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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
GESTOR OU DIRETOR, QUEM É ESSA FIGURA NA ATUALIDADE DA
ESCOLA?
Por: Cristiane Louise Silva
Orientador
Prof.Drª Maria Claudia Dutra Lopes Barbosa
Rio de Janeiro
2009
2UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
GESTOR OU DIRETOR, QUEM É ESSA FIGURA NA ATUALIDADE DA
ESCOLA
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em. Administração e Supervisão Escolar
Por: Cristiane Louise Silva
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus, por me dar
força e sabedoria para poder vencer mais uma
etapa em minha vida; aos colegas de curso que me
apoiaram nessa jornada; ao apoio e paciência de
Jorge.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais e a minha filha.
5
RESUMO
O presente trabalho traz um breve estudo sobre a função do gestor na
escola. A gestão escolar é de extrema importância, tendo em vista que se
deseja uma escola que atenda às atuais exigências da vida social. Um dos
grandes desafios para o gestor escolar é envolver toda a comunidade
educativa na intencionalização da educação, como única forma possível de
superar o império da rotina e da burocracia que emperra os projetos de
mudança direcionados à obtenção da qualidade na educação. Uma função
primordial do gestor refere-se à condição participativa da gestão administrativa
e política da escola por meio da articulação de todos os setores da mesma. O
gestor incentiva a participação respeitando as pessoas e suas opiniões
desenvolvendo um clima de confiança entre os vários segmentos da
comunidade escolar e ajudando a desenvolver competências Bases da
Educação Nacional, garantindo aos estabelecimentos de ensino certo grau de
autonomia, acredita-se ser essencial rever os conceitos de gestão e gestor
escolar face à realidade do novo contexto educacional. Não são poucos os
conflitos que o gestor tem de gerenciar: relação educador, educando, escola,
comunidade, gestores/educadores.
6
METODOLOGIA
O presente trabalho baseou-se em pesquisas de caráter exploratório,
utilizando como instrumento coleta de dados bibliográficos sobre gestão, livros
do autor Vitor Henrique Paro, a LDBN entre outros, revistas, artigos e sites da
internet.
No primeiro momento buscou-se priorizar o trabalho de pesquisa para o
levantamento de autores e fontes que trabalhem com o tema “Gestor Ou
Diretor, Quem é Essa Figura na Atualidade da Escola?” Existindo dentro desse
processo à necessidade de dissecar os autores para o melhor entendimento
do estudo metodológico.
No segundo momento com o auxilio do orientador, a referida monografia
começou a ganhar forma dentro da perspectiva estudada, colocando em
prática os recursos disponíveis para a execução da obra.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I -
O PERCURSO DA ESCOLA PÚBLICA NO BRASIL 09
CAPÍTULO II
PAPEL DO GESTOR NA ESCOLA PÚBLICA 15
CAPÍTULO III
HÁ UM CARATER HORIZONTAL E DE GRUPO DE GESTÃO ATUAL? 22
CAPÍTULO IV
A DEMOCRACIA QUE PERMEIA A ESCOLA PÚBLICA BRASILEIRA 29
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 38
ÍNDICE 42
FOLHA DE AVALIAÇÃO 44
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho, cujo tema é Gestor ou Diretor, quem é essa figura na
atualidade da escola, tem por objetivo discutir as novas atribuições do gestor
na escola pública brasileira.
Neste trabalho, realizar-se-á por meio da leitura e análise de obras de
autores, uma discussão crítica da história da gestão educacional e da
transformação social. Para implementar uma gestão escolar, faz-se necessário
examinar seus aspetos essenciais de funcionamento, tais como a forma como
se organiza nossa sociedade, bem como os determinantes sociais que a
tornam mais conservadora, menos democrática ou transformadora.
Assim, na primeira parte, o objetivo deste trabalho será apresentar a
trajetória da escola pública ao longo da historia, bem como mostrar, na
segunda parte, o enfoque que será dado ao papel do gestor na escola pública,
examinando o caráter burocrático no qual se encontra faltando-lhe algumas
vezes tempo para cuidar da parte pedagógica.
No terceiro capítulo far –se –á importante salientar que a eficiência e a
eficácia no caráter horizontal do cargo em questão não representam
unanimidade na gestão pública contemporânea.
No quarto capítulo discutir-se-á se a democracia permeia a escola
pública brasileira.
9
CAPÍTULO I
O PERCURSO DA ESCOLA PÚBLICA NO BRASIL
Na história da educação no Brasil, houve uma grande diferença entre os
valores proclamados e os valores reais, (TEIXEIRA, 1961) e apesar de leis
aparentemente perfeitas, continuamos a vivenciar o analfabetismo, a
repetência, evasão, falta de condições mínimas de ensino, em todos os seus
itens.
No período colonial, (1530 a 1808) com o intuito de converter os índios à
fé católica, escondia a real intenção a que eles foram submetidos e à
imposição dos costumes europeus. A escola pública nesta época
corresponderia à pedagogia jesuítica (opus cit.,1961).
A pedagogia dos jesuítas exerceu grande influencia em quase todo o
mundo inclusive no Brasil. Chegaram aqui em 1549 e foram expulsos em 1759
e retornaram em 1847. Até hoje a educação tradicional os defende. A
educação dos jesuítas destinava-se a formação das elites burguesas. Os
jesuítas descuidaram completamente da educação popular (GADOTTI, 1999).
Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, a reforma pombalina tenta
implantar Aulas Régias e uma escola pública estatal com idéias iluministas,
sem sucesso. As aulas régias compreendiam o estudo das humanidades,
sendo pertencentes ao Estado e não mais restritas à Igreja. Foi a primeira
forma do sistema de ensino público no Brasil (AZEVEDO,1943).
A permanência praticamente inalterada do sistema das Aulas Régias no
Brasil da virada do século XVIII para o seguinte, estendendo-se ainda durante
o primeiro reinado, deveu-se à continuidade dos modelos de pensamento em
nossa elite cultural. Existiu um grande descompasso entre o pretendido pelo
governo monárquico – tanto o português quanto o brasileiro, após a
independência – e aquilo que as condições sociais e econômicas viriam
permitir, dentro de um modelo produtivo excludente, escravista e pautado
10numa mentalidade que contribuía para se perpetrar tal situação (CARDOSO,
2004).
No Império não foram alcançados os objetivos estabelecidos em forma
de leis: o ensino primário para todos, curso secundário regular e universidade.
Na República, continuamos com a fidelidade a essa regra: muda-se a lei e não
a realidade. Começam, então, as tentativas descontínuas e intermitentes de
organizar a educação pelo poder público (SAVIANI, 2004).
Saviani (opus cit.,) faz uma análise histórica e divide a trajetória da
escola pública em três períodos, respectivamente relatados a seguir.
1.1- A influência do iluminismo na escola (1890 – 1931)
Com o fim da abolição de escravatura (1888) e a Proclamação da
República (1889) instituiu-se no Brasil a idéia de que a escola seria a solução
dos problemas sociais. Sendo assim, houve uma tentativa de organizar um
sistema nacional de ensino, cuja tarefa seria instalar e manter escolas em
todos os povoados brasileiros. Por diversos motivos políticos sociais isso não
aconteceu, entre eles a descentralização total da instrução pública. Em 1892,
foi regulamentado um decreto que, desde 12 de março de 1890, estabelecia
uma reforma geral da instrução pública paulista, cujo maior objetivo era instalar
escolas-modelo de ensino médio e universitários graus, inspirando-se em
países como Alemanha, Suíça e Estados Unidos, fazendo a adaptação de
seus métodos à nossa necessidade (idem, 2004).
A escola pública de todos os fatores da instrução popular, deveria ser
bem dirigida sendo indispensável à instrução primária, largamente difundida e
convenientemente ensinada, mais isso não seria possível sem professores
bem preparados, e instruídos nos modernos processos pedagógicos e
adequado às necessidades da vida atual (idem, 2004).
A reforma da Escola Normal, derivou uma formação adequada de
professores e se tornou a pedra fundamental para a reorganização do ensino
11público. A eficácia da instrução coletiva dependia dessa qualificação para que
ocorresse essa tão esperada regeneração do ensino (SAVIANI, 2004).
A escola graduada organizava-se a cada ano escolar grau ou série.
Destinava-se a ensinar aos alunos matérias programáticas e grupo de
habilidades. Professores e livros de textos eram preparados e especificamente
para cada ano escolar. As diferenças individuais determinaram a maior
oportunidade para o aluno no sentido de vencer um grau ou série em um ou
mais anos letivos (SPERB,1976).
Foram criados, ainda em 1892, grupos escolares que substituíram as
escolas primárias isoladas, também chamadas de primeiras letras. Ou melhor,
as escolas agora reunidas, formavam grupos. Segundo Saviani (2004, p.24),
“uma escola era uma classe regida por um professor, que ministrava o ensino
elementar a um grupo de alunos em níveis ou estágios diferentes de
aprendizagem”. O método usado das escolas primarias isoladas adotava um
sistema com um único professor e alunos de diferentes fases de
aprendizagem. Já o outro grupo escolar tinha um diretor e tantos professores
para atender as escolas. Esses grupos escolares eram seriados, os alunos
passavam gradativamente de uma série para outra até a conclusão da última,
4ª série da instrução pública paulista.
Originários de São Paulo esses grupos se disseminaram pelos demais
estados, mas se tornaram um fenômeno tipicamente urbano pois no meio rural
ainda prevaleciam as escolas isoladas. Mas isso se deu em caráter provisório,
o que levou os grupos escolares a serem então conhecidos como escolas
primárias, sendo os dois termos tratados como sinônimos (SAVIANI, 2004).
1.2- Normatização Nacional do ensino com o Ideário
pedagógico Renovador (1931 – 1961)
A 1ª Constituição Federativa normatiza o ensino público como laico,
abolindo o ensino religioso das escolas oficiais, mas com a implantação do
12Ministério da Educação e Saúde Pública 1930, o ensino religioso foi
restabelecido (SAVIANI, 2004).
O ministério da Educação e Saúde pública, em 1931, estabeleceu
um conjunto de normas, chamados de Reforma Francisco Campos. As leis de
Campos foram: pelo Decreto nº 19.850 (11/4/1931), no qual foi criado o
Conselho Nacional de Educação; pelo decreto nº 19.851 (11/4/1931), dispôs
itens regulamentando e organizando o Ensino Superior, adotando o “regime
universitário”. Logo após, com o Decreto nº 19.852 (11/4/1931), foi criada a
Universidade do Rio de Janeiro, com o Decreto nº 19.890 (18/4/1931), criado o
ensino secundário, sob o Decreto nº 20.158 (30/6/1931), regulamentando o
ensino comercial e criada a profissão de contador. Nessa reforma o ensino
primário não foi contemplado (opus cit., 2004).
1.3- Reconstrução da Educação no Brasil
O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, lançado em 1932, cujo
objetivo era realizar uma reconstrução social através da educação, abrangendo
os diferentes níveis de ensino, desde a educação infantil até a universidade.
Em oposição a escola tradicional, o Manifesto defendeu a escola socializada,
ou seja, a escola reconstruída sobre a base da atividade e da produção, em
que se considera o trabalho em si mesmo, como fundamento da sociedade
humana. Assim a escola poderia restabelecer entre os homens o espírito da
disciplina, solidariedade e cooperação “realizando uma profunda obra social
que ultrapassa o quadro estreito dos interesses de classes”. (GHIRALDELLI,
2003, p.34).
O Manifesto estabeleceu dois tipos de escola: a escola
tradicional, voltada aos interesses classistas, em que a educação era um
privilégio, fornecida a condição econômica e social do indivíduo; a escola
socializada, cuja educação parte do caráter biológico, reconhecendo a todo o
indivíduo o direito a ser educado, sem discriminação de origem social e
econômica (opus cit., 2003).
13 Este Manifesto é um documento em defesa da escola pública igualitária,
com uma proposta de construção de um amplo e abrangente sistema nacional
de educação pública (GHIRALDELL, 2003).
Gustavo Capanema em 1934 deu continuidade ao processo de reforma
educacional, ao substituir Francisco de Campos no Ministério da Educação. A
implantação das reformas pelo novo ministério estabeleceu formas de ensino,
o primário foi desdobrado em ensino primário fundamental e ensino primário
supletivo. Ao primário fundamental, destinava-se a criança entre sete e dose
anos, foram previstas duas modalidades: o ensino primário elementar com
duração de quatro anos e o ensino primário complementar, de apenas um ano,
acrescentado ao curso primário elementar. O ensino primário supletivo, com a
duração de dois anos, destinava-se a adolescentes e adultos que não haviam
tido a oportunidade de freqüentar a escola na idade adequada. O ensino médio
ficou organizado em dois ciclos, o ginasial, com a duração de quatro anos, e o
colegial com a duração de três anos e, nos aspecto secundário e técnico-
profissional. O ramo profissional sub-dividiu-se em industrial, comercial e
agrícola, além do normal que mantinha interface com o secundário (SAVIANI,
2004)
1.4- Uniformização Normativa do Processo Educacional (1961 –
1996)
Mudanças no ambiente educativo marcaram a década de 1960, como a
criação de colégios de aplicação, ginásios vocacionais, colocando a pedagogia
em ebulição (opus cit., 2004).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 4.024 / 61) foi a
primeira a englobar todos os graus e modalidades do ensino, após 13 anos de
discussão. Suas características são de acordo com Piletti (2003):
- objetivos do ensino inspirados nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade;
- modificação na estrutura do ensino: pré-primário (até os sete anos); primário (quatro a seis anos de duração); ensino médio:
14ginasial de quatro anos e colegial de três anos; superior (graduação e pós-graduação);
-conteúdos curriculares diversificados, contendo algumas matérias obrigatórias (p.26).
A Lei 5.692 / 71 reformou a ensino primário e médio, tendo como seus
princípios básicos: integração vertical (dos graus, níveis e séries de ensino) e
horizontal (dos ramos de ensino e das áreas de estudo e disciplinas);
continuidade (formação geral) – terminalidade (formação especial);
racionalização – concentração, voltado à eficiência e produtividade com vistas
a se obter o máximo de resultados com o mínimo de custos; flexibilidade;
gradualidade de implantação; valorização do professorado; sentido próprio
para o ensino supletivo (SAVIANI, 2004).
Na década de 1960, a educação passou a ser vista como algo decisivo
para o desenvolvimento econômico do país. Em seguida, na década de 70,
buscou-se subordinar a educação aos interesses da classe dominante,
reforçando as relações de exploração. Uma década mais tarde, justifica-se a
existência da escola para formação da cidadania (opus cit., 2004).
Frigotto (1989) estabelece um vínculo entre escola e trabalho,
sintetizando sua tese em seu livro Produtividade da Escola Improdutiva, pois
para ele a escola (imediatamente) improdutiva é (mediatamente) produtiva).
15
CAPÍTULO II
PAPEL DO GESTOR NA ESCOLA
A palavra Gestão vem do verbo latino gero, gessi, gestum, gerere, cujo
significado é levar sobre si, carregar, chamar a si, executar, exercer e gerar.
Gestão democrática é um exercício de cidadania plena, e um avanço da
sociedade justa e igualitária (CURY,2005).
Paro (1996), desenvolve sua explicação sobre a natureza do processo
de produção pedagógico escolar com a finalidade de apreender aquelas
características que, pela especificidade, vão exigir a construção de uma teoria
da administração escolar que leve em conta essa natureza e especificidade,
em substituição aos princípios da administração empresarial capitalista
tomados como paradigma, até aqui dominante na Administração Escolar.
O diretor de escola de hoje, além de ter como missão o pensar a
educação e o seu fazer pedagógico, assumiu a função administrativa de uma
maneira muito mais próxima da que ocorre no mundo corporativo. Pesam
sobre ele agora, incumbências de um verdadeiro gestor, que busca
compreender os cenários em que o colégio está inserido e, a partir daí, projetar
ações de maneira a favorecer o seu crescimento (opus cit., 2000).
É preciso, portanto, que todos aqueles que de alguma forma dirigem ou
coordenam uma instituição de ensino, exerçam incessantemente os três
princípios básicos que norteiam o perfil do educador: caráter, compromisso e
competência. Demonstrando, por meio de sua conduta, a profunda convicção
de que o caminho para a pessoa, como ser individual, e como partícipe de um
processo coletivo, se dá por meio da educação, onde os conteúdos são
ferramentas para construir conhecimentos e proporcionar uma postura cidadã
que faça a diferença (TEIXEIRA,1961).
O administrador escolar necessita manter registro do tempo que dispõe.
Para tal, Drucker (1971) sugere que em primeiro lugar sejam identificadas as
16coisas que não precisam ser feitas. Em relação ao controle de tempo e seus
colaboradores em geral, o administrador faz bem em preocupar-se com o
tempo que ele mesmo toma dos colaboradores. Organizar o tempo diz respeito
principalmente, a forma como o administrador faz e executa seu plano de
direção. De nada valem planos pomposos e cheios de idéias quando, de
antemão, estão fadados a permanência no papel.è preciso que o plano se
baseie num diagnóstico de necessidades, e que enuncie claramente a
finalidade, os objetivos e as metas a atingir (SPERB,1976).
O Gestor Escolar desempenha múltiplas funções e atende às demandas
diversas que dependem de sua ação gerencial. A parte culminante e decisiva
do plano de direção e dos projetos, é o cronograma de execução do mesmo.
Enquanto esse cronograma deve constar metas a cumprir dentro de
determinado tempo, atentando-se para que os meios financeiros coadunem
com os compromissos de custos para o plano de direção (VIEIRA, 2006).
O Gestor deve possuir competências e habilidades que lhe permite
exercer forte liderança para adotar medidas que levem à construção de uma
escola efetiva, com base em uma cultura de sucesso, gerada e gerenciada no
interior da própria escola e aos princípios de uma gestão democrática e
participativa (opus cit.,2006).
LDBN (BRASIL, 1996) discutida com os diversos segmentos da
sociedade é considerada muito polêmica, visto por ter apresentado interesses
conflitantes e demorou dez anos para aprovação como lei propriamente dita,
incorporando a gestão democrática.
A escola deve ser administrada primeiramente com eleição do diretor
como um instrumento de gestão democrática. Esse processo é um conjunto de
estratégias na gestão escolar. Estratégias essas que tenham um envolvimento
participativo dos estudantes familiares e comunidade (opus cit., 1996).
Como dimensão desse novo modelo de gestão se institui o Projeto
Político-Pedagógico, pautado na concepção democrática de educação,
17sinalizando os interesses da comunidade educativa na construção de sua
autonomia com participação direta da comunidade escolar no processo
deliberativo. Esperava-se a partir da promulgação dessa lei que a gestão das
escolas alcançasse uma relativa autonomia administrativa e pedagógica para
construir o seu próprio caminho (LDBN , 1996).
2.1 - Gestão Escolar
O termo de Gestão Escolar, é recente e é importantíssimo para a vida
social atual. No sentido de formação dos cidadãos e de inserção social dos
mesmos. A gestão escolar tem como objetivos gerais e específicos atuando
de acordo com o perfil da comunidade dos educandos avaliando o
desempenho dos alunos, do corpo docente e da equipe escolar envolvida.
Suas especialidades estão pautadas no regime escolar e no Projeto Político-
Pedagógico, que é também chamado de Proposta Pedagógica da Escola.
(VEIGA, 2003)
Segundo Veiga (opus cit.) O PPP Define a escola, ou seja, resume suas
normas e principalmente traça metas a serem alcançadas por todos os
membros escolares. No sentido etimológico, o termo projeto vem do Latim
projeto, particípio passado do verbo projicere, que significa lançar para diante;
plano, inteiro desígnio; empresa, empreendimento. Esse documento é vital
para um bom funcionamento da escola, principalmente se a mesma possuir
uma gestão democrática, o Projeto Político Pedagógico servirá como exemplo
para que a escola alcance um ensino de qualidade e duradouro.
Os funcionários devem entender bem o que é um PPP, pois entender
isso é compreender o trabalho pedagógico na sua total plenitude, devem estar
na mesma freqüência, ou seja, deve-se dar direito de opinião para todos,
porem sempre respeitando o que é essencial e viável para a escola naquele
momento. O Projeto Político Pedagógico enquanto organização do trabalho da
escola como um todo, está diretamente ligado a princípios que são: igualdade
de condições de trabalho para os professores, para acesso e permanência na
escola dos alunos, qualidade de ensino, gestão democrática, liberdade e
18valorização do magistério, por isso que é fundamental sua aplicabilidade.
Esses pontos ou princípios são fundamentais para a escola e a comunidade,
pois é na manutenção dos mesmos que formamos cidadãos, por isso, que a
gestão escolar deve sempre olhar nesse sentido, ou seja, o pedagógico e não
somente em aspectos cotidianos ou materiais. A gestão de uma escola que
quer ter qualidade de ensino, não deve achar uma tarefa fácil, pelo contrário, é
uma tarefa árdua que deve sempre estar em reflexão coletiva com os membros
da escola e comunidade. Primeiramente os gestores devem ter em mente que
dividindo a gestão ou partilhando idéias entre todos, a escola cria sua
identidade própria e também resolve os problemas pertinentes daquela
comunidade, dando assim, lugar para que gerações futuras também possam
desfrutar desse método democrático, por isso que acreditar que todos nós
possamos entender esses processos, principalmente vindo de uma gestão
escolar é o pontapé inicial para a ação coletiva na escola (VEIGA, 2003).
A gestão democrática deixa os membros da escola flexíveis ao diálogo,
livres para opinarem, comprometidos com o espaço educativo, existe uma
organização não hierarquizada e em fim, todos são os protagonistas do ato de
gerir (GADOTTI, 1994).
Para que a escola represente um espaço democrático de idéias,
pensamentos, conhecimentos, faz-se necessário existir um respeito a
diversidade, as diferenças, as realidades que estão presentes no campo
educacional e que se chocam a todo momento , pois cada pessoa que está
presente no ambiente escolar tem sua opinião própria sobre o mundo que o
cerca , suas idéias, mitos e crenças, caberá ao gestor encontrar a melhor
maneira de lidar com essa pluralidade de pessoas de maneira agradável,
simpática respeitosa, conjunta a fim de que todos, juntos, promovam a real
função da escola que é ensinar a totalidade de seus alunos, com ensino de
ótima qualidade (opus cit.,1994).
O diretor tem que ser um administrador da gestão pedagógica e é
responsável pelo sucesso do projeto, auxiliando as tarefas dos coordenadores
19pedagógicos. Devido à sua posição central na escola, o desempenho de seu
papel exerce forte influência (tanto positiva, como negativa) sobre todos os
setores e pessoas da escola. É do seu desempenho e da sua habilidade em
influenciar o ambiente que depende, em grande parte, a qualidade do
ambiente e clima escolar, o desempenho do seu pessoal e a qualidade do
processo ensino-aprendizagem.Quanto maior for a escola e mais complexo for
o seu ambiente, mais árdua se torna a tarefa do diretor para desincumbir-se de
seu papel. Assim é que se promove em escolas de tamanho médio e grandes
a subdivisão das funções inerentes à posição do diretor e a possibilidade de o
mesmo delegar a execução de várias delas a outras pessoas, notadamente ao
supervisor escolar (LÜCK,1997).
2.2 - Atribuições Do Gestor Escolar
Torna-se necessário, também, discutir o papel do gestor escolar em
face à nova realidade que se delineia. Isso, necessariamente, passa pela
discussão das questões da administração da educação, tendo como centro a
problemática vivida no interior da escola, ou seja, aponta a escola como eixo
central, na discussão da escola , como um local onde se dá a apropriação de
serviços educacionais (PARO,1996).
A figura do gestor escolar, mais especificamente por ser ele a maior
autoridade no âmbito da escola, pode se tornar um grande obstáculo para que
a mesma se torne mais democrática. Por ser o gestor a autoridade máxima na
escola, autoridade que lhe é conferida pelo Estado ou Município, ele possui um
caráter geralmente autoritário e centralizador, de maneira que estabelece uma
hierarquia na qual ele deve ser o chefe de quem partem todas as ordens na
unidade escolar (opus cit.,1996).
Conforme relata Paro (idem), o gestor centralizador não contribui para
implantação de uma gestão democrática da escola, forma uma imagem
negativa da pessoa do gestor.
20Dentre as funções do gestor, destacam-se: organização e articulação de
todas as unidades competentes da escola; controle dos aspectos materiais e
financeiros da escola; articulação e controle dos recursos humanos; articulação
escola-comunidade; articulação da escola com o nível superior de
administração do sistema educacional; formulação de normas, regulamentos e
adoção de medidas condizentes com os objetivos e princípios propostos;
supervisão e orientação a todos aqueles a quem são delegadas
responsabilidades; dinamização e assistência aos membros da escola para
que promovam ações condizentes com os objetivos e princípios educacionais
propostos; liderança e inspiração no sentido de enriquecimento desses
objetivos e princípios; promoção de um sistema de ação integrada e
cooperativa; manutenção de um processo de comunicação claro e aberto entre
os membros da escola e entre a escola e a comunidade; estimulação à
inovação e melhoria do processa educacional; representar a escola em atos
oficiais e atividades da comunidade (PARO,1996).
Paro (opus cit.,), destaca também que o gestor deve aprovar
regulamentos, de acordo com o regimento da escola; responder pelo
cumprimento, no âmbito da escola, das leis, regulamentos e determinações,
bem como dos prazos para execução dos trabalhos estabelecidos pelas
autoridades superiores; expedir determinações necessárias à manutenção da
regularidade dos serviços; delegar competências e atribuições a seus
subordinados, assim como designar comissões para tarefas especiais; decidir
sobre petições, recursos e processos de sua área de competência, ou remetê-
los aos órgãos competentes, nos prazos legais; apurar ou fazer apurar
irregularidades das tome conhecimento; aprovar a escala de férias dos
servidores da escola; autorizar retirada de funcionários durante o expediente;
propor a designação ou dispensa de empregados que estão sob sua
subordinação; encaminhar ofícios aos órgãos públicos e privados; conferir a
folha de pagamento do pessoal da Unidade Escolar; observar a merenda
escolar; conferir mensalmente, coordenar a promoção de eventos com a
finalidade de captar recursos para a escola ; tomar providências em relação a
21reparos da parte física do prédio da escola ; conferir e assinar documentos
diariamente.
Apesar de o modelo de gestão escolar apresentado ter um caráter
extremamente centralizador e burocratizante, que absorve praticamente a
maior parte do tempo do trabalho do gestor escolar, caberá a ele encontrar
mecanismo para conciliar o trabalho administrativo e o trabalho pedagógico,
mesmo porque não há como suprimir um ou o outro. Ambos são necessários
ao gerenciamento da escola. O que tem acontecido, em muitos casos, e não
na maioria das vezes, é a preponderância do administrativo sobre o
pedagógico. O que deve ficar claro para o gestor escolar é que o administrativo
deve estar a serviço do pedagógico, isto é, deve servir de suporte para a
consecução dos objetivos educacionais da unidade escolar. Entretanto, na
gestão de uma escola, a preponderância dos aspectos pedagógicos sobre os
aspectos administrativos ainda é, para muitos gestores, um grande desafio a
ser vencido.Uma escola que não atende as pessoas e a comunidade não é
uma instituição comprometida com o social, com o pedagógico e,
conseqüentemente, com uma educação de qualidade. Para que a escola seja
um local de participação e caminho para a democracia, há uma pessoa-chave,
o gestor, o qual necessita, porém, realizar uma transição da figura do
gestor/capataz para a figura do educador dirigente (opus cit., 1996).
O gestor escolar tem de se conscientizar de que ele, sozinho, não pode
administrar todos os problemas da escola. O gerenciamento escolar é um
grande desafio, já que pode haver uma preponderância dos aspectos
administrativos sobre o pedagógico o que deve ficar claro para o gestor é que
o administrativo deve estar a serviço do pedagógico. O gestor escolar tem que
ter consciência de que ele sozinho não pode administrar todos os problemas
da escola e que o caminho é a descentralização, isso é compartilhar as
responsabilidades com alunos, pais, professores e funcionários (idem, 1996).
22
CAPÍTULO III
HÁ UM CARÁTER HORIZONTAL E DE GRUPO DE
GESTÃO ATUAL?
A escola em sua contribuição cognitiva tem por finalidade abranger um
conjunto de unidades referente ao saber e desenvolvimento da consciência do
indivíduo, que se baseiam nas representações, pensamentos e lembranças;
cuida do processo de aquisição do conhecimento científico e cultural. Nessa
perspectiva, conforme Dowbor (1998, p. 259), a escola deixará de ser
“lecionadora” para ser “gestora do conhecimento”. Segundo o autor, “a
educação tem a possibilidade de ser determinante sobre o desenvolvimento”.
Em sua diversidade, a escola, deveria trabalhar para que seus alunos, sua
comunidade, consigam interagir com outras pessoas respeitando a diversidade
cultural da sua comunidade escolar.
Segundo Bordenave (1994), nenhum homem é uma ilha, desde sua
origem vive agrupado com seus pares e participando da história e da vida
social. O homem é indispensável para o processo de participação. O autor nos
faz refletir sobre a participação como um mecanismo de respeito e necessário
a vida do ser humano.
O ato de administrar, gerenciar uma instituição de ensino necessita ser
repensado; neste sentido, se faz necessário articular no exercício da gestão da
escola os indivíduos que a compõem (opus cit.,1994).
Desde o início da sua existência, o homem convive com a
administração, pois ele nasce numa sociedade a qual já está organizada pelo e
para o homem ( idem,1994)
Paro (2000) enfatiza que a administração escolar precisa saber buscar
na natureza própria da escola e dos objetivos que ela persegue os princípios,
23métodos e técnicas adequados ao incremento de sua racionalidade. Afinal o
trabalho desenvolvido na escola, consiste na transmissão e construção do
saber envolvendo o comportamento humano, que não se contém nos limites
da máquina empresarial.
O método de organização da escola propicia uma relação que nega a
participação da comunidade na gestão escolar. Centraliza toda decisão no
diretor ao invés de estabelecer uma relação democrática entre os sujeitos da
autonomia escolar. Ainda, há uma estrutura hierárquica, de relações verticais,
que precipita numa relação de sujeição. O diretor, no seu papel de autoridade
máxima da escola, é visto como o detentor do conhecimento administrativo
que pode solucionar todos os problemas logo apresentados (PARO. 2000).
Paro (opus cit.) relata que diante da atual organização formal da escola,
podemos constatar o caráter hierárquico da distribuição da autoridade, que
visa a estabelecer relações verticais, de mando e submissão, em prejuízo de
relações horizontais, favoráveis ao envolvimento democrático e participativo. A
existência de mecanismos de ação coletiva como a Associação de Pais e
Mestres e o Conselho de Escola, que deveriam propiciar a participação mais
efetiva da população nas atividades da escola, parece não estar servindo
satisfatoriamente a essa função, em parte devido a seu caráter formalista e
burocratizado.
A partir dessa realidade é que se deve pensar na reorganização
institucional significativa que atrai maior participação na escola. O que equivale
dizer que a democratização permeada na escola possa consubstanciar
mecanismos que provoquem exteriorização dos conflitos, das divergências e
das decisões (idem, 2000).
Outro risco iminente e determinante, que pode comprometer o trabalho
coletivo em seu caráter autônomo e democrático, é a pressão que grupos afins
(professores, funcionários técnico-pedagógicos, coordenador, gestor, etc.)
fazem escola em nome de interesses corporativistas e fisiologistas. Estes
interesses múltiplos de grupos são os influentes político-sociais que
24atravessam as relações sociais dentro da escola. Assim, em seu cotidiano
escolar. As pessoas se orientam por seus interesses imediatos e estes são
conflituosos e contraditórios entre os diversos grupos atuantes na escola.
Esses interesses contraditórios se manifestam nas relações interpessoais, em
reunião do conselho de escola, em reuniões de pais, no comportamento diante
da greve dos professores, no processo ensino-aprendizagem em sala de aula,
enfim, nas múltiplas relações que têm lugar no dia-a-dia da escola. Na
perspectiva de uma participação dos diversos grupos na gestão da escola,
parece que não se trata de ignorar ou minimizar a importância desses conflitos,
mas de levar em conta sua existência (PARO, 2000).
Os termos educar e comunidade pressupõem um elemento, comum,
através do qual se forma uma intensa associação. Educação exige
socialização; não seria, portanto, possível sem a comunidade. Nenhuma
escola deve funcionar como entidade segregada da comunidade. Pelo
contrário a escola é a comunidade em miniatura, porquanto os alunos
representam a comunidade, em todas as suas classes sociais, religiosos e
raciais (SPERB, 1976).
Assim, estes conflitos precisam ser superados no próprio processo de
democratização estabelecido na escola, explicitando-os da maneira mais radical
para que possa almejar o objetivo crucial que é a melhoria da qualidade da
educação (PARO, 2000).
Não se pode deixar de mencionar que a definição de competências e de
atribuições tanto para os professores e funcionários técnico-pedagógicos
quanto para os pais, alunos e comunidade, deve estar claro numa gestão
autônoma. Atinente à definição de competência e atribuição, os profissionais
da educação, que atuam diretamente na escola, cuja gestão é colegiada,
devem estar atentos para trabalharem em coletivo dentro do processo
decisório interno. Para que isso seja realizável, a carga horária desses
professores deve contemplar momentos para reunião e estudo (opus
cit.,2000).
25Externamente, muitas limitações são apontadas na implementação da
autonomia escolar, como oriundas do próprio burocratismo das instâncias
administrativas que fazem parte dos sistemas de ensino (PARO, 2000).
Uma burocracia menor e mais profissionalizada e operacional
tecnicamente, sendo responsável, principalmente, por funções de capacitação
e assistência pedagógica aos recursos humanos lotados nos estabelecimentos
escolares e de assessoramento administrativo do conjunto do sistema de
ensino (ABREU, 1999).
A autonomia escolar, quando não pressupõe uma gestão cujo intento é
servir de mediação para a realização de determinados fins, isto é, a utilização
de forma mais adequada de recursos para a realização de fins (Paro, 2000),
pode não consolidar em resultado positivo na qualidade do processo de
ensino-aprendizagem. Atentar para essa adequação é não incorrer no erro de
fazer educação formal com salas de aula atulhadas de alunos, com 40 ou 50
alunos, incompatível com o processo do trabalho pedagógico; é não faltar os
recursos materiais e humanos condizentes com a quantidade de alunos.
Portanto, a participação de diversas entidades, vinculadas aos
profissionais da educação, para definição dessa política pública, é de
fundamental importância. Isto porque, com o envolvimento nos debates e na
elaboração de proposta em nível nacional, favorece um maior adensamento
na tomada de decisão (opus cit., 2000).
Ao diretor, cabe romper com essa postura autoritária e de passividade
diante das orientações vindas de cima para baixo, como se fosse um
funcionário burocrático do sistema. Esse diretor, aqui entendido como
sinônimo de gestor deve enxergar em si mesmo um representante de um
projeto político-social de educação que passa pela ruptura com um sistema
seletivo, excludente, e forjar uma gestão escolar mais aberta, arejada para os
anseios populares (idem, 2000).
26De acordo com Steiner (2000), educação e ensino, dos quais brotam
toda a vida cultural, precisam ser administrados por quem educa e ensina. Não
pode haver interferência daquilo que atua no Estado ou na economia. Todo
professor deve dedicar à atividade educacional apenas parte de seu tempo,
para que lhe seja possível também ser um administrador no seu campo de
atividade.
Educadores que não podem estabelecer suas próprias diretrizes, desde
os seus menores aspectos até os maiores, tornam-se alienados da vida, não
se tornam pessoas práticas. Eles podem até receber diretrizes de pessoas
aparentemente práticas; no entanto, não educarão pessoas práticas para a
vida. As condições anti-sociais têm sua origem no fato de que na vida social
não são colocadas pessoas que têm sensibilidade social desenvolvida a partir
de sua educação. Pessoas com sensibilidade social só podem ser formadas a
partir de uma forma de educação que é dirigida e administrada por pessoas
que tenham sensibilidade social. A questão social nunca poderá ser abordada
e trabalhada se não se tratar, como suas partes essenciais, as questões
educacionais e espirituais (opus cit., 2000).
Uma das funções principais do gestor escolar é a participação da gestão
administrativa e política da escola articulando todos os setores da escola. O
gestor deve incentivar a participação, respeitando as pessoas e suas opiniões;
proporcionando um clima de confiança entre os vários segmentos das
comunidades escolar e local; ajudando a desenvolver competências básicas
necessárias à participação, como, por exemplo, saber ouvir e saber comunicar
suas idéias (PARO, 2001).
A participação proporciona mudanças significativas na vida das
pessoas, na medida em que elas passam a se interessar, a se sentir
responsáveis por tudo que representa interesse comum. Assumir
responsabilidade, escolher e inventar novas formas de relações trazem
possibilidades de mudanças que atendam a interesses coletivos (opus cit.,
2001).
27O convívio democrático na escola é um processo desafiador, que se
constrói a cada dia. Envolve toda a comunidade escolar e suas relações com o
ambiente externo e não depende de ações isoladas, radicais, que uma vez
executadas arrancam o mal para sempre. A construção de uma gestão
democrática deve estar entranhada em todas as ações da escola e envolve o
porteiro que recebe os alunos, os funcionários que prestam serviços
administrativos e técnicos, o pessoal da cantina, da limpeza e da biblioteca, os
professores, os gestores e todos os que convivem no espaço escolar.
Coordenar intervenções e novas propostas pedagógicas requer equipes de
gestores capazes de desenvolver mecanismos de reciprocidade entre as
escolas e outras agências públicas ou privadas (PARO, 2001).
Entende-se que o gestor ainda seja o maior responsável pela gestão da
escola. Entretanto, ele não pode deixar de procurar a participação das
comunidades interna e externa, principalmente, diante da nova realidade de
autonomia da escola. O momento atual exige uma mudança profunda no que
diz respeito à idéia de uma equipe que busca concretizar a missão da escola,
desenvolver as estratégias necessárias para atingir os objetivos,
participativamente e compromissadamente, isto é, com a participação dos
vários atores que compõem a comunidade escolar e local (opus cit., 2001).
3.1- Autogestão
A autogestão escolar pode ser caracterizada por três palavras:
autonomia, participação e autocontrole. A autonomia permite que a escola
busque soluções próprias e mais adequadas às necessidades e aspirações
dos alunos, de suas famílias e da própria equipe escolar. A participação abre
espaço para processos decisórios participativos e mais capazes de captar e
incorporar recursos da comunidade de alunos e professores, funcionários, pais
de alunos e outros atores no desempenho da escola. O autocontrole permite
avaliar processos e resultados, o que, por sua vez, produz informações que
dão retorno indispensável aos esforços feitos, realimentando a participação
(MENDONÇA, 2003).
28O desenvolvimento da autogestão deve melhorar a integração Da escola
ao sistema e à rede de ensino a que pertence. A autogestão da escola
consiste num grande desafio decorrente da complexidade de relações de
poder que a mesma envolve. Conduzir mudanças institucionais não é fácil.
Fazer isso em regime de parcerias traz vantagens que transcendem as
desvantagens (MENDONÇA, 2003).
As desvantagens estão associadas ao maior tempo necessário para se
firmar consensos e à maior vulnerabilidade do projeto de mudança a situação
de conflitos. Quanto às vantagens, para começar, as soluções e os resultados
alcançados com a participação das comunidades interna e externa,
organizadas por meio de instituições, são mais sustentáveis e duradouras do
que os alcançados por um gestor ou um pequeno grupo de gestores. Isso gera
uma visão compartilhada por todos e enriquecida pela variedade de pontos de
vista, competências e funções dos que são membros das instituições co-
participantes da gestão da escola (opus cit., 2003).
A gestão participativa de processos está concebida como um
gerenciamento fundamentado nos princípios de co-gestão com o Conselho
Escolar e com as representações das organizações associativas da escola,
legitimando a tomada de decisões numa ação colegiada com diferentes níveis
de responsabilidades da equipe gestora da escola (idem, 2003).
Outra vantagem é que os esforços e avanços alcançados pela Escola
passam a contar com vários porta-vozes, pessoas que têm conhecimento em
primeira mão do que se passa nessas instituições e na escola. Podem
melhorar a imagem externa da escola junto à comunidade mais extensa e
estreitar essas relações. É por esses motivos que se reafirma a necessidade
de o gestor escolar saber compartilhar o poder, saber descentralizar, saber
delegar responsabilidades e saber liderar, agir com bom senso e diplomacia
(idem, 2003).
29
CAPÍTULO IV
A DEMOCRACIA QUE PERMEIA A ESCOLA
PÚBLICA BRASILEIRA
A nomenclatura gestão democrática não é um vocabulário usual, na
literatura e nas conduções das políticas públicas para a educação. Na verdade
é um conjunto de idéias e valores amparados na organização política social.
Compreendido num modelo ou padrão complexo de determinados conceitos
da concepção humana estabelecem entre o sujeito e o objeto do sujeito
(paradigma). A análise da gestão democrática da escola pressupõe e até
obriga uma reflexão das formas organizacionais socialpolítica da sociedade
contemporânea (PARO, 2000).
Comentando a gestão democrática, (Bordignon e Gracindo 2002),
afirmam que a gestão democrática deve ser amparada em paradigmas
emergentes tendo como base a concepção dialética da realidade. Entendendo
que o homem sofre condicionamentos da realidade do dia a dia mais tem o
poder de intervir mudando a história.
O processamento da gestão democrática engloba a elaboração, a
execução e a avaliação de um projeto educativo PPP, com participação de
toda a comunidade. Falando em PPP este exige uma participação coletiva
para que o mesmo consiga seu propósito (ARAUJO, 2003).
Ressalta-se que as formas da organização e gestão da escola são
mecanismos e devem alcançar os objetivos da própria instituição buscando o
entrosamento e fortalecimento das organizações sociais (opus cit., 2003).
Segundo Araújo (2003), nesse procedimento o gestor da escola como
liderança do processo de gestão democrática, deve usar sua capacidade para
a condução junto com a comunidade escolar motivando os indivíduos, que é
um elemento fundamental no processo participativo, ampliando o interesse
coletivo.
30Paro (2001) diz que não existem modelos pré-determinados de
participação. É preciso que cada tentativa construa seu próprio caminho “que
se faz ao caminhar” refletindo sobre cada passo. A participação é necessária e
pressupõe principalmente tomada de decisão, onde a execução é apenas uma
conseqüência, e apresenta vários obstáculos, porém o primeiro requisito é não
desistir.
Podemos imaginar, em termos de idealismo e de realismo, uma escola
estatal onde a população terá livre acesso a uma boa educação com interesse
da comunidade no dia a dia da escola aprimorando na qualidade do ensino
(PARO, 2001).
4.1- Gestão no Ensino Público
Na sociedade mercantilista a educação tem como principal elemento de
mudança social a possibilidade de aumento da produtividade e eficiência dos
trabalhadores, por isso o grande empreendimento em reformas educacionais,
as quais visam traduzir estes interesses econômicos e promover a garantia de
subsistência do modo de produção capitalista (BIANCHETTI, 1999).
Para compreender os fundamentos que configuram este cenário, é
necessário que reportemo-nos ao contexto histórico, o qual retrata os
dinamismos de sobrevivência do modo de produção capitalista. Nos anos 70 a
produção capitalista viveu uma crise sócio político econômico as quais eram as
causas acumulação, o Fordismo e o modelo do estado do bem estar social,
modelo produtivo-idealizado pelo empresário estadunidense Henry Ford (1863-
1947) (opus cit.,1999).
Esse modelo baseava-se numa escala rígida de hierarquia e
especialização de tarefas. Preconizava a produtividade do trabalho que poderia
ser aumentada por meio da decomposição e fragmentação dos processos de
trabalho, a partir do conjunto rigoroso de práticas de controle do trabalho,
assim como de tecnologias e hábitos de consumo. Teoria econômica
desenvolvida por Keynes, o Estado de Bem-Estar Social, traduzia-se na
31proposta de um Estado interventor na economia, a fim de regularizar o ciclo
econômico e evitar assim as flutuações dramáticas no processo de
acumulação do capital (MARQUES, 2006)
Em decorrência da crise dos modelos a cima mencionados, de
acumulação capitalista e de política estatal sua fragilidade em conter as
contradições intrínsecas ao capitalismo, surgem, nos países centrais, novas
formas de arranjo da produção e de Estado, fortalecendo-se aí as
características do modelo econômico de produção toyotista, ou pós-fordista, e
do Estado Neoliberal (BIANCHETTI, 1999).
O toyotismo consiste em principio de flexibilização, trabalho em equipe,
participação e etc. Esses princípios reformularam o modelo estatal. O fordismo
na verdade é uma base estatal forte na economia (opus cit., 1999).
Com toyotismo, o Estado afasta-se descentralizando suas funções para
o mercado e a sociedade civil. De acordo com Lima (2001) no contexto do
neoliberalismo: autonomia é um instrumento fundamental de construção de um
espírito e de uma cultura da organização-empresa. Dentro desse contexto a
descentralização respeitadora da liberdade individual e garantindo a eficiência
econômica sendo a participação uma técnica de gestão fundamental gerando
um fator de consenso e coesão. Nessa perspectiva gera uma maior autonomia
num projeto educativo sendo esses instrumentos fundamentais com a política
de modernização capazes de dirimir conflitos.
O novo projeto neoliberal de sociedade apontou dilemas para o Brasil,
dilemas esses entre o projeto neoliberal e democrático, ambos os projetos,
embora apontando para direções opostas, requerem uma sociedade civil ativa
e propositiva (opus cit., 2001).
Essa disputa política entre esses projetos distintos decorreu um item
comum a participação, sociedade civil, cidadania, democracia. Neste cenário
surgiu a gestão democrática do ensino público, projeto esse democrático que
visa a ampliação do espaço de cidadania visando uma educação de qualidade.
32De outro como estratégia do gerencialismo econômico global, que tem por
objetivo atrelar o ensino ao desenvolvimento da economia (LIMA, 2001).
As unidades escolares públicas brasileiras ganham terreno institucional
quando passa a ser defendida pelo Estado neoliberal, como forma de garantir
a eficiência e eficácia do sistema público de ensino.No campo educacional é
possível identificar dois projetos, democrático e neoliberal. Um de gestão
democrática e outro de gestão gerencial (opus cit., 2001).
Enquanto para o projeto democrático a participação tem fins mais
amplos, como “contribuir para que instituições educacionais articuladas com
outras organizações da comunidade possam participar da construção de uma
sociedade fundada na justiça social, na igualdade e na democracia” (PNE,
Proposta da Sociedade Brasileira, 1997, p. 50), para o projeto neoliberal, a
gestão gerencial, embora fazendo uso dos mesmos propósitos
democratizantes, valoriza a participação de forma funcional, ou seja, apenas
técnica de gestão e é utilizada muito mais como forma de atenuar conflitos
e/ou divergências do que como espaço de tomada de decisões, negociações
(idem, 2001).
De acordo com Mousquer (2003) atualmente, as políticas públicas estão
enraizadas na concepção do domínio da razão instrumental, em que o próprio
homem, na sua dinâmica constitutiva, apropria-se dos interesses dessa
mesma racionalidade, obedecendo a critérios definidos pelos interesses
materiais e sociais da vida moderna. Esse interesse está sendo cada vez mais
identificado com a lógica de uma racionalidade econômica resultante do
sistema capitalista. O ritmo de valorização é de uma velocidade ímpar e
impede que as questões relativas à justiça social e à autoridade política do
mundo da vida transcendam para a vivência cotidiana.
33
4.2- Formas De Práticas Na Gestão Democrática
A participação não é algo natural e, sim, um processo de conquista,
aprendizado e, sobretudo, de disputa com o poder dominante. Á medida que
nos organizamos para participar, estabelecemos uma disputa com o poder
dominante e, com isso, criamos outra forma de poder (DEMO, 1988).
No percurso de construção da Gestão democrática, a racionalidade
economicista atravanca os processos de mudanças que a democracia exige,
pois atua na imposição de novas formas de controle do social. O avanço das
propostas provenientes de forças que atuam na democratização é compelido
pela interferência desta racionalidade que se impõe como única e verdadeira,
não levando em conta as experiências, a subjetividade, o cotidiano, os
clamores e as demandas sociais (LIMA, 2001).
Barroso (1996) diferencia dois processos de autonomia: a autonomia
decretada e a autonomia construída. A autonomia decretada, no caso do
sistema público de ensino “[...] é sempre relativa e é condicionada quer pelos
poderes de tutela e de superintendência do governo e da administração
pública, quer eventualmente, pelo poder local, no quadro de um processo de
descentralização [...]” (opus cit.,., 1996, p. 18). Já a autonomia construída, é
aquela construída em cada escola, de acordo com as especificidades locais,
respeitando-se, obviamente, os princípios do sistema de ensino público (idem,
1996, p. 20).
A gestão democrática impulsiona o debate e a construção de práticas
democráticas implica, conseqüentemente, na diminuição dos espaços de
domínio da razão instrumental e promoção dos princípios de uma nova forma
de racionalidade: a razão cosmopolita (SANTOS, 1987).
O processo de gestão vislumbra caminhos que levem à democratização
do saber e dos poderes de decisão. Dentre eles destacamos: a valorização
das experiências, saberes e peculiaridades locais (opus cit., 1987).
34Trata-se também da valorização do local como uma fonte de
conhecimento, inversamente à inclinação hierárquica e reducionista do
conhecimento ao saber científico (SANTOS, 1987).
No processo de tradução das políticas educacionais em práticas sociais
que se sobreponham àquelas que descaracterizam a identidade local, ao impor
mascaradamente a identidade de outros locais, a valorização do local
representa grande potencial, pois atua na oposição aos processos de
localismos globalizados, através dos quais um grupo, uma entidade, um
sistema, uma nação impõem arbitrariamente, através da globalização de um
fenômeno local, sua cultura, seus valores, suas leis, suas políticas, seus ideais,
sua ideologia (TEODORO, 2001).
Neste sentido, a materialização da política de gestão democrática pode
traduzir-se em prática emancipatória de construção da cidadania, quando da
efetivação de relações realmente participativas, pois a possibilidade de uma
sustentável e justa construção democrática começa em nível local. Este tipo de
desenvolvimento acena fortemente para a liberdade, pois tende a propiciar a
autonomia, a consciência e a participação cooperativa da maioria. Trata-se do
envolvimento num processo que poderá ser em longo prazo um conjunto de
estruturas e experiências locais para, então, produzir possíveis alternativas
como possibilidades de ampliação frente aos receituários impostos em nome
da democracia (MOUSQUER, 2003).
A valorização do local, enquanto expansão das falas dos diferentes
atores sociais e socialização de suas experiências e saberes, contribui para a
formação de decisões coletivas, condição básica para o exercício da cidadania.
Este procedimento viabiliza a expansão do debate acerca da democracia para
além dos muros da escola, à medida que abre espaço para as diferentes e
discordantes vozes, promovendo a construção de relações mais democráticas
que conduzem a um compromisso efetivo por parte dos envolvidos. Dessa
forma, alargam-se as possibilidades de sucesso na tradução de políticas
públicas, como a Lei de Gestão Democrática, para realidades concretas, a
35partir dos pressupostos de um projeto democratizante de sociedade (VIEIRA,
2006).
36
CONCLUSÃO
O maior desafio que enfrentamos no século XXI é resolver as heranças
deixadas no ambiente educacional desde o séc. XIX. A tarefa prioritária é
organizar e instalar um sistema de ensino capaz de universalizar o Ensino
Fundamental e por esse caminho, erradicar o analfabetismo (FRIGOTTO,
1984).
O Art. 214 da Constituição Brasileira (CF / 1988) enfatiza que,
A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzem à: I- erradicação do analfabetismo; II- universalização do atendimento escolar; III- melhoria da qualidade do ensino; IV- formação para o trabalho; V- promoção humanística, científica e tecnológica do país.
Conforme acentua Kramer (2001, p.21), “Educação digna e de
qualidade, saúde, terra, água e esgoto, moradia são ainda direitos
proclamados, mas não fatos concretos”.
Temos, então, que considerar as lições do passado, para viabilizar o
projeto do futuro, pois a escola espelha a sociedade na qual se insere. A busca
de uma escola com compromisso e comprometimento, que respeita e sabe
trabalhar cotidianamente com pluralidade, deve deixar de ser uma utopia. Para
isso segundo o autor acima sugere que façamos “um movimento por uma
escola que ensine a tolerância, o reconhecimento das diferenças, numa
perspectiva intercultural, mais do que necessária nesse momento”. (opus cit.,
p. 28).
Niskier (2005) em seu artigo também preconiza a necessidade de uma
modificação urgente ao afirmar que, devemos reformar tudo, na educação
37brasileira. Isso não se resolve com leis demagógicas ou o exercício acadêmico
sem profundidade.
Um trabalho efetivo e contínuo é, indiscutivelmente, necessário para
essa reformulação de valores e uma grande virada na Educação Brasileira.
Nosso esforço teórico constituiu-se num movimento explicativo de como vemos
as medidas relacionadas à temática da gestão democrática se refletirem no
campo da política educacional: num duplo (ou triplo!) movimento, buscamos
uma tarefa nada simples de “simultaneamente pensar tanto sobre a
especificidade das diferentes práticas, quanto nas formas de unidade
articuladas que elas constituem” (Apple,p.141). Assim, de modo amplo, tratou-
se de uma forma de ver como mais essa tecnologia de política – a gestão
democrática – constituiu-se num elemento-chave de um “novo paradigma”,
cujos valores, culturas e inter-relações cabem questionar.
38
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VIEIRA, S. L. Educação e Gestão: extraindo significados de sua base legal. In:
42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - O Percurso Da Escola Pública No Brasil 9
1.1-A Influência Do Iluminismo
Na Escola (1890 – 1931) 10
1.2-Normatização Nacional Do Ensino Com O Ideário Pedagógico Renovador
(1931 – 1961) 11
1.3- Reconstrução da Educação no Brasil 12
1.4-Uniformização Normativa do Processo Educacional(1961–1996) 13
CAPÍTULO II- Papel do gestor na Escola 15
2.1 Gestão Escolar 17
2.2 Atribuições Do Gestor Escolar 19
43CAPÍTULO III –Há um caráter horizontal e de grupo de gestão atual ? 22
3.1 Autogestão 27
CAPÍTULO IV –A Democracia Que Permeia A Escola Pública Brasileira 29
4.1- Gestão no Ensino Público 30
4.2- Formas De Práticas Na Gestão Democrática 33
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 38
ÍNDICE 42
FOLHA DE AVALIAÇÂO 44
44
FOLHA DE AVALIAÇÃO
NOME DA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
TÍTULO DA MONOGRAFIA: GESTOR OU DIRETOR, QUEM É ESSA FIGURA
NA ATUALIDADE DA ESCOLA?
AUTOR: CRISTIANE LOUISE SILVA
DATA DA ENTREGA: 27 DE JULHO DE 2009
AVALIADO POR: CONCEITO: