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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A LIDERANÇA NA GESTÃO DE PESSOAS DAS
ORGANIZAÇÕES
Por: Sylvia Bezerra de Souza
Orientador
Prof. Mario Luiz
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A LIDERANÇA NA GESTÃO DE PESSOAS DAS
ORGANIZAÇÕES
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Empresarial
Por: Sylvia Bezerra de Souza
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha família, amigos e
professores, que direta ou
indiretamente contribuíram para a
execução desta monografia.
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RESUMO
Liderança é o processo de conduzir um grupo de pessoas, com a
finalidade de motivar e influenciar os liderados para que contribuam da melhor
forma com os objetivos do grupo e da organização.
Verifica-se que algumas organizações estão a cada dia buscando
métodos que facilitem o papel dos líderes dentro das organizações,
transformando-os em “coaches”, essa prática faz com que o líder seja como
um multiplicador de aprendizagem dentro do ambiente de trabalho, isto tem
ajudado muito na forma de liderar.
Nas organizações nem todo gestor é um líder de sucesso.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi através de assuntos atuais em bibliografias e
internet com a finalidade de informar se um gestor dentro de uma organização
é um verdadeiro líder.
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SUMÁRIO
RESUMO 05
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I Gestão 10
CAPÍTULO II Liderança 19
CAPÍTULO III Liderança e Gerenciamento, 30
Diferenças Básicas
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
ÍNDICE 40
8
INTRODUÇÃO
Existe muita confusão sobre o que é ser líder e gestor ou assumir
qualquer cargo de chefia. Normalmente o chefe ou o gestor representa a
autoridade e tem como preocupação base focar-se nos resultados: fazer
melhor, mais eficientemente e com vista no aumento simples e rápido do
rendimento. O problema é que se perde pelo caminho a especificidade de uma
das variáveis mais importantes na equação de uma empresa: o valor e as
particularidades de cada indivíduo.
Líderes buscam resultados fazendo com que as pessoas se
comprometam a agir convertendo seguidores em lideres, pois criam uma visão
na qual as pessoas acreditam e, principalmente, conseguem transmiti-la com
muita eficiência. Preocupam-se mais com o desenvolvimento das pessoas que
o seguem transformando-os em agentes de mudança, ao contrário de gerentes
que estão mais preocupados com a manutenção do seu poder
institucionalizado.
Dessa forma, primeiro devemos entender o que seja liderança e gestão
em separado para depois podermos visualizar seus pontos comuns e
divergentes. E essa confusão ainda fica mais marcante uma vez que temos
vários tipos de liderança. Após essa análise detalhada verificaremos que esses
dois temas são, na essência, diferentes.
No primeiro capítulo serão discutidos as definições e conceitos da
Gestão, no segundo será abordado sobre Liderança e seus aspectos gerais,
informando o quanto é importante à liderança na gestão de pessoas e no
terceiro falaremos sobre as habilidades de um gestor e como se tornar um
verdadeiro líder nas organizações. A monografia foi desenvolvida com o
objetivo de verificar a influência tanto positiva quanto negativa que um líder
exerce no desenvolvimento de pessoas e também nas questões relacionadas
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à liderança no que diz respeito a sua conceituação, estilos e importância das
competências.
No terceiro e último capítulo serão discutidos as diferenças básicas
entre liderança e gerenciamento.
A escolha deste tema vem tratar a diferença entre um gestor e um líder
nas organizações.
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CAPÍTULO I
GESTÃO
Os princípios estabelecidos para a administração, no início do século
XX, previam uma administração rígida, onde o chefe ou o proprietário, no caso
da pequena empresa, eram os donos absolutos das decisões, a autoridade
vinha de cima para baixo e as suas atividades principais eram mandar fazer as
tarefas e controlá-las com muito rigor. O objetivo principal da organização era
produzir mais e com maior eficiência para que o lucro fosse maior.
(KWASNICKA, 1987, p. 18)
A palavra gerenciar tem uma história interessante. Ela deriva da
palavra italiana "maneggio" que significa treinar um cavalo. Os gerentes
adotam atitudes impessoais, às vezes até passivas, em relação a metas,
enquanto os líderes tem uma atitude pessoal e ativa em relação ao alcance de
metas. Existe uma necessidade de liderança nos negócios, ao mesmo tempo
existe um vazio sobre o que isso significa na prática e como fazer mudanças.
Sim, liderança e gerenciamento são diferentes. Eles diferem em motivação,
história pessoal e no modo de pensar e agir.
O gestor consiste em um ser que enfatiza restritamente na estrutura
organizacional, direcionando e exigindo de seus subordinados indices de
desempenho, tendo os próprios como membros de uma organização.
Um gerente preocupa-se apenas em delegar tarefas, de olho nos
resultados, deixando o fator humano em segundo plano.
"Administração é o processo de tomar decisões sobre
objetivos e utilização de recursos." (MAXIMIANO, 2006, p.
6).
11
As funções do gestor foram, num primeiro momento, delimitadas como:
planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar.
Planejar: O planejamento envolve a determinação no presente do que se
espera para o futuro da organização, envolvendo quais as decisões deverão
ser tomadas, para que as metas e propósitos sejam alcançados.
Organizar: organizar é o processo de dispor qualquer conjunto de recursos em
uma estrutura que facilite a realização de objetivos. O processo organizacional
tem como resultado o ordenamento das partes de um todo, ou a divisão de um
todo em partes ordenadas."
Liderar: Trabalhar ou liderar pessoas é uma tarefa árdua, em que mais
depressa se detectam os fracassos do que o sucesso, já que no primeiro caso
toda a empresa se poderá ressentir, no segundo, o mérito é geralmente
assumido de forma solitária.
A atitude de treinar colaboradores é sempre bem-vinda, porém é
necessário que o intento seja constante. Caso contrário, tudo será em vão...
Acredito que é preciso treinar sempre. Contudo, não podemos nos esquecer
de que ao recomendarmos um treinamento, que não seja fundamental para a
correta realização da atividade, ao colaborador, ele tem o direito de rejeitar a
oferta de ajuda. Assim, é importantíssimo "vender" as vantagens do
treinamento.
Para finalizar, de nada adianta o treinamento em si, é fundamental a
continuidade dele na empresa. O bom treinamento é aquele que incentiva a
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organização das rotinas diárias, a solução de conflitos e o uso da informação
para a tomada de decisões. Isto é exatamente o que um gerente não faz.
Os funcionários devem sim ser treinados e estimulados para a função
que exercem, eles querem isso, querem se sentir útil, importante dentro da
empresa, sentir que são eles os responsáveis por muitos passos acertados,
que é deles o mérito do crescimento da empresa, eles se tornam mais
propensos a mudar de emprego quando se sentem desapontados e com suas
habilidades menosprezadas ou, não exploradas.
Ao pensar em gestão de pessoas o micro empresário não tem que
preocupar de imediato em contratar uma pessoa especializada em recursos
humanos, mas deve saber que se não se tem experiência na lida com pessoas
certamente precisará de auxilio de um profissional em algum momento. O
desempenho do gerente influenciará diretamente no desenvolvimento da
empresa, ele deve estar capacitado, sabendo que sua postura como
administrador no mercado e frente aos clientes e funcionários será o que
determinará a sobrevivência e o sucesso da empresa
Trabalhar com seres humanos exige conhecer, compreender para
posteriormente se desenvolver.
Para identificar competências há que conhecer muito bem a empresa e
todos os seus colaboradores. Desta forma partimos para a implementação de
todo um sistema organizado, planejado e formalizado com o objectivo de reter
talentos, desenvolver as capacidades individuais, prever constrangimentos, e
acima de tudo criar e gerir as oportunidades. Desta forma motivamos todos os
intervenientes, gerimos as suas expectativas e potenciamos a produtividade.
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De acordo com Barrlet Ghoshal (1997) o departamento que não for
bem gerenciado, não há liderança que possa impedir o caos, com todos os
problemas inerentes a má gerência. Quando o gerente nào consegu motivar
seus subordinados, ele será considerado apenas um gerente que está fazendo
o seu trabalho razoável, mas nunca um líder.
Embora não seja possível encontrar uma definição universalmente
aceita para o conceito de gestão e, por outro lado, apesar deste ter evoluído
muito ao longo do último século, existe algum consenso relativamente a que
este deva incluir obrigatoriamente um conjunto de tarefas que procuram
garantir a eficácia de todos os recursos disponibilizados pela organização
afim de serem atingidos os objetivos pré-determinados.
Gerenciar pessoas é algo extremamente importante para a empresa.
Na atualidade, estamos vivendo a era das modificações, das adaptações e
dessa forma o "Gestor" teve que dividir, ouvir e mudar a sua forma de pensar e
agir dentro da organização.
A começar pelo primeiro fator mudança, se faz necessário uma
transformação tanto do ponto de vista pessoal como profissional por parte do
gestor. É muito comum nos defrontarmos com empresas em que o gestor
ainda se coloca com o "todo poderoso", "o sabe tudo", e isso precisa mudar.
Aqui que deve começar a mudança, pois não cabe mais um gestor com essa
mentalidade, esse posicionamento. A atitude do gestor em tempos modernos é
de Aprender, Conhecer, Compartilhar porque na verdade não sabemos nada e
estamos sempre aprendendo, conhecendo o novo e os mistérios que ainda
teremos que aprender.
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Em outros tempos o administrador era visto como carrasco, ele
mandava e tinha que ser obedecido. O que deveria ser feito, a forma de gerir,
eram métodos exclusivamente do chefe, por seus próprios conceitos. No caso
da pequena empresa, onde o gerente era sempre o proprietário, a
administração se tornava ainda mais rígida, o patrão tinha todo o poder,
apenas ele tomava as decisões, as quais deveriam sempre ser acatadas. Com
o decorrer do tempo, surgiram novas formas de administrar, onde se passou a
valorizar mais as pessoas dentro da empresa e a partir daí novos conceitos de
gestão foram sendo implantados nas organizações. Kwasnicka fala sobre esse
histórico na evolução administrativa:
Os princípios estabelecidos para a administração, no
início do século XX, previam uma administração rígida,
onde o chefe ou o proprietário, no caso da pequena
empresa, eram os donos absolutos das decisões, a
autoridade vinha de cima para baixo e as suas atividades
principais eram mandar fazer as tarefas e controlá-las
com muito rigor. O objetivo principal da organização era
produzir mais e com maior eficiência para que o lucro
fosse maior. [...] Hoje podemos observar que a
administração é feita de maneira mais flexível, e
considera-se a empresa como uma união de esforços em
torno de uma série de metas e objetivos. (KWASNICKA,
1987, p. 18)
A situação atual é que o gestor terá que mudar o seu jeito de agir, ser
e conhecer. Não se admite mais uma postura arrogante por parte de gestores
que não possuam visão, que não compartilham informação ou que não
respeitam o próximo. E essa forma de atuar acontece porque o gestor ainda se
posiciona com pensamento e comportamentos voltados para uma época em
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que isso era utilizável. Mas, atualmente, a realidade é outra e isso requer uma
reflexão para bem do gestor, para o bem da empresa e de seus colaboradores.
O gerente centralizador é, antes de tudo, um solitário a quem cabe
fazer quase tudo. Isso acarreta deixar de cuidar do que é essencial no
exercício do seu papel de liderança para cuidar de coisas que poderiam ser
repassadas para a equipe. Ela fica relegada a um segundo plano, geralmente
envolvida em tarefas rotineiras e sem espaço para desenvolver-se. Os
resultados, em geral, são prejudicados, especialmente pela ausência das
contribuições que poderiam enriquecer o trabalho e pelos efeitos nocivos da
sobrecarga do gerente, que afetam a qualidade da tarefa.
Delegar poderes significa transferir para outro a autoridade e a
responsabilidade para a execução de uma tarefa de responsabilidade final do
delegante, desde que, no seu entender, esta será mais propriamente
executada pelo delegado.
A delegação permite ainda a formação de profissionais capazes de agir
por conta própria em emergências ou quando o líder não está presente. A
partir do momento em que os liderados adquirem maior autonomia, eles
adquirem também uma maior capacidade de resolver problemas sem recorrer
à gerência.
Sendo assim, a delegação possibilita ao gerente uma maior
disponibilidade de tempo para a execução de atividades diversas inerentes à
sua posição, tais como a reflexão, o planejamento, a coordenação, a
avaliação, a deliberação e a criatividade, uma vez que a distribuição das
atividades entre diversas pessoas reduz a pressão de tarefas rotineiras que
exigem menos a sua intervenção direta (Marques, 2005).
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Segundo Fayol citado por Maximiano (2002), o trabalho do dirigente
consiste em tomar decisões, estabelecer metas, definir diretrizes e atribuir
responsabilidades (delegar) aos integrantes da organização, de modo que as
atividades de planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar estejam
numa seqüência lógica.
Conforme Stoner e Freeman (1999) a definição de delegação é atribuir
a outra pessoa a autoridade formal e a responsabilidade por realizar atividades
específicas. A delegação de autoridade de supervisores para subordinados é
obviamente necessária para o funcionamento eficiente de qualquer
organização, já que nenhum superior pode pessoalmente realizar ou
supervisionar completamente todas as tarefas da organização.
Essa nova realidade gestora é repleta de profissionais que têm a árdua
missão de gerir pessoas, de entender o próximo, de compartilhar informação.
Além disso necessita também de profissionais mais flexíveis, inteligentes,
solidários, com visão analítica e estratégica de mercado.
Os três fatores atuando em conjunto Mudança, Ouvir, Dividir terão um
impacto positivo, dentro e fora da organização, e dessa forma teremos
ambientes empresariais, mais enxutos e repletos de "cabeças pensantes".
Ouvir parece uma atitude simples e ao mesmo tempo estranha para alguns.
Mas o simples ato de Ouvir dará ao gestor informações e conhecimento que
jamais ele imaginou saber.
Às vezes, a solução está diante de nós e não percebemos. Portanto, a
prática do Ouvir, deverá ser executada por todos aqueles que têm essa missão
e para que isso seja possível, faz-se necessário que o profissional
simplesmente faça a sua mudança.
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O outro fator, Dividir, nada mais é do que compartilhar a nova realidade
gestora, que não admite mais pessoas que não trocam informação,
conhecimento e experiência. O trabalho é feito em equipe dentro das
empresas e para que isso aconteça, necessita-se de pessoas com maior grau
de sensibilidade, profissionais aptos a dialogar, entender, conhecer e que
saibam adotar uma postura ideal para a realidade empresarial atual. A partir do
momento que o gestor encarrega-se de fazer a sua mudança e de perpetuar
essa atitude dentro da organização, com apoio dos outros fatores aqui
mencionados, Ouvir e Dividir, teremos ambientes de trabalho mais produtivos,
colaboradores mais eficientes e felizes.
Nesse sentido, requer que aqueles que ainda não aprenderam a lição
reflitam de forma positiva para o sucesso da organização. A partir do momento
que o profissional de gestão atinge o seu ápice de decidir pela mudança, seja
ela profissional ou pessoal, os outros dois fatores, descritos aqui e que
também fazem parte dessa nova realidade gestora, ou seja, ouvir e dividir,
tornam-se mais fáceis de serem praticados.
O gerente deve saber como trabalhar para o desenvolvimento da
empresa, administrando em todas as áreas de forma consciente e eficiente,
saber qual a carência do mercado, conhecer as pessoas que a compõe tendo
uma visão ampla sobre elas. Saber como trabalhar através das pessoas é uma
arte própria de um gerente resoluto.
Todas as necessidades de conhecimento, cultura e práticas só serão
válidas, se dentro da organização, existir colaboradores que realmente se
interessam pela empresa e esta por eles. Caso contrário, de nada adianta
fazer MBA, pós-graduação, se aqueles que têm a missão de gerenciar pessoas
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são profissionais ainda com pensamento errôneo e voltado para o passado. Se
você estiver com dificuldades para fazer a sua mudança, peça ajuda, mas faça
alguma coisa por você, pela empresa e pelos colaboradores.
O sucesso das organizações depende de seus administradores, se
eles realizam bem seu trabalho, certamente a organização atingirá suas metas,
mas será que atingir metas é suficiente para o sucesso da empresa..
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CAPÍTULO II
LIDERANÇA
A liderança é necessária em todos os tipos de organizações humanas.
É essencial em todas as funções administrativas. O administrador precisa
conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, assim sendo,
liderança é a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio
do processo da comunicação humana à concessão de um ou de diversos
objetivos específicos.
De acordo com Bergamini (1994, p. 88) o conceito de liderança
pode variar de autores e dentro das organizações podem ter alguns
significados diferentes, "constata-se que a maior parte dos autores conceitua
liderança como processo de influência de um individuo sobre outro individuo ou
grupo, com vistas à realização de objetivos em uma situação dada".
Ser um líder não significa exercer força sobre as pessoas, ou até
mesmo, fazer pressões para que uma determinada tarefa ou atividade seja
alcançada, ser líder é conquistar o espaço e o respeito entre a equipe de
trabalho, demonstrando sua importância e relevância em todo o processo
organizacional, é o poder de se tornar uma referência dentro da missão e dos
objetivos da organização.
Segundo George R. Terry, citado em Robbins (1999) “Liderança é a
atividade de influenciar pessoas fazendo-as empenhar-se voluntariamente em
objetivos de grupo”.
A liderança está focada em 3 aspectos: Competência, Trabalho e
Oportunidade. Aliando estes aspectos com uma boa visão, enxergando um
pouco mais que outras pessoas terão com certeza a perspectiva de um bom
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líder. Também entendo que o bom líder tem que possuir autoconfiança, foco
no seu negócio e persistência.
É importante ressaltar que para liderar sua equipe, o líder deve ser um
agente transformador, buscando conscientizar seus comandados, dando a eles
constantes feed-back sobre comportamento, evidenciando defeitos e
estimulando virtudes. Ser um exemplo para a equipe, modelo entre discurso e
prática.
O líder tem um papel de desenvolver o potencial individual de cada
colaborador. Ter empatia, colocando-se sempre no lugar do outro, o que fará
com que possua maior compreensão e afinidade nos relacionamentos com
seus comandados. Ser bom negociador e saber administrar conflitos além de
saber planejar e tomar decisões.
Na liderança para construir uma equipe de alta performance deve-se
preservar o respeito mútuo e, que cada qualidade se torne produtiva, e que
cada fraqueza, irrelevante.
A motivação dos colaboradores deve estar sempre presente,
mostrando objetivos claros, fazendo que sua equipe não enfraqueça até atingir
êxito no que pretende. Os colaboradores tem que gostar do que fazem, porque
assim se sentirão mais úteis e motivados.
Um bom líder precisa compreender a necessidade treinar
permanentemente seus colaboradores e torná-los especialistas no seu
trabalho. Quanto mais dominamos o que fazemos, mais aprendemos a gostar,
pela segurança que atingimos, do trabalho que executamos. Também entendo
como fundamental, conscientizar o funcionário sobre o investir em si próprio.
Não negar informações, ser bem transparente para que o funcionário
possa sentir a sua importância para a equipe e a empresa. Deixar bem claro, a
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visão, a missão, crenças e valores da empresa e evidenciar ao funcionário,
como poder a prestar ajuda no processo.
A conscientização é fundamental para termos auto-motivação,
buscando aprimorar o que não esteja bem em nós (todos temos defeitos e
virtudes). Elevar a autoestima dos colaboradores elogiando todo o trabalho
bem realizado, de preferência em público.
Dentro desse contexto, a questão básica é escolher entre
tratar as pessoas como recursos organizacionais ou como
parceiras da organização. Os empregados podem ser
tratados como recursos produtivos das organizações: os
chamados recursos humanos. Como recursos eles
precisam ser administrados, o que envolve planejamento,
organização, direção e controle de suas atividades, já que
são considerados sujeitos passivos da ação
organizacional. Daí, a necessidade de administrar os
recursos humanos para obter deles o máximo rendimento
possível. Neste sentido, as pessoas constituem parte do
patrimônio físico na contabilidade organizacional. Isso
significa "coisificar" as pessoas. As pessoas devem ser
visualizadas como parceiras das organizações. Como tais
elas são fornecedoras de conhecimentos, habilidades,
competências e, sobretudo, o mais importante aporte para
as organizações: a inteligência que proporciona decisões
racionais e que imprime significado e rumo aos objetivos
globais. Neste sentido, as pessoas constituem parte
integrante do capital intelectual da organização. As
organizações bem-sucedidas se deram conta disso e
tratam seus funcionários como parceiros do negócio e
fornecedores de competências e não mais como simples
empregados contratados. (CHIAVENATO, 2004, p. 8)
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2.1 - Algumas competências para eficácia da liderança
• Orientar - Dar direção, compartilhar alternativas; O colaborador
necessita conhecer a tarefa e conquistar um estímulo para execução dela. O
líder contribui apoiando a obtenção de novas idéias e disseminando
conhecimento quando o colaborador necessite de ajuda.
• Inspirar- Criar entusiasmo e o desejo de realizar. O líder inspira
entusiasmo, inspira lealdade, as pessoas sentem-se envolvidas, valorizadas e
motivadas a construir uma empresa vencedora .
• Desenvolver - Promover o crescimento, a evolução, o
aprendizado; Um líder deve incentivar o aprendizado continuo da sua equipe,
mostrando-lhes a importância do crescimento pessoal para melhor atingimento
dos objetivos.
• Motivar - Criar motivos e condições as pessoas e equipes para o
alcance de um determinado. A motivação constitui o fator principal e decisivo
no êxito da ação de todo e qualquer indivíduo ou empreendimento coletivo. Só
com o acaso e a sorte é que se aproxima relativamente a esse êxito, mas com
muito menos força. Não se compreende um administrador insensível ao
problema da motivação. Com este trabalho, visamos identificar e explicar as
mais importantes teorias e abordagens disponíveis, com as respectivas
críticas, ligações e inter-relacionamentos. Com tudo isso, tentamos propiciar
uma visão geral e abrangente dos aspectos positivos, negativos, conjunturais e
diferenciais destas teorias e abordagens, bem como a importância da
motivação para o trabalho.
• Objetivo ou Meta - Sempre dentro de preceitos Éticos e de
Valores. Um bom líder norteia a tomada de decisão inspirados na ética e
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preservam a motivação da equipe, definem líderes verdadeiros e evitam riscos
e passivos trabalhistas.
De acordo com Cusins (1994, p. 9) " [...] a gerência assume o papel de
direcionar e conjugar esforços, comunicar, liderar, motivar, avaliar e
recompensar as pessoas dentro da organização".
2.2 - Estilos de Liderança
Estilo de liderança: sempre foi complexo, por estar diretamente
condicionado com as reações do comportamento humano, mas é
imprescindível que seja situacional, flexível e adaptado para os resultados que
se pretende. O principal objetivo pretendido deve contar com as etapas do
estilo autocrático, democratico e liberal levando em conta o receptor com as
ações de auto-estima e afetividade (respeito ao liderar ). O estilo deve ser
situacional devido ao aprimoramento contínuo de todo o ambiente de trabalho.
2.2.1 - Autocrático
O líder autoritário determina diretrizes sem a participação do grupo,
fixa as técnicas para a execução das tarefas. É também ele que designa qual a
tarefa de cada um dos subordinados.
É dominador, provocando tensão e frustração no grupo. Tem uma
postura essencialmente diretiva, dando instruções concretas, sem deixar
espaço para a criatividade dos liderados. Este líder é pessoal, quer nos
elogios, quer nas críticas que faz. As consequências desta liderança estão
relacionadas com uma ausência de espontaneidade e de iniciativa por parte
dos liderados, bem como pela inexistência de qualquer amizade de grupo, visto
que os objetivos: o lucro e os resultados de produção. O trabalho só se
desenvolve na presença física do líder, visto que quando este se ausenta, o
grupo produz pouco e tende a disciplinar-se. Este tipo de líder provoca grande
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tensão, agressividade e frustração no grupo na elaboração, desenvolvimento e
conclusão das tarefas.
2.2.2 - Participativo
O líder participativo envolve uma forte capacidade de preparar e
desenvolver pessoas é flexível e tem habilidade de reconhecer a necessidade
de mudar, tem autoconhecimento e conhece bem suas forças e fraquezas.
Através da prática de feedbacks constantes, tanto sobre o
desempenho de seus colaboradores quanto de seus resultados e de
comunicação eficaz, o líder participativo envolve a todos em suas metas,
planos de trabalho, análise de problemas, e decisões. O líder participativo
sempre escuta e analise a opinião de cada membro da equipe e utiliza sua
habilidade para persuadir os demais para obter apoio nos planos propostos.
2.2.3 - Democrático
O líder democrático este estimula e assiste o debate entre todos os
colaboradores. É o grupo, em conjunto, que esboça as providências e técnicas
para atingir os objetivos e metas a serem atingidos. Todos participam
efetivamente nas decisões a serem tomadas.
As diretrizes são decididas pelo grupo, havendo, contudo um
predomínio da voz do líder. O grupo solicita o aconselhamento técnico do líder,
sugerindo estas várias alternativas para o grupo escolher. Cada membro do
grupo decide com quem trabalha e é o próprio grupo que decide sobre a
divisão de tarefas de acordo com a habilidade e competência de cada um..
O líder tem por objetivo ser um membro igual aos outros elementos de
grupo.
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O líder democrático, quando critica ou elogia limita-se aos fatos, é
objetivo e claro. Este tipo de liderança promove o bom relacionamento e a
amizade entre o grupo, tendo como consequência um ritmo de trabalho
progressivo, eficaz e seguro.
Na empresa, é recomendado que se faça o uso da liderança
democrática em grupos de trabalho cujos integrantes se sentem partes
indispensáveis para o sucesso de todos e são capazes de contribuir
ativamente para a tomada de decisão, mostrando predisposição para cooperar
e refletir acerca de problemas de produtividade e relacionamento, do interesse
de todos na organização.
2.2.4 – Liberal (Laissez Faire)
O líder liberal, também denominado de laissez faire, nunca impõe
regras, ele não se impõe ao grupo e consequentemente não é respeitado.
Os liderados tem liberdade total para tomar decisões, quase sempre
sem consultar o líder. Não há grande investimento na função no estilo liberal,
havendo participações mínimas e limitadas por parte do líder. A divisão das
tarefas de quem trabalha com quem, é decidido pelo grupo causando confusão
nas tarefas.
Segundo Chiavenato (1992) destacam-se três diferentes estilos
básicos de liderança, a autocrática, a liberal e a democrática.
Os elementos do grupo se inclinam a pensar que podem agir
livremente, visto que não esperam nada daquele líder.
Este é quase sempre é considerado o pior estilo de liderança, pois
reina a desorganização, a confusão, o desrespeito e a falta de uma voz que
determina funções e que resolva conflitos. Como não há demarcação dos
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níveis hierárquicos, corre-se o risco do contágio desta atitude de abandono
entre os todos os subordinados.
Outros pensam que a melhor forma de obter bons resultados é
encorajar os colaboradores. Ora, os gestores, devendo ser flexíveis na escolha
do estilo de liderança adequado a cada situação, obtêm melhores resultados
quando lideram de forma consistente com as suas crenças pessoais. Em
segundo lugar, cada gestor tem a sua própria experiência e os seus próprios
conhecimentos e competência. De modo geral, os gestores mais competentes
são mais confiantes, e, por outro lado, os seus subordinados têm tendência a
questioná-los menos sobre todos os assuntos envolvidos.
2.2.5 - Coaching
A função do coaching é incentivar e ajudar as pessoas a alcançarem
melhores resultados, através do desenvolvimento de novas habilidades. O fator
principal é ajudar uma pessoa a mudar, na maneira que deseja e a ir na
direção que quer, ou seja, o coaching cria consistência, capacita ä escolha e
produção a mudança, além de revelar o potencial de uma pessoa para
maximizar seu próprio desempenho.
2.3 - As dez maiores causas de fracassos na liderança
Necessitamos aprender quais as qualidades de um líder, mas
também quais a causas de fracasso de tantas pessoas que foram lideres um
dia. Talvez elas não tenham aprendido regras básicas da liderança.
Observemos, então, as principais falhas cometidas por nossos
líderes, pois assim como é importante saber o que fazer, também é necessário
saber o que não fazer.
2.3.1 - Incapacidade de organizar detalhes;
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Uma liderança eficiente exige capacidade de cuidar de detalhes. O
verdadeiro líder nunca está ”ocupado demais” para cumprir qualquer atribuição
sua. Quando o indivíduo, seja líder ou seguidor, diz que está muito ocupado
para mudar de planos ou para atender a uma emergência, admite a própria
incapacidade. O líder bem-sucedido conhece todos os detalhes inerentes à
posição que ocupa, mas sempre conta com assessores competentes para
cuidar deles pessoalmente.
2.3.2 - Falta de disposição para fazer o que se pede para os
outros fazerem;
O verdadeiro grande líder se dispõe, quando a ocasião exige, a fazer
qualquer tipo de tarefa que pediria a outro para executar. ”O maior entre vós é
aquele que serve a todos” é uma verdade observada e respeitada por todo
líder capaz.
2.3.3- Expectativa de pagamento pelo que se sabe, em vez de
que pelo se realiza;
O mundo não paga pelo que as pessoas ”sabem“, mas pelo que fazem
ou levam os outros a fazerem.
2.3.4 - Medo da concorrência;
O líder que teme ser substituído por um dos seguidores provavelmente
verá seu medo se concretizar. O líder capaz prepara substitutos a quem possa
delegar responsabilidades, conseguindo assim multiplicar-se, ir a vários
lugares e dar atenção a diversas tarefas ao mesmo tempo. As pessoas
recebem um pagamento maior por sua capacidade de fazer os outros
produzirem do que pelos próprios esforços – eis aí uma verdade eterna. O líder
eficiente, com seu conhecimento e o magnetismo de sua personalidade,
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aumenta em muito a produtividade dos funcionários, levando-os a oferecer
melhores serviços.
2.3.5- Falta de pensamentos criativos;
Sem imaginação, o líder não consegue agir nas emergências nem
elaborar planos para orientar com eficiência seus funcionários.
2.3.6- Síndrome do eu
O líder que toma para si o sucesso do trabalho dos seguidores
certamente atrai ressentimentos. O verdadeiro líder não toma a glória para si.
Ele se satisfaz em ver a valorização dos seguidores, porque sabe que, para
eles, é mais importante o reconhecimento do que o dinheiro.
2.3.7 - Descontrole
Os seguidores não respeitam um líder descontrolado. Além disso, o
destempero, em suas várias formas, acaba por destruir a resistência e a
vitalidade dos que sucumbem a ele.
2.3.8 - Deslealdade
Talvez essa característica devesse ocupar o primeiro lugar da lista. O
líder que não é leal ao cargo que exerce, aos colegas, aos superiores e aos
subalternos não mantém a liderança por muito tempo. A deslealdade reduz o
indivíduo a pó e atrai para ele todo o desprezo que merece. A falta de lealdade
é uma das principais causas de fracasso em todos os setores da vida.
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2.3.9 - Ênfase demasiada na autoridade;
O líder eficiente atua pelo estímulo, e não pelo incutido no coração dos
seguidores. O líder que procura impressionar pela ”autoridade” pertence à
categoria dos que atuam pela força. O verdadeiro líder não precisa afirmar sua
condição – a não ser por sua conduta de solidariedade, compreensão, justiça e
sabedoria.
2.3.10 - Ênfase demasiada no título;
O líder competente não precisa de ”título” para conquistar o respeito
dos seguidores. Geralmente, aquele que dá muita importância ao título tem
pouco a oferecer. As portas da sala do verdadeiro líder estão sempre abertas,
e seu ambiente de trabalho não apresenta qualquer formalidade ou
ostentação. Essas estão entre as principais causas do insucesso na liderança.
Qualquer uma delas é suficiente para levar ao fracasso. Se você aspira a um
cargo de liderança, estude a lista atentamente e evite cometer tais erros.
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CAPÍTULO III
LIDERANÇA E GERENCIAMENTO: DIFERENÇAS
BÁSICAS
Falando sobre as diferenças entre gerentes e líderes, podemos dizer
que: O gerente prioriza estruturas e sistemas; o líder prioriza pessoas.
O gerente mantém; o líder desenvolve. O gerente controla; o líder
possibilita gestão compartilhada. O gerente depende de controle; o líder inspira
confiança. O gerente administra; o líder inova. O gerente tem uma visão de
curto prazo; o líder, perspectiva de futuro. O gerente faz as coisas direito; o
líder faz as coisas certas. O líder deve conhecer e praticar as seguintes ações:
gostar de pessoas, saber ouvir; priorizar as pessoas; ajudar os funcionários a
gerenciar seu próprio trabalho; saber aproveitar e perceber as características
individuais e do grupo, promovendo o seu desenvolvimento; ter o poder de
transformar bandos, grupos, equipes em times de trabalho; projetar visão
compartilhada, auxiliando as pessoas a ver o todo; dar feedback; saber avaliar
com a razão, e não com a emoção; ser independente; tomar decisões; ser
ético e profissional; entre outras.
Um líder de equipe deve estar sempre buscando melhorias para sua
empresa, sempre, inconformado com a situação atual, nunca acomodado atrás
de uma cadeira de escritório.
Liderar pessoas não é uma tarefa fácil, o exercício da liderança requer
do líder autocontrole e senso de justiça para enfrentar situações ou
dificuldades que virão.
O líder precisa ter a capacidade de amar as pessoas, analisar as
situações com uma visão humanizada, respeitar as limitações de seus
liderados e ter o desejo de contribuir com o crescimento dos mesmos.
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Alguns gestores confundem seus papéis e ao invés de formarem
pessoas querem simplesmente dar ordens a elas tornando-se chefe e não
líder.
O chefe não se empenha em ajudar os seus liderados, sua principal
meta é dar ordens para que o trabalho seja realizado, geralmente fazem
questão de deixar bem claro para todos quem é que manda.
Na gestão simples não vemos empenho, interesse em ajudar no
crescimento dos seus liderados, pois temem que esses cresçam mais do que
ele e que possam tomar sua posição de liderança. O Chefe geralmente não
compartilha suas descobertas e conhecimentos adquiridos, é egoísta e procura
o seu próprio reconhecimento e não o da sua equipe.
O verdadeiro líder compartilha tudo o que sabe com os seus liderados,
não teme ser substituído, esse líder está sempre disposto a ensinar, motivar e
acompanhar. O sucesso do líder é visto no crescimento de seus liderados, o
líder não é mesquinho, dominador e deve fugir do egoísmo.
O mau líder enxerga o hoje, o verdadeiro líder enxerga o amanhã, a
visão do chefe é limitada a visão do líder é muito mais ampla o líder lança a
semente e aguarda pacientemente a hora da colheita.
Chefe é alguém que exerce o poder de mando em virtude
de uma autoridade oficial ou oficiosa. Líder é uma pessoa
que, graças à própria personalidade e não a qualquer
injunção administrativa, dirige um grupo com colaboração
dos seus membros. (Tourinho, 1981, p.58)
Na liderança há o interesse de convencer as pessoas da equipe, a
seguirem suas idéias. Já, o chefe não precisa agir dessa forma, ele apenas
ordena os seus subordinados a atingir os objetivos programados. O líder atua
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para o progresso da equipe, já, o chefe trabalha para atingir suas aspirações.
O líder ouve com atenção as idéias dos elementos do grupo. Neste caso, o
chefe faz com que todos ouçam com atenção as suas determinações. O líder
aceita reclamações, procurando melhorar sempre, e o chefe é aquele que mais
se mostra descontente com os funcionários.
O líder ao contrário do chefe trabalha o presente preparando o futuro,
tem como meta ajudar os liderados a se tornarem líderes ou a realizarem seus
objetivos. O líder eficaz é aquele que passa despercebido aos olhos da sua
equipe ou instituição, ele consegue desenvolver tão bem seus liderados que
em sua ausência as tarefas continuam sendo realizadas conforme o
programado.
E dessa forma, um líder tem como um dos seus objetivos formar as
pessoas da sua equipe, torná-las aptas para a realização dos objetivos,
inspirando e ajudando as pessoas.
As diferenças são muitas, as empresa estão cada vez mais
trabalhando o clima dentro das organizações, e o que acontece que a pessoa
depende mais do líder do que o chefe. O chefe da um prejuízo medonho para
a empresa, normalmente o chefe não está muito interessando pela equipe e
pelas pessoas. Ele quer mandar, gritar com as pessoas normalmente expor a
pessoa.
O líder quer fazer totalmente o contrário, ele quer estar do lado das
pessoas, incentivar, ele mais motiva do que desmotiva a equipe. Chefe é coisa
do passado, coisa das cavernas. Geralmente ele busca o que a pessoa faz de
errado, quando o grupo quer comemorar ele não quer estar muito perto ele
acha que isso é bobagem, que não precisa disso. O líder não é aquele cara
que inspira as pessoas é aquele profissional que busca estar do lado das
pessoas, mais educa do que chama a atenção.
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Segundo Covey (2003), liderança não é o mesmo que gerenciamento.
Gerenciamento é uma visão dos métodos, o melhor mode de se conseguir
determinadas coisas. A liderança lida com objetivos e metas desejadas, e deve
vir primeiro que o gerenciamento. Enquanto os gerentes tem foco em sistemas,
processos e tecnologia, procurando dirigir os trabalhadores, os líderes estão
orientados para as pessoas, contexto e cultura, procurando servir os
colaboradores da organização.
Existem muitas diferenças entre gerir e liderar. A principal diferença
reside na capacidade de motivar outras pessoas a seguir uma determinada
direção. Dizemos que um líder tem a capacidade para criar um clima de
confiança nos seus seguidores, enquanto um gestor se limita a pedir e exigir
em função de uma hierarquia pré-estabelecida.
Portanto, não é de estranhar que uma equipa conduzida por um
verdadeiro líder tenha a capacidade de atingir resultados melhores do que
aquela que é apenas gerida por um chefe. É por isso que a liderança tem mais
valor do que a simples gestão e é por isso que as organizações procuram
desenvolver competências de liderança nos seus colaboradores.
No desporto de alta competição é bem visível a diferença de um líder.
Os atletas conduzidos por um treinador que é também um líder atingem uma
performance muito superior, nutrem por ele e pelos seus colegas um espírito
de grande camaradagem e lealdade, dão o seu melhor e não desistem
facilmente perante os obstáculos.
Um chefe tóxico contamina todo o ambiente com seu comportamento.
Ele é aquele que nega, com atitudes, os valores da empresa em que trabalha.
Ele não conhece o limite que separa a pressão por resultados da falta de
respeito pela equipe. Ele desrespeita as pessoas no tom de voz, no discurso,
no excesso de centralização e na incapacidade de fazer com que elas
cresçam. A especialidade do chefe tóxico é dar ordens, sem se preocupar com
o coletivo.
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Dessa forma, não serve de modelo para ninguém. Ele não atrai nem
retém os melhores talentos na própria equipe porque simplesmente sufoca e
anula o que seus funcionários têm de melhor. Quem tem um chefe tóxico
conhece os estragos que essa relação pode trazer para a saúde, para a
carreira e até para a empresa que aceita esse tipo de comportamento.
O gestor consiste em um ser que enfatiza restritamente na estrutura
organizacional, direcionando e exigindo de seus subordinados indices de
desempenho, tendo os próprios como membros de uma organização.
O líder representa uma figura insatisfeita com as metas e objetivos alcançada
pela organização, sendo uma pessoa, que posiciona seus esforços no contexto
emocional de seus liderados, desenvolvendo a auto motivação dos próprios,
repassando uma autonomia de propietarios para seus liderados.
A motivação é um aspecto intrínseco ás pessoas, pois
ninguém pode motivar ninguém. A mesma passa a ser
entendida como fenômeno comportamental único e
natural e vem da importância que cada um dá ao seu
trabalho, do significado que é atribuído a cada atividade
desse trabalho e que cada pessoa busca o seu próprio
referencial de autoestima e auto identidade (BERGAMINI,
1997, p.54).
A liderança forte precisa monitorar constantemente a mudança no
meio social, os hábitos de compra, os impulsos dos consumidores,
organizando os recursos na direção certa. A maioria das organizações é super
gerenciada e sub-liderada. Parafraseando Peter Drucker, COVEY (2003) diz:
gerenciar é fazer as coisas do jeito certo; liderar é fazer as coisas certas.
Mesmo com todas essas diferenças, em algumas empresas ainda se
confunde o papel do líder com o do chefe, porém liderar é um processo mais
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amplo. Chefiar é, simplesmente, fazer um grupo funcionar para que seja
atingido determinado objetivo. Já liderar é a habilidade de exercer influência e
ser influenciado pelo grupo, através de um processo de relações interpessoais
adequadas à consecução de um ou mais objetivos, comuns a todos os
participantes. Mas, a cada dia que passa, essa diferença se torna mais
aparente, fato pelo qual o termo "chefe" está sendo substituído pelas
expressões: supervisor, inspetor, coordenador, entre outros.
Abaixo, seguem algumas diferenças, de forma resumida, entre visões de
chefia e liderança:
CHEFE LÍDER
Ordena Solicita
Impõe seu ponto de vista Esta aberto para sugestões
Controla as atividades Confia ao delegar funções
É paternalista (protege uns e persegue
outros)
Presta atenção em cada um dos seus
subordinados (sabe explorar as
habilidades)
É autoritário É democrático
Cria um clima negativo de segurança e
ameaça
Conquista positiva de credibilidade
através da admiração e do respeito
mútuos
Tem dificuldades para se expressar Comunica-se bem
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CONCLUSÃO
A liderança não deve ser confundida com chefia ou com gerência. Um
bom gerente ou chefe não deve ser, necessariamente, um bom líder. O líder
nem sempre é um gerente ou chefe.
Existem muitas diferenças entre gerir e liderar. A principal diferença
reside na capacidade de motivar outras pessoas a seguir uma determinada
direção. Dizemos que um líder tem a capacidade para criar um clima de
confiança nos seus seguidores, enquanto um gestor se limita a pedir e exigir
em função de uma hierarquia pré-estabelecida.
É muito cômodo chefiar e muito difícil liderar. Ter o poder é inebriante.
Alguns ficam fascinados com isso e depois descobrem que, à medida em que
dão as ordens, vão se beneficiando de alguma forma. Liderar é uma grande
dificuldade para muitos profissionais; mandar é sempre mais fácil. Só que a
liderança é algo que pode trazer mais benefícios para a empresa.
Lidera-se para se tentar fazer a diferença. Ir para além de uma boa
gestão. O importante é que exista um bom líder e um bom gestor. É difícil ter-
se esta soma porque é raro que uma pessoa seja um bom técnico e um bom
motivador. É raro encontrar alguém bom nas duas coisas. É um recurso
humano valioso.
Gerenciar é cuidar das coisas, dos processos, das atividades e do bom
desempenho daquilo que precisa ser feito, isto é, garantir a execução das
tarefas que estão sob o guarda-chuva de seu cargo. Sendo assim, quando
você consegue finalizar um projeto dentro do prazo e com sucesso, é um
gerente eficaz. O mesmo vale para as reuniões que são agendadas e nas
quais distribui diferentes afazeres e uma semana depois consegue se certificar
de que os trabalhos foram concluídos com êxito.
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Liderar é priorizar as pessoas, a sua capacitação e a relação de
trabalho com elas. Portanto, você lidera quando facilita um bom clima
organizacional, preocupa-se com o bem-estar de todos e inspira os
colaboradores a oferecerem o melhor de si para a companhia. Quando faz com
que as pessoas não trabalhem apenas por dinheiro e vejam em você alguém
no qual possam confiar.
Posturas diferentes, mas complementares e que ajudam a explicar a
ineficácia de muitos gestores que, habilidosos em gerenciar ou liderar,
esquecem que as duas coisas são igualmente importantes ou nem mesmo
percebem que o desenvolvimento conjunto destas competências – hoje
inexistentes – garantiria sua empregabilidade e o êxito da área que conduz.
Vivenciamos um tempo no qual se preconiza a importância dos líderes
e pouco se fala do papel do gerente e suas responsabilidades, no entanto os
gestores continuarão a ser importantes para as organizações, pois são eles
que tocam o dia a dia das empresas. De que vale cuidarmos da visão de longo
prazo se os dirigentes não estiverem comprometidos com os resultados que
precisam ser alcançados agora? O "xis da questão" está no equilíbrio entre as
duas posturas. Gerentes normalmente são pessoas objetivas, criteriosas,
focadas em resultados e que acompanham de perto a performance de seus
comandados. Por isto, também colhem antipatias e nem sempre são bem
compreendidos. Enquanto isto os líderes têm grande tato para lidar com gente,
estão preocupados com a forma com que os resultados são alcançados e a
sustentabilidade da companhia, mas nem sempre dão atenção às rotinas
administrativas e à gestão do dia-a-dia. Incompreendidos algumas vezes, são
vistos como sonhadores e que pouco realizam.
Em suma, se as organizações contarem apenas com líderes, não
avançarão consideravelmente rumo a um futuro melhor. É necessário que
tenhamos pessoas pragmáticas, voltadas ao processo, atentas aos detalhes
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das atividades e capazes de indicar as prioridades entre tantas tarefas a serem
feitas.
E é claro, como pensar em colaboradores satisfeitos e comprometidos
se não houver líderes que estejam preocupados com o desenvolvimento
destas pessoas e sua realização profissional, por exemplo? Aliás, a sociedade
como um todo está à procura de dirigentes carismáticos que possam estar à
frente das instituições públicas e das transformações sociais que o mundo
requer.
Nem gerentes, nem líderes. As organizações anseiam contar com
gerentes-líderes que saibam avaliar correta e competentemente as inúmeras
situações que o cenário complexo, turbulento e imprevisível apresenta, sem
esquecer que as pessoas também necessitam de uma especial atenção.
Em resumo, nem todo gestor é um líder!
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Covey Stepehn R. Liderança Baseada em Principios –- 2ª Edição 1994.
Rego A., Cunha M. Contrastando gestão e liderança, Editora RH, 2004 Zaleznik, A., Managers and leaders: Are they different 1977, Chiavenato, Idalberto – Gerenciando Pessoas, Makron Books, São Paulo 1994, 3ª Edição Montana, Patrick J. & Charnov, Bruce H. Administração, São Paulo Saraiva, 1999 Minicucci, Agostinho Psicologia Aplicada a Administração São Paulo Atlas, 1995 Robbins Stephen P. Comportamento Organizacional São Paulo Atlas, 1998 Bergamin, Cecilia W. & Coda, Roberto. Psicodinâmica da Vida Organizacional São Paulo Atlas 1997 Hersey, Paul & Blanchard, Kenneth H. Psicologia para Administradores: A teoria e as técnicas da liderança situacional. São Paulo: Pedagógica e Universitária, 1986. O’ Connor Carol A. Aprenda os segredos de uma liderança eficaz em uma semana – Editora Planeta do Brasil, 2005. Sebastião Teixeira, Gestão das Organizações, Editora Mc GrawHill, 1998 Revista Portal RH – 2010
www.maurolaruccia.adm.br Liderança e Motivação no ambiente organizacional
www.acrossrh.com.br 11/4/2012
www.ogerente.com.br 15/04/2012
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I (Gestão) 10
CAPÍTULO II (Liderança) 19
2.1 – Algumas competências para eficácia da liderança 22
2.2 – Estilos de liderança 23
2.2.1 – Autocrático 23
2.2.2 – Participativo 24
2.2.3 – Democrático 24
2.2.4 – Liberal (Laissez Faire) 25
2.2.5 – Coaching 26
2.3 – As dez maiores causas de fracassos na liderança 26
2.3.1 – Incapacidade de organizar detalhes 26
2.3.2 – Falta de disposição para fazer o que
se pede para os outros fazerem 27
2.3.3 – Expectativa de pagamento pelo que se sabe,
em vez de que pelo que se realiza 27
2.3.4 – Medo da concorrência 27
2.3.5 – Falta de pensamentos criativos 28
2.3.6 – Síndrome do eu 28
2.3.7 – Descontrole 28
2.3.8 – Deslealdade 28
2.3.9 – Ênfase demasiada na autoridade 29
2.3.10 – Ênfase demasiada no título 29