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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
“ Consumo Consciente ‘’
Prof: Sergio Ribeiro
Orientador
Prof: William Rocha / Sergio Ribeiro
Rio de Janeiro
2006
1
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
´´ Consumo Consciente ``
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como condição prévia para a
conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”
em Direito do Consumidor. São os objetivos da
monografia. Mudar o atual quadro de consumo do
homem moderno, conscientizá-lo e sensibilizá-lo que
mudanças através de campanhas, se faz necessário
para obtermos um Consumo Consciente.
Por: Carlos Alberto Lopes Abrantes.
2
AGRADECIMENTOS
...Agradeço a DEUS, por me dar a
inteligência suficiente para trilhar o meu
caminho. Não esquecendo da minha
família simbolizados pelos meus pais
motivadores para busca do meu
aprendizado. E claro aos meus
sobrinhos e enteados para quem
deixarei meu legado. Que para
continuarmos no caminho vencedor de
nossas jornadas, encontrei no
pensamento de Edmund Burke a
filosofia que nos leva a questionarmos
os nossos atos e ações.
´´ Para o triunfo do mal, basta que os
bons não façam nada ``
3
DEDICATÓRIA
Família para sempre, assim este é o
meu norte junto a você mãe querida,
meu exemplo de perseverança para as
minhas conquistas. Encontro nestas
palavras a definição da Professora
Wanda. Há pessoas que querem ser
bonitas e prestativas para chamar a
atenção. Outras desejam a inteligência
para serem admiradas, mas há
algumas que procuram cultivar a alma
nos sentimentos, essas sim alcançam o
carinho e admiração de todos porque
alem de belas e inteligentes tornam-se
realmente pessoas. Assim como você
mãe querida. É como forma de
admiração que eu materializo estas
linhas junto este trabalho.
4
RESUMO
O Consumidor Consciente sabe que estamos todos no mesmo 'barco', e que
seus atos cotidianos repercutem de alguma forma na sua cidade, no seu país,
no seu planeta. Assim ele leva em conta o impacto de suas ações sobre a
economia, a sociedade e o meio ambiente toda vez que usa água ou energia
elétrica, joga fora o lixo ou vai às compras. Ele sabe que tem um enorme poder
de transformar o mundo. Esse poder é exercido, entre outras coisas, nas
atitudes cotidianas de compra e consumo de produtos e serviços e, também,
no engajamento social. A idéia não é que as pessoas deixem de comprar o que
julgam necessário para suas vidas, nem que façam enormes sacrifícios.
Quando todo mundo faz a sua pequena parte diariamente, o resultado é um
mundo melhor para todos. São pequenos gestos que produzem grandes
transformações.
É um processo de escolha que equilibra o consumo e a sustentabilidade do
planeta. Quando essa consciência se torna coletiva e mobiliza o conjunto da
sociedade, amplia ainda mais o impacto das ações cotidianas, rumo a uma
sociedade economicamente próspera, socialmente justa e ambientalmente
sustentável. O consumidor consciente é o protagonista na construção de outro
mundo, um mundo melhor. É ele que levará a humanidade a fazer do consumo
uma atividade positiva e socialmente transformadora.
Dividimos aqui o consumo consciente em situações distintas: em casa e à
mesa, no trabalho e no comércio. Em cada uma delas você vai conhecer
pequenas mudanças de hábitos que podem ajudar muito a melhorar a sua vida
e a do planeta. Afinal, nada acontece de forma isolada. Tudo tem causas,
conseqüências e inter-relações.
5
METODOLOGIA
Os métodos utilizados, e que levaram ao problema proposto, foram os
seguintes: pesquisas, entrevistas e estudos dirigidos, tendo como fonte os sites
encontrados na internet como Instituto Akatu, Jus Navegande. Entrevista com o
presidente da FIESP, Denis Hayes ambientalista americano, John Stuart Mill
filósofo Inglês, Jiddu Krishnamurt filósofo e líder espiritual Indiano, Dr. René
Von Scomberg técnico conselheiro do Parlamento Europeu. Utilização de
reportagem de revistas como Seleções, Readers Digest, Globo Rural, Vida
Integral, Metro News, Folha de São Paulo, Revista do Idec, Revista Galileu e
New York Times.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................. 07
CAPÍTULO ÚNICO - Consumidor seus direitos e deveres para um planeta melhor ......................................................................... 10
CONCLUSÃO.............................................................. 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA................................. 55
ANEXOS..................................................................... 39
ÍNDICE....................................................................... 56
FOLHA DE AVALIAÇÃO............................................ 57
7
INTRODUÇÃO
“Ouvimos pessoas dizerem que estão preocupadas com o tipo de mundo que
deixaremos para nossos netos, e concordo com elas. Porém, estou igualmente
preocupado com o tipo de netos que devemos deixar para a Terra.”
A busca obsessiva por coisas novas foi catalogada por cientistas japoneses
como neofilia, um mal que, para deleite dos fabricantes de bens de consumo,
só é curado com visitas freqüentes à loja mais próxima.
Psicólogos da Universidade de Yamagata, a nordeste de Tóquio, asseguram
que fatores genéticos, relacionados a uma enzima presente nas mitocôndrias,
tornam o paciente vulnerável aos novos lançamentos comerciais.
Segundo o estudo da universidade japonesa, recentemente publicado pela
revista "Psychiatric Genetics", a neofilia afeta principalmente "pessoas muito
inteligentes e com alto nível educativo", que às vezes sofrem do mal sem se
dar conta e o confundem com uma simples dependência.
A inovadora hipótese ajuda a explicar a conduta dos chamados "early
adapters", geralmente jovens ou adolescentes cuja adoração pelo recém-
lançado no mercado os transforma na "menina dos olhos" do mercado
publicitário, que os conhece e estuda há anos.
8
Para atender os bebedores "neofílicos" do Japão, os fabricantes de bebidas
lançam diferentes cervejas para primavera, verão, outono e inverno, com
diversos teores de álcool e com nomes que desaparecem em um ou dois
meses.
Na indústria automobilística, além dos carros para consumo de massa, as
empresas automobilísticas japonesas oferecem veículos como os lançados
este mês por Nissan e Conran & Partners, e que consistem em automóveis
com design diferenciado e que, com cores chamadas "chocolate amargo" e
"creme irlandês", buscam atrair os "early adapters" endinheirados.
Talvez por ainda desconhecerem a extensão e a profundidade desse mal,
muitos importadores locais de produtos europeus como vinhos ou azeite de
oliva se queixam da necessidade de renovar constantemente os rótulos ou a
forma das garrafas, e citam a obsessão japonesa pelo novo como uma das
dificuldades para conquistar esse cobiçado mercado.
As sofisticadas propagandas de televisão, que duram menos de um mês no ar,
ou as exposições de arte de três dias nas minigalerias de Tóquio, reforçam a
percepção de que, no Japão, a neofilia é epidêmica.
Mas, desde que a teoria japonesa foi publicada, surgiram críticos em campos
como a ciência e a publicidade que questionam a justificativa genética para
uma conduta mais fácil de se explicada pelos padrões de consumo capitalistas.
Especialistas em novas tendências como a revista de internet "Media Life"
indicam que a neofilia é consumismo "nu e cru", e citam opiniões de cientistas
para defender sua posição.
9
Segundo a publicação virtual, o professor de sociologia Colin Campbell, da
Universidade de York (Reino Unido), argumenta que "as sociedades pré-
modernas desconfiavam da novidade" e que a adoração pelo novo nasceu no
início da era industrial, em meados do século XVIII.
A neofilia seria assim uma "conduta de origem econômica", já que a cultura
moderna depende de pessoas que demandam coisas novas e com um grande
senso de curiosidade.
O professor Campbell defende que o amor pela novidade é um dos
fundamentos do capitalismo, já que as pessoas estão "predispostas pelo
desejo a serem estimuladas por coisas novas".
Os analistas de tendências defendem que a ausência de neofilia seria maléfica
e se perguntam: "O que aconteceria se nas sociedades desenvolvidas as
pessoas usassem os carros até quebrarem de vez ou vestissem suas roupas
até rasgarem?".
Parte da resposta pode estar nos idosos japoneses que viveram a miséria do
país devastado pela Segunda Guerra Mundial e que lamentam que seus netos
desconheçam os encantos da reciclagem.
Nada é mais poderoso que um indivíduo atuando conscientemente, trazendo
assim o nascimento da consciência coletiva.
A Terra não está morrendo, está sendo assassinada e aqueles que a estão
assassinando têm nome e endereço.”
10
CAPÍTULO ÚNICO
CONSUMO CONSCIENTE
O CONSUMIDOR, SEUS DIREITOS E DEVERES EM
BUSCA DE DIAS MELHORES PARA O NOSSO
PLANETA
.Em Casa
1.Antes de jogar fora as embalagens de produtos, verifique se elas não podem
ser reaproveitadas para embalar presentes, organizar gavetas etc. Antes de
reciclar, é preciso reutilizar.
2.Apague a luz e desligue a TV ou o som todas as vezes que sair de uma sala.
Lembre-se de que o apagão de 2001 não foi por culpa apenas do Governo.
3.Não deixe a torneira aberta enquanto lava o carro. A louça ou escova os
dentes. A escassez de água é um dos problemas mais graves a serem
enfrentados pelo planeta. Também não varra a calçada com a água da
mangueira e procure conscientizar seus vizinhos de que, numa situação onde
há seres literalmente morrendo de sede, esse hábito deixa de ser qualificado
como desperdício e passa a ser uma violência contra todos os seres vivos.
Faça sua parte e oriente outras pessoas, para continuarmos merecendo essa
dádiva purificadora, curativa, imprescindível a toda e qualquer forma de vida,
que é a água potável.
4.Habitue-se a fechar o chuveiro enquanto se ensaboa ou lava os cabelos.
115.Evite lavar roupa debaixo da torneira – prefira usar o balde.
6.Um dos grandes desperdícios de água em casa é no vaso sanitário. Cada
descarga despeja no esgoto até 15 litros de água (desnecessários). Existem
hoje os chamados vasos sanitários ecológicos que despejam aproximadamente
dois litros, cumprindo sua função sem desperdício.
7.Evite colocar líquido sem tampa na geladeira, para não fazer o motor
trabalhar demais.
8.Há uma corrente de arquitetos no mundo que busca desenvolver projetos de
casas ambientalmente corretas sem comprometer o conforto do morador.
São casas que usam madeira certificada, energias alternativas e
reaproveitamento da água, e há até projetos utilizando barro nas paredes,
como as velhas casas de adobe.
Madeira certificada é aquela que vem com um selo indicando que ela é
proveniente de reflorestamento e foi retirada da natureza de forma sustentável,
sem comprometer o ecossistema ao qual pertence.
Informe-se também sobre telhas feitas de cerâmica reciclada, de fibra vegetal,
onduladas ou não, que substituem com grandes vantagens térmicas as de
fibra-cimento. As telhas de fibra vegetal são também muito leves, o que torna
seu transporte mais econômico e estão disponíveis para compra em grandes
lojas de materiais para construção.
9.O encanamento feito de bambu é altamente durável e cerca de 17% mais
resistente que um encanamento feito de aço e seu “processo de fabricação”
não é poluidor. A fabricação de tubos de PVC – os mais usados na construção
civil, requer cloro, um poderoso agente que pode causar câncer.
10.As inúmeras qualidades do bambu são conhecidas dos orientais há muito
tempo. Os engenheiros brasileiros começam a aprender que o bambu é
resistente como o aço e o substitui na construção civil tanto nas fundações e no
piso, como no telhado e acabamento.
1211.Móveis feitos de bambu dispensam a utilização de madeiras nobres em
extinção, são mais leves e resistentes.
12.Pinte as paredes de cores claras – esta medida simples representa uma
economia de até 12% de energia elétrica, pela difusão da luz natural.
Procure dar preferência a tintas à base de água, menos tóxicas.
13.Uma construção ecologicamente correta procura mexer o menos possível
na topografia do terreno, utiliza materiais da região para evitar o gasto
excessivo dos poluidores combustíveis fósseis no transporte a longa distância.
Procure saber se na sua região há alternativas atraentes.
14.No jardim você pode usar esse mesmo conceito, aproveitando a flora local.
Com isso você evita também a introdução de espécies estranhas à região.
15.Montar o projeto arquitetônico levando em conta as correntes de ar e a
iluminação solar do local também ajuda a economizar recursos. Você poupa
energia ao diminuir o uso de lâmpadas, ventiladores e aquecedores,
aproveitando o que a natureza oferece de graça. O mesmo pode acontecer
com o sombreamento de partes do terreno feitos com árvores em vez de áreas
cobertas com telhas. A circulação de ar é outro item a ser observado, pois ela
pode diminuir e até evitar o uso da secadora de roupas e do ventilador.
16.Já é possível utilizar chuveiros movidos a luz solar. O custo inicial – de
compra e instalação, é maior que o do chuveiro a gás, mas com o passar do
tempo, financeira e ambientalmente esse investimento compensa
17.Lembre-se sempre de deixar parte do terreno com vegetação. A
impermebealização total com lajotas ou outros tipos de piso aumenta o risco de
enchentes, pois impede que a água da chuva penetre no solo, completando
seu ciclo natural.
1318.Recolha parte da água da chuva e use para irrigar plantas, lavar o chão ou
como parte do sistema de descarga dos banheiros. Há sistemas especiais para
facilitar esse reaproveitamento.
19.É possível utilizar muita coisa feita a partir de matéria-prima reciclada na
construção, reforma ou decoração de sua casa. Telhas de cerâmica reciclada e
objetos de decoração feitos a partir de vidro, plástico ou papel reciclado (até
mesmo luminárias, divisórias e alguns móveis) são encontrados nas principais
cidades do país.
20.Ao comprar eletrodomésticos, procure aqueles que têm selo indicando baixo
consumo de energia e no caso das geladeiras as que não contenham o gás
CFC *, já proibido em outros países. Mas atenção, nem sempre o vendedor
estará bem informado. Se necessário, ligue para o SAC e insista, pois assim
estará duplamente favorecendo o planeta.
* CFC – Clorofluor carboneto é utilizado como propelente dos aerossóis.
O consumo exagerado desse tipo de composto vem exercendo nociva
influência sobre a camada de ozônio protetora da Terra. Não há nenhum fator
racional que impeça a substituição de desodorantes, perfumes, inseticidas,
purificadores de ar por produtos desprovidos de aerossol.
21.Um quinto da população mundial vive hoje em casas de terra crua, usando
um método tradicional de construção chamado Adobe, não poluente e de
altíssima resistência.
Há uma corrente de arquitetos, principalmente na Europa, que vem resgatando
essas técnicas antigas para construções modernas, para evitar o impacto que o
grande número de construções a cada ano pode causar. Esse estudo dos
métodos tradicionais é apenas uma forma de tentar minimizar o impacto
ambiental, de forma menos perceptível possível para o morador.
14Informe-se antes de comprar tijolos e cimento. Veja nos links o endereço de
organizações que desenvolvem pesquisas e projetos de construção
sustentável. Você vai descobrir que o seu próprio terreno pode oferecer muita
matéria-prima.
22.Nas compras de roupas e acessórios, dê preferência aos produtos
confeccionados de couro vegetal (látex de seringueira) ou fibras orgânicas
(cultivadas sem agrotóxicos), ou ainda aos que usam fibras sintéticas
fabricadas a partir de PETs.
23.Procure saber se a empresa de que você está comprando possui ISO
14.001. Isso significa que ela tem sistema de gestão ambiental, o que garante o
descarte adequado do material usado.
Fontes: Folha de S. Paulo, 30/08/2001
Seleções Readers Digest, maio 2002
Globo Rural, março 1991
Vida Integral, dezembro 2002
Ética Ambiental, Renato Nalini
“Para transformar o mundo, precisamos começar por nós mesmos.”
Jiddu Krishnamurt – 1895-1986 (filósofo e líder espiritual indiano)
15
À Mesa
1. Dê preferência aos produtos vendidos a granel e compre apenas aquilo que
tem certeza que consumirá. No Brasil, 60% do lixo domiciliar é composto por
comida, o que representa, a cada ano, 26,3 milhões de toneladas de alimentos
desperdiçados. Atue para não fazer parte desta trágica estatística.
2. Compre as hortaliças com folhas e talos e os utilize. Fique certo de que os
comerciantes mandam para o lixo as folhas e talos arrancados previamente.
Utilize integralmente todos os vegetais: das sementes e talos, às folhas e
frutos.
3. Guarde as hortaliças inteiras (nunca cortadas ou descascadas) em sacos
plásticos, na parte baixa da geladeira. A metade não utilizada do abacate deve
ser guardada com o caroço.
4. Frutas maduras devem ser conservadas em geladeira. Só devem ser
mantidas em temperatura ambiente até atingir a maturação desejada.
5. Vegetais (frutas, legumes e verduras) são perecíveis e devem ser
consumidos rapidamente. Por isto, não se sinta constrangido ao comprar estes
produtos por unidade, o que é um hábito comum nos países europeus.
6. O vinho azedado serve como vinagre para saladas.
7. Nunca guarde sobras de comida na própria panela e sim em recipientes
adequados, na geladeira, para poder ser reaproveitada.
16Faça sempre uma lista de compras e compre o estritamente necessário. Os
supermercados predispõem o consumidor à compra por impulso. Produtos em
promoção costumam estar com o prazo de validade a ponto de ser vencido e
devem ser consumidos imediatamente.
Fontes: Metrô News (SP, 12/05/03)
Folha de S. Paulo (SP, 30/08/03)
“ Para ajudar a curar a terra, você precisa apenas pausar por um momento,
olhar profundamente para si mesmo, e perguntar”, O que é a coisa certa a se
fazer?” e então o faça.
Denis Hayes, (ambientalista americano e coordenador nacional do primeiro
Dia da Terra), 1990
17
No Trabalho
1.Escritórios são locais onde se desperdiça muito material reaproveitável. Cada
dia mais, as empresas estão adotando a separação do lixo, principalmente
papel, mas isso não basta. Como você pode ver na política dos 5R, a
reciclagem não é um objetivo e sim uma das formas de diminuir os impactos
ambientais e nem sempre a mais eficiente, já que seu processamento industrial
também é poluidor.
2.Cultura econômica – inclua os funcionários em todos os programas de
redução de custos: distribua bônus para quem contribuir mais, explique as
metas, deixe claro que o objetivo não é cortar pessoas, mas gastos supérfluos.
Crie uma cultura de economia na empresa.
3.Aplicar os conceitos de consumo responsável em seu ambiente de trabalho
não depende de decisões da direção da empresa. Não é preciso esperar uma
ordem do chefe ou uma circular da diretoria para começar a agir. Você pode
alterar pequenos hábitos e fazer da sua própria mesa um ambiente menos
poluidor. Sua atitude pode influenciar aos poucos seu colega do lado (que no
princípio ria de você) mudando seus hábitos, depois outro e assim
sucessivamente.
4.Você não está economizando para o seu patrão e sim para a melhoria da
vida no planeta, mesmo que isso venha a longo prazo. De nada adianta adotar
os princípios do consumo responsável dentro da sua casa e esbanjar fora dela.
18Faça a sua parte e não se apóie em desculpas baseadas no comportamento
dos outros
5.Comece seu dia arrumando sua mesa, diminuindo a poluição visual. Preste
atenção nos papéis encontrados. Essa bagunça pode levá-lo a pedir várias
cópias de um mesmo documento, além de outros desperdícios propiciados por
ela.
6.Se sua empresa não tiver programa de coleta seletiva, você mesmo pode
iniciar um na sua mesa. É só ter duas lixeirinhas. Em uma delas, você coloca o
chamado lixo orgânico e produtos não recicláveis. Na outra tudo que pode ser
reciclado (latinhas, papel etc) No final do dia, recolha o saco do lixo reciclável e
junte com aquele que você separa em sua casa para dar a destinação correta
ou leve o saquinho a algum posto de coleta perto da sua empresa. Muitos
supermercados já têm programas para recebimento desse material.
7.Quando os computadores surgiram havia uma expectativa de que o seu uso
traria redução no consumo de papel. O que aconteceu foi justamente o
contrário. O uso de papel aumentou, pois as pessoas tendem a imprimir tudo,
desperdiçando uma folha inteira para a impressão de um pequeno texto.
Repense esse consumo.
Cada vez que elaborar um texto no seu computador, pense se realmente ele
precisa ser impresso. Se você prefere imprimir o rascunho, pode fazê-lo no
verso de folhas de rascunho mesmo, que você irá separando com esse
propósito. Pense nisso na hora de entregar algum documento a alguém e
lembre-se de regular a impressora para imprimir no modo econômico.
8.No caso de um material extenso, mesmo as impressoras mais simples
oferecem opções para imprimir primeiro as páginas ímpares e depois as pares,
oferecendo uma seqüência lógica para que as folhas possam ser impressas
dos dois lados.
199.Os princípios relacionados à economia de água e luz são os mesmos
utilizados na sua casa. Por isso, não deixe o computador ligado durante o seu
horário de almoço.
10.Procure diminuir o tempo de utilização do ar condicionado, não deixe portas
ou janelas abertas nos ambientes refrigerados e limpe os filtros do aparelho
regularmente.
11.Evite usar os elevadores para se deslocar por menos de três andares.
Incentive o uso de escadas e, se tiver dois elevadores, regule um para atender
aos andares pares e outro para atender aos ímpares.
12.Tomadas sobrecarregadas são sinônimo de desperdício. Evite o uso de
benjamins.
13.Fiações e conexões com problemas podem causar fugas de energia, que
aumentam os gastos com eletricidade. Para identificar o problema, desligue
todos os aparelhos das tomadas e também todas as luzes. Verifique se o
relógio marcador de consumo continua girando. Em caso positivo, há energia
escapando. Chame um eletricista para verificar as conexões em todas as
caixas de passagem, nos interruptores, nas tomadas e nos pontos de luz.
14.Tarefas pouco úteis ou mal feitas demandam tempo, dinheiro e energia que
poderiam ser direcionados para atividades positiva e de bons resultados para
trabalhadores e patrões.
15.Procure vender os resíduos de sua empresa (ex. aparas de papel) na bolsa
de resíduos da FIESP – www2.ciesp.org.br/bolsa, transformando-os em mais
uma fonte de renda.
16.Monte um programa de ginástica laboral: evita o desperdício de funcionários
parados por causa de ores musculares e aumenta a produtividade da equipe.
20
17.Não desperdice o talento dos bons funcionários: faça avaliações periódicas,
promova o rodízio de funções e invista em treinamento.
Fonte: Folha de S. Paulo (Folha de Negócios). 02/02/2003
“Todas as grandes mudanças passam por três estágios: Ridículo. Discussão.
Adoção”.
John Stuart Mill, 1806-1876 (filósofo inglês)
21
No Comércio
A responsabilidade de consumo consciente não é só do consumidor final, mas
também do comerciante. Veja algumas dicas para uma atuação responsável:
1. Comerciantes, donos de escritórios e restaurantes, devem se espelhar no
exemplo de várias cidades européias, onde são responsáveis pela separação e
entrega do lixo, sem esperar estas providências do Estado.
2. Os comerciantes podem, a exemplo do que já fazem os europeus, discutir o
preço dos produtos que comercializam com seus fabricantes, para que sejam
estipulados valores diferenciados para produtos com ou sem embalagem – a
decisão sobre qual dos dois levar fica a critério do consumidor final.
Mesmo a utilização de sacolas plásticas pode ser cobrada, incentivando o
consumidor a voltar ao saudável hábito de carregar suas próprias sacolas para
as compras.
3. Ficar atento às modificações ocorridas na sociedade resultará no aumento
de vendas e clientes. O consumidor atual é muito mais exigente quanto aos
produtos que deseja consumir e o intermediário entre ele e o fabricante é o
comerciante, que pode assumir para si a responsabilidade de questionar os
processos de fabricação e atuação social dos fornecedores.
4. Explorar novos nichos de mercado também é uma atitude que pode ser
lucrativa e ética. Exemplos bem sucedidos são a lavoura ou revenda de
22produtos orgânicos, loja de eletrônicos para a redução de consumo de energia,
papelaria ecológica e revenda de tijolos de solo-cimento.
Já existem franquias de lojas e produtos internacionalmente reconhecidos
como éticos, que são muito procurados pelos consumidores.
Ética é requisito indispensável para os consumidores modernos. Estar atento
se os produtos a serem comercializados não contêm embutido trabalho infantil,
trabalho escravo e/ou crueldade animal (testes), sem dúvida colocará essa
empresa em patamar diferenciado.
Fonte: Folha de S. Paulo, 08/07/2001
23
A Água
A água é um recurso natural renovável, ou seja, o homem tem acesso a ela e a
utiliza, ao mesmo tempo em que a natureza a repõe. No entanto, sabemos que
a renovação natural é limitada e depende da capacidade de suporte do meio,
da tecnologia utilizada e, principalmente, da intensidade do uso.
A renovação da água depende da capacidade dos processos biogeoquímicos
em recuperar a sua qualidade e disponibilizá-la outra vez em sua quantidade
original.
Fonte: Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Fundação
SOS Mata Atlântica, Águas e Florestas da Mata Atlântica. Por uma Gestão
Integrada. Clayton Ferreira Lino e Heloísa Dias (org.), março, 2003.
.Declaração Universal dos Direitos da Água
Redigida pela ONU em 22 de março de 1992
1 – A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo,
cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente
responsável aos olhos de todos.
2 – A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de
todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como
são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.
243 – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são
lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada
com racionalidade, precaução e parcimônia.
4 – O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água
e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando
normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio
depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os
ciclos começam.
5 – A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo,
um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma
necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as
gerações presentes e futuras.
6 – A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor
econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e
que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
7 – A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De
maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento
para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da
qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8 – A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma
obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão
não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
9 – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção
e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
10 – O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e
o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
25
Fotos e Números
No século 20, a população mundial triplicou e o consumo de água cresceu 6
vezes(OMS)
O comércio global de água movimentou em 2001 um trilhão de dólares (Banco
Mundial)
A descarga de um banheiro gasta tanta água quanto o consumo diário de um
habitante de um país em desenvolvimento (OMS)
O banheiro é responsável pelo consumo de 80% da água de uma casa (Isalva
Accioly)
80% de todas as doenças em países subdesenvolvidos são disseminadas por
meio do consumo da água (OMS) 2,2 milhões de pessoas morrem por ano
devido a doenças associadas à falta de água potável (OMS)
1/3 da população mundial vive em locais de escassez de água; até 2025 esse
índice pode chegar a 2/3 (ONU). O Brasil detém 15% das reservas de água
doce do planeta, sendo que 70% destes recursos estão na Amazônia 13% da
população brasileira não tem acesso à água potável (OMS)
70% das internações hospitalares no Brasil são provocadas por doenças
transmitidas por água contaminada (OMS).
A coleta de esgotos atinge apenas 49% das residências brasileiras (OMS)
Nos últimos 50 anos, ocorreram 507 conflitos internacionais por água (ONU).
No Oriente Médio, desde a metade do século 20, já houve 18 guerras por água,
a maioria delas iniciadas por Israel, que conseguiu 40% do suprimento de água
subterrânea por ocupações militares (ONU). Em média, 70% de toda a água
disponível no mundo é destinada à agricultura; 20%, à indústria e 10% ao
consumo e higiene humanos (OMS). Ao menos 3 bilhões de pessoas têm de se
servir de águas contaminadas, sobretudo nos países em desenvolvimento,
onde cerca de 90% do esgoto é jogado in natura nos cursos de água (OMS)
26
Transgênico
Segundo o Dr. Marcio Bontempo 1, "considera-se transgênico qualquer
alimento modificado geneticamente. Através das técnicas da engenharia
genética ou da biotecnologia introduz-se uma ou mais seqüências de DNA de
outra espécie, ou uma seqüência modificada da mesma. Organismo
transgênico é aquele que recebeu um gene, ou seja, pedaço de DNA que não
existia. Toda e qualquer espécie viva é formada por um conjunto de genes, o
DNA, que vai determinar suas características."
Apesar de estarem sendo tratados basicamente como um problema de saúde
pública, os OGMs (organismos geneticamente modificados) carregam em si
riscos ambientais sem precedência, o que quer dizer que seu raio de ação é
muito maior do que simplesmente os seres humanos – todo o planeta está em
risco.
O que precisa ser divulgado é que não foi feito no Brasil o Estudo Prévio de
Impacto Ambiental (EIA/Rima), requisito constitucional que deve anteceder a
introdução comercial de OGMs na agricultura. Sem este estudo, dispensado
pela CTN-Bio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança),
é impossível avaliar os riscos inerentes ao experimento e garantir a integridade
do meio ambiente.
Dentre as conseqüências possíveis previstas pelos cientistas, estão o
empobrecimento da biodiversidade, a criação de super pragas, a eliminação de
insetos benéficos ao equilíbrio ecológico do solo e o aumento da contaminação
dos solos e lençóis de água, pelo uso intensificado de agrotóxicos.
As plantações de OGMs são orientadas para se situarem a uma distância
considerável das lavouras tradicionais, justamente porque existe a
27possibilidade de contaminação pela disseminação do pólen, por exemplo, o
que é possível num raio de até 10 Km do experimento.
A contaminação por organismos vivos – caso dos OGMs – é diferente da
contaminação por produtos químicos justamente por sua capacidade de sofrer
mutações, se multiplicar e se disseminar no meio ambiente, sem que o homem
possa interromper seu ciclo.
A Monsanto é uma empresa norte-americana pioneira na pesquisa e na
produção de alimentos transgênicos. Para obter as sementes produzidas pela
Monsanto, os agricultores pagam verdadeiras fortunas e são obrigados por
contrato a não utilizarem sementes provenientes de suas colheitas. Isso quer
dizer que a cada safra, novas sementes deverão ser compradas da empresa.
Segundo o Dr. Marcio Bontempo 1, "usando a engenharia genética e com a
ajuda de genes inteligentes – ainda em fase de desenvolvimento -, a Monsanto
quer criar futuras safras com um novo propósito: a esterilidade. No momento
em que as plantas atingirem a maturidade, as sementes perderão a capacidade
de reprodução. Esse novo gene – chamado Terminator (Exterminador do
Futuro) – está sendo motivo de preocupação no mundo inteiro.
Caso essa nova tecnologia tome conta do mercado, acredita-se que, em breve,
os agricultores estarão implorando pelas sementes da Monsanto, dispostos a
pagar qualquer preço para garantir uma nova safra.
O perigo maior, segundo algumas previsões, estaria na disseminação do gene
esterilizador. Com o vento, o pólen dessas plantas poderia fertilizar outras da
mesma família, culminando com a contaminação, de forma irreversível, de toda
a flora terrestre."
O princípio da precaução – Um dos argumentos contra a liberação da
plantação e consumo de OGMs é o princípio da precaução, previsto na Agenda
21. Segundo este princípio, se não há como provar que determinado produto,
prática ou serviço fazem ou não mal à saúde, a precaução manda que se
abstenha do seu uso até que provas cabais sejam possíveis.
28Tome posse do seu corpo – Enquanto é travada a luta política pela
segurança alimentar, tome posse do seu corpo e decida o que é melhor para
você, sem abrir mão das suas convicções. Se você tem dúvidas a respeito dos
OGMs (e todos têm), recuse-se a pagar pelos produtos que os utilizam em sua
composição.
Como a atuação do Governo nesta questão é dúbia, tome a iniciativa de
perguntar aos fabricantes se utilizam OGMs e pesquise os sites de defesa do
consumidor, como o http://www.idec.org.br/.
Confira sempre os rótulos dos produtos e pressione o Governo para que faça
valer a legislação que obriga o fabricante a informar ao consumidor quais
OGMs e em que quantidade foram utilizados para se chegar ao produto final.
Para uma escolha consciente, é importante a informação no rótulo.
Muitos países já possuem normas
Informar o consumidor sobre alimentos geneticamente modificados por meio de
rótulos é uma preocupação mundial. Um terço dos consumidores do mundo
vivem em países que têm normas obrigatórias de rotulagem de alimentos
transgênicos pelo menos para alguns produtos. Entre esses países estão
China, Japão, Tailândia, Coréia do Sul, Taiwan, Austrália, Nova Zelândia,
Rússia, Arábia Saudita, Ilhas Maurício, Brasil, Equador, Chile, Noruega,
Islândia, Suíça, Croácia e todos os membros da União Européia (Reino Unido,
França, Alemanha, Suécia, Dinamarca, Finlândia, Espanha, Portugal, Itália,
Grécia, Austrália, Irlanda, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Chipre, Malta,
República Checa, Estônia, Hungria, Letônia, Polônia, Eslováquia e Eslovênia).
Fonte.: Revista do Idec, No 88 maio/05
Fonte: Marcio Bontempo, Alimentação para um Novo Mundo, Ed. Record, 2003
29
Fritjof Capra reafirma sua posição contrária aos transgênicos
"O físico Fritjof Capra, autor de "A Teia da Vida", Conexões Ocultas", "O Ponto
de Mutação", entre outros, reafirmou hoje em Curitiba (20/10/2004), para a
equipe EcoTerra Brasil sua posição contrária aos transgênicos. Segundo ele,
as sementes transgênicas não produzem mais, com o tempo aumentam a
necessidade de uso de agrotóxicos, e fazem com que o produtor fique mais
pobre, além de acabar com a agricultura familiar, favorecendo apenas, por um
curto e ilusório período, grandes latifundiários que baseiam-se na monocultura.
Para Capra, o caminho que deve ser tomado é o da agricultura orgânica, pois a
mesma trás benefícios econômicos, sociais e ambientais.
Questionado pelo ambientalista Olimpio Araújo Junior sobre a liberação dos
transgênicos no Brasil, Capra concordou que isso significa um retrocesso para
o país em todos os sentidos, e que a liberação das sementes transgênicas fará
com que nossa agricultura torne-se totalmente dependente de uma única
empresa multinacional, que, segundo ele, só produz tais sementes com o
intuito de monopolizar o mercado de agrotóxicos, além de passarem a ter o
poder de determinar o futuro de nações em desenvolvimento como a nossa.
Fritjof Capra é ativista ambientalista a mais de 20 anos, e um dos grandes
nomes da ciência de nosso milênio. Seu trabalho é reconhecido em todo o
planeta e serve de base para estudo de milhares de cientistas."
30
Agricultores que plantam transgênico podem responder por
danos
Os agricultores que estão plantando soja transgênica podem ser
responsabilizados por danos que suas lavouras venham a causar a terceiros. O
alerta é feito pela Secretaria de Agricultura do Paraná. "A legislação federal é
bem clara: o agricultor que planta transgênico pode ser responsabilizado por
danos à saúde, ao meio ambiente e até mesmo pela contaminação de lavouras
convencionais de seus vizinhos. Será que o agricultor está consciente de que é
ele que vai pagar a conta essa conta e responder por isso?", questiona o
diretor do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária, Felisberto
Queiroz Baptista.
Decisão inédita suspende cobrança de royalties pela Monsanto
O Juiz de Direito Victor Luiz Barcellos Lima, convocado ao Tribunal de Justiça
em regime de plantão, deferiu hoje (11/1) liminar postulada pela Cooperativa
Tritícola Mista Campo Novo, determinando a suspensão do pagamento do
31valor de R$ 1,20, por saca de soja, a título de royalty em favor da Monsanto do
Brasil Ltda. A decisão é a primeira no País neste sentido.
NOTÍCIAS ECOTERRA BRASIL
www.ecoterrabrasil.com.br/noticias
“ O conhecimento atual não nos permite prever os efeitos, a longo prazo , da
liberação de organismos transgênicos no meio ambiente.”
Dr. René Von Scomberg, técnico e conselheiro do Parlamento europeu.
32
Combustíveis
O desinteresse do ser humano pela preservação do meio em que vive acabou
por transformar o petróleo e o carvão, que foram grandes responsáveis pelo
progresso econômico dos últimos dois séculos, nos maiores vilões da poluição
ambiental.
Pagamos hoje um alto preço por sua utilização sem critérios, seja no aumento
da temperatura (aquecimento global), seja no ar irrespirável das cidades – a
soma de óxido de azoto, dióxido de carbono e outros agentes químicos
despejados na atmosfera em decorrência da utilização dos combustíveis
fósseis (derivados de petróleo) é de 19 milhões de toneladas por dia.
Revista Galileu, Suplemento Galileu 2000, volume 4
Para completar, o consumo de combustível é crescente em todo o mundo e
ainda não existe um novo modelo energético definido para substituir o antigo.
No entanto, é fato consumado que os combustíveis fósseis terão de dar lugar a
um modelo de energias limpas e renováveis. Já existem alternativas tanto para
o pequeno consumidor quanto para as grandes indústrias.
Segundo informações da USP e da CETESB, todos os combustíveis lançam no
ar os seguintes venenos: monóxido de carbono (CO), óxidos nitrosos (NO e
NO2) e hidrocarbonetos (compostos de hidrogênio e carbono). Dos
combustíveis utilizados no Brasil, o menos poluente, é o álcool, e o mais
33poluente é o diesel, principalmente quando impuro, por produzir dióxido de
enxofre (SO2), gás que forma a chuva ácida e irrita o sistema respiratório.
No processo de conscientização sobre o problema dos combustíveis, devemos
entender que o desafio não termina com a criação de novas fontes de energia.
É preciso também desenvolver meios que garantam o desenvolvimento
sustentável do planeta e assegurem o bem-estar e as condições de
sobrevivência humana.
Hidrogênio – Mais de 90% de todos os átomos existentes no universo são de
hidrogênio. Ele é um dos componentes da água e de quase toda matéria
orgânica, além de ser fonte de energia do sol, que funde 600 milhões de
toneladas de hidrogênio por segundo. Ao contrário do petróleo, no entanto, o
hidrogênio não é uma fonte primária de energia, ou seja, não está disponível na
natureza pronto. Para obtê-lo, é necessária a utilização de outra energia –
atualmente o petróleo, o que ainda gera gases poluentes, mas de forma mais
controlada.
Já existem, no entanto, alternativas para obter hidrogênio sem gerar poluentes,
através da separação dos elementos da água por corrente elétrica, mas
apenas 4% do hidrogênio mundial é gerado desta forma.
Na UNICAMP, o Laboratório de Hidrogênio estuda um carro cujo motor seria
capaz de extrair o hidrogênio do álcool. Projetos, como o Programa Brasileiro
de Células a Combustível do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos do
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), o ônibus com célula a combustível
hidrogênio, da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São
Paulo), e outros da CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais) ainda
esbarram em dificuldades como a estocagem do combustível e avaliação dos
34riscos embutidos nesta opção, como o aumento da umidade na estratosfera,
com conseqüente resfriamento e aumento do buraco de ozônio no polo Ártico
por exemplo.
Biodiesel – Fabricado a partir de óleos vegetais,este combustível ainda é 10%
mais caro que seu similar derivado do petróleo, mas suas vantagens
ambientais são incontestáveis. Uma delas é só usar fonte vegetal, ou seja,
renovável. Segundo Miguel Dabdoub, do Departamento de Química da USP de
Ribeirão Preto, quaisquer oleaginosas podem ser utilizadas no processo de
fabricação do biodiesel; exemplos: girassol, soja, palma, mamona e outras.
Já está em andamento um projeto que prevê a mistura de 5% de biodiesel ao
diesel usado em veículos no país, o que reduziria, segundo Dabdoub, em 17%
a emissão de enxofre e em 13,5% a de fuligem no meio ambiente.
Energia eólica – Neste setor, o Brasil possui recursos invejáveis. No Nordeste,
por exemplo, os ventos sopram o ano todo. Segundo pesquisadores da
Universidade de Stanford, nos EUA, se levados em consideração os custos
sociais e ambientais da produção de energia pela queima de carvão, a
instalação de moinhos de vento poderia sair até pela metade do preço.
Energia solar – Bem mais eficiente e desenvolvida que há dez anos atrás, as
células fotovoltaicas, responsáveis pela criação de energiaelétrica produzem
energia a um custo de 12 centavos de dólar por kilowatt/hora. É a mais limpa
forma de energia conhecida.
35
Política dos 5R
Repensar – o primeiro R da política está dentro da sua mente e envolve tudo
que já falamos aqui sobre consumo consciente:é usar o seu grande poder de
decisão e escolha.
Recusar – o segundo R consiste em recusar produtos que não são
necessários ou aqueles que por algum motivo não contribuem com a saúde do
planeta. Existem produtos, por exemplo, que são comercializados em várias
embalagens desnecessárias.
Reduzir – o terceiro R está diretamente ligado à tentativa de reduzir o
consumo. Repensar a real necessidade e utilidade de tudo que se compra. Faz
bem para o planeta e para o seu bolso.
Reutilizar – antes de descartar um produto ou uma embalagem, mesmo para a
reciclagem, analise se ele pode ser utilizado de alguma outra forma. Em vez de
comprar potinhos plásticos para colocar o que sobrou de comida na geladeira,
aproveite aqueles de sorvete, maionese ou margarina, que vedam e resistem
bem até por muito tempo no freezer; latas de óleo podem servir de vasos para
ervas. Use sua criatividade.
Reciclar – se nada disso for possível, opta-se então pela reciclagem,
lembrando sempre que ela também é uma indústria poluidora e que nem
sempre impede a retirada de matéria-prima virgem da natureza. É uma etapa
importante, mas não a única em todo esse processo e nem pode ser usada
como uma desculpa para se consumir desnecessariamente.
36Por tudo que já colocamos aqui, se for possível optar pelas primeiras quatro
alternativas propostas pela política dos 5R antes do material ser reciclado,
teremos maiores ganhos ambientais.
“ Cada objeto tem sua trajetória e sua utilidade. Que direito temos de imobilizar
todo o esforço da natureza, da criatividade humana e da tecnologia para
guardar uma coisa sem usá-la?”
Lia Diskin
Todo mundo deixa um rastro por onde passa – e sua extensão dependem dos
hábitos de consumo e da quantidade de lixo gerada. Para ter uma idéia do
tamanho da encrenca, a ONG americana Redefining Progress criou um teste
que avalia “pegada ecológica” de casa pessoa, ou seja, quanto cada um de nós
gasta de terra produtiva em hectares para viver de acordo com nossos hábitos.
37
CONCLUSÃO
Ao redor do homem moderno, tudo gira entorno do consumo consciente,
em que você pratica suas ações e omissões para satisfazer suas
necessidades, as quais podem ser de origem pessoais ou advindas de
terceiros.
Acreditamos que o Planeta é findo em suas riquezas, e a sua
sustentabilidade está se comprometendo com a nossa maneira de consumir,
pois a modernidade nos leva a praticidade do descartável, ficamos atrelados a
um desenvolvimento sustentável, que é o modelo de gestão que se preocupa
com a satisfação das necessidades presente, sem o comprometimento da
capacidade das gerações futuras em suprir suas próprias necessidades, de
nossos filhos e netos.
Embora veremos com o desenvolvimento do trabalho, que em contra
partida do descartável, também surgiu a reciclagem, e outras maneiras corretas
para o consumo desenfreado.
É nossa a responsabilidade individual, assim como dos governantes de
todo o Planeta em mudar o atual quadro apresentado em uma pesquisa
divulgada pelo Instituto Akatu, com a campanha de conscientização e
sensibilização do homem moderno.
Apresentada no Dia Mundial do consumidor (15 de março), a pesquisa
mostra que existe um seguimento diferenciado entre os consumidores
brasileiros, independentemente as classes sociais, idade ou grau de ensino.
A pesquisa definiu quem eram os consumidores conscientes a partir de
treze comportamentos que pressupõem a consciência no ato do consumo de
produtos, recursos naturais ou serviços. Alguns deles são:
Apagar as luzes ao deixar um ambiente.
38
Separar lixo para reciclagem.
Pedir nota fiscal.
Ler o rotulo do produto antes de comprá-lo.
Assim foram definidos os quatro grupos de consumidores:
Consciente (6%), os que adotam de 11 a 13 dos comportamentos.
Comprometidos (37%), os que adotam de 08 a 10 dos
comportamentos.
Iniciantes (54%), os que adotam de 03 a 07 dos comportamentos.
Indiferentes (03%), os que adotam de 00 a 02 dos comportamentos.
A partir desta pesquisa, é fácil verificarmos que há que se modificar para
melhorar o nosso futuro como seres humanos, a nossa consciência pode
mudar o mundo.
O atual padrão de produção e consumo é injusto e insustentável. Para
satisfazer as necessidades de água, materiais e energia dos mais de 6 bilhões
de seres humanos que hoje vivem na Terra, consumimos 40% a mais do que o
Planeta pode oferecer.
A busca obsessiva por coisas novas foi catalogada por cientistas
japoneses como neofilia, um mal que, para deleite dos fabricantes de bens de
consumo, só é curado com visitas freqüentes à loja mais próxima.
Seriam necessárias mais quatro Terras para permitir que todos os
indivíduos do mundo consumissem tanto quanto norte-americanos e europeus.
Estes fatos colocam a humanidade frente a um grande desafio histórico,
considerando que o consumo sustentável é possível.
Com a criação de uma sociedade economicamente próspera,
ecologicamente sustentável e socialmente justa sobre um Planeta Limitado.
39
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 >> Reportagens;
Anexo 2 >> Questionários.
40
ANEXO 1
Reportagens
26/06/2006 - The New York Times
Uma nova forma de perguntar: "Quão verde é minha consciência?"
Christine Larson
Quando Anne Pashby se mudou para Baltimore, no ano passado, ela ficou
impressionada com a complexidade da reciclagem na cidade.
"Nunca acertava qual era o dia do papel, o dia da cartolina e o das latas", disse
Pashby, 38, gerente de recursos humanos. "Então desisti."
Mas ela não queria desistir do meio ambiente. Procurando uma forma mais fácil
de tornar sua vida mais verde, ela consultou um "calculadora de carbono" no
site do Conservation Fund ( conservationfund.org) e descobriu que os eventos
de sua vida diária, como dirigir um carro, aquecer sua casa e fazer viagens de
avião, produziam cerca de 14 toneladas por ano de emissões de carbono, ou
"pegada de carbono". O Conservation Fund, grupo sem fins lucrativos de
Arlington, Virgínia, ofereceu neutralizar essa quantidade por US$ 57 (em torno
41de R$ 130), plantando 11 árvores no vale do Mississippi -o suficiente para
remover 14 toneladas de dióxido de carbono da atmosfera. Ela aceitou com
prazer.
"Senti-me bem", disse ela. "Pude acalmar minha consciência sem gastar muito
dinheiro."
São os chamados incentivos verdes: formas fáceis de os consumidores
ajudarem o meio ambiente sem mudar seu comportamento. Tais incentivos
vêm proliferando: os esquiadores, por exemplo, podem pagar mais US$ 2 (em
torno de R$ 4,5) em alguns resorts para compensar a poluição produzida por
um passeio de carro pelas montanhas; o dinheiro vai para organizações
ecológicas. Em sites TerraPass.com ou CoolDriver.org, os motoristas podem
calcular a poluição produzida por seu carro em um ano e direcionar uma soma
correspondente a projetos de energia limpa.
Oportunidades similares para se tornar "neutro no clima" podem ser
encontradas em shows de música, festivais e eventos de esporte, e até nas
compras: no dia 9 de junho, a Gaiam, loja de Broomfield, Colorado, que vende
produtos que incluem luz solar e lençóis de algodão orgânico, começou a
oferecer uma opção de frete "neutro para o ambiente" por US$ 2, transferindo a
taxa para o Conservation Fund plantar árvores.
Os incentivos verdes agradam à consciência das pessoas. "Gosto da idéia de,
por poluir certa quantidade, pagar certa quantia", disse Morgan Waters, 36,
médico de Sacramento, Califórnia. No outono, ele pagou cerca de US$ 40 (em
torno de R$ 90) para o TerraPass, uma empresa de Menlo Park, Califórnia,
para contrabalançar as emissões de seu Volkswagen Jetta. O TerraPass envia
o dinheiro para projetos que promovem energia verde e eficiência industrial.
Waters também paga US$ 6 (aproximadamente R$ 13) por mês para a
empresa fornecedora de eletricidade por energia renovável.
42
O desafio aos consumidores é compreender exatamente para onde vai o
dinheiro, e como os incentivos de fato ajudam o meio ambiente.
Alguns são fáceis de entender. No Lenox, um hotel em Boston, o pacote Eco
Chic, US$ 309 (em torno de R$ 710), custa mais do que a diária normal (a
partir de US$ 239, ou R$ 550). Em troca, os hóspedes recebem café da
manhã, passes para o transporte público de Boston -para que não tenham que
dirigir- e uma cópia do "The Consumer's Guide to Effective Environmental
Choices: Practical Advice from the Union of Concerned Scientists" (guia de
escolhas ambientais eficazes para o consumidor: conselhos práticos da
associação de cientistas preocupados). Além disso, o hotel compra suficiente
energia renovável para evitar o efeito estufa produzido pela estadia: cerca de
35 kg de emissões de carbono por noite.
Outros incentivos verdes podem ser mais complicados.
"Eu estava pensando em comprar energia verde, mas quando procurei,
encontrei tantas opções diferentes", disse Zoe Chafe de Washington,
pesquisadora do Worldwatch Institute, grupo de pesquisa ambiental. "Algumas
eram por meio da empresa fornecedora de energia elétrica; outras diziam:
'Coloque seu dinheiro aqui e nos ajudará a criar uma fazenda de esterco para
gerar energia alternativa'."
Cerca de 20% das empresas fornecedoras de energia elétrica da nação
oferecem aos clientes a energia chamada verde. Em Sacramento, Waters
participa do programa Greenenergy, oferecido pelo município de Sacramento,
que soma seu uso de eletricidade e tenta comprar uma quantidade equivalente
de energia de uma fazenda eólica ou outro tipo de energia renovável. Mas não
há suficientes plantas de energia limpa em Sacramento, então a empresa
43compra certificados de energia renovável ou "etiquetas verdes" de fazendas
eólicas em outras partes. As etiquetas certificam que uma empresa de energia
limpa em alguma parte vendeu uma quantidade de energia.
Quando os consumidores não têm uma opção local, eles podem comprar sua
própria etiqueta verde ou outros produtos "para contrabalançar o carbono",
como o financiamento de projetos de energia limpa e reflorestamento em
outras partes do país. Chafe, por exemplo, encontrou a NativeEnergy, empresa
cuja maioria dos proprietários são 11 tribos nativas americanas nas Dakotas,
Nebraska e Wyoming. Por US$ 8 (cerca de R$ 18) por mês, a NativeEnergy ,
de Charlotte, Vermont, compensa 100% do uso elétrico dos clientes
financiando projetos de metano que captam o gás produzido pelo esterco.
Algumas escolhas podem ser complicadas. Dois meses depois de se mudar,
Chafe ainda está comprando energia comum. "Estou tentando entender
exatamente para onde meu dinheiro irá, antes de tomar uma decisão", disse
ela.
Pode ser ainda mais difícil selecionar os muitos grupos que prometem reduzir
sua pegada de carbono. A Clif Bar, empresa de Berkeley, Califórnia, que vende
barras energéticas, também vende "Cool Tags" de US$ 2 em shows e eventos
esportivos para contrabalançar o custo verde da viagem; o dinheiro vai para as
fazendas eólicas da NativeEnergy. Sites como Carbonfund.org e
GreenTagsUSA.org têm calculadoras de carbono para estimar a poluição e
oferecer produtos para compensá-la. A Ford Motor tem uma parceria com a
TerraPass para estimular os motoristas a comprarem compensações de
carbono.
Tantos agentes entraram nesse mercado que os consumidores têm muita
escolha. Pashby, a gerente de recursos humanos de Baltimore, compensou
sua pegada de 14 toneladas de carbono com US$ 57 para o Conservation
Fund. Ela teria desembolsado US$ 200 (em torno de R$ 450) para a mesma
44compensação pela GreenTagsUSA.org, patrocinada pela Bonneville
Environmental Foundation, grupo sem fins lucrativos que apóia energia
renovável. Outra opção seria pagar US$ 77 (aproximadamente R$ 225) para
Carbonfund.org, organização sem fins lucrativos que promove formas de
reduzir ou compensar emissões de carbono.
Apesar de os grupos parecerem vender a mesma coisa, as abordagens variam.
Alguns, como o Conservation Fund, plantam árvores para absorver o carbono.
Outros, como o TerraPass e o NativeEnergy, tentam evitar a poluição em
primeiro lugar, patrocinando projetos de produção de energia limpa com
etiquetas verdes e outros métodos. Alguns grupos, como o Carbonfund.org,
tentam fazer os dois.
Pashby escolheu o Conservation Fund porque "árvores são mais bonitas que
fazendas eólicas". Mas não está claro qual opção é melhor para o planeta.
"O desafio para o consumidor é que não há um padrão uniforme para o que
constitui uma redução válida na poluição", diz Daniel Lashof, diretor de ciências
do centro de clima do Conselho de Defesa de Recursos Naturais. As exceções,
disse ele, são etiquetas verdes com o certificado Green-e, um selo de
aprovação emitido pelo Centro de Soluções de Recursos, grupo sem fins
lucrativos com base em San Francisco que se certifica que as empresas de
energia limpa vendem a quantidade de energia que dizem fazer.
O selo, entretanto, é limitado a etiquetas verdes e não se aplica a empresas
que oferecem um conjunto de projetos. Os que envolvem reflorestamento
podem ser especialmente difíceis de se verificar.
"Não há muito acompanhamento do reflorestamento na Costa Rica. Como você
sabe se o mesmo alqueire não está sendo vendido para várias pessoas?",
45disse Brendan Bell, representante do programa de questões energéticas e
aquecimento global da Sierra Club.
Algumas empresas estão tentando melhorar a possibilidade de verificação. O
Conservation Fund envia certificados a seus clientes, dizendo a eles quando e
onde suas árvores serão plantadas. O TerraPass tem suas transações
acompanhadas pelo Centro de Soluções de Recursos. E o Climate Neutral
Network, grupo independente sem fins lucrativos em Portland, Oregon,
desenvolveu um certificado "Climate Cool" para produtos que compensam as
emissões de carbono, apesar de não ter sido amplamente adotado. O Centro
de Soluções de Recursos também está desenvolvendo um certificado similar
ao Green-e, que espera oferecer neste verão.
"Estamos tentando desenvolver padrões para podermos tornar isso
transparente e não ter escândalos que destroem o mercado", disse Lars Kvale,
analista do Centro de Soluções de Recursos.
A possibilidade de fiscalização pode ser especialmente importante na arena
comercial. NativeEnergy, TerraPass e outras empresas lucram comprando e
revendendo etiquetas verdes e outros investimentos.
"Fiquei surpreso quando soube mais tarde que a TerraPass é uma empresa
que visa o lucro", disse Waters, o médico de Sacramento. "Isso poderia muito
bem ter afetado minha decisão de comprar. Gosto de pensar que todo centavo
do que estou dando apóia a causa."
A TerraPass diz que tenta informar a todos clientes sobre seu status comercial
e que seu modelo permitiu que atraísse capital, crescesse mais rápido e assim
servisse melhor ao meio ambiente.
46
Por enquanto, a solução serviu para Waters. "Faz-me sentir que estou fazendo
algo, e dá uma sensação muito pessoal", disse ele. "Gostaria de pensar que
quando for hora de renovar, vou comparar e encontrar o grupo mais eficiente."
47
ANEXO 2
Questionário
Questionário - Consumo Consciente
1 - O que o Senhor(a) entende por consumo consciente?
Acredito que consumo consciente seja a denominação da atitude de um
consumidor que ao comprar algum produto, se importe com que impactos que
esse ato possa a vir a causar ao meio ambiente.
2 - O(A) Senhor(a) se considera um(a) consumidor consciente?
Não pois para mim o preço é o fator determinante na escolha de um produto.
3 - O(A) Senhor(a) considera o consumo indiscriminado como sendo um ato
potencialmente prejudicial a natureza?
Sim vejo que o aumento no consumo gera uma maior exploração dos recursos
naturais e um aumento na quantidade de lixo produzido pela sociedade.
4- O(A) Senhor(a) toma alguma medida em sua casa para promover um
melhor aproveitamento dos recursos naturais e evitar o desperdício?
Me preocupo em manter luzes acesas apenas quando necessário, evito o
desperdício de alimentos.
5- O(A) Senhor(a) estaria disposto a sacrificar alguns de seus hábitos
diários se isso significasse viver em um planeta mais saudável?
48Se eu soubesse que algum hábito meu prejudica diretamente o meio ambiente,
certamente faria o possível para modificá-lo.
7- O Senhor compraria um alimento que tivesse em sua composição um
organismo geneticamente modificado (transgênico)? Porque?
Se eu observasse na embalagem que o produto é transgênico, preferiria outro
já que não considero esses alimentos completamente confiáveis.
8 - O(A) Senhor(a) compraria um veículo que se utilizasse de um combustível
alternativo não poluente mesmo que seu preço fosse maior?
Se o preço não estivesse fora de minhas posses, ficaria feliz em comprar um
veículo que não poluía ainda mais nossa cidade.
9- O(A) Senhor(a) contribuiria para a coleta seletiva se ela estivesse disponível
em seu bairro?
Eu acho que a separação do lixo em casa poderia trazer um aborrecimento,
mas se esse lixo fosse realmente reciclado valeria a pena.
10- Na sua opinião, que medidas o governo poderia tomar para incentivar o
consumo consciente?
O governo poderia implementar a própria coleta seletiva e a reciclagem e
sinalizar produtos ou empresas que são um risco para meio ambiente. Ele
também poderia promover campanhas educativas que evitassem o
desperdício.
Eric Carvalho de Souza, 18 Estudante de Direito
49
ANEXO 2
Questionário
Questionário - Consumo Consciente
1 - O que o Senhor(a) entende por consumo consciente?
Entendo que o consumo consciente é o tratar com ponderação e inteligência os gastos nas diversas situações cotidianas, como por exemplo o gasto da água.
2 - O(A) Senhor(a) se considera um(a) consumidor(a) consciente?
Apenas com relação a alguns aspectos, confesso que desperdiço um pouco de energia elétrica.
3 - O(A) Senhor(a) considera o consumo indiscriminado como sendo um ato potencialmente prejudicial a natureza?
Certamente as escolas universidades e meios de comunicação deveriam abordar mais constantemente esse assunto.
4- O(A) Senhor(a) toma alguma medida em sua casa para promover um melhor aproveitamento dos recursos naturais e evitar o desperdício?
Sim aproveito a água em que a roupa estava de molho para lavar o vaso sanitário e o Box. Ao trocar a água do cachorro utilizo a água antiga para regar as plantas. Utilizo também o timer da televisão evitando que a mesma fique ligada a noite toda.
5- O(A) Senhor(a) estaria disposto(a) a sacrificar alguns de seus hábitos diários se isso significasse viver em um planeta mais saudável?
Sim acho absolutamente necessário.
7- O(A) Senhor(a) compraria um alimento que tivesse em sua composição um um organismo geneticamente modificado (transgênico)? Porque?
Não. Por ser uma tecnologia nova não houve tempo hábil para testar seus efeitos a longo prazo na natureza. Alguns experimentos já demonstram o impacto ambiental causado por transgênicos.
50
8 - O(A) Senhor(a) compraria um veículo que se utilizasse de um combustível alternativo não poluente mesmo que seu preço fosse maior?
Certamente como por exemplo um carro movido a hidrogênio.
9- O(A) Senhor(a) contribuiria para a coleta seletiva se ela estivesse disponível em seu bairro?
Sim, inclusive já participei de projetos como o ECO-MAUÁ onde toda a comunidade escolar foi mobilizada no processo e os lucros revertidos em equipamentos para a Escola Técnica Visconde de Mauá.
10- Na sua opinião, que medidas o governo poderia tomar para incentivar o consumo consciente?
Investir em campanhas educativas e propagandas motivadoras e sensibilizadoras.
Vânia Silveira, 46 Professora de Biologia e Supervisora Educacional.
51
ANEXO 2
Questionário
Questionário - Consumo Consciente
1 - O que o Senhor(a) entende por consumo consciente?
Que não seja prejudicial nem ao meu bolso, nem ao meio ambiente.
2 - O(A) Senhor(a) se considera um(a) consumidor consciente?
Sim, procuro seguir as regras já estabelecidas.
3 - O(A) Senhor(a) considera o consumo indiscriminado como sendo um ato potencialmente prejudicial a natureza?
Sim devemos respeitas as pesquisas já comprovadas.
4- O(A) Senhor(a) toma alguma medida em sua casa para promover um melhor aproveitamento dos recursos naturais e evitar o desperdício?
Sim, tento seguir as orientações comuns de economia doméstica.
5- O(A) Senhor(a) estaria disposto a sacrificar alguns de seus hábitos diários se isso significasse viver em um planeta mais saudável?
Sim, devemos colaborar sempre para a melhoria do ecossistema.
6 - O Senhor compraria um alimento que tivesse em sua composição um organismo geneticamente modificado (transgênico)? Porque?
Não. Ainda não fizeram pesquisas suficientes. E as conclusões ainda não foram convincentes.
7 - O(A) Senhor(a) compraria um veículo que se utilizasse de um combustível alternativo não poluente mesmo que seu preço fosse maior?
Sim, como já respondido, tento sempre respeitar o meio ambiente.
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8 - O(A) Senhor(a) contribuiria para a coleta seletiva se ela estivesse disponível em seu bairro?
Sim, já fiz isso quando puseram no meu condomínio.
9 - Na sua opinião, que medidas o governo poderia tomar para incentivar o consumo consciente?
Educando o povo través de campanhas em todos os veículos de comunicação.
Margarida Sant´Anna, Advogada
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ANEXO 2
Questionário
Questionário - Consumo Consciente
1 - O que o Senhor(a) entende por consumo consciente?
Consumir conscientemente é usar apenas o necessário.
2 - O(A) Senhor(a) se considera um(a) consumidor consciente?
Sim sou uma pessoa equilibrada em tudo que eu faço, detesto o desperdício.
3 - O(A) Senhor(a) considera o consumo indiscriminado como sendo um ato potencialmente prejudicial a natureza?
Sim não só a natureza, tudo na vida tem que ser feito com equilíbrio.
4- O(A) Senhor(a) toma alguma medida em sua casa para promover um melhor aproveitamento dos recursos naturais e evitar o desperdício?
Claro, estou sempre alertando meus familiares para que não haja desperdício e procuro, se possível, reaproveitar alguns materiais.
5- O(A) Senhor(a) estaria disposto a sacrificar alguns de seus hábitos diários se isso significasse viver em um planeta mais saudável?
Com certeza, para mim isso é preocupação constante.
6- O Senhor compraria um alimento que tivesse em sua composição um organismo geneticamente modificado (transgênico)? Porque?
Eu não compraria por eu ainda não conheço a genética existente no mesmo.
547 - O(A) Senhor(a) compraria um veículo que se utilizasse de um combustível alternativo não poluente mesmo que seu preço fosse maior?
Compraria, mas preferiria que fosse um preço mais acessível.
8- O(A) Senhor(a) contribuiria para a coleta seletiva se ela estivesse disponível em seu bairro?
Sim contribuiria eu procuro separar o lixo mesmo sabendo que em meu bairro não existe esse tipo de coleta.
9- Na sua opinião, que medidas o governo poderia tomar para incentivar o consumo consciente?
Através de propaganda e ele próprio dar o exemplo.
Edna Mello, Dona de Casa
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
Instituto Akatu Norman Cousins Utah Philips John A. Hoyt ( presidente-emérito) da Humane Society of The United
States Entrevista com o presidente da FIESP Folha de S. Paulo, 30/08/2001 Seleções Readers Digest, maio 2002 Globo Rural, março 1991 Vida Integral, dezembro 2002 Ética Ambiental, Renato Nalini Jiddu Krishnamurt – 1895-1986 (filósofo e líder espiritual indiano) Metrô News (SP, 12/05/03) Folha de S. Paulo (SP, 30/08/03) Denis Hayes, (ambientalista americano e coordenador nacional do
primeiro Dia da Terra), 1990 John Stuart Mill, 1806-1876 (filósofo inglês) Revista do Idec, No 88 maio/05 Marcio Bontempo, Alimentação para um Novo Mundo, Ed. Record, 2003 Dr. René Von Scomberg, técnico e conselheiro do Parlamento europeu. Revista Galileu, Suplemento Galileu 2000, volume 4 Revista vida simples, n29 The New York Times 26/06/2006
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 00
AGRADECIMENTO 02DEDICATÓRIA 03
RESUMO 04
METODOLOGIA 05
SUMÁRIO 06
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO ÚNICO
1.- Em Casa 10
2 – A Mesa 15
3 – No Trabalho 17
4 – No Comércio 21
5 – A Água 23
6 – Transgênicos 26
7 – Combustíveis 32
8 – Política dos 5R ................................................................ 35
CONCLUSÃO 37
ANEXOS 39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 55
ÍNDICE 56
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes (A Vez do Mestre)
Título da Monografia: Consumo Consciente
Autor: Carlos Alberto Lopes Abrantes
Matricula: k200693 Turma: k027
Data da entrega: 28 de julho de 2006.
Avaliado por: Conceito:
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