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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
LOGISTICA REVERSA DE MEDICAMENTOS DOMÉSTICOS
Betania Martins Alhan de Oliveira
Orientador
Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
LOGISTICA REVERSA DE MEDICAMENTOS DOMÉSTICOS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Logística Empresarial
Por: . Betania Martins Alhan de Oliveira.
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DEDICATÓRIA
.....às minhas duas pérolas: Gabriela e
Giovanna, por compreender minhas
ausências, minha energia é o desafio,
minha motivação é o impossível; é por
isso que eu preciso ser à força e a esmo,
inabalável.
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AGRADECIMENTOS
a Deus, que se mostrou criador, que foi criativo. Seu fôlego de vida em mim me
foi sustento e me deu coragem para questionar realidades e propor sempre um
novo mundo de possibilidades. Às minhas filhas Gabriela e Giovanna,
agradeço pelo amor e carinho incondicionais, pois esses são meu alicerce, os
quais me permitem lutar,lhes agradeço pela admiração, já que esta me instiga
a estar fazendo sempre o melhor para lhes surpreender e fazer com que sintam
orgulho de mim, vocês são a razão do meu viver. À minha Mãe Carminha
Obrigado por seu amor,dedicação, pelas conversas,pela atenção,pelos
conselhos “infalíveis”,pelo elogio que só vem de quem ama
e,principalmente,por te importares comigo. Te Amo Muito. À minha Mãe
Barbara, você é muito importante, agradeço a ti com emoção. Obrigado... Pelo
direito de nascer! Aos meus Irmãos, Andréa, André, Josafá e Janaína que
compartilham da minha caminhada e que mesmo distantes torceram por mim.
A minha Tia Nana tão pequena, e tão forte, é um exemplo de coragem,
agradeço pelo carinho, apoio e pelos conselhos, os quais guardam comigo e
tento segui-los. Aos amigos Aldenora, Leila, Afonso, José e Luciana pelo
carinho e atenção dispensados com as minhas filhas e por ser meu apoio
logístico quando preciso me ausentar. Ao meu príncipe, cúmplice de resgates,
amor de minha vida: José Carlos, agradeço pelo apoio, companheirismo, pela
sinceridade e por fazer os meus dias melhores. À Amiga Carmem pelo
acolhimento em sua residência, pelos inúmeros puxões de orelha, que sempre
soaram como incentivo. Ao Amigo Levi e Anilton, por me receberem na
Logística e me despertarem o interesse neste seguimento que vocês dominam
brilhantemente, vocês são nota 10, ou melhor nota 1000. Aos amigos e
colegas, em especial, Thaís e Adriana,pelo incentivo e pelo apoio. Ao Professor
Jorge Tadeu, pela orientação deste trabalho. A todos aqueles que de alguma
forma estiveram e estão próximos de mim, fazendo esta vida valer cada vez
mais a pena.
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RESUMO
O uso de medicamentos é essencial para a manutenção da saúde da
população, porém a facilidade de aquisição e o incentivo da mídia geram um
uso excessivo e, com isso, o acúmulo nas residências. Muitos desses
medicamentos são utilizados novamente sem considerar prazo de validade ou
são descartados de maneira inadequada, o que gera um problema ambiental e
de saúde pública. O presente trabalho avaliou o acúmulo de medicamentos, o
seu uso após o vencimento e a maneira de descarte dos mesmos. Avaliou-se
também se as pessoas possuem consciência do impacto ambiental causado
pelo descarte inadequado e se já receberam alguma informação sobre o
descarte correto. Este trabalho tem como objetivo, a preocupação sobre as
conseqüências do descarte doméstico de medicamentos ao meio ambiente. A
contaminação de águas e solo por fármacos tem sido verificada em todo o
mundo o que demanda atitudes efetivas para a redução dos impactos
ambientais decorrentes. A população tem sua parcela de responsabilidade no
processo, devendo estar esclarecida e envolvida no processo de
conscientização da geração de resíduos bem como da importância do uso
racional de medicamentos como sendo uma das medidas necessárias a
diminuir as sobras decorrentes de aquisição desnecessária ou do cumprimento
do esquema terapêutico proposto, além de outras. Para tanto, as ações
essenciais consistem em preservar e cuidar, para alcançar melhores condições
de vida. Para que esses cuidados com o meio se transformem em ações
concretas, é preciso conscientização e mudanças de atitudes. Portanto,
entende-se que, por meio da Educação Ambiental, é possível desenvolver um
trabalho interdisciplinar, em que se agreguem significações para cada gesto
honesto com a natureza.
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METODOLOGIA
Os métodos que levaram ao problema proposto, foram embasados em
revistas, livros e regulamentações da ANVISA através de sites, e órgãos
responsáveis pela proteção ao meio ambiente.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
PROBLEMA 13
OBJETIVO 14
CAPÍTULO I
CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA 15
CAPÍTULO II
DESCARTE INADEQUADO DOS MEDICAMENTOS 22
CAPÍTULO III
DESTINO FINAL DOS MEDICAMENTOS 33
CONCLUSÃO 36
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA 38
ÍNDICE 41
8
INTRODUÇÃO
O crescimento demográfico e a expansão industrial trouxeram como
consequência, quadros de contaminação atmosférica, do solo e dos recursos
hídricos em todo o mundo. Por outro lado, também tem havido uma maior
conscientização quanto à deterioração do meio ambiente e a necessidade de
se reverter ou, ao menos, minimizar esse processo. Uma das discussões mais
atuais está relacionada ao descarte de medicamentos e seu impacto ambiental
decorrente da contaminação do meio ambiente.
Com o uso de medicamentos, que é essencial para a manutenção
da saúde da população, a facilidade de aquisição e o incentivo da mídia geram
um uso excessivo e, com isso, o acúmulo nas residências. Muitos desses
medicamentos são utilizados sem considerar prazo de validade ou são
descartados de maneira inadequada, gerando um problema ambiental e de
saúde pública. Os resíduos são classificados de acordo com o grau de
periculosidade que oferecem aos profissionais da saúde, à população e ao
meio ambiente. De acordo com a Resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente – CONAMA nº 5, de 5 de agosto de 1993, artigo 3º, os resíduos de
medicamentos encontram-se no Grupo B, o qual engloba os resíduos químicos,
caracterizados pela presença de substâncias químicas. Dentro desta classe
encontram-se os produtos farmacêuticos e os quimioterápicos. Tais resíduos
geram prejuízos ao meio ambiente, causando contaminação do solo e da água.
O consumidor é uma peça chave na solução do problema, mas, para que esse
papel seja exercido de forma consciente e absoluta, é necessária a educação
juntamente com a consciência ambiental e o acesso à informação
ambientalmente correta, para que assim, com essa informação, possa exercer
de forma plena a defesa da sustentabilidade.
O Brasil está entre os maiores consumidores mundiais de
medicamentos e com a sua economia estável agregada ao maior acesso a
medicamentos, estabelecido pelas políticas governamentais adotadas,
contribuem para o aumento do consumo que trará como consequência, maior
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quantidade de embalagens e sobras de medicamentos que ter como destino o
lixo comum.
São os geradores de resíduos de serviços de saúde, todos os
serviços relacionados com o atendimento da saúde humana ou animal,
drogarias e farmácias de manipulação e distribuidores de produtos
farmacêuticos. Destaque especial deve ser dado à indústria farmacêutica pela
geração de uma quantidade considerável de resíduos devido tanto a devolução
e recolhimento de medicamentos do mercado, quanto ao descarte de
medicamentos rejeitados pelo controle de qualidade e de perdas inerentes ao
processo. O descarte efetuado pelo consumidor final é o que apresenta maior
lacuna na legislação. O Brasil tem baixa infraestrutura, ou seja, faltam aterros
sanitários adequados e incineradores licenciados em vasta região de seu
território o que compromete a aplicabilidade de medidas ágeis que possam, ao
menos, minimizar o problema.
A conscientização da população quanto ao descarte de
medicamentos não é somente um problema verificado em nosso país. Em
Londres, foi evidenciado por 80% dos entrevistados, e reconheceram que a
disposição final de medicamentos é um problema, entretanto não
necessariamente ambiental, e a maioria dos medicamentos indesejáveis é
descartada pelo sistema de lixo e esgoto doméstico. Mesmo os medicamentos
que não são descartados e são consumidos (como parte do processo de
recuperação da saúde) acabam sendo eliminados no meio ambiente. Fármacos
de diversas classes terapêuticas, como antibióticos, hormônios,
antiinflamatórios entre inúmeras outras tem sido detectados em esgoto
doméstico, águas superficiais e subterrâneas em concentrações na faixa de ngl
a µgl em várias partes do mundo porque podem ser excretados do organismo
como metabólitos, hidrolisados ou inalterados além que, se forem eliminados
na forma conjugada poderão ser facilmente clivados disponibilizando, assim,
substâncias ativas nos esgotos domésticos que seguirão, com o esgoto bruto,
para as estações de tratamento de esgoto (ETEs) sendo submetido aos
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tratamentos convencionais, o que não será suficiente para a sua completa
inativação.
A destinação final dos resíduos de origem farmacêutica é um tema
relevante para a saúde pública decorrente das diferentes propriedades
farmacológica dos medicamentos que, inevitavelmente, se tornarão resídua.
O gerenciamento de resíduos sólidos está fundamentado na Resolução
CONAMA nº. 358 (2005), e na RDC nº. 306, (2004), portanto, cabendo ao
estabelecimento de saúde o seu gerenciamento desde a geração até a sua
disposição final. Saliente-se aqui que os medicamentos são classificados como
resíduos do grupo B, englobando as substâncias químicas que poderão
apresentar risco a saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
características (inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade). Esta
Resolução dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde (RSS), se constitui em um conjunto de
procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases
científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a
produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um
encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos
trabalhadores, a preservação da saúde publica, dos recursos naturais e do
meio ambiente.
A legislação existente é direcionada aos estabelecimentos de saúde
e não engloba a população no geral o que dificulta o entendimento sobre os
impactos decorrentes do descarte doméstico de medicamentos. Inúmeras são
as causas das sobras de medicamentos e, dentre elas, podemos citar as
apresentações das especialidades farmacêuticas com quantidades aquém ou
além dos esquemas posológicos normalmente empregados, a propaganda de
medicamentos estimulando a aquisição não necessária, a não adesão dos
pacientes ao tratamento prescrito, a alteração de esquema medicamentoso
durante o tratamento, entre inúmeras outras. Outro aspecto que é de
importância está relacionado ao recolhimento dos lotes que apresentam não
conformidades e que as indústrias farmacêuticas devem retirar do mercado e
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dar a destinação devida, gerando muito resíduo que, provavelmente, irão ser
encaminhado para a incineração. Na verdade, o denominado recall, como
ocorreu recentemente nos EUA com produtos infantis, gerou milhões de
unidades de medicamentos que serão destruídos, e situações assim não são
incomuns.
Tendo em vista a realidade do consumo de medicamentos em nosso
país, o panorama de destinação final dos mesmos, as consequências ao meio
ambiente e a saúde da população, este trabalho tem como objetivo verificar a
contextualização atual do desperdício e descarte domiciliar de medicamentos,
os possíveis impactos ambientais que estes podem representar, para que
possamos intensificar a discussão sobre a questão em diversos segmentos e
fomentar atitudes efetivas no controle de contaminação ambiental e a
conscientização do uso racional de medicamentos como uma das ações a
serem concretizadas em todo o ciclo do medicamento. Seria importante uma
ação efetiva dos administradores, como a implantação de projetos municipais
que estabeleçam normas e campanhas de conscientização visando à
orientação da população quanto ao uso e ao descarte correto dos
medicamentos. Outro ponto a considerar é o estabelecimento de uma estrutura
para que se realize esse descarte. Uma primeira atitude seria a definição de
locais para a coleta, com a confecção de folhetos explicativos, orientando sobre
a importância do descarte adequado, como ocorre com os resíduos dos
hospitais e das UBS.
Feitas essas observações iniciais, este estudo apresenta-se dividido
em três capítulos. O primeiro conta um pouco sobre o crescimento da
população e o consumo desordenado de medicamentos, devido a facilidade de
aquisição desses produtos, consecutivamente provocando o aumento do
volume de lixo, e a eliminação destes de maneira inadequada, levando ao
desequilíbrio do eco sistema como um todo, explica também que pela falta de
conscientização e orientação da população, esse índice aumentará cada vez
mais, caso não seja implantado programas para a redução desses problemas,
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e o que já está sendo feito pelos órgãos responsáveis para que isso seja
solucionado.
O segundo demonstra quais os fatores que levam ao descarte
inadequado dos medicamentos, e a importância da conscientização da
população sobre esse tema, mostra a maneira correta para o descarte dessas
embalagens, os pontos em estabelecimentos para a eliminação desses
produtos, dá dicas de como fazer a separação dessas embalagens nas
residências, relaciona as leis que regem o controle desses medicamentos, e os
projetos que estão sendo elaborados para esses fins e as ações propostas
para o cenário atual.
O terceiro capítulo aborda o que deve ser feito, e o que ainda há
para fazer, implementando uma série de medidas e não meramente soluções
provisórias para o descarte desses componentes, assim como dizia
Silva(2005), “lixo nada mais é lixo nada mais é do que o reflexo da sociedade
que o produz, quanto mais industrializada, rica tem-se mais resíduos pelo fato
de consumir mais”, (2005, p.15), e assim contribuindo na contaminação do
meio ambiente, a ANVISA possui várias resoluções falando sobre a questão,
incentivando os estabelecimentos farmacêuticos a participarem de programas
para de coleta desses medicamentos, sendo assim, como afirma Silva (2005):
“enquanto o homem não se conscientizar que faz parte do meio ambiente e
que não está acima deste, a natureza será cada vez mais prejudicada, porém
se houver tal consciência irá ocorrer uma integração saudável e satisfatória
para ambos levando ao equilíbrio”. (2005, p. 8).
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O PROBLEMA
O problema proposto para o trabalho será baseado no descarte
aleatório de medicamentos em desuso, vencidos ou sobras atualmente é feito
por grande parte das pessoas no lixo comum ou na rede pública de esgoto,
podendo trazer como consequências a agressão ao meio ambiente, a
contaminação da água, do solo e de animais, além do risco à saúde de
pessoas que possam reutilizá-los por acidente ou mesmo intencionalmente
devido a fatores sociais ou circunstanciais diversos. O consumo indevido de
medicamentos descartados inadequadamente pode levar ao surgimento de
reações adversas graves, intoxicações, entre outros problemas,
comprometendo decisivamente a saúde e qualidade de vida dos usuários.
Assim, considerando todo o universo de medicamentos lançados
aos aterros sanitários, e os impactos ambientais gerados por uma infinidade de
princípios ativos, esta proposta pretende dar uma solução ecologicamente
correta a toda essa gama de medicamentos, fornecido por minha empresa.
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OBJETIVO
Minha proposta se dividirá em duas fases; a primeira fará uma
campanha de recolhimento do medicamento “em sobra”, para posterior
aproveitamento, (Reutilização) e ser encaminhado para doação, nas
comunidades pobres.
Na segunda, o restante do medicamento recolhido, irá para a
triagem, ou seja, separação dos componentes aproveitáveis dentro da
reciclagem. O medicamento original terá seus componentes separados, ou
seja, tampas plásticas, borrachas, tampas de alumínio e o vidro propriamente
dito, que terão destino ecologicamente correto.
Confeccionando folhetos explicativos sobre a importância do
descarte correto dos medicamentos, para incentivar os clientes a trazerem
seus medicamentos em desuso e entregar aos Farmacêuticos de nossa
Drogaria.
Na medida em que os medicamentos em desuso forem chegando,
vão ser catalogados e separados por validade, conforme mencionado acima,
os que estiverem em condições de uso, serão enviados para a Igreja Nossa
Senhora de Aparecida de Nilópolis aos cuidados dos Médicos que fazem
atendimentos comunitários, e os vencidos serão encaminhados à incineradora
Residuall que é nossa parceira nesta pesquisa.
Com isso serão identificados os percentuais de pacientes que
consomem todo o medicamento. Conservando assim, o meio ambiente e a
sustentabilidade dos seres vivos.
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CAPÍTULO I
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA
Conforme levantamento estatístico disponibilizado pelo Conselho
Federal de Farmácia (CFF) baseado nos relatórios de atividades fiscais dos
Conselhos Regionais de Farmácia, até dezembro de 2009, o Brasil contava
com 550 indústrias farmacêuticas, 79.010 drogarias, 7.164 farmácias com
manipulação, 8.284 farmácias públicas e 5.490 farmácias hospitalares.
No Brasil, as vendas totais de medicamentos em 2009 somavam R$
30,2 bilhões ficando em oitavo lugar, a expectativa que nos próximos três anos
haja um crescimento desse mercado dentre 8 e 11% até 2013 o que, são
consideradas elevadas comparativamente as expectativas de expansão global
que deveria ficar entre 2 e 5%.
Com o aumento da população e do consumo, o lixo tornou-se um
dos maiores problemas no mundo. Somente no Brasil, são geradas diariamente
241 mil toneladas de lixo, sendo 90 mil produzidas nos domicílios. Na cidade
de São Paulo, o volume chega a cerca de 10 mil toneladas por dia.
Para alguns produtos e embalagens, como a latinha de alumínio e o
papelão, a participação da população na coleta e reciclagem é fundamental.
Em 2009, pela oitava vez consecutiva, o Brasil foi campeão mundial na
reciclagem de latinhas – do total de latas de alumínio para bebidas
comercializadas no mercado interno em 2008, 91,5% foram recicladas.
Há, no entanto, uma série de produtos que ainda precisam de
solução para o descarte correto, como programas de coleta específicos e
conscientização da população. No caso dos medicamentos, as embalagens
primárias – aquelas que têm contato direto com o produto, como comprimidos
em blisteres ou em cartelas, xarope nos vidros e até ampolas de injeção e
seringas, por exemplo – é considerado um resíduo perigoso e constituem risco
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ambiental, uma vez que a maioria das pessoas descarta esses produtos no lixo
doméstico ou no vaso sanitário, contaminando o solo e a água. Somente no
varejo são vendidas, aproximadamente, 170 milhões de unidades de
medicamentos e/ou produtos farmacêuticos por mês.
De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada nº. 80, de 11 de
maio de 2006, as farmácias e drogarias podem fracionar medicamentos a partir
das embalagens especialmente desenvolvidas para essa finalidade, de modo
que possam ser dispensados em quantidades individualizadas para atender as
necessidades terapêuticas de usuários de medicamentos, considerando as
exigências legais envolvidas para tal prática. Essa medida foi criada
considerando, principalmente, o desperdício de medicamentos e as
consequências de utilização decorrente das sobras para a prática da
automedicação.
Entretanto, cabe aqui salientarmos que mesmo o usuário tendo o
número correto de unidades posológicas para o tratamento, esse fato não
garante que a adesão ao tratamento estabelecido seja efetivada e, portanto,
caso não seja cumprido o esquema posológico proposto, a sobra também
estará presente.
Em relação à contaminação das águas, o lançamento de resíduos
de fármacos no ambiente através de esgotos domésticos, tratados ou não, é a
principal rota de entrada.
No entanto, devem ser considerados os efluentes rurais, a presença
de fármacos no esterco animal utilizado para adubação de solos e a disposição
inadequada após expiração do prazo de validade.
O resíduo gerado por desperdício de medicamentos não é verificado
somente no Brasil. Estudo recente conduzido em Portugal verificou que 21,7%
dos medicamentos prescritos não são aproveitados, considerando como
causas a inadequação das unidades constantes nas apresentações ao
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tratamento prescrito e a não adesão dos pacientes ao esquema posológico
estabelecido, gerando um impacto nos encargos financeiros relacionados ao
co-financiamento do Sistema Nacional de Saúde de Portugal.
A utilização de antibióticos foi objeto de estudo realizado em Santa
Catarina, verificando que parte da população interrompe o tratamento com
essa classe terapêutica sem motivo justificável além de que, de maneira geral,
a população amostrada não possui informação e dimensão a respeito da
resistência bacteriana, acrescido ao fato da geração de resíduo que em algum
momento será descartado.
A sobra de medicamentos decorrentes de utilização em
enfermidades anteriormente apresentadas, foi evidenciada através de estudo
realizado onde um grande número de domicílios cujos moradores são usuários
do SUS, não aderiram ao tratamento posológico prescrito trazendo, assim,
como possíveis consequências os insucessos terapêuticos e a geração de
resíduos.
O problema de resíduos liberados ao meio ambiente é muito amplo e
devemos considerar neste contexto, também, a eliminação dos medicamentos
depois de administrados e que estarão contribuindo, também, com a
contaminação ambiental.
A taxa de excreção da forma inalterada depende do fármaco, da
dose e do indivíduo. De modo geral, 40 a 90% da dose administrada são
excretados em sua forma original e a maior parte dos fármacos que chega aos
ETEs, são provenientes de excreção metabólica após prescrição na medicina
humana e veterinária. Os estrogênios sintéticos se constituem classe de
fármacos intensamente discutida, considerando os possíveis efeitos adversos
correspondentes por interferirem no desenvolvimento e reprodução de
organismos aquáticos, além de estarem relacionados ao desenvolvimento de
vários tipos de cânceres em humanos. Estudo envolvendo peixes jovens da
espécie Rutilus rutilus, que foram expostos a estrogênios sintéticos além de
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outros perturbadores endócrinos, evidenciou uma feminização dos peixes
machos.
1.1 Conseqüências
Existe falta de informação quanto ao procedimento correto de
descarte de medicamentos não utilizados e/ou vencidos por grande parte da
população. O descarte de medicamentos vencidos no lixo comum poderá trazer
comprometimento à saúde pública considerando a nossa realidade nacional
onde existem pessoas que sobrevivem de restos adquiridos nos lixões da
cidade, sendo expostas aos riscos inerentes a esse tipo de produto.
De maneira geral, o descarte de medicamentos é realizado no lixo
doméstico em razão de desconhecimento de informações sobre o destino
correto conforme evidenciado em estudos.
1.2 Condutas estabelecidas em alguns países e aplicadas em
estados Brasileiros
Nos Estados Unidos da América do Norte, segundo a Food and Drug
Administration Agency, quando um medicamento tem sua data de validade
expirada, é recomendada a retirada de todos os comprimidos, cápsulas ou
drágeas de suas embalagens primárias e colocá-los em saco plástico
misturando-os com lixo orgânico (borra de café, por exemplo), que deverá ser
descartado no lixo comum, o qual faz com que outras pessoas quando os
encontrar fique desencorajado a consumi-los. Já em relação aos
medicamentos líquidos, a orientação é que sejam esvaziados em pia e o frasco
descartado em lixo comum. Aparentemente não há a preocupação em relação
ao descarte de medicamentos no esgoto ou lixo comum.
Em São Paulo, um projeto de Lei Municipal nº 272/10, publicado em
17 de junho de 2010, dispõe sobre a implantação de pontos de entrega
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voluntária de medicamentos vencidos e institui a política de informação sobre
os riscos ambientais causados pelo descarte incorreto desses produtos, no
âmbito da cidade em questão. A responsabilidade pelo recolhimento e
destinação final dos medicamentos vencidos coletado em cada ponto
implantado para esse fim será do poder executivo, por meio do — RG do
competente.
Demonstrando preocupação com o meio ambiente, recentes
iniciativas de orientação à população foram estabelecidas por supermercados
na cidade de São Paulo/SP na criação de postos de coleta de medicamentos
vencidos e também de embalagens primárias (ampolas, frascos de vidro,
cartelas vazias etc.) que serão encaminhados à incineração cujo
processamento será coordenado pelo Departamento de Limpeza Urbana da
Prefeitura de São Paulo. Além disso, as embalagens secundárias e as bulas
serão descartadas em postos comuns de reciclagem de papel.
Em Curitiba, no estado do Paraná, são encontrados postos de
recolhimento de medicamentos vencidos, em pontos de ônibus além de
caminhões, que ficam estacionados em pontos estratégicos, cujo endereço
está disponível no site da Prefeitura Municipal para o recolhimento de lixos
domésticos, considerados impróprios para o descarte no lixo comum.
Importante que saibamos como os outros países estabelecem
condutas, para minimizar o impacto ambiental decorrente do descarte
doméstico de medicamentos, e com a análise dos modelos existentes, poderão
delineadas ações para serem utilizadas em nosso país.
Em Portugal, existe um sistema integrado de gestão de resíduos de
embalagens e de medicamentos que realiza o recolhimento de medicamentos,
bem como de suas embalagens, em postos de coleta instalados em drogarias e
em pontos de fácil acesso para os consumidores em todo o território nacional,
como também realizam o recolhimento de embalagens e medicamentos de uso
veterinário, que a partir de uma seleção e segregação de embalagens, as envia
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para reciclagem e, quanto aos medicamentos o destino é a incineração. Este
trabalho está engajado também às campanhas de conscientização da
população para o descarte nos postos de coleta dispersos pelo país.
Neste contexto, o Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de
Embalagens e Medicamentos (SIGREM) de Portugal recebeu cerca de
seiscentas toneladas de embalagens e medicamentos fora do prazo de
validade.
A resistência bacteriana é um problema de saúde pública ambiental
e mundial, que limita o tratamento de infecções em razão ao surgimento de
bactérias resistentes aos antibióticos e interfere no equilíbrio dos ecossistemas,
que poderá ser em decorrência tanto pelo mau uso dos antimicrobianos quanto
pelo descarte das eventuais sobras no ambiente.
Em se tratando do manejo de resíduos contendo substâncias como
hormônios (produtos que os contenham), antimicrobianos, citostáticos,
antineoplásicos, imunossupressores, digitálicos, imunomoduladores,
antirretrovirais, bem como resíduos de produtos e insumos farmacêuticos
sujeitos ao controle especial, especificados pela Portaria de nº 344/98, a
regulamentação sanitária orienta que devem ser submetidos a um tratamento
ou disposição final específicos, o que compreende disposição em aterros de
resíduos perigosos ou que possam ser encaminhados para sistemas
licenciados de disposição final.
É importante frisar que o consumidor, em razão da sua inerente
vulnerabilidade, deve ser tratado com o elo mais frágil da cadeia de produção e
consumo. Na definição de seu papel na logística reversa para os
medicamentos vencidos, embalagens e demais resíduos gerados por seu
consumo, deve-se sempre pensar na sua comodidade, estabelecendo-se um
sistema prático de coleta pós-consumo, em postos de fácil acesso, de
preferência instalados no mesmo lugar em que o produto foi adquirido, ou seja,
nas farmácias e drogarias.
21
É fundamental, entretanto, que a incineração esteja interconectada a
um sistema avançado de depuração de gases e tratamento/recirculação de
líquidos de processo, considerando que os gases efluentes de um incinerador
carregam grandes quantidades de substâncias em concentrações muito acima
dos limites das emissões legalmente permitidas e necessitam de tratamento
físico-químico para a remoção e neutralização de poluentes decorrentes do
processo térmico empregado.
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CAPITULO II
2 DESCARTE INADEQUADO DOS MEDICAMENTOS POR FALTA DE INFORMAÇÃO
O destino dos medicamentos que sobram de tratamentos finalizados
e dos que são comprados em quantidades desnecessárias são guardados para
serem utilizados novamente.
Assim, a falta de tempo para ir ao médico ou a carência de
atendimento de consultas gratuitas, ou o acreditar que não é necessário
procurar um médico faz com que se utilizem prescrições anteriores.
(GASPARINI, 2010).
Quanto à questão da devolução de medicamentos não utilizados ás
farmácias, a fim de evitar o seu descarte ainda dentro do prazo de validade, a
questão passa por aspectos delicados quanto ao desconhecimento de como
este medicamento foi armazenado uma vez que freqüentemente não está de
acordo com as condições especificadas pelo fabricante para manutenção da
integridade do medicamento e, portanto, a sua estabilidade comprometendo,
assim, a possibilidade de sua utilização por outros segmentos da sociedade.
Em relação ao gerenciamento dos resíduos, tais princípios devem
ser considerados: reduzir, segregar e reciclar. A primeira providência para um
melhor gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde é a redução no
momento da geração. Evitar o desperdício é uma medida que tem um benefício
duplo: economia de recursos não somente em relação ao uso de materiais,
mas também em seu tratamento diferenciado. A segregação correta dos
resíduos garante o encaminhamento para coleta, tratamento e disposição final
especial dos resíduos que realmente necessitam desses procedimentos,
reduzindo as despesas com o tratamento ao mínimo necessário.
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O mesmo autor afirma que a população é a peça chave na solução
dos problemas causados pelos medicamentos quando inadequadamente
descartados no ambiente. Porém, para que esse papel seja exercido de forma
consciente e absoluta, é necessária a educação juntamente com a consciência
ambiental e o acesso à informação ambientalmente correta, para que assim,
com essa informação, possa exercer, de forma plena, a defesa da
sustentabilidade.
Ainda, conforme Gasparini (2010), “o descarte inadequado é feito
pela maioria das pessoas por falta de informação e divulgação sobre os danos
causados pelos medicamentos ao meio ambiente e por carência de postos de
coleta”. (2010, p.42)
Para tal, a falta de informação faz com que as pessoas descartem
esses medicamentos no lixo comum ou em vasos sanitários, mas conforme
Sotoriva (2009), o sistema de esgoto brasileiro não está preparado para fazer o
tratamento adequado de resíduos tóxicos provenientes de medicamentos que
são atirados na pia ou no vaso sanitário.
Existem algumas tendências básicas quanto às tentativas de
minimização desses resíduos: reciclagem, incineração completa e aterros
sanitários.
A incineração e os demais processos de destruição térmica
constituem hoje um conjunto de processos que tem importância relevante em
decorrência de suas características de redução de peso, volume e da
periculosidade dos resíduos, e conseqüentemente a agressão ao meio
ambiente. Esta importância tende a crescer no Brasil, como vem ocorrendo
nos países desenvolvidos, devido às dificuldades de construção de novos
aterros e necessidade de monitoramento ambiental do local do aterro por
longos períodos, inclusive após a desativação.
24
Figura1: Descarte Irregular de medicamentos em Picos (Extraído do BLOG, 2012).
No entanto, o descarte inadequado de medicamentos vencidos pode
causar sérias intoxicações no ser humano e também no meio ambiente. “Os
remédios têm componentes resistentes que se não forem tratados acabam
voltando para nossa casa e a gente pode até consumir água com restos de
remédios. Eles são produtos químicos e não podem ser jogados no lixo
comum. (NASCIMENTO, 2008, p. 01)
2.1 Como descartar medicamentos e embalagens de produtos
farmacêuticos:
ü Todos os medicamentos devem ser descartados em sua embalagem
original, por exemplo: cartela de comprimidos, vidro de xarope, bisnaga
com pomadas e cremes etc.; tomando o cuidado de deixar as
embalagens sempre fechadas. Não é necessário destacar os
comprimidos.
25
ü Seringas e agulhas também podem ser descartadas. O ideal é a
utilização de um recipiente rígido para armazenagem como, por
exemplo, latas de achocolatados, eliminando o risco de acidentes.
ü Caixas de medicamentos e bulas (papel) devem ser entregues nas
Estações de Reciclagem, uma vez que as mesmas não tiveram contato
direto com o medicamento.
Figura 2: Descarte Correto de Medicamentos (Extraído do BLOG, 2012).
26
2.2 Dicas de como armazenar os medicamentos em casa
ü Guardar os medicamentos juntamente com as bulas e em suas
embalagens originais;
ü Os medicamentos devem ser guardados longe da luz, umidade e do
calor e, em alguns casos, devem ser armazenados em geladeira. Leia a
bula/embalagem para verificar qual a condição ideal de armazenagem e
conservação;
ü Alguns efeitos indesejados podem ocorre do armazenamento errado ou
de produtos vencidos;
ü Os medicamentos não devem ficar ao acesso de crianças;
ü Ao adquirir medicamentos verifique o prazo de validade;
ü O descarte correto dos medicamentos deve ser feitos em postos de
coleta presentes em farmácias, unidades básicas de saúde e unidades
de saúde da família e nunca descartá-los em pias, vasos sanitários ou
lixo doméstico;
ü Medicamentos que não estejam vencidos e em perfeitas condições de
uso, podem ser entregues para doação, em farmácias comunitárias,
abrigo de idosos, etc, desde que a instituição tenha um farmacêutico
responsável, que fará uma avaliação do estado desses medicamentos.
O conhecimento popular de que os medicamentos vencidos não apresentam
mais efeito, sendo assim isentos de quaisquer atividades farmacológica e/ou
biológica é um equívoco. Estes produtos geralmente continuam apresentando
ação às vezes menos intensas, porém, mais tóxicas sobre os organismos
vivos, como o ser humano, peixes e bactérias, entre outros.
2.3 - Uso racional de medicamentos
O uso racional de medicamentos é uma questão que vem sendo
discutida pela população em que a adequação posológica ao número de
unidades seria uma das soluções para minimizar o consumo excessivo de
medicamentos.
27
De acordo com Gasparini (2010), os medicamentos são essenciais
para a manutenção da saúde da população, porém, a mídia dá um grande
incentivo ao consumo excessivo de medicamentos e isso faz aumentar o
acúmulo de medicamentos não utilizados nas residências.
Na verdade são vários fatores que influenciam o consumo de
medicamentos, entre eles pode-se citar a propaganda, a oferta de
medicamentos, as doenças, as prioridades do sistema de saúde e suas
estruturas. Sabe-se que a publicidade é, sem dúvida, o fator predominante para
o uso racional, pois a indústria farmacêutica gasta boa parte de seu orçamento
em publicidade e acaba convencendo a população da cura de doenças
utilizando certos medicamentos. O consumo de medicamentos, como já citado,
também está relacionado com os recursos econômicos e humanos destinados
ao serviço de saúde, no qual no Brasil existem programas de saúde que
distribuem gratuitamente a maioria dos medicamentos básicos para diversos
tratamentos de saúde, sendo que esta distribuição gratuita é importante para
quem realmente necessita de medicamentos, mas também é um incentivo para
o consumo exagerado sem real necessidade de um tratamento.
De acordo com Laporte (1985), existem muitos medicamentos
inúteis, em que a sua eficácia terapêutica jamais foi comprovada, sendo que
alguns são usados para tratamento de problemas que têm raízes sociais e não
podem ser resolvidos com remédios, mas os fabricantes e as farmácias
exercem pressão para expandir constantemente o mercado sem procurar
preencher uma necessidade real.
Portanto, o uso racional de medicamentos indica observância do
princípio de que, a não geração de resíduos incluídos a estes, os
medicamentos, passam pelo adequado gerenciamento na fabricação,
distribuição, venda e prescrição dos mesmos. Para adequar o consumo à
produção crescente de tecnologias, a sociedade contemporânea necessita
encurtar cada vez mais a temporalidade das ações, eliminando a durabilidade
dos bens e tornando-os rapidamente substituíveis. O medicamento moderno é
28
parte dessa sociedade que, por meio de significados simbólicos, também
produz necessidades de consumo que devem incorporar os bens que são
produzidos em escala.
No entanto, para o consumo de medicamentos é necessário
observar sua validade e aparência, pois medicamentos utilizados fora desse
prazo podem causar efeitos indesejados e oferecer riscos à saúde. Segundo a
ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o prazo de validade de um
medicamento, corresponde ao tempo durante o qual o produto poderá ser
usado, caracterizado como período de vida útil e fundamentada nos estudos de
estabilidade específicos. (ANVISA, 2010).
Portanto, enquanto os medicamentos vencidos aguardam a
mobilização das condições adequadas de descarte, devem permanecer em
recipientes adequadamente identificados em locais discriminados dos demais e
também identificado para impedir de forma inequívoca que sejam utilizados
inadequadamente.
2.4 Contexto Legal – Medicamento
ü Lei nº 5991/1973 - Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de
drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos.
ü Lei nº 6360/1976 - Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam
sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos .
ü Portaria nº 3.916/1998 - Política Nacional de Medicamentos.
ü Resolução CNS nº 338/2004 - Política Nacional de Assistência
Farmacêutica.
29
2.5 Contexto Legal – Resíduo
ü Resolução CONAMA nº. 358, de 29 de abril de 2005
Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços
de saúde e dá outras providências.
ü Lei nº. 11.445, de 05 de janeiro de 2007
Estabelece as Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico.
ü Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
ü Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010
Regulamenta a Lei nº 12.305/2010.
ü Portaria 344/98 e a Instrução Normativa n°. 6/2009 - Regulamento
Técnico de substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial.
ü Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº. 306/2004 - Regulamento
Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
ü Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº. 56/2008 - Boas Práticas
Sanitárias no Gerenciamento de Resíduos Sólidos nas áreas de Portos,
Aeroportos, Passagens de Fronteiras e Recintos Alfandegados.
ü Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº. 81/2008 – Regulamento
Técnico de Bens e Produtos Importados.
ü Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº. 88/2008 - Proíbe em
inaladores a presença do gás CFC, um propulsor que danifica a camada
protetora de ozônio.
ü Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº.44/2009 – Dispões sobre
Boas Práticas em Farmácias e Drogarias.
30
2.6 Contexto legal – Projetos de Lei
ü PLC N° 595/2011 - Altera o Artigo 6ª à Lei 5.991/1973, para dispor sobre
o recolhimento e o descarte consciente de medicamentos.
ü PLS N° 148/2011 - Altera a Lei nº 12.305/2010, para disciplinar o
descarte de medicamentos de uso humano ou de uso veterinário.
ü PL N° 396/2011 -Dispõe sobre o fracionamento de medicamentos.
ü PLS N° 229/2010 - Altera a Lei nº 12.305/2010, que institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos, para dispor sobre o gerenciamento dos
resíduos de serviços de saúde pelos Municípios.
ü PLS N° 8044/2010 - Institui a Política Nacional de Medicamentos.
ü PL N° 5.087/2009 - Obriga as industrias farmacêutica e as empresas de
distribuição de medicamentos, a dar destinação adequada a
medicamentos com prazos de validade vencidos e dá outras
providências.
ü PLS N° 259/2008 - Altera a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976,
para dispor sobre a impressão do número do lote e das datas de
fabricação e de validade de medicamentos.
ü PL N° 718/2007 - Altera o Decreto-Lei nº 467/1969, para dispor sobre a
devolução de embalagens vazias de produtos de uso veterinário.
ü PL N° 7.029/2006 - Acrescem dispositivos ao art. 22 da Lei nº
6.360/1976, para dispor sobre registro e fracionamento de
medicamentos para dispensação, e dá outras providências.
ü PL N° 1.564/2003 - PLC61/2006 - Altera a Lei nº 9.787/1999, dispondo
sobre a prescrição de medicamentos pela
31
ü PL N°3.125/2000 - Alteram dispositivos da Lei nº 7.802/1989, que dispõe
sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e
rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a
propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o
destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o
controle, a inspeção de agrotóxicos e afins, e dá outras providências.
2.7 Ações Propostas
ü Realização de painéis e seminários regionais / estaduais.
ü Inserir o tema descarte de medicamentos nas Conferências de Saúde.
ü Fortalecimento das ações do Grupo de Trabalho Temático de
Medicamentos – GTT de Medicamentos, no âmbito da PNRS.
ü Participação da discussão de regulamentação sobre o tema no
Congresso Nacional e nas instâncias estaduais e municipais
ü Incentivo à realização de painéis e seminários regionais, estaduais e
municipais.
ü Inserir o tema descarte de medicamentos nas Conferências de
Saúde/2011.
ü Fortalecimento das ações do Grupo de Trabalho Temático
Medicamentos – GTT, no âmbito da PNRS.
ü Participação da discussão de regulamentação sobre o tema no
Congresso Nacional e nas instâncias estaduais e municipais
2.7.1 O que é o GTT de Medicamentos?
O Grupo de Trabalho Temático (GTT) de Medicamentos foi criado
em 16 de março de 2011, pelo Grupo Técnico Assessor – GTA do Comitê
Orientador para a implantação da Logística Reversa no País, no âmbito da
PNRS. O GTT de Medicamentos é coordenado pelo Ministério da Saúde com o
apoio da Anvisa, constituído por representantes do Poder Público, do setor
32
empresarial da cadeia farmacêutica, das entidades de classe e da sociedade
civil.
O GTT tem caráter provisório, com data de término do trabalho em
seis meses, podendo ser prorrogado por mais seis meses.
2.7.2 Objetivo do GTT de Medicamentos
Elaborar proposta de logística reversa de resíduos de
medicamentos, dentro dos parâmetros estabelecidos pela PNRS, subsidiando
a elaboração do Edital de chamamento para Acordo Setorial, dando
embasamento ao GTA e ao Comitê Orientador na tomada de decisões
pertinentes ao tema.
2.7.3 Objetos do GTT de Medicamentos
ü Estudos de viabilidade técnica e econômica da implantação da logística
reversa
ü Avaliação dos impactos sociais e econômicos da Logística Reversa de
Medicamentos
ü Edital de chamamento para Acordo Setorial
33
CAPÍTULO III
3 DESTINO FINAL DOS MEDICAMENTOS
A sociedade atual enfrenta um grande problema, pois mesmo
sabendo que os medicamentos não devem ser descartados em qualquer lugar
do meio ambiente não existe um destino correto para os mesmos.
Segundo Silva (2005), desde tempos mais remotos, há registros
históricos de que as pessoas fazem uso de remédios com alguma finalidade
seja aliviar dores, prevenir ou curar doenças ou até mesmo na alteração do
humor, mas de forma inadequada, se automedicando e descartando os
medicamentos que restam do tratamento em lugares não adequados.
A destinação final dos resíduos de medicamentos ainda se resume
na adoção de soluções imediatas, em que quase sempre são fundamentadas
no simples descarte, predominando o descarte no lixo comum, pois conforme
Silva (2005), “lixo nada mais é do que o reflexo da sociedade que o produz,
quanto mais industrializada, rica tem-se mais resíduos pelo fato de consumir
mais”, (2005, p.15), e assim contribuindo na contaminação do meio ambiente.
A incineração de resíduos sólidos seria o destino adequado para os
medicamentos que necessitam ser descartados, pois segundo Bidone (2005) a
incineração é um processo de oxidação à alta temperatura que destrói ou reduz
o volume ou recupera materiais ou substâncias, ou seja, transformar os rejeitos
em materiais inertes, reduzindo peso e volume.
De acordo com Alvarenga / Nicoletti (2010),a incineração é atualmente a maneira indicada para destino e diminuição do volume dos medicamentos inutilizados, como método de evitar que estes sejam descartados indevidamente no ambiente, trazendo como conseqüências a poluição de água e solo, devemos considerar que a incineração por sua vez não é o método ideal, uma vez que gera emissão de gases tóxicos à atmosfera. (2010, p.38)
34
No entanto, existem dificuldades que apenas poderão ser superadas
com a integração de todos os envolvidos nessa questão. Segundo Silva (2005),
para tentar solucionar a questão da quantidade de lixo, propõe-se uma
mudança no comportamento social, principalmente nos padrões de produção e
consumo com a diminuição de medicamentos descartados.
Na Resolução n° 44 de 17 de agosto de 2009, a ANVISA dispõe no
artigo 93 que fica permitido às farmácias e drogarias participar de programas
de coleta de medicamentos a serem descartados pela comunidade com o
intuito de preservar a saúde pública e a qualidade do meio ambiente. Porém,
não há legislação específica para cobrar desses estabelecimentos à realização
destas campanhas, atribuindo então a responsabilidade para a comunidade em
devolver a esses lugares os medicamentos não utilizados.
Conforme a legislação brasileira, as farmácias não têm a obrigação
de receber remédios que não serão mais usados. Já os postos de saúde não
podem aceitar os medicamentos, mesmo dentro da data de validade, porque
não é possível saber como eles foram armazenados.
Os órgãos de saúde sabem que o problema existe, mas pouco faz
para solucioná-lo. As normas existentes dizem respeito aos estabelecimentos
de serviços de saúde. Porém, ainda não foram editadas normas que abranjam
o consumidor final com relação ao descarte de medicamentos, pois os estados
e municípios têm autonomia para criar as próprias leis que estabeleçam a
forma correta de se descartar os remédios.
Uma prática a ser adotada seria realizar a incineração, pois os
compostos formados ficam inertes, ou seja, não reagem e dessa forma não
acarretam riscos à natureza. Apesar das altas temperaturas garantirem o
processo, a vigilância sanitária exige testes no material após incineração para
garantir e documentar o procedimento.
35
Para que a incineração fosse uma solução, os medicamentos
descartados deveriam ser encaminhados a empresas autorizadas pela
vigilância sanitária. Porém, de acordo Sottoriva (2009), o problema do descarte
incorreto de medicamentos vencidos pelos cidadãos se dá pela falta de
divulgação sobre os problemas causados ao meio ambiente e também da
carência de postos de coleta. Infelizmente eles ainda são restritos nas cidades
brasileiras e algumas unidades de saúde ainda não estão preparadas para lidar
com essa situação.
A melhor solução seria o investimento na melhoria contínua do
processo e da estrutura para impedir que os produtos se tornem inservíveis
(por vencimento ou deterioração) durante o tempo de estocagem.
Essas mudanças e desastres não se restringem apenas ao ambiente
físico e biológico, mas também as relações sociais, econômicas e culturais.
Para tal, Silva (2005) afirma que “enquanto o homem não se conscientizar que
faz parte do meio ambiente e que não está acima deste, a natureza será cada
vez mais prejudicada, porém se houver tal consciência irá ocorrer uma
integração saudável e satisfatória para ambos levando ao equilíbrio”. (2005, p.
8).
36
CONCLUSÃO
Uma das discussões mais atuais está relacionada ao descarte de
medicamentos e seu impacto ambiental decorrente da contaminação do meio
ambiente.
A conscientização da população quanto ao descarte de
medicamentos não é somente um problema verificado em nosso país. Mesmo
os medicamentos que não são descartados e são consumidos (como parte do
processo de recuperação da saúde) acabam sendo eliminados no meio
ambiente. A destinação final dos resíduos de origem farmacêutica é um tema
relevante para a saúde pública decorrente das diferentes propriedades
farmacológica dos medicamentos que, inevitavelmente, se tornarão resídua.
Aparentemente não há a preocupação em relação ao descarte de
medicamentos no esgoto ou lixo comum.
Pois a responsabilidade pelo recolhimento e destinação final dos
medicamentos vencidos coletados em cada ponto implantado para esse fim
será do poder executivo.
O destino dos medicamentos que sobram de tratamentos finalizados
e dos que são comprados em quantidades desnecessárias são guardados para
serem utilizados novamente. Em relação ao gerenciamento dos resíduos, tais
princípios devem ser considerados: reduzir, segregar e reciclar.
A sociedade atual enfrenta um grande problema, pois mesmo
sabendo que os medicamentos não devem ser descartados em qualquer lugar
do meio ambiente não existe um destino correto para os mesmos.
A destinação final dos resíduos de medicamentos ainda se resume
na adoção de soluções imediatas, e que quase sempre são fundamentadas no
simples descarte, predominando o descarte no lixo comum, lixo nada mais é do
37
que o reflexo da sociedade que o produz, quanto mais industrializada, rica tem-
se mais resíduos, pelo fato de consumir mais, e assim contribuindo na
contaminação do meio ambiente.
O problema do descarte incorreto de medicamentos vencidos pelos
cidadãos se dá pela falta de divulgação sobre os problemas causados ao meio
ambiente e também da carência de postos de coleta, quando houver essa
conscientização com certeza o mundo viverá muito melhor.
Entre os aspectos positivos do trabalho, destaca-se a preocupação
dos órgãos envolvidos quanto ao descarte correto dos medicamentos e a
participação ativa nas atividades propostas, expondo suas concepções.
Partindo desse principio, a idéia proposta neste estudo, foi
fundamentado no esclarecimento da população e a implantação destes postos
para a melhoria e bem estar de todos os envolvidos.
Ao finalizar este trabalho, considera-se a relação com o meio
ambiente tão importante quanto à sua preservação. Assim, a contaminação dos
recursos ambientais por medicamentos descartados pode causar um grande
impacto ambiental.
As tecnologias e a inteligência humana não são eficientes para os
impactos que estão sendo causados ao meio ambiente. Portanto, a partir desse
trabalho foi possível mostrar que as iniciativas individuais são fundamentais
para a conscientização da humanidade, em que a ação de cada indivíduo é de
extrema importância para ajudar a preservar os recursos naturais.
38
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA
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39
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41
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
1 - CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA 15
1.1 - Consequências 18
1.2 – Condutas Estabelecidas em Países e Aplicadas nos
Estados Brasileiros 18
CAPITULO II
2 - DESCARTE INADEQUADO DOS MEDICAMENTOS
POR FALTA DE INFORMAÇÃO 22
2.1 – Como Descartar Medicamentos em
Embalagens de Produtos Farmacêuticos 24
2.2 – Dicas de como Armazenar os Medicamentos em Casa 26
2.3 – Uso Racional de Medicamentos 26
2.4 – Contexto Legal – Medicamento 28
2.5 – Contexto Legal – Resíduo 29
2.6 – Contexto Legal – Projeto de Lei 30
2.7 – Ações Propostas 31
2.7.1 – O que é o GTT de medicamentos 31
2.7.2 – Objetivo do GTT de medicamentos 32
2.7.3 – Objetos do GTT de medicamentos 32
42
CAPÍTULO III
3 – DESTINO FINAL DOS MEDICAMENTOS 33
CONCLUSÃO 36
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA 38
ÍNDICE 41