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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Estratégia e Qualidade no Atendimento Bancário
Por: Renata Pereira da Silva Rodrigues
Orientador
Prof. Aleksandra Sliwowska
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Estratégia e Qualidade no Atendimento Bancário
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão Empresarial
Por: . Renata Pereira da Silva Rodrigues
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela
capacitação concedida. Ao meu
marido, Marcelo, o amor, dedicação e
paciência. Aos meus pais Valdir e
Sonia e ao meu irmão Rafael, o carinho
e incentivos sempre demonstrados.
Aos professores pelo simples fato de
estarem dispostos a ensinar. Aos meus
amigos que direta ou indiretamente
contribuíram para este trabalho.
Obrigada a todas as pessoas
que contribuíram para meu sucesso e
para meu crescimento como pessoa.
Sou o resultado da confiança e da força
de cada um de vocês.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais,
Valdir e Sonia pela confiança
demonstrada, pelo amor incondicional,
fonte de inspiração, ao meu irmão
Rafael, no qual procuro ser um exemplo
de esforço e dedicação, e ao meu
marido, Marcelo, pela motivação,
dedicação e por ser meu companheiro
em todos os momentos.
“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado.”
Roberto Shinyashiki
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METODOLOGIA
Os métodos que levaram ao problema partem dos princípios de que os
fatos devem ser analisados, classificados e interpretados, o estabelecimento de
relações entre variáveis. Fui buscar em primeiro lugar investigar e organizar as
características que envolvem meu objeto de pesquisa (atendimento ao cliente)
sem minha interferência direta na interpretação dos mesmos. E propor
soluções para possíveis erros no decorrer do atendimento. A pesquisa foi feita
através da leitura, análise e interpretação de livros, periódicos, textos legais,
documentos manuscritos, internet e pesquisa de opinião na agência 0459 Rio
Barra da Tijuca do Banco Itaú Unibanco. Todo material recolhido deve ser
submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de
leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que se faz acompanhar de
anotações e eventualmente, poderão servir à fundamentação teórica do
estudo. No qual estes materiais pesquisados estarão restritos na área de
Planejamento Estratégico. Por se tratar de um estudo em uma instituição
Financeira (Banco Itaú Unibanco), onde a pesquisadora faz parte do quadro
funcional, foram abordados temas, como problemas que estão implícitos no
ambiente interno e externo da empresa, bem como a busca de alternativas
para o futuro da instituição em termos de qualidade em seu atendimento junto
ao cliente.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO 1 - MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS 08
CAPÍTULO 2 - ESTRATÉGIAS 19
2.1 DEFINIÇÕES 19
2.2 PLANEJAMENTO E PENSAMENTO ESTRATÉGICO 21
CAPÍTULO 3- QUALIDADE 26
3.1 DEFINIÇÃO 26
3.2 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA QUALIDADE 29
3.3 QUALIDADE NO ATENDIMENTO BANCÁRIO 31
3.4 FOCO NO CLIENTE 36
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA 40
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INTRODUÇÃO
Uma das maiores preocupações do momento em todo o mundo é a
questão da qualidade. As empresas, preocupadas com sua sobrevivência no
mundo globalizado e com a concorrência decorrente, não têm medido esforços
para se adaptar às novas exigências do mercado. Assim sendo, cada vez mais
as organizações bancárias procuram satisfazer as necessidades de seus
clientes, utilizando cada vez mais o desenvolvimento dos recursos de
informática. Contudo, muitos bancos se preocupam muito pouco com o aspecto
humano do serviço prestado e acabam por perder na qualidade, apesar de
seus esforços. Por outro lado, muitos deles não procuram conhecer quais são
as expectativas de seus clientes, podendo deixar de oferecer um serviço com
qualidade. Empresas até então aparentemente inexpugnáveis, devido às
rápidas mudanças, tiveram sua sobrevivência ameaçada. É por este motivo
que a preocupação atual da alta administração das empresas em todo mundo
tem sido garantir a sobrevivência e cultivar uma equipe capaz de contribuir
para a satisfação das necessidades das pessoas.
Hoje em dia, o aspecto da qualidade de serviços, independentemente
da atividade da empresa, tem uma importância fundamental no êxito de
qualquer negócio. A preocupação que as empresas têm com este respeito,
torna-se o diferencial entre elas que desejam alcançar o topo do mercado.
A melhoria da produtividade humana nas empresas é gritante quando
se adota o método de qualidade nos serviços, e vem sendo debatida por vários
segmentos empresariais como sendo uma das soluções para aumentar a
competitividade, lucratividade e rentabilidade das mesmas. Fatores como a
educação, a forma de falar, o tom da voz, a simpatia, o toque na hora certa, a
aparência, entre outros, em uma só pessoa, fazem com que o cliente tenha
outra visão da empresa com qual ele trabalha. A melhoria evidenciada na
qualidade intrínseca dos produtos oferecidos tem deslocado o diferencial
competitivo para o fator humano em que o atendimento passou a significar
elemento relevante na manutenção e captação de clientes.
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CAPÍTULO 1
1. Mudanças Organizacionais
O mundo está passando por uma fase de mudanças rápidas. No
entanto, estas mudanças são apenas parte da rápida evolução social,
tecnológica e, sobretudo mental que a humanidade vem experimentando. Estas
mudanças trouxeram ameaças à sobrevivência das empresas em todo mundo
por motivos variados.
Até pouco tempo atrás, a maior parte das empresas tinham como seus
concorrentes, apenas as organizações da sua região, e na maioria das vezes,
com os mesmos recursos. Atualmente, com a abertura da economia mundial,
outras empresas chegaram para competir no mesmo mercado. Portanto, o
concorrente da empresa nacional não e mais o seu vizinho. São empresas que
estão do outro lado do oceano, com mais recursos, mais tecnologia, com
produtos de melhor qualidade e preços mais competitivos. Esta situação
beneficiou ao consumidor, porém, levou companhias menos preparadas a
enfrentar diversas dificuldades, chegando mesmo à quebra recente de algumas
empresas importantes e lideres de mercado, fica evidente, portanto, a
importância de manter clientes para a lucratividade da empresa. Um cliente
conquistando é um dos maiores patrimônios da empresa. Preservá-lo e uma
necessidade para negócios bem-sucedidos em longo prazo.
Para explicar este tema em questão serão tratados os autores: William
Edward Deming, porque foi o pioneiro na inovação da qualidade; Igor H Ansoff,
que foi o responsável por formular estratégias e coloca-las em prática; Djalma
de Pinho Rebouças de Oliveira definiu diagnósticos estratégicos como a
primeira fase de um processo de planejamento; Henry Mintzberg, pela sua
excelência na gestão dos negócios, J.C Henderson, por ter utilizado o método
da tecnologia da informação para contribuir com métodos na qualidade.
ANSOFF (1977) foi um grande professor da Gestão Estratégica, ele viu
que à medida que as empresas conseguiam formular boas estratégias, elas
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não conseguiam colocá-las em prática. Foi através de estudos que descobriu
que deveria analisar a diferença entre o previsto e o analisado e o
aproveitamento das competências. Sendo assim foi responsável pela criação
da Matriz de Ansoff ou Matriz Produto/Mercado que é utilizada para a análise
de oportunidades de crescimento de uma organização e assim aumentar os
lucros da empresa. Ansoff diz que as empresas na década de 50 começaram a
preocupar-se com o ambiente e enquanto grandes gestores como Fayol e
Taylor estudavam a parte interna das organizações, o ambiente externo
começava a ganhar bastante influência sobre as empresas. A partir de então
havia a preocupação se a empresa poderia atender ou não à procura de
mercado.
Desta preocupação surgiu o planejamento estratégico, posteriormente
melhor trabalhado por Ansoff, que dizia que a elaboração de estratégias não
garante sua eficácia, pois ela poderia ou não ser implantada e controlada.
Assim, o surgimento da Matriz de ANSOFF (1981) visava representar
quatro estratégias diferentes de um negócio: penetração de mercado, onde a
empresa deve focar-se em clientes regulares ao invés dos ocasionais e em
usuários intensivos dos produtos. Desenvolvimento de mercado, que a
empresa deve lançar novas marcas e produtos para conquistar outros clientes
(dos concorrentes). Desenvolvimento de produtos, porque a empresa deve ter
como principal foco a venda de produtos para clientes regulares e sempre
procurar melhorias no relacionamento com esses clientes. Diversificação onde
a empresa investe em comunicação e explica a entrada de novos produtos
para ganhar credibilidade. É a mais arriscada de todas as estratégias da matriz.
Segundo ANSOFF (1977) "não há nenhum problema em formular uma
estratégia, o problema é fazê-la funcionar”. Ele diz que a administração
estratégica é a parte da administração que desenvolve o potencial de lucros
futuros de uma empresa ao assegurar que esta atue em mercados que tenham
condições de satisfazer seus objetivos, ofereça produtos e serviços desejados
por esses mercados e ofereça de forma a assegurar uma vantagem
competitiva.
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Sua teoria é muito importante, porque defende a gestão prática e
estratégica de todo o processo de mudanças de uma organização. Pois a
administração é a parte essencial de uma empresa, sendo cada dia mais
necessário para a sobrevivência das grandes organizações.
O planejamento estratégico criado por Ansoff é uma ferramenta
indispensável dentro de uma organização que necessita de planejamento e
estratégia para crescer e conquistar mercados, seja com novos produtos, ou
com reforço nas vendas dos produtos já existentes.
Quando falamos de planejamento estratégico, entendo que são as
atividades que levam ao desenvolvimento de uma missão organizacional, bem
como o de objetivos e de estratégias que possibilitem o alcance dos objetivos.
É criar condições para que as organizações decidam rapidamente diante de
oportunidades e ameaças otimizando as vantagens competitivas em relação ao
ambiente em que atuam.
Ao perceber o mercado em que se está inserido como um ambiente
competitivo, no qual se deve buscar meios que proporcionem a consecução
assertiva dos objetivos e que facilitem a visualização da realidade atual e a
consequência de futura ações presentes, vê-se a necessidade de planejar,
gerar um processo de estratégia competitiva, torna-se o meio adequado para
empresa atingir seu objetivo final e manter-se num ambiente de competição
estratégica.
Oliveira (2004), define diagnóstico estratégico como a primeira fase de
um processo de planejamento estratégico. Pois com o diagnóstico estratégico
fazemos o levantamento, a auditoria, a análise e a verificação das realidades
interna e externa da organização, desta forma mostra como a organização
está, com base na identificação da visão e missão, da análise externa do
ambiente direto e indireto, da análise interna e da análise dos concorrentes.
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Em HENDERSON (1998) observa-se que a competição estratégica é
um fenômeno relativamente novo para negócios, porém, não é algo novo para
a humanidade, que este tipo de competição pode ter impacto sobre a
produtividade da empresa. A competição estratégica tem como alguns
elementos básicos, tais como: a habilidade para entender a interação
competitiva como um complemento do sistema dinâmico que inclui a relação
dos competidores, clientes, recursos entre eles os financeiros e as pessoas.
Em conformidade com o já exposto objetivou-se neste trabalho realizar
um diagnóstico estratégico utilizando-se como ferramenta de apoio e análise as
cinco forças de Porter, ferramenta que abrange variáveis que englobam os
poderes de uma organização no ambiente em que esta inserida. A análise
SWOT que tem por finalidade identificar as forças, fraquezas, ameaças e
oportunidades da empresa, que visa demonstrar qual área precisa de
estratégias para alavancar a empresa. Sendo assim considera fatores internos
e externos da organização e a partir deste levantamento e análise tem-se a
finalidade de fornecer, para a empresa os fatores com os quais a mesma pode
contemplar em uma formulação de planejamento estratégico.
Tendo em vista o apresentado, pode-se concluir que estratégia
organizacional é feita para elaborar de forma consciente e explicativa os
melhores meios para se chegar aos fins desejados, a estratégia visa tornar a
organização focada num mesmo objetivo e desta forma centrada tornar a
empresa mais competitiva no mercado em que esta inserida, valendo-se para
isso as variáveis e habilidades da organização, tal qual de recursos materiais,
informações seguras e precisas e considerações sobre os riscos da ação,
desta forma tornando-a pró-ativa e estabelecendo como a organização
competirá no ambiente em que atua. Para isso é importante conhecer seus
componentes como o planejamento estratégico, que é primeiro passo para se
ter uma estratégia organizacional tão eficiente quanto eficaz.
Um dos principais estudiosos organizacionais é Mintzberg, que diz que
as organizações para atingirem os objetivos propostos e serem competitivas,
adotam a estrutura tendo em conta o ramo de atuação e as características da
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envolvente. Este fato dá origem a organizações que atuam no mesmo ramo
adotem as estruturas de outras organizações que obtiveram sucesso nesse
ramo. Verifica-se também, que as organizações tendem adotar estruturas cujas
características internas sejam consistentes e adequadas a cada situação. É
dado como exemplo, o uso da divisão de trabalhos e da estandardização que
se encontram associados a elevado níveis formalização. Do mesmo modo,
verifica-se uma redução do desempenho devido ás inconsistências internas.
Estratégia é um plano, algum tipo de curso de ação conscientemente
pretendido, uma diretriz para lidar com a situação. Por essa definição, as
estratégias têm duas características essenciais: São criadas antes das ações
às quais vão se aplicar e são desenvolvidas consciente e propositalmente.
Como planos, as estratégias podem ser gerais ou específicas. Uma estratégia
também pode ser um pretexto, realmente apenas uma “manobra” específica
para superar um oponente ou concorrente. Aqui a estratégia com intenção real
é uma ameaça ao concorrente.
Segundo MINTZBERG (1994) todas as definições mencionadas
anteriormente concorrem entre si, mas talvez, de maneira mais importante, elas
se complementem. Nem todos os planos tornam-se padrão, e nem todos os
padrões desenvolvem-se como planejado; alguns pretextos são menos do que
posições, enquanto que outras estratégias são menos do que posições,
enquanto que outras estratégias são mais do que posições embora menos do
que perspectivas.
Como plano, a estratégia trata da maneira como os líderes tentam
estabelecer direção para as organizações, também levanta a questão
fundamental do conhecimento.
Como pretexto, a estratégia nos leva à esfera da competição direta, na
qual ameaças, estratagemas e várias outras manobras são utilizadas para
obter vantagem. Isso coloca o processo de formação de estratégia em seu
ambiente mais dinâmico.
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Como padrão, a estratégia concentra-se em ação, lembrando-nos de
que o conceito é vazio se não levar em consideração o comportamento,
também lança a noção de convergência, a obtenção de consistência no
comportamento de uma organização.
A estratégia percebida, quando considerada junto com a estratégia
pretendida, nos encoraja a considerar a noção de que estratégias podem surgir
ou ser deliberadamente impostas.
Como posição, a estratégia nos encoraja a olhar para as organizações
em seus ambientes competitivos.
Como perspectiva, a estratégia levanta questões intrigantes sobre
intenção e comportamento em um contexto coletivo.
Pensando em qualidade, Deming foi amplamente reconhecido pela
melhoria dos processos produtivos nos Estados Unidos durante a Segunda
Guerra Mundial, sendo, porém mais conhecido pelo seu trabalho no Japão. Lá,
a partir de 1950, ele ensinou altos executivos como melhorar projeto, qualidade
de produto, teste e vendas (este último por meio dos mercados globais) através
de vários métodos, incluindo a aplicação de métodos estatísticos como a
análise de variantes e teste de hipóteses.
DEMING (1990) foi o pioneiro na inovação na qualidade, a partir das
contribuições significativas para o Japão tornar-se notório pela fabricação de
produtos inovadores de alta qualidade. Deming foi considerado o estrangeiro
que gerou o maior impacto sobre a indústria e a economia japonesa no século
XX. De acordo com sua filosofia Deming, estabeleceu 14 princípios que
constituem o fundamento dos ensinamentos ministrados aos altos executivos
no Japão, em 1950 e nos anos subsequentes. Estes princípios constituem a
essência de sua filosofia e aplicam-se tanto a organizações pequenas como
grandes, tanto na indústria de transformação como na de serviços. Do mesmo
modo, aplicam-se a qualquer unidade ou divisão de uma empresa.
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Os primeiros a sistematizar os ensinamentos de Deming em uma
filosofia de gestão foram os japoneses. Essa filosofia é considerada como uma
estratégia de negócio, cuja essência é o projeto, a produção e a oferta de
novos produtos e serviços a fim de atingir a satisfação total do cliente a um
preço aceitável.
Podemos atribuir ao Deming à revolução gerencial, como por exemplo, a
ocorrida dos anos 70 até os dias atuais. Os ensinamentos por ele difundidos no
Japão, na década de 50, e aplicados e evoluídos naquele país, alteraram
radicalmente as bases da competição global. E hoje, passados mais de 30
anos, a prática das empresas, principalmente no Japão e nos países asiáticos,
nos Estados Unidos e na Europa, nos permite compreender essa relação.
Seguem os princípios:
1º princípio: Estabeleça constância de propósitos para a melhoria do
produto e do serviço, objetivando tornar-se competitivo e manter-se em
atividade, bem como criar emprego;
2º princípio: Adote a nova filosofia. Estamos numa nova era
econômica. A administração ocidental deve acordar para o desafio,
conscientizar-se de suas responsabilidades e assumir a liderança no processo
de transformação;
3º princípio: Deixe de depender da inspeção para atingir a qualidade.
Elimine a necessidade de inspeção em massa, introduzindo a qualidade no
produto desde seu primeiro estágio;
4º princípio: Cesse a prática de aprovar orçamentos com base no
preço. Ao invés disto, minimize o custo total. Desenvolva um único fornecedor
para cada item, num relacionamento de longo prazo fundamentado na lealdade
e na confiança;
5º princípio: Melhore constantemente o sistema de produção e de
prestação de serviços, de modo a melhorar a qualidade e a produtividade e,
consequentemente, reduzir de forma sistemática os custos;
6º princípio: Institua treinamento no local de trabalho;
7º princípio: Institua liderança. O objetivo da chefia deve ser o de
ajudar as pessoas e as máquinas e dispositivos a executarem um trabalho
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melhor. A chefia administrativa está necessitando de uma revisão geral, tanto
quanto a chefia dos trabalhadores de produção;
8º princípio: Elimine o medo, de tal forma que todos trabalhem de
modo eficaz para a empresa;
9º princípio: Elimine as barreiras entre os departamentos. As pessoas
engajadas em pesquisas, projetos, vendas e produção devem trabalhar em
equipe, de modo a preverem problemas de produção e de utilização do produto
ou serviço;
10º princípio: Elimine lemas, exortações e metas para a mão de obra
que exijam nível zero de falhas e estabeleçam novos níveis produtividade. Tais
exortações apenas geram inimizades, visto que as causas da baixa qualidade e
da baixa produtividade encontram-se no sistema, estando, portanto, fora do
alcance dos trabalhadores;
11º princípio: Elimine padrões de trabalho na linha de produção.
Substitua-os pela liderança; elimine o processo de administração por objetivos.
Elimine o processo de administração por cifras, por objetivos numéricos.
Substitua-os pela administração por processos através do exemplo de líderes;
12º princípio: Remova as barreiras que privam o operário horista de
seu direito de orgulhar-se de seu desempenho. A responsabilidade dos chefes
deve ser mudada de números absolutos para a qualidade; remova as barreiras
que privam as pessoas da administração e da engenharia de seu direito de
orgulharem-se de seu desempenho. Isto significa a abolição da avaliação anual
de desempenho ou de mérito, bem como da administração por objetivos;
13º princípio: Institua um forte programa de educação e auto
aprimoramento;
14º princípio: Engaje todos da empresa no processo de realizar a
transformação. A transformação é da competência de todo mundo;
Através destes princípios, DEMING (1990) conquistou
significativamente, contribuições para o Japão pela grande fabricação de
produtos inovadores e de alta qualidade, devido à utilização de seus métodos
estatísticos como análise e teste.
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Pela análise mais detalhada desses 14 pontos, pode-se perceber
claramente que os princípios baseiam-se na responsabilidade e no
comprometimento da administração, no entendimento das necessidades dos
clientes, no entendimento dos processos da organização e no envolvimento de
todos, a partir de novas filosofias de gestão de recursos humanos.
Foi pensando em planejar e executar de forma eficaz que Deming,
criou o ciclo PDCA, que tem por princípio tornar mais claros e ágeis os
processos envolvidos na execução da gestão, como, por exemplo, na gestão
da qualidade, dividindo-a em quatro principais passos.
O PDCA é aplicado principalmente nas normas de sistemas de gestão
e deve ser utilizado (pelo menos na teoria) em qualquer empresa de forma a
garantir o sucesso nos negócios, independentemente da área ou departamento
de vendas, compras, engenharia, etc.
O ciclo começa pelo planejamento, em seguida a ação ou conjunto de
ações planejadas são executadas, checa-se o que foi feito, se estava de
acordo com o planejado, constantemente e repetidamente e toma-se uma ação
para eliminar ou ao menos mitigar defeitos no produto ou na execução.
Os passos são os seguintes:
Plan (planejamento): estabelecer missão, visão, objetivos (metas),
procedimentos e processos necessários para atingir os resultados.
Do (execução): realizar, executar as atividades.
Check (verificação): monitorar e avaliar periodicamente os resultados,
avaliar processos e resultados, confrontando-os com o planejado, objetivos,
especificações e estado desejado, consolidando as informações,
eventualmente confeccionando relatórios.
Act (ação): Agir de acordo com o avaliado e de acordo com os
relatórios, eventualmente determinar e confeccionar novos planos de ação, de
forma a melhorar a qualidade, eficiência e eficácia, aprimorando a execução e
corrigindo eventuais falhas.
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É necessário lembrar que a melhoria contínua ocorre quanto mais
vezes for executado o Ciclo PDCA, otimiza a execução dos processos,
possibilita a redução de custos e o aumento da produtividade. A aplicação do
Ciclo PDCA a todas as fases do projeto leva ao aperfeiçoamento e ajustamento
do caminho que o empreendimento deve seguir, sendo assim as melhorias
também podem ser aplicadas aos processos considerados satisfatórios e as
melhorias gradativas e contínuas agregam valor ao projeto e asseguram a
satisfação dos clientes.
Os bancos seguiram a evolução ocorrida em todo o mundo nos últimos
anos. A população atendida pelos bancos cresce a cada dia e os seus serviços
estão cada vez maiores, em número. A intermediação dos bancos inclui
salários, impostos, empréstimos, financiamentos e outras operações. É de
extrema importância o funcionário entender que o seu atendimento é relevante
porque pode ser que ele seja responsável por metas de vendas e atendimento,
por estar querendo obter um certificado ou apenas porque o seu superior disse
que se trata de um assunto muito importante. Talvez seja ainda muito
importante porque seu emprego depende da sobrevivência da empresa e que o
atendimento ao cliente é um elemento vital para sobrevivência da organização.
A visão de futuro de várias empresas aparece muitas vezes na forma de
declarações de princípios ou de intenções apoiadas pelo que chamamos de
“valores essenciais”. Essas declarações são planejadas para expor aos
clientes, funcionários, fornecedores, etc. O objetivo que a empresa deseja
alcançar e o modo como deseja alcançá-lo. Com esses objetivos, podemos
afirmar que todas as hipóteses levantadas pelos autores, são verdadeiras e
que as mesmas podem ser utilizados para embasar novos estudos no sentido
de melhorar os processos de qualquer agência bancária.
Diante de uma demanda cada vez mais seletiva e exigente quanto à
variedade e à qualidade dos serviços oferecidos, os bancos investem
maciçamente em pesquisa e tecnologia, renovando e aperfeiçoando
incessantemente seus produtos.
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Sendo assim no próximo capítulo falaremos sobre a estratégia para
atingir o objetivo do planejamento estratégico e qualidade.
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CAPÍTULO 2
2. Estratégias
2.1 Definições
Estratégia é hoje uma das palavras mais utilizadas na vida e encontra-
se presente na literatura da especialidade, quer nos textos mais comuns,
mesmo de âmbito jornalístico. À primeira vista parece tratar-se de um conceito
estabilizado, de sentido consensual e único, de tal modo que, na maior parte
das vezes, parece ser isenta a sua definição. Mas, estratégia é o como fazer.
Pode ser representada por caminhos, maneiras ou ações formuladas e
adequadas para alcançar, preferencialmente de maneira diferenciada, as
metas, os desafios e os objetivos, no melhor posicionamento da empresa
perante seu ambiente. São os alvos ou situações concretas que se pretende
atingir, com prazos e responsabilidades perfeitamente definidas.
Contudo, um pouco de atenção ao sentido em que a palavra é usada
permite, perceber que não existe qualquer uniformidade, podendo o mesmo
termo referir-se a situações muito diversas. Se para uma leitura apressada
esse fato não traz transtornos, para o estudante destas matérias e mesmo para
os gestores têm por função definir ou redefinir estratégias e implantá-las nas
organizações, a definição rigorosa do conceito que têm de operacionalizar é o
primeiro passo para o êxito dos seus esforços.
Tende-se fazer um levantamento, certamente não exaustivo nem o
único possível, da diversidade das definições do conceito de estratégia, dos
processos de formação da estratégia e dos sentidos em que o conceito é
vulgarmente usado.
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Segundo ANSOFF (1997) , uma frase de autor desconhecido quanto
ao conceito de estratégia: “É quando a munição acaba, mas continua-se
atirando, para que o inimigo não descubra que a munição acabou”. O
significado desta frase serve para demonstrar a grande importância que a
estratégia apresenta, inclusive no caso das empresas.
Destaca que a essência do planejamento estratégico é a criação de um
conjunto de iniciativas que permitam que um exército, um país, uma
corporação ou uma universidade a manter a estabilidade ou ganhar uma nova
posição apesar de uma série de descontinuidades, ameaças inesperadas e
mudanças surpreendentes.
De acordo com ANDREWS (1998), se houvesse um entendimento
único a respeito do que e estratégia as coisas ficariam mais simples, no
entanto tanto em termos de nomenclatura quanto em termos de conceito,
diferentes autores têm tanto similaridades quanto a diferenças.
A estratégia corporativa como o modelo de cisão da empresa, onde
estão determinados os objetivos e metas, as normas e planos para alcance dos
objetivos buscados, porem este tipo de modelo delimita as fronteiras de
negócios e da atuação organizacional. Este modelo agrega decisões
estratégicas que ao longo do tempo se mostram eficazes e atende a modelar o
caráter, a imagem e a individualidade dos componentes e da organização
como um todo. Outros aspectos de uma estratégia, no entanto, devem se
adaptar a mudanças ambientais.
Toda a organização quer seja de forma implícita, quer seja de forma
explicita possuem uma estratégia. A estratégia competitiva que conceitua como
sendo o desenvolvimento de uma formula ampla para o modo como uma
empresa ira competir, bem como as políticas e metas necessárias para
alcançar seus objetivos, ou seja, uma combinação dos fins que a empresa
busca e dos meios pelo qual esta buscando chegar lá.
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Segundo HENDERSON (1998), usando uma comparação com
processos naturais, como seleção natural, competição por recursos e
sobrevivência do mais forte, traz um foco ecológico ao processo de formação
da estratégia, no qual a analise dos concorrentes passa a ocupar papel de
destaque.
Analisando a criação e implantação de um planejamento estratégico,
que privilegie o compartilhamento de talentos e a identificação das
competências essenciais. Os setores organizacionais deveriam trabalhar de
forma conjunta e não competitiva, e para isso deveria estabelecer uma cultura
de rotatividade de recursos corporativos, que tolere erros e onde se possa
assumir riscos calculados. As atividades de compartilhamento de recursos
deveriam ser transparentes e apoiadas pela alta gerência.
A estratégia corporativa de uma empresa deve contemplar um
horizonte de longo prazo, deve ser estável, refletindo os propósitos e objetivos
organizacionais. Como o ambiente é dinâmico e novas situações surgem a
cada momento, ações estratégicas são tomadas pela empresa com a finalidade
de retomar o rumo traçado, independente das dificuldades que possam surgir
no percurso. As ações estratégicas são adaptativas, respondendo às
contingências ambientais à medida em que elas ocorram, visando, com isso, o
alcance dos objetivos estratégicos da organização.
Segundo MINTZBERG (1998), o grande ponto a ser buscado é o
equilíbrio, é a busca da manutenção da estabilidade com o reconhecimento da
necessidade de mudanças, quando necessário.
2.2. Planejamento e Pensamento Estratégico
Uma das grandes dificuldades das empresas é a conceituação da
função do planejamento estratégico, em especial sua real amplitude e
abrangência. Conforme MINTZBERG (1994), o planejamento estratégico do
pensamento estratégico. O primeiro refere-se a uma programação estratégica
caracterizada por articular e elaborar estratégias e visões já existentes. O
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segundo, ao contrário, se refere a uma síntese que combina intuição e
criatividade, resultando numa perspectiva integrada ou uma visão de direção
não necessariamente articulada. O pensamento estratégico refere-se a uma
sensibilização humana na organização, representada por experiências
pessoais, ou mesmo a capacidade dos executivos, indicando uma nova visão
ou caminho a ser seguido pela organização.
Nos negócios assim como em um campo de batalha o objetivo do
estrategista é trazer as condições mais favoráveis para o seu lado, julgando
precisamente o momento certo de atacar ou se retirar, analisando sempre os
limites das suas decisões. Além do hábito de análise, o estrategista precisa ter
flexibilidade e elasticidade para apresentar soluções realistas para situações
em mudança.
Os processos de formulação e implementação de estratégias nas
organizações raramente se parecem com os modelos analítico-racionais
alardeados na literatura. Ao contrário, esses processos costumam ser
tipicamente fragmentados, evolucionários e intuitivos. Segundo esses autores,
a verdadeira estratégia evolui à medida que decisões internas e eventos
externos fluem junto para criar um novo e amplamente compartilhado consenso
para as providências a serem tomadas.
Os planejadores dispõem de determinadas técnicas para fazer análise
sistemática e tem tempo para considerar minuciosamente as questões
estratégicas. O que eles raramente têm é autoridade para gerar estratégias e
as informações intangíveis críticas, assim como as ligações necessárias para
obtê-las.
A estratégia constitui uma visão integrada de toda a complexidade do
comportamento de uma organização, sendo holística,sistemática,molar, já que
nesse aspecto,ela planeja, dimensiona e aloca os recursos organizacionais nas
atividades que são básicas para o sucesso da organização. Envolver a
organização como um todo, relaciona-la com o ambiente, visar sucesso no
futuro e manobrar movimentos organizacionais de maneira eficiente e eficaz,
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estes são os principais aspectos que a estratégia organizacional visa dentro
das organizações.
A adequada compreensão da interação entre pressões ambientais e
esquemas interpretativos supõe a busca de tratamentos alternativos ao
enfoque da escolha estratégica, em geral empregado para a análise do
ambiente externo às organizações. Ao examinarmos o fenômeno da
competitividade, defende o uso de uma perspectiva integrada, construída com
base nos pressupostos da teoria econômica e da teoria institucional.
Considerando-as como lapidar de uma mesma dimensão, articulam
inicialmente duas idéias para captar a dinâmica da mudança organizacional: as
noções de ambiente técnico e ambiente institucional.
O ambiente técnico caracteriza-se pela troca de bens e serviços,
enquanto o ambiente institucional conduz o estabelecimento e a difusão de
normas de atuação, necessárias para o alcance da legitimidade organizacional.
Desse modo, organizações submetidas a pressões do ambiente técnico e do
ambiente institucional são avaliadas, respectivamente, pela eficiência e pela
adequação as exigências sociais.
Acrescenta que é fundamental que se entenda que a natureza da
atividade de cada organização determina à maior ou a menor importância de
cada um desses ambientes na formulação das estratégias de ação. Vejamos
desse modo, por exemplo: indústrias tendem a modelar se mais pelos
ambientes técnicos, uma vez que o controle ambiental é exercido sobre os
resultados em termos de quantidade e qualidade de bens; já hospitais precisam
considerar fortemente os ambientes institucionais, uma vez que o controle
ambiental incide sobre estruturas e práticas, sobre a adequação da forma
organizacional às pressões sociais; em situação intermediária, encontra-se o
setor bancário, que parece sofrer pressões ambientais de caráter técnico e
institucional em igual intensidade.
Nesse sentido, os dirigentes definem ações de acordo com sua
interpretação da situação ambiental. Portanto orientam-se pelo contexto que
24
melhor se encaixa ao esquema interpretativo prevalecente na organização, ou
contexto institucional de referência, ou seja, pode-se afirmar, então, que a
apreensão do ambiente técnico e do ambiente institucional em particular requer
a distinção de níveis de análise: local, regional, nacional e internacional.
Conforme MACHADO DA SILVA E FONSECA (1993), por exemplo,
sugerem que nos dias atuais: “a organização mais competitiva é aquela que
absorve as concepções subjacentes à sustentação do padrão de concorrência
internacional e as aplica na definição de estratégias coerentes de ação”.
Logo, uma organização que percorre uma trajetória de sucesso a partir
de estratégias alinhadas ao contexto institucional nacional, a despeito do seu
ramo de atuação, talvez encontre dificuldade em implementar práticas
legitimadas em um contexto institucional mais abrangente, sobretudo se elas
envolverem mudanças estratégicas.
Nos dias de hoje, a mudança organizacional processa-se à medida que
novos valores e regras se incorporam ao novo contexto. As regras e os
significados compartilhados no interior da organização podem servir como
amortecedores que dificultam a similação de práticas emergentes em um
contexto mais amplo, caso tais práticas não se combine com os valores
vigentes.
Já em pesquisa empreendida no antigo banco Bamerindus verificaram
que, não obstante o crescente envolvimento do banco em operações
internacionais, não houve aproveitamento do aprendizado obtido no exterior
relativamente ao desempenho das operações domésticas. O motivo parece ter
sido as diferenças entre os contextos institucionais nacionais e internacionais.
O primeiro marcado pela excessiva intervenção governamental e por elevadas
taxas de inflação, contribuía para a não-aplicação das regras externas no país.
Apenas a partir da implantação do Plano Real, que em certos aspectos
equiparou os contextos institucionais do Brasil e do exterior, é que o banco
Bamerindus procurou reorientar suas estratégias e transferir às áreas
domésticas o conhecimento internacional.
25
Mas como evitar essa armadilha do imediatismo na administração?
Como garantir um tempo e um espaço relevante para o planejamento dentro da
empresa, tendo em vista as inúmeras atribuições que já possui o gestor no seu
dia-a-dia? Como definir um processo de planejamento que seja realista diante
das intensas e profundas mudanças que ocorrem na atualidade, numa
velocidade tão grande?
As respostas para essas perguntas não são simples. Entretanto,
podemos afirmar que, embora o crescimento das organizações esteja repleto
de acidentes e eventos aleatórios, é inegável que as empresas que prosperam
e conseguem se perpetuar no mercado atualmente possuem algo mais do que
uma boa sorte. O que determina grande parte do seu sucesso é a capacidade
de se adaptar às mudanças de seu ambiente, antecipando-se aos seus
concorrentes. Saber utilizar os instrumentos do planejamento de forma
coerente, adaptando-os à realidade da empresa e às suas necessidades, pode
ser então uma excelente arma competitiva. Para utilizá-la eficazmente, é
importante que os gestores conheçam bem cada um dos elementos do
planejamento e suas funções, assim como as mudanças que estão ocorrendo
no contexto competitivo, as quais estão influenciando na própria prática do
planejamento e lançando alguns desafios para a sua gestão nas empresas.
26
CAPÍTULO 3
3. Qualidade
3.1 Definição
A Qualidade no mundo parece ter se tornado a palavra chave nos dias
atuais e tornou-se um assunto bastante discutido e trabalhado nos objetivos e
políticas das organizações.
A qualidade pode ser entendida como um conjunto de valores
concretos ou abstratos que estão presentes ou que acompanham e se
agregam aos produtos finais. Pode, também, ser entendida como um
determinado serviço que induz os consumidores ou usuários para que tenham
um determinado produto ou serviço de sua preferência.
Uma empresa de qualidade deve se preocupar com o aspecto inovador
e procurar aproveitar as oportunidades do mercado para obter uma rápida
percepção dos seus clientes e conseguir que as suas necessidades sejam
atingidas. Nas palavras de Ishikawa (1997) significa: “rápida percepção e
satisfação do cliente das necessidades do mercado, adequação ao uso dos
produtos e homogeneidade dos resultados do processo.”
Em qualquer local onde existir qualidade, pode se inferir que exista o
orgulho e a satisfação do trabalho realizado. Tal situação faz com que se gere
mais empenho de todos e conseqüentemente maior produtividade e
crescimento.
DEMING (1950) afirma que qualidade é sentir orgulho do trabalho bem
feito, o aprimoramento da qualidade eleva a produtividade . O realizar de um
atendimento com qualidade parece depender de uma estrutura organizacional
e de uma equipe envolvida para conseguir seus objetivos. Depende também de
uma gerência que dê total suporte aos seus funcionários, realizando o seu
trabalho de forma a buscar resultado e envolvimento de todos.
27
Saber realizar um atendimento adequado para o cliente é atender de
forma que seu cliente saia com sua necessidade e perspectiva atingidas.
Qualidade é adequação do uso . Ter uma empresa voltada para o
cliente é ter uma empresa que busca estar atualizada com as inovações,
tecnológicas e recursos para conforto, comodidade, custo baixo e praticidade.
Tais componentes auxiliam para que uma empresa se sobreponha a outras.
Além disso, é fundamental que se esteja sempre atento à voz do cliente.
Ter um banco que tem a atenção de seus clientes, parece ser um
banco que trabalha dia e noite de forma sensata e inteligente, preocupando-se
principalmente com o ser humano e não apenas em resultados, o que segundo
Cerqueira (1990) “Qualidade é sempre resultado de esforços inteligentes...”
DEMING (1999) foi o pai da inovação na área de qualidade. Ele foi o
primeiro a se preocupar com o lado humano nesta relação. Apresentando um
caráter revolucionário, praticamente pareceu exigir uma mudança no
relacionamento e gerenciamento entre a empresa e o cliente, fornecedores e
empregados. Ressalta que o gerenciamento, atualmente, é responsável por
quase 95% dos problemas encontrados na área de qualidade de produtos e
serviços. Para ele, o gerenciamento deve auxiliar as pessoas a serem mais
eficientes ao invés de mais difíceis.
Ainda segundo DEMING (1999), como as pessoas têm suas
individualidades tal comportamento deve ser respeitado e, para tanto, deve-se
procurar ouvir a voz do cliente, definindo assim um certo padrão em que se
procura agradar a maior parte possível de clientes. Ou seja, qualidade só pode
ser definida em termos de quem a avalia.
Deming cita de forma simplificada 14 itens referentes ao seu
pensamento sobre o significado de qualidade: “Crie uma visão consistente para
a melhoria de um produto ou serviço. Adote a nova filosofia e assuma a sua
liderança na empresa, termine com a dependência da inspeção como via para
28
a qualidade. Minimize os custos com a seleção de um fornecedor preferencial.
Melhore de uma forma constante e contínua cada processo. Promova a
aprendizagem no terreno. Encare a liderança como algo que todos podem
aprender. Não lidere com base no medo. Evite usar um estilo autoritário de
gestão. Destrua as barreiras entre os departamentos funcionais. Elimine as
campanhas com base na imposição de metas. Abandone a gestão por
objetivos com base em indicadores quantitativos. Não classifique o
desempenho dos trabalhadores ordenando-os por ranking. Crie um ambicioso
programa de formação para todos os empregadores. Imponha a mudança
como sendo uma tarefa de todos os trabalhadores”.
A qualidade no atendimento pode ser definida como uma revolução da
filosofia administrativa, com uma mudança na mentalidade de todos envolvidos
para os objetivos da organização. Tal revolução procura atender as
necessidades e dar o suporte necessário para seus clientes que são as peças
fundamentais para a sobrevivência das empresas no mercado.
Parece ser necessário que, para que a qualidade exista todos os
envolvidos têm que ter esta mudança na mentalidade. Ou seja, para se tornar
uma empresa de sucesso, é necessária que se acredite no poder do
atendimento das necessidades do cliente e no modo como vai atendê-lo.
Os defensores da qualidade no atendimento têm percorrido o mundo,
orientado as empresas sobre qual o melhor método para se administrar a
qualidade, que pode ser um fator essencial para se chegar a excelência na
qualidade no atendimento.
O que acontece na área da teoria administrativa organizacional se
repete também na área da qualidade. No entanto, é preciso destacar que é
muito provável que quase nada do que tem acontecido no campo inovador da
qualidade seria possível se não tivesse ocorrido à tarefa árdua, persistente e
crítica dos pesquisadores das diversas teorias administrativas.
29
A escolha da melhor metodologia para se chegar ao sucesso de uma
organização depende da cultura cooperativa e do comprometimento de todos e
principalmente da alta gerência. Não parece existe o autor favorito a ser
seguido ou o melhor método. Acredita-se na procura de uma filosofia
compreensiva e essencial para a implementação do gerenciamento da
qualidade em cada organização. Tal filosofia poderia conter três características
básicas: ser endógeno, ou seja, vir de dentro da empresa; ser abrangente,
total, integrativo e distintivo e, especifica para um determinado ramo de
negócio.
O realizar de um atendimento com qualidade parece depender de uma
estrutura organizacional e de uma equipe envolvida para conseguir seus
objetivos. Depende também de uma gerência que dê total suporte aos seus
funcionários, realizando o seu trabalho de forma a buscar resultado e
envolvimento de todos. Saber realizar um atendimento adequado para o cliente
é atender de forma que seu cliente saia com sua necessidade e perspectiva
atingidas.
Segundo MARONI (1998) “Qualidade é adequação do uso, é a
satisfação das aspirações dos usuários.”
3.2 História e Evolução da Qualidade
Para o homem, sempre foi importante, como garantia de sua
sobrevivência e desenvolvimento estar em constante mudança. Mudar para
enfrentar os novos desafios e aproveitar as oportunidades que surgem.
Desde nossos primeiros ancestrais a forma como nos organizávamos
influenciava as possibilidades de sobrevivência do grupo. No decorrer dos
anos, vários modelos de organização e gestão foram sendo experimentados e,
em função de sua capacidade de atender aos objetivos do grupo, foram
abandonados e popularizados.
30
Durante muito tempo, a qualidade foi percebida como conseqüência de
uma habilidade pessoal, uma vez que, não havia produtos ou serviços.
Portanto, mesmo que estes não atendessem plenamente às necessidades do
grupo não pareciam existir problemas porque a habilidade pessoal no
atendimento parecia suprir tais deficiências. Com o avanço do transporte e do
comércio surgiram então as possibilidades de comparação. Decorrente de tal
situação começou a se firmar o conceito de qualidade tanto do produto quanto
do serviço.
A qualidade começou a ser incorporada à produção industrial no início
do século XX para impedir que produtos defeituosos chegassem às mãos dos
clientes. Com a ampliação da produção em massa, foram sendo introduzidas
técnicas de controle estatísticos da qualidade. Tais técnicas visavam atender
de forma mais segura os mercados em fase de crescimento. Esta abordagem
foi conhecida como controle de qualidade.
Após a segunda guerra mundial e com desenvolvimento da indústria
aeronáutica, começou a ser adotado o controle de processos, englobando toda
a produção, desde o projeto até o acabamento. A obtenção da qualidade no
processo de produção visava, principalmente, a segurança e o alcance “zero”
de defeito.
Integrando também serviços, esses conceitos evoluíram para a
garantia da qualidade, que consiste na demonstração, aos clientes e ao público
em geral, de que determinados produtos e serviços da empresa possuem a
qualidade solicitada. Isto somente é possível através do envolvimento de toda
empresa e da incorporação de visão de sistemas e métodos e ferramentas de
gerenciamento. Mesmo com o desenvolvimento das grandes empresas, a
qualidade ainda não tinha os impulsos que necessitava. Quando a qualidade
era questionada, sempre surgiam grandes melhorias.
Os avanços nas tecnologias de informática, transportes e comunicação
aumentaram ainda mais a velocidade das mudanças. Neste novo ambiente
globalizado, o diferencial competitivo que estava na escala de produção e na
31
dimensão das organizações passa a ser a rapidez e a competência da
organização em apreender, interagir e responder ao mercado.
Diante de tais circunstâncias o atendimento às necessidades dos
clientes passou a ser condição básica para a competitividade das
organizações, apesar das empresas, nesta época ainda não estarem tomando
medidas que garantissem que os clientes as escolhessem futuramente.
A qualidade surge como diferencial, como a possibilidade de
surpreender positivamente o cliente, na sua experiência com o produto e o
serviço. Nestas condições, percebe-se que a participação consciente, criativa e
motivada do colaborador pode atender as expectativas do cliente. Além disso,
conhecer as necessidades implícitas e explícitas do cliente auxilia no
diferencial da qualidade. Estar atento as tendências de mercado, produzir
produtos e prestar serviços que superem as expectativas e constituem fatores
que tornam a qualidade como um diferencial. O modelo de gestão que
incorpora de maneira sistêmica e interdependente estas competências é a
Gestão da Qualidade.
A evolução histórica da administração com suas teorias que marcaram
décadas de gerenciamento têm sido apresentadas por diferentes perspectivas.
A evolução da qualidade com olhar da administração através da
psicosociologia e da perspectiva de qualidade vem buscando enfatizar o lado
humano da qualidade.
3.3 Qualidade no Atendimento Bancário
Os bancos seguiram a evolução ocorrida em todo o mundo nos últimos
anos. A população atendida pelos bancos cresce a cada dia e os seus serviços
estão cada vez maiores. A intermediação dos bancos inclui salários, contas de
serviços públicos, impostos, empréstimos, financiamentos e outras operações.
A evolução ocorrida no trabalho bancário não parece muito promissor.
No passado, o trabalho bancário oferecia certo grau de "status", era visto como
um trabalho intelectual e, as exigências para o ingresso no setor iam até o
32
diploma de contabilidade. Nos dias atuais, o que se percebe são trabalhos
rotineiros, parcelados, repetitivos. Devido a evolução dos dias atuais os bancos
passaram a adotar programas de gestão de qualidade total, idealizando para
melhorar sempre a qualidade de seus produtos, serviços, principalmente a
qualidade no atendimento.
Em sentido a qualidade no atendimento bancário pode ser definida
como atendimento focado exclusivamente no cliente, definindo qualidade em
termos de satisfação. Dessa forma com a qualidade focada no cliente o banco
só chega a um atendimento de excelência quando seus produtos e serviços
superam as expectativas do cliente.
A filosofia da qualidade e principalmente no atendimento bancário se
consolidou como gestão organizacional através do princípio de que são os
clientes e usuários que decidem se o atendimento está ou não de acordo com
suas expectativas. Os produtos bancários são os mesmos, então o diferencial
será no atendimento ao cliente. Por isso, os clientes decidem se o atendimento
está satisfazendo as suas necessidades através de um atendimento bem
realizado.
Segundo WHITELEY (1992), proporcionar uma qualidade onde o
cliente a define é:
“Compreender plenamente ambas as dimensões da qualidade:
qualidade do produto e qualidade do serviço. Se você é um cliente, a qualidade
do produto é o que você obtém. A qualidade do atendimento bancário se
corretamente entendida, pode se transformar numa arma altamente efetiva,
um meio de criar e sustentar a vantagem competitiva” .
Segundo FLEURY (1983), as empresas bancárias caracterizam-se por
pertencer aos chamados conglomerados financeiros, ou seja, a grupos que
englobam, além do banco comercial, seguradoras, bancos de investimentos,
crédito imobiliário.
33
Os bancos vem passando por um grande desenvolvimento tecnológico,
mas apesar desse desenvolvimento ocorrido no setor bancário, apesar das
facilidades oferecidas aos clientes, o setor não tem oferecido o nível de
qualidade que seja proporcional a este desenvolvimento, que desejada pelo
cliente. As expectativas dos clientes pela qualidade dos serviços bancários
estão cada vez mais acentuadas.
Sendo assim, a qualidade do setor bancário, no que se refere à
qualidade do atendimento, deve ser caracterizada a partir do ponto de vista do
cliente. O que deve ser levado em conta é a percepção que o cliente tem do
serviço que lhe é prestado.
Para obter a qualidade no atendimento bancário, na percepção dos
clientes de uma agência bancária, no que diz respeito aos atendimentos
prestados, identifica atributos, que os clientes consideram importantes. No que
diz respeito à eficiência, os atributos identificados são a rapidez, o
conhecimento, a paciência e o discernimento.
Para o cliente, ser atendido com eficiência é ter funcionários que
trabalhe com rapidez, porém com cortesia, também considera importante o
conhecimento das orientações, das explicações, que o funcionário seja claro ao
orientar. É preciso também ter paciência com o cliente, sendo o mais breve
possível ao atendê-lo, se mostrar interessado em atender todas as
necessidades.
Portanto qualidade no atendimento bancário é a filosofia de gestão que
procura alcançar o sucesso no atendimento buscando atender as necessidades
dos clientes e a máxima satisfação das expectativas dos mesmos no processo
de atendimento da empresa tendo como alvo à busca do sucesso.
Conforme WITELEY (1992) conheça os seus clientes como sua própria
família, satisfaça-os completamente, e você alcançará o sucesso, se uma ação
não está indo de encontro à necessidade do cliente, simplesmente a elimine.
34
Para o banco possuir uma qualidade de atendimento e principalmente
mantê-la, ela deve se preocupar com algumas questões tais como: explicitar
seus objetivos e estratégias no atendimento com seus colaboradores; possuir
uma direção aberta a mudanças, visando atender as tendências de mercado;
estabelecer um clima de cooperação, confiança e participação de todos,
tentando resolver ou pelo menos amenizar os problemas que surgirem visando
assim garantir um ambiente sadio de trabalho; avaliar sistematicamente as
necessidades e expectativas de seus clientes para oferecer-lhes um serviço
que gere satisfação; tomar decisões apoiada em fatos e dados analisados;
apontar os indicadores que acompanham a qualidade no atendimento e avaliá-
los também de forma sistemática; estar atenta ao ambiente de negócios,
avaliando seus concorrentes e percebendo o que deve ser alterado para
melhor atendimento de seu cliente; preocupar-se com o ambiente interno e
externo da organização, promovendo reuniões constantes para preparar a
equipe de trabalho, reduzir a burocracia para seus clientes e, dispor de meios
de comunicação mais ágeis e eficientes que venham a melhorar a
comunicação e dar todo suporte necessário para seus clientes.
Uma empresa que busca a qualidade no seu atendimento e posterior o
sucesso, ela deve estar atenta a cinco dimensões da qualidade no atendimento
tais como: qualidade intrínseca, custo, atendimento, entrega, moral e
segurança.
Qualidade Intrínseca são características técnicas de atendimento que
podem ou não atender as necessidades e expectativas dos clientes. No banco,
a qualidade intrínseca está ligada à capacitação da equipe envolvida no
atendimento. Um atendimento com qualidade é quando o colaborador, além de
estar capacitado para realizar o atendimento, e até mesmo induz o cliente para
o retorno ao banco, contratando ou adquirindo novos produtos e serviços da
mesma, estimulando sua fidelidade.
Sendo assim, o banco está totalmente comprometido em proporcionar
um excelente atendimento ao cliente e ele é o principal centro de atenção em
35
toda organização e todos os funcionários estão cientes e comprometidos com a
visão de excelência em atendimento ao cliente.
36
3.4 Foco no Cliente
As organizações dependem de seus clientes e, assim, precisam
compreender as suas demandas presentes e futuras, atendendo suas
exigências e lutando para superar as expectativas. Portanto quando se fala em
ter uma organização focada no cliente significa definir as estratégias da
empresa e influenciar toda a cultura da mesma para tal atendimento.
Para SHETH (2001) ganhar dinheiro é necessário, não um objetivo. É
na realidade, o resultado final, é um efeito desejável, de se criar um cliente
satisfeito, se um número suficiente de clientes ficar insatisfeito, não só eles
deixarão de comprar da empresa, mas toda a sociedade a condenará e poderá
até penalizá-la a ponto de provocar sua extinção.
O foco no cliente requer compreender toda a demanda e expectativa
dos clientes assegurando que os objetivos da organização estejam ligados
compartilhando internamente com tais demandas e expectativas. Para tanto, é
importante avaliar constantemente o nível de satisfação de seus clientes,
procurando agir de forma preventiva e corretivamente.
A única forma correta de administrar uma companhia e a forma mais
rentável consiste em saber a opinião dos clientes. Siga está prática e a maioria
dos clientes não acabará insatisfeita. Dê ouvidos tanto para quem está
satisfeito como para quem não está, e use as informações para melhorar ainda
mais a experiência de seus clientes.
Segundo WHITELEY (1992), os clientes são definidos como externos
ou finais internos e intermediários. Os clientes externos são aqueles que
compram os serviços e os produtos da organização e os clientes internos são
os que trabalham para prestar os serviços ou fabricar os produtos que estes
clientes externos adquirem. Já os clientes intermediários são aqueles que
distribuem o produto, ou seja, são os distribuidores ou até mesmo
37
revendedores que repassam seu produto para o consumidor final. Escolher os
clientes corretos costuma ser o primeiro grande desafio para uma empresa.
Whiteley cita duas necessidades que devem ser alcançadas para que a
empresa possa possuir qualidade no atendimento:
“... Os clientes têm necessidades a que você consegue atender e os
recursos que garantam a sua adequada remuneração pelo atendimento que
sua organização possui, ou pode criar, forças básicas que lhe permitam ganhar
uma participação rendosa do mercado pelo preenchimento dessas
necessidades melhor do que os outros”.
Fica explicitada a necessidade de que se deve estar em constante
busca para atender as necessidades de nossos clientes da melhor forma
possível. Deste modo podemos obter uma participação significativa no
mercado e nos sobrepor aos nossos concorrentes alcançando assim o sucesso
desejado por todo o banco.
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CONCLUSÃO
Este trabalho ressaltou a importância do planejamento estratégico para
a gestão das organizações na atualidade. Para isso, os autores apresentaram
cada um dos elementos do ciclo de planejamento, enfocando como são
formulados e implementados, assim como sua função para a gestão das
empresas. O diagnóstico estratégico, a definição das diretrizes organizacionais,
a concepção e a implementação da estratégia foram abordados, mostrando
que o planejamento, se bem aplicado, pode tornar a gestão empresarial mais
competitiva, atuando como um instrumento de comunicação, de
acompanhamento e principalmente de promoção do aprendizado nas
organizações.
Percebemos que o ambiente onde as empresas desenvolvem seu
processo de planejamento mudou muito nos últimos anos. A globalização dos
mercados, a intensificação das redes e das parcerias, a ampliação das
exigências dos clientes, a diferenciação ampliada dos produtos e o aumento da
concorrência são alguns dos fatores que influenciam a prática do planejamento
nas empresas. Tais mudanças podem até conduzir os gestores a questionar a
própria viabilidade da aplicação do planejamento. Será que é possível planejar
diante de tanta incerteza e mudança? Buscamos mostrar que sim. O
Planejamento é hoje mais do que nunca necessário à gestão da empresa.
Entretanto, para colocá-lo em prática de forma efetiva, é preciso que o gestor
conheça bem cada um de seus elementos, suas funções e seus limites. É
fundamental que saiba utilizar bem os seus instrumentos e, mais do que tudo,
que seja flexível o bastante para perceber que planejar nem sempre é o
contrário de fazer. No planejamento se começa fazendo o que é necessário,
depois o que é possível e de repente, se estará fazendo o impossível.
Este trabalho procurou apresentar uma metodologia de avaliação para
ser aplicada no serviço bancário. Esta metodologia foi desenvolvida tendo
como base os fundamentos na excelência na qualidade no atendimento
bancário. A característica principal desta proposta é a consideração da
39
percepção do cliente, que deve ser levada em conta durante todo o processo
de avaliação.
Esses resultados obtidos, foram importantes para avaliar a qualidade
no atendimento dos serviços prestados pelos bancos, análise dos pontos fortes
e fracos no atendimento bancário e dar sugestões para melhoria no
atendimento bancário.
Com a conclusão do presente trabalho, podemos afirmar que todas as
hipóteses levantadas são verdadeiras e que as mesmas podem ser utilizados
para embasar novos estudos no sentido de melhorar os processos de qualquer
agência bancária.
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BIBLIOGRAFIA
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KELLEY, Eugene J. Mercadologia - Estratégias e Funções. 2 ed. Rio de
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