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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE A INFLUÊNCIA DO ESTRESSE NO AMBIENTE DE TRABALHO Por: Érica Ferreira Savarege Orientador Prof. Marcelo Saldanha Rio de Janeiro 2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A INFLUÊNCIA DO ESTRESSE NO AMBIENTE DE TRABALHO

Por: Érica Ferreira Savarege

Orientador

Prof. Marcelo Saldanha

Rio de Janeiro

2008

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A INFLUÊNCIA DO ESTRESSE NO AMBIENTE DE TRABALHO

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial no curso de

Gestão de Pequenas e Médias Empresas, para

obtenção do título de Pós-Graduação.

Por: Érica Ferreira Savarege

AGRADECIMENTOS

A todos os autores, livros, revistas e

sites, ao professor Marcelo Saldanha

pela revisão dos textos e auxílio na

formatação. Aos meus patrões e a

todas as pessoas que, direta e

indiretamente, contribuíram para a

confecção deste trabalho acadêmico.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho monográfico

primeiramente a Deus, ao meu marido e

meu filho, que tanto confiaram e

apostaram em mim. Também aos meus

pais e a minha família que sempre se

orgulharam de mim.

RESUMO

Com o passar dos séculos o ser humano foi evoluindo e se adaptando a

várias tecnologias, com isso, a globalização se tornou um problema. Devido

tanta concorrência no ambiente de trabalho o funcionário passou a dedicar-se

mais e querer ser o melhor, assim, foi desenvolvendo doenças como o

estresse e a Síndrome de Burnout, que são conseqüências de vários distúrbios

físicos e mentais.

Estas doenças estão prejudicando o desenvolvimento de algumas

empresas fazendo com que o funcionário diminua a produção e aumente o

número de faltas por atestados médicos.

É por isso que algumas empresas estão de olhos abertos para o futuro

prevenindo seus funcionários de doenças como estas com alguns métodos

disponíveis no mercado e adaptando seus horários de expediente a Ginástica

Laboral para obter bons resultados.

METODOLOGIA

Para a realização desta Monografia foram utilizados alguns métodos

como: leitura de livros, revistas, consultas pela Internet e pesquisas

bibliográficas. Após serem coletados os dados, foram analisados e

selecionados várias vezes até chegar ao conteúdo desejado.

Passando esta etapa de seleção, foi preparada toda a configuração e a

finalização para o término da Monografia.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - O Crescimento da empresa e a

Saúde de seus funcionários 09

CAPÍTULO II - O Estresse 11

CAPÍTULO III – Síndrome de Burnout 19

CAPÍTULO IV – Métodos de prevenção de doenças

Relacionadas ao ambiente de trabalho 24

CONSIDERAÇÕES FINAIS 27

ANEXOS 28

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33

BIBLIOGRAFIA CITADA 34 ÍNDICE 35

FOLHA DE AVALIAÇÃO 37

8

INTRODUÇÃO

Hoje em dia no mundo em que vivemos em constante agitação, foram

apontados alguns fatores como fontes inevitáveis do Estresse: a insegurança

devido à violência urbana, engarrafamentos no trânsito, orçamentos apertados,

dívidas e ambiente de trabalho altamente competitivo, que se destaca como o

principal fator.

Este principal fator está relacionado a uma carga excessiva de trabalho,

ao grau razoável e necessário de exigências para com compromissos

assumidos, cumprimento de prazos, horários e metas, portanto, estas são

causas que contribuem para o aparecimento de sintomas do Estresse ou até o

desenvolvimento da Síndrome de Burnout.

Através deste trabalho monográfico vão ser apresentados em alguns

capítulos o que significa Estresse e Síndrome de Burnout, como o Estresse do

funcionário prejudica no desenvolvimento de uma empresa, como algumas

empresas estão tratando e prevenindo síndromes e por último, acrescentado

recursos que contribuem para a melhoria na qualidade de vida dos

funcionários.

9

CAPÍTULO I

O CRESCIMENTO DA EMPRESA E A SAÚDE DE SEUS

FUNCIONÁRIOS

Para alcançar o crescimento e o sucesso de uma empresa é preciso

adaptar-se a processos de mudanças como a tecnologia, isso exige um grau

emergencial de comunicação, diretrizes e novas estratégias ditadas pelo

mercado. Motivar as pessoas e fazer com que todas olhem na mesma direção

passa a ser uma tarefa de sobrevivência fazendo com que o bom desempenho

de uma empresa seja diretamente relacionada à mobilização de seus

funcionários e o grau de importância que a eles são atribuídos.

O que vem mudando a visão do mercado de pequenas, médias e

grandes empresas no seu posicionamento como empresa de sucesso, é

justamente isso: todas estão voltando sua atenção para seus funcionários

tornando-os parte integrante e essencial da empresa. Algumas delas estão

contando com ajuda de seus colaboradores para a importância no processo de

qualidade e produtividade, investindo diretamente em programas de

treinamento específicos, incrementos salariais ou outros benefícios, como

recompensa de ganhos relacionados ao aumento de produtividade.

Para obter o desempenho máximo de seus funcionários não é somente

informar, preparar, valorizar e satisfazer suas necessidades, é também zelar

pela sua saúde e investir em técnicas de prevenção de doenças relacionadas

ao seu dia-a-dia. Este desempenho fica comprometido quando o funcionário

passa a exercer o cargo de funcionário multifuncional dentro da empresa,

desenvolvendo alguns sintomas pelo desgaste profissional que podem gerar

danos psicológicos futuros.

10

Notadamente, entende-se que um funcionário produz menos quando

está em equilíbrio harmônico entre seu desempenho profissional e estabilidade

físico-mental.

1.1 – Diagnóstico psíquico

Para que um funcionário tenha um bom equilíbrio harmônico depende

de realizações de atividades prazerosas e saudáveis durante a maior parte do

seu tampo, como a maioria permanece a maior parte do tempo no seu local de

trabalho, é nele que é encontrado o mais alto nível de estresse.

Nos diversos locais de trabalho os funcionários são submetidos

diariamente a pressões de competição, lucros, produtividade e eficácia se

sentindo angustiados a ponto de não conseguirem acompanhar, através de

sua energia física e mental.

Quando o local de trabalho deixa de ser prazeroso, satisfatório e

de bem-estar para ser um local de dor, sofrimento e cansaço, fica claro que o

funcionário está sofrendo algum tipo de quadro clínico psíquico. Alguns

funcionários passam a não se desempenhar mais devido a ansiedade, falta de

concentração, queda de rendimento, diminuição da memória, confusão,

ansiedade, depressão, frustração, medo e impaciência.

Esse quadro psíquico está relacionado a sintomas “mentais” e

“emocionais”.

11

CAPÍTULO II

O ESTRESSE

Até o dia de hoje, ainda não há uma definição para o contexto de

patologia médica. É o nosso dicionário Aurélio da língua portuguesa que nos

diz que o significado da palavra estresse é: “o conjunto de reações do

organismo e agressões de origem diversas, capazes de perturbar-lhe o

equilíbrio interno”.

Foi nos anos 30 que um Austríaco, endocrinólogo, canadense

chamado Hans Selye publicou pela primeira vez na revista científica Nature

que:

“o estresse é um processo vital e fundamental onde

pode ser dividido em dois tipos, ou seja, quando

passamos por mudanças boas, temos o estresse

positivo e quando atravessamos alguma fase

negativa estamos vivenciando o estresse negativo”.

Hans Selye submeteu cobaias a estímulos estressores e observou um

padrão específico na resposta comportamental e física dos animais. Selye

descreveu os sintomas do estresse sob o nome “Síndrome Geral de

Adaptação”, composto de três fases sucessivas: alarme; resistência e

esgotamento.

Após a fase de esgotamento era observado o surgimento de diversas

doenças sérias como úlcera, hipertensão arterial e lesões miocárdios.

O estresse pode ser dividido em dois tipos básicos: o estresse crônico

e o agudo. O estresse crônico é aquele que afeta a maioria das pessoas,

sendo constante no dia a dia, mais de uma forma mais suave. O estresse

12

agudo é mais intenso e curto, sendo causado normalmente por situações

traumáticas mais passageiras como a depressão na morte de um parente.

Também podemos dizer que o estresse trata-se de uma relação entre o

indivíduo e o meio e que há um sério problema social econômico e uma grande

preocupação de saúde pública, pois atinge pessoas ainda jovens, em idade

produtiva que normalmente ocupam cargos de responsabilidade nas

empresas.

Há uma certa preocupação com o futuro num tempo de incertezas, de

um país que cada dia aumenta mais o número de desempregados e no mesmo

tempo que a qualidade de vida piora, o medo do envelhecimento em péssimas

condições, empobrecimento, falta de lazer e alimentação inadequada. Todos

são fatores pessoais, familiares, sociais, econômicos e profissionais, que

originam o desenvolvimento do estresse e seu conseqüente desencadeamento

de doenças mais graves como infecções e até neoplasias.

Segundo o Dr. Vladimir Bernik, médico psiquiatra (pela AMB/ABP e pelo

CFM) relatou em um congresso realizado em Munique em 1988;

“o estresse é um resultado do homem criar uma

civilização, que ele, o próprio homem, não mais

consegue suportar”.

2.1 – Causas do estresse

São diversos fatores e situações em nossas vidas que de modo agudo

ou crônico podem nos causar o estresse, os mais comuns são: atitude em

relação ao si; estado financeiro; movimentar-se; tráfego; testes escolares;

provas e concursos; conhecer pessoas novas; situações novas;

13

relacionamento e educação dos filhos; demandas no ambiente de trabalho ou

familiar; desafios na carreira e no trabalho; promoção ou perda de cargo;

desafios emocionais; relacionamentos pessoais; medo; raiva; solidão;

mudanças familiares; desafios físicos; desafios de saúde e muitos outros.

Estas situações em si, não constituem o estresse, mais sim a maneira

de como nos esforçamos para reagirmos a elas. Quando este esforço atinge o

limite que o indivíduo poderia suportar e quando fatores e as situações

estressantes são contínuos e de longa duração, elas podem se transformar

em doenças, das mais diversas, dessa forma o corpo apresenta sintomas para

que a pessoa modifique a sua rotina.

2.2 – Principais sintomas do estresse

• Nó na garganta;

• Tristeza;

• Bruxismo (ranger dos dentes);

• Diarréia;

• Pânico;

• Sentimento de medo e agressividade constante;

• Afastamento de suas atividades de trabalho;

• Incapacidade de domínio sobre as emoções;

• Impotência na resolução de problemas;

• Alteração de desempenho de suas funções normais;

• Fixação num determinado problema do trabalho;

• Diminuição da produtividade e eficiência;

• Sudorese intensa (suor, transpiração intensa);

• Manchas roxas;

• Fala desordenada;

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• Isolamento;

• Mau humor;

• Pigarro;

• Medo;

• Esgotamento;

• Roer unhas;

2.2.1 – Sintomas mais comuns

• Dores de cabeça ao final do dia, privilegiando a nuca e

posterior da cabeça, que se somam freqüentemente a dores nas

costas;

• Dificuldades de concentração e memória;

• Tonturas, sensação de desmaio ou perda de sentidos iminente,

o que é freqüentemente confundido com labirintites. Sensação

de estar “pisando em nuvens” ou de anestesia, como que

distante emocionalmente das pessoas, dificuldade em entender

sentimentos alheios;

• Insônia, dificuldades em iniciar ou manter o sono, com

sonolência durante o dia;

• Dores no peito, com uma sensação de opressão no Precórdio,

que é a região do tórax do meio para a esquerda, anterior, onde

está o coração. Essa sensação de opressão dá ao sujeito uma

sensação de respiração encurtada, como se os pulmões

estivessem amarrados, impedidos de se expandir e receber ar;

• Coração acelerado, sensação de que o coração vai sair pulando

de dentro do Precórdio. Variações abruptas de pressão arterial.

Hipertensão Arterial;

15

• Problemas digestivos, com sensação de queimação na região

do estômago, azias, digestão difícil após as refeições, como se

a comida ficasse parada no trato digestivo, dores abdominais e

dificuldades de evacuação;

• Obesidade;

• Dificuldades na vida sexual;

• Dores musculares, câimbras musculares, dores cervicais

(pescoço), região lombar (coluna), sensações de formigamento

pelo rosto e membros;

2.3 – Como o organismo reage aos principais sintomas

O estresse é o estado do organismo submetido à tensão. Veja como o

estresse atua sobre o seu corpo.

O cérebro produz uma família de substâncias conhecidas como

apiáceos, responsável pela sensação de bem-estar, e seretonina, que faz o

corpo relaxar. Submetido ao estresse, o cérebro diminui a produção das duas.

Assim a pessoa torna-se irritável e, às vezes, insone.

As glândulas supra-renais fabricam adrenalina, que mantém o corpo

alerta, e cortisol, que energiza os músculos. Em excesso o cortisol reduz a

resistência às infecções, pode causar morte de neurônios, envelhecimento

cerebral e perda de memória.

A noradrenalina, produzida nas supra-renais, acelera os batimentos

cardíacos, provoca a alta de pressão arterial e, quando produzida durante

longos períodos, sobrecarrega o músculo cardíaco.

16

Sob o estresse, os vasos sangüíneos periféricos mais próximos da pele,

contraem-se e são menos irrigados. Se o estresse é constante, o

envelhecimento é mais rápido.

O cérebro ordena ao estômago que produza os ácidos de suco gástrico.

O excesso de acidez, unido à queda de resistência a infecções, pode provocar

úlceras e gastrite.

2.4 – Tratamentos

Além de o estresse ser uma doença que poucas vezes pode ser evitada,

existem dois tipos de tratamento: tratamentos convencionais e tratamentos não

convencionais.

a) Tratamentos convencionais:

• Remédios

(podem ser indicados por um profissional da área)

• Alimentação

(repor vitaminas e nutrientes através de verduras, frutas e

derivados do leite)

• Atividade física

(qualquer atividade física é benéfica ao organismo)

b) Tratamentos não convencionais:

• Fitoterapia

(tratamento feito com plantas)

• Acupuntura

(tratamento feito com aplicações de agulhas que consiste em uma

técnica chinesa)

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• Reike

(tratamento que consiste em reequilibrar a energia do corpo

através das mãos e pontos energéticos (chácara), que consiste em uma

técnica japonesa.

• Massagem

(várias técnicas de massagens tentam promover o equilíbrio físico

e mental)

• Dança bioenergética

(movimentos de expressão corporal)

• Aroma terapia

(tratamento através de odores)

• Cromoterapia

(tratamento feito com cores que ativam a imaginação, trazendo

alguma reação positiva para o organismo)

2.5 – Como diminuir o estresse

Devemos levar em conta algumas considerações antes de tratarmos de

estratégias de como diminuir o estresse: nenhum método isolado é infalível e o

que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra.

Uma dieta saudável é essencial para qualquer programa de redução do

estresse. O exercício físico é uma ótima maneira de se distrair dos eventos

estressantes, procure uma atividade que proporcione prazer, algumas

sugestões como: ginásticas aeróbicas, caminhadas, natação ou yoga.

Relaxe através de técnicas específicas, como exercícios de respiração

profunda, relaxamento muscular, meditação e massagem. Considere todas as

possíveis opções: escutar música; tirar férias, se a fonte do estresse for em

casa, fique um tempo à toa, substitua o tempo desnecessário com o trabalho

18

por atividades interessantes e agradáveis; tenha tempo para o lazer ou tenha

um animal de estimação.

O estresse quando evoluído e não tratado pode ser causador de várias

doenças sérias como: fadiga, distúrbio do sono, depressão, alcoolismo e a

principal, uma doença chamada Síndrome de Burnout. É por isso, que muitas

empresas ao observarem que seus funcionários começavam a apresentar os

mesmos sintomas, concluíram que estas doenças (Estresse e Síndrome de

Burnout), são doenças ocasionadas pelo ritmo constante do ambiente

profissional.

19

CAPÍTULO III

SÍNDROME DE BURNOUT

A Síndrome de Burnout é um distúrbio pouco conhecido da população,

mais cada vez mais freqüente no ambiente de trabalho.

Esta Síndrome foi descoberta nos EUA em 1974 pelo psicólogo Herbert

Freudenberger quando observou o desgaste no humor e na motivação dos

profissionais com os quais trabalhava. O termo Síndrome de Burnout é a

junção de duas palavras burn (queima) e out (externa) que podemos entender

como “queima externa” ou “queimar para o exterior”, que compreende em um

estresse mais avançado no qual o funcionário torna-se bastante alterado em

seu comportamento, pelo qual se define como esgotamento profissional e

psicológico decorrente a tensão emocional crônica do trabalho.

Conforme pesquisa realizada no Brasil pela International Stress

Management Association do Brasil (Isma-BR) três em cada dez trabalhadores

apresentam um quadro crônico de estresse, que caracteriza a Síndrome de

Burnout.

Podemos identificar um funcionário com a Síndrome de Burnout quando

ele altera momentos de agressividade, depressão, se irrita com facilidade, vive

reclamando da vida, exausto e prestes a explodir. Segundo exemplifica o chefe

de departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo

(Unifesp): “ O funcionário com Síndrome de Burnout é semelhante a uma vela:

ao mesmo tempo em que ilumina o ambiente, acaba se desgastando até

apagar ”.

20

3.1 – Causas da Síndrome de Burnout

Os sintomas e as causas podem variar de acordo com as características

de cada pessoa e das circunstâncias em que se encontra, sendo que os graus

de manifestações podem apresentar-se de formas diferentes.

Na maioria das vezes esta Síndrome é confundida com um simples

estresse, devido demonstrar algumas semelhanças. A Síndrome é um

problema relativo ao mundo do trabalho e atinge pessoas sem antecedentes

psicopatológicos. Os sintomas de exaustão e comportamento agressivo que se

mostram por atitudes grosseiras dos funcionários com a Síndrome pode se

expandir desde o ambiente profissional até aos amigos e familiares.

A Síndrome de Burnout está caracterizada por cansaço emocional, física

e mental, fraqueza e inutilidade, desinteresse pelo trabalho e vida pessoal,

baixa estima, esgotamento nervoso e despersonalização devido a relação

diária cultivada com pessoas que se integram no ambiente de trabalho.

Pode-se dizer que funcionários com idealismo elevado, excesso de

dedicação, alta motivação, perfeccionismo e rigidez estão mais propensos a

desenvolver a Síndrome de Burnout. Em geral, são funcionários que gostam de

se envolver com o que fazem, não medindo esforços para atingir seus próprios

objetivos e os da empresa em que atuam.

Quando as relações interpessoais são pesadas, conflituosas e adiadas,

tem-se a disposição de adicionar os anseios da Síndrome de Burnout que

acontece de maneira vagarosa e gradual, acometendo o indivíduo

progressivamente.

Na fase mais aguda da Síndrome o indivíduo desenvolve táticas, que

consiste em modificações de atitudes e condutas que abrangem a apatia e

distanciamento emocional do trabalho.

21

3.2 – Sintomas da Síndrome de Burnout

Para Lautert (1997), a instalação da Síndrome de Burnout ocorre de

maneira lenta e gradual, acometendo o indivíduo progressivamente que

distinguem três momentos para a manifestação da síndrome. Num primeiro

momento, as demandas de trabalho são maiores que os recursos materiais e

humanos, o que gera um estresse laboral no indivíduo. Neste momento, o que

é característico é a percepção de uma sobrecarga de trabalho, tanto qualitativa

quanto quantitativa. No segundo momento, evidencia-se um esforço do

indivíduo em adaptar-se e produzir uma resposta emocional ao desajuste

percebido. Aparecem então, sinais de fadiga, tensão, irritabilidade e até

mesmo, ansiedade. Assim, essa etapa, exige uma adaptação psicológica do

sujeito, a qual reflete no seu trabalho, reduzindo o seu interesse e a

responsabilidade pela sua função. E, finalmente, num terceiro momento,

ocorre o enfrentamento defensivo, ou seja, o sujeito produz uma troca de

atitudes e condutas com a finalidade de defender-se das tensões

experimentadas, ocasionado comportamentos de distanciamento emocional,

retirada, cinismo e rigidez.

A Síndrome de Burnout não escolhe homens ou mulheres para

desenvolver-se e sim profissionais das mais diversas áreas que estão

diretamente ligadas a bens e pessoas, ou seja, pessoas que são críticas, muito

exigentes consigo mesmas e com outros que possuem a maior dificuldade de

lidar com situações difíceis. Nesse caso citamos como principais sintomas:

• Depressão;

• Incapacidade de concentração;

22

• Ímpeto de abandonar o trabalho;

• Frustração;

• Comportamento paranóico;

• Fadiga crônica;

• Dores de cabeça;

• Insônia;

• Úlceras;

• Hipertensão arterial;

• Taquicardia;

• Arritmias;

• Perda de peso;

• Dores musculares e coluna;

• Alergias;

• Lapsos de memórias;

• Impaciência;

3.3 – Tratamentos para Síndrome de Burnout

O tratamento da Síndrome de Burnout pode ser fototerápico,

intervenções psicossociais, como licenças, afastamentos, readaptações e

essencialmente psicoterapêutico. Mas em alguns casos, pode-se lançar mão

de medicamentos como os ansiolíticos ou antidepressivos para atenuar a

ansiedade e a tensão, sendo sempre necessária a avaliação, e no caso de

medicamentos, a prescrição deve ser feita por um médico especialista.

23

No processo psicoterapêutico, além do enfoque individual para o alívio

das dificuldades sentidas, é necessário a reflexão e um redimensionamento

das atitudes relativas à atitude profissional, objetivos de vida e cuidados com a

auto-estima e com sentimentos mais profundos com a aceitação.

Essas pequenas ações podem melhorar a qualidade de vida de muitos,

tratando a Síndrome de Burnout.

24

CAPÍTULO IV

MÉTODOS DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS

RELACIONADAS AO AMBIENTE DE TRABALHO

“A saúde, primeira dádiva do ser humano ao

nascer, é posteriormente o primeiro bem a

ser abandonado, enquanto escala de

valores”. (VIEIRA, 1996)

Algumas empresas já convencidas de que o estresse e a Síndrome de

Burnout são doenças ligadas ao ambiente de trabalho, estão se adaptando a

novos métodos de prevenção como a Ginástica Laboral.

A Ginástica Laboral ou Ginástica de pausa, como é chamada,

destina-se a práticas de atividades físicas no local de trabalho e no horário de

expediente que visam benefícios pessoais e profissionais.

Além de trazer benefícios para os funcionários, a Ginástica Laboral

também traz benefícios para a empresa, ela visa diminuir os efeitos negativos

do trabalho, físicos e psicológicos como: conflitos inter pessoais, estresse,

baixa concentração, além de aumentar a produtividade, com isso, há uma

grande diminuição de faltas por motivos médicos e também a redução de

acidentes no ambiente de trabalho.

4.1 – Tipos de Ginástica Laboral

Existem três tipos de Ginástica Laboral que são praticadas atualmente:

(ZILLI, 2002, p.58-60)

25

• Ginástica Preparatória

(visa preparar o funcionário para a sua jornada de trabalho,

normalmente realizada no início do expediente)

• Ginástica de Compensação

(visa aumentar o poder de concentração do funcionário, normalmente

realizada entre o horário de expediente)

• Ginástica de Relaxamento

(visa recuperar o funcionário diminuindo seu desgaste físico e

psicológico para retornar ao seu convívio pessoal, normalmente realizada ao

final do expediente).

É preciso deixar claro que a Ginástica Laboral, faz parte de um projeto

de qualidade de vida no trabalho com seus objetivos voltados à saúde do

trabalhador e tal projeto tem parâmetros orgânicos que não se restringem

somente á prática de atividade física. (ZILLI, 2002, p.69)

Deste modo é necessária a utilização de complementos como:

reeducação alimentar, orientações orgânicas e estruturais, acompanhamento

médico preventivo e mudanças para hábitos saudáveis, dentro e fora do

ambiente de trabalho.

4.2 – Benefícios obtidos através da Ginástica Laboral

4.2.1- Benefícios Fisiológicos

• Provoca o aumento da circulação sanguínea ao nível da estrutura muscular, melhorando a oxigenação dos músculos e tendões e diminuindo o

acúmulo de ácido lático;

26

• Melhora a mobilidade e flexibilidade músculo articular;

• Diminui as inflamações e traumas;

• Diminui a tensão muscular desnecessária;

• Melhora a postura;

• Diminui o esforço na execução das tarefas diárias;

• Facilita a adaptação ao posto de trabalho;

• Melhora a condição do estado de saúde geral;

4.2.2- Benefícios Psicológicos

• Favorece a mudança da rotina e promove um clima motivacional favorável no trabalho;

• Reforça a auto-estima;

• Mostra a preocupação da empresa com seus funcionários;

• Melhora a capacidade de concentração no trabalho e convívios sociais;

4.2.3- Benefícios Sociais

• Desperta o surgimento de novas lideranças;

• Favorece o contato pessoal;

• Promove a integração social;

• Favorece o sentido de grupo;

• Melhora o relacionamento;

27

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em função de sua maneira de serem, as pessoas podem vivenciar

seus próprios conhecimentos de trabalho. Dentro de uma organização de

trabalho o indivíduo tende a aprender que não dispõe de expedientes

suficientes para afinar-se, surgindo assim o estado de estresse.

O estresse e suas complicações crônicas atingem diretamente o

cumprimento de ocupação e desenvolvimento do trabalho e muitas vezes

oprime a pessoa, levando-a a situações de doenças, de desagrado e

desinteresse. Existe uma preocupação com a saúde do funcionário nesta

conjuntura, pois desencadeia conseqüências, na produtividade da organização

de trabalho, podendo desenvolver outros tipos de doenças como a Síndrome

de Burnout.

Para vencer o Burnout, a saúde é buscar ajuda de um terapeuta e

encontrar novas estratégias para lidar com o excesso de demandas, já que

nem sempre é possível trocar de emprego.

A prevenção do Estresse e da Síndrome de Burnout envolve uma

mudança profunda nos ambientes de trabalho, com iniciativas que vão muito

além dos programas anti-estresse e Ginástica Laboral. Não adianta abrir uma

academia ou uma sala de descompressão na empresa, se não houver

abordagem individual adaptada à cultura de cada organização e funcionário.

28

ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Internet;

Anexo 2 >> Programas Culturais;

.

29

ANEXO 1

INTERNET

WWW.enfato.com.br/entrevistas_det.php?cod=19

Diretor executivo da Goolsby Leadership Academy e professor de Comportamento Organizacional da University of Texas, em Arlington

Redução do estresse nas empresas inclui um ambiente de trabalho onde as pessoas trabalham ajudando umas às outras

James Campbell Quick, americano, é pioneiro no estudo do gerenciamento preventivo do estresse. Ele é o diretor executivo da Goolsby Leadership Academy e professor de Comportamento Organizacional da University of Texas, em Arlington. Quick também integra a sétima edição da lista Who's Who in the World. Na entrevista a seguir, ele fala sobre a questão do estresse no trabalho, suas causas, os problemas que pode trazer tanto para o indivíduo como para a empresa, além de apontar algumas soluções para o gerenciamento do estresse de forma positiva.

Equipe Editorial: Quais são as principais causas do estresse no trabalho? James Quick: Existem quatro categorias para as causas de estresse no trabalho que estão relacionadas com o próprio trabalho, como as mudanças no ambiente ou a sobrecarga de tarefas. A segunda categoria envolve o papel social das pessoas. Uma terceira categoria maior de estresse seriam as causas pessoais, como uma personalidade desagradável em líderes abusivos. A causa final seriam as físicas, como um ambiente de trabalho muito quente, muito frio ou perigoso. Equipe Editorial: Quem tem mais estresse, os líderes ou os trabalhadores? James Quick: Isso depende das circunstâncias. Líderes e supervisores diretamente envolvidos com a linha de produção geralmente têm mais estresse que líderes superiores ou funcionários. Isso, porque eles são como o elo entre os líderes superiores e os funcionários. Em alguns ambientes de trabalho, onde há uma enorme pressão, são os funcionários que têm mais estresse. Equipe Editorial: O que os líderes podem fazer para evitar o estresse em suas companhias? James Quick: Existem muitas coisas que são possíveis de fazer para evitar o estresse nas companhias. Elas incluem uma empresa com um ambiente de trabalho em equipe planejado no qual as pessoas trabalham juntas e ajudam umas às outras em vez de se prejudicarem. A competição bem administrada

30

pode ser saudável e positiva, mas precisa ser uma competição vencer vs. vencer e não vencer vs. perder. Equipe Editorial: Como é o ambiente ideal de trabalho? James Quick: O ambiente mais favorável é uma cultura de trabalho aberta onde as pessoas sentem-se confortáveis para falar o que pensam e como se sentem, sem medo de serem prejudicadas ou punidas. Equipe Editorial: Quais problemas o estresse pode trazer para as empresas e para a vida das pessoas? James Quick: O estresse pode causar grandes problemas para um país e para os indivíduos quando não é bem administrado. Fisicamente, pode causar problemas cardiovasculares e dores na lombar; psicologicamente, depressão e esgotamento nervoso; em termos de comportamento, pode levar ao abuso de drogas e a acidentes de trabalho. Para as companhias, o problema é que as pessoas não aparecem para trabalhar se estão doentes ou sentem-se prejudicadas. Existem várias maneiras de os trabalhadores inconsciente ou conscientemente prejudicarem a empresa interrompendo o processo de trabalho. Equipe Editorial: Existe uma maneira saudável de administrar o estresse nas empresas? Ele pode ser usado como um fator positivo? James Quick: O estresse pode ser utilizado como um fator positivo apenas até um ponto. Ele é bom quando sua energia é utilizada para propósitos produtivos, mas, para cada consumo de estresse e energia durante um período de tempo, é importante dar uma pausa no processo de trabalho e recuperar a energia, relaxar, tomar um fôlego e depois voltar às atividades. Então, o equilíbrio entre o trabalhar e o não trabalhar é muito importante. Quando as pessoas trabalham o tempo inteiro e nunca pausam, elas se tornam muito ineficientes. Equipe Editorial: O que caracteriza um bom líder e um mau líder? James Quick: Um bom líder é alguém que está apto a ouvir com atenção e a falar abertamente, comunicando-se efetivamente com as pessoas que trabalham para ele. São também caracterizados por perguntarem e persuadirem e não ditarem ou dizerem aos funcionários o que fazer. Um bom líder entende o trabalho dos funcionários sob a perspectiva dos funcionários e não sob a perspectiva do líder. Um mau líder nunca escuta, sempre fala, não recolhendo boas informações, não entendendo o trabalho dos funcionários, além de não serem competentes naquilo que deveriam fazer. Equipe Editorial: Quem é mais estressado, o trabalhador americano ou brasileiro?

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James Quick: Os trabalhadores americanos e brasileiros são ambos estressados e por razões diferentes. Na América do Norte, o estresse no trabalho aumentou durante as duas últimas décadas devido à crescente competição e pressão no trabalho, gerando uma crescente carga de trabalho. No Brasil, penso que a incerteza quanto a ter um emprego é uma grande fonte de estresse, diferente, mas igualmente importante. Equipe Editorial: Trace algumas relações entre competitividade e estresse? James Quick: Competição e estresse andam de mãos dadas, na medida em que a competição também aumenta o estresse. Mas isso não é inteiramente ruim. Nós fomos projetados para ter uma resposta ao estresse, faz parte de nosso sistema de mente e corpo. O que é um bom mecanismo de sobrevivência para ser utilizado em emergências legítimas e para estimular o desempenho das pessoas. O problema é quando a competição e estresse ficam muito altos, desgastando as pessoas e desafiando suas habilidades, tornando-se destrutivos. Equipe Editorial: O mundo dos negócios de hoje é mais estressante do que era no passado? James Quick: Eu penso que os negócios são mais estressantes do que eram no passado, mesmo não tendo informações estatísticas para validar essa afirmação. Tenho a impressão de que foi causada pelo segundo grande período de globalização em que o mundo agora se encontra. Depois que a Guerra Fria acabou e o muro de Berlim foi derrubado, todo o sistema mundial começou a globalizar-se dramaticamente, como no período logo antes da 1ª Guerra Mundial. A competição mudou e nós não mais estávamos competindo com as pessoas próximas a nós, mas com pessoas de outros países.

Entrevista realizada pela equipe editorial da Enfato Comunicação Empresarial para o PortalQualidade.com.

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ANEXO 2

PROGRAMAS CULTURAIS

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

FRANÇA, A. C. L.; RODRIGUES, A. L. Stress e trabalho: guia prático com abordagem psicossomática, Atlas, São Paulo, 1997.

CHIAVENATO, I., Recursos Humanos, Atlas, 7. ed. São Paulo, SP, 2002.

AMORIM, C., A Síndrome de Burnout: modelos teóricos e avaliação. Anais do

VII Encontro Regional Sul da ABRAPSO. Curitiba, 18-20 de setembro, p. 69,

1998.

KANAANE, R.,Comportamento humano nas organizações: o homem rumo ao

Século XXI, Atlas, São Paulo, SP, 1994.

LIPP, M. N., Como enfrentar o stress, Ícone, São Paulo, SP, 1990.

SILVIA, M.; Marchi, R. , Saúde e qualidade de vida no trabalho, Best Séller,

São Paulo, SP, 1997.

SPINELLI, M. A., Plantão Médico: Stress, Biologia e Saúde, Rio de Janeiro,RJ,

1998.

FARINA H., Sofrimento psíquico: um estudo entre médicos e enfermeiros em um hospital de Manaus, Fundação Oswaldo Cruz, ANAUS 2004. Dissertação de Mestrado.

LOROSA, M.A.; ARDUINI AYRES, F.,Como produzir uma monografia, 6ª ed.,

Wak, Rio de Janeiro, RJ, 2005.

REVISTA ELETRÔNICA INTERAÇÃO PSY, O Estado da Arte do Burnout no Brasil. PEREIRA B., Ano 1, nº 1, 2003, 4-11.

RIBEIRO, A. E. A. Pedagogia Empresarial: atuação do pedagogo na empresa, Wak, Rio de Janeiro, RJ, 2003.

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BIBLIOGRAFIA CITADA

REV.GAÚCHA DE ENFERMAGEM Lautert, L , O desgaste profissional: estudo

empírico com enfermeiras que trabalham em hospitais. , 18(2):133-144, 1997.

VIEIRA, A. A qualidade de vida no trabalho e o controle da Qualidade Total, Insular, Florianópolis, RS, 1996.

ZILLI, C.M. Manual de Cinesioterapia / Ginástica Laboral: uma tarefa

interdisciplinar com ação multiprofissional, LOVISE, São Paulo, SP, 2002.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

O crescimento da empresa e saúde de seus

funcionários 9

CAPÍTULO II

O estresse 11

2.1 – Causas do estresse 12

2.2 – Principais sintomas do estresse 13

2.2.1 – Sintomas mais comuns 14

2.3 – Como o organismo reage aos principais sintomas 15

2.4 – Tratamentos 16

2.3 – Como diminuir o estresse 17

CAPÍTULO III

Síndrome de Burnout 19

3.1 – Causas da Síndrome de Burnout 20

3.2 – Sintomas da Síndrome de Burnout 21

3.2 – Tratamentos para a Síndrome de Burnout 22

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CAPÍTULO IV

Métodos de prevenção de doenças relacionadas ao

ambiente de trabalho 24

4.1 – Tipos de Ginástica Laboral 24

4.2 – Benefícios obtidos através da Ginástica Laboral 25

4.2.1 – Benefícios Fisiológicos 25

4.2.2 – Benefícios Psicológicos 26

4.2.3 – Benefícios Sociais 26

CONSIDERAÇÕES FINAIS 27

ANEXOS 28

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33

BIBLIOGRAFIA CITADA 34

ÍNDICE 35

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: