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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE MARKETING E O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ANDRÉA BUENO DIAS LIMA SALIM ORIENTADORA: PROFª. FABIANE MUNIZ RIO DE JANEIRO MARÇO/2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

MARKETING E O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

ANDRÉA BUENO DIAS LIMA SALIM

ORIENTADORA:

PROFª. FABIANE MUNIZ

RIO DE JANEIRO MARÇO/2008

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Apresentação de monografia ao Conjunto Universitário Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Marketing.

RIO DE JANEIRO MARÇO/2008

MARKETING E O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

ANDRÉA BUENO DIAS LIMA SALIM

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu esposo Zoel por ter me estimulado a nunca desistir dos meus sonhos. Agradeço a minha filha pelos beijos diários, pelo carinho e amor por mim. Agradeço a minha mãe, Magda, pela sua riquíssima humildade e sensibilidade. Ela me ensinou a enxergar com os olhos do coração.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família pela paciência e pelo amor que tem por mim e a Deus por me emprestar o coração que pulsa, o oxigênio que respiro, o solo em que caminho e milhões de itens para que eu exista.

5

RESUMO

Este trabalho objetiva apresentar o ato de consumo, onde são

demonstrados os fatores que levam o consumidor a decidir pela compra, os

fatores de influência na decisão de compra são: motivações, personalidade,

percepções, assim como as variáveis, que classificam o consumidor na

sociedade. Quais seus efeitos e influências no comportamento do consumidor

e até que ponto o Código de Defesa do Consumidor pode ser utilizado para

ajudar os cidadãos na defesa dos direitos por eles adquiridos, já que o Código

é um instrumento que preserva o consumidor de práticas abusivas. A fonte

mais utilizada ainda é a comercial que nem sempre é a mais honesta.

Palavras-chave: Marketing, Comportamento do Consumidor, Variáveis

Sociais, Econômicas e Culturais, Código de Defesa do Consumidor.

6

METODOLOGIA

A pesquisa será bibliográfica e abordará todos os elementos

necessários que determinem o comportamento do consumidor. Foram feitas

pesquisas na Biblioteca Nacional, Biblioteca da Fundação Getúlio Vargas,

Escola Superior de Propaganda e Marketing e Associação Brasileira de

Marketing.

Este trabalho pretende abordar algumas definições e conceitos

sobre o tema, além das questões relevantes como o Ato de Consumir? Compra

e suas variáveis sociais, econômicas e culturais? Estágios do processo de

compra? Tipos de Consumidores.

Assim como as ferramentas legais como o Código de Defesa do

Consumidor e sua aplicabilidade na garantia de direitos.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Comportamento do consumidor 09

CAPÍTULO II

Fatores situacionais 19

CAPÍTULO III

Ambiente do marketing e o consumidor 27

CAPÍTULO IV

Código de Defesa do Consumidor 32

CONCLUSÃO 37

BIBLIOGRAFIA 40

ÍNDICE 43

FOLHA DE AVALIAÇÃO 44

8

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar o comportamento

do consumidor e o seu papel na economia, demonstrando que, mais do que

nunca, é importante saber o que cada consumidor busca no mercado para

satisfazer suas necessidades.

Poderá ser verificado que o consumidor é influenciado por vários

fatores que vão determinar o seu poder de compra, como, por exemplo, as

classificações sociais a que cada um pertence.

De grande importância também no ato de compra, estão as variáveis

sociais, ou seja, os valores e estilos de vida de cada consumidor e os grupos

que ele oferece influências, como família, amigos, parentes e até grupos de

relações formais e informais.

Um fator de muita influência no consumo é o econômico e o cultural,

pois depende muito a que classe econômica o consumidor pertence para poder

usufruir de bens, produtos e serviços. O fator cultural, por sua vez, vai

determinar o comportamento de cada grupo, conforme a sua classificação.

Serão apresentadas também as etapas pelas quais o consumidor vai

passar até decidir por uma compra e qual vai ser a sua satisfação quanto ao

produto adquirido, demonstrando, assim, os vários tipos de consumidores e

quais são as suas reações no mercado de consumidor.

9

CAPÍTULO I

COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

As origens do Marketing misturam-se com a história da humanidade.

As relações de consumo permeiam os relacionamentos entre os homens. O

estudo dessas relações e do mercado é uma ciência relativamente nova se

comparada com as outras áreas do saber. Os estudos mais intensivos sobre o

consumo e todas as suas nuances surgiram com a Revolução Industrial.

A Revolução mudou radicalmente o mercado com a mecanização

dos sistemas de produção. Os produtos passaram a ser produzidos mais

rapidamente, os preços caíram e o consumo aumentou. O aumento

populacional também impulsionou a grande demanda por produtos e serviços.

Nessa fase da História, o Marketing ainda era atrelado à economia e

aos modelos de Administração Clássica. As decisões de compra eram das

empresas, os consumidores ainda não tinham escolha. A preocupação das

empresas era somente com a produção e a logística.

Com o advento tecnológico, as empresas iniciaram o processo da

concorrência. A partir dessa premissa, a difusão dos ideais do Marketing,

tornou-se essencial. Agora é “diferenciar ou morrer” (TROUT, 2000).

Essa nova realidade trouxe uma reação, houve um aumento das

empresas. O aumento da concorrência incitou nos estudiosos do mercado

questões importantes sobre como seduzir e lidar com os consumidores. Nessa

mesma época surgiram vários autores importantes que disseminavam a cultura

do Marketing.

As empresas começaram a ter uma orientação voltada para o

consumidor. Isso significava que eles precisavam identificar e satisfazer os

desejos dos consumidores. Mas não era tão simples assim. A identificação e

10

satisfação dependiam muito de como, onde e por qual preço o consumidor

sentir-se-ia mais atraído.

Inicialmente, essas idéias eram maliciosas e não se preocupavam

com os direitos dos consumidores. Técnicas eficientes, mas maliciosas se

misturavam. Como bem disse Kotler (20007), “a maior parte do pensamento de

Marketing concentrava-se na realização de vendas”.

Desde os primórdios da era moderna o poder sócio econômico tem

influenciado os hábitos, costumes e comportamentos de consumidores. Não é

segredo que as grandes empresas dirigem os lançamentos de seus produtos a

determinadas classes sociais.

São raros, atualmente, os produtos que se adaptam a todos os

segmentos do mercado. Diversas teorias têm estudado os consumidores frente

a diversos fatores: satisfação, comportamento, hábitos etc.

Poucos estudos se fizeram em relação ao consumidor sobre estes

aspectos. Sabe-se muito sobre as necessidades de comer, beber, dormir, mas,

na realidade não interessa à sociedade de consumo que um ser humano tem

que comer, beber ou vestir algo.

O que interessa na realidade, ao mercado, é o estudo do que comer,

o que vestir e o que beber, ou quando uma pessoa escolhe determinado

alimento ou bebida para saciar a sua fome e sede, entender quais foram os

motivos que levaram a pessoa àquela escolha (e, neste ponto, as classes

sociais diferem completamente nos seus hábitos de consumo). Estas são as

necessidades secundárias, que englobam hábitos alimentares orientados por

normas, princípios e valores de uma determinada sociedade ou grupo social.

Sabe-se que no mercado de consumo podemos encontrar vários

tipos de consumidores e de variados comportamentos. Temos nesse mercado

aqueles consumidores que acham que tudo está bom, ou mais ou menos, e de

11

outro lado encontramos aqueles consumidores exigentes, que levam em conta

todos os fatores que podem lhes prejudicar diante do ato de consumo.

Desta forma, Gama (2002) destaca cinco grupos de consumidores e

como se comportam frente aos seus direitos no mercado:

• Alienados: Estes são as maiores partes dos consumidores, a

grande massa da população, aqueles que aceitam tudo o que acontece nas

relações de consumo, e geralmente acreditam que tudo que acontece é por

sorte ou azar do destino e até envolvem os deuses em seus problemas,

deixando de se aperceberem as obrigações dos fornecedores. Estes

consumidores são considerados como “burros mansos” no mercado. É a

maioria esmagadora de consumidores e a parte mais pobre da população.

• Tolerantes: Estes são os grupos dos consumidores que têm

conhecimento de seus direitos no mercado de consumo, mas se desvalorizam

perante as dificuldades, e acham que não adianta reclamar. Então se

conformam com as desconsiderações e até as lesões que sofrem no mercado

de consumo.

• Responsáveis Pacíficos: Neste grupo, encontram-se aqueles

consumidores que têm conhecimento de seus direitos, mas que, por motivos de

relações familiares, sentimentais ou sociais e até mesmo por falta de tempo,

não vão atrás de seus direitos. Fazem parte, também, neste grupo, os

consumidores que acham que fazer reclamações é perda de tempo e de

dinheiro.

• Responsáveis exigentes: Grupo dos consumidores que têm plena

noção de seus direitos e procuram fazer prevalecê-los, sem criar atrito com

seus fornecedores. São aqueles que querem ser respeitados, reclamam, e não

aceitam qualquer desculpa, pois têm consciência de seus direitos.

• Renitentes: São os consumidores que buscam a valorização da

dignidade de pessoa humana no mercado de consumo. Têm consciência de

12

seus direitos e reagem contra os danos que sofrem, e ainda dão real valor ao

seu dinheiro. Segundo o autor, um só consumidor renitente, extravasando ódio,

pode destruir a imagem de uma empresa ou de um produto, através da mídia.

Pode-se verificar que são vários os tipos de consumidores no

mercado de consumo, mas, muitos ainda não têm consciência do que é

realmente ser um consumidor, ou seja, não reconhecem os seus direitos e se

deixam ser considerados apenas como clientes, usuários, fregueses etc.

Gama (2002), destaca que existe um outro tipo de consumidor, o

vivaldino, que é aquele que se aproveita de situações em abuso ou ausência

de direito; é um estelionatário, ou um safado como outro qualquer que abusa

das leis dos consumidores para tirar vantagem pessoal, dizendo que, depois de

tanto ser vítima de abuso, quando pode, abusa também. Mas as leis de

proteção aos consumidores não protegem os canalhas, e as suas bases são o

respeito, a moderação, a reciprocidade e a eqüidade.

1.1. Motivação

As bases do comportamento do consumidor estão em sua maioria,

mescladas com princípios psicológicos. Karsaklian (2000, p. 11) define: “ser

consumidor é ser humano. Ser consumidor é alimentar-se, vestir-se, divertir-

se... viver.”

Baseado nessa citação é possível dizer que todos, sem restrições

são consumidores, mesmo que às vezes não saibam. Todos têm suas

motivações, o consumidor é apenas uma parte do ser humano.

Segundo Mowen e Minor (2003), “o comportamento do consumidor é

definido como o estudo das unidades compradoras e dos processos de troca

envolvidos na aquisição, no consumo e na disposição de mercadorias,

serviços, experiências e idéias.”

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Então tudo que é passível de troca, caracteriza o consumo. É sabido

que esse processo envolve uma série de fases. E são essas fases que são

estudadas no comportamento do consumidor. É preciso saber por que as

pessoas consomem e como fazem. Compreender os consumidores gera vários

benefícios.

A importância de se compreender o consumidor é encontrada na

definição de marketing como uma “atividade humana direcionada a satisfazer

necessidades e vontades por meios de processos de trocas humanos”.

Daí emergem duas atividades-chave do marketing. A primeira é que

os profissionais de marketing tentam satisfazer às necessidades e vontades de

seu mercado-alvo. A segunda é que o marketing abrange o estudo do processo

de troca por meio do qual duas partes transferem recursos entre si (MOWEN e

MINOR, 2003).

As necessidades dos consumidores, reais ou potenciais, dificilmente

serão satisfeitas se os profissionais de marketing não entenderem seus

hábitos, costumes, desejos. Em posse dessas informações, o processo de

tomada de decisão em marketing é facilitado.

O consumidor é o centro de toda a atividade do Marketing, entendê-

lo, saber como ele é motivado, como ele compra e como utiliza os bens é a

chave do sucesso nos negócios.

Para o Marketing, o conhecimento sobre o consumidor ajuda a

identificar de modo mais incisivo necessidades presentes e as futuras; permite

uma melhor comunicação entre a empresa e o cliente; é possível também obter

uma confiança e, enfim, planejar com mais precisão suas ações. No entanto, é

necessário que se observe o indivíduo e sua percepção individual, suas

atitudes, as influências culturais e sociais, algumas das variáveis que podem

interferir no seu comportamento.

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O conhecimento das necessidades do consumidor, do processo de

decisão de compra e dos fatores condicionantes beneficia ambos os

intervenientes na relação de troca. Para o consumidor: facilita, orienta e torna

mais satisfatório a compra e o consumo de bens ou serviços (produtos mais

ajustados, preços razoáveis, distribuição e comunicação mais adequadas).

Para a empresa: o conhecimento das necessidades do consumidor é

o ponto de partida para o traçar da estratégia comercial, a qual se estiver mais

adaptada ao consumidor, fará aumentar a procura dos produtos oferecidos.

De acordo com Boone & Kurtz (1998), o comportamento do

consumidor pode ser visto como um processo de decisão, cujo ato de compra é

meramente uma ponta do processo. Para compreender o comportamento do

consumidor é necessário conhecer os passos do processo de decisão.

Assim, segundo Engel (2000, p. 4), “comportamento do consumidor

é a somatória das atividades diretamente envolvidas em obter, consumir e

dispor de produtos e serviços, incluindo os processos decisórios que

antecedem e sucedem estas ações”.

Em uma troca ética geralmente surgem os elementos a seguir:

Ambas as partes conhecerão por completo a natureza do acordo que estão

celebrando; nenhuma das partes da troca representará mal ou omitirá

intencionalmente informações relevantes à outra parte; nenhuma das partes da

troca influenciará a outra de maneira indevida. (MOWEN e MINOR, 2003, p. 14

apud VELÁSQUEZ 1982).

O comportamento do consumidor baseia-se nos processos de troca.

Segundo Mowen e Minor (2003), nessas trocas, a confiança entre as partes é

extremamente importante e existe um fator que influencia nos laços de

confiança: a ética.

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Para Mowen e Minor (2003) apud Holbrook (1994, p.566-571), ética

é o estudo dos julgamentos normativos com relação ao que é moralmente certo

e errado, bom e ruim. Portanto, sempre que o consumidor se envolve em um

processo de troca surgem também os dilemas éticos. As empresas também

precisam adotar uma postura que ressalte os valores éticos.

1.2. Teorias comportamentais

A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes

teorias de motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos

obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem

transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo realiza uma

necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas

busquem meios para satisfazê-la. Nenhuma pessoa procurará reconhecimento

pessoal e status se suas necessidades básicas estiverem insatisfeitas.

Os cinco níveis da teoria de Maslow são:

a) Fisiológicas

b) Segurança

c) Sociais

d) Status

e) Auto-Realização.

A exemplo, numa família com baixo rendimento, os hábitos de

consumo se restringirão à compra de alimentos básicos como feijão e arroz e

roupas para se abrigar do frio. Gastos com segurança ou eventos sociais estão

descartados para esta camada da população.

Usar um casaco no frio é necessidade básica. Usar um casaco

Pierre Cardin de R$5.000,00 é uma necessidade de aceitação social, ou

secundária. Transportar-se ao trabalho de ônibus é uma necessidade. Comprar

uma Ferrari para passear é um “mimo” social.

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A teoria S-R (estímulo – resposta) também se encaixa na análise

sócio econômica. A teoria S- R utiliza-se dos paradigmas clássicos, como

reforço, extinção, discriminação e generalização. O reforço pode ser primário

se constituído de uma recompensa em nível de satisfação de necessidade

primária, ou secundário, se constituído de elementos socialmente aprendidos,

como um sorriso ou elogio, por exemplo, a gravata que estamos usando, o que

fará com que compremos mais gravatas deste tipo.

O reforço também poderá ser negativo, e implica, neste caso, em

uma redução da recompensa. No caso de esta ocorrer sempre, dá-se a

extinção, e se nunca elogiarem nossa gravata, ou se a criticarem, desistiremos

de comprar e usar gravatas desse tipo.

A discriminação é o processo que nos permite distinguir quais são as

gravatas que merecem elogios, e a generalização leva a crer que todas as

gravatas daquela marca são apreciadas. Quanto maior a classe social, maior

será o efeito do estímulo para determinada resposta.

A teoria do comportamento engloba diversas outras teorias, pois

mede os estímulos e respostas, além de trabalhar com a cognição, percepção

e valores do indivíduo. Estudiosos de Marketing adaptaram o comportamento

proposital de Tolman em termos de conceitos expectativas-sinais-Gestalt. As

pessoas acreditam que o meio é estruturado de forma ordenada, e que

determinados tipos de comportamento levam a determinados resultados.

Portanto, estas expectativas resultam de sinais (estímulos) que

indicam as respostas passíveis de esforço. Em marketing, os atributos de um

produto (embalagem, anúncio etc.) são sinais para o comprador. Se estes

sinais são consistentes com suas necessidades, a resposta será comprar o

produto. Estes fatores são fundamentais para as classes sociais.

Segundo Karsaklian (2000), percebe-se, porém, que, formalmente

ou não, a preocupação com o consumo, a constatação e o fato de existir em

17

cada um de nós um consumidor têm gerado polêmica com relação a como lidar

com os seus comportamentos. Comportamentos estes que são acompanhados

de vários fatores, muitas vezes determinantes para o consumo.

Cobra (1997) destaca que “Cada consumidor reage de forma

diferente sob estímulos iguais, e isso ocorre porque cada um possuiu uma

‘caixa preta’ diferente". Os fatores relacionados ao comportamento do consumo

giram em torno das ações dos consumidores, tornando-se, assim, essenciais à

busca de sua compreensão.

O campo do comportamento do consumidor surgiu logo em seus

primórdios, como um campo de estudo, nas décadas de 60, mais precisamente

em 1968, através da influência de escritores como Engel, Blackweel e Miniard

(2000, apud BLACKW, KATONA, FERBERA, HOWARD e ENGEL), que

visavam identificar as variáveis que rodeiam o consumidor.

Para Karsaklian (2000), por mais que se busque conhecer o

consumidor, é difícil saber quais comportamentos ele vai ter em relação a fatos

que venham ocorrer durante a sua vida.

Kother e Armstrong (1993) destacam, porém, que são muitos os

fatores que podem influenciar a tomada de decisão e comportamentos do

consumidor, entre os quais:

a) Motivações: Os consumidores podem ser influenciados por

necessidades, que são divididas em fisiológicas (fome, sede, desconforto) e

psicológicas (reconhecimento, auto-estima, relacionamento), mas muitas vezes

estas necessidades não serão forte o bastante para motivar a pessoa a agir

num dado momento, ou seja, a pessoa às vezes necessita de um motivo maior

para buscar sua satisfação.

b) Personalidade: É a personalidade de cada pessoa que vai

determinar o seu comportamento no ato da compra, pois se refere a

características psicológicas que conduzem uma resposta relativamente

18

consistente no ambiente onde a pessoa está inserida. Destaca, ainda, o autor,

que o conhecimento da personalidade pode ser muito útil para analisar o

comportamento do consumidor quanto a uma marca ou um produto.

c) Percepções: Considerada como “processo pelo qual as pessoas

selecionam, organizam e interpretam informações para formar uma imagem

significativa do mundo” (KOTHER e ARMSTRONG, 1993).

Desta forma, a pessoa fica pronta para agir, influenciada por sua

percepção, que vai determinar sua decisão de compra. Através dessas

influências, os consumidores aprendem e diferenciam fatores sobre escolhas

que vão fazer durante as suas tomadas de decisões, tornando, assim, seu

comportamento um pouco mais previsível a quem deseja estudar os seus

comportamentos.

19

CAPÍTULO II

FATORES SITUACIONAIS

Os fatores situacionais podem induzir o consumidor a compra. Para

Castro (2004), os fatores situacionais também têm grande poder de influenciar

o ato da compra. Para ele, um ambiente agradável e confortável em

determinados casos pode determinar a compra, pois em muitos casos os

consumidores decidem já nas prateleiras ou gôndolas dos pontos de venda.

Um outro fator que também leva em consideração os fatores situacionais é

comunicação, pois o estudo de diferentes tipos de mídia por parte das

empresas, com estratégias direcionadas, leva a um efeito significativo no

comportamento da compra.

Os consumidores ainda são influenciados por outras variáveis muito

importantes em seus comportamentos no ato da compra, que são:

• As classes Sociais.

• As variáveis Sociais.

• Variáveis Econômicas.

• Variáveis Culturais.

2.1. Classes sociais

A classe social é considerada uma das variáveis que interfere no ato

de consumo, e que não pode ser deixada de lado ao procurar estudar a forma

de cada consumidor agir diante de determinadas escolhas. Para Kother (1996),

as classes sociais são divisões relativamente homogêneas e permanecentes

numa sociedade, ordenadas com respeito a cada um e cujos membros

compartilham dos mesmos valores, estilos de vida, interesses e

comportamento.

20

Desta forma, podemos verificar que não é apenas o fator renda que

determina a classe social. Castro (2004) relata que “a classe social pode ser

definida como um critério de ordenação da sociedade, utilizando indicadores

como poder aquisitivo, escolaridade e ocupação”.

Kother e Amstrong (1993) também definem como essenciais na

classificação de uma classe social os fatores: renda, ocupação, educação,

riqueza e outras variáveis. Esses s fatores é que vão determinar preferências

por determinados produtos e comportamentos dentro das classes sociais. Ou

seja, cada classe social apresenta preferências distintas por produtos e marcas

em relação a vestuário, imóveis, lazer e automóveis.

As classes sociais se tornam determinantes para o mercado, pois o

comportamento dentro delas pode determinar o poder de decisão de compra

de todo o grupo. Segundo Engel, Blackwell e Miniard (2000), não devemos

equiparar classe social e renda, pois não é apenas a renda que determina a

classe social, muito embora haja uma correlação entre renda e outras

variáveis.

Verifica-se, porém, que o fato das distinções entre as classes sociais

se diferirem, muitas vezes é o que a pessoa faz (em relação a trabalho) que vai

determinar a sua classe social. Os autores destacam, por exemplo, o caso de

um gari, que pode ganhar mais do que um professor assistente. Entretanto,

seria atribuída ao professor uma classe social mais alta que a do gari.

Para Kother (1996), as classes sociais podem ser medidas da

seguinte forma, de acordo com uma pesquisa norte-americana: baseada em

classificações sociais, podemos verificar que há uma divisão entre “ter” e “ser”

alguma coisa dentro delas. E que na maioria das vezes, são essas divisões

sociais que influenciam no poder de compra dos consumidores.

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2.2. Variáveis sociais

As variáveis sociais são determinantes no comportamento do

consumidor. De acordo com Stoner e Freeman (1999), estas variáveis de

influência podem ser classificadas como:

• Estilo de vida: As mudanças nos padrões de vida, como uniões

instáveis, pessoas morando sozinhas, têm gerado um maior número do

consumo, onde as pessoas procuram por produtos e serviços que lhes

proporcionem maior conforto e tranqüilidade.

• Valores sociais: Os valores sociais são determinantes nas

escolhas que as pessoas (consumidores) fazem na vida, como, por exemplo,

um determinado produto pode ter certo valor para uma pessoa e para outra

não.

• Demografia: O fator crescente da população leva a observar que

os padrões de consumo afetam o tamanho da oferta de mão-de-obra e da

localização no mercado de consumo.

Em um dossiê lançado na revista HSM Management, o especialista

em comportamento do consumidor, Roger Blackweel, aborda que quem deseja

estudar ou saber o que leva as pessoas (consumidores) a comprarem um

determinado produto, não pode deixar de levar em conta esses fatores sociais.

Para ele, o que leva as pessoas a se decidirem por um determinado produto

vem de sua personalidade, de seu estilo de vida e das forças sociais.

Já para Kother, um indivíduo é influenciado pelos vários pequenos

grupos com os quais interage” (1996, p.108). Desta forma, o comportamento de

uma pessoa (consumidor) em influência de outras pessoas e também de

pequenos grupos existentes dentro das sociedades.

22

Karsaklian (2000), diz que todas as notícias que recebemos da

história e da pré-história ensinam-nos que o homem sempre viveu associado a

outros indivíduos de sua espécie. Sendo assim, quem deseja estudar o

comportamento humano (e do consumidor) não pode deixar de considerar as

interações sociais do ambiente social no qual ele ocorre e no qual está

inserido, pois é a sua classificação social que, muitas vezes, vai determinar a

sua decisão de compra.

Os fatores sociais influenciam no comportamento do consumidor,

pois os grupos de referência, a família, têm forte poder de apelo no momento

de decisão da compra. Isso porque todas as decisões de compra são ligadas a

indivíduos que, apesar de explicarem, antes de tudo, suas preferências e

intenções, por si só não garantem qual o comportamento será utilizado na hora

da compra. O comportamento às vezes é afetado mais por pressões do

ambiente social do que por atitudes pessoais (ENGEL, BLACKWEEL E

MINIARD, 2000).

É o caso de quando as pessoas tomam decisões influenciadas por

outras e não por causa de seus desejos pessoais. Segundo Kother (1996),

essas influências podem ser através de dois tipos de grupos: os primários e os

secundários. Ele salienta, que estes grupos funcionam de três maneiras:

• Expondo a pessoa a comportamentos e estilos de vida alternativos;

• Influenciando as atitudes e o conceito próprio da pessoa, por causa

de seus desejos de se “enquadrar”.

• Criando pressões para a submissão, que poderão afetar suas

escolhas de produtos e marcas.

Através dessas formas de comportamento destacadas pelo autor,

podemos destacar também que as pessoas são influenciadas por grupos dos

quais não fazem parte, como, por exemplo, os heróis esportivos, os artistas de

cinema, e até os personagens de televisão. Observamos, então, que as

classificações sociais e as influências do ambiente são de extrema importância

23

no estudo do comportamento do consumidor, pois é a classificação destes que

vai determinar suas escolhas e atitudes no mercado de consumo.

2.3. Variáveis econômicas

Uma variável muito importante no ato de consumo e que, de certa

forma, regula o mercado é a variável econômica, onde não necessitamos de

muita percepção para saber que ela tem influência muito forte sobre o consumo

das pessoas (consumidores), pois é através da mesma que é determinado o

seu poder de compra.

Segundo Cobra (1997), a noção essencial do comportamento do

consumidor diz que ele é influenciado pelas perspectivas econômicas, ou seja,

as mudanças no valor líquido (o que entra, menos o que sai) é que vão

influenciar na predisposição de consumir, porque, segundo Roger Blackweel,

“modificam o estado de espírito das pessoas”.

Os fatores econômicos têm grande poder em determinar o mercado

e segundo Kother (1996), os mercados não exigem apenas pessoas, mas

também poder aquisitivo, os quais são funções de quatro importantes fatores:

• Poupança.

• Renda normal.

• Preços e

• Disponibilidade de preços.

Diante de alguns acontecimentos econômicos, os consumidores são

forçados a repensar suas prioridades de consumo, e os negócios não podem

contar com uma continuidade de fatos iguais, pois o mercado e a economia são

crescentes e instáveis.

24

Em uma época de crise econômica, por exemplo, os consumidores

tendem a reduzir o padrão de consumo da família, restringindo-se a comprar

produtos realmente essenciais, eliminando o supérfluo” (COBRA, 1997).

Kother (1996) diz que um consumidor não gastará toda a sua renda

num só produto em virtude do princípio da utilidade marginal. Não importa quão

atraente seja um produto, as unidades adicionais lhe trarão satisfação

decrescente.

Para o consumidor, muitas vezes não é um número maior de um

mesmo produto que lhe trará satisfação, mas sim uma única unidade de um

produto que lhe é mais apropriado. O consumidor precisa estar bem informado,

pois se a compra for inadequada, não lhe trará satisfação e os seus resultados

serão ineficazes.

2.4. Variáveis culturais

Não podemos deixar de lado o fator cultural ao estudarmos o

comportamento do consumidor, pois é através da cultura que as pessoas

desempenham seu papel dentro de uma sociedade. O que comemos,

bebemos, vestimos, acreditamos, a música que escutamos, tudo isso depende

em grande parte de nossa cultura. Não obstante aceitarmos com muita

facilidade nosso modo de vida, a diversidade de culturas e comportamentos é

admirável (KARSAKLIAN, 2000).

Para Kother e Armstrong (1993), a cultura é de grande importância

no comportamento de uma pessoa, e que em maior parte esse comportamento

é aprendido, como é o caso das crianças, que aprendem seus valores ao

crescer dentro de uma dada sociedade, onde lhe são transmitidos

comportamentos básicos pela sua família e por instituições, como escolas e

igrejas.

25

Desta forma, o meio em que a pessoa vive influi no seu

comportamento cultural, o que, por sua vez, influi em seu comportamento

enquanto consumidor. A cultura insere o indivíduo ao meio, e através de sua

cultura, ele pode escolher qual grupo quer participar, quais amizades deseja

ter, qual o local que vai freqüentar e assim por diante.

Através da cultura dos povos é que se pode observar o

comportamento do consumidor e procurar identificar quais as preferências de

cada um, assim o fornecedor de serviços e produtos tem maior chance de

acertar o seu principal objetivo: o de satisfazer o consumidor.

Para Karsaklian (2000), por mais simples que pareça o fato de

culturas diferentes, muitas empresas têm seus produtos fracassados e até

mesmo chegam à falência por não atentarem a esta forte influência.

A influência da cultura sobre o ato de compra e de consumo é hoje

extremamente reconhecida, e a maior parte das abordagens avançadas sobre

o comportamento do consumidor integra, de uma forma ou de outra, o fator

cultural.

Segundo Karsaklian (2000), é através da cultura que identificamos

as pessoas, e através dos valores julgamos até mesmo se seu comportamento

é moral ou normal em uma dada situação. Transmitida de geração em geração,

a cultura garante sua continuidade no tempo e analisa indivíduos para fazer

parte de um grupo e até mesmo da sociedade. A autora afirma ainda que a

cultura está necessariamente presente nos diversos aspectos de

comportamento do consumidor, bem como nos objetos que são consumidos.

Definindo seus papéis na sociedade, os indivíduos vão

estabelecendo seus padrões de consumo e contribuem direta e igualmente

para delinear o modo de existência de uma sociedade. A cultura tem efeito

profundo em por que as pessoas compram. A cultura afeta os produtos

específicos que as pessoas compram, assim como a estrutura de consumo, a

26

tomada de decisão individual e comunicação numa sociedade” (ENGEL,

BLACKWEEL e MINIARD, 2000).

Desta forma, o fator cultural não pode ser negligenciado pelas

empresas, pois ele afeta vários fatores relacionados ao consumo, como: os

motivos de compra, o que as pessoas compram e como elas decidem comprar.

Karsaklian (2000) cita que, através da cultura, os costumes dentro

de uma determinada sociedade podem se diferenciar, e até mesmo com

relação de Pais para Pais. Pode-se destacar um exemplo que a autora cita em

seu livro, que no Brasil temos o hábito de, na noite de Natal, presentear

crianças e adultos e reunirmos em uma festa familiar. Entretanto, em países

vizinhos a nós, como o Uruguai e a Argentina, não existe ceia de Natal, e sim

uma comemoração aos Reis Magos, que é comemorada no dia 06 de janeiro.

Pode-se constatar através deste exemplo que o fato da influência

cultural no comportamento do consumidor é de extrema importância nessas

ocasiões, pois, imagine, se enviássemos para amigos na Argentina e no

Uruguai cartões de Natal na véspera do dia 25 de dezembro lhes desejando

Feliz Natal, para eles se tornariam sem sentido, pois esta data lhes não tem

significado algum.

Karsaklian (2000) que tais aspectos são de fundamental importância

ao analisarmos a compreensão do contexto de compra de vários produtos,

principalmente pelas mudanças rápidas de comportamentos individuais e

coletivos.

Para Engel, Blackweel e Miniard (2000), os fatores culturais

envolvem um complexo de valores, idéias e atitudes, além de outros símbolos

significativos que permitem aos humanos se comunicarem e avaliarem-se

como membros da sociedade, através dos fatores culturais e que vai ser

expresso o comportamento dos consumidores no ato da compra, e na forma de

agir no mercado e na sua interação com o ambiente, sendo então de

fundamental importância no ato de consumo e até mesmo no comportamento

do consumidor.

27

CAPÍTULO III

AMBIENTE DO MARKETING E O CONSUMIDOR

As atividades do Marketing existem desde a Antiguidade. Mesmo

que os homens não soubessem, eles já faziam Marketing quando propunham

as mais simples trocas. Apesar disso, os ideais de Marketing somente foram

apresentados ao mundo na década de 50 (SANTOS, 2000). O presente artigo

discorre sobre o Marketing, suas origens, seus principais conceitos, o

comportamento do consumidor e o processo de decisão de compra.

A preocupação do homem com o Marketing é recente. É somente a

partir da década de 50 que o termo ganhou vulto, quando passou-se a utilizá-lo

para simbolizar uma importante atividade empresarial. Apesar disto, as

atividades típicas do Marketing constituem-se em uma das profissões mais

antigas do mundo, surgindo no momento histórico em que o homem passou a

realizar trocas entre si, e isto ocorre ainda na antiguidade. Evidentemente, o

homem não tinha consciência de que fazia Marketing, tampouco existia um

estudo formal desses processos e relações de troca: tal só iria ocorrer, repita-

se, na segunda metade deste século XX (SANTOS, 2000).

As origens do Marketing misturam-se com a história da humanidade.

As relações de consumo permeiam os relacionamentos entre os homens. O

estudo dessas relações e do mercado é uma ciência relativamente nova se

comparada com as outras áreas do saber. Os estudos mais intensivos sobre o

consumo e todas as suas nuances surgiram com a Revolução Industrial.

A Revolução Industrial mudou radicalmente o mercado com a

mecanização dos sistemas de produção. Os produtos passaram a ser

produzidos mais rapidamente, os preços caíram e o consumo aumentou. O

aumento populacional também impulsionou a grande demanda por produtos e

serviços.

28

Nessa fase da História, o Marketing ainda era atrelado à economia e

aos modelos de Administração Clássica. As decisões de compra eram das

empresas, os consumidores ainda não tinham escolha. A preocupação das

empresas era somente com a produção e a logística. Com o aumento

tecnológico, as empresas iniciaram o processo da concorrência. A partir dessa

premissa, a difusão dos ideais do Marketing, tornou-se essencial. Agora é

“diferenciar ou morrer” (TROUT, 2000).

Essa nova realidade trouxe uma reação, houve um aumento das

empresas. O aumento da concorrência incitou nos estudiosos do mercado

questões importantes sobre como seduzir e lidar com os consumidores. Nessa

mesma época surgiram vários autores importantes que disseminavam a cultura

do Marketing.

As empresas começaram a ter uma orientação voltada para o

consumidor. Isso significava que eles precisavam identificar e satisfazer os

desejos dos consumidores. Mas não era tão simples assim. A identificação e

satisfação dependiam muito de como, onde e por qual preço o consumidor

sentir-se-ia mais atraído.

Inicialmente, essas idéias eram maliciosas e não se preocupavam

com os direitos dos consumidores. Técnicas eficientes, mas maliciosas se

misturavam. Como bem disse Kotler (2000), “a maior parte do pensamento de

Marketing concentrava-se na realização de vendas”.

Os novos profissionais que surgiram – os de Marketing - passavam

por situações adversas, nas quais tinham que tomar decisões difíceis sobre os

produtos, suas qualidades, características, desenvolver ações que

sustentassem seu produto, determinar preços, pontos de venda as forças de

vendas e como esse produto atrairia o consumidor.

29

Atualmente, os profissionais de Marketing têm as mesmas tarefas,

mas certamente existe um ponto muito distinto: o mercado. Marketing afinal é

“um modo profundo e ordenado de refletir mercados e planejar para eles”

(Kotler, 2000).

Os profissionais de Marketing de hoje, é claro, deparam-se com as

mesmas difíceis decisões. Mas o mercado de hoje é imensamente mais

complexo. Mercados domésticos, outrora a salvo de invasores estrangeiros,

estão hoje franqueados para gigantescas empresas globais, assim como para

especialistas globais em encontrar e atender a nichos de mercados.

Importantes avanços tecnológicos reduziram significativamente o tempo e a

distância: novos produtos são lançados em um ritmo espantoso e tornam-se

mundialmente disponíveis em curto espaço de tempo. Os meios de

comunicação proliferam. Novos canais e formatos de distribuição continuam a

aparecer. Os concorrentes estão por toda parte... e estão famintos (PHILIP

KOTLER, 2000).

O Marketing está intrínseco em todas as partes do mundo. Em todos

os ambientes, o Marketing age direta ou indiretamente. Esse novo mundo está

abastado de informações e elas dão o poder de decisão de compra.

Felizmente, a satisfação do consumidor é um dos mais importantes pilares do

Marketing.

Atualmente, o Marketing é parte essencial das empresas. É ele que

norteia todas as ações, como também acontece com os estudos sobre

comportamento do consumidor. O relacionamento das empresas com seus

clientes é um fator importante para que ela tenha sucesso.

A integração da palavra Marketing no vocabulário das pessoas deu-

se de uma forma espantosa. Hoje, todos falam de marketing, todos fazem

marketing, mas nem todos conseguem defini-lo. A comunicação, a mídia, as

novas tecnologias são fatores responsáveis pela disseminação da palavra.

30

Embora a maioria das pessoas associe o Marketing à venda, essa,

portanto é a última etapa de todo o processo. Se tudo estiver correto no

processo, no desenvolvimento das ações de Marketing a venda é somente uma

conseqüência.

A American Marketing Association (AMA) definiu o Marketing como

uma “função organizacional e um conjunto de processos que envolvem a

criação, a comunicação e a entrega de valor para os clientes, bem como a

administração do relacionamento com eles, de modo que beneficie a

organização e seu público interessado” (www.marketingpower.com).

Outro conceito de marketing é o das necessidades humanas. O

profissional de marketing que entende essas necessidades consegue com

ações estratégicas transformá-las em desejos. Desejos são as necessidades

humanas moldadas pela cultura e individualidade. Também se classifica o

Marketing como um “processo social por meio do qual pessoas e grupos de

pessoas obtém aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação,

oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”

(KOTLER, 2000).

Kotler ainda diz que: “Marketing é a entrega da satisfação para o

cliente em forma de benefício”. Ainda é possível definir o Marketing como um

processo de troca, em que duas ou mais partes se dão algo de valor, com o

objetivo de satisfazer necessidades recíprocas. (BOONE e KURTZ, 1998).

Boone e Kurtz (1998, p.11), ainda dizem que “todo consumidor

precisa adquirir bens e serviços com certa freqüência para satisfazer suas

necessidades. Ao concentrar-se nos benefícios resultantes desses bens e

serviços, o Marketing efetivo converte necessidades em desejos”.

Todos os conceitos de Marketing afluem no sentido de definir o

mercado e o comportamento do consumidor. Mercado é, segundo Kotler

(2000), o conjunto de “todos os consumidores potenciais que compartilham de

31

uma necessidade ou desejo específico, dispostos e habilitados para fazer uma

troca que satisfaça essa necessidade ou desejo”. Todos tentam decifrar a

mente do consumidor, suas necessidades e carências e buscam atender da

melhor forma. As necessidades transformam-se em desejos.

32

CAPÍTULO IV

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

A concorrência é feroz e às vezes, as empresas cometem certos

abusos na hora de convidar, incitar e despertar o desejo nos seus clientes.

Sabe-se que o consumidor utiliza algumas fontes de informação no processo

de decisão de compra. A fonte mais utilizada é a fonte comercial, mas nem

sempre é a mais honesta. Muitas vezes o conceito de Marketing, entender para

atender, é transformado, tornando o consumidor completamente vulnerável.

Partindo desse pressuposto, foi criado o Código de Defesa do

Consumidor, que pune e estabelece condutas para preservar e defender o lado

mais fraco da relação de consumo. O código serve para preservar o

consumidor de práticas abusivas. Nele o consumidor tem o respaldo da lei.

Portanto, o Código oferece uma ligação entre os que consomem e

os que fornecem, fazendo com que ambos possam estabelecer uma relação

saudável, produtiva e baseada na honestidade, no respeito e principalmente na

lei. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é verificar por que o Código de

Defesa do Consumidor é um fator relevante no comportamento do consumidor,

e os direitos básicos do consumidor estabelecidos pela Lei n° 8.078/90.

O consumidor precisa de informações ligadas ao produto ou serviço

que deseja. Segundo Mowen e Minor (2003) “o comportamento de busca do

consumidor é o conjunto das ações tomadas para identificar e obter

informações que resolvam o problema de um consumidor”.

Existem quatro fontes de informação do consumidor, são elas: fontes

comerciais, que são os anúncios publicitários, os vendedores, embalagens,

mostruários, as fontes pessoais que são a família, os amigos, vizinhos,

conhecidos, as fontes públicas que são os meios de comunicação de massa,

organizações de classificação de consumo, leis (Código de Defesa do

33

Consumidor) e finalmente as fontes experimentais que é o manuseio, exame, o

uso do produto.

Segundo Kotler (2000) as influências dessas fontes variam de

acordo com as características do consumidor e categoria de produtos. A fonte

que fornece o maior número de informações do produto é a fonte comercial e

nessa fonte podemos destacar os profissionais de Marketing. Todavia, a fonte

de informação mais efetiva é a pessoal, pois ela é capaz de legitimar, avaliar o

produto. “Cada fonte de informação desempenha uma função diferente ao

influenciar a decisão de compra” (KOTLER, 2000).

As fontes públicas também fornecem diversas informações. Nela

destaca-se: os meios de comunicação de massa, as organizações de

classificação do consumo e também as leis, o que inclui o Código de Defesa do

Consumidor.

Em março de 1991, entrou em vigor a Lei n° 8.078/90 – o Código de

Defesa do Consumidor, que é um instrumento de proteção baseado no

“Princípio da Vulnerabilidade”, ou seja, a proteção para aqueles que são

considerados a parte mais fraca da relação de consumo - os consumidores.

O reconhecimento dessa vulnerabilidade constitui pressuposto

básico de todo o sistema de defesa do consumidor, e nossa lei expressamente

a reconhece em seu art. 4.°, inc. I, considerando tal como princípio fundamental

e informador de todas as demais normas presentes nesse código. (SANTOS,

2000).

A lei não se baseia somente na punição de atos ilícitos, mas também

na divulgação e conscientização dos direitos e deveres dos consumidores.

Estabelece normas e condutas para a inclusão das formas corretas de se

consumir. A lei também publica as obrigações dos fornecedores. A relação

básica disciplinada pelo Código é aquela entre um fornecedor e um

consumidor, que qualifica-se como uma relação de consumo.

34

Segundo o Artigo 6° da Lei n°8.078/90, são direitos básicos do

consumidor:

I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos

provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados

perigosos ou nocivos;

II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos

produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas

contratações;

III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e

serviços, com especificação correta de quantidade, características,

composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;

IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos

comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas

abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;

V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam

prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes

que as tornem excessivamente onerosas;

VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,

individuais, coletivos e difusos;

VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à

prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos

ou difusos, assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos

necessitados;

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a

inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do

juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as

regras ordinárias de experiências;

X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.

Segundo Santos (www.gfgd.adv.br), “o Marketing alheio ao Direito é

anárquico: o Direito alheio ao Marketing é cientificamente alienado”. Conclui-se

então que as relações de consumo praticadas em um ambiente jurídico de

35

marketing são regidas pelo Código de Defesa do Consumidor e esse é o ponto

de criação de um Direito de Marketing.

4.1. Código de Defesa do Consumidor X Marketing

O Direito não pretende desfigurar o Marketing, destruindo seus

pressupostos fundamentais; o que se intenciona ao se regulamentar esse tipo

de prática comercial, é banir a “face negra” do Marketing, aquele utilizado como

forma de abuso de poder econômico e de manipulação de mercado a serviço

de interesses muitas vezes escusos e mesquinhos. (SANTOS, 2000).

Antes do início da vigência do Código de Defesa do Consumidor,

não existia nenhuma regulamentação jurídica da atividade publicitária. Em

1978, foi votado e aprovado o Código Brasileiro de Ética e Auto-

Regulamentação Publicitária (CBAP), que estabelecia limites para as

atividades do setor. Mas o art. 50 do CBAP, estabelece que compete ao

Conselho de Ética do CONAR (Conselho Nacional de Auto Regulamentação

Publicitária) apreciar e julgar as infrações.

Vale ressaltar que o CONAR (Conselho Nacional de Auto

Regulamentação Publicitária) não tem vínculo com o poder estatal. Porém essa

regulamentação, não protege o consumidor, somente os interesses dos

profissionais do setor publicitário. E o CONAR, não tem poder para punir os

atos ilegais. Mas, o Código de Defesa do Consumidor estabelece normas

jurídicas capazes de coibir os excessos cometidos pela publicidade. Segundo

Santos (2000) “o CONAR serve como primeiro filtro da atividade publicitária”.

Assim, se hoje a regulamentação da publicidade se faz através de

um “sistema misto”, em que há um composto de regulamentação privada

(CONAR e CBAP) e pública (CDC), atente-se, contudo, para o fato de que o

consumidor somente tem a garantia jurídica da defesa de seus direitos através

do CDC. (SANTOS, 2000, apud BENJAMIN, 1995).

36

Além do CDC que ampara o consumidor, Popcorn (2005), diz que

existe atualmente uma tendência que é a do Consumidor Vigilante. Nessa

tendência aparece a vontade dos consumidores de encontrar empresas mais

humanas. Empresas capazes de assumir seus erros e repará-los da melhor

maneira.

Empresas éticas, que reajam de forma responsável e honesta. É

preciso aprender a lição de que a relação entre a empresa e o consumidor é

uma relação entre seres humanos. Ouvir o consumidor, dizer o que for preciso

quando indagada, responder às preocupações dos consumidores é uma boa

maneira que as empresas têm para manter um comportamento ético e decente.

“Os consumidores variam de acordo com os atributos que consideram mais relevantes e a importância associada a cada atributo. Eles prestarão mais atenção aos atributos que forneçam os benefícios buscados” (KOTLER, 2000).

Para Mowen e Minor (2000), é nessa etapa do processo de decisão

que os consumidores obtêm informações necessárias para fazer a escolha

final.

Logo depois de avaliadas todas as alternativas, o consumidor

precisa escolher entre diversas marcas, serviços ou lojas.

Segundo Mowen e Minor (2003), “a maneira como os consumidores

fazem escolhas é fortemente influenciado pelo seu processo de decisão”.

4.2. Comportamento pós-compra

Os níveis de satisfação ou insatisfação do consumidor são

experimentados pelos consumidores após a compra do produto. Segundo

Mowen e Minor (2003, p. 221), “a satisfação do consumidor é a atitude

referente a um produto ou serviço após sua compra ou uso.” Portanto, após a

compra é possível manter, ativar ou até mesmo anular a satisfação do cliente.

O trabalho do profissional de marketing não termina quando o produto é

comprado, ele monitora a satisfação e a utilização em relação ao produto

depois de efetuada a compra.” (KOTLER, 2000).

37

CONCLUSÃO

A empresa deve estabelecer estratégias de marketing, evitando

sempre iludir o consumidor, hoje com a concorrência e abundância de

informações no mercado, além de um Código de Defesa do Consumidor, o

mercado se obriga a agir de maneira ética com o consumidor.

Dessa forma, o consumidor assume também o papel de parceiro das

empresas, orientando-as através dos Serviços de Atendimento ao Cliente

(SAC), sobre qualquer irregularidade observada no ambiente dos pontos de

venda.

O cliente participa e se transforma em co-criadores de valor, uma

realidade que, em determinadas situações, podem passar despercebidas pelos

responsáveis sobre gestão estratégica das empresas brasileiras. Ou seja, para

o mercado é fundamental a competitividade, a qual, por sua vez, é básica para

o bom desempenho empresarial.

Poderão ocorrer dificuldades, geralmente relacionadas ao

comportamento dos gestores, para que estes aceitem e desenvolvam

capacidades pró-ativas no âmbito da antecipação de problemas, assumindo

que a cultura organizacional pode ser, até certo ponto, gerenciada.

Isto implica, além do monitoramento do conjunto de normas e

comportamentos dos membros da organização, o planejamento estratégico de

ações para adaptá-las às necessidades do mercado.

Fica evidente que o marketing é uma manifestação generalizada de

todos os níveis e departamentos que a organização detém. As ferramentas

aqui apresentadas sempre irão sofrer mutações – não em sua estrutura , mas

em sua aplicabilidade – pois todas elas possuem uma vertente comum que não

possui opinião única : o cliente.

38

Para tanto, se faz necessário, e relevante, a capacidade de rápida

adaptação e flexibilidade. A organização necessita possuir uma cultura e

ambiente que fomente e incentive as iniciativas relacionadas à criatividade e

inovação, com o pleno apoio da alta gerência, considerando como uma

competência empresarial que deve ser desenvolvida e melhorada,

especialmente no trato com o consumidor, seu comportamento, sempre

observando as leis que o protegem.

A relação existente atualmente entre as empresas e os

consumidores é uma relação de amor e ódio. A concorrência do capitalismo

gerou um aumento no número de consumidores.

Esse “boom” do consumo exigiu das empresas, dos fornecedores

um aperfeiçoamento de seus produtos. Junto com esse aperfeiçoamento veio o

interesse dos fornecedores em aumentar o seu número de clientes. As

empresas então precisavam divulgar seus produtos, mostrando seus atributos

e benefícios.

Nem sempre essas informações eram passadas com exatidão e

honestidade. Com os estudos sobre o Comportamento do Consumidor é sabido

que as informações e suas verdades são parte de um importante processo – o

processo de decisão de compra do consumidor. Os profissionais de Marketing

com base nos estudos do consumidor podem transformar as necessidades em

desejos.

Atualmente, existe uma tendência com relação ao comportamento

do consumidor. O consumidor está mais vigilante, está atento aos seus direitos.

No processo decisório de compra, uma das etapas é a busca de informações e

uma das fontes é a fonte governamental. Nessa fonte pode-se citar o Código

de Defesa do Consumidor, que foi criado baseado no “Princípio da

Vulnerabilidade”, que defende a idéia que o consumidor é a parte mais frágil

das relações de consumo.

39

O Código de Defesa do Consumidor é um amparo legal para os

consumidores e é preciso que seus dizeres sejam mais difundidos. Pois, nele,

tem-se amparo para todas as situações caracterizadas como relações de

consumo.

É preciso, também, que as empresas utilizem o Código como

referência na hora de divulgarem seus produtos, o código regulamenta as

ações possíveis e como elas podem ser repassadas sem que usurpem os

direitos básicos do consumidor que estão relacionados no artigo 6° da lei n°

8.078/90.

As empresas sabem que existe um outro tipo de consumidor, metido

a esperto, que abusa ou usa indevidamente seu direito, tentando obter lucro,

vale salientar que o Código de Defesa do Consumidor sempre atenderá a

quem tiver razão nas demandas, seja empresa ou consumidor.

Na realidade é um instrumento, que impede que tanto consumidor

como empresa sejam lesados, fazendo sempre valer o direito das partes pelos

métodos judiciais. Hoje as empresas, consultam através de seus advogados

sistematicamente o código, com objetivo de evitar interpelações no judiciário,

evitando assim gastos desnecessários.

Portanto, sabe-se que o consumidor age segundo os seus costumes

e estilos de vida, que levam as pessoas a decidirem na compra. No mercado,

as pessoas passam por etapas na decisão de compra, são processos para a

satisfação e necessidades dos consumidores. Pode-se dizer que o consumo é

composto de influências para a compra e que o consumidor determina o seu

consumo, conforme sua posição econômica e cultural dentro da sociedade.

40

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43

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I Comportamento do consumidor 09 1.1. Motivação 12 1.2. Teorias comportamentais 15 CAPÍTULO II Fatores situacionais 19 2.1. Classes sociais 19 2.2. Variáveis sociais 21 2.3. Variáveis econômicas 23 2.4. Variáveis culturais 24 CAPÍTULO III Ambiente do marketing e o consumidor 27 CAPÍTULO IV Código de Defesa do Consumidor 32 4.1. Código de Defesa do Consumidor X Marketing 35 4.2. Comportamentos pós-compra 36 CONCLUSÃO 37 BIBLIOGRAFIA 40 FOLHA DE AVALIAÇÃO 44

44

FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES Instituto de Pesquisa Sócio-Pedagógicas Pós-Graduação “Latu Sensu” Título da Monografia MARKETING E O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

Data da Entrega: ___________________________ Avaliado por: ______________________________Grau: ________________

Rio de Janeiro, ______ de ______________________ de ________ _______________________________________________________________

Coordenação do Curso