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<> <> <> <> UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA <> <> <> <> <> Ação Supervisora na Formação continuada e permanente do Docente <> <> <> Por: Patrícia Farias do Amaral de Souza <> <> <> Orientador Prof. Mary Sue Pereira Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

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<>

Ação Supervisora na Formação continuada e permanente do

Docente

<>

<>

<>

Por: Patrícia Farias do Amaral de Souza

<>

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Orientador

Prof. Mary Sue Pereira

Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

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Ação Supervisora na Formação continuada e permanente do

Docente

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Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Administração e Supervisão

Por: Patrícia Farias do Amaral de Souza.

AGRADECIMENTOS

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3

À Deus, que mesmo nos momentos mais difíceis

sendo meu amparo e refúgio. Minha família que,

com muito carinho e apoio, não mediram esforços

para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.

Aos Professores pela paciência na orientação e

incentivo que tornaram possível a execução e

conclusão desta monografia.

Aos meus queridos amigos, que de alguma forma

colaboraram com incentivo e apoio constantes na

elaboração desse trabalho.

Enfim, para todas às pessoas que contribuíram e

participaram na reflexão e realização deste trabalho.

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DEDICATÓRIA

Dedico ao meu Digníssimo esposo Márcio, pelo

carinho, apoio e compreensão dado ao longo do

curso para que tudo que tenho planejado possa ser

realizado.

As Minhas Filhas Priscilla e Palloma pela

compreensão da presença ausente.

Aos Meus Pais Jorge Eduardo e Maria José

(Saudade Eterna) e pela capacidade que me deram

para superar as dificuldades.

Você não sabe o quanto eu caminhei pra chegar até

aqui... Meu caminho só meu pai pode mudar...

“Cidade Negra”

RESUMO

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As transformações do mundo atual evidenciam novas exigências e

afetam a educação escolar e os professores. Na verdade, os educadores

defrontam-se diariamente com decisões que precisam ser tomadas,

orientações a serem dadas. É neste contexto, que os supervisores

desempenham um papel importante com o desafio imprescindível de elevar os

padrões de qualidade da educação e do ensino, de compreender a educação

na interseção de seus aspectos externos e internos, despertando nos

professores o interesse para mudanças, sobretudo direcionadas para a

construção de uma nova escola para um novo tempo. Os supervisores deverão

articular de maneira que os professores compreendam a necessidade de

refletirem sobre seus procedimentos. Vivemos um momento de seriedade na

educação, repensando técnicas, processos e mecanismos, fazendo emergir

um novo paradigma para orientar as nossas ações, rumo à uma supervisão

democrática que contribua na transformação social. Nessa luz à ação

supervisora deverá acontecer como agente articulador e transformador na

formação continuada e permanente dos professores. Portanto, a contribuição

básica será no sentido de ajudá-los na revisão de seu trabalho e na superação

de suas dificuldades. Por outro lado, o supervisor desempenhará papel de

mediador e deverá atuar junto e fazê-los perceber a necessidade de proceder

as alterações na situação de trabalho e na própria organização e

funcionamento da escola de maneira a permitir melhor adequação às

condições existentes. A partir disso, o supervisor contribuirá para que a escola

possa redimensionar a sua prática pedagógica, desenvolvendo e criando

métodos de análise para estudar a realidade e construir estratégias de ação,

pois conforme Silva (1985, p. 68), "É o Supervisor um criador de cultura e de

aprendizagens não apenas intelectual, mas também afetiva, ética, social e

política".

METODOLOGIA

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A verdadeira educação é um ato dinâmico e permanente de

conhecimento centrado na descoberta, análise e transformação

da realidade pelos que a vivem.

Carlos Brandão

Os métodos que levam ao problema proposto, como leitura de livros,

revistas, após coleta de dados, pesquisa bibliográfica, possibilitou contar passo

a passo o processo de produção da monografia.

Faz-se necessário em todos os setores à pesquisa, pois proporciona ao

pesquisador ser um transmissor de conteúdos e não um mediador do

conhecimento. Por ser a pesquisa uma atividade complexa da Ciência na sua

indagação e construção da realidade, ela fundamenta o processo de ensino e

a atualiza frente à realidade do mundo.

A pesquisa em sua formação é uma ferramenta que orienta os

professores a importância de buscar novos conhecimentos, pois é preciso

inovar, é fato que devemos proporcionar a nossa clientela saberes necessários

à aprendizagem.

A palavra pesquisa tem sua origem no latim com o verbo perquiro, que

significava procurar; buscar com cuidado; procurar por toda parte; informar-se;

inquirir; perguntar; indagar bem, aprofundar na busca” (BAGNO 1999: 17).

Conforme o autor, a pesquisa faz parte do nosso cotidiano. Fazemos pesquisa

a todo instante quando comparamos preços, marcas, ou, antes de tomar

qualquer decisão. Ela está presente também no desenvolvimento da ciência,

no avanço tecnológico, no progresso cognitivo de um indivíduo. Perceba que

os significados desse verbo em latim insistem na ideia de uma busca feita com

cuidado e profundidade.

A pesquisa é o fundamento de toda e qualquer ciência digna. Para

identificarmos alguma coisa de ciência, é necessário atentarmos e procurar

saber quais foram os avanços conseguidos por essa ciência. Se não houve

avanços é porque não ouve pesquisa e se não houve pesquisa é porque não é

ciência. Para melhor ilustrar, compare um livro de astronomia do século

passado com um livro de astronomia dos dias de hoje.

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Muita coisa terá mudado: novos conceitos, descobertas, novas

explicações para fenômenos antes desconhecidos. Sendo assim, a pesquisa

em educação é uma forma de adquirir novos conceitos, conhecimentos e

apropriar-se da dinâmica do fenômeno educacional e a realidade complexa do

cotidiano das escolas.

Nesta perspectiva, esta abordagem de pesquisa é muito importante na

educação, porque não tem a pretensão de quantificar os fatos, uma vez que os

fenômenos educativos devem ser vistos e analisados levando em conta o

sujeito e o contexto no qual se dá a interação do sujeito e objeto do

conhecimento.

O professor reflexivo é fundamentalmente um professor pesquisador,

pois só ele é capaz de transformar sua prática, identificar seus problemas,

formular hipóteses, questionar seus valores, observando o contexto

institucional e cultural ao qual pertence, participando do desenvolvimento

curricular, assumindo a responsabilidade por seu desenvolvimento profissional

e fortalecer as ações em grupo.

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses

fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino

contínuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco,

porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para

constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me

educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e

comunicar ou anunciar a novidade. (FREIRE, 1996: 29).

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

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CAPÍTULO I - Evolução e Origem da Supervisão 11

CAPÍTULO II - A Supervisão no contexto Educacional 20

CAPÍTULO III – Ação Supervisora: o Pensar e o Fazer 28

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42

ÍNDICE 43

INTRODUÇÃO

Pensar a educação escolar hoje é fazer uma reflexão sobre o atual

momento educacional político no Brasil. Este momento é caracterizado pela

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tentativa dos setores de nossa sociedade de consolidar as conquistas

democráticas que a sociedade já alcançou.

Faz-se necessário o repensar das instituições no seu papel diante das

transformações que caracterizam o acelerado processo de interação e

reestruturação capitalista mundial. Especialmente, na escola aumentando os

desafios para torná-la uma conquista democrática efetiva. Transformar práticas

culturais tradicionais e burocráticas das escolas que por meio da retenção e da

evasão, acentuam a exclusão social não é uma tarefa simples e nem para

poucos.

O desafio é educar crianças, jovens e adultos, propiciando- lhes um

desenvolvimento humano, cultural, científico e tecnológico, de modo que

adquiram condições de para enfrentar as exigências do mundo

contemporâneo.

Essas transformações, que ocorrem em grande escala, decorrem de

um conjunto de acontecimentos e processos que acabam por caracterizar

novas realidades sociais, políticas, econômicas, culturais e geográficas.

Esses aspectos mostram como a escola não pode mais ser

considerada isoladamente de outros contextos, outras culturas. A escola

contemporânea precisa voltar-se para as novas realidades, ligar-se ao mundo

econômico, político, cultural, mas precisa ser um instrumento poderoso contra

a exclusão social. Logo, uma escola de qualidade social para todos é aquela

que inclui uma escola contra a exclusão econômica, política, cultural e

pedagógica.

Este novo olhar sobre as escolas provocou, nos profissionais da

educação, grande preocupação com o futuro no país no sentido de

compreender a escola em sua complexidade e em sua dinâmica.

Neste contexto de transformações e incertezas em todos os campos

da atividade humana, surge a supervisão educacional com a tarefa

imprescindível de elevar os padrões de qualidade da educação e do ensino.

Trata-se portanto, compreender a educação em sua complexidade em sua

dinâmica, na interseção de seus aspectos externos e internos, para então

situar a atuação da supervisão educacional.

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Assim, compreendemos uma extensa e controvertida categoria

profissional, situando o papel do supervisor educacional como educador e a

supervisão como uma função orientadora basicamente para a ação educativa.

O supervisor é o pedagogo imprescindível na tarefa complexa de melhorar a

qualidade social da educação e de grande importância na história de educação

de nosso país, é preciso olhar o passado, para a história desse profissional.

O desafio que a escola enfrenta atualmente exige dos

profissionais da educação, como é colocado o supervisor, uma

competência técnica e política que o habilita a participar da

construção da autonomia escolar construída a partir da

autonomia garantida pela lei, isso faz com que na discussão do

trabalho pedagógico abram-se amplas perspectivas que

estimulam e asseguram a participação de todos. Lima (2008,

p.3)

CAPÍTULO I

Evolução e Origem da Supervisão

Supervisor é aquele que: “assegura a manutenção de estrutura

ou regime de atividades na realização de uma

programação/projeto. É uma influência consciente sobre

determinado contexto, com a finalidade de ordenar, manter e

desenvolver uma programação planejada e projetada

coletivamente”. Ferreira (1999)

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Na antiguidade, a ação supervisora era entendida como vigilância,

praticada por pessoas da nobreza e sacerdotes, em relação à vida escolar. Já

na Grécia antiga, a ação supervisora consistia num processo de

acompanhamento do funcionamento dos espaços escolares, realizado por

especialistas, o pedagogo era um escravo que conduzia a criança ao local em

que seu mestre lhe ensinaria a lição. Com o passar dos tempos, o pedagogo

passou a responsabilizar-se pelo ensino dos pequenos.

Após a Independência, o Brasil organiza a instrução pública, instituindo

escolas públicas de primeiras letras em cada cidade. Esta organização

determinou que professores deveriam utilizar o Método do Ensino Mútuo,

previu ainda a atuação do docente com o apoio de monitores. De modo

simplista, podemos descrever que o professor apresentava dupla função:

primeiramente orientava, ensinava os monitores sobre o que e como ensinar e,

em seguida, os supervisionava na atuação com os alunos.

Em âmbito nacional, os documentos apontam que as avaliações das

autoridades educacionais à época lamentavam o resultado ineficiente das

escolas e dos alunos, evidenciam a ineficiência do Método do Ensino Mútuo e

apontavam como uma das medidas para solucionar o problema, a urgência da

existência da supervisão permanente em cada uma das escolas.

O regulamento de 17 de fevereiro de 1854, no âmbito das

reformas Couto Ferraz, estabeleceu como missão do inspetor

geral “supervisionar, seja pessoalmente, seja por seus

delegados ou pelos membros do conselho diretor, todas as

escolas, colégios, casas de educação, estabelecimentos de

instrução primária e secundária, públicos e particulares”

(Almeida: 1989:90). Além disso, cabia também ao inspetor

geral presidir os exames dos professores e lhes conferir o

diploma, autorizar a abertura de escolas particulares e até

mesmo rever os livros, corrigi-los ou substituí-los por outros.

(SAVIANI: 2003:23)

Historicamente, a função do Supervisor modificou-se. Seu objeto de

trabalho e suas ações, inicialmente voltados para o controle e para a inspeção,

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passam a ser mais complexos e desafiadores, pois dizem respeito à formação,

ao acompanhamento do trabalho pedagógico dos professores.

As discussões e reflexões realizadas indicaram que os problemas

vivenciados pela educação escolar precisavam ser entendidos a partir de uma

perspectiva da totalidade, percebendo-a, como particularidade, totalidade de

menor complexidade, que se relaciona reciprocamente com o todo social. Para

que desse modo se pudesse estabelecer os rumos necessários e possíveis.

Ao buscar entender e compreender os problemas da educação, surge

portanto o Supervisor, profissional organizador ou orientador do trabalho

pedagógico desenvolvido pelos professores em uma escola, e a liderança

frente a este grupo passa a ser inerente à sua função. Liderar significa “dirigir

na condição de líder” (FERREIRA, 1993, p. 335), e líder é sinônimo de “guia,

chefe” (p. 334).

Mas foi na Idade Moderna que surgiu o inspetor de ensino, que avaliava

as tarefas pedagógicas do professor. Com a Revolução Francesa, surge o

inspetor técnico que tinha a função de promover o progresso educacional,

além de vigiar a atividade do professor, objetivando a melhoria do desempenho

docente.

No final da década de 80, o Brasil mudava seu contexto político,

econômico e social e ao mesmo tempo, ampliavam-se as condições de acesso

à escola e, consequentemente, cresciam à atuação do supervisor.

Na década de 90, a supervisora é apontada como instrumento

necessário para mudança nas escolas. Justamente nesta década, segundo

Ferreira (2003, p. 74): [...] desempenha-se o supervisor competente,

entendendo-se que a competência é, em si, um compromisso público com o

social e, portanto, com o político, com a sua etimologia na polis, cidade,

coletividade. E o interesse coletivo opõe-se ao interesse individualizado, na

educação e no seu serviço de supervisor.

Diante deste cenário, a questão da identidade da supervisão parece

estar resolvido. Mas pode-se concluir que o desafio fundamental que se põe

para a supervisão, hoje, extrapola a esfera especificamente pedagógica,

situando-se na contradição da sociedade contemporânea.

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O discurso atual sobre a educação exige seu enquadramento na nova

ordem mundial globalizada, para que possa cumprir a desafiadora tarefa de

preparar cidadãos para a sociedade centrada no conhecimento.

A luta contra a exclusão social e por uma sociedade democrática e

inclusiva, passa pela escola e pelo trabalho dos professores. Para essa escola,

propõe-se um currículo centrado na formação geral e continuado de sujeitos

participativos e críticos, na preparação para uma sociedade menos excludente,

na formação para a cidadania e na formação ética.

A escola necessária para fazer frente a essas realidades precisa ser

concebida no exercício de seu papel na construção da democracia social e

política, tendo por objetivo provê formação cultural e científica (Libâneo, 2004),

que possibilita o contato dos estudantes com a cultura, aquela provida pela

ciência, pela técnica, pela linguagem, pela estética, pela ética. Tal objetivo

exige esforço constante dos atores comprometidos. Logo, uma escola de

qualidade social para todos é aquela que luta contra a exclusão econômica,

política, cultural e pedagógica.

O trabalho docente é parte integrante do processo educativo pelo qual

os membros da sociedade são preparados para a participação na vida social.

A educação, ou seja, a prática educativa é um fenômeno social e universal,

sendo uma atividade humana necessária à existência e funcionamento de

todas as sociedades. Não há sociedade sem prática educativa nem prática

educativa sem sociedade (Libâneo, 2004).

De acordo com Saviani (2003, p. 26), a função de Supervisor

Escolar surge: “(...) quando se quer emprestar à figura do

inspetor um papel predominantemente de orientação

pedagógica e de estímulo à competência técnica, em lugar da

fiscalização para detectar falhas e aplicar punições (...)

Nessa perspectiva, cada sociedade precisa cuidar da formação dos

cidadãos e contribuir para o desenvolvimento de suas competências e

habilidades, buscando prepará-los para a participação ativa e transformadora

nas várias instâncias da vida social. Portanto, a prática educativa não é apenas

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uma exigência da vida em sociedade, mas também o processo de prover aos

cidadãos conhecimentos e vivências culturais que os tornam preparados a

atuar no meio social e a transformá-lo em função das exigências sociais,

econômicas, políticas e culturais da sociedade.

“Ai de nós, educadores, se deixarmos de sonhar sonhos

possíveis (...) Os profetas são aqueles ou aquelas que se

molham de tal forma nas águas de sua cultura e da história de

seu povo, que conhecem o seu aqui e agora, por isso, podem

prever o amanhã que eles mais do que adivinham, realizam”

(Paulo Freire)

Nesse contexto de transformações e incertezas em todos os campos da

atividade humana, surge a supervisão com o desafio imprescindível de elevar

os padrões de qualidade da educação e do ensino. De compreender a

educação na interseção de seus aspectos externos e internos, para então

situar a atuação da supervisão educacional.

É interessante perceber que a ideia de controle sempre esteve presente

nas ações da Supervisão Educacional. No entanto, partindo do seu conceito

etimológico, a palavra Supervisão é composta do prefixo “super” (quer dizer

“sobre”). Assim, o significado da palavra é “olhar para cima”, no sentido de

controlar a ação do outro.

[...] na defesa da especificidade da escola [...]. A escola tem

uma função específica, educativa, propriamente pedagógica,

ligada à questão do conhecimento; é preciso pois resgatar a

importância da escola e reorganizar o trabalho educativo,

levando em conta o problema do saber sistematizado, a partir

do qual se define a especificidade da educação

escolar.(SAVIANI, 1991, p. 101)

Na tentativa de traduzir um conceito sobre a Supervisão para a

Educação, podemos afirmar a importância do olhar no processo educativo a

partir das reflexões sobre “ver” significando “investigar”, “ousar” significa “ver e

saber”, “olhar com crítica”, procurando transformar a realidade. Alarcão (2004,

p. 35), refere-se a este profissional como líder, definindo como objeto de seu

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trabalho “o desenvolvimento qualitativo da organização escolar e dos que nela

realizam seu trabalho de estudar, ensinar ou apoiar a função educativa por

meio de aprendizagens individuais e coletivas”.

Esses aspectos mostram como a escola não pode mais ser considerada

isoladamente de outros contextos, outras culturas, outras mediações. A escola

precisa voltar-se para as novas realidades, ligar-se ao mundo econômico,

político, cultural, mas precisa ser um instrumento poderoso contra a exclusão

social. A luta contra a exclusão social e por uma sociedade democrática e

inclusiva, passa pela escola e pelo trabalho dos professores.

Nesse sentido, torna-se necessário conhecer e entender os

supervisores, analisando o próprio desabrochar de uma categoria profissional,

suas formas de organização, sua busca de explicações quanto à sua

existência e seu significado e seu desenvolvimento político-pedagógico. Para

que possamos entender a problemática da supervisão faz-se necessário lançar

um olhar sobre os elementos estruturais que explicam a conjuntura que

estamos vivendo.

O Supervisor, pedagogo imprescindível na tarefa complexa de melhorar

a qualidade social da educação e de grande importância na história de

educação de nosso País, é preciso olhar o passado, para a história desse

profissional. E Não se pode falar da supervisão sem buscar no tempo o

entendimento dos processos de seu surgimento e da formação do pedagogo

no Brasil.

Nesta linha, Alonso (2003, p. 175) afirma que a Supervisão, nesta

perspectiva relacional e construída no cotidiano da escola, vai muito além de

um trabalho meramente técnico-pedagógico, como é entendido com

frequência, uma vez que implica uma ação planejada e organizada a partir de

objetivos muito claros, assumidos por todo o pessoal escolar, com vistas ao

fortalecimento do grupo e ao seu posicionamento responsável frente ao

trabalho educativo.

A ação do supervisor educacional passou a ser duramente criticada

como reprodutora do status quo existente, e como ação promotora da

separação entre teoria e prática. Além disso, as transformações em curso

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impulsionaram avanços científicos e tecnológicos, novos processos de

produção, novas formas de conhecimento e ação, mas provocam também o

aumento da distância social e econômica entre incluídos e excluídos desse

processo. Esses aspectos mostram como a escola não pode mais ser

considerada isoladamente de outros contextos, outras culturas, outras

mediações.

Para Freire (1996, p. 24) "A reflexão crítica sobre a prática se

torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a

teoria pode ir virando blablablá e a prática, ativismo." Esta

afirmação está intimamente relacionada com qualquer ato

pedagógico, seja ele estabelecido entre professor – aluno ou

Supervisor – professor. Sendo nosso objeto de estudo esta

última, cabe o Supervisor promover a reflexão crítica, mas, na

mesma medida, refletir sobre sua prática.

Ao almejarmos uma sociedade democrática, uma sociedade que inclua

todos, que passam pela escola e também pelo trabalho dos professores e dos

especialistas em educação. Sendo assim, é necessário repensar o papel dos

profissionais da educação, principalmente, quando a escola é vista como um

espaço educativo, uma comunidade de aprendizagem construída por seus

componentes, um lugar em que os profissionais podem decidir sobre seu

trabalho e aprender mais sobre sua profissão.

Nessa perspectiva, consolida-se a compreensão de que à Pedagogia

compete fundamentar o campo teórico e investigativo da educação, do ensino,

da aprendizagem e do trabalho pedagógico. Como a educação deve

acompanhar as mudanças que ocorrem na sociedade, somente na década de

90, no momento em que todas as forças sociais lutavam pela

redemocratização do País, vários debates estavam se formando em todos os

campos, inclusive no educacional. A temática central era a questão da base

comum nacional, expressão criada pelo Movimento Nacional de Formação do

Educador, ocasião em que a prioridade do governo brasileiro era pensar a

educação como, uma ação relevante na transformação da realidade

econômica e social do povo brasileiro.

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Mesmo antes da LDB a Constituição Federal de 1988 já trazia essa

temática (formação) quando no Artigo 206 estabelece que o ensino será

ministrado com base nos seguintes princípios: "[...] valorização dos

profissionais do ensino[...] planos de carreira [...]"(BRANDÃO, 2007, p. 140).

Ver-se assim que a temática formação continuada de profissionais da

educação vem ocupando um espaço cada vez maior na política educacional.

Acredita-se que isso se deva ao fato de a formação continuada dos

profissionais da educação representar uma das possibilidades de intervenção,

pois se sabe que o trabalho, exitoso ou não, de um profissional está

diretamente ligada à sua profissionalização. Esta, por sua vez, é compreendida

como resultado da "formação inicial e continuada nas quais os profissionais

aprendem e desenvolvem as competências, habilidades e atitudes

profissionais" (LIBÂNEO, 2008, p 75).

Desse modo, acredita-se que investimento nesse âmbito aliado à

consciência política sobre a função social da educação possa contribuir para

elevação dos indicativos educacionais, objetivo perseguido, hoje, por todas as

esferas do sistema educacional.

Assim, a LDB/96 trouxe duas posições fundamentais para o debate,

envolvendo a formação dos profissionais da educação em geral, e do

supervisor educacional em particular visão do homem situado historicamente e

da concepção de educador comprometido com o seu tempo e com o projeto de

uma sociedade mais justa e democrática. De forma geral, todas essas

alterações provocaram uma mudança significativa na formação docente, o que

se mostra contraditório com o discurso de importância da educação no mundo

contemporâneo e, principalmente, conflitante com a necessidade do País de

melhorar a qualidade do ensino ministrado nas escolas de educação básica.

A história da Supervisão acompanha a história da educação e,

atualmente, busca fazer uma releitura da realidade a fim de oferecer subsídios

para a construção de uma educação mais democrática e eficiente. Espera-se

que este trabalho científico que aborda a função supervisora em um contexto

histórico, contribua para que o supervisor seja mais valorizado, assim como ele

próprio se valorize, que haja mais investimentos na sua formação contínua e

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que ele também tenha a coragem, o espírito de liderança, a segurança e a

autonomia que a sua profissão requer, tendo a consciência de que a trajetória

foi árdua para chegar ao patamar atual.

Hoje a função supervisora se mostra bem mais ampla e o profissional

dessa área entende a verdadeira essência desse termo: supervisor, aquele

que vê o geral, que vê além e articula ações entre os elementos que envolvem

a educação. O supervisor de hoje sabe que precisa ser um constante

pesquisador e com isso poderá contribuir para o trabalho docente, pois essa

equipe conta com a sua orientação e apoio.

O supervisor atual sabe que precisa se dividir em muitas habilidades e

criar elos entre as atividades de supervisionar, orientar e coordenar,

desenvolvendo relações verdadeiramente democráticas (FERREIRA, 2007).

Conclui-se que nossa sociedade vive em constante mudanças, então

um supervisor atualizado com as transformações do mundo, com certeza,

será um supervisor mais ativo, mais participativo, empático e consciente do

seu papel nessa sociedade. O supervisor, na atual realidade, é capaz de

pensar e agir com inteligência, equilíbrio, liderança e autoridade, valores esses

que requerem habilidade para exercer suas atividades de forma responsável e

comprometida. Na década de 90, a supervisora é apontada como instrumento

necessário para mudança nas escolas. Justamente nesta década, segundo

Ferreira (2003, p. 74): [...] desempenha-se o supervisor competente,

entendendo-se que a competência é, em si, um compromisso público com o

social e, portanto, com o político, com a sua etimologia na polis, cidade,

coletividade. E o interesse coletivo opõe-se ao interesse individualizado, na

educação e no seu serviço de supervisor.

A supervisão passa de escolar, como é frequentemente

designada, a pedagógica e caracteriza-se por um trabalho de

assistência ao professor, em forma de planejamento,

acompanhamento, coordenação, controle, avaliação e

atualização do desenvolvimento de processo ensino

aprendizagem. A sua função continua a ser política, mas é uma

função sociopolítica crítica (...).de Rangel et alli (2001:12)

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Capítulo ll

A Supervisão no contexto Educacional

A função da supervisão é exigida em qualquer empresa

humana. A divisão do trabalho, a complexidade dos

instrumentos e a precisão do que se deseja para resultado

constituem exigências para a supervisão. Nenhum trabalho

pode ser mais complexo nem mais importante aos destinos

humanos que a Educação - daí a importância da supervisão

também na educação. (ANDRADE: 1976:3)

A necessidade da supervisão no Brasil decorre das mudanças no

panorama educacional, tanto em aspectos quantitativos quanto qualitativos

decorrentes de transformações sociais e econômicas. A Lei 4.024 de 20 de

dezembro de 1961 traz a figura do Inspetor Escolar como integrante dos

Sistemas de Ensino.

O novo modelo pedagógico, transcrito na forma de uma lei, evidencia a

escola como um sistema social aberto, uma concepção, que, para a época

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bastante moderna, reconhece a heterogeneidade e a diversidade em cada

unidade escolar. Este novo paradigma traz a necessidade de novos

profissionais, para funções que auxiliem os demais profissionais da educação

a atuarem nesta nova perspectiva. Tais profissionais tiveram amparo legal no

artigo 33 que criou os especialistas em educação e a organização dos Art. 33.

A formação de administradores, planejadores, orientadores, inspetores,

supervisores e demais especialistas de educação será feita em curso superior

de graduação, com duração plena ou curta, ou de pós-graduação.

A formação de administradores, planejadores, orientadores,

inspetores, supervisores e demais especialistas de educação

será feita em curso superior de graduação, com duração plena

ou curta, ou de pós-graduação. (Art. 33. BRASIL: 1971)

A Supervisão Educacional foi oficializada com a Reforma de Ensino (Lei

Nº 5.692/71), mas a ideia de supervisão existe desde a época dos jesuítas

intrincada nas funções de prefeito de estudos e de inspetor. De acordo com

Saviani (2003, p. 26), a função de Supervisor Escolar surge quando se quer

emprestar à figura do inspetor um papel predominantemente de orientação

pedagógica e de estímulo à competência técnica, em lugar da fiscalização para

detectar falhas e aplicar punições.

Para Medina (2002), a supervisão educacional no Brasil foi um grande

marco visto que o supervisor educacional é um agente de mudanças, no

sentido da dinamização do trabalho coletivo, voltado para a cidadania, tendo

como parâmetro de sua função de qualidade, já que a supervisão tem o caráter

político e transformador.

Entendendo a Supervisão Educacional como uma função comprometida

com a educação, o supervisor educacional necessita compreender e

ultrapassar a percepção de escola brasileira na sociedade contemporânea,

buscando a transformação, tendo clareza das suas posições políticas e

educativo sendo sujeito ativo desse processo histórico-social, para que se

procedam as mudanças requeridas no momento atual.

De acordo o que preconiza a LDB/96 o supervisor tem hoje uma função

mais dinâmica e com mais possibilidade de eficácia, tendo como objetivo de

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trabalho, resultado da relação que ocorre entre o professor que ensina e o

aluno que aprende. Para orientar o professor a melhorar sua prática

pedagógica, o supervisor precisa refletir sobre sua própria prática, atualizando

os conhecimentos e revisando conceitos e valores. Desta forma poderá

contribuir efetivamente para a melhoria do processo ensino aprendizagem.

Se a escola é uma instituição que tem por finalidade ensinar, a

supervisão escolar tem por função fundamental mobilizar os diferentes saberes

dos profissionais que atuam na escola, para que a escola cumpra a sua

função. Os supervisores passaram do discurso à ação transformadora. Rangel

(2001, p. 57), situando o trabalho do Supervisor no universo da escola

menciona que o supervisor faz parte do corpo de professores e tem a

especificidade do seu trabalho caracterizado pela coordenação, organização

em comum das atividades didáticas, a promoção e o estímulo de

oportunidades coletivas de estudo.

Logo, percebemos o perfil e as características da função supervisora da

educação, tendo sido definido como exercício de um pedagogo, devidamente

habilitado em Supervisão Escolar e com sólido conhecimento no campo

pedagógico. Para Dermeval Saviani (1979: 106), a função do supervisor é

puramente política e não propriamente técnica, com isso enfatiza: mesmo

quando a função do supervisor se apresenta sob a roupagem da técnica ela

está cumprindo, basicamente, um papel político.

Assim, em contrapartida, se os supervisores quiserem se colocar a

serviço não dos interesses dominantes, mas dos interesses da maioria da

população, então, nesse caso, eles necessitam assumir o seu papel político.

Nessa perspectiva, definido o universo abrangente que inclui supervisores com

atuação diferenciada quanto ao nível, instância de ensino a que se liguem;

quanto às características da clientela (professor, aluno) a que atendem; quanto

à experiência profissional.

A supervisão educacional, hoje, ultrapassa a esfera especificamente

pedagógica, situando-se na contradição central da sociedade contemporânea.

Quanto à relevância da supervisão educacional, de um modo geral

afirmam os estudiosos que a supervisão é importante porque visa ao

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acompanhamento do educando com ajuda dos professores para um bom

desenvolvimento do ensino- aprendizagem, bem como ajuda no fornecimento

de materiais alternativos, para tornar conteúdos mais atrativos, visando sempre

uma melhoria da aprendizagem. Procura soluções para situações que

permeiam o relacionamento aluno-professor, pois é uma pessoa apta e

disponível para atender necessidades individuais, bem como elevar os bons

trabalhos realizados.

Muitos são os autores que com suas fundamentações teóricas

contribuem para orientar e compreender o papel que o supervisor escolar deve

desempenhar, entre eles é possível verificar que Ferreira (2007, p. 327)

destaca que as transformações sociais e políticas remetem ao supervisor

escolar o compromisso com a humanização no processo educacional.

A partir das reflexões de Libâneo (2002), é possível compreender que o

supervisor necessita desenvolver dentro do espaço escolar uma visão crítica e

construtiva do seu fazer pedagógico, trabalhando de forma coesa e articulada.

Esta articulação possibilitará a melhoria da qualidade de ensino e da

aprendizagem.

É difícil pensar que qualquer professor poderia fazer o que foi dito. No

entanto, as funções do supervisor educacional fortemente presente, que possui

conhecimentos específicos, produzem resultados mais eficazes. Assim, o

supervisor hoje deve trabalhar de forma coletiva, com todos da unidade

escolar, para que se possa fazer uma análise consciente do cotidiano escolar e

do cotidiano da sociedade, para melhorar a qualidade do ensino. Logo, ao

supervisionar uma escola, é orientar sua gestão para a realização do ensino de

qualidade para todos. Assim, o que dá sentido ao trabalho administrativo/

supervisionado da educação é seu caráter de suporte ao trabalho pedagógico.

Por esta razão, pensar a prática cotidiana da escola requer profundo

esforço prático-teórico, teórico-prático por parte do supervisor. Este esforço

contribui significativamente para compreender a realidade escolar, sugerindo

perguntas e indicando possibilidades. Este esforço é feito em parceria com os

demais agentes educacionais que atuam na escola, especialmente o professor

regente (MEDINA, 1997, p. 29-30).

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Os professores destacam que a função do supervisor nas instituições

escolares acopla funções de orientador, assistente social, psicólogo, visando

prestar suporte às atividades do professor no desenvolvimento do currículo

escolar. Rangel (2001) ressalta que a ação supervisora ultrapassa o suporte

pedagógico, pode incentivar o estudo dos princípios metodológicos,

enfatizando elementos pontuais para a escolha do método tendo como as

considerações as relações entre professores, alunos, objetivos, conteúdos,

avaliação e recuperação da aprendizagem do aluno e de seus interesses, que

emergem, tanto da vivência, quanto do movimento social e suas motivações;

da especificidade dos temas dos programas; de fundamentos da

aprendizagem e da dinâmica da sala de aula, como a diversificação

metodológica; de processos e recursos da avaliação e recuperação da

aprendizagem.

Ainda destaca que a formação do profissional da educação que irá

trabalhar com a supervisão poderá ser feita, como menciona a LDB/96, em

cursos de pós-graduação, desde que garantida nessa formação a base

nacional comum e que ela incorpore as atuais exigências do mercado de

trabalho e das relações sociais. Libâneo e Pimenta (2002, p. 29), refletindo

sobre a formação do Pedagogo, trazem que não é possível mais afirmar que o

trabalho pedagógico se reduz ao trabalho docente nas escolas. A ação

pedagógica não se resume a ações docentes, de modo que, se todo trabalho

docente é trabalho pedagógico, nem todo trabalho pedagógico é trabalho

docente.

O olhar que se tinha sobre o papel do Supervisor Escolar começou a ter

novos rumos para poder contemplar as necessidades desta nova clientela de

alunos, professores e comunidade escolar. A escola, assumir o compromisso

com a formação do homem transformador.

A necessidade vai ao encontro da superação de papéis que o supervisor

assumia até o presente momento. Conforme o dicionário, supervisão significa:

“Orientação ou inspeção em plano superior”. A leitura dessa definição remete a

uma perspectiva de movimento; ou seja; não dá para compreender a

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supervisão a partir de um só lugar, operando apenas com semelhanças ou,

ainda, privilegiando a homogeneidade.

A supervisão tem como objetivo geral, dar condições para que os

objetivos da educação sejam atingidos. Envolve o aperfeiçoamento do

processo total ensino-aprendizagem, pois, até certo ponto, há uma

interdependência dos dois aspectos. Os objetivos gerais da educação nacional

são o desenvolvimento integral do aluno e a sua integração no meio físico e

social. Para Medina (1995, p. 22), o Papel do supervisor passa, então, a ser

redefinido com base em seu objeto de trabalho, e o resultado da relação que

ocorre entre o professor que ensina e o aluno que aprende passa a construir o

núcleo do trabalho do supervisor na escola.

A supervisão dirige a atenção para os fundamentos da educação.

Conscientizando-se dos conceitos que determinam sua maneira de agir, dos

fins que pretende atingir e dos meios a utilizar. Isso corresponde à filosofia que

baseia sua atividade supervisora. Então, o supervisor precisa ser uma pessoa

preparada sob o ponto de vista educacional e psicológico, especialista no

processo democrático do grupo.

Nessa perspectiva, cabe ao supervisor escolar estar sincronizado com

as necessidades da comunidade escolar e propor projetos que vão ao

encontro dos anseios de todos que desejam uma educação de qualidade. A

escola deve ser entendida como espaço social e público que tem por

característica servir a todos que a procuram, bem como envolver outros

segmentos da sociedade em suas atividades. Portanto, o supervisor escolar

deve ser o acesso entre todos, possibilitando um maior conhecimento entre os

atores desta grande responsabilidade, que é a formação de cidadãos para

atuar de forma crítica e consciente na sociedade.

Segundo Alves & Garcia (1986): Se a educação é a preparação para o

exercício da cidadania, a luta em favor de uma escola pública de qualidade é

condição para que se realize o direito fundamental de todos os brasileiros à

cidadania. Uma escola em que todos tenham não só o direito de acesso, mas

a possibilidade de permanência e a garantia de nela se apossarem do

conhecimento que os capacite para o exercício da cidadania.

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Nesse contexto, para compreender a Supervisão Educacional, deve-se

partir da constatação de sua necessidade. O contexto atual evidencia novas

exigências na sociedade contemporânea, caracterizando-se como um “mundo

em mudança”. As transformações do mundo atual afetam a educação escolar

e os professores, indicando, antes de tudo, o início de um processo de

reestruturação dos sistemas educativos e da instituição escolar.

Portanto, a supervisão é um processo que deve se adaptar às várias

circunstâncias do trabalho escolar. Para atender a qualquer diversidade de

situações no campo educacional, a supervisão pode assumir diferentes

formas, a supervisão escolar passa a ser um “exercício da cidadania”,

altruísmo, responsabilidade ética e solidariedade, no qual os fortemente

preparados, qualificados. Não como todos acham como riqueza, mas sucesso

na vida profissional, pois nada dá mais incentivo na profissão do que ver

crianças, jovens e adultos crescendo no seu saber e transformando seus

sonhos em realidade. É preciso entender que o supervisor é antes de tudo um

profissional, um educador, que se importa em ser útil à sociedade, às pessoas,

a todos envolvidos neste processo.

A realidade educacional demanda profissionais críticos e

transformadores de um panorama de perplexidade diante das aceleradas

mudanças sociais, das novas configurações do mundo do trabalho e das novas

exigências de aprendizagem. O trabalho do supervisor é bastante desafiador,

especialmente na tarefa de contribuir com a formação contínua dos

professores.

É preciso construir o sentido do trabalho pedagógico, desvelando as

ênfases que têm sido privilegiadas na história da formação de profissionais da

educação e empreendendo uma prática propositiva politicamente delineada,

compromissada socialmente, eticamente engendrada e ousadamente

concretizada. É diante destas responsabilidades que se faz necessário

mudanças significativas na formação e postura do supervisor escolar, e com

isso reconhecendo seus aspectos gerais, onde Ferreira (2003, p.75) diz:

Ressignificar e revalorizar a supervisão, reconceitua-se, de modo a

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compreendê-la, na sua ação de natureza educativa e, portanto

sociopedagógica, no campo didático e curricular do seu trabalho.

O Precisamos caminhar muito ainda no sentido de esclarecer para todos

os profissionais da educação as reais funções da supervisão, para que a

mesma não continue sendo vista de forma fragmentada e estanque. Pois o

supervisor é o coresponsável pela construção de uma equipe escolar coesa,

engajada e, sobretudo, convicta da viabilidade operacional das prioridades

consensualmente assumidas e formalizadas na proposta de trabalho da

escola.

O supervisor exerce no espaço da autonomia, que lhe foi conferida, seu

papel de elemento-chave na orientação e gerenciamento dos resultados do

desempenho escolar obtidos pelos alunos frente às ações devidamente

planejadas pelos docentes.

Na verdade, o supervisor pedagógico, no exercício específico de

profissional, articulador e mobilizador da equipe escolar, vivencia suas

atividades intencionais voltadas para a melhoria do fazer pedagógico da sala

de aula. O supervisor escolar atua na constância da ideia do conjunto,

colaborando para a melhoria no que apresenta a qualidade do ensino-

aprendizagem proporcionada pela escola.

Segundo Ferreira, o supervisor precisa ser um constante pesquisador, é

necessário que ele antecipe conhecimentos para o grupo de professores,

atualizando-se, não só sobre conteúdos específicos, mas também livros e

diferentes jornais e revistas. Entre as tarefas do supervisor estão de elaborar e

aplicar o projeto pedagógico e principalmente, orientar e atuar na formação

continuada e permanente dos professores.

Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que

qualquer árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído,

é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da

alma. Quem não tem jardins por dentro não planta jardins por

fora. E nem passeia por eles...

ALVES (2003, p. 75):

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Capítulo lll

Ação Supervisora: o Pensar e o Fazer

A educação existe no imaginário das pessoas e na ideologia

dos grupos sociais e, ali, sempre se espera, de dentro, ou

sempre se diz para fora, que a sua missão é transformar

sujeitos e mundos em alguma coisa melhor, de acordo com as

imagens que se tem de uns e outros. Brandão (1999)

Desfazendo os equívocos, chega-se nos anos 90 no desejo, na

intenção, na transformação, na ação supervisora. Portanto desenha-se o

supervisor competente entendendo-se que competências são compromisso

com o público, com o social e ao mesmo com o político, com o interesse

coletivo na educação e no serviço no supervisor.

Para Ferreira (2006: 235), Refletir sobre a ação supervisora no contexto,

atual exige que se compreendam os compromissos que sustentaram e

permearam sua trajetória no domínio das políticas públicas e da administração

da educação desde que esta função/habilitação. Significa, ainda, compreender

que modelo de ciência orientou as práticas das lideranças educacionais e os

compromissos que hoje se impõem para os profissionais da educação, para a

administração da educação e para as políticas públicas. Quando se trata de

supervisão há muito que falar na perspectiva de uma prática em

transformação.

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Para (Rangel, 1998: 151), vale a pena retomar um pensamento sobre

quem é especialista em educação. No caso do especialista em educação, é

interessante observar que essa condição não se aplica, apenas a quem exerce

funções como a de administração, orientação educacional ou supervisão.

Portanto, ressignificar e revalorizar a supervisão significa compreendê-la

na sua ação de natureza educativa e, por conseguinte, sociopedagógica, no

campo didático e curricular do seu trabalho, no seu encaminhamento como

coordenador. Pensar a ação supervisora significa pensar na sua identidade

como profissional.

Partindo da concepção e das atividades de que o supervisor participa da

equipe docente da escola, é possível eleger a supervisão pedagógica pelo

critério de abrangência e especificidade de sua ação. Uma coisa é certa, o

desenvolvimento institucional se concretiza no processo de construção

coletiva, tendo como referência as necessidades dos educandos e da

sociedade e os processos de ensino-aprendizagem.

Mudança é a palavra de ordem. E essa mudança deverá partir da

escola, com os professores. O estudos sobre mudança educacional,

principalmente os que analisam a questão do ponto de vista do professor,tem

mostrado que as condições de vida da sociedade atual requerem outro tipo de

homem, com outra formação, preparado para enfrentar os desafios da

modernidade.

As inovações ou mudanças mais eficientes nos sistemas educacionais,

supõem necessariamente a participação de todos os envolvidos,

principalmente dos professores, a quem cabe a iniciativa de decidir o que deve

ser modificado e como deverão ser feitas as mudanças. Caberá o supervisor

fortalecer o convívio em equipe, o diálogo, estimulando a pesquisa por parte

dos professores, antes de levar soluções já definidas.

Para despertar o interesse dos professores para mudanças, sobretudo

para aquelas voltadas para a construção de uma nova escola para um novo

tempo, os supervisores deverão proceder de maneira que os professores

compreendam as necessidades de refletirem sobre seus procedimentos.

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Portanto, a contribuição básica será no sentido de ajudá-los na revisão

de seu trabalho e na determinação de suas dificuldades. Por outro lado, os

supervisores desempenhando papel de mediadores deverão atuar junto e fazê-

los perceber a necessidade de proceder as alterações na situação de trabalho

e na própria organização e funcionamento da escola de maneira a permitir

melhor adequação às condições existentes.

É no sentido de parceria que se propõe aos supervisores, o papel de

mediadores e transformadores, isto significa tornar consciência das

implicações das próprias mudanças e estar atento para o significado de análise

a prática do supervisor, apresentando suas principais ações executadas no

cotidiano da escola, no alcance de metas. Mas, entendendo que a educação

não é neutra e que sempre que ocorre o fato educativo estão presentes

intencionalidades e ideologias. É fundamental que os todos os educadores e,

principalmente, supervisores conheçam as tendências pedagógicas, suas

características e aspectos mais importantes, que poderão contribuir para a

transformação da escola e da ação supervisora, elevando a qualidade da

educação e do ensino.

Pensar a educação em uma ação supervisora, é essencialmente

exercitar nossa capacidade de tomar decisões coletivamente. Sabemos que

promover educação de qualidade para todos não é tarefa fácil. Conhecemos

as dificuldades, as resistências os limites e os obstáculos.

A Supervisão Escolar passa então a ser uma ferramenta de atuação tem

como princípio o fazer, o agir, o movimentar, o envolver-se, o modificar e para

isto é necessário que esteja firmado em nossa essência o querer transformar

as ações dos atores envolvidos.

Mas sabemos que existem experiências inovadoras já vivenciadas que

comprovam que a decisão e a iniciativa coletiva conseguem resolver

problemas concretos da prática educativa que, num primeiro momento,

pareceriam impossíveis de ser superados.

São com base nessas experiências e na reflexão sobre elas, que

pretendemos refletir sobre a prática da supervisão. O Supervisor é um

profissional especializado em incentivar do corpo docente, buscando

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constantemente, trabalhando em parceria, exercitando o trabalho em equipe,

integrando a escola e a comunidade.

O desafio é grande ele terá que muitas vezes ser um visionário, já que o

reflexo de suas ações poderá acontecer talvez no futuro e a construção do

educando só será sentida no decorrer dos anos, já que o trabalho de

supervisores e professores é feito coletivamente. Não podemos vislumbrar

como as nossas ações afetarão aqueles que nos são confiados, ou de que

forma afetarão todos que rodeiam ou que sonham com a escola mais justa e

mais humana. O que podemos ter certeza é o futuro não será o mesmo.

Mais do que em qualquer outro domínio da atividade humana, a

supervisão se apresenta como um instrumento vital de controle da qualidade

da educação e do ensino. Partindo dessa direção, a supervisão deve ser

entendida como o olhar crítico, construtivo, vitalizado das ações educativas

disponibilizadas dos indivíduos e da sociedade, tendo-se em vista seu

desenvolvimento e transformação.

A flexibilidade, a confiança, o sentido da atualização e da renovação

devem estar presentes nos planos e na prática educativa. Compete à

supervisão zelar, por todos os princípios, para que a ação supervisora

aconteça num processo de construção coletiva e democrática. Em síntese, a

supervisão educacional é uma atividade essencialmente cooperativa. Por isso,

não basta que se preveja a articulação das ações. É necessário partir para a

construção coletiva e avaliação constante de sua prática. Neste contexto, a

supervisão ganha novo significado como elemento desencadeador,

estimulador e articulador.

A palavra de ordem hoje é mudança. E essa mudança será pretendida

em um processo que deverá ocorrer no próprio local de trabalho, o supervisor,

até por conta de sua posição estratégica, poderá ser o elemento fundamental

para realizar esse trabalho, comprometendo-se, desse modo, com a mudança

na escola. Assim concebida, a supervisão vai muito além de um trabalho

meramente técnico-pedagógico, como é entendido com frequência, uma vez

que implica uma ação planejada e organizada a partir de objetivos muito

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claros, assumidos por toda a equipe escolar, com vistas ao fortalecimento do

grupo e ao seu posicionamento responsável frente ao trabalho educativo.

Por se tratar de mudanças planejadas, intencionais, voltadas para a

consolidação de projetos pedagógicos resultantes de avaliações e críticas à

ação desenvolvida, o trabalho supõe amadurecimento da equipe docente,

devendo refletir não unicamente sobre a prática, mas uma reflexão que

atravesse os muros da escola, à realidade social objetivando a emancipação.

A constatação de que o processo de formação não está acabado, mas

ao contrário, somente se iniciou, é algo que se destaca nas discussões no

campo da educação. Segundo Nóvoa (1992: 24), formação de professores tem

ignorado, sistematicamente, o desenvolvimento pessoal, confundindo formar,

não compreendendo que a lógica da atividade educativa nem sempre coincide

com as dinâmicas próprias da formação. Dessa forma, defende a formação de

professores como um caminho contínuo e permanente de fundamental

importância em suas vidas e no contexto escolar. Ele sugere, ainda, que a

formação docente volte-se para o desenvolvimento pessoal.

É a partir da tomada de consciência que o professor busca novos

conhecimentos, de informações úteis e de orientações adequadas, de qualquer

forma identificadas , a partir da sua própria experiência e de suas dificuldades

reais de trabalho. A ação supervisora, muitas vezes entendida como

assessoria, constitui a melhor solução para essa prática, assumindo a

responsabilidade pela formação continuada e permanente dos professores e,

em certos momentos, de todos os envolvidos na prática pedagógica.

Essa forma de conceber a supervisão educacional, centrada na

formação continuada e permanente de professores, não implica o abandono

das tarefas rotineiras, mas indica um redirecionamento do trabalho dos

agentes, cuja atenção deverá voltar-se para as necessidades que ocorrem no

contexto escolar, com os professores, e outras questões mais amplas que

dizem respeito à escola, tomando consciência das mudanças que estão

acontecendo na sociedade e das novas demandas que se colocam para a

educação.

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O pensar e o fazer na ação supervisora contribui para a melhoria das

condições técnicas, organizacionais e humanas no campo da educação.

Nesse processo, a ação supervisora aponta para o coletivo da escola e

tem no professor seu principal foco. É o trabalho do professor que dará sentido

ao trabalho do supervisor escolar, pois partindo de uma realidade e das difi

culdades do professor será construída a ação conjunta voltada para o trabalho

docente. Ações da supervisão estimula e contribui para a formação continuada

e permanente dos professores no sentido de atualizar a prática pedagógica

para desenvolvimento de ações preventivas.

Em busca de uma educação de qualidade para todos, ao tratar da

transformação social e educacional Delors (1998), aponta como consequência

essencial da sociedade do conhecimento a necessidade de uma aprendizagem

ao longo da vida, baseada em quatro pilares do conhecimento e da formação

continuada, que podem ser o caminho para a construção de uma educação

voltada para a transformação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender

a conviver e aprender a ser.

O comportamento com a transformação social é, portanto, premissa de

uma educação democrática e inclusiva, reafirmando o papel político-

pedagógico imprescindível da supervisão educacional, passando a se

preocupar com o sentido e os efeitos da sua ação no âmbito escolar.

Neste sentido a escola entendida como um espaço privilegiado marcado

por manifestações, deverá desenvolver uma educação voltada à formação

humana promovendo o desenvolvimento integral, preparando o indivíduo para

atender às demandas mundo globalizado.

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CONCLUSÃO

Este estudo nos permite uma reflexão acerca da relação

supervisor/docente no espaço escolar, nos possibilitando compreender as

dificuldades de entendimento entre estes profissionais do trabalho pedagógico.

A contribuição desses profissionais para o processo educativo é

incontestável, no entanto, a dificuldade de articulação e de trabalho em

conjunto, de respeitar o espaço do outro, torna-se um entrave nesse

relacionamento.

É preciso que o supervisor e o docente repensem a sua prática

educativa e centralizem o seu trabalho de forma que alcance o principal

objetivo da educação: O aluno. Deve-se esquecer ideias ultrapassadas de

controle, de relação de poder, afim de que o resultado desse trabalho entre

supervisor e docente seja o melhor possível, é imprescindível que se tenha um

novo olhar para a supervisão e a docência, que se entenda que o papel (ou a

função) de cada um desses profissionais é de extrema importância para a

educação e que suas ações serão direcionadas para o fazer coletivo, nesse

cenário não existe espaço para individualismo e sim para a construção de uma

educação capaz de transformar e de construir verdadeiras ações de cidadania.

Portanto, para ser efetivar um trabalho de formação continuada e permanente,

o enfoque deve ser a conscientização de todos os atores envolvidos. A tomada

de consciência vai exigir do professor um trabalho de análise sobre si e a

superação de resistências. É uma conscientização que não acontece sozinha e

nem significa fator real de mudança, mas implica em redimensionar as ações

no âmbito escolar.

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A educação é um processo contínuo e permanente que exige cada vez

mais dos profissionais da educação um compromisso que atenda as

exigências de uma sociedade que está evoluindo rapidamente em todos os

setores. Isso representa a necessidade da implementação de uma postura

renovada envolvendo todos que compõem a estrutura organizacional de um

sistema educacional.

O supervisor deverá interpretar as carências reveladas pela sociedade,

direcionando ações capazes de responder as demandas sociais, culturais,

econômicas e políticas que fazem parte de uma sociedade que está em

constantes transformações. Fica evidente que muitas são as atribuições que o

supervisor deve desempenhar para qualificar o trabalho pedagógico que

desenvolve dentro da escola onde atua. Este desempenho se justifica através

de ações que estimulam cada educador para que possa executar trabalhos

com a colaboração das demais pessoas, os quais devem ser valorizados com

objetividade, ética e diálogo.

Então, faz sentido considerar que o supervisor diante dessas

transformações representa um dos principais responsáveis pela sobrevivência

e sucesso das instituições de ensino, pois sua competência é desenvolver um

trabalho pedagógico que visa o planejamento, a execução e a avaliação de

toda a organização dos conhecimentos.

Portanto, diante da complexidade, há muito por se fazer na educação

para que ela seja humanizadora na transformação da realidade, pois ainda

existe uma dicotomia entre os fundamentos teóricos e práticos que sustentam

a prática pedagógica do supervisor escolar e demais profissionais que atuam

na escola. Diante disso, acreditamos que isto implica mudar concepções e,

principalmente mudar paradigmas. Esse talvez seja um dos inúmeros desafios

que o supervisor escolar deverá enfrentar no cotidiano escolar, pois as

pessoas pensam e agem diferentes, ocasionando, na maioria das vezes,

disputa de poder, deixando a educação em segundo plano.

Sabendo-se que educar é transformar, a escola deveria ser um

ambiente de possível aprendizagem e formação de cidadania e que pretende

formar indivíduos para o exercício desta.

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Neste processo de mudanças e desafios na educação o papel do

professor é fundamental para que o processo de ensino aprendizagem

aconteça, pois o professor será um pesquisador e irá mediar as novas

descobertas, incentivando os alunos.

Neste contexto, o processo de reflexão permite um novo olhar e

consequentemente, uma nova visão do mundo, uma visão de superação do

próprio cotidiano, transcendendo interesses pessoais. Assim, a proposta da

formação continuada e permanente, possibilita uma prática reflexiva, mas esta

só terá sentido no momento em que se pensa sobre as dimensões sociais e

políticas da educação e do contexto em que está inserido. Isso significa que o

professor que parte de uma realidade determinada, busca soluções para as

situações mais complexas. Estudos evidenciam não apenas que é possível a

atuação de supervisores na formação continuada de, mas como essa atuação

é essencial para a vida de professores que, a partir do contato com um

profissional competente, tem sua trajetória profissional transformada.

A ação da supervisora tem fundamentalmente um trabalho de formação

continuada no contexto de trabalho, pois pode contribuir para subsidiar e

organizar as discussões para reflexão dos professores sobre as causas que

justificam suas opções pedagógicas e sobre as dificuldades que encontram ao

desenvolver seu trabalho Favorecendo assim, para a tomada de consciência

dos professores sobre suas ações e o conhecimento sobre o contexto interno e

externo de onde atuam. Favorecendo assim na construção, através de um

processo de reflexão coletiva, do desenvolvimento profissional docente. Situar

a prática pedagógica do supervisor em contextos de reflexão coletiva e de

formação continuada através da prática do estudo (RANGEL, 2008) é

proporcionar espaços e tempos com esses fins, é situar as discussões no

contexto mais amplo em que elas se refletem. Mas consiste sobre tudo na

socialização das vivências, dos saberes produzido na prática, estabelecendo

uma aproximação das contingências surgidas na prática.

Hoje o discurso da educação como fator de desenvolvimento e condição

para a melhoria devida de todos os cidadãos se expressa nos compromissos e

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esperanças de construção de uma escola de qualidade e um ensino que

propicie a formação de um mundo mais humano e mais justo.

O supervisor desempenha um papel de suma importância dentro da

escola. Com competência política, humana, e técnica ele sensibilizará ao

desenvolver estratégicas ao coordenar encontros no trabalho afim construir

coletivamente, além de buscar significar e ressignificar a supervisão no

contexto do processo educativo.

Dentro de inúmeras mudanças que ocorrem na sociedade atual, o

supervisor pode promover significativas mudanças. Pois busca integrar os

envolvidos no processo de ensino aprendizagem, mantendo as relações

interpessoais de maneira saudável. Valorizando a atuação do professor

atuando como mediador na sua formação continuada e permanente,

desenvolvendo habilidades para conviver com as diferenças, contribuindo de

forma eficaz na construção de uma educação de qualidade.

Nessa perspectiva a instituição educacional transforma-se em lugar de

formação prioritária diante de outras ações formativas. “A formação centrada

na escola é mais que uma simples mudança de lugar da formação.”

(IMBERNÓN, 2002, P. 80). Esta formação não pode estar centrada somente

nas técnicas e procedimentos de ensino, antes de tudo está carregada de

ideologias, valores, atitudes e crenças, que necessitam ser discutidos e postos

à reflexão. Assim concebida, a ação supervisão vai muito além de um trabalho

meramente técnico-pedagógico, como é entendido, uma vez que implica uma

ação planejada e organizada a partir de objetivos muito claros, assumidos por

toda a equipe escolar, com vistas ao fortalecimento ao, trabalho e ao seu

posicionamento corresponsável frente ao trabalho educativo.

No processo; a ação supervisora aponta para o coletivo da escola e tem no

docente seu principal foco. É o trabalho do professor que dará sentido ao

trabalho do Supervisor, partindo de uma realidade e das dificuldades do

docente será construída a ação conjunta de estímulo e contribuição voltada

para a formação continuada e permanente do docente.

Sendo a educação um processo, as mudanças não acontecem de forma

linear, faz-se necessário acontecer todo um complexo de busca, de

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interpretação de realização de troca de saberes com sucessos e insucessos,

mas que se constituem um processo dinâmico e progressivo em que todos ao

envolvidos empenham com seriedade, numa ação reflexiva para uma prática

educativa com qualidade. Esperamos que as análises e reflexões desse

estudo possam ser uma referência no processo e trabalho do supervisor no

contexto escolar, buscando estabelecer sempre relações entre a teoria e a

prática pedagógica desenvolvida pelos profissionais que veslumbram uma

educação de excelência.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 04

RESUMO 05

METODOLOGIA 06

SUMÁRIO 08

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I 11

CAPÍTULO II 20

CAPÍTULO lll 28

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

BIBLIOGRAFIA CITADA 42

ÍNDICE 43