universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo … · trabalho integrado. a necessidade de...

44
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM A EFICÁCIA DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ARMAZÉNS (WMS) NA GESTÃO DA LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE SUPRIMENTOS Por: Paulo Ernani Lopez Larrhiuo Orientador Prof. Dr. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2011

Upload: hadan

Post on 09-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A EFICÁCIA DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ARMAZÉNS

(WMS) NA GESTÃO DA LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE

SUPRIMENTOS

Por: Paulo Ernani Lopez Larrhiuo

Orientador

Prof. Dr. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro

2011

1

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A EFICÁCIA DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ARMAZÉNS

(WMS) NA GESTÃO DA LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE

SUPRIMENTOS

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Engenharia de Produção

Por: Paulo Ernani Lopez Larrhiuo

Rio de Janeiro

2011

2

AGRADECIMENTOS

Aos meus colegas de faculdade, ao meu amigo Cláudio e principalmente a

minha esposa Shirley por estar sempre me apoiando e incentivado. Não poderia

esquecer de sua avó D. Nelly que acreditou em mim e me incentivou a retomar os

estudos. Também gostaria de agradecer a todos os professores desta instituição por

dividirem comigo um pouco do seu tempo na disseminação do conhecimento. E

principalmente a Deus Todo o Poderoso por fazer com que tudo isso tenha sido

possível.

3

DEDICATÓRIA

Em memória da minha querida mãe Rute Eliane que infelizmente nãoo teran

terá a oportunidade de viver esse momento. Mãe nunca te esquecerei.

4

RESUMO

O objetivo do estudo é identificar a importância estratégica da logística no

gerenciamento de suprimentos com base na aplicação de um sistema informacional

baseado no modelo WMS. Pretende-se analisar a eficiência da implantação desse

Sistema da logística na área de suprimentos; avaliar as estratégias em recursos

financeiros, físicos e humanos importantes à realização dos processos e ao mesmo

tempo apontar as metas do planejamento estratégico de produção a partir da

implantação do Sistema de Gerenciamento de Armazéns (WMS). O estudo é de

base bibliográfica e exploratória com pressupostos teóricos de autores principais

como Ballou (2001/2003); Onofre (2001); Novaes (2005); Fleury (2000); Dias e

outros autores renomados que tratam sobre a logística na cadeia de suprimentos.

Os resultados demonstraram que o gerenciamento da cadeia de suprimentos nas

empresas brasileiras poderá obter maior desempenho com a aplicação de Logística

no planejamento com base no uso de um sistema automatizado como WMS, para

auxiliar no planejamento, programa de qualidade e controle do fluxo e armazenagem

dos produtos, por meio do acompanhamento do percurso das informações dos

produtos e serviços ofertados, desde os fornecedores primários até o consumidor

final. Conclui-se que com a inserção desse sistema o fluxo de gestão de produtos

poderá cumprir efetivamente sem complexidades as etapas em conjunto em um

trabalho integrado. A necessidade de interconexão entre clientes, fornecedores e

parceiros dimensiona a necessidade de um processo de negócios com agilidade e

eficácia, que atualmente é possível com o investimento em automação e informação.

PALAVRAS-CHAVE: Logística, Cadeia de Suprimentos, Sistema WMS.

5

ABSTRACT

The objective is to identify the strategic importance of logistics in supply

management through the implementation of an information system based on the

model WMS. It is intended to analyze the efficiency of the implementation of

Warehouse Management System (WMS) in the area of logistics supplies and to

evaluate the strategies in financial, physical and human realization of the important

processes and point out the goals of the strategic planning of production from the

implementation of Warehouse Management System (WMS) in the area of logistics

supplies. The study of literature and basic theoretical assumptions of exploratory

principal authors and Ballou (2001/2003); Onofre (2001) and Novaes (2005), Fleury

(2000), Days and other renowned authors that deal with the logistics supply chain .

The results showed that the supply chain management in Brazilian companies can

achieve greater performance with the application of logistics planning based on the

use of an automated system such as WMS, to assist in planning, program quality and

control the flow and storage of products, by following the route of information

products and services offered, since the primary suppliers to the end consumer. We

conclude that with the inclusion of the automated WMS flow of product management

can not effectively meet the complexities steps together in an integrated work. The

need for interconnection between customers, suppliers and partners scale the need

for a business process with speed and efficiency, which is currently possible with the

investment in automation and information.

KEYWORDS: Logistics, Supply Chain, WMS System

6

METODOLOGIA

A metodologia do estudo orientou-se pela pesquisa bibliográfica descritiva

da problemática e envolve a análise dos métodos utilizados pelos historiadores para

desenvolver os procedimentos metodológicos relativos ao Processo de Controle de

Produção - PCP nas técnicas de administração da produção.

O estudo optou pela pesquisa bibliográfica a partir de dados e

conhecimentos científicos gerais que enriquecem o tema com a finalidade de

conhecer os fenômenos que marcam a importância do PCP na administração atual.

Conforme descreve Andrade:

“A pesquisa bibliográfica se apresenta de várias fontes em

forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa

escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato

direto com tudo que foi escrito sobre determinado assunto,

com o objetivo de permitir ao cientista o reforço paralelo na

análise de suas pesquisas ou manipulação de suas

informações”. (ANDRADE, 2003, p. 2)

Conforme Andrade (2003, p. 33), a pesquisa exploratória em um trabalho

científico demanda a possibilidade de desenvolver uma boa pesquisa sobre

determinado assunto e dimensionar suas diversas facetas. A palavra explorar “que

aqui representa a busca do conhecimento” se faz de várias formas desde pesquisa

bibliográfica como a pesquisa de campo.

Martins (2000, p. 38) avalia que “a pesquisa exploratória favorece ao

pesquisador os subsídios para desenvolver uma investigação através das fontes

com maior aprimoramento de idéias e formulação de concepções”.

O estudo tem a finalidade de conhecer as contribuições científicas sobre o

tema, ao mesmo tempo em que contribui para a discussão e debate sobre os

7

processos que marcam a evolução do sistema WMS no processo de aplicação

logística de suprimentos. A pesquisa teve como objetivo de desenvolver uma análise

acerca do fenômeno pesquisado, a partir de fundamentos dos autores que

escolhidos para o desenvolvimento da pesquisa.

A pesquisa descritiva, conforme Andrade (2003, p. 124), “compreende os

fatos observados, registrados, analisados e interpretados quem dimensionam um

estudo científico original e permite escrever um fenômeno”.

Segundo descreve Martins (2000, p. 24), “a respeito da pesquisa

descritiva, que ela tem a função de identificar e obter informações sobre as

características de um determinado problema ou questão”. Conforme Barros (2002, p.

66) “a pesquisa descritiva, tem a função de demonstrar através de dados analíticos o

fenômeno estudado, com relação e conexão com outros, sua natureza e

características”. Quanto à natureza da pesquisa pode ser classificada como

qualitativa na área de Ciências Administrativas.

Conforme Gil (1999, p. 28), a pesquisa qualitativa apresenta uma

dinâmica que busca “a melhoria dos processos e a interpretação dos fenômenos se

faz pelos resultados encontrados, a partir da atribuição de significados colocados

pelo pesquisador”.

8

SUMÁRIO

METODOLOGIA ................................................................................................... 06

INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 09

I. A IMPORTÂNCIA DA DISTRIBUIÇÃO FÍSICA NO

PROCESSO LOGÍSTICO ...................................................................................... 11

1.1 Como o uso da logística se tornou uma estratégia de mercado ....................... 11

1.2 Os pontos críticos da gestão de estoques nas organizações e o

papel do gestor ....................................................................................................... 15

II. O PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA ...................................................... 20

2.1 Logística e distribuição física ............................................................................ 20

2.2 Conceitos de Cadeias de Suprimentos ............................................................ 28

III. SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ARMAZÉNS (WMS): NA LOGÍSTICA

DE DISTRIBUIÇÃO PARA A CADEIA DE SUPRIMENTOS ................................. 30

3.1 Sistema de Gerenciamento de Armazéns – WMS ........................................... 31

3.2 Efetividade do WMS no auxílio à integração logística ...................................... 36

CONSIDERASÇÕES FINAIS ................................................................................. 40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 41

9

INTRODUÇÃO

O tema deste estudo e demonstrar como a logística atualmente está

integrada ao ritmo dos negócios na engenharia de produção agregando valor à

qualidade do produto na medida em que as empresas direcionam de forma

estratégica o produto certo no lugar certo, e no tempo acordado, permitindo o

aumento de freqüência de entregas, facilitando o processo de compra e oferecendo

informações confiáveis em tempo real.

No processo de produção com interface logística se estabelecem às

condições efetivas para iniciar um processo de flexibilização do atendimento das

necessidades do cliente, como local de entrega, prazo, tipo de embalagem e

serviços que trazem marketing para a empresa através de ações logísticas

direcionadas a um melhor atendimento ao cliente.

O estudo apresentara as vantagens e métodos de aplicabilidade do

Sistema de Gerenciamento de Armazéns (WMS), a partir de uma logística de

distribuição para a cadeia de suprimentos. Atualmente um dos processos que

determinam a competitividade entre as organizações se constitui na capacidade de

gestão de processos de distribuição sob a abordagem do gerenciamento.

A hipótese de estudo aponta a eficácia da implantação de um Sistema de

Gerenciamento de Armazéns (WMS) como estratégia de qualidade e rapidez nos

processos de movimentação e estocagem em operações de suprimentos nas

empresas.

Justifica-se o estudo com base no reconhecimento da importância dos

processos logísticos de distribuição de suprimentos, o sistema de gerenciamento de

armazéns – WMS poderá ter grande influência na eficácia de produção do trabalho

operacional e da rapidez nos serviços de distribuição.

10

A relevância acadêmica do estudo se pautou na necessidade de

apresentar métodos de logística estratégica em armazéns no processo de gestão de

suprimentos atualmente poucos estudos apontam as técnicas e métodos de

melhoria dos processos em engenharia de produção.

Com base nessa perspectiva, espera-se que o estudo possa contribuir

efetivamente para esclarecer a relevância da utilização de um sistema informacional

para a eficácia na área de suprimentos, levando em consideração que esses

procedimentos representam a melhoria da qualidade no tratamento ao cliente e a

redução de impactos e falhas na atuação com os estoques.

A monografia está formada por quatro capítulos. A parte introdutória

apresenta uma visão geral do estudo com base na problemática, hipótese, objetivos,

justificativa e relevância acadêmica da pesquisa.

O Primeiro capítulo trata da importância da distribuição física no processo

logístico, levando em consideração a estratégia de mercado na distribuição de

produtos, o conceito de cadeia de suprimentos, demonstrando-se os pontos críticos

da gestão de estoques nas organizações e o papel do gestor nas ações estratégicas

e mudanças organizacionais com base um processo de distribuição física eficiente.

O segundo capitulo fala sobre o processo de distribuição física a logística

envolvida e os seus conceitos.

O terceiro capitulo apresenta uma visão geral do Sistema de

Gerenciamento de Armazéns – WMS na logística de distribuição para a cadeia de

suprimentos, assim como as vantagens de investimento no sistema de automação,

os benefícios de integração, a redução de custos e a melhoria dos processos de

qualidade em produtos e serviços.

As considerações apresentam uma síntese geral da pesquisa a partir de

uma visão pessoal do pesquisador.

11

1. A IMPORTÂNCIA DA DISTRIBUIÇÃO FÍSICA NO

PROCESSO LOGÍSTICO

1.1 Como o uso da logística se tornou uma estratégia de mercado

A Logística existe a muito tempo como estratégia de guerra, conforme

Bussinger (2006, p. 1) “seu uso era intenso na preparação de guerras e projetos de

ataque e formas de condução de equipamentos como armas”. Nesse processo, os

antigos a usavam como ferramenta de controle e organização de grandes

deslocamentos de um lugar para outro no provimento de alimentos, uniformes,

munição e no transporte para o carregamento de armamentos.

Nesse contexto ela tem estado historicamente associada apenas à

atividade militar. Com o advento Segunda Guerra Mundial, surge a necessidade de

incorporar tecnologias mais avançadas, que aplicadas aos diversos setores da

administração militar, passando também a ser usada em processos civis em

diferentes ramos de produção e atividades operacionais que exigem procedimentos

de planejamento, organização e controle de processos de armazenamento, meios

de transporte para a distribuição de serviços e bens. (BUSSINGER, 2006)

A logística se tornou um recurso estratégico para dotar de qualidades e

ações de controle que conquistou as indústrias japonesas que priorizam os

processos racionais e as formas de produção coordenadas nos projetos de

execução do produto, e nas formas de ordenamento dos espaços de

armazenamento, transporte, distribuição, estocagem e assistência técnica, etc.

Segundo Vieira:

“A “logística – gestão de fluxos – é primeiramente um

fornecedor de serviços”, sendo que o planejamento, a

coordenação e o controle existentes entre todas as partes

envolvidas nas operações e na logística dos materiais e das

12

informações são o que permite a realização do serviço

esperado pelo cliente. É possível, nesse sentido, utilizar a

logística como uma ferramenta para agregar valor aos produtos

tangíveis”. (VIEIRA, 2006, p. 17)

O seu advento na produção tem como foco a eliminação de desperdícios

e a racionalização de processos. No mercado brasileiro, o uso de logística é

obrigatório em atividades que demandam cuidados com produtos tóxicos, em sua

distribuição, transporte e armazenamento de suprimentos em transportes

rodoviários, ferroviários, marítimos e aeroviários. Na visão de Farah Jr:

“A logística de distribuição é uma das ferramentas que

provêem a disponibilidade de produtos onde e quando são

necessários, coordenando fluxos de mercadorias e de

informações de milhares de pontos de vendas dos mais

variados bens e serviços”. (FARAH JR, 2002, P. 2)

A logística se integra ao ritmo da organização agregando valor na medida

em que favorece a satisfação dos clientes, coordenando a chegada ao produto no

lugar e no tempo certo, na, velocidade de entregas e informações que representam

a qualidade dos serviços (ALCÂNTARA, 1997).

As empresas atualmente reconhecendo a importância da automação

logística redefinem nos planejamentos estratégicos a logística adequada das

atividades de distribuição. A gestão administrativa poderá enfrentar crises pela

carência de um sistema automatizado associada à armazenagem de produtos.

O papel da logística em um centro de distribuição é dotar de boas práticas

os processos para que o cliente receba os produtos certos no tempo ideal, com o

menor custo possível além de aplicar soluções para o atendimento de situações que

demandam maior complexidade em relação à distribuição, evitando falhas, a partir

da substituição dos produtos danificado ou avariado.

13

Neste contexto, os investimentos em processos logísticos vêm agregar

valores auxiliados pela tecnologia de informação para melhorar a evolução do

processo administrativo em centros de distribuição e em armazéns

Portanto, a distribuição logística favorece a melhoria dos níveis de

serviço, desde a programação da aquisição da mercadoria ou produto até a entrega

ao consumidor. A logística favoreceu através da automação dos processos a

qualidade nas interfaces necessárias à distribuição de produtos.

More e Almeida (2005) consideram que as organizações dependem de

logística para desenvolver o layout de seus centros de distribuição com base vários

níveis de planejamento com o objetivo de minimizar os gastos com custos e tempo

no tráfico interno de pessoas no armazém.

A logística nas empresas vem promovendo um considerável aumento da

qualidade operacional e de gerenciamento nas formas de planejamento estratégico

no processo de distribuição que ela se tornou mais acentuada e imprescindível.

(MORE; ALMEIDA, 2005)

As funções na cadeia de suprimentos de armazéns e no processo de

gerenciamento se concluem na montagem de um composto eficiente de produtos,

modos de armazenagem, classificação em categorias e tamanhos apropriados a

organização e ordenamento em expositores de varejo. Conforme Ballou:

“A logística empresarial trata de todas as atividades de

movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de

produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o

ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação

que colocam os produtos em movimento, com o propósito de

providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um

custo razoável”. (BALLOU, 1993, p. 24)

A logística pressupõe ações que determinam as soluções para as

dificuldades que cercam a atividade de distribuição de produtos. Essas ações

14

logísticas são aplicadas como estratégia para as organizações atingirem a criação

de condições favoráveis para o desenvolvimento de canais de comercialização com

representantes que atuam diretamente com varejo, atacado e consumidores.

A logística nos processos de administração de produção passou a ser

utilizada na gestão de armazéns para o ordenamento de produtos/materiais semi-

acabados, produtos finais e matérias primas, desde a aquisição aos fornecedores

iniciais até a venda aos consumidores finais, incluindo a armazenagem, produção e

distribuição dos produtos. Conforme Bowersox:

“O processo de Administração de Produção exige

procedimentos logísticos em todas as fases de planejamento,

distribuição, processos, transporte, ações sanitárias, etc. A

viabilização de processos produtivos envolve toda a cadeia

logística, desde a programação da produção numa expectativa

de qualidade nos processos, inclusive nas interfaces da

segurança de operações e segurança ocupacional quanto às

instalações, processos e produtos, e a preservação da saúde

ocupacional dos trabalhadores, além da proteção do meio

ambiente, por parte das organizações”. (BOWERSOX, 2001, p.

33)

Atualmente a Administração de produção e operações exige fundamentos

logísticos e planejamento estratégico condizente com as normas de seguranças que

deverão ser aplicadas nos setores de produção. Assim, as atividades de produção

exigem o gerenciamento de operações e produção com base em requisitos de

segurança e higiene do trabalho.

Uma quantidade cada vez maior de atenção, por parte das empresas, tem

se voltado para preocupações de caráter político-social, tais como proteção ao

consumidor, controle da poluição, segurança e qualidade dos processos

operacionais no controle das atividades produtivas. Essas variantes se constituem

atualmente no campo jurídico práticas à boa convivência no trabalho e para a

qualidade dos serviços prestados.

15

1.2 Os pontos críticos da gestão de estoques nas organizações e o

papel do gestor

A economia atual está passando por muitas transformações que mexem

com a dinâmica interna das empresas, exigindo uma nova conjuntura gerencial-

administrativa com foco em ações estratégicas e mudanças organizacionais. O foco

estratégico das pequenas empresas precisa estar no foco da fidelização do cliente,

no intuito de favorecer subsídios que permitam a uma empresa concorrer melhor

com outras e se posicionar no mercado depende em parte da gestão de materiais.

Em uma cadeia de suprimentos, os estoques fazem parte do controle de

qualidade das empresas, sendo necessário um ordenamento adequado entre

espaço e lógica de armazenagem e estocagem para facilitar os negócios com a

clientela, fornecedores e parceiros. Neste contexto, a função do estoque é oferecer

aos gestores e colaboradores uma visão geral do material existente a ser negociado.

Em uma sociedade onde os consumidores estão cada vez mais exigindo

qualidade nos produtos e serviços, cabe aos gestores adequarem o atendimento às

necessidades dos clientes. Atualmente há uma grande preocupação das

organizações em incrementar seu desempenho no que diz respeito à qualidade e

produtividade (GUIMARÃES, 2000).

Neste contexto, é papel do profissional de gestão de materiais e manter a

satisfatoriedade do padrão de qualidade no atendimento aos clientes (externos e

internos), além de desenvolver ações que incrementem o aumento da produtividade

da empresa, administrando os materiais, recursos e as informações relacionadas. A

administração de materiais é parte fundamental de qualquer organização que produz

produtos e serviços de valor comercial. Conforme Las Casas:

“Nas empresas existe a necessidade de estocar em níveis

adequados, essa condição se constitui de condição essencial à

garantia de manutenção da sobrevivência de uma empresa.

16

Desta forma, para implementar um trabalho qualitativo, esse

profissional depende dos conhecimentos dos diversos

envolvidos com a gestão de estoques, diversos dos quais

usuários dos materiais ou das informações geradas nas suas

transações”. (LAS CASAS, 1999, p. 34)

O processo de gerenciamento de estoques tem sido desenvolvido sob o

enfoque sistêmico essa ação envolve métodos e técnicas para subsidiar as ações de

planejamento, organização, gerenciamento e monitorização de suprimentos em

estoques. Dias considera que:

“O gestor deve observar as condições de mercado, se é

necessário esvaziar os estoques em determinados períodos

para a realização uma nova rotatividade ou se deve

empreender um aumento deste por razões de preços ou

flutuações de mercado”. (DIAS, 1995, p. 112)

Ao mesmo tempo, exigem-se dos profissionais, critérios para efetivar uma

constante diversidade de produtos que exigem controle de estoques e de recursos

para atingir uma forma mais produtiva e rotativa dos serviços de distribuição. Os

estoques com pouca rotatividade não agregam valores e estabilizam os capitais de

giro capital em materiais.

Atualmente a política estratégica de estoque se orienta na rapidez na

rotatividade dos produtos, levando-se em consideração os custos dos materiais. O

gestor deverá permitir um indicativo do desempenho no atendimento de clientes em

relação ao estoque.

O uso de tecnologia de automação permitirá ao gestor “determinar a

uniformidade de procedimentos na aquisição, controle, armazenamento,

fornecimento e identificação de materiais, com o objetivo de controlar despesas” e

apurar o estoque ideal, visando à otimização dos recursos materiais e financeiros da

entidade. (GARCIA, 2001, p. 29)

17

Conforme Dias (1995, p. 45) “os profissionais de logística são unânimes

em se queixar freqüentemente destas incertezas e dos impactos que elas

ocasionam no atendimento aos seus clientes”.

A partir da automação dos estoques, os gestores podem assegurar o

fluxo de suprimentos e a armazenagem dos materiais e informações com os

registros de todas as movimentações através de apontamentos de coletores de

informações, servindo como base de dados para as análises de estoques permitindo

a tomada de decisões. Segundo Conceição e Quintão:

“Os indicadores de desempenho na gestão de estoques

dependem diretamente da estruturação de sistemas de

monitoramento de desempenho de processo. Os gestores

precisam de instrumentos como a tecnologia de informação.

Entretanto, uma questão chave é a determinação de quais

indicadores de desempenho que serão utilizados, de forma que

o sistema de monitoramento atenda a todas as necessidades e

esteja alinhado à estratégia da empresa. Os meios de

mensuração são indicados a partir dos custos, serviços e

conformidade do processo”. (Conceição e Quintão, 2004, p. 29)

Na verdade esses podem ser definidos como indicadores de resultados

do processo da gestão de estoque, com menor custo total. Os indicadores de

desempenho envolvem também a questão da redução de custos que fazem parte de

recursos de análise de estoque das empresas, sendo o custo decorrente da carência

de ferramentas específicas para favorecer uma visão global do processo de gestão

de estoques.

Assim, conhecer esses parâmetros indicativos permitirem identificar os

impactos de reduções no nível de estoque e de serviço da empresa. Garcia avalia

que:

“Os indicadores de custos e desempenhos devem ser

igualmente monitorados na gestão de estoque. Esses

18

indicadores de desempenho permitem identificar a diferença

entre valor e custo de estoque, as deficiências do

monitoramento de valores contábeis e a necessidade da

utilização de mais de um indicador para se ter uma informação

de qualidade”. (GARCIA, 2001, p. 32)

Um fator importante no nos indicativos de desempenho são a informação

do estoque, que dimensione se o custo está adequado às características da

organização. Dias (1995) avalia somente um sistema automatizado permite obter um

indicador de cobertura de estoque. Nesta perspectiva, a aplicação de um sistema

automatizado favorece um indicativo relevante na visão apurada do estoque.

Nos casos de produtos com alta margem, o custo da falta tende a ser

bastante significativo, o que causa influência no nível de estoque desejado.

Na concepção de Gapski “a falta de um único insumo pode resultar na

interrupção de produção de um produto acabado”, o que implica que mesmo

insumos com baixo valor agregado frente ao alto custo de falta, em função de sua

dependência no processo produtivo poderão ser evitados com base na implantação

de um sistema automatizado.

O sistema automatizado conduz a boas práticas nas etapas no processo

de administração de operações de produção. A gestão de produção e operações ao

longo da cadeia produtiva implica em estratégias, tecnologias de informação e

automação, procedimentos técnicos e operacionais para a melhoria do desempenho

nas operações (instalação, processamento, transporte, etc). Segundo Christopher:

“Nas atividades que envolvem cadeia de produção alimentícia,

as operações envolvem o supervisionamento de processos de

higienização, segurança ambiental e ocupacional na execução

das operações em todas as etapa dos processos e dos

produtos. Nesse sentido envolve também a competência para a

realização de ações que possam estabelecer o monitoramento

das atividades através de análises físicas, químicas, físico-

19

químicas, microbiológicas e sensoriais em amostras de

produtos alimentícios e insumos no processo produtivo”.

(CHRISTOPHER, 1997, p. 29).

A concepção própria do ambiente logístico como estrutura integrada nas

atividades que compõem a produção se enquadra em três pontos relacionados

quanto ao processo de integração interna, externa e a integração total na cadeia

logística. Todas as fases são integradas, mas esta última favorece uma expressiva

colaboração entre empresa, fornecedores e clientes dentro do processo logístico

(BALLOU, 2001).

O objetivo desse procedimento na produção é a melhoria das condições

de comunicação, monitoramento de todas as fases do processo produtivo para a

otimização dos serviços em relação e flexibilidade do processo logístico.

2. O PROCESSO DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

2.1 Logística e distribuição física

A logística ao se integrar ao ritmo da organização agrega valores ao

produto permitindo a melhoria da freqüência de entregas e facilitando o processo de

compra e oferecendo informações confiáveis em tempo real (ALCÂNTARA, 1997).

Nesse processo de produção com interface logística se estabelecem as

condições efetivas de controlar as operações necessárias de atendimento ao cliente.

Para Ballou: os empreendedores têm investido em processos logísticos e na

tecnologia de informação que favorece m ambiente de inteligência competitiva ao

desempenho administrativo e operacional dos centros de distribuição.

Conforme Santos:

20

“O desempenho depende de relações sistêmicas, já que as

estratégias empresariais podem ser obstadas por gargalos de

coordenação vertical ou de logística. Portanto, a logística é um

elemento-chave das vantagens competitivas a presença de

fornecedores e distribuidores internacionalmente competitivos,

nas relações verticais de dependência que são subliminares ao

desempenho positivo das empresas”. (SANTOS, 2001, p. 3)

A gestão de transportes que favorece a integração dos sistemas logísticos

para o alinhamento das ações. Portanto, como parte fundamental do planejamento

que é exigido nos transporte de distribuição de suprimentos. As atividades que

envolvem logísticas previstas em transporte modal mais eficiente. (CUNHA, 2001).

Para que a logística de transporte se torne eficiente para estabelecer

canais de distribuição, deve-se considerar no processo administrativo a necessidade

de automação e de ferramentas informacionais que associem o uso de automação

no processo de distribuição, planejamento, execução, monitoramento e controle das

atividades produtivas.

Diversos procedimentos devem ser inseridos no planejamento logístico, a

exemplo de todas as atividades de emissão de documentos, entregas e coletas de

produtos a clientes, acompanhamento da frota de transportes, de controle de carga

e expedição de frotas. Faz parte da integração de processos o controle de fretes,

apoio à negociação, planejamento de rotas e modais, monitoramento de custos e

nível de serviço, planejamento e execução de manutenção da frota são ações

fundamentais do processo. Na verdade, cabe esclarecer que todas estas tarefas

devem estar integradas às ações de gestão de transportes (DANTZIG, 1998).

Segundo Araújo:

“Sob essa ótica, importa destacar que o planejamento de

transportes deve determinar rotas e modais a serem utilizados,

seqüenciado as paradas dos veículos e o tempo estimado de

21

cada uma delas, além cuidar dos documentos necessários para

o despacho dos veículos. Podem ser consideradas como

funcionalidades na gestão de transportes logísticos: A partir do

processo de roteirizarão envolvendo a definição de rotas e a

programação dos veículos, devendo levar em conta: horários

de saída e de chegada dos veículos; distinção entre as

capacidades dos veículos (peso e cubagem); volumes de cada

entrega e coleta; velocidades diferentes por localidades (áreas

centrais e periferias), e em diferentes tipos de transportes

(distribuição e de longas distâncias); melhor seqüência de

execução das rotas para minimizar a utilização do número de

veículos; tempo de trânsito da rota baseado no limite máximo

de horas trabalhadas sem interrupção por um motorista”.

(ARAÚJO, 1995, p. 33)

Além destas questões, um importante ponto que vem sendo considerado

no ordenamento das diretrizes logísticas nas empresas em atividades relacionadas a

transportes e rastreamento de cargas, além de monitorar a frota e os produtos. O

processo de rastreamento logístico favorece a disponibilização de informações aos

clientes sobre a localização dos produtos comprados.

A criação de modelo de condomínios logísticos realizado com o objetivo

de melhorar os processos de armazenagem favorecendo, na visão de Novakoski

(2008) um posicionamento estratégico durante a distribuição de produtos gerando

uma modernização no processo de gerenciamento de suas cadeias de suprimentos.

Segundo Novakoski:

A distribuição de canais múltiplos como estratégia para manter a logística

de arranjos institucionais com base em automação de informações para uma

atuação mais competitiva e lucrativa exige comunicação e sinergia entre

fornecedores e comprados.

A aplicação de logística de canais múltiplos são estratégias para o

desenvolvimento de cooperação que exigem tecnologia de automação e informação.

22

Assim, como o aumento estratégico de canais alternativos. A estratégia logística de

distribuição múltipla envolve a necessidade de integração das atividades que

compõem a estrutura de produção.

Deste modo, o ambiente logístico pode estar estruturado em três pontos

relacionados quanto ao processo de integração interna e externa da cadeia logística

com base nas diretrizes de um sistema de gerenciamento automatizado. De acordo

com Castro et al:

“(...) O fornecedor estes canais podem ser interessantes

porque representam uma oportunidade melhor de penetrar no

mercado. Se ele usar canais indiretos e canais diretos

(integrados verticalmente) ao mesmo tempo, ele permite que a

empresa compare o desempenho destes que ela pode

controlar mais de perto, com os terceirizados e que possa ter

acesso direto ao mercado, buscando as informações dos

clientes finais e estando mais apto a perceber as oportunidades

e ameaças do mercado. Outro motivo da existência de canais

múltiplos é o estímulo dado pela competição entre eles ao

mesmo tempo em que se reduz a dependência e

conseqüentemente o poder de um canal em específico”.

(CASTRO EL AL, 2007, p. 5)

Verifica-se que existem inúmeros benefícios que cooperam para o

desempenho de canais múltiplos com a inserção de logística automatizada por que

favorece um nível de integração geral que pode ser associada em nível de

comunicação eficaz na estratégia no mercado. Ainda conforme Castro et al:

“O motivo mais forte para se usar canais de distribuição

múltiplos é poder dar ao consumidor mais opções de compra.

Isto de fato não representa problema, como colocado (...) o

recurso do consumidor simplesmente ira migrar para aquele

canal que atende melhor as necessidades dele, sendo portanto

uma forma de poder atender melhor os segmentos de

23

mercado. No entanto podem existir problemas advindos da

existência de canais múltiplos. Primeiro isso pode permitir que

diferentes membros do canal (que podem ser revendas)

disputem o mesmo cliente” (CASTRO ET AL, 2007, p. 6).

Assim, avalia-se a relevância da aplicação de controle logístico em canais

de distribuição para a melhoria da qualidade dos negócios. Outro ponto fundamental

é a questão das regras para que fiquem claras as posturas corretas.

Segundo Rey (1998) os processos que determinam a competitividade nas

organizações a capacidade de gestão de processos de distribuição deverão ter foco

em uma abordagem de gerenciamento de logística de distribuição poderá agregar

afetivamente ao dispor de forma rápida o produto mais próximo ao seu mercado

consumidor. Portanto atualmente o processo de distribuição e seu incremento

logístico são utilizados para a melhoria dos serviços.

O processo de gestão da distribuição de produtos e serviços exige

logística na aquisição da mercadoria ou produto até o seu ponto final que é a

entrega ao consumidor. As organizações que desenvolvem processos de logística

através da tecnologia tiveram a oportunidade de desenvolver maturidade nos

processos de planejamento e distribuição de produtos.

More e Almeida (2005), as organizações dependem de bases logísticas

para desenvolver o layout de seus centros de distribuição com base no

planejamento com o fim de desenvolver ações que possam reduzir os custos e dar

ao consumidor maior confiabilidade.

A logística promove um considerável aumento da competitividade, criando

conhecimentos inovadores, métodos adequados e planejamentos para a qualidade

operacional e de gerenciamento. A logística como forma de planejamento e

estratégia se tornou mais associada ao processo de distribuição (MORE; ALMEIDA,

2005).

24

Alcântara (1997) avalia que a logística oferece bases estratégicas na

geografia de distribuição para que de modo ideal possa garantir o espaço eficiente

para garantir a praticidade do processo de armazenagem e coleta de suprimentos

para a entrega ao cliente. O Instituto de Pesquisa e Ensino em Transporte (IPELOG)

sugere que para a eficiência da distribuição é necessário:

Assim, cabe às gestões obterem através de sistemas de informação e

automação cenários reais de logística no processo de distribuição em médias e

longas distâncias e a escolha ideal do tipo de transporte adequado e de menor

custo, buscando estratégias para vantagens competitivas.

Segundo Rey (1998) a implantação de um Centro de Distribuição implica

no uso de caracterização do tipo de produto e do perfil da demanda, análise de

custos da aplicação logística na identificação da melhor acessibilidade, a criação de

um sistema automatizado é uma saída viável. Rodrigues; Colmenero e Hatakeyama

avaliam que:

“A distribuição física de produtos nas organizações está em

evidência atualmente cadeia logística e também porque atua

como um diferenciador de serviços aos clientes. Como uma

das premissas da logística é entregar o produto certo, no

tempo certo e com qualidade, é notável a importância de um

planejamento adequado no canal de distribuição. Atender as

expectativas dos clientes tem se tornado uma forma de se

diferenciar no mercado”. (RODRIGUES; COLMENERO;

HATAKEYAMA, 2008, p. 2)

As organizações buscam nas diretrizes da logística um suporte para

dinamizar a distribuição logística e evitar a falta de articulação das áreas

compreendidas pela distribuição. Assim, pode-se avaliar os benefícios do uso da

logística no processo de distribuição.

Segundo Araújo (1995, p. 38) as “diretorias de logística para desenvolver

as medidas precisas que contemplem uma logística eficaz dependem de distribuição

25

planejada”. Algumas organizações se decidiram pela implantação de Centros de

Distribuição. A aplicação de um sistema MWS de distribuição de Identificação

Automática sugere estratégias mais eficientes. Ainda segundo: Colmenero e

Hatakeyama.

“A logística aplicada ao processo de distribuição e a

organização processos logísticos de Distribuições determinam

o nível de desempenho, produtividade e qualidade para tornar

a entrega efetiva e a eficácia superior no mercado. A logística é

na verdade uma estratégia que tem no planejamento as

diretrizes para o desempenho a fim de conquistar a satisfação

dos clientes e obter vantagem competitiva”. (RODRIGUES;

COLMENERO; HATAKEYAMA, 2008, p. 1)

As funções logísticas integram processos de montagem de produtos,

processo de armazenagem, classificação em categorias e tamanhos adequados e

organização em expositores de varejo.

A distribuição de produtos no mercado é uma função essencial e envolve

muitos desafios se não existirem as orientações logísticas para orientar as saídas

dos produtos e a chegada aos centros de varejo, há riscos de perdas de

lucratividade e de qualidade nos serviços ao cliente.

Neves (1999, p. 31) analisa que é “necessário operações de logística

eficientes para tornar o produto ou serviço disponível para consumo ou uso”.

Segundo Neves:

“A logística implica na criação de locais estratégicos onde são

armazenados os produtos que não só satisfazem à demanda

no local, em quantidade, qualidade e preço correto, mas,

também, têm papel fundamental no estímulo à demanda,

através das atividades promocionais dos componentes ou

equipamentos atacadistas, varejistas, representantes ou

outros. É uma rede orquestrada que cria valor aos usuários

26

finais, através da geração das utilidades de forma, posse,

tempo e lugar, principalmente”. (NEVES, 1999, p. 31)

Os centros de distribuição são parte estratégica do processo logístico na

cadeia de produção na medida em que atualmente a gestão estratégica depende de

locais específicos que permitam “a distribuição física de produtos, devido aos altos

custos que o transporte representa dentro da cadeia logística e também porque atua

como um diferenciador de serviços aos clientes”. (RODRIGUES; COLMENERO;

HATAKEYAMA, 2008, p. 5)

Novaes analisa que:

“O processo de distribuição como procedimentos envolvem a

movimentação e transporte de produtos de um ponto de

produção até o consumidor final. Essa atividade para se tornar

mais eficiente e com redução de custos de transporte depende

diretamente da função de armazenagem até que se realize a

aplicação da carga e expedição do produto até ao consumidor

final” (NOVAES, 2005, p. 34).

Desta forma, a infra-estrutura de transporte na cadeia de distribuição faz

parte integrante da logística e exige a associação de vários fatores como o

conhecimento de ações para reduzir custos e manter os níveis de qualidade na

cadeia de distribuição.

As empresas precisam redefinir o tipo de logística a ser utilizada para

facilitar o manejo e a distribuição de produtos. Essas atividades envolvem a

necessidade de planejamento das atividades. A gestão administrativa deverá evitar

passar por situações complexas, ao utilizar um mecanismo de controle com

gerenciamento automático para a armazenagem de suprimentos.

27

A interface entre logística e marketing é o resultado da melhoria dos

processos de planejamento, ações de controle e implemento de movimentos de

condução de produtos e recursos para a área de produção e de distribuição e venda.

A implementação de uma estrutura logística eficiente se compõe de um

espaço apropriado para a armazenagem de produtos e locomoção de pessoas para

a comercialização com o cliente. Nesse caso, o papel da logística é criar meios

estratégicos de garantir velocidade e soluções nos processos para o atendimento de

situações que exigem maior complexidade das soluções.

A estratégia requer a garantia de que o cliente seja atendido de forma

rápida quando houver erros ou falha nos casos de substituição dos produtos

danificado ou avariado por outro de qualidade. Para atingir esse nível de velocidade

e qualidade nos serviços de atendimento é necessário obter o suporte de um

sistema de logística automatizada e com processos de informatização.

2.2 Conceitos de Cadeias de Suprimentos

Entende-se que uma cadeia de suprimentos é uma rede de organizações

que busca por meio da realização de atividades e processos para fornecer produtos

e serviços. (ROBLES JR, 1994)

Conforme Pedroso pode-se conceituar gestão de cadeias de suprimentos

como:

“A integração dos principais processos que gerenciam os fluxos

bidirecionais de materiais e informações no âmbito intra-

empresa e entre empresas participantes da cadeia de

suprimentos, até atingir os consumidores finais, cujo objetivo

principal é agregar valor aos acionistas e aos clientes ao longo

destes processos”. (PEDROSO; 2002).

28

Assim, a cadeia de suprimentos compreende todo processo que abrange

desde a compra do produto até a entrega ao cliente e as atividades necessárias.

Para Ballou et al (2000) apud Costa, Rodriguez e Ladeira (2005, p. 694)

pode-se definir a gestão de cadeia de suprimentos desde o fornecimento de matéria-

prima culminando no consumidor/usuário final. Portanto é preciso levar em

consideração que na cadeia de suprimento o primeiro momento ou atividade

relevante é aquele referente às organizações distribuidoras de produtos e matérias-

primas, bens ou serviços, mas que se apresentam como a atividade inicial que

deverá chegar ao cliente final.

Por conseguinte, pode-se referir que é a relação de todas as atividades

que abrangem a cadeia de suprimentos e lhe dão valor sobre custo total associado à

margem de lucro e que será encaminhado ao cliente para aquisição do mesmo. Para

Slack et al. (2002 p. 348) ainda referente ao conceito de cadeias de suprimentos,

tem-se que:

“O termo cadeia de suprimento (supply chain) serve para

designar um ramo da rede industrial com estrutura projetada

adequadamente para atender à demanda de um mercado

específico. O conceito de rede de suprimento, definido

pressupõe a adoção coordenada de estratégias de manufatura

entre parceiros de negócios”. SLACK ET AL. (2002) APUD

ASSUMPÇÃO (2003, p. 348)

Outro conceito utilizado para definir cadeia de suprimentos, de acordo

com Schultz, Nascimento e Pedroso (2008, p. 07) avaliam a cadeia de suprimentos

como uma forma metodológica de organização alinhada às atividades de produção,

obtendo redução da desburocratização entre departamentos e áreas. Além disso, o

autor refere ainda que:

“Este conceito engloba a logística integrada, parcerias com

fornecedores, distribuidores e varejistas, sincronização da

produção, sistema de informações, previsão de vendas, sendo

29

que todas estas atividades, segundo este autor, fazem parte da

nova cadeia de valores e do novo sistema de valores,

orientados para o atendimento ao cliente”. (SCHULTZ,

NASCIMENTO E PEDROSO, 2008, p. 07)

Pode-se afirmar que a cadeia de suprimentos corresponde a todo o

processo de atividades de estrutura-tarefa do produto ou serviço para chegar ao

cliente final. A automação da cadeia de suprimentos auxilia na redução de gastos e

acaba disponibilizando ao cliente um produto melhor e a um custo acessível.

Assumpção (2003) avalia que o principal objetivo e diretriz da realização

das atividades propostas pela cadeia de suprimento em um enfoque logístico podem

ser associados a proporcionar uma maior visualização dos acontecimentos que

influenciam diretamente na satisfação da demanda.

3. SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ARMAZÉNS (WMS):

NA LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO PARA A CADEIA DE

SUPRIMENTOS

3.1 Sistema de Gerenciamento de Armazéns – WMS

Uma das estratégias logísticas mais usadas na atualidade como sistema

logístico automatizado na cadeia de suprimentos se constitui no modelo WMS

(Warehouse Management Systems) ou Sistema de Gerenciamento de Armazéns,

para empreender um processo de automatização nas etapas operacionais das

tarefas de um armazém.

Atualmente o processo de armazenagem eficiente exige ações de suporte

logístico para um sistema de qualidade deverá ser aplicado com suporte ao

30

desempenho das atividades primárias da produção favorecendo a melhoria dos

processos. Segundo Carmona:

“Com o uso mais intensivo do conceito de armazenagem

dinâmica ou aleatória, onde as mercadorias deixaram de ter

locais fixos de armazenagem e passaram a ser estocadas em

qualquer local do depósito, já que estes locais passavam a ter

uma identificação, devidamente cadastrada e controlada pelo

computador. Passamos a ter a possibilidade de aumentar a

densidade de estocagem nos depósitos, pois não mais éramos

obrigados a reservar espaços para o estoque máximo de cada

item e sim trabalharmos com volumes baseados no estoque

médio dos itens”. (CARMONA, 2010, p. 3)

A aplicação de Sistema de Gerenciamento de Armazéns – WMS poderá

ser relevante como valor agregado ao armazém no conceito de boa distribuição

necessita de espaços para estoques e em centros de distribuição. Gomes e Ribeiro

avalia que:

“Um sistema WMS executa todas as funções anteriormente

mencionadas, com mais capacidades de gerenciamento de

tarefas e para apoio à tomada de decisão, controle, entrega e

coleta e todas as mercadorias são quantificadas e informadas

ao WMS para batimento com os documentos de entrada ou

saída” (GOMES; RIBEIRO, 2004, p. 23).

A importância da logística com base no sistema WMS se explica pela

necessidade de controle interno do armazém para auxiliar o arranjo físico de um

ambiente de trabalho, cujas condições oferecerão permitir o livre fluxo de movimento

que permita ao mesmo tempo comodidade e segurança ambiental do fluxo de

distribuição de pessoas no ambiente, proporcionando condições de trabalho mais

funcionais.

31

O armazém de suprimentos agiliza os fluxos de tramitação de processos,

favorecendo o processo de otimização do fluxo de distribuição, o papel do WMS é

aplicar a automatização dos armazéns de suprimentos com a operacionalização das

informações sobre estoques.

Os armazéns atuam na área de operações da infra-estrutura do negócio,

nele a implantação do WMS se associa às soluções criativas e de competitividade

para atender às exigências dos clientes.

A aplicação do sistema WMS favorece a superação de barreiras que

permanecem como verdadeiros entraves na distribuição de suprimentos que podem

ser eliminados pela tecnologia de automação logística.

O gerenciamento de armazéns a partir do uso de WMS como sistema

automatizado através de software que tem a função de desenvolver diversas

operações para qualificar o ambiente de distribuição da cadeia de suprimentos.

A vantagem da aplicação da automatização pelo sistema WMS é a

velocidade e o controle operativo que tornam mais eficiente a distribuição do fluxo de

estoques com as possibilidades de análise da cenarização do inventário de

produtos, tarefas, clientes, fornecedores e fabricantes.

O processo de automação dos processos logísticos passou a ser

considerado estratégico em organizações que investiram na aplicação de sistemas,

a exemplo do WMS que reduz as barreiras e problemas técnico-operacionais dos

armazéns de suprimentos (CHRISTOPHER, 1997).

O processo de automação logística em armazéns tem basicamente três

funções: dar maior velocidade interna aos processos, possibilitar o ordenamento dos

suprimentos, operações e favorecer a tomada de decisões frente aos problemas que

possam surgir.

Nesta perspectiva, atualmente o modelo do framework WMS ou Sistema

de Gestão em Armazéns que compreende interface para o usuário através de fontes

32

de dados, determinação de rotas e endereçamento de produtos de forma integrada

(CUNHA, 2001).

Os armazéns são fundamentais para o dinamismo das cadeias de

suprimentos para favorecer uma maior produtividade e a eliminação de riscos,

considerando-se que os fluxos de comunicação permitem a realização de muitas

atividades como: O recebimento de produtos, realização de inspeções,

determinação de endereçamentos, adequado processo de estocagem, de separação

de estoques, aplicabilidade de rótulos em embalagens, processo de carregamento

controlado de documentação. Todos esses processos devem ser integrados para

evitar problemas de tempo e falhas.

O foco da automação através do WMS é a integração que tem base

logística que favorece eficiência das operações. Um dos fatores mais vantajosos do

sistema WMS se constitui no processo de aplicação de integração direta um sistema

de gestão de informações corporativas (ERP) dimensionando a integração entre os

dois sistemas.

Nessa perspectiva, a integração logística dota de boas qualidades os

armazéns de suprimentos, na medida em que o sistema ERP permite o processo de

compartilhamento de práticas e dados de interesse de toda a empresa. Assim, a

integração com o sistema WMS conduz a um bom suporte de operações e

processos que compõem o cotidiano da empresa.

Dessa forma, pode-se dizer há a otimização de todas as tarefas da

empresa, através da padronização da formatação dos dados que fornecem aos

processos de aquisição em Projetos de Engenharia e Arquitetura e a Gestão de

Contratos.

Na visão de Beuren (2000) a cadeia de suprimentos para ser estratégica

implica em planejamento, na medida em que o avanço nos modelos de governança

em TI contribuiu para agregar valor às metodologias formais que dotam de boas

qualidades o ambiente e auxiliam no processo de alinhamento da organização nas

tomadas de decisões.

33

Zorello (2005) analisa que as cadeias de suprimentos somente atingem o

alinhamento estratégico associado à automação logística à implantação de sistemas

de TI para o desenvolvimento de ação ativa e integrada de administração de

operações para a governança corporativa.

Nessa lógica, as empresas procuram modelos sistemáticos para atingir o

alinhamento estratégico que é realizado com base em ferramentas que fornecem

grandes possibilidades na integração da logística automatizada com o WMS e outras

infra-estruturas de TI para favorecer o processo de integração logística.

A aplicação de investimentos em um sistema de automação de

distribuição de suprimentos favorece diferenciais competitivos em termos logísticos,

informacionais, investimentos e de arquiteturas organizacionais de governança

poderão garantir níveis de produtividade superiores. De acordo com Zorello:

“A finalidade de um Sistema WMS é promover o processo de

precisão das fontes de informações dos estoques, sua ação

parte do controle de qualidade das empresas, e como tal,

devem ser organizados de forma a facilitar os negócios com a

clientela, fornecedores e parceiros. A função do estoque é dar

aos gestores e colaboradores uma visão geral do material

existente a ser negociado” (ZORELLO, 2005, p. 19).

O controle de estoques com base na aplicação do Sistema WMS perfaz

um ciclo estratégico para demandar a agilização nos processos de materiais a

serem vendidos ou a serem novamente comprados. A rotatividade dos produtos é

um exemplo de como o controle de estoques é importante. Segundo Onofre:

“Estoques são todos os bens e materiais mantidos por uma

organização para suprir demandas futuras nas formas de

matéria-prima, produto em processo (em

elaboração/produção), produto acabado, materiais e

embalagens e produtos necessários para manutenção, reparo

34

e suprimentos de operações, não necessariamente utilizados

no processo de fabricação”. (ONOFRE, 2001, p. 34)

O controle ou gestão de estoques compreende um nível de controle para

acompanhar o progresso destas ações referentes aos estoques, sua organização,

catalogação e administração informacional. Esse processo é realização visando

identificar desvios relevantes que acionam medidas corretivas, assegurando assim,

a partir da implementação do planejamento que compreende todas as atividades,

procedimentos e técnicas que permitem garantir a qualidade correta, no tempo

correto, de cada item do estoque ao longo da cadeia produtiva.

3.2 Efetividade do WMS no auxílio à integração logística

Cunha (2001) analisa que o sistema WMS representa um avanço na

gestão de estoques na medida em que a finalidade da aplicação de um sistema de

gestão de estoques é o controle eficaz e planejamento dos estoques para garantir a

qualidade e exigência do mercado. As soluções práticas que abrangem a gestão de

materiais exigem o planejamento dos fluxos de armazenagem de estoques, sob o

ponto de vista do controle interno para evitar a falta de produtos e estoques

indevidos. Portanto, Segundo Camona:

“Podemos dizer que basicamente os sistemas WMS devem ter

mecanismos que permitam aumentar a precisão das

informações de estoque, aumentar a velocidade e qualidade

das operações do centro de distribuição e aumentar a

produtividade do pessoal e dos equipamentos do depósito. As

ações se fazem sob medida para as necessidades da empresa

na manutenção criteriosa e estratégica da rotatividade de

produtos, a partir das quantidades corretas quanto aos lotes de

reposição. Essas estratégias exigem controle e desempenho

que somente as atividades logísticas poderão favorecer a

35

assertividade em informações sobre os estoques”. (CAMONA,

2010, p. 5).

Pode-se afirma que o WSM é um sistema estratégico direcionado aos

centros de distribuição para aumentar a velocidade dos processos e favorecer o

controle eficiente sobre as operações que são conduzidas nos centros de

distribuição. A implantação de um sistema de controle de estoques como o WMS, a

organização tem a condição de determinar a eficácia em relação ao acesso de

informações sobre os lotes. Segundo Bowersoz; Closs:

“Com a expansão dos canais de distribuição a inserção de

picking1 bastante elaboradas, tanto para atender aos aspectos

de velocidade, quanto para evitar que erros sejam cometidos

na separação dos pedidos. O sistema WMS favorece o acesso

a equipamentos de movimentação automatizados, controlados

pelo próprio sistema computadorizado e também a utilização

de coletores de dados através de códigos de barras”.

(BOWERSOZ; CLOSS, 2001).

O sistema WSM fornece uma infra-estrutura automatizada imprescindível

para o ordenamento dos estoques, a partir das diretrizes de controle de erros e

falhas nas funções de expedição de produtos e na quantidade de lotes e pedidos.

A associação entre automação logística de sistema WMS e o

gerenciamento de armazéns poderão projetar uma cenarização da cadeia de

abastecimento entre capacidade produtiva e a demanda de mercado.

De acordo com Dantzig (1998, p. 87) “os gestores devem ter acuidade no

processo de controle de estoques e na observância da falta de materiais”, o que

poderá vir a comprometer o atendimento, reduzindo assim o faturamento e

permitindo que o cliente procure novas alternativas na concorrência.

36

Conforme Dias “a Gestão de Estoques inicia-se na verificação das

necessidades e continua no planejamento das compras, aquisição, recebimento,

consumo, baixa no estoque e controle”, para isto, é necessário que haja um

adequado dimensionamento do controle e do planejamento do armazenamento de

estoque e uma eficiente administração de compras.

“Um dos desafios dos gestores atualmente é a necessidade de

precisão dos dados sobre o estoque que se constitui na base

do gerenciamento de materiais. Assim, o bom gestor deve

avaliar os aspectos como a má localização dos estoques,

armazenamento inadequado e erros de cálculo nos relatórios

de entrada e saída de materiais que podem prejudicar a

qualidade do atendimento ao cliente”. (DIAS, 1995, p. 33)

A função específica da administração de estoques é proporcionar o ajuste

do planejamento de todas as fases das atividades a serem desenvolvidas. A

administração de materiais concilia os setores da empresa. Portanto, nenhuma

empresa funcionará bem se não houver a implantação de uma política de controle

de materiais para atender uma alta ou baixa de consumo.

Na concepção de Martins (2001, p. 55), “o gestor de estoques é

responsável pelas compras deve garantir o material necessário, no tempo previsto,

na qualidade desejada, no local correto e nas quantidades e preços certos”. É

importante destacar que a administração de uma entidade deve coordenar

atendimento, suprimento e finanças, em uma atividade global. Conforme Dantiz:

“O eficiente gerenciamento de informações e conclusão das

tarefas, com um alto nível de controle e acuracidade do

inventário. As informações gerenciadas são derivadas de

transportadoras, fabricantes, sistema de informações de

negócios, clientes e fornecedores. O WMS utiliza estas

informações para receber, inspecionar, estocar, separar,

embalar e expedir mercadorias da forma mais eficiente. A

eficiência é obtida através do planejamento, roteirização e

37

tarefas múltiplas dos diversos processos do armazém”.

(DANTIZ, 2001, p. 34).

O eficiente gerenciamento de estoques permite o controle e o

ordenamento a fim de determinar a aquisição e armazenamento de materiais, as

informações da quantidade de mercadoria disponível no estoque da empresa. O

sistema de almoxarifado está relacionado com a natureza do material a ser mantido

em estoque e deve ser adaptado às condições específicas da armazenagem e

organização. As características físicas e químicas de cada produto também são um

fator muito importante na escolha dos métodos de estocagem. Segundo Vieira:

“A má gestão ou administração de estoques pode implicar em

erros drásticos como as freqüentes faltas de materiais

necessários e procedimentos de quantificação de estoques.

Esses processos comprometem a qualidade do atendimento à

clientela. Neste contexto, um dos fatores primordiais é a

cenarização dos erros ou desvios na projeção da demanda de

materiais, o controle de estoques e saídas poderá favorecer

uma visualização da problemática. A capacidade de controle

eficaz dos estoques é uma estratégia que permite a integração

entre qualidade nos processos e eliminação de custos frente às

crescentes exigências e os novos desafios do mercado”.

(VIEIRA, 2006, p. 29).

A Gestão de Estoques é atualmente considerada uma área estratégica

que demanda planejamento e controle através de métodos e processos de

armazenamento, movimentação de material, inventário, controle de projetos de

almoxarifados e melhoria dos serviços.

A implementação do WMS dimensiona a melhoria de custo e tempo e

evita o retrabalho, deve-se considerar que as empresas que buscam a melhoria dos

custos na gestão de estoques não podem se expandir não podem deixar de investir

em instalações maiores, implicando na necessidade de automatização das

operações.

38

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O gerenciamento da cadeia de suprimentos nas empresas brasileiras poderá

obter maior desempenho com a aplicação de Logística no planejamento com base

no uso de um sistema automatizado como WMS, para auxiliar no planejamento,

programa de qualidade e controle do fluxo e armazenagem dos produtos, por meio

do acompanhamento do percurso das informações dos produtos e serviços

ofertados, desde os fornecedores primários até o consumidor final.

Com a inserção do sistema automatizado WMS o fluxo de gestão de

produtos poderá cumprir efetivamente sem complexidades as etapas em conjunto

em um trabalho integrado. A necessidade de interconexão entre clientes,

fornecedores e parceiros dimensiona a necessidade de um processo de negócios

com agilidade e eficácia, que atualmente é possível com o investimento em

automação e informação.

Neste sentido, o estudo foi satisfatório, pois favoreceu a compreensão de a

aplicação de um Sistema de gerenciamento de Armazéns – WMS com logística de

automação na distribuição de suprimentos poderá se tornar uma ferramenta eficiente

para o trabalho operacional, favorecendo a comunicação e a integração dos

processos.

Os pressupostos teóricos demonstraram que se poderão atingir níveis de

eficácia com a inserção de um Sistema de Gerenciamento de Armazéns (WMS)

como estratégia de qualidade e velocidade nos processos operacionais de

suprimentos nas empresas.

As estratégias relacionadas aos recursos humanos têm como foco a

integração de processos através da comunicação com o uso de ferramentas

informacionais. A automatização logística necessita de associação entre recursos

financeiros, físicos e humanos importantes à realização dos processos.

39

O sistema WMS favorece as metas do planejamento estratégico de

produção logístico em área de suprimentos. A observância dos estoques é uma

questão de logística que permite a tomada de decisões com indicadores críticos

sobre investido em materiais. Esses processos demandam uma organização

sistemática da empresa.

A aplicação de um Sistema de Gestão na Cadeia der Suprimentos consiste

num conjunto de funções contínuas e correlatas nas etapas da atividade logística

envolvendo administração de compra, de almoxarifado (recebimento, estoques,

armazenamento e distribuição) e de patrimônio.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. ALCÂNTARA, Rosane L. C. A Gestão estratégica dos canais de distribuição: Um

exame da evolução e do atual estágio do relacionamento entre o atacado de

entrega e a Indústria. (Doutorado) - EAESP, São Paulo, 1997. Disponível em:

<http://ibmecsp.edu.br/pesquisa/download.php?recid=3171>. Acesso em: 28 Abr,

2011.

2. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico:

elaboração de trabalhos na graduação. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

3. ARAÚJO, J S. Administração de materiais. São Paulo: Atlas, 1985.

4. ASSUMPCAO, Maria Rita Pontes. Reflexão para gestão tecnológica em cadeias

de suprimento. Gest. Prod., São Carlos, v. 10, n. 3, Dec. 2003 . <Disponível

em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104 >. Acesso em:

22 Abr, 2011.

5. BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: Planejamento,

organização e logística empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2001.

40

6. ____________ Logística empresarial: transportes, administração de materiais e

distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.

7. BARROS, Aidil de Jesus Paes de. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas.

Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.

8. BEUREN, Ilse M. O papel da informação na elaboração da estratégia

empresarial. In: Gerenciamento da Informação. São Paulo: Atlas, 2000.

9. BOWERSOX, Donald J., CLOSS, David J. Logística empresarial: o processo de

integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.

10. BUSSINGER, Vera. O que é logística. Instituto de Desenvolvimento, Logística,

Transporte e Meio Ambiente. <Disponível no site http://www.e-

commerce.org.br/Artigos/logistica.htm > Acesso em: 23 Abr, 2011.

11. CARMONA, Luiz Diego. WMS: Logística Informatizada na Gestão do Estoque.

<Disponível em: http://ww2.dinfo.com.br/WMS%20-

%20Logistica%20Informatizada%20na%20Gestao%20do%20Estoque.pdf>

Acesso em: 20 Jun, 2011.

12. CASTRO, Luciano Thomé et al. Relacionamento e conflitos em canais de

distribuição. 2007. Disponível em http://www.favaneves.org/arquivos/1relac.pdf.>

Acesso em: 29 Abr, 2011.

13. CUNHA, Fernando L. de Souza da. Aplicação da aliança logística com a

tecnologia de informação. São Paulo: Pioneira, 2001.

14. CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimento:

estratégia para redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira,

1997.

15. COSTA, Jaciane Cristina; RODRIGUEZ, Jorgelina Beltrán; LADEIRA, Wagner

Júnior. A gestão da cadeia de suprimentos: teoria e prática. XXV ENEGEP.

41

Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Porto Alegre, RS. 29 de out. a 01

de nov. de 2005.

16. DANTZIG, George. O princípio das mudanças nas empresas. 3. ed. São Paulo:

Edemack, 1998.

17. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: Um enfoque logístico. São

Paulo: Atlas, 1995.

18. FARAH JR, Moisés. Os desafios da logística e os centros de distribuição.

<Disponível em:

http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_fae_business/n2_junho_2002/gestao5

_os_desafios_da_logistica_e_os_centros.pdf> Acesso em: 20 Jun, 2011.

19. FARIA, Ana Cristina de; COSTA, Maria de Fátima Gameiro da. Gestão de Custos

Logísticos: Custeio Baseado em Atividades (ABC), Balanced Scorecard (BSC) e

Valor Econômico Agregado (EVA). São Paulo: Atlas, 2005.

20. FLEURY, Paulo Fernando et al. Logística Empresarial: A Perspectiva Brasileira.

São Paulo: Atlas, 2000.

21. GARCIA, Eduardo Saggioro, LACERDA, Leonardo Salgado, AROZO, Rodrigo.

Gerenciando Incertezas no Planejamento Logístico: O Papel do Estoque de

Segurança, Tecnologística. São Paulo Aventer, 2001.

22. GIACOBO, Fabiano; CERETTA, Paulo Sergio. Planejamento logístico: uma

ferramenta para o aprimoramento do nível de serviço. <Disponível em:

http://74.125.95.132/search?q=cache:oFg2YVrlgXQJ:www.ead.fea.usp.br/Semea

d/6semead/OPERA%25C7OES/002OP%2520Planejamento%2520Log%25EDsti

co.doc+planejamento+logistico&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br> Acesso em: 20

abr, 2011.

23. GOMES, C.F.S. e RIBEIRO, P.C.C. Gestão da cadeia de suprimentos integrada

à tecnologia da informação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

42

24. GUIMARÃES, Tomas de Aquino. A nova administração pública e a abordagem

da competência. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro, v. 34, n. 3, p.

125-140, maio/jun. 2000.

25. LAS CASAS, A. L. Qualidade total em serviços. São Paulo, Atlas, 1999

26. MARTINS. G.A. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 3. ed.

São Paulo: Atlas, 2000.

27. MINTZBERG, Henry et al. E aqui, senhores e senhoras, a fera da administração

estratégica. In: Safári de estratégia. Porto Alegre: Bookman, 2000.

28. MEDEIROS, Alex. Estratégias de Picking na armazenagem. <Disponível em:

http://www.ilos.com.br/site/index2.php?option=com_docman&task=doc_view&gid

=53&Itemid=44> Acesso em: 20 Jun, 2011.

29. NEVES, marcos Fava. Um modelo para planejamento de canais de distribuição

no setor de alimentos. Tese de Doutoramento – Faculdade de Economia,

Administração e Contabilidade. Universidade de São Paulo, 1999.

30. NOVAES. Antonio G. N. Logística Aplicada: suprimento e distribuição física E

Logística global e macrologística. Lisboa: Edições Silabo, 2005.

31. NOVAKOSKI, Alexandre. Investimentos de empresas brasileiras em logística de

distribuição. São Paulo: UNIFASE, 2008.

32. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas de informações gerenciais:

estratégias, táticas, operacionais. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998

33. ONOFRE, H. Dias. Gestão de estoques. São Paulo: Atlas, 2001.

34. PEDROSO, M.C. Um estudo sobre o desenvolvimento de competências em

Gestão de Cadeia de Suprimentos. 120 f. Tese (Doutorado em Engenharia de

Produção) – Escola Politécnica, Universidade de São Paulo. São Paulo. 2002.

43

39. ROZENFELD, H. et al. Gestão de desenvolvimento de produtos: uma referência para a melhoria do processo. São Paulo: Saraiva, 2006. 40. ROBLES JÚNIOR, Antonio. Custos de Qualidade: uma estratégia para a competição global. São Paulo: Atlas, 1994. 41. RODRIGUES; COLMENERO; HATAKEYAMA, 2008 42. SANTOS, F. C. A. Similaridades dos estágios evolutivos das áreas de gestão. Revista de Administração da USP (RAUSP), Vol. 36, n.4, p.18-32, out./dez, 2001. 43. SLACK, Nigel. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1996. 44. STEVENSON, William J. Administração das operações de produção. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. 45. VIEIRA, Guilherme Bergmann Borges. Logística e Distribuição Física internacional: Teorias e pesquisas. São Paulo: Lex, 2006.