ler, sem
sombra de dúvidas, o homem é um ser curioso, e os comentários da classe, levarão
esse fujão da leitura a ler.
Apresentamos, de início no trabalho, a diferenciação e importância da
leitura e composição textual na formação de um sujeito social ativo e leitor crítico,
para, então, chegarmos aos tipos de gêneros de textos que poderemos produzir.
Levados jornais e revistas para a sala de aula, explica-se aos alunos a existência
dos diversos gêneros nos periódicos. Além de reportagens, notícias, crônicas,
resenhas e artigos de opinião, isso numa classe de Ensino Médio, pois ainda no
Fundamental pode-se a partir da história lida, produzir-se, a compreensão, uma
possível mudança, ou até mesmo adendos aos textos como experimentação; já no
Médio mostra-se que há outro gênero de texto que todo jornal publica diariamente: o
editorial. Para incitar as discussões sobre o gênero editorial, pode-se propor aos
alunos a leitura do texto intitulado O ano do tablet como exemplo, por tratar-se de
um tema bem contemporâneo e, em seguida, a discussão acerca do tema, o que
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promoveu um debate crítico e construtivo quanto à implementação de tecnologias
em escolas públicas ou privadas, essa discussão acerca do gênero será muito
produtiva e terá grande participação e interação da turma, que conseguirão perceber
as características do editorial. Em seguida, os alunos assumirão, sem sombra de
dúvidas, a posição de redatores de editoriais com o mesmo tema do texto “O ano do
tablet”. Além de observar o envolvimento dos alunos no decorrer do
desenvolvimento da aula, os textos serão lidos e analisados para verificar se a
classe assimilou a estrutura do gênero e as marcas linguísticas que caracterizam a
produção do referido gênero, levando em conta o público leitor, bem como a posição
do redator acerca do tema polêmico sobre as novas tecnologias. Estamos aí,
trabalhando temas atuais, de seu conhecimento pleno e despertando, sem querer, o
prazer pela leitura e composição de forma simples, sem o terror de se formar ali um
leitor crítico.
Acreditamos e defendemos que a leitura representa o acesso aos saberes
escolar e social aos indivíduos, com o fim de atingir um nível mais atuante na escala
profissional e social. Assim, a prática da leitura, compreensão e produção textual
(redação) são um meio para que o indivíduo atinja determinados fins, como o de
qualificar os conhecimentos teóricos e práticos. Entendendo, assim que aguçar o
hábito da leitura em todas as disciplinas, consubstanciado das aulas de Filosofia,
estaremos formando um leitor crítico que domina a competência do que lê, não só
para reproduzir, mas produzindo novos sentidos, capaz de apontar novas
estratégias e capazes de se destacar no meio social, não deixando de salientar que
é preciso capacitação para os professores e alunos na utilização dessa tecnologia
em sala de aula e acreditando que esse trabalho, então, se fortalece quando
efetivamos nossos objetivos iniciais da pesquisa e do projeto.
Nos dias atuais cada vez mais o mercado busca pessoas com competência
comunicativa, assim é inviável que a escola continue tratando a leitura como uma
atividade de decodificação, em que as atividades propostas pelos professores
apenas reproduzem aquilo que está no texto, impossibilitando o aluno a entender a
língua ou a situação na qual o texto fora produzido, ou seja, essas atividades não os
levam a fazer inferências, nem contribuem para que possam ampliar seu
conhecimento de mundo.
Igualmente, entende-se o processo de leitura em consonância com estudos
de Filosofia e interdisciplinaridade como uma prática transformadora e um
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instrumento básico para a nossa construção, percebe-se, entretanto que cabe à
escola, enquanto instituição pedagógica responsável pela formação de seus alunos,
o desenvolvimento desses conteúdos à competência comunicativa dos mesmos,
tornando-os seres capazes de compreender e interagir com o mundo a sua volta,
visto que, a leitura é imprescindível para agir com autonomia nas sociedades
letradas.
Por fim acredita-se, nesse trabalho, a busca em se levantar reflexões sobre
a importância de se trabalhar a leitura, filosofia e interdisciplinaridade de forma a
desenvolver a capacidade critica dos alunos e ao mesmo tempo contribuir para levar
a uma mudança de postura por parte desses educadores, já que acreditamos ser a
leitura o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e
compreensão do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o
assunto, obra, o autor, de tudo que se sabe sobre a linguagem. Não se trata de
extrair informações, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de
uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferências e
verificação, sem os quais não é possível proficiência.
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CAPÍTULO II
REFORMULAÇÃO DA LDB EM TORNO DA OBRIGATORIEDADE
DOS ITENS A SEREM ESTUDADOS NAS DIVERSAS DISCIPLINAS E
EM FILOSOFIA COM ALTERAÇÃO NO CURRÍCULO ENA CARGA
HORÁRIA NAS ESCOLAS EM TERRITÓRIO NACIONAL
Essa reformulação dar-se-á no ensino no brasileiro em torno da qual, estão
centradas diversas discussões, visando à formação de um cidadão mais crítico,
reflexivo e capaz de atuar na sociedade em seu favor, considerando os valores
éticos, morais e sociais. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de
1996, regulamentada em 1998 pelas Diretrizes do Conselho Nacional de
Educação e pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, essa reforma buscou
atender as necessidades de atualizar a educação básica de maneira que o ensino
fundamental e médio não se configurasse apenas como um elo entre a educação
infantil e o ensino superior, tão pouco fosse apenas preparatório para colocar os
estudantes no mercado de trabalho.
Assim, o que se propõe aqui é que no ensino fundamental e médio, etapas
da educação básica, possam garantir além da aquisição de conteúdos
programáticos, essenciais para a contextualização dos conhecimentos científicos,
uma formação crítico-social para dar aos alunos, condições de enfrentar o mundo
com mais confiança e ao mesmo tempo uma importantíssima tarefa de formar
leitores críticos, a partir da responsabilidade dos educadores das diversas
disciplinas não apenas de Língua Portuguesa e Redação, já que a leitura é
instrumento de apropriação do conhecimento, é também a ferramenta que permite
aprender a aprender, configurando-se como uma atividade de ensino em todas as
áreas.
De acordo com Kuenzer (2002, p. 101) “leitura, escrita e fala não são tarefas
escolares que se esgotam em si mesmas; que terminam com a nota bimestral.
Leitura, escrita e fala – repetindo – são atividades sociais, entre sujeitos históricos,
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realizadas sob condições concretas”, promovendo a formação do sujeito crítico e
reflexivo, uma vez que é através do desenvolvimento dessas habilidades que os
alunos podem posicionar-se em situações, sejam elas cotidianas ou não, com
autonomia. Cabe à escola a tarefa de oferecer a oportunidade aos alunos situações
de ensino-aprendizagem que contextualizam seus valores e conhecimentos que os
mesmos já trazem quando chegam à escola e ainda aqueles que adquirem durante
o período letivo às aulas, sem que haja ruptura.
Decidiu-se, por conseguinte, observar as leituras na sala de aula nas séries
do ensino médio, por se verificar que estes alunos apresentam índices baixíssimos
em se tratando de leitura e compreensão do que foi lido, ficando apenas na
superficialidade do texto sem que alcancem as suas estruturas profundas,
Contatando-se, outrossim, que mais de 90% deles não compreenderem as
mensagens que os autores transmitem nas diferentes disciplinas além de
demonstrarem claramente dificuldade no vocabulário. Torna-se importante,
entretanto o comprometimento de mergulhar no mundo da reflexão e sua
transformação, bem como a transformação dos outros e das coisas. Tornar-se um
leitor crítico é compreender situações para a formação cultural do indivíduo, ou
ainda, "[Z] é condição para a verdadeira ação cultural que deve ser implementada
nas escolas” (SILVA, 1991, p. 79-80), atividade que pode contribuir para a formação
do sujeito e também determina a sua condição de atuante no seu meio sociocultural,
profissional e político.
Portanto, é de caráter fundamental o desenvolvimento de um trabalho que
garanta ao aluno leitor, situações de aprendizagem voltadas para o caráter libertador
do ato de ler, compreender e refletir em que “o leitor se conscientiza de que o
exercício de sua consciência sobre o material escrito não visa o simples reter ou
memorizar, mas o compreender e o criticar” (SILVA, 1991, p. 80). Conscientizar-se
do significado do texto é tão somente compreendê-lo, tarefa que não se constitui
com tanta facilidade em se tratando da leitura feitas em sala de aula. Assim,
configura-se como fator fundamentar a adoção de práticas que priorizem em vez de
fórmulas decoradas, o entendimento e a compreensão do que está sendo ensinado
e consequentemente adote-se posturas que possibilitem fazer uso, desse
conhecimento na vida prática, dada a importância do aprender a compreender é
utilizar essa compreensão para se tornar uma pessoa apta a exercer sua cidadania
e a fazer parte do mundo e do mercado de trabalho.
20
Segundo Kuenzer (2002, p. 101):
Ler significa em primeiro lugar, ler criticamente, o que quer dizer perder a ingenuidade diante do texto dos outros, percebendo que atrás de cada texto há um sujeito, com uma prática histórica, uma visão de mundo (um universo de valores), uma intenção.
A leitura crítica é geradora de significados, em que ao ler, o leitor cria seu
próprio texto com base no que foi lido, concordando ou discordando e criando, ao
mesmo a dialética da ideia principal, isto faz com que seja diferenciada da
decodificação de sinais, reprodução mecânica de informações que por muito tempo
foi considerada como interpretação textual, virando prática habitual nas aulas das
diferentes disciplinas, a cópia de fragmentos do texto, para servir de resposta aos
questionamentos feitos a respeito do que estava escrito, “[Z] como atividade
constitutiva de sujeitos capazes de interligar o mundo e nele atuar como cidadãos”
(BRANDÃO; MICHELITTI, apud CHIAPPINI, 1998, p. 22). Postura essa, portanto,
que dimensiona um ensino-aprendizagem mais contextualizado e voltado para o
desenvolvimento do raciocínio crítico do aluno em qualquer uma das áreas de
conhecimentos. Observa-se que a leitura deve se apresentar como uma
necessidade, um gosto para despertar o prazer no estudante para que ele possa
absorver e aprender cada vez mais além de desenvolver suas competências de
leitor crítico dentro e fora da escola. Por isso, é que “a prática da leitura na escola
precisa se assemelhar à prática da leitura fora da escola” (VELIAGO 1999, p. 50).
Nessa concepção, a escola precisa rever seus conceitos e ter definido que tipo de
leitor quer formar e que tipo de leitura está disponibilizando para seus alunos a fim
de que se tornem leitores críticos. Começa-se, então, uma luta pela valorização da
leitura crítica e do ato de ler que pode começar na sala de aula, passar pela escola e
repercutir no meio sociocultural que o estudante está inserido com profunda
significância em sua vida e para o trabalho simultaneamente.
O ensino da leitura é um empreendimento de risco se não estiver fundamentado numa concepção teórica firme sobre os aspectos cognitivos envolvidos na compreensão de texto. Tal ensino pode facilmente desembocar na exigência de mera reprodução das vozes de outros leitores, mais experientes ou mais poderosos do que o aluno (KLEIMAN, 1998, p. 61).
21
De acordo com a autora acima mencionada, se o trabalho com a leitura na
sala de aula não tiver embasado em uma concepção bem definida de leitura, ou
seja, se o professor e a escola não tiverem teoria suficiente e objetiva bem definida
acerca do que pretende através desse trabalho, o mesmo corre o risco de não se
configurar em si, e também pode tomar outros rumos, distanciando-se do que se
pretende que é utilizar a leitura para formar cidadãos cada vez mais críticos e
reflexivos.
Partindo do pressuposto de que no ensino fundamental, boa parte dos
alunos não foram habituadas com atividades envolvendo a leitura, centrada em
concepções definidas que focalizam a formação do leitor crítico e o despertar para o
ato de ler, para compreender e gerar significado, sem se deter apenas ao que o
autor quis dizer, mas complementando e recriando o sentido do que foi escrito “cabe
ao ensino médio oferecer aos estudantes oportunidades de uma compreensão mais
aguçada dos mecanismos que regulam nessa língua [...]” (BRASIL, 2002, p. 55).
Dentre esses mecanismos, a leitura configura-se como essencial, uma vez que
proporciona aos sujeitos que a realizam conhecimentos, tanto acerca da língua e
seus elementos constitutivos quanto a conhecimentos relativos a vida social, cultural
e principalmente no que compete aos saberes científicos.
Considerando as competências e habilidades propostas nos Parâmetros
Curriculares Nacionais:
O ensino de Língua Portuguesa, hoje, busca desenvolver no aluno seu potencial crítico, sua percepção das múltiplas possibilidades de expressão linguística, sua capacitação como leitor efetivo dos mais diversos textos representativos de nossa cultura (BRASIL, 2002, p. 55).
Percebe-se, entretanto, que a leitura está presente nas mais diversas
situações da vida do ser humano e cada vez mais se faz necessário explorá-la em
sala de aula, utilizando mecanismos que desperte o senso crítico do aluno e deixe
de ser encarada como atividade sem significado para o aprendizado dos estudantes,
daí a importância da formação continuada dos professores preparando-os melhor
para refletir às classes toda essa importância e significação em seus futuros.
Ler compreensivamente é utilizar uma prática que precisa ganhar cada vez
mais espaço nas escolas e fora dela, pois é através desse ato que o indivíduo
compreende o mundo e a sua maneira de nele atuar como cidadão, sensibilizado
22
dos seus direitos e deveres. Para isso, faz importantíssimo considerar o que afirma
Brandão e Michelitti, apud Chiappini (1998, p. 22):
A leitura como exercício de cidadania exige um leitor privilegiado, de aguçada criticidade, que, num movimento cooperativo, mobilizando seus conhecimentos prévios (linguísticos, textuais e de mundo), seja capaz de preencher os vazios do texto, que não se limita à busca das intenções do autor, mas construa a significação global do texto percorrendo as pistas, as indicações nele colocadas.
Dessa forma, o ponto de partida para uma real Gestão Democrática na
Escola está diretamente para o aperfeiçoamento da leitura verdadeiramente
significativa é a formação do leitor crítico, sensibilizado da sua responsabilidade
diante do ato de ler e da realização de uma leitura compreensiva, mais criteriosa
diante da formação do cidadão para agir e interagir em seu meio social entende-se
que o valor da leitura é primordial, principalmente diante dos números cada vez mais
crescentes que mostram uma realidade dura em que a compreensão do que é lido
nem sempre acompanha o que está sendo lido, considerando, também, que a leitura
está intimamente relacionada com as questões sociais, culturais e econômicas nas
quais o leitor está inserido.
Assim sendo, estudantes oriundos de um universo não letrado, que não tem
contato com uma diversificada gama de gêneros textuais, nunca leram um livro ou
nem mesmo sequer ouvem rádio ou assistem televisão, apresentam dificuldades em
relação ao ato de ler e compreender determinados textos, que outros estudantes, os
quais fazem parte de um ambiente, que mesmo sem muita intencionalidade,
circulam jornais, revistas, livros e a mídia, não apresentam. Principalmente na
questão da contextualização do conteúdo que está sendo lido, e na sua relação de
significado com a realidade.
Após aprovação do Senado, o Projeto de lei que prevê a inclusão de duas
novas disciplinas obrigatórias (Cidadania Moral e Ética, no Ensino Fundamental, e
Ética Social e Política, no Médio) causou polêmica antes de ser votado na Câmara
de Deputados. Os defensores da proposta do senador Sérgio Souza argumentam
que a atual crise de valores e o cenário de corrupção justificam a necessidade dos
conteúdos. Mas educadores ouvidos pela imprensa são contra, alegando
principalmente que a grade curricular do ensino básico já está saturada.
23
O próprio Ministério de Educação e o CNE de Secretários de Educação
(CONSED) reprovaram a iniciativa. Na época o então Ministro da Educação, frisava
que as escolas públicas já têm 13 disciplinas obrigatórias e, portanto, a sobrecarga
não contribuiria para que os alunos tivessem foco nas disciplinas essenciais, no
caso, Matemática, Língua Portuguesa e Ciências, já a presidente do CONSED dizia
que os dois órgãos trabalhariam juntos na reformulação da Educação Básica, e
ainda que consideravam que a inclusão dessas disciplinas, inviabilizaria o projeto
político pedagógico das escolas com seus currículos escolares já sobrecarregados,
esqueciam eles, portanto, da possibilidade, hoje em total crescimento, do horário
integral nas escolas brasileiras, alegando ainda indisponibilidade de espaço na
matriz escolar, e de uma maneira absolutamente ineficaz menciona não ser
necessário alterar a legislação, uma que o Consed acredita que a experiência
educacional já vem indicando fortemente conteúdos relativos à ética, à cidadania e à
política, defendia, à ocasião, a então presidente.
Segundo o Consed, esses conteúdos devem ser tratados de modo integrado
com o currículo escolar, como eixos transversais, permeando a formação dos
estudantes em todos os componentes curriculares existentes.
Entretanto o senador que defendia o projeto insistia, na ocasião, defendendo
sua proposta, citando um levantamento feito pelo Fórum Econômico Mundial, com
60 países, que colocou o Brasil na 50ª posição no ranking de corrupção, e no 55º
lugar na ineficiência da Justiça. E ainda enfatizava:
Se formarmos cidadãos conscientes para serem representantes, eles irão para a política com propósitos diferentes, que não sejam voltados ao próprio interesse econômico. O cidadão já é corrupto no momento em que quer levar vantagem na fila do pedágio ou do mercado e a cultura brasileira tem isso de ser país do jeitinho, é vergonhoso.
Esta é a razão de nossa comunhão as ideias do senador em defesa da
implantação de uma política educacional voltada para formação moral e ética
preparando e direcionando os alunos desde muito jovens para o exercício
responsável da cidadania, contestando, por consequência, todos os argumentos
apresentados de falta de tempo e espaço no currículo, haja visto a proposta de
período escolar integral, essa justificativa dos ditos “dominantes” cai por terra, ao
mesmo em que antes de discutirmos se há espaço, temos que discutir se é
importante, já que em 2008, a inclusão de Filosofia e Sociologia como disciplinas
24
obrigatórias em todas as séries do ensino médio também gerou polêmica e até hoje
é questionada. Urge, por conseguinte um projeto de currículo nacional, com
conteúdos mínimos necessários para se aprender em cada série, e alguns aspectos
regionais, que podem variar de estado para estado como defende Rubem Klein, da
Associação Brasileira de Avaliação Educacional em seus constantes
pronunciamentos.
Assim como em 2008, a música passou a ser conteúdo obrigatório, mas não
exclusivo do ensino de Artes. No mesmo ano, tornou-se obrigatório o estudo da
história e da cultura afro-brasileira e indígena em todo o currículo dos ensinos
fundamental e médio, em especial em Artes, História e Literatura.
Um ano antes, o ensino fundamental passou a ter, obrigatoriamente,
conteúdo sobre os direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz o
Estatuto da Criança e do Adolescente.
Já mais recentemente, em 2011, estudos sobre os símbolos nacionais
passaram a ser incluído como tema transversal nos currículos do ensino
fundamental, porque não começarmos a investir num conhecimento gradativo de
Direitos e Deveres do cidadão, e de maneira gradual possa iniciar no Ensino
Fundamental, e em muito pouco tempo formaremos alunos conscientes de seus
direitos, generalizando questões cíveis, direitos do consumidor, constituição nacional
entre tantos outros temos que certamente demarcarão o início de uma nova geração
consciente, ativa e bastante exigente em eleger seus representantes legislativos e
executivos, refletindo no judiciário e nas Instituições representativas na sociedade
como um todo, sinal de uma nação digna, probidosa e próspera.
25
CAPÍTULO III
FORMAÇÃO DO SUJEITO SOCIAL ATIVO ÀS NOÇÕES
FUNDAMENTAIS DE COMPREENSÃO, COMUNICAÇÃO ORAL E
ESCRITA NOS CURRÍCULOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
É importante que a leitura se constitua como uma prática social de diferentes
funções, pelas quais estudantes podem perceber que precisam ler não somente
para compreender, mas também para se comunicarem, adquirir conhecimentos,
ampliar os horizontes em relação ao mundo e as questões inerentes ao seu bem
estar social. Configura-se, então, como uma necessidade básica na vida de cada
uma que pode ser produtiva para enriquecer as relações interpessoais dentro do seu
grupo ou até mesmo no mercado de trabalho.
Diante dessa necessidade presente no meio educacional, diversos
programas do Governo Federal tentam trazer para a escola uma oportunidade de se
constituir na prática um leitor realmente compreensivo e crítico, e traz para as salas
de aulas obras que colocam o aluno em contato com materiais de qualidade, que se
bem explorados resultam positivamente, como é o caso do programa Literatura em
minha casa, que distribui entre os alunos do ensino fundamental, livros de literatura
infanto-juvenil que contemplam peças de teatro, poesias, contos, novelas e
narrativas de autores consagrados de nossa literatura.
Verifica-se que no Brasil, OGN’s, OSCIPs, Fundações dentre tantas outras
organizações não governamentais propõem-se a distribuição de livros e
consequentemente despertar aos leitores um caráter crítico e lúdico, com propósito
de contemplar a atenção do aluno-leitor por esse prazer importantíssimo da leitura.
Os ganhos futuros e contribuições no perímetro da leitura crítica, compreensão e
satisfação pelo conhecer são válidos por atingir seu objetivo precípuo que seria a
compreensão e estimulo da criatividade e da criticidade do aluno-leitor. Isso porque
a maioria dos textos constantes dos livros didáticos desvia da realidade social na
qual nossos alunos estão habituados e inseridos, tornando-os uma grande
dificuldade de compreensão, constatado nos resultados das provas contextualizadas
do Séc.XXI
26
Essa iniciativa provocou um afastamento ainda maior do educando do
hábito e uso cotidiano desse material, por conta das dificuldades para compreender
aqueles conteúdos apresentados, necessitado ler cada vez mais, e, aí chega ao
ponto crítico e marcante de que boa parte dos alunos não gosta de ler, e tornando
essa prática cada vez mais complexa no seu entender.
Para Luckesi (1994, p. 144),
O livro didático, de forma alguma, deve ser instrumento descartável no processo de ensino. Ele é um instrumento importante, desde que tem a possibilidade de registrar e manter, com fidelidade e permanência a mensagem. O que está escrito permanece escrito; não é tão perecível quanto à memória viva.
Podemos afirmar que formar um leitor crítico não é tarefa fácil, entretanto
fica claro que se trata de algo extremamente significativo para o aluno. As mudanças
no currículo do ensino médio contemplam disciplinas que abordam conteúdos, que
dão significado e reflexos na sua vida cotidiana. Assim, a leitura contribui não
somente para a formação intelectual do indivíduo, mas para a formação moral e
cultural, sendo um conhecimento de base para todos os outros que pode vir a
adquirir ao longo da vida, além de servir também de entretenimento e prazer. É
função de a escola ensinar esse tipo de leitura sob estes paradigmas.
Visualiza-se no âmbito do ensino / aprendizagem da leitura crítica, e da
formação do leitor competente, que o material didático não pode afastar-se do
processo educacional, haja visto que, em muitas situações, seria o único material
para se trabalhar que o aluno dispõe em casa e até mesmo na escola. Portanto, ao
professor, está afeta a decisão de que material usar para trabalhar o mais
significativamente possível com suas turmas quanto aos textos e assuntos
abordados com esse tipo de material, partindo do princípio de que o aluno sabe e o
que conseguiria absorver com a contribuição desse texto. As abordagens e acúmulo
de ações que nutram a formação do leitor crítico é fundamental, em especial entre
aqueles alunos que cursam e só têm essa modalidade de ensino, pelo fato de
poderem estar adquirindo mais segurança na leitura e o grau de dificuldade para
tomar gosto pelo ato de ler. Exatamente, por isso, é fundamental que o mestre sirva
27
de modelo, mostrando-se leitor ativo e compreensivo, para que possa mediar o
processo de interação entre seus alunos e o universo letrado que envolve a leitura
na escola e na comunidade quando este não estiver nas dependências escolar.
Na verdade, o que se almeja alcançar do trabalho com a leitura crítica no
ensino médio é um leitor que seja capaz de ultrapassar os limites pontuais de um
texto e incorporá-lo reflexivamente no seu universo de conhecimento de forma a
levá-lo a melhor compreender seu mundo e seu semelhante. Partindo do ponto de
vista de que “o verbo ler mão suporta imperativo” (PENNAC, 1993, p. 13), a leitura
não deve ser encarada nem pelo professor nem pelo aluno como uma obrigação, um
dever, e sim como uma atividade prazerosa. Para tanto, o professor deve
demonstrar paixão pela mesma e apresentá-la como fundamental para a formação
intelectual dos educandos.
Para Kleiman (1998, p. 51):
O leitor proficiente faz escolhas baseando-se em predições quanto ao conteúdo do livro. Essas predições estão apoiadas no conhecimento prévio, tanto sobre o assunto (conhecimento enciclopédico), como sobre o autor, a época da obra (conhecimento social, cultural, pragmático) o gênero (conhecimento textual). Daí ser necessário que todo programa de leitura permita ao aluno entrar em contato com um universo textual amplo e diversificado.
Assim, é essencial para o sucesso com o trabalho da leitura em sala de aula,
a utilização de um universo textual amplo e diversificado, fazendo-se necessário que
o aluno entre em contato com os vários tipos de textos que circulam socialmente,
para adquirir autonomia e escolher o tipo de texto que mais se encaixa com o seu
gosto ou com as suas necessidades. Por isso, é importante proporcionar para os
alunos diversificadas situações nas quais a leitura esteja em foco, pois se aprende
ler lendo e a interpretar o que leu interpretando. No entanto, para se formar um leitor
crítico o mais coerente é propor para o estudante leitura crítica. As estratégias de
leitura envolvem vários tipos de conhecimentos e várias habilidades do leitor ao
manusear o texto.
28
Segundo Kleiman (1998, p. 49):
Quando falamos de estratégias de leitura, estamos falando de operações regulares para abordar o texto. Essas estratégias podem ser inferidas a partir da compreensão do texto, que por sua vez é inferida a partir do comportamento verbal e não verbal do leitor, isto é, do tipo de respostas que ele dá a perguntas sobre o texto, dos resumos que ele faz, de suas paráfrases, como também da maneira como ele manipula o objeto: se sublinha, se apenas folheia sem se deter em parte alguma, se passa os olhos rapidamente e espera a próxima atividade começar, se relê.
É importante, para o trabalho com a leitura que se utilize estratégias, as
quais oportunizem aos alunos adquirirem certa familiaridade para abordar o texto,
adquirindo intimidade com o escrito e criando maneiras próprias e confortáveis de
entrar em contato com a leitura e compreender o que leu. Também é importante
salientar que a autora mencionada acima afirma que as estratégias de leitura são
importantes para o leitor apropriar-se do texto. No entanto, não são suficientes para
garantir que o trabalho com a leitura na sala de aula se concretize, se fazendo
necessário, então, um planejamento cuidadoso e principalmente coerente com a
realidade do aluno.
A leitura é uma atividade que está presente na escola em todas as
atividades que envolvem as disciplinas do currículo. Lê-se para ampliar os limites do
próprio conhecimento. Por isso, precisa se fazer presente na vida do estudante, não
como algo paralelo do seu ensino-aprendizagem, mais como alguma coisa essencial
para o desenvolvimento cognitivo dos estudantes e principalmente dentro de um
contexto real de leitura e análise de textos, para que o ato de ler possa passar a
fazer sentido para os educandos. Pois, “Heráclito nos ensina que ninguém desce
duas vezes no mesmo rio, pois suas águas mudam constantemente”
(NASCIMENTO; SOLIGO, 1999, p. 40).
Assim, o texto também se modifica a cada leitura que se realiza, porque o
leitor coloca nele suas experiências, seus conhecimentos, aspectos da sua cultura,
sua visão de mundo e também a sua opinião a respeito do tema exposto e a medida
que lê o texto, vai ampliando os seus horizontes a respeito do tema que nele está
exposto. Por isso, trabalhar com a leitura na sala de aula precisa que se crie
situações com as quais os alunos possam ler os textos, não só uma, mas várias
vezes, para perceber que seu conteúdo é uma fonte inesgotável de informação e de
criação de novos conceitos.
29
Diante disso, é importante também que a escola ofereça condições para que
se realize a leitura no seu contexto, dispondo de biblioteca ou sala especializada
para tal atividade. Se a instituição dispõe deste espaço, já terá dado um importante
passo para a formação do leitor crítico. No entanto, só o espaço em si não é
suficiente para assegurar a prática da leitura na escola. Para Nascimento e Soligo
(1999, p. 40) “exista ou não um ambiente privilegiado, o mais importante é mesmo o
trabalho de leitura que se faz. A formação de leitores não depende da existência de
um local determinado”.
Um ambiente propício para desenvolver a leitura na escola, favorece as
atividades pedagógicas que visam a formação de leitores, mas se a instituição não
dispor deste espaço, não é motivo para não realizar um trabalho voltado para o
incentivo ao hábito de ler, pois mais significativo do que o local é o trabalho e/ou as
atividades que se materializam para seduzir os alunos para o hábito da leitura
crítica.
Soligo (1999, p. 53) afirma que:
A compreensão da leitura depende da relação entre os olhos e o cérebro, processo que a longo tempo os estudiosos procuram entender. Nas últimas três décadas houve um avanço significativo nessa direção, mas ainda não se conseguiu desvendar a complexidade do ato de ler.
O ato de ler não se resume na atividade de passar os olhos sobre o escrito,
é uma tarefa mais complexa e que mesmo frente a inúmeras discussões e estudos a
respeito do assunto, ainda não foi possível chegar a um claro consenso sobre como
é que se realiza o ato de ler. Ao propor a leitura para os alunos, é essencial
considerar a complexidade do ato de ler para não lhe exigir algo que não é capaz de
realizar em relação a leitura de textos, “[Z] o processo de leitura depende de várias
condições: a habilidade e o estilo pessoal do leitor, o objetivo da leitura, o nível de
conhecimento prévio do assunto tratado e o nível de complexidade oferecido pelo
texto” (SOLIGO, 1999, p. 53).
Aprender ler e se tornar um leitor crítico que além de realizar leitura
compreende o texto, exige empenho, tanto por parte do aluno quanto por parte de
quem propõe o trabalho com a leitura. É preciso que ambos entendam que não se lê
só para aprender a ler, mas sim para responder as suas necessidades pessoais.
Faz-se necessário prosseguir com Soligo (1999, p. 58-59), ao afirmar que “os alunos
30
devem ver na leitura algo interessante e desafiador, uma conquista capaz de dar
autonomia e independência. E devem estar confiante, condição para enfrentar o
desafio e aprender fazendo”. O estudante precisa sentir-se estimulado para
desenvolver uma prática constante de leitura, precisa deparar-se com situações com
as quais possa raciocinar, refletir e progredir cognitivamente precisa esforçar-se para
se encaixar no perfil do leitor crítico e para isso, dois pontos são de suma
importância: o tipo de material utilizado e a proposta pedagógica que se realiza
dentro das instituições de ensino.
No estudo sobre a formação do leitor crítico, é pertinente considerar que
formar um leitor com esta característica é também desenvolver uma prática de
leitura que desperte e cultive o desejo de ler, ou seja, uma prática pedagógica
eficiente que dê suporte ao aluno para realizar o esforço intelectual de ler não só
textos simples, mas também aqueles nos quais precisará utilizar e pôr a prova todas
as suas estratégias de leitura.
Pensa-se que um texto é um conjunto de significados amplos e abertos e
permite ao leitor mergulhar nele e relacioná-lo com outras diferentes situações com
as quais tem contato no seu dia a dia e/ou com conteúdo das mais diversas áreas
de conhecimento, proporcionando a quem lê preencher as lacunas deixadas pelo
escritor para que a este mesmo texto, seja acrescidos, novas ideias e argumentos,
com o intuito de que a cada leitura, sejam criadas expectativas novas em relação ao
seu conteúdo.
Diante disso, é preciso esclarecer que o texto é amplo, mas, no entanto não
cabe a ele todo tipo de interpretação, como se qualquer entendimento servisse para
explicar as suas entrelinhas, cabe nesse caso, certa harmonia entre as ideias, ou
seja, uma coerência entre o que está escrito e o que é possível compreender a partir
da leitura do mesmo. Na perspectiva de formar um leitor crítico, pretende-se formar
alguém que a medida que lê, procura no texto um código secreto, procura definir as
estratégias que produz modos infinitos de compreender o texto. Analisar
criticamente um texto significa procurar mostrar como agem seus personagens e/ou
está exposto o seu conteúdo, a fim de criar alternativas que o torna suscetível de
inúmeras interpretações, considerando que a interpretação de um texto nunca pode
ser única e definitiva.
Entendemos que é uma necessidade formar o leitor crítico e argumentamos
também que fazer do aluno um leitor com este perfil é uma urgência dentro das
31
instituições escolares, pois o rendimento escolar de determinados alunos é marcado
pelo fracasso, em virtude de não serem bons leitores e consequentemente, bons
interpretadores de textos e/ou enunciados, que não estão presentes só em língua
portuguesa, mas em todas as disciplinas do currículo escolar e desenvolvendo
habilidades de leitura crítica, certamente este aluno passará a ter desempenho
melhor nas demais disciplinas em sua escola. É importante que o leitor perceba que
existem várias possibilidades de se transmitir uma informação através de um texto e
que o mesmo varia à medida que muda o conteúdo que está exposto, mas não é só
isso, muda também a estrutura do texto. Um texto informativo tem uma linguagem
objetiva e não se confunde com os textos de natureza literária ou artística, que utiliza
a subjetividade, e a criatividade prevalece para encantar o leitor. Que por sua vez
difere-se do texto narrativo, uma vez que relata fatos e acontecimentos e do texto
descritivo, que representam objetos e personagens que participam do texto
narrativo. Já o texto argumentativo, procura convencer o leitor, propondo ou
impondo uma interpretação.
A preocupação do trabalho com a leitura centra-se na necessidade de fazer
com que o leitor entenda o texto e seja capaz de manuseá-lo de diferentes formas
para resultar em uma leitura significativa e crítica. É preciso que o leitor sinta-se
motivado a interagir com o texto, para buscar várias formas de entender o seu
conteúdo. Para formar um leitor crítico, o exercício da leitura é imprescindível, de um
tipo de leitura que permita ao leitor discorrer sobre o texto e criar possibilidades para
compreender suas entrelinhas e a medida que realiza novas leituras, cria novas
alternativas para construir seu significado com mais autonomia, os quais
trabalhamos, não realizam leituras críticas, estão arraigados a decodificação de
palavras para formar frases e frases para formar textos, mas não são capazes de
entender o que leem e discutir sobre o que lhe transmitiu o texto lido. Isso acontece
em virtude das práticas de leitura com as quais estes alunos estão habituados,
desde as séries iniciais de sua escolarização.
Faltam-lhes estímulos a refletir, aos desafios com situações que exijam
deles o exercício da criticidade e isso fez com que estes estudantes se
acomodassem com as práticas tradicionais de leitura, nas quais o professor era o
detentor do saber e os alunos apenas precisavam passar os olhos no texto escrito e
depois recortava alguns trechos para preencher o que era considerada a
interpretação textual. Ao se depararem com situações novas envolvendo a leitura, os
32
mesmos, sentiram-se receosos, uma vez que também não cultivavam o hábito da
leitura e para a construção de uma concepção crítica de leitura, é essencial uma
prática constante, em leitura de textos críticos, que possam oferecer possibilidades
de fazer com que o educando, ao ler, descubra que por traz da articulação das
palavras, circulam o significado do escrito, a mensagem que ele quer transmitir.
Em suma, os alunos não estão em um nível de realizar leituras críticas, pela
falta de atividade desta natureza em seu currículo escolar, não só o que compete a
disciplina de Língua Portuguesa, mas também nas demais disciplinas que integram
a grade curricular do ensino médio, uma vez que a leitura crítica é um fator essencial
para desenvolvimento intelectual do aluno em todas as áreas do conhecimento e
depositar a responsabilidade só a Língua Portuguesa é sobrecarregá-la, uma vez
que cabe a ela transmitir para estes alunos, uma gama significativa de outros
conteúdos essenciais para a sua formação.
Acredita-se que a escola é o espaço sócio cultural de maior relevância e ao
mesmo tempo faz parte da coletânea de diversos autores defensores da liberdade e
refletem sobre a ação pedagógica sob vários aspectos. Entende-se, entretanto que
na busca da construção do aluno, ser social ativo, têm-se a óptica mais ampliada
sobre o papel e a importância da escola no meio social, levando a compreensão da
mesma enquanto importantíssimo espaço sócio-cultural formador. Assim, busca-se
compreender alunos e professores como sujeitos sócio-político-culturais, ou seja,
são os sujeitos que reproduzem e elaboram uma cultura própria através das
experiências sociais vividas e reconhecidas por eles mesmos. Afirma-se com isso
que estes sujeitos, na escola, desempenham um papel ativo no cotidiano, que define
o que a escola é realmente, pois ela poderá possibilitar ou limitar, conflitando ou
dialogando constantemente com a sua organização, ou seja, apenas uma reflexão
acerca da escola, já a define como uma instituição dinâmica, polissêmica, fruto de
um processo de construção social. Com este olhar, ressalta-se aspectos e
dimensões presentes no cotidiano escolar, que são neutralizados ou óbvios e
julgados como sem importância para a educação e por isso muitas vezes nem
seriam notados, passando assim despercebidos. Busca-se, todavia revelar a forma
que os sujeitos lidam com o espaço escolar, tempo, e com os seus ritos cotidianos,
concluindo, por consequência que esses atores (Administradores, Supervisores,
Professores, Alunos e equipe de Apoio) vivenciam o espaço escolar como uma
unidade sócio-político-cultural complexa, onde convivem diversidades que devem
33
ser assumidas e tratadas como um elemento desencadeador do processo educativo,
daí fundamental formar discentes leitores, críticos e ativos no processo como um
todo.
Acredita-se, portanto que a escola deve ser o lugar onde o aluno deve ser
formado de forma ampla fazendo com que o processo de humanização seja
aprofundado neste indivíduo, aprimorando as dimensões e habilidades que são
comuns aos seres humanos. Reflete-se ainda que o acesso ao conhecimento, ás
experiências culturais, ás experiências sociais diversas, contribuem como suporte
para desenvolvimento do aluno de forma individual como sujeito sócio-político-
cultural, e influirá no aprimoramento da vida social desses seres ativos. Logo,
consideramos de vital e necessário o aprofundamento e ampliação das análises que,
como as de autores que defendem essa premissa, na busca de apreender a escola
na sua dimensão cotidiana, apurando nossa óptica sobre a instituição escolar, no
tange a seu fazer palpável e seus objetivos, contribuindo imediatamente na
problematização da função social da escola.
Defende-se aqui, sobretudo a elevada importância da compreensão e
transformação, já defendido por inúmeros estudiosos em Educação, que na
discussão das práticas de ensino têm levantado a realidade educativa e as
atividades educativas que os docentes deveriam desenvolver no contexto técnico
profissional em sala de aula, uma vez que entende-se que a prática pedagógica não
compreendida é mera reprodução. Confiamos, entretanto, que professores e alunos
compreendam que o pensamento reflexivo pode aclarar posições nas quais estão
desenvolvem ou trabalham, observando, sobretudo, as dimensões dos problemas ou
questões que lhes são propostos implícita ou explicitamente deverão dar soluções.
Deixando claro ainda que jamais negar-se-ia o valor da pesquisa e da teorização,
sempre atrelando às questões práticas que desenvolverão na classe como
instrumentos de reflexão e entendimento da ação pedagógica. Pretende-se, nesses
estudos e nessa proposta, depois de inúmeras observações, investigações,
consultas e ainda nas relações que configuram o dia a dia da experiência escolar, a
proposta de se repensar currículos, processos de formação e aperfeiçoamento
docente, de forma a contribuir para que escola brasileira ofereça um ensino de
melhor qualidade àqueles que certamente constituirão o futuro dessa Nação, e ao
mesmo tempo destacando o desejo do reconhecimento do importante papel do
professor nessa qualidade almejada, apostando sempre no aperfeiçoamento do
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pensamento crítico do aluno que se dará com grande fluidez através da leitura e da
dinâmica no ato de ler e escrever com o devido entendimento.
A partir das literaturas citadas no decorrer desse trabalho, procurou-se
mostrar e defender uma alteração na LDB, argumentando-se, sobretudo, para
inclusão obrigatória nos respectivos PPP(s) das diversas escolar em território
nacional dos temas moral, ética e cidadania na cadeira de Filosofia que já faz parte
do currículo obrigatório, mas que ampliará nos alunos uma melhor compreensão e
reflexão nos diversos textos que lhes forem colocados durante o curso de seus
estudos, atribuindo-lhes um papel importante de leitor crítico e ativo na sua
formação, uma vez que observou-se que professores, em sua maioria, não apontam
para uma abordagem no campo do currículo nem da grade que lhes é entregue pela
escola, que reflita necessariamente numa integração das dimensões técnicas,
política, social e humana, que caracterizariam o processo educacional. Faz-se mister
ainda, uma supervisão sistemática às aulas, diários de classe, apontamentos
trabalhados pelo corpo discente, levando-se com certa constância às reuniões com
Direção e Supervisores. Lembrando-se sempre de que o pensamento curricular do
momento contemporâneo é nitidamente dominado pela tendência crítica, haja visto a
pedagogia dos conteúdos e a educação popular que lutam para superar o
determinismo e o pessimismo da teoria da reprodução, ratificando a importância da
escola. Face a grande influência de Gramsci na literatura pedagógica, que a partir
de então tornou-se bastante significativa.
A partir dessas reflexões crê-se poder afirmar que, ao pensar a gestão
escolar, necessariamente estaremos refletindo e erguendo uma conexão entre
gestão administrativa, política e pedagógica; então entende-se, por conseguinte, que
ela não inicia nem termina dentro da escola, haja visto não se tratar de unidade
auto-suficiente para promover uma educação de qualidade e equidade, concluindo-
se, portanto, que gestão escolar é uma peça fundamental do processo de
transformação educativa, e também que toda essa discussão acerca de uma leitura
crítica nas escolas, contribuirá para uma unidade do sistema educativo, não
provocando, por consequência sua fragmentação e, assim, legitimar os mecanismo
de diferenciação e segmentação institucional.
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CONCLUSÃO
Considerar que o aluno da primeira série do ensino médio, ainda não é
capaz de realizar a leitura crítica de um texto, é um fato preocupante que faz com
que seja suscitada imediatamente a necessidade de se rever que práticas estão
sendo desenvolvidas para formar o leitor crítico. Ao realizarmos uma observação
com a leitura crítica, detectamos que a ausência de contato do aluno com a
quantidade de textos que circulam socialmente, por não ter em casa, por a escola
não ter biblioteca e as práticas de leitura que se desenvolvem desde as séries
iniciais da sua escolarização não contemplarem textos de diferentes gêneros. Isso
faz com que estes alunos não tenham o comportamento de leitura, e,
consequentemente, leem apenas para realizar outra atividade, para responder
provas e/ou exercícios propostos por disciplinas do currículo, enfim, utilizam a leitura
como um instrumento para alcançar outros objetivos que não são o de entender e
refletir criticamente sobre o conteúdo do texto.
É preciso considerar que o ensino médio acolhe alunos em uma faixa etária
em que o desafio faz parte do seu dia-a-dia, e faz-se necessário valer-se deste
artifício para desafiá-lo a ler para entender, para conhecer e para extrair conteúdo do
texto; ler para se apropriar do conteúdo da experiência humana acumulada ao longo
do tempo e ler para tornar-se um sujeito crítico, reflexivo e um cidadão imbuído de
princípios éticos, morais e sociais para nortear sua inserção social. Diante disso, o
mais importante é que os alunos sejam orientados para a realização de atividades
de leitura, que despertem o seu senso crítico e principalmente desperte o gosto e
estimule o hábito da leitura uma vez que formar um leitor crítico requer uma prática
constante de leitura crítica.
Frente ao crescimento acelerado das novas tecnologias de comunicação e
informação, faz-se cada vez mais necessária a formação de leitores críticos que
sejam capazes de ler e compreender o que leem, para que possam compreender
melhor o mundo e sua própria realidade. É preciso, também, preocuparmo-nos com
a formação do professor no que compete a leitura crítica, por entender-se que
muitos desses profissionais não gostam de ler e/ou não cultivam este hábito e por
isso não desenvolvem práticas de leituras eficientes em suas salas de aulas.
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Com os procedimentos mencionados anteriormente, queremos contribuir
para a formação de leitores críticos, sensibilizando os educandos de que essa
formação depende de uma prática de interpretação de textos, de uma constante
atividade de leitura. E vale a pena argumentar que para se realizar um trabalho
significativo com a leitura o qual possa resultar em um leitor crítico, é preciso se
desprender de atividades de reprodução que visam tão somente fazer o aluno-leitor
passar os olhos sobre o texto, decodificando as palavras e se prendendo a
superficialidade do escrito. Portanto, formar o leitor crítico é uma necessidade de se
construir cidadãos também críticos, para lutarem por seus espaços na sociedade e
no mercado de trabalho, sendo autônomos e realizando seus ofícios com eficiência.
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BIBLIOGRAFIA
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WEBGRAFIA
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO ............................................................................................. 1
AGRADECIMENTOS ........................................................................................... 3
DEDICATÓRIA .................................................................................................... 4
RESUMO.............................................................................................................. 5
METODOLOGIA .................................................................................................. 6
SUMÁRIO ............................................................................................................ 7
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 8
CAPÍTULO I LEITURA, REFLEXÃO, AÇÃO; UMA CONTRIBUIÇÃO
INTERDISCIPLINAR NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM, A PARTIR DA
INCLUSÃO DE CIDADANIA, MORAL E ÉTICA AO CURRÍCULO À FORMAÇÃO
DE LEITORES CRÍTICOS ................................................................................... 10
CAPÍTULO II REFORMULAÇÃO DA LDB EM TORNO DA OBRIGATORIEDADE
DOS ITENS A SEREM ESTUDADOS NAS DIVERSAS DISCIPLINAS E EM
FILOSOFIA COM ALTERAÇÃO NO CURRÍCULO ENA CARGA HORÁRIA NAS
ESCOLAS EM TERRITÓRIO NACIONAL ........................................................... 18
CAPÍTULO III FORMAÇÃO DO SUJEITO SOCIAL ATIVO ÀS NOÇÕES
FUNDAMENTAIS DE COMPREENSÃO, COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA NOS
CURRÍCULOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO .................................... 25
CONCLUSÃO ...................................................................................................... 35
41
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................... 37
WEBGRAFIA ....................................................................................................... 39
ÍNDICE ................................................................................................................. 40
FOLHA DE AVALIAÇÃO ..................................................................................... 42
42
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Instituição: AVM/Universidade Cândido Mendes
Título: FORMAÇÃO DO SUJEITO SOCIAL ATIVO ÀS NOÇÕES FUNDAMENTAIS
DE COMPREENSÃO, COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA NOS CURRÍCULOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Orientadora: Prof ª. Edla Tocoli.
Autor: Jairo de Oliveira Vasconcellos Filho
Data da entrega:
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