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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
GERENCIAMENTO DE EQUIPES
Por: Adriana Costa Cavalcanti
Orientador
Prof. PAULO JOSÉ
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
GERENCIAMENTO DE EQUIPES
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão de
Recursos Humanos.
Por: Adriana Costa Cavalcanti.
Rio de Janeiro
2011
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, a minha família, aos
amigos e a todos que contribuíram com
as informações, sugestões e idéias
para a conclusão e desenvolvimento da
monografia.
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EPÍGRAFE
“O futuro das organizações – e nações –
Dependerá cada vez mais de sua
Capacidade de aprender coletivamente.”
Peter Drucker
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RESUMO
Trata-se de um trabalho que através de pesquisa com vários autores,
procura fazer uma reflexão sobre liderança e as melhores práticas para se
obter os melhores resultados das pessoas nas organizações modernas,
sobretudo da capacidade de administrar conflitos e gerenciar as equipes sem
perder o foco no resultado. A sensibilidade ao comportamento humano é uma
característica essencial que o gestor precisa dispor além de habilidades
gerenciais para manter a equipe motivada e comprometida com o bom
desenvolvimento da empresa. Cada ser um humano é único, possui educação,
crenças, valores, preconceitos e conseqüentemente diferentes formas de
pensar, sentir e agir. Nesse contexto, os conflitos organizacionais são
inevitáveis e os líderes da atual conjuntura moderna precisam ter uma visão
abrangente, administrar, motivar e inspirar as pessoas sem causar prejuízos à
produtividade da empresa e danos para o ser humano. Liderar não é apenas
gerenciar, um líder eficaz além de suas habilidades gerenciais, tem visão de
futuro, lida facilmente com as constantes mudanças, sabe como envolver,
persuadir e influenciar os outros a alcançar os objetivos que são importantes
para ele e para a organização. Contudo, os atributos pessoais de um líder
eficaz é um diferencial importante para uma gestão ativa, ética e justa com
bons resultados para a empresa, para o ambiente de trabalho e principalmente
para as pessoas.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada para a elaboração desse trabalho acadêmico
está embasada em uma pesquisa de caráter bibliográfico com base na visão de
autores que estudaram amplamente sobre o tema.
Recorreu-se a pesquisas na internet sobre o tema abordado como
complemento e instrumentos de estudo.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 09
CAPÍTULO I
O CONCEITO DE LIDERANÇA .............................................................................. 10
1.1 Habilidades e Características ................................................................................. 13
1.2 Estilos de Liderança ............................................................................................... 16
CAPÍTULO II
GESTÃO DE EQUIPES ............................................................................................. 21
2.1 O papel do líder ...................................................................................................... 22
2.2 Diferenças entre Liderança e Gerenciamento ........................................................ 25 CAPÍTULO III
LIDERANÇA E CONFLITO ..................................................................................... 30
3.1 Gestão de Conflitos ................................................................................................ 33
CONCLUSÃO ............................................................................................................... 35
BIBILIOGRAFIA ......................................................................................................... 36
WEBGRAFIA ............................................................................................................... 37
ANEXOS ........................................................................................................................ 38
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INTRODUÇÃO
Gerenciar equipes é um tema inesgotável e muito se tem escrito
sobre ele. Então, por que falar ainda mais sobre? A proposta desse trabalho é
trazer uma contribuição a prática através de alguns dos principais conceitos
teóricos sobre liderança.
No primeiro capitulo, o objetivo é apresentar teorias sobre liderança,
habilidades, característica e estilos de acordo com a visão de alguns autores.
Dentre eles: Peter Drucker, Idalberto Chiavenato, Susan Kucrzmarki, Robert
Katz e outros.
Unir a teoria com a pratica faz parte do objetivo almejado, porém é
necessário admitir que se tratando de pessoas, não é uma tarefa simples, pois
cada ser humano é único e diferente na sua maneira de pensar, sentir e agir. E
o grande desafio se dá , quando esse ser único, que também é um ser social
precisa conviver com as diferenças e individualidades dos outros seres
humanos principalmente dentro das organizações.
O segundo capítulo apresenta a gestão de equipes, como deve ser
o papel do líder e as diferenças existentes entre ser líder e ser gerente.
No terceiro apresenta-se a liderança e conflitos, o que um líder de
sucesso precisa fazer para administrar os conflitos sem causar grandes danos
a equipe e conseqüentemente a organização. Por último, realizam-se as
considerações finais.
Diante desse novo cenário organizacional, onde se há a
necessidade de uma direção estratégica e ao mesmo tempo de se está atento
as modificações culturais, as transformações sociais e a estrutura
organizacional, os líderes precisam adquirir novos conhecimentos e
habilidades.
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CAPÍTULO I
O CONCEITO DE LIDERANÇA
A liderança sempre foi um dos tópicos de maior importância para
estudiosos e práticos, pois as organizações atuais lutam para sobreviver diante
de um cenário altamente competitivo. Na realidade nenhuma habilidade isolada
leva a empresa ao sucesso, mas existem aquelas que são fundamentais e que
com toda certeza faz a diferença.
A liderança é um tema importante para os administradores devido ao
papel fundamental que os líderes representam na eficácia do grupo e da
organização (Stoner e Freeman, 1995).
Durante anos, foi possível dizer que liderança não é outra coisa,
senão a função exercida pelo líder, ou seja, um exercício de um poder sobre
indivíduos ou grupos.
Atualmente, inúmeras são as possibilidades de se definir liderança,
pois esse conceito está intimamente relacionado com as competências de
comunicação e de transmissão de idéias.
As definições oscilam entre duas condições essenciais: à
caracterização do líder e atividade de influenciar pessoas. Bass ,(1990 cit. in
Rego, 1998) refere- se que “ quase tantas existem quase tantas definições de
liderança quantas as pessoas a tentar defini - lá”. A seguir algumas definições
encontradas durante o processo de pesquisa:
● “É a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem
entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para
o bem comum”. (James Hunter)
11
● “É o papel que se define pela freqüência com que uma pessoa
influencia ou dirige o comportamento de outros membros do grupo (McDavid e
Herrara, s/d)”;
● “É a capacidade para promover a ação coordenada, com vista ao
alcance dos objetivos organizacionais” (Gomes e colabs., 2000);
● “É um fenômeno de influência interpessoal exercida em
determinada situação através do processo de comunicação humana, com vista
à comunicação de determinados objetivos “(Fachada, 1998);
● “É um processo de influência e de desempenho de uma função
grupal orientada para a consecução de resultados, aceites pelos membros dos
grupos. Liderara é pilotar a equipe, o grupo, a reunião; é prever, decidir,
organizar” (Parreira, 2000);
Diante desses conceitos, é possível concluir que liderar significa
compartilhar objetivos, ouvir sugestões, delegar poder, informar, debater,
mobilizar esforços, transformar grupos em verdadeiras equipes.
A respeito desse conceito, Susan Smith Kuczmarski, (1999), nos
esclarece dizendo:
“Se não houver grupo não há necessidade de líder. Em vista de todos
trabalharem em grupos, todos precisam de habilidades de liderança.
A liderança aprendida é um processo contínuo. A pessoa não se
torna repentinamente um líder, nem pára de aprender habilidades de
liderança”. (KUCZMARKI, 1999, p.181)
Podemos também, definir liderança como um fenômeno tipicamente
social. Ao considerar que, é o esforço que se efetua para influir no
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comportamento dos outros com intuito de se atinjam os objetivos
organizacionais, individuais e pessoais.
Talvez, a dificuldade encontrada para se obter um único conceito
esteja relacionada ao fato de Liderança ser um fenômeno social. Não há líder
sem liderados, pois as atenções se concentram no grupo, onde o líder ocupa
uma posição de proeminência e sobre o qual exerce influência.
Entretanto, podemos dizer que liderança não é apenas o domínio
das pessoas da gerência, todo ser humano que tem a habilidade de influenciar
os outros a alcançar os objetivos, que são importantes para ele e para a
organização pode ser considerado líder.
Exercer a liderança é fator conjuntural que nem sempre será
responsabilidade daquele que está na posição de comando.
Chiavenato (2000), um dos autores mais respeitados, conceitua a
liderança como sendo a “influência pessoal exercida e dirigida por meio do
processo de comunicação humana à execução de um ou de diversos objetivos
específicos”.
Drucker (2002), outro autor respeitado, considerado o pai da
administração moderna, salienta que “os bons líderes são aqueles que levam
seus seguidores a fazer a coisa certa.”
Contudo, não se trata só de influenciar o outro senão de fazê-lo para
que voluntariamente se empenhe nos objetivos que correspondam em todos os
níveis de gerenciamento.
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Além disso, a ênfase atual em equipes significa dizer que todos os
segmentos da organização necessitam de líderes eficazes.
1.1 HABILIDADES E CARACTÉRISCAS
Uma abordagem lógica para entender a liderança é o estudo dos
traços e características relacionados às competências essenciais para um líder
de sucesso. O que faz com que as pessoas tenham um poder de comando na
equipe está relacionado à competência de realização do que propriamente ao
cargo que ocupa. Portanto, um líder eficaz precisa ter visão, saber seus pontos
fracos e fortes tanto para a carreira tanta para os negócios.
Durante anos foram pesquisados centenas de traços e
características pessoais de líderes, porém nesse trabalho iremos abordar as
qualidades chaves da liderança, que são apoiadas em pesquisas ou
observações cuidadosas.
Diversos pesquisadores já estudaram as habilidades, características
ou atributos de liderança. Apresento a seguir a idéia de alguns deles:
As habilidades de liderança segundo Robert Katz:
Um dos primeiros estudos a respeito das habilidades de liderança foi
realizado por Robert Katz (1974) – que foi professor em Harvard e Stanford,
além de dirigir empresas e atuar como consultor – onde identificava três grupos
de habilidades básicas que o líder deveria possuir em grau variado,
dependendo do nível de administração que estivesse exercendo.
1.Habilidades Técnicas - definidas como o entendimento e eficiência
em uma atividade específica, que particularmente envolva métodos, processos,
técnicas e procedimentos. Envolve conhecimento especializado, capacidade
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analítica e facilidade no uso de ferramentas e técnicas dentro de uma
determinada disciplina.
2. Habilidades Humanas – definidas como a capacidade que o líder
deve ter para trabalhar efetivamente como membro de um grupo e para obter
esforço cooperativo do grupo por ele liderado. A real habilidade em saber
trabalhar com outras pessoas deve se tornar uma atividade contínua e natural,
uma vez que a mesma envolve sensibilidade não só nos momentos de
tomadas de decisões, mas também no dia-a-dia do comportamento de cada
um. Para esta habilidade ser efetiva, a mesma deve ser natural e
“inconscientemente” desenvolvida e, da mesma forma, de modo consistente,
ser demonstrada em cada ação do indivíduo.
3. Habilidades Conceituais - consistem na capacidade de visualizar o
empreendimento como um todo, isto é, reconhecer como as várias funções
dentro da organização são interdependentes, e como mudanças em cada parte
podem afetar todas as demais. Pode-se dizer que a habilidade conceitual
incorpora considerações dos demais aspectos, técnico e humano. Ainda que o
conceito de “habilidade” seja a capacidade de transformar conhecimento em
ação, o líder deve ser capaz de transitar entre as três habilidades, ao
desempenhar atividades técnicas (habilidades técnicas), ter entendimento e
motivação em nível individual e de grupo (habilidades humanas), promover a
coordenação e integração de todas as atividades da organização conduzindo
para um objetivo comum (habilidade conceitual).
A Liderança segundo o Pensamento de Peter F. Drucker:
O pensamento de Drucker representa uma ruptura em relação à
Teoria dos traços. Como afirma Drucker (1996), no prefácio do livro "O Líder do
Futuro", líderes natos podem existir,mas, com certeza, poucos dependerão
deles. A liderança deve e pode ser aprendida. Esta constatação motivou uma
série de estudos por parte de professores e consultores. Para o autor, o que
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define o líder é o atendimento a quatro condições básicas de liderança,
apresentadas pelos líderes por ele estudados:
1. A única definição de líder é alguém que possui seguidores.
Algumas pessoas são pensadoras, outros profetas. Os dois papéis são
importantes e muito necessários, mas, sem seguidores, não podem existir
líderes;
2. Um líder eficaz não é alguém amado e admirado. É alguém cujos
seguidores fazem as coisas certas. Popularidade não é liderança, resultados,
sim;
3. Os líderes são bastante visíveis, portanto, servem de exemplo;
4. Liderança não quer dizer posição, privilégios, títulos ou dinheiro.
Significa responsabilidade (Drucker, op. cit., p. 13).
Os traços e características de personalidade têm influência
importante na eficácia da liderança, porém a competência técnica e
profissional, ou conhecimento da empresa, é um requisito importante para a
eficácia da liderança. Os significados das ações dependem dos referentes que
esse profissional está inserido.
Uma organização comercial que depende do volume de vendas
escolherá como um líder um grande vendedor. Uma entidade católica de
assistencial social envidará esforços para entregar a liderança a um homem de
sólida formação cristã. Um grupo de bandidos procurará ser liderado pelo mais
temível entre eles (Penteado, 1986, p.14).
A autoconfiança é uma característica extremamente importante para
compor um líder. É necessário fazer um auto avaliação, se olhar no espelho e
ver porque você é bom. Um profundo processo de auto superação com base
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interior onde poderá contar com si mesmo. Um líder autoconfiante, porém sem
exageros, inspira confiança entre os integrantes do grupo.
A inteligência emocional é considerada o maior fator de contribuição
para a eficácia da liderança. É necessário ser líder de si mesmo para então
poder liderar os outros. Controlar as emoções nas relações de trabalho faz toda
a diferença para um líder de sucesso sempre mantendo o equilíbrio entre a
vida profissional e pessoal. Além de ter um profundo respeito pelo ser humano,
paixão pelo trabalho e pelas pessoas. É difícil inspirar os outros se você não for
equilibrado, ético, gentil e honesto em todas as suas atividades.
1.2 ESTILOS DE LIDERANÇA
A abordagem comportamental, surgida no pós-guerra, concentrou-
se nas funções e nos estilos de liderança. Os pesquisadores descobriram que
tanto as funções relativas às tarefas quanto as funções de manutenção do
grupo devem ser realizadas por um ou vários membros do grupo, para que
este funcione bem.
Estudos sobre os estilos de liderança distinguem, por um lado, uma
estrutura orientada para a tarefa – autoritária ou de iniciação – visando à
direção e a produção e, por outro lado, um estilo centrado no empregado –
democrático ou participativo – dando apoio às necessidades deste e às
necessidades de manutenção do grupo.
Dessa forma, deduzia-se que os comportamentos poderiam ser
aprendidos. Assim, pessoas treinadas nos comportamentos de liderança
apropriados seriam capazes de liderar com maior eficácia.
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Esses estilos são reconhecidos desde a Antigüidade clássica, assim
como suas disfunções: o excesso de democracia (a demagogia) e a tirania (o
abuso da autoridade), os quais são sintetizados na abaixo:
Quatro Estilos de Liderança estudados desde a Antigüidade
Tirania - Abuso de autoridade e excesso de poder.
Autocracia – Centralização de poder de decisão no chefe.
Democracia – Divisão dos poderes de decisão entre chefe e grupo.
Demagogia – Busca da popularidade com os liderados.
A principal teoria que explica a liderança através de estilos de
comportamento é a que se refere a três estilos de liderança: autoritária,
democrática e liberal (Chiavenato, 1993, p. 264), as quais destacaremos a
seguir.
1 Liderança Autoritária (ou autocrática)
Segundo Maximiano (2005, p. 293), “quanto mais concentrado o
poder de decisão no líder, mais autocrático é seu comportamento ou estilo”. O
líder que se assume autoritário ou autocrático tem o comportamento regido
pela tradição, não ouvindo, geralmente, seus seguidores. Assim, suas decisões
são centralizadas, estando "preocupado essencialmente com a tarefa"
(Bandeira; Marques; Santos, 2005). O estilo autocrático pode se tornar
patológico e transformar-se no autoritarismo.
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Características do Estilo Autocrático (Maximiano, 2005)
● Estilo tarefa.
● Liderança orientada para a tarefa.
●Liderança orientada para a produtividade ou eficiência.
● Liderança orientada para o planejamento e a organização.
2 Liderança Democrática (ou participativa)
Segundo Maximiano (2005, p. 294), “quanto mais as decisões forem
influenciadas pelos integrantes do grupo, mais democrático é o comportamento
do líder”. Ao contrário do estilo autocrático, o enfoque é nas pessoas e não na
produção. Os seguidores participam do processo de tomada de decisões. Por
conta disso, objetivos e estratégias são definidos tanto pelo líder, quanto por
seguidores, de maneira democrática. O estilo democrático quando levado ao
extremo permite classificar o líder como permissivo ou omisso.
Características do Estilo Democrático (Maximiano, 2005)
● Estilo pessoas.
● Liderança orientada para as pessoas.
● Liderança orientada para as relações humanas.
● Liderança orientada para a consideração ou para o cargo.
3 Liderança Liberal (ou Laissez-faire)
Os líderes da liderança liberal são chamados de "líderes da rédea
solta" - "são frouxos e permissivos e deixam os seguidores fazerem o que
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querem" (Megginson; Mosley; Pietrijr, 1998). Contudo, esta liberdade oferecida
às pessoas pode passar a impressão de que a liderança não existe, pois não
há um foco como nos dois estilos anteriormente vistos.
Um exemplo deste estilo pode ser observado na área acadêmica,
onde geralmente as pessoas têm tarefas predeterminadas, mas quem define o
tempo necessário para o cumprimento de tais tarefas é a própria pessoa.
4 Liderança Conjunta
Alguns estudos passam a sugerir, então, que a eficácia de um estilo
de liderança em particular depende das circunstâncias em que ele é usado.Em
algumas situações, o líder autoritário, voltado para a tarefa (como, por
exemplo, nas ações militares) era considerado mais eficaz; em outras,
entretanto, era necessário um estilo onde predominasse a consideração (como
o líder ocupado em missões sociais ou religiosas).
De acordo com Stoner e Freeman (1995), “A escolha do estilo de
liderança deve ser influenciada por várias forças que existem no administrador,
nos subordinados e na situação de trabalho”.
Ou seja, um líder pode ser autocrático em uma determinada situação
e democrático e/ou liberal em outra. Mas cuidado: este fato não significa
incoerência de atitudes, pelo contrário, demonstra que o líder é capaz de
adaptar-se às necessidades do ambiente.
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Segue abaixo um quadro comparativo de estilos de liderança.
QUADRO I – Os três estilos de liderança (UHLMANN, 1997)
AUTOCRÁTICA DEMOCRÁTICA LIBERAL
( LAISSEZ-FAIRE)
O líder fixa as diretrizes sem qualquer participação do grupo.
As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder.
Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder.
O líder determina as providência e as técnicas para a execução das tarefas, cada uma por vez, à medida que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo.
O grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo, solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, sugerindo alternativas para o grupo escolher.
A participação do líder no debate é limitada. Somente fornece informações se for solicitado.
O líder determina a tarefa que cada um deve executar e qual o seu companheiro de trabalho.
A divisão de tarefas fica a critério do próprio grupo. Cada integrante tem liberdade de escolher seus companheiros de trabalho.
Tanto a divisão de tarefas como a escolha dos companheiros ficam totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder.
O líder é dominador e “pessoal” nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro.
O líder procura ser um membro normal do grupo. Ele é “objetivo” e limita-se aos “fatos” em suas críticas e elogios.
O líder não tenta avaliar ou regular o curso dos acontecimentos. O líder comenta sobre as atividades dos integrantes quando perguntado.
FONTE: Os três estilos de liderança (UHLMANN, 1997)
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CAPÍTULO II
GESTÃO DE EQUIPES
Mesmo diante das transformações ocorridas com a globalização
articulada de forma desigual no final do século XX, observa-se que o trabalho
continua sendo o elemento estruturante da vida humana.
O ser humano busca no trabalho, não só necessário para a
sobrevivência, mas a realização dos seus sonhos, e somente se sente
completo quando percebe que seu trabalho não é apenas útil para ele, mas
também para a sociedade.
Nesse sentido, não podemos deixar de reconhecer a crescente
importância das organizações voltadas para o trabalho na vida dos indivíduos,
não só como fator de sua manutenção financeira, mas sobretudo de auto-
realização e de auto-expressão. Além de garantir a sobrevivência, o trabalho é
cada vez mais uma forma de desenvolvimento do potencial humano e de
afirmação da própria identidade do indivíduo.
Sabemos que as pessoas constituem o elemento básico das
empresas. Elas interagem de forma estruturada fazendo com que a empresa
exista e possa alcançar os seus objetivos organizacionais, portanto nosso foco
reflete o interesse especifico no comportamento relacionado com o trabalho.
A interação entre as pessoas e as organizações funciona como um
processo de reciprocidade com base em um contrato psicológico estabelecido
a partir das expectativas recíprocas.
Ao se tratar de gestão de equipes não estamos falando de um
grupo de pessoas e sim de um grupo de pessoas que possuem os mesmos
objetivos.
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Objetivos, de gerar os mesmos resultados dentro da mesma
organização e fazer com que os processos tornem- se mais eficientes e mais
eficazes. As vezes a eficiência existe mas a eficácia lhes falta, em decorrência
da desintegração das pessoas que compõem a organização. É necessário
entender a necessidade de ajustes das condutas de comportamento e das
ações de cada integrante da equipe.
Essa nova estrutura de equipe requer mais do que novos programas
e práticas, requer novos métodos de avaliação, novos valores e novas
políticas. Certamente as pessoas podem ser nosso passivo mais oneroso, mas
consistem em nossas melhores oportunidades.
2.1 O PAPEL DO LÍDER
Líderes são pessoas que se distinguem das outras pela necessidade
de conhecimento e experiências e, à medida que cresce a complexidade do
ambiente, o mesmo acontece com os meios e recursos que criaram para o
entender. Seu papel é conseguir bons resultados, através do desempenho de
sua equipe, incentivando o crescimento e preservando a harmonia e o bem
estar do grupo com foco em resultados positivos para empresa.
Um líder é, por definição, um inovador. Faz coisas que outras
pessoas não fizeram ou fazem. Faz coisas antes dos demais. Faz coisas
novas. Transforma coisas velhas em novas. Tendo aprendido com o passado,
ele vive no presente com um olho no futuro. E cada líder faz isso à sua
maneira. Para tanto precisam ser intuitivos, conceituais, artísticos e ter
capacidade de síntese (Bennis, 1996, p. 108).
Líderes aprendem fazendo. Aprendem onde há desafios, onde a
tarefa não é programada, onde o serviço está sendo feito pela primeira vez.
Aprender a liderar é aprender a administrar mudanças. Um dos mais
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importantes talentos de um líder é a capacidade de continuar utilizando as
experiências que vivenciou depois que assume uma posição de liderança.
Líderes sempre testam e provam sua capacidade em serviço. O mais poderoso
incentivador para a ascensão do homem é o prazer que tem em suas próprias
habilidades.
Cabe ainda, ao líder, dar nova forma à organização, transformando-
a de uma pirâmide rígida em um círculo fluido, ou numa rede de unidades
autônomas totalmente entrelaçadas. Encorajar seus subordinados a buscarem
a inovação, a experimentação, a correr riscos e a antecipar o futuro, analisando
o presente.
Pensar globalmente, e não nacional ou localmente. Por fim,
identificar os pontos fracos da organização e fortalecê-los; reconhecer e
atender a necessidades novas e sem precedentes da força de trabalho e ser
ativo em vez de reativo, convivendo frontalmente com ambigüidades e
incertezas (Bennis, 1996).
Busca-se, na obra de Peter Senge, a complementação dos estudos
apresentados por Drucker e Bennis, agregando o conceito de organizações em
aprendizagem. Peter Senge, professor e conferencista do Massachusetts
Institute of Tecnology – MIT e presidente da Society for Organizational
Learning, é autor do livro A Quinta Disciplina, obra que difundiu o conceito das
organizações em aprendizagens (learning organizations).
O autor trata o líder empresarial como condutor do processo de
aprendizagem organizacional. Organizações que aprendem, só poderão existir
a partir do momento que existirem lideranças capazes de desenvolver a
cultura. O desenvolvimento gerencial e o organizacional devem estar
conectados (Starkey, 1998).
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O novo modelo de desenvolvimento gerencial deverá se concentrar
nos papéis que o líder irá desempenhar, as habilidades que precisa
desenvolver e as ferramentas de que pode dispor para o desempenho de sua
tarefa. Dentre os "papéis" do líder empresarial, o primeiro seria o de “projetista”
da organização, através do qual determinaria o propósito, a visão e os valores
essenciais que regerão a vida das pessoas dentro da organização; bem como
as políticas, estratégias e estruturas que traduzem as idéias-guia em decisões
empresariais.
Dando seqüência, será responsabilidade do líder a criação de
processos de aprendizagem efetivos, possibilitando que as estratégias e
políticas estejam em constante processo de aprimoramento.
O segundo papel seria o de “professor”, quando desempenharia a
função básica de ajudar as pessoas a adquirirem visões mais precisas da
realidade, mais ricas em percepções e que lhes dêem maior poder de ação. A
visão da realidade deve enxergar além dos eventos e condições superficiais,
chegando às causas subjacentes dos problemas. A realidade deve ser vista
nos níveis de eventos (reativo), padrões de comportamento (responsivo) e
estrutura sistêmica (generativo).
O líder como “regente”, no sentido daquele que está disposto a
servir e investir na construção do futuro atua como regente de pessoas, isto é,
assume a responsabilidade perante as aspirações e necessidades de seus
liderados. E também, como regente do propósito ou missão da organização,
que se origina do seu propósito pessoal e seu comprometimento com a missão
maior da organização.
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Líderes de sucesso são pensadores sistêmicos, se prendem menos
aos eventos cotidianos e mais às tendências e forças de mudança, que são
subjacentes.
2.2 DIFERENÇAS ENTRE LIDERANÇA E GERENCIAMENTO
Na teoria clássica, a liderança era considerada apenas sob o
aspecto de autoridade formal, vinculada ao cargo de chefia e suas relações
com os subordinados. Porém, liderança não é gerenciamento. Gerenciamento
é uma visão de métodos, liderança lida com objetivos.
Segundo Peter Drucker e Warren Bennis, gerenciar é fazer as coisas
do jeito certo; liderar é fazer as coisas certas. A principal diferença entra a
liderança e o gerenciamento é a forma de se comportar e de se relacionar. A
maior missão do líder é reunir pessoas diferentes com interesses diferentes a
perseguirem uma visão única e futura e fazer com que maximizem a visão
futura e minimize as visões pessoais.
Dentro deste contexto existe uma série de tarefas que será preciso
realizar, onde se optará pelo jeito do líder agir ou pelo jeito mecanizado do
gerente agir. Tanto atributos de liderança como de gerência são necessários na
empresa. É necessário haver um equilíbrio das duas teorias, pois somente
atributos de líderes sem uma gestão podem gerar muitas ilusões e atributos de
gerentes sem uma liderança podem gerar baixa eficácia e muita ansiedade
(muito esforço sem direção).
As ações dos gerentes são distintas das dos subordinados, tendo
cada um o seu papel. Para o líder, as distinções existem apenas em virtude
das competências diversas. O gerente comunica apenas o necessário e
suficiente para manter as atividades; enquanto que, para o líder, comunicação
é sinônimo de debate, pesquisa, troca e aculturamento mútuo. Os conflitos são
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resolvidos pelo gerente através do poder conferido pela hierarquia; já com o
líder, eles são debatidos, estudados e aproveitados como oportunidade para
crescimento.
O gerente sente necessidade de ver, acompanhar e controlar tudo.
O líder procura ver e controlar o que é importante e conseqüente. O primeiro
não estimula a criatividade, pois entende que é melhor repetir do que inovar e
ter assim um resultado mais previsível. O último estimula a criatividade e
entende que, sempre que possível, se deve inovar, pois isto faz parte da
administração.
Podemos observar no quadro abaixo as diferenças entre líder e
gerente.
QUADRO II – Perfil Gerente/Líder (BENNIS, 1996)
PERFIL GERENTE LÍDER
AUTORIDADE Chefe Líder/facilitador
POSTURA Burocrata Empreendedor
RESPONSABILIDADE Responsável pelo setor Responsabilidade compartilhada
FOCO DE AÇÃO Voltado para o superior Voltado para o cliente
DECISÃO É o que decide Facilita a decisão
COMUNICAÇÃO Centralizador Disseminador
NEGOCIAÇÃO Perde - ganha Ganha - ganha
DELEGAÇÃO Centraliza Delega
INFORMAÇÃO Recebe informações Monitora informações
SUBSTITUTO Visto como ameaça Forma seu substituto
FONTE: Perfil Gerente/Líder (BENNIS, 1996)
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Para o gerente, os subordinados estão ali para obedecer e cumprir
as regras. Para o líder, eles estão ali para se desenvolverem e se realizarem. O
trabalho para o gerente é uma simples troca econômica; para o líder, além da
troca econômica, é um processo de enriquecimento cultural.
A cultura do gerente é específica de uma tarefa ou função; a do
líder é ampla, visando entender e criar alternativas futuras. Aquele delega o
que fazer; este delega, também, o como fazer. O gerente não busca desafios,
uma vez que eles alteram o que já existe; o líder os cria e enfrenta; perde e
ganha com naturalidade.
Os erros e falhas aborrecem e são problemas desagradáveis para o
gerente. Para o líder, entretanto, são oportunidades que não podem ser
desperdiçadas, especialmente como fonte de aprendizagem. O foco de
atenção do gerente está voltado, unicamente, para dentro da empresa; o do
líder está, pelo contrário, voltado para fora, pois é de lá que ele tira lições e
possibilidades novas.
Um bom exemplo de identificação de um líder e um gerente é
autoridade e poder. Um líder tem poder e um gerente tem autoridade, pois um
gerente precisa de um papel, um cargo, já o líder não necessariamente
necessita precisa de um cargo.
O gerenciamento e a liderança eficazes são igualmente exigidos no
ambiente de trabalho moderno. Embora aparentemente óbvio, os gerentes
devem ser líderes, mas os líderes também devem ser bons gerentes. Os
trabalhadores precisam ser inspirados e persuadidos, mas também necessitam
de assistência no desenvolvimento e manutenção de um local que funcione
suavemente.
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A diferença fundamental entre liderança e gerenciamento reside na
qualidade dos relacionamentos em uma determinada organização.
Gerenciamento implica o exercício de controle para conquistar obediência na
execução das tarefas. Liderança está fundamentada sobre relacionamentos
interdependentes que geram compromisso sincero. As duas coisas têm
objetivo e foco semelhantes, mas se dirigem ao destino final através de
caminhos diferentes.
Os líderes inspiram as pessoas ao mesmo objetivo, ele exerce
fascínio sobre as elas, possuem seguidores, são visionários, passionais,
criativos, flexíveis, inspirador, inovador, corajosos, imaginativos, experimental,
independentes.
Os gerentes inspiram autoridades, tem funcionários, execução de
tarefas, são racionais, consultivo, persistente, solucionador de problemas, firme
em seus pensamentos, analíticos, estruturados, deliberados, autoritários,
sólidos. São investidos de autoridade coercitiva, direcionada a conduzir
eficientemente as operações da instituição. Esse relacionamento de troca é
contratual, em sua natureza, e geralmente é limitado por prescrição de horas e
descrição de trabalho formal.
A liderança pode, ou não, acontecer no contexto de um ambiente
gerenciado; ou pode ocorrer muito facilmente no contexto de livre associação.
Liderança não depende de estruturas coercitivas, e somente é vista dessa
forma por causa do modo como o gerenciamento é conhecido.
O modelo relacional de liderança (distinto do modelo coercitivo) envolve
pessoas livremente associadas em um esforço comum.
Além disso, tal relacionamento não é transacional, ou seja, nesse
processo, não existe o elemento “dar para receber”. Ao contrário, existe uma
ação comprometida e firme do grupo ou comunidade, para promover o
incentivo ao envolvimento.
29
Assim sendo, um administrador que faz a opção de liderar, em lugar
de gerenciar, deve colocar-se acima das estruturas organizacionais que forçam
a conformidade. Ele deve, ao contrário disso, estabelecer relacionamentos
pessoais fundamentados no respeito, confiança e capacitação.
O aumento da importância das organizações foi acompanhado pelo
aumento da importância dos líderes, o que se justifica na medida em que eles
são diretamente responsáveis pela estratégia e objetivos a serem alcançados
pela organização.
Afinal, estamos na era do conhecimento e é do conhecimento que as
pessoas possuem que as estratégias e objetivos da organização elas podem
contribuir para que a empresa seja bem sucedida.
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CAPÍTULO III
LIDERANÇA E CONFLITO
No mundo empresarial dinâmico e complexo de hoje, onde as
organizações só sobrevivem se conquistarem novos mercados, as pessoas
que ocupam funções de liderança sofrem cada vez mais a pressão por
resultados e depara-se com um grave dilema: de um lado, entender às metas
das organizações, e de outro, às necessidades das pessoas.
Para sobreviver, as organizações precisam cortar custos, aumentar
a produtividade e melhorar a qualidade de seus produtos e serviços. A fim de
alcançar esses objetivos, elas necessitam contar com elemento mais
significativo do sistema: as pessoas.
Nesse sentido, as organizações e as pessoas dependem umas das
outras, e precisam aprender o modo de viver e trabalhar de forma produtiva e
construtiva para ambas as partes.
Os conflitos em se tratando de gerenciamento de equipes são
inevitáveis, pois cada ser humano é composto de suas crenças, costumes e
valores individuais que se chocam ao conviver com outras crenças, costumes e
valores de outros indivíduos principalmente diante de um olhar administrativo e
organizacional.
O líder precisa saber ouvir e ser muito flexível, precisa também
adotar um sistema participativo no exercício de suas funções profissionais, ou
aplicá-las a uma da situação de conflito. Tornam-se necessário desenvolver
relacionamentos de apoio, conexões de idéias partindo do pressuposto de que
os indivíduos possuem um forte desejo de se associar, ser úteis e de terem seu
valor pessoal e profissional reconhecidos.
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As instabilidades tendem a acumular a medida que cada individuo
integra a rede que se (re) estrutura e (re) organiza a todo momento.
“Nos dias atuais, as organizações estão ampliando sua visão e a
atuação estratégica. Todo processo produtivo somente se realiza com
a participação conjunta de diversos parceiros, cada qual contribuindo
com algum recurso...” “Cada parceiro está disposto a continuar
investindo seus recursos na medida em que obtém retorno e
resultados satisfatórios de seus investimentos. Graças ao emergente
sistêmico – que é efeito efeito sinergístico – a assimetria está sendo
substituida por uma visão sistêmica e integrada da organização esta
consegue reunir e juntar todos os recursos oferecidos pelos diversos
parceiros e aumentar seus resultados... já que todos eles são
indispensáveis para o sucesso da empresa. Acontece que o parceiro
mais íntimo da organização é o empregado: aquele que está dentro
dela, que lhe dá vida e dinamismo e que faz as coisas acontecerem.”
(CHIAVENATO, 2004, p.70)
Faz-se necessário entender o que é importante para o outro,
entender o que o outro pensa e a partir daí se posicionar, ter empatia. O líder
espera comprometimento e precisa ter sensibilidade para se colocar no lugar
do outro. Cabe a ele, saber trabalhar com as adversidades e com as
contradições, respeitar as palavras e os sentimentos das pessoas mantendo o
equilíbrio organizacional.
Os conflitos podem existir em três níveis de gravidade:
Conflito percebido: Ocorre quando as partes percebem e
compreendem que o conflito existe porque sentem que seus objetivos são
diferentes dos outros e que existe oportunidade para interferência. É o
chamado conflito latente, em que as partes percebem existir potencialmente.
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Conflito experienciado: Quando o conflito provoca sentimentos de
hostilidade, raiva, medo, descrédito entre uma parte e outra. E chamadoo
conflito velado, quando dissimulado, oculto e não manifestado com clareza.
Conflito manifesto: Quando o conflito é expresso e manifestado
através de comportamento, que é a interferência ativa ou passiva por menos
uma das partes. É o chamado conflito aberto que se manifesta sem
dissimulação entre as partes envolvidas.
É comum no dia-a-dia das organizações a idéia de se você acerta,
que bom, não fez mais que sua obrigação. Entretanto, se erra, é alvo de
críticas e punições.
Esse tipo de postura adotado é um verdadeiro dilema no
relacionamento das pessoas, dentre outros motivos, está relacionado a
dificuldade de um líder em lidar com as questões humanas ou possuir uma
orientação voltada para a gestão de tarefas.
Como conseqüência dessa postura, o clima muita das vezes é ruim
e torna-se se propicio a insatisfações, baixa produtividade em fim um ambiente
que os colaboradores vivem em uma tensão emocional.
Sobre as mudanças organizacionais Sylvia Constant Vergara diz
que:
Espera-se que a visão e ação estratégica que, praticamente, sempre
estiveram restritas à alta direção façam hoje parte do cotidiano de
todas as pessoas na empresa, à medida que se orientem para
resultados pretendidos e para tarefas que agreguem valor ao que é
produzido. (VERGARA, 2006, pág. 31).
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Entretanto, nem sempre os conflitos surgem como um aspecto
negativo, pois eles despertam sentimentos e energia dos membros do grupo.
Daí a importância de ser ter um líder com sensibilidade humana para
administrar os conflitos de maneira coerente e canalizar essa energia para
impulsionar as pessoas a soluções criativas e inovadoras.
Ora, é claro que não é uma tarefa fácil e que também não há fórmula
mágica para resolver ou eliminar os conflitos. O líder precisa maturidade e
profissionalismo para encontrar a alternativa mais adequada à situação.
Um líder de sucesso tem consciência que os conflitos mal
gerenciados causam grandes danos para a estrutura da equipe e
conseqüentemente para o ambiente organizacional.
3.1 GESTÃO DE CONFLITOS
A essência das causas dos conflito estar no desacordo, na
contradição ou na incompatibilidade existente nas relações individuais e
coletivas de grupos. Pois, estão diretamente relacionadas ao comportamento
humano diante das premissas organizacionais.
É fato, que onde existe grupo e, se tratando de pessoas é quase
impossível dizer que não existirá conflitos. Exitem, hoje no mercado muito
líderes despeparados. Muitas das vezes a falta de comunicação, as
divergência de interesses e valores, regras e procedimentos impostos são as
causas, que se não forem sanadas serão danosas e prejudiciais a empresa.
Na sua atuação o gestor deve saber lidar com a adversidade e com
as contradições, pois as pessoas são diferentes uma das outras. As
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instabilidade e os conflitos surgem a partir do encontro dessas diferenças de
pensamentos, frustações, valores, crenças e culturas.
Independentemente do tipo de conflito, o líder precisa ter percepção
para transforma algo que aparentemente pode ser negativo em algo positivo.
Para ser considerado com algo positivo, o conflito, precisa ter consequências
inovadoras, competitivas ( não patológicas), motivacionais, produtivas e que
resulte em qualidade.
Entretanto, quando se tem uma repercursão negativa, o conflito,
pode resultar entre outras consequências em tensão, ansiedade, stress,
desperdício, clima hostil e desequibibrio organizacional.
Por ser uma situação comum que decorre devido às diferenças
individuais ou grupais, a resolução do conflito exige negociação, ou seja, exige
cedências de ambas as partes. Não se pode haver um ganhador e um
perdedor. Ao invés disso, a organização deve agir com ênfase na junçaõ de
recursos e não na divisão dos membros.
Tanto a organização quanto as pessoas devem sair do conflito como
ganhadores.
A maneira pela qual as partem reagem ao conflito e a maneira pela
qual o conflito é selecionado produzem influencia sobre as percepções, os
sentimentos e os comportamentosque se seguem , bem como sobre a
qualidade da comunicação entre os grupos.
Ora, não é uma tarefa fácil, porém existem formas positivas de lidar
com as diferenças pessoais. O líder de sucesso saberá como propriciar um
clima de abertura, ouvir, solicitar a opinião das pessoas respeitando as
diferenças sem perder o foco no resultado.
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CONCLUSÃO
Muitas são as construções de conhecimento sobre Liderança. De
fato, se faz necessário dar atenção a esse tema que é um aliado fundamental
para se ter sucesso nas organizações modernas.
As organizações são compostas por seres humanos, é as pessoas
são essenciais para a dinâmica organizacional, porém suas complexidades é o
grande desafio para um líder de sucesso atingir bons resultados e ainda ter
uma ação gerencial justa, profissional e ética.
Para tal, é necessário está sensível, atento as necessidades das
pessoas, ser bom ouvinte, pois podemos dizer que é impossível entender o
comportamento humano sem levar em conta as circunstâncias históricas e o
ambiente em que vive.
Reconhecer o papel da liderança é uma função educativa, para agir
sobre a realidade, o líder precisa se desvencilhar de um sentimento de
autoconfiança excessiva, quanto de uma sensação de impotência, a fim de
buscar um caminho de potência, que só é possível através do trabalho em
conjunto.
Um líder para alcançar a excelência, precisa saber liderar
sabiamente utilizando os recursos disponíveis e incentivando a todos os
envolvidos no processo a inovar com foco nas pessoas a a estragégia do
negócio.
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BIBLIOGRAFIA
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CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004..
CHIAVENATO, Idalberto. Administração geral e pública. Campus: Elsevier,
2008, 2ª ed.
COHEN, William. A liderança segundo Peter Drucker: novas lições do pai da
administração moderna. Campus, 2010
HUNTER, James C. O monge e o executivo: uma história sobre a essência da
liderança. Editora Sextante, Rio de Janeiro, 2004.
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KATZ, Robert. Skills of an effective administrator. Harvard Business
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MAXIMIANO, Antonio César Amarun. Administração de projetos –
Transformando idéias em resultados. São Paulo, Atlas, 2005.
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PENTEADO. José Roberto Whitaker. Técnica de chefia e liderança. São
Paulo, Editora Pioneira, 1978.
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STONER, James A. F; FREEMAN, R. Edward. Administração. Rio de Janeiro:
Prentice Hall do Brasil Ltda.(PHB), 1995.
VERGARA. Sylvia Constant. Gestão de Pessoas. São Paulo. Atlas, 1999.
37
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focada_equipe.htm
http://www.rh.com.br/Portal/Lideranca/Artigo/5926/a-arte-de-montar-e-liderar-
equipes-vencedoras.html
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http://www.hsm.com.br/editorias/rh/o-lider-que-da-resultado
http://books.google.com.br/books?id=xiuPvTIHeCgC&pg=PA123&lpg=PA123&
dq=Rego.+A+Lideran%C3%A7a+nas+organiza%C3%A7%C3%B5es+livro&sou
rce=bl&ots=uZSdBblrqM&sig=1csGNH15lco5GXWwVN4XhoPjEZs&hl=pt-
BR&ei=Om8kTqjgB_Co0AHH9e2UAw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnu
m=8&ved=0CE0Q6AEwBw#v=onepage&q=Rego.%20A%20Lideran%C3%A7a
%20nas%20organiza%C3%A7%C3%B5es%20livro&f=false
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ANEXO I
QUADRO
QUADRO I – Os três estilos de liderança (UHLMANN, 1997, p.46)
AUTOCRÁTICA DEMOCRÁTICA LIBERAL
( LAISSEZ-FAIRE)
O líder fixa as diretrizes sem qualquer participação do grupo.
As diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder.
Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder.
O líder determina as providência e as técnicas para a execução das tarefas, cada uma por vez, à medida que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo.
O grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo, solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, sugerindo alternativas para o grupo escolher.
A participação do líder no debate é limitada. Somente fornece informações se for solicitado.
O líder determina a tarefa que cada um deve executar e qual o seu companheiro de trabalho.
A divisão de tarefas fica a critério do próprio grupo. Cada integrante tem liberdade de escolher seus companheiros de trabalho.
Tanto a divisão de tarefas como a escolha dos companheiros ficam totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder.
O líder é dominador e “pessoal” nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro.
O líder procura ser um membro normal do grupo. Ele é “objetivo” e limita-se aos “fatos” em suas críticas e elogios.
O líder não tenta avaliar ou regular o curso dos acontecimentos. O líder comenta sobre as atividades dos integrantes quando perguntado.
FONTE: Os três estilos de liderança (UHLMANN, 1997, p.46)
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QUADRO II
QUADRO II – Perfil Gerente/Líder (BENNIS, 1996)
PERFIL GERENTE LÍDER
AUTORIDADE Chefe Líder/facilitador
POSTURA Burocrata Empreendedor
RESPONSABILIDADE Responsável pelo setor Responsabilidade compartilhada
FOCO DE AÇÃO Voltado para o superior Voltado para o cliente
DECISÃO É o que decide Facilita a decisão
COMUNICAÇÃO Centralizador Disseminador
NEGOCIAÇÃO Perde - ganha Ganha - ganha
DELEGAÇÃO Centraliza Delega
INFORMAÇÃO Recebe informações Monitora informações
SUBSTITUTO Visto como ameaça Forma seu substituto
FONTE: Perfil Gerente/Líder (BENNIS, 1996)