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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Por: Clarimar Pereira do Prado
Orientador
Prof. Ms. Marco A. Larosa
Niterói
2006
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como condição prévia para a
conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”
em Docência do Ensino Superior em Marketing. São
os objetivos da monografia perante o curso.
Por: Clarimar Pereira do Prado.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, autor e
consumador da minha vida e minha fé, por mais
uma benção obtida. A minha mãe pelo amor que se
manifestou de forma plena ao me apoiar, a minha
esposa e ao meu filho pelo carinho que me
transmitiram sem cessar.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha mulher Andressa, que
tanto amo, por ter me apoiado incondicionalmente
durante essa caminhada. Também ao Christian meu
filho, pela benção que é em minha vida.
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RESUMO
O trabalho em tela trata de Qualidade na Prestação de Serviços, e
tem como estudo de caso o Banco Bradesco S/A, e esta pesquisa teve também
o objetivo de analisar como é importante um funcionário da área de mercado
financeiro se preparar para fazer um atendimento de qualidade, e como o
treinamento é importante para que isso ocorra. Percebemos que o problema de
se manter uma qualidade constante neste mercado é um fator diferencial, para
isto então oferecemos soluções simples, como a garantia de qualidade para
fidelização dos clientes. E quais são as melhores maneiras que as empresas
encontraram para fazer um atendimento o mais perfeito possível. Tendo em
vista o crescimento da concorrência em termos de qualidade de produto e
qualidade de atendimento aos clientes, sendo hoje este fator muito importante
para a sobrevivência das organizações. Assim sendo observou-se a relevância
de tal análise.
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METODOLOGIA
O presente trabalho tem como objetivos abordar os pensamentos de
vários autores sobre a Qualidade em Serviços e descrever observações em
campo, de acordo com a rotina de trabalho.
Serão abordados temas reais e importantes para o bom funcionamento
do Atendimento e sua Qualidade, de forma descritiva, fornecendo dados
referentes ao tema, de acordo com a vivência e de vários autores renomados.
Como complemento, uma pesquisa de campo a partir da observação
dos dados coletados, ilustrará a importância da Qualidade nos Serviços para a
fidelização de seus clientes. Apostilas, circulares e o próprio site do banco
servirão também de material de apoio para este trabalho.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Serviços Bancários 10
CAPÍTULO II - Qualidade hoje nos Bancos 19
CAPÍTULO III – Atendimento 34
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43
ÍNDICE 45
FOLHA DE AVALIAÇÃO 47
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INTRODUÇÃO
Um número cada vez maior de organizações têm passado pela
dificuldade de unir quantidade à qualidade. Elas dedicam-se às vendas, porém
não formam base sólida para um relacionamento duradouro entre elas e os
clientes. Os lucros obtidos por um bom programa de vendas faz que as
empresas deixem de lado o investimento necessário na qualidade no
atendimento (serviços), e assim, caem no erro de lucrar bastante no primeiro
momento e quase nada no segundo. È preciso que as empresas tenham como
meta um maior investimento no atendimento para fidelizar clientes e alavancar
suas vendas.
Os profissionais da organização devem acabar com o pensamento de
que os clientes são apenas uma massa que está sempre presente em algum
lugar. Os clientes são vistos como números. Quando alguém deixa de ser um
cliente, há sempre outros novos clientes potenciais para ocuparem o seu lugar.
Esse tipo de relacionamento é um relacionamento numérico em que tanto
clientes, como indivíduos e organizações, são apenas números e estatísticas.
É claro que isto não é verdade. Cada cliente cria um relacionamento com a
organização, que a empresa deve desenvolver e manter. Não é algo garantido,
mas conquistado. Esse deve ser o maior interesse da empresa: cativar seus
clientes para que se tornem fiéis.
Com base neste erro, pode-se verificar algumas alternativas para trazer
o sucesso aos negócios, enfocando sobre a qualidade no serviço prestado ao
cliente, mostrando que esse não é apenas um detalhe, mas a grande alavanca
para o crescimento econômico da instituição.
È importante que os funcionários da empresa estejam cientes de sua
função e queiram colaborar para que esse relacionamento da empresa com os
clientes possa existir.
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Para tanto, é preciso um certo investimento em um outro
relacionamento: o de patrão e empregado. O empresário deve ter em mente
que, proporcionando o ambiente ideal de trabalho para seus funcionários, e
esse ambiente não deve ser só o físico, como também o psicológico, ele estará
motivando-os a se aliarem a ele.
Esta é a base sólida: relacionamento, calçada nesta base, as empresas
estarão prontas para alcançar sua metas, que devem ser todas voltadas para
uma maior qualidade na prestação dos serviços e, assim, um maior retorno.
Com a intensa competitividade, as empresas devem lançar mão de novos
critérios e objetivos, porém elas devem buscar mais criatividade na hora de
traçá-los. A qualidade no atendimento tem sido assim fator determinante em
quase todas as instituições.
Uma cultura empresarial voltada para o cliente, um sistema de serviço
bem projetado e competente, utilização da informação e tecnologia são
essenciais par uma boa propaganda e uma excelente qualidade dos serviços.
Com tal excelência, a valorização por partes dos clientes será mais provável e
a propaganda boca-a-bocaserá um trunfo na mão da empresa.
Apresentar-se-á vários autores que defendem e comprovam que a
qualidade na prestação de serviço é a chave que move a grande alavanca de
uma empresa e é garantia de sucesso prolongado.
Toma-se como exemplo o Banco Bradesco S/A, suas metas e
alternativas, para que o cliente esteja sempre satisfeito e que permaneça com
o seu vínculo.
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CAPÍTULO I
SERVIÇOS BANCÁRIOS
Serviço é um ato ou desempenho oferecido por uma organização ao
cliente. Embora o processo possa estar ligado a um produto físico, o
desempenho é essencialmente intangível e normalmente não resulta em
propriedade de nenhum dos fatores de produção.
1.1- NATUREZA DOS SERVIÇOS
Segundo Kotler (1996), os serviços são intangíveis, não podem ser
tocados. Porém alguns serviços, para serem realizados, precisam da presença
do cliente. É o exemplo do barbeiro executando um corte de cabelo, ou uma
consulta médica. Outros serviços, como conserto de um televisor, não
precisam da presença do cliente. Se o cliente tiver que estar presente na
execução do serviço a empresa deverá tomar alguns cuidados para agradar o
cliente, como a decoração, música ambiente, uma conversa amena, se a
empresa não tomar os devidos cuidados, certamente perderá clientes para a
concorrência.
Assim, o autor verifica quatro características importantes que afetam
grandemente o programa de marketing dos serviços, que são: intangibilidade,
inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade:
Dessa forma o serviço é intangível - não podendo ser tocado, ou
estocado, não podendo ser repassado a outras pessoas. Para que se possa ter
um serviço realizado sem que se arrisque, os clientes devem procuram se
informar antes de utilizar aquele serviço. Inseparabilidade - os serviços são
produzidos e consumidos simultaneamente, não se pode separar o serviço do
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cliente. Como exemplo, está o barbeiro, que não tem como cortar o cabelo de
uma pessoa sem que ela esteja presente. Variabilidade - os serviços são feitos
de maneiras diferentes e por pessoas diferentes, cada empresa trabalha de
maneira diferente da outra, porém com o mesmo fim. Perecibilidade - serviços
não podem ser estocados, em um vôo para uma determinada região do país,
se o cliente perder a hora ele não poderá pegar mais aquele avião e nem
aquele vôo, pois não se pode estocar para outra hora esses serviços. De
acordo com Grönroos (1993, apud Chiavenatto, p. 683, 1999):
“Um serviço é um fenômeno complexo. A palavra tem muitos
significados, variando de serviço pessoal a serviço como um produto.
Uma máquina, ou quase qualquer produto, pode ser transformado
em serviço para um cliente, se a empresa fizer esforços de
desenvolver uma solução sob medida para atender às demandas
mais detalhadas daquele cliente. Uma máquina é ainda um bem
físico, é claro, mas a maneira de servir o cliente com uma máquina
adequadamente projetada é um serviço”.
O serviço é uma atividade que pode ser vendida, gerando benefícios e
satisfações. Os serviços ocupam lugar de grande importância dentro da
economia, seja pela posição que ocupam, através da participação no Produto
Interno Bruto, seja na geração de empregos e pelas transformações que a
economia mundial está experimentando.
1.2- AGRUPAMENTO DOS SERVIÇOS
O setor de serviços é incrivelmente variado e com uma simples
consulta às Páginas Amarelas pode-se constatar essa variedade. Eles
podem ser agrupados por ramo de atividade, porém as atividades
apresentadas em cada área variam de autor para autor. Esses
agrupamentos nos ajudam a definir produtos principais oferecidos pela
empresa e entender tanto as necessidades do cliente como a concorrência.
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Segundo Lovelock (2001, p. 32) os serviços podem ser classificados
por:
· Grau de Tangibilidade ou Intangibilidade: O serviço realiza algo físico e
tangível, como serviços de refeição ou lavagem a seco, ou seus
processos envolvem uma parcela maior de intangibilidade, como
lecionar ou telefonar? Segundo Las Casas (1997), a intangibilidade
significa que os serviços são abstratos.
· Destinatário direto do processo de serviço: Serviços dirigidos aos
próprios clientes, como cortes de cabelo ou transporte público. Alguns
buscam o serviço, mas não se envolvem diretamente no processo de
entrega do mesmo, apenas aproveitando seus benefícios, como na
lavagem a seco, ou na restauração de um móvel.
· Lugar e Tempo de entrega do serviço: O cliente precisa visitar a
organização de serviço em suas instalações ou o serviço deve ir até o
cliente? Ou até mesmo, se deveria ocorrer a interação por canais físicos,
como correio, por exemplo?
· Personalização versus Padronização: Todos os clientes devem receber
o mesmo serviço ou as características do serviço devem ser adaptadas
para satisfazer as necessidades individuais?
· Natureza da relação com os clientes: Alguns serviços envolvem uma
relação formal na qual cada cliente é monitorado pela organização,
como no banco ou no médico, por exemplo, outros, no entanto, clientes
não identificados empreendem transações passageiras e depois
desaparecem, como no caso dos ônibus e do salão de beleza.
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· Medida na qual a oferta e a demanda estão em equilíbrio: Alguns ramos
de serviços encontram demanda constante por seus serviços, ao passo
que outros enfrentam flutuações importantes.
· Medida na qual instalações, equipamentos e pessoal participam da
experiência de serviço: As experiências dos clientes com os serviços
são moldadas em parte, pela medida na qual eles são expostos a
elementos tangíveis ou no sistema de entrega do serviço. Um ônibus
que pegamos é muito tangível, o amável motorista humaniza a viagem,
já nosso banco só nos dá um extrato mensal ou máquinas para tirarmos
nosso próprio extrato.
Segundo Las Casas (1997, p. 43), os serviços são, ainda, inseparáveis,
referindo-se a outro importante determinante mercadológico de
comercialização. Não se pode produzir ou estocar serviços como se faz
com bens. Geralmente, os serviços são prestados quando vendedor e
comprador estão frente a frente. Por isso é necessário uma capacidade de
prestação de serviços antecipada.
Ainda de acordo com Las Casas, os serviços podem ser heterogêneos,
referindo-se à impossibilidade de se manter a qualidade do serviço
constante; e simultâneos, pois a produção e o consumo ocorrem ao mesmo
tempo e, sendo assim, será necessário sempre considerar o momento de
contato com o cliente como fator principal de qualquer esforço
mercadológico.
Essas classificações nos levam a indagar: O que faz realmente a
operação de serviço? Que tipos de processos estão envolvidos na criação
do produto principal que oferecemos aos clientes? Onde os clientes se
encaixam em na operação?
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As respostas podem ser diferentes dependendo da natureza do
processo subjacente necessário para criar e entregar um determinado
serviço.
1.3 - O SERVIÇO COMO PROCESSO
Segundo Lovelock (2001, p. 34), “processo é um método particular de
operação ou uma série de ações, normalmente envolvendo múltiplos passos
que muitas vezes precisam acontecer em uma seqüência definida”.
Os processos de serviço vão de procedimentos relativamente simples,
que envolvem apenas alguns passos, como encher um tanque de um carro,
até atividades altamente complexas, como transportar passageiros num vôo
internacional.
Um processo envolve a transformação de insumos produtos. Em
alguns casos os próprios clientes são os principais insumos no processo de
serviço, como no corte de cabelo, por exemplo; em outros casos, o insumo
principal é um objeto, como um computador com defeito. Em alguns serviços
o processo é físico: alguma coisa tangível acontece, mas em serviços
processados com informações, o processo pode ser intangível.
As pessoas procuram serviços dirigidos a elas próprias, como serem
transportadas, alimentadas, etc., por exemplo. Para receberem esses tipos
de serviços, os clientes precisam entrar fisicamente no sistema de serviço,
precisam entrar na fábrica de serviço, o local físico onde pessoas ou
máquinas criam e entregam benefícios de serviços aos clientes.
Muitas organizações de serviços atualmente apresentam níveis de
contato bem mais elevados do que os teoricamente necessários para prestar
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o serviço em questão, o que pode refletir preferências do cliente por serviços
com pessoal de contato com o cliente.
Muitos problemas de serviço giram em torno de incidentes
desagradáveis entre clientes e pessoal de serviços. O desafio para os
profissional de serviços é ser flexível, tratando cada pessoa mais como um
indivíduo do que como um clone do cliente anterior.
1.4 – RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
Segundo Kotler (1995), as empresas tradicionais se preocupavam
apenas em atrair o cliente e vender. Porém os tempos mudaram, e o que se
tem percebido é que o método de atrair e desenvolver o relacionamento com
os clientes tem sido o ponto chave de sucesso de grandes empresas. Tornar o
cliente da empresa fiel é uma tarefa árdua mais compensadora, pois, fazer com
que ele tenha satisfação e confiança no trabalho da sua empresa demanda
tempo e dinheiro. No passado, as empresas adotavam, segundo o autor, a
teoria do balde furado, que era encher sempre o balde com novos clientes e,
por sua vez, o atendimento ruim fazia com que os clientes antigos saíssem
pelos buracos existentes nele, indo direto para a concorrência. Essas fugas
também podem ser visualizadas por: falta de treinamento, serviço de qualidade
duvidosa, e por parte dos funcionários. Porém, no mercado atual, com muitos
concorrentes e com a economia lenta, as empresas não podem se dar ao luxo
de perderem clientes.
Kotler (1995), defende ainda que o marketing tem sido importante, pois
com ele se pode criar, para os clientes atuais, um relacionamento duradouro,
fortificando um elo maior com o cliente. Pode-se assim chegar à fidelidade
dele. Porém, a realidade percebida é que, fazer o consumidor ser fiel não é
tarefa fácil para as empresas mais é possível, haja vista os recentes trabalhos
publicados na área.
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1.5 – VALOR VITALÍCIO
Segundo Kotler (1995), o valor vitalício é o quanto uma certa pessoa, ou
seja, o cliente, representa para aquela empresa em termos econômicos
(dinheiro). Quanto uma pessoa vale, por exemplo, para um supermercado,
durante toda a sua vida, ou seja, quanto uma certa pessoa gasta em compras
durante toda a sua vida. Assim Kotler (1995, p.08) registrou que:
“Para a General Motors ou a Ford, o valor de um cliente da vida
inteira pode ser superior a 340 mil dólares. Assim trabalhar para reter
clientes faz sentido na economia. Uma empresa pode perder
dinheiro com uma transação específica, mas mesmo assim se
beneficiará muito com um relacionamento em longo prazo”.
Para o autor, atrair os clientes ainda é tarefa do marketing, além de ter a
percepção do que o cliente quer ou precisa de determinado produto ou serviço.
Porém, é um trabalho que poucos sabem fazer, mais todos precisam, pois este
será um dos caminhos que levará a empresa a ter sucesso. Não apenas para
viver, mais sim o sucesso de crescer no mercado em que esta projetada.
Mesmo com toda a informação, os clientes se perguntam, por que alguns
serviços são prestados de forma tão deficiente? Por que as pessoas o fazem
com um desempenho tão medíocre, muito abaixo do esperado? Por que são
tão frequentes as reclamações dos clientes externos quanto à qualidade dos
atendimentos? Quantos clientes as empresas deixam escapar por não estarem
atentas a isso?
Para Berry (1995), as pessoas estão inclinadas a achar que o
treinamento mal feito ou seleção ruim são as causas para um atendimento de
baixa qualidade. Esta visão não é completa, pois não adianta somente colocar
a culpa na falta de treinamento ou até mesmo por a culpa nos funcionários,
mandando embora e contratando outros, o problema pode está na estrutura da
empresa. Em grande parte, a culpada por um atendimento ruim é a empresa, e
a péssima qualidade do atendimento se deve a falta de treinamento, e esta
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falta de treinamento cria uma barreira e uma queda muito grande na qualidade
do atendimento.
Conforme o autor informa, é necessário verificar melhor o que seria,
para a empresa, uma boa qualidade de atendimento, verificando o mercado e o
clima em que as empresas estão inseridas. Com isso há uma grande
possibilidade de que as empresas verifiquem que elas próprias são culpadas
da falta de qualidade e atendimento na sua organização.
O autor defende que, para que o funcionário faça um atendimento de
qualidade é preciso que ele tenha treinamento e que ele mesmo confie em seu
potencial, pois, fazer um atendimento de qualidade é questão de conhecimento
e de habilidade. Dessa forma para que essa qualidade se verifique são
necessários recursos disponíveis para treinamento. Realizar um bom
atendimento sem duvida é uma questão de sensibilidade, calma e satisfação
de quem está atendendo. Em muitos casos o clima organizacional é um
péssimo incentivo para a equipe de vendas criando, assim uma barreira para o
bom atendimento, pois eles associam o clima da empresa e transportam para
os seus serviços, produzindo assim uma qualidade de atendimento duvidosa.
Segundo o que Berry, Leonardo L. (1995, p.75) registrou :
"Os clientes são os únicos juizes da qualidade do serviço. A
administração pode pensar que o serviço da empresa é ótimo, mas,
quando os clientes discordam dessa idéia, é porque há algum
problema."
1.6 - SATISFAÇÃO DO CLIENTE
Para Berry (1995), O cliente vem sempre em primeiro lugar. Apesar de
ser frase popular, ela exprime uma postura indispensável para que qualquer
organização alcance o êxito. O objetivo comum a todas as empresas é fornecer
soluções para as necessidades de seus clientes, assim seu sucesso resultará
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em fazer com que seu cliente fique satisfeito. Para fazer com que isso
aconteça, é necessário contar com técnicas e ferramentas que as permitam,
primeiramente, identificar quais são os requisitos desejados pelos clientes e em
seguida, medir e monitorar como atender esses requisitos. Assim Berry,
Leonardo L. (1995, p.81) registrou que:
“As companhias podem administrar com eficiência as expectativas
cuidando das promessas de serviço que fazem, executando o
serviço de modo confiável e comunicando-se eficazmente com os
clientes”.
Para o autor, o grande diferencial de algumas empresas está no fato de
que elas possam medir e monitorar a satisfação dos clientes, e, de posse
dessas informações, possam melhorar de forma expressiva a satisfação deles.
Em até pouco tempo, este tipo de monitoramento era feito somente pela classe
executiva da empresa, de uns anos para cá isso virou função de todos na
organização. Essa nova visão cria uma grande oportunidade para que todos na
empresa possam dar suas opiniões para o melhor atendimento, contribuindo de
forma expressiva. Seria lamentável implantar a medição da satisfação dos
clientes apenas para cumprir com uma exigência do mercado, dessa forma é
importante que as empresas realmente acreditem que este fator é importante
para elas. Essa implantação tem como objetivo demonstrar como ficar
competitiva a organização, em relação ao mercado, na medida em que o
cliente satisfeito continuará comprando os produtos e serviços, também
recomendará a seus conhecidos. É um fato comprovado para a literatura que
custa 10 vezes mais obter um novo cliente que reter um cliente atual. Assim a
satisfação do cliente, junto com a melhoria contínua, tornam os objetivos mais
importantes de qualquer sistema de gestão da qualidade.
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CAPÍTULO II
QUALIDADE HOJE NOS BANCOS
A palavra “qualidade” tem vários significados, dependendo de como é
utilizada. O cliente, ou consumidor, não está preocupado com os conceitos de
qualidade, ele quer um produto ou serviço que satisfaça as suas necessidades
pessoais, algo que resolva seus problemas.
De acordo com Cobra (1992, p. 375), se o produto ou material vendido é
de má qualidade, não há, realmente, serviço que possa dar satisfações ao
consumidor. Manter ou reparar um aparelho ou produto de má qualidade não é
assegurar um serviço, é reparar um prejuízo.
É preciso distinguir a diferença entre má qualidade oriunda do processo
inadequado de fabricação – quando o fabricante, intencionalmente, com o fim
de lucro a curto prazo, utiliza materiais ou componentes de Segunda qualidade,
pessoal não qualificado, negligencia os controles de qualidade etc. – e má
qualidade ocasional, surgida talvez de um infeliz concurso de circunstâncias de
insuficientes precauções.
Seria útil então dar-se uma definição mais precisa de conjunto de
qualidade; mas essa conceituação torna-se difícil e complicada na prática, em
virtude de a noção de qualidade ser muito relativa. Observe-se que, numa
economia de mercado, a produção em grande escala de produtos
manufaturados obriga os fabricantes a procurarem um compromisso “preço-
características “ ou, como é chamado muitas vezes, “preço-qualidade”, uma
vez que, em face do grande número de componentes, fica comprometida a
longa durabilidade do produto final. O autor afirma que na falta de uma
definição mais objetiva, considera-se uma “qualidade normal” para certo nível
de preço. A palavra Qualidade é tomada em sentido mais amplo, incluindo o
conjunto das características técnicas, comerciais e de serviços. Assim, em
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certo nível de preço, o produto pode ser considerado dentro de uma qualidade
normal ou abaixo da normal.
Segundo Chiavenato (1999, p. 676) “qualidade é a capacidade de
atender, durante todo o tempo, às necessidades do cliente”. Segundo Juran
(1988 apud Chiavenato, p. 676, 1999), “qualidade é uma adequação à
finalidade ou uso”.
Assim, pode-se definir qualidade como o total das características e
aspectos de um produto ou serviço importantes para a satisfação das
necessidades exigidas quando em uso, do cliente.
A introdução dos modernos conceitos de qualidade ocorreu com o
americano W. Edwards Deming, convidado a ensinar os padrões americanos
de administração aos industriais japoneses, em um país totalmente destruído
pela guerra. Graças aos seus ensinamentos, a qualidade passou a ser uma
preocupação prioritária na base das organizações japonesas.
Um outro americano, Juran, levou aos japoneses as primeiras técnicas
para fazer a qualidade ocorrer nas organizações, deixando de ser preocupação
com a produção e tornando-se a prioridade em todos os níveis e áreas da
administração das organizações japonesas.
Deming e Juran somente se tornaram conhecidos em território
americano muitas décadas depois. Deming legou o controle estatístico da
qualidade e o impulso para a melhoria contínua, e Juran, a chamada
administração da qualidade total.
A abordagem administrativa mais recente é o compromisso com a
qualidade. Isso significa adequação entre as características do produto ou
serviço e as expectativas do cliente ou consumidor. Mais do que isso, algumas
organizações não se contentam em atender simplesmente às expectativas do
consumidor, querendo ultrapassá-las e encantar os clientes.
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“As organizações não existem no vácuo. Elas operam em um ambiente altamente competitivo e dinâmico. No mundo moderno, qualquer que seja a organização – uma escola, uma fábrica, um hospital, um banco, uma companhia aérea, uma repartição pública – a competição constitui a mola mestra dos negócios. A competição por estudantes, recursos, pacientes, clientes, passageiros, fundos, é intensa. Quase nenhuma pessoa hoje precisa ser convencida de que a qualidade representa a mais importante das armas competitivas de uma organização. No mundo todo, organizações de todas as bandeiras – americanas, inglesas, alemãs, francesas, japonesas, coreanas, etc – utilizam a qualidade de modo estratégico para ganhar clientes, obter vantagens em recursos ou fundos de negócios e ser competitivas. Além disso, a preocupação com a qualidade traz conseqüências saudáveis para a organização: ela melhora o desempenho em produtividade, confiabilidade, entrega e preço. (Oakland, 1989 apud Chiavenato, p. 674, 1999)”.
Qualidade se faz com a participação e o fortalecimento das equipes
envolvidas, sobretudo com pessoas capacitadas, treinadas, lideradas,
motivadas e plenamente conscientes de suas responsabilidades. Neste
sentido, a qualidade é, sobretudo, um estado de espírito que reina dentro da
organização.
Segundo Campos (1990, p.73), a garantia da qualidade é uma
conquista; é um estágio avançado de uma empresa que praticou de maneira
correta o controle da qualidade em cada projeto e em cada processo e
conseguiu manter um sistema confiado de produção de serviços que
satisfazem totalmente seus consumidores.
O autor afirma que a garantia da qualidade é conseguida pelo
gerenciamento correto e obstinado de todas as manifestações da qualidade
em cada projeto e cada processo, buscando sistematicamente eliminar
totalmente as falhas, pela constante preocupação com a satisfação total do
consumidor (antecipando seus anseios) e pela participação e
responsabilidade de todos na empresa.
A garantia da qualidade é um processo sistemático de verificação
para certificarem de que a inspeção da qualidade e as operações de controle
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da qualidade estão sendo conduzidas de forma correta, além de verificar
também se os setores de projeto, produção e vendas estão trabalhando no
sentido de manter o nível de qualidade objetivado. É também importante na
garantia da qualidade que a alta administração da empresa seja
metodicamente informada das atividades e resultados na inspeção da
qualidade e das operações de controle de qualidade.
Como já foi mencionado, o controle da qualidade é imprescindível
para manter um sistema de produção confiável. De acordo com Campos
(1999, p. 15), numa era de economia global não é mais possível garantir a
sobrevivência da empresa apenas exigindo que as pessoas façam o melhor
que puderem ou cobrando apenas resultados. Hoje são necessários
métodos que possam ser utilizados por todos em direção aos objetivos de
sobrevivência da empresa. Estes métodos devem ser aprendidos e
praticados por todos.
2.1 – QUALIDADE TOTAL
Uma definição universalmente aceita do que significa qualidade total é
difícil de ser encontrada. Pode significar o controle estatístico de qualidade
ou sistemas de qualidade; ou o trabalho em grupo e o envolvimento do
pessoal. Oakland (1989 apud Chiavenato, 1999, p.684) “salienta que a
filosofia da qualidade total reconhece a satisfação do cliente, os objetivos da
empresa, a segurança e considerações ambientais como aspectos
interdependentes e aplicáveis a qualquer organização”. A qualidade total,
segundo Chiavenato (1999, p. 685):
“É uma filosofia de gestão que pressupõe o envolvimento de todos os membros de uma organização em uma constante busca de auto-superação e contínuo aperfeiçoamento – o envolvimento e participação de todas as pessoas em todos os níveis da organização e a busca da melhoria constante e contínua. Essa filosofia traz resultados concretos, como o comprovam as empresas bem-sucedidas do mundo atual”.
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O termo qualidade total é usado para descrever o processo de fazer
com que os princípios da qualidade constituam parte dos objetivos
estratégicos da organização, aplicando-os a todas as operações, com um
melhoramento contínuo, focalizando as necessidades do cliente.
Las Casas (1997, p. 82), faz menção a Albrecht, quando afirma que
proporcionar Qualidade Total em serviços é “uma situação na qual uma
organização fornece qualidade e serviços superiores a seus clientes,
proprietários e funcionários”. A Qualidade Total em serviços engloba, além
dos clientes externos, todos que com ela interage, ou seja, funcionários e
administradores. A razão disso é que os serviços, sendo atos,
desempenhos, ação, pressupõem que cada pessoa próxima ao indivíduo é
considerada um cliente. Em decorrência, uma organização deve satisfazer
necessidades, resolver problemas e fornecer benefícios a todos que com ela
interagem, e isto significa considerar clientes, proprietários, como também
todas as demais entidades de um mercado.
Existem várias abordagens para a administração da Qualidade Total
sendo experimentadas e implementadas em todo o mundo. Quase todas
insistem no fato de que esse compromisso se aplica aos esforços de todas
as pessoas na organização e a todos os aspectos das operações.
A Qualidade Total é organizacionalmente ampla, ultrapassando todos
os departamentos funcionais, focalizando a qualidade dos processos que
levam ao produto ou serviço, sendo um processo de melhoria contínua.
A Qualidade Total requer total apoio da alta administração e o
envolvimento de todas as pessoas no esforço pela qualidade, focalizando o
cliente, o usuário, o consumidor, repousando sobre soluções de problemas e
envolvendo uma abordagem de equipes. A implementação da Qualidade
Total envolve o uso de muitas técnicas. As principais técnicas são:
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· Benchmarking – funciona como “o processo contínuo de avaliar
produtos, serviços e práticas dos concorrentes mais fortes e daquelas
empresas que são reconhecidas como líderes empresariais” (Rothmam
1992 apud Chiavenato, 1999). Encoraja as companhias a pesquisar os
fatores-chave que influenciam a produtividade e a qualidade em todas
as organizações ou em suas unidades de produção, vendas, finanças,
recursos humanos, engenharia, etc. É constituído por 15 estágios,
focalizados no objetivo de comparar competitividade.
· Terceirização (Outsourcing) – ocorre quando uma operação interna da
organização é transferida para outra organização que consiga fazê-la
com qualidade superior, no sentido de melhorar a qualidade e reduzir
custos. Significa que determinadas atividades são atribuídas a outras
organizações que façam melhor e mais barato; e
· Redução de Ciclo de Tempo – a redução ou simplificação dos ciclos de
trabalho, a remoção de barreiras entre departamentos situadas entre
etapas de trabalho, a eliminação de etapas improdutivas no processo
são aspectos que permitem que a Qualidade Total seja bem-sucedida
nas organizações. O ciclo operacional da organização torna-se mais
rápido, e o giro do capital aplicado, muito mais ainda. Melhora o
desempenho global da empresa e se reflete diretamente na qualidade.
· Se uma empresa alcançou o estágio da garantia da qualidade, isto
significa que seus clientes compram confiantemente seus produtos ou
serviços e os usam por um longo tempo com satisfação. Portanto, a
garantia da qualidade envolve alguns pontos importantes:
· Tradição – um cliente só poderá comprar um produto ou serviço com
confiança se a empresa se tornar conhecida por sua confiabilidade ao
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longo do tempo. A tradição é um conceito comercialmente tão
importante que fica difícil avaliar o custo decorrente de um negócio mal
feito. Isto tem que ser evitado a todo custo, pois a tradição de confiança
não pode ser ganha, mas pode ser perdida da noite para o dia.
· Satisfação total do cliente – o serviço, além de não possuir falhas,
precisa satisfazer as características verdadeiras da qualidade, ou seja,
satisfazer às expectativas do cliente. Sob este aspecto, é bom lembrar
que as expectativas do cliente não são fixas, elas mudam. Daí o cuidado
que se deve ter com propaganda comercial, conteúdo de catálogo de
vendas e treinamento do pessoal de vendas ao transmitir as
características do serviço ao cliente, para não criar expectativas
errôneas.
2.2 – CONFIABILIDADE: BASE PARA QUALIDADE
Sabe-se que a confiabilidade do serviço é o coração do negócio.
Berry e Parasuraman (1995, p.29) afirmam que “quando uma empresa
presta um serviço de modo descuidado, quando comete erros possíveis de
se evitar, quando deixa de cumprir promessas sedutoras feitas para atrair
clientes, ela estremece a confiança do cliente em suas capacidades e abala
suas chances de obter reputação pela excelência do serviço”. Do ponto de
vista do cliente, a prova de um serviço é sua realização impecável. A
confiança deve ser estabelecida e conquistada com a comprovação, por
parte da organização, de que o que foi prometido será cumprido. Feito isso,
o cliente terá um grande motivo de retornar.
Os autores defendem, ainda, que cultivar e alimentar uma cultura de
“defeito zero” é algo tão decisivo nos serviços como na fabricação.
26
Entretanto, a meta do defeito zero é mais complexa nos serviços por
diversas razões.
Em primeiro lugar, a separação entre produção e consumo
proporciona aos fabricantes oportunidade de eliminar os produtos
defeituosos antes de chegarem aos clientes. Em segundo lugar, a
intangibilidade do serviço significa que os critérios para serviços impecáveis
são menos concretos e mais objetivos do que os critérios para os produtos
tangíveis sem defeito. Em terceiro lugar, o termo “defeito” tem um significado
mais amplo nos serviços do que na fabricação. Mais especificamente: um
serviço que poderia ser preciso continuará sendo considerado falho se
confundir ou frustar os clientes.
Para atacar eficazmente essas dificuldades, é necessário desenvolver
diversas atividades que evitem falhas nos serviços. Essas atividades
dividem-se em três grandes categorias: (1) propiciar liderança no serviço; (2)
testar e retestar inteiramente o serviço; e (3) erigir e alimentar uma infra-
estrutura organizacional para o serviço sem erros.
Fica evidente que, se mencionam os acertos, também mencionam os
erros, pois com eles é que se aprende: “A verdade é que, como os serviços
em geral são feitos na presença do cliente, os erros são inevitáveis”.
(Christopher Hart, James Heskett, Earl Sasser apud Berry e Parasuraman,
1995, p. 49)
Berry e Parasuraman (1995, p. 51) ainda chamam atenção para os
benefícios de uma boa recuperação do serviço. Segundo eles, as situações
de recuperação de serviço tem um bom potencial para deixar uma
impressão significativa na idéia que o cliente faz de uma empresa. Os
clientes prestam mais atenção ao desempenho da organização quando algo
sai errado do que quando tudo funciona bem. Isso traz aos clientes a
27
sensação de que a organização está mais próxima do que imaginam, pois
são tão suscetíveis a falhas quanto eles.
2.3 – QUALIDADE NOS SERVIÇOS
A era da valorização do cliente rege todo o princípio do crescimento.
É fundamental, frente à crescente competitividade dos mercados, que se
valorize cada consumidor como rara oportunidade de negócio. Atender,
satisfazer e encantar formam uma escala de excelência. Uma organização
só alcança qualidade quando surpreende seus clientes. Serviço de alta
qualidade significa lucros. Para se manter na superfície estreita da liderança
da qualidade, uma empresa precisa inovar continuamente ou alcançar
desempenho máximo em atributos chaves.
Qualidade significa conformidade com os padrões. Os funcionários
devem saber exatamente quais os padrões de desempenho que se espera
deles. Decorre da prevenção de defeitos, e não da correção dos defeitos.
As organizações mais competitivas estão focalizando o cliente ou
consumidor como o elemento mais importante do seu negócio e fazendo
esforços para criar vantagens competitivas proporcionando ao cliente bens e
serviços de alta qualidade, de baixo custo, em pouco tempo de espera e que
satisfaçam realmente às suas necessidades e expectativas. Essas
organizações se caracterizam por intensos e contínuos esforço na busca da
competitividade organizacional.
A competitividade significa a capacidade de uma organização
oferecer produtos e serviços melhores e mais baratos, mais adequados às
necessidade e expectativas do mercado, trazendo soluções inovadoras ao
cliente.
28
Para vencer as organizações precisam articular-se em três direções:
agregar o maior número de pessoas no esforço de pensar em novos
negócios ou aprimorar o negócio existente, trabalhar tendo em vista a
produção final, não o controle sobre os meios, e acabar com os dogmas
sobre a propriedade.
2.4 – SUPERANDO AS EXPECTATIVAS DOS CLIENTES
Quando os clientes avaliam a qualidade de um serviço, eles estão
julgando em função de algum padrão interno que existia antes da
experiência de serviço. As expectativas das pessoas sobre os serviços são
mais influenciadas por suas próprias experiências anteriores como clientes.
As expectativas dos clientes desempenham um papel central na
avaliação do serviço de uma organização. Os clientes avaliam a qualidade
do serviço comparando ou que desejam ou esperam com aquilo que obtém.
Para conquistar uma reputação pela qualidade do serviço, as empresas
devem executar seus trabalhos em níveis que os clientes sintam estar
únicos juízes da qualidade do serviço. A administração pode pensar que o
serviço da empresa é ótimo, mas, quando os clientes discordam dessa idéia,
é porque existe algum problema.
Segundo Berry e Parasuraman (1995, p 56), as expectativas dos
clientes sobre o serviço existem em dois níveis diferentes: (1) um nível
desejado, que reflete o que o cliente espera receber, sendo um misto do que
o cliente acredita que “pode ser” com que “deveria ser”; e (2) um nível
adequado, que reflete o que o cliente acha aceitável. Em parte, é uma
função da avaliação do cliente sobre o que “será” o serviço, ou seja, o nível
de serviço previsto pelo cliente.
29
Uma Zona de tolerância separa os níveis desejado e adequado. Essa
zona é o âmbito do desempenho do serviço que o cliente considera
satisfatório. Um desempenho abaixo dessa zona gera frustração no cliente e
reduz a sua lealdade. Acima da zona de tolerância, o desempenho
surpreenderá agradavelmente os clientes, reforçando sua lealdade.
A zona de tolerância pode variar de cliente para cliente e, em
potencial, de transação para um mesmo cliente. Ela também difere ao longo
das cinco dimensões essenciais que o cliente utiliza na avaliação de um
serviço: confiabilidade, tangibilidade, sensibilidade, segurança e empatia.
Em geral, quanto maior a importância de uma dimensão, menor é sua zona
de tolerância, refletindo menos a boa vontade do cliente em relaxar seus
padrões de serviço.
Ainda deve-se atentar para o fato de que a expectativa dos clientes
são dinâmicas e flutuam em resposta a uma série de fatores que podem
influenciar os níveis de expectativas e induzir mudanças na zona de
tolerância. Assegurar que as promessas reflitam a realidade é um dever da
empresa para com os clientes. Assim, as empresas se beneficiarão fazendo
um esforço combinado para assegurar que as promessas aos clientes
reflitam o serviço real em vez de uma versão idealizada e glorificada. O
exagero das promessas abala a tolerância e a confiança do cliente.
2.5 – CONQUISTANDO A LEALDADE DO CLIENTE
Para desenvolver uma verdadeira lealdade do cliente, as empresas
devem superar os dois níveis de serviço – adequado e desejado. Um serviço
excepcional pode intensificar a lealdade dos clientes até o ponto em que
eles praticamente “desligam” as opções da competição.
30
As empresas devem realizar pesquisas periódicas para monitorar as
expectativas dos clientes, compreender os fatores específicos que os
impelem e avaliar o desempenho do serviço contra esses fatores. A
informação gerada será valiosa para a criação de estratégias de ação
eficientes para a administração e para superar expectativas, transformando
assim a qualidade do serviço numa poderosa arma competitiva. A luta
constante pela superioridade do serviço – a execução do serviço sempre
acima do nível adequado e a capitalização de cada oportunidade para
superar o nível desejado – é essencial para conquistar a lealdade do cliente
de modo permanente.
Para ter um desempenho acima do nível adequado as empresas
devem adotar três estratégias genéricas: (1) liderança em custos, através de
economia de escala, redução de custos pela experiência, minimização de
custos em áreas de pesquisa e desenvolvimento, serviços, vendas,
publicidade, entre outras; (2) diferenciação, através da criação que o setor
industrial, como um todo, perceba como sendo exclusivo, como, por
exemplo, projeto, imagem da marca, tecnologia, serviço ao consumidor, rede
de distribuição, entre outros; e (3) foco, através do atendimento excelente,
em qualidade, serviços e custos a um segmento de mercado restrito e bem
definido.
2.6 – COMUNICANDO-SE COM OS CLIENTES
Uma comunicação normal com os clientes – para compreender suas
expectativas e preocupações, para explicar-lhes o serviço que recebem ou
apenas para expressar apreciação por seus negócios – estimula a tolerância
e, assim, é um poderoso recurso para administrar expectativas.
As comunicações que partem da empresa e a resposta imediata e
atenciosa a comunicações que partem do cliente transmitem um sentimento
de associação que muitos clientes desejam e raramente têm. Comunicar-se
31
de modo eficiente com os clientes faz com que eles se sintam apreciados e
reduz ou evita frustrações quando ocorrem erros no serviço.
Comunicações eficientes aumentam o valor daquilo que os clientes
recebem em troca do que pagam, promovendo assim, uma sensação de
correção no modo de agir e proporcionando ao cliente tolerância e
confiança. Entre os ingredientes da comunicação eficaz com o cliente, que
aumenta suas zonas de tolerância, estão os seguintes:
· Fazer com que os representantes da empresa sejam facilmente
acessíveis aos clientes;
· Estimular os clientes a entrarem em contato com a empresa;
· Iniciar os contatos com os clientes e dar uma continuidade regular a
esses contatos;
· Treinar e favorecer os empregados a proporcionarem serviço
personalizado, compreensivo e atencioso;
· Recompensar os empregados por manterem relacionamentos com os
clientes.
O cliente é o elemento que, de alguma forma, dispara a operação
muitas vezes em termos de quando e como esta deve realizar-se,
constituindo um “termômetro” para saber se a venda será bem ou mal
sucedida. Para isso, o prestador de um serviço deve sempre procurar seguir
os seguintes preceitos básicos:
· Atender o cliente em prontidão, expressando-se com clareza;
· Ser simpático, rápido e objetivo, sempre com bom-humor e
estabelecendo empatia;
32
· Ouvir atentamente o cliente, estando atento aos seus interesses e
possibilidades; e
· Propor soluções com entusiasmo e confiança, explicando sempre o
porque da solução apresentada, orientando-o claramente.
2.7– COMO ATRAIR CLIENTES?
Segundo Kotler, as empresas criam propagandas para criar
consciência, fazendo com que o consumidor veja como aquele produto
pode ou poderá facilitar ou ajudar a sua vida, assim o marketing tenta
envolver este elemento para facilitar a venda, anúncios em jornal, via mala
direta, pelo correio na TV, embora o marketing direto tenha surgido por
meio de mala direta e de catálogos, ele tem se modificado nos últimos anos,
incluindo o telemarketing, o rádio, sendo todos estes meios, formas de
conquistar e atrair. Para Kotler ( Philip, 1996, pág. 562) afirma que:
Marketing direto é um sistema interativo de marketing que usa uma ou mais
mídias de propaganda para efetuar uma oferta e/ou transação mensurável
em qualquer local.
Para Miranda (1997), as empresas estão se preocupando com o ato
de atrair clientes, e, dentre esses processos está a venda por catálogo, que
atrai os clientes de uma forma muito expressiva. Em pouco espaço de
tempo as empresas que nunca se preocuparam em conquistar clientes,
estarão mandando funcionários às casas de seus clientes para oferecerem
novos produtos.
Para o autor, hoje, as empresas estão enfrentando um mercado
extremamente competitivo. O cliente tornou-se muito mais exigente quanto
à qualidade dos produtos que deseja adquirir e está atento aos serviços
oferecidos. Para conquistar e manter clientes, será preciso uma ação eficaz,
que conquiste e faça o cliente um vendedor ativo da empresa. Procurar
observar como sua empresa é percebida pelo Mercado, analisando seus
33
pontos fortes e fracos como varejista. Se for para melhorar, a empresa não
deve se constranger em imitar o que está dando certo em outro ponto de
venda.
Outro ponto importante, é cuidar dos aspectos visuais de sua loja:
uma marca atraente, de fácil leitura, que tenha cores que estejam no
mesmo ritmo e na mesma linha de seu negócio. A limpeza impecável da
empresa deve se tornar um hábito diário da equipe. Nas empresas,
detalhes como uniforme dos funcionários, crachás funcionais e sacolas
atraentes podem ajudar o cliente à saber com quem estão lidando. Além
disso, estes detalhes passam uma imagem organizada de sua empresa.
Segundo Berry (1995), o serviço mais barato que se pode oferecer
para um cliente é um sorriso, preparar o pessoal de venda para que eles
recebam os clientes como uma visita é muito importante. Pesquisar junto a
sua clientela quais os produtos e serviços que eles gostariam de encontrar.
Enfim, deixar que o cliente aponte o que gostaria que a empresa os
oferecesse. O importante é aprender a avaliar a visão que os clientes tem a
respeito dos produtos e serviços. Antes de o cliente sair da loja deseje um
ótimo dia. Este cliente com toda certeza voltará muito mais vezes para fazer
comprar na loja. Gestos como uma ligação após a venda, para saber como
o cliente está se sentindo com relação a entrega (pontualidade), produto
(utilização) ou mesmo como foi atendido, são maneiras de aproximar o
cliente da empresa. Neste particular Cobra, Marcos (1991, p.47) registrou
que:
Quando abordamos a avaliação das oportunidades de mercado,
referimo-nos não somente à identificação de desejos e necessidades, mas
também, ao desenvolvimento de estratégias e programas para convencer
clientes potenciais em clientes atuais.
34
CAPÍTULO III
ATENDIMENTO
Segundo um vídeo produzido pela empresa Link Quality, o atendimento
é uma peça fundamental no relacionamento cliente x empresa, porém, tudo
começa no pré-atendimento. Este é o momento onde o vendedor está diante
do cliente representando a empresa. O cliente deve ser parceiro, ele não deve
ser jamais vítima da empresa e nem tão pouco deverá, este cliente, correr atrás
da empresa. O cliente é o juiz da empresa é ele quem julga se ela está
preparada para oferecer bons serviços e bons atendimentos. A grande maioria
do público brasileiro não reclama quando sofre maus tratos em uma
determinada loja de produtos ou serviços ou quando o que foi acertado entre
as duas partes não é combinado por inteiro, ou seja, se o cliente pagou por um
determinado serviço ele deverá receber por aquele serviço pago, quando isso
não acontece poucos reclamam.
3.1 - FASES DO ATENDIMENTO
O vídeo mostra que o atendimento tem três fases: a primeira fase é o
pré-atendimento, este, por sua, vez tem como objetivo certificar quais são os
interesses do cliente e quais seus desejos, o que ele espera do serviço, como
ele quer, quando ele quer, conhecer o cliente. Neste nível inicial o vendedor
deverá está bem treinado para que ele possa extrair o máximo de informações
possíveis do cliente, e alguns outros requisitos para que possa ter eficiência em
sua busca, como por exemplo, o vendedor deverá estar bem treinado, bem
vestido, ser educado, conhecer bastante os produtos da empresa, ser calmo. O
pré-atendimento é o primeiro passo para um bom relacionamento com o
cliente, é o ambiente entre o vendedor e o cliente, é a primeira impressão que
fica às vezes, então para que isso não ocorra, o pré-atendimento deverá ser
35
feito com muita cautela por parte do vendedor, fazendo esta parte bem feita o
cliente voltará mais vezes e indicará para outras pessoas; em contra partida se
um cliente é mal atendido, com certeza ele passará para outras pessoas a sua
experiência ruim.
A segunda fase do atendimento ocorre quando o erro da execução do
atendimento não corresponde a expectativa do cliente. Quando um cliente
pede um determinado produto pensando em uma coisa e recebe outra que não
o agrada, deve-se assim esclarecer ao máximo o tipo de produto que o cliente
vai receber para que não haja surpresa para este cliente. Na terceira fase, o
cliente, mesmo errado, tem razão. Para um vendedor o cliente não reclama, ele
fornece sugestões, é desta forma que um vendedor deverá encarar um cliente
que esteja reclamando. Não se deve jamais discutir, deve-se encarar como um
conselho, assim como os orientais escutam seus idosos como pessoas mais
experientes e mais sábias, o vendedor deverá encarar as reclamações como
um conselho, mesmo que estas reclamações não sirvam para nada ou que não
tenham fundamento algum, ouvir o cliente é sempre uma maneira de atraí-lo
para mais perto da sua empresa.
Por fim, o vídeo mostra que o cliente tem necessidade de ser ouvido em
todos os seus momentos. Seja na compra como na troca ou como em
reclamações ou em elogios, ouvir é um dever não só do vendedor mais de
todos na empresa.
36
3.2 – PONTOS DE UM BOM ATENDIMENTO
No vídeo são apresentadas as 5 fases de um bom atendimento que são:
· Informe primeiro venda depois.
"O cliente necessita primeiro conhecer o seu produto, o seu
atendimento, para depois ser efetuada a venda".
· Esteja presente na vida de seu cliente.
"São muito importantes os pequenos detalhes na hora do atendimento.
Como por exemplo, saber para que time seu cliente torce, e saber seu grau de
prazer em relação aquele esporte para que mais tarde ao saber que o time de
seu cliente foi campeão mandar uma carta parabenizando pela conquista, ou
mandar carta de feliz aniversário".
· Não desperdice energia e recursos:
"Não perca tempo com quem não está interessado em seus produtos".
· Ofereça ganho extra ao cliente.
"Prêmios para que seus clientes possam estar sempre contentes em
comprarem com você".
· Mobilize suas equipes com foco no atendimento.
"Todos na empresa devem ter o dever de atender bem o cliente,
independente do cargo, o que mais importa em uma empresa não é o diretor
ou o gerente, mas sim o cliente, este sim é o combustível para que toda a
organização se mova. Um grande exemplo do foco no cliente é a Walt Disney
onde o dever de todos é o bom atendimento aos clientes".
37
3.3 – VENDA
Segundo Cobra (1991), é comum observar em uma venda, um
profissional de uma loja de roupa, ou de qualquer outro segmento de
mercadoria, fazer uma certa pressão para que o cliente leve um determinado
produto. Porém, na realidade, este mesmo cliente pode ter entrado na loja com
um propósito diferente. É comum também ver vendedores querendo empurrar
o que ele quer, e não o que o cliente deseja. Esta falta de personalidade reflete
diretamente na empresa, pois ela passa a ser rejeitada pelos clientes, pois o
cliente quer ter o direito de escolher aquilo o que melhor o agrada.
Para o autor, um profissional de vendas tem que se estimular a cada dia.
Vender não é somente pegar da prateleira o produto e entregar ao cliente, mais
do que isso é fazer vínculo em oferecer o melhor para o cliente, saber as
necessidades deste cliente para que não o ofereça o produto errado.
Um bom profissional de vendas deve conhecer o produto de sua
empresa, porém não conhecer superficialmente, e sim profundamente,
acreditar no que está vendendo. Assim Cobra (1991, p.298) registrou que:
“Numa situação de compra é comum que qualquer pessoa deseje
satisfazer suas necessidades individuais, seja ele o diretor de
compras de um grupo multinacional, ou seja, um indivíduo comum.
Dois fatores são observáveis em quase todas as vendas. O primeiro
são as situações sociais artificiais. O segundo é que as coisas que
são importantes para o cliente nem sempre são consideradas
importantes do ponto de vista do vendedor, particularmente esse não
passou por um treinamento de vendedor”.
Segundo o autor, o vendedor e o cliente estão em lados opostos, cada
um está interessado em defender seus próprios interesses, mas, para que a
venda tenha um grande sucesso, é necessário que o vendedor esteja
sintonizado junto ao cliente, e fazer com que o cliente perceba seu interesse
em ajudar. A chance de que a venda venha a ser feita será muito maior ,pois
38
os clientes perceberão que o vendedor está preocupado com seus problemas,
podendo ajudar prontamente.
3.4 – TREINAMENTO PARA VENDA
Para Cobra (1991), para que um vendedor obtenha sucesso em sua
empresa e junto ao cliente ele deverá ser informar o Máximo para que na hora
da venda não tenha nenhuma surpresa com relação ao sucesso da venda.
Algumas dicas:
· Vendedor deve conhecer a sua empresa e identificar-se com ela
"Para o autor o vendedor deverá neste inicio conhecer mais sobre a
história de sua empresa, e os objetivos que ela quer alcançar, o esquema de
organização e as linhas de autoridade, os nomes dos chefes, a estrutura, e os
principais produtos".
· O vendedor deve conhecer seus produtos.
"Segundo o autor no treinamento deve-se mostrar ao vendedor quais
são os benefícios que o produto que ele venderá, trará para os clientes, pois
conhecer a fundo o produto é primordial para as vendas".
· O vendedor deve conhecer as características dos clientes e da
concorrência.
"Para um vendedor obter sucesso, também é muito importante ele
conhecer o hábito de cada cliente, o que cada um quer, diferenciá-los, procurar
saber seus hábitos de compra. Deverá conhecer também os produtos dos
clientes, suas promoções, seus créditos".
· O vendedor deve aprender como fazer apresentações de venda
eficiente.
39
"Será muito importante o vendedor receber o máximo de informação e
maiores argumentos para que na hora da venda ele tenha condição de
desenvolver uma venda sem maiores problemas, podendo até ter um roteiro
para explorar os argumentos para a venda".
Parte do período de treinamento deve ser utilizada também para
desenvolver a personalidade do vendedor e sugerir pontos para o seu
autodesenvolvimento.
Segundo Shapiro e Sviokla (1994), a motivação para um vendedor não é
o dinheiro ou os prêmios, a motivação não está na pressão que os gerentes
fazem para que eles possam vender mais, a motivação é intrínseca vem de
dentro, e também de como as empresas dispõem dos recursos de venda para
que o vendedor possa se adaptar da melhor forma possível a forma de trabalho
na empresa.
3.5- PÓS-VENDA
Segundo Miranda (1997), um item muito importante para uma empresa é
o serviço de pós-venda das organizações varejistas, que sempre podem incluir
itens como: treinamento contínuo de todos os funcionários para atendimento
exemplar, um banco de dados para informação sobre a localização de
mercadorias com as quais a loja não trabalha. Serviços mais tradicionais,
porém também de grande importância, podem ser , entregues a domicilio,
trocas, reposições e assistência técnica, além de atendimento telefônico e
telemarketing para monitoração da satisfação dos clientes.
Para o autor, se uma loja não acrescenta valor aos produtos que
vende, não pode esperar que o consumidor veja algum motivo especial para
tornar-se cliente ou freguês dela, a prestação de serviço ao cliente pode ajudar
as lojas no processo de transformar consumidores em clientes. É comum em
alguns casos clientes comprarem uma determinada mercadoria e esta
40
mercadoria apresentar defeito, e na hora da troca o vendedor o trata como se
estivesse fazendo um favor, quando na realidade isto seria uma ótima
oportunidade para um maior relacionamento com o cliente, em contra partida é
exatamente neste momento que o cliente percebe que a empresa não
representa seus valores, então ela parte para a empresa concorrente. A pós-
venda é tão importante quanto a pré-venda.
41
CONCLUSÃO
A EMPRESA ESTÁ CONSCIENTE DE QUE A QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DE SEUS
SERVIÇOS É A PEÇA FUNDAMENTAL PARA QUE POSSA TER BOAS CONDIÇÕES DE
COMPETIR COM A CONCORRÊNCIA.
O BANCO BRADESCO S/A, OBJETO DE OBSERVAÇÃO PARA ESTE TRABALHO,
DEMONSTRA ESTAR EM CONDIÇÕES DE TRAVAR UMA BOA BATALHA COM A
CONCORRÊNCIA, POIS POSSUI UMA VISÃO AMPLA SOBRE SEUS OBJETIVOS E SEU PAPEL
NO MERCADO. SUBIU DEGRAU POR DEGRAU, CONQUISTANDO SEU ESPAÇO E HOJE É
DONO DE UM VERDADEIRO IMPÉRIO, ONDE ALCANÇOU ÓTIMO LUGAR JUNTO AO
MERCADO FINANCEIRO.
Pode-se observar que durante todo este trabalho os autores afirmaram
que para uma empresa crescer, deve-se investir na qualidade da prestação de
seus serviços, para que possa ser reconhecida não somente pelos bons
produtos por ela produzidos, ou pelos bons serviços por ela prestados, mas
também pelo bom relacionamento que ela tem com seus funcionários e seus
clientes.
Portanto, as empresas que esperam mais que apenas sobreviver no
mercado, que anseiam por uma boa colocação, devem investir em seus
produtos, no seu pessoal e no relacionamento com seus clientes. Com uma
boa liderança, traçando bons planos estratégicos, cativando os clientes e uma
posição na sociedade, buscando informações e conhecimentos atualizados,
investindo e valorizando seu pessoal e tendo paciência e inteligência para
passar por todos esses processos, alcançará os resultados excelentes com os
quais toda empresa sonha.
Então, segundo observado neste trabalho, o Banco Bradesco S/A tem os
critérios mencionados como essenciais e indispensáveis para o
desenvolvimento qualitativo de seus negócios.
42
O Banco tem demonstrado, através de sua história, como no estudo de
caso apresentado, que segue estes critérios, consolidando a sua marca e o seu
prestígio junto a funcionários e clientes. O Bradesco tem aperfeiçoado o seu
atendimento e sua qualidade na prestação de serviço, tendo como prova os
números, que crescem cada vez mais.
43
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Revolucionar a Maneira de Tratar os seus Clientes. São Paulo: Pioneira, 1992.
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Atlas, 1996.
45
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
SERVIÇOS BANCÁRIOS 10
1.1 – Natureza dos serviços 10
1.2 – Agrupamento dos serviços 11
1.3 – O serviço como processo 14
1.4 – Relacionamento com o cliente 15
1.5 – Valor vitalício 16
1.6 - Satisfação do cliente 17
CAPÍTULO II
QUALIDADE HOJE NOS SERVIÇOS 19
2.1 – Qualidade total 22
2.2 – Confiabilidade: Base para qualidade 25
2.3 – Qualidade nos serviços 27
2.4 – Superando as expectativas dos clientes 28
2.5 – Conquistando a lealdade do cliente 29
2.6 – Comunicando-se com os clientes 30
2.7 – Como atrair clientes? 32
46
CAPÍTULO III
ATENDIMENTO 34
3.1 – Fases do atendimento 34
3.2 – Pontos de um bom atendimento 36
3.3 – Venda 37
3.4 – Treinamento para venda 38
3.5 – Pós-venda 39
CONCLUSÃO 41
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43
ÍNDICE 45
FOLHA DE AVALIAÇÃO 47
ANEXO 48
47
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
Título da Monografia: QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Autor: CLARIMAR PEREIRA DO PRADO
Data da entrega: 28/01/2006
Avaliado por: PROF. MS. MARCO A. LAROSA Conceito:
48
ANEXO